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UNIVERSIDADE DE BRAS
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ILIA
INSTITUTO DE F
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DISSERTAC¸
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AO DE MESTRADO
C
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ALCULO DAS CONSTANTES
ESPECTROSC
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OPICAS DOS SISTEMAS
DIAT
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OMICOS CH, CN, E NH VIA AJUSTE DE
CURVAS DE ENERGIA POTENCIAL
FABIO VIEIRA MOURA
Bras´ılia, 26 de agosto de 2007
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DISSERTAC¸
˜
AO DE MESTRADO
C
´
ALCULO DAS CONSTANTES
ESPECTROSC
´
OPICAS DOS SISTEMAS
DIAT
ˆ
OMICOS CH, CN, E NH VIA AJUSTE DE
CURVAS DE ENERGIA POTENCIAL
FABIO VIEIRA MOURA
ORIENTADOR: Prof. Ricardo Gargano
CO-ORIENTADORA: Alessandra F. A. Vilela
Bras´ılia, 26 de agosto de 2007
ads:
C
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ALCULO DAS CONSTANTES ESPECTROSC
´
OPICAS
DOS SISTEMAS DIAT
ˆ
OMICOS CH, CN, E NH VIA
AJUSTE DE CURVAS DE ENERGIA POTENCIAL
Por
Fabio Vieira Moura
Disserta¸ao apresentada ao Instituto de F´ısica da Universidade de Bras´ılia como
parte dos requisitos necess´arios para a obten¸ao do t´ıtulo de Mestre em F´ısica.
Aprovada por:
Prof. Dr. Ricardo Gargano
(Orientador) IF-UnB
Wiliam Ferreira da Cunha
IF-UnB
Pedro Hemrique de Oliveira Neto
IF-UnB
Bras´ılia,
Prof. Tarc´ısio Marciano
Coordenador de os-Gradua¸ao
Instituto de F´ısica
Universidade de Bras´ılia
Dedico este trabalho ao Universo, que ´e entre
outras coisas, a nossa casa. Dedico-o ainda
a sua beleza, ao silˆencio, ao seu mist´erio.
Dedico-o a sua imensid˜ao, a sua plenitude e
sua escurid˜ao, ou seja, DEDICO-O A VIDA!
Meu apelo, por uma revolu¸ao espiritual, ao ´e um apelo
por uma revolu¸ao religiosa. Considero que a espirituali-
dade esteja relacionada com aquelas qualidades do esp´ırito
humano - tais como amor e compaix˜ao, paciˆencia, tolerˆancia,
capacidade de perdoar, contentamento, no¸ao de responsabi-
lidade, no¸ao de harmonia - que trazem felicidade tanto para a
pr´opria pessoa quanto para os outros.
´
E por isso, que `as vezes
digo, que talvez se possa dispensar a religi˜ao. O que ao se
pode dispensar ao essas qualidades espirituais asicas.”
Dalai Lama
Agradecimentos
Ao meu orientador Ricardo Gargano, pela paciˆencia, confian¸ca, apoio e
incentivo fundamentais na realiza¸ao desse trabalho. Agrade¸co, imensamente, pela
oportunidade de trabalhar com uma pessoa, que ´e entre outras coisas, um exemplo de
cidad˜ao humilde, simples e honesto. Agrade¸co-o ainda, pela generosa contribui¸ao
para com meu amadurecimento profissional.
Agrade¸co aos professores da os-gradua¸ao que com a realiza¸ao de seus
trabalhos contribuem tanto para o progresso da ciˆencia, quanto para o sucesso dos
alunos e, conseq¨uentemente, para o engrandecimento do pa´ıs. ao poderia deixar
de agradecer a minha co-orientara Alessandra F. A. Vilela, por sua paciˆencia e sua
vasta experiˆencia na ´area. Ao professor Geraldo Magela, pelo seu trato cordial e
pela sua vasta sabedoria transmitida em conversas informais no instituto.
Agrade¸co ao apoio da minha fam´ılia, as minhas irm˜as: Fl´avia, Gilmara, e
a minha adorada sobrinha, Giovana, que ao o suporte da minha vida e que sempre
cuidaram de mim. Em especial, agrade¸co, minha ae elia Vieira Moura e ao meu
pai Esmeraldo Pereira Moura pelo exemplo de pessoa que sempre foi, al´em de um
car´ater inquebranavel - muito obrigado! Com todo carinho agrade¸co `a Fabiana.
Um agradecimento, em especial, ao Ronni Amorim e ao Pedro Henrique de
O. Neto. Agrade¸co de cora¸ao tamb´em aos outros amigos que cultivei aqui: Ander-
son, Alexendre, Abra˜ao, Brunno “Padre”, abio Mendes, abio Japonˆes, Leonardo
“tartaruga”, Ednardo “Edbenga”, Jonathas, Marcelo , Nanderson, Pedro, William
“Vivi”, Daniela, Ma´ıra, Alexandre, Lucas, Adoniel, “Cebola”, Alessandra “Sofia”,
Camila, Tiago, Mirian, Karine, entre outros, sem menos importˆancia.
ao poderia esquecer dos ex-professores que tive na gradua¸ao, eles me
ajudaram a trilhar este caminho com muito profissionalismo e competˆencia, sempre
motivando-me com sua ampla vis˜ao de F´ısica e de fazer F´ısica. As Minhas sinceras
amizade: Araken Werneck Rodrigues dos Santos, Paulo Eduardo de Brito, Sergio
Luis Garavelli, entre outros, sem menos importˆancia.
Aos meus ex-colegas de gradua¸ao Cleb er, Diego, Warner, Rodrigo, que com
certeza est˜ao trilhando outros caminhos.
`
A coordena¸ao de os-gradua¸ao que com o seu trabalho di´ario possibilita
que outros, al´em do nosso, seja realizado. Em especial, agrade¸co na secretaria da
F´ısica: Amanda, elia, e todos outros.
vii
Resumo
O objeto central desse trabalho ´e a obten¸ao das constantes espectrosc´opicas
vibracionais dos sistemas diatˆomicos CH, CN e NH. Para tanto foi necess´ario resolver
a equa¸ao de Schr¨odinger eletrˆonica para arias configura¸oes nucleares, gerando
assim as curvas de energia potencial (CEP) desses sistemas. Para resolver a equa¸ao
eletrˆonica dos sistemas estudados foram utilizados arios n´ıveis de alculos e bases
diferentes. Em seguida, estas CEPs foram ajustadas para forma anal´ıtica do tipo
Rydberg generalizada e polinˆomios em coordenadas Bond Order, de graus 3, 4, 5
e 6. As constantes espectrosc´opicas obtidas para os sistemas em estudo, obtidas a
partir das CEPs ajustadas, concordam muito bem com os resultados exp erimentais
dispon´ıveis da Literatura.
viii
Abstract
The main goal of this work was to determine the vibrational spectroscopic
constants of the CH, CN and NH diatomic systems. It was necessary to evaluate the
electronic Schr¨odinger equation to several nuclear configuration (potencial energy
curves) of these systems. To solve this equation it was used several levels and basis
set functions. Following, these potential energy curves were fitted considering the
Bond Order and Rydberg analytic functions. The CH, CN and NH spectroscopic
constants were obtained through these fitting and they are in good agreement with
the data found in the literature.
ix
Sum´ario
1 Introdu¸ao 1
2 O Problema Molecular 4
2.1 A Aproxima¸ao de Born-Oppenheimer . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Determinante de Slater e Aproxima¸ao de Hartree-Fock . . . . . . . . 8
2.2.1 M´etodo de Configura¸ao de Intera¸ao (CI). . . . . . . . . . . . 16
2.2.2 Configura¸ao de Intera¸ao Quadr´atica (QCI). . . . . . . . . . 18
2.2.3 M´etodo Coupled Cluster (CC). . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2.4 O etodo Møller-Plesset. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.3 Tipos de Fun¸oes de Base. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.3.1 Orbital do tipo Slater e Orbital Gaussiano. . . . . . . . . . . . 28
2.3.2 Polinˆomios em Coordenadas Bond-Order. . . . . . . . . . . . . 30
2.3.3 Forma Anal´ıtica de Rydberg. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.3.4 Equa¸ao de Schr¨odinger Nuclear e Energias Ro-vibracionais. . 32
3 Resultados e Discuss˜oes 36
3.0.5 Sistema CH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.0.6 Sistema CN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.0.7 Sistema NH. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
4 Conclus˜oes e Perspectivas. 62
Referˆencias 65
x
A N´ıveis de alculo e Base 70
B Fatores de Convers˜ao 72
xi
Lista de Tabelas
3.1 Coeficientes encontrados para os ajustes BO5 aug-d-cc-pvdz e BO6
6-311++G(3d2f,3p2d) para o sistema CH. . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.2 Valores das constantes espectrosc´opicas vibracionais obtidas para arios
n´ıveis de alculos e bases diferentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.3 Coeficientes encontrados via ajuste Ryd4 utilizando a base 6-311++(3d2f,3p2d)
(base1). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.4 Constantes espectrosc´opicas vibracionais obtidas com a forma anal´ıtica
Rydberg para o di´atomo CH utilizando a base 6-311++G(3d2f,3p2d). 43
3.5 Coeficientes ajustados utilizando `as energias obtidas no n´ıvel de alculo
QCISD utilizando a forma anal´ıtica Ryd5 para o sistema CN. . . . . 45
3.6 Constantes espectrosc´opicas vibracionais para o sistema CN para
arias fun¸oes de base. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.7 Coeficientes obtidos via alculo QCISD para uma base Aug-cc-pvdz
com beta livre e fixo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.8 Constantes espectrosc´opicas vibracionais obtidas via ajuste BO5 e
n´ıveis de alculos QCISD/aug-cc-pvcz e QCISD/ aug-d-cc-pvdz. . . . 51
3.9 Coeficientes encontrados via ajuste Ryd3 e Ryd4 utilizando as bases
aug-cc-pvdz e aug-d-cc-pvdz para o n´ıvel de alculo QCISD. . . . . . 52
3.10 Constantes espectrosc´opicas vibracionais para os ajustes Ryd3, Ryd4
e Ryd5 para o n´ıvel de alculo QCISD. . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
3.11 Coeficientes obtidos no ajuste das energias utilizando o alculo CCSD
e base aug-d-cc-pVDZ com beta livre e fixo. . . . . . . . . . . . . . . 56
xii
3.12 Constantes espectrosc´opicas vibracionais para os ajustes BO5 para o
n´ıvel de alculo CCSD. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
3.13 Coeficientes encontrados para os ajustes Ryd3 e Ryd4 utilizando as
bases aug-d-cc-pvdz e aug-d-cc-pvdz para o n´ıvel de alculo CCSD. . 58
3.14 Constantes espectrosc´opicas vibracionais obtidas via ajuste Rydberg
para o sistema NH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
xiii
Lista de Figuras
2.1 Representa¸ao esquem´atica de um sistema com N el´etrons e M n ´ucleos 5
3.1 Compara¸ao entre as energias eletrˆonicas obtidas com os etodos CC
e QCI, para o sistema CH. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.2 Compara¸ao das curvas de energia potencial obtidas via etodo varia-
cional e perturbativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.3 Ajuste de curva do sistema CH via BO6 valendo-se da base 6-311++(3d2f,3p2d)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.4 Ajuste de curva do sistema CH via BO5 valendo-se da base aug-d-cc-
pvdz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.5 Ajuste de curva do sistema CH via Ryd4 e 6-311++G(3d2f,3p2d). . . 43
3.6 Compara¸ao das energias ab initio com o ajuste Ryd5 para o sistema
CN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.7 Distor¸oes encontradas entre o etodo perturbativo e os outros etodos
utilizados para o alculo da CEP do sistema NH. . . . . . . . . . . . 48
3.8 Ajuste da CEP do sistema NH via ajuste BO5 e n´ıvel de alculo
QCISD com beta livre (a) e beta fixo (b). . . . . . . . . . . . . . . . 50
3.9 Ajuste da CEP do sistema NH via ajustes Ryd3 e base aug-cc-pvdz
(a) e Ryd4 com a base aug-d-cc-pvdz (b) para o n´ıvel de alculo QCISD. 53
3.10 Ajuste da CEP do sistema NH via ajuste BO5 com beta livre (3.6a)
e beta fixo (3.6b) para o n´ıvel de alculo CCSD. . . . . . . . . . . . . 57
xiv
3.11 Ajustes da CEP do sistema NH via ajuste Ryd3 e Ryd4 e n´ıvel de
alculo CCSD. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
xv
Cap´ıtulo 1
Introdu¸ao
Para estudar quanticamente sistemas moleculares est´aveis e ao-est´aveis,
inicialmente recorremos a uma das aproxima¸oes mais importante dentro da F´ısica
Aomica e Molecular que ´e a Aproxima¸ao de Born-Oppenheimer (A.B.O) [1]. A
A.B.O separa a equa¸ao de Schr¨odinger molecular em duas partes: uma eletrˆonica
e outra nuclear. A solu¸ao da parte eletrˆonica fornece, entre outras propriedades,
a energia potencial para cada configura¸ao nuclear, a chamada Superf´ıcie de Ener-
gia Potencial (SEP), que influenciar´a no movimento dos n´ucleos, tornando-a as-
sim a respons´avel direta pela dinˆamica molecular. Existem na literatura diversos
m´etodos para resolver a equa¸ao de Schr¨odinger eletrˆonica entre as quais citamos a
Aproxima¸ao de Hartree-Fock [5], etodo de Intera¸ao de Configura¸ao [5], M´etodos
Pertubativos de Segunda, Terceira e quarta ordem [1], entre outros. Todas estas
metodologias est˜ao implementadas em pacotes computacionais como o GAUSSIAN
[2], GAMESS [4], MOLPRO [3], MOLCAS [6], al´em de outros mais. A solu¸ao da
equa¸ao de Schr¨odinger nuclear o pode ser resolvida se conhecermos primeiramente
a solu¸ao da equa¸ao de Schr¨odinger eletrˆonica para arias configura¸oes nucleares,
que entra na equa¸ao nuclear como potencial na hamiltoniana nuclear. A solu¸ao
desta equa¸ao resultar´a nos movimentos rotacionais, vibracionais e translacionais do
sistema molecular em estudo. Existem na literatura arios etodos para resolver
esta equa¸ao, neste trabalho utilizamos o m´etodo da representa¸ao da vari´avel dis-
1
2
creta (DVR) [7].
Nesta disserta¸ao determinamos as constantes esp ectrosc´opicas vibracionais
ω
e
, ω
e
x
e
e ω
e
y
e
[16] dos sistemas moleculares diatˆomicos CH, CN e NH. Estes sis-
temas ao de muito interesse, do ponto de vista, aplicativo no campo da qu´ımica
da combust˜ao e da atmosfera, da qu´ımica dos plasmas e qu´ımica interestelar [8] e
[39]. Mantovani, [39] em sua Disserta¸ao de mestrado, entitulada“Probabilidades de
Emiss˜ao Espontˆaneas, for¸cas de oscilador e Tempos de vida radiativos de 9 esp´ecies
moleculares de interesse em meios astrof´ısicos”usou as constantes espectrosc´opicas
rotacionais e vibracionais de arios sistemas dispon´ıveis na literatura, para aplicar
em sistemas moleculares diatˆomicos de seu interesse. Uma vez que estas esp´ecies
f´ısicas moleculares, por ela estudadas, participam de processos qu´ımicos relevantes
para a compreens˜ao das condi¸oes f´ısicas reinantes no meio interestelar bem como
em atmosferas de estrelas frias, no Sol e em Cometas. Segundo este trabalho, em
virtude das suas ricas estruturas energ´eticas rotacional, vibracional e eletrˆonica, as
esp´ecies moleculares ao muito importantes para o estudo das condi¸oes f´ısicas nos
locais onde se encontram no meio interestelar. Deste modo, se faz necess´ario `a com-
preens˜ao de processos atˆomicos e moleculares, uma vez que muitos desses processos
participam da an´alise espectral.
Para tanto, determinamos inicialmente , dentro da A.B.O, as energias eletrˆo-
nicas destes sistemas para arias configura¸oes nucleares utilizando os melhores
n´ıveis de alculo e base disp on´ıveis para descrever estes sistemas. Em seguida,
estas energias eletrˆonicas foram ajustadas para uma forma anal´ıtica do tipo Ryd-
berg Generalizada [9] e/ou polinˆomios em coordenadas Bond Order (BO) [10]. De
posse destas formas anal´ıticas, determinamos as constantes espectrosc´opicas vibra-
cionais destes sistemas. Este alculo foi obtido combinando a solu¸ao da equa¸ao de
Schr¨odinger nuclear e uma equa¸ao emp´ırica [9], que envolve as constantes espec-
trosc´opicas vibracionais.
Este trabalho est´a organizado da seguinte maneira: No cap´ıtulo dois iremos
tratar do problema molecular. Este engloba a A.B.O, Determinante de Slater e
3
aproxima¸ao de Hartree-Fock. Ainda neste cap´ıtulo, tratamos dos m´etodos utiliza-
dos para obten¸ao das CEPs. Em seguida, discutimos de forma resumida, os tipos
de fun¸oes de bases utilizadas neste trabalho, bem como os polinˆomios utilizados
para obten¸ao dos ajustes das curvas de energia potencial; No terceiro cap´ıtulo,
mostramos os resultados obtidos dos sistemas CH, CN e NH. Por fim, no quarto e
´ultimo cap´ıtulo apresentamos as conclus˜oes e perspectivas desse trabalho.
Cap´ıtulo 2
O Problema Molecular
“...O papel da ciˆencia ao consiste em meramente resolver problemas. O papel da
ciˆencia ´e entre outras coisas, Buscar desafios...”
abio Vieira Moura
Para descrever teoricamente um sistema molecular devemos encontrar a
solu¸ao da equa¸ao de Schr¨odinger, no nosso caso, independente do tempo, sem
corre¸ao relativ´ısticas e efeitos de spin-´orbita
ˆ
HΦ({r}, {
R}) = EΦ({r}, {
R}) (2.1)
em que
ˆ
H ´e o operador hamiltoniano e E representa a energia total do sistema. {r}
e {
R} representam, de acordo com a figura (2.1), o conjunto de distˆancias relativas
aos el´etrons e n´ucleos do sistema.
Em unidades atˆomicas o Hamiltoniano para um sistema constitu´ıdo por N
el´etrons e M n´ucleos ´e descrito da seguinte forma
ˆ
H =
1
2
N
i=1
2
i
M
A=1
1
2M
A
2
A
M
A=1
N
i=1
Z
A
r
Ai
+
M1
A=1
M
A>B
Z
A
Z
B
R
AB
+
N1
i=1
N
j>i
1
r
ij
. (2.2)
Os dois primeiros termos da equa¸ao 2.2 representam as energias cin´eticas dos
el´etrons e n´ucleos, respectivamente. Enquanto os trˆes ´ultimos termos representam
4
5
Figura 2.1: Representa¸ao esquem´atica de um sistema com N el´etrons e M n´ucleos
a intera¸ao n´ucleo-el´etron, n´ucleo-n´ucleo e el´etron-el´etron, resp ectivamente. O ter-
ceiro termo da equa¸ao 2.2, intera¸ao el´etron-n´ucleo, ´e forte o suficiente a ponto de
ao ser desprezada. Deste modo, este termo ao permite desacoplar o hamiltoniano
em uma parte nuclear e a outra eletrˆonica. Se isso fosse poss´ıvel poder´ıamos ter
uma fun¸ao de onda da mol´ecula como um produto das duas fun¸oes de onda: uma
nuclear outra eletrˆonica. Sendo assim, faz-se necess´ario o uso de aproxima¸oes para
a resolu¸ao desta equa¸ao. Uma maneira de contornar este problema ´e utilizar a
A.B.O. Substituindo a equa¸ao 2.2 em 2.1 temos
1
2
N
i=1
2
i
M
A=1
1
2M
A
2
A
M
A=1
N
i=1
Z
A
r
Ai
+
M1
A=1
M
A>B
Z
A
Z
B
R
AB
+
N1
i=1
N
j>i
1
r
ij
Ψ(r,
R) = EΨ(r,
R).
(2.3)
6
O operador
2
i
e
2
A
(Laplaciano) envolvem diferencia¸oes com respeito as coorde-
nadas dos el´etrons e os n´ucleos, respectivamente.
2.1 A Aproxima¸ao de Born-Oppenheimer
A enese do problema de F´ısica Molecular ´e a resolu¸ao da equa¸ao de
Schrodinger, (2.1), cuja solu¸ao exata, at´e mesmo para sistemas atˆomicos mais sim-
ples, ´e invi´avel. Desse modo, a ´unica maneira de se resolver a equa¸ao de Schrodinger
para sistemas com muitos el´etrons, ´e atrav´es de aproxima¸oes.
A A.B.O fundamenta-se no fato de que os n´ucleos ao muito mais massivos
do que os el´etrons (a massa do pr´oton ´e cerca de 1840 vezes maior que a massa do
el´etron) desta maneira, os pr´otons se movem muito mais lentamente que os el´etrons.
Podemos escrever a fun¸ao de onda em termos de uma expans˜ao adiab´atica [1]
parametrizada, como sendo
Ψ(r,
R) = Φ(r;
R)χ(
R). (2.4)
onde a fun¸ao de onda eletrˆonica Φ(r;
R) depende parametricamente das coorde-
nadas nucleares e χ(
R) ´e a fun¸ao de onda nuclear. Substituindo a express˜ao (2.4)
na equa¸ao (2.3) tem-se
[
1
2
N
i=1
2
i
M
A=1
1
2M
A
2
A
M
A=1
N
i=1
Z
A
r
Ai
+
M1
A=1
M
A>B
Z
A
Z
B
R
AB
+
N1
i=1
N
j>i
1
r
ij
]Φ(r;
R)χ(
R) = EΦ(r;
R)χ(
R). (2.5)
Substituindo o desenvolvimento
2
A
[φ(r;
R)χ(
R)] = [
2
A
φ(r;
R)]χ(
R) + 2
A
φ(r;
R).
A
φ(
R) + φ(r;
R)[
2
A
χ(
R)], (2.6)
7
na equa¸ao (2.5) e lembrando que φ(r;
R) varia adiabaticamente com as distˆancias
internucleares , ent˜ao ´e fact´ıvel considerar que
A
Φ(r;
R) e
2
A
Φ(r;
R) ao muito
pequenos, e podem ser considerados desprez´ıveis quando os mesmos est˜ao divididos
pelas massas dos n´ucleos. Desta forma, temos
2
A
[Φ(r;
R)χ(
R)] Φ(r;
R)
2
A
M
A
χ(
R). (2.7)
Este pro cedimento ao qual acabamos de chegar configura a A.B.O ou aproxima¸ao
adiab´atica. Substituindo a equa¸ao (2.7) na equa¸ao (2.5) temos,
1
(2)
χ(
R)
N
1=1
2
i
Φ(r;
R) Φ(r;
R)
M
A=1
1
2M
A
2
A
χ(
R)
M
A=1
N
i=1
Z
A
r
Ai
Φ(r;
R)χ(
R)
+
M1
A=1
M
B>A
Z
A
Z
B
R
AB
Φ(r;
R)χ(
R) +
N1
i=1
N
j>i
Z
A
Z
B
r
ij
Φ(r;
R)χ(
R) = EΦ(r;
R)χ(
R)
(2.8)
Se dividirmos a equa¸ao (2.8) por φ(r;
R)χ(
R), e separarmos a parte eletrˆonica da
nuclear, temos
1
χ(
R)
M
A=1
1
2M
A
2
A
χ(
R) +
M1
A=1
M
B>A
Z
A
Z
B
R
AB
E =
+
1
2Φ(r;
R)
N
1=1
2
i
Φ(r;
R) +
M
A=1
N
i=1
Z
A
r
Ai
N
i=1
N
j>i
1
r
ij
. (2.9)
Para que a equa¸ao acima seja satisfeita, temos que fazer o segundo membro da
equa¸ao (2.9) depender apenas de
R. Ent˜ao
1
2Φ(r;
R)
N
1=1
2
i
Φ(r;
R) +
M
A=1
N
i=1
Z
A
r
Ai
N
i=1
N
j>i
1
r
ij
= (
R), (2.10)
e
1
χ(
R)
M
A=1
1
2M
A
2
A
χ(
R) +
M1
A=1
M
B>A
Z
A
Z
B
R
AB
E = (
R). (2.11)
Multiplicando a equa¸ao (2.10) por φ(r;
R), e a equa¸ao (2.11) por χ(
R), temos
assim a equa¸ao de Schr¨odinger eletrˆonica
1
2
N
1=1
2
i
M
A=1
N
i=1
Z
A
r
Ai
+
N
i=1
N
j>i
1
r
ij
Φ(r;
R) = (
R)Φ(r;
R) (2.12)
8
e a equa¸ao de Schr¨odinger nuclear
M
A=1
1
2M
A
2
A
+
M1
A=1
M
B>A
Z
A
Z
B
R
AB
+ (
R)
χ(
R) = Eχ(
R). (2.13)
A equa¸ao (2.12) descreve, entre outras propriedades, a energia potencial
eletrˆonica para cada configura¸ao nuclear, enquanto a equa¸ao de Schr¨odinger nu-
clear (2.13) descreve a dinˆamicas dos n´ucleos.
2.2 Determinante de Slater e Aproxima¸c˜ao de Hartree-Fock
Descreveremos, nesta se¸ao, os m´etodos utilizados nesta disserta¸ao para
resolver a equa¸ao de Schr¨odinger eletrˆonica (2.12).
Esta equa¸ao depende somente das coordenadas espaciais dos el´etrons. Desta
forma, para termos uma descri¸ao completa dos el´etrons, temos que considerar o
seu spin. Dentro do contexto da mecˆanica quˆantica ao-relativ´ıstica, isto pode ser
realizado introduzindo as fun¸oes de α(ω) (representando os spin () up) e β(ω)
(representando os spin () down), respectivamente. Essas fun¸oes ao completas e
ortonormais, ou seja
α
αdω =
β
β = 1
α|α = β|β = 1 (2.14)
e que conseq¨uentemente
α
β =
β
αdω = 0
α|β = β|α = 0 (2.15)
onde ω ´e uma vari´avel de spin ao especificada.
Dentro deste formalismo o el´etron ´e discutido ao somente pelos trˆes coor-
denadas espaciais r, mas tamb´em pela coordenada de spin ω. Desta forma, as quatro
9
coordenadas que descrevem os el´etrons ao
x = {r, ω}. (2.16)
A fun¸ao de onda, que descreve um sistema com N el´etrons, ´e fun¸ao das
coordenadas x
1
, x
2
...x
N
e pode ser escrita como
Φ(x
1
, x
2
, ...x
N
). (2.17)
No entanto, para que a fun¸ao de onda multi-eletrˆonica Φ descreva correta-
mente um sistema fermiˆonico a mesma deve ser antissim´etrica com rela¸ao a troca
da coordenada x (espacial e de spin) de qualquer dois el´etrons (Princ´ıpio de exclus˜ao
de Pauli). Podemos construir a fun¸ao de onda apropriada para descrever um ´unico
el´etron. Estas fun¸oes podem ser escritas multiplicando a fun¸ao de onda espacial
(orbital espacial) Ψ(r), pelas fun¸oes de spin α (ω) e β(ω), respectivamente, ou seja
χ(x) =
Ψ(r)α(ω)
ou
Ψ(r)β(ω)
(2.18)
χ(x) ´e conhecido como spin-orbital e esta fun¸ao de onda descreve tanto a dis-
tribui¸ao espacial como a de spin de um el´etron. Agora se faz necess´ario construir
fun¸oes de onda para um sistema multi-eletrˆonico o que satisfaz o princ´ıpio da anti-
simetria. Um pro cedimento para construir tal fun¸ao foi realizado por Slater [1] ao
construir a fun¸ao de onda em termos de um determinante (determinante de Slater),
ou seja
Φ(x
1
, x
2
, ..., x
N
) =
1
N!
χ
1
(x
1
) χ
2
(x
1
) ... χ
N
(x
1
)
χ
1
(x
2
) χ
2
(x
2
) ... χ
N
(x
2
)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
χ
1
(x
N
) χ
2
(x
N
) ... χ
N
(x
N
)
= (2.19)
|χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
)...χ
N
(x
N
) = |χ
1
χ
2
...χ
N
10
em que
1
N!
´e ap enas o fator de normaliza¸ao.
O determinante de Slater descrito acima ´e considerado como um determi-
nante restrito, pois tanto o Spin α como ω possuem a mesma parte espacial Ψ(r).
Quando isto ao acontece, temos um determinante ao-restrito. Veja que a fun¸ao
de onda ao o tem que satisfazer a equa¸ao Schr¨odinger, mas tamb´em tem que
obedecer o princ´ıpio da antisimetria.
Antes de encontrar os spins orbitais moleculares, vamos ver algumas pro-
priedades deste determinante. O determinante de Slater pode ser escrito em termos
do operador permuta¸ao que troca os ´ındices das linhas (ou colunas) dos elementos
da matriz. Desta forma, podemos escrever
Φ =
1
N!
N!
i=1
(1)
pi
P
i
{χ(x
1
)χ(x
2
)χ(x
3
)...}. (2.20)
onde P
i
´e o operador que gera a i-´esima permuta¸ao dos ´ındices de x e p
i
´e o n´umero
de trocas necess´arias para que a i-´esima p ermuta¸ao aconte¸ca.
Admitindo que os spins orbitais sejam ortonormais, podemos mostrar que
a fun¸ao de onda |Φ ´e ortonormalizado. Este fato pode ser verificado da seguinte
forma
Φ|Φ =
...
χ
χdx
1
...dx
n
=
1
N!
N!
i=1
N!
j=1
(1)
p
i
(1)
p
j
...
P
i
{χ
(x
1
)χ(x
1
)...} (2.21)
xP
j
{χ
(x
1
)χ(x
1
)...}dx
1
dx
2
...dx
n
,
Na express˜ao acima o restar˜ao integrais diferentes de zero quando i = j. Desta
forma, temos
Φ|Φ =
1
N!
N!
i=1
1 = 1. (2.22)
O Hamiltoniano eletrˆonico da equa¸ao (2.12) pode ser separado em uma
parte onde o depende de 1 el´etron, dado por
O
1
=
N
i=1
h(i) (2.23)
11
com
h(i) =
1
2
2
i
N
A=1
1
r
iA
(2.24)
Um outro que depende de 2 el´etrons,
O
2
=
N
i=1
N
j>i
1
r
ij
. (2.25)
Com esta separa¸ao do Hamiltoniano, podemos verificar como ficam os valores es-
perados
Φ|O
1
|Φ =
...
χ
O
1
χdx
1
...dx
n
(2.26)
=
...
χ
[h(1) + ... + h(n)]χdx
1
...dx
n
(2.27)
como os el´etrons ao indistingu´ıveis, temos
...
χ
h(1)χdx
1
...dx
n
=
...
χ
h(2)χdx
1
...dx
n
(2.28)
=
...
χ
h(n)χdx
1
...dx
n
(2.29)
de modo que
Φ|O
1
|Φ = N
...
χ
h(1)χdx
1
...dx
n
=
N
N!
N!
i=1
N!
j=1
(1)
p
i
(1)
p
j
...
P
i
{χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
)...} (2.30)
×h(1)P
j
{χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
)...}dx
1
dx
2
...dx
n
,
mas se N el´etrons ocupam os mesmos spins orbitais em ambas permuta¸oes, (condi¸ao
para termos integrais diferentes de zero) ent˜ao as permuta¸oes P
i
e P
j
ter˜ao que ser
iguais, ou seja:
Φ|O
1
|Φ =
1
(N 1)!
N!
i=1
...
P
i
{χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
)...}
×h(1)P
1
{χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
)...}dx
1
dx
2
...dx
n
. (2.31)
12
O el´etron 1 ocupa cada spin orbital uma vez que ´e feito a soma sobre todas per-
muta¸oes, ou seja, (N 1)! vezes, logo temos
Φ|O
1
|Φ = (N 1)!
1
(N 1)!
N
i=1
χ
i
(x
1
)|h(1)|χ
i
(x
1
)dx
1
. (2.32)
Definindo
i|h|i = Φ
i
|h|Φ
i
ψ
i
(x
1
)|h(1)|ψ
i
(x
1
)dx
1
(2.33)
enao podemos escrever
Φ|O
1
|Φ =
N
i=1
i|h|i. (2.34)
Vamos considerar agora, a integral de dois el´etrons
Φ|O
2
|Φ =
...
Φ
O
2
Φdx
1
...dx
n
=
...
Φ
[
1
r
12
+
1
r
13
+ ...dx
1
...dx
n
(2.35)
Usando da indistinguibilidade dos el´etrons, temos
...
Φ
1
r
12
Φdx
1
...dx
n
=
...
Φ
1
r
13
Φdx
1
...dx
n
=
...
Φ
1
r
23
Φdx
1
...dx
n
= ... (2.36)
de tal forma que a equa¸ao (2.35) pode ser escrita da seguinte forma
Φ|O
2
|Φ =
N(N 1)
2
...
Φ
1
r
12
Φdx
1
...dx
n
(2.37)
o termo
N(N1)
2
´e o umero de pares de el´etrons, sem repeti¸ao que ir˜ao aparecer na
equa¸ao (2.35). Assim temos
Φ|O
2
|Φ =
N(N 1)
2
1
N!
N!
i=1
N!
j=1
(1)
p
i
(1)
p
j
...
P
i
{χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
)...}
×
1
r
12
P
j
{χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
)...}dx
1
dx
2
...dx
n
. (2.38)
13
Neste caso sabemos que o operador 1/r
12
envolvem os pares de el´etrons,
estes devem ocupar os mesmos spin-orbitais nas duas permuta¸oes. Temos enao,
apenas duas possibilidades de P
i
e P
j
, ou seja, P
j
=P
i
ou P
j
= P
i
. Dessa forma,
temos
Φ|O
2
|Φ = (N 2)!
N(N 1)
2N!
1
N!
N
i=1
N
j=1
χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
)
×
1
r
12
[χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
) χ
1
(x
1
)χ
2
(x
2
)]dx
1
dx
2
. (2.39)
Para simplificar a nota¸ao definimos
χ
i
χ
j
|χ
k
χ
l
=
χ
i
(x
1
)χ
j
(x
2
).
1
r
12
χ
k
(x
1
)χ
l
(x
2
)dx
1
dx
2
(2.40)
com isto temos:
Φ|O
2
|Φ =
1
2
N
i=1
N
j=1
ij|ij ij|ji. (2.41)
De posse do resultado que obtivemos nas equa¸oes (2.35) e (2.41) o valor da energia
da parte eletrˆonica pode ser escrita como
E = Φ|
ˆ
H|Φ = Φ|O
1
|Φ + Φ|O
2
|Φ
=
N
a=1
i|h|i +
1
2
N
i=1
N
j=1
ij|h|ij ij|h|ji. (2.42)
Dada a fun¸ao de onda determinantal |Φ = |χ
1
χ
2
...χ
N
, enao a energia
dada pela express˜ao (2.42) ´e uma fun¸ao dos spin orbitais {χ
i
}. Para obter as
equa¸oes de HF devemos minimizar E{χ
i
} com respeito ao spin orbitais {χ
i
}, sujeito
ao v´ınculo da ortonormaliza¸ao dos spins-orbitais, ou seja
χ
i
|χ
j
δ
ij
. (2.43)
De modo que
dx
1
χ
i
(1)χ
j
(1) = χ
i
|χ
j
= δ
ij
. (2.44)
14
Este problema pode ser resolvido utilizando a id´eia dos multiplicadores de Lagrange
[1]. O procedimento consiste em minimizar o funcional
L[{χ}] =
N
i=1
χ
i
|h|χ
i
+
1
2
N
i=1
N
j=1
χ
i
χ
j
|χ
i
χ
j
χ
i
χ
j
|χ
j
χ
i
1
2
N
i=1
N
j=1
[
ji
χ
i
χ
j
|χ
i
χ
j
δ
ij
] (2.45)
onde os coeficientes δ
ij
ao os multiplicadores de Lagrange. Como L ´e real e j|i =
i|j
, os multiplicadores de Lagrange devem ser elementos da matriz hamiltoniana
ε
ji
= ε
ij
. Agora vamos minimizar L, se cada um dos spin-orbitais sofre uma pequena
varia¸ao δχ, ent˜ao L ir´a sofrer tamb´em. Neste caso, temos
δL =
N
i=1
δχ
i
|h|χ
i
+ χ
i
|h|δχ
i
+
1
2
N
i=1
N
j=1
δχ
i
χ
j
|χ
i
χ
j
+ χ
i
δχ
j
|χ
i
χ
j
+ χ
i
χ
j
|δχ
i
χ
j
+ χ
i
χ
j
|χ
i
δχ
j
1
2
N
i=1
N
j=1
δχ
i
χ
j
|χ
i
χ
j
+ χ
i
δχ
j
|χ
i
χ
j
+ χ
i
χ
j
|δχ
i
χ
j
+ χ
i
χ
j
|χ
i
δχ
j
N
i=1
N
j=1
ji
[δχ
i
|χ
j
+ χ
i
|δχ
j
] (2.46)
tomando δχ
i
χ
j
|χ
i
χ
j
= χ
i
δχ
i
|χ
j
χ
i
, podemos trocar os ´ındices i e j no somat´orio
duplo. Desta forma, temos
δL =
N
i=1
δχ
i
|h|χ
i
+ χ
i
|h|δχ
i
+
N
i=1
N
j=1
δχ
i
χ
j
|χ
i
χ
j
+ χ
i
χ
j
|δχ
i
χ
j
N
i=1
N
j=1
δχ
i
χ
j
|χ
i
χ
j
+ χ
i
χ
j
|δχ
i
χ
j
N
i=1
N
j=1
ji
[δχ
i
|χ
j
+ χ
i
|δχ
j
]. (2.47)
15
Vamos definir agora os operadores de Coulomb, J
j
e de troca, K
j
pelas
seguintes express˜oes
J
j
(x
1
)χ
i
(x
1
) = [
χ
j
(x
2
)
1
r
12
χ
j
(x
2
)dx
2
]χ
i
(x
1
)
K
j
(x
1
)χ
i
(x
1
) = [
χ
j
(x
2
)
1
r
12
χ
i
(x
2
)dx
2
]χ
j
(x
1
). (2.48)
Podemos reescrever (2.47) da seguinte maneira
δL =
N
i=1
δχ
i
(x
1
){h(x
1
)χ
i
(x
1
) +
N
j=1
[J
j
(x
1
) K
j
(x
1
)]χ
i
(x
1
)
N
j=1
ji
χ
j
(x
1
)}d x
1
+ complexo conjugado. (2.49)
Enao, para que L seja um m´ınimo devemos ter δL = 0 e, como δχ
i
´e um
valor arbitr´ario, temos que
{h(x
1
) +
N
j=1
J
j
(x
1
) K
j
(x
1
)}χ
i
(x
1
) =
N
j=1
ji
χ
j
(x
1
)d x
1
os termos da equa¸ao acima dentro do colchete ´e o chamado operador de Fock. Desta
forma, podemos escrever a equa¸ao de HF na forma ao canˆonica, como sendo
f( x
1
)χ
i
(x
1
) =
N
j=1
ji
(x
1
)χ
j
(x
1
).
Na aproxima¸ao de HF, estamos trocando o problema de N el´etrons p or N
equa¸oes a um ´unico el´etron. Este el´etron, entretanto, est´a sob influˆencia do poten-
cial gerado pelo campo edio devido a presen¸ca dos N-1 demais el´etrons. Usando
a transforma¸ao unit´aria χ
i
= χ
j
ji
, podemos escrever a equa¸ao de Hartree-Fock
na seguinte forma canˆonica
f
( x
1
)χ
i
(x
1
) =
i
χ
i
(x
i
).
Na realidade, o operador de Fock depende dos spins orbitais, logo temos que tanto a
equa¸ao de HF na forma canˆonica, como na forma ao canˆonica, devem ser resolvidas
iterativamente via m´etodo SCF (do inglˆes Self consistent Field”)[1]. Lembrando
16
que o etodo HF ao leva em considera¸ao a correla¸ao eletrˆonica. Logo se quiser-
mos inclu´ı-las devemos descrever o nosso problema considerando outros etodos
mais acurados conhecidos como etodos os-HF. A seguir faremos uma descri¸ao
breve dos etodos os-HF utilizados nesta disserta¸ao para incluir a correla¸ao
eletrˆonica nos sistemas que estamos estudando.
2.2.1 etodo de Configura¸ao de Intera¸ao (CI).
Como foi descrito nas se¸oes anteriores, |Φ
0
´e um determinante formado
pelos N spins-orbitais de energia mais baixa. No entanto, podemos formar al´em de
|Φ
0
, um n´umero grande de outros determinantes de N el´etrons a partir de 2k spin-
orbitais. Por conveniˆencia, esses novos determinantes podem ser obtidos a partir
do quanto eles diferenciam de |Φ
0
. Desta forma, o conjunto de determinantes
poss´ıveis incluem |Φ
0
, determinantes com simples excita¸oes |Φ
r
a
(o qual difere de
|Φ
0
) trocando o χ
a
(inicialmente ocupado) por χ
r
(inicialmente desocupado), com
duplas excita¸oes |Φ
rs
ab
, triplas excita¸oes e assim por diante. com isto podemos
escrever fun¸oes de onda multieletrˆonicas como uma base para expandir uma fun¸ao
de onda multieletrˆonica exata, ou seja:
|Φ
CI
0
= c
0
|Φ
0
+
a
r
c
r
a
|Φ
r
a
+
a<b
r<s
c
rs
ab
|Φ
rs
ab
(2.50)
+
a<b<c
r<s<t
c
rst
abc
|Φ
rst
abc
+ ... (2.51)
onde a,b e c representam os pares de spin-orbitais ocupados e r,s e t representam
os spin orbitais virtuais ou ao ocupados. Este procedimento ´e conhecido como CI
(do inglˆes Configuration Interaction”). Como
Φ
CI
0
|Φ
CI
0
= 1 +
a,r
(c
r
a
)
2
+
a<b
r<s
(C
rs
ab
)
2
+ ... (2.52)
enao podemos dizer que |Φ
0
ao ´e normalizada. No entanto, temos que
Φ
CI
0
|Φ
CI
0
= 1 (normaliza¸ao intermedi´aria) (2.53)
17
Dentro do m´etodo CI, temos
ˆ
H
el
|Φ
CI
0
= ε
0
|Φ
CI
0
(2.54)
onde |Φ
CI
0
´e dado pela equa¸ao (2.50). Podemos escrever a equa¸ao acima como
(
ˆ
H
el
E
0
)|Φ
CI
0
= (ε
0
E
0
)|Φ
CI
0
= E
corr
|Φ
CI
0
(2.55)
onde E
corr
= ε
0
E
0
´e a energia de correla¸ao eletrˆonica. Multiplicando a equa¸ao
(2.55) por Φ
0
|, temos:
Φ
0
|
ˆ
H E
0
|Φ
CI
0
= E
corr
Φ
0
|Φ
CI
0
. (2.56)
Substituindo a express˜ao (2.50) na equa¸ao (2.56), e usando o teorema de Brillouin
1
e o fato que as excita¸oes triplas e ordem superiores ao misturam com |Φ
0
, temos
Φ
0
|
ˆ
H E
0
|Φ
CI
0
= Φ
0
|H E
0
(|Φ
CI
0
+
a,r
C
r
a
|Φ
r
0
+
<b
r<s
C
rs
ab
|Φ
rs
ab
+ ...)
=
<b
r<s
C
rs
ab
Φ
0
|H|Φ
rs
ab
= E
corr
. (2.57)
Atraes da equa¸ao (2.55) podemos mostrar que E
corr
´e determinada so-
mente pelos coeficientes das duplas excita¸oes. Este fato ao significa que somente
as duplas excita¸oes ao necess´arias para serem inclu´ıdas na descri¸ao exata CI no
estado fundamental. Os coeficientes {C
rs
ab
} ao afetados pela presen¸ca de outras
excita¸oes. Isto pode ser visto, multiplicando a equa¸ao (2.55) por Φ
r
a
|, ou seja
Φ
r
a
|
ˆ
H E
0
|Φ
CI
0
= E
corr
Φ
r
a
|Φ
CI
0
. (2.58)
Usando o teorema de Brillouin, a equa¸ao (2.58), torna-se
a,r
C
r
a
Φ
r
a
|H E
0
(|Φ
r
a
+
a<b
r<s
C
rs
ab
Φ
r
a
|H|Φ
rs
ab
+
a<b<c
r<s<t
C
rst
abc
Φ
rs
ab
|H|Φ
rst
abc
) = E
corr
C
r
a
.
(2.59)
1
Este teorema garante que um estado excitado ao interage com o estado fundamental.
18
A equa¸ao (2.59) contem coeficientes das fun¸oes de onda com simples,
duplas e triplas excita¸oes. Continuando o procedimento acima e multiplicando a
equa¸ao (2.55) por Φ
rs
ab
|, Φ
rst
abc
|, etc. Temos um sistema de equa¸oes que devem
ser resolvidas simultaneamente para obter energia de correla¸ao eletrˆonica. Este
conjunto de equa¸oes acopladas ´e extremamente grande se todas as excita¸oes ao
inclu´ıdas, isto deixa o etodo CI computacionalmente impratic´avel, mesmo para
os sistemas mais simples. Para torn´a-lo computacionalmente vi´avel, a expans˜ao
utilizada na fun¸ao CI deve ser truncada. Desta forma temos o CI com simples e
duplas excita¸oes (CISD) e com simples, duplas e triplas excita¸oes (CISD(T)) e
assim por diante.
2.2.2 Configura¸ao de Intera¸ao Quadr´atica (QCI).
O etodo QCI, (do Inglˆes Quadratic configuration interaction”) ´e uma
extens˜ao do etodo CI. O QCI corrige erros de auto-consistˆencia para simples e
duplas excita¸oes do CI. A equa¸ao do m´etodo CI ´e modificado introduzindo um
novo termo, que neste caso ´e um termo quadr´atico, na configura¸ao dos coeficientes,
os quais nos ao uma auto-consistˆencia na energia total resultante.
O que se espera desse etodo ´e na realidade uma modifica¸ao das equa¸oes
de CI, de uma forma simples, com o objetivo principal de restabelecer sua auto-
consistˆencia. Vamos considerar o caso ao restrito e vamos considerar os s´ımbolos
a, b, c, ... para spin-orbitais ocupados e r, s, t, ... para virtuais.
Podemos definir outras fun¸oes de onda determinantais, a partir de |Φ
0
,
substituindo os spins orbitais ocupados pelos virtuais. Para seguir este procedi-
mento, definimos os operadores de substitui¸ao simples, duplas, tripla, e etc como
sendo
T
1
=
a
c
r
a
t
r
a
,
19
T
2
=
1
4
abrs
c
rs
ab
t
rs
ab
,
T
3
=
1
36
abcrst
c
rst
abc
t
rst
abc
, (2.60)
onde t
r
a
, t
rs
ab
... ao operadores de substitui¸oes e o ´ındice c ao os coeficientes a serem
determinados. Desta forma, T
2
Φ
0
´e uma combina¸ao linear geral de todos determi-
nantes obtidos por uma dupla substitui¸ao a partir de Φ
0
. arios tipos de fun¸oes de
onda antissim´etricas podem ser obtidas aplicando as arias fun¸oes dos operadores
T em |Φ
0
, ou seja
|Φ = f(T
1
, T
2
...)|Φ
0
. (2.61)
Com esta aplica¸ao podemos determinar os coeficientes ao conhecidos c por uma
apropriada proje¸ao da fun¸ao de onda ( H E)Φ, com H sendo a hamiltoniana
eletrˆonica e E a energia total do sistema. Com este procedimento, temos
Φ
0
|H E|Φ = 0, (2.62)
Φ
r
a
|H E|Φ = 0, (2.63)
Φ
rs
ab
|H E|Φ = 0, (2.64)
onde Ψ
r
a
´e o determinante com uma simples substitui¸ao obtido atrav´es da atua¸ao
de t
r
a
|Φ
0
, e assim por diante. O n´umero de tais equa¸oes projetadas podem ser
escolhidas para serem iguais ao n´umero de coeficientes (mais energia) ao conhecidas.
Desta forma, se ao testados somente operadores de simples e duplas substitui¸oes,
enao as equa¸oes de (2.62) a (2.64) ao suficientes para determinar os coeficientes
c
r
a
e c
rs
ab
e a energia E que queremos conhecer.
A escolha mais simples que podemos usar para a fun¸ao de configura¸ao ´e
aquela linear[21]. Com esta escolha temos as seguintes fun¸oes de onda CI
|Φ
CID
= (1 + T
2
)|Φ
0
(2.65)
|Φ
CISD
= (1 + T
1
+ T
2
)|Φ
0
. (2.66)
20
Usando o conceito de normaliza¸ao intermedi´aria Φ
0
|Φ
0
= 1, enao as
equa¸oes de proje¸oes (2.62) a (2.64) ao idˆenticas ao resultado exato CI completo,
H = F + V (2.67)
E
0
= Φ
0
|H|Φ
0
(2.68)
E = E
0
+ E
corr
(2.69)
H = H E
HF
(2.70)
V = V Φ
0
|V |Φ
0
(2.71)
onde F ´e o operador de Fock, ent˜ao as equa¸oes de proje¸oes CISD podem ser escritas
como
Φ
0
|
ˆ
H|T
2
Φ
0
= E
corr
, (2.72)
Φ
r
a
|H|(T
1
+ T
2
0
= c
r
a
E
corr
, (2.73)
Φ
rs
ab
|
ˆ
H|(1 + T
1
+ T
2
0
= c
rs
ab
E
corr
. (2.74)
Para testar estas equa¸oes a partir das equa¸oes (2.62), (2.63) e (2.64), ´e o
substituir Φ
r
a
|H|Φ
0
por zero para todos a e r.
A energia sugerida pelas equa¸oes acima ainda ao ´e auto-consistente. Isto
acontece devido ao fato de que o a termos quadr´aticos com a no lado direito das
equa¸oes (2.73) e (2.74), enquanto que do lado esquerdo os termos ao lineares. Para
corrigir isto, temos que adicionar termos quadr´aticos a esquerda das equa¸oes (2.73)
e (2.74), para eliminar o termo a direita das equa¸oes envolvendo a E
corr
. Com este
procedimento, temos
Φ
0
|
ˆ
H|T
2
Φ
0
= E
corr
, (2.75)
Φ
r
a
|
ˆ
H|(T
1
+ T
2
+ T
1
T
2
0
= c
r
a
E
corr
, (2.76)
Φ
rs
ab
|
ˆ
H|(1 + T
1
+ T
2
+
1
2
T
2
2
0
= c
rs
ab
E
corr
, (2.77)
onde estas equa¸oes agora ao auto-consistentes. O procedimento empregado nas
´ultimas equa¸oes pode ser empregado para o CI. Utilizando os termos quadr´aticos,
21
que foram somado para levar em conta a auto-consistˆencia, (o m´etodo te´orico
impl´ıcito nas equa¸oes (2.73) e (2.74) pode ser descrito como um CI, com termos
quadr´aticos adicionados para recuperar a auto consistˆencia). O conceito formal de
QCI pode ser obtido tamem para n´ıveis mais altos de substitui¸oes [21].
2.2.3 etodo Coupled Cluster (CC).
O etodo de agrupamento de Cluster, CC (do inglˆes Coupled cluster”)
foi inicialmente desenvolvido por Frits Coester e Hermann K¨ummel em 1950
2
. Dez
anos depois, e em 1960, o mesmo foi reformulado por Jiri Cizek e Josef Paldes para
obter o termo de correla¸ao eletrˆonica.
Dada a equa¸ao de Schr¨odinger eletrˆonica independente do tempo
H|Φ = E|Φ (2.78)
o m´etodo CC fornece como resultado a equa¸ao de movimento e tamem solu¸oes
aproximadas de estados excitados do sistema. Dentro desta metodologia a fun¸ao
de onda eletrˆonica ´e dada por
|Φ = e
T
|Φ
0
, (2.79)
onde Φ
0
´e o determinante de Slater,
ˆ
T ´e um operador de excita¸ao, o qual atuando
em Φ
0
produz os determinantes do tipo Slater excitados. Substituindo a equa¸ao
(2.79) na equa¸ao (2.78), temos
He
T
|Φ
0
= Ee
T
|Φ
0
(2.80)
o operador T de cluster pode ser escrito da seguinte forma
ˆ
T =
ˆ
T
1
+
ˆ
T
2
+
ˆ
T
3
+
ˆ
T
4
+ ... +
ˆ
T
N
(2.81)
2
para estudar fenˆomeno f´ısicos nucleares
22
onde
ˆ
T
1
´e o operador para simples excita¸oes,
ˆ
T
2
para duplas excita¸oes e assim por
diante. Dentro da segunda quantiza¸ao estes operadores ao expressos da seguinte
forma
ˆ
T
1
=
a
r
c
r
a
ˆa
a
a
T
r
, (2.82)
ˆ
T
2
=
1
4
ab
rs
c
rs
ab
ˆa
a
ˆa
b
a
T
r
a
T
s
(2.83)
ou ainda de forma geral como
ˆ
T
N
= (N!)
2
c
rs...
ab...
r
s
...ba, (2.84)
onde os operadores ˆa
, ˆa denotam a cria¸ao e destrui¸ao dos spins orbitais
do determinante, e ab e rs representam os spins orbitais ocupados e desocupados,
respectivamente. O operador e
ˆ
T
pode ser expandido em termos de uma s´erie de
Taylor do tipo
e
ˆ
T
= 1 +
ˆ
T +
ˆ
T
2!
+
ˆ
T
3!
= 1 +
ˆ
T
1
+
ˆ
T
2
+
ˆ
T
1
2
+
ˆ
T
1
ˆ
T
2
+
ˆ
T
2
2
, (2.85)
neste caso temos que a erie ´e finita uma vez que o n´umero de orbitais moleculares
tamb´em o ´e, o mesmo vale para o n´umero de excita¸oes. Os coeficientes c
s (ampli-
tudes de cluster) devem ser obtidas de tal forma que a fun¸ao de onda |Φ = e
T
|Φ
0
seja solu¸ao da equa¸ao de Schr¨odinger eletrˆonica (2.79). Multiplicando a equa¸ao
(2.79) por e
T
, temos
e
T
He
T
|Φ
0
= e
T
Ee
T
|Φ
0
(2.86)
a qual pode ser reescrita como:
[H + [H, T ] +
1
2!
[[H, T ], T ] +
1
3!
[[[H, T ], T ], T] +
1
4!
[[[[H, T ], T ], T], T]]|Ψ
0
= E|Φ
0
.
Dessa forma, a energia utilizando o m´etodo CC pode ser escrita como
E =
Φ
0
|e
ˆ
T
He
ˆ
T
|Φ
0
Φ
0
|e
ˆ
T
e
ˆ
T
|Φ
0
.
23
Pelo teorema de Brillouin [1], somente as contribui¸oes duplas podem inte-
ragir com o determinante de Hartree-Fock. No entanto, as substitui¸oes simples,
triplas, etc; Contribuem para a energia de correla¸ao eletrˆonica atrav´es das subs-
titui¸oes duplas. Este fato mostra que as substitui¸oes duplas ao as que mais
contribuem para correla¸ao, do etodo CC. Dentro desta metodologia os clusters
que podemos formar ao:
CCS (Para simples excita¸ao)
CCD (Para dupla excita¸ao)
CCT (Para tripla excita¸ao)
CCQ (Para qu´adrupla excita¸ao)
De maneira geral ainda poder´ıamos escrever CCSD(T) ou CCSDT(Q) de forma
a englobar´ıamos as excita¸oes mais baixas.
Se estiv´essemos interessado em calcular um CCSD(T) o operador
ˆ
T fica representado
da seguinte forma
ˆ
T =
ˆ
T
1
+
ˆ
T
2
+
ˆ
T
3
.
Neste caso a equa¸ao de Schr¨odinger eletrˆonica pode ser escrita como
Φ
0
|e
ˆ
T
2
He
ˆ
T
2
|Φ
0
= E|Φ
0
. (2.87)
Usando a equa¸ao (2.83), a energia eletrˆonica corrigida CC pode ser escrita como
E = E
scf
+
1
4
r<s
a<b
rs||abc
ab
rs
(2.88)
onde E
scf
´e a energia de Hartree-Fock obtida atrav´es do procedimento SCF.
24
2.2.4 O etodo Møller-Plesset.
Este etodo visa melhorar o etodo HF adicionando o termo de correla¸ao
eletrˆonica utilizando a teoria da perturba¸ao. Nesta Disserta¸ao, foram feitos alguns
alculos utilizando termos de segunda, terceira e de quarta ordem. Essa teoria
permite que fa¸camos o seguinte: O etodo HF ao perturbado dado pelo operador
ˆ
H
0
´e somado a uma pequena perturba¸ao de modo que
ˆ
H =
ˆ
H
0
+ λV (2.89)
onde λ ´e uma constante arbitr´aria. A perturba¸ao ´e a diferen¸ca entre o operador
Hamiltoniano exato H e o operador H
0
. Se tivermos uma perturba¸ao suficiente-
mente pequena, ent˜ao
Φ = lim
N→∞
N
i
λ
i
Φ
i
(2.90)
e
E = lim
N→∞
N
i
λ
i
E
i
(2.91)
podem ser inseridas dentro da equa¸ao de Schr¨odinger eletrˆonica. Para a corre¸ao
de primeira ordem(N=1) temos a energia de HF. Para ir al´em do tratamento de
Hartree-Fock ´e necess´ario termos de segunda ordem, terceira ordem, e quarta ordem.
H
0
´e o operador de Fock, que ´e representado por;
H
0
=
N
i=1
f(i) =
N
i=1
[h(i) + ν
HF
(i)] (2.92)
onde a diferen¸ca do termo de repuls˜ao eletrˆonica e o potencial de Hatree-Fock ´e
representado por V, ou seja,
V =
i<j
r
1
ij
i
ν
HF
(i). (2.93)
Para levarmos em conta a correla¸ao eletrˆonica, dentro desta metodologia, as auto-
fun¸oes e autovalores de
ˆ
H
0
(Hamiltoniano ao perturbado) devem ser conhecidos.
25
Deste modo queremos resolver um problema de autovalor do tipo:
H|Φ
i
= (H
0
+ V
i
= E
i
|Φ
i
. (2.94)
Se a perturba¸ao V for pequena, enao espera-se que |Φ
i
e E
i
sejam pr´oximos
de |Φ
0
i
e E
i
respectivamente. Podemos fazer a expans˜ao das autofun¸oes e os auto-
valores em uma erie de Taylor,
|Φ
N
= |Φ
0
i
+ λ|Φ
1
i
+ λ
2
|Φ
2
i
+ ... (2.95)
E
N
= E
0
i
+ λE
1
i
+ λ
2
E
2
i
+ ... (2.96)
Para o caso de E
1
N
, determina-se a energia de primeira ordem e a corre¸ao
de primeira ordem tamb´em da fun¸ao de onda Φ
1
. Neste caso segue a expans˜ao de
modo a encontrar corre¸oes para a N-´esima ordem para energia e para a fun¸ao de
onda. O problema maior agora ´e encontrar a energia e os elementos de matriz da
perturba¸ao V entre a fun¸ao de onda ao perturbada, Φ
i
|V |Φ
j
.
Estamos interessados que as equa¸oes (2.95) e (2.96) leve a convergˆencia
para λ = 1, de maneira que a pequena perturba¸ao ocorrida com os primeiros
termos da s´erie, sejam considerados.
´
E claro, entretanto, para que ocorra uma boa
aproxima¸ao tem-se que estas se aproximem da solu¸ao exata. Exige-se ´e claro que
a fun¸ao de onda sejam normalizadas (Φ
i
|Φ
j
= 1), de modo que tem-se tamb´em
uma normaliza¸ao do tipo
Φ
0
N
|Φ
N
= 1. (2.97)
Multiplicando a equa¸ao (2.95) por Φ
0
N
| temos,
Φ
0
N
|Φ
N
= Φ
0
N
|Φ
0
N
+ λΦ
0
N
|Φ
1
N
+ λ
2
Φ
0
N
|Φ
2
N
+ ... = 1 (2.98)
conseq¨uentemente, os coeficientes de λ
N
devem ser iguais, ent˜ao temos
Φ
0
i
|Φ
N
i
= 0 para N=1,2,3,... (2.99)
26
Substituindo as equa¸oes (2.97)e (2.98) em (2.95), temos
(H
0
+ V )(|Φ
0
i
+ λ|Φ
1
i
+ λ
2
|Φ
2
i
+ ...) = (E
0
i
+ λE
1
i
+ λ
2
E
2
i
+ ...) (2.100)
(|Φ
0
i
+ λ|Φ
1
i
+ λ
2
|Φ
2
i
+ ...)
equacionando os coeficientes de λ
N
, temos
H
0
|Φ
0
i
= E
0
i
|Φ
0
i
para N = 0 (2.101)
H
0
|Φ
1
i
+ V |Φ
0
i
= E
0
i
|Φ
1
i
+ E
1
i
|Φ
1
i
para N = 1 (2.102)
H
0
|Ψ
2
i
+ V |Φ
1
i
= E
0
i
|Φ
2
i
+ E
1
i
|Φ
1
i
+ E
2
i
|Φ
0
i
para N = 2. (2.103)
Multiplicando estas equa¸oes por Φ
0
i
| e usando a rela¸ao de ortogonalidade, obt´em-
se as exponenciais para as energias da N-´esima ordem
E
0
i
= Ψ
0
i
|H
0
|Ψ
0
i
(2.104)
E
1
i
= Ψ
0
i
|V |Ψ
0
i
(2.105)
E
2
i
= Ψ
0
i
|V |Ψ
1
i
. (2.106)
As corre¸oes superiores a segunda ordem podem ser utilizadas para resolver
o conjunto de equa¸oes (2.100) para |Φ
N
i
e concomitantemente determinar a energia
da N-´esima ordem. Reescrevendo a equa¸ao (2.102), podemos determinar a fun¸ao
de onda de primeira ordem, |Φ
1
i
, ou seja
(E
0
i
H
0
)|Φ
1
i
= (V E
1
i
|Φ
0
i
= (V Φ
0
i
|V |Φ
0
i
)|Φ
0
i
. (2.107)
ao ´e sempre poss´ıvel obter a solu¸ao exata |Φ
0
i
das equa¸oes diferenciais ao
homogˆeneas (2.107). Se |Φ
0
i
, for a solu¸ao completa do problema ao perturbado,
podemos resolver as equa¸oes expandindo |Φ
N
i
num conjunto completo de fun¸oes
de bases, desta forma temos
|Φ
1
i
=
j
c
1
j
|Φ
0
j
. (2.108)
Multiplicando a esquerda por Φ
0
j
|, obtemos os coeficientes da expans˜ao
Φ
0
j
|Φ
1
i
= Φ
0
j
|
j
c
1
j
|Φ
1
i
= c
1
j
. (2.109)
27
de modo que as autofun¸oes de H
0
ao ortonormais. Entretanto temos da equa¸ao
(2.109) que c
1
j
= 0, ent˜ao p odemos escrever
|Φ
0
i
=
j=N
|Φ
0
i
Φ
0
j
|Φ
1
i
. (2.110)
O s´ımbolo
no somat´orio indica que o termo J=N ´e exclu´ıdo. Se multiplicarmos
a equa¸ao (2.110) por Φ
0
j
| e usando o fato de que as fun¸oes de onda de
ˆ
H
0
ao
ortogonais, temos
(E
0
i
E
0
j
) = Φ
0
j
|Φ
0
i
= Φ
0
j
|V |Φ
0
i
. (2.111)
Se utilizarmos a equa¸ao (2.110) na express˜ao da energia de segunda-ordem, dada
pela equa¸ao (2.106), temos
E
2
i
= Φ
0
i
|V |Φ
1
i
=
j
Φ
0
i
|V |Φ
1
j
Φ
0
j
|Φ
1
i
. (2.112)
com a utiliza¸ao da equa¸ao (2.112), nos podemos obter a corre¸ao de segunda-
ordem, da energia, ou seja
E
2
i
=
j
Φ
0
i
|V |Φ
0
j
Φ
0
j
|Φ
0
i
E
0
i
E
0
j
=
j
|Φ
0
i
|V |Φ
0
j
|
2
E
0
i
E
0
j
. (2.113)
A corre¸ao da energia de primeira-ordem ´e conseguida com exatid˜ao, uma
vez que envolve apenas a integral Φ
0
i
|V |Φ
0
i
. De acordo com as equa¸oes (2.104) e
(2.106), para se obter a solu¸ao da energia de primeira-ordem ´e necess´aria o conheci-
mento de |Φ
N
0
, que implica na solu¸ao de N equa¸oes diferenciais ao homogˆeneas.
´
E um tanto dif´ıcil se obter a solu¸ao exata sempre de |Φ
N
0
. Como temos
Φ
0
i
, a solu¸ao completa do problema ao perturbado e sabendo que ela forma um
conjunto completo, ´e poss´ıvel expandir |Φ
N
0
nesta base. Neste caso, podemos escre-
ver a corre¸ao da energia de segunda ordem somente em termos de uma soma de
duplas excita¸oes. Em concordˆancia com o teorema de Brillouin, somente as duplas
28
excita¸oes podem interagir diretamente com o determinante de Hartree-Fock. Neste
caso apenas o operador de duas part´ıculas em V contribui e pode ser escrita por
E
2
0
=
a<b
r<s
| ab||rs|
2
ε
a
+ ε
b
ε
r
ε
s
onde, ε
i
refere-se `a energia do orbital molecular i. Tem-se que a soma se estende
sobre todos orbitais moleculares ocupados (a, b, ...) e os virtuais (r, s, ...).
2.3 Tipos de Fun¸oes de Base.
Para resolver tanto a equa¸ao de HF, como as equa¸oes advindas com os
m´etodos os-HF, devemos escolher alguns tipos de fun¸oes de base. Nessa dis-
serta¸ao ser´a feito uma discuss˜ao mais qualitativa dessas fun¸oes. O alculo de
fun¸oes de base adequadas vem com advento de torn´a nossos alculos mais sim-
ples e na maior parte das vezes muito mais eficientes, permitindo deste modo, uma
melhor aproxima¸ao do que se espera como resultado. Entretanto, ao a uma base
“´otima”capaz de nos dar uma resposta exata para os nossos alculos, muito pelo
contr´ario, a sim a necessidade de fazer uma jun¸ao entre um “bom n´ıvel”de alculo
e uma “boa base”.
2.3.1 Orbital do tipo Slater e Orbital Gaussiano.
Existem dois tipos de fun¸oes de base para o alculo de estrutura eletrˆonica:
Orbital do tipo Slater (STO do inglˆes Slater type orbitall”) e orbital do tipo Gaus-
siano.
Para o alculo de fun¸ao de onda eletrˆonica a fun¸ao de Slater ´e a que nos
a melhores resultados, no entanto torna as integrais de dois corpos mais dif´ıceis de
serem resolvidas, exigindo um esfor¸co computacional muito grande. a as integrais
29
das fun¸oes de base Gaussianas ao relativamente mais aceis de serem calculadas.
Apesar de as fun¸oes Gaussianas ao serem boas fun¸oes de base por ter o com-
portamento funcional diferente do comportamento do orbital atˆomico molecular.
Um caminho encontrado para vencer este problema ´e usar fun¸oes de base como
uma combina¸ao linear de fun¸oes gaussianas primitivas φ
GF
p
. Esta combina¸ao li-
near ´e chamada contra¸oes, ou mais especificamente Fun¸oes Gaussianas Contra´ıdas
(FGC), de modo que essas fun¸oes podem ser representadas pela seguinte equa¸ao
φ
CGF
µ
(r R
A
) =
L
P =1
d
φ
GF
p
(α
, r R
A
) (2.114)
em que L ´e o n´umero de Gaussianas contra´ıdas e d
´e o coeficiente de contra¸ao.
A φ
GF
p
tem uma dependˆencia funcional no expoente orbital Gaussiano α
.
Um procedimento que ´e muito comum de ser realizado ´e ajustar um orbital
do tipo Slater com uma combina¸ao linear de L = 1, 2, 3... fun¸oes gaussianas primi-
tivas. Podemos representar este conjunto de fun¸oes de base de maneira geral como
sendo STO-LG.
O conjunto de base m´ınima mais comum ´e STO-LG onde L ´e um n´umero
inteiro. O valor de L representa o n´umero de fun¸oes Gaussianas primitivas que
incluem uma ´unica fun¸ao de base. Freq¨uentemente o conjunto de base m´ınima
usada ´e do tipo: STO-3G, STO-4G, STO-6G, 6-311++G. Nesta ´ultima tipo de
base o “mais-mais”++, representa o termo de difus˜ao. Um sinal “+”significa que
estamos considerando os orbitais do tipo “p”para os ´atomos mais pesados. Quando
temos “++”, estamos simbolizando com esta sigla que al´em de termos uma fun¸ao
do tipo “P”para os ´atomos mais pesados estamos considerando tamb´em orbitais
do tipo “P”e “S”para o ´atomo mais leve. Por exemplo, se tivermos uma base do
tipo: 6-31G. O n´umero 6 indica a quantidade de fun¸oes de gaussianas somadas
para descrever o orbital de camada interna. Trˆes (3) informa o n´umero de fun¸oes
gaussianas que incluem o primeiro orbital do tipo STO. O n´umero 1, indica as
fun¸oes gaussianas somadas pelo segundo orbital do tipo STO. Isto significa que
estamos somando 6 gaussianas para o orbital de camada interna, trˆes gaussianas
30
para o primeiro orbital de valˆencia do tipo STO e 1 gaussiana para o segundo orbital
do tipo STO. Nesta disserta¸ao foi utilizado al´em de outros tipos de base, uma base
do tipo: 6-311++G(2df,2pd). O termo (2df,2pd) significa que estamos considerando
duas fun¸oes do tipo 2d e uma do tipo f, para levar em considera¸ao a polariza¸ao
nos ´atomos mais pesados. Al´em disso estamos considerando duas fun¸oes do tipo
“P”e uma do tipo “d”para considerar a polariza¸ao para os ´atomos mais leves.
Outros conjuntos de bases tamem conhecidos e que ao bons resultados
ao as bases do tipo: dupla-zeta, tripla-zeta e qu´adrupla-zeta. Neste conjunto existe
arias fun¸oes de base que correspondem a cada orbital atˆomico. Estes incluem
orbitais de valˆencia e orbitais de caro¸co ou o orbitais de valˆencia. Dentro deste
conjunto, as bases mais comumente usados ao
cc-pVDZ - Duplo-zeta
cc-pVTZ - Triplo-zeta
cc-pVQZ - Qu´adruplo-zeta
aug-cc-pVDZ, etc. - Aumenta as vers˜oes do conjunto de base adicionando
fun¸oes difusas
O termo “cc-pv”quer dizer (correla¸ao consistente de bases polarizadas) o termo
“V”diz respeito a valˆencia das camadas de polariza¸ao maiores, combinando os
orbitais do tipo d,f,g,etc [43].
2.3.2 Polinˆomios em Coordenadas Bond-Order.
Para analisar os ajustes das energias eletrˆonicas dos sistemas estudados
neste trabalho, ser˜ao utilizadas duas formas anal´ıticas diferentes. A primeira ´e des-
crita pelo polinˆomio no espa¸co Bond Order (BO) introduzido por Lagan`a e Garc´ıa
[40]. O conceito BO foi introduzido por Pauling como um parˆametro de classifica¸ao
31
da for¸ca de liga¸ao de uma mol´ecula diatˆomica [18]. A ordem de liga¸ao entre dois
´atomos A e B ´e definido como
η
AB
= e
β
AB
(R
AB
Re
AB
)
(2.115)
em que R
AB
´e a distˆancia internuclear entre os ´atomos A e B, Re
AB
representa
a distˆancia de equil´ıbrio e β
AB
´e um parˆametro ligado `a constante de liga¸ao A-
B. Quando a distˆancia intermolecular ´e igual a distˆancia de equil´ıbrio, a ordem de
liga¸ao ´e igual a 1. Com o aumento da distˆancia entre os ´atomos, a uma diminui¸ao
da ordem de liga¸ao at´e que se atinja o valor zero na situa¸ao onde a separa¸ao ´e
infinita. Com a redu¸ao das distˆancia, a ordem de liga¸ao aumenta at´e atingir o valor
e
β
AB
Re
AB
. Temos ent˜ao, no espa¸co BO, que a intera¸ao ´atomo-di´atomo ´e confinada
no intervalo entre 0 e e
β
AB
Re
AB
. O termo V
i
trazem consigo polinˆomios de grau N
na relativa vari´avel BO η
i
dado por:
V (R
AB
) = D
e
N
j=1
a
i
η
j
i
=
N
j=1
c
i
η
j
i
(2.116)
em que D
e
´e a energia de dissocia¸ao do di´atomo e c
i
ao os coeficientes do polinˆomio
(tem-se que para a
1
= 2 e a
2
= 1 obt´em-se o potencial de Morse)[19]. Se tivermos
um polinˆomios de quarta ordem (N=4) os coeficientes c
ij
correspondentes a dois
´atomos podem ser determinados analiticamente resolvendo um sistema de equa¸oes
que se obt´em for¸cando esses parˆametros a reproduzir as constantes de for¸ca espec-
trosc´opicas.[16]-[20]
Para polinˆomios com grau superior a 4, os coeficientes c
ij
ao determinados
por meio de etodos de otimiza¸ao, entre os quais, o m´etodo de m´ınimos quadrados.
2.3.3 Forma Anal´ıtica de Rydberg.
Uma outra forma anal´ıtica utilizada neste trabalho foi a Rydberg genera-
lizada [41]
32
Esta forma ´e representada por:
V
R
= D
e
(1 +
N
i
a
i
ρ
i
)e
(a
i
ρ)
(2.117)
ou mais explicitamente
V ρ = D
e
(1 + a
1
ρ + a
2
ρ
2
+ a
3
ρ
3
+ a
4
ρ
4
+ ...)e
a
1
ρ
(2.118)
sendo que ρ = R R
eq
´e o deslocamento da posi¸ao de equil´ıbrio R
eq
, D
e
´e a energia
de dissocia¸ao e os a
i
(i=1 at´e N=grau do polinˆomio) ao os coeficientes a serem
ajustados.
Neste trabalho usamos o etodo de Powell [38] para obten¸ao destes coefi-
cientes.
2.3.4 Equa¸ao de Schr¨odinger Nuclear e Energias Ro-vibracionais.
Como a mencionado a CEP ´e obtida via resolu¸ao da equa¸ao de Schr¨odinger
eletrˆonica para arias configura¸oes nucleares
R
a
. Uma vez obtido estas solu¸oes
(Energias eletrˆonicas para arias configura¸oes R
a
) as mesmas podem ser ajustadas
para uma forma anal´ıtica (CEP).
De posse da CEP podemos resolver a equa¸ao de Schr¨odinger nuclear e
assim descrever a dinˆamica do sistema molecular em estudo. Um estudo detalhado
para o alculo da solu¸ao desta equa¸ao pode ser encontrado em [22].
Com um sistema de coordenadas apropriadas podemos resolver a equa¸ao
de Schr¨odinger nuclear. Com intuito de tratar o sistema diatˆomico de forma mais
simples usaremos coordenadas relativas ao centro de massa. Agora, temos o pro-
blema de apenas um corpo, uma vez que conhecemos a solu¸ao relativa ao centro de
massa. Com rela¸ao a fun¸ao de onda em termos das novas coordenadas, podemos
escrever a seguinte equa¸ao
ξ(
R
CM
,
R) = ξ
CM
(
R
CM
)ξ(
R)) (2.119)
33
em que ξ
CM
(
R
CM
) descreve o movimento do centro de massa do sistema, onde a
equa¸ao pode ser escrita como
H
CM
ξ
CM
(
R
CM
) = E
trans
ξ
CM
(
R
CM
) (2.120)
R
CM
representa a posi¸ao do centro de massa e
R a posi¸ao do n´ucleo B em rela¸ao
a A. A equa¸ao de Schr¨odinger nuclear a ser resolvida ´e
ˆ
H
N
ξ(
R) = Eξ(
R) (2.121)
com
ˆ
H
N
=
M
A=1
1
2M
A
2
+ V (
R) (2.122)
onde ξ(
R) ´e a fun¸ao de onda nuclear e E ´e a energia total, ou seja, de rota¸ao,
vibra¸ao e transla¸ao da mol´ecula e V(r) representa a CEP do sistema.
A equa¸ao (2.120) representa a equa¸ao de uma part´ıcula livre, que possui
uma solu¸ao conhecida. Expressando a equa¸ao (2.121) em termos das coordenadas
esf´ericas, enao podemos prop or a seguinte expans˜ao da fun¸ao de onda nuclear.
ξ(
R) = Ψ(
R)Y
m
j
, ϕ) (2.123)
em que as fun¸oes Y
m
l
, ϕ) ao os harmˆonicos esf´ericos [22]. Ao substituirmos a
equa¸ao (2.123) em (2.121), e fazendo
Ψ
l
(
R) = RΨ(
R) (2.124)
temos
1
2M
d
2
Ψ(
R)
dR
2
+
V (
R)
Ψ(R) = E
Ψ(
R) (2.125)
onde
V (R
AB
) =
j(j + 1)
2µR
2
+ V (
R) (2.126)
34
Temos a necessidade de determinar a fun¸ao de onda em sua totalidade,
a qual descreve o movimento dos n´ucleos de uma mol´ecula diatˆomica, a equa¸ao
(2.125) pode ser resolvida, via o m´etodo variacional.
Para isso basta multiplicarmos a equa¸ao (2.125) por
Ψ
(
R) e integr´a-la por
partes em termos de
R. Com este procedimento temos:
1
2µ
0
˜
Ψ
(
R)
d
2
Ψ(
R)
dR
2
d
R +
0
˜
Ψ
(
R)
V (
R)
Ψ(
R)d
R
=
0
˜
Ψ
(
R)E
int
˜
Ψ(
R)d
R. (2.127)
Expandindo a fun¸ao de onda nuclear
Ψ(
R) como
Ψ(
R)
N
j=1
C
j
f
j
, (
R) (2.128)
onde C
j
ao coeficientes da expans˜ao e f
j
(
R) ao fun¸oes de base conhecidas, podemos
desta forma transformar equa¸ao (2.125) em uma equa¸ao matricial
HC = EC. (2.129)
Onde H ´e a matriz hamiltoniana definida por H = F + V , sendo T a matriz energia
cin´etica, V a matriz energia potencial e C a matriz dos autovetores, definida como
C
= c
α
i
(i, α = 1, 2, ...n), de modo que, o c
α
´e o autovetor correspondente ao auto-
valor E
int
, e E ´e a matriz dos autovalores [22]. Neste trabalho, como a mencionado
utilizamos o etodo DVR para resolver a equa¸ao de Schr¨odinger nuclear. Resol-
vendo a equa¸ao nuclear para os estados vibracinais ν = 0, 1, 2 e 3 e susbtituindo
estes valores na equa¸ao espectrosc´opicas [41], dadas por
E
ν,
= ω
e
(ν +
1
2
) ω
e
x
e
(ν +
1
2
)
2
+ ω
e
y
e
(ν +
1
2
)
3
. (2.130)
Podemos obter as constantes espectrosc´opicas vibracionais atrav´es das seguintes
equa¸oes
ω
e
=
1
24
[141(E
1
E
0
) 93(E
2
E
0
) + 23(E
3
E
1
)]
ω
e
x
e
=
1
4
[13(E
1
E
0
) 11(E
2
E
0
) + 3(E
3
E
1
)]
ω
e
y
e
=
1
6
[3(E
1
E
0
) 3(E
2
E
0
) + (E
3
E
1
)] (2.131)
35
Neste trabalho, as constantes espectrosc´opicas dos sistemas diatˆomicos estu-
dados CH, CN e NH foram obtidas via equa¸ao (2.131).
Cap´ıtulo 3
Resultados e Discuss˜oes
A resolu¸ao da equa¸ao de Schr¨odinger nuclear ´e de fundamental importˆancia
para testar a CEP de um sistema molecular, al´em de fornecer a dinˆamica molecu-
lar. Devemos empregar fun¸oes de base atˆomicas que sejam eficientes o aximo
poss´ıvel para gerar boas energias eletrˆonicas e contornar o problema de posiciona-
mento dos n´ucleos nos sistemas moleculares. Deseja-se, em seguida, obter formas
anal´ıticas suficientemente boas para descrever com maior legitimidade as intera¸oes
entre as part´ıculas do sistema, que nesse trabalho ao os di´atomos, CH, CN e NH.
Para avaliar estes ajustes ´e necess´ario utiliz´a-los no alculo das constantes espec-
trosc´opica e, em seguida, compar´a-las com os resultados experimentais.
Para realizar os ajustes das energias eletrˆonicas obtidas, foram utilizadas
as formas anal´ıticas Rydberg generalizada e os polinˆomios em coordenada Bond-
order com os graus variando de trˆes a seis, como mencionado anteriormente. Todos
os n´ıveis de alculos e bases utilizados para estudar os sistemas CH, CN e NH
encontram-se no apˆendice A da presente disserta¸ao.
Com o objetivo de escolher o melhor n´ıvel de alculo e base para descrever
as energias eletrˆonicas dos sistemas estudados, utilizamos os etodos MP2, MP4,
CCSD(T) e QCISD(T) e arias bases diferentes. O sistema NH foi o mais dif´ıcil
de ser estudado, mas est´a dificuldade foi superada com as arias bases e n´ıveis de
36
37
alculos utilizadas.
Todo esse esfor¸co foi necess´ario para gerarmos constantes espectrosc´opicas
vibracionais compat´ıveis com os dados experimentais que ´e o objetivo maior deste
trabalho.
Os melhores n´ıveis de alculo encontrados neste trabalho, em sua maioria,
foram o QCISD e QCISD(T) e, em alguns casos, estes mostravam-se equivalentes.
A figura (3.1) mostra a concordˆancia obtida para as CEPs do sistema CH usando os
n´ıveis de alculo CCSD e QCISD, para a base 6-311++G(3d2f,3p2d). Est´a figura
mostra tamb´em uma equivalˆencia dos m´etodos CCSD(T) e QCICD(T) na descri¸ao
das CEPs do sistema CH.
0
1 2 3 4 5 6 7 8
-55,10
-
55,05
-
55,00
-
5
4,95
-54,90
-54,85
CCSD(T)
Q
C
ISD(T)
E
nergia (Hartree)
D
istância (Å)
C
C
SD
Q
CISD
Figura 3.1: Compara¸ao entre as energias eletrˆonicas obtidas com os etodos CC e
QCI, para o sistema CH.
A figura (3.2) mostra as diferen¸cas entre as CEPs obtidas por diferentes
n´ıveis de alculos e base considerando arias configura¸oes internucleares que ao
da regi˜ao de forte intera¸ao at´e a regi˜ao assinotica.
Atraes da figura (3.2) nota-se que os resultados obtidos pelos m´etodos
38
0
1
2 3 4 5 6 7 8
-
38,42
-
3
8,40
-
3
8,38
-38,36
-
3
8,34
-38,32
-
3
8
,30
-38,28
-38,26
E
nergia (Hartree)
D
istância (Å)
MP4DQ
M
P
4SDQ
Q
C
ISD
Q
CIS(T)
Figura 3.2: Compara¸ao das curvas de energia potencial obtidas via etodo varia-
cional e perturbativo.
perturbativos para o sistema analisado, mostram-se sempre inferiores aos outros
m´etodos.
3.0.5 Sistema CH
As energias eletrˆonicas obtida para o di´atomo CH foram calculadas usando
os n´ıveis de alculos QCISD e o QCISD(T). Para os alculos das constantes espec-
trosc´opicas deste sistema como um todo, o trabalho foi reduzido significativamente,
uma vez que a quantidade de bases utilizadas com o mesmo foi consideravelmente
menor, em compara¸ao com o sistema NH. Para este sistema as bases utilizadas
foram: 6-311++G(3d2f,3p2d), aug-cc-pvdz e aug-d-cc-pvdz.
Neste sistema, ao foi necess´ario utilizar o etodo CC para o alculo das
energias eletrˆonicas. Neste caso, a utiliza¸ao se restringiu ´unica e exclusivamente
ao etodo QCI. A partir do ajuste das energias ab initio foram determinadas as
propriedades espectrosc´opicas deste sistema. As tabelas (3.2) e (3.1) mostram, res-
39
pectivamente, os ajustes usando as formas anal´ıticas BO e Ryd.
Os coeficientes das CEPs ajustadas para os quais foram encontrados os valo-
res da tabela (3.2), utilizando os n´ıveis de alculos QCISD(T)/6-311G++(3d2f,3p2d)
e QCISD(T)/aug-d-cc-pvdz, encontram-se na tabela (3.1)
Coeficientes aug-d-cc-pvdz Coeficientes 6-311++G(3d2f,3p2d)
(BO5) (BO6)
C1 (Hartree) -0,5214.10
1
C1 (Hartree) 0,6834.10
1
C2 (Hartree) 0,7081 C2 (Hartree) -0.7722
C3(Hartree) -0,8034 C3 (Hartree) 0.2927.10
+1
C4 (Hartree) 0,3453 C4 (Hartree) -0.3685.10
+1
C5 (Hartree) -0,7505.10
1
C5 (Hartree) 0,2134.10
+1
E
f
(Hartree) 0,3826.10
+2
C6 (Hartree) -0.5401
R
e
(
˚
A) 1,11 E
f
(Hartree) 0,3827.10
+2
β
F
(
˚
A
1
) 1,2759 R
e
(
˚
A) 1,12
—– —– β
F
(
˚
A
1
) 0,7767
Tabela 3.1: Coeficientes encontrados para os ajustes BO5 aug-d-cc-pvdz e BO6
6-311++G(3d2f,3p2d) para o sistema CH.
A figura (3.3) mostra uma compara¸ao do ajuste BO5 com as energias ab
initio do sistema CH..
A figura (3.4) mostra uma compara¸ao do ajuste BO5 com as energias
eletrˆonicas obtidas com a aug-d-cc-pvdz. Desta figura, podemos notar tamb´em uma
significativa melhora com rela¸ao a figura obtida com a base 6-311++G(3d2f,3p2d),
sendo que ambos ajustes foram realizados com beta fixo.
A tabela (3.2) mostra que as constantes espectrosc´opicas ao mais sens´ıveis a
40
0
1
2 3 4 5 6 7 8
-38,42
-38,40
-
38,38
-
38,36
-
38,34
-38,32
-
38,30
-
3
8,28
-38,26
6-311++G(3d2f,3p2d)
QCISD(T)
Energia (Hartree)
D
istância (Å)
ab initio
BO5 (fixo)
C
H
Figura 3.3: Ajuste de curva do sistema CH via BO6 valendo-se da base 6-
311++(3d2f,3p2d) .
0
2 4 6 8 10
-38,4
-38,3
-
38,2
-
3
8
,1
-
38,0
-
37,9
-
3
7
,8
Aug-d-cc-pVDZ
QCISD(T)
E
nergia Hartree
Distância (Å)
Ab initio
Bo-g5 (fixo)
CH
Figura 3.4: Ajuste de curva do sistema CH via BO5 valendo-se da base aug-d-cc-
pvdz.
41
mudan¸ca de n´ıvel de alculo. Os valores de ω
e
para as bases 6-311G++(3d2f,3p2d)
(Base1) e forma anal´ıtica BO5 e aug-cc-pvdz com BO6 para o n´ıvel de alculo
QCISD(T) e com beta fixo, foram os que mais concordaram com o resultado experi-
mental [16]. Para os demais casos os valores das constantes tendem a se aproximar
um pouco do valor experimental de Herzberg [16]. A menor diferen¸ca encontrada
para ω
e
e o resultado de Herzberg foi 5.94(cm
1
)
Bases alculo β Ajustes ω
e
(cm
1
ω
e
x
e
(cm
1
) ω
e
y
e
(cm
1
)
Base1 QCISD(T) fixo BO5 2858,2473 58,6529 -0,1207
aug-cc-pvdz QCISD(T) livre BO5 2863,5558 59,0070 -0,6012
aug-cc-pvdz QCISD(T) livre BO5 2859,5579 59,7220 -0,5392
aug-d-cc-pvdz QCISD(T) livre BO5 2810,0555 56,7632 -0,5669
aug-d-cc-pvdz QCISD(T) fixo BO5 2858,0823 59,5890 -0,5384
aug-cc-pvdz QCISD livre BO6 2867,5718 56,3276 -0,6620
aug-cc-pvdz QCISD fixo BO6 2867,5721 56,3276 -0,6620
aug-cc-pvdz QCISD(T) livre BO6 2820,3480 57,0533 -0,4598
aug-cc-pvdz QCISD(T) fixo BO6 2823,7387 55,5181 -0,5931
aug-d-cc-pvdz QCISD livre BO6 2867,5718 56,3276 -0,6620
aug-d-cc-pvdz QCISD fixo BO6 2867,5721 56,3276 -0,6620
Exp[16] —– —– —– 2861,6 64,3 —–
Exp[42] —– —– —– 2858,5 63,0 —–
Tabela 3.2: Valores das constantes espectrosc´opicas vibracionais obtidas para arios
n´ıveis de alculos e bases diferentes.
Os coeficientes para os quais foram encontrados os valores da tabela (3.4)
42
encontram-se na tabela (3.3).
Coeficientes (3d2f,3p2d)
(Ryd4)
C1 (
˚
A
1
) -3,7625
C2 (
˚
A
2
) 3,1663
C3 (
˚
A
3
) 1,3592
C4 (
˚
A
4
) -2,0641
D
e
(Hartree) 0,1302
E
f
(Hartree) 0,3827.10
+2
R
e
(
˚
A) 1,1200
Tabela 3.3: Coeficientes encontrados via ajuste Ryd4 utilizando a base 6-
311++(3d2f,3p2d) (base1).
A figura (3.5) mostra o ajuste obtido via base1 e forma anal´ıtica Ryd4.
A tabela (3.4) mostra os valores das constantes espectrosc´opicas obtidas via
forma anal´ıtica Rydberg, que est˜ao em boa concordˆancia com o resultado experi-
mental de Radzig [42].
Para este di´atomo temos que as constantes espectrosc´opicas ao sens´ıveis
tanto para a mudan¸ca do n´ıvel de alculo como da base. Podemos observar ainda que
os mesmos ao tamb´em sens´ıveis ao grau da forma anal´ıtica utilizada nos ajustes.
Analisando as tabelas (3.2) e (3.4) vimos que os melhores valores obtidos para ω
e
,
para a forma anal´ıtica BO, est˜ao relacionados aos maiores graus. a ao ocorre o
43
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-
38,42
-38,40
-
38,38
-
3
8,36
-38,34
-
3
8,32
-38,30
-
38,28
-38,26
6
-311G++(3d2f,3p2d)
QCISD
Energia (Hartree)
D
istância (Å)
Ab initio
Ryd-g4
C
H
Figura 3.5: Ajuste de curva do sistema CH via Ryd4 e 6-311++G(3d2f,3p2d).
Bases Ajustes alculo ω
e
(cm
1
ω
e
x
e
(cm
1
) ω
e
y
e
(cm
1
)
Base1 Ryd3 QCISD(T) 2825,1868 46,6710 -0,9737
Base1 Ryd4 QCISD 2847,8864 47,1405 -0,5260
Base1 Ryd4 QCISD(T) 2824,1694 43,1686 -0,6563
Base1 Ryd5 QCISD 2841,2335 44,5835 -8,1967.10
2
Exp[16] —– —– 2861,6 64,3 —–
Exp[42] —– —– 2858,5 63,0 —–
Tabela 3.4: Constantes espectrosc´opicas vibracionais obtidas com a forma anal´ıtica
Rydberg para o di´atomo CH utilizando a base 6-311++G(3d2f,3p2d).
mesmo para a fun¸ao anal´ıtica de Rydberg. Para este caso os temos que os melhores
valores de ω
e
est˜ao vinculados com o menor grau da forma anal´ıtica. Os melhores
44
valores obtidos, para as constantes espectrosc´opicas, com rela¸ao aos resultados ex-
perimentais ao os calculados via forma anal´ıtica BO. Para este sistema, verificamos
que ao havia necessidade de usar um n´ıvel de alculo base que envolvesse termos
de terceira e quarta excita¸oes.
Os melhores resultados obtidos para o sistema CH, est˜ao resumidos como
segue:
QCISD(T)/Base1, ajuste BO5(beta fixo) com we = 0.3cm
1
e wexe =
5.6cm
1
(Radzig)
QCISD(T)/aug-cc-pvdz, ajuste BO5(beta livre) com we = 2.04cm
1
e wexe =
4.58cm
1
(Herzberg).
Para as formas anal´ıticas Ryd3, Ryd4 e Ryd5 as constantes espectrosc´opicas
vibracionais ao apresentaram bons resultados.
3.0.6 Sistema CN
Para este sistema assim como para o sistema CH, as energias eletrˆonicas
foram obtidas utilizando os mesmos n´ıveis de alculos e bases utilizados no sis-
tema CH. Inicialmente utilizamos os m´etodos QCISD e QCISD(T) com a base 6-
311++G(3d2f,3p2d) e, depois de alguns resultados obtidos com a mesma, a base
foi estendida para que tiv´essemos resultados diferentes ou melhores do que os obti-
dos com a primeira base. A fun¸ao anal´ıtica utilizada para ajustar estas energias
foram as formas anal´ıticas BO e Ryd. Os resultados encontrados para as constantes
espectrosc´opicas vibracionais, est˜ao na tabela (3.6).
Um fato interessante foi ter encontrado o melhor valor de ω
e
para o sistema
CN, com uma base que nos dois casos anteriores, mostrou-se inadequada. Os coefi-
cientes obtidos nos ajustes utilizados para o alculo das constantes espectrosc´opicas
da tabela (3.6) est˜ao mostrados na tab ela (3.5).
45
Coeficientes aug-cc-pvdz Coeficientes 6-311++(3d2f,3p2d)
(Ryd5) (Ryd5)
C1 (
˚
A
1
) 5,1509 C1 (
˚
A
1
) 3,7325
C2 (
˚
A
2
) 6,6552 C2 (
˚
A
2
) 0,8047
C3 (
˚
A
3
) 1,1674 C3 (
˚
A
3
) -1,8073
C4 (
˚
A
4
) 5,4740 C4 (
˚
A
4
) -3,5735
C5 (
˚
A
5
) 0,5049.10
1
C5 (
˚
A
5
) 2,0443
D
e
(Hartree) 2,8019 D
e
(Hartree) 0,3026
E
f
(Hartree) 0,9221.10
+2
E
f
(Hartree) 0,9226.10
+2
R
e
(
˚
A) 1,2000 R
e
(
˚
A) 1,1799
Tabela 3.5: Coeficientes ajustados utilizando `as energias obtidas no n´ıvel de alculo
QCISD utilizando a forma anal´ıtica Ryd5 para o sistema CN.
A figura (3.6) mostra o ajuste da CEP que produziu a melhor constante
espectrosc´opica vibracional ω
e
do sistema CN utilizando a forma anal´ıtica Ryd5.
Os valores encontrados para ω
e
mostraram sens´ıveis mais `a base do que o
grau do polinˆomio e forma anal´ıtica utilizada. Neste caso, ao contr´ario dos demais
sistema estudados, tivemos o melhor resultado para as constantes espectrosc´opicas
vibracionais com a forma anal´ıtica Rydberg. Um outro fator marcante para o alculo
das constantes espectrosc´opicas desse sistema ´e que a medida que se aumenta o
grau do polinˆomio, tanto para a forma anal´ıtica BO quanto para a Rydb erg, ao se
conseguia b ons resultados para as mesmas via m´etodo QCISD(T), independente da
base utilizada.
Vale ressaltar ainda que para todos os casos analisados, ou seja, para os
trˆes sistemas em estudados, as bases aug-cc-pvdz e aug-d-cc-pvdz foram as que
46
Figura 3.6: Compara¸ao das energias ab initio com o ajuste Ryd5 para o sistema
CN.
.
Bases alculo β Ajustes ω
e
(cm
1
ω
e
x
e
(cm
1
) ω
e
y
e
(cm
1
)
Aug-cc-pvdz QCISD Livre BO6 2009,7157 15,2922 -3,3031.10
2
Aug-d-cc-pvdz QCISD Livre BO6 2006,5741 15,2746 -3,2928.10
2
Aug-d-cc-pvdz QCISD Fixo BO6 2019,4386 15,2346 -3,2373.10
2
Aug-cc-pvdz QCISD —— Ryd5 2058,6401 10,6814 -7,1998.10
2
Aug-d-cc-pvdz QCISD —— Ryd5 2057,9500 10,6691 -7,1830.10
2
Aug-d-cc-pvdz QCISD(T) —— Ryd5 2002,9243 9,1025 -8,8744.10
2
Base1 QCISD(T) —— Ryd5 2065,6749 10,3584 -4,9189.10
2
Exp[16] —– —— —– 2068,705 13,144 —–
Exp[42] —– —— —– 2068,6 13,1 —–
Tabela 3.6: Constantes espectrosc´opicas vibracionais para o sistema CN para arias
fun¸oes de base.
47
produziram as melhores resultados para as constantes espectrosc´opicas vibracionais.
Para o sistema CN obtivemos poucos resultados que se aproximaram dos valores
experimentais, tanto de Herzberg [16] quanto de Radzig [42]. O emprego de novas
fun¸oes de bases, com determinantes que envolvessem maiores graus de excita¸oes,
poderiam resolver ou minimizar o problema desse di´atomo.
O resumo dos melhores resultados encontrados para o sistema CN, ao:
QCISD(T)/Base1, ajuste Ryd5 com we = 3.03cm
1
e wexe = 2.77cm
1
(Radzig)
Para as formas anal´ıticas BO3, BO4, BO5 e BO6 as constantes espectrosc´opicas
vibracionais ao apresentaram bons resultados.
3.0.7 Sistema NH.
Verificamos que todas as energias eletrˆonicas obtidas para este sistema via
m´etodos perturbativos ao tiveram comportamentos f´ısicos ou qu´ımicos aceit´aveis
na regi˜ao assinotica, ou seja, na regi˜ao para distˆancias internucleares muito grandes.
Desta forma, as mesmas foram descartadas. Mais especificamente o m´etodo pertur-
bativo (MP4SDQ), que foi um dos melhores, entre os demais etodos perturbativos
divergiram completamente dos demais etodos, para arias bases consideradas neste
trabalho. O que ao foi observado para os outros dois sistemas tratados. A figura
(3.7) mostra uma compara¸ao entre CEPs obtidas via alculos perturbativos e o
m´etodo QCI.
Para os ajustes feitos para o sistema NH, utilizamos tanto a forma anal´ıtica
BO como a de Rydberg de graus trˆes, quatro e cinco para obten¸ao das constantes
espectrosc´opicas. As melhores energias eletrˆonicas para este sistema foram obtidas
usando o n´ıvel de alculo QCISD e as fun¸oes de base aug-cc-pvdz.
Para o sistema NH utilizando o n´ıvel de alculo QCISD, para todas a
bases utilizadas, forneceu valores de ω
e
bem diferentes dos resultados experimen-
48
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-
55,8
-
55,6
-
55,4
-
55,2
-
5
5,0
-
54,8
-
54,6
-
54,4
S
istema NH
Energia (Hartree)
Distância (Å)
HF
M
P2
M
P
3
MP4D
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-
55,1
-
5
5,0
-
5
4,9
-
54,8
-
5
4
,7
-
5
4,6
-
5
4,5
-
54,4
Sistema NH
Energia (Hartree)
D
istância (Å)
MP4DQ
M
P4SDQ
QCISD
Q
C
ISD(T)
Figura 3.7: Distor¸oes encontradas entre o m´etodo perturbativo e os outros etodos
utilizados para o alculo da CEP do sistema NH.
49
tais dispon´ıveis na literatura [16] e [42]. Este fato ocorreu para o ajuste BO de grau
3 (BO3). No entanto, as constantes ω
e
x
e
e ω
e
y
e
ao se mostravam sens´ıveis as bases
estudadas.
Os coeficientes ajustados para o melhor n´ıvel de alculo e base via alculo
QCISD, para beta livre e fixo, ao mostrados na tabela (3.7)
Constantes aug-d-cc-pvdz Constantes aug-d-cc-pvdz
BO5 BO5
C1 (Har tree) 0,3843.10
2
C1 (Hartree) 0,7447.10
2
C2 (Har tree) 0,6904 C2 (Hartree) 0,6940
C3 (Hartree) -0,8326 C3 (Hartree) -0,8537
C4 (Har tree) 0,4246 C4 (Hartree) 0.4416
C5 (Har tree) -0,1163 C5 (Hartree) -0,1194
D
e
(Hartree) 0,5485.10
+2
D
e
(Har tree) 0,5485.10
+2
R
e
(
˚
A) 1,05 R
e
(
˚
A) 1,05
β
L
(
˚
A)
1
1,2611 β
F
(
˚
A)
1
1,2759
Tabela 3.7: Coeficientes obtidos via alculo QCISD para uma base Aug-cc-pvdz com
beta livre e fixo.
A figura (3.8) mostra as CEPs ajustadas, via forma anal´ıtica BO5, uti-
lizando as energias eletrˆonicas obtidas com o n´ıvel de alculo QCISD, considerando
β livre e fixo, respectivamente.
50
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-
55,04
-55,02
-55,00
-54,98
-
5
4,96
-54,94
-
54,92
-
5
4
,90
-54,88
-
54,86
-
5
4,84
(
a)
aug-cc-pvdz
QCISD
Energia (Hartree)
D
istância (Å)
ab initio
BO5 (livre)
N
H
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-
5
5,04
-55,02
-
55,00
-
54,98
-
54,96
-54,94
-54,92
-54,90
-54,88
-54,86
-
54,84
(b)
a
u
g-cc-pvdz
QCISD
Energia (Hartree)
Distância (Å)
ab initio
BO5 (fixo)
NH
Figura 3.8: Ajuste da CEP do sistema NH via ajuste BO5 e n´ıvel de alculo QCISD
com beta livre (a) e beta fixo (b).
Os valores obtidos via ajuste BO de grau 4(BO4) ao deram valores com-
pat´ıveis aos resultados experimentais. No entanto, para os ajustes obtidos via BO
de grau (BO5) os resultados foram compat´ıveis aos resultados experimentais. A
tabela (3.8) apresenta os resultados obtidos para as constantes espectrosc´opicas vi-
51
bracionais usando os n´ıveis QCISD/aug-cc-pvdz e QCISD/aug-cc-pvdz.
QCISD β ω
e
(cm
1
) ω
e
x
e
(cm
1
) ω
e
y
e
(cm
1
)
aug-cc-pvdz Livre 3283,6215 68,9625 3,8780.10
2
Fixo 3278,1520 68,0404 2,9999.10
4
aug-d-cc-pvdz Livre 3252,6158 77,7566 0,1458
Fixo 3279,4871 68,0852 6,0989.10
3
Exp[16] —– 3300,0 —– —–
Exp[42] —– 3282,0 78,3 —–
Tabela 3.8: Constantes espectrosc´opicas vibracionais obtidas via ajuste BO5 e n´ıveis
de alculos QCISD/aug-cc-pvcz e QCISD/ aug-d-cc-pvdz.
No caso do ajuste BO5 os intervalos de ω
e
mudaram consideravelmente, em
rela¸ao aos ajustes BO3 e BO4, considerando tanto β fixo (β
F
) como β livre (β
L
). Os
valores apresentados na tabela (3.8) foram obtidos usando as bases: aug-cc-pvdz,
aug-d-cc-pvdz e (3d2f,3p2d). Neste caso, os intervalos obtidos para ω
e
foram de
[3335.61, 3278, 15]cm
1
para (β
L
) e [3252.61, 3345, 43]cm
1
para (β
F
).
Os valores obtidos de ω
e
x
e
, tamb´em neste caso ao foram muito sens´ıveis
aos graus das formas anal´ıtica utilizadas nos ajustes, bem como considerando β livre
ou fixo. A base aug-cc-pvdz, com β
L
, foi a que produziu o melhor ω
e
comparado
ao dado experimental [42], com um desvio de 1, 6215cm
1
para ω
e
e 9, 34cm
1
para
ω
e
x
e
.
Esses ajustes tamb´em foram realizados utilizando a forma anal´ıtica de Ryd-
berg generalizada. Da mesma maneira fizemos ajustes de grau 3 (Ryd3) a 6 (Ryd6),
52
para todos os conjuntos de bases a mencionados. Os melhores resultados obtidos
para as constantes espectrosc´opicas vibracionais est˜ao mostrados na tabela (3.10).
Os coeficientes encontrados para os ajustes Ryd3 e Ryd4, ao apresentados
na tabela (3.9).
Coeficientes aug-cc-pvdz Coeficientes aug-d-cc-pvdz
(Ryd3) (Ryd4)
C1
˚
A
1
) 3,4921 C1 (
˚
A
1
) 3,4653
C2 (
˚
A
2
) 2,0181 C2 (
˚
A
2
) 1,9303
C3 (
˚
A
3
) 1,2477 C3 (
˚
A
3
) 1,1698
D
e
(Hartree) 0,1699 C4 (
˚
A
4
) 1,5988.10
5
E
f
(Hartree) 0,5485.10
+2
D
e
(Hartree) 0,1702
R
e
(
˚
A) 1,0499 E
f
(Hartree) 0,5485.10
+2
—– —– R
e
(
˚
A) 1,0499
Tabela 3.9: Coeficientes encontrados via ajuste Ryd3 e Ryd4 utilizando as bases
aug-cc-pvdz e aug-d-cc-pvdz para o n´ıvel de alculo QCISD.
A figura (3.9) mostra uma compara¸ao do ajuste Ryd3 com os pontos ab
initio obtidos via m´etodo QCISD e base aug-cc-pvdz. A compara¸ao do ajuste Ryd4
com as energias obtidas via etodo QCISD e base aug-d-cc-pvdz est´a mostrado na
figura 3.9b).
As constantes espectrosc´opicas vibracionais obtidas via ajustes Ryd3 e Ryd4
ao praticamente os mesmos para todas as bases consideradas. Os resultados obtidos
53
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-55,04
-
55,02
-
55,00
-
54,98
-54,96
-
5
4,94
-
5
4,92
-
5
4,90
-
5
4,88
-
5
4,86
-
54,84
(
a)
a
u
g
-cc-pvdz
QCISD
Energia (Hartree)
Distância (Å)
a
b initio
R
yd3
NH
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-55,04
-55,02
-
55,00
-
54,98
-54,96
-
54,94
-
5
4,92
-
5
4,90
-54,88
-54,86
-54,84
(b)
a
u
g-d-cc-pvdz
QCISD
Energia (Hartree)
Distância (Å)
ab initio
Ryd4
NH
Figura 3.9: Ajuste da CEP do sistema NH via ajustes Ryd3 e base aug-cc-pvdz (a)
e Ryd4 com a base aug-d-cc-pvdz (b) para o n´ıvel de alculo QCISD.
para ω
e
, usando as bases aug-cc-pvdz e aug-d-cc-pvdz, foram as que mais concor-
daram com os resultados experimentais de [16]. Para Ryd5, os valores de ω
e
e ω
e
x
e
abaixaram como um todo em compara¸ao aos ajustes Ryd3 e Ryd4. No entanto,
nenhuma das bases utilizadas neste procedimento se aproximou dos resultados ex-
54
Ryd3 ω
e
(cm
1
) ω
e
x
e
(cm
1
) ω
e
y
e
(cm
1
)
Aaug-cc-pvdz 3304,2249 72,1550 0,1138
aug-d-cc-pvdz 3304,7841 71,9656 9,9886.10
2
Ryd4
aug-cc-pvdz 3304,2247 72,1550 0,1138
aug-d-cc-pvdz 3304,7839 71,9656 9,9886.10
2
Ryd5
aug-cc-pvdz 3261,2839 61,1646 -0,6400
aug-d-cc-pvdz 3258,3670 59,5613 -0,7832
exp[16] 3300,0 —— ——–
exp[42] 3282,0 78,3 ——–
Tabela 3.10: Constantes espectrosc´opicas vibracionais para os ajustes Ryd3, Ryd4
e Ryd5 para o n´ıvel de alculo QCISD.
perimentais [42]. Os valores obtidos atrav´es do etodo QCISD, com as formas
anal´ıticas Ryd3 e Ryd4 usando as bases aug-cc-pvdz e aug-d-cc-pvdz, foram as que
mais concordaram com os valores exp erimentais, com um desvio de 4,22 cm
1
para
o menor valor encontrado da constante ω
e
.
Dada a dificuldade encontrada para se obter bons valores das constantes es-
pectrosc´opicas do NH, utilizamos o m´etodo CC para calcular as energias eletrˆonicas
deste sistema. Os resultados obtidos com este etodo e o ajuste BO3 em geral
55
ficaram abaixo dos valores encontrados via etodo QCISD, para o mesmo ajuste
BO3 utilizado. Isso pode ser facilmente verificado olhando os valores abaixo:
QCISD ω
e
=3321,4601 e 3325,7445(cm
1
) (aug-cc-pvdz)
QCISD ω
e
=3322,5233 e 3315,0730(cm
1
) (aug-d-cc-pvdz)
CCSD ω
e
=3325,7444 e 3325,7445(cm
1
) (aug-cc-pvdz)
CCSD ω
e
=3352,4544 e 3376,3622(cm
1
) (aug-d-cc-pvdz)
onde o primeiro valor de ω
e
refere-se a beta livre e o segundo a beta fixo, respecti-
vamente.
Para o alculo das constantes espectrosc´opicas via ajustes BO3 e BO4, uti-
lizando o m´eto do CCSD, tanto para beta livre como fixo, os valores de ω
e
divergem
tanto dos resultados experimentais de [42] (3282cm
1
) como [16](3300cm
1
). Os
valores de ω
e
x
e
ao se mostram sens´ıveis `as bases e a quest˜ao de beta ser livre ou
fixo.
Para o ajuste BO5, os valores de ω
e
e ωex
e
foram sens´ıveis `as bases e ao fato
de considerarmos beta livre ou fixo no ajuste. Neste caso, obtivemos resultados que
deram o mesmo valor para o caso de beta livre utilizando o n´ıvel de alculo CCSD
e a base aug-d-cc-pvdz. No caso de beta fixo, a diferen¸ca entre os valores divergem
em apenas 0, 21cm
1
quando comparado com valor experimental [42]. Estes valores
est˜ao mostrados na tabela (3.12).
Os coeficientes obtidos nos ajustes das energias eletrˆonicas obtidas via etodo
CCSD e base aug-d-cc-pvdz, com beta livre e fixo, est˜ao mostrados na tabela (3.11).
O resultado te´orico para ω
e
que mais se aproximou de ω
e
experimental [42]
foi com a base aug-d-cc-pvdz, ao importando se o ajuste era com beta livre ou
fixo. As figuras (3.10a) e (3.6b) mostram as CEPs ajustadas para beta livre e fixo,
respectivamente, para o n´ıvel de alculo CCSD.
56
Constantes aug-d-cc-pvdz Constantes aug-d-cc-pvdz
BO5 BO5
C1 (Hartree) 0,7936.10
2
C1 (Hartree) 0,0167
C2 (Hartree) 0.7638 C2 (Hartree) 0,7701
C3 (Hartree) -0.9609 C3 (Hartree) -1,0081
C4 (Hartree) 0,5164 C4 (Hartree) 0,5564
C5 (Hartree) -0,1442 C5 (Hartree) -0,1521
E
f
(Hartree) 0,5489.10
+2
E
f
(Hartree) 0,5489.10
+2
R
e
(
˚
A) 1,03 R
e
(
˚
A) 1,03
β
L
(
˚
A
1
) 1,2443 β
F
(
˚
A
1
) 1.2759
Tabela 3.11: Coeficientes obtidos no ajuste das energias utilizando o alculo CCSD
e base aug-d-cc-pVDZ com beta livre e fixo.
CCSD β ω
e
cm
1
ω
e
x
e
cm
1
ω
e
y
e
cm
1
aug-cc-pvdz Livre 3280,4730 67,5275 -3,1162.10
2
Fixo 3280,4730 67,5275 -3,1162.10
2
aug-d-cc-pvdz Livre 3282,2100 67,6384 -2,2618.10
2
Fixo 3281,7942 67,5679 -2,5618.10
2
Exp[16] —– 3300,0 —– —–
Exp[42] —– 3282,0 78,3 —–
Tabela 3.12: Constantes espectrosc´opicas vibracionais para os ajustes BO5 para o
n´ıvel de alculo CCSD.
57
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-55,04
-55,02
-
55,00
-
54,98
-54,96
-
5
4,94
-
5
4
,92
-
5
4
,90
-54,88
-54,86
-54,84
(
a
)
a
u
g-d-cc-pvdz
CCSD
E
nergia (Hartree)
D
istância (Å)
ab initio
B
O5 (livre)
NH
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-
5
5
,04
-55,02
-
55,00
-54,98
-
54,96
-
5
4,94
-
5
4
,92
-54,90
-54,88
-
54,86
-
5
4
,84
(
b
)
a
ug-d-cc-pvdz
CCSD
E
n
ergia (Hartree)
D
istância (Å)
a
b
initio
BO5 (fixo)
N
H
Figura 3.10: Ajuste da CEP do sistema NH via ajuste BO5 com beta livre (3.6a) e
beta fixo (3.6b) para o n´ıvel de alculo CCSD.
58
De forma an´aloga, as energias eletrˆonicas determinadas pelo m´etodo CCSD
foram tamb´em ajustadas usando a forma anal´ıtica de Rydberg generalizada. Neste
caso, os resultados obtidos para as constantes espectrosc´opicas concordavam ra-
zoavelmente com os resultados experimentais. Tabela (3.14) mostra esses resulta-
dos.
Os coeficientes encontrados para o ajuste Ryd3 e Ryd4, ao mostrados na
tabela (3.13)
Coeficientes aug-d-cc-pvdz Coeficientes aug-d-cc-pvdz
(Ryd3) (Ryd4)
C1 (
˚
A
1
) 3,6019 C1 (
˚
A
1
) 3,6019
C2 (
˚
A
2
) 2,4038 C2 (
˚
A
2
) 2,4038
C3 (
˚
A
3
) 1,4395 C3 (
˚
A
3
) 1,4395
D
e
(Hartree) 0.1693 C4 (
˚
A
4
) -0,3416.10
6
E
f
(Hartree) 0.5485.10
+2
D
e
(Hartree) 0.1693
R
e
(
˚
A) 1,0499 E
f
(Hartree) 0.5485.10
+2
—– —– R
e
(
˚
A) 1,0499
Tabela 3.13: Coeficientes encontrados para os ajustes Ryd3 e Ryd4 utilizando as
bases aug-d-cc-pvdz e aug-d-cc-pvdz para o n´ıvel de alculo CCSD.
A figura (3.11) mostra os ajustes obtido para a base aug-d-cc-pvdz para o
alculo realizado via CCSD utilizando o polinˆomio Ryd3 e Ryd4.
59
0
1
2 3 4 5 6 7 8
-
5
5,04
-55,02
-
55,00
-54,98
-54,96
-
5
4,94
-54,92
-
5
4,90
-54,88
-
54,86
-54,84
a
u
g-d-cc-pvdz
CCSD
Energia (Hartree)
Distância (Å)
Ab initio
Ryd-g3
NH
0
1
2 3 4 5 6 7 8
-55,04
-
55,02
-55,00
-54,98
-
54,96
-
54,94
-54,92
-54,90
-
54,88
-
5
4
,86
-54,84
aug-d-cc-pvdz
CCSD
Energia (Hartree)
D
istância (Å)
A
b initio
Ryd-g4
N
H
Figura 3.11: Ajustes da CEP do sistema NH via ajuste Ryd3 e Ryd4 e n´ıvel de
alculo CCSD.
60
Ryd3 ω
e
(cm
1
) ω
e
x
e
(cm
1
) ω
e
y
e
(cm
1
)
aug-cc-pvdz 3298,7660 70,8470 8,2142.10
2
aug-d-cc-pvdz 3299,6098 70,7099 7,0256.10
2
Ryd4
aug-cc-pvdz 3298,7659 70,8470 8,2141.10
2
aug-d-cc-pvdz 3299,6096 70,7098 7,0257.10
2
Ryd5
aug-cc-pvdz 3261,9145 59,3429 -0,8409
aug-d-cc-pvdz 3259,9097 58,0235 -0,9619
Tabela 3.14: Constantes espectrosc´opicas vibracionais obtidas via ajuste Rydberg
para o sistema NH
Para os ajustes realizados com as formas funcionais de Rydberg, os valores
de ω
e
x
e
mostram-se mais sens´ıveis ao grau da forma anal´ıtica. No entanto, os ajustes
Ryd3 e Ryd4 foram os que forneceram os valores de ω
e
que mais se aproximaram
do resultado experimental [16]. Os ajustes Ryd3 e Ryd4 praticamente ao diferem
um do outro. No entanto, os valores de ω
e
para Ryd5 baixaram em compara¸ao aos
ajustes Ryd3 e Ryd4 e os resultados de ω
e
para os dois primeiros casos, aproximaram
bastante dos resultado experimental [16]. A diferen¸ca entre os valores divergem em
apenas 0, 4cm
1
quando comparado com valor experimental.
A base que produziu o melhor valor para ω
e
, em compara¸ao ao resultado
experimental [16], foi a aug-d-cc-pvdz, tanto para o ajuste Ryd3 quanto para o
61
ajuste Ryd4.
Abaixo est˜ao relacionados os melhores resultados obtidos para o sistema
NH:
QCISD/aug-cc-pvdz, ajuste BO5(livre) com we = 1.6cm
1
e wexe =
9.34cm
1
(Radzig)
QCISD/aug-cc-pvdz, ajuste Ryd4 com we = 4.22cm
1
e wexe = 6.34cm
1
(Herzberg)
CCSD/aug-d-cc-pvdz, ajuste BO5(livre) com we = 0.21cm
1
e wexe =
10.67cm
1
(Radzig)
CCSD/aug-d-cc-pvdz, ajustes Ryd3 e Ryd4 com we = 0.391cm
1
e wexe =
7.6cm
1
(Herzberg)
Cap´ıtulo 4
Conclus˜oes e Perspectivas.
O principal objetivo, deste trabalho, foi o de calcular as constantes espec-
trosc´opicas vibracionais dos sistemas NH, CH e CN. O problema nasce primeira-
mente com a necessidade de se resolver a equa¸ao de Schr¨odinger para os sistemas
diatˆomicos em estudo. Diante da dificuldade de resolver este problema, ou seja, de
se obter resultados diretos atrav´es da equa¸ao de Schr¨odinger molecular, partimos
para a A.B.O para a separa¸ao do nosso problema em duas partes: uma eletrˆonica
e outra nuclear.
Diversos etodos te´oricos foram usados para obter a CEP dos sistemas
tratados. Em princ´ıpio, uma CEP bem descrita ´e uma das formas para se verificar se
ela expressa ou ao, e em que grau ela concorda com comportamento das grandezas
f´ısicas envolvidas. Neste sentido, buscamos tamb´em a utiliza¸ao de diversas bases
com o objetivo de encontrar as melhores energias eletrˆonicas dos sistemas estudados.
Os m´etodos CC e QCI foram os que melhores descreveram as energias eletrˆonicas e
as constantes espectrosc´opicas vibracionais dos sistemas em quest˜ao. Isso pode ser
verificado no capitulo 3 da presente disserta¸ao.
As melhores bases utilizadas para os trˆes sistemas como um todo foram
aug-cc-pVDZ e a aug-d-cc-pVDZ. Vimos tamb´em que etodos perturbativos ao
produziu, para as bases utilizadas, nenhuma CEP aceit´avel para o sistema NH.
62
63
Para os demais di´atomos, ou seja, tanto para o CH quanto para o CN, os valo-
res encontrados das energias eletrˆonicas via alculo perturbativo, apesar de uma
descri¸ao aceit´avel, ao produziram constantes espectrosc´opicas compar´aveis aos
resultados experimentais. No tocante `a forma anal´ıtica usada, fica um tanto dif´ıcil
uma discuss˜ao conclusiva. No entanto, para os trˆes sistemas tratados temos uma
boa concordˆancia dos ajustes realizados para os sistemas NH e CH com a forma
anal´ıtica BO, dependendo do grau do polinˆomio.
Para o CN obtivemos resultados bastante satisfat´orios com a forma anal´ıtica
de Rydberg. A BO5 mostrou-se bastante eficiente para os trˆes sistemas tratados e
algumas disparidades foram encontradas com a utiliza¸ao de uma BO6, por exemplo,
com o etodo QCISD(T), tanto para o sistema CH quanto para o CN. O m´etodo
CC mostrou-se bastante equivalente ao QCI no alculo das energias eletrˆonicas do
sistema NH. Sua utiliza¸ao foi bastante expressiva para o estudo do sistema NH e
ambos deram resultados que concordaram com os valores experimentais.
A redu¸ao das fun¸oes de base e do n´ıvel de alculo para os sistema CH foi
poss´ıvel, pois as energias eletrˆonicas ao variaram muito ao adicionarmos determi-
nantes com excita¸oes triplas e qu´adruplas, em compara¸ao com o sistema NH. Com
rela¸ao ao di´atomo CN, talvez fosse necess´ario a utiliza¸ao de fun¸oes de bases que
envolvessem determinantes com excita¸oes de ordens superiores.
A utiliza¸ao do etodo DVR para resolver a equa¸ao de Schr¨odinger nuclear
mostrou-se bastante eficaz para os sistemas tratados, uma vez que sua utiliza¸ao foi
importante para a obten¸ao das constantes espectrosc´opicas encontradas.
Como perspectivas para trabalhos futuros temos a inten¸ao de obter as cons-
tantes vibracionais valendo-se de outros etodos, como por exemplo, o etodo de
Dunham [41]. Poder´ıamos ainda ajustar as energias eletrˆonicas dos sistemas estuda-
dos via m´etodo GSA [44], para comparar diretamente com o m´etodo de Powers que
foi utilizado neste trabalho. Outro ponto que poderia ser investigado futuramente
ao as formas anal´ıticas qBO e qRyd [45] para ajustar as energias eletrˆonicas dos
sistemas aqui estudados.
64
Por fim, pretendemos determinar as energias eletrˆonicas dos estados exci-
tados dos sistemas estudados, com o objetivo de calcular as suas probabilidades
de transi¸oes eletrˆonicas. Desta forma, acreditamos que os objetivos propostos
deste trabalho foram alcan¸cado com sucesso. Os resultados devem, assim, estimular
pesquisas para outros sistemas f´ısicos e em outros campos de estudo como a Qu´ımica
de Combust˜ao por exemplo.
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Apˆendice
69
Anexo A
N´ıveis de alculo e Base
A tabela (A) mostra um resumo de todos os n´ıveis de alculos e bases utilizadas
neste trabalho para estudar os sistemas CH, NH e CN.
Sistema N´ıveis de alculo e Base R(
˚
A) Energia (Hartree)
CH CCSD(t)/6-311++G(d,p) 1.1283 -38.3914
CH CCSD(T)/6-311++G(2d,2p) 1.1205 -38.3999
CH CCSD(T)/6-311++G(3d,3p) 1.1229 -38.4011
CH CCCSD(T)/6-311++G(2df,2pd) 1.1207 -38.4090
CH CCSD(T)/6-311++G(3d2f,3p2d) 1.1195 -38.4114
NH CCSD(T)/6-311++G(d,p) 1.0408 -55.0390
NH CCSD(T)/6-311++G(2d,2p) 1.0348 -55.0526
NH CCSD(T)/6-311++G(3d,3p) 1.0369 -55.0548
NH CCSD(T)/6-311++G(2df,2pd) 1.0350 -55.0685
NH CCSD(T)/6-311++G(3d2f,3p2d) 1.0335 -55.0736
CN CCSD(T)/6-311++G(d,p) 1.1801 -92.5187
CN CCSD(T)/6-311++G(2d,2p) 1.1741 -92.5366
CN CCSD(T)/6-311++G(3d,3p) 1.1753 -92.5407
CN CCSD(T)/6-311++G(2df,2pd) 1.1731 -92.5615
CN CCSD(T)/6-311++G(3d2f,3p2d) 1.1713 -92.5690
CH QCISD(T)/6-311++G(d,p) 1.1284 -38.3914
CH QCISD(T)/6-311++G(2d,2p) 1.1205 -38.4000
CH QCISD(T)/6-311++G(3d,3p) 1.1230 -38.4012
CH QCISD(T)/6-311++G(2dF,2pd) 1.1207 -38.4090
CH QCISD(T)/6-311++G(3d2f,3p2d) 1.1196 -38.4114
70
71
sistema N´ıveis de alculo e Base R(
˚
A) Energia (Hartree)
NH QCISD(T)/6-311++G(d,p) 1.0409 -55.0390
NH QCISD(T)/6-311++G(2d,2p) 1.0349 -55.0526
NH QCISD(T)/6-311++G(3d,3p) 1.0370 -55.0548
NH QCISD(T)/6-311++G(2dF,2pd) 1.0351 -55.0686
NH QCISD(T)/6-311++G(3d2f,3p2d) 1.0336 -55.0736
CN QCISD(T)/6-311++G(d,p) 1.1843 -92.5219
CN QCISD(T)/6-311++G(2d,2p) 1.1785 -92.5398
CN QCISD(T)/6-311++G(3d,3p) 1.1796 -92.5440
CN QCISD(T)/6-311++G(2dF,2pd) 1.1776 -92.5647
CN QCISD(T)/6-311++G(3d2f,3p2d) 1.1759 -92.5723
CH Mp2/6-311++G(d,p) 1.1188 -38.3641
CH Mp2/6-311++G(2d,2p) 1.1113 -38.3719
CH Mp2/6-311++G(3d,3p) 1.1113 -38.3719
CH Mp2/6-311++G(2df,2pd) 1.1113 -38.3719
CH Mp2/6-311++G(3d2f,3p2d) 1.1106 -38.3839
NH Mp2/6-311++G(d,p) 1.0292 -55.0156
NH Mp2/6-311++G(2d,2p) 1.0292 -55.0156
NH Mp2/6-311++G(3d,3p) 1.0295 -55.0310
NH Mp2/6-311++G(2df,2pd) 1.0295 -55.0310
NH Mp2/6-311++G(3d2f,3p2d) 1.0279 -55.0365
CN Mp2/6-311++G(d,p) 1.1260 -92.4881
CN Mp2/6-311++G(2d,2p) 1.1260 -92.4881
CN Mp2/6-311++G(3d,3p) 1.1266 -92.4920
CN Mp2/6-311++G(2df,2pd) 1.1257 -92.5123
CN Mp2/6-311++G(3d2f,3p2d) 1.1241 -92.5207
CH QCISD(T)/aug-cc-pvdz 1.1100 -38.3842
CH QCISD(T)/aug-d-cc-pvdz 1.1200 -38.3845
NH QCISD(T)/aug-cc-pvdz 1.0500 -55.0254
NH QCISD(T)/aug-cc-pvtz 1.0300 -55.0664
NH QCISD(T)/aug-cc-pvqz 1.0300 -55.0779
NH QCISD(T)/aug-d-cc-pvdz 1.0500 -55.0258
NH QCISD(T)/aug-d-cc-pvtz 1.0300 -55.0666
NH QCISD(T)/aug-d-cc-pvqz 1.0300 -55.0780
NH CCSD(T)/aug-cc-pvdz 1.0500 -55.0253
NH CCSD(T)/aug-cc-pvtz 1.0300 -55.0663
NH CCSD(T)/aug-cc-pvqz 1.0300 -55.0778
NH CCSD(T)/aug-d-cc-pvdz 1.0500 -55.0258
NH CCSD(T)/aug-d-cc-pvtz 1.0300 -55.0665
NH CCSD(T)/aug-d-cc-pvqz 1.0300 -55.0779
CN QCISD(T)/aug-cc-pvdz 1.2000 -92.4925
CN QCISD(T)/aug-d-cc-pvdz 1.2000 -92.4935
Exp-CH 1.120
Exp-NH 1.036
Exp-CN 1.172
Anexo B
Fatores de Convers˜ao
Massa
u.a. u.m.a kg
u.a. 1 5, 487261.10
4
9, 114341.10
31
u.m.a. 1822,402954 1 1, 661.10
27
kg 1, 097451.10
30
6, 0222.10
26
1
Comprimento
a
0
˚
A m
a
0
1 0,529167 5, 29167.10
11
˚
A 1,889763 1 10
10
m 1, 889763.10
10
10
10
1
72
73
Energia
E
h
cm
1
eV Kcal/mol J
E
h
1 219474,63 27,2107 627,510 4, 359.10
18
cm
1
4, 5563.10
6
1 1, 2398.10
4
2, 8591.10
3
1, 986.10
23
eV 3, 6750.10
2
8065,6927 1 23,061 1, 602.10
19
Kcal/mol 1, 5936.10
3
349,755 4, 3364.10
2
1 6, 947.10
21
J 2, 2940.10
17
5, 0348.10
22
6, 2422.10
18
1, 4395.10
20
1
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