de Janeiro e até mesmo do Brasil onde a sua ocupação se dá a partir de reformas urbanas como
foi à abertura do Túnel conhecido como Velho. Desde então, vem recebendo investimentos
como foi à abertura do Túnel do Leme, a construção da Av: Atlântica, e mais tarde, já na década
de 70, com a duplicação da mesma avenida, a construção dos postos de salvamentos, a
implantação de quiosques para a venda de alimentos e a reforma dos mesmos com um novo
conceito arquitetônico iniciada em 2005. BOTELHO(2006:48) nos ensina que a revitalização
urbana ocorre em função de um discurso que trata a cidade como imagem e para tal é necessário
recuperar o histórico e criar o novo, possuindo muitas vezes caráter monumental. Para
HUYSSEN(2000:100) em um contexto de competitividade global a imagem da cidade é o foco
central para a conquista do sucesso. A Praia de Copacabana passa de ambiente-paisagem, que
serviu de inspiração para os versos, para a música, especialmente a MPB, para palco onde,
recebe os maiores artistas da música brasileira e internacional. Ganha caráter de monumental
para a recepção de diferentes tipos de eventos, principalmente os esportivos e os musicais. O
mesmo autor nos é importante para pensar como essa imagem da cidade é importante e
elaborada pelos seus agentes ao nos ensinar que:
“A noção de cidade como um signo, contudo parece tão pertinente quanto antes,
mesmo que agora num sentido mais pictórico e mais relacionado à imagem do que
num sentido textual. Mas essa mudança da escrita para à imagem traz uma
significativa inversão. Para ser bem claro: o discurso da cidade como texto, nos anos
de 1970, era sobretudo um discurso que envolvia arquitetos, críticos literários,
teóricos e filósofos determinados a explorar e criar novos vocabulários para o espaço
urbano depois do modernismo. O discurso atual da cidade como imagem é dos “pais
da cidade”, empreendedores, políticos que tentam aumentar a receita com turismo de
massa, convenções e aluguel de espaços comerciais. O que é central para esse novo
tipo de política urbana são os espaço estéticos para consumo cultural, megastores e
megaeventos músicos, festivais e espetáculos de todo tipo, todos tentando atrair
novos tipos de turista – desde o visitante de feriado até o incansável caminhador
metropolitano, que vieram substituir o velho modelo ocioso flâneur. O flâneur,
mesmo sendo um outsider em sua própria cidade, sempre figurou como um
habitante, em vez de um viajante semrpe em movimento. Mas, hoje em dia é o
turista, mais que ao flâneur, que a nova cultura da cidade quer apelar, ao mesmo
tempo em que teme o indesejável duplo do turista: o migrante expatriado.”
(HUYSSEN, 2000:91)
Devido ao status de local turístico, de repercussão nacional e internacional utilizamos os
autores BERGER & LUCKMANN(1973) para pensar o papel das instituições no espaço, já que
sua base conceitual nos informa que as mesmas exercem o controle social, funcionam como
mecanismo de regulação da sociedade, e como num movimento cíclico, também elaboram
construções sociais, e é nessa elaboração de construções sociais que a mídia constrói a imagem
de uma praia onde seus freqüentadores são dotados de aptidões para a prática esportiva, as
opções de lazer no espaço estimuladas pelos clubes e associações presentes desde a década de