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EDGARD ALFREDO BREDOW
ATRIBUTOS DO SOLO EM ÁREAS DE OCORRÊNCIA DE Tecoma stans (L.)
JUSS. EX. KUNTH (BIGNONIACEAE) NO ESTADO DO PARA
Dissertação apresentada como requisito à
obtenção do grau de Mestre em Ciência
do Solo, Setor de Ciências Agrárias,
Universidade Federal do Paraná.
Área de Concentração: Qualidade e
Sustentabilidade Ambiental
Linha de Pesquisa: Desenvolvimento de
Tecnológicas e Planejamento para
Sustentabilidade Agrícola e Urbana
Orientadora: Profª. Drª. Celina Wisniewski
Co-orientadora: Profª. Drª. Beatriz Monte
Serrat
Curitiba 2007
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Livros Grátis
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Milhares de livros grátis para download.
2
Dedico
À Joyce Zanetti Silva,
Minha esposa, companheira, revisora, apoiadora e auxiliar,
Aos meus pais, Edgard Walter e Zilda Strobel.
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3
AGRADECIMENTO
Aos Professores:
Marcelo Diniz Vitorino (FURB), Daniela Batista Biondi e Celina Wisniewski (UFPR)
que fizeram parte da banca examinadora;
Aos professores
José Henrique Pedrosa-Macedo
pela cessão do Laboratório Neotropical de Controle Biológico de Plantas;
Beatriz Monte Serrat
pela co-orientação
Ayres Menezes Júnior
pela utilização da área do Sítio das Pedras
Laércio Renó
pelas informações sobre o amarelinho
Aos técnicos
dos Laboratórios de Biogeoquímica, Física do Solo, Fertilidade e Mineralogia que
contribuíram nas análises;
da Secretaria de Pós-graduação;
do Departamento de Solos.
Aos colegas, profissionais e familiares que direta ou diretamente permitiram
a continuidade deste trabalho.
À CAPES coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior
4
Inflorescência do amarelinho (Tecoma stans)
Arboreto do Instituto Neotropical de Controle Biológico
Curitiba - PR
Foto: Edgard Alfredo Bredow - Julho de 2003
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................
2 OBJETIVO .........................................................................................................
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................
3.1 ASPECTOS GERAIS DA ESCIE ...............................................................
3.1.1 Classificação botânica da escie ...............................................................
3.1.2 Morfologia da escie ..................................................................................
3.1.3 Ocorrência de Tecoma stans .......................................................................
3.1.4 Impactos ambientais no Brasil .....................................................................
3.2 CONCEITO DE ESPÉCIE EXOTICA INVASORA ..........................................
3.3 DISPERO DAS ESCIES VEGETAIS EXÓTICAS INVASORAS ...........
3.4 POTENCIAL DE DISPERSÃO DE Tecoma stans ..........................................
3.4.1 Conceito do Potencial de Invasão ...............................................................
3.5 FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO FLORAL .......................
3.6 RELAÇÃO ENTRE ATRIBUTOS DO SOLO E AS PLANTAS ........................
3.7 DEFINIÇÃO PARA AS ÁREAS DE COLETA NO ESTADO DO PARANÁ .....
4 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................
4.1 COLETA DE MATERIAL VEGETAL DE Tecoma stans .................................
4.2 CARACTERÍSTICAS DOS LOCAIS SELECIONADAS ..................................
4.3 EXPERIMENTO ..............................................................................................
4.3.1 Montagem do experimento ..........................................................................
4.3.2 Análise do solo .............................................................................................
4.3.3 Análise da planta .........................................................................................
4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA .................................................................................
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .........................................................................
5.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS SELECIONADAS .....................................
5.2
RELAÇÃO ENTRE POTENCIAL DE DISPERO E ATRIBUTOS DO SOLO
5.2.1 Desenvolvimento das plantas ......................................................................
5.2.1.1 Influência dos fatores climáticos na floração de Tecoma stans ........
5.2.2 Características químicas e granulométricas dos solos ................................
5.2.3 Correlação entre o desenvolvimento da planta e os atributos do solo ........
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................
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6
7 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
.........................
............................
REFERÊNCIAS.....................................................................................................
APÊNDICES..........................................................................................................
ANEXOS ...............................................................................................................
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67
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93
7
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01 - MUNICÍPIOS NO ESTADO DO PARANÁ ONDE O T. STANS FOI
REGISTRADO, E A QUANTIFICAÇÃO DAS ÁREAS INVADIDAS
POR HA. AS SETAS INDICAM OS LOCAIS DE COLETA. ...........
FIGURA 02 - ENRAIZAMENTO DAS ESTACAS EM AREIA LAVADA POR 90
DIAS, NO VIVEIRO DO LABORATÓRIO DE PAISAGISMO DO
SETOR DE CIÊNCIAS FLORESTAIS. ASPECTO INICIAL (A) E
FINAL (B). .......................................................................................
FIGURA 03 - INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO LOCADO A CÉU ABERTO
NO DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA AGRÍCOLA,
NO SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA UFPR. ........................
FIGURA 04 - OBTEÃO DA IMAGEM DIGITALIZADA DA ÁREA FOLIAR PELO
APARELHO RIZHOTRON®. ..........................................................
FIGURA 05 - BALAA ELETRÔNICA PARA A OBTENÇÃO DA BIOMASSA
SECA EM GRAMAS. ......................................................................
FIGURA 06 - FASES FENOLÓGICAS DA INFLORESCÊNCIA DE T. STANS:
A) FLOR ABERTA; B
1
) BOTÃO FLORAL NA FASE INICIAL E
B2) BOTÃO FLORAL NA FASE FINAL; C) INFLORESCÊNCIA
EM DESENVOLVIMENTO. .............................................................
FIGURA 07 - ÁREA DE INVASÃO À BEIRA DA ESTRADA (BR 116), ONDE
FOI REALIZADA A COLETA DE SOLO EM RIO NEGRO. AS
SETAS INDICAM OS LOCAIS DE INVASÃO DE T. STANS. ...................
FIGURA 08 - ÁREA DEGRADADA EM ITAPERUÇU COM INÍCIO DE
INVASÃO PELA PLANTA, ONDE FOI REALIZADA A COLETA DE
SOLO ................................................................................................
FIGURA 09 - ÁREA DE INVASÃO DO T. STANS, ONDE FOI REALIZADA A
COLETA DE SOLO E DAS ESTACAS EM LONDRINA. ................
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41
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FIGURA 10 - ÁREA DE CAMPO NATIVO EM GUARAPUAVA ONDE NÃO
O REGISTRADAS INVASÕES E NA QUAL FOI REALIZADA
A COLETA DE SOLO. ....................................................................
FIGURA 11 - TEMPERATURAS MÉDIAS DOS ANOS DE 2003 A 2006 NO
PERÍODO DE MAIO A SETEMBRO NA REGIÃO DE CURITIBA.
FIGURA 12 - DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE
POTENCIAL DE DISPERO E PH CACL
2
, E POTENCIAL DE
DISPERSÃO E PH SMP. ...............................................................
FIGURA 13 - DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE
POTENCIAL DE DISPERO E V% (SATURAÇÃO POR BASES). ...........
FIGURA 14 - DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE
POTENCIAL DE DISPERO E CTC PH(7,0). .............................
FIGURA 15 - DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE
POTENCIAL DE DISPERO E O TEOR DE ARGILA. ................
FIGURA 16 - DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE
POTENCIAL DE DISPERO E O TEOR DE FERRO. .................
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9
LISTA DE TABELAS
TABELA 01 - DESCRIÇÕES DAS ÁREAS DE COLETA, LOCALIZAÇÃO E
COORDENADAS. .........................................................................
TABELA 02 - COMPARAÇÃO ENTRE POTENCIAL DE DISPERO, DA
BIOMASSA E DA REA FOLIAR NOS DIFERENTES
TRATAMENTOS. .............................................................................
TABELA 03 - ATRIBUTOS QUÍMICOS DOS SOLOS EM DIFERENTES LOCAIS
(TRATAMENTOS), SENDO TRÊS ONDE O AMARELINHO
OCORRE E UM (GUARAPUAVA) ONDE SUA PRESEA
AINDA NÃO FOI REGISTRADA. .....................................................
TABELA 04 - INTERPRETAÇÃO DOS VALORES DE FERTILIDADE DO SOLO
PARA PH, CTC, POTÁSSIO, FÓSFORO, CÁLCIO E MAGNÉSIO,
MANGANÊS, ZINCO E COBRE. ...................................................
TABELA 05 - COMPARAÇÃO ENTRE TEORES MÉDIOS DA
GRANULOMETRIA DOS DIFERENTES TRATAMENTOS..............
TABELA 06 - COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO (R) ENTRE O POTENCIAL
DE DISPERO E OS ATRIBUTOS QUÍMICOS E FÍSICOS DO
SOLO. ..............................................................................................
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RESUMO
O objetivo do presente trabalho foi analisar as características invasoras de Tecoma
stans vulgarmente conhecido por amarelinho, através da correlação, a partir de
estacas, do desenvolvimento floral e frutificação, definido como Potencial de
Dispersão, área foliar e da biomassa, com os atributos de quatro diferentes tipos
de solos do estado do Paraná, em área de ocorrência da escie. Para tanto,
foram realizados coletas de solo em quatro locais com características ambientais
diferentes; área degradada em Itaperuçu, margem de rodovia em Rio Negro, área
invadida pela planta em Londrina e campo nativo sem registros da planta em
Guarapuava. O experimento em vasos com mos solos coletados foram instalados
a céu aberto no Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná
com quatro tratamentos com cinco blocos totalizando 80 plantas. Para a análise da
planta adaptou-se a metodologia de Índice de Atividade para quantificar as
fenofases a fim de determinar o Potencial de Dispersão. Os solos coletados foram
analisados para a obtenção dos atributos pH, teores de Al
3+
, macro e
micronutrientes, CTC, V%, porcentagem de carbono, areia, silte e argila. Para avaliar
a influência dos solos foi realizado o teste de comparação de médias entre os
diferentes solos, e a correlação de Pearson entre Potencial de Dispersão e
biomassa seca e área foliar, e entre Potencial de Dispersão e os atributos do solo.
Todos os atributos dos solos foram estatisticamente significativos exceto o teor de
silte. As correlações entre Potencial de Dispersão e biomassa seca e Potencial de
Dispersão e área foliar, não foram significativas. Correlações significativos entre
Potencial de Dispersão e os atributos do solo, foram observadas somente para o
pH CaCl
2
, pH SMP, CTC pH(7,0), Ferro e V%. Os solos foram classificados quanto
à tipologia até segunda ordem e granulometria, sendo o de Guarapuava muito
argiloso, de Rio Negro franco argilo-arenoso, de Itaperuçu franco argiloso e o de
Londrina argiloso. O Tecoma stans apresentou o melhor desenvolvimento
vegetativo e conseqüente melhor Potencial de Dispersão em solos com pH neutro
a alcalinos entre 6 a 7,5, no entanto, não resultou em maior disponibilidade de
nutrientes que pudesse ser correlacionado com o índice de dispersão. Contudo é
provável que se a avaliação do potencial de dispersão tivesse sido feito ao final da
fase de floração, essas relações tivessem ficado mais claras, pois a demanda de
nutrientes pelos órgãos reprodutivos seria maior. Os principais atributos dos solos
que mostraram correlações significativas para o índice Potencial de Dispersão, que
manifesta a produção de flores e frutos, foram o pH CaCl
2
, pH SMP, teor de argila,
CTC pH(7,0), teor de ferro e o V%. No tratamento Itaperuçu obteve os maiores
valores de índice Potencial de Dispersão no solo com o pH mais alcalino. A
seqüência observada é decrescente seguindo a redução do pH do solo alcalino
para o ácido: Itaperuçu > Rio Negro = Londrina > Guarapuava. Os resultados
parecem indicar que a escie tem preferência por solos mais alcalinos e de
textura arenosa, mas estudos mais detalhado com outros tipos de solo em
experimentos de longa duração são recomendados.
Palavras-chave: Tecoma stans, Atributos do solo, acidez do solo, amarelinho,
escie invasora, características invasoras.
11
ABSTRACT
The objective of the present work went analyze the invasive characteristic of
Tecoma stans known by amarelinho (Yellow Bells), through the correlation, starting
from cutting, of the floral development and fructification, defined as Potential of
Dispersion, leave area and of the biomass, with the attributes of four different types
of soils of the Paraná state, in area of occurrence of the species. Soil collections
were accomplished in four local with different environmental characteristics;
disturbed land in Itaperuçu, highway margin area in Rio Negro, invasive land in
Londrina and native field land without registrations of the plant in Guarapuava. The
open field test in vases with collected soils was installed in the Setor de Ciências
Agrárias of the Universidade Federal of Para state with four treatments with five
blocks (80 plants). For the analysis of the plant, adapted the methodology of Index
of Activity, to quantify the phenophases in order to determine the Potential of
Dispersion. The collected soils were analyzed for the obtaining of the attributes pH,
texts of Al
3+
, macro and micronutrients, CTC, V%, percentage of carbon, sands, silt
and clay. To evaluate the influence of the soils the test of comparison of averages it
was accomplished among the different soils, and the correlation of Pearson
between Potential of Dispersion and biomassa it evaporates and area to foliate, and
between Potential of Dispersion and the attributes of the soil. All the attributes of
the soils were significant statistic except the silte content. The correlations between
Potential of Dispersion and biomass and Potential of Dispersion and leave area,
they were not significant. Significant correlations between Potential of Dispersion
and the attributes of the soil, they were only observed for the pH CaCl
2
, pH SMP,
CTC pH(7,0), Iron and V%. The soils were classified with relationship to the
typology until second order and granulometric type, being it of very loamy
Guarapuava, of Rio Negro argilo-sandy frank, of Itaperuçu loamy franc and the one
of loamy Londrina. The Tecoma stans presented the best vegetative development
and consequent best Potential of Dispersion in soils with neutral pH the alkaline
ones among 6 to 7,5, however, it didn't result in larger readiness of nutrients that
could be correlated with the dispersion index. However it is probable that if the
evaluation of the dispersion potential had been made at the end of the flowering
phase, those relationships had been clearer, because the demand of nutrients for
the reproductive organs would be larger. The main attributes of the soils that
showed significant correlations for the index of Potential of Dispersion, that
manifests the production of flowers and fruits, were the pH CaCl
2
, pH SMP, clay
text, CTC pH(7,0), text of iron and V%. In the treatment Itaperuçu obtained the
largest values of Potential index of Dispersion in the soil with the most alkaline pH.
The observed sequence is decreasing following the reduction of the pH of the
alkaline soil for the acid: Itaperuçu > Rio Negro = Londrina > Guarapuava. The
results seem to indicate that the species has preference for more alkaline soils and
of less loamy texture, but studies more detailed with other soil types in experiments
of long duration they are recommended.
Key-words: Tecoma stans, attributes of soil, acidity of soil, Yellow Bells, invasive
specie, invasive characteristic.
12
1 INTRODUÇÃO
Em grande parte dos ambientes do planeta algum tipo de contaminação
biológica por escies exóticas invasoras. A invasão ou introdução das escies
vegetais ou animais não naturais aos ecossistemas, podem alterar, muitas vezes,
de maneira irreversível, o ambiente local. Uma das ações que favorecem a invasão
de escies exóticas é o manejo incorreto do meio ambiente. Esta invasão passa
despercebida, mas é a segunda maior causa de impactos à biodiversidade, só
perdendo para a ação antrópica. Uma parte dos impactos ambientais é suavizada
pelo tempo, mas em regiões alteradas por um agente invasor, os danos pela
substituição ou hibridação com as escies nativas ou enmicas, podem ter um
alto custo genético, além do custo ambiental e consecutivamente o econômico.
Segundo Rapoport (1991), Vitousek (1992), Ziller et al. (2004) e Freitas
(2007) espécies exóticas podem produzir alterações no solo como sedimentação
de vales ou deslizamento de encostas, na composição fitossociológica de
ecossistemas naturais, na produtividade de plantios comerciais, nas mudanças no
ciclo hidrológico, bem como a redução da microflora e microfauna de vertebrados e
invertebrados.
Várias pesquisas cienficas e reportagens em meios de comunicação
alertam sobre os danos ecológicos causados por agentes invasores no Brasil
(BREDOW et al., 2004).
Um exemplo claro de uma planta invasora que causa impacto ambiental no
Brasil é o Tecoma stans (L.) Jussieu ex. Kunth (BIGNONIACEAE) conhecido como
amarelinho, planta arbórea natural do México e sul dos Estados Unidos. No Brasil,
desde 1996, trabalhos para o seu controle e manejo estão sendo executados.
Trazida para o Brasil como ornamental por volta de 1871 (KRANZ; PASSINI,
1997), atualmente é considerada um dos maiores problemas ambientais no norte
do Paraná e na Região da Serra Gcha, apresentando numerosas, e por vezes,
extensas áreas invadidas (BREDOW et al., 2004).
O T. stans, pela beleza da sua floração abundante, é utilizado como
ornamental nos centros urbanos, em arborização de ruas, praças e jardins. Em
áreas onde a dispersão e a germinação das sementes têm sucesso, apresenta
caráter invasor (LORENZI, 1999) e oportunista, se desenvolvendo em áreas rurais,
13
margens de rodovias, pastagens degradadas ou abandonadas, onde suprime a
vegetação nativa do local. A partir de 1995 a planta foi considerada indesejável e
com sua comercialização e produção proibida por lei no Estado do Para (Renó,
2002).
Dispersada mundialmente, a planta já era registrada como invasora em ilhas
da América Central, Indonésia e Polisia (PELTON, 1964) e recentemente na
África do Sul e Austrália (WITT; NESER, 2004 E JULIEN, 2004), e no Brasil
(KRANZ; PASSINI, 1997; KRANZ, 2000 e VITORINO et al. 2001).
Esta planta apresenta crescimento rápido e precoce, bem como dispersão
abundante, com mais eficiência onde maior densidade de plantas. Nestas
áreas, maiores são as chances de que a planta se disperse para locais mais
propícios, devido a fatores genéticos, como a melhoria dos fenótipos pela
fecundação cruzada, e os ambientais, como o solo e o clima (BREDOW et al.,
2004).
As tentativas do seu controle convencional por meio químico, degradantes
ao meio ambiente, e práticas culturais como o corte raso e remoção do material
vegetal dos locais de invasão, são onerosas e não têm sido eficazes (PASSINI;
KRANZ, 1997, KRANZ; PASSINI, 1997 e BREDOW et al., 2004).
A busca de alternativas para o seu controle, traz a necessidade de estudos
sobre o comportamento da planta e o ambiente onde ela ocorre. A proposta de
manejo da escie pelo controle biológico e pelo uso de escies florestais de
crescimento rápido nas áreas invadidas já foi publicada (VITORINO et al., 2007).
Estudos para a utilização da planta para energia térmica estão em andamento no
Centro de Ciências Florestais da Universidade Federal do Paraná.
Pesquisadores da UFPR (Universidade Federal do Paraná), FURB
(Fundação Universidade Regional de Blumenau), UEL (Universidade Estadual de
Londrina), IAPAR (Instituto Ambiental do Paraná) e SEAB (Secretaria Estadual de
Abastecimento) relataram em publicações e comunicações pessoais de
expedições de campo entre 1995 e 2005, que o T. stans não ocorre como invasora
em todo o Estado do Paraná, mesmo havendo condições para a escie se
dispersar, se estabelecer e se desenvolver com sucesso (KRANZ PASSINI, 1996 e
1997; BREDOW et al., 2004, KRANZ, 2004 e VITORINO et al., 2005).
14
Certos atributos do solo têm sido considerados como fatores limitantes para
a sua ocorrência e disseminação. Fatores como o pH baixo e a pouca
disponibilidade de nutrientes podem alterar o seu estado nutricional, afetando o
seu desenvolvimento e sua reprodução.
15
2 OBJETIVOS
O objetivo geral do presente trabalho foi analisar o efeito das características
químicas e granulométricas de alguns solos do estado do Paraná, sobre o
desenvolvimento vegetativo e reprodutivo de estacas de T. stans.
Para isso, os objetivos específicos foram:
a) Analisar os atributos químicos e granulométricos destes solos;
b) Avaliar, a partir de estacas, a parte rea e a produção de flores e frutos
das plantas em diferentes solos;
c) Correlacionar os atributos químicos e granulométricos dos diferentes
solos selecionados, com a parte aérea (área foliar e biomassa seca) e a
produção de flores e frutos das estacas;
16
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 ASPECTOS GERAIS DA ESCIE
3.1.1 Classificação botânica da escie
Segundo Gentry (1992) e Marchiori (1995), T. stans possui a seguinte
classificação botânica: Reino Plantae, Subreino Tracheobionta, Classe
Magnoliatae, Subclasse Asteridae, Superordem Lamianae, Ordem Scrophulariales,
Família Bignoniaceae, Tribo Tecomae, Gênero Tecoma, Escie stans, Variedades
stans, angustata e velutina.
A família Bignoniaceae possui 600 neros de ampla distribuição nas
regiões tropicais de todo o mundo, especialmente freqüentes nos trópicos
americanos, são plantas lenhosas, arbustivas ou arreas e também trepadeiras
(JOLY, 1976 e GENTRY, 1982 e 1992). O gênero Tecoma possui 209 escies
catalogadas com 203 escies nativas, cinco cultivadas e uma naturalizada, 11
subescies e sete variedades na zona neotropical. A tribo Tecomae é exclusiva
do novo mundo, exceto pelo gênero Catalpa spp. que ocorre na África. (GENTRY,
1982 e 1992).
Possui as seguintes sinonímias botânicas: Bignonia frutensis Mill. ex DC.;
Bignonia incisa Hort ex DC.; Bignonia stans L.; Gelseminum stans (L.) Kuntze;
Stenolobium incisum Rose & Standl.; Stenolobium stans (L.) Seem, Stenolobium
quinquejugum Loes.; Stenolobium stans var. apiifolium (Hort ex Dc.) Seem.;
Stenolobium stans var. mutijugum Fr.; Stenolobium stans var. Pinnatum Seem.;
Tecoma incisa Sweet.; Stenolobium stans var. apiifolia Hort. ex. DC.; Tecoma
tornadora (Loes.) Johnst; Kokoschkinia paniculata Turcz (BREDOW et al., 2004)
No Brasil é chamada de amarelinho, izinho-de-jardim, carobinha, ipê-
mirim, i-de-jardim, guarã-guarã, caroba-amarela, falso-sabugueiro, falsa-santa-
rbara, ipezinho-americano, bignônia-amarela, sinos-amarelos, i-amarelo-de-
jardim, (KRANZ; PASSINI, 1997 e LORENZI, 1999).
17
3.1.2 Morfologia da planta
Devido à semelhança de suas flores, pode ser confundida com as diferentes
escies da família Bignoniaceae, principalmente com escies dos gêneros:
Tabebuia e Jacaranda, (KRANZ; PASSINI, 1997).
T. stans é uma árvore com normalmente 10 metros de altura, podendo
alcançar os 15 metros e 25cm de DAP. Possui ramos eretos, subcilíndricos,
finamente estriados, lenticelados com textura glabra ou finamente escamosa. As
plantas jovens possuem raiz pivotante, as raízes secundárias são horizontais,
paralelas à supercie do solo as quais acumulam grande quantidade de reservas
nutritivas e água e ainda possuem capacidade de emitir brotações, (PELTON,
1963; GENTRY, 1992; KRANZ; PASSINI, 1996 e 1997 e RENÓ, 2002). Apresenta
folhas compostas com 3 a 13 folíolos opostas imparipenadas, serreadas,
lanceolada, com folíolo apical de 2,4 a 15cm de comprimento e de 0,8 a 6cm de
largura, pecíolo de 1 a 9cm de comprimento freqüentemente com pilosidade nos
veios secundários e principal. Inflorescência terminal ou subterminal, paniculado,
acima de 20 flores com poucas flores abertas ao mesmo tempo. Flores amarelas
por vezes tendendo para o amarelo-alaranjado muito semelhantes às do ipê-
amarelo, com 3,5 a 5,8cm de comprimento e 1,2 a 2,4cm de largura, glabras por
fora e pilosas por dentro com tricomas nos estames e na sua inserção. Fruto
seliqua linear de 7 a 22cm de comprimento e 5 a 8mm de largura. Contém de 50 a
90 sementes aladas membranosas de 3 a 5mm de comprimento por 2,4 a 2,7cm
de largura (PELTON, 1963; HOLDRIDGE; POVEDA, 1975; GENTRY, 1992;
MARCHIORI, 1995 e KRANZ; PASSINI, 1996 e 1997.
Renó (2002) estudou em T. stans a formação de gemas advencias nas
raízes estimulado naturalmente ou por agentes externos como fogo, luz e
revolvimento do solo. Esta formação de gemas ocorre tanto em estacas ou de
parte de raízes como as ligadas à planta mãe. São do tipo reparativa e exógena
estimulada pela luz, pois não sinais anatômicos de gema pré-formadas. São
raízes superficiais e esta característica dificulta a prática de manejo. Brotos
originados por raízes e estacas são mais competitivos, apresentam maiores
condições de desenvolvimento e de captação de recursos nutricionais em relação
a plântulas. Isto demonstra a facilidade da planta de se adaptar a locais
18
pedregosos ou de encostas rochosas e a dificuldade no controle mecânico.
Segundo Pelton (1963), Kranz; Passini (1997) e Bredow et al. (2004) o caule
quando cortado com ou sem queima parcial, emite diversas brotações.
A planta apresenta sementes com grande viabilidade (BREDOW et al.,
2004). Foi observado que em 3 meses em temperatura ambiente, as sementes
obtiveram germinação de 40% e 10 meses em câmara fria a 5.5 °C +- 2 °C com
germinação de 55%. As sementes recém colhidas apresentaram 97% de
germinação em 5 dias.
Estudos referentes à influência da luz sobre as plantas, tal como a
classificação presente em Budowski (1965), pode-se caracterizar as plantas pelo
estado sucessional, e a predominância do local de ocorrência desta. Autores como
Daniel et al. (1994), Reis et al. (1997), Rezende et al. (1998) e Salgado et al.
(1998) que estudaram o efeito da luz, mostram a importância da luminosidade no
desenvolvimento inicial das plantas. Esta evidência, no caso do T. stans, foi
constatada em um experimento do efeito de sombreamento no aumento da
biomassa da planta o qual determinou sua característica heliófila ou pioneira
(BREDOW et al., 2004).
3.1.3 Ocorrência de Tecoma stans
Vários autores citados por Bredow et al. (2004) descrevem a ocorrência do
T. stans como planta naturalizada em países da América Central e Índia, sendo a
flor símbolo das Ilhas Virgens. É citada como invasora em países da América
Central, nas ilhas dos oceanos Índico e Pacífico (MORTON, 1981) e desde 1961
nas Antilhas Francesas (PELTON, 1964). Atualmente encontra-se em estado de
potencial invasor em países da Oceania, sudeste da Ásia e sul da África. Encontra-
se também em áreas alteradas ou abandonadas, encostas artificiais e cortes de
morros, solos bem drenados, alcalinos ou áreas de formação vulcânica.
Apresentando três variedades, apenas uma delas ocorre no Brasil. A
variedade stans é a mais comum, e ocorre em todas as Américas na região
neotropical. A variedade angustata é adaptada a regiões de clima quente e seco,
sendo endêmica do norte do México e sul dos Estados Unidos, e a variedade
velutina é encontrada em altitudes acima de 1500 metros (BREDOW et al., 2004).
19
Introduzida no Paraná a partir da cada de 70, hoje se acredita que ocupe
como invasora, mais de 80 mil hectares em mais de 120 municípios, pois sua
velocidade de expansão e os locais de ocorrência ainda são pouco estudados e
conhecidos (KRANZ; PASSINI, 1997; KRANZ, 2000 e BREDOW et al., 2004).
Segundo Blossfeld (1967), no Brasil, a espécie foi descrita como um dos
melhores elementos de ornamentação para jardins, para todas as regiões do país,
exceto onde ocorram geadas muito severas.
3.1.4 Impactos ambientais no Brasil
O T. stans invade e suprime pastagens e substitui vegetação nativa,
principalmente nas margens de rodovias, e encontra-se presente em todo o país
como ornamental. Como invasora, ocorre principalmente nos estados do sudeste,
centro-oeste e sul, onde os principais epicentros são as regiões norte do Paraná e
a Serra Gaúcha no Rio Grande do Sul.
Segundo Grau et al., (1997), em áreas recém abandonadas na Argentina, a
planta chegou a apresentar densidade de 13.225 árvores por ha e com DAP menor
de 3cm e altura menor que 50cm. A sua presença em florestas secundárias jovens
e em áreas recém abandonadas com alta concentração mostra uma situação de
possível invasora destas áreas, pelo alto número de plantas por ha em áreas
abandonadas. Em um levantamento realizado na região de Londrina, sua
densidade chega a 5.000 plantas/ha (BREDOW et al., 2004).
Mariano et al. (1998) avaliou a regeneração natural em uma área atingida
por um incêndio em 1975 e recuperada através do plantio de 22 escies entre
exóticas e nativas. O T. stans não estava incluído nas 22 escies plantadas
originalmente, porém após vinte anos a escie se instalou na área, com alto
mero de árvores por hectare (290 árvores/ha) e alto valor de área basal
(0,65m
2
/ha). O surgimento da escie ocorreu devido a existência de um
agrupamento de T. stans próximo à área de estudo, funcionando como
disseminador de propágulos. O mesmo autor enfatiza o caráter tipicamente invasor
da escie junto com a escie Croton floribundus (Euphorbiaceae), que encontrou
condições favoráveis para se estabelecer e prosperar em reflorestamentos com
espaçamentos largos, como utilizado no experimento (6x6m).
20
Os poucos trabalhos sobre a planta como uma escie invasora no Brasil,
faz com que não se possa determinar com precisão sua disseminação, e os locais
passíveis de invasão.
3.2 CONCEITO DE ESPÉCIE EXÓTICA INVASORA
As escies exóticas invasoras são consideradas atualmente como a
segunda principal causa mundial de alteração ambiental após a ação antrópica.
Escies exóticas são aquelas que estão presentes em locais onde antes o
existiam, dispersas de forma natural ou pela ação do homem. Estas escies para
se tornarem invasoras devem se adaptar aos novos ambientes, pelo aumento da
sua densidade, da reprodução e a disseminação de seus descendentes de
maneira mais rápida e eficiente que as escies nativas.
Vários pesquisadores conceituam escies exóticas como indivíduos
vegetais ou animais que se fixam fora da área de distribuição natural, que não é
regida por fronteiras administrativas ou políticas. Podem ser transportadas ou
introduzidas naturalmente, de forma intencional, ou acidental. Este conceito
apresenta termos como: Invasão Biológica que é a ação do aumento em um
mesmo local, da densidade ou do mero de indivíduos ou escies não nativas
da região, afetando negativamente os processos do ecossistema; Escie Invasora
- são os indivíduos exóticos que alteram os processos dos ecossistemas; Escie
Naturalizada - é uma escie não nativa que se mantém por si própria, já integrada
ao ecossistema, onde o ocorria anteriormente sem causar danos ambientais;
Escie Infestante, também chamada de praga - é aplicada a uma escie nativa
ou exótica, não desejável por interferir nos objetivos comerciais ou particulares,
causando problemas ou prejuízos em sistemas agrícolas, florestais e no
paisagismo urbano e rural. Os termos escies invasora, naturalizada e infestante
que podem apresentar sobreposição dependendo do local de ocorrência, da ação
danosa, nociva ou competitiva com outras escies (MACK, 1992; LOOPE, 1992;
VITOUSEK, 1992; RICHARDSON ET AL., 2000; HENDERSON, 2001 E ZILLER;
GALO, 2002).
21
3.3 DISPERO DAS ESCIES VEGETAIS EXÓTICAS INVASORAS
Dispersão das escies é o seu deslocamento com o passar do tempo, de
um lugar para outro, por ações naturais ou artificiais, de forma sexuada, assexuada
ou por indivíduos vivos.
Arpelt et al. (2000) propõe que a interação das características invasoras das
escies com a suscetibilidade do habitat é que determina o grau de invasão,
demonstrando a complexidade de fatores envolvidos nesta dimica.
Para a invasão ocorrer com sucesso, a escie deverá ultrapassar três
barreiras ou etapas. A primeira barreira é a geográfica ou da introdução, que
dificulta o deslocamento das escies para outros ambientes. A segunda barreira,
a ambiental ou de estabelecimento, onde fatores ambientais como solo, clima,
competição e inimigos naturais, interferem no estabelecimento da escie no
ambiente. A terceira, a fisiológica ou de dispersão, interfere de algum modo na
reprodução e na geração de descendentes férteis e sua disseminação,
(RICHARDSON et al., 2000 e ZENNI, 2005). Escies exóticas mais adaptáveis
podem em questão de anos, iniciarem um processo de invasão.
O T. stans se dispersa facilmente tanto por sementes, quanto por estacas. A
dispersão das sementes é anemocórica e sua viabilidade e germinação é alta
(BREDOW et al., 2004). A propagação por estacas ocorre próxima à planta-mãe de
forma natural, e é causada pelo manejo incorreto das áreas invadidas, onde o
material vegetal não foi devidamente destruído ou simplesmente recolocado em
outro local, agravando a situação. O brotamento ou regeneração de estacas ou
tocos de plantas é rápida, simples e fácil (RENÓ, 2004).
A produção de flores e frutos está diretamente associada à capacidade de
dispersão de uma escie (ARPELT et al. 2000), sendo a maior causa da
infestação de escies indesejáveis em áreas abandonadas ou em recuperação.
Autores como Mariano et al. (1998), Pelton (1963), Kranz; Passini (1996 e 1997),
demonstraram as características invasoras de T. stans e comentam a possível
causa de prejuízos aos ecossistemas naturais. Furacões e tempestades podem
levar as sementes a centenas quilômetros da origem como relatado por Pelton
(1964) na América Central.
22
Outros fatores favoráveis à dispersão da planta são o crescimento rápido,
maturação precoce, reprodução também por brotação, floração e frutificação com
longa duração. Escies invasoras tendem a se adaptar com maior facilidade a
ambientes similares à sua região de origem (MACK, 1992). Esta afirmação pode
explicar a rápida adaptação e ocupação do T. stans em ambientes que sofrem
perturbações naturais ou induzidas.
A rapidez na dispersão tem sido associada com um longo período de
frutificação, produção de um grande mero de sementes de tamanho pequeno e
com prolongada viabilidade.
Singh; Chauhan (1997) trabalhando na Índia, com a hidratação do pólen,
verificou que este muda de aparência com o passar do tempo na deiscência da
antera. De janeiro a março com temperaturas de 13 a 23 °C e 72% de umidade
relativa apresenta 45% de água na sua constituição e com forma esférica. As 16
horas, apresenta 21% de água, forma oval menor e não mais fértil. Na deiscência
da antera, em maio, com temperaturas de 30 a 43 °C e 42% de umidade relativa,
apresenta 12% de água, forma oval e com 50% menos no volume e não é fértil.
Isto mostra que temperaturas mais elevadas e baixa umidade relativa, podem ter
influência na polinização, mostrando que plantas em locais mais quentes e/ou
secos o apresentam uma característica invasora por apresentarem baixo
sucesso da polinização. Tamm na Índia, Kumar (1988), investigando a causa de
esterilidade de T. stans, constatou que temperaturas de 34 a 44 °C ± 2 °C em abril
a junho na Índia, mostrou que a esterilidade é sazonal e é devido a não adaptação
à alta temperatura no verão.
É possível que em regiões do Brasil onde o clima é mais quente ou mais
seco, ocorra este fenômeno, pois, não foram registrados locais invadidos pela
planta nos estados do norte, nordeste e no Cerrado, estando presente somente
como ornamental (BREDOW et al., 2004).
3.4 POTENCIAL DE DISPERSÃO DE Tecoma stans
As áreas de disseminação ou locais sujeitos à invasão de plantas exóticas
são aquelas onde a dispersão de sementes é potencializada, em função de fatores
23
como posição do relevo, ventos, características do solo e do clima (ZILLER;
GALO, 2002) e do tamanho da população (BREDOW et al., 2004).
Segundo Arpelt et al. (2000) baixos níveis de estresse tendem a favorecer
as escies invasoras porque elas são mais hábeis que as nativas em tirar
vantagens de uma alta disponibilidade de recursos. Poucos trabalhos sobre o
assunto referem-se à disponibilidade de nutrientes em no solo.
Raju et al. (2001) realizaram na Índia estudos sobre a habilidade de
dispersão relacionada à fecundação, testando cruzamentos com flores
emasculadas fecundadas com len das mesmas flores (autopolinização), de
flores diferentes na mesma planta (geitonogâmicas) e de mistura de len de três
plantas diferentes (fecundação cruzada). Foram medidas a área da semente o seu
peso, e a relação área com o peso da semente por uma equação segundo
Ganeshaiah (1991). Os resultados apresentados são que o cruzamento da mesma
flor apresenta maior número de sementes e de área alar menor, com baixa relação
peso vs. área, e o cruzamento na mesma planta apresentam números de
sementes e de área semelhantes ao primeiro e que o cruzamento de uma mistura
de pólens de outras plantas apresenta menor mero de sementes, mas com área
alar maior, e uma maior relação alta de peso vs. área. Este femeno de
depressão endomica mostra que as plantas de T. stans que crescem isoladas ou
como ornamentais, apresentam fecundação do tipo autogâmica ou geitonogâmica,
produzindo sementes menores e de baixa capacidade de dispersão. Já em plantas
agrupadas a fecundação cruzada produz sementes maiores e de alta capacidade
de dispersão anemocórica.
Este característica tamm pode ser observada no Brasil, onde o foram
registrados locais de invasão de T. stans nas regiões norte e nordeste.
Dutra et al. (2001) trabalhando com a polinização de T. stans constatou que
os estames amadurecem depois do androceu reduzindo a autopolinização.
Apresenta reprodução autógama com 88%, geitonogâmicas (autopolinização com
flores da mesma planta) e xenogama (polinização cruzada) com 80%, mas devido
a posição do estigma, somente com polinizadores xenógama é que este tipo de
polinização tem sucesso.
A fecundação cruzada é mais vantajosa entre os outros modos de
fecundação em escies daninhas, pois ocorrendo a dispersão, a formação da
24
população dependerá da capacidade de agentes de fecundação desta escie
(DUTRA, 2001).
A mensuração dos ciclos fenológicos ou a intensidade da floração e
frutificação das plantas são em geral complexas e subjetivas se determinadas em
curto prazo, e metodologias para padronizar esta variação tem sido publicadas.
Segundo Bencke; Morelatto (2002a e 2002b), Martin-Gajardo; Morelatto (2003),
dEça-Neves; Morelatto (2004) e Pinto (2005) estudos fenológicos de escies
florestais que envolvem observação direta e visual têm utilizado dois métodos de
avaliação: a qualitativa que determina apenas a presença ou ausência da floração
e frutificação; e a quantitativa que estima a intensidade do evento fenológico em
cada indivíduo, sendo mais comum a utilização de cinco categorias de
quantificação (0 a 4) podendo ser medido desde o surgimento de gemas apicais
até a deiscência dos frutos. Neste método, para cada categoria, usam-se valores
de intervalos de 25% entre os estágios fenológicos, ou somente a indicação da
presença da maior categoria ou estágio fenológico avaliado.
3.4.1 Conceito do Potencial de Invasão
Para avaliar os efeitos da relação aos atributos dos solos sobre a
quantidade de flores e frutos de T. stans, foi elaborado um conceito para
representar a quantificação deste femeno fenológico.
O Potencial de Dispersão para T. stans pode ser conceituado como o
aumento na capacidade de dispersão da planta, pela melhoria dos fenótipos das
sementes, ocasionado pela fecundação cruzada entre indivíduos em um mesmo
agrupamento e por condições edáficas e climáticas favoráveis.
3.5 FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO FLORAL
Bernier (1988) mostrou que aspectos que controlam a iniciação floral são
diferentes para cada escie. A floração é acionada quando houver um balanço
nutricional apropriado ou quando uma seqüência de fatores edafoclimáticos
requeridos acontecer, sendo uma sucessão de processos independentes, mas
25
muito coordenados, de estágios vegetativos seguidos e convertidos em estágios
reprodutivos, sendo o primeiro passo para a propagação sexuada.
Os estágios reprodutivo e vegetativo apresentam geralmente correlações
negativas, e ocasionalmente, positivas. A floração é associada à redução do
crescimento vegetativo, sendo uma resposta à competição entre os dois estágios.
Os tecidos reprodutivos por apresentarem rápido desenvolvimento, são drenos
fortes de nutrientes, reduzindo ou paralisando o crescimento dos meristemas e do
câmbio. Em anos de clima propício uma promoção ou redução do crescimento
vegetativo, atrasando ou adiantando o estágio reprodutivo. No caso de plantas
lenhosas, os passos do desenvolvimento floral podem ser mais complexos do que
em herceas, tendo um ou mais esmulos promotores, como por exemplo, a
duração da luz do dia, que pode continuamente induzir à floração (TAIZ; ZEIGER,
2004 e ALMEIDA, 2005).
Fosket (1994) e Taiz; Zeiger (2004) descrevem que os mecanismos de
florescimento são regidos por quatro fatores de desenvolvimento: o interno, com ou
sem a influência de fatores ambientais externos; o autônomo, sem a influência do
ambiente; o qualitativo ou obrigatório, quando há uma exigência absoluta dos
sinais ambientais; e por fim, o facultativo ou quantitativo, por condições ambientais,
mas podendo ocorrer na sua ausência. As variações do fotoperíodo nas estações
do ano controlam e regulam os indivíduos de uma mesma escie, fazendo-os
florescer na mesma época do ano, num processo que resulta da transição do
meristema vegetativo para o floral, com uma maior ou menor sensibilidade. A
condição de disponibilidade de nutrientes ou sua falta contribui na intensidade
desta reação.
Os esmulos para a floração precoce podem ser acionados por fatores
ambientais, além do nutricional. Em plantios comerciais ou populações
homogêneas, as árvores dominates ou vigorosas florescem antes das demais,
devido a maior exposição à luz. Também é verificado que em plantas isoladas a
floração é mais exuberante. Contudo, esta demonstração pode estar mais ligada à
nutrição em ramos individuais. No exemplo de Pinus silvestris, a quantidade de
estróbilo feminino se reduz à medida que os ramos se encontram envelhecidos,
sombreados ou menos vigorosos, enquanto a formação de estróbilo masculino
26
aumenta. O estado dos ramos faz com que os meristemas femininos ocorram onde
haja bom fornecimento de nutrientes (Almeida, 2005).
A época de floração e frutificação das escies é regulada pelas suas
características internas associadas às variações do clima. Estes fatores de pressão
seletiva para o desenvolvimento das plantas influenciam a sua fenologia, regulando
a época, a intensidade, a duração e a periodicidade dos eventos fenológicos
(BERLATO, 1981 e ALENCAR, 1994).
Pinto et al. (2003) em trabalhos sobre mudanças climáticas, relatam o
aumento global da temperatura em 1 °C e da precipitação de 0,2 a 0,3% nas
últimas cadas, principalmente na região tropical, afetando o correto
desenvolvimento das espécies vegetais. Este aumento pode estar ocorrendo de
forma natural, pela ação do homem, ou por ambos. O Brasil caracteriza-se por sua
heterogeneidade climática com condições favoráveis e desfavoráveis às culturas
numa mesma região, sendo um exemplo o café. Na última cada, o zoneamento
da cultura migrou mais ao sul, em busca de condições ideais de época de floração
e frutificação. O autor salienta ainda a necessidade de um período de estiagem
para o repouso das plantas e esmulo ao florescimento e que temperaturas acima
de 23°C provocam aborto floral. O aumento da temperatura pode afetar de modo
indireto o número de horas de insolação, porque a formação de nuvens irá aumentar
pela evaporação.
O estudo da fenologia é considerado uma ferramenta no monitoramento de
mudanças climáticas (NATÉRCIA, 2006). E segundo Ferraz et al., (1999), ainda
poucos estudos que testam a influência da variação atual do clima na ocorrência
dos eventos fenológicos nas últimas cadas.
3.6 RELAÇÃO ENTRE ATRIBUTOS DO SOLO E AS PLANTAS
A variação da acidez do solo pode reduzir ou deixar os nutrientes
indisponíveis. A interação entre elementos químicos também podem tor-los
pouco disponíveis, provocando distúrbios no metabolismo da planta, em geral
evidenciados externamente pela diminuição do crescimento, clorose foliar ou
outras anomalias como redução no florescimento ou produção de frutos (EPSTEIN;
BLOOM, 2006). O efeito da desnutrição resulta em diminuição do crescimento e
27
consequentemente baixa produtividade em escies arreas comerciais, bem
como restringe o desenvolvimento de plântulas e mudas (FREITAS, 2007).
Ao contrário das culturas anuais, as escies florestais são contempladas
na literatura com um pequeno mero de trabalhos sobre seu comportamento
frente ao alumínio e níveis de acidez do solo e sobre as exigências nutricionais.
Contudo, deficiências minerais e distúrbios de crescimento em escies tropicais e
subtropicais usadas em reflorestamentos são observados (VENTURIN et al.,
2004).
Os distúrbios no crescimento e desenvolvimento em escies exóticas
invasoras atribuídos à acidez do solo são raramente estudados. Autores como Vale
et al., (1996), Furtini Neto et al., (1999a e b) e Alves et al., (2001) e Silva et al.,
(1996a, 1996b e 1997) que trabalham no Brasil com o T. stans, não o
caracterizaram como uma escie invasora.
Dentre as características químicas do solo, Melo (1994), constatou que os
níveis de pH, matéria orgânica e bases trocáveis, apresentaram correlações
positivas com o crescimento das árvores. O mesmo foi defendido por Haag (1983)
no Rio Grande do Sul, onde encontrou maiores incrementos de volume de madeira
de Pinus taeda com a elevação do pH do solo.
Jain et al., (1981) comparou, na Índia, o T. stans com outras 10 escies
ornamentais, entre elas o Hibiscus rosa-sinensis, a Ipomeia palmat e, Bougainvillea
sp. em solos de áreas urbanas com pH 7,5 e pH 9,5. Concluiu que as plantas
mostram a plasticidade em se adaptarem aos solos alcalinos, possibilitando o seu
uso para fins ornamentais em solos urbanos.
Haag et al., (1986), trabalhando com algaroba (Prosopis juliflora) e sua
desnutrição de macronutrientes pelo método do elemento faltante, concluíram que
todos os elementos afetaram a produção de matéria seca, em diferentes graus,
dependendo de sua importância e interação com os demais elementos químicos,
em especial o potássio e o fósforo, seguidos pelo magnésio e pelo cálcio.
Os trabalhos que utilizaram o T. stans avaliando atributos do solo são os de
Vale et al. (1996), Furtini Neto et al. (1999a e 1999b) com análises da acidez e
Alves et al. (2001), com análises de teores de alumínio, ambos comparando com
escies florestais. Silva et al. (1996a, 1996b e 1997) trabalhou com potássio em
estudos com escies pioneiras e secundárias.
28
Alves et al. (2001) encontrou grande amplitude de resposta ao Al trocável do
solo entre diversas escies florestais nativas e o T. stans, constatando que,
comparado com os demais, T. stans apresenta sensibilidade a solos ácidos e
elevados teores de Al, tendo a melhor resposta no tratamento com a aplicação de
calagem, com a maior utilização e alta absorção de Ca, Mg e P neste tratamento.
Vale et al. (1996) e Furtini Neto et al. (1999a e 1999b) mostraram que os
efeitos da acidificação do solo e da calagem em T. stans estão relacionados tanto
ao baixo pH, quanto ao Al dissolvidos no solo. Estes efeitos são a redução no
crescimento radicular e redução no desenvolvimento vegetativo, seguidos da
deficiência de elementos como cálcio, magnésio, fósforo e potássio.
Resultado similar foi encontrado por Huang et al. (1992) que constataram
que algumas escies florestais nativas reagem de forma diferenciada à correção
da acidez e aumento na disponibilidade de nutrientes, mostrando que solos ácidos
e baixos níveis de fertilidade são atributos que prejudicam o estabelecimento das
plantas nos locais.
Silva et al. (1996a, 1996b e 1997) testaram a influência e a absorção de
potássio em escies nativas e no T. stans. Os autores constataram que as
escies pioneiras, como o T. stans, são mais eficientes em utilizar o potássio em
baixas quantidades no solo. O experimento mostrou a maior eficiência no
incremento de biomassa das pioneiras, causado pela adaptação destas a locais de
baixa fertilidade, estando mais ligado ao estágio sucessional de cada planta,
quando comparado às escies de estágio secundário.
Para os micronutrientes, a inexistência de informações bibliográficas sobre
a planta, faz com que se utilizem parâmetros de plantas agrícolas e de plantas
arreas ou comerciais.
3.7 DEFINIÇÃO PARA AS ÁREAS SELECIONADAS NO ESTADO DO PARANÁ
Segundo Reichmann Neto (1993) e Galli (2000), área degradada é descrita
como uma área que sofreu alteração significativa de suas características sicas,
químicas e biológicas, impostas pela ação do homem ou por causas naturais.
Área de margem de rodovia é, conforme descrito pelo Ministério dos
Transportes (2006) e PARANÁ (2000), uma área marginal dentro do escopo dos
29
sistemas viários, onde o solo é alterado por escavações, utilização de material de
bota-fora e de áreas de empréstimo de solo, ou ainda, artefatos de engenharia.
Para a área já invadida pela planta, foi definido um ambiente alterado por
ação da contaminação biológica de escie invasora. (MACK, 1992; LOOPE,1992;
VITOUSEK, 1992 e ZILLER; GALO, 2002).
Áreas de campo nativo ou pastagem nativa são ecossistemas naturais que
já existiam, conforme evidências de análises de pólen e parculas de carvão em
sedimentos, sendo em essência, ambientes de pradarias com predomínio de
gramíneas que o sofreram alterações com o avanço das florestas. Os campos
representam uma formação vegetal pioneira, que recobria os solos do estado do
Paraná já muito tempo (BEHLING et al., 2004 e 2005).
30
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 COLETA DE MATERIAL VEGETAL DE Tecoma stans
Para se obter uma resposta mais rápida no desenvolvimento e florescimento
das plantas, foram utilizadas estacas, pois estas já apresentam gemas advencias
formadas (RENÓ, 2002 e 2004). Para a homogeneização do material vegetal,
foram coletas estacas do segundo ano de crescimento vegetativo da planta, ou
seja, ramos que não eram muito lenhosos ou muito tenros dentro dos diâmetros
determinados como os mais adequados por (BIONDI et al., no prelo). Os
tamanhos variaram entre diâmetros entre 8 a 15 milímetros, e 20 a 30 cenmetros
de comprimento, com número de três inserções ou s para brotação das gemas
radiculares e vegetativas (RENÓ, 2002). O material foi coletado de uma única
árvore em área invadida pela planta, localizada no Sítio das Pedras no município
de Londrina, Paraná, coordenadas de 23°2217S e 51°0559W e altitude de 500
metros.
4.2 CARACTERÍSTICAS DOS LOCAIS DE COLETA
Conforme as publicações e informações pessoais de autores como (KRANZ;
PASSINI 1996 e 1997; KRANZ, 2004; BREDOW et al., 2004 e INSTITUTO
HÓRUS, 2007), os locais no estado do Paraná onde a planta ocorre de forma
invasora são áreas degradadas, margens de rodovias e áreas agrícolas ou
pastagens abandonadas, principalmente nas regiões norte, oeste e sudeste do
estado. As áreas onde a presença da planta ainda não foi registrada são os
campos nativos do centro e sul do estado.
Para determinar os locais de coleta com aspectos ambientais diferentes
entre si, foram definidos os parâmetros conforme Reichmann Neto (1993) e Galli
(2000), para áreas degradadas, Ministério dos Transportes (2006) e PARANÁ
(2000), para áreas de margem de rodovias, Mack (1992), Loope (1992), Vitousek
(1992) e Ziller; Galvão (2002), para áreas invadidas por escie exótica invasora, e
Behling et al. (2004 e 2005) para caracterização de área de campo nativo. A
31
escolha dos locais foi determinada pela facilidade de localização e acesso, e
baseado nas cidades do estado do Paraná onde o T. stans foi registrado de 1996 a
2006, (figura 01). Neste trabalho limitou-se a escolher quatro áreas (tabela 01).
Em Londrina, a planta é registrada desde a cada de 1970 (KRANZ;
PASSINI, 1996) e o local escolhido foi o Sítio das Pedras próximo à rodovia PR
218, sentido município de Maravilha, caracterizado por uma área de pastagem
abandonada, sendo uma área invadida por escie exótica invasora.
Em Rio Negro, foi escolhida uma área na faixa de domínio de uma rodovia,
sendo a ocorrência da planta neste tipo de ambiente uma característica descrita
por Kranz & Passini, (1997). Sua presença no local é registrada desde 1997 com
as plantas invadindo a beira da rodovia. O local se caracteriza como área em beira
de estrada.
Em Itaperuçu, uma área invadida pela planta descoberta em 2005, se
caracteriza por uma área degradada de uma indústria abandonada, com árvores
adultas de T. stans presentes próximos ao local. Esta área está situada no Km 02
na Estrada Minas Santo Olavo, também chamada de Estrada do Canelão
3
. O local
se caracteriza como área degradada.
Em Guarapuava, foi escolhida uma área diferente das outras, onde a
presença da planta ainda não foi registrada. A área é caracterizada por uma área
de campo nativo.
Na figura 01 são mostrados os municípios do estado do Paraná onde o T.
stans foi registrado como ornamental, como invasora em margens de rodovia e em
áreas ociosas até 1999 (KRANZ, 2000), bem como a quantificação das áreas em
ha nas cores bege, amarelo, laranja e vermelho (KRANZ; PASSINI, 1997). Em
azul, registros recentes de 2002 a 2007. As setas indicam os quatro pontos de
coleta sendo (1) Londrina, (2) Itaperuçu, (3) Rio Negro e (4) Guarapuava.
3
Prefeitura Municipal de Itaperuçu, Paraná. Informações obtidas na Secretaria do Meio
Ambiente.
32
FIGURA 01 MUNICÍPIOS NO ESTADO DO PARANÁ ONDE O T. STANS FOI
REGISTRADO, E A QUANTIFICAÇÃO DAS ÁREAS INVADIDAS POR HA.
AS SETAS INDICAM OS LOCAIS DE COLETA. ADAPTADO DE KRANZ;
PASSINI (1997).
1
2
3
4
11
22
3
44
NOTA: Informações da indicação dos municípios onde foi registrada a presença do T. stans
entre 1996 e 1999 conforme Kranz; Passini (1997) e Bredow et al. (2004). A
indicação nas cores bege, amarelo, laranja e vermelho e a respectiva quantificação
das áreas em ha são a soma das áreas invadidas como pastagens, áreas
agriculturáveis, margens de rodovias e de plantas ornamentais nas áreas urbanas
em cada município. Em azul, registros recentes da planta como invasora ou como
ornamental nos municípios, conforme Instituto Hórus (2007) e observações em
campo do autor. Ainda não foi determinado com precisão o tamanho total da área
invadida atualmente, somente os pontos de presença da planta.
Nas quatro áreas foram feitas coletas aleatórias de amostras compostas de
solo. Pelas características e restrições no acesso dos locais de coleta do solo, para
Rio Negro, beira de rodovia e Itaperuçu, área particular, foi utilizada uma área de
aproximadamente 100m², com 20 amostras simples. Para Londrina e Guarapuava
onde não havia restrições para a coleta do solo, foi utilizada uma área aproximada
de 500m², com 50 amostras simples. As amostras foram coletadas dos 20cm
superficiais, resultando em uma amostra composta para o experimento e análises
química esica (SANTOS et al., 2005).
33
Na tabela 01 são apresentadas as descrições e as coordenadas dos locais
onde foram efetuadas as coletas de solo em Londrina, Guarapuava, Rio Negro e
Itaperuçu.
TABELA 01 DESCRIÇÕES DAS ÁREAS DE COLETA, LOCALIZAÇÃO E
COORDENADAS.
Cidade Local de coleta Coordenadas
Londrina (1)
Sítio das Pedras, PR 218 23° 22 17S 51° 05 59W
Itaperuçu (2) Área degradada, Estrada do Canelão Km 2 25° 12 15S 49° 20 43W
Rio Negro (3) Beira de estrada, BR 116, Km 204 21° 06 26S 49° 46 56W
Guarapuava (4) Campo nativo, 500 m da PR 170 25° 34 50S 51° 39 42W
4.3 EXPERIMENTO
4.3.1 Montagem do experimento
O experimento teve início em fevereiro de 2006 e foi locado a céu aberto em
uma área do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, no Setor de Ciências
Agrárias da UFPR.
O clima de Curitiba segundo a classificação de Köppen é do tipo Cfb,
sempre úmido, pluvial quente-temperado.
Inicialmente as 92 estacas cortadas e padronizadas dos ramos escolhidos
(figura 02) permaneceram em caixas com areia lavada para o enraizamento por 90
dias, no viveiro do laboratório de Paisagismo do Setor de Ciências Florestais, antes
de serem padronizadas em tamanho, diâmetro e número de três entrenós, sendo
plantadas aleatoriamente em vasos de 5 litros.
Os solos selecionados foram peneirados em peneira de 2mm, para a
segregação do cascalho, material vegetal e animal e material não classificado
acima de 2mm.
Os solos nos vasos foram acondicionados sobre uma lona plástica para
isolá-los do contato com o solo do local, e instalados conforme delineamento
estastico de blocos ao acaso, com quatro tratamentos (solos selecionados) e
cinco repetições no total de 80 unidades (figura 03).
Foi efetuada a limpeza mensal dos vasos, retirando-se todas as pragas e
plantas concorrentes. A irrigação foi manual, a cada três dias com uma quantidade
padronizada de 2 litros por vaso/rega.
34
FIGURA 02 ENRAIZAMENTO DAS ESTACAS EM AREIA LAVADA POR 90 DIAS, NO
VIVEIRO DO LABORATÓRIO DE PAISAGISMO DO SETOR DE CIÊNCIAS
FLORESTAIS. ASPECTO INICIAL (A) E FINAL (B).
FIGURA 03 INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO LOCADO A CÉU ABERTO NO
DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA AGRÍCOLA, NO SETOR
DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA UFPR.
A
B
35
A coleta do solo para análise foi realizada em fevereiro de 2006 no início do
experimento e as avaliações e coletas da parte vegetativa foram realizadas no
encerramento do experimento, no final do mês de agosto de 2006, totalizando seis
meses.
4.3.2 Análise do solo
Foram determinados o pH, teores de Al
3+
, H + Al, fósforo, potássio, cálcio e
magnésio, ferro manganês, cobre, zinco, porcentagem de carbono, cálculo da CTC e
V%, além dos teores de areia, silte e argila.
As alises químicas foram realizadas no Laboratório de Fertilidade do Solo
do Departamento de Solo e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do
Paraná, conforme as metodologias descritas por Marques & Motta (2003). As
alises granulométricas e da dispersão de argila em água foram realizadas no
Laboratório de Física do Solo do Departamento de Solo e Engenharia Agrícola da
Universidade Federal do Paraná, conforme as metodologias descritas pela
EMBRAPA (1997).
4.3.3 Análise da planta
Foram analisados os seguintes parâmetros de crescimento para cada planta:
peso da biomassa seca (folhas); área foliar total; e o número de flores e frutos
produzidos (Potencial de Dispersão). A área foliar total, folhas novas e velhas, foram
medida através da obtenção da imagem digitalizada pelo aparelho Rizhotron®
(figura 04), logo após a coleta das folhas. As folhas foram secas em estufa com
ventilação forçada a 65 °C ±1 °C por 24 horas, e pesadas em balança eletrônica de
três casas decimais, para obtenção da biomassa seca (figura 05).
A coleta das folhas, bem como a contagem de todas as gemas reprodutivas,
flores e frutos, foram realizadas no mesmo dia, no final de agosto de 2006.
36
FIGURA 04 OBTENÇÃO DA IMAGEM DIGITALIZADA DA ÁREA FOLIAR PELO
APARELHO RIZHOTRON®.
FIGURA 05 BALAA ELETRÔNICA PARA A OBTEÃO DA BIOMASSA SECA EM
GRAMAS.
Para avaliar o Potencial de Dispersão de T. stans, foi utilizada a metodologia
de Índice de Atividade para quantificar as fases fenológicas (MORELLATO;
LEITÃO FILHO, 1990; BENCKE; MORELATO, 2002a e 2002b; e PINTO et al.,
2005).
37
Os valores de índice de atividade foram obtidos através de uma escala de
intervalos quantitativos divididos em cinco categorias (0 a 4), que permitem estimar
o momento da fase fenológica em cada indivíduo, onde as categorias avaliadas
são: (0) planta sem inflorescência, (1) planta somente com inflorescência, sem
botões florais desenvolvidos, (2) presença de botão floral antes da abertura das
flores, (3) presença de flor aberta e (4) frutificação presente a partir do
intumescimento do gineceu.
Neste método, foi considerada somente a presença da fase fenológica mais
avançada no indivíduo, sem registrar a intensidade ou quantidade, pois conforme
Pelton (1964), Gentry (1992), Kranz; Passini (1997) e Bredow et al. (2004), a planta
apresenta floração intensa, apresentando botões florais e frutos maduros numa
mesma inflorescência.
A contagem foi realizada anotando-se o valor mais avançado da categoria
do índice de atividade presente em cada indivíduo do experimento, calculando-se a
média para os blocos.
FIGURA 06 FASES FENOLÓGICAS DA INFLORESCÊNCIA DE T. STANS: A) FLOR
ABERTA; B
1
) BOTÃO FLORAL NA FASE INICIAL E B2) BOTÃO FLORAL NA
FASE FINAL; C) INFLORESCÊNCIA EM DESENVOLVIMENTO.
38
Neste experimento, a análise das folhas coletadas não foi realizada, devido
ao uso de estacas para obtenção de resultados de floração em curto prazo.
Segundo Renó (2002) e Bredow et al. (2004) as estacas do T. stans apresentam
florescimento precoce, por se tratar de material vegetal mais velho com gemas
advencias já formadas. Em razão do fornecimento de certos nutrientes das
estacas para as folhas, estas apresentariam falsos teores nutricionais, o
mostrando os teores obtidos somente dos solos, influenciando os resultados.
4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para a análise estastica dos resultados, as médias dados foram
submetidas à análise de variância e comparados pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade, utilizado o programa ASSISTAT versão 7.4 beta.
A correlação de Pearson entre o Potencial de Dispersão, parte aérea
(biomassa e área foliar) e os atributos dos solos foram realizados pelo programa
Estatística 5.0 for Windows. Para isso, o programa efetua os cálculos dos dados
independente dos tratamentos, resultando em uma tabela de correlação.
39
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS SELECIONADAS
A área de coleta em Rio Negro se situa às margens da rodovia BR 116, Km
204 a 500 metros da divisa com Santa Catarina, com relevo suave de 3 a 8% de
inclinação, onde o trecho de maior invasão se encontra na beira desta (figura 07).
Estas plantas podem ser provenientes de indivíduos antigos, distantes cerca de
1500 metros. Estas encontram neste local, pouca competição inicial para seu
desenvolvimento, e mesmo com a manutenção sazonal de corte da vegetação
hercea executada pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes
- DNIT, a escie garante sua presença pela grande regeneração vegetativa.
FIGURA 07 ÁREA DE INVAO À BEIRA DA ESTRADA (BR 116), ONDE FOI
REALIZADA A COLETA DE SOLO EM RIO NEGRO. AS SETAS INDICAM
OS LOCAIS DE INVASÃO DE T. STANS.
Pela planta estar presente em zona urbanizada, com industrias, postos de
combusveis e restaurantes próximos, não foi registrada a dispersão deste
agrupamento para fora da área de domínio da rodovia no início de 2006, data da
40
coleta do solo. Em 1999, a Prefeitura do município de Rio Negro, em campanha
ambiental, distribuiu mudas de T. stans à população, desconhecendo a resolução
N° 151 de dezembro de 1997, baseada na Lei 11.200 de 1995 e Decreto
Regulamentador 3287/97 nos seus artigos 1° e 2° e a portaria nº 95/2007 do IAP
(anexos 01 e 02) e de se tratar de uma planta invasora. Em 2005, na região, não
foi registrada a presença da planta em outros locais do município.
Na área de Itaperuçu na Região Metropolitana de Curitiba, antes um local
ocupado por uma madeireira, atualmente se encontra com passivo ambiental e
abandonado, facilitando a invasão do T. stans, tendo por agentes de dispersão,
árvores ornamentais antigas, plantadas nas áreas circunvizinhas (figura 08). Por se
tratar de uma região com relevo ondulado a forte ondulado, com inclinação entre 8
e 20%, em 2006 pôde ser observado o avanço da planta para os fundos de vales,
pela posição que estas ocupavam anteriormente. Este modelo de dispersão e
invasão foram relatados em outros locais como, Estados Unidos, Loope (1992), no
Havaí, Mack (1992) e Vitousek (1992) e na região central do Paraná Ziller (2002).
FIGURA 08 ÁREA DEGRADADA EM ITAPERUÇU COM INÍCIO DE INVASÃO PELA
PLANTA, ONDE FOI REALIZADA A COLETA DE SOLO. AS SETAS
INDICAM OS LOCAIS DE INVASÃO DE T. STANS EM PRIMEIRO PLANO, E
AO FUNDO JUNTO A OUTRAS PLANTAS COMO A MAMONA (RICINUS
COMMUNIS).
41
A área de coleta ao sul de Londrina, caracteriza-se por pequenas
propriedades rurais onde em algumas, a agricultura e as pastagens foram
abandonadas com o início da invasão do T. stans. A planta já era mencionada
como um problema na região (KRANZ; PASSINI, 1996 e 1997). Nestas áreas
abandonadas, ou com pastagens mal manejadas, o relevo é normalmente
ondulado a forte ondulado de 8% até 20%, o que facilita a dispersão de sementes
(figura 09). Nas áreas agriculturáveis, o uso intensivo do solo não permite que a
planta se instale. A ação de roçadas e queimadas para eliminar as plantas como
no Sítio das Pedras, o surtiram efeito, e estas retornaram com brotações
numerosas e vigorosas, acentuando a condição de invasora. Já em 2001, grande
parte da propriedade se encontrava inviabilizada. Em 2006, as áreas invadidas
pela planta se mantinham inalteradas na região, pela intensa ocupação e uso do
solo das áreas mais produtivas, havendo ainda, uma conscientização da
comunidade da problemática da planta.
FIGURA 09 ÁREA DE INVAO DO T. STANS, ONDE FOI REALIZADA A COLETA DE
SOLO E DAS ESTACAS EM LONDRINA. FOTO: VITORINO, 2002. AS
SETAS INDICAM OS LOCAIS DE INVASÃO DE T. STANS.
Segundo Kranz & Passini (1997), Bredow et al. (2004) e Vitorino et al.
(2007) na região sul do estado do Paraná ainda não houve registros da presença
da planta. A imagem da figura 10 leva a hipótese de que existam fatores que o
42
permitem o surgimento do T. stans na região, como ausência de fontes de
dispersão naturais próximas ou atributos do solo da região.
A opção escolhida, uma área livre da presença de T. stans, foi a de campo
nativo em Guarapuava, com relevo suave ondulado até 8% de inclinação, com
matas ciliares próximas e distantes de estradas e áreas de agricultura (figura 10).
FIGURA 10 ÁREA DE CAMPO NATIVO EM GUARAPUAVA ONDE NÃO SÃO
REGISTRADAS INVASÕES E NA QUAL FOI REALIZADA A COLETA DE
SOLO.
5.2 RELAÇÃO ENTRE POTENCIAL DE DISPERO E ATRIBUTOS DO SOLO
5.2.1 Desenvolvimento das plantas
Na tabela 02 são apresentados os valores de Potencial de Dispersão,
biomassa e área foliar, cujas médias dos tratamentos apresentaram diferenças
estasticas significativas. O solo de Itaperuçu mostrou valores estatisticamente
maiores aos demais solos no índice Potencial de Dispersão. O solo de Guarapuava
apresentou valores estatisticamente menores, porém, a biomassa e a área foliar de
ambos se mostraram estatisticamente iguais.
43
Os tratamentos Londrina e Rio Negro não apresentaram diferenças
estasticas tanto no índice Potencial de Dispersão, como na biomassa e na área
foliar.
TABELA 02 COMPARAÇÃO ENTRE POTENCIAL DE DISPERO, DA BIOMASSA E DA
REA FOLIAR NOS DIFERENTES TRATAMENTOS.
Atributos
Potencial de Dispersão Biomassa Área foliar
Tratamentos média gramas mm²
Londrina 1,65 b 2,92 a 190,83 a
Rio Negro 1,80 b 2,49 a 171,37 a
Itaperuçu 2,35 a 1,60 ab 106,03 b
Guarapuava 1,20 c 0,80 b 88,02 b
DMS 0,43 1,45 53,68
CV% 16,71 39,57 20,55
F 19,09 7,46 15,14
Potencial de Dispersão: valores médios das categorias do índice de atividade. Médias
seguidas das mesmas letras o diferem ao nível de 5% de probabilidade pelo teste
de Tukey. Teste F: F-krit (5%) = 5.9525; p < .001; GL trat.: 3; n 20.
Os valores de Potencial de Dispersão e os valores da biomassa e área foliar
mostram que a nutrição da planta influenciou o desenvolvimento da parte aérea e a
produção de flores e frutos, sendo mais expressiva nos tratamentos Itaperuçu e
Guarapuava. Porém os tratamentos Londrina e Rio Negro não demonstraram esta
influência, se comportando de maneira intermediária com os demais. Este fato
pode ter ocorrido devido às plantas estarem ainda em fase inicial de floração que
segundo Kranz; Passini (1997) pode durar até oito meses. Conforme Pelton (1964),
Gentry (1992), Kranz; Passini (1997) e Bredow (2004), esta fase apresenta botões
florais e frutos maduros numa mesma inflorescência, sendo uma característica da
escie.
Se a avaliação tivesse sido feita no final da fase de floração é provável que
se tivesse observado correlação negativa entre o potencial de dispersão e a
biomassa, uma vez que a floração é considerada um dreno de nutrientes que são
translocados das folhas para as estruturas reprodutivas (CORREIA et al. 2002).
Segundo Bernier (1988), Taiz; Zeiger (2004) e Almeida (2005) o sistema
reprodutivo, por ser mais exigente em nutrientes na época da floração se
transforma em dreno da parte vegetativa e do solo, restringindo ou paralisando o
crescimento da planta. Estes autores também comentam que o adequado
44
fornecimento de nutrientes para o desenvolvimento vegetativo, é precursor e
determinador dos estágios de floração e frutificação. No caso de T. stans a sua
longa floração faz com que este dreno funcione por mais tempo.
5.2.1.1 Influência dos fatores climáticos na floração de T. stans
Foram obtidos os dados climáticos da temperatura dos quatro últimos anos
apresentados pelas médias mensais (figura 11). Foi constatado que houve uma
antecipação do período da fase de floração e frutificação em 2006, que ocorreu no
início de agosto, comparado com a época da floração da planta, que na região de
Curitiba inicia-se nos mês de setembro, como observado e relatado por (BREDOW
et al., 2004). Esta antecipação pode ter sido causada pelo aumento da temperatura
média, nos meses de julho e agosto (figura 11), período que antecede a floração.
Esta antecipação do período de floração pode provocar um incremento da
dispersão de uma escie invasora como o T. stans, pela maior duração da
frutificação e maior frutificação, potencializando a disponibilidade de progulos.
12
13
14
15
16
17
18
19
mai jun jul ago set
Temperaturas °C
2003
2004
2005
2006
FIGURA 11 TEMPERATURAS MÉDIAS DOS ANOS DE 2003 A 2006 NO PERÍODO DE
MAIO A SETEMBRO NA REGIÃO DE CURITIBA. FONTE SIMEPAR, 2006.
As médias das temperaturas para o período entre maio e agosto foram
normalmente mais baixas em 2003, 2004 e 2005 se comparadas com o mesmo
período de 2006, havendo um aumento das temperaturas nos meses de inverno
naqueles anos. Isso sugere que as variações climáticas ou o aumento da
temperatura, e possivelmente, a variação da precipitação e umidade do ar, que
antecederam a floração, estimularam o desenvolvimento antecipado dos botões
florais.
45
Este fenômeno foi descrito por Pinto et al. (2003) e Natércia (2006) que
relataram a inflncia da variação do clima na fase reprodutiva das plantas. Os
autores comentam que o aumento da temperatura afeta de modo indireto, o mero
de horas-dia de radiação, porque a formação de nuvens irá aumentar pela
evaporação.
Segundo Sffel; Volpe (2002) e Souza et al. (2005), para se completar o
ciclo ou fase fenológica, a planta necessita acumular um determinado somatório
térmico de graus-dia a partir de uma temperatura-base calculada. É aplicado
quando a temperatura determina a taxa de crescimento, não existindo limitações
de outros fatores ambientais ou geticos. Considera-se, também, uma relação
linear entre a temperatura e a taxa de desenvolvimento vegetativo. Este conceito
contém uma série de cálculos e aproximações, motivos freqüentes de críticas ao
seu uso (PAULA et al., 2005). No caso do T. stans, sua temperatura-base é
desconhecida, necessitando de novos estudos para sua determinação.
A influência do clima mostrou-se bastante complexa, uma vez que cada
elemento climático como precipitação, temperatura, radiação solar, umidade do ar
e fotoperíodo parecem ter um peso diferente no desenvolvimento e floração da
planta, sendo diferente em cada escie (PINTO et al., 2003 e NATÉRCIA, 2006).
Essa antecipação da floração constatada no T. stans em 2006, indica a
importância de analisar em conjunto todos os elementos do clima. A previsão da
época de ocorrência da floração e frutificação depende do conhecimento das
respostas das escies à ação conjunta dos elementos do clima (TALORA;
MORELATTO, 2000 e PEDRONI, 2002) que, no caso do T. stans, ainda o são
totalmente conhecidas. No experimento em 2006, constatou-se que o clima
somente antecipou a floração, sendo necessários maiores estudos sobre a relação
da influência do clima na fenologia da escie.
5.2.2 Características químicas e granulométricas dos solos.
Optou-se por não realizar a classificação completa dos solos dos locais de
coleta, pela impossibilidade de aberturas de trincheiras ou de tradagem para
análise morfológica do perfil, no caso de Rio Negro (beira de rodovia) e Itaperuçu
(propriedade particular).
46
Conforme o mapa do Paraná de classificação de solos do IBGE (2006),
(apêndice 04) e da EMBRAPA (1999) os solos dos locais de coleta foram indicados
e classificados em ordem hierárquica de 1º e 2º nível categórico:
NEOSSOLO LITÓLICO em Guarapuava. São solos pouco evoluídos e sem
qualquer tipo de horizonte B diagnóstico, com horizonte A em contato
fragmentário dentro de 50cm da supercie do solo diretamente sobre a rocha
ou sobre um horizonte C com muitos fragmentos de rocha (cascalhos,
calhaus e matacões) Pode apresentar um horizonte B em início de formação,
cuja espessura o satisfaz a qualquer tipo de horizonte B diagnóstico.
CAMBISSOLO HÁPLICO em Rio Negro. São solos constituídos por material
mineral com horizonte B incipiente sob qualquer tipo de horizonte superficial,
exceto tipo hístico, com mais de 40cm de espessura, ou com A chernozêmico,
quando o B incipiente apresentar argila de atividade alta e saturação por
bases alta. Podem apresentar solos de tipologia plintita e petroplintita, glei e
vértico, porém, não satisfazendo os requisitos.
ARGISSOLO VERMELHO em Itaperuçu. São solos constituídos por material
mineral, apresentando horizonte B textural imediatamente abaixo do A com
argila de atividade baixa ou com argila de atividade alta, conjugada com
saturação por bases baixa e/ou caráter alítico na maior parte do horizonte B,
incorporando os requisitos de horizonte plíntico, quando presente, o
satisfaz os critérios para Plintossolo e horizonte glei, quando presente, não
satisfaz os critérios para Gleissolo.
NITOSSOLO VERMELHO em Londrina. São solos com alto teor de argila,
que apresentam horizonte B nítico imediatamente abaixo do horizonte A ou
dentro dos primeiros 50cm do horizonte B, com argila de atividade baixa na
maior parte do horizonte B, dentro de 150cm da supercie do solo.
47
Na tabela 03 são apresentados os valores dos atributos químicos, cujas
médias dos tratamentos apresentam diferenças estasticas significativas, através
da análise de variância.
A análise química do solo e sua comparação entre tratamentos, mostrou ser
uma forma prática e viável de se avaliar a fertilidade de diferentes solos, em
relação ao Potencial de Dispersão de T. stans.
TABELA 03 ATRIBUTOS QUÍMICOS DOS SOLOS EM DIFERENTES LOCAIS
(TRATAMENTOS), SENDO TRÊS ONDE O T. STANS OCORRE E UM
(GUARAPUAVA) ONDE SUA PRESEA AINDA NÃO FOI REGISTRADA.
Atributos
pH CaCl
2
pH SMP
Al
+++
* H + Al Ca + Mg
K SB P
Tratamentos
------------------- cmol
c
d ---------------------
Londrina 5.4 c 6.1 c 0.0 b 4.56 b 8.34 b 0.33 b
8.66 b
9.60 bc
Rio Negro 6.0 b 6.6 b 0.0 b 3.08 c 9.14 a 0.40 a
9.54 a
61.10 a
Itaperuçu 6.6 a 7.4 a 0.0 b 1.78 d 5.40 c 0.16 c
5.56 c
14.84 b
Guarapuava 4.1 d 4.9 d 3.85 a 10.98 a 0.98 d 0.12 c
1.09 d
1.04 c
DMS 0.21 0.19 0.16 0.67 0.68 0.05 0.69 10.92
CV% 2.01 1.64 8.62 7.06 6.12 10.75 5.95 26.87
F 465.25 504.74
2633.14
642.27 511.45 126.29
533.3
107.03
Atributos
% C V%
CTC pH 7,0
CTC efet.
Fe Mn Cu Zn
Tratamentos ----- cmol
c
dm³ ----- ------------- mg/dm³ ---------------
Londrina 23.60 c 65.49 b
13.23 b 8.66 b 4.03 c 56.39 a
2.56 a
9.49 a
Rio Negro 34.82 a 75.63 a
12.62 b 9.54 a 10.87 b
44.45 b
0.42 b
9.26 a
Itaperuçu 26.66 bc 75.74 a
7.33 c 5.56 c 0.30 d 37.12 c
0.12 c
1.61 b
Guarapuava 28.58 b 6.86 c 15.92 a 4.93 c 39.54 a
18.36 d
0.35 b
2.36 b
DMS 4.45 2.84 1.04 0.68 1.67 4.49 0.17 4.18
CV% 8.34 2.71 4.50 5.08 6.50 6.12 10.88
39.18
F 19.97 2387.98
210.82 193.45 221.46 1997.20
732.99
18.46
Médias seguidas das mesmas letras não diferem ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Teste F: F-krit (5%) = 5.9525 p < .001; GL trat.: 3; n 20. * Al
+++
dados transformado por X = X+0.0001.
Para os atributos pH CaCl
2
e pH SMP o tratamento de Itaperuçu mostrou
valores estatisticamente maiores que os demais tratamentos.
48
Os teores da CTC efetiva, % de carbono, fósforo, potássio, Ca+Mg e a soma
de bases (SB) foram sempre estatisticamente maiores em Rio Negro em relação à
Itaperuçu, excetuando-se o V% e a CTC pH (7,0).
Somente o teor de potássio para Guarapuava e o valor de V%, para Rio
Negro se mostraram iguais estatisticamente ao tratamento de Itaperuçu.
Estes atributos foram classificados quanto à fertilidade do solo, segundo o
manual da Comissão de Química e Fertilidade do Solo - RS/SC 2004.
A seqüência da fertilidade dos solos, considerando a classificação da tabela
04, foi separada em dois grupos em ordem decrescente: Rio Negro = Itaperuçu
Londrina > Guarapuava.
TABELA 04 INTERPRETAÇÃO DOS VALORES DE FERTILIDADE DO SOLO PARA PH,
CTC, POTÁSSIO, FÓSFORO, CÁLCIO E MAGNÉSIO, MANGANÊS, ZINCO
E COBRE.
Tratamentos
Atributos
pH
CaCl
2
pH
SMP
Ca + Mg
K
P
CTC pH
7,0
CTC
efet.
% C
Mn Cu Zn
---
--------
cmol
c
dm³
-------------
-------
mg/dm³
-------
Londrina 5.4 B 6.1 8.34 A 0.33 A 9.60 A 13.23 M 8.66 B 23.60 M
56.39 A
2.56 A 9.49 A
Rio Negro 6.0 A 6.6 9.14 A 0.40 MA
61.10 A 12.62 M 9.54 B 34.82 A
44.45 A
0.42 A 9.26 A
Itaperuçu 6.6 A 7.4 5.40 A 0.16 A 14.84 MA
7.33 B 5.56 B 26.66 M
37.12 A
0.12 B 1.61 A
Guarapuava 4.1 MB
4.9 0.98 B 0.12 MB
1.04 MB 15.92 A 4.93 B 28.58 M
18.36 A
0.35 M 2.36 A
Classificação da fertilidade dos solos segundo o Manual da Comissão de Química e Fertilidade do Solo -
RS/SC 2004. (MA) Muito alto; (A) alto; (M) Médio; (B) Baixo; (MB) Muito baixo. O pH SMP o apresenta
classificação, sendo um parâmetro para avaliação do cálculo da calagem PRNT 100%.
Na tabela 05 são apresentados os valores dos atributos da granulometria,
cujas médias dos tratamentos apresentam diferenças estasticas significativas
através da alise de variância, exceto para o silte que mostrou-se não
significativo.
49
TABELA 05 COMPARAÇÃO ENTRE TEORES MÉDIOS DA GRANULOMETRIA DOS
DIFERENTES TRATAMENTOS.
Atributos Areia Silte Argila
Tratamentos -----------------g/Kg ---------------
Londrina 138.60 c 326.40 a 535.00 b
Rio Negro 487.40 a 282.60 a 230.00 d
Itaperuçu 371.90 b 333.10 a 295.00 c
Guarapuava 64.90 d 270.10 a 665.00 a
DMS 47.12 90.19 58.30
CV% 9.44 15.84 7.20
F 309.57
2.13
ns
215.29
Médias seguidas das mesmas letras não diferem ao nível
de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. F-krit (5%) =
5.9525 p < .001; GL: 3; n 20. n.s.: Não significativo
Conforme a tabela 05 o solo de Guarapuava foi classificado como muito
argiloso, o solo de Londrina como argiloso, de Itaperuçu como franco argiloso e de
Rio Negro como franco argilo-arenoso (SANTOS, 2005).
O tratamento de Rio Negro se mostrou estatisticamente maior aos demais
tratamentos no atributo areia e menor na argila. Itaperuçu foi estatisticamente
maior aos demais no atributo argila e menor na areia. Para o silte, os valores não
foram significativos.
5.2.3 Correlação entre o desenvolvimento da planta e os atributos do solo
A correlação é usada para avaliar a relação entre duas medidas ou valores
quantitativos. O coeficiente de correlação (r) representa uma medida do grau de
associação da relação entre essas duas variáveis.
Os coeficientes de correlação entre as médias do Potencial de Dispersão e
as médias dos atributos químicos esicos são apresentados na tabela 6.
A correlação entre o Potencial de Dispersão e a biomassa e entre o
Potencial de Dispersão e a área foliar foram fracas e não significativas (tabela 6),
apesar de apresentarem diferenças entre tratamentos (tabela 02). Isto pode ter
ocorrido devido às características da longa duração da floração da planta
(PELTON, 1964; KRANZ; PASSINI, 1997 e BREDOW et al., 2004). Como a
avaliação se deu no início desta fase, os tratamentos de Rio Negro e Londrina
50
apresentaram valores menores de Potencial de Dispersão e maiores de biomassa
e a área foliar se comparado ao tratamento de Itaperuçu.
Os atributos químicos e granulométricos do solo correlacionados com o
Potencial de Dispersão e que foram estatisticamente significativas são: pH CaCl
2
,
pH SMP, CTC pH(7,0), ferro e argila. As correlações estatisticamente significativas
somente com biomassa e área foliar foram a SB, P, Mg Cu e Zn. O V% e o Fe
foram significativos tanto para Potencial de Dispersão como para biomassa e área
foliar.
Autores como Melo (1994), em Eucaliptus saligna, e Cruz et al. (2004) com
Tabebuia impetiginosa, mostraram que dentre as características químicas do solo,
os níveis de pH, e V% apresentaram correlações positivas com o desenvolvimento
destas plantas. No caso de T. stans, estas correlações também foram
demonstrada para o Potencial de Dispersão.
TABELA 06 COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO (R) ENTRE O POTENCIAL DE
DISPERSÃO E OS ATRIBUTOS QUÍMICOS E FÍSICOS DO SOLO.
Atributos Potencial de dispersão Biomassa (g) Área foliar (mm²)
Área foliar 0,20
ns
--
--
Biomassa 0,25
ns
--
--
pH CaCl
2
0,84
*
0,23
ns
0,33
ns
pH SMP 0,83
*
0,21
ns
0,32
ns
Ca
++
+ Mg
++
0,47
ns
0,74
ns
0,66
ns
K
+
0,14
ns
0,78
ns
0,66
ns
soma bases 0,46
ns
0,74
*
0,67
*
P 0,26
ns
0,39
*
0,36
ns
% Carbono 0,05
ns
-0,01
ns
-0,11
ns
CTC efetiva 0,18
ns
0,77
ns
0,62
ns
CTC pH(7,0) -0,77
*
0,04
ns
-0,14
ns
V% 0,75
*
0,51
*
0,54
*
Fe -0,75
*
-0,47
*
-0,53
*
Mn 0,41
ns
0,72
*
0,67
*
Zn -0,02
ns
0,72
*
0,53
*
Cu -0,11
ns
0,56
*
0,47
*
Argila g/Kg -0,67
*
-0,21
ns
-0,27
ns
Areia g/Kg 0,50
ns
0,20
ns
0,24
ns
Silte g/Kg 0,33
ns
0,05
ns
0,15
ns
*: significativo ao nível de 5% de probabilidade. n.s: Não significativo ao nível de 5% de probabilidade.
Valores das correlações são as médias entre blocos de cada tratamento.
Nota: Os valores de Potencial de Dispersão, área foliar e biomassa foram obtidos
pela correlação com as médias dos blocos de cada tratamento.
51
Os resultados mostraram alta correlação significativa e positiva entre pH e
Potencial de Dispersão (figura 06). Esta característica se deve à maior
disponibilidade e nutrientes, normalmente associados à faixa de pH entre o 6 e 7
para pH SMP e entre 5,5 e 6,5 para pH CaCl
2
(EPSTEIN; BLOOM, 2004 e TAIZ;
ZEIGER, 2004). Os valores dentro da faixa do pH CaCl
2
também se mostraram
ideais para o desenvolvimento de mudas de Tabebuia serratifolia (SOUZA et al.,
2005).
Para pH CaCl
2
, observou-se a partir dos dados da tabela 02, que os solos
de Itaperuçu e Rio Negro incluem-se nas categorias de pH alto (> 6,0), Londrina,
na categoria de pH baixo (5,1 a 5,4) e na categoria de pH muito baixo ( 4,3), para
Guarapuava.
Constatou-se no gráfico de distribuição de dados, que os níveis de pH mais
alcalinos obtiveram maiores valores de Potencial de Dispersão. Estes maiores
valores de pH foram observados no solo de Itaperuçu, se comparado com Rio
Negro e Londrina (figura 06 e tabelas 02 e 03).
Em um dos primeiros trabalhos sobre a planta, Pelton (1964) comenta em
observações em campo, em vários países da América Central, sobre a sua
preferência por solos mais alcalinos.
Os resultados mostrados na figura 06 são similares aos obtidos por Vale et
al. (1996) e Furtini Neto et al. (1999a e 1999b) que compararam T. stans com
outras escies arreas. Estes autores relatam que a variação do pH do solo
afetou o desenvolvimento e a produção de biomassa das escies estudadas.
Resultados similares da influência do pH no desenvolvimento foram encontrados
por Alves et al. (2001) com T. stans e Senna multijuga, e Fortunato; Nicoloso
(2004) em grápia, Apuleia leiocarpa, em experimentos com soluções nutritivas com
teores crescentes de Al. Estes autores demonstraram que o pH baixo e o alto teor
de Al reduzem a disponibilidade dos nutrientes pela grande quantidade de cátions
livres mantendo os nutrientes adsorvidos. Como a floração é um dreno de
nutrientes na planta, o baixo desenvolvimento vegetativo refletirá numa redução ou
na ausência da fase reprodutiva da planta.
Vale et al. (1996), Alves et al. (2001) e Basso (2003) comentam que
resultados obtidos com plantas cultivadas em solos com pH ácido, apresentam
redução na área foliar e aumento da biomassa. Esse aumento da biomassa pode
52
ser devido a maior taxa de divisão celular (formação de células pequenas devido à
redução no alongamento e com parede celular mais espessa) causada pelo alto
teor de Al presente na planta. A sua presença na planta é devido ao alto teor de Al
livre disponível no solo com pH baixo e que é facilmente absorvido pelas raízes. A
divisão celular é afetada pela desordenada multiplicação das células das gemas ou
meristemas apicais, responsáveis pela formação de órgãos de reprodução,
causando má formação, redução do número de flores e abortos dos botões florais.
Tanto o pH do meio como o Al podem interferir na absorção, transporte e uso dos
nutrientes como o Ca, Mg, P e K que atuam na formação de flores e frutos.
Contudo, solos mais alcalinos podem levar à deficiência de ferro e zinco (BASSO
et al. 2003 e FURTINI et al. 1999a).
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5 4,5 5,5 6,5 7,5
pH CaCl
2
PD
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
4,5 5,5 6,5 7,5
pH SMP
PD
FIGURA 12 DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE POTENCIAL DE
DISPERSÃO E PH CACL
2
, E POTENCIAL DE DISPERO E PH SMP.
53
O solo de Guarapuava classificado como ácido e com presença de Al
(tabela 03), mostrou que tanto a biomassa como a área foliar foram
respectivamente 3,6 e duas vezes menores que as maiores médias.
Provavelmente os teores de A
+
trocável e a acidez causaram redução no
desenvolvimento das plantas em maior grau, comparada aos outros tratamentos
que não apresentaram A
+
trocável (tabela 02 e apêndice 01).
Os teores de Ca+Mg e K, não apresentaram correlação significativa com o
Potencial de Dispersão. Somente a correlação da soma de bases foi significativa
com a biomassa e a área foliar. Os tratamentos de Londrina e Rio Negro foram os
que apresentaram os maiores valores para soma de bases e CTC efetiva (tabela
03), mas não os maiores valores de Potencial de Dispersão.
Conforme a interpretação da fertilidade do solo para a tabela 04, os teores
de Ca + Mg para os solos de Londrina, Rio Negro e Itaperuçu foram classificados
como altos (valores acima de 5,0 cmol
c
/dm
3
) e somente Guarapuava como baixo,
com valores abaixo de 2,5 cmol
c
/dm
3
.
Já para o potássio, conforme a classe de valor da CTC pH(7,0) em cada
solo, o teor em Guarapuava é considerado muito baixo dentro da faixa de 31 a
60mg/dm
3
, alto para Londrina e Itaperuçu dentro da faixa 61 a 120mg/dm
3
, e muito
alto em Rio Negro na faixa acima de 120mg/dm
3
.
Para o K, a correlação não significativa para o Potencial de Dispersão não
corresponde às afirmações apresentadas por Silva et al. (1996a, 1996b e 1997)
realizadas com mudas em casa de vegetação, que demonstraram que o T. stans,
como escie pioneira, é mais eficiente em obter este nutriente, devido ao sistema
radicular de rápido crescimento, se comparado às escies secundárias e clímax.
A característica pioneira de T. stans já foi provada conforme trabalho realizado por
Bredow et al. (2004).
Segundo Souza et al. (2006), trabalhando com elementos faltantes em
solução nutritiva, o potássio foi o elemento de menor exigência nutricional para o
ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), em relação ao tratamento completo. Segundo o
autor, o potássio foi mais absorvido com a ausência de cálcio, enxofre, boro,
magnésio e nitrogênio. No caso do cálcio, foi devido provavelmente à ausência do
mecanismo de inibição competitiva com a falta do elemento, favorecendo a
absorção de potássio. Isto também pode ter ocorrido para o tratamento Itaperuçu
54
que apresentou o maior Potencial de Dispersão e menores teores de potássio e de
cálcio. Já no tratamento Guarapuava, os baixos teores de cálcio e de potássio o
demonstraram esta característica relatada por Souza et al. (2006), provavelmente
pelas avaliações no início do período da floração.
No tratamento Itaperuçu, o comportamento frente ao potássio para o
Potencial de Dispersão pode ter sido ocasionado também, pelas reservas contidas
nas estacas procedentes de Londrina. Por ser o nutriente mais exigido no início da
floração (MENGEL; KIRKBY, 1982), a sua pouca disponibilidade no solo poderia
refletir na redução do mero de flores, frutos ou aborto dos botões florais nos
estágios mais avançados da floração. Isto não pode ser observado no
experimento, pois as coletas da parte vegetativa e do Potencial de Dispersão foram
realizadas no início da fase da floração.
A correlação entre Potencial de Dispersão, biomassa e área foliar e o teor
de fósforo nos solos não se mostraram significativos. No caso do T. stans, a falta
de informações sobre a planta faz com que se comparem os teores do nutriente
nos solos estudados, com as recomendações para escies, como acácia-negra,
pinus, eucalipto e bracatinga.
Conforme a interpretação da fertilidade do solo para a tabela 04, o teor de
fósforo, dentro das classes de argila de cada solo, foram classificados como altos
com valores (na classe 2 de argila 41 a 60%) entre 9,1 e 18 cmol
c
/dm
3
para os
tratamentos Londrina e Itaperuçu, classificado como muito alto com valores acima
de 24 cmol
c
/dm
3
(na classe 3 de argila 21 a 40%) para Rio Negro e como baixo
com valores (na classe 2 de argila 41 a 60%) abaixo de 3 cmol
c
/dm
3
para
Guarapuava.
Os maiores teores de P foram encontrados no solo de Rio Negro, menos
argiloso, e com maior %C em relação aos outros tratamentos. O fósforo é o
principal nutriente limitante no desenvolvimento de lenhosas, sendo encontrado em
grande quantidade nas folhas jovens, e sua baixa quantidade resulta em menor
biomassa. O P é muito exigido na fase final da floração, ao contrário do K, que é
mais exigido no início floração em escies ornamentais e principalmente em
culturas agrícolas, como o milho (FURTINI NETO, 1999).
A baixa correlação não significativa do fósforo pode ter ocorrido devido ao
elemento ser mais utilizada na fase final da floração (MENGEL; KIRKBY, 1982). No
55
caso do solo de Guarapuava, que apresentou o menor teor de fósforo disponível,
característica dos campos nativos naturalmente pobres em fósforo (Behling et al.
2004 e 2005), o desenvolvimento da planta se mostrou menor se comparado aos
outros tratamentos.
Estes baixos valores de fósforo no solo guardam relação com os baixos
valores de pH, que controlam, de certa forma, a maneira pela qual o fósforo é
retido. Ou seja, dependendo do pH, o sistema que envolve alumínio e ferro pode
manter fixadas grandes proporções de fósforo total no solo. A matéria orgânica ou
a %C também influencia na disponibilidade de fósforo que é retido nos colóides.
A quantidade de carbono também afeta a disponibilidade de fósforo, porém
no solo de Guarapuava, o carbono foi classificado como médio.
A porcentagem de C mostrou quase nenhuma correlação, principalmente
com o Potencial de Dispersão (tabela 06), mas foram estatisticamente diferentes
entre os solos. Pela classificação de fertilidade dos solos, o %C é alto para o solo
de Rio Negro com valores acima de 50% e médio para os demais solos com
valores entre 26 e 50%.
O V% apresentou uma alta correlação significativa e positiva com o
Potencial de Dispersão (tabela 06) e uma menor correlação significativa com a
biomassa e a área foliar. Os valores mostram que este parâmetro pode ser
indicador de condições de solo favoráveis à produção de flores e fruto do T. stans.
Este aspecto demonstra que os solos de Itaperuçu, Rio Negro e em menor escala
de Londrina, conforme as análises dos solos (tabela 03), podem ser considerados
férteis pela porcentagem de bases passíveis de troca no complexo coloidal do solo.
Os baixos valores significam predominância de H
+
e Al
3+
no complexo de troca do
solo, que no caso de Guarapuava, é uma característica de solos ácidos em
campos nativos.
Pode-se observar que (figura 07), mesmo havendo uma alta correlação, o
gráfico apresentou uma anomalia com dois conjuntos de distribuição de dados.
Isso foi causado pelo solo de Guarapuava, que apresenta grande quantidade de
argila, CTC efetiva baixa, e pela grande quantidade de H
+
e Al
3+
dissociada, e baixa
soma de bases, as quais estão diretamente relacionadas com o cálculo do V%.
Cruz et al. (2004) trabalharam com o aumento gradual da saturação de
bases (V%) em i-roxo (Tabebuia impetiginosa). Estes autores encontraram
56
respostas positivas e de alta correlação com o V% até um limite de 60%, havendo
uma redução do desenvolvimento vegetativo após este valor.
Bernardino et al. (2005) com angico-branco e Gomes et al. (2004) cm
angico-vermelho, não encontraram efeito significativo da elevação do V% na
produção de mudas do gênero Anadenanthera em diferentes solos. Os autores
relatam em sua discussão que a escie estudada apresenta respostas diferentes
conforme o estágio de desenvolvimento da planta.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00
V%
PD
FIGURA 13 DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE POTENCIAL DE
DISPERSÃO E V% (SATURAÇÃO POR BASES).
A soma de bases (SB) e a saturação por bases (V%) são excelentes
indicativos das condições gerais da fertilidade do solo, sendo utilizadas na
classificação de solos. Com base nos dados apresentados, observou-se o seu
caráter eutrófico nos solos de Rio Negro, Itaperuçu e Londrina, apresentando
saturação por bases superior a 60 %.
A correlação entre Potencial de Dispersão e CTC efetiva não se mostrou
significativa. A capacidade de troca de cátions efetiva, CTC efetiva, foi classificada
como baixa em todos os tratamentos, apesar de apresentar diferenças estasticas
entre os solos.
A CTC do solo trata da quantidade de carga que os colóides do solo podem
reter por volume. A diferença básica entre a CTC efetiva e a CTC a pH 7,0 é que
esta última inclui hidronio (H+) no cálculo, que se encontra em ligação covalente
com o oxinio dos radicais ornicos, sesquióxidos de ferro e alumínio.
57
Para CTC pH(7,0), em cmol
c
/dm
3
geralmente com os menores valores nos
solos arenosos e os maiores nos solos argilosos, foram classificados como médio
para Rio Negro, Itaperuçu e Londrina com valores entre 5 e 15 cmol
c
/dm
3
e alto
para Guarapuava com valor pouco acima de 15 cmol
c
/dm
3
.
A relação significativa e negativa entre o Potencial de Dispersão e a CTC
pH(7,0) (figura 08) mostrou uma possível redução da capacidade do T. stans obter
os cátions retidos nos colóides do solo para a nutrição da planta. Isto pode ter
ocorrido devido ao solo de Guarapuava apresentar alto teor de Al
3+
livre, retendo os
nutrientes nos colóides do solo, se comparados com os tratamentos de Londrina,
Rio Negro e com o solo de Itaperuçu, que apresentou baixa CTC pH(7,0) e altos
valores de Potencial de Dispersão. Os solos de Londrina e Guarapuava são mais
argilosos e apresentam menor %C, se comparados aos de Itaperuçu, com menor
CTC pH(7,0) e Rio Negro maior %C (tabela 03).
A CTC do solo, além de ser influenciada pelo tipo e quantidade da argila,
também é alterada pelo pH do meio. Fato mostrado nos solos de Itaperuçu, pouco
argiloso e com baixa CTC, e inverso em Guarapuava (tabelas 03 e 04). Este efeito
ocorre principalmente, pela dissociação dos radicais ornicos e, ou, sesquióxidos
de Fe e Al. A influência do pH do meio na CTC será tanto maior, quanto maiores
forem as presenças de tipos de minerais de argila, com dominância de cargas
dependentes de pH e, ou, da matéria orgânica (LOPES; GUILHERME, 1992).
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
5 10 15 20
CTC pH (7,0) (cmolc/dm3)
PD
FIGURA 14 DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE POTENCIAL DE
DISPERSÃO E CTC PH(7,0).
58
A CTC representa o poder de retenção (adsorção) dos nutrientes,
favorecendo a manutenção da fertilidade por um período prolongado de tempo. O
alto teor de alumínio é relacionado ao material de origem e ao nível de
intemperismo dos solos.
Tanto a CTC (pH 7,0), quanto o V%, o pH CaCL
2
e o pH SMP, podem servir
de indicadores das melhores relações entre as características do solo e o Potencial
de Dispersão, para uma caracterização das áreas mais propícias à invasão pela
planta.
O teor de argila demonstrou correlação alta e inversa com o Potencial de
Dispersão (figura 09), que no caso do solo mais argiloso (tratamento de
Guarapuava), se mostrou restritivo ao desenvolvimento de T. stans, devido a
menor quantidade de nutrientes disponíveis. No tratamento de Londrina, apesar de
ser um solo argiloso, os teores dos elementos químicos estavam dento das faixas
adequadas para escies florestais (tabela 04), porém apresentou menor Potencial
de Dispersão comparados com Rio Negro e Itaperuçu.
Segundo Santos (2005), o solo de Guarapuava é classificado como muito
argiloso, o solo de Londrina como argiloso, de Itaperuçu como franco argiloso e de
Rio Negro como franco argilo-arenoso. No caso de Rio Negro, a grande
quantidade de areia (tabela 04) é, possivelmente, derivada da construção e do
desgaste natural da estrada, além daquela que o solo alterado já continha.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
150 350 550 750
Argila (g/Kg)
PD
FIGURA 15 DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE POTENCIAL DE
DISPERSÃO E O TEOR DE ARGILA.
59
Carvalho et al. (1999) e Gava (2005) demonstraram, na área florestal, que a
variação da produtividade é diretamente associada à variação da classe de solo e
da textura. Dependendo do tipo de solo e das escies envolvidas, a qualidade do
sítio representa o fator que melhor indica se as plantas terão um melhor ou pior
desenvolvimento vegetal. A estrutura do solo, a capacidade de retenção de água e
as reações de troca entre o sistema radicular e o complexo coloidal são
diretamente dependentes da textura ou do tipo de argila no solo. Esta pode ser
considerada, individualmente, como a característica que mais influencia na
capacidade produtiva na área florestal. Plantas que não conseguem se adaptar a
estes fatores ou apresentem restrições para captar os recursos do solo terão seu
desenvolvimento comprometido.
O aumento no teor de argila ou das frações finas no solo, geralmente está
associado ao aumento no crescimento vegetativo e na retenção de água e
nutrientes (GOALVES, 1990) até certo ponto, onde o acréscimo de parculas
finas compromete a aeração do solo (ORTRIZ, 2006). Também são encontradas
correlações inversas ou negativas do teor de argila (BROADFOOT, 1969;
GOALVES, 1990; e ORTRIZ, 2006) associadas à baixa aeração, ficit hídrico,
surgimento de camadas duras no solo e dificuldade no desenvolvimento radicular,
e que o aumento no teor de areia ou parculas grosseiras, favorece o crescimento
vegetativo (DELLA-BIANCA; OLSON, 1961 e Correia, 1996).
Schonau & Aldworth (1991), com Acacia mearnsii, concluiu que maior
quantidade de areia favoreceu o desenvolvimento das plantas principalmente das
raízes. Shoter (1993) relatou que a argila mostrou um efeito negativo no
desenvolvimento inicial de clones de Eucalyptus grandis na Bahia, relacionado a
menor aeração do solo e resistência do solo ao desenvolvimento radicular. O
mesmo efeito negativo no desenvolvimento de Eucalipto no Espírito Santo foi
encontrado por Grespan (1997).
Santana (1986) conclui que solos com características físicas muito argilosas
ou muito arenosas eram desfavoráveis ao desenvolvimento do Eucaliptus saligna
causados pela dificuldade de drenagem nos solos argilosos pela falta de água ao
alcance das raízes nos solos arenosos.
As estacas desenvolvidas nos solos de granulometria mais arenosa
(Itaperuçu e Rio Negro) apresentaram maior potencial de dispersão, resultando
60
numa correlação negativa significativa com o teor de argila. Isso poderia indicar
uma preferência da escie por solos de textura mais leve, com maior porosidade
e aeração. No entanto, a estrutura original do solo foi alterada pelo peneiramento
dos solos para a condução do experimento em vaso, dificultando a interpretação
deste resultado. A influência da granulometria do solo, portanto, nas condições
deste experimento se restringe ao seu efeito sobre a CTC e às relações
nutricionais já discutidas.
Para os micronutrientes (tabela 03), somente o teor de cobre se mostrou
baixo para o solo de Itaperuçu e médio para Guarapuava, sendo estatisticamente
igual ao solo de Rio Negro. O teor de zinco foi estatisticamente igual nos solos de
Londrina e Rio Negro, e menor para os solos de Itaperuçu e Guarapuava, iguais
entre si.
A escassez de trabalhos com T. stans fez com que se buscassem
informações envolvendo escies folhosas ou comerciais. Contudo, a inexistência
de trabalhos sobre a floração, faz com que se utilize a bibliografia de escies
florestais do gênero pinus (LASTRA et al., 1988 e CHAVEZ; CORRÊA, 2003).
O teor de Fe apresentou correlação significativa e negativa com o Potencial
de Dispersão (figura 10). Semelhante ao gráfico de V%, na figura 10 pôde-se
observar que, mesmo havendo uma alta correlação negativa, este gráfico de
distribuição de dados também apresentou uma anomalia com dois conjuntos
distintos. Esta anomalia foi causada devido ao solo de Guarapuava apresentar
grande quantidade de H
+
e Al
3+
adsorvidos, os quais estão diretamente
relacionados com os colóides do solo, porcentagem de carbono classificada como
média, e argila em grande quantidade, (tabela 02), influenciando na disponibilidade
de Fe.
61
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00
Ferro cmolc/d
PD
FIGURA 16 DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS DE CORRELAÇÃO ENTRE POTENCIAL DE
DISPERSÃO E O TEOR DE FERRO.
Segundo Chaves; Corrêa, (2005) são raras as citações à deficiência de Fe
em plantas do gênero Pinus, pois estas geralmente são estabelecidas em terrenos
ácidos, onde o teor deste micronutriente não é limitante. Isto ocorre devido à
disponibilidade de Fe livre, trocado por cátions H
+
e Al
3+
.
Teores mais altos de Fe nas flores do que nas folhas de pessegueiro foram
observados por Belkhodja et al. 1998.
Fernández-Escobar (1999) descreve que o conteúdo dos nutrientes era mais
alto em folhas mais velhas durante o período de desenvolvimento e floração no
ano. A sazonalidade da translocação dos minerais nas folhas novas e velhas
pudessem ser usadas na interpretação de análise de folha e da frutificação.
O cobre é o elemento químico menos exigido em plantas comerciais. Segundo
Haag et al. (1991b), o teor de cobre pode variar pela interação com outros
nutrientes, particularmente o fósforo. Chaves; Corrêa (2003) mostraram que o
cobre é encontrado na planta em quantidades variáveis, em maior quantidade no
lenho (xilema) seguido de folhas e da casca.
O teor de Cu no solo não mostrou correlação com o Potencial de Dispersão,
tendo uma correlação significativa somente com a biomassa e a área foliar. Altos
teores de íons metálicos como Fe, Mn e Al podem reduzir a disponibilidade de Cu
para as plantas, e esse efeito é independente do tipo de solo (SOARES, 2000).
A utilização de estacas no experimento, procedentes de Londrina, que
apresentou as médias mais elevadas com 2.56mg/dm³, podem ter suprido o
62
desenvolvimento da planta no tratamento de Itaperuçu, apresentando menor teor
de Cu no solo e maior índice de Potencial de Dispersão.
O teor de Mn mostrou pouca correlação com o Potencial de Dispersão,
sendo apenas significativo com a parte rea. O manganês é caracterizado pelo
comportamento químico semelhante ao Fe, mas com maior mobilidade, podendo
ser, segundo Camargo (1991), lixiviado mais rapidamente que o Fe ao longo do
tempo, se o pH é baixo.
Chavez; Corrêa, (2003) trabalhando com Pinus caribaea encontraram
grandes variações de níveis de manganês entre plantas de um mesmo local. Outra
característica do elemento é a indução de sua deficiência na planta pela inibição
competitiva do ferro no processo de absorção iônica destes nutrientes. Segundo
Malavolta, (1980), o ferro e o manganês utilizam o mesmo sítio do carregador
químico, sendo o ferro mais inibidor ou reativo por apresentar menor raio iônico.
No caso do tratamento de Itaperuçu, o desenvolvimento médio das plantas
pode ser devido à reserva de Mn das estacas procedentes de Londrina, onde o
solo apresentou as maiores médias para este nutriente (56,39mg/dm
3
). Mengel;
Kirkby (1982) relatam que a reserva deste nutriente pode se dar no lenho e nas
raízes quando em desenvolvimento, e que grandes variações de níveis de Mn
entre plantas coníferas e folhosas são encontradas em um mesmo local. Apesar da
baixa mobilidade, o Mn é translocado preferencialmente para as regiões
reprodutivas ou drenos, comportamento condizente com o seu papel na divisão e
expansão celular.
O teor do Zn no solo demonstrou baixa correlação e não significativa com o
Potencial de Dispersão, com resultados semelhantes aos nutrientes Cu, Mn, P, K,
e SB.
Mengel; Kirby, (1982) citam o fato da baixa nutrição de Zn no nero Pinus
ser pouco estudado, estando relacionado à interferência de P, Fe e Mn. Como
estes nutrientes, principalmente o P e o Mn, encontram-se em baixas
concentrações em solo mais ácido, os efeitos antagônicos entre nutrientes podem
não ser os principais motivos do baixo desenvolvimento vegetativo.
Laso Garicoits (1990), Menegol (1991), Reissmann (2002) e Doldan (1990),
trabalhando na região central do estado do Paraná relatam a limitação no
63
crescimento das plantas com a pouca disponibilidade de zinco em ambientes de
plantios comerciais.
Apesar do Zn poder estar presente tanto na casca como nas folhas, as
estacas utilizadas podem ter fornecido este nutriente, pois segundo Fernandes
(2003) a concentração do Zn na casca parece ser um processo sico-químico e
não metabólico. Esta situação ocorre em situações de provisão escassa de Zn pelo
solo, na fase de crescimento ou floração. Este fato não corresponde ao observado
com o T. stans, pois no tratamento de Londrina os teores do nutriente são maiores
que no tratamento de Itaperuçu, que mostrou os maiores valores do Potencial de
Dispersão.
Correia et al. (2002), concluíram que a concentração de N, P, K, Mn, Fe
(BELKHODJA et al. 1998) e Zn das folhas poderiam ser usadas para prever a
produção de frutos de Ceratônia siliqua, escie leguminosa africana.
Embora as relações nutricionais do solo com a floração, principalmente de
escies lenhosas seja pouco estudado, a floração está relacionada a altos níveis
de carboidratos nas folhas. O teor de nutrientes no solo não teria um efeito direto,
mas servindo como elementos fornecedores na síntese de compostos agindo
independentemente ou através da indução da formação de hormônios que dão
origem ao processo fisiológicos (MENINO et al., 2003).
Dessa maneira, a nutrição da planta em relação a todos os macro e micro
nutrientes se torna importante, ou seja, uma planta bem nutrida, com um bom
crescimento vegetativo terá mais carboidratos para investir na formação dos
órgãos de reprodução.
A respeito do efeito positivo de baixos níveis de estresse no estabelecimento
de plantas invasoras (ALPERT, 2002), e em características ideais do ambiente
para a invasão (VITOUSEK, 1992 e MACK, 1992) os resultados encontrados neste
trabalho se mostraram não conclusivos, pois a resposta do índice de dispersão
foram níveis de pH mais elevado (o que poderia ser interpretado como menor
estresse), mas que não se refletiu necessariamente numa maior disponibilidade de
nutrientes no solo. Sugere-se a realização de novos experimentos, com mudas
desenvolvidas de sementes e com período de avaliação mais prolongado em
diferentes tipos de solos, para que se possam compreender melhor essas
interações.
64
6 CONCLUSÕES
Os resultados obtidos seguindo os objetivos propostos permitem concluir que:
1. O Tecoma stans apresentou maior biomassa e área foliar e maior Potencial
de Dispersão em solos com pH neutro a alcalinos entre 6 a 7,5 para pH
SMP e 5,5 a 6,5 para pH CaCl
2
. A seqüência observada foi decrescente,
seguindo a redução do pH do solo alcalino para o ácido: Itaperuçu > Rio
Negro = Londrina > Guarapuava;
2. O desenvolvimento da parte aérea (biomassa e área foliar) apresentou
maiores valores para Londrina e Rio Negro, sendo somente Rio Negro o
solo mais fértil, representado pela maior saturação de bases. Os diferentes
tipos de solos estão separados em dois grupos, segundo sua fertilidade com
a seqüência: Rio Negro = Itaperuçu Londrina > Guarapuava;
3. Os principais atributos dos solos que mostraram correlações significativas
com o índice do Potencial de Dispersão, foram o pH CaCl
2
, pH SMP, teor de
argila, CTC pH(7,0), teor de ferro e o V%;
4. Os resultados parecem indicar que a escie tem preferência a solos mais
alcalinos e de textura menos argilosa, podendo ser utilizados como
indicadores de ocorrência da planta como invasora o pH CaCl
2
e a textura
do solo.
65
7 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
A abrangência deste tema se mostrou complexa, gerada por dificuldades em
se obter fontes bibliográficas sobre a planta. Os assuntos sobre nutrição da planta
já foram abordados por outros autores, porém limitados a um único elemento
químico a cada trabalho e autor.
Dezenas de trabalhos com Tecoma stans já foram publicados em diversas
áreas, mas estudos que relacionam a planta e o meio ambiente são escassos.
A Índia encabeça a lista de trabalhos científicos, principalmente sobre a
utilização da planta como produto medicinal, porém está comprovado que a planta
não se destina a este fim. No México, região de origem da planta, não foram
encontrados trabalhos atuais.
A beleza da floração, semelhante a dos ipês-amarelos no período do fim do
inverno e início da primavera, a tornou uma planta conhecida e problemática.
Estudos das suas características como planta invasora estão no início e
ainda o como reverter o quadro atual de invasão - muitas áreas improdutivas
em diversos municípios do Paraná e em outros estados. Medidas de manejo da
escie foram elaboradas pelo primeiro grupo de estudos sobre a planta, com base
em revisões bibliográficas, obtenção de informações em campo e experimentos.
Estas ainda não puderam ser colocadas em prática por falta de subsídios e
interesse do governo.
A prevenção da distribuição da planta no estado do Paraná é baseada na
resolução N° 151 de dezembro de 1997, baseada na Lei 11.200 de 1995 e Decreto
Regulamentador 3287/97 nos seus artigos 1° e 2°, que ainda não foi colocada em
prática por órgãos do governo. Uma nova legislação que envolve a planta no
contexto de escie exótica é a portaria do IAP n° 095, de 22 de maio de 2007, foi
publicada, numa tentativa de reduzir a degradação ambiental (anexo 3).
Este estudo dos atributos do solo em áreas de ocorrência do Tecoma stans
deve ser o início da somatória de outros estudos, para serem incluídos em um
Plano de Manejo do Tecoma stans elaborado pelo grupo de estudos da planta
coordenada pelo Prof. Dr. Marcelo Diniz Vitorino da FURB em Blumenau.
66
As recomendações que devem ser postas em prática são:
§ O apoio para estudos no controle biológico da planta - os controles
convencionais são onerosos e pontuais;
§ As ações de curto prazo são a elaboração de leis federais para barrar a
disseminação da planta pelo homem;
§ Conscientização da população sobre a problemática ambiental que envolve
a planta e a sua divulgação pelos meios de comunicação;
§ Novos estudos sobre o comportamento da planta no ambiente, como a
continuidade dos assuntos relacionados a solos (novos trabalhos com os
atributos limitantes) como levantamentos das características químicas e
sicas dos locais, interação planta-solo, e nutrição mineral;
§ E novos estudos relacionados a aspectos climáticos e o desenvolvimento
vegetativo como o efeito do clima na polinização ou dispersão da escie;
§ Elaboração de uma cartilha sobre o comportamento ambiental da planta,
como a indicação de uma faixa dos atributos limitantes à ocorrência de
Tecoma stans.
67
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Apêndice 01 Valores médios das análises de rotina químicas dos diferentes solos.
Amostras pH CaCl
2
pH smp Al
3+
H+Al Ca
++
+ Mg
++
K
+
SB P %C Fe Mn Zn Cu V% CTC efet. CTC pH7
Blocos
------------------- cmol
c
dm³ --------------------- ------------- mg/dm³ --------------- ----- cmol
c
dm³ -----
Londrina
1 5,3 6 0,0 5,0 8,80 0,3 10,4 25,1 8,80 4,38 57,59 11,39 2,81 64,6 9,14 14,14
2 5,4 6,2 0,0 4,3 7,40 0,3 10,1 19,6 7,40 3,35 56,06 6,26 2,58 64,3 7,74 12,04
3 5,4 6,2 0,0 4,3 8,90 0,4 9,1 23,2 8,90 4,13 54,98 15,76 2,30 68,3 9,26 13,56
4 5,3 6,1 0,0 4,6 8,50 0,4 10,1 27,5 8,50 2,70 55,91 8,00 2,46 65,8 8,86 13,46
5 5,4 6,1 0,0 4,6 8,10 0,2 7,3 22,6 8,10 5,60 57,44 6,06 2,67 64,5 8,34 12,94
Rio Negro
1 5,9 6,6 0,0 3,2 9,00 0,4 63,6 30,5 9,00 11,64 46,85 11,04 0,45 74,6 9,41 12,61
2 5,9 6,5 0,0 3,4 9,30 0,4 55,6 36,5 9,30 11,87 49,95 10,17 0,46 74,1 9,71 13,11
3 6 6,5 0,0 3,4 8,90 0,4 45,5 36,5 8,90 10,45 43,87 7,53 0,40 73,2 9,30 12,70
4 6 6,8 0,0 2,7 9,30 0,4 77,2 35,3 9,30 10,59 42,50 8,08 0,39 78,2 9,69 12,39
5 6,1 6,8 0,0 2,7 9,20 0,4 63,6 35,3 9,20 9,80 39,08 9,49 0,41 78,0 9,59 12,29
Itaperuçu
1 6,4 7,3 0,0 1,9 5,10 0,2 14,1 26,9 5,10 0,24 41,10 1,85 0,12 73,6 5,31 7,21
2 6,5 7,4 0,0 1,8 5,50 0,1 15,3 24,5 5,50 0,32 39,69 1,73 0,13 75,8 5,64 7,44
3 6,6 7,4 0,0 1,8 5,70 0,2 15,3 24,5 5,70 0,38 35,42 1,36 0,11 76,5 5,87 7,67
4 6,7 7,4 0,0 1,8 5,40 0,1 16,2 28,7 5,40 0,31 35,85 1,38 0,12 75,5 5,54 7,34
5 6,8 7,5 0,0 1,6 5,30 0,1 13,3 28,7 5,30 0,26 33,56 1,74 0,13 77,2 5,43 7,03
Guarapuava
1 4,2 5 3,9 6,6 0,70 0,1 0,8 28,1 0,70 40,12 16,93 3,35 0,36 5,3 4,71 15,21
2 4,2 5 3,8 6,7 0,90 0,1 1,0 26,9 0,90 38,27 18,94 1,32 0,35 6,6 4,81 15,31
3 4,1 4,9 4,1 7,2 1,10 0,1 1,2 31,7 1,10 39,47 18,76 2,64 0,35 7,4 5,33 16,63
4 4 4,9 3,7 7,6 1,10 0,1 1,1 29,3 1,10 40,42 19,90 2,43 0,35 7,5 4,92 16,22
5 4 4,9 3,7 7,6 1,10 0,1 1,1 26,9 1,10 39,43 17,26 2,06 0,35 7,5 4,91 16,21
84
Apêndice 02 Valores médios das análises de rotina granulométricas dos diferentes solos. Médias dos I.A. para a determinação
do P.D. no diferentes tratamentos e quantificação da biomassa e da área foliar.
Amostras Areia Argila Silte P.D. Área foliar Biomassa seca
Blocos g/Kg (cm²) (gramas)
Londrina
1 137 525 338 1,75 123,04 1,22
2 144 550 306 1,5 236,50 4,96
3 145 550 305 1,75 228,59 3,26
4 140 525 335 1,5 223,40 3,67
5 127 525 348 1,75 142,63 1,50
Rio Negro
1 487,5 250 262,5 1,5 174,97 2,43
2 467 200 333 2 156,74 2,70
3 515 225 260 2 165,05 1,85
4 493 250 257 2 164,04 2,84
5 474,5 225 300,5 1,5 196,07 2,67
Itaperuçu
1 387,5 300 312,5 1,75 70,50 0,42
2 348,5 275 376,5 2,5 134,66 2,41
3 310,5 275 414,5 2,5 106,62 1,76
4 418 325 257 2,5 122,54 1,69
5 395 300 305 2,5 95,85 1,75
Guarapuava
1 64 650 286 0,5 60,14 0,72
2 64,5 650 285,5 1 92,79 0,85
3 64,5 750 185,5 1,5 109,62 1,02
4 63 625 312 1,5 118,50 0,70
5 68,5 650 281,5 0,5 59,05 0,71
Apêndice 3 Análise dos dados.
===========================================
ASSISTAT Versão 7.4 beta (2007) -
http://assistat.sites.uol.com.br
===========================================
Arquivo: PD
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ALISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.85625 0.21406 2.6516 ns
Tratamentos 3 4.62500 1.54167 19.0968 **
Resíduo 12 0.96875 0.08073
------------------------------------------------------------------
Total 19 6.45000
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.2592 F = 2.6516 p = .08535
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 19.0968 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 1.37500 a
2 1.75000 a
3 1.93750 a
4 1.87500 a
5 1.56250 a
----------------------
DMSB = 0.64071
Médias de tratamento
----------------------
1 1.65000 b
2 1.80000 b
3 2.35000 a
4 1.00000 c
----------------------
DMS = 0.53368
MG = 1.70000 CV% = 16.71346
Arquivo: AREA FOLIAR
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 8113.16135 2028.29034 2.4831 ns
Tratamentos 3 37101.66378 12367.22126 15.1401
**
Resíduo 12 9802.20917 816.85076
------------------------------------------------------------------
Total 19 55017.03430
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.2592 F = 2.4831 p = .09972
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 15.1401 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 107.16250 a
2 155.17250 a
3 152.47000 a
4 157.12000 a
5 123.40000 a
----------------------
DMSB = 64.44926
Médias de tratamento
----------------------
1 190.83200 a
2 171.37400 a
3 106.03400 b
4 88.02000 b
----------------------
DMS = 53.68286
MG = 139.06500 CV% = 20.55197
Arquivo: BIOMASSA
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 5.34453 1.33613 2.2289 ns
Tratamentos 3 13.42878 4.47626 7.4673 **
Resíduo 12 7.19335 0.59945
------------------------------------------------------------------
Total 19 25.96666
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.2592 F = 2.2289 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 7.4673 p = .00442
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 1.19750 a
2 2.73000 a
3 1.97250 a
4 2.22500 a
5 1.65750 a
----------------------
DMSB = 1.74591
Médias de tratamento
----------------------
1 2.92200 a
2 2.49800 a
3 1.60600 ab
4 0.80000 b
----------------------
DMS = 1.45425
MG = 1.95650 CV% = 39.57265
86
Arquivo: AL TRANSFORMADOS
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.02800 0.00700 1.0000 ns
Tratamentos 3 55.29600 18.43200 2633.1429
**
Resíduo 12 0.08400 0.00700
------------------------------------------------------------------
Total 19 55.40800
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.2592 F = 1 p < .00100
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 2633.1429 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 0.98500 a
2 0.96000 a
3 1.03500 a
4 0.93500 a
5 0.93500 a
----------------------
DMSB = 0.18867
Médias de tratamento
----------------------
1 0.01000 b
2 0.01000 b
3 0.01000 b
4 3.85000 a
----------------------
DMS = 0.15715
MG = 0.97000 CV% = 8.62536
Arquivo: H AL
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.10000 0.02500 0.1928 ns
Tratamentos 3 249.84400 83.28133 642.2725
**
Resíduo 12 1.55600 0.12967
------------------------------------------------------------------
Total 19 251.50000
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = .1143 F = .1928 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 642.2725 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 5.15000 a
2 5.00000 a
3 5.20000 a
4 5.10000 a
5 5.05000 a
----------------------
DMSB = 0.81201
Médias de tratamento
----------------------
1 4.56000 b
2 3.08000 c
3 1.78000 d
4 10.98000 a
----------------------
DMS = 0.67636
MG = 5.10000 CV% = 7.06064
Arquivo: PH CACL2
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.03300 0.00825 0.6735 ns
Tratamentos 3 17.09800 5.69933 465.2517
**
Resíduo 12 0.14700 0.01225
------------------------------------------------------------------
Total 19 17.27800
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = .1143 F = .6735 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 465.2517 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 5.45000 a
2 5.50000 a
3 5.52500 a
4 5.50000 a
5 5.57500 a
----------------------
DMSB = 0.24958
Médias de tratamento
----------------------
1 5.36000 c
2 5.98000 b
3 6.60000 a
4 4.10000 d
----------------------
DMS = 0.20789
MG = 5.51000 CV% = 2.00871
87
Arquivo: PH SMP
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.02500 0.00625 0.5906 ns
Tratamentos 3 16.02550 5.34183 504.7402
**
Resíduo 12 0.12700 0.01058
------------------------------------------------------------------
Total 19 16.17750
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = .1143 F = .5906 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 504.7402 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 6.22500 a
2 6.27500 a
3 6.25000 a
4 6.30000 a
5 6.32500 a
----------------------
DMSB = 0.23198
Médias de tratamento
----------------------
1 6.12000 c
2 6.64000 b
3 7.40000 a
4 4.94000 d
----------------------
DMS = 0.19323
MG = 6.27500 CV% = 1.63945
Arquivo: CA + MG
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.35300 0.08825 0.6623 ns
Tratamentos 3 204.45350 68.15117 511.4534
**
Resíduo 12 1.59900 0.13325
------------------------------------------------------------------
Total 19 206.40550
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = .1143 F = .6623 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 511.4534 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 5.90000 a
2 5.77500 a
3 6.15000 a
4 6.07500 a
5 5.92500 a
----------------------
DMSB = 0.82315
Médias de tratamento
----------------------
1 8.34000 b
2 9.14000 a
3 5.40000 c
4 0.98000 d
----------------------
DMS = 0.68564
MG = 5.96500 CV% = 6.11960
Arquivo: POTASSIO
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.00637 0.00159 2.1940 ns
Tratamentos 3 0.27502 0.09167 126.2985
**
Resíduo 12 0.00871 0.00073
------------------------------------------------------------------
Total 19 0.29010
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.2592 F = 2.194 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 126.2985 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 0.26750 a
2 0.25000 a
3 0.26500 a
4 0.25250 a
5 0.21750 a
----------------------
DMSB = 0.06075
Médias de tratamento
----------------------
1 0.32800 b
2 0.40000 a
3 0.15800 c
4 0.11600 c
----------------------
DMS = 0.05060
MG = 0.25050 CV% = 10.75501
88
Arquivo: SOMA DE BASES
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.38507 0.09627 0.7044 ns
Tratamentos 3 218.54322 72.84774 533.0290
**
Resíduo 12 1.64001 0.13667
------------------------------------------------------------------
Total 19 220.56830
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = .1143 F = .7044 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 533.029 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 6.16750 a
2 6.02500 a
3 6.41500 a
4 6.32750 a
5 6.14250 a
----------------------
DMSB = 0.83364
Médias de tratamento
----------------------
1 8.66800 b
2 9.54000 a
3 5.55800 c
4 1.09600 d
----------------------
DMS = 0.69438
MG = 6.21550 CV% = 5.94780
Arquivo: FÓSFORO
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 147.69700 36.92425 1.0914 ns
Tratamentos 3 10863.26550 3621.08850
107.0307 **
Resíduo 12 405.98700 33.83225
------------------------------------------------------------------
Total 19 11416.94950
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.2592 F = 1.0914 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 107.0307 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 22.22500 a
2 20.50000 a
3 17.77500 a
4 26.15000 a
5 21.57500 a
----------------------
DMSB = 13.11632
Médias de tratamento
----------------------
1 9.60000 bc
2 61.10000 a
3 14.84000 b
4 1.04000 c
----------------------
DMS = 10.92521
MG = 21.64500 CV% = 26.87249
Arquivo: % CARBONO
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 25.83300 6.45825 1.1499 ns
Tratamentos 3 336.57750 112.19250 19.9764
**
Resíduo 12 67.39500 5.61625
------------------------------------------------------------------
Total 19 429.80550
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.2592 F = 1.1499 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 19.9764 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 27.65000 a
2 26.87500 a
3 28.97500 a
4 30.20000 a
5 28.37500 a
----------------------
DMSB = 5.34404
Médias de tratamento
----------------------
1 23.60000 c
2 34.82000 a
3 26.66000 bc
4 28.58000 b
----------------------
DMS = 4.45131
MG = 28.41500 CV% = 8.34018
89
Arquivo: V%
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 16.16313 4.04078 1.7652 ns
Tratamentos 3 16399.49674 5466.49891
2387.9873 **
Resíduo 12 27.46999 2.28917
------------------------------------------------------------------
Total 19 16443.12986
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.2592 F = 1.7652 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 2387.9873 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 54.56000 a
2 55.19250 a
3 56.36250 a
4 56.75750 a
5 56.79500 a
----------------------
DMSB = 3.41181
Médias de tratamento
----------------------
1 65.49800 b
2 75.63200 a
3 75.74200 a
4 6.86200 c
----------------------
DMS = 2.84186
MG = 55.93350 CV% = 2.70500
Arquivo: CTC PH (7,0)
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 1.01737 0.25434 0.8322 ns
Tratamentos 3 193.29042 64.43014 210.8253
**
Resíduo 12 3.66731 0.30561
------------------------------------------------------------------
Total 19 197.97510
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = .1143 F = .8322 p > .10000
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 12.29250 a
2 11.97500 a
3 12.64000 a
4 12.35250 a
5 12.11750 a
----------------------
DMSB = 1.24661
Médias de tratamento
----------------------
1 13.22800 b
2 12.62000 b
3 7.33800 c
4 15.91600 a
----------------------
DMS = 1.03836
MG = 12.27550 CV% = 4.50344
Arquivo: CTC EFETIVA
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.51537 0.12884 0.9679 ns
Tratamentos 3 77.25042 25.75014 193.4513
**
Resíduo 12 1.59731 0.13311
------------------------------------------------------------------
Total 19 79.36310
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = .1143 F = .9679 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 193.4513 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 7.14250 a
2 6.97500 a
3 7.44000 a
4 7.25250 a
5 7.06750 a
----------------------
DMSB = 0.82272
Médias de tratamento
----------------------
1 8.66800 b
2 9.54000 a
3 5.55800 c
4 4.93600 c
----------------------
DMS = 0.68528
MG = 7.17550 CV% = 5.08454
90
Arquivo: FERRO
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 1.07283 0.26821 0.3387 ns
Tratamentos 3 4743.96882 1581.32294
1997.2062 **
Resíduo 12 9.50121 0.79177
------------------------------------------------------------------
Total 19 4754.54286
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = .1143 F = .3387 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 1997.2062 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 14.09500 a
2 13.45250 a
3 13.60750 a
4 13.50500 a
5 13.77250 a
----------------------
DMSB = 2.00653
Médias de tratamento
----------------------
1 4.03200 c
2 10.87000 b
3 0.30200 d
4 39.54200 a
----------------------
DMS = 1.67133
MG = 13.68650 CV% = 6.50139
Arquivo: MANGANÊS
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 50.79367 12.69842 2.2146 ns
Tratamentos 3 3809.53980 1269.84660
221.4641 **
Resíduo 12 68.80645 5.73387
------------------------------------------------------------------
Total 19 3929.13992
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.2592 F = 2.2146 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 221.4641 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 40.61750 a
2 41.16000 a
3 38.25750 a
4 38.54000 a
5 36.83500 a
----------------------
DMSB = 5.39971
Médias de tratamento
----------------------
1 56.39600 a
2 44.45000 b
3 37.12400 c
4 18.35800 d
----------------------
DMS = 4.49768
MG = 39.08200 CV% = 6.12699
Arquivo: COBRE
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 0.05040 0.01260 1.4216 ns
Tratamentos 3 19.49034 6.49678 732.9951
**
Resíduo 12 0.10636 0.00886
------------------------------------------------------------------
Total 19 19.64710
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = 3.26 F = 1.4216 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 732.9951 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 0.93500 a
2 0.88000 a
3 0.79000 a
4 0.83000 a
5 0.89000 a
----------------------
DMSB = 0.21230
Médias de tratamento
----------------------
1 2.56400 a
2 0.42200 b
3 0.12200 c
4 0.35200 b
----------------------
DMS = 0.17683
MG = 0.86500 CV% = 10.88385
91
Arquivo: ZINCO
EXPERIMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS
QUADRO DE ANÁLISE
------------------------------------------------------------------
F.V. G.L. S.Q. Q.M. F
------------------------------------------------------------------
Blocos 4 18.71402 4.67850 0.9436 ns
Tratamentos 3 274.74164 91.58055 18.4698
**
Resíduo 12 59.50066 4.95839
------------------------------------------------------------------
Total 19 352.95632
------------------------------------------------------------------
** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05)
ns não significativo (p >= .05)
GL: 4, 12 F-krit(5%) = .1143 F = .9436 p > .10000
GL: 3, 12 F-krit(1%) = 5.9525 F = 18.4698 p < .00100
MÉDIAS E MEDIDAS
Médias de bloco
----------------------
1 6.90750 a
2 4.87000 a
3 6.82250 a
4 4.97250 a
5 4.83750 a
----------------------
DMSB = 5.02131
Médias de tratamento
----------------------
1 9.49400 a
2 9.26200 a
3 1.61200 b
4 2.36000 b
----------------------
DMS = 4.18249
MG = 5.68200 CV% = 39.18944
NOTA
As médias seguidas pela mesma letra
não diferem estatisticamente entre si.
Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de
5% de probabilidade
SIGLAS E ABREVIAÇÕES
F.V. = Fonte de variação
G.L. = Graus de liberdade
S.Q. = Soma de quadrado
Q.M. = Quadrado médio
F = Estatística do teste F
MG = Média geral
CV% = Coeficiente de variação em %
DMS = Diferença mínima significativa
Quando o F fica muito próximo, mas não
atinge a significância poderá haver
diferença significativa entre a maior e a
menor média. Também poderá o haver
diferença significativa entre médias
quando o F é significativo, porém muito
próximo da não significância. Isso é
limitação da aplicação conjunta dos testes
F e de Tukey, citada por Frederico
Pimentel Gomes no seu livro;
Curso de EXTATÍSTICA EXPERIMENTAL
92
.
Apêndice 04 Mapa de solos do estado do Paraná e sua classificação.
Fonte: adaptado IBGE 2006
93
ANEXO 01
A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná através da resolução
N° 151 de dezembro de 1997, baseada na Lei 11.200 de 1995 e Decreto Regulamentador
3287/97 resolvem:
Considerar a planta Tecoma stans, como invasora nociva proibida no Estado.
Proibir no estado, a entrada, o plantio, o transporte, a produção e o comércio de
mudas, sementes, pedaços de caules e raízes.
LEI Nº 11.200
Data: 13 de novembro de 1995
mula: Dispõe sobre definição e
normas para a Defesa Sanitária Vegetal
no Estadodo Paraná
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná
decretou e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º - A Defesa Sanitária Vegetal é instrumento fundamental para a produção e
produtividade agrícola e, por consequência, compete ao Estado, através da Secretaria de
Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB, a definição e execução das normas para
o Paraná.
Parágrafo Único - O Poder Executivo, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do
Abastecimento, estabelecerá os procedimentos, as práticas, as proibições e as imposições
necessárias à Defesa Sanitária Vegetal, entre as quais a erradicação das pragas, doenças e
plantas invasoras; e destruição ou não de vegetais e partes vegetais, a critério das
autoridades competentes.
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 13 de novembro de 1995.
JAIME LERNER
Governador do Estado
Hermas Eurides Brandão
Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento
94
DECRETO Nº 3287
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe confere o
Art. 87, inc. V da Constituição Estadual e tendo em vista o disposto no artigo 7º da Lei nº
11.200 de 13 de novembro de 1995,
DECRETA:
Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento da Defesa Sanitária Vegetal no Estado do Paraná, na
forma do Anexo que integra o presente Decreto.
Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
Curitiba, em 10 de julho de 1997, 176º da Independência e 109º da Reblica.
JAIME LERNER
Governador do Estado
HERMAS EURIDES BRANDÃO
Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento
95
ANEXO 02
96
97
Esta dissertação foi impressa com papel reciclado. Pense antes de imprimir, preserve a natureza.
Esta versão está disponível no site www.lncbp.ufpr.br e no sistemas de referências da biblioteca da UFPR
Bredow, Edgard Alfredo
Atributos do solo em áreas de ocorrência de Tecoma stans
(L.) Juss. ex. Kunth (Bignoniaceae) no Estado do Paraná / Edgard
Alfredo Bredow. Curitiba, 2007.
96 f.
Orientadora: Celina Wisniewski
Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo) Setor de
Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná.
1. Plantas invasoras Paraná. 2. Planta e solo Paraná. 3.
Solos Alises Paraná. 4. Tecoma stans. I. Título.
CDU 632.54.937(816.2)
CDD 632.5
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