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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DE UM LATOSSOLO AMARELO E
PRODUÇÃO DE MILHO E FEIJÃO CAUPI EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO
ORGÂNICA E QUÍMICA
RONILSON DE SOUZA SANTOS
Engenheiro Agrônomo
Belém
Pará – Brasil
2007
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DE UM LATOSSOLO AMARELO E
PRODUÇÃO DE MILHO E FEIJÃO CAUPI EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO
ORGÂNICA E QUÍMICA
RONILSON DE SOUZA SANTOS
Engenheiro Agrônomo
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural da Amazônia, como parte das
exigências do Curso de Pós-Graduação em
Agronomia, área de Concentração em Solos
e Nutrição de Plantas, para obtenção do
titulo de “Mestre”.
Orientador:
Engenheiro Agrônomo Prof. D.Sc. Antonio Rodrigues Fernandes
Co-orientador:
Engenheiro Agrônomo Pesq. D.Sc. Manoel da Silva Cravo
Belém
Pará – Brasil
2007
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Santos, Ronilson de Souza
Atributos físicos e químicos de um Latassolo amarelo
e produção de milho e feijão caupi em função de
adubação orgânica e química./ Ronilson de Souza
Santos. - Belém, 2007.
91 f.: il.
Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade
Federal Rural da Amazônia, 2007.
1. Solo-compactação. 2. Solo-retenção de água. 3.
Solo-matéria orgânica. 4. Solo-macronutrientes. 5 Zea
mays. 6. Vigna unguiculata Walp. I. Título.
CDD – 631.4
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DE UM LATOSSOLO AMARELO E
PRODUÇÃO DE MILHO E FEIJÃO CAUPI EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO
ORGÂNICA E QUÍMICA
RONILSON DE SOUZA SANTOS
Engenheiro Agrônomo
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural da Amazônia, como parte das
exigências do Curso de Pós-Graduação em
Agronomia, área de Concentração em Solos
e Nutrição de Plantas, para obtenção do
titulo de “Mestre”.
Aprovado 31 de Agosto de 2007
BANCA EXAMINADORA
Engenheiro Agrônomo Professor D.Sc. Antonio Rodrigues Fernandes
Orientador
Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
Engenheiro Agrônomo Pesquisador D.Sc. Manoel da Silva Cravo
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA
Engenheiro Agrônomo Professor D.Sc. Sebastião Geraldo Augusto
Universidade Federal do Pará – UFPA
Engenheira Agrônoma Professora D.Sc. Herdjania Veras de Lima
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
Belém
Pará – Brasil
DEDICATÓRIA
À DEUS, “Engenheiro” maior que forjou as
ferramentas necessárias para minha
estada sobre sua maior criação: a mãe
terra.
Aos meus pais Mariano e Margarida
Santos os quais tem sido o ‘segredo’ do
meu sucesso, permitindo que mais um
sonho fosse concretizado.
Ao meu irmão José Renato Santos pelo
companheirismo fraternal ao longo dos
anos.
À Elygleici Hines, que está em meus dias
a pouco tempo, mas tem sido amiga,
companheira e mulher. Amo-te vida
minha!
À Bernardo Santos, que mesmo distante
tem proporcionado-me a alegria de ser
pai.
AGRADECIMENTOS
À Deus, “Engenheiro Celestial”, pelo provimento de todos os mecanismos
necessários para concretização desta empreitada, que verdadeiramente contribuirá
para melhores condições aos seus aqui na terra;
Às minhas duas “casas” Escola Agrotécnica Federal de Castanhal – EAFC-PA e
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, as quais são meus alicerces de
formação Profissional;
À Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, pela disponibilização
incondicional de toda estrutura de campo e laboratorial para desenvolvimento do
experimento;
Ao Professor, D.Sc. Antonio Rodrigues Fernandes, Orientador, companheiro e amigo
que teve e mantém uma saudável e singular postura profissional, regada de um
companheirismo nos momentos decisivos desta empreitada;
Ao Pesquisador da EMBRAPA, D.Sc. Manoel da Silva Cravo, Co-orientador e amigo,
pelo apoio técnico e moral incondicional, os quais foram imprescindíveis para
materialização desta obra;
À Professora, D.Sc. Herdjania Veras de Lima, que teve marcante participação na
compreensão dos resultados obtidos;
Ao Professor, D.Sc. Sebastião Geraldo Augusto, “caboclo” que em pouco tempo de
maneira impar se mostrou mui amigo;
Ao Engenheiro Agrônomo, M.Sc. Jessivaldo Rodrigues Galvão pelas orientações
nos momentos que foram necessários;
Ao Engenheiro Agrônomo Professor, D.Sc. Mário Lopes da Silva Junior, pela
amizade e aconselhamento nas horas mais atribuladas durante minha jornada neste
curso;
A todos os Professores da Pós-graduação do Curso de Mestrado em Agronomia da
UFRA: Francisco Hilton, Antonio Rodrigues, Waldinei Travassos, Francisco de Assis,
Ana Regina, Paulo Martins, Henrique Catannio e Tarcisio Everton, que foram e
sempre serão pilares de sustentação para mim e para os demais companheiros de
Curso: Ricarth Sousa, André (Barão) Millena, Tatiana Gazel, Rita Tofoli, Erika
Souza, Vicenzo Hirino, Andreos Leite, Cassius Cley, Emerson, Elineusa e Priscila,
que sem dúvida se constituíram como peças fundamentais para a concretização de
mais esta fase de minha trajetória;
A todos que compõem a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará/FAEPA e o
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR-AR/PA, na pessoa de seu
Presidente e Superintendente Carlos Xavier e Walter Cardoso, respectivamente, os
quais proporcionaram oportunidades impares, de modo a firmar-me como
profissional de Engenharia Agronômica no Estado do Pará;
Ao Engenheiro Agrônomo Jair Carrera Cardoso, do Núcleo Guajarino do Sistema
FAEPA/SENAR/AR-PA pela amizade e companheirismo e as inúmeras empreitadas
á mim confiadas, que deverasmente fomentaram grande parte desta pesquisa;
Ao Médico Veterinário, Manoel Pereira Junior, amigo de incensáveis pelejas tido
como “peça” ativa em grande parte deste projeto de vida;
Ao Engenheiro Agrônomo André Luiz Pereira da Silva, pela amizade e apoio na
formatação desta obra;
A Economista, Lady Francis Araújo Rodrigues, amiga de longa data, pelo auxílio na
padronização técnica desta obra;
A Escola de Informática Computer Express, na pessoa de Marcos Gomes, pelo
apoio técnico pedagógico na área de informática desprendido em vários momentos
da tabulação dos dados deste trabalho;
A todos meus familiares pelo apoio, em especial a Josué Santos Nazaré Cavalcante,
Clarice Santos, Raimunda Rodrigues, Anita Santos e Francisco Raiol “seu Chico”
que inúmeras vezes mesmo de forma “simples” foram de grande valia para a
conclusão de mais esta fase que hora se conclui, bem como aqueles que esqueci de
citar, que direta e/ou indiretamente colaborarão nesta obra, agradeço.
“Os que confiam no Senhor são como os
montes de Sião, que não se abalam,
mas permanecem para sempre”.
Sl. 125, 1
BIOGRAFIA DO AUTOR
Ronilson de Souza Santos, é filho de Mariano Alves dos Santos e Maria Margarida
de Souza Santos, nasceu aos 24 de setembro de 1977, no município de Castanhal,
Estado do Pará.
Iniciou a carreira profissional em 1992, no Centro de Formação Profissional Gabriel
Hermes do SENAI-PA, com o curso de mecânico de automóveis concluindo-o no fim
de 1993. Em 1994 ingressou no Curso de Técnico em Agropecuária pela Escola
Agrotécnica Federal de Castanhal - PA, na qual foi monitor da disciplina de
Mecanização Agrícola, concluindo-no três anos depois.
Atuou como profissional da área em vários municípios do Estado do Pará, dos quais
se destacam: Tomé-Açú, Tailândia, Ulianópolis e Igarapé-Mirí, estando como
Coordenador Técnico da SEMAGRI e Extensionista II da EMATER-PA, nos anos de
1997 a 1999 e 2000, respectivamente nas últimas duas entidades. No final de 2000,
ingressou no Curso de Graduação em Engenharia Agronômica da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, tranferindo-se no ano de 2001 para a
então Faculdade de Ciências Agrárias do Pará – FCAP, hoje Universidade Federal
Rural da Amazônia – UFRA, dando continuidade à graduação no mesmo curso e,
em meio a esta atuou por inúmeras vezes como Professor-Colaborador na Escola
Agrotécnica Federal de Castanhal – EAFC, ministrando a disciplina de Mecanização
Agrícola, bem como Instrutor nos treinamentos dos programas de qualificação
profissional do Governo do Estado do Pará, PLANFOR/PNQ, implementados através
da mesma instituição e Instrutor da mesma área através do Sistema
FAEPA/SENAR-PA. Paralelo a isto foi monitor das Disciplinas de Mecanização
Agrícola, Motores e Máquinas e Topografia entre os períodos de 2003 e 2005 da
UFRA-PA, na qual finalizou a graduação no inicio de 2005 sendo titulado como
Engenheiro Agrônomo.
Já atuando como profissional da área de Engenharia Agronômica iniciou curso de
Pós-Graduação ao nível de Mestrado e, paralelo a este atuou como Professor
Colaborador da UFPA - Campus de Altamira, nas Disciplinas de Mecanização
Agrícola e Avaliação e Perícias Rurais no Curso de Graduação em Agronomia.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS........................................................................ 12
LISTA DE FIGURAS........................................................................ 13
RESUMO.......................................................................................... 14
ABSTRACT...................................................................................... 15
1 INTRODUÇÃO.................................................................................. 16
2
REVISÃO DE LITERATURA............................................................ 17
2.1
ATRIBUTOS FÍSICOS.................................................................... 17
2.1.
1 Granulometria do solo................................................................... 17
2.1.
2 Densidade do solo e de particulas ............................................... 18
2.1.
3 Porosidades.................................................................................... 20
2.1.
4 Resistencia a penetração............................................................... 21
2.1.
5 Retenção de água no solo............................................................. 23
2
2.2.
ADUBAÇÃO FOSFATADA NO MILHO E NO CAUPI............................ 24
2.3
ADUBAÇÃO ORGÂNICA NO MILHO E NO CAUPI........................... 25
2.4
IMPORTANCIA DA CULTURA DA CULTURA DO MILHO.............. 27
2.5
IMPORTANCIA DA CULTURA DA CULTURA DO CAUPI.............. 28
3
MATERIAL E MÉTODOS............................................................... 30
3.1
LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL 30
3.2
HISTÓRICO DA ÁREA E ESQUEMA DA PESQUISA..................... 30
3.3
ANÁLISE FÍSICA.............................................................................. 34
3.4
ANÁLISE QUÍMICA.......................................................................... 34
3.5
PRODUTIVIDADE DAS CULTURAS................................................ 35
3.6
ANÁLISE ESTATÍSTICA................................................................... 36
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................... 36
4.1
ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO................................................... 36
4.2
ATRIBUTOS QUIMICOS DO SOLO............................................... 45
4.2.1
pH DO SOLO (em H
2
O).................................................................. 45
4.2.2
TEOR DE MATERIA ORGANICA NO SOLO.................................. 46
4.2.3
FÓSFORO....................................................................................... 48
4.2.4
POTÁSSIO...................................................................................... 50
4.2.5
CÁLCIO E MAGNÉSIO................................................................... 51
4.2.6
ALUMÍNIO TROCÁVEL E SATURAÇÃO POR ALUMÍNIO (m%)... 52
4.2.7 CAPACIDADE DE TROCA EFETIVA DE CATIONS...................... 54
4.3
PRODUTIVIDADE DO MILHO....................................................... 55
4.4
PRODUTIVIDADE DO FEIJÃO CAUPI......................................... 56
5
CONCLUSÕES.............................................................................. 57
REFERÊNCIAS............................................................................. 57
ANEXO 1..................................................................................... 66
ANEXO 2....................................................................................... 83
Excluído: 6
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Análise química do solo no início do experimento e antes da instalação
dos tratamentos a 20 cm de produndidade...........................................30
Tabela 2 Análise granulométrica de um Latossolo Amarelo, em sistema de
cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações
orgânica, fosfatada e verde, em três profundidades.............................37
Tabela 3 Densidade do solo e de partícula de um Latossolo Amarelo, em um
sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de
adubações orgânica, fosfatada e verde, em três profundidades .........37
Tabela 4 Porosidade total, macroporosidade e microprosidade de um Latossolo
Amarelo, em um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em
sucessão, em função de adubações orgânica, química e verde, em três
profundidades........................................................................................38
Tabela 5 Resistência à penetração (MPa) e teor umidade (%) de um Latossolo
Amarelo, em um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em
sucessão, em função de adubações orgânica, química e verde, em três
profundidades .......................................................................................38
Tabela 6 Retenção de água no solo utilizando valores extremos de umidade de
saturação (θs=máxima), umidade residual (θr= mínima), em kiloPascal
= (kPa), em um Latossolo Amarelo com sistema de cultivo com milho e
feijão caupi em sucessão, em função de adubações orgânica, química
e verde, em três profundidades ajustadas através da equação de Van
genuchten (1980) .................................................................................42
Tabela 7 Produtividade de grãos de milho, em um sistema de produção com
sucessão de feijão caupi, e eficiência das adubações orgânica e verde
baseada na adubação fosfatada, nos anos agricolas de 2003 e 2006
..............................................................................................................55
Tabela 8 Produtividade de grãos de feijão caupi, em um sistema de produção com
sucessão de milho, e eficiência das adubações orgânica e verde
baseada na adubação fosfatada, nos anos agrícolas de 2003 e 2006
..............................................................................................................57
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Precipitação pluviométrica média do município de Terra Alta - PA, no
período de 2002 a 2006...................................................................... 30
Figura 2 Croqui da área experimental (EB = Esterco Bovino; EG = Esterco de
Galinha; AF = Adubação Fosfatada; RA = Resíduo de Agroindústria; FP
= Feijão de Porco)............................................................................... 32
Figura 3a Curva característica de retenção de água de um Latossolo Amarelo, em
um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão em função
de adubações orgânicas, fosfatada e verde,ajustadas ao modelo de
Van Genuchten (1980), com média dos valores dos tratamentos em
três profundidades................................................................................ 43
Figura 3b Curva característica de retenção de água de um Latossolo Amarelo, em
um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão; em
função de adubação orgânica; e fosfatada e verde, ajustadas ao
modelo de Van Genuchten (1980), com média dos valores por
tratamento no perfil de 0-30 cm de profundidade .............................. 45
Figura 4 pH do solo em um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em
sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada e verde nos
anos agrícolas de 2003 e 2006........................................................... 46
Figura 5 Teor de matéria orgânica no solo em um sistema de cultivo com milho
e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica,
fosfatada e verde, nos anos agrícolas de 2003 e
2006..................................................................................................... 47
Figura 6 Teores de fósforo no solo em um sistema de cultivo com milho e feijão
caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada e
verde nos anos agrícolas de 2003 e 2006.......................................... 48
Figura 7 Teores de potássio no solo em um sistema de cultivo com milho e
feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada
e verde nos anos agrícolas de 2003 e 2006. ......................................
50
Figura 8 Teores de cálcio e magnésio no solo em um sistema de cultivo com
milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica,
fosfatada e verde nos anos agrícolas de 2003 e 2006 ....................... 52
Figura 9 Teores de alumínio trocável no solo em um sistema de cultivo com
milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica,
fosfatada e verde nos anos agrícolas de 2003 e 2006....................... 53
Figura 10 Saturação por alumínio no solo em um sistema de cultivo com milho e
feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada
e verde nos anos agrícolas de 2003 e 2006........................................ 53
Figura 11 Capacidade de Troca Efetiva de Cátions do solo em um sistema de
cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação
orgânica, fosfatada e verde nos anos agrícolas de 2003 e
2006..................................................................................................... 54
SANTOS, Ronilson de Souza. Atributos físicos e químicos de um Latossolo
Amarelo e produção de milho e feijão caupi, em função da adubação orgânica
e química. Universidade Federal Rural da Amazônia: UFRA, 2007. 98p (Dissertação
de Mestrado em Agronomia/ Solos e Nutrição de Plantas).
RESUMO
O uso indiscriminado do solo tem levado a degradação das propriedades físicas,
químicas e biológicas bem como a redução da produtividade das culturas. Na
mesorregião do Nordeste paraense, os solos atualmente apresentam baixa
capacidade produtiva, onde sua utilização, visando maior sustentabilidade, passa
por sistemas de uso da terra mais intensivos, que são dependentes de insumos,
principalmente aqueles que envolvem correção da acidez do solo e adubação.
Objetiva-se avaliar o comportamento dos atributos físicos e químicos de um
Latossolo Amarelo, bem como a produção de milho (Zea mays) e feijão caupi (Vigna
unguiculata Walp), em função de diferentes fontes de adubação orgânica e mineral,
em sistema convencional de cultivo, na microrregião do Salgado, no Estado do Pará.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro
repetições, em esquema fatorial 6x3, para atributos físicos (seis tratamentos e três
profundidades) e 6x2 para os atributos químicos e produtividade (seis tratamentos e
dois anos de estudo). Os tratamentos utilizados foram: esterco bovino (EB), esterco
de galinha (EG) e resíduo de agroindústria de mandioca (RA) (20 Mg ha
-1
),
adubação fosfatada (AF) (200 kg ha
-1
de P
2
O
5
), adubação verde com feijão de porco
(FP) e testemunha (T). Coletaram-se amostras indeformadas para avaliação dos
atributos físicos (densidade, porosidade, capacidade de retenção de água no solo)
em três profundidades (0-10,10-20 e 20-30 cm). Amostras deformadas foram
coletadas na profundidade (0-20 cm) para avaliar os atributos químicos: pH; matéria
orgânica, macronutrientes e alumínio (Al
+3
) trocável, calculando a capacidade de
troca de cátions efetiva, saturação por alumínio. Os dados de produtividade foram
determinados a partir da colheita em 24 m
2
18 m
2
de área útil em cada parcela, milho
e feijão caupi respectivamente, com grãos a 13% de umidade. As características
físicas foram pouco influenciadas pelos tratamentos, enquanto que o esterco de
galinha proporcionou a melhoria das características químicas do solo, perdurando
até o último ano do estudo. O esterco de galinha, seguido da adubação fosfatada
proporcionaram os maiores aumentos de produção do milho e do feijão caupi. A
produtividade média do caupi foi aumentada pelo uso dos tratamentos em:
EG=112%; AF = 81%; EB = 39%; FP = 36% e RM = 34%, podendo se constituir
numa alternativa para os produtores da região.
Palavras-Chave: Zea mays, Vigna unguiculata Walp, compactação, retenção de
água, matéria orgânica, macronutrientes.
Physical and chemical traits of a Yellow Latosol and corn and cowpea yield as
a function of organic and chemical fertilization.
ABSTRACT
Indiscriminate soil use has led to degradation of its physical, chemical, and biological
properties, and has caused reductions in the productivity of crops. In Pará's
Northeastern mesoregion, the soils currently have low productive capacities. In order
to achieve greater sustainability, more intensive land use systems are adopted, which
depend on different types of input, especially those involving soil acidity and
fertilization amendments. The aim of this study was to evaluate the behavior of
physical and chemical attributes of a Yellow Latosol, as well as corn (Zea mays) and
cowpea (Vigna unguiculata Walp) yield as a function of different sources of organic
and mineral fertilization, under the conventional cultivation system in the Salgado
microregion, in the State of Pará, Brazil. A random block experimental design was
used, with four replicates, in a 6×3 factorial combination for physical attributes (six
treatments and three depths) and a 6×2 combination for chemical attributes and
productivity (six treatments and two years of study). The treatments used were: cattle
manure (EB), chicken manure (EG), and cassava agroindustrial waste (RA) (20 Mg
ha
-1
), phosphate fertilization (AF) (200 kg ha
-1
P
2
O
5
), green fertilization with jack bean
(FP), and a control (T). Undeformed samples were collected to evaluate physical
attributes (bulk density and soil porosity and water retention capacity) at three depths
(0-10, 10-20, and 20-30 cm). Deformed samples were collected at the 0-20 cm depth
to evaluate the following chemical attributes: pH; organic matter, macronutrients, and
exchangeable aluminum (Al
+3
). Calculations were made for cation exchange
capacity, aluminum saturation,
The data of productivity were determined as the
harvest on 24 m
2
18 m
2
of area useful for each share, corn and cowpea respectively,
with grains to 13% moisture. The soil's physical characteristics were little influenced
by the treatments, while chicken manure provided improved soil chemical
characteristics, with effects that remained until the last year of study. Chicken
manure, followed by phosphate fertilization, provided the greatest corn and cowpea
yield increases. The mean productivity in cowpea increased when treatments were
used, by EG = 112%; AF = 81%; EB = 39%; FP = 36%, and RM = 34%. These could
be alternatives for producers in the region.
Key words: Zea mays, Vigna unguiculata, compaction, water retention, organic
matter, macronutrients.
16
1 INTRODUÇÃO
A região Amazônica propalada como uma das últimas fronteiras agrícolas do
País está assentada em um solo, via de regra, com baixa fertilidade natural e
elevada acidez, características estas que se estendem para o Estado do Pará, mais
especificamente a mesorregião nordeste, a qual se constitui como uma das regiões
agrícolas mais antigas do Estado.
Embora ocupe apenas 1,35 % da superfície estadual comporta
aproximadamente 13% de sua população. É dominada por um modelo agropecuário
caracterizado por cultivo itinerante, o qual se baseia no processo de derruba e
queima da vegetação, onde as cinzas funcionam como fertilizante e corretivo. De
acordo com Cravo e Smyth (1997) tal manejo constitui-se como um beneficio
efêmero para as características químicas do solo, com redução da produtividade dos
cultivos, nos anos que se sucedem, a níveis insatisfatórios.
O modelo agropecuário que destruiu as florestas e levou os solos da
mesorregião do nordeste paraense a ter uma baixa capacidade produtiva, vem
sendo substituído por sistemas de uso do solo mais intensivo, porém são
dependentes de insumos, principalmente aqueles que envolvem correção da acidez
e adubação do solo.
Entre os fertilizantes mais utilizados destaca-se o fosfatado, tanto para a
cultura do milho (Zea mays) quanto do feijão caupi (Vigna unguiculata Walp). Tais
culturas normalmente têm apresentado baixa produtividade, em função dos solos
apresentam baixo teor de fósforo disponível, acidez elevada e baixo conteúdo de
matéria orgânica. Estas características têm sido consideradas as mais limitantes
para a recuperação e utilização destes solos em um processo produtivo sustentável,
uma vez que se fazem necessárias aplicações de altas doses de fósforo, correção
da acidez e/ou adubação orgânica, elevando significativamente os custos de
produção.
Diante disto, o produtor está atento à relação custo/benefício, tendo em vista
que a rentabilidade do produto tem grande dependência do custo de produção e do
rendimento físico das culturas. Neste sentido, o custo de produção é fator
preponderante para que o agricultor tome a decisão de realizar investimentos mais
arrojados sobre a área de produção, de forma a ter um controle mais efetivo de sua
produtividade.
17
Alternativas à redução dos custos de fertilização tem sido buscadas, entre
estas, o uso da adubação orgânica poderá se constituir como uma ótima opção,
visto que na mesorregião do Nordeste Paraense existe grande produção de esterco
de bovino e de galinha, assim como uma grande quantidade de resíduo da
fabricação de farinha de mandioca, o que poderá possibilitar ao produtor o
aproveitamento destes resíduos a um custo mais acessível que os adubos químicos
importados de outros estados, que via de regra chega à região a preços muito
elevados.
A definição de sistemas produtivos com maior sustentabilidade, envolvendo
as culturas do milho e feijão caupi, contribuirá para o aproveitamento de grandes
áreas com baixo potencial produtivo na mesorregião e redução do desmatamento de
novas áreas, amenizando o impacto sobre os 20 milhões de hectares de áreas já
alteradas no Estado do Pará. Deste modo, objetiva-se avaliar o comportamento dos
atributos físicos e químicos de um Latossolo Amarelo, bem como a produção de
milho e feijão caupi, em função de diferentes fontes de adubação orgânica e mineral,
em sistema convencional de cultivo, na microrregião do salgado, mesorregião do
nordeste paraense.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ATRIBUTOS FÍSICOS
2.1.1 Granulometria do solo
Constitui-se como a apresentação individual das partículas que compõe o
solo, com diâmetros pré-definidos por convenção internacional. É fator de grande
influência no acumulo e retenção de umidade do solo. Solos de textura fina, retém
maior quantidade de água, uma vez que possui tanto uma maior quantidade de
material coloidal, quanto à superfície adsortiva (Petersen, 1968).
Rosolem et al. (1999), em Latossolo Roxo e Vermelho Escuro Álico, cultivado
com milho, constataram que teor de argila de 41 % promovia prejuízos no
desenvolvimento do sistema radicular, e conseqüentemente na produtividade e, que
os valores entre 22 e 34% de argila favoreceu o crescimento radicular do vegetal.
18
De acordo com Martin et al. (1985), quando em seus experimentos o teor de
argila em Latossolo Amarelo foi de 22% e a densidade do solo de 1,27 g/cm
-3
, o
desenvolvimento radicular foi favorecido e a produtividade do milho aumentou. Nas
pesquisas conduzidas por Shierlaw e Alston (1984), observaram em solo com
conteúdo de argila em torno de 21%, porém, limoso a compactação não afetou o
comprimento radicular, mas sim a distribuição destas.
A granulometria tem forte influência na retenção de água no solo,
principalmente na faixa de altas tensões. Buckman e Brady (1976), ao examinarem
as curvas características de umidade de solo, verificaram que elas variavam
especificamente em função da textura. Segundo aqueles autores, o solo de textura
mais fina retém maior quantidade de água, pois possuem maior percentagem de
material coloidal, maior espaço poroso e superfície adsortiva. Já Grohmann e
Medina (1962), relatam que a retenção de água do solo depende principalmente da
quantidade e natureza da fração argila.
Para Petersen et al. (1968), a textura é provavelmente o fator de maior
importância na retenção de água do solo, pois este comparou um solo com textura
grosseira e outro de textura fina, cujos resultados demonstram maior capacidade de
reter água do solo de textura fina. Aspecto este favorecido por apresentar partículas
com menor diâmetro, conferindo-lhe poros de menor diâmetro, responsáveis pela
retenção da maior parte da água no solo.
2.1.2 Densidade de partícula e do solo
Segundo Kiehl (1979), entende-se como densidade de partícula (Dp) a razão
entre a massa de sólidos por unidade de volume, evidentemente sem considerar os
espaços porosos.
A densidade do solo (Ds) é a razão entre a somatória da massa de solo e
volume de ar entre as partículas, ocupando um volume pré-definido. Desta forma se
configura como uma característica física que mais sofre influência por ação
mecânica externa, principalmente pelo trafego de máquinas e implementos agrícolas
(Jorge et al., 1984; Machado et al., 1981). As pressões da maquinaria associada ao
peso das camadas superiores sobre as subjacentes provocam reacomodação das
partículas do solo, reduzindo os espaços porosos, dificultando as trocas gasosas,
19
diminuindo a velocidade de infiltração e causando efeitos negativos no
desenvolvimento radicular dos vegetais.
No trabalho com produção de milho em solo arenoso realizado por Martin et
al. (1985), ficou demonstrado que o aumento da densidade do solo causa diminuição
no número de raízes adventícias e na capacidade de absorção de nutrientes pelas
plantas, tornando-as mais sensíveis a períodos de veranicos prolongados. No que
concerne à densidade do solo, Brady (1989), mostra que densidades em solo
arenoso em torno de 1,80 g cm
-3
, e 1,60 g cm
-3
para argiloso, na camada arável,
pode verificar a progressiva diminuição do conteúdo de água no perfil agricultável, o
que limita a faixa de exploração radicular em profundidade. Segundo Costa Filha
(2005), em pesquisa desenvolvida em Latossolo Amarelo textura média, na
microrregião Bragantina/PA, a densidade na ordem de 1,25 a 1,71 g cm
-3
,
caracterizou-se como fator impeditivo para o desenvolvimento das culturas, fato este
que também tem descrito por Rodrigues (1991) e Santos (1993), os quais
argumentam que esta condição ocasiona sérios problemas nos processos de
infiltração e redistribuição de água na superfície, levando a área a uma condição de
drenagem imperfeita com aparecimento de mosqueados de ferro. Associadas a esta
situação ainda tem intensa ação da água das chuvas, desencadeando o processo
erosivo em suas varias instâncias.
Quando se considera o sistema de manejo influenciando nos atributos do
solo, Freitas (2005), demonstra que em semeio de milho com sistema convencional,
em Latossolo Vermelho-Amarelo, textura argilosa no município de Redenção-PA, a
Ds passou de 1,29 g cm
-3
para 1,34 g cm
-3
de um ano para o outro, com o mesmo
fato relatado nas pesquisas de Stefani et al. (1990) e Beutler e Centurion (2003).
Outro fator preponderante é que ao longo do perfil a Ds permanece homogênea,
mas assumindo maiores valores logo abaixo da camada arável, caracterizando a
presença de pé-de-arado e/ou grade com alguns milímetros de espessura que, de
certo, trará repercussões negativas na produtividade das culturas se for mantido esta
forma de manejo ao longo dos anos.
De acordo com Corsini (1999), quanto mais degradada a estrutura natural do
solo maior será a necessidade de mobilização, e quanto mais mobilizado pior será a
sua estrutura. Os trabalhos de Tormena et al. (2002) demonstram que em um
Latossolo Argiloso, o sistema convencional (SC), mostra-se mais eficiente na
redução da densidade e na resistência do solo à penetração que o sistema com
20
revolvimento mínimo (RM). No entanto, quando se considera a erosão e perdas de
água, os benefícios físicos do SC podem ser anulados, uma vez que torna as
culturas mais vulneráveis às condições climáticas.
2.1.3 Porosidade
A porosidade, em suas três classificações (porosidade total, macro e
microporosidade), reflete os espaços vazios entre as partículas do solo em seus
diversos tamanhos e distribuição em profundidade no perfil do solo.
Conceitualmente, a macroporosidade é uma medida diretamente relacionada
com a difusão de oxigênio no solo para as raízes (Grable; Siemer, 1968;
Thomasson, 1978; Erickson, 1982), refletindo os espaços vazios entre as partículas
do solo, atuando fortemente na ação de troca gasosas e movimento hídrico.
Trabalhos realizados por Vomocil e Flocker (1961) e Vieira (1985) indicam sensível
diminuição da macroporosidade, quando há aumento da densidade do solo (Ds) e,
concomitante a este efeito, o aumento da microporosidade.
A fim de mensurar a qualidade física do solo, Primavesi (1984) sugere que a
porosidade é o indicativo mais adequado para avaliar a qualidade do solo uma vez
que a resistência a penetração verificada com o penetrometro é pouco confiável,
visto ser uma metodologia com forte dependência da umidade do solo.
Quando se pensa na macroporosidade agindo na troca gasosa na matriz solo,
estudos demonstram que os níveis de aeração agem fortemente na fisiologia dos
vegetais, o que segundo algumas pesquisas devem encontrar-se entre 10 e 20% do
volume total do solo. Ainda que haja aumento significativo de macroporosidade nas
camadas mais superficiais, quando se utiliza o sistema convencional, haverá a
tendência de diminuir esta em profundidade (Thomasson,1978; e Erickson, 1982),
citados por Tormena et al. (2002), estando esta afirmativa de acordo, os resultados
do trabalho de Hill e Cruse (1985).
Quando se adota o sistema de Semeio direto, observa-se uma situação
contraria a descrita anteriormente, o qual além de reduzir a porosidade total, muda
drasticamente à distribuição do tamanho dos poros, com redução daqueles de maior
tamanho (Vanouwerkerk; Boonnae, 1970).
Para se ter uma idéia da influência do manejo sobre a estrutura física do
solo, Corsini (1999), observou em Latossolo Roxo com milho, que de maneira geral,
21
o aumento na porosidade na camada superficial tornou mais adequada à relação
ar/água e o potencial de desenvolvimento radicular da cultura. Portanto, o volume de
macroporos é um bom indicador da qualidade de manejo dos solos, o que segundo
Stolf (1987), possibilita estabelecer padrões para manejo do mesmo. Neste sentido,
Primavesi et al. (1984) e Vomocil e Flocker (1961) argumentam que se pode
considerar uma macroporosidade que esteja próximo de 15% da porosidade total,
como adequada para maioria das culturas de expressividade econômica.
2.1.4 Resistência à penetração
A resistência à penetração é um atributo físico configurado como ação da
densidade do solo, teor de umidade e granulometria, com a capacidade de frear a
marcha de avanço da coifa radicular em profundidade. Esta condição é favorecida
principalmente por ação físico-mecânica de forças externas, principalmente, por
ação do uso de máquinas cada vez mais pesada, agravado por não se verificar o
aumento proporcional na largura dos rodados, resultando em maior risco à
compactação do solo.
Pare se ter uma idéia da ação do conjunto mecanizado nas características
físicas do solo e na produtividade das culturas, Rusanov (1991) em experimentos na
Rússia, verificou um decréscimo de aproximadamente 25% na produção de espécies
comerciais, quando utilizou trator de pneus e de apenas 11% quando se utilizou
trator de esteira. Nesta mesma linha de pesquisa, Flowers e Law (1998) relatam que
uma das principais causas da compactação em solos agrícolas é o tráfego intenso
de máquinas em operações envolvendo desde o preparo até a colheita. Horn et al.
(1995) acrescentam ainda, que ao trafegarem sobre o solo agrícola, estas produzem
ação mecânica intensa sobre o solo, não somente através da pressão estática sobre
o mesmo, mas também, por ação das forças dinâmicas causadas pela vibração
desta arrastando implementos , agravando pela ação de patinamento dos rodados.
Salire et at. (1994), Hakansson e Voorhees (1997), complementam ainda que
a compactação subsuperficial sofrida é função direta da carga total por eixo e a
compactação superficial é função da pressão de inflação dos pneus, demonstrando
assim que além do manejo do solo em si, devesse ter em mente o correto ajuste e
adequação do conjunto trator implemento às características físicas do solo
trabalhado.
22
Quando se pensa em mensurar qualitativa e quantitativamente a influência do
manejo sobre as propriedades físicas do solo, Thompson et al. (1987) e Hakansson
e Voorhees (1997), defendem a Ds como uma as melhores formas para quantificar a
influência deste tanto no aspecto físico do solo quanto na produtividade das culturas.
Contudo, existem pesquisas argumentando que a densidade do solo não é o fator
mais limitante ao crescimento radicular, mas sim a resistência à penetração que o
solo oferece ao crescimento do mesmo.
Pesquisas de Vepraskas e Miner (1986) em um Podzólico Vermelho-Escuro
compactado artificialmente e semeado com milho demonstraram que valores críticos
para este atributo estão situados entre 2,8 a 3,2 MPa, com paralização na elongação
das raízes quando a RP chega aos 4,0 MPa. Fato este observado em outros
experimentos, como o de Merotto Jr. e Mundstock (1999), os quais mostraram que o
crescimento do trigo foi fortemente limitado quando a resistência do solo à
penetração estava entre 3,5 e 5,5 MPa. Tais resultados demonstram a existência de
grande amplitude de valores de resistência mecânica do solo à penetração,
consideradas críticas para o desenvolvimento radicular das culturas.
Taylor et al. (1966) e Nesmith (1987) admitem o valor de 2,0 MPa como o
limite crítico de resistência mecânica do solo à penetração, para que haja
desenvolvimento mínimo do sistema radicular. Letey (1985), Tormena et al. (1998) e
Klein (1998), relatam ainda que os espaços porosos destinados as trocas gasosas
atuam em conjunto com a resistência mecânica do solo no desenvolvimento
radicular, o qual tem forte dependência do teor de umidade disponível neste no solo.
Shierlaw e Alson (1984) em experimento como milho, afirmam que a
compactação do solo modifica o comprimento, diâmetro e distribuição das raízes de
o que segundo Kuchebuch e Barber (1987) e Barber et al. (1988), interfere na taxa
de absorção de água e nutrientes. Condição esta que de acordo com Tardieu
(1988), se dá em um raio médio de 2 cm das radicelas, proporcionando prejuízos ao
desenvolvimento da cultura (Foloni et al., 2003).
23
2.1.5 Retenção de água no Solo
Em um cultivo com expressão econômica de qualquer cultura, deve se ter em
mente o contingenciamento de água, a fim de suprir a demanda desta em todo ciclo
vegetativo da cultura, de tal forma que se obtenha produtividade satisfatória. Por
estas razões é importante o conhecimento da capacidade do solo em reter e
armazenar água para o uso vegetal (Hillel, 1971). Esta característica tem forte
dependência de propriedades físicas, entre elas a textura, se observa maior
retenção de água em solos com maior teor de argila. Estudos realizados por Weaver
(1950) mostram que o nível de compactação era bem menor em solos com maior
capacidade de retenção de água, ao contrário daqueles cuja capacidade de
retenção era reduzida, isso por que a água atua como lubrificante diminuído a
coesão entre as partículas, impedindo a acomodação das mesmas quando se tem a
ação das ferramentas de ataque dos implementos no momento do revolvimento.
Segundo Daker (1988), a maioria das plantas responde diferentemente aos
níveis de umidade do solo, onde cada espécie vegetal possui um valor critico.
Grohmann e Arruda (1961), argumenta que uma boa distribuição de tamanho de
agregados do solo estável em água, atribui-lhe boas condições físicas, refletindo
principalmente na elevada permeabilidade, retenção de água, aeração, penetração
de raízes, e conseqüentemente, melhor aproveitamento de nutrientes.
Quando se trata da produção agrícola em solos tropicais, estes devem
receber manejo adequado, de forma a possibilitar maior conteúdo de água
armazenado, atenuando o stress hídrico ao longo do ciclo vegetativo da cultura que,
segundo Eltz et al. (1989) pode ser atribuído, tanto pelo ao excesso quanto pela falta
de umidade no perfil. Neste aspecto, práticas vegetativas como o uso de cobertura
morta no solo, constitui-se como importante medida que pode favorecer a retenção
de água, atenuando as variações de temperatura, perdas de solo por erosão,
evaporação e/ou escorrimento superficial, elevando assim, a taxa de infiltração e
armazenamento de água no solo, promovendo maiores rendimentos aos cultivos
agrícolas (Bragagnolo; Mielcnizuck, 1990).
24
2.2 ADUBAÇÃO FOSFATADA NO MILHO E FEIJÃO CAUPI
O fósforo é um nutriente muito importante para nutrição das gramíneas e
leguminosas, desempenhando papel importante na transferência de energia celular,
transpiração e fotossíntese. Sua carência ocorrendo no início do ciclo vegetativo da
cultura pode causar danos irreversíveis ao longo do seu desenvolvimento, ainda que
seja suprida posteriormente através de adubações complementares.
O baixo teor de fósforo disponível no solo configura-se como uma das
maiores limitações nutricional para produção agrícola em solos de região tropical.
Para o sucesso da adubação fosfatada nesta região, é preciso atentar para a forte
interação do solo com o fertilizante devido o processo de adsorção do nutriente pelo
solo. Em função disto, de acordo com Raij (1991), obriga-se que haja administração
de uma maior quantidade para compensar o efeito adsorsivo, muito embora esta
prática tenha a vantagem de proporcionar aumentos significativos na produção de
grãos. Para Holford (1997), a eficiência da adubação fosfatada é baixa, pois grande
parte do P adicionado ao solo torna-se imóvel e/ou não disponível, em virtude de
reações de adsorção nos colóides minerais, conforme citado anteriormente.
Em se tratando do uso de fertilizantes fosfatados na cultura do milho, alguns
trabalhos, mostram respostas positivas em termos de produtividade, devido à baixa
disponibilidade desse elemento na maioria dos solos brasileiros. Cravo e Shmyth
(1997) observaram comportamento semelhante nos solos Amazônicos e Raij et al.
(1982), nos cerrados da região Centro-Oeste do Brasil.
O fósforo se constitui como um dos nutrientes mais limitantes para a cultura
do milho. Tais características, aliadas às altas taxas de sorção do fósforo, têm sido
consideradas fatores limitantes para o aumento da produtividade nos solos
brasileiros, já que se fazem necessárias aplicações de altas doses de fósforo
(Lopes, 1984). Para a produção do feijão caupi o fósforo se constitui como o
elemento de maior importância, principalmente na formação de grãos. As
recomendações de adubação situam-se na faixa de 50 a 100 kg ha
-1
de P
2
O
5
,
quantidades normalmente associadas à disponibilidade do nutriente no solo. O
suprimento adequado de P é importante e indispensável desde os estádios iniciais
de crescimento da planta para que se atinjam altas produtividades (Grant et al.,
2001).
25
Oliveira et al. (1987) ao avaliarem cultivares de feijão quanto à eficiência no
uso de P, verificaram que o maior retorno de produção de grãos em relação ao nível
de P aplicado ficou situado na faixa entre 30 e 120 kg ha
-1
de P
2
O
5
. Deste modo, o
aspecto nutricional das plantas afeta a produtividade, a obtenção de sementes de
qualidade, o que pode ser
associado a fatores tais como: condições ambientais e
nível de nutrição da planta mãe (Arthur; Tonkin, 1991).
Levantamentos realizados em área de produtores de feijão caupi na região
nordeste do Estado do Pará mostraram uma grande quantidade de fósforo no solo.
Fato que tem relação direta com a freqüência uso dos adubos fosfatados, que
normalmente é feito sem análise de solos, levando ao acúmulo desse elemento nas
áreas de cultivo, o qual está bem acima do nível critico estabelecido para região, que
é de aproximadamente 13 mg dm
-3
(Cravo; Shmyth, 2005) para o caso do feijão
caupi. Estes mesmos autores encontraram respostas positivas quando se
administraram fertilizantes a base de fósforo na cultura, independente da fonte
aplicada, demonstrando assim a importância agronômica deste para produção do
grão na região.
2.3. ADUBAÇÃO ORGÂNICA NO MILHO E FEIJÃO CAUPI
O uso de fonte orgânica como adubação alternativa para o feijão caupi,
segundo Mello et al. (2005) é uma prática exercida principalmente entre os
pequenos produtores, podendo pelo menos em parte, substituir os fertilizantes
minerais na região. Entre estes, temos os resíduos da produção de farinha de
mandioca, oriundo das agroindústrias conhecidas popularmente como “retiro de
farinha”, resíduo este pouco utilizado. Existem também os estercos de animais, tanto
de aves quanto de bovinos, com destaque para o primeiro, com alta qualidade por
conter resíduos de ração ricos em elementos químicos essenciais para obtenção de
produtividades satisfatórias. Tais como, o fósforo e cálcio.
Os resíduos da produção de farinha de mandioca vêm sendo utilizados na
região, em pequena escala, no preparo de covas para o plantio de culturas perenes,
mas sem informações técnicas. Por outro lado, os benefícios dos estercos de
galinha e de gado são bem conhecidos em todo o mundo, restando saber os
benefícios de seus usos na região (Cravo et al., 2003). Além do uso destes
compostos orgânicos, uma alternativa que pode ser incorporado ao processo
26
produtivo, tanto de milho quanto de feijão caupi, é o uso de adubação verde. Fato
confirmado no trabalho de Cardoso et al. (1992), utilizando feijão bravo, como adubo
verde no consórcio de milho com feijão caupi, obtiveram por ação do efeito residual
um aumento respectivamente de 39% e 23% na produtividade de grãos, quando
comparado ao tratamento sem adubo verde.
Segundo Matos et al. (2006), o conteúdo de matéria orgânica é um importante
controlador da síntese da fração orgânica de fósforo no solo, e o seu incremento
aumenta também a proporção da fração orgânica de fósforo em relação às
quantidades totais de P. Pesquisas com diferentes classes de solos demonstraram
que em Argissolo, que a fração orgânica de fósforo correlaciona-se positivamente
com o carbono total e P total, embora o aumento das formas orgânicas não
acompanhe o rápido incremento do P total no solo.
De maneira geral, o conteúdo total da fração orgânica de fósforo aumenta,
quando o manejo favorece o incremento de carbono e/ou com a utilização de
fertilizantes, e diminui em sistemas intensivos de cultivo com baixa reposição de
fósforo. Sistemas de manejo que promovem adição de matéria orgânica ao solo
também contribuem para o aumento de formas mais disponível de P, com
diminuição da adsorção e conseqüente aumento da disponibilidade de P para as
plantas (Andrade et al., 2003), havendo portanto, a necessidade de se considerar a
matéria orgânica do solo como fator importante na ciclagem do fósforo (Chapius
Lardy et al., 2002).
A sucessão de cultivos distintos contribui para manter o equilíbrio dos
nutrientes no solo e aumentar a sua fertilidade, além de permitir melhor utilização
dos insumos agrícolas. A adição regular de resíduos de adubos verdes aos vários
solos dos trópicos, nos quais a matéria orgânica apresenta-se entre 2% e 3%,
contribuem para a conservação do solo e da água, promovendo, principalmente, a
melhoria da estrutura que favorece a aeração e a infiltração de água, possibilitando
maior penetração do sistema radicular (Igue, 1984; Lal, 1986). Além disso, propicia
melhor aproveitamento de adubos químicos e redução nos custos com adubação
mineral, uma vez que o adubo verde promove aumento da atividade biológica do
solo (Hernani et al., 1995). Contudo, a resposta das culturas depende da interação
de fatores como a natureza do material (relação C/N, teor de lignina), as
propriedades do solo, as características da cultura principal e o clima (Lal, 1986) e
(Amabile et al., 1994).
27
Visualizando os efeitos das adubações orgânicas na melhoria das qualidades
químicas do solo, Silva et al. (2004) avaliando a utilização de esterco bovino na
cultura do milho, observou que os teores de Ca
+2
, Mg
+2
trocáveis, pH e matéria
orgânica foram maiores quando se utilizou esterco bovino como adubo.
Oliveira et al. (2003), avaliando doses e formas de aplicação de N utilizando
25 Mg ha
-1
esterco bovino em feijão caupi cultivar IPA-206, obteve uma média de 2
Mg ha
-1
de grãos secos, constituindo-se com uma boa produtividade para cultura.
2.4 IMPORTÂNCIA DA CULTURA DO MILHO
O milho é uma monocotiledânea pertencente à família das poáceas, gênero
Zea, cientificamente denominada Zea mays L. (Francelli; Lima, 1982). Apresenta
bom desenvolvimento na região tropical, com plantios em todo território Brasileiro,
desde o extremo Sul até o extremo Norte. Mundialmente, o milho ocupa a terceira
posição no ranking das culturas mais produzidas, ficando atrás somente do trigo e
do arroz.
No Brasil, o milho é a cultura que ocupa maior área plantada e difundida entre
os agricultores. Com produção em torno de 25 milhões de toneladas por ano, com
uma produtividade média nacional em torno de 1,8 t/ha, sendo que os Estados de
Santa Catarina e Paraná têm as maiores médias nacionais, seguidos pelos estados
de São Paulo e Rio Grande do Sul (Santos, 1993).
A cultura do milho tem um alto potencial produtivo no Brasil, alcançando até
10 t ha
-1
de grãos tanto condições experimentais quanto por agricultores que adotam
tecnologias adequadas. No entanto, o que se observa na prática que são
produtividades muito baixas e irregulares, cerca de 3,5 t ha
-1
de grãos (CONAB,
2003). Segundo Coelho e França (1995), a fertilidade do solo é um dos principais
fatores responsáveis por essa baixa produtividade.
Sua utilização se dá tanto para uso diretamente na alimentação humana
quanto a de animais domésticos, que em última análise chegam à nossa mesa na
forma de carne, ovos, leite, queijos, etc. Constitui-se como matéria prima básica para
uma série de produtos industrializados, criando e movimentando grandes complexos
industriais, onde milhares de empregos são criados.
Na atividade agrícola, ou seja, na produção propriamente dita, centenas de
milhares de pessoas encontram seu sustento, número esse grandemente
28
aumentado se levarmos em consideração as pessoas envolvidas em toda cadeia
produtiva da cultura.
É uma cultura que pode ser cultivado em uma ampla gama de solos, mas com
rendimentos mais elevados em solos mais profundos e bem drenados com boa
aeração. Desenvolve-se bem em solos com pH próximo da neutralidade, embora
existam matérias genéticas mais tolerantes a acidez. Portanto, a calagem é uma
pratica importante para seu cultivo em solos ácidos (Bull; Cantarela, 1993).
Segundo Cantarela (1993), a fertilidade do solo é um dos condicionantes da
produtividade do milho, que interage com outros fatores, entre estes as condições
físicas do solo em conjunto com os aspectos climáticos. Principalmente os
relacionados à precipitação pluviométrica.
O milho é uma cultura anual, muito exigente em todos os macronutrientes
essências. Nos que diz respeitos aos nutrientes extraídos e exportados pelo milho,
estes obedecem as seguintes ordens decrescente extração: N = K > C l> Mg > Ca =
P > S > Fe > Zn = Mn > B > Cu > Mo; exportados – N > K > P > S = Mg > Cl > Ca >
Zn > Fé > Mn > B > Cu > Mo (Büll, 1993). Entre os macronutrientes de grande
relevância para cultura, o fósforo constitui-se como um dos mais limitantes, de
acordo com Mengel e Kirkby (1987), um quantitativo deficiente deste nutriente no
estádio inicial de desenvolvimento da cultura, provoca redução drástica de espigas
por unidade de área, refletindo assim na produtividade de grãos.
Enfocando a relação da produtividade do milho com os teores de K no solo,
Bull (1993) demonstrou em suas análises uma estreita relação das fertilizações a
base de potássio, com o aparecimento da inflorescência feminina, na uniformidade
na maturação e, no maior peso dos grãos conferindo maior resistência dos colmos
ao acamamento, agindo principalmente na taxa de assimilação de CO
2
no processo
fotossintético.
2.5 IMPORTANCIA DA CULTURA DO FEIJÃO CAUPI
O feijão caupi é uma cultura de grande importância mundial, principalmente
com alimento básico para as populações de baixa renda. É consumido
principalmente in natura, na forma de conserva ou desidratado, na alimentação
animal administrado como forragem verde, feno, silagem, farinha, como adubação
verde e proteção do solo. Ocupa uma área de aproximadamente 12,5 milhões de ha,
29
configurando-se como principais produtores mundiais a Nigéria e Brasil (QUIN,
1997).
O Brasil constitui-se como a terceira maior produção mundial, com cerca de
1,5 milhões de hectares, sendo mais de 90% deste total, localizados na região
Nordeste, com produtividade média de 317 kg.ha
-1
(Filho et al., 2005), com estaque
para os Estados do Ceará com 159.471 mil toneladas, Piauí com 58.786 mil
toneladas, Bahia 50.249 mil toneladas e Maranhão 35.213 mil toneladas (IBGE,
2001).
O Estado do Pará possui hoje uma área plantada de aproximadamente 70 mil
hectares, com produção de 60 mil toneladas e produtividade média de 860 kg.ha
-1
,
superior a dos cultivos nordestinos, graças às melhores condições climáticas e
outros aspectos naturais da região (Cravo et al., 2006).
É uma cultura de ciclo curto, de baixa exigência hídrica e de boa rusticidade
para se desenvolver em solos de baixa fertilidade e, por meio da simbiose com
bactérias do gênero Rhizobium, tem a habilidade para fixar nitrogênio do ar.
Em termos de solo, é uma cultura que pode ser cultivada em quase todos os
tipos de solos, destacando-se os Latossolos Amarelos, Latossolos Vermelho-
Amarelos, Argissolos Vermelho-Amarelos e Neossolos Flúvicos, com teores
regulares de matéria orgânica, soltos, leves e profundos, arejados e dotados de
média a alta fertilidade. Entretanto, outros solos como os Neossolos Quartzarenicos
com baixa fertilidade podem ser utilizados, mediante aplicações de fertilizantes
químicos e/ou orgânicos.
Os fatores climáticos se constituem como aspectos de maior importância para
implantação da cultura, destacando a precipitação pluviométrica, que deverá ser no
mínimo de 300 mm para que haja produtividade econômica. No entanto a ocorrência
de curtos períodos de déficit hídrico logo no início do desenvolvimento é estimulante
ao sistema radicular o qual tende a “descer” e melhor explorar o solo em
profundidade. Caso esta situação ocorra próxima e anterior ao florescimento
ocasionará severa retração do crescimento vegetativo, limitando a produção (Ellis et
al. 1994; Fancelli; Dourado Neto, 1997).
30
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL
O experimento foi instalado no município Terra Alta, pertencente à
microrregião do Salgado, na mesorregião do Nordeste paraense. O campo
experimental pertence à fazenda da EMBRAPA Amazônia Oriental, localizada às
margens da rodovia PA-136, em um Latossolo Amarelo, relevo plano e textura
média. Sua localização está sob coordenadas geográficas na latitude entre 01º 07’
30” Sul e longitude 47º 52’30” Oeste de Greenwich, a uma altitude de 35 m. As
características climáticas do município inserem-se na categoria de equatorial
amazônico, tipo Am, da classificação de Koopen, caracterizado pelas temperaturas
elevadas, com média anual de 27ºC. Entre os meses de julho a dezembro
predomina o período de menor índice pluviométrico, registrando precipitação média
nos últimos cinco anos de 1850 a 2600 mm anuais (INMET, 2007), conforme Figura
1, e umidade relativa do ar entre 80 e 90 %.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
ANO 2002 ANO 2003 ANO 2004 ANO 2005 ANO 2006
PRESCIPITAÇÃO PLUVIOMETRICA (m
m
Figura 1 – Precipitação pluviométrica média do município de Terra Alta-PA, no
período de 2002 a 2006.
3.2 HISTÓRICO DA ÁREA E ESQUEMA DA PESQUISA
A área experimental de 1.885 m
2
possuía até setembro de 2001, vegetação
denominada de capoeira com aproximadamente oito anos de pousio, a qual foi
eliminada com trator de esteira e garfo enleirador e seqüencialmente recebeu
2 Mg ha
-1
de calcário dolomítico seguido de revolvimento e incorporação com arado
31
de discos a 30 cm profundidade, incorporando o corretivo e os restos vegetais. Antes
do início do experimento foram coletadas amostras de solo em todas as parcelas
para análises químicas (Tabela 1).
Tabela 1 – Resultado de análise química do solo a 20 cm de profundidade, coletado
antes da instalação do experimento.
PH P K Na Ca Mg Ca+Mg Al SB CTC efetiva
água mg dm
-3
cmol
c
dm
-3
m %
4,1 2 0,05 0,03 0,7 0,50 1,2 0,8 1,27 2,07 38,61
4,4 4 0,04 0,03 1,0 0,50 1,5 0,5 1,57 2,07 24,19
4,5 3 0,05 0,02 1,2 0,50 1,7 0,5 1,76 2,26 22,09
4,2 3 0,05 0,02 0,9 0,40 1,3 0,8 1,37 2,17 36,89
4,3 3 0,05 0,02 1,1 0,30 1,4 0,7 1,47 2,17 32,29
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro
repetições, em esquema fatorial 6x3, para atributos físicos (seis tratamentos e três
profundidades) e 6x2 para os atributos químicos e produtividade (seis tratamentos e
dois anos de estudo). Os tratamentos utilizados foram: esterco bovino (EB), esterco
de galinha (EG) e resíduo de agroindústria de mandioca (RA), adubação fosfatada
(AF), adubação verde com feijão de porco (FP) e testemunha (T). As quantidades
foram de 10 Mg ha
-1
para as fontes orgânicas e 0,1 Mg ha
-1
para adubação
fosfatada, no ciclo de produção de 2002 e repetida a mesma quantidade no ano
seguinte, totalizando 20 Mg ha
-1
e 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
, respectivamente.
Coletaram-se amostras indeformadas para avaliação dos atributos físicos
densidade, porosidade, retenção de água no solo, em três profundidades (0-10,10-
20 e 20-30 cm), no centro da parcela (repetição) de cada tratamento (Figura 2),
somente no ano de 2006.
Para análise dos atributos químicos, foram retiradas amostras deformadas,
com coletas na profundidade (0-20 cm) no centro de para parcela (repetição). De
forma a avaliar os atributos pH; matéria orgânica, macronutrientes e alumínio (Al
+3
)
trocável, calculando a capacidade de troca de cátions efetiva, saturação por alumínio
e soma de bases.
Para produtividade das culturas, coletaram-se as espigas e vargens de milho
e feijão caupi respectivamente, somente na área útil, segundo descrição posterior as
em parcelas medindo 5x10 m, distanciadas 1 metro entre si, coletadas em ambos
atributos nos anos de 2003 e 2006 (Figura 2).
32
__________________________ 65 m ___________________________
EB FP EG T AF
RM
RM T EB EG FP AF
EG RM FP AF T EB
FP AF T EB RM EG
Figura 2 - Croqui da área experimental (T = testemunha; EB = esterco bovino; EG = esterco
de galinha; AF = adubação fosfatada; RM = resíduo de mandioca; FP = feijão de porco).
Em março de 2002, foi semeada a leguminosa FP, somente na parcela deste
tratamento, com a execução de roçagem desta no período de floração, juntamente
com a vegetação espontânea existente na área, utilizando roçadeira mecânica
tratorizada. Na seqüência, as parcelas dos tratamentos destinadas às fontes de
adubo orgânico e a fosfatada receberam as quantidades de 10 Mg ha
-1
e 0,1 Mg ha
-1
de P
2
O
5
, respectivamente, as quais foram distribuídas a lanço sobre as parcelas
com dimensões (5x10 m), que sofreram revolvimento total do solo na área
experimental a 15 cm de profundidade com grade niveladora.
Em maio do mesmo ano foi realizado o semeio do feijão caupi, cultivar BR3-
Tracuateua, com espaçamento de 50 cm x 25 cm, com duas plantas por cova e
densidade aproximada de 160.000 plantas ha
-1
. Após 15 dias do semeio, foi aplicado
o equivalente a 90 kg ha
-1
de K
2
O a lanço, ao longo das linhas de plantio.
Ao término do ciclo da cultura, no mês de agosto, foi procedida a colheita na
área útil de 18 m
2
(sete linhas centrais, deixando-se bordaduras de 2 linhas em cada
lateral e 2 m em cada extremidade) para quantificar a produtividade por tratamento.
Após a colheita do feijão caupi, semeou-se a leguminosa FP nas parcelas do
respectivo tratamento e em dezembro de 2002 fez-se a roçagem de toda a área com
implemento mecânico tratorizado.
Em janeiro de 2003, os tratamentos EB, EG, RM e AF receberam a dose
complementar com suas respectivas fontes, na quantidade de (10 Mg ha
-1
para
fontes orgânicas e 0,1 Mg ha
-1
para adubação fosfatada), as quais foram distribuídas
a lanço sobre as parcelas, seguidas de revolvimento total da área com grade
niveladora a 15 cm de profundidade, com conseqüente incorporação destas
juntamente com os restos culturais da leguminosa (FP) e vegetação espontânea (T).
Ao final do mesmo mês ocorreu o semeio da cultivar de milho BR 5102, no
33
espaçamento de 1,0 m entre linhas, com uma densidade de seis sementes por metro
linear recebendo adubações complementares com cloreto de potássio e uréia. A
adubação potássica (120 kg ha
-1
de K
2
O) foi parcelada em duas aplicações, com a
primeira no semeio, a lanço e o restante aos 30 dias por ocasião da amontoa,
colocado em sulco próximo à linha de plantio. A adubação nitrogenada (120 kg ha
-1
de N) a lanço, aos 25 dias e 55 dias após o semeio.
No período de floração do milho ocorreram coletas de amostras simples de
solo para efeito de análise de macronutrientes por tratamento em cada parcela. Ao
fim do ciclo vegetativo da cultura, efetuou-se a colheita somente nos 24 m
2
de área
útil das parcelas (4 linhas centrais, deixando-se bordadura de 2 m em cada
extremidade, ou seja, 4 m x 6,0 m), a fim de se obter produtividade. Em Junho de
2003, foi semeado o feijão caupi cultivar BR3-Tracuateua consorciado com
mandioca, com a colheita do feijão caupi em agosto de 2003, permanecendo a
mandioca até junho do ano seguinte.
No ano de 2004, o único cultivo estabelecido na área foi o da mandioca,
remanescente do ano anterior, a qual recebeu adubação com K e N (120 kg ha
-1
de
K
2
O e 120 kg ha
-1
de N). A colheita foi realizada aos 12 meses de cultivo, em toda a
parcela (50 m
2
).
No ano de 2005, no mês de maio, foi realizado o semeio do feijão caupi,
cultivar BR-3 Tracuateua com espaçamento de 50 cm x 25 cm, com duas plantas por
cova e densidade aproximada de 160.000. O programa de adubação complementar
foi implementado apenas nos tratamentos com AF e T, com adubação potássica a
base de cloreto de potássio, o correspondente a 120 kg ha
-1
de K
2
O, por ocasião da
amontoa, e adubação nitrogenada o equivalente a 120 kg ha
-1
de N, a base de uréia.
Foram distribuídas a lanço em três vezes iguais, ao longo das linhas de plantio,
sendo a primeira
por ocasião do semeio, e as seqüentes aos 20 e 45 dias após a
germinação, No período de florescimento, foram coletadas amostras de solo para
análise química, a fim de acompanhar os teores dos macronutrientes e estabelecer o
programa de adubação para os próximos plantios. Ao final do ciclo do feijão caupi foi
procedido a colheita de igual modo ao realizado neste ano de 2003. A leguminosa
FP foi semeada logo em seguida, somente nas parcelas do tratamento e ceifada em
dezembro com roçagem total da área experimental.
No último ano de coleta de dados (2006), os restos culturais do FP e
vegetação espontânea foram incorporados no mês de janeiro de forma idêntica aos
34
cultivos anteriores, sendo que após 15 dias realizou-se pulverização com o herbicida
glifosate, para eliminar as ervas daninhas. Após 15 dias procedeu-se o semeio do
milho, cultivar BRS 2110, na densidade de seis sementes por metro linear,
distanciadas a 1 m entre linhas. O programa de adubação foi implementado apenas
nos tratamentos AF e T a base de adubação potássica, com cloreto de potássio,
distribuído a lanço o correspondente a 120 kg ha
-1
de K
2
O, por ocasião da amontoa,
e adubação nitrogenada de 120 kg ha
-1
de N, parcelada de três vezes de 40 kg ha
-1
,
no semeio, e aos 20 dias, com sulfato de amônio, e aos 45 dias após a germinação,
com uréia.
Na época da floração do milho foram efetuadas coletas de amostras de solo a
20 cm de profundidade, para as análises químicas, e coleta das plantas ao final do
ciclo, apenas de 24 m
2
de área útil (4 linhas centrais, deixando-se bordadura de 2 m
em cada extremidade, ou seja, 4 m x 6,0 m). Em junho do mesmo ano foi realizado o
revolvimento total da área de igual modo aos anos anteriores procedendo semeio do
feijão caupi cultivar BR3-Tracuateua com espaçamento de 50 cm x 25 cm, com duas
plantas por cova e densidade aproximada de 160.000 plantas.ha
-1
. A adubação de
manutenção foi realizada de acordo com analise de solo com a colheita em agosto,
aproveitando área útil de 18 m
2
(sete linhas centrais, deixando-se bordaduras de 2
linhas em cada lateral e 2 m em cada extremidade).
Após 60 (sessenta) dias do semeio do feijão caupi, procedeu a coleta de
amostras indeformadas de solo, nas profundidades de 0-10, 10 a 20 e 20 a 30 cm,
utilizando anéis de aproximadamente 100 cm
3
, acoplados em sonda manual. A
coleta foi realizada na porção central da área de cada parcela, a 20 cm da linha de
plantio. Também foi realizada penetrometria com equipamento portátil marca
Sondateste nas mesmas profundidades de coleta das amostras indeformadas, com
coleta simultânea de amostra de solo para determinação do teor de umidade no
momento da penetrometria, as quais foram aproveitadas para realizar as análises de
granulometria.
3.3 ANÁLISES FÍSICAS
As amostras indeformadas foram analisadas no laboratório de física de solos
da Embrapa Amazônia Oriental, de modo a determinar os atributos físicos e
deformada os granulométricos, conforme EMBRAPA, (1997). Os atributos fiscos
foram a densidade do solo (Ds), a densidade de partícula (Dp), a porosidade total
35
(Pt.), macroporosidade (Mac.), microporosidade (Mic.) e curva de retenção de
umidade do solo.
Para a curva de retenção de umidade no solo, as amostras foram
submetidas às tensões 6, 10, 33,100 e 1500 kPa, em extrator de Richards. Para a
pressão de 1500 kPa utilizou amostras deformadas, acondicionadas em anéis
plásticos de 10 cm
3
,
pré saturadas sobre placas de cerâmica porosa. A fim de
determinar da curva característica de retenção de umidade, os valores de umidade
obtida nas pressões estudadas, foram ajustados no Software Oringin Versão 7.0 e a
partir destes, foram determinados tanto os demais potenciais matriciais quanto os
teores de umidade nos respectivos potenciais através da equação de Van
Genuchten, (1980).
3.4 ANÁLISE QUÍMICA
As análises de fertilidade do solo foram realizadas no laboratório de química
da Embrapa Amazônia Oriental, empregando a metodologia da EMBRAPA (1997).
Foram determinados pH, matéria orgânica, macronutrientes (P, K, Ca e Mg), e Al
trocável e, calculadas a capacidade de troca de cátions efetiva e saturação por Al
trocável.
3.5 PRODUTIVIDADE DAS CULTURAS
Nos anos de coleta dos dados as produtividades tanto em 2003 quanto 2006,
para as culturas estudadas foram determinadas a partir da colheita da área útil em
cada repetição dos tratamentos. Para cultura do milho, considerou a área útil de
24 m
2
(4 linhas centrais, deixando-se bordadura de 2m em cada extremidade). No
feijão caupi, a área útil considerada foi de 18 m
2
(7 linhas centrais, deixando-se
bordaduras de 2 linhas em cada lateral e 2m em cada extremidade). Após a colheita,
as espigas de milho e vargens de feijão caupi foram beneficiadas, para obtenção do
peso de grãos com 13% de umidade e, calculada a produtividade por hectare e
eficiência relativa dos tratamentos, considerando a adubação fosfatada como
padrão.
36
3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas
pelo Teste de Duncan a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa estatístico
SANEST (Zonta; Machado, 1991). Calculou-se também a eficiência de produção do
milho e do caupi.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO
A granulometria do solo não foi influenciada significativamente pelos
tratamentos conforme pode ser observado pelos valores médios das frações em
cada profundidade (Tabela 2) visto ser esta uma das características físicas pouco
mutável no solo. Observa-se então uma maior quantidade de areia no perfil, na
camada superficial (0-10 cm) e um aumento do teor de silte e argila nas subjacentes
(10-20 e 20-30 cm), o que pode estar relacionado com o revolvimento sucessivo a
que o solo foi submetido, associado aos índices pluviométricos verificados na região,
o que favorece a decida natural destas partículas para os perfis subsuperficiais.
Os atributos físicos densidade do solo e de partícula, porosidade total,
microporosidade, macroporosidade e resistência à penetração, não apresentaram
diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos, dentro da mesma
profundidade do solo, conforme pode ser observados nas Tabelas 3, 4 e 5.
Ao consideramos a influência dos tratamentos no perfil agrícola (0-30 cm de
profundidade) é observado que a densidade de partículas e a macroporosidade
apresentaram no tratamento AF valores inferiores estatisticamente ao FP. Tal
resultado pode ser considerado como um efeito positivo da adubação verde, em
relação à adubação fosfatada para aquelas características do solo.
37
Tabela 2 – Análise granulométrica de um Latossolo Amarelo (g.kg
-1
), em sistema de
cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações orgânica,
fosfatada e verde, em três profundidades.
Areia Silte Argila
---------------------------------- Profundidade (cm) -------------------------------
Trat.
0–10 10–20 20–30 Média 0–10 10–20 20–30 Média 0–10 10–20 20–30 Média
T 807 744 746 763a 85 111 116 104a 108 145 138 130a
AF 819 744 739 768a 76 104 104 95a 105 152 157 138a
EB 780 766 722 772a 100 109 103 104a 100 125 175 137a
EG 791 748 740 763a 96 111 110 106a 113 141 150 134a
RM 782 737 754 759a 102 108 109 106a 116 155 137 137a
FP 799 720 740 756a 86 125 120 110a 115 155 140 147a
Média
1
780a 743b 748b - 90b 111a 110a - 110b 145a 151a -
T = testemunha; EB = esterco bovino; EG = esterco de galinha; AF = adubação fosfatada;
RM= resíduo de mandioca; FP = feijão de porco. Médias com letras distintas diferem estatisticamente
entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Duncan.
Tabela 3 - Densidade do solo e de partícula de um Latossolo Amarelo, em um
sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações
orgânica, fosfatada e verde, em três profundidades.
Densidade do Solo Densidade de Partícula
g.cm
-3
Trat.
0-10 10 – 20 20 – 30 Média 0-10 10 – 20 20 – 30 Média
T 1,54 1,70 1,61 1,62a 2,50 2,62 2,57 2,58 abc
AF 1,53 1,72 1,65 1,63a 2,48 2,58 2,58 2,55c
EB 1,54 1,72 1,63 1,63a 2,63 2,58 2,62 2,61ab
EG 1,54 1,75 1,64 1,64a 2,54 2,6 2,57 2,57bc
RM 1,58 1,67 1,64 1,63a 2,59 2,61 2,63 2,61ab
FP 1,56 1,71 1,63 1,63a 2,64 2,62 2,64 2,63a
Média
1
1,55c 1,71a 1,64b - 2,57a 2,60a 2,60a -
T = testemunha; EB = esterco bovino; EG = esterco de galinha; AF = adubação fosfatada;
RM= resíduo de mandioca; FP = feijão de porco. Médias com letras distintas diferem estatisticamente
entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Duncan.
38
Tabela 4 – Porosidade total, macroporosidade e microporosidade de um Latossolo
Amarelo, em um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em
função de adubações orgânica, química e verde, em três profundidades.
Porosidade Total Macroporosidade Microporosidade
m
3
.m
-3
Profundidade, cm
0-10 10–20 20–30 Média 0-10 10–20 20–30 Média 0-10 10–20 20–30 Média
T 0,39 0,35 0,37 0,37a 0,22 0,12 0,18 0,17a 0,16 0,22 0,19 0,19c
AF 0,38 0,33 0,36 0,36a 0,18 0,08 0,11 0,13c 0,19 0,24 0,24 0,22a
EB 0,41 0,32 0,37 0,37a 0,24 0,10 0,14 0,16ab 0,16 0,22 0,23 0,20bc
EG 0,39 0,32 0,36 0,36a 0,23 0,08 0,11 0,14bc 0,15 0,24 0,24 0,21ab
RM 0,38 0,36 0,37 0,38a 0,21 0,13 0,15 0,17ab 0,17 0,22 0,21 0,20bc
FP 0,40 0,34 0,36 0,37a 0,23 0,11 0,11 0,15abc 0,17 0,23 0,24 0,22ab
Média
1
0,40a 0,34c 0,37b - 0,22a 0,11c 0,14b - 0,17b 0,23a 0,23a -
T = testemunha; EB = esterco bovino; EG = esterco de galinha; AF = adubação fosfatada;
RM= resíduo de mandioca; FP = feijão de porco. Médias com letras distintas diferem estatisticamente
entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Duncan.
Tabela 5 – Resistência à penetração (RP) e percentual (%) de umidade (U) de um
Latossolo Amarelo, em um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão,
em função de adubações orgânica, química e verde, em três profundidades.
Tratam. RP (MPa) (U) % RP (MPa) U (%) RP (MPa) U (%)
RP
(MPa)
U (%)
Profundidade (cm)
0 – 10 10 – 20 20-30 Média
T 0,72 12 0,84 13 0,87 13 0,81a 12,6ab
FQ 0,74 12 0,86 13 0,86 13 0,82a 12,6ab
EB 0,74 12 0,86 13 0,88 13 0,83a 12,6ab
EG 0,72 12 0,84 13 0,84 13 0,80a 12,6ab
RM 0,72 12 0,82 13 0,82 13 0,79a 12,6ab
FP 0,73 12 0,83 13 0,85 13 0,78a 12,6ab
Média 0,73b 12b 0,84a 13a 0,84a 13a - -
T = testemunha; EB = esterco bovino; EG = esterco de galinha; AF = adubação fosfatada;
RM= resíduo de mandioca; FP = feijão de porco. Médias com letras distintas diferem estatisticamente
entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Duncan.
A densidade do solo, independente dos tratamentos teve o valor mais elevado
(1,71 g.cm
-3
) na camada de 10-20 cm, com diferenças significativas para as demais
profundidades (Tabela 3). Tais resultados podem estar relacionados à ação direta do
uso continuo de trator e grade niveladora naquela profundidade, nos últimos quatro
anos de cultivo.
Reineart e Reichert (2001), propõem valores críticos para Ds, admitindo para
solos argilosos 1,45 Mg m
-3
, para textura de média de 1,55 m.m
-3
e para textura de
39
arenosa, que é o caso do horizonte agrícola do solo estudado, de 1,65 Mg m
-3
.
Considerando tal proposição, o sistema de cultivo do solo em estudo está causando
compactação do solo, independente dos tratamentos utilizados. Por outro lado, Silva
e Rosolem (2001), demonstram em experimentos em solos arenosos, sob cultivo de
espécies vegetais, com estado de compactação em subsuperficie de 150 a 185 mm,
que não impedem o crescimento de raízes do milho, demonstrando que o valor
crítico para esta característica física pode ser superior a 1,65 Mg m
-3
.
A densidade do solo de 1,71 g cm
-3
pode provocar limitações para o
desenvolvimento da cultura do milho, reduzindo o crescimento do sistema radicular e
o conteúdo de água no solo (Reineart; Reichert, 2001). Neste sentido, Brady (1989),
adotando condições semelhantes à deste experimento, concluiu que a densidade do
solo de 1,8 g cm
-3
causou redução progressiva do conteúdo de água no solo, o que
seria comprometedor para produtividade da cultura na ocorrência de um período de
veranico. De acordo com Silva et al., (2000), o uso do solo na Amazônia é
problemático, pois além de desencadear os processos erosivo, produz a formação
de camadas compactadas no perfil agricultável, denominadas de pé-de-grade.
Nos atributos relativos às porosidades e a resistência à penetração, após
desdobramento da interação tratamento x profundidade, observa-se diferenças
estatísticas significativas entre as profundidades (Tabela 4 e 5) e entre os
tratamentos para macro e microporosidade. Maior porosidade total e
macroporosidade e menor resistência à penetração foram constatadas na camada
de 0-10 cm. Resultados obtidos por Da Ros et al. (1997) também demonstram, em
solos sob preparo convencional, maior porosidade total na camada superficial. Tal
resultado pode ser justificado pelo maior teor de areia naquela camada (Tabela 2).
Na profundidade intermediária, 10 - 20 cm foi obtido os menores valores para
porosidade total e macroporosidade e maior para microporosidade e resistência à
penetração, muito embora, para estes dois últimos atributos, não tenha ocorrido
diferença significativa entre esta camada e a subseqüente (Tabela 4, 5). Os valores
observados para tais atributos podem ser limitantes ao desenvolvimento radicular da
maioria das culturas, além de interferir nas relações de trocas gasosas do sistema
solo-planta (Reineart; Reichert, 2001). De acordo com Nascimento (2000), este
comportamento pode está ligado ao manejo inadequado do solo, principalmente por
ação do revolvimento sistemático do mesmo, sem considerar critérios básicos como
o estado de friabilidade. Mas apesar dos resultados obtidos naquela profundidade
40
serem críticos para alguns autores, Brady (1979) argumenta em trabalho
semelhante, que são valores aceitáveis quando se tratar de solo arenoso.
Na camada de 10-20 cm a macroporosidade apresentou o valor de
0,11 m
3
m
-3
(Tabela 4), que de acordo com Baver et al. (1972), citado por Cravo e
Smyth (2002) está próximo ao limite mínimo aceitável para este atributo, que é de
0,10 m
3
m
-3
. Limite que permite manter aeração do solo e conseqüentemente o
desenvolvimento mínimo do sistema radicular para o crescimento das plantas.
Diferentemente do autor anterior, Hodgson e MacLeod (1989) citam que não existe
um valor fixo que possa ser usado como limite critico para a macroporosidade.
O comportamento da macro e microporosidade em profundidade foram
semelhantes aos resultados de Hill & Cruse (1985) e Cruz (2003), que encontraram
em sistema convencional uma maior macroporosidade na camada de 0-10 cm e
maior microporosidade na camada de 10-20 cm, resultado das operações de
preparo do solo formando uma camada compactada "pé-de-grade", com ação direta
na disponibilidade de água às plantas.
Para a microporosidade média entre as profundidades os valores variaram de
0,17 m
3
m
3
a 0,23 m
3
m
3
entre as camadas de 0-10 cm e 10-20 cm, respectivamente
(Tabela 4). O maior valor na camada mais profunda pode ser atribuído ao maior teor
de argila naquela camada (Tabela 2), o que está de acordo com informações de
Costa Filha (2005) que afirma ser o sistema de manejo do solo, com preparos
freqüentes, associados aos elevados indicies pluviométricos da região,um dos
motivadores, que contribui para descida das partículas de argila para camadas
subsuperficiais, favorecendo o aumento da microporosidade nas mesmas.
Quando se considera a média das três profundidades (0-30 cm), constata-se
uma relação macro/microporosidade de 1:1,4, valor bem inferior a de 1:3
preconizada como a ideal por Kiehl (1979). Neste aspecto, a estreita relação entre
tais atributos (mac/mic), provocará reflexos negativos na retenção umidade, haja
vista existir menor quantidade de microporos, isto, de acordo com que sugere
Caetano (2000) e Primavesi (2002), citados por Freitas (2005).
A resistência à penetração foi bem menor na camada de 0-10 cm quando
comparada as subsuperficiais (Tabela 5). Tal resultado é discordante dos
encontrados por Tormena et al. (2002) em um Latossolo Vermelho distrófico, os
quais verificaram menor resistência em maiores profundidades. No caso deste
trabalho, tal comportamento pode ser atribuído ao fato de que a camada superficial
41
encontram-se menores teores de argila (Tabela 2) e a ação do sistema radicular do
milho por ser fasciculado concentrando-se nas primeiras camadas do solo contribui
para a diminuição dos valores deste atributo (Silva et al.,2000). Observa-se ainda
que a camada de 20-30 cm mesmo não diferindo estatisticamente, possui médias
ligeiramente superiores as da camada de 10-20 cm, fato que pode relacionar à
sobreposição de camadas e aos maiores teores de argila.
Os valores de RP encontrados neste experimento variaram de 0,72 a 0,88
MPa entre as camadas superficial e mais profunda, respectivamente. Resultados
semelhantes foram encontrados por Dexter (1987), o qual verificou que valores
nesta magnitude reduzem em até 50% a capacidade máxima de desenvolvimento do
sistema radicular para cultura do milho. Contrariando os argumentos de Silva (2003),
que considera 2,0 MPa como impeditivo ao crescimento radicular e porção aérea
das culturas
De acordo com Matrechera et al. (1992) a resistência à penetração atua
diretamente na elongação e diâmetro das raízes. Por outro lado, Foloni et al. (2003),
demonstram que a resistência a penetração no valor de 1,4 MPa impede que o
sistema radicular do milho atravesse essa camada e se desenvolva em
profundidade, o que nos leva a crê que a impedância do solo é maior que a
capacidade das raízes em avançar perfil abaixo.
Para o atributo retenção de umidade do solo, cujas curvas característica
foram ajustadas por meio do modelo proposto por Van Genuchten (1980) com alto
coeficiente de correlação, observa-se diferença estatística significativa para as
médias de profundidades e tratamentos, tanto para umidade de saturação (θs)
quanto para umidade residual (θr), conforme Tabela 6.
42
Tabela 6 – Retenção de água usando valores extremos de umidade de saturação (θs=máxima),
kiloPascal = (kPa), em um Latossolo Amarelo com sistema de cultivo com milho e feijão caupi e
m
orgânica, química e verde, em três profundidades ajustadas através da equação de Van genuc
h
Θs (kPa)
Profundidades (cm)
Trat
0-10 10-20 20-30 Media
2
0-10 10-
2
T 0,163a 0,244a 0,219a 0,209b 0,027Abc 0,02
8
A.F 0,213a 0,259a 0,251a 0,241a 0.037Aa 0,01
8
E.B 0,189a 0,230a 0,241a 0,220ab 0,030Abb 0,03
6
E.G 0,169a 0,251a 0,251a 0,224ab 0,020Acd 0,02
8
R.M 0,181a 0,229a 0,222a 0,211b 0,017Ad 0,01
6
F.P 0,197a 0,237a 0,247a 0,223ab 0,23Abcd 0,01
8
Média
1
0,185 0,242a 0,238a - 0,026a 0,02
4
T = testemunha; EB = esterco bovino; EG = esterco de galinha; AF = adubação fosfatada; RM= resíduo de mand
i
profundidade. Letras maiúsculas = profundidade, letras minúsculas = tratamentos, Médias com letras distintas dife
r
probabilidade, pelo teste de Duncan.
Relacionado à umidade de saturação (Tabela 6) os valores médios dos
tratamentos entre profundidades, indicam que há diferença estatística significativa
entre a camada superficial (0-10 cm), a qual assumiu menor valor neste atributo
(0,185 m
3
m
-3
), e os dois perfis subsuperficiais (10-20 e 20-30 cm), as quais tiveram
comportamentos semelhantes entre sí, conforme pode também ser visualizado
através das curvas de retenção de umidade (Figura 3a). As curvas tenderam a
aproximar-se a medida que se aumentava a tensão, evidenciando a diminuição da
diferença a partir de 10 kPa, com os valores praticamente se igualando no ponto da
umidade residual (1500 KPa).
No intervalo de tensão qualificado por Carvalho et al. (1997) como de
interesse para os vegetais (10 a 1500 kPa), as camadas de 10-20 e 20-30 cm de
profundidade, retiveram 1,5 vez mais umidade que a camada superficial (0-10 cm)
(Tabela 26A), condição tal, que pode está sob influencia da maior macroporosidade
verificada na camada em questão (Tabela 4).
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
1 10 100 1000 10000
Potencial matricial (- kPa)
Umidade volumetrica (m
3
.m
-3
)
0-10 cm
10-20 cm
20-30 cm
Figura 3a – Curva característica de retenção de água de um Latossolo Amarelo, em
um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão em função de
adubações orgânicas, fosfatada e verde, ajustadas ao modelo de Van Genuchten
(1980), com média dos valores dos tratamentos em três profundidades.
Considerando que a maioria das culturas de interesse econômico aproveitam
a umidade no solo no intervalo entre 10 e 100 kPA. Obteve-se no perfil estudado
uma retenção de umidade média de apenas 41%, valor abaixo os 66% encontrados
por Wolf (1975) em condições semelhantes a deste experimento. Essa diferença
pode ter sido devido à baixa concentração de argila do perfil do solo estudado, com
média de apenas 15% de argila (Tabela 2).
44
Avaliando a diferença de retenção de umidade entre 10 kPa e 100 kPa,
considerando a média dos resultados dos tratamentos na profundidade de 0-30 cm,
esta é relativamente pequena entre os tratamentos, conforme tabela 27A, indicando
assim pouca influencia destes sob a retenção de umidade no solo.
Relacionado à umidade residual, o valor médio da camada de 0-10 cm não
diferiu da camada de 10-20 cm, porém esses valores foram estatisticamente
superiores ao de 20-30 cm (Tabela 6), o que não era esperado visto ser encontrado
na camada superior os maiores valores de areia e macroporosidade (Tabelas 2 e 4)
e na terceira camada os maiores valores de microporosidade e argila. Fração
granulométrica esta, que se constitui como um dos mais importantes “reguladores”
dos teores de umidade do solo a altas tensões, haja vista possuir maior superfície
específica. O fato então seria explicado pela provável limitação técnica de
incorporação da matéria orgânica pelo implemento de revolvimento a maiores
profundidades.
Quanto a θs, comparando o comportamento entre fontes mineral e orgânicas,
na profundidade de 0-30 cm de profundidade, os resultados obtidos, possuem
médias estatísticas semelhante (Tabela 6), com RM assumindo o menor valor (0,211
m
3
.m
3
) entre os tratamentos. O maior numérico foi para AF, provavelmente por este
tratamento ter possibilitado melhores condições para desenvolvimento radicular, tão
logo sofra ação decompositora através dos microorganismos, de acordo com
Gatiboni (2003), formará uma cadeia de bioporos, constituindo-se como um eficiente
armazenador de umidade no solo.
Considerando as fontes orgânicas para θs, o EG apesar de não diferir
estatisticamente entre EB, FP e RM, numericamente foi a fonte que se mostrou mais
eficiente em reter umidade a altas pressões (Figura 3b), podendo ser atribuído este
comportamento á qualidade físico-química do material, que via de regra é constituído
por serragem de madeira com grande capacidade adsorsiva, fezes de aves e restos
de ração com consideráveis teores de macro e micro nutrientes, favorecendo
quimicamente o solo, como mostra os resultados de evolução positiva de fertilidade
através da análise química inicial do solo neste experimento promovendo melhor
desenvolvimento das culturas.
45
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
1 10 100 1000 10000
Potencial matricial (- kPa)
Umidade volumetrica (m
3
.m
-3
)
T
AF
EB
EG
RA
FP
Figura 3b – Curva característica de retenção de umidade de um Latossolo Amarelo,
em um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão; em função de
adubação orgânica; e fosfatada e verde, ajustadas ao modelo de Van Genuchten
(1980), com média dos valores por tratamento no perfil de 0-30 cm de profundidade.
4.2 ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO
4.2.1 pH do solo (em H
2
O)
Os valores de pH em água apresentaram diferenças significativas para ano e
tratamento, sem interação significativa entre os mesmos (Figura 4). Quando se
observa os resultados do ano de 2003 (Figura 4), e compara com a análise inicial em
2002 (Tabela 1), observa-se um aumento mínimo de 1,0 unidade na escala de pH,
resultado da adição de corretivo no solo antes da instalação dos tratamentos na área
experimental. Fato também verificado nos experimentos de Tofoli (2006); Silva
(2001) e Borket (1973). Os valores de pH no período agrícola em questão, variaram
de 5,4 a 6,5, que segundo a classificação química citada por Ribeiro et al. (1999) é
caracterizado como acidez média a fraca.
Entre os tratamentos, no ano de 2003, o esterco de galinha (EG) apresentou o
maior valor de pH 6,5 diferindo significativamente dos demais, os quais assumiram o
mesmo comportamento estatístico entre si, com AF apresentando o menor valor
entre as fontes fertilizadoras.
46
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
Ano:2003 Ano:2006
pH do solo em água
T
AF
EB
EG
RM
FP
a
a
bb
b
b
b
b
b
bb
b
Figura 4 – pH do solo em um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em
sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada e verde nos anos agrícola de
2003 e 2006.
Letras distintas entre sí comparam apenas tratamentos dentro de um mesmo ano de cultivo,
ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Ducan.
Com a sucessão dos ciclos produtivos, em 2006, houve um decréscimo nos
valores de pH, quando comparado ao ano de 2003 em todos os tratamentos, com
EG mantendo-se significativamente superior aos demais ainda que tenha diminuído
1,2 unidades quando comparado ao primeiro ano de coleta de dados (Figura 4). No
ano (2006), o tratamento com adubação fosfatada apresentou o menor valor de pH,
fato este que pode ser função do menor tamponamento do solo em relação aos
tratamentos que receberam adubação orgânica.
A condição de acidificação do solo verificada no ano de 2006, é um fato que
pode ser minimizado com o uso mais freqüente de corretivo e adubações orgânicas,
principalmente de origem animal, o que poderia complexar o Al trocável através dos
agentes quelantes presente nestes materiais orgânicos (Andreola, 2000b).
4.2.2 Matéria orgânica
Os teores médios de matéria orgânica (MO) no solo variaram de 6,1 a
10,7 g.kg
-1
, que correspondem ao menor valor do ano de 2003 e ao maior de 2006,
sendo que o menor teor foi observado no tratamento T, em 2006, embora não tenha
diferido estatisticamente de EB (Figura 5).
47
0
2
4
6
8
10
12
TAFEBEGRMFP
Tratamentos
Matéria orgânica, g kg
-1
2003
2006
A
b
aA
abA
aA
aA
aA
aB
aB
aB
aB
aB
aB
Figura 5 - Teor de matéria orgânica no solo em um sistema de cultivo com milho e
feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada e verde, nos
anos agrícolas de 2003 e 2006.
Letras maiúsculas comparam os tratamentos entre os anos de cultivo
e minúsculas comparam os tratamentos dentro do mesmo ano de cultivo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo
teste de Ducan.
Os teores de MO no solo, nos dois anos de estudos, são considerados baixo
a muito baixo, segundo a classificação de Ribeiro et al., (1999), mesmo naqueles
tratamentos que receberam a adubação orgânica (Figura 5). Estes resultados podem
estar associados ao baixo teor de MO no solo antes do cultivo, a retirada parcial da
liteira por ocasião do desbravamento, ao sistema de cultivo utilizado (convencional)
e a textura arenosa do solo. Tais fatores associados ao clima da região, quente e
úmido, com precipitações pluviométricas anuais elevadas favorecem a
decomposição acelerada da MO.
Muito embora tais fatores relacionados anteriormente contribuam para a
decomposição da MO, no ano de 2006 os teores foram significativamente maiores
que em 2003, porém valores ainda considerados baixo. Tal fato pode ser justificado
em função da deposição de M.O dos restos culturais, dos sucessivos ciclos de
produção, principalmente com o cultivo do milho que pode adicionar por cada ciclo
de produção de 6 a 12 Mg
ha
-1
de massa seca, segundo Konzen e Alvarenga (2003),
além da contribuição do aporte do caupi e da vegetação espontânea.
48
4.2.3 Fósforo
Na Figura 6 são apresentados os resultados estatísticos das concentrações
de fósforo, as quais possuem diferença significativa para tratamentos e ano, e para a
interação tratamento x ano.
A maior concentração de P ocorreu no tratamento com EG, seguido pelo
tratamento AF, em ambos os anos de análise, que de acordo com a classificação
proposta por Ribeiro et al. (1999) são tidos como médios e baixo, respectivamente.
0
5
10
15
20
25
30
TAFEBEGRMFP
Tratamentos
Teor de P no solo (mg.dm
-3
)
2003
2006
Ac
Ac
A
c
Ab
Ab
Bb Ab
Ab
Ab
A
a
A
a
Bb
Figura 6 – Concentração de fósforo no solo em um sistema de cultivo com milho e
feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada e verde, nos
anos agrícolas de 2003 e 2006.
Letras maiúsculas comparam os tratamentos entre os anos de cultivo
e minúsculas comparam os tratamentos dentro do mesmo ano de cultivo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo
teste de Ducan.
A maior concentração de P no tratamento EG nos dois anos de cultivo (2003
e 2006), pode estar relacionada a grande quantidade do nutriente existente no
material, que segundo Oliveira; Freitas Neto e Santos (2002) pode atingir até 17,18
g.kg
-1
. Relacionado ao aumento da concentração no solo no ano de 2006, esta se
deve a menor fixação do nutriente quando adicionado na forma orgânica, quando
comparado a fonte solúvel. Gialeno e Ernani (1983), citados por Cravo e Smyth
(2002), sugerem que o melhor comportamento da fonte orgânica é atribuído
principalmente a riqueza residual do elemento, oriundo da ração administrada às
aves, o que segundo os autores além de melhorar os teores de P age positivamente
em outros atributos do solo.
Os tratamentos FP, EB e T apesar de não diferirem estatisticamente entre si,
apresentaram valor em ordem decrescente de 4,8 mg.dm
-3
, 4,5 mg.dm
-3
e
3,0 mg.dm
-3
FP, EB e T respectivamente, com os resultados de T, ligeiramente
49
superiores aos valores médios da condição de fertilidade inicial na área experimental
em 2002 após desbravamento (Tabela 1).
No segundo ano de análise (2006) EG diferiu significativamente dos demais
tratamentos, apresentando uma média de 5,5 vezes maior (26,5 mg.dm
-3
) do que AF
(4,75 mg.dm
-3
), que por sua vez não diferiu estatisticamente dos demais tratamentos
(Figura 6). O decréscimo nos teores de fósforo para AF no último ano, mesmo tendo
recebido dose adicional de superfosfato triplo em 2003, pode ser reflexo da
acidificação do solo provocada pelos cultivos sucessivos associados à elevada
precipitação pluviométrica da região, com reação direta no aumento da concentração
de alumínio trocável (Figura 9), o que de acordo com Raij (1991), promove a
imobilização do P, limitando assim a eficiência das adubações fosfatadas.
Quanto ao tratamento RM, verifica-se diferença estatística significativa, com
redução no teor de P em mais de 76% quando comparado o último ano de coleta
(2006) com o primeiro. Nos demais tratamentos não houve diferença significativa.
Baseando nos resultados antes da instalação do experimento os teores de P
se apresentavam bem abaixo do nível critico deste nutriente estabelecido por Cravo
et al. (2006), que é de 13 mg.dm
-3
, para o cultivo de feijão caupi em solos da região
do nordeste paraense. A adubação com EG se destacou entre os demais
tratamentos, por manter concentração de P acima do nível critico para a cultura do
caupi nos dois anos de avaliação, enquanto que na AF foi observado tal fato apenas
em 2003.
De acordo com os resultados de análise granulométrica e química do solo,
mesmo para o melhor tratamento nos dois anos de produção (EG) observada neste
trabalho, atualmente Cravo et al., (2007), orientam se administrar 30 kg.ha
-1
e de
P
2
O
5
tanto para o feijão caupi quanto para o milho, de forma a se obter uma
produtividade média estimada de 1500 kg.ha
-1
e 6000 kg.ha
-1
de grãos da
leguminosa e gramínea respectivamente.
50
4.2.4 Potássio
Os resultados para concentração de K no solo, nos dois anos de coleta,
variaram de 0,037 cmol
c
.dm
-3
a 0,06 cmol
c
.dm
-3
em todos os tratamentos, os quais
são considerados baixo por Ribeiro et al. (1999), conforme Figura 7. Este resultado
pode estar em função da textura arenosa da camada de 0–20 cm, profundidade esta
onde foram realizadas as coletas de solo, o que facilita a perda de K por lixiviação.
No ano de 2003 as maiores concentrações de K no solo foram observadas no
tratamento com EG, com média de 0,06 cmol
c
.dm
-3
valor este estatisticamente
superior aos demais tratamentos, no mesmo ano, os quais não diferiram
estatisticamente entre si.
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
TAFEBEGRMFP
Tratamentos
Teor de K no solo (Cmo
l
c.
dm
-3
)
2003
2006
Abc Abc
Abc
Bac
A
b
A
bc
Bc
A
a
Aac
Aac
Aac
A
a
Figura 7 – Concentração de potássio no solo em um sistema de cultivo com milho e
feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada e verde, nos
anos agrícolas de 2003 e 2006
. Letras maiúsculas comparam os tratamentos entre os anos de cultivo
e minúsculas comparam os tratamentos dentro do mesmo ano de cultivo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo
teste de Ducan.
Em 2006, a concentração de K no solo não diferiu estatisticamente entre os
tratamentos, exceto para RM que apresentou o menor valor entre estes
(0,037 cmol
c
.dm
-3
).
Os tratamentos T, AF, RM diminuíram suas concentrações, enquanto EB
aumentou do primeiro para o segundo ano de estudo. Os tratamentos EG e FP na
comparação entre os dois ciclos diferiram significativamente, sendo que no EG, o
teor de K foi decrescente em mais de 21% do primeiro para o segundo ano,
passando de 0,06 cmol
c
.dm
-3
para 0,047 cmol
c
.dm
-3
. Para o FP observou-se um
51
aumento de 0,037 cmol
c
.dm
-3
para 0,050 cmol
c
.dm
-3
no segundo ano de cultivo, fato
este que pode ser atribuído a grande capacidade das leguminosas em reciclar K
(Nascimento, 2000).
Quando se focaliza o elemento K em termos de produção de feijão caupi, este
se constitui como um nutriente extraído e exportado em maior quantidade, no qual
segundo Mello et al. (2005), os teores foliares adequados devem situar-se em torno
de 32 g.kg
-1
. As concentrações de K encontradas nos tratamentos deste
experimento estão abaixo de 0,08 cmol
c
.dm
-3
, estabelecido como nível critico para
Latossolo Amarelo textura média do nordeste paraense (Cravo et al., 2006).
Levando em conta o tratamento RM, que no último ano, apresentou concentração de
0,037 cmol
c
.dm
-3
, está 53% abaixo do que seria considerado o padrão mínimo
estabelecido para o cultivo neste solo.
4.2.5 Cálcio e Magnésio
A concentração de Ca e Mg teve diferença estatística significativa para
tratamento e ano, exceto na interação entre estes, com ação da correção da acidez
promovendo um aumento nos teores de Ca e Mg em todos os tratamentos (Figura
8), quando comparados aos valores iniciais no solo destes nutrientes (Tabela 1).
No ano de 2003, o tratamento EG foi a fonte de adubo que apresentou a
maior concentração de Ca e Mg (4,5 cmol
c
.dm
-3
), com diferença estatística
significativa. Os demais tratamentos comportam-se de forma semelhante entre sí,
com concentrações próximas a 2,70 cmol
c
.dm
-3
. O comportamento diferenciado do
tratamento EG pode ser entendido como função das quantidades de resíduos de Ca
e Mg encontrados nesta fonte.
O segundo ciclo de cultivo (2006) apresentou a mesma tendência de
comportamento estatístico que o ciclo anterior (2003), com destaque para EG.
Entre os anos de coletas, houve uma redução numérica importante em todos
os tratamentos (Figura 8). O tratamento EG apesar de ter destacado entre os
demais, reduziu de 4,50 cmol
c
.dm
-3
, em 2003, para 3,10 cmol
c
.dm
-3
em 2006. Os
demais tratamentos reduziram de valores próximos a 2,8 para 1,8 cmol
c
.dm
-3
. Esta
redução representa uma média em torno de 31%, mas ainda assim considerados
valores médios por Ribeiro et al. (1999). De acordo com outros trabalhos, os valores
em 2006 são considerados satisfatórios, e segundo Bull & Cantarella (1993) pode
52
ser entendido como efeito residual da calagem, realizada no solo antes da
implantação do experimento.
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
Ano:2003 Ano:2006
Teor de Ca+Mg (Cmolc.dm
-3
)
T
AF
EB
EG
RM
FP
b
a
a
a
a
a
a
a
a
a
a
b
Figura 8 – Concentração de cálcio e de magnésio no solo em um sistema de cultivo
com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada
e verde nos anos agrícolas de 2003 e 2006.
Letras distintas entre sí comparam tratamentos
dentro de um mesmo ano de cultivo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Ducan.
4.2.6 Alumínio trocável e saturação por alumínio (m%)
A calagem foi eficiente na redução do Al trocável no solo, tendo em vista que
a concentração e a saturação, no ano de 2003, pode ser considerada muito baixa de
acordo com Ribeiro et al. (1999) (Figuras 9 e 10). Considerando as análises
estatísticas, houve diferença significativa para tratamentos e ano. O tratamento EG
proporcionou um efeito significativo na redução do Al no solo, com uma
concentração média 50% inferior às demais fontes, as quais não diferiram
estatisticamente entre si.
No segundo ano de coleta (2006) a concentração de alumínio trocável e a
saturação por alumínio tiveram um aumento expressivo, em relação a 2003, fato que
pode ser justificado pela perda de bases do sistema, principalmente Ca e Mg. O EG
teve um valor médio de 0,20 cmol
c
.dm
-3
de Al e 5,95% de saturação por Al, bem
inferior aos demais tratamentos, os quais não apresentaram diferença estatística,
demonstraram concentração médias entre 0,42 e 0,50 cmol
c
.dm
-3
para AF e T e
18,88 a 21,33% entre EB e T, teor e saturação por alumínio respectivamente. Tais
valores são classificados por Ribeiro et al. (1999) como baixos.
53
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
ANO 2003 ANO 2006
Teor de Al (Cmolc.dm
-3
)
T
AF
EB
EG
RM
FP
b
aa
a
a
a
a
a
a
a
a
b
Figura 9 – Concentração de alumínio trocável no solo, em um sistema de cultivo com
milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada e
verde, nos anos agrícolas de 2003 e 2006.
Letras distintas entre sí comparam apenas tratamentos
dentro de um mesmo ano de cultivo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Ducan
.
O tratamento EG proporcionou a menor concentração e saturação por
alumínio nos dois anos de estudo (2003 e 2006). O que pode estar ligado à
qualidade do material utilizado, tendo em vista se tratar de um fertilizante orgânico
que além das fezes de galinha com grande quantidade de serragem grosseira de
madeira e teores apreciáveis de Ca e Mg, possuir também composto orgânico, de
decomposição lenta, que segundo Ciotta et al. (2002) e Caíres et al. (2003), podem
atuar na complexação do Al no solo.
0
5
10
15
20
25
ANO 2003 ANO 2006
Saturação por Al no solo (m%)
T
AF
EB
EG
RM
FP
b
aa
a
a
a
a
a
a
aa
b
Figura 10 – Saturação por Alumínio no solo em um sistema de cultivo com milho e
feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada e verde nos
anos agrícolas de 2003 e 2006.
Letras distintas entre sí comparam apenas tratamentos dentro de um
mesmo ano de cultivo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Ducan
.
54
4.2.7 Capacidade de troca efetiva de cátions (CTC.e)
Os valores da CTC efetiva foram estatisticamente diferentes para tratamento
e ano de estudo, sem interação entre os mesmos. O tratamento EG com
4,71 cmol
c
.dm
-3
, foi o que apresentou maior valor, sendo que os demais tratamentos
não diferiram entre sí no ciclo de 2003. A CTC efetiva no EG, segundo Ribeiro et al.
(1999) é classificada como boa, enquanto que nos demais tratamentos é classificada
como média.
O comportamento dos tratamentos em 2006 foi semelhante ao primeiro ano
de coleta, sendo que nos três anos consecutivos de produção contribuíram para
redução dos valores, os quais são tidos como médios para o EG e baixo para os
demais tratamentos (Figura 11).
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
ANO:2003 ANO:2006
CTC.
efetiva
do solo (Cmolc.dm
-3
)
T
AF
EB
EG
RM
FP
b
bb
b
b
bbb
bb
ab
ab
Figura 11 – Capacidade de troca efetiva de cátions do solo em um sistema de cultivo
com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada
e verde nos anos agrícolas de 2003 e 2006.
Letras distintas entre sí comparam apenas
tratamentos dentro de um mesmo ano de cultivo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Ducan
.
Mesmo sem interação entre tratamento x ano, houve um decréscimo médio
de 22% na CTC.efetiva no ano de 2003 para 2006, comportamento que pode ser
explicado pela redução dos teores de Ca e Mg (Figura 8), uma vez que os teores de
K
nos tratamentos EB e RA permaneceram estatisticamente inalterados, inclusive
nos tratamentos AF e T os quais receberam fertilizações com KCl, realizadas a cada
ciclo de produção, exceção feita à EG e FP os quais tiveram as concentrações
reduzida e aumentada respectivamente. A elevada precipitação pluviométrica
peculiar à região, assim como o uso continuo de fertilizante nitrogenado, segundo
55
Lange (2002) age no aumento da concentração de H
+
e Al trocável, com redução
das bases trocáveis incidindo diretamente na CTC.efetiva.
4.3 PRODUTIVIDADE DO MILHO
Os dados de produtividade do milho variaram significativamente entre
tratamento e ano de cultivo, conforme Tabela 7. No primeiro ciclo agrícola (2003) os
tratamentos adubação fosfatada (AF) e testemunha (T) apresentaram as maiores
produtividades. Embora a AF tenha produtividade 16,5% superior ao T, chegando a
3279 kg.ha
-1
, as mesmas comportaram-se iguais estatisticamente.
No segundo ano de coleta (2006) ocorreu um aumento da produtividade nos
tratamentos com adubação orgânica e verde e, redução na T e AF (Tabela 7), sendo
que o esterco de galinha (EG) com uma produtividade de 4744 kg.ha
-1
foi
significativamente superior aos demais tratamentos. Tal comportamento pode ter
ocorrido pelo fato da área ter recebido em 2003 a segunda dose dos adubos
orgânicos (10 Mg.ha
-1
), esta adubação propiciou nas fontes orgânicas e adubação
verde, um aumento médio em relação ao primeiro ciclo de 2,6, 1,4 e 1,2 vez para
FP, EB e RM, respectivamente.
Tabela 7 – Produtividade de grãos de milho, em um sistema de cultivo com
sucessão de feijão caupi, e eficiência das adubações orgânica e verde baseada na
adubação fosfatada, nos anos agrícolas de 2003 e 2006.
Ano/Trat. Test.
Adubação
Fosfatada
Esterco
Bovino
Esterco de
Galinha
Resíduo de
Mandioca
Feijão de
Porco
2003 2816 3279 1641 1879 1253 841
2006 1457 2737 2410 4744 1509 2232
média 2137c 3008b 2026c 3312a 1381d 1537d
Eficiência 71,0 100 67,3 110,1 45,9 51,1
Médias com letras distintas diferem estatisticamente entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo
teste de Duncan
O tratamento FP proporcionou um incremento de produtividade de um ano de
cultivo para outro estatisticamente significativo, que atingiu 165%, demonstrando
ação positiva do uso continuado com a leguminosa para melhoria da produtividade
do milho.
56
Quando se analisou o efeito dos tratamentos sobre a eficiência de
produtividade média dos períodos de cultivo, o tratamento EG foi superior aos
demais, cuja eficiência atingiu 110% para a AF (Tabela 7). O RM foi o tratamento
que apresentou menor potencial de uso, pois além da baixa produtividade média
acumulada dos anos de cultivo, correspondendo a 45,9% do tratamento com AF, o
incremento de produção foi baixo de 2003 para 2006.
As produtividades médias do milho com o uso dos tratamentos
corresponderam a: EG = 155%; AF = 141%; EB = 95%; FP = 72% e RM = 65%,
quando comparada a Testemunha.
4.4 PRODUTIVIDADE DE FEIJÃO CAUPI
A produtividade do feijão caupi apresentou diferença estatística significativa
para tratamento e ano, com interação entre os mesmos. As maiores produtividades
no primeiro cultivo (2003) foram dos tratamentos AF seguido de EG, cujas médias
atingiram 967 kg.ha
-1
e 945 kg.ha
-1
, respectivamente (Tabela 8). Tais produtividades
correspondem a um aumento de 78 e 74%, em relação à testemunha.
No segundo ano de produção do caupi (2006) ocorreu uma queda na
produtividade em todos os tratamentos, com menor redução para o EG. Tal
resultado pode ser atribuído, primeiramente, ao fato de que o tratamento com EG foi
o único que manteve a concentração de P acima de 20 mg.kg
-1
(Figura 11), valor
este bem acima das 8 mg.kg
-1
e 13 mg.kg
-1
definidos como níveis críticos por Smyth
e Cravo (1990a) e Cravo et al. (2006), em Latossolo muito argiloso e textura média
no Amazonas e nordeste paraense, respectivamente. Em segundo lugar houve uma
redução da CTC.efetiva nos demais tratamentos, com valores considerados baixos
(Ribeiro et al., 1999). Outro aspecto não menos importante foi a redução na
precipitação pluviométrica no ano de 2006 (Figura 1), ação do fenômeno climático El
Ninõ (INMET, 2007), cujo déficit no período da formação e granação das vargens
pode ter contribuído para a redução da produção.
A importância do uso dos adubos orgânicos na produção de culturas
alimentares é fato comprovado na literatura, no entanto o aumento de produtividade
pode variar em função das condições edafoclimáticas. Neste trabalho a
produtividade média do feijão caupi foi de 791 kg.ha
-1
, com a adição de 20 Mg.ha
-1
de esterco bovino, em Latossolo Amarelo distrófico, enquanto que Oliveira et al.
57
(2001), em Latossolo Amarelo na Paraíba, com o uso de 25 Mg.ha
-1
de esterco
bovino obtiveram um rendimento médio de 2 Mg.ha
-1
de grãos.
Na média de produção no período de estudo, o EG e a AF foram os
tratamentos com maior produtividade, sendo que o tratamento EG apresentou um
ganho de produtividade de 17,5%, que foi um aumento estatisticamente significativo,
em relação à AF (Tabela 8). Todos os demais tratamentos, considerando o período
de produção, apresentaram aumentos médios de produtividade significativamente
superiores à testemunha, demonstrando a importância da adubação orgânica e
verde para o cultivo do caupi naquela região. Os aumentos de produtividades com o
uso dos tratamentos corresponderam a: EG = 112%; AF = 81%; EB = 39%; FP =
36% e RM = 34%.
Tabela 8 – Produtividade de grãos de feijão caupi, em um sistema de cultivo com
sucessão de milho, e eficiência das adubações orgânica e verde baseada na
adubação fosfatada, nos anos agrícolas de 2003 e 2006.
Ano/Trat. T AF EB EG RM FP
2003 543 967 791 945 782 805
2006 240 448 297 717 268 261
Média 392d 708b 544c 831a 525c 533c
Eficiência 55,3 100 76,9 117,5 74,2 75,3
Médias com letras distintas diferem estatisticamente entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo
teste de Duncan
5 CONCLUSÕES
As características físicas estudadas foram pouco influenciadas pelos
tratamentos, enquanto que o esterco de galinha proporcionou a melhoria das
características químicas do solo, perdurando até o último ano de estudo.
O esterco de galinha, seguido da adubação fosfatada proporcionaram os
maiores aumentos de produtividade do milho e do feijão caupi.
A produtividade média do feijão caupi foi aumentada pelo uso dos
tratamentos em: EG = 112%; AF = 81%; EB = 39%; FP = 36% e RM = 34%,
podendo se constituir numa alternativa para os produtores da região.
58
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Excluído: ol
Excluído:
ANEXO 1
. Tabela 1A – Análise de variância da densidade de um Latossolo Amarelo, em um
sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações
orgânica, fosfatada e verde, em três profundidades.
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0069944 0.0013989 0.5166 0.76450
PROF 2 0.3158111 0.1579056 58.3141 0.00001
BLOCO 3 0.0091000 0.0030333 1.1202 0.34987
TRA*PRO 10 0.0244389 0.0024439 0.9025 0.53809
RESIDUO 51 0.1381000 0.0027078
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.4944445
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 1.637222 COEFICIENTE DE VARIACAO = 3.178 %
Tabela 2A – Analise d
e variância da densidade de partícula de um Latossolo
Amarelo, em um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em
função de adubações orgânica, fosfatada e verde, em três profundidades.
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0606945 0.0121389 2.7484 0.02801
PROF 2 0.0173444 0.0086722 1.9635 0.14893
BLOCO 3 0.0173000 0.0057667 1.3057 0.28198
TRA*PRO 10 0.0393222 0.0039322 0.8903 0.54878
RESIDUO 51 0.2252504 0.0044167
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.3599115
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 2.596111 COEFICIENTE DE VARIACAO = 2.560 %
68
Tabela 3A – Análise de Variância da Porosidade total de um Latossolo Amarelo, em
um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em três profundidades.
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
-------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0035958 0.0007192 0.9620 0.54905
PROF 2 0.0347764 0.0173882 23.2608 0.00001
BLOCO 3 0.0023428 0.0007809 1.0447 0.38169
TRA*PRO 10 0.0046607 0.0004661 0.6235 0.78755
RESIDUO 51 0.0381242 0.0007475
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.0835000
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 0.368972 COEFICIENTE DE VARIACAO = 7.410 %
Tabela 4A – Análise de Variância de Microporosidade de um Latossolo Amarelo, em
um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em três profundidades.
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0080862 0.0016172 4.4822 0.00215
PROF 2 0.0567549 0.0283774 78.6475 0.00001
BLOCO 3 0.0002340 0.0000780 0.2162 0.88494
TRA*PRO 10 0.0069968 0.0006997 1.9392 0.06055
RESIDUO 51 0.0184017 0.0003608
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.0904737
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 0.212319 COEFICIENTE DE VARIACAO = 8.947 %
69
Tabela 5A – Análise de Variância da Macroporosidade de um Latossolo Amarelo, em
um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em três profundidades
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0185481 0.0037096 2.9779 0.01943
PROF 2 0.1707994 0.0853997 68.5547 0.00001
BLOCO 3 0.0023969 0.0007990 0.6414 0.59556
TRA*PRO 10 0.0144733 0.0014473 1.1618 0.33736
RESIDUO 51 0.0635316 0.0012457
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.2697493
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 0.156694 COEFICIENTE DE VARIACAO = 22.525 %
Tabela 6A – Análise de Variância da fração areia de um Latossolo Amarelo, sob
produção com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações orgânica,
fosfatada e verde, em três profundidades.
------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 2026.4027778 405.2805556 0.5227 0.76001
PROF 2 47070.1944444 23535.0972222 30.3541 0.00001
BLOCO 3 2735.8194444 911.9398148 1.1762 0.32790
TRA*PRO 10 8544.9722222 854.4972222 1.1021 0.37859
RESIDUO 51 39542.9305556 775.3515795
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 99920.3194444
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 763.347230 COEFICIENTE DE VARIACAO = 3.648 %
70
Tabela 7A – Análise de Variância da fração Silte em um Latossolo Amarelo, sob
produção com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações orgânica,
fosfatada e verde, em três profundidades..
-------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 2815.2777778 563.0555556 0.9776 0.55847
PROF 2 5710.7777778 2855.3888889 4.9575 0.01076
BLOCO 3 5890.2777778 1963.4259259 3.4089 0.02388
TRA*PRO 10 9850.2222222 985.0222222 1.7102 0.10362
RESIDUO 51 29374.7222222 575.9749455
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 53641.2777778
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 101.694443 COEFICIENTE DE VARIACAO = 23.600 %
Tabela 8A – Análise de Variância da fração Argila, em um Latossolo Amarelo, sob
produção com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações orgânica,
fosfatada e verde, em três profundidades .
-------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 857.9583333 171.5916667 0.3539 0.87753
PROF 2 24046.7500000 12023.3750000 24.7989 0.00001
BLOCO 3 3337.1527778 1112.3842593 2.2944 0.08774
TRA*PRO 10 10943.4166667 1094.3416667 2.2571 0.02822
RESIDUO 51 24726.5972222 484.8352397
-----------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 63911.8750000
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 135.208328 COEFICIENTE DE VARIACAO = 16.285 %
71
Tabela 9A – Análise de Variância da Resistência à penetração de um Latossolo
Amarelo, em um sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em três
profundidades.
-------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0209865 0.0041973 0.7753 0.57377
PROF 2 0.2027402 0.1013701 18.7253 0.00001
BLOCO 3 0.1127344 0.0375781 6.9415 0.00078
TRA*PRO 10 0.0119719 0.0011972 0.2211 0.99245
RESIDUO 51 0.2760909 0.0054135
------------ --------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.6245239
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 0.809125 COEFICIENTE DE VARIACAO = 9.093 %
Tabela 10A – Análise de Variância da Umidade do solo em % para avaliar
resistência à penetração de um Latossolo Amarelo, em um sistema de cultivo com
milho e feijão caupi em sucessão, em três profundidades.
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 2.1129608 0.4225922 1.1713 0.33583
PROF 2 17.9526048 8.9763024 24.8798 0.00001
BLOCO 3 0.1454944 0.0484981 0.1344 0.93836
TRA*PRO 10 0.7113639 0.0711364 0.1972 0.99499
RESIDUO 51 18.4001037 0.3607863
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 39.3225276
------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 12.731944 COEFICIENTE DE VARIACAO = 4.718 %
72
Tabela 11A – Análise de Variância da Retenção de água no solo usando valor
extremo de umidade de umidade residual (θr = mínima), em kiloPascal = (kPa), em
um Latossolo Amarelo com sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão,
em função de adubações orgânica, química e verde, em três profundidades
ajustadas através da equação de Van Genuchten (1980).
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0021671 0.0004334 11.5106 0.00001
PROF 2 0.0011373 0.0005686 15.1012 0.00005
BLOCO 3 0.0000144 0.0000048 0.1273 0.94275
TRA*PRO 10 0.0016568 0.0001657 4.3999 0.00033
RESIDUO 51 0.0019204 0.0000377
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.0068959
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 0.022458 COEFICIENTE DE VARIACAO = 27.323 %
Tabela 12A – Análise de Variância da retenção de água no solo usando valor
extremo de umidade de saturação (θs=máxima ), em kiloPascal = (kPa), em um
Latossolo Amarelo com sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em
função de adubações orgânica, química e verde, em três profundidades ajustadas
através da equação de Van Genuchten (1980).
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0083209 0.0016642 2.9563 0.02011
PROF 2 0.0484004 0.0242002 42.9896 0.00001
BLOCO 3 0.0010575 0.0003525 0.6262 0.60514
TRA*PRO 10 0.0053049 0.0005305 0.9424 0.50398
RESIDUO 51 0.0287095 0.0005629
-------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.0917933
-------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 0.222194 COEFICIENTE DE VARIACAO = 10.678 %
73
Tabela 13A – Análise de Variância do parâmetro
Apha da Equação de Van
Genuchten (1980) para retenção de água em um Latossolo Amarelo com sistema de
cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações orgânica,
química e verde, em três profundidades.
------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0640475 0.0128095 19.8726 0.00001
PROF 2 0.0081406 0.0040703 6.3146 0.00388
BLOCO 3 0.0022623 0.0007541 1.1699 0.33028
TRA*PRO 10 0.0440279 0.0044028 6.8305 0.00001
RESIDUO 51 0.0328737 0.0006446
-------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.1513520
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 0.062000 COEFICIENTE DE VARIACAO = 40.949 %
Tabela 14A – Análise de Variância do parâmetro
n da Equação de Van Genuchten
(1980) para retenção de água em um Latossolo Amarelo com sistema de cultivo com
milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações orgânica, química e
verde, em três profundidades.
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.3599304 0.0719861 7.4587 0.00009
PROF 2 0.1598131 0.0799065 8.2794 0.00108
BLOCO 3 0.0100348 0.0033449 0.3466 0.79430
TRA*PRO 10 0.2565169 0.0256517 2.6578 0.01086
RESIDUO 51 0.4922161 0.0096513
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 1.2785114
-------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 1.482250 COEFICIENTE DE VARIACAO = 6.628 %
74
Tabela 15A – Análise de Variância do parâmetro
m da Equação de Van Genuchten
(1980) para retenção de água em um Latossolo Amarelo com sistema de cultivo com
milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações orgânica, química e
verde, em três profundidades.
--------------------------------------------------------------------------------------------
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
--------------------------------------------------------------------------------------------
TRAT 5 0.0780790 0.0156158 7.4119 0.00009
PROF 2 0.0441676 0.0220838 10.4818 0.00032
BLOCO 3 0.0023132 0.0007711 0.3660 0.78070
TRA*PRO 10 0.0519951 0.0051995 2.4679 0.01703
RESIDUO 51 0.1074501 0.0021069
--------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 71 0.2840049
--------------------------------------------------------------------------------------------
MEDIA GERAL = 0.319708 COEFICIENTE DE VARIACAO = 14.357 %
Tabela 16A – Análise de Variância de produtividade de grãos de milho em um
sistema de cultivo com feijão caupi em sucessão, em função de adubações
orgânicas, fosfatada e verde nos anos agrícola de 2003 e 2006.
--------------------------------------------------------------------------------------------
FONTES DE VARIAÇÃO G.L. S. Q. Q. M. F SIG.
-----------------------------------------------------------------------------
Total 47 0.5770078E+08
Total de Redução 14 0.5015110E+08 3582221. 15.66 0.0000
TRAT 5 0.2420816E+08 4841632. 21.16 0.0000
ANO 1 3806960. 3806960. 16.64 0.0003
ANO*TRAT 5 0.2207297E+08 4414594. 19.30 0.0000
REP 3 63008.05 21002.68 0.09 ******
Resíduo 33 7549678. 228778.1
Número de Dados = 48
--------------------------------------------------------------------------------------------
MÉDIA GERAL = 233.0
COEF.DE VARIAÇÃO= 21.42
75
Tabela 17A – Análise de Variância da produtividade de grãos de feijão caupi em um
sistema de cultivo com milho em sucessão, em função de adubações orgânicas,
fosfatadas e verdes nos anos agrícolas de 2003 e 2006.
--------------------------------------------------------------------------------------------
FONTES DE VARIAÇÃO G.L. S. DE Q. Q. M. F SIG.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Total 47 3727066.
Total de Redução 14 3440359. 245740.0 28.28 0.0000
TRAT 5 967600.2 193520.0 22.27 0.0000
ANO 1 2258970. 2258970. 260.01 0.0000
ANO*TRAT 5 178439.2 35687.84 4.11 0.0052
REP 3 35349.90 11783.30 1.36 0.2732
Resíduo 33 286706.4 8688.071
Número de Dados = 48
--------------------------------------------------------------------------------
MÉDIA GERAL = 588.56
COEF. DE VARIAÇÃO = 15.837
Tabela 18A – Análise de Variância do pH do solo em um sistema de cultivo com
milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada e
verde nos anos agrícola de 2003 e 2006.
--------------------------------------------------------------------------------------------
FONTES DE VARIAÇÃO G.L. S. DE Q. Q. M. F SIG.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Total 47 17.39250
Total de Redução 14 12.05833 0.8613095 5.33 0.0000
TRAT 5 3.332500 0.6665000 4.12 0.0051
ANO 1 7.363333 7.363333 45.55 0.0000
ANO*TRAT 5 0.9866667 0.1973333 1.22 0.3214
REP 3 0.3758333 0.1252778 0.78 ******
Resíduo 33 5.334167 0.1616414
Número de Dados = 48
--------------------------------------------------------------------------------
MÉDIA GERAL = 5.3875
COEF. DE VARIAÇÃO = 7.4626
76
Tabela 19A – Análise de Variância do Teor de P no solo em um sistema de cultivo
com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada
e verde nos anos agrícola de 2003 e 2006.
FONTES DE VARIAÇÃO G.L. S. DE Q. Q. M. F SIG.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Total 47 3367.582
Total de Redução 14 3044.747 217.4820 22.23 0.0000
TRAT 5 2648.902 529.7805 54.15 0.0000
ANO 1 75.62630 75.62630 7.73 0.0089
ANO*TRAT 5 245.2565 49.05130 5.01 0.0016
REP 3 74.96224 24.98741 2.55 0.0722
Resíduo 33 322.8346 9.782868
Número de Dados = 48
--------------------------------------------------------------------------------
MÉDIA GERAL = 8.2969
COEF. DE VARIAÇÃO = 37.698
Tabela 20A – Análise de Variância do Teor de K no solo em um sistema de cultivo
com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada
e verde nos anos agrícola de 2003 e 2006.
--------------------------------------------------------------------------------------------
FONTES DE VARIAÇÃO G.L. S. DE Q. Q. M. F SIG.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Total 47 0.4198370E-02
Total de Redução 14 0.2620507E-02 0.1871790E-03 3.91 0.0006
TRAT 5 0.1471037E-02 0.2942075E-03 6.15 0.0004
ANO 1 0.1604942E-33 0.1604942E-33 0.00 ******
ANO*TRAT 5 0.8829494E-03 0.1765899E-03 3.69 0.0092
REP 3 0.2665199E-03 0.8883997E-04 1.86 0.1559
Resíduo 33 0.1577863E-02 0.4781404E-04
Número de Dados = 48
--------------------------------------------------------------------------------
MÉDIA GERAL = 0.46566E-01
COEF. DE VARIAÇÃO = 14.849
77
Tabela 21A – Análise de Variância do Teor de Ca+Mg no solo em um sistema de
cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica,
fosfatada e verde nos anos agrícola de 2003 e 2006.
--------------------------------------------------------------------------------------------
FONTES DE VARIAÇÃO G.L. S. DE Q. Q. M. F SIG.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Total 47 33.02313
Total de Redução 14 27.73792 1.981280 12.37 0.0000
TRAT 5 14.90188 2.980375 18.61 0.0000
ANO 1 12.10021 12.10021 75.55 0.0000
ANO*TRAT 5 0.4835417 0.9670833E-01 0.60 ******
REP 3 0.2522917 0.8409722E-01 0.53 ******
Resíduo 33 5.285208 0.1601578
Número de Dados = 48
--------------------------------------------------------------------------------
MÉDIA GERAL = 2.5687
COEF. DE VARIAÇÃO =
15.579
Tabela 22A – Análise de Variância do Teor de Al
+3
no solo em um sistema de cultivo
com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada
e verde nos anos agrícola de 2003 e 2006.
--------------------------------------------------------------------------------------------
FONTES DE VARIAÇÃO G.L. S. DE Q. Q. M. F SIG.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Total 47 1.679792
Total de Redução 14 1.389583 0.9925595E-01 11.29 0.0000
TRAT 5 0.1635417 0.3270833E-01 3.72 0.0088
ANO 1 1.110208 1.110208 126.24 0.0000
ANO*TRAT 5 0.6854167E-01 0.1370833E-01 1.56 0.1990
REP 3 0.4729167E-01 0.1576389E-01 1.79 0.1678
Resíduo 33 0.2902083 0.8794192E-02
Número de Dados = 48
--------------------------------------------------------------------------------
MÉDIA GERAL = 0.25208
COEF. DE VARIAÇÃO = 37.201
78
Tabela 23A - Análise de Variância da CTC. Efetiva no solo em um sistema de cultivo
com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica, fosfatada
e verde nos anos agrícola de 2003 e 2006.
--------------------------------------------------------------------------------------------
FONTES DE VARIAÇÃO G.L. S. DE Q. Q. M. F SIG.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Total 47 24.55843
Total de Redução 14 20.12121 1.437229 10.69 0.0000
TRAT 5 12.68722 2.537444 18.87 0.0000
ANO 1 6.014675 6.014675 44.73 0.0000
ANO*TRAT 5 1.004374 0.2008748 1.49 0.2185
REP 3 0.4149371 0.1383124 1.03 0.3926
Resíduo 33 4.437228 0.1344614
Número de Dados = 48
--------------------------------------------------------------------------------
MÉDIA GERAL = 2.9000
COEF. DE VARIAÇÃO = 12.644
Tabela 24A – Análise de Variância da Saturação de Al
+3
no solo em um sistema de
cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação orgânica,
fosfatada e verde nos anos agrícola de 2003 e 2006.
--------------------------------------------------------------------------------------------
FONTES DE VARIAÇÃO G.L. S. DE Q. Q. M. F SIG.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Total 47 3612.324
Total de Redução 14 2884.167 206.0119 9.34 0.0000
TRAT 5 423.8284 84.76569 3.84 0.0075
ANO 1 2165.789 2165.789 98.15 0.0000
ANO*TRAT 5 202.1363 40.42726 1.83 0.1337
REP 3 92.41302 30.80434 1.40 0.2613
Resíduo 33 728.1577 22.06538
Número de Dados = 48
--------------------------------------------------------------------------------
MÉDIA GERAL = 10.092
COEF. DE VARIAÇÃO = 46.543
79
Tabela 25A – Análise de Variância do Teor de matéria orgânica no solo em um
sistema de cultivo com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubação
orgânica, fosfatada e verde, nos anos agrícola de 2003 e 2006
_______________________________________________
CAUSAS DA VARIACAO G.L. S.Q. Q.M. VALOR F PROB.>F
ANO 1 128.3802 128.3802 148.2436 0.00001
TRAT 5 7.0147 1.4029 1.6200 0.17903
ANO*TRA 5 10.777 2.1555 2.4891 0.04859
RESIDUO 36 31.176 0.8660
TOTAL 47 177.349
MEDIA GERAL = 8.413750
COEFICIENTE DE VARIACAO = 11.060 %
Tabela 26A - Retenção de água de um Latossolo Amarelo, em um sistema de cultivo
com milho e feijão caupi em sucessão em função de adubações orgânicas, fosfatada
e verde, ajustadas ao modelo de Van Genuchten (1980), com média dos valores dos
tratamentos em três profundidades.
Umidade retida (m
3
.m
-3
)
Profundidade Potencial matricial (-
kPa)
0-10 cm 10-20 cm 20-30 cm
1 0,18 0,24 0,24
2 0,18 0,24 0,24
3 0,18 0,24 0,23
4 0,18 0,23 0,23
5 0,18 0,23 0,23
6 0,17 0,23 0,23
7 0,17 0,23 0,22
8 0,17 0,22 0,22
9 0,17 0,22 0,22
10 0,16 0,22 0,22
20 0,14 0,19 0,19
30 0,13 0,17 0,17
40 0,12 0,15 0,16
50 0,12 0,14 0,14
60 0,11 0,13 0,13
70 0,11 0,13 0,13
80 0,10 0,12 0,12
90 0,10 0,11 0,11
100 0,10 0,11 0,11
200 0,08 0,09 0,08
300 0,07 0,07 0,07
400 0,07 0,07 0,06
500 0,06 0,06 0,06
600 0,06 0,06 0,05
700 0,06 0,06 0,05
800 0,06 0,05 0,05
900 0,06 0,05 0,05
1000 0,05 0,05 0,05
1100 0,05 0,05 0,04
1200 0,05 0,05 0,04
1300 0,05 0,05 0,04
1400 0,05 0,05 0,04
1500 0,05 0,05 0,04
81
Tabela 27A – Retenção de umidade de um Latossolo Amarelo, em um sistema de
cultivo com milho e feijão caupi em sucessão; em função de adubação orgânica; e
fosfatada e verde, ajustadas ao modelo de Van Genuchten (1980), com média dos
valores por tratamento no perfil de 0-30 cm de profundidade
Retenção de umidade no solo m
3
.m
-3
Potencial matricial
(-kPa) T FQ EB EG RA FP
1 0,206 0,240 0,219 0,223 0,211 0,223
2 0,202 0,238 0,218 0,222 0,210 0,222
3 0,198 0,235 0,216 0,220 0,209 0,221
4 0,194 0,232 0,214 0,218 0,208 0,220
5 0,190 0,229 0,211 0,215 0,206 0,219
6 0,186 0,226 0,209 0,213 0,205 0,218
7 0,182 0,223 0,206 0,211 0,203 0,217
8 0,178 0,220 0,204 0,208 0,201 0,216
9 0,175 0,217 0,201 0,206 0,200 0,214
10 0,172 0,214 0,198 0,204 0,198 0,213
20 0,148 0,188 0,174 0,182 0,180 0,198
30 0,134 0,169 0,155 0,166 0,164 0,184
40 0,124 0,155 0,141 0,153 0,150 0,171
50 0,117 0,145 0,131 0,144 0,139 0,161
60 0,111 0,137 0,123 0,136 0,130 0,152
70 0,107 0,130 0,116 0,129 0,123 0,144
80 0,103 0,125 0,111 0,124 0,116 0,137
90 0,100 0,120 0,106 0,119 0,111 0,131
100 0,097 0,116 0,102 0,115 0,106 0,126
200 0,080 0,093 0,080 0,092 0,079 0,096
300 0,072 0,082 0,071 0,081 0,066 0,081
400 0,067 0,075 0,065 0,074 0,059 0,072
500 0,064 0,071 0,061 0,069 0,054 0,066
600 0,061 0,067 0,058 0,066 0,050 0,062
700 0,059 0,065 0,056 0,063 0,047 0,058
800 0,057 0,062 0,054 0,061 0,045 0,055
900 0,055 0,061 0,052 0,059 0,043 0,053
1000 0,054 0,059 0,051 0,057 0,042 0,051
1100 0,053 0,058 0,050 0,056 0,040 0,049
1200 0,052 0,057 0,049 0,054 0,039 0,048
1300 0,051 0,056 0,048 0,053 0,038 0,047
1400 0,050 0,055 0,048 0,052 0,037 0,045
1500 0,049 0,054 0,047 0,051 0,036 0,044
Tabela 28A – Parâmetros da Equação de Van Genuchten (1980) para retenção em um Latoss
o
com milho e feijão caupi em sucessão, em função de adubações orgânica, química e verde, em
α
m
Prof
0-10 10-20 20-30 Media** 0-10 10-20 20-30 Media** 0-
T
0,072Cbc 0,166Aa 0,129Ba 0,122a 0,217Bc 0,290Ab 0,280Abb 0,262d 1,27
A.F
0,112Aa 0,045Bb 0,044Bb 0,067b 0,238B c 0,340 Aab 0,349 Aab 0,309bc 1,31
8
E.B
0,097Aab 0,037Bb 0,036Bb 0,057bc 0,304Bb 0,381Aa 0,367Aba 0,350a 1,43
8
E.G
0,100Aab 0,039Bb 0,030Bb 0,056bc 0,233Bc 0,310 Aab 0,351Aa 0,298cd 1,30
0
R.M
0,040Acd 0,036Ab 0,035Ab 0,037cd 0,393Aa 0,333 Aab 0,346 Aab 0,355a 1,65
0
F.P
0,032Ad 0,035Ab 0,024Ab 0,030d 0,321Ab 0,356 Aab 0,346 Aab 0,341ab 1,50
4
Média*
0,075 a 0,060b 0,050b - 0,284b 0,335a 0,339a - 1.4
*média entre profundidade,**média entre tratamentos; letras maiúsculas=profundidade, letras minúsculas=tratamentos, Médias
entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Duncan
ANEXO 2
84
ANEXO A - ATIVIDADES DE PREPARO DE SOLO E COLETAS DE
AMOSTRAS NA ÁREA EXPERIMENTAL
Figura 1A – Ação de sistematização do solo com grade niveladora com discos
de 20 “e trator equipado com Pneus R-1 na área experimental.
85
Figura 2A – Campo experimental com produção de milho em Terra Alta-PA.
86
Figura 3A – Coleta de amostras para análise química
da área experimental com milho
87
Figura 4A – Operação de penetrometria em três profundidades
na área experimental a 20 cm da linha de plantio.
88
Figura 5A – Retirada de amostras indeformadas, com anéis de 100cm
3
em
três profundidades para análises físicas de densidades, porosidades, reten-
ção de umidade.
89
Figura 6A – Trincheira aberta para estudo de características físicas
90
Figura 7A – Aspecto do desenvolvimento radicular da cultura do milho com maior
volume limitado entre 10 e 20 cm por ação do sistema de manejo.
91
Figura 8A – Aspecto do desenvolvimento radicular da cultura do feijão caupi com
deformação da raiz pivotante por ação do sistema de manejo com revolvimento
continuo entre 10 e 20 cm de profundidade.
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