Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, FISIOLÓGICA E
COLEÇÃO DE CULTURA DE DIAZOTRÓFICOS
SIMBIÓTICOS ASSOCIADOS À CULTURA DA SOJA SOB
OS SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO E PLANTIO
CONVENCIONAL EM MATO GROSSO
INALVA MARIA DA SILVA SANTOS
CUIABÁ – MT
2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, FISIOLÓGICA E
COLEÇÃO DE CULTURA DE DIAZOTRÓFICOS
SIMBIÓTICOS ASSOCIADOS À CULTURA DA SOJA SOB
OS SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO E PLANTIO
CONVENCIONAL EM MATO GROSSO
INALVA MARIA DA SILVA SANTOS
Engenheira Agrônoma
Orientadora: Drª MARIA DE FÁTIMA LOUREIRO (UFMT)
Co-Orientadora: Drª MARIANGELA HUNGRIA (Embrapa/Soja)
Dissertação apresentada à
Faculdade de Agronomia e Medicina
Veterinária da Universidade Federal
de Mato Grosso para obtenção do
título de Mestre em Agricultura
Tropical, Área de Concentração em
Recursos Naturais.
CUIABÁ – MT
2006
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Título: CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, FISIOLÓGICA E COLEÇÃO
DE CULTURA DE DIAZOTRÓFICOS SIMBIÓTICOS ASSOCIADOS À
CULTURA DA SOJA SOB OS SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO E
PLANTIO CONVENCIONAL EM MATO GROSSO
Autor: INALVA MARIA DA SILVA SANTOS
Orientadora: Profª. Drª MARIA DE FÁTIMA LOUREIRO
Aprovada em 12 de setembro de 2006
Comissão Examinadora:
__________________________________ ____ ______________________________
Profª. Drª Maria de Fátima Loureiro Prof. Dr. Aluísio B. Borba Filho
(FAMEV/UFMT) (FAMEV/UFMT)
(Orientadora)
______________________
Profª Drª Leimi Kobayasti
(FAMEV/UFMT)
Dedico
A Deus
Aos meus pais
Ananias e Josefa (in memoriam)
Aos meus filhos
Thiago e Thássia
Aos meus irmãos
Ivan (in memoriam), Isnaldo, Ivanise, Ivanildo, Ivaldo, Iranete,
Ivandete, Ilza, Ivanúzia e Ioneide
Os que esperam no
Senhor renovarão as
suas forças, subirão com
asas como águia;
correrão e não se
cansarão, caminharão e
não se fatigarão.
Isaías 40:3
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Mato Grosso e à Faculdade de Agronomia
e Medicina Veterinária, pela oportunidade de realização deste curso.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), pela concessão da bolsa de estudos.
À Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Agricultura
Tropical e aos professores pelos ensinamentos e experiências transmitidas
no decorrer do curso.
À Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA-SOJA,
pelas análises realizadas.
À Profª Drª Maria de Fátima Loureiro, pela orientação recebida,
estímulo e confiança em mim depositados.
À Pesquisadora Drª Mariângela Hungria pela co-orientação do
trabalho.
Ao Prof. Dr. Aluísio Brígido Borba Filho, pelas sugestões, empréstimo
de materiais e pela palavra amiga.
Aos Professores Drª Maria de Fátima Barbosa Coelho e Dr. Rodrigo
Aleixo pelo auxílio na elaboração do trabalho.
À Profª Drª Leimi Kobayasti pelas sugestões e incentivo na
complementação deste trabalho.
Aos amigos Nicolau Elias Neto e Fátima Morbeck, pela ajuda,
incentivo e companheirismo.
Às amigas Lisabete Fernandes e Noraci Morales, do Laboratório de
Microbiologia do Solo, pela convivência amiga e companheira.
Às amigas e bolsistas de graduação Márcia Yoshino e Valéria Pires
pela amizade, carinho e companheirismo em todos os momentos.
Aos colegas James Moura, Lízia Lenza, Tatiane Santos pelo apoio
nos trabalhos.
Às amigas Maria Minervina e Denise Alves, secretárias da Pós-
Graduação, pela prontidão em servir.
A todos que de forma direta ou indireta, auxiliaram na realização
desse trabalho.
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, FISIOLÓGICA E COLEÇÃO DE
CULTURA DE DIAZOTRÓFICOS SIMBIÓTICOS ASSOCIADOS À
CULTURA DA SOJA SOB OS SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO E
PLANTIO CONVENCIONAL EM MATO GROSSO
RESUMO - A soja é considerada uma das plantas cultivadas mais antigas do
mundo. O Brasil é o segundo maior produtor mundial e o Estado de Mato
Grosso é o principal produtor brasileiro. A família Leguminosae é a mais rica
em espécies e uma das particularidades desta família é ser capaz de formar
nódulos em simbiose com bactérias diazotróficas conhecidas como rizóbios.
Este trabalho objetivou avaliar a população de diazotróficos simbióticos,
associados à soja, sob condições de plantio direto e convencional, em Mato
Grosso. Foram coletados os nódulos de soja em áreas de três municípios
sob sistemas de plantio direto e convencional, a partir dos quais foi efetuado
o isolamento das bactérias em meio YMA (Vincent, 1970) e estudadas as
características morfológicas (coloração e formato das colônias) e fisiológicas
(alteração do pH do meio). Os resultados da caracterização morfológica e
fisiológica foram submetidos à análise de agrupamento pelo método do
vizinho mais próximo, utilizando a distância euclidiana quadrada, através do
programa SPSS (Statistical Package for Social Science), versão 12. A
análise das características estudadas possibilitou a elaboração de um
dendrograma demonstrando que as estirpes de rizóbio isoladas
apresentaram grande variabilidade, o que promoveu o estabelecimento de
cinco grupos. Foram obtidos 349 isolados, os quais passaram a compor a
coleção de diazotróficos do Laboratório de Microbiologia do Solo da FAMEV-
UFMT. Nos dois sistemas de manejo e em todas as áreas estudadas
observou-se predominância de isolados com as seguintes características:
acidificação do meio de cultura YMA, colônias de cor amarela com bordas
creme e forma circular. O sistema de plantio direto, por ser uma prática que
proporciona condições mais adequadas para o crescimento da comunidade
microbiana, demonstrou, nas áreas estudadas, maior diversidade de
populações de rizóbio, quando comparado com o plantio convencional.
Palavras-chave: rizóbio; sistemas de manejo.
MORPHOLOGICAL, PHYSIOLOGICAL CHARACTERIZATION AND
CULTURE COLLECTION OF SYMBIOTIC DIAZOTROPHICS
ASSOCIATED WITH SOYBEAN UNDER NO-TILL AND CONVENTIONAL
TILLAGE SYSTEMS IN MATO GROSSO.
ABSTRACT - Soybean is considered one of the world's most ancient
cultivated plants. Brazil is the second largest worldwide producer, and the
State of Mato Grosso is the most important Brazilian producer. The family
Leguminosae is the richest family in number of species. One of the unique
traits of this family is its capacity to form nodules in symbiosis with
diazotrophic bacteria known as rhizobia. This study aimed to evaluate the
population of symbiotic diazotrophes associated with soybean under no-till
and conventional tillage conditions in Mato Grosso. Soybean nodules were
collected in areas of three municipalities under the no-till and conventional
tillage systems, from which the bacteria were isolated in YMA medium
(Vincent, 1970). Morphological (color and shape of colonies) and
physiological characteristics (pH changes in the medium) were studied. The
morphological and physiological characterization results were submitted to
cluster analysis by the nearest neighbor method using the squared Euclidean
distance, via the SPSS version 12 software program (Statistical Package for
Social Sciences). The analysis of the studied characteristics allowed us to
prepare a dendrogram demonstrating that the isolated rhizobium strains
showed great variability, which resulted in the establishment of five groups.
Three hundred and forty-nine isolates were obtained, which were
incorporated into the diazotrophic collection of FAMEV-UFMT's Soil
Microbiology Laboratory. A predominance of isolates with the following
characteristics was observed in both management systems and in all areas
studied: acidification of the YMA culture medium, and yellow, circular-shaped
colonies with cream edges. Because the no-till system is a practice that
provides more suitable conditions for microbial community growth, it
demonstrated greater diversity of rhizobium populations in the studied areas
when compared with conventional tillage.
Keywords: rhizobium; management systems.
LISTA DE FIGURAS
Página
FIGURA 1. Culturas de rizóbios com diferentes reações em relação à
alteração do pH do meio de cultura YMA (A) cor amarela=
reação ácida; (B) cor azul= reação alcalina; (C) cor verde=
sem reação.............................................................................
32
FIGURA 2. Características das colônias de rizóbios isoladas de nódulos
de soja....................................................................................
36
FIGURA 3. Dendrograma do Grupo I obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo
de soja e das quatro estirpes comerciais: (350) SEMIA 587;
(351) SEMIA 5019 (=29W) Bradyrhizobium elkanii/ (352)
SEMIA 5079 (=CPAC 15); (353) SEMIA 5080 (=CPAC 7)
Bradyrhizobium japonicum..................................................... 38
FIGURA 4. Dendrograma do Grupo Il obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo
de soja e das quatro estirpes comerciais............................... 39
FIGURA 5. Dendrograma do Grupo lIl obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo
de soja e das quatro estirpes comerciais............................... 40
FIGURA 6. Dendrograma do Grupo lV obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo
de soja e das quatro estirpes comerciais............................... 41
FIGURA 7. Dendrograma do Grupo V obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo
de soja e das quatro estirpes comerciais...............................
42
LISTA DE QUADROS
Página
QUADRO 1. Coleções de recursos genéticos microbianos...................... 25
QUADRO 2. Localização e histórico das áreas de coleta......................... 29
QUADRO 3. Características das amostras de solo sob PC e PD
coletadas nos municípios de Campos de Júlio,
Rondonópolis e Pedra Preta- MT......................................... 30
QUADRO 4. Reação de Ph decorrente da atividade de isolados de
nódulos de soja sob sistemas PC e PD nos municípios de
Campos de Júlio, Rondonópolis e Pedra Preta – MT......... 32
QUADRO 5. Características das colônias (cor e formato) e número de
isolados de rizóbio obtidos de nódulo de soja, sob PC e
PD nos municípios de Campos de Júlio, Rondonópolis e
Pedra Preta-MT.................................................................... 34
LISTA DE APÊNDICES
Página
APÊNDICE 1. Características de isolados de rizóbio de nódulos de
soja, sob plantio convencional no município de Campos
de Júlio – MT................................................................... 53
APÊNDICE 2. Características de isolados de rizóbio de nódulos de
soja sob plantio direto no município de Campos de
Júlio – MT........................................................................ 54
APÊNDICE 3. Características de isolados de rizóbio de nódulos de
soja sob plantio convencional no município de
Rondonópolis – MT......................................................... 55
APÊNDICE 4. Características de isolados de rizóbio de nódulos de
soja, sob plantio direto no município de Rondonópolis –
MT................................................................................... 56
APÊNDICE 5. Características de isolados de rizóbio de nódulos de
soja, sob plantio convencional no município de Pedra
Preta – MT......................................................................
57
APÊNDICE 6. Características de isolados de rizóbio de nódulos de
soja, sob plantio direto no município de Pedra Preta –
MT................................................................................... 58
SUMÁRIO
Página
1. Introdução 15
2. Revisão de Literatura 17
2.1. A cultura da soja e os sistemas de manejo 17
2.2. Fixação biológica do nitrogênio na soja 18
2.3. Inoculação da soja 19
2.4. Biodiversidade microbiana 20
2.5 Identificação dos microrganismos 21
2.6.Características culturais e morfológicas 21
2.7. Coleções de recursos genéticos microbianos 23
2.8. Importância da preservação da biodiversidade de diazotróficos 27
3. Material e Métodos 29
3.1. Áreas de estudo 29
3.2. Amostragem 29
3.3. Isolamento de estirpes de rizóbio 30
3.4. Caracterização morfológica 30
3.5. Caracterização fisiológica 31
3.6. Armazenamento dos isolados 31
3.7. Estirpes padrões 31
3.8. Análise dos dados 31
4. Resultados e Discussão 31
4.1. Caracterização morfológica e fisiológica dos isolados 31
4.2. Análise de agrupamento 37
5. Conclusões 44
6. Referências Bibliográficas 45
Apêndices 52
15
1. Introdução
A soja (Glycine max L.) é considerada na atualidade, uma das plantas mais
cultivadas em todo o mundo, tendo a região central da China como seu provável
centro genético primário. Ainda que não se possa afirmar com segurança o
início da sua domesticação, existem indícios de que essa ocorreu durante a
dinastia Shang (1500 a 1027 a.C) (Morse, 1950; Hymowitz, 1970).
Sendo a oleaginosa mais cultivada no mundo, tem sido utilizada em larga
escala, direta ou indiretamente, na alimentação humana, e também animal,
como fonte de proteína.
Os principais produtores mundiais são os Estados Unidos, o Brasil, a
Argentina e a China (Ojima e Rocha, 2005).
A introdução dessa cultura no Brasil ocorreu, provavelmente, em 1882,
na Bahia, e a variedade utilizada foi a soja híspida, de sementes brancas, pretas
e vermelhas (D’utra,1882). Tornou-se economicamente importante,
principalmente a partir dos anos 70, quando começou a ser cultivada no
Cerrado (IBGE, 1993). A partir dessa data a participação brasileira no comércio
da soja tem sido de grande expressão, juntamente com os EUA, sendo
detentores da maior parte da demanda mundial dos produtos derivados dessa
leguminosa (Roessing e Guedes, 1993).
As características de relevo, clima e solo no Cerrado, criaram condições
para a alta tecnificação das lavouras nessa região, onde hoje se cultivam mais
de 20 milhões de hectares (CONAB, 2006).
O estado de Mato Grosso é o principal produtor brasileiro de soja e, na
região do Cerrado, se destaca pela sua expressiva produção. A área plantada
para a safra 2005/2006 foi de 5.891,5 mil hectares e uma produção de 15.877,6
mil toneladas (CONAB, 2006).
As freqüentes operações da lavoura mecanizada trouxeram sérios
prejuízos com a constante degradação do solo, resultantes da aração e
gradagem superficial, erosão hídrica e muitos outros fatores. Por conseguinte,
se fez necessário a introdução de um novo sistema que minimizasse os efeitos
negativos, ocasionados pelo sistema de plantio convencional (PC).
16
O sistema de plantio direto (PD), que dispensa as práticas tradicionais de
aração e gradagem, tem comprovado que é uma das melhores alternativas de
manejo conservacionista, pois promove um melhor equilíbrio biodinâmico do
solo e consequentemente maior produtividade das culturas.
O cultivo da soja sob o sistema PD, vem crescendo nos últimos anos em
todas as regiões produtoras. Poucos estudos, porém, foram conduzidos sobre o
efeito desse sistema na fixação biológica do nitrogênio (FBN).
O custo de produção da soja no Brasil é estimado em cerca de 40%
inferior ao dos Estados Unidos, além disso, a produtividade já é superior à
daquele país (CONAB, 2006). Esses dois fatores estão diretamente
relacionados ao sucesso do processo de fixação biológica do nitrogênio com a
soja brasileira (Hungria et al., 2005).
A FBN corresponde ao processo de redução biológica do gás nitrogênio
(N
2
) à amônia (NH
3
), o qual requer uma grande quantidade de energia.
Um grupo relativamente pequeno de microrganismos procariotos,
denominados diazotróficos, é capaz de realizá-lo. Bactérias do gênero
Bradyrhizobium, associam-se simbioticamente à soja, cuja expressão
morfológica desta parceria é a presença de nódulos radiculares (Hungria et al.,
2005). Existem, hoje, três espécies de Bradyrhizobium que nodulam a soja (B.
japonicum, B. elkanii e B. liaoningense). Várias estirpes, porém, são
geneticamente distintas daquelas já descritas e podem representar novas
espécies (Loureiro, 2003).
Essa variabilidade genética pode ganhar mais valor quando devidamente
organizada, classificada, documentada e disponível para acesso, seja ela para
pesquisa ou aplicações tecnológicas. Os organismos ou células que são
mantidos vivos têm grande importância estratégica na pesquisa e no
desenvolvimento biotecnológico. É nessa categoria que o material biológico
adquire mais importância como patrimônio genético.
Considerando esse aspecto, o presente trabalho teve como objetivo
efetuar a caracterização morfológica e fisiológica de diazotróficos simbióticos
associados à cultura da soja, cultivada sob os sistemas de plantio direto e
convencional, em três municípios de Mato Grosso, bem como a montagem de
17
uma coleção de cultura, possibilitando assim, o conhecimento da biodiversidade
desses microrganismos do solo, em função de diferentes sistemas de manejo.
2. Revisão de Literatura
A família Leguminosae é a mais rica em espécies que apresentam
interação entre rizóbio e raiz, e está situada entre as cinco famílias com o maior
número de indivíduos (Moreira et al., 1992). Uma das particularidades desta
família é que grande parte das espécies conhecidas é capaz de formar nódulos
em simbiose com bactérias diazotróficas conhecidas genericamente como
rizóbios. É incipiente o conhecimento sobre a variedade das bactérias que
nodulam leguminosas da grande maioria dessas espécies vegetais,
principalmente, as tropicais. Nas últimas décadas, estudos revelaram uma
grande diversidade de rizóbios de espécies florestais, até então desconhecida,
inclusive no gênero Bradyrhizobium (Moreira et al., 1993; Dupuy et al., 1994;
Willems et al., 2000).
2.1. A cultura da soja e os sistemas de manejo
Os diferentes manejos do solo e das culturas afetam o equilíbrio existente
entre o solo e os organismos que nele habitam. O manejo inadequado, com o
revolvimento do solo e a remoção de restos culturais de sua superfície, as
monoculturas e o uso excessivo de defensivos agrícolas, entre outros, resultam
na perda da fertilidade por lixiviação, acidificação, salinização e na degradação
do solo. Em contrapartida, práticas conservacionistas, que permitem a cobertura
vegetal do solo, podem resultar em produtividade associada com qualidade e
sustentabilidade, principalmente, pela ação dos microrganismos.
O sistema de semeadura PD, que dispensa as práticas tradicionais de
aração e gradagem, tem comprovado que é uma das melhores alternativas
conservacionistas para os solos, que se apresentam frágeis e submetidos,
freqüentemente, a estresses hídricos, térmicos e nutricionais (Sidiras et al.,
18
1982; Sidiras e Pavan, 1986; Derpsh et al., 1991; Lal, 1993; Balota et al., 1998;
Colozzi-Filho e Balota, 1999; Hungria, 2000; Ferreira et al., 2000).
No PD, os macroagregados do solo são mantidos, preservando o nicho
principal de atividade dos microrganismos. Ocorre, também, maior
disponibilidade de matéria orgânica, que representa a fonte de energia e
nutrientes para os microrganismos. Além disso, o PD proporciona teores mais
elevados de umidade do solo, melhor regulagem da temperatura do solo,
ocasionando menores oscilações térmicas e temperaturas máximas inferiores,
criando condições mais favoráveis aos microrganismos (Sidiras et al., 1982;
Sidiras e Pavan, 1986; Derpsh et al., 1991; Lal, 1993; Colozzi-Filho e Balota,
1999; Hungria et al., 1997; Hungria, 1999, 2000), o que pode beneficiar a
fixação de N
2
pela soja (Hungria e Vargas, 2000).
2.2. Fixação biológica do nitrogênio na soja
A soja se beneficia da associação simbiótica com bactérias da ordem
Rhizobiales, através do processo da FBN, que corresponde ao processo de
redução biológica do gás N
2
à NH
3
, o qual requer uma grande quantidade de
energia.
Existem, hoje, três espécies de Bradyrhizobium que nodulam a soja, B.
japonicum (Jordan, 1984) e B. elkanii (Kuykendall et al., 1992) e B. liaoningense
(Xu et al., 1995).
Na simbiose entre leguminosas e bactérias dos gêneros Rhyzobium e
Bradyrhizobium, a realização desse processo ocorre no interior dos nódulos,
pela ação da enzima nitrogenase, que é encontrada em todos os organismos
fixadores de nitrogênio.
A formação dos nódulos é iniciada a partir de um processo de trocas de
sinais entre a leguminosa hospedeira e o rizóbio. Nessa troca, ocorre a
liberação de compostos fenólicos (flavonóides) para o solo, os quais atraem o
rizóbio para a superfície da raiz (Hungria, 1994), (Hungria et al., 1997).
Em condições de campo, a FBN pode ser detectada na segunda semana
após o plantio. Os primeiros nódulos podem ser observados aos cinco dias após
19
a emergência, e aos 12 dias, pode-se detectar a atividade da enzima
nitrogenase (Vargas et al., 1982 a, 1982b).
O ponto máximo da FBN ocorre no estádio de florescimento pleno,
podendo se estender até o período de enchimento das vagens e a partir desse
ponto, inicia-se o declínio da atividade da nitrogenase. Em vista disso, a
participação da FBN no suprimento de N ocorre em praticamente quase todo o
ciclo da soja (Franco et al., 1978; Vargas et al., 1982 a; Carmen et al., 1984).
Um bom indicativo de que a nodulação pode estar sendo eficiente é que,
na época do florescimento a planta apresente entre 15 a 30 nódulos, ou 100 a
200 mg de nódulos secos (Vargas e Suhet, 1980 a, 1980 b; Vargas et al., 1982
a; Cattelan e Hungria, 1994). Da mesma forma, a distribuição e a coloração dos
nódulos, avaliados no início da floração pode ser um referencial muito
importante para simbiose soja-rizóbio.
2.3. Inoculação da soja
O solo sob vegetação de Cerrado não apresenta populações de rizóbios
nativos capazes de nodular a soja (Vargas e Suhet, 1980 a, 1980 b). Por essa
razão estirpes de bactéria específica da soja, do gênero Bradyrhizobium são
introduzidas ao solo via inoculante, que é um produto que contém rizóbios,
utilizados pelo agricultor para a inoculação das sementes (Vargas et al., 2004).
Em solos de primeiro cultivo, é obrigatória a inoculação nas sementes de
soja. Sem a inoculação o crescimento das plantas é reduzido, a folhagem é
amarelada e a produção é afetada. Como conseqüência da inoculação por anos
consecutivos dessa cultura, ocorre um estabelecimento no solo, de populações
de rizóbio. Por conseguinte, a resposta a reinoculação não apresenta valores
tão acrescidos como nas áreas de primeiro cultivo. Esse fato é decorrente de
que, uma vez estabelecidas no solo, essas populações desencadeiam
competições entre as estirpes do solo e aquelas usadas no inoculantes, pelos
sítios de infecção nodular, nas raízes, ou seja, pelos locais nas raízes onde
serão formados os nódulos (Vargas e Hungria,1997).
20
Tendo em vista que novas variedades de soja de alta capacidade
produtiva estão sendo introduzidas no mercado, os atuais programas de
pesquisa em FBN, na Região do Cerrado, têm como um dos principais
objetivos, a seleção de estirpes com elevados níveis de eficiência fixadora,
capazes de aumentar o teto de produtividade da cultura através da fixação de
quantidades mais elevadas de N
2
(Vargas et al., 2004).
Atualmente, estima-se que nos cinco milhões de hectares cultivados com
soja na Região do Cerrado, o uso da inoculação com bactérias fixadoras de N
2,
promova, um equivalente, à uma economia anual de 1.000.000 toneladas de N,
devido à não utilização de adubos nitrogenados (Vargas et al., 2004).
2.4. Biodiversidade microbiana
Os microrganismos desempenham papel fundamental na produtividade
agrícola, entretanto, o conhecimento sobre a biodiversidade da comunidade
microbiana dos agroecossistemas tropicais ainda é bastante limitado (Di Castri
e Yones, 1990).
A atividade dos microrganismos do solo afeta, diretamente, às
propriedades químicas e físicas e a atividade da meso e macrofauna
contribuindo, ativamente, para a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.
Contudo, mais estudos precisam ser conduzidos para verificar a dinâmica dessa
atividade, principalmente, em relação aos efeitos de práticas agrícolas, em
sistemas de manejo, na biota do solo. Nesse contexto, é importante avaliar não
só as alterações quantitativas, por exemplo, a biomassa microbiana, como as
qualitativas, com ênfase em parâmetros que consigam determinar a
biodiversidade microbiana do solo, como a determinação do perfil de DNA dos
microrganismos e a diversidade de diazotróficos simbióticos. Isso porque, em
solos com maior biodiversidade, é maior a possibilidade de encontrar classes de
microrganismos que atuem em processos importantes, como a degradação de
defensivos agrícolas e que permitam a manutenção dos processos
microbiológicos sob condições de estresse ambiental, entre outros.
21
Dentre os fatores que freqüentemente limitam a atividade microbiana,
estão a disponibilidade de água, energia e nutrientes, temperatura, radiação e a
distribuição dos agregados do solo (Stotzky, 1997; Hungria, 2000).
2.5. Identificação dos microrganismos
Pela sua diversidade e dinâmica, e por estarem em constante
modificação e adaptação às alterações ambientais, os microrganismos
constituem indicadores sensíveis às mudanças oriundas do manejo do solo
(Kennedy e Papendick, 1995) e do tipo de cobertura vegetal (Prasad et al.,
1994). A diversidade biológica definida como a variabilidade entre as espécies
de organismos vivos pode ser medida em vários níveis taxonômicos (família,
gênero, intraespécies etc.) ou, ainda, em função de determinadas
características genéticas ou fenotípicas (morfológicas, bioquímicas, fisiológicas,
simbióticas) (Moreira e Siqueira, 2002).
Para a identificação de novos grupos taxonômicos de microrganismos,
necessário se faz uma avaliação das características culturais e morfológicas e é
muito útil, em laboratórios que não têm acesso a tecnologias mais adequadas,
por ser de baixo custo.
Pelczar et al., (1981) relatam que estas características podem indicar
diferenças fisiológicas importantes entre microrganismos, que podem ser
detectadas, posteriormente, mediante estudos mais aprofundados.
2. 6. Características culturais e morfológicas
As características culturais e morfológicas do rizóbio fornecem
informações importantes para sua identificação e agrupamento. Graham (1976)
destacou entre várias outras características, o tempo de crescimento e reação
do pH em meio com extrato de levedura, manitol, sais minerais e agar (Yeast
Manitol Agar (YMA), como testes fisiológicos significativos na taxonomia de
rizóbio.
22
Tanto a alteração do pH do meio de cultura com azul de bromotimol,
como o tempo de formação de colônias isoladas, são características culturais
relevantes que podem ser avaliadas como indicador de diferenças fisiológicas
entre gêneros (Jordan, 1984; Moreira e Pereira, 2001). Além destas, outras
características utilizadas são: produção de exopolissacarídeos, tamanho,
formato, cor (Vincent, 1970; Moreira et al., 1993; Odee et al., 1997). Estas
características foram utilizadas com sucesso no estudo da ecologia de rizóbios
(Martins et al., 1997; Moreira et al., 1993; Pereira, 2000; Melloni, 2001),
permitindo acessar a diversidade e o efeito de diferentes usos da terra sobre as
comunidades desses microrganismos.
As estirpes, uma vez isoladas, podem apresentar colônias variando o seu
aspecto quando manifestam crescimento em meio 79 (Fred e Waksman, 1928)
que podem ser secas ou mucóides, opacas ou translúcidas, circulares ou
irregulares, diâmetro variando de puntiforme a maior de 2 mm.
Considerando o tempo de crescimento são classificadas como: rápidas,
aquelas que produzem crescimento de 2-3 dias; intermediário 4-5 dias; lentas
6-9 dias; muito lento 10 dias ou mais. As estirpes de rizóbio, inclusive as de
crescimento rápido, diferem tanto em quantidade de produção de muco como
do tipo característico. Vários autores classificam as colônias de rizóbio como
mucosas “wet” - as que produzem muito muco - e secas “dry” as que produzem
pouco muco. Para Moreira (1991), esta característica não é usada na
classificação de rizóbio, mas, diversos resultados têm mostrado diferenças
intrínsecas e ecológicas entre estirpes com colônias “wet” e “dry”.
A forma da colônia é dependente da presença de muco, o que é muito
comum no gênero Bradyrhizobium (Fuhrmann, 1990). A consistência do muco
produzido é também bastante variada, principalmente, nos isolados de
crescimento rápido. Enquanto algumas colônias apresentam aspecto gomoso
outras são aquosas com o muco chegando a coalescer por toda a placa,
tornando difícil o isolamento da colônia.
23
2.7. Coleções de recursos genéticos microbianos
Uma coleção de recursos genéticos é um repositório de amostras de
material vivo, geralmente, no estádio de dormência ou qualquer outra fase em
que os organismos não estejam em crescimento ativo. Propágulos microbianos
(conídios, endósporos, escleródios, clamidósporos, oósporos etc.) são
preservados de diversas formas, sendo a liofilização o método mais utilizado e
apropriado para a maioria dos microrganismos. Embora extratos de DNA ou
RNA possam ser considerados recursos genéticos, eles não podem ser usados
para reconstituir o organismo inteiro do qual foram derivados (Melo, 2002).
As coleções de recursos genéticos microbianos compreendem culturas
de algas, bactérias, actinomicetos, fungos, leveduras, líquens, protozoários e
vírus. As coleções de materiais derivados desses organismos, na forma de
DNA, plasmídeos, vetores e organismos geneticamente modificados, são
denominadas coleções de recursos genéticos.
As dificuldades de se isolar e identificar prontamente microrganismos da
natureza faz das coleções, as principais fontes de materiais para estudos
científicos e para a triagem de produtos com propriedades biotecnológicas. São
importantes, especialmente, como a única opção para a manutenção, a longo
prazo, da diversidade genética. Além da grande valia para a manutenção de
microrganismos, as coleções de recursos genéticos também são de interesse
para programas biotecnológicos ou, ainda, para estudos de genética, com o
intuito de melhorar linhagens de interesse.
À medida que muitos habitats naturais desaparecem, espécies são
extintas. Algumas delas mantidas em coleções de recursos genéticos,
assumem um significado fundamental como um recurso não-renovável de
grande importância para a humanidade (Minter, 1995).
Atualmente o World Data Center for Microorganisms patrocinado pela
UNEP, UNESCO e RIKEN detém uma base de dados (QUADRO 1) que
registra 786.328 linhagens de microrganismos depositadas em 482 coleções.
Dessas linhagens, 44% são fungos, 43% bactérias, 2% vírus, 1% células vivas
24
e 10% outros, como plasmídeos, células vegetais e algas (Sugazawa et al.,
1993).
Existem três tipos de coleções de recursos genéticos: coleções
especializadas, coleções de referência e coleções nacionais.
As coleções especializadas são geralmente de natureza pessoal e
contêm uma pequena variedade de microrganismos e um extensivo número de
linhagens de cada espécie. Elas são indispensáveis aos estudos de taxonomia
e genética.
As coleções de referência estão ligadas, principalmente, a um grupo ou
função e localizadas em órgãos governamentais, universidades, indústrias
associadas com a produção de químicos e drogas. Como exemplos de
coleções de referência têm-se: Coleção Cultura de Escherichia coli k-12,
Departamento de Biologia, Universidade de Yale, EUA; Centro de Estoque
Genético de Bacillus, Departamento de Microbiologia, Universidade do Estado
de Ohio, EUA. No Brasil, existem inúmeras coleções especializadas. Como
exemplos têm-se: a coleção de bactérias fitopatogênicas do Instituto Biológico
do Estado de São Paulo, em Campinas; a coleção de Trichoderma spp., com
mais de 500 linhagens mantidas pela Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna,
SP; a coleção de fungos entomopatogênicos da Embrapa Recursos Genéticos
e Biotecnologia, em Brasília, DF; a coleção de fungos fitopatogênicos do
Instituto Biológico, em São Paulo; a coleção de Bacillus spp. para controle
biológico da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF.
As coleções nacionais têm caráter permanente dos recursos
microbianos com finalidade de preservação e distribuição de culturas de
referência. Em geral, preservam uma ampla variedade de espécies, podendo
ter um menor número de linhagens dentro de uma espécie. Algumas coleções
podem manter linhagens patenteadas, mesmo sendo patentes de outros países
e muitas fornecem treinamento e cursos relacionados à identificação de
linhagens (QUADRO 1).
25
QUADRO 1. Coleções de recursos genéticos microbianos
África
Número de
coleções
Número de nomes
(bactéria)
Número de
nomes (fungos)
Egito 1 0 0
Quênia 1 15 1
Nigéria 3 7 2
Senegal 2 5 1
África do Sul 3 41 0
Uganda 1 0 0
Zimbábue 2 30 17
Subtotal 13 84 17
Ásia
China 13 1177 931
Índia 12 413 1583
Indonésia 14 62 58
Irã 1 178 50
Israel 2 18 0
Japão 23 2470 3970
Jordânia 1 6 0
Coréia 2 0 0
Malásia 3 207 58
Paquistão 1 0 0
Filipinas 8 102 322
Singapura 2 114 115
Sri Lanka 4 65 44
Tailândia 59 254 474
Turquia 2 181 83
Subtotal 147 5247 7688
Europa
Áustria 1 0 0
Bélgica 5 29 1570
Bulgária 3 1306 186
República Checa 15 1453 1488
Dinamarca 2 139 1
Finlândia 2 93 139
França 14 2432 788
Alemanha 14 2263 2559
Grécia 4 96 297
Hungria 6 583 343
Irlanda 2 108 105
Itália 9 352 230
Holanda 8 1047 8548
Noruega 2 0 0
Polônia 5 319 210
Portugal 1 0 0
Romênia 1 41 22
26
Coleção de recursos genéticos microbianos (continuação do QUADRO 1)
Rússia 9 1044 1824
Slovênia 1 0 0
Espanha 4 601 550
Suécia 2 723 1464
Suíça 1 483 19
Reino Unido 25 3808 4505
Iugoslávia 2 7 1
Subtotal 138 8977 13343
América do Norte
Canadá 28 945 3575
México 10 350 279
EUA 31 3751 6758
Subtotal 69 5046 10612
América Central
Guatemala 1 44 78
Subtotal 1 44 78
América do Sul
Argentina 7 435 118
Brasil 44 1055 1508
Chile 1 2 24
Venezuela 1 66 0
Subtotal 54 1392 1592
Austrália
Austrália 50 1402 2202
Nova Zelândia 9 943 802
Nova Guiné 1 1 0
Subtotal 60 1902 2588
Continentes
Número de
coleções
(subtotal)
Número de nomes
(bactérias)
(subtotal)
Número de nomes
(fungos)
(subtotal)
África 13 84 17
1
Ásia 147 5247 7688
Europa 138 8977 13343
América do Norte 69 5046 10612
América Central 1 44 78
América do Sul 54 139 1592
Austrália 60 1902 2588
Total 482 9671 19392
(Fonte: Base de Dados do World Data Center for Microrganismos, Japan, 1994).
Existem mais de 300 coleções de culturas em todo o mundo, segundo
o World Data Center for Collections of Cultures of Microorganisms. Algumas
delas são conhecidas pelo volume de culturas armazenadas e serviços
prestados à comunidade científica internacional. Dentre essas, as mais
conhecidas são: American Type Culture Collection (ATCC), Rockville, MD,
USA; Centraalbureau voor Schimmercultures (CCS), Holanda; International
27
Mycological Institute (IMI), Egham, Inglaterra; Collection Nationale de
Cultures de Microorganisms, Instituto Pasteur, França; Japan Collection of
Microorganismos, Japão; National Bank for Industrial Microorganisms and
Cellular Cultures, Bulgária; National Collections of Industrial and Marine
Bactéria, Inglaterrra; Colecció Española de Cultivos tipo, Universidade de
Valência, Espanha; Collezione dei Lieviti Industriali, Itália; Portuguese Yeas
Culture Collection, Portugal; VTT Collection fo Industrial Microorganismos,
Finlândia.
Esta é apenas uma lista parcial das coleções nacionais mais
importantes. Uma relação mais completa pode ser encontrada no World
Directory of Collection of Cultures of Microorganisms, Universidade de
Queensland, em Bristol, Austrália. A Fundação Tropical de Pesquisa “André
Tosello” em Campinas mantém, talvez, a mais importante coleção de
microrganismos do Brasil.
2.8. Importância da preservação da biodiversidade de diazotróficos
As constantes modificações nos ecossistemas e conseqüente
depredação do meio ambiente, devido à ação antrópica, têm levado a
comunidade científica a uma maior intensificação nas pesquisas, envolvendo
os microrganismos do solo, considerando o papel por eles desempenhado e
tendo em vista que, do total que se tem conhecimento, apenas 5% foram
descritos até o presente momento (Mendonça-Hagler, 2001). Em vista disso,
a conservação dos recursos genéticos tem sido priorizada como medida de
preservação da biodiversidade. Tem-se observado o potencial que
representa o uso desses recursos, atestados por inúmeros exemplos, tanto
nos processos biotecnológicos usados na indústria, em se tratando de
produção de compostos comerciais, como para transformação de substratos
de maior valor agregado utilizando linhagens microbianas (Malik e Claus,
1987). Dentre essas linhagens, podem se destacar os microrganismos
fixadores de nitrogênio (bactérias diazotróficas), utilizados na agropecuária.
28
A Embrapa Agrobiologia é a entidade reponsável pelo direcionamento
e execução das pesquisas no Brasil, com bactérias diazotróficas. Possui um
acervo de aproximadamente 8000 culturas desses microrganismos,
preservados em meio de cultura, livres de contaminação em um estado
viável e geneticamente estável, onde 21% (1671 culturas) se encontram
devidamente caracterizadas morfofisiologicamente com a identificação BR. A
maior parte destes (67%) são Rhizobium, Bradyrhizobium, Mesorhizobium,
Azorhizobium, Sinorhizobium, isoladas de diversas espécies de leguminosas
de grãos (principalmente feijoeiro, soja e caupi), de leguminosas utilizadas
para adubação verde, forrageiras e de espécies arbóreas (procedentes da
Mata Atlântica e da Amazônia) (Pitard, 2000).
Fazem parte dessa coleção, estirpes de rizóbio para a produção de
inoculantes que não se encontram disponíveis no mercado. Um percentual
correspondente a 28% se constitui de culturas de Azospirillum,
Herbaspirillum e Burkholderia, isoladas de trigo, sorgo, dendê, abacaxizeiro
e bananeira, de Acetobacter isoladas de cana-de-açúcar e de batata doce,
além de cultura de Azotobacter, Azoarcus, Beijerinkia e outras, obtidas
através do intercâmbio entre coleções. Aproximadamente 5% dos isolados
são culturas de bactérias modificadas geneticamente. São coleções de
rizóbios oriundas de levantamentos realizados em várias regiões do território
nacional com finalidade de melhorar os sistemas produtivos por intermédio
da ação desses microrganismos (Pitard, 2000).
A representatividade dessas culturas microbianas constitui um
verdadeiro patrimônio ecológico, pois além da preservação, serve de base
para os diversos segmentos da pesquisa tanto no Brasil, como também no
exterior.
29
3. Material e Métodos
3.1. Áreas de estudo
Foram utilizadas áreas produtoras de soja em três municípios de Mato
Grosso: Campos de Júlio, Pedra Preta e Rondonópolis.
As áreas utilizadas foram previamente determinadas, observando-se
sua representatividade regional em relação às características de solo,
manejo e produtividade da cultura da soja, assim como a utilização dos dois
sistemas de cultivo (PD e PC) (QUADRO 2).
QUADRO 2 . Localização e histórico das áreas de coleta
.
Localização
(Municípios)
Histórico de cultivo
Anterior à soja A partir do cultivo da soja
Campos de
Julio
Cerrado
PC há três anos, com pousio no inverno
PD há três anos, com milheto no inverno
Rondonópolis Pastagem
PC, primeiro ano
PD há dois anos, com milheto no
inverno
Pedra Preta Pastagem
PC há três anos, com pousio no inverno
PD há oito anos, com milheto no inverno
Fonte: Silva, 2004
3.2. Amostragem
Em cada área sob PD e PC, foram selecionados, ao acaso, 10 pontos
sendo coletadas 10 plantas por ponto (unidade amostral), perfazendo 100
amostras de plantas com raízes, por sistema de manejo, em cada área,
totalizando 600 plantas (10 plantas x 10 pontos x 2 sistemas de manejo x 3
municípios), no período da floração da soja.
As amostras (raízes com nódulos e solo) foram acondicionadas em
sacos plásticos e transportadas para o laboratório de Microbiologia do Solo
da FAMEV, onde os nódulos foram destacados das raízes e, em seguida,
armazenados em sílica - gel para posterior isolamento, caracterização e
análise morfológica e fisiológica das estirpes.
30
Para a caracterização das propriedades químicas do solo, foram
coletadas 10 amostras na profundidade de 0-20 cm para PC e PD por
propriedade, perfazendo um total de 60 amostras as quais foram
transformadas em seis amostras compostas (QUADRO 3).
QUADRO 3. Características das amostras de solo sob PC e PD coletadas
nos municípios de Campos de Júlio, Rondonópolis e Pedra
Preta- MT.
pH N P K Ca Mg Al
Localização
(Municípios)
Manejo
CaCl
2
(%) (ppm) Cmol
c
kg
-1
PC
5,17 0,09 1,61 0,19 2,25 1,24 0
Campos
de Julio
PD
4,86 0,11 2,20 0,11 1,78 0,65 0,04
PC
5,29 0,08 4,43 0,08 2,81 1,84 0
Rondonópolis
PD
4,83 0,06 7,54 0,21 2,46 0,97 0,03
PC
5 0,05 42 0,12 1,81 0,95 0
Pedra Preta
PD
5,06 0,05 19,15 0,06 1,98 0,51 0
*As análises do solo foram realizadas na Embrapa Soja/Londrina-PR.
3.3. Isolamento de estirpes de rizóbio
Foram escolhidos, ao acaso, cinco nódulos por ponto (50
nódulos/área), a partir dos quais foi efetuado o isolamento em meio Yeast
Manitol Agar (YMA) (Vincent,1970).
3.4. Caracterização morfológica
Para a caracterização morfológica foram avaliadas: coloração e
formato das colônias em meio Yeast Manitol Ágar (YMA) (Vincent, 1970).
31
3. 5. Caracterização fisiológica
As características fisiológicas também foram determinadas em meio
de cultura Yeast Manitol Agar (YMA) (Vincent,1970), onde se observou o tipo
de reação de pH (ácido, neutro e alcalino).
3. 6. Armazenamento dos isolados
Os isolados foram acondicionados em frascos de vidro contendo meio
Yeast Manitol Agar (YMA) (Vincent, 1970) e mantidos sob refrigeração.
3. 7. Estirpes padrões
Para comparação dos dados foram utilizadas as quatro estirpes
recomendadas comercialmente, SEMIA 587 e SEMIA 5019 (=29W) da
espécie Bradyrhizobium elkanii e SEMIA 5079 (= CPAC 15) e SEMIA 5080
(= CPAC 7) da espécie Bradyrhizobium japonicum.
3. 8. Análise dos dados
Os resultados da caracterização morfológica e fisiológica foram
submetidos à análise de agrupamento pelo método do vizinho mais próximo,
utilizando a distância euclidiana quadrada, através do programa SPSS
(Statistical Package for Social Science), versão 12.
4. Resultados e Discussão
4.1. Caracterização morfológica e fisiológica dos isolados
Foram obtidos 349 isolados, sendo que 219 apresentaram reação
ácida, em meio YMA, equivalendo a 62,75%; 58 de reação neutra (16,61%),
e 72 de reação alcalina (20,63%) (FIGURA 1) (QUADRO 4).
32
A B C
FIGURA 1. Culturas de rizóbios com diferentes reações em relação à
alteração do pH do meio de cultura YMA (A) cor amarela=
reação ácida; (B) cor azul= reação alcalina; (C) cor verde= sem
reação.
QUADRO 4. Reação de pH decorrente da atividade de isolados de nódulos
de soja sob sistemas PC e PD nos municípios de Campos de
Júlio, Rondonópolis e Pedra Preta – MT
Reação
Local Manejo
Número
de
Isolados
Ácidas (%) Neutras (%) Alcalinas ( %)
PC 61 31 (50,81) 15 (24,59) 14 (22,96)
Campos
de Júlio
PD 61 34 (57,74) 14 (22,96) 13 (21,31)
PC 55 45 (81,82) 5 (9,09) 5 (9,09)
Rondonó
polis
PD 54 34 (62,96) 13 (24,07) 7 (13,0)
PC 51 44 (86,27) 5 (9,80) 2 (3,92)
Pedra
Preta
PD 67 31 (46,26) 5 (7,47) 31 (46,26)
Total
349 219 (62,75) 58 (16,61) 72 (20,63)
33
Comparando-se os dois sistemas de manejo, observou-se que
houve uma predominância de isolados que acidificaram o meio YMA nas
três áreas estudadas, o que não era esperado para rizóbios capazes de
nodular a soja, sendo esse fato já observado por Loureiro (2003), em
estudo sobre a diversidade de Bradyrhizobium em solos de Mato Grosso,
onde foi destacado, que esses isolados podem pertencer à outra espécie
de rizóbio, conforme, constatado anteriormente com isolados de solos
brasileiros (Hungria et al., 2001) e paraguaios (Chen et al., 2000, 2002).
Em vista disso, é possível se obter resultados diferenciados, em razão da
biodiversidade microbiana ser uma complexa comunidade, praticamente
desconhecida, principalmente em termos de comportamento e interações
com o ambiente em que se insere (Colozzi Filho et al., 1999).
Com relação às características das colônias, no município de
Campos de Júlio foram obtidos 17 tipos de isolados no PC e 18 no
sistema PD (QUADRO 5).
34
QUADRO 5. Características das colônias (cor e formato) e número de isolados
de rizóbio obtidos de nódulo de soja, sob PC e PD nos municípios
de Campos de Júlio, Rondonópolis e Pedra Preta-MT
Municípios
Campos
de
Júlio
Rondonópolis
Pedra
Preta
Características das colônias
Cor/formato
PC PD PC PD PC PD
Total
Amarelo claro /circular 11 8 3 2 12 4 40
Amarelo claro/oval 1 0 0 0 0 2 3
Amarelo claro/Irregular 1 1 0 0 0 1 3
Amarelo claro/centro/amarelo/escuro circular 2 0 0 8 0 0 10
Amarelo escuro/circular/ 2 0 0 0 0 0 2
Branco/circular 8 3 4 2 1 8 26
Branco/centro escuro /Irregular 0 0 1 0 0 0 1
Branco/centro escuro/circular 0 1 0 0 0 0 1
Branco/centro creme/circular 0 0 0 0 1 0 1
Branco/oval 0 0 0 0 0 3 3
Branco/ centro creme escuro/oval 0 0 0 0 0 2 2
Creme/circular 14 17 13 06 0 3 53
Centro creme escuro/bordas creme/oval 0 0 1 0 0 0 1
Creme/irregular 1 1 3 0 0 3 8
Centro amarelo claro/bordas creme/circular 3 1 19 10 20 9 62
Creme/oval 0 10 4 2 0 3 19
Centro amarelo escuro/bordas creme/circular 2 0 1 0 11 1 15
Centro amarelo claro/ bordas creme/oval 0 0 4 2 0 4 10
Creme/ centro creme escuro/oval 0 0 0 4 0 3 7
Creme/centro creme escuro/circular 0 5 0 1 0 2 8
Centro amarelo escuro/ bordas creme/oval 0 0 0 1 6 2 9
Creme/centro amarelo claro/circular 6 5 0 11 0 4 26
Creme/centro amarelo escuro/circular 2 0 0 1 0 0 3
Creme/ centro amarelo claro/oval 3 1 0 0 0 1 5
Centro branco/ intermediária amarela /bordas
creme/circular
1 0 0 0 0 0 1
Centro branco/bordas transparente/circular 1 0 0 0 0 0 1
Centro creme escuro/ bordas creme circular 0 1 0 0 0 0 1
Creme/centro amarelo escuro/irregular 0 1 0 0 0 0 1
Creme /centro amarelo claro/irregular 0 1 0 0 0 2 3
Centro amarelo/intermediária branca/bordas
transparente/oval
0 0 0 0 0 5 5
Transparente/gelatinoso/circular 0 0 0 2 0 1 3
Transparente/ gelatinoso/oval 0 0 0 1 0 0 1
Vermelho/irregular 0 0 1 0 0 0 1
Rosa/circular 1 0 0 0 0 0 1
Transparente/circular 2 2 0 1 0 0 5
Transparente/oval 0 1 0 1 0 0 2
Transparente/centro branco/ oval 0 1 0 0 0 0 1
Transparente /centro amarelo claro/oval 0 1 0 0 0 0 1
Transparente/centro creme escuro /oval 0 0 0 0 0 4 4
TIPOS DE ISOLADOS
17 18 11 16 6 21
TOTAL
349
35
Na área de estudo do município de Rondonópolis, foram obtidos 11
tipos de isolados para o sistema PC e 16 para o sistema PD.
No município de Pedra Preta, onde o sistema PD está sendo utilizado
há oito anos, foram obtidos 21 tipos de isolados, enquanto na área sob o
sistema PC, foram obtidos apenas seis tipos, demonstrando o efeito positivo
do PD sobre a diversidade de rizóbios.
Os isolados que apresentaram cor amarela e formato circular, foram
observados em todos os sistemas de manejo e áreas, dos municípios
estudados perfazendo um total de 40 isolados.
Considerando a característica cor de colônia, foram obtidos seis tipos
diferentes (amarela; branca; creme; rosa; vermelho e transparente), dois
tipos de detalhes de borda (creme e transparente) e quatro tipos de centro
(amarelo claro, amarelo escuro, creme escuro e branco). Em se tratando de
formato de colônia, foram observados quatro tipos (circular, irregular,
fusiforme/oval, e oval).
Com relação à caracterização morfológica foi verificada a ocorrência
de uma grande variabilidade de isolados, no que se refere à cor, detalhe e
formato (FIGURA 2).
36
A B
CC
C D
C D
E F
G H
FIGURA 2. Características das colônias de rizóbios isoladas de nódulos de
soja.
(A= cor vermelho/formato irregular; B= cor rosa/formato irregular; C= cor branco/formato oval; D=
centro amarelo escuro/bordas creme/formato circular; E= centro amarelo claro/bordas
creme/formato circular; F= cor creme/formato fusiforme oval; G= cor rosa/formato circular; H=
transparente/puntiforme)
37
Isolados de características, cor branca e formato circular, ocorreram
nos dois sistemas de manejo totalizando, 26 isolados.
Os isolados de características centro amarelo, bordas creme e
formato circular, foram os que se fizeram presentes em maior número (62)
nos dois sistemas de manejo e áreas estudadas, destacando-se o sistema
PC de Pedra Preta (20) e Rondonópolis (19).
Isolados com características cor creme e formato circular, não foram
obtidos apenas no sistema PC em Pedra Preta. As características centro
amarelo, intermediária branca, borda transparente, oval ocorreu apenas na
área do município de Pedra Preta e correspondeu a cinco isolados,
enquanto que a as características centro branco, intermediária amarela,
bordas creme, formato circular ocorreu apenas na área de estudo de
Campos de Júlio, sistema PD.
De posse desses resultados, foi montada uma coleção de cultura com
349 isolados de rizóbio de nódulo de soja, que possibilitará pesquisas mais
aprofundadas em um futuro bem próximo, contribuindo assim para a
conservação dos recursos genéticos e da biodiversidade.
4.2. Análise de Agrupamento
A análise das características morfológicas e fisiológicas possibilitou a
elaboração de um dendrograma mostrando que as estirpes de rizóbio
estudadas apresentam grande variabilidade, o que promoveu o
estabelecimento de cinco grupos.
O grupo I foi constituído por 26 isolados, sendo 50% originados de
área de PD e 50% a área de PC. Além desses 26 isolados, observou-se a
presença, neste grupo, das quatro estirpes comerciais, ficando as duas
estirpes de B. japonicum separadas das duas de B. elkanii, por um grupo de
sete isolados, os quais apresentam maior similaridade com as estirpes de B.
japonicum (FIGURA 3).
38
FIGURA 3. Dendrograma do Grupo I obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo de
soja e das quatro estirpes comerciais: (350) SEMIA 587; (351)
SEMIA 5019 (=29W) Bradyrhizobium elkanii/ (352) SEMIA 5079
(=CPAC 15); (353) SEMIA 5080 (=CPAC 7) Bradyrhizobium
japonicum.
Padrão 1
Padrão 2
PD
PD
PC
PD
PD
PD
PD
PADRÃO 3
PADRÃO 4
PD
PD
PC
PC
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PC
PD
PD
PC
PC
Padrão 1
Padrão 2
PD
PD
PC
PD
PD
PD
PD
PADRÃO 3
PADRÃO 4
PD
PD
PC
PC
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PC
PD
PD
PC
PC
Padrão 1
Padrão 2
PD
PD
PC
PD
PD
PD
PD
PADRÃO 3
PADRÃO 4
PD
PD
PC
PC
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PC
PD
PD
PC
PC
Padrão 2
PD
PD
PC
PD
PD
PD
PD
PADRÃO 3
PADRÃO 4
PD
PD
PC
PC
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PC
PD
PD
PC
PC
39
O grupo II foi constituído por 103 isolados, sendo 48,5% originados de
área de PD e 51,5% de área de PC (FIGURA 4).
FIGURA 4. Dendrograma do Grupo Il obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo de
soja e das quatro estirpes comerciais.
A reação de pH inicialmente apresentada para esse grupo foi alcalina,
posteriormente neutra e por fim ácida, tendo como maior distância genética
o isolado de nº 41.
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PD
PD
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
40
O grupo III apresentou o maior número de componentes, 137
isolados, e predominância daqueles isolados de área de PC (62,5%)
(FIGURA 5).
FIGURA 5. Dendrograma do Grupo lIl obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo de
soja e das quatro estirpes comerciais.
Esse grupo foi aquele que apresentou maior diversificação tanto em
termos de reação de pH, como de características morfológicas, apesar das
semelhanças entre isolados.
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PC
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PC
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PC
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PD
PC
PC
PC
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
41
O grupo IV foi constituído por 55 isolados e apresentou predominância
de isolados de áreas de PD (FIGURA 6).
FIGURA 6. Dendrograma do Grupo lV obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo de
soja e das quatro estirpes comerciais.
PD
PD
PC
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
PC
42
O grupo V, que se posicionou mais distante das estirpes comerciais,
foi constituído por 28 componentes, sendo todos isolados de áreas de PD do
município de Rondonópolis (FIGURA 7).
FIGURA 7. Dendrograma do Grupo V obtido a partir de características
morfológicas e fisiológicas de rizóbios isolados de nódulo de
soja e das quatro estirpes comerciais.
Ficou demonstrado que o sistema de manejo teve efeito sobre a
diversidade de rizóbios, pois os isolados de áreas de PD ocorreram em
todos os grupos formados, o mesmo não acontecendo com os isolados de
áreas de PC.
Conforme observado também em outros estudos (Loureiro, 2003;
Terasawa, 2003), a elevada diversidade de rizóbio resulta, provavelmente,
de alterações decorrentes da adaptação ao ambiente e aos distintos
manejos de solo.
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
PD
43
A transferência lateral tem sido apontada como um importante recurso
adaptativo onde ocorre forte pressão seletiva (Sprent, 1994), como é o caso
do solo do Cerrado. Mesmo para bactérias capazes de nodular a soja, cujo
controle genético ocorre por meio do DNA cromossomal, a transferência
horizontal de regiões gênicas grandes, também foi evidenciada com
sequenciamento de B. japonicum (Kaneko et al., 2002). Desta forma, mesmo
com natureza clonal, populações de rizóbios são caracterizadas como
polimórficas (Provorov e Vorob’ev, 2000). A diversidade de características
microbiológicas e simbióticas aparecem como um fato incontestável em
solos brasileiros, expressa, particularmente, na Região do Cerrado
(Terasawa, 2003).
44
5. Conclusões:
Foi montada uma coleção de cultura de rizóbios com 349 isolados
apresentando grande variabilidade morfológica e fisiológica.
O sistema PD proporcionou maior diversidade de populações de
rizóbios, quando comparado com o sistema PC.
45
6. Referências Bibliográficas
BALOTA, E.L.; COLOZZI-FILHO, A.; ANDRADE, D.S.; HUNGRIA, M. Biomassa
microbiana e sua atividade em solos sob diferentes sistemas de preparo e
sucessão de culturas. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v.22,
p.641-649, 1998.
CARMEN, C. M.; CARMEN, C. N.; VARELA, G. R. Evaluación de la fijación
simbiótica de nitrógeno por el cultivo de la soya (Glycine max (L.) Merril) en un
suelo del valle. Acta Agronômica, Palmira, v.34, p. 74-85, 1984.
CATTELAN, A. J.; HUNGRIA, M. Nitrogen nutrition and inoculation. In: FAO
(Rome, Italy). Tropical soybean: improvement and production. Rome, 1994. p.
201-215.
CHEN, W.; LEE, T. M.; LAN, C. C.; CHENG, C. P. Characterization of
halotolerant rhizobia isolated from root nodules of Canavalia rosea from seaside
areas. FEMS Microbiology Ecology, Amsterdan, v. 34, n. 1, p. 9-16, Oct.
2000.
CHEN, L.S.; FIGUEIREDO, A.; MICHAJLUK, H.U.J.; HUNGRIA, M. Diversity
and Symbiotic Effectiveness of Rhizobia Isolated from Field-Grown Soybean.
Nodules in Paraguay. Biology and Fertility of Soil, Berlin, v. 35, p.448-457,
2002.
COLOZZI-FILHO, A.; BALOTA, E.L. Plantio direto: Microorganismos e
processos. In: SIQUEIRA, J.O.; MOREIRA, F.M.S.; LOPES, A.S.; GUILHERME,
L.R.;FAQUIN, V.; FURTINNI, A.E.; CARVALHO, J.G., eds. Soil fertility, soil
biology and plant nutrition interrelationships. Lavras: SBCS/UFLA/DCS,
1999, p.487-508.
CONAB. Acompanhamento da Safra 2005/2006: sétimo levantamento.
Brasília: Ministério da Agricultura e Abastecimento, 2006. 20p.
DERPSCH, R.; ROTH, C.H.; SIDIRAS, N.; KOPKE, U. Comparação entre
diferentes métodos de preparo do solo. In: DERPSCH, R.; ROTH, C.H.;
SIDIRAS, N.; KOPE, U. (Ed.). Controle da erosão no Paraná, Brasil: sistemas
de cobertura do solo, plantio direto e preparo conservacionista do solo.
Londrina: IAPAR/Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit, 1991.
p.71-116.
DI CASTRI. F.; YONES, T. Ecosystem function and biological diversity. Biology
International, Paris, n.22 , 1990. Special issue.
46
DUPUY, N.; WILLEMS, A.; POT, B.; DEWETTINCK, D.; VANDENBRUAENE, I.
Phenotypic and genotypic characterization of Bradyrhizobia nodulating the
leguminous tree Acacia albida. International Journal of Sistematic
Bacteriology, v.44, p.461-473, 1994.
D’UTRA, G. Soja. Jornal do Agricultor, Rio de Janeiro, v.4, t.7, 1882. p.185-
188.
FERREIRA, M.C.; ANDRADE, D.S.; CHUEIRE, L.M.O.; TAKEMURA, S.M.;
HUNGRIA, M. Effects of tillage method and crop rotation on the population sizes
and diversity of bradryhizobia nodulating soybean. Soil Biology &
Biochemistry, Oxford, v.32, p.627-637, 2000.
FRANCO, A. A.; FONSECA, O.O.M.; MARRIEL, L. Efeito do nitrogênio mineral
na atividade da nitrogenase e nitrato redutase durante o ciclo da soja no campo.
Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v.2, p.110-114, 1978.
FRED, E.B.; WAKSMAN, S.A. Yeast Extract: manitol agar laboratory manual of
general microbiology. New York: McGraw Hill, 1928. 145p.
FUHRMANN, J. Symbiotic effectiveness of indigenous soybean bradyrhizobia as
related to serological, morphological, rhizobitoxine, and hydrogenase
phenotypes. Applied and Environmental Microbiology, Washington, v.56,
p.224-229, 1990.
GRAHAM, P.H. Identification and classification of root nodule bacteria. In:
NUTMAN, P.S., ed. Symbiotic nitrogen fixation in plants. Cambridge:
Cambridge University, 1976. p. 99-112. (IBP, 7).
HUNGRIA, M. Sinais moleculares envolvidos na nodulação das leguminosas por
rizóbio. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 18, nº 3, p. 339-
364, 1994.
HUNGRIA, M.; ANDRADE, D.S.; BALOTA, E.L.; COLOZZI-FILHO, A.
Importância do sistema de semeadura direta na população microbiana do
solo. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1997. 9p. (EMBRAPA-CNPSo. Comunicado
Técnico, 56).
HUNGRIA, M.; VARGAS, M. A. T.; ARAÚJO, R. S. Fixação biológica do
nitrogênio em feijoeiro. In: VARGAS, M. A T.; HUNGRIA, M. (eds.). Biologia
dos solos dos Cerrados. Planaltina: EMBRAPA/CPAC, 1997 b. p. 189-294.
HUNGRIA, M.; VARGAS, M.A.T.; CAMPO, R.J.; MENDES, I.C. Fixação
Biológica do Nitrogênio. In: Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 27, 1999.
Brasília, Anais... Brasília: EMBRAPA, CDROM.
47
HUNGRIA, M. Características Biológicas em solos Manejados Sob Plantio
Direto. In: Reunión de La Red Latino-Americana de Agricultura
Conservacionista, 5, 999, Florianópolis, Anais... Florianópolis: EPAGRI,
CDROM, 2000.
HUNGRIA, M.; VARGAS, M. A. T. Environmental factors affecting N fixation in
grain legumes in the tropics, with an emphasis on Brazil. Field Crops
Research, Amsterdam, v.65, n.2/3, p.151-164, 2000.
HUNGRIA, M.; CAMPO, R.J.; MENDES, I.C. Fixação biológica do nitrogênio
na cultura da soja. Londrina: Embrapa Soja, 2001. 48p. (Embrapa Soja.
Circular Técnica, 35; Embrapa Cerrados. Circular Técnica, 13).
HUNGRIA, M.; FRANCHINI, J.C.; CAMPO, R.J.; GRAHAM, P. H. The
importance of nitrogen fixation to the soybean cropping in South América.
In: NEWTON, W.E. (Ed.) Nitrogen fixation research, origins and perspectives,
v.7, WERNER, D. (Co-ed.). Agriculture, Forestry, Ecology and Environment.
Amesterdam: Kluwer, 2005, p.25-42.
HYMOWITZ, T. On the domestication of the soybean. Economic Botany, New
York, v.24, p.408-421, 1970.
IBGE. Anuário Estatístico do Brasil, volume 53. Rio de Janeiro: 1993. p. 3-33-
34.
JORDAN, D.C. Rhizobiaceae. In: HRIEG, N.R.; HOLT, J.G. (Ed.). Bergey’s
manual of systematic bacteriology. 1984. v.1, p.235-256.
KANEKO, T.; NAKAMURA, Y.; SATO, S. MINAMISAWA, K.; UCHIUMI, T.;
SASAMOTO, S.; WATANABE, A.; IDESAWA, K.; IRIGUCHI, M.; KAWASHIMA,
K.; KOHARA, M.; MATSUMOTO, M.; SHIMPO, S.; TSURUOKA, H.; WADA, T.;
YAMADA, M.; TABATA, S. Complete genomic sequence of nitrogen-fixing
symbiotic bacterium Bradyrhizobium japonicum USDA 110. DNA Research, v.9,
p. 189-197, 2002.
KENNEDY, A.C.; PAPENDICK, R.I. Microbial characteristics of soil quality.
Journal of Soil and Water Conservation, v.50, p.243- 248, 1995.
KUYKENDALL, L.D.; SAXENA, B.; DEVINE, T.E.; UDELL, S.E. Genetic diversity
in Bradyrhizobium japonicum Jordan 1982 and a proposal for Bradyrhizobium
elkanii sp. Nov. Canadian Journal of Microbiology, Otawa, v.38, p.501-505,
1992.
LAL, R. Role of no-till farming in sustainable agriculture in tropies. In:
ENCONTRO LATINO AMERICANO SOBRE PLANTIO DIRETO NA PEQUENA
PROPRIEDADE,1., 1993, Ponta Grossa: IAPAR, 1993. p. 29-62.
48
LOUREIRO, M.F. Diversidade de Bradyrhizobium em solos cultivados com
soja sob os sistemas de plantio direto, convencional e orgânico em Mato
Grosso. 2003. 47p. Relatório Final (Pós-Doutorado) Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária do Paraná, Londrina-PR, 2003.
MALIK, K. A.; Claus, D. Bacterial culture collections: their importance to
biotechnology and microbiology. Biothecnology & Genetic Engineering
Reviews, Hants, v. 5, p. 1-419, 1987.
MARTINS, L.M.V.; NEVES, M.C.P.; RUMJANEK, N.G. Growth characteristics
and symbiotic efficiency of rhizobia isolated from cowpea nodules of the north-
east region of Brazil. Soil Biology and Biochemistry, v.29, p.1005-1010, 1997.
MELLONI, R. Densidade e diversidade de bactérias diazotróficas e fungos
micorrízicos arbusculares em solos de mineração de bauxita. 2001. 173p.
Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG, 2001.
MELO, I. S..Recursos genéticos microbianos. In: MELO, I.S.; VALADARES-
INGLIS, M. C.; NASS, L.L.; VALOIS; A.C.C. (Eds.) Recursos genéticos &
melhoramento – microrganismos. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente,
2002, p1-48.
MENDONÇA-HAGLER, L.C.S. Biodiversidade e Biossegurança.
Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento, Brasília, v. 18, p. 16-22, 2001.
MINTER, D. W. Dried reference collections as a microbiological resource. In:
AKKSOPP, D.; COLWEL, R.R.; HAWKSWORTH, D.L. (Ed.) Microbial diversity
and ecosystem function. Cambridge: CAB International; Cambridge University
Press, 1995, p. 403-414.
MOREIRA, F.M. de S. Caracterização de estirpes de rizóbio isoladas de
espécies florestais pertencentes a diversos grupos de divergência de
leguminosas introduzidas ou nativas da Amazônia e Mata Atlântica. 1991.
160p Tese (Doutorado) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Itaguaí-
RJ, 1991.
MOREIRA, F.M.S.; SILVA, M.F. da; FARIA, S.M. de. Occurrence of nodulation
in legume species in the Amazon region of Brazil. New Phytologist, v.121,
p.563-570, 1992.
MOREIRA, F.M.S.; GILLIS, M.; POT, B.; KERSKERS, K.; FRANCO, A.A.
Characterization of rhizobia isolated from different divergence groups of tropical
leguminosae by comparative polyacrylamide gel eletrophoresis of their total
proteins. Systematic and Applied Microbiology, v.17, p.135-146, 1993.
MOREIRA, F.M.S.; PEREIRA, E.G. Microsymbionts: Rhizobia. In: SWIFT, M.;
BIGNELL, D. (Ed.). Standard methods for assessment of soil biodiversity
and land use practice. Bogor, Indonesia, 2001. 34p.
49
MOREIRA, F.M.S; SIQUEIRA, J.O. Microbiologia e bioquímica do solo.
Lavras: Ufla, 2002. 626p.
MORSE, W. J. History of soybean production. In: MARKLEY, K. L., ed.
Soybeans and soybean products. New York: Interscience, 1950. p.3-59.
ODEE, D.W.; SUTHERLAND, J.M.; MAKATIANI, E.T.; MCINROY, S.G.;
SPRENT, J.I. Phenotipic characteristics and composition of rhizobia associated
with woody legumes growing in diverse Kenyan conditions. Plant and Soil,
v.188, p.65-75, 1997.
OJIMA, A. L. R.; ROCHA, M. B. Desempenho logístico e inserção econômica do
agronegócio da soja: as transformações no escoamento da safra. In:
CONGRESSO DA SOBER, 43., 2005, Ribeirão Preto. Resumos... São Paulo:
IEA, 2005. p.1-13.
PELCZAR, M. S.; REID, R. D.; CHAN, E.C.S. Microbiologia. São Paulo;
McGraw-Hill do Brasil, v.1, 1981.
PEREIRA, E.G. Diversidade de rizóbios isolados de diferentes sistemas de
uso da terra na Amazônia. 2000. 93p. Tese (Doutorado) - Universidade
Federal de Lavras, Lavras-MG, 2000.
PITARD, R.M. Organização e Manutenção da Coleção de Bactérias
Diazotróficas do CNPAB - I. Dados referentes ao período de janeiro de
1994 a dezembro de 1999. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, dez. 2000.
13p. (Embrapa-CNPAB. Documentos,121).
PRASAD, P.; BASU, S.; BEHERA, N. A comparative account of the
microbiological characteristics of soils under natural forest, grassland and crop
field from Eastern India. Plant and Soil, v.175, p.85-91, 1994.
PROVOROV, N.A.; VOROB´EV, N.I. Evolutionary genetics of nodule bacteria:
molecular and population aspects. Russian Journal of Genetics, v.36, p.1323-
1335, 2000.
ROESSING, A. C.; GUEDES, L. C. A. Aspectos econômicos do complexo soja:
sua participação na economia brasileira e evolução na região do Brasil Central.
In: ARANTES, N. E. e SOUZA, P. I. M., eds. Cultura da soja nos cerrados.
Piracicaba, POTAFOS, 1993. p. 1 - 69.
SIDIRAS, N.; HENKLAIN, J. C.; DERPSCH, R. Comparison of three different
tillage systems with respect to aggregate stability, the soil and water
conservation and the yields of soybean and wheat on an oxisol. Journal of
Agronomy and Crop Science, v. 151, p. 137-148, 1982.
50
SIDIRAS, N.; PAVAN, M. A influência do sistema de manejo do solo na
temperatura do solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 10,
p. 181-184, 1986.
SILVA, A.P. Micorrizas arbusculares no agrossistema soja no Estado de
Mato Grosso. 2004. 118p. Dissertação (Mestrado em Agricultura Tropical) –
Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Universidade Federal de Mato
Grosso, Cuiabá-MT, 2004.
SPRENT, J.I. Evolution and diversity in the legume-Rhizobium symbiosis: chãos
teory? Plant and Soil, Dordrecht, v.161, p.1-10, 1994.
STOTZKY, G. Soil as an enviroment for microbial life. In: van ELSAS, J.D.;
TREVORS, J.T.; WELLINGTON, E.M.H. (Eds.). Modern soil microbiology.
New York: Marcel Dekker, Inc., 1997. p. 1-20.
SUGAZAWA, J.; UTSUMI, T.; SUGIYAMA, T.; MORIYA, S. Bacterial
Biodiversity: A Time for Place. ASM News, v. 65, p.681-687, 1993.
TERASAWA, L.V.G. Diversidade fenotípica de rizóbios isolados de nódulos
de soja (Glycine max L. MERRIL.) inoculada com solo de cerrados. 2003.
108p. (Tese de doutorado) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR,
2003.
VARGAS, M. A. T.; SUHET, A. R. Efeito de tipos e níveis de inoculante na soja
cultivada em um solo de cerrados. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília,
v. 15, n. 3, p. 343-347, 1980 a.
VARGAS, M. A. T.; SUHET, A. R. Efeito da inoculação e deficiência hídrica no
desenvolvimento da soja em um solo de cerrados. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, Campinas, v. 4, n.1, p. 17-21, 1980 b.
VARGAS, M. A. T.; PERES, J.R.R.; SUHET, A. R. Adubação nitrogenada,
inoculação e épocas de calagem para a soja em um solo sob cerrado. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 17, p.1127-1132, 1982 a.
VARGAS, M. A. T.; MENDES, I. C.; SUHET, A. R.; PERES, J.R. Adubação
nitrogenada e inoculação de soja em solos de cerrado. Planaltina,
EMBRAPA-CPAC, 1982 b. 11p. (EMBRAPA-CPAC. Circular Técnica , 13).
VARGAS, M. A. T.; HUNGRIA, M. Fixação biológica do N
2
na cultura da soja. In:
VARGAS, M. A. T.; HUNGRIA, M. (Ed.). Biologia dos solos dos Cerrados.
Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1997. p. 295-360.
51
VARGAS, M. A. T.; MENDES, I. C.; CARVALHO, A. M.; LOBO-BURLE, M.;
HUNGRIA, M. Inoculação de leguminosas e manejo de adubos verdes. In:
SOUZA, D. M. G. de; LOBATO, E. (Eds.) Cerrado: correção do solo e
adubação. 2ª ed. Brasília: EMBRAPA-INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA, 2004.
cap 4. p. 97-123.
VINCENT, J.M. Manual for the practical study of root nodule bacteria.
Oxford: Blackwell, 1970. 164p.
WILLEMS, A.; DOIGNON-BOURCIER, F.; COOPMAN, R.; HOSTE, B.; DE
LAJUDIE, P.; GILLIS, M. AFLP fingerprint analysis of Bradyrhizobium strains
isolated from Faidherbia albida and Aeschynomene species. Systematic and
Applied Microbiology, v.23, p.137-147, 2000.
XU, L. M.; GE, C.; CUI, Z.; LI, J.; FAN, H. Bradyrhizobium liaoningensis sp. Nov.
isolated from the root nodules of soybean. International Journal of Systematic
Bacteriology, Washington, v.45, p.706-710, 1995.
52
APÊNDICES
53
APÊNDICE 1. Características de isolados de rizóbio de nódulos de soja, sob plantio convencional
no município de Campos de Júlio – MT
Descrição
Ponto Nódulo Controle
pH Cor Detalhe Formato
1 1 1 ácido amarelo claro centro amarelo escuro circular
2 2 ácido creme centro amarelo claro oval
3 3 ácido creme centro amarelo claro oval
4 4 ácido creme centro amarelo claro oval
5 5 alcalino creme circular
2 1 6 alcalino creme circular
2 7 ácido amarelo claro circular
3 a 8 alcalino branco circular
3 b 9 alcalino creme circular
4 10 neutro creme centro amarelo claro circular
5 11 neutro creme centro amarelo claro circular
3 1 a 12 ácido amarelo claro circular
1 b 13 ácido creme circular
2 14 alcalino creme circular
3 15 ácido creme centro amarelo escuro circular
4 16 neutro creme centro amarelo escuro circular
5 17 ácido amarelo claro circular
4 1 18 ácido amarelo claro circular
2 19 alcalino centro amarelo claro bordas creme circular
3 20 ácido centro amarelo claro bordas creme circular
4 21 ácido centro amarelo escuro bordas creme circular
5 22 ácido centro amarelo escuro bordas creme circular
5 1 23 alcalino creme circular
2 a 24 alcalino rosa circular
2 b 25 alcalino branco circular
3 26 ácido centro amarelo bordas creme circular
4 27 alcalino amarelo claro circular
5 28 ácido centro branco intermediário amarelo
claro/ bordas creme
circular
6 1 a 29 ácido transparente circular
1 b 30 ácido centro branco bordas transparente circular
2 a 31 alcalino creme circular
2 b 32 alcalino transparente circular
3 33 alcalino creme circular
4 34 neutro creme circular
5 35 ácido creme circular
7 1 a 36 ácido creme centro amarelo claro circular
1 b 37 ácido branco circular
2 38 neutro branco circular
3 39 neutro creme centro amarelo claro circular
4 40 neutro creme centro amarelo claro circular
5 41 ácido creme circular
8 1 42 alcalino creme centro amarelo claro circular
2 a 43 neutro amarelo escuro circular
2 b 44 neutro branco circular
3 45 neutro branco circular
4 46 ácido amarelo escuro circular
5 47 ácido creme circular
9 1 48 neutro creme circular
2 49 ácido amarelo claro circular
3 50 ácido creme circular
4 51 ácido creme circular
5 52 ácido amarelo claro circular
10 1 53 ácido amarelo claro centro escuro circular
2 a 54 ácido amarelo claro oval
54
2 b 55 ácido amarelo claro circular
3 56 ácido amarelo claro circular
4 a 57 neutro amarelo claro irregular
4 b 58 neutro branco circular
5 a 59 neutro branco circular
5 b 60 neutro amarelo escuro centro amarelo escuro circular
5 c 61 neutro amarelo claro circular
APÊNDICE 2. Características de isolados de rizóbio de nódulos de soja sob
plantio direto no município de Campos de Júlio - MT
Descrição
Ponto Nódulo Controle
pH Cor Detalhe F
o
1 1 a 62 neutro creme centro creme escuro ci
1 b 63 neutro centro amarelo claro bordas creme ci
2 a 64 neutro centro creme escuro bordas creme ci
2 b 65 neutro amarelo claro ci
3 66 neutro transparente ci
4 67 ácido creme ci
5 68 alcalino transparente
o
2 1 69 alcalino amarelo claro ci
2 70 alcalino creme centro amarelo claro ci
3 71 ácido creme centro amarelo claro ci
4 a 72 alcalino amarelo claro ci
4 b 73 alcalino creme ci
5 a 74 alcalino creme centro amarelo claro ci
5 b 75 alcalino creme ci
3 1 76 ácido creme
o
2 77 neutro creme
o
3 78 ácido creme ci
4 79 ácido creme ci
5 80 ácido creme ci
4 1 81 ácido amarelo claro ci
2 82 neutro creme ci
3 83 neutro creme centro amarelo claro ci
4 a 84 neutro branco ci
4 b 85 neutro creme ci
5 86 ácido creme ci
5 1 87 ácido creme centro amarelo escuro irr
e
2 a 88 ácido transparente centro branco
o
2 b 89 ácido transparente centro amarelo claro
o
3 90 ácido creme centro amarelo claro
o
4 91 ácido creme ci
5 a 92 ácido branco ci
5 b 93 ácido creme centro amarelo claro ci
6 1 94 neutro creme ci
2 a 95 ácido amarelo claro irr
e
2 b 96 ácido creme centro creme escuro ci
3 97 ácido creme centro creme escuro ci
4 98 ácido creme centro creme escuro ci
5 99 ácido creme centro creme escuro ci
7 1 100 ácido creme
o
2 101 neutro creme
o
3 102 ácido creme
o
55
4 103 neutro creme
o
5 a 104 alcalino creme irr
e
5 b 105 alcalino creme
o
8 1 a 106 alcalino creme
o
1 b 107 alcalino transparente ci
2 108 alcalino creme ci
3 109 alcalino creme ci
4 110 ácido creme ci
5 111 ácido creme
o
9 1 112 neutro creme
o
2 113 ácido creme ci
3 114 ácido creme centro amarelo claro irr
e
4 115 ácido branco centro escuro ci
5 116 ácido creme ci
10 1 117 ácido creme ci
2 a 118 ácido branco ci
2 b 119 ácido amarelo claro ci
3 120 ácido amarelo claro ci
4 121 ácido amarelo claro ci
5 122 ácido amarelo claro ci
APÊNDICE 3. Características de isolados de rizóbio de nódulos de soja sob
plantio convencional no município de Rondonópolis – MT
Descrição
Ponto Nódulo Controle
pH Cor Detalhe For
m
1 1 122 ácido amarelo claro centro amarelo escuro circ
u
2 123 ácido amarelo claro centro amarelo escuro circ
u
3 124 ácido amarelo claro centro amarelo escuro circ
u
4 125 ácido amarelo claro centro amarelo escuro circ
u
5 126 ácido creme centro amarelo escuro circ
u
2 1 127 ácido creme centro amarelo escuro circ
u
2 128 ácido creme centro amarelo escuro circ
u
3 129 ácido creme centro amarelo escuro circ
u
4 130 ácido creme circ
u
5 131 ácido branco circ
u
3 1 a 132 ácido gelatinoso transparente circ
u
1 b 133 ácido branco circ
u
2 134 ácido creme ova
l
3 135 ácido creme circ
u
4 136 ácido creme centro creme escuro ova
l
5 137 ácido creme centro creme escuro ova
l
4 1 a 138 ácido gelatinoso transparente ova
l
1 b 139 ácido creme centro creme escuro ova
l
2 140 ácido creme ova
l
3 141 ácido creme circ
u
4 142 ácido creme circ
u
5 143 ácido creme centro creme escuro ova
l
5 1 144 ácido creme circ
u
2 145 ácido amarelo claro circ
u
3 a 146 ácido gelatinoso transparente circ
u
3 b 147 ácido creme centro creme escuro circ
u
4 148 ácido centro amarelo
escuro
bordas creme ova
l
56
5 149 neutro centro amarelo claro bordas creme circ
u
6 1 150 neutro centro amarelo claro bordas creme circ
u
2 151 alcalino centro amarelo claro bordas creme circ
u
3 152 ácido centro amarelo claro bordas creme circ
u
4 153 ácido centro amarelo claro bordas creme circ
u
5 154 ácido centro amarelo claro bordas creme circ
u
7 1 a 155 ácido transparente circ
u
1 b 156 ácido centro amarelo claro bordas creme circ
u
2 157 alcalino centro amarelo claro bordas creme circ
u
3 158 ácido creme centro amarelo claro circ
u
4 159 ácido creme centro amarelo claro circ
u
5 160 ácido creme centro amarelo claro circ
u
8 1 161 ácido creme centro amarelo claro circ
u
2 a 162 neutro centro amarelo claro bordas creme circ
u
2 b 163 neutro transparente ova
l
3 164 ácido centro amarelo claro bordas creme ova
l
4 165 ácido centro amarelo claro bordas creme ova
l
5 166 ácido centro amarelo claro bordas creme circ
u
9 1 167 ácido creme centro amarelo escuro circ
u
2 168 alcalino creme circ
u
3 169 ácido amarelo claro circ
u
4 170 ácido creme centro amarelo claro circ
u
5 171 neutro creme centro amarelo claro circ
u
10 1 172 ácido creme centro amarelo claro circ
u
2 173 ácido creme centro amarelo claro circ
u
3 174 ácido creme centro amarelo claro circ
u
4 175 alcalino creme centro amarelo claro circ
u
5 176 alcalino creme centro amarelo claro circ
u
APÊNDICE 4. Características de isolados de rizóbio de nódulos de soja, sob
plantio direto no município de Rondonópolis – MT
Descrição
Ponto Nódulo Controle
pH Cor Detalhe
1 1 178 ácido amarelo claro
2 179 ácido centro amarelo claro bordas creme
3 180 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 181 ácido centro amarelo claro bordas creme
5 a 182 alcalino creme
5 b 183 alcalino branco
2 1 184 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 185 alcalino centro creme escuro bordas creme
3 186 ácido creme
4 187 ácido centro amarelo claro bordas creme
5 a 188 ácido creme centro amarelo claro
5 b 189 ácido amarelo claro
3 1 190 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 191 ácido centro amarelo claro bordas creme
3 192 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 193 neutro centro amarelo claro bordas creme
5 194 alcalino branco
57
4 1 195 alcalino centro amarelo claro bordas creme
2 196 ácido centro amarelo claro bordas creme
3 197 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 198 ácido centro amarelo claro bordas creme
5 199 alcalino centro amarelo claro bordas creme
5 1 200 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 201 alcalino centro amarelo claro bordas creme
3 202 ácido creme
4 203 ácido creme
5 204 ácido creme
6 1 205 ácido creme
2 206 neutro creme
3 207 neutro creme
4 208 neutro creme
5 209 neutro creme
7 1 a 210 ácido branco centro escuro
1 b 211 ácido creme
2 212 ácido creme centro creme escuro
3 213 ácido creme centro amarelo claro
4 214 ácido creme centro creme escuro
5 215 ácido creme
8 1 216 ácido creme
2 217 ácido creme
3 a 218 ácido vermelho
3 b 219 ácido creme
4 220 neutro creme centro amarelo claro
5 221 neutro branco
9 1 222 neutro amarelo claro
2 223 neutro branco
3 224 neutro centro amarelo claro bordas creme
4 225 neutro centro amarelo escuro bordas creme
5 226 neutro centro amarelo claro bordas creme
10 1 227 neutro centro amarelo claro bordas creme
2 228 ácido centro amarelo claro bordas creme
3 229 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 230 ácido centro amarelo claro bordas creme
5 231 ácido centro amarelo claro bordas creme
APÊNDICE 5. Características de isolados de rizóbio de nódulos de soja, sob
plantio convencional no município de Pedra Preta – MT
58
A
P
Descrição Ponto Nódulo Controle
pH Cor Detalhe
1 1 232 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 233 neutro centro amarelo claro bordas creme
3 234 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 235 neutro centro amarelo claro bordas creme
5 236 ácido centro amarelo escuro bordas creme
2 1 237 ácido centro amarelo escuro bordas creme
2 238 ácido centro amarelo escuro bordas creme
3 239 ácido centro amarelo escuro bordas creme
4 240 ácido centro amarelo escuro bordas creme
5 241 ácido centro amarelo escuro bordas creme
3 1 242 ácido centro amarelo escuro bordas creme
2 243 ácido centro amarelo escuro bordas creme
3 244 alcalino branco centro creme
4 245 alcalino centro amarelo escuro bordas creme
5 246 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 1 247 ácido centro amarelo escuro bordas creme
2 248 ácido centro amarelo escuro bordas creme
3 249 ácido centro amarelo escuro bordas creme
4 250 ácido centro amarelo escuro bordas creme
5 251 ácido centro amarelo escuro bordas creme
5 1 252 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 253 ácido centro amarelo claro bordas creme
3 254 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 255 ácido centro amarelo claro bordas creme
5 256 ácido centro amarelo escuro bordas creme
6 1 257 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 258 ácido centro amarelo claro bordas creme
3 a 259 ácido branco
3 b 260 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 261 ácido centro amarelo claro bordas creme
5 262 ácido centro amarelo claro bordas creme
7 1 263 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 264 ácido centro amarelo claro bordas creme
3 265 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 266 ácido centro amarelo claro bordas creme
5 267 ácido centro amarelo claro bordas creme
8 1 268 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 269 ácido amarelo claro
3 270 ácido amarelo claro
4 271 ácido amarelo claro
5 272 ácido amarelo claro
9 1 273 ácido amarelo claro
2 274 ácido amarelo claro
3 275 ácido amarelo claro
4 276 neutro amarelo claro
5 277 ácido creme
10 1 278 neutro creme
2 279 neutro creme
3 280 ácido amarelo claro
4 281 ácido centro amarelo escuro bordas creme
5 282 ácido centro amarelo escuro bordas creme
59
ÊNDICE 6. Características de isolados de rizóbio de nódulos de soja, sob plantio direto no
município de Pedra Preta – MT
Descrição
Ponto Nódulo Controle
pH Cor Detalhe
1 1 283 ácido centro amarelo escuro bordas creme
2 284 ácido centro amarelo escuro bordas creme
3 a 285 ácido centro amarelo escuro bordas creme
3 b 286 ácido amarelo claro
4 287 ácido centro amarelo claro bordas creme
5 288 ácido centro amarelo claro bordas creme
289 ácido amarelo claro
2 1 290 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 a 291 alcalino branco
2 b 292 alcalino centro amarelo claro
intermediária branca
bordas transparentes
3 293 alcalino centro amarelo claro bordas creme
4 a 294 alcalino branco
4 b 295 alcalino centro amarelo claro bordas creme
5 a 296 alcalino branco
5 b 297 alcalino centro amarelo claro bordas creme
3 1 298 alcalino centro amarelo claro
intermediária branca
bordas transparentes
2 299 alcalino centro amarelo claro
Intermediária branca bordas
transparentes
3 300 ácido centro amarelo claro
Intermediária branca
bordas transparentes
4 301 alcalino centro amarelo claro
Intermediária branca
bordas transparentes
5 302 ácido creme centro creme escuro
4 1 303 ácido branco centro creme escuro
2 a 304 ácido gelatinoso transparente
2 b 305 ácido branco centro creme escuro
3 306 ácido branco
4 a 307 alcalino amarelo
4 b 308 alcalino branco
5 309 alcalino creme centro amarelo claro
5 1 310 ácido amarelo
2 311 alcalino creme
3 312 alcalino creme centro creme escuro
4 313 ácido creme centro amarelo claro
5 a 314 alcalino creme
5 b 315 alcalino creme centro amarelo claro
6 1 316 ácido creme centro amarelo claro
2 317 ácido bordas creme centro amarelo claro
3 a 318 neutro creme centro creme escuro
3 b 319 neutro amarelo claro
4 a 320 neutro centro amarelo claro bordas creme
4 b 321 neutro creme centro creme escuro
5 a 322 alcalino branco
5 b 323 alcalino centro amarelo claro bordas creme
7 1 324 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 a 325 ácido centro amarelo claro bordas creme
2 b 326 ácido creme
3 327 ácido centro amarelo claro bordas creme
4 328 ácido centro amarelo claro bordas creme
5 329 ácido creme centro amarelo
8 1a 330 alcalino branco
1 b 331 alcalino creme
1 c 332 alcalino creme centro creme escuro
2 333 neutro creme centro amarelo claro
3 a 334 alcalino creme centro amarelo claro
3 b 335 alcalino creme centro creme escuro
60
4 336 alcalino branco
5 337 alcalino branco
9 1 a 338 ácido amarelo claro
1 b 339 alcalino branco
2 340 ácido amarelo claro
3 341 ácido branco
4 342 ácido creme
5 343 ácido creme
10 1 a 344 ácido gelatinoso transparente
1 b 345 ácido creme
2 346 alcalino transparente centro creme escuro
3 347 alcalino transparente centro creme escuro
4 348 alcalino transparente centro creme escuro
5 349 alcalino transparente centro creme escuro
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo