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Tabela 16: Correlações
1
H x
1
H observadas no espectro de COSY para a aglicona
de PE-5.
δ
1
H
(mult., J, H) δ
1
H
(mult., J, H)
6,45(d, J=2,1Hz, H-6) 6,78(d, J=2,1Hz, H-8)
7,78(d, J=8,7Hz, H-2’/H-6’) 6,90 (d, J=8,7Hz, H-3’/H-5’)
Os espectros de RMN de
13
C (Figura 21) e o espectro de DEPT (Figura 22)
confirmaram a unidade aglicônica como sendo o canferol, pela presença de quinze
carbonos na região de aromáticos, sendo nove carbonos não ligados a hidrogênios,
um sinal de carbonila de cetona em 178,8 ppm , quatro carbonos metínicos ligados a
dupla ligação em δ
C
161,1, 160,3, 158,0, 156,3, além dos demais sinais.
A presença destes sinais e o padrão de acoplamento observado,
caracterizaram a unidade aglicônica de PE-5 como a 3, 4
’
, 5, 7-tetraidroxiflavona
(canferol). A presença de duas unidades glicosídicas foram evidenciadas pelos
sinais de dois dubletos em δ
H
5,29 e 5,54 correlacionados aos carbonos em δ
C
98,6
e 102,1, respectivamente no espectro de HSQC (Figura 23). Estas unidades foram
caracterizadas como raminose principalmente pela presença de sinais para dois
grupos metílicos em δ
H
1,12 (d, J=6,0Hz) e 0,79 (d, J=6,0Hz), correlacionadas aos
sinais em δ
C
18,1 e 17,7 no espectro de HSQC.
Os sinais de dois carbonos anoméricos em δ
C
98,6 e 102,1, e de dois
carbonos metilícos δ
C
18,1 e 17,7 e demais sinais de carbonos oximetínicos, na
região de δ
C
72,0 a 70,0, confirmaram as unidades glicosídicas.
O valor da constante de acoplamento (J=1,5 Hz) para os hidrogênios
anoméricos, evidenciaram a configuração
α
, para as duas unidades de raminose.
Estes valores correspondem a um acoplamento do tipo equatorial-equatorial entre o
H- anomérico H-1’’ com H-2’’ e entre H-1’’’ com H-2’’’.
As correlações observadas no espectro de HSQC (Figura 23), Tabela 17,
permitiram confirmar a atribuição dos deslocamentos químicos
de hidrogênios e
carbonos, para as unidades glicosídicas e a aglicônica.