Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA
E MASTOLOGIA
Flávio Gonçalves Pinto
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA DE
PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA
Orientador: Prof. Dr. Gilberto Uemura
Co-orientadora: Profª. Drª. Eliana Aguiar Petri Nahás
BOTUCATU - SP
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Flávio Gonçalves Pinto
Avaliação da atividade física de pacientes com
câncer de mama
Dissertação apresentada ao programa
de s-Graduação em Ginecologia,
Obstetrícia e Mastologia da
Faculdade de Medicina de Botucatu
da Universidade Estadual Paulista-
UNESP, Campus de Botucatu, para
obtenção do Título de Mestre na área
de Ginecologia.
Orientador: Prof. Dr. Gilberto Uemura
Co-orientadora: Profª. Drª. Eliana Aguiar Petri Nahás
BOTUCATU - SP
2008
ads:
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. E TRAT. DA INFORMAÇÃO
DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP
BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE
Pinto, Flávio Gonçalves.
Avaliação da atividade física de pacientes com câncer de mama / Flávio
Gonçalves Pinto - Botucatu : [s.n.], 2008.
Dissertação (mestrado) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade
Estadual Paulista, 2008.
Orientador: Prof. Dr. Gilberto Uemura.
Co-orientadora: Profª. Drª. Eliana Aguiar Petri Nahás.
Assunto CAPES: 40100006
1. Mama – Câncer. 2. Tumor.
CDD 616.99449
Palavras chave: Atividade física; Câncer de mama; Índice de massa
corpórea.
Esta Pesquisa contou com apoio financeiro:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes
Bolsa Pesquisa de Mestrado
DEDICATÓRIA
Aos meus pais e familiares pelo carinho e
suporte que me deram, sempre ao meu lado, me
dando força e incentivo para que eu possa
superar todos os obstáculos em meu caminho e
atingir com dignidade meus objetivos.
A Janine Schincariol Sabino, minha
querida namorada e companheira fiel que
sempre presente e paciente ao meu lado nos
momentos difíceis, me dando apoio e carinho.
Agradeço principalmente a Deus por ter me
dado saúde e força para chegar onde estou e
sempre batalhando para
conquistar algo melhor.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Gilberto Uemura, professor e orientador, pela confiança depositada em
mim, quando me aceitou como seu orientado. Por ouvir sempre com interesse e ânimo todas
as questões, dúvidas e problemas que surgiram durante a execução deste estudo.
A Profa. Dra. Eliana Aguiar Nahás, professora e co-orientadora, pela ajuda e
idéias de como executar este trabalho.
Ao Prof. Dr. José Ricardo P. Rodrigues pelos importantes conselhos e incentivos
dado à mim durante minha qualificação.
Ao Prof. Dr. Gustavo Ribeiro da Mota, querido professor e amigo da minha
graduação, especialização e agora do meu mestrado, sendo integrante da banca de defesa.
Ao Prof. Dr. Rogério Dias pelo interesse sobre o assunto e pela confiança depositada
sobre mim, para a execução deste trabalho.
A Andréia C. Knabe, pela importante ajuda, na qual não seria possível a realização
deste trabalho em tempo hábil.
A todos os residentes que passaram pelo Ambulatório da Mastologia, pela colaboração
na durante minha coleta de dados.
As enfermeiras do Ambulatório da Mastologia, e aos responsáveis pelo arquivo
médico, pela ajuda e principalmente pela paciência.
A seção de pós-graduação: Janete Aparecida Herculano Nunes Silva, Regina
Célia Spadin, Lílian Nadal Bianchi Nunes e ao Nathanael Pinheiro Sales,
Andréa Paula Longo Devidé pela ajuda, paciência e orientação em relação aos
documentos necessários durante todo o período.
Ao Departamento de Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pelo oferecimento da
Pós-Graduação.
Às funcionárias da Secretária do Departamento de Ginecologia, Obstetrícia e
Mastologia, Sra Aparecida Benedita Vasques, Sandra Aparecida de Carvalho
Cruz, Regina Célia Gamito, Ana Cláudia G. Mira, pelo carinho e paciência ao
me atender.
Aos membros do GAP/ FMB/ Unesp Grupo de Apoio à Pesquisa, pela
ajuda com o delineamento e, analise estatística deste trabalho principalmente aos meus
colegas Adriano Dias e Hélio Rubens de Carvalho Nunes, pelas criticas
construtivas e dicas de como executar esta pesquisa da melhor maneira e também pela
prontidão e atenção ao me atender.
Às pacientes, pela colaboração e participação, pois, sem elas não seria possível à realização
deste trabalho.
ÍNDICE
1 Introdução 27
2 Revisão Bibliográfica 29
2.1 Anatomia 30
2.1.1 Mama 30
2.1.2 Patologia Maligna: Câncer de Mama 31
2.2 Câncer de Mama 32
2.2.1 Métodos de Tratamento 32
2.3 Atividade Física 36
2.3.1 Classificação da Atividade Física 37
2.4 Atividade Física e Câncer de Mama 38
2.4.1 Mecanismos Biológicos da Atividade Física e Câncer de Mama
40
2.5 Quantidade Necessária de Atividade Física 41
3 Objetivos 42
4 Sujeitos e Métodos 44
4.1 Seleção da Amostra 45
4.2 Métodos 46
4.2.1 Questionário 46
4.2.2 Prontuário 46
4.2.3 Para a Classificação de Atividade Física 47
4.3 Análise Estatística 49
4.4 Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa 50
5 Resultados 51
6 Discussão 62
7 Conclusão 69
Referências 71
Anexos 79
Anexo I – Termo de Consentimento 80
Anexo II – Questionário Internacional de Atividade Física 81
Anexo III – Questionário Clinico Sócio/Demográfico 83
Anexo IV – Guia para Processamento e Análise de Dados do Questionário
Internacional de Atividade Física 84
Anexo V – Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa 99
LISTA DE SINAIS E ABREVIATURAS
maior igual
menor igual
> maior
< menor
% porcentagem
IMC Índice de Massa Corpórea
AF Atividade Física
CM Câncer de Mama
WHO World Health Organization
IPAQ International Physical Activity Questionnaire
MET Equivalente Metabólico
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – A mama feminina 30
Figura 2 – Câncer: crescimento anormal e desordenado 31
Figura 3 - Metástase (invasão nos tecidos vizinhos) 32
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Perfil das Pacientes 52
Tabela 2 – Distribuição da Atividade Física de Acordo com a Idade das
Pacientes Pré-Tratamento 53
Tabela 3 – Nível de Atividade Física Pré e Pós-Tratamento 54
Tabela 4 – Nível de Atividade Física Categorizado com o Período de Cirurgia
55
Tabela 5 – Comorbidades Pré e Pós-Tratamento 55
Tabela 6 – Atividade Física e Método de Cirurgia 56
Tabela 7 – Atividade das Pacientes com Quimioterapia e sem Quimioterapia
57
Tabela 8 – Atividade das Pacientes com Radioterapia e sem Radioterapia
57
Tabela 9 – Atividade das Pacientes com Hormonioterapia e sem
Hormonioterapia 58
Tabela 10 – Nível de Atividade Física Comparada a Escolaridade 58
Tabela 11 – IMC das Pacientes no Pré e Pós-Tratamento 59
Tabela 12 – Atividade Física de Eutróficas e Não-Eutróficas Pré-Tratamento
59
Tabela 13 - Atividade Física de Eutróficas e Não-Eutróficas Pós-Tratamento
60
Tabela 14 – Atividade Física de Eutróficas Pré e Pós-Tratamento 61
Tabela 15 – Mediana e Quartis do IMC 61
RESUMO
Pinto FG, Nahás EAP, Uemura G. Avaliação da atividade sica de
pacientes com câncer de mama.
Objetivo: Avaliar a atividade física em pacientes portadoras de câncer de mama
no pré-tratamento (através do recordatório das pacientes) e após tratamento
desta patologia, por meio de questionário validado. Metodologia: Para este
estudo clínico e analítico foram selecionadas 303 mulheres com idade entre 29 e
89 anos (pacientes em consultas médicas de rotina acompanhadas no
Ambulatório de Mastologia da Faculdade de Medicina de Botucatu) no período
de março 2006 à julho de 2007. Incluíram-se pacientes portadoras de câncer de
mama (somente), em quaisquer estádios que foram tratadas para câncer de
mama (cirurgia e/ou radioterapia e/ou quimioterapia e/ou hormonioterapia).
Foram excluídas pacientes em fase de diagnóstico inicial de câncer de mama
(sem tratamento), pacientes com outros tipos de neoplasias malignas
concomitantes. Todas foram submetidas ao International Physical Activity
Questionnaire (IPAQ - short version), onde foram classificadas em três níveis de
atividade física (leve, moderada e intensa); obtivemos também através de
questionário clínico/sócio-demográfico os seguintes dados: escolaridade, renda
(salarial), religião, hipertensão, diabetes, problemas osteoarticulares, tipo de
cirurgia (mastectomia ou conservadora), tipos de tratamento (quimioterapia,
radioterapia e hormonioterapia), tempo de diagnóstico do câncer de mama,
menopausa e tempo de menopausa; e através de prontuário obtivemos: idade,
peso e altura. Resultados: Houve diferença significativa (p<0,001) quando
comparamos a atividade física das pacientes pré e pós-tratamento, e quando
comparamos a atividade física com o período de cirurgia, nota-se claramente
que as pacientes principalmente após o segundo ano de cirurgia melhoram
gradativamente seus níveis de atividade física deixando de praticá-las em níveis
leves, começando a praticá-las em níveis moderados e intensos (p=0,0365).
Observamos aumento significativo (p<0,001) das comorbidades: hipertensão,
diabetes e problemas osteoarticulares após o tratamento do carcinoma mamário
e quando comparamos a atividade física das pacientes com e sem tratamento
quimioterápico onde p=0,006. Não houve diferença significativa da atividade
física em relação ao grupo de pacientes com e sem tratamento radioterápico
(p=0,136) e atividade física em relação ao grupo de pacientes com e sem
tratamento hormonioterápico (p=0,830), assim como, a relação entre a atividade
física e o método cirúrgico (mastectomia ou conservadora) onde p=0,358, no
índice de massa corpórea das pacientes pré e pós-tratamento (p=0,831) e quando
comparamos atividade física das eutróficas e não-eutróficas pré (p=0,863) e pós-
tratamento (p=0,747). Conclusão: Quando comparada à atividade física com os
tipos de tratamento, foi constatada diferença significativa apenas para o
tratamento quimioterápico, observou-se uma queda significativa nos níveis de
atividade física após a cirurgia do câncer de mama, contudo, aumento
(melhora) nos níveis de atividade física conforme o passar dos anos de pós-
operatório (especialmente após o segundo ano de cirurgia), observou-se também
aumento significativo de comorbidades como hipertensão, diabetes e problemas
osteoarticulares após o tratamento do carcinoma mamário, a mediana do índice
de massa corpórea (IMC) encontrado entre as pacientes neste estudo é
classificada como sobrepeso segundo a Organização Mundial da Saúde e as
pacientes com graus de escolaridade mais baixos são mais ativas quando
comparadas com as de escolaridade mais altas.
Palavras-chave: Atividade física; Câncer de mama; Índice de massa corpórea.
ABSTRACT
Pinto FG, Nahás EAP, Uemura G. Physical activity assessment in patients
with breast cancer.
Objective: To assess physical activity in patients with breast cancer before
(self-report) and after treatment through validated questionnaire. Method:, A
total of 303 women aged 29-89 years attending routine follow up at the
Mastology Outpatient Clinic of Botucatu Medical School) between March/2006
and July/2007 were enrolled in this clinical and analytical study. Women with
breast cancer (alone) at any stage, previously submitted to breast cancer
treatment (surgery and/or radiotherapy and/or chemotherapy and/or hormone
therapy) were included. Patients newly diagnosed with breast cancer (untreated)
and those with other kinds of concurrent malignant neoplasia were excluded.
All women were administered the International Physical Activity Questionnaire
(IPAQ - short version). Physical activity was classified as light, moderate and
intense. Through a clinical/sociodemographic questionnaire, data were collected
on schooling level, income (salary), religion choice, hypertension, diabetes,
osteoarticulary problems, type of surgery (mastectomy or conservative), type of
treatment (chemotherapy, radiotherapy and hormone therapy), time since breast
cancer diagnosis, menopause and time since menopause. Information such as
age, weight and height was extracted from the patients’ medical records.
Results: There was a significant difference between pre- and post-treatment
physical activity (p<0,001). The assessment of physical activity at different
postoperative times clearly showed that physical activity levels gradually
increased from mild to moderate or intense(p=0,0365), especially after the
second postoperative year. A significant increase (p<0,001) in the frequency of
comorbidities (hypertension, diabetes and osteoarticulary problems) was
observed after treatment of breast carcinoma, as well as in patients submitted to
chemotherapy in comparison with those who did not receive this kind of
treatment (p=0,006). Physical activity did not significantly differ between
patients treated and untreated with radiotherapy (p=0,136), or hormone therapy
(p=0,830). No correlation was found between physical activity and surgery type
(mastectomy or conservative)(p=0,358). There was no difference between pre-
and post-treatment body mass index (p=0,831) or physical activity between
eutrophic and non-eutrophic women before (p=0,863) and after treatment
(p=0,747). Conclusion: When physical activity was assessed according to
treatment type, a significant difference was observed in the patients treated with
chemotherapy only. Physical activity levels significantly dropped after breast
cancer surgery, but increased (improved) as years went by after surgery. The
frequency of comorbidities, such as hypertension, diabetes and osteoarticulary
problems, also increased significantly after the treatment of breast carcinoma.
The median of body mass index (BMI) found among the patients included in
this study is classified as overweight, according to the World Health
Organization. Patients with lower schooling levels were found to be more active
than those with higher levels.
Key words: Physical activity; Breast cancer; Body mass index.
INTRODUÇÃO
__________________________________________________________Introdução - 32
A atividade física e o peso corporal estão diretamente relacionados
com a saúde. A atividade física (AF) atua na prevenção e no tratamento de
algumas doenças, tais como: doenças cardiovasculares, diabetes, osteoartrite,
osteoporose, obesidade, doenças psíquicas e câncer. Sabe-se, que o excesso de
peso aumenta o risco de determinados tipos de cânceres, e dentre eles o câncer
de mama (CM)
1
. O risco desta neoplasia ao longo da vida atinge o valor de uma
entre oito mulheres norte-americanas. Dois terços dos casos ocorrem após a
menopausa e 15% em mulheres antes de 40 anos de idade
2
. Estudos comprovam
que mulheres que ganham peso excessivo na idade adulta, e chegam obesas à
menopausa, apresentam um risco aumentado de um e meio a duas vezes de
desenvolver a doença. A cada acréscimo de 8 quilos nessa fase da vida,
aumenta-se em 18% o risco de CM
4
comparado às mulheres com peso normal.
Mulheres fisicamente ativas, em geral, têm em até 40%, os riscos
reduzidos do desenvolvimento do CM
5,6
. Maior parte das evidências sugerem
que a AF reduz os riscos de CM tanto em mulheres na pré-menopausa quanto na
pós-menopausa
6,7
. claras evidências do risco reduzido do CM em mulheres
que praticam AF tanto em níveis intensos, como em níveis leves ou aquelas que
se comprometem ocasionalmente com AF
7,11
. A AF pode atuar diferente sobre
níveis do índice de massa corpórea (IMC), onde os maiores benefícios são
observados em mulheres classificadas como eutróficas (IMC de 18,5 a24,9).
Mulheres na pós-menopausa que caminham 30 minutos diariamente m uma
redução de 20% no risco de desenvolvimento do CM. Os benefícios que a AF
proporciona à saúde foram grandes entre as mulheres que estavam no peso ideal
(normal), enquanto não foi constatado efeito protetor da AF para mulheres com
sobrepeso ou obesas. A AF causa mudanças no metabolismo hormonal, na
massa corpórea, e nas funções imunológicas, a qual pode prevenir o
desenvolvimento do tumor
5,11,13,14
.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 34
2.1 Anatomia
2.1.1 Mama
As mamas são órgãos glandulares pares, suscetíveis à estímulos
neurohormonais
15
. Cada mama posiciona-se sobre a segunda e a sexta costelas e
ventralmente sobre os músculos da região peitoral
15,16
.
Figura 1- A mama feminina: visão lateral e visão frontal.
A superfície cutânea da mama é dividida em três regiões: periférica,
areolar e papilar.
- Região Periférica: dotada de glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas,
pêlos e onde é possível notar veias superficiais
15,16
.
- Região Areolar: região circular, de coloração rósea ou acastanhada,
onde existem glândulas sudoríparas e sebáceas, responsáveis pela hidratação
dessa área.
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 35
- Região Papilar: projeção cilíndrica, de tecido erétil, desprovida de
glândulas sebáceas, de onde desembocam de quinze à vinte ductos lactíferos dos
respectivos lobos da glândula mamária.
As glândulas mamárias são muito suscetíveis ao câncer, devido ao
tecido que as compõem ser constituído por células de metabolismo altamente
ativo, se dividindo continuamente, além de serem sensíveis a substâncias
químicas e à agentes carcinógenos
17
.
2.1.2 Patologia Maligna: Câncer de Mama
Neoplasia significa “crescimento novo”. Câncer é o termo comum para
todos os tumores malignos
18
.
Todo câncer é formado por células que, ao sofrerem modificações no
seu material genético, passam a apresentar crescimento e multiplicação
desordenada (Figura 2), sendo capazes de invadir estruturas próximas e, ainda,
espalhar-se para diversas regiões do organismo (Figura 3). Estas células deixam
de responder aos mecanismos de controle do organismo para criar os tumores
19
.
Figura 2
- Câncer:crescimento
anormal e desordenado
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 36
Figura 3 – Metástase (invasão nos tecidos vizinhos)
2.2 Câncer de Mama
O CM é um tema de grande interesse devido sua alta e crescente taxa
de incidência, especialmente nas regiões mais desenvolvidas, nas faixas etárias
mais jovens e nas populações de maior poder aquisitivo. Ao atingir nas mulheres
o símbolo de sua feminilidade, o CM vem atraindo as atenções tanto do mundo
científico
2
. No Brasil o câncer de mama é a primeira causa de morte entre as
mulheres
3
, o risco deste câncer ao longo da vida atinge um índice de uma em
dezessete mulheres brasileiras. Dois terços dos casos ocorram após a menopausa
e 15% ocorrem em mulheres antes de 40 anos de idade
2
.
2.2.1 Métodos de Tratamento
A escolha do tratamento para o câncer de mama depende da avaliação
criteriosa e individual de cada caso. Os parâmetros a serem analisados levam em
conta as características do tumor, da paciente e da fase em que é diagnosticada a
doença
20
.
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 37
Tratamento Cirúrgico
Existem várias abordagens, umas mais, outras menos extensas; sendo
assim, a opção cirúrgica será determinada pelos resultados dos exames, tipo e
grau resultados dos exames, tipo e grau de experiência do cirurgião, tipo de
serviço, entre outros
20
.
Mastectomia Radical (Halsted)
Este tipo de cirurgia consiste na retirada total do tecido mamário,
músculo peitoral maior e peitoral menor, e linfadenectomia axilar completa
20
.
Mastectomia Radical Modificada
A mastectomia radical modificada consiste na extirpação da mama e
esvaziamento axilar radical, preservando o músculo grande peitoral, com ou sem
a preservação do peitoral menor.
Este tipo de cirurgia possui duas variantes:
- Mastectomia Radical Modificada Tipo Patey: remoção da glândula mamária e
do músculo peitoral menor.
- Mastectomia Radical Modificada Tipo Madden: remoção da glândula
mamária, sendo preservados os músculos peitoral maior e menor
20
.
Mastectomia Simples
A mastectomia simples envolve a remoção cirúrgica de toda a mama,
porém o sistema linfático e os músculos peitorais são preservados
20
.
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 38
Cirurgias Conservadoras
- Tumorectomia: é somente a retirado do tumor com margem de
segurança.
- Quadrantectomia: retirada de um quadrante onde está localizado o tumor
maligno
20
.
Radioterapia
Os raios ionizantes da radioterapia bloqueiam a divisão celular ou
determinam a sua destruição direta, portanto, muito eficaz em células em
processo de divisão
21
.
Quimioterapia
A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos,
chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes
biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de
quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
O primeiro quimioterápico antineoplásico foi desenvolvido a partir do
gás mostarda, usado nas duas Guerras Mundiais como arma química. Após a
exposição de soldados a este agente, observou-se que eles desenvolveram
hipoplasia medular e linfóide, o que levou ao seu uso no tratamento dos
linfomas malignos. A partir da publicação, em 1946, dos estudos clínicos feitos
com o gás mostarda e das observações sobre os efeitos do ácido fólico em
crianças com leucemias, verificou-se avanço crescente da quimioterapia
antineoplásica. Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos
encontram-se disponíveis para uso na prática clínica. Os avanços verificados nas
últimas cadas, na área da quimioterapia antineoplásica, têm facilitado
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 39
consideravelmente a aplicação de outros tipos de tratamento de câncer e
permitido maior mero de curas
22
.
Hormonioterapia
Consiste na utilização de substâncias que inibem a atividade dos
hormônios sobre o tumor, mais especificamente os estrogênios
21
.
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 40
2.3 Atividade Física
A AF é definida como movimento corporal produzido por músculos
esqueléticos, onde um gasto energético. Essa atividade é componente crítico
do balanço de energia, termo usado para descrever como o peso corporal, a
dieta, e a AF tem influência na saúde
1
.
Atividade física é considerada como sendo qualquer movimento do
corpo que eleve o gasto energético acima dos níveis de repouso. Neste contexto,
entram as atividades de vida diária, o lazer, a prática de esportes e as atividades
de trabalho
23
. A expressão exercício físico e atividade física o devem ser
usadas como sinônimos, apesar dos dois serem realizados por movimentos
corporais produzidos pela contração dos músculos esqueléticos e elevarem o
gasto energético. O exercício físico é uma categoria da atividade física. Porém
se caracteriza como uma atividade planejada, estruturada e repetitiva que tem o
objetivo de melhorar e/ou manter um ou mais componente da aptidão física
24
.
Reconhecidamente, a AF é potente ferramenta para a promoção da
saúde e da qualidade de vida. está bem estabelecido que o sedentarismo está
fortemente relacionado ao surgimento de doenças crônico-degenerativas. Uma
das características que faz com que a AF ajude a evitar doenças está relacionada
ao fato de que ela estimula o sistema imunológico, que é responsável pela defesa
do corpo, bem como o aparecimento de tumores (câncer)
25
.
Exercícios regulares podem melhorar diretamente a saúde através da
redução dos riscos de hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, de morte
prematura, da promoção de bem-estar psicológico, do controle de peso, da saúde
óssea, muscular e articular, pois reduzem riscos de lesões, melhora a forma
física e reduz os riscos de quedas em pessoas idosas e contribui para o conforto
e mobilidade de indivíduos com debilitações físicas
1,26
.
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 41
Estudos concluíram que a AF tem efeitos na composição corporal e
favorece o controle do peso, por meio da perda de gordura corporal, enquanto
conserva ou aumenta a massa muscular
26
.
2.3.1 Classificação da Atividade Física
São três os níveis de AF proposta para classificar a população:
1-Leve,
2-Moderada
3-Intensa.
Categoria 1-Leve
A AF considerada leve é aquela onde o esforço físico exigido é
mínimo e ela mal chega a alterar a freqüência cardíaca e que não atinge nenhum
dos critérios das categorias 2 ou 3
27
.
Categoria 2-Moderada
A AF moderada é aquela que precisa de algum esforço físico,
acelerando um pouco mais a freqüência cardíaca e que atinge pelo menos um
dos critérios abaixo:
a) Três ou mais dias de atividades intensas pelo menos 20 minutos por
dia, ou
b) Cinco ou mais dias de atividades moderadas e/ou caminhar pelo
menos 30 minutos por dia, ou
c) Cinco ou mais dias de alguma combinação entre caminhada,
atividades de intensidade moderada ou intensa, atingido um mínimo de 600
Equivalentes metabólicos (MET) -minutos/semanas
27
.
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 42
Categoria 3-Intensa
a AF intensa é aquela que precisa de um grande esforço físico e que
aumentam demasiadamente a freqüência cardíaca e atinge pelo menos um dos
dois critérios abaixo:
a) Atividades de intensidade intensa pelo menos três dias na semana
atingindo um mínimo de 1500 MET-minutos/semana, ou
b) Sete ou mais dias de alguma combinação entre caminhada,
atividades moderadas ou intensas atingindo um mínimo de 3000 MET-
minutos/semana
27
.
A AF de moderada à intensa é necessária para metabolizar às reservas
de gordura corporal e para modificar as funções que afetam a insulina,
estrógeno, andrógeno, e funções do sistema imunológico. A AF acelera o
movimento do alimento no intestino, reduzindo o tempo em que o intestino fica
exposto ao mutágeno, pode reduzir a exposição do tecido mamário ao estrógeno
circulante, melhorar o metabolismo energético e reduzir as concentrações
circulantes de insulina e outros fatores hormonais relatados
28
. Portanto a AF atua
na prevenção e no tratamento de algumas doenças citadas como: doenças
cardiovasculares, diabetes, osteoartrite, osteoporose, obesidade, doenças
psíquicas e câncer
26
.
2.4 Atividade Física e Câncer de Mama
evidências para associação entre AF e CM, 23 estudos conduzidos
até agora demonstraram uma redução no risco de desenvolvimento do CM para
aquelas mulheres que participaram em atividades ocupacionais e/ou de lazer
11,29-
50
. Nenhum desses estudos examinou o risco de CM para todos os tipos de AF
(ocupacional, serviços doméstico e recreacional), calculando todos os
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 43
parâmetros da AF (freqüência, intensidade e duração). A associação entre a AF e
o risco de CM é complexo e silencioso, refletindo o complicado e múltiplo
mecanismo biológico que estão envolvidos na gênese do CM
51
.
Numerosos estudos sugerem que o efeito da AF pode ser diferente
sobre níveis do IMC (Índice de Massa Corpórea), com os maiores benefícios
observados naquelas classificadas como no peso normal (eutróficas). Segundo a
OMS
12
o IMC (IMC= kg/m²) considerado como peso normal vai de 18,5 até
24,9. Entende-se, que o excesso de peso eleva a incidência de determinados
tipos de cânceres, e dentre eles o CM
5,11,13,14
. Estudos comprovam que mulheres
que ganham peso excessivo na idade adulta, e chegam obesas à menopausa,
apresentam um risco aumentado de um e meio a duas vezes de desenvolver a
doença. A cada acréscimo de 8 quilos nessa fase da vida, aumenta-se em 18% o
risco de CM
4
comparado às mulheres com peso normal.
Os benefícios que AF proporciona à saúde são grandes entre mulheres
que estão no peso ideal, diminuindo o risco em 37% para o desenvolvimento
desse câncer. O efeito protetor da AF não foi constatado entre mulheres com
sobrepeso ou obesas. A AF causa mudanças no metabolismo hormonal, na
massa corpórea, e nas funções imunológicas, a qual pode prevenir o
desenvolvimento de um tumor
5,11,13,14
.
Estudos de cohort publicados deixam claras as evidências sobre o risco
reduzido do CM em mulheres que praticam AF em níveis intensos. uma
redução do risco para essas mulheres de 70% , enquanto a redução é de 10%
para mulheres que praticam AF apenas em níveis leves
8,9,10
. Durante a
adolescência e em mulheres adultas a AF de moderada à intensa pode proteger
contra o desenvolvimento futuro do CM
26
.
A maior parte das evidências sugere que a AF reduz os riscos de CM
tanto em mulheres na pré-menopausa quanto na pós-menopausa
8,6,7,13
. Mulheres
que ocasionalmente comprometem-se com AF também apresentam risco
reduzido quando comparado às mulheres inativas
7,11
.
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 44
Uma hipótese de que a AF reduz o risco de CM é pela alteração no
ciclo normal de ovulação durante os anos reprodutivos e em parte pela redução
do peso corporal durante os anos pós-menopausa
52,53,65
.
2.4.1 Mecanismos Biológicos da Atividade Física e Câncer de Mama
Alguns estudos não deixam claras as evidências da redução do risco de
CM com a AF, devido a maioria desses estudos incluir em seus trabalhos apenas
mulheres com AF em níveis leves, por isso, a redução do risco de CM pode não
ser facilmente detectado, já que as alterações no perfil hormonal da mulher pode
ocorrer apenas para aquelas que praticam atividades em níveis intensos
54
.
Várias hipóteses do mecanismo biológico para AF na etiologia do câncer
tem sido proposta e fortemente pesquisadas
55,56
. O principal mecanismo que
influência os vários tipos de câncer, inclui modificações do endógeno e níveis
dos hormônios metabólicos e fatores de crescimento, redução da gordura
corporal, e possivelmente melhoras no sistema imune. Os hormônios
metabólicos e os fatores de crescimento são hipoteticamente influenciados pelo
aumento dos níveis de AF. O exercício diminui significativamente a insulina,
glicose, triglicérides e aumenta o colesterol HDL
57-59
, que pode também ser
associado com a redução dos riscos de câncer
60,61
.
O fator de crescimento insulínico (IGFs) estimula a atividade
proliferativa celular na maior parte dos tecidos e tem sido associada com o
aumento do risco de CM
62
. Os níveis de IGF (feedback negativo) são suprimidos
pelo aumento da produção de sua proteína carreadora (IGFBP-1), resultantes
pelo aumento do exercício físico, diminuição da ingestão de calorias e do peso
corporal
63
. Consequentemente a diminuição da atividade do IGF eleva a síntese
hepática de globulinas carreadora dos hormônios sexuais, diminuindo a taxa
livre dos hormônios sexuais séricos; contudo, o aumento do exercício pode
_________________________________________________Revisão Bibliográfica - 45
resultar numa diminuição biológica das taxas dos hormônios sexuais, via cascata
de eventos metabólicos e assim baixando o risco de CM.
Vários mecanismos podem explicar a relação hormonal com o câncer
de mama:
- o exercício pode reduzir as reservas de gordura na medida em que
o estrógeno é produzido,
- o exercício pode contribuir para um ritmo normal da variação da
liberação hormonal, por isso, melhora a fertilidade, como se sabe para a
redução dos riscos de câncer de mama,
- há evidências de que o exercício pode proteger contra a resistência
a insulina, outro fator hormonal que pode estar associado com o câncer de
mama, e finalmente,
- o exercício é conhecido por sustentar o sistema imunológico, que
é capaz de reconhecer e eliminar células neoplásicas. Os efeitos em longo prazo
do treinamento de endurance (resistência) com o efeito protetor contra câncer
incluem o aumento no numero e/ou atividade dos macrófagos
33
.
2.5 Quantidade Necessária de Atividade Física
O Center for Disease Control and Prevention (CDC) recomenda que
adultos façam AF moderada por pelo menos 30 minutos diários em cinco ou
mais dia na semana, ou façam AF vigorosa por pelo menos 20 minutos diários
por no mínimo três vezes na semana
1
. Crianças e adolescentes devem praticar
pelo menos 60 minutos por dia de atividade de intensidade moderada à intensa
em cinco ou mais dias da semana
28
. A AF ao longo da vida pode ser mais
importante do que em apenas um estágio da vida
53,64
.
OBJETIVOS
___________________________________________________________Objetivos - 47
Geral
Avaliar a AF em pacientes portadoras de CM no pré-tratamento
(através do recordatório das pacientes) e após tratamento desta patologia, por
meio de questionário validado.
Específico
Verificar se existe relação entre a AF, o tratamento, o tipo de cirurgia
(mastectomia ou conservadora), o IMC, a escolaridade, a renda (salarial), e a
religião.
SUJEITOS E MÉTODOS
___________________________________________________Sujeitos e Métodos - 49
4.1 Seleção da Amostra
O grupo populacional constituiu-se de pacientes em consultas médicas
de rotina acompanhadas no Ambulatório Mastologia da Faculdade de
Medicina de Botucatu, no período de março 2006 à julho de 2007.
Para participar desse estudo, foram selecionadas 303 mulheres.
Incluíram-se pacientes portadoras de CM (somente), em quaisquer
estádios que já foram tratadas para CM (cirurgia e/ou radioterapia e/ou
quimioterapia e/ou hormonioterapia). Foram excluídas pacientes em fase de
diagnóstico inicial de CM (sem tratamento), pacientes com outros tipos de
neoplasias malignas concomitantes. Esclareceram-se aos indivíduos
selecionados, os objetivos e o protocolo a que seriam submetidos, assinando
assim o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo I).
___________________________________________________Sujeitos e Métodos - 50
4.2 Métodos
4.2.1 Questionário:
Entrevistas, utilizando como ferramenta de mensuração do nível de AF
o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ - short version), validado
pela Organização Mundial da Saúde – Comitê Internacional em Atividade Física
e Saúde (1998) (Anexo II). Aplicado tanto para o momento recordatório quanto
para o momento atual.
Obtivemos também os seguintes dados através de um questionário
clínico/sócio-demográfico: escolaridade, renda (salarial), religião, hipertensão,
diabetes, problemas osteoarticulares, tipo de cirurgia (mastectomia ou
conservadora), tipos de tratamento (quimioterapia, radioterapia e
hormonioterapia), tempo de diagnóstico do CM, menopausa e tempo de
menopausa, (anexo III). Aplicado tanto para o momento recordatório quanto
para o momento atual.
4.2.2 Prontuários:
Dados antropométricos: idade, peso, altura.
___________________________________________________Sujeitos e Métodos - 51
4.2.3 Para a classificação da Atividade Física:
- foi utilizado o Guidelines for Data Processing and Analysis of the
International Physical Activity Questionnaire (IPAQ)-Short and Long Forms
(November 2005), onde filtramos os dados coletados com o Questionário
Internacional de Atividade Física (IPAQ Short Version), mostrando-os em
medidas continua. Uma medida do volume da atividade pode ser computada
pelo peso de cada tipo (intensidade) de atividade pelo requisito definido em
METs para produzir um score em MET-minutos. METs são múltiplos restantes
da taxa metabólica.
MET-minuto é computado multiplicando o MET score da atividade,
pelos minutos praticados.
MET-minuto por semana: MET score x minutos da atividade/dia x dias
por semana.
Exemplo de calculo
MET SCORE MET-min/sem por 30min, 5 dias na semana
Caminhada = 3.3 METs 3.3*30*5 = 495 MET-min/sem
Intensidade Moderada = 4.0 METs 4.0*30*5 = 600 MET-min/sem
Intensidade Intensa = 8.0 METs 8.0*30*5 = 1.200 MET-min/sem
----------------------------------------
TOTAL = 2.295 MET-min/sem
Total de MET-min/sem = caminhada (METs*min*dias) + moderada
(METs*min*dias) + intensa (METs*min*dias)
27
.
Posteriormente as pacientes foram classificadas em três níveis
diferentes de AF: leve, moderada e intensa; de acordo com o Guidelines for Data
Processing and Analysis of the International Physical Activity Questionnaire
(IPAQ)-Short and Long Forms (November 2005) (anexo IV).
___________________________________________________Sujeitos e Métodos - 52
OBS: Todas as pacientes foram entrevistadas pelo pesquisador, não
havendo necessidade das pacientes responderem por escrito.
___________________________________________________Sujeitos e Métodos - 53
4.3 Análise Estatística
Estudo clínico e analítico cujas informações foram obtidas em dois
momentos de observação:
Entrevista
Prontuário
Foi utilizado:
Testes de McNemar para comparar os momentos pré e pós-tratamento em
relação as variáveis categóricas,
Testes de Qui-Quadrado ou teste exato de Fisher para comparar grupos
independentes em relação as variáveis categóricas e
Para compara os momentos pré e pós-tratamento em relação ao IMC foi
utilizado o teste de Wilcoxon para amostras independentes.
___________________________________________________Sujeitos e Métodos - 54
4.4 Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa
Esse trabalho contou com um parecer favorável, sendo aprovado em
reunião de oito de maio de dois mil e seis (08/05/2006), pelo Comitê de Ética
em Pesquisa sob o registro OF.175/2006-CEP (Anexo V).
RESULTADOS
__________________________________________________________Resultados - 56
Tabela 1Perfil das Pacientes
Variáveis
Idade
%
< 40 anos 22 7,3
40-49 anos 59 19,5
50-59 anos 96 31,7
60-69 anos 64 21,1
> 69 anos 62 20,5
Escolaridade
Analfabetas 3 1
Ensino básico 133 43,9
Ensino fundamental 84 27,7
Ensino médio 52 17,2
Ensino superior 31 10,2
Religião
Católica 235 77,6
Evangélica 28 9,2
Espirita 10 3,3
Outras 30 9,9
Ainda estão sob algum
tratamento
Não 118 38,9
Sim 185 61,1
Da cirurgia
Não realizaram 12 4
Mastectomizadas 157 51,8
Conservadoras 134 44,2
Tipos de tratamento
Radioterapia
Não 60 19,8
Sim 243 80,2
Quimioterapia
Não 124 40,9
Sim 179 59,1
Hormonioterapia
Não 119 39,3
Sim 184 60,7
Encontram-se na menopausa
Não 38 12,5
Sim 265 87,5
Tempo de menopausa
< 2 anos 41 15,5
3-5 anos 38 14,3
6-10 anos 39 14,7
> 10 anos 147 55,5
Tempo de diagnóstico
do câncer
< 2 anos 84 27,7
3-5 anos 106 35
6-10 anos 67 22,1
> 10 anos 46 15,2
IMC – índice de massa corporal / % - porcentagem
__________________________________________________________Resultados - 57
A tabela 1 mostra o perfil das pacientes. Das 303 pacientes
selecionadas para o estudo, 52,8% tem a idade entre 50 e 69 anos; 7,3% tiveram
o CM antes dos 40 anos de idade; a maioria (43,9%) tem apenas o ensino básico
como escolaridade, 77,6% são católicas, 61,1% ainda estão sob algum tipo de
tratamento, 51,8% foram mastectomizadas e 87,5% se encontram na menopausa.
Tabela 2 - Distribuição da Atividade Física de Acordo com a Idade das
Pacientes Pré-Tratamento.
p = 0,401 (Qui-Quadrado)
% - Porcentagem
A Tabela 2 mostra que o maior mero de mulheres praticantes de AF
intensa se encontra abaixo dos 40 anos de idade, mais não foi encontrada
diferença significativa entre os níveis de AF dentro de cada faixa etária, (p=
0,401) teste de Qui-Quadrado.
40,9
36,4
22,7
27,1
57,6
15,3
34,4
47,9
17,7
43,8
39,1
17,2
45,2
43,5
11,3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
%
< 40 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos > 69 anos
Idade
Leve Moderada Intensa
__________________________________________________________Resultados - 58
Tabela 3Nível de Atividade Física das Pacientes Pré e Pós-Tratamento
p< 0,001 (Qui-Quadrado)
% - porcentagem
Na Tabela 3 são apresentadas às comparações dos níveis de AF
avaliados pré e pós-tratamento. No pré-tratamento 83,8% das pacientes
estudadas tinham AF em intensidade de leve à moderada e 16,2% de atividade
intensa; após os tratamentos houve aumento para 95,7% para as atividades de
leve a moderada e uma redução para 4,3% para as de atividades intensas. Para
essas comparações encontrou-se uma diferença significativa (p< 0,001) no teste
de Qui-Quadrado.
Na Tabela 4 (abaixo) são apresentadas às comparações dos níveis de
AF conforme o período de cirurgia do CM. Essa Tabela nos mostra claramente
que uma melhora dos níveis de AF a partir do segundo ano de tratamento do
CM, inclusive para as atividades físicas em níveis mais intensos. Para essa
comparação houve diferença estatisticamente significativa (p=0,0365) no teste
de Qui-Quadrado.
37,6
54,8
46,2
40,9
16,2
4,3
0
10
20
30
40
50
60
%
Leve Moderada Intensa
Nível da Atividade Física
Pré-Tratamento
Pós-tratamento
__________________________________________________________Resultados - 59
Tabela 4Nível de Atividade Física Conforme o Período de Cirurgia
p = 0,0365 (Qui-Quadrado)
% - porcentagem
A Tabela 5 (abaixo) mostra aumento nas comorbidades: hipertensão,
diabetes e problemas osteoarticulares após o tratamento do CM, com destaque
para os problemas osteoarticulares que teve um aumento de 25,4%. Para essa
comparação houve uma diferença significativa (p< 0,001) no teste exato de
Fisher.
Tabela 5Comorbidades Pré e Pós-Tratamento.
p <0,001 (Teste exato de Fisher)
% - porcentagem
58,3
41,7
0
60,4
34
5,7
52,2
41,8
6
39,1
54,3
6,5
0
10
20
30
40
50
60
70
%
até 2 anos de 2 anos até
5anos
de 5 anos até
10anos
acima de 10
anos
Pós-Tratamento
Leve
Moderada
Intensa
35
45,5
9,6
16,2
28,4
53,8
0
10
20
30
40
50
60
%
Hipertensão Diabetes Problemas
Osteoarticulares
Váriaveis
Pré-Tratamento
s-Tratamento
__________________________________________________________Resultados - 60
Tabela 6Atividade Física e Método de Cirurgia
p = 0,358.
% - porcentagem
A Tabela 6 mostra que não existe diferença significativa quando
comparamos a AF com o método de cirurgia de CM (mastectomia ou
conservadora). Para essa comparação, utilizou-se do teste exato de Fisher (p =
0,358).
Quando falamos do tratamento quimiotepico como mostra a Tabela
7, notamos diferença significativa (p=0,006) no teste de Qui-Quadrado) quando
comparamos a AF do grupo de pacientes com quimioterapia em relação ao
grupo sem quimioterapia. O mesmo não acontece quando comparamos a AF do
grupo de pacientes com radioterapia em relação ao grupo de pacientes sem o
tratamento radioterápico, (Tabela 8) onde p=0,136 no teste de Qui-Quadrado e
também não houve diferença significativa (p=0,830 no teste de Qui-Quadrado)
quando comparamos a AF do grupo de pacientes com hormonioterapia em
relação ao grupo de pacientes sem o tratamento hormonioterápico (Tabela 9).
51
60,4
44,6
35,1
4,5
4,5
0
10
20
30
40
50
60
70
%
Leve Moderada Intensa
Nível da Atividade Física
Mastectomia
Conservadora
__________________________________________________________Resultados - 61
Tabela 7 - Atividade das Pacientes com Quimioterapia e sem Quimioterapia
p=0,006 (Qui-Quadrado)
% - Porcentagem
Tabela 8 - Atividade das Pacientes com Radioterapia e sem Radioterapia
p=0,136 (Qui-Quadrado)
% - Porcentagem
60,3
46,7
38
45,2
1,7
8,1
0
10
20
30
40
50
60
70
%
Leve Moderada Intensa
Nível da Atividade sica
Com Quimioterapia
Sem Quimioterapia
57,6
43,3
38,3
51,7
4,1
5
0
10
20
30
40
50
60
%
Leve Moderada Intensa
Nível da Atividade sica
Com Radioterapia
Sem Radioterapia
__________________________________________________________Resultados - 62
Tabela 9 - Atividades das Pacientes com Hormonioterapia e sem
Hormonioterapia
p=0,830 (Qui-Quadrado)
% - Porcentagem
Tabela 10Nível de Atividade Física Comparada a Escolaridade
p= 0,001 (Qui-Quadrado)
%porcentagem
Também houve diferença estatisticamente significativa (p= 0,001)
segundo o teste de Qui-Quadrado quando comparamos o vel de escolaridade
com a AF como mostra a Tabela 10. As pacientes que praticavam atividades
físicas em níveis mais intensos têm apenas com escolaridade o ensino básico.
Enquanto, a maioria das pacientes que tinham como escolaridade o nível
superior completo praticavam atividades em níveis leves.
0
1,4
2
34,2
43,6
67,3
38,6
25,7
8,2
13,2
21,4
14,3 14
7,9
8,2
0
10
20
30
40
50
60
70
%
Analfabeta Básica Fundamental Médio Superior
Escolaridade
Leve
Moderada
Intensa
54,3
55,5
41,8
39,5
3,8
5
0
10
20
30
40
50
60
%
Leve Moderada Intensa
Nível da Atividade sica
Com Hormonioterapia
Sem Hormoniotarapia
__________________________________________________________Resultados - 63
Tabela 11 – Índice de Massa Corpórea das Pacientes no Pré e Pós-Tratamento
p=0,831 (Teste de McNemar-Bowker)
% - porcentagem
IMC – índice de massa corpórea
Tabela 12Atividade Física de Eutróficas e Não-Eutróficas Pré-Tratamento
p =,863 (Qui-Quadrado)
Eutrófica – IMC = 18,5 e < 24,9
% - porcentagem
2 2
33
33,7
36,3
35
19,5
17,5
7,6
9,2
1,7
2,6
0
5
10
15
20
25
30
35
40
%
Abaixo do
Peso
Eutrófico Sobrepeso Obesidade
I
Obesidade
II
Obesidade
Mórbida
IMC
Pré-Tratamento Pós-Tratamento
36,9
39
47,3
44
15,8
17
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
%
Leve Moderada Intensa
Níve de atividade física
Não Eutróficas
Eutróficas
__________________________________________________________Resultados - 64
Tabela 13 - Atividade Física de Eutróficas e Não-Eutróficas Pós-Tratamento
p=,747 (Qui-Quadrado)
Eutrófica – IMC = 18,5 e < 24,9
% - porcentagem
O IMC das pacientes não sofreu alterações significativas (p=0,831
Teste de McNemar-Bowker) após o tratamento do CM como mostra a Tabela
11. E quando falamos especificamente de eutróficas e não-eutróficas também
não encontramos diferença significativa quando relacionadas à AF de eutróficas
e não-eutróficas no pré-tratamento (p =,863 Qui-Quadrado), e AF de eutróficas e
não-eutróficas pós-tratamento (p=,747 Qui-Quadrado), como mostra a Tabela 12
e a Tabela 13. Mas nota-se que a quantidade de pacientes categorizadas como
eutróficas e praticantes de atividades físicas de níveis intensos são muito poucas,
tanto no pré-tratamento (17%) quanto no pós-tratamento (3,9%) com mostra
abaixo a Tabela 14.
53,2
57,8
42,3
38,2
4,5
3,9
0
10
20
30
40
50
60
%
Leve Moderada Intensa
Nível de atividade física
Não Eutróficas
Eutróficas
__________________________________________________________Resultados - 65
Tabela 14 – Atividade Física de Eutróficas Pré e Pós-Tratamento
p=0,070 (McNemar)
Eutrófica – IMC = 18,5 e < 24,9
% - Porcentagem
Tabela 15 - Mediana e Quartis do IMC
Mediana
Pré-Tratamento Pós-Tratamento
26,67 (23,63; 30,47) 27,18 (23,78; 30,85)
p=0,053 (Wilcoxon)
Não houve diferença significativa quando comparamos a mediana do
IMC pré e pós-tratamento, mas o resultado obtido tanto pré quanto pós-
tratamento é considerado sobre peso, segundo a OMS.
Também não houve diferença significativa quando comparamos: AF
com renda salarial onde p= 0,432 (Teste de Kruskal-Wallis) e AF com religião
onde p= 0,334 (Teste exato de Fisher).
83
17
96
3,9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
%
Eutficas Pré-
tratamento
Eutróficas Pós-
tratamento
Atividades - Leve a
Moderada
Atividades - Intensas
DISCUSSÃO
__________________________________________________________Discussão - 67
Houve muita dificuldade em se encontrar estudos sobre medidas
objetivas e criteriosas de atividade física em pacientes portadoras de câncer de
mama, esse fato torna difícil uma comparação objetiva de dados no nosso
trabalho.
Segundo Friedenriech e Orenstein
14
, que estudaram 44 trabalhos, em
32 mostraram redução no risco de CM de 70% entre mulheres praticantes de AF
em níveis intensos. Estes dados são reafirmados por Esther et al.
68
. A “The
Surgeon General’s Report On Physical Activity and Health” afirma que a AF
necessita ser intensa para alcançar benefícios para a saúde
69
. Nosso estudo, (vide
Tabela 3) observou, que apenas 16,2% das pacientes estudadas praticavam
atividades em níveis intensos (3000 MET min/sem) previamente ao
diagnóstico do CM, enquanto 46,2% praticavam atividades em intensidades
moderadas (de 600 a 2999 MET min/sem). Esther et al.
68
salienta que é
duvidoso o papel da AF de intensidade moderada para a prevenção do
carcinoma mamário. Em nosso estudo foi encontrado alto número de pacientes
praticantes de AF de intensidades moderadas e um baixo número de praticantes
de AF intensas, à semelhança da afirmação de Esther et al.
68
.
No Brasil, na grande maioria das instituições que realizam o
tratamento para câncer da mama, os estadiamentos III e IV chegam a
corresponder a 60% dos diagnósticos iniciais
70
. Como a maioria dos casos é
diagnosticado em fase mais avançada da doença, consequentemente, o número
de mastectomias realizadas no Brasil ainda é alto.
A mastectomia, sobretudo acompanhada de radioterapia, pode
determinar complicações físicas, imediata ou tardiamente à cirurgia, tais como:
limitação e diminuição de movimentos de ombro e braço, linfedema e vários
graus de fibrose da articulação escapuloumeral, segundo Araújo, et al., Mamede,
et al.
71,72
. A prática de exercícios físicos relacionados com a reabilitação pós-
mastectomia, bem como a orientação destes, são intervenções importantes na
assistência pós-operatória à mulher, pois m como finalidade prevenir ou
__________________________________________________________Discussão - 68
minimizar o linfedema ou perda de mobilidade no ombro, segundo Mamede, et
al.
72
.
Sasaki, et al.
73
, cita em seu estudo que na mastectomia, o ombro é a
articulação mais comumente prejudicada devido à imobilização prolongada, e
este é um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento de isquemia dos
tecidos internos, retenção de metabólitos e edema, apressando, assim, o
desenvolvimento de fibrose, ou seja, os exercícios físicos são importantes
recursos para prevenção dos efeitos deletérios da imobilização. O que se
observou em nosso estudo foi que após o tratamento do carcinoma mario (de
uma maneira geral, não categorizado com o tempo de diagnóstico, como vimos
anteriormente na Tabela 3), houve uma redução significativa (p<0,001) nas
atividades das pacientes praticantes de AF em níveis intensos quando
comparados aos níveis no pré-tratamento, concordando assim com Araújo, et al.,
Mamede, et al. e Sasaki, et al.
71-73
, que citam em seus respectivos estudos, as
dificuldades de realização de AF ou tarefas que necessitam de maior mobilidade
articular do ombro no pós-operatório.
Segundo Engel et al.
74
, em estudo de coorte prospectivo, que avaliou a
qualidade de vida de 900 mulheres pós-tratamento para câncer de mama, onde
as pacientes submetidas à mastectomia apresentaram piora não na imagem
corporal, mas também na vida sexual, limitações no trabalho e até mesmo
mudanças nos hábitos e nas atividades físicas diárias. Já Makluf et al.
75
, mostra
uma pior qualidade de vida em mulheres submetidas à mastectomia quando
comparadas àquelas submetidas à cirurgia conservadora da mama. Nosso estudo
observou que não houve uma diferença significativa (p=0,358 Teste exato de
Fisher) quando comparados os métodos cirúrgico (mastectomia ou conservador)
em relação aos três diferentes níveis de AF (leve, moderada e intensa) como
mostra a Tabela 6; a diferença de resultados ocorreu em função do uso de
metodologias de pesquisa diferentes e objetivos diferentes, Makluf et al. utiliza
em seus respectivos trabalhos como ferramenta de mensuração questionários
__________________________________________________________Discussão - 69
sobre qualidade de vida (como por exemplo, o QLQ-C30), enquanto em nosso
estudo foi utilizado questionários sobre AF (IPAQ – short version).
Foi encontrada neste estudo uma diferença significativa quando
comparada a AF com o tratamento quimioterápico (p=0,006), não ocorrendo o
mesmo para os tratamentos de radioterapia (p=0,136) e quimioterapia (p=0,830).
Com esses resultados fica claro observar o quanto é desgastante os tratamentos
realizados à base de quimioterapia. Entretanto, não encontramos na literatura
dados para estabelecer comparações objetivas.
Em relação ao período de cirurgia das pacientes, 27,7% tinham menos
de dois anos de pós-operatório, a maioria (35%), tinha entre dois e cinco anos de
pós-operatório, 22,1% tinham entre cinco e 10 anos de pós-operatório e apenas
15,2% estavam com mais de 10 de pós-operatório (vide Tabela 4). E segundo
Prado, et al.
76
, esses períodos são de grande importância para o enfrentamento
das dificuldades decorrentes do procedimento cirúrgico, pois é no decorrer deles
que as mulheres encontram maior dificuldade para alcançar toda a amplitude de
movimento do braço do lado operado como também para incorporar
procedimentos de auto-cuidado e prevenção de linfedema desse braço, o que
sabidamente limita a AF. O Ministério da Saúde
77
, trata o conhecimento sobre a
percepção dos benefícios e barreiras a respeito da prática da AF como sendo um
importante indicador para o desenvolvimento de programas de reabilitação de
pacientes em risco de apresentar limitações físicas, como é o caso de mulheres
mastectomizadas. Isso porque a prática da AF é um hábito de difícil
incorporação, e a consciência da relação AF e saúde levam à necessidade de
prática regular, especialmente entre indivíduos com doenças crônico-
degenerativas. nítida evidências neste presente estudo, (p=0,0365 Teste de
Qui-Quadrado), que há aumento gradativo dos níveis de AF conforme o passar
dos anos pós-operatórios, tal fato pode se explicar pelo medo da reincidência da
doença e também pelo fator psicológico devido ao “susto” que estas mulheres
__________________________________________________________Discussão - 70
levaram ao saber do diagnóstico positivo desta neoplasia e com isso
“despertaram-se para a vida”.
Observou-se aumento de comorbidades como a hipertensão (com um
aumento de 10,5%), diabetes (6,6%) e problemas osteoarticulares (25,4%) após
o tratamento do carcinoma mamário. Para o aparecimento dessas patologias,
houve uma significância segundo o Teste exato de Fisher de p<0,001 (Tabela 5).
Isto ocorreu pelo simples fato dessas mulheres estarem com essas
comorbidades, mas não terem conhecimento prévio desta doença antes do
tratamento.
Segundo Wu, et al., Verloop, et al. e Friedenreich, et al,
5,11,13,14
o efeito
da AF pode ser diferente sobre os níveis do IMC (Índice de Massa Corpórea),
com os maiores benefícios observados naquelas classificadas como eutróficas
(peso normal). Segundo a OMS
12
o IMC considerado eutrófico (peso normal)
vai de 18,5 até 24,9.
A OMS afirma que o peso corporal e um baixo índice de gordura
corporal seja forte aliado para a prevenção contra o câncer de mama, já que os
maiores benefícios ocorrem nas mulheres classificadas como eutróficas. Em
nosso estudo, a mediana e quartis do IMC das pacientes, no pré-tratamento do
carcinoma mamário é de 26,67 (23,63; 30,47), considerado sobrepeso segundo a
própria OMS
12
, portanto, provavelmente as pacientes estudadas não obtiveram
benefícios em relação à prevenção do CM, que os benefícios da diminuição
do risco de CM são observados naquelas classificadas como no peso normal
(eutróficas) e praticantes de AF em níveis intensos.
5,11,13,14
. Observamos no
nosso estudo que as poucas pacientes classificadas como eutróficas não são
praticantes de atividades intensas, como recomendado pelos autores acima
(Tabela 14) . Observou-se também que não houve diferença significativa quando
comparamos o grupo de eutróficas e o grupo de não-eutróficas com a AF, tanto
no pré-tratamento quanto após o tratamento do CM. Isto mostra que as
eutróficas tem AF semelhante ao grupo de não-eutróficas como foi apresentado
__________________________________________________________Discussão - 71
nas Tabelas 8 e 9, e que ambos os grupos não sofreram proteção suficiente
contra o desenvolvimento do carcinoma mamário.
A classificação do IMC das pacientes não sofreu alterações
significativas (p=0,831 Teste de McNemar-Bowker) após o tratamento do CM
como vemos na Tabela 11, mostrando que os variados tipos de tratamentos
aplicados para o CM não teve influência sobre o IMC.
Segundo, Velásquea-Meléndez G., et al.
78
em seu estudo, 12,6% das
mulheres de baixa escolaridade praticam AF enquanto 40% das mulheres de alta
escolaridade praticam algum tipo de AF, ou seja, segundo o autor as mulheres
de alta escolaridade são mais ativas do que as de baixa escolaridade. Esse
presente estudo nos mostra um resultado discordante de Velásquea-Meléndez, et
al., mostrando exatamente um resultado inverso, onde as mulheres de baixa
escolaridade praticam mais atividades e em maiores intensidades do que as
mulheres de escolaridades mais alta, como mostra a Tabela 10. Essa
discordância pode ter ocorrido em função das diferenças de metodologias
aplicada nos respectivos estudos, Velásquea-Meléndez utilizou como ferramenta
de mensuração da AF em seu estudo apenas a resposta da seguinte pergunta
“você prática atividade física ou esporte?”, enquanto para a realização deste
estudo utilizou-se para a mesma mensuração o International Physical Activity
Questionnaire (IPAQ - short version) e uma outra diferença observada entre as
metodologias, foi que em nosso estudo o grupo de mulheres estudadas tinham
patologias (a principal delas o CM), enquanto as de Velásquea-Meléndez eram
saudáveis. Sabe-se que no Brasil a população cuja escolaridade é baixa, tem
como profissão trabalhos braçais e a grande maioria não possuem carro próprio,
ou seja, elas precisam caminhar para chegar a seus respectivos locais de
trabalho, diferente da população com graus de escolaridade mais altos, mais
sedentárias. Esta pode ser uma explicação para o fato das mulheres brasileiras de
escolaridade mais baixa serem mais ativas que aquelas de escolaridades mais
altas.
__________________________________________________________Discussão - 72
Enfatizamos a importância da AF, principalmente em níveis mais
intensos para que se obtenha proteção não para o CM, mas também para as
demais doenças citadas anteriormente. Mas para comprovarmos os reais
benefícios proporcionados pela prática de AF no câncer de mama são
necessários mais estudos científicos, com objetivos bem delineados e
metodologias seguras e bem definidas.
CONCLUSÃO
__________________________________________________________Conclusão - 74
Conclusões:
1- Foi observada diferença significativa na AF das pacientes
submetidas ao tratamento quimioterápico quando comparadas a AF das
pacientes não submetidas a este tratamento.
2- Observou-se queda significativa nos níveis de AF após o tratamento
cirúrgico do câncer de mama e verificou-se que há aumento (melhora) nos níveis
de AF conforme o período pós-operatório
3- Observou-se aumento significativo de comorbidades como
hipertensão, diabetes e problemas osteoarticulares após o tratamento do
carcinoma mamário.
4- A mediana do IMC encontrado entre as pacientes deste estudo é
classificada como sobrepeso segundo a OMS.
5- As pacientes com graus de escolaridade mais baixo são mais ativas
quando comparadas com as de escolaridade mais alta.
REFERÊNCIAS
_________________________________________________________Referências - 76
1- CDC Center for Disease Control and Prevention. National Center for
Chronic Disease Prevention and Health Promotion, Centers for Disease Control
and Prevention. Physical Activity and Health: A Report to the Surgeon General.
Atlanta: CDC; 1996.
2 - Montoro AF. Alternativas diagnósticas e terapêuticas no câncer de mama.
São Paulo: BRADEPCA/ ANPQ, 1987.
3- Câncer de Mama. T & Medicina. [periódico online]. [acessado 21 mar
2007]. Disponível em: http://reivax.tripod.com/cancerpg12.htm
4 Governo do Estado de Santa Catarina. Secretaria de Estado da
Administração [homepage da internet]. Santa Catarina; 2007. [Acessado 05 jun
2007]. Disponível em:
http://www.sea.sc.gov.br/nucleo%5fsaude/dicas/obesidade_cancer.htm.
5 – Wu AH, Paganini-Hill A, Ross RK, Henderson BE. Alcohol, physical
activity, and other risk factors for colorectal cancer: a prospective study. Br J
Cancer. 1987; 8:487-694.
6 Friedenreich CM, Rohan TE. Physical activity and of breast cancer. Eur J
Cancer Prev. 1994; 4:145-51.
7 McTiernen A, Kooperberg C, White E, et al. Recreational physical activity
and the risk of breast cancer in potmenopausal women. J Am Med Assoc. 2003;
290: 1331-6.
8 Thune I, Brenn T, Lund E, Gaard M. Physical Activity and risk of breast
cancer. N Eng J Med. 1997; 336: 1269-75.
9- Sesso HD, Paffenbarger Jr RS, Lee I-M. Physical activity and breast cancer
risk in the College Alumni Health Study (United States). Cancer Causes
Control. 1998; 9:443-9.
10 Rockhill B, Willett W, Hunter DJ, Manson JE, Hankinson SE, Colditz GA.
A prospective study of recreational physical activity and breast cancer risk. Arch
Intern Med. 1999; 159:2290-6.
11 – Verloop J, Rookus MA, van der Kooy K, Leewen FE. Physical activity and
breast câncer risk in women aged 20-54 years. J Nati Cancer Inst 2000; 92: 128-
35.
_________________________________________________________Referências - 77
12 - WHO. Diet, Nutrition and the prevention of chronic diseases. In: World
Health Organization.: Reports of WHO/FAO. Expert Consultation on diet,
nutrition and prevention of chronic diseases. Geneva: WHO; 2002.
13 The Scientific Program Committee. Physical activity across the cancer
continuum: report f a workshop. Cancer. 2002; 95:1134-43.
14 Friedenreich CM, Orenstein MR. Physical activity and cancer prevention:
etiologic evidence and biological mechanisms. J Nutr. 2002; 132: 3456-64.
15 - Silva HMS, Ferrari BL, et al. Considerações sobre as doenças de mama. In:
Baracho E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia: aspectos de ginecologia e
neonatologia. 3 ed. São Paulo: Medsi; 2002.
16 - Dangelo JG, Fattini CA. Anatomia humana sistêmica. São Paulo: Atheneu;
2002.
17 - Van De Graaff KM. Anatomia humana. 6 ed. São Paulo: Manole; 2003.
18 - Robbins CK, et al. Patologia estrutural e funcional. 5 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara; 1996.
19 - Herzberg V, Ferreira N. Tenho Câncer. E agora? São Paulo: Associação
Brasileira do Câncer; 1996.
20 - Camargo MC, Marx ÂG. Reabilitação física no câncer de mama. São Paulo,
Roca; 2000.
21 - Peres FR, Fontanari P, Monte-Raso VV. Abordagens fisioterapêuticas do
linfedema no pós-operatório do câncer de mama. Anuário. 2006; 3(9):14-21.
22 - Instituto Nacional do Câncer. [homepage da internet]. Quimioterapia. Rio
de Janeiro: INCA; s.d. [acessado 14 jan 2008]. Disponível em:
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=10.
23 - Araújo DSM, Araújo CGS. Aptidão física, saúde e qualidade de vida
relacionada à saúde em adultos. Rev. Bras Med Esporte. 2000; 6:194-202.
24 - Guedes DP, Guedes JERP. Exercício físico na promoção da saúde.
Londrina: Midiogral; 1995.
25 - Aoki MS, Bacurau RFP. Atividade física, saúde e sistema imunológico.
Fitness Clip Powered by Body Systems Clipping de artigos e estudos ligados
_________________________________________________________Referências - 78
ao fitness e ao bem estar. [periódico da internet]. [acessado 12 nov 2007].
Disponível em: URL:http://www.bodysystems.net/frm_prin.htm.
26 Fitness Essentials. Benefits of Physical Activity [online]. Available from:
http://www.fitnessessentials.ca/Benefits_of_Physical_Activity.pdf
27 –IPAQ [homepage on the internet]. Guidelines for the data processing and
analysis of the International Physical Activity Questionnaire- Revised
November 2005. Sweden: IPAQ; 2005 [update 2005 nov]. Disponível em:
URL:http://www.ipaq.ki.se.
28 Genevieve WR. American cancer society releases guidelines on nutrition
and physical activity for cancer prevention. Am Fam Phys. 2002; 15:66.
29 - Frisch RE, Wyshak G, Albright NL, Albright TE, Schiff I, Jones KP, et al.
Lower prevalence of breast cancer and cancers of the reproductive system
amongformer college athletes compared to non-athletes. Br J Câncer. 1985;
52:885–91.
30 - Vena JE, Graham S, Zielezny M, Brasure J, Swanson M. Occupational
exercise and risk of cancer. Am J Clin Nutr. 1987; 45:318–27.
31 - Zheng W, Shu XO, McLaughlin JK, et al. Occupational physicalactivity
and the incidence of cancer of the breast, corpusuteri, and ovary in Shanghai.
Cancer. 1993; 71:3620–4.
32 - Fraser GE, Shavlik D. Risk factors, lifetime risk, and age at on set of breast
cancer. Ann Epidemiol. 1997; 7:375–82.
33 - Thune I, Brenn T, Lund E, Gaard M. Physical activity and the risk of breast
cancer. N Engl J Med. 1997; 336:1269 - 75
34 - Sesso HD, Paffenbarger Jr RS, Lee IM. Physical activity andbreast cancer
risk in the College Alumni Health Study (United States). Cancer Causes
Control. 1998 ;9:433–9.
35 - Rockhill B, Willett WC, Hunter DJ, Manson JE, Hankinson SE, Colditz
GA. A prospective study of recreational physical activity and breast cancer risk.
Arch Intern Med. 1999; 159:2290–6.
36 - Wyshak G, Frisch RE. Breast cancer among female college athletes
compared to non-athletes: a 15-year follow-up. Br J Cancer. 2000; 82: 726–30.
_________________________________________________________Referências - 79
37 - Bernstein L, Henderson BE, Hanisch R, Sullivan-Halley J, Ross RK.
Physical exercise and reduced risk of breast cancer in young women. J Natl
Cancer Inst. 1994; 86: 1403–8.
38 - Friedenreich CM, Rohan TE. Physical activity and risk of breast cancer. Eur
J Cancer Prev. 1995; 4:145–51.
39 - Mittendorf R, Longnecker MP, Newcomb PA, Dietz AT, Greenberg ER,
Bogdan GF, et al. Strenuous physical activity in young adulthood and risk of
breast cancer (United States). Cancer Causes Control. 1995; 6:347–53.
40 - Hirose K, Tajima K, Hamajima N, Inoue M, Takezaki T, Kuroishi T, et al. A
large-scale, hospital based case-control study of risk factors of breast cancer
according to menopausal status. Jpn J Cancer Res. 1995; 86:146–54.
41 - D’Avanzo B, Nanni O, La Vecchia C, Franceschi S, Negri E, Giacosa A, et
al. Physical activity and breast cancer risk. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev.
1996; 5:155–60.
42 - McTiernan A, Stanford JL, Weiss NS. Occurrence of breast cancer in
relation to recreational exercise in women age 50–64 years. Epidemiology.
1996; 7:598–604.
43 - Hu YH, Nagata C, Shimizu N, Kaneda N., Kashiki Y. Association of body
mass index, physical activity, and reproductive histories with breast cancer: a
case-control study in Gifu, Japan. Breast Cancer Res Treat. 1997; 43:65–72.
44 - Coogan PF, Newcomb PA, Clapp RW, Trentham-Dietz A, Baron JA,
Longnecker MP. Physical activity in usual occupation and risk of breast cancer
(United States). Cancer Causes Control 1997; 8: 626–31.
45 - Mezzetti M, La Vecchia C, Decarli A, Boyle P, Talamini R, Franceschi S.
Population attributable risk for breast cancer: diet, nutrition, and physical
exercise. J Natl Cancer Inst. 1998; 90:389–94.
46 - Ueji M, Ueno E, Osei-Hyiaman D, Takahashi H, Kano K. Physical activity
and the risk of breast cancer: a case-control study of Japanese women. J
Epidemiol. 1998; 8:116–22.
47 - Marcus PM, Newman B, Moorman PG, Millikan RC, Baird DD, Qaqish B.
Physical activity at age 12 and adult breast cancer risk (United States). Cancer
Causes Control. 1999; 10:293–302.
_________________________________________________________Referências - 80
48 - Carpenter CL, Ross RK, Paganini-Hill A, Bernstein L. Lifetime exercise
activity and breast cancer risk among post-menopausal women. Br J Cancer.
1999; 80:1852–8.
49 - Levi F, Pasche C, Lucchini F, La Vecchia C. Occupational and leisure time
physical activity and the risk of breast cancer. Eur J Cancer. 1999; 35:775–8.
50 - Shoff SM, Newcomb PA, Trentham-Dietz A, et al. Early-life physical
activity and postmenopausal breast cancer: effect of body size and weight
change. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2000; 9:591–5.
51- Friendenreich CM, Bryant HE, Courneya KS. Case-control study of lifetime
physical activity and breast cancer risk. American Journal of Epidemiol. 2001;
154;336-47.
52 - Gammon MD, John EM, Britton JA. Recreational and occupational
physical activities and risk of breast cancer. J Natl Cancer Inst. 1998; 90: 100–
17,
53 - McTiernan A. Physical activity and the prevention of breast cancer.
Medscape General Medicine[serial on the internet], 2000; 2. [cited 20 jun 2006]
Available from: http://www.medscape.com/womenshealth.
54 - Friendenreich CM. Physical activity and cancer prevention: From
observational to intervention research. Cancer Epidemiology, Biomarkers
Prevent. 2001; 10:287-301.
55 - Woods JA. Exercise and resistance to neoplasia. Can J Physiol Pharmacol.
1998; 76:581–8.
56 - Shephard RJ, Shek PN. Associations between physical activity and
susceptibility to cancer. Possible mechanisms. Sports Med. 1998; 26:293–315.
57 - Nakamura N, Uzawa H, Maeda H, Inomoto T. Physical fitness: its
contribution to serum high density lipoprotein. Atherosclerosis. 1983; 48: 173–
83.
58 - Godsland IF, Leyva F, Walton C, Worthington M, Stevenson JC.
Associations of smoking, alcohol and physical activity with risk factors for
coronary heart disease and diabetes in the first follow-up cohort of the Heart
Disease and Diabetes Risk Indicators in a Screened Cohort study (HDDRISC-1).
J. Intern Med. 1998; 244:33–41.
_________________________________________________________Referências - 81
59 - Raastad T, Bjøro T, Halle´n J. Hormonal responses to high- and moderate-
intensity strength exercise. Eur J Appl Physiol. 2000; 82:121–8.
60 - Kaaks R. Nutrition, hormones, and breast cancer: is insulin the missing
link? Cancer Causes Control. 1996; 67:605–25.
61 - Yu H, Rohan T. Role of insulin-like growth factor family in cancer
development and progression. J Natl Cancer Inst. 2000; 92:1472–89.
62 - Grodstein F, Goldman MB, Cramer DW. Body mass index and ovulatory
infertility. Epidemiology. 1994; 5:247-50.
63 - McCarty MF. Up-regulation of IGF binding protein-1 as an
anticarcinogenic strategy: relevance to caloric restrition, exercise, and insulin
sensitivity. Med Hypotheses. 1997; 48:297-308.
64 - McTiernan A, Ulrich N, Potter J. Physical activity and cancer etiology:
associations and mechanisms. Cancer Causes Control. 1998; 9: 9487-509.
65 - Grodstein F, Goldman MB, Cramer DW. Body mass index and ovulatory
infertility. Epidemiology. 1994; 5:247-50.
66 - Friedenreich CM, Thune I, Brinton LA, Albanes D. Epidemiologic issues
related to the association between physical activity and breast cancer. Cancer.
1998; 83:600–10.
67 - Vainio H, Bianchini F. Weight control and physical activity. Lyon: IARC
Press; 2002. Handbooks of Cancer Prevention, 6:
68 - Esther MJ, Pamela L, Horn-Ross JK. Lifetime physical activity and breast
cancer risk in a multiethnic population: the San Francisco Bay Area Breast
Cancer Study. Cancer Epidemiol, Biomarkers Prevent. 2003; 12:1143-52.
69 - Williams MH. Introdução à nutrição para saúde, condicionamento físico e
desempenho esportivo. Nutrição para saúde, condicionamento físico e
desempenho esportivo. 5 ed. São Paulo: Manole; 2002.
70 - Sales CA, Paiva L, Scandiuzzi D, Anjos AC. Qualidade de vida de
mulheres tratadas de câncer de mama: funcionamento social. Rev Brás Cancerol.
2001; 47:263-72.
_________________________________________________________Referências - 82
71 - Araújo RZ. Reabilitação pós mastectomia. In: Piato S. Diagnóstico e
terapêutica em mastologia. 2 ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 1998.
72 - Mamede MV. Reabilitação de matectomizadas: um novo enfoque
assistencial. [Tese]. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem, Universidade de
São Paulo; 1991.
73 - Sasaki T, Lamari NM. Reabilitação funcional precoce pós-mastectomia. HB
Científica. 1997; 4:121-7.
74 - Engel J, Kerr J, Schlesinger-Raab A, Sauer H, Hölzel D. Quality of life
following breast-conserving therapy or mastectomy: results of a 5-year
prospective study. Breast J. 2004; 10:223-31.
75 - Makluf ASD, Dias RC, Barra AA. Avaliação da qualidade de vida em
mulheres com câncer da mama. Rev Brás Cancerol. 2006; 52:49-58.
76 - Prado MAS, Mamede MV, Almeida AM, Clapis MJ. A prática da atividade
física em mulheres submetidas à cirurgia por câncer de mama: percepção de
barreiras e benefícios. Rev Latino-am. Enferm 2004; 12:3.
77 - Ministério da Saúde (BR). [homepage da internet]. Programa de educação e
saúde através do exercício físico e do esporte. [acessado 15 dez 2007].
Disponível em: http://www.saude.gov.br/programas/fisica/fisica.htm.
78 - Velásquez-Meléndez G, Pimenta AM, Kac G. Epidemiologia do sobrepeso
e da obesidade e seus fatores determinantes em Belo Horizonte (MG), Brasil:
estudo transversal de base populacional. Rev Panam Salud Publica. 2004;
16:308-14.
ANEXOS
____________________________________________________________Anexos - 84
Anexo I
Termo de consentimento Livre e Esclarecido
Tendo sido satisfatoriamente informada sobre o estudo “atividade física
de Pacientes Portadoras de Câncer de Mama”.O programa proposto foi
explicado claramente e eu entendi os objetivos aqui firmados. Eu concordo
voluntariamente em participar desse estudo.
Fui informada de que nesta pesquisa serei submetida a uma entrevista que
será realizada através de um questionário especifico, na qual será avaliada a
minha atividade física. Foi me explicado como é o procedimento para a
entrevista a que serei submetida, dos possíveis benefícios futuros para outros
pacientes e concordo em realizá-la.
Estou ciente que este profissional (pesquisador) estará disponível para
responder a quaisquer perguntas, e posso me retirar-me desse estudo se qualquer
prejuízo ao meu segmento médico aqui neste serviço.
Caso não me sinta satisfeita ou se penso que de alguma forma fui
prejudicada pela minha participação, poderei entrar em contato com o
profissional responsável, com o chefe do Departamento de Ginecologia e
Obstetrícia ou com o Diretor Clínico do Hospital das Clínicas de Botucatu.
____/_____/____
Data
________________ __________________
paciente pesquisador
Flávio Gonçalves Pinto
Rua Vicente da Rocha Torres, 140 Vila Aparecida – CEP: 18603–192 – Botucatu –SP
14 – 3882 8754 – flavinhobtu@yahoo.com.br
Gilberto Uemura
Rua Ursula Camargo de Barros, 433 – Jardim Paraíso – CEP: 18610-301 – Botucatu – SP
14 – 3811 6528 – guemura@netscape.net
____________________________________________________________Anexos - 85
Anexo II
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE
FÍSICA – VERSÃO CURTA -
Nome:_______________________________________________________
Data: ______/ _______ / ______ Idade : ______ Sexo: F ( ) M ( )
Nós estamos interessados em saber que tipos de ATIVIDADE FÍSICA as
pessoas fazem como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande
estudo que está sendo feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas
respostas nos ajudarão a entender que tão ativos nós somos em relação à pessoas
de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta
fazendo atividade física na ÚLTIMA semana. As perguntas incluem as
atividades que você faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por
esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no jardim.
Suas respostas são MUITO importantes. Por favor responda cada questão
mesmo que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação !
Para responder as questões lembre que:
atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande
esforço físico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum
esforço físico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por
pelo menos 10 minutos contínuos de cada vez:
1a Em quantos dias da última semana você caminhou por pelo menos 10
minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de
um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício?
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos
quanto tempo no total você gastou caminhando por dia?
horas: ______ Minutos: _____
____________________________________________________________Anexos - 86
2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS
por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na
bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo,
carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim
como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar
moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃO
INCLUA CAMINHADA)
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades
por dia?
horas: ______ Minutos: _____
3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS
por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica
aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer
serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim,
carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua
respiração ou batimentos do coração.
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10
minutos contínuos quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades
por dia?
horas: ______ Minutos: _____
____________________________________________________________Anexos - 87
Anexo III
QUESTIONÁRIO CLÍNICO SÓCIO/DEMOGRÁFICO PARA
PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA
Data: ___/ ___ / ___
Nome:_________________________________________________Idade : ____anos
Data de nascimento: ____/____/____
Telefone: (___) _____- _____
Atualmente Protuário
Peso: ____Kg Altura: ____M Peso: ____Kg
IMC: _____Kg/m²: IMC: _____Kg/m²
Estado Civil: ( )solteira ( )casada ( )divorciada ( )Viúva
Escolaridade:
- Ensino fundamental: ( ) completo ( ) incompleto
- Ensino Médio: ( ) completo ( ) incompleto
- Ensino Superior: ( ) completo ( ) incompleto
Profissão: _______________
Renda: __________________Salários mínimo
Religião:_________________
ATUALMENTE NO DIAGNÓSTICO
Depressão: ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Patologias: ( ) Sim ( ) Não. Qual?:____________ ( ) Sim ( ) Não
Hipertensão: ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Diabetes: ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Problemas Osteoarticulares: ( ) Sim ( ) Não. Qual?:_________ ( ) Sim ( ) Não
RG:_____________________
Quando foi diagnosticado o carcinoma?:________________
Em tratamento: ( ) sim ( ) não
Tipo de tratamento:
- Cirurgia: ( ) mastectomia ( ) Conservadora
( ) parcial ( ) total
- Radioterapia: ( ) sim ( ) não
- Quimioterapia: ( ) sim ( ) não
- Hormonioterapia ( ) sim ( ) não
Quanto tempo pós-tratamento?______________
Menopausa: ( ) Sim ( ) Não. Há quanto tempo?: ______________
____________________________________________________________Anexos - 88
Anexo IV
Revised November2005 1
Guidelines for Data Processing and
Analysis of the International Physical
Activity Questionnaire (IPAQ)
Short and Long Forms
November 2005
Contents
1. Introduction
2. Uses of IPAQ Instruments
3. Summary Characteristics of Short and Long Forms
4. Overview of Continuous and Categorical Analyses of IPAQ
5. Protocol for Short Form
6. Protocol for Long Form
7. Data Processing Rules
8. Summary Algorithms
Appendix 1. At A Glance IPAQ Scoring Protocol – Short Forms
Appendix 2. At A Glance IPAQ Scoring Protocol – Long Forms
____________________________________________________________Anexos - 89
1. Introduction
This document describes recommended methods of scoring the data derived from
the telephone / interview administered and self-administered IPAQ short and long
form instruments. The methods outlined provide a revision to earlier scoring protocols
for the IPAQ short form and provide for the first time a comparable scoring method
for IPAQ long form. Latest versions of IPAQ instruments are available from
www.ipaq.ki.se.
Although there are many different ways to analyse physical activity data, to date
there is no formal consensus on a ‘correct’ method for defining or describing levels of
physical activity based on self–report population surveys. The use of different scoring
protocols makes it very difficult to compare within and between countries, even when
the same instrument has been used. Use of these scoring methods will enhance the
comparability between surveys, provided identical sampling and survey methods
have been used.
2. Uses of IPAQ Instruments
IPAQ short form is an instrument designed primarily for population surveillance of
physical activity among adults. It has been developed and tested for use in adults
(age range of 15-69 years) and until further development and testing is undertaken
the use of IPAQ with older and younger age groups is not recommended.
IPAQ short and long forms are sometimes being used as an evaluation tool in
intervention studies, but this was not the intended purpose of IPAQ. Users should
carefully note the range of domains and types of activities included in IPAQ before
using it in this context. Use as an outcome measure in small scale intervention
studies is not recommended.
3. Summary Characteristics of IPAQ Short and Long Forms
1. IPAQ assesses physical activity undertaken across a comprehensive set of
domains including:
a. leisure time physical activity
b. domestic and gardening (yard) activities
c. work-related physical activity
d. transport-related physical activity;
2. The IPAQ short form asks about three specific types of activity undertaken in
the four domains introduced above. The specific types of activity that are
assessed are walking, moderate-intensity activities and vigorous-intensity
activities.
3. The items in the short IPAQ form were structured to provide separate scores on
walking, moderate-intensity and vigorous-intensity activity. Computation of the
total score for the short form requires summation of the duration (in minutes)
and frequency (days) of walking, moderate-intensity and vigorous-intensity
activities. Domain specific estimates cannot be estimated.
____________________________________________________________Anexos - 90
4. The IPAQ long form asks details about the specific types of activities
undertaken within each of the four domains. Examples include walking for
transportation and moderate-intensity leisure-time activity.
5. The items in the long IPAQ form were structured to provide separate domain
specific scores for walking, moderate-intensity and vigorous-intensity activity
within each of the work, transportation, domestic chores and gardening (yard)
and leisure-time domains. Computation of the total scores for the long form
requires summation of the duration (in minutes) and frequency (days) for all the
types of activities in all domains. Domain specific scores or activity specific subscores
may be calculated. Domain specific scores require summation of the
scores for walking, moderate-intensity and vigorous-intensity activities within the
specific domain, whereas activity-specific scores require summation of the
scores for the specific type of activity across domains.
4. Overview of Continuous and Categorical Analyses of IPAQ
Both categorical and continuous indicators of physical activity are possible from both
IPAQ forms. However, given the non-normal distribution of energy expenditure in
many populations, it is suggested that the continuous indicator be presented as
median minutes/week or median MET–minutes/week rather than means (such as
mean minutes/week or mean MET-minutes/week).
4.1 Continuous Variables
Data collected with IPAQ can be reported as a continuous measure. One measure of
the volume of activity can be computed by weighting each type of activity by its
energy requirements defined in METs to yield a score in MET–minutes. METs are
multiples of the resting metabolic rate and a MET-minute is computed by multiplying
the MET score of an activity by the minutes performed. MET-minute scores are
equivalent to kilocalories for a 60 kilogram person. Kilocalories may be computed
from MET-minutes using the following equation: MET-min x (weight in kilograms/60
kilograms). MET-minutes/day or MET-minutes/week can be presented although the
latter is more frequently used and is thus suggested.
Details for the computation for summary variables from IPAQ short and long forms
are detailed below. As there are no established thresholds for presenting METminutes,
the IPAQ Research Committee propose that these data are reported as
comparisons of median values and interquartile ranges for different populations.
4.2 Categorical Variable: Rationale for Cut Point Values
There are three levels of physical activity proposed to classify populations:
1. Low
2. Moderate
3. High
The algorithms for the short and long forms are defined in more detail in Sections 5.3
____________________________________________________________Anexos - 91
and 6.3, respectively. Rules for data cleaning and processing prior to computing the
algorithms appear in Section 7.
Regular participation is a key concept included in current public health guidelines for
physical activity.
1
Therefore, both the total volume and the number of days/sessions
are included in the IPAQ analysis algorithms.
The criteria for these levels have been set taking into account that IPAQ asks
questions in all domains of daily life, resulting in higher median MET-minutes
estimates than would have been estimated from leisure-time participation alone. The
criteria for these three levels are shown below.
Given that measures such as IPAQ assess total physical activity in all domains, the
“leisure time physical activity” based public health recommendation of 30 minutes on
most days will be achieved by most adults in a population. Although widely accepted
as a goal, in absolute terms 30 minutes of moderate-intensity activity is low and
broadly equivalent to the background or basal levels of activity adult individuals
would accumulate in a day. Therefore a new, higher cutpoint is needed to describe
the levels of physical activity associated with health benefits for measures such as
IPAQ, which report on a broad range of domains of physical activity.
‘High’
This category was developed to describe higher levels of participation. Although it is
known that greater health benefits are associated with increased levels of activity
there is no consensus on the exact amount of activity for maximal benefit. In the
absence of any established criteria, the IPAQ Research Committee proposes a
measure which equates to approximately at least one hour per day or more, of at
least moderate-intensity activity above the basal level of physical activity Considering
that basal activity may be considered to be equivalent to approximately 5000 steps
per day, it is proposed that “high active” category be considered as those who move
at least 12,500 steps per day, or the equivalent in moderate and vigorous activities.
This represents at least an hour more moderate-intensity activity over and above the
basal level of activity, or half an hour of vigorous-intensity activity over and above
basal levels daily. These calculations were based on emerging results of pedometers
studies.
2
This category provides a higher threshold of measures of total physical activity and is
a useful mechanism to distinguish variation in population groups. Also it could be
used to set population targets for health-enhancing physical activity when multidomain
instruments, such as IPAQ are used.
______________________________________________________________________
1
Pate RR, Pratt M, Blair SN, Haskell WL , Macera CA, Bouchard C et al. Physical activity and public health. A
recommendation from the Centers for Disease Control and Prevention and the American College of Sports Medicine. Journal
of American Medical Association 1995; 273(5):402-7. and U.S. Department of Health and Human Services. Physical Activity
and Health: A Report of the Surgeon General. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and
Prevention, National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion, The Presidents' Council on Physical
Fitness and Sports: Atlanta, GA:USA. 1996.
2
Tudor-Locke C, Bassett DR Jr. How many steps/day are enough? Preliminary pedometer indices for public health. Sports
Med. 2004;34(1):1-8.
‘Moderate’
____________________________________________________________Anexos - 92
This category is defined as doing some activity, more than the low active category. It
is proposed that it is a level of activity equivalent to “half an hour of at least
moderate-intensity PA on most days”, the former leisure time-based physical activity
population health recommendation.
‘Low’
This category is simply defined as not meeting any of the criteria for either of the
previous categories.
5. Protocol for IPAQ Short Form
5.1 Continuous Scores
Median values and interquartile ranges can be computed for walking (W), moderateintensity
activities (M), vigorous-intensity activities (V) and a combined total physical
activity score. All continuous scores are expressed in MET-minutes/week as defined
below.
5.2 MET Values and Formula for Computation of MET-minutes/week
The selected MET values were derived from work undertaken during the IPAQ
Reliability Study undertaken in 2000-2001
3
. Using the Ainsworth et al. Compendium
(Med Sci Sports Med 2000) an average MET score was derived for each type of
activity. For example; all types of walking were included and an average MET value
for walking was created. The same procedure was undertaken for moderate-intensity
activities and vigorous-intensity activities. The following values continue to be used
for the analysis of IPAQ data: Walking = 3.3 METs, Moderate PA = 4.0 METs and
Vigorous PA = 8.0 METs. Using these values, four continuous scores are defined:
Walking MET-minutes/week = 3.3 * walking minutes * walking days
Moderate MET-minutes/week = 4.0 * moderate-intensity activity minutes * moderate days
Vigorous MET-minutes/week = 8.0 * vigorous-intensity activity minutes * vigorous-intensity days
Total physical activity MET-minutes/week = sum of Walking + Moderate + Vigorous
METminutes/week scores.
5.3 Categorical Score
Category 1 Low
This is the lowest level of physical activity. Those individuals who not meet criteria
for Categories 2 or 3 are considered to have a ‘low’ physical activity level.
______________________________________________________________________
3 Craig CL,Marshall A , Sjostrom M et al. International Physical Activity Questionnaire: 12 country reliability and
validity Med Sci Sports Exerc 2003;August
Category 2 Moderate
The pattern of activity to be classified as ‘moderate’ is either of the following criteria:
____________________________________________________________Anexos - 93
a) 3 or more days of vigorous-intensity activity of at least 20 minutes per day
OR
b) 5 or more days of moderate-intensity activity and/or walking of at least 30
minutes per day
OR
c) 5 or more days of any combination of walking, moderate-intensity or vigorous
intensity activities achieving a minimum Total physical activity of at least 600
MET-minutes/week.
Individuals meeting at least one of the above criteria would be defined as
accumulating a minimum level of activity and therefore be classified as ‘moderate’.
See Section 7.5 for information about combining days across categories.
Category 3 High
A separate category labelled ‘high’ can be computed to describe higher levels of
participation.
The two criteria for classification as ‘high’ are:
a) vigorous-intensity activity on at least 3 days achieving a minimum Total
physical activity of at least 1500 MET-minutes/week
OR
b) 7 or more days of any combination of walking, moderate-intensity or
vigorous-intensity activities achieving a minimum Total physical activity
of at least 3000 MET-minutes/week.
See Section 7.5 for information about combining days across categories.
5.4 Sitting Question in IPAQ Short Form
The IPAQ sitting question is an additional indicator variable of time spent in
sedentary activity and is not included as part of any summary score of physical
activity. Data on sitting should be reported as median values and interquartile ranges.
To-date there are few data on sedentary (sitting) behaviours and no well-accepted
thresholds for data presented as categorical levels.
6. Protocol for IPAQ Long Form
The long form of IPAQ asks in detail about walking, moderate-intensity and vigorousintensity
physical activity in each of the four domains. Note: asking more detailed
questions regarding physical activity within domains is likely to produce higher
prevalence estimates than the more generic IPAQ short form.
6.1 Continuous Score
Data collected with the IPAQ long form can be reported as a continuous measure
and reported as median MET-minutes. Median values and interquartile ranges can
____________________________________________________________Anexos - 94
be computed for walking (W), moderate-intensity activities (M), and vigorous-intensity
activities (V) within each domain using the formulas below. Total scores may also be
calculated for walking (W), moderate-intensity activities (M), and vigorous-intensity
activities (V); for each domain (work, transport, domestic and garden, and leisure)
and for an overall grand total.
6.2 MET Values and Formula for Computation of MET-minutes
Work Domain
Walking MET-minutes/week at work = 3.3 * walking minutes * walking days at work
Moderate MET-minutes/week at work= 4.0 * moderate-intensity activity minutes * moderate-intensity
days at work
Vigorous MET-minutes/week at work= 8.0 * vigorous-intensity activity minutes * vigorous-intensity
days at work
Total Work MET-minutes/week =sum of Walking + Moderate + Vigorous MET-minutes/week scores
at work.
Active Transportation Domain
Walking MET-minutes/week for transport = 3.3 * walking minutes * walking days for transportation
Cycle MET-minutes/week for transport= 6.0 * cycling minutes * cycle days for transportation
Total Transport MET-minutes/week = sum of Walking + Cycling MET-minutes/week scores for
transportation.
Domestic and Garden [Yard Work] Domain
Vigorous MET-minutes/week yard chores= 5.5 * vigorous-intensity activity minutes * vigorous-
intensity
days doing yard work (Note: the MET value of 5.5 indicates that vigorous garden/yard work should
be considered a moderate-intensity activity for scoring and computing total moderate intensity
activities.)
Moderate MET-minutes/week yard chores= 4.0 * moderate-intensity activity minutes * moderate
intensity days doing yard work
Moderate MET-minutes/week inside chores= 3.0* moderate-intensity activity minutes * moderate
intensity days doing inside chores.
Total Domestic and Garden MET-minutes/week =sum of Vigorous yard + Moderate yard + Moderate
inside chores MET-minutes/week scores.
Leisure-Time Domain
Walking MET-minutes/week leisure = 3.3 * walking minutes * walking days in leisure
Moderate MET-minutes/week leisure = 4.0 * moderate-intensity activity minutes * moderate-intensity
days in leisure
Vigorous MET-minutes/week leisure = 8.0 * vigorous-intensity activity minutes * vigorous-intensity
days in leisure
Total Leisure-Time MET-minutes/week = sum of Walking + Moderate + Vigorous MET-
minutes/week scores in leisure.
Revised November2005-7
Total Scores for all Walking, Moderate and Vigorous Physical Activities
____________________________________________________________Anexos - 95
Total Walking MET-minutes/week = Walking MET-minutes/week (at Work + for Transport + in Leisure)
Total Moderate MET-minutes/week total = Moderate MET-minutes/week (at Work + Yard chores + inside
chores + in Leisure time) + Cycling Met-minutes/week for Transport + Vigorous Yard chores MET-
minutes/week
Total Vigorous MET-minutes/week = Vigorous MET-minutes/week (at Work + in Leisure)
Note: Cycling MET value and Vigorous garden/yard work MET value fall within the coding range of moderate-
intensity activities.
Total Physical Activity Scores
An overall total physical activity MET-minutes/week score can be computed as:
Total physical activity MET-minutes/week = sum of Total (Walking + Moderate + Vigorous) METminutes/
week scores.
This is equivalent to computing:
Total physical activity MET-minutes/week = sum of Total Work + Total Transport + Total Domestic and
Garden + Total Leisure-Time MET-minutes/week scores.
As there are no established thresholds for presenting MET-minutes, the IPAQ Research Committee proposes that
these data are reported as comparisons of median values and interquartile ranges for different populations.
6.3 Categorical Score
As noted earlier, regular participation is a key concept included in current public
health guidelines for physical activity.
4
Therefore, both the total volume and the
number of day/sessions are included in the IPAQ analysis algorithms. There are
three levels of physical activity proposed to classify populations – ‘low’, ’moderate’,
and ‘high’. The criteria for these levels are the same as for the IPAQ short [described
earlier in Section 4.2]
Category 1 Low
This is the lowest level of physical activity. Those individuals who not meet criteria
for Categories 2 or 3 are considered ‘low’.
Category 2 Moderate
The pattern of activity to be classified as ‘moderate’ is either of the following criteria:
d) 3 or more days of vigorous-intensity activity of at least 20 minutes per day
OR
e) 5 or more days of moderate-intensity activity and/or walking of at least 30
minutes per day
OR__________________________________________________________________________
4 Pate RR, Pratt M, Blair SN, Haskell WL , Macera CA, Bouchard C et al. Physical activity and public health. A
recommendation
from the Centers for Disease Control and Prevention and the American College of Sports Medicine. Journal of
AmericanMedical Association 1995; 273(5):402-7. and U.S. Department of Health and Human Services.
Physical Activity and Health: A Report of the Surgeon General. Department of Health and Human Services,
Centers for Disease Control and Prevention, National Center for Chronic Disease Prevention and Health
Promotion, The Presidents' Council on Physical Fitness and Sports: Atlanta, GA:USA. 1996.
f) 5 or more days of any combination of walking, moderate-intensity or vigorousintensity
activities achieving a minimum Total physical activity of at least 600
MET-minutes/week.
Individuals meeting at least one of the above criteria would be defined as
accumulating a moderate level of activity. See Section 7.5 for information about
combining days across categories.
____________________________________________________________Anexos - 96
Category 3 High
A separate category labelled ‘high’ can be computed to describe higher levels of
participation.
The two criteria for classification as ‘high’ are:
a) vigorous-intensity activity on at least 3 days achieving a minimum Total
physical activity of at least 1500 MET-minutes/week
OR
b) 7 or more days of any combination of walking, moderate-intensity or
vigorous-intensity activities achieving a minimum Total physical activity
of at least 3000 MET-minutes/week.
See Section 7.5 for information about combining days across categories.
6.4 IPAQ Sitting Question IPAQ Long Form
The IPAQ sitting question is an additional indicator variable and is not included as
part of any summary score of physical activity. To-date there are few data on
sedentary (sitting) behaviours and no well-accepted thresholds for data presented as
categorical levels. For the sitting question ‘Minutes’ is used as the indicator to reflect
time spent in sitting rather than MET-minutes which would suggest an estimate of
energy expenditure.
IPAQ long assesses an estimate of sitting on a typical weekday, weekend day and
time spent sitting during travel (see transport domain questions).
Summary sitting variables include
Sitting Total Minutes/week = weekday sitting minutes* 5 weekdays + weekend day sitting
minutes* 2 weekend days
Average Sitting Total Minutes/day = (weekday sitting minutes* 5 weekdays + weekend
day sitting minutes* 2 weekend days) / 7
Note: The above calculation of ‘Sitting Total’ excludes time spent sitting during travel
because the introduction in IPAQ long directs the responder to NOT include this component
as it would have already been captured under the Transport section. If a summary sitting
variable including time spent sitting for transport is required, it should be calculated by
adding the time reported (travelling in a motor vehicle) under transport to the above formula.
Care should be taken in reporting these alternate data to clearly distinguish the ‘total sitting’
variable from a ‘total sitting – including transport’ variable.
7. Data Processing Rules
In addition to a standardized approach to computing categorical and continuous
measures of physical activity, it is necessary to undertake standard methods for the
cleaning and treatment of IPAQ datasets. The use of different approaches and rules
would introduce variability and reduce the comparability of data.
There are no established rules for data cleaning and processing on physical activity.
Thus, to allow more accurate comparisons across studies IPAQ Research Committee
____________________________________________________________Anexos - 97
has established and recommends the following guidelines:
7.1 Data Cleaning
I. Any responses to duration (time) provided in the hours and minutes response
option should be converted from hours and minutes into minutes.
II. To ensure that responses in ‘minutes’ were not entered in the ‘hours’ column by
mistake during self-completion or during data entry process, values of ‘15’, ‘30’,‘45’,
‘60’ and ‘90’ in the ‘hours’ column should be converted to ‘15’, ‘30’, ‘45’, ‘60’ and
‘90’ minutes, respectively, in the minutes column.
III. In some cases duration (time) will be reported as weekly (not daily) e.g.,
VWHRS, VWMINS. These data should be converted into an average daily time
by dividing by 7.
IV. If ‘don’t know’ or ‘refused ‘ or data are missing for time or days then that case is
removed from analysis.
Note: Both the number of days and daily time are required for the creation of categorical and
continuous summary variables
7.2 Maximum Values for Excluding Outliers
This rule is to exclude data which are unreasonably high; these data are to be
considered outliers and thus are excluded from analysis. All cases in which the sum
total of all Walking, Moderate and Vigorous time variables is greater than 960
minutes (16 hours) should be excluded from the analysis. This assumes that on
average an individual of 8 hours per day is spent sleeping.
The ‘days’ variables can take the range 0-7 days, or 8, 9 (don’t know or refused);
values greater than 9 should not be allowed and those cases excluded from analysis.
7.3 Minimum Values for Duration of Activity
Only values of 10 or more minutes of activity should be included in the calculation of
summary scores. The rationale being that the scientific evidence indicates that
episodes or bouts of at least 10 minutes are required to achieve health benefits.
Responses of less than 10 minutes [and their associated days] should be re-coded to
‘zero’.
7.4 Truncation of Data Rules
This rule attempts to normalize the distribution of levels of activity which are usually
skewed in national or large population data sets.
In IPAQ short - it is recommended that all Walking, Moderate and Vigorous time
variables exceeding ‘ 3 hours’ or ‘180 minutes’ are truncated (that is re-coded) to be
equal to ‘180 minutes’ in a new variable. This rule permits a maximum of 21 hours of
activity in a week to be reported for each category (3 hours * 7 days).
In IPAQ long – the truncation process is more complicated, but to be consistent with
____________________________________________________________Anexos - 98
the approach for IPAQ short requires that the variables total Walking, total Moderate
intensityand total Vigorous-intensity activity are calculated and then, for each of
these summed behaviours, the total value should be truncated to 3 hours (180
minutes).
When analysing the data as categorical variable or presenting median and
interquartile ranges of the MET-minute scores, the application of the truncation rule
will not affect the results. This rule does have the important effect of preventing
misclassification in the ‘high’ category. For example, an individual who reports
walking for 10 minutes on 6 days and 12 hours of moderate activity on one day could
be coded as ‘high’ because this pattern meets the ‘7 day” and “3000 MET-min”
criteria for ‘high’. However, this uncommon pattern of activity is unlikely to yield the
health benefits that the ‘high’ category is intended to represent.
Although using median is recommended due to the skewed distribution of scores, if
IPAQ data are analysed and presented as a continuous variable using mean values,
the application of the truncation rule will produce slightly lower mean values than
would otherwise be obtained.
7.5 Calculating MET-minute/week Scores
Data processing rules 7.2, 7.3, and 7.4 deals first with excluding outlier data, then
secondly, with recoding minimum values and then finally dealing with high values.
These rules will ensure that highly active people remain classified as ‘high’, while
decreasing the chances that less active individuals are misclassified and coded as
‘high’.
Using the resulting variables, convert time and days to MET-minute/week scores
[see above Sections 5.2 and 6.2; METS x days x daily time].
7.6 Calculating Total Days for Presenting Categorical Data on Moderate and
High Levels
Presenting IPAQ data using categorical variables requires the total number of ‘days’
on which all physical activity was undertaken to be assessed. This is difficult because
frequency in ‘days’ is asked separately for walking, moderate-intensity and vigorousintensity
activities, thus allowing the total number of ‘days’ to range from a minimum of 0 to a
maximum of 21’days’ per week in IPAQ short and higher in IPAQ long. The
IPAQ instrument does not record if different types of activity are undertaken on the
same day.
In calculating ‘moderately active’, the primary requirement is to identify those
individuals who undertake activity on at least ‘5 days’/week [see Sections 4.2 and
5.3]. Individuals who meet this criterion should be coded in a new variable called “at
least five days” and this variable should be used to identify those meeting criterion b)
at least 30 minutes of moderate-intensity activity and/or walking; and those meeting
criterion c) any combination of walking, moderate-intensity or vigorous-intensity
activities achieving a minimum of 600 MET-minutes/week.
Below are two examples showing this coding in practice:
____________________________________________________________Anexos - 99
i) an individual who reports ‘2 days of moderate-intensity’ and ‘3 days of walking’
should be coded as a value indicating “at least five days”;
ii) an individual reporting ‘2 days of vigorous-intensity’, ‘2 days of moderateintensity’
and ‘2 days of walking should be coded as a value to indicate “at least five days” [even
though the actual total is 6].
The original frequency of ‘days’ for each type of activity should remain in the data file
for use in the other calculations.
The same approach as described above is used to calculate total days for computing
the ‘high’ category. The primary requirement according to the stated criteria is to
identify those individuals who undertake a combination of walking, moderate-intensity
and or vigorous-intensity activity on at least 7 days/week [See section 4.2].
Individuals who meet this criterion should be coded as a value in a new variable to
reflect “at least 7 days”.
Below are two examples showing this coding in practice:
i) an individual who reports ‘4 days of moderate-intensity’ and ‘3 days of walking’
should be coded as the new variable “at least 7 days”.
ii) an individual reporting ‘3 days of vigorous-intensity’, ‘3 days moderateintensity’
and ‘3 days walking’ should be coded as “at least 7 days” [even though the total adds to 9] .
8. Summary algorithms
The algorithms in Appendix 1 and Appendix 2 to this document show how these rules
work in an analysis plan, to develop the categories 1 [Low], 2 [Moderate], and 3
[High] levels of activity.
IPAQ Research Committee
November 2005
____________________________________________________________Anexos - 100
APPENDIX 1
At A Glance
IPAQ Scoring Protocol (Short Forms)
Continuous Score
Expressed as MET-min per week: MET level x minutes of activity/day x days per week
Sample Calculation
MET levels MET-minutes/week for 30 min/day, 5 days
Walking = 3.3 METs 3.3*30*5 = 495 MET-minutes/week
Moderate Intensity = 4.0 METs 4.0*30*5 = 600 MET-minutes/week
Vigorous Intensity = 8.0 METs 8.0*30*5 = 1,200 MET-minutes/week
___________________________
TOTAL = 2,295 MET-minutes/week
Total MET-minutes/week = Walk (METs*min*days) + Mod (METs*min*days) + Vig
(METs*min*days)
Categorical Score- three levels of physical activity are proposed
1. Low
• No activity is reported OR
• Some activity is reported but not enough to meet Categories 2 or 3.
2. Moderate
Either of the following 3 criteria
• 3 or more days of vigorous activity of at least 20 minutes per day OR
• 5 or more days of moderate-intensity activity and/or walking of at least 30 minutes
per day OR
• 5 or more days of any combination of walking, moderate-intensity or vigorousintensity
activities achieving a minimum of at least 600 MET-minutes/week.
3. High
Any one of the following 2 criteria
• Vigorous-intensity activity on at least 3 days and accumulating at least 1500
MET-minutes/week OR
• 7 or more days of any combination of walking, moderate- or vigorous-intensity
activities accumulating at least 3000 MET-minutes/week
____________________________________________________________Anexos - 101
APPENDIX 2
At A Glance
IPAQ Scoring Protocol (Long Forms)
Continuous Score
Expressed as MET-minutes per week: MET level x minutes of activity/day x days per week
Sample Calculation
MET levels MET-minutes/week for 30 min/day, 5 days
Walking at work= 3.3 METs 3.3*30*5 = 495 MET-minutes/week
Cycling for transportation= 6.0 METs 6.0*30*5 = 900 MET-minutes/week
Moderate yard work= 4.0 METs 4.0*30*5 = 600 MET-minutes/week
Vigorous intensity in leisure= 8.0 METs 8.0*30*5 = 1,200 MET-minutes/week
___________________________
TOTAL = 3,195 MET-minutes/week
Domain Sub Scores
Total MET-minutes/week at work = Walk (METs*min*days) + Mod (METs*min*days) +
Vig (METs*min*days) at work
Total MET-minutes/week for transportation = Walk (METs*min*days) + Cycle
(METs*min*days) for transportation
Total MET-minutes/week from domestic and garden = Vig (METs*min*days) yard work +
Mod (METs*min*days) yard work + Mod (METs*min*days) inside chores
Total MET-minutes/week in leisure-time = Walk (METs*min*days) + Mod
(METs*min*days) + Vig (METs*min*days) in leisure-time
Walking, Moderate-Intensity and Vigorous-Intensity Sub Scores
Total Walking MET-minutes/week = Walk MET-minutes/week (at Work + for Transport + in
Leisure)
Total Moderate MET-minutes/week = Cycle MET-minutes/week for Transport + Mod
METminutes/week (Work + Yard chores + Inside chores + Leisure) + Vigorous Yard chores
METminutes
Note: The above is a total moderate activities only score. If you require a total of all
moderate-intensity physical activities you would sum Total Walking and Total Moderate
Total Vigorous MET-minutes/week = Vig MET-minutes/week (at Work + in Leisure)
Total Physical Activity Score
Total Physical Activity MET-minutes/week = Walking MET-minutes/week + Moderate
METminutes/week + Total Vigorous MET-minutes/week
Total Physical Activity MET-minutes/week = Total MET-minutes/week (at Work + for
Transport + in Chores + in Leisure)
Categorical Score- three levels of physical activity are proposed
____________________________________________________________Anexos - 102
1. Low
No activity is reported OR
a. Some activity is reported but not enough to meet Categories 2 or 3.
2. Moderate
Either of the following 3 criteria
a. 3 or more days of vigorous-intensity activity of at least 20 minutes per day OR
b. 5 or more days of moderate-intensity activity and/or walking of at least 30
minutes per day OR
c. 5 or more days of any combination of walking, moderate-intensity or
vigorousintensity
activities achieving a minimum of at least 600 MET-min/week.
3. High
Any one of the following 2 criteria
• Vigorous-intensity activity on at least 3 days and accumulating at least 1500
MET-minutes/week OR
• 7 or more days of any combination of walking, moderate- or vigorous- intensity
activities accumulating at least 3000 MET-minutes/week
Please review the full document “Guidelines for the data processing and analysis of the
International Physical Activity Questionnaire” for more detailed description of IPAQ
analysis and recommendations for data cleaning and processing [www.ipaq.ki.se].
____________________________________________________________Anexos - 103
Anexo V
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo