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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL
AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE LONGAN
Natanael de Jesus
Engenheiro Agrônomo
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Julho de 2007
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL
AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE LONGAN
Natanael de Jesus
Orientador: Prof. Dr. Antonio Baldo Geraldo Martins
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias Unesp, Campus de
Jaboticabal, como parte das exigências para a
obtenção do título de Doutor em Agronomia
(Produção Vegetal).
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Julho de 2007
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Jesus, Natanael de
J58a Avaliação de progênies de longan/ Natanael de Jesus.
Jaboticabal, 2007
viii, 72 f.; 28 cm
Tese- (doutorado) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, 2007
Orientador: Antonio Baldo Geraldo Martins
Banca examinadora: João Alexio Scarpare Filho, José Calos
Barbosa, José Antonio Alberto da Silva, Luiz de Souza Corrêa.
Bibliografia
1. Dimocarpus longan. 2. Desenvolvimento de frutos. 3. Germinação.
4. Estaquia I. Título. II. Jaboticabal-Faculdade
de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 634.4:631.535
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação –
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação.
i
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
NATANAEL DE JESUS Nascido em 26 de Dezembro de 1974 na cidade de
Limeira – SP, filho de Osvaldo de Jesus e Maria de Fátima Souza de Jesus. Engenheiro
Agrônomo graduado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) na região do Sul de
Minas, em Março de 2002. Durante a graduação, foi monitor voluntário da disciplina
Olericultura I, bolsista do “Programa de Bolsa Atividade” por um ano e do “Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação Científica” (PIBIC/CNPq) por três anos e do
“Programa de Projetos Especiais“ (CNPq/Rhae) por seis meses, desenvolvendo
diversos trabalhos e projetos na área. “Obteve o grau de Mestre em Agronomia
(Produção Vegetal) em Agosto de 2003 na Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” UNESP Campus de Jaboticabal (FCAV), com a Dissertação
“Caracterização de Quatro Grupos de Jabuticabeira (Myrciaria cauliflora BER.) e
Propagação Vegetativa por Enxertia” sob orientação do Prof. Dr. Antonio Baldo Geraldo
Martins, sendo bolsista da CAPES. Em Agosto de 2003 ingressou no curso de
Doutorado na Universidade Estadual Paulista (UNESP-FCAV) Campus de Jaboticabal -
SP, no Departamento de Produção Vegetal, concentrando seus estudos na área de
Fruticultura. Durante o período que esteve na FCAV/UNESP, publicou diversos
trabalhos na área de fruticultura além de participação e organização de congressos e
palestras. Atualmente trabalha na BASF “The Chemical Company” atuando no CEA -
Campo Experimental Avançado na Cidade de Ponta Grossa na região dos Campos
Gerais, Centro-Sul do Paraná, desenvolvendo atividades de Pesquisa como Técnico de
Desenvolvimento BPL/ Formulações com diversas culturas.
ii
EPÍGRAFE
A maior necessidade do mundo é a de homens - homens
que não se comprem e nem se vendam, homens que no
íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que
não temam apontar e chamar o erro pelo nome exato,
homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a
bússola é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo
que é reto ainda que caiam os céus”
Ellen G. White (1835-1915)
Livro Educação p. 57
Nunca este pensamento foi tão atual.
iii
DEDICATÓRIAS
Osvaldo de Jesus*
Maria de Fátima Souza de Jesus
Meus pais.
Daniela Cristina Marçal de Jesus
Amada esposa,
Companheira de todas as horas.
Natale Molina de Jesus
João Henrique Marçal de Jesus
Meus filhos.
Edson de Jesus
Susilaine de Jesus Hipólito
Edilaine de Jesus
Meus irmãos.
Letícia de Jesus Hipólito
Larissa de Jesus Hipólito
Minhas sobrinhas.
Manoel de Jesus Marçal
Beatriz Antonia dos Santos Marçal
Meu Sogro e Minha Sogra.
Enedina França dos Santos
Avó “ Neca”.
Cesar Augusto Marçal
Marcos de Souza Hipólito de Souza
Meus Cunhados
*in memoriam
iv
AGRADECIMENTOS
A Deus, minha luz suprema.
À Daniela Cristina Marçal de Jesus, por tudo que juntos realizamos, expresso
meu amor.
À Universidade Estadual Paulista (UNESP – FCAV) Campus de Jaboticabal,
Departamento de Produção Vegetal, pela acolhida.
À Basf “The Chemical Companye a todos os colegas de trabalho pelo apoio e
colaboração dispensado em todos os momentos, especialmente ao pessoal do CEA
Campo Experimental Avançado e a Equipe BPL.
Ao Professor Dr. Antônio Baldo Geraldo Martins pela orientação, ensinamentos,
convívio e amizade com quem pude compartilhar visões sobre ensino, pesquisa e
extensão na área da agronomia.
Ao Professor Dr. José Carlos Barbosa (UNESP FCAV) pelo auxílio nas
análises estatísticas e ajustes dos modelos matemáticos desenvolvidos.
À Banca examinadora: Profs. Drs. João Alexio Scarpare Filho, José Carlos
Barbosa, José Antônio Alberto da Silva e Luiz de Souza Corrêa, pelas sugestões e
atenção prestada.
Aos colegas André da Silva, Antônio Carlos Benassi, Eduardo Rossini, Elma
Machado Ataíde, Danilo Franco, Fernando da Silva, Marcílio Godoy Vicente, pelo
auxílio nas horas de sufoco.
Aos colegas da pós-graduação do Departamento de Produção Vegetal: Alex,
Basílio, Cristina, Eduardo, Erivaldo, Eliseu, Dan, George, Renata e Magé pelo convívio.
Aos funcionários do Departamento de Produção Vegetal: Técnico Agrícola Luiz
Paulo Barbosa Mattos*, Nádia Lynn Oliveira, Sidnéia de Aguiar Ferreira e Wagner
Aparecido Tarina, pela ajuda e convivência agradável.
Ao pessoal do Departamento de Horticultura, da Seção de Pós-graduação, do
Portal de Fruticultura, da Revista Brasileira de Fruticultura e da Biblioteca por seu apoio
e amizade. A todas às pessoas que direta ou indiretamente, colaboraram na realização
deste trabalho.
*in memorian
v
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS vii
LISTA DE FIGURAS viii
RESUMO x
SUMMARY Xii
INTRODUÇÃO 01
CAPÍTULO 1- REVISÃO DE LITERATURA 03
1.1. Taxonomia 03
1.2. Origem e Dispersão 03
1.3. Ecofisiologia e Botânica 05
1.4. Desenvolvimento de Frutos 07
1.5. Germinação de Sementes 08
1.6. Propagação Vegetativa 10
1.6.1. Enraizamento e Estacas 13
1.6.2. Formação de Raízes Adventícias 14
1.6.3. Principais Fatores que Afetam o Enraizamento 15
1.6.3.1 Fatores Internos 15
1.6.3.2 Fatores Externos 17
CAPÍTULO 2- DESENVOLVIMENTO DE FRUTOS DE LONGAN
longan Lour) NA REGIÃO DE JABOTICABAL-SP
25
RESUMO 25
2.1. Introdução 26
2.2. Material e Métodos 28
2.3 Resultados e Discussão 29
2.4. Conclusões 32
CAPÍTULO 3 - EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS E
SEMENTES DE LONGAN
38
RESUMO 38
3.1. Introdução 39
vi
3.2. Material e Métodos 40
3.3. Resultados e Discussão 41
3.4. Conclusões 43
CAPÍTULO 4 - ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE LONGAN EM
ÉPOCAS DE COLETA 47
RESUMO 47
4.1. Introdução 48
4.2. Material e Métodos 49
4.3. Resultados e Discussão 51
4.4. Conclusões 54
CAPÍTULO 5- CONSIDERAÇÕES GERAIS 60
5.1 IMPLICAÇÕES 61
5.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 62
vii
LISTA DE TABELAS
Capítulo 2 Página
Tabela 1: Valores médios de sólido solúveis (SS) e ácidez
titulável (AT) de frutos de longan (Dimocarpus longan), em função de
dias após antese. Jaboticabal-SP, 2005.
35
Tabela 2: Valores médios de acido ascórbico (AA) e ratio
(SS/AT) de frutos de longan (Dimocarpus longan), em função de dias
após antese. Jaboticabal-SP, 2005.
35
Capítulo 3
Tabela 1. Dados médios obtidos para plantas de longan nas
determinações da taxa de emergência plântulas e do í
ndice de
velocidade de emergência (IVE). Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005.
44
Tabela 2. Resumo para o quadro de análise de variância de
emergência de plântulas e índice de velocidade de germinação (%).
Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005.
45
Tabela 3. Quadro de desdobramento da interação condição de
armazenamento x período de armazenamento para emergência de
plântulas. Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005.
45
Tabela 4. Médias de período de armazenamento em função das
condições de armazenamento para emergência de plântulas de
longan. Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005
46
Capítulo 4
Tabela 1. Valores e significância de F para os fatores época,
concentração e interação em relação à permanência de folhas,
calejamento, enraizamento, sobrevivência, número e comprimento de
raízes. Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005.
55
viii
Página
Tabela 2. Médias das épocas em relação à permanência de
folhas, calejamento, enraizamento, sobrevivência e número de raízes.
Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005.
55
Tabela 3. Médias das concentrações de AIB em relação ao
enraizamento, número e comprimento de raízes. Jaboticabal-SP,
UNESP/FCAV, 2005.
55
Tabela 4. Médias de enraizamento (%), número e comprimento
(cm) de raízes das épocas de retirada de estacas de longan em função
das concentrações de AIB (mg.L
-1
). Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV,
2005.
56
LISTA DE FIGURAS
Capítulo 1
Figura 1. Detalhe de flores e panículas de longan. Jaboticabal-SP,
UNESP/FCAV, 2005.
22
Figura 2. Panículas de longan. Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV,
2005.
23
Figura 3. Frutos e sementes de longan. Jaboticabal-SP,
UNESP/FCAV, 2005.
24
Capítulo 2
Figura 1. Diâmetro transversal e longitudinal (mm), de frutos de
longan (Dimocarpus Longan), em função de dias de após a antese.
Jaboticabal-SP, Fevereiro de 2005.
33
Figura 2. Massa fresca (g): total, casca, polpa e semente de
frutos de longan (Dimocarpus Longan), em função dos dias de após a
antese. Jaboticabal-SP, Fevereiro de 2005.
34
Figura 3. Frutos e sementes de longan (Dimocarpus Longan), (A)
aos 77 dias e (B) aos 130 dias após antese. Jaboticabal-SP, Fevereiro
de 2005.
36
ix
Figura 4. Frutos e sementes de longan (Dimocarpus Longan), (A)
aos 77 dias e (B) aos 130 dias após antese. Jaboticabal-SP, Fevereiro
de 2005.
37
Capítulo 3
Página
Figura 1. Médias originais das plantas de longan em relação ao à
emergência de plântulas e índice de velocidade de emergência (IVE).
Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005.
44
Figura 2. Médias originais das plantas de longan em relação ao
índice de velocidade de emergência (IVE) para condição de
armazenamento e período de armazenamento. Jaboticabal-SP,
UNESP/FCAV, 2005.
45
Figura 3. Sementes de 6 plantas de longan. Jaboticabal-SP,
UNESP/FCAV, 2005
46
Capítulo 4
Figura 1. Curvas de regressão (dados transformados) das épocas
de longan entre as concentrações de IBA e as características avaliadas,
sendo enraizamento (%) número (cm). Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV,
2004.
57
Figura 2. Visão geral do experimento de estaquia de longan no
verão (A) e no Outono(B) ambas aos 60 dias. Jaboticabal-SP,
UNESP/FCAV, 2004
.
58
Figura 3. Aspecto da formação de raízes (A) e calos (B) em
estacas de longan submetidas a 1000 (mg.L
-1
) de AIB no verão.
Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2004.
59
x
AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE LONGAN
RESUMO: A introdução de espécies ou suas seleções melhoradas são de
grande interesse para a fruticultura brasileira, pois principiam um mercado em potencial
que é pouco explorado. Dentre elas, pode-se destacar a longan (Dimocarpus Longan
Lour), também conhecida como longana ou “olho do dragão”. Originária do Sudeste
Asiático, mais precisamente da zona subtropical da China, pertence à família
Sapindácea. Acha-se distribuída em todas as regiões subtropicais do mundo, os frutos
são globosos, de sabor agradável, adocicado e polpa translúcida; quando maduros
possui coloração castanha e sabor menos pronunciado que a lichia. Poucas são as
informações técnicas sobre esta cultura, principalmente no Brasil. O objetivo deste
trabalho foi avaliar plantas quanto às características dos frutos, semeadura e a
clonagem por estaquia desta espécie. Seis plantas, do Banco Ativo de Germoplasma da
FCAV, foram avaliadas quanto ao desenvolvimento e características físicas (diâmetros
transversal e longitudinal (mm) e massas, em g, do fruto, casca, polpa e semente) e
químicas (acidez titulável, sólidos solúveis, ácido ascórbico e ratio) dos frutos. As
sementes extraídas manualmente, de frutos maduros, foram lavadas em água corrente
e semeadas em canteiros de areia sob condições de ripado (50% de luminosidade).
Observou-se a influência de diferentes períodos (0, 14, 28 e 42 dias) e condições de
armazenamento em câmara fria (10ºC e 60% UR), câmara seca (16-18ºC e 60-70%
UR), dessecador contendo sílica-gel e ambiente. Estacas enfolhadas de ramos
herbáceos, coletadas em três épocas (primavera, verão e outono), tratadas com ácido
indolbutírico (AIB): 1.000; 3.000; 5.000; 7.000 mg.L
-1
e testemunha foram avaliadas
quanto a sua capacidade de formação de raízes, sob condições de câmara de
nebulização intermitente. Constatou-se que o ciclo de frutificação para a cultura em
Jaboticabal é entre 120 a 130 dias e dentre as plantas analisadas a que apresentou
melhor resultado foi a planta 6 podendo ser cultivada ou utilizada em programas de
melhoramento. A planta 5 possui sementes com os melhores resultados de emergência
de plântulas podendo ser utilizada preferencialmente como fonte de porta-enxertos
seminais. As sementes de longan podem ser armazenadas em câmara fria por até 14
xi
dias mantendo valores aceitáveis de germinação, condição onde tem-se também o
maior índice de velocidade de emergência. A melhor época para retirar às estacas é o
verão e o uso de 1.000 mg.L
-1
de AIB resultam em maiores taxas de enraizamento.
Palavras-chave:
Dimocarpus longan, desenvolvimento de frutos, germinação,
sementes, AIB, estaquia.
xii
EVALUATION OF LONGAN PROGENIES
SUMMARY- The introduction of exotic species or their improved selections are
highly interesting to Brazilian fruit farmers, since these species open an unexplored
market. Among these species is longan (Dimocarpus Longan Lour), also known as
longana, which is originated from Southeast Asia, more specifically from subtropical
zone of China, and belongs to the family Sapindaceae. It is distributed in all subtropical
regions of the world. The fruits are globe-shaped, of pleasant and sweet taste and
translucid pulp. At maturity, fruits are wood-colored and a taste blander than litchi. There
is little information on this fruit species, especially in Brazil. This work was undertaken to
evaluate fruit characteristics, seeding and cutting of this species. Six plants from the
Active Germplasm Bank of FCAV were analyzed in terms of fruit development, physical
(transversal and longitudinal diameter, in mm, eand fruit, peel, pulp and seed mass, in g)
and chemical traits (titrable acidity, soluble solids, ascorbic acid and ratio). Manually
extracted seeds from mature fruits were washed in water flow and sowed in sand under
fifty percent shading. The influence of several periods (0, 14, 28 and 42 days) and
storage conditions: in cool-chamber (10ºC e 60% RH), dry-chamber (16-18ºC and 60-
70% RU), dryer containing silica-gel and environment conditions. Cuttings containing
leaves from herbaceous branches, collected in three different (spring, summer and fall)
and treated with indolbutiric acid (IBA): 1,000; 3,000; 5,000; 7,000 mg.L
-1
and control
were evaluated for their rooting capacity under intermittent nebulization chamber
conditions. The crop cycle in Jaboticabal was found to be 120 to 130 days and plant 6
showed the best results, and can be grown or used in breeding programs. The best
seedling emergence results were found in seeds form plant 5, which can be used as
rootstocks. Longan seeds can be stored in cool-chamber for up to 14 days, with
acceptable means germination, with faster emergence. The best season for cutting is
the summer. Using 1,000 mg.L
-1
of IBA result in higher rooting.
Keywords: Dimocarpus longan, Fruit development, germination, seeds, IBA,
cutting.
INTRODUÇÃO
A longan (Dimocarpus longan Lour) é uma espécie muito conhecida na Ásia, sua
região de origem. Crescem com maior escala em países tropicais e subtropicais, onde a
produção é satisfatória; é explorada comercialmente somente na Tailândia, China,
Formosa e recentemente no Vietnam. Outras regiões que têm apresentado um
crescimento no cultivo comercial são: Austrália e nos Estados Americanos da Flórida e
Havaí. A longan assemelha-se à lichia (Litchi chinensis) Sapindácea mais conhecida. A
diferença principal está na coloração da casca e no tamanho dos frutos, enquanto a
longan apresenta uma casca marrom, a lichia possui um vermelho intenso e os frutos
maiores. Ambas as frutas podem ser consumidas in natura, enlatadas e desidratadas.
Nos países onde ambas são cultivadas, a lichia possui maior inserção e preferência
(exceto na Tailândia), onde a produção de longan é mais elevada bem como o seu
consumo (CHOO, 2000).
Na China é cultivada a quase 2000 anos, sendo o maior produtor mundial, com
uma área de 444.400 ha e com cerca de 500.000 toneladas em 1997. São cerca de 400
cultivares sendo 14% com cultivares precoces, 68% de meia-estação e 18% tardia. Isto
permite uma oferta do fruto durante quase todos os meses, contudo toda a produção é
consumida no país. A Tailândia, o segundo produtor mundial, com 41.504 ha com
238.000 toneladas, e maior exportador da fruta chegando a comercializar 20% da sua
produção para China, Hong Kong, Singapura, Corea, Malásia, Inglaterra, Canadá e
França (SUBHADRABANDHU & YAPWATTANAPHUM, 2001).
À procura pela diversificação de culturas proporcionou um aumento pelo
interesse de cultivo de frutíferas exóticas. O Brasil possui grande potencial para o
cultivo de diversas espécies, pois apresenta uma diversidade muito grande de tipos de
solos e climas que favorecem o cultivo de frutíferas tropicais, subtropicais e temperadas
(SIMÃO, 1998).
Mesmo sendo pouco conhecida, acha-se distribuída em todas as regiões
subtropicais do mundo, sendo uma grande opção de plantio, afinal a árvore é mais
rústica que a da lichia, adaptando-se melhor numa maior amplitude de clima (FERRÃO,
1999).
2
Apesar do grande potencial de cultivo que esta frutífera apresenta, há uma
escassez de trabalhos técnicos de propagação, germinação e de crescimento de frutos
uma vez que, o esclarecimento destes fatores contribuirá para o estabelecimento de
áreas de cultivo comercial na região a exemplo da lichieira.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento de frutos, germinação e
estaquia de plantas de longan, na região de Jaboticabal – SP.
3
CAPÍTULO 1 - REVISÃO DE LITERATURA
1.1. Taxonomia
A longan pertence a divisão Magnoliophyta, na classe Magnoliopsida, subclasse
Rosidae, ordem: Sapindales, família: Sapindaceae, que possui 200 gêneros e mais de
2000 espécies, o gênero: Dimocarpus, o qual possui seis espécies: Dimocarpus
longan, Dimocarpus dentatus, Dimocarpus gardneri, Dimocarpus foveolatus e
Dimocarpus fumatus todas de ocorrência na Ásia e Dimocarpus australianus de
ocorrência na Austrália (LEENHOUSTS, 1973; BARROSO, 1984; CARVALHO, 1998).
Dentre estas espécies, a mais cultivada comercialmente é a Dimocarpus longan,
inclusive longan é conhecida como nome comercial da fruta. Longan, longana ou lungan
deriva da palavra Yan que vêm do chinês e que quer dizer: “olho-do-dragão” (outro
nome comum que a fruta recebe), uma menção ao aspecto do fruto depois da remoção
da casca ficando, portanto a polpa branca e translúcida, semente marrom e brilhante.
Outros nomes para longan incluem o “lam-yai” (Tailândia), “leng-keng” (Malaysia e
Indonésia), do “mouk kyet” (Myanmar), “mien” (Cambodia), do “nhai lam”, do “nhai nam”
(Laos), e “nhan” (Vietnam) (CHOO, 2000; GALAN-SAUCO, 1990).
Outros nomes científicos foram dados a longan, estes incluem Nephelium
longana Lam. e Euphoria longana Lam. A fruta mais conhecida da família
Sapindaceae é a lichia (Litchi sinensis), outras frutas relacionadas são: rambutão
(Nephelium lappaceum), guaraná (Paullinia cupana), akee (Bliglia sapida) e o pulasan
(Nephelium mutabile) (CHOO,2000; SACRAMENTO & LUNA, 2004).
1.2. Origem e Dispersão
A longan possui uma origem que têm sido alvo de muitas discussões, visto que
alguns autores limitam a uma área situada nas correntes montanhosas de Myanmar no
Sul da China; contudo outros estendem para o sudoeste da Índia e Sri Lanka, incluindo
as planícies. Na China, sugeriu-se que o centro preliminar da origem de longan era
Yunnan, e os centros secundários eram as províncias de Guangdong, de Guangxi e de
Hainan. Essas afirmações estão baseadas em estudos das características morfológicas
4
do pólen, geografia e evolução botânica de cultivares e de suas espécies selvagens em
cinco regiões de cultivo na China (KE et al.; 2000 citados por CHOO, 2000).
A espécie Dimocarpus longan possui duas subespécies, isto é, longan e
malesianus. Cada uma com diversas variedades e dentro da subespécie longan, o
táxon mais cultivado é o longan ssp.: o longan comercial. Na Tailândia são encontrados
três tipos de longan, sendo distintos dentro da variedade longan.
(SUBHADRABANDHU, 1990). O primeiro tipo é uma árvore de floresta grande com
frutas pequenas e um arilo muito fino. Segundo é o longan nativo “lamyai pequeno”, que
cresce na parte norte do país, com uma árvore ereta e produzindo frutas pequenas com
sementes grandes e é recomendado como porta-enxerto para cultivares comerciais. O
terceiro tipo é o longan comercial “kraloke lamyai”, a qual produz frutas grandes e
sementes pequenas (HUANG et al., 2001).
A subespécie malesianus, contém principalmente materiais genéticos
inexplorados que possuem um potencial de serem cultivados comercialmente. Esses
incluem as variedades malesianus e as variedades echinatus. Enquanto à longan
comercial adapta-se e floresce apenas em regiões subtropicais, a subespécie
malesianus está totalmente adaptada a regiões tropicais, por exemplo, no Sudeste
Asiático -região onde é nativo- distinguiu-se entre 30 a 40 raças locais em Borneú
(LEENHOUTS, 1971; WELZEN et al. 1988). A diversidade desta subespécie em
Sarawak no Bornéu foi relatada por WONG & GAN (1992) e WONG (2001). As frutas
são globulares, ligeiramente oblongas e lisas. Na Malásia Penínsular, a variedade mais
comum deste táxon apresenta frutos lisos e globosos, com a casca marrom quando
maduras. Esta variedade pode ser encontrada também em Bornéu e Sumatra.
As melhores variedades podem ser encontradas em Sarawak, com frutos
maiores e apresentando maior rendimento em polpa. Estas variedades podem ser
agrupadas principalmente em três tipos, baseadas nas características da fruta: o “isau”
com frutas que são globulares e de coloração verde quando maduras; o “sau” com
frutas que são ligeiramente oblongas e também de coloração verde quando maduro; e o
“kakus”, frutas globulares as quais quando maduras ficam marrom. As folhas, as flores
e a arquitetura da árvore diferem também. O “kakus” é mais difundido em Sarawak,
5
enquanto o “isaue o “sau” são principalmente dos bancos do rio de Rajang e do vale
de Bareo.
As variedades do grupo echinatus diferem do malesianus, porque as frutas
possuem as espículas longas que se assemelham ao rambutan (lappaceum de
Nephelium). Esta variedade é encontrada em Sabah onde o “kakus” existe também
(WELZEN et al, 1988).
Desde modo, possibilidade de cultivo de longan mesmo nas regiões tropicais,
uma vez que, existem materiais superiores que poderiam ser introduzidos em regiões
mais quentes.
1.3. Ecofisiologia e Botânica
A longan é uma árvore subtropical, adaptando-se bem nos trópicos, mas para um
florescimento satisfatório requer uma mudança das estações. Temperatura média 15 -
22°C (uma estação curta 2-3 meses). A planta é sensível à geada e é provável que
períodos prolongados com temperatura abaixo de zero sejam extremamente
prejudiciais à cultura. Temperaturas acima de 40°C durante o dia e 25°C a noite
prejudicam o desenvolvimento da fruta. Na Tailândia as melhores temperaturas para o
florescimento estão entre 20 a 25°C (CHOO, 2000)
A planta necessita de ampla umidade do solo a fim de que o fruto atinja a
maturidade fisiológica. A precipitação anual apropriada é de aproximadamente 1.500
mm e peodos de seca durante o florescimento podem reduzir a produtividade,
entretanto, chuvas excessivas durante florescimento diminuem a taxa de polinização.
Dias nublado, antes da colheita, podem conduzir a abscisão de frutos precocemente,
possivelmente devido à redução da taxa fotossintética (CHOO, 2000).
Longan é sensível aos danos do vento, podendo causar rachaduras e quedas
nos frutos. As mudas na China e na Tailândia são tutoradas muitas vezes após o plantio
com bambu para reduzir os danos do vento, mas os maiores danos estão na colheita,
especialmente quando as plantas estão com uma carga de frutos abundante. (MENZEL
et. al, 1990).
6
A planta desenvolve-se bem em solos arenosos moderadamente ácidos. Na
Tailândia, as produções mais elevadas são conseguidas com plantios de áreas onde os
solos os aluviais, pois possuem uma quantidade de água e matéria orgânica elevada.
Na região Sul da Austrália os solos preferidos para o plantio da longan são: solos
pesados, estruturados, horizonte vermelho, fertilidade elevada e boa drenagem (CHOO,
2000).
A planta dificilmente excede os 20 m de altura, possui uma copa variando entre
redonda e ereta, seu tronco é rugoso, diferente da lichia que é liso. As folhas são
pecioladas e alternas, apresentando um número variável de folíolos dispostos na raquis
de forma alternada. Os fluxos vegetativos o de cor roxa; a madeira da longan é mais
brilhante (GALAN-SAUCO, 1990).
As inflorescências são terminais (figura 1) com 8-40 cm de comprimento, densas
e extremamente ramificadas, com três a cinco por ramo, normalmente apenas a flor
central desenvolve-se até o final do ciclo. As flores são pequenas, com coloração
variando de marrom a amarelado, com lóbulos de 2 a 5 mm por 1 a 3 mm, pétalas de
1,5 a 6 mm por 0,6 a 2 mm. As flores estão dentro de uma panícula e são compostas
com três tipos de flores: estaminadas (pistilo não funcional), pistiladas (estame não
funcional) e flores hermafroditas. A flor estaminada possui até 8 estames arranjados em
uma única fileira. A flor pistilada possui as anteras que são estéreis e a flor hermafrodita
possui ovário bicapelar. Normalmente, somente um carpelo torna-se fruto. Os estames
da flor hermafrodita possuem 8 filamentos séssis com anteras produzindo pólen viável
(CHOO, 2000).
LIAN & CHEN, citados por WATSON, 1984 mencionam que a longan possui uma
dicogamia menos acentuada que na lichieira, pois existe uma sobreposição entre as
flores, uma vez que, as panículas desenvolvem-se no mesmo instante facilitando a
polinização. Normalmente as flores masculinas abrem primeiro, logo depois ás
femininas e na seqüência ás hermafroditas e em seguida às flores masculinas voltam a
abrir novamente fechando o ciclo, esta sobreposição no florescimento pode ocorrer
durante 4-6, semanas dependendo da cultivar, a polinização é realizada por insetos
sendo mais eficaz das 08h às 14h (GALAN-SAUCO, 1990 e CHOO, 2000).
7
O período de emissão da flor à colheita é de 150 a 210 dias, dependendo do
cultivar e do clima. Na Tailândia uma panícula pode carregar até 80 frutas individuais
que variam de 5 a 20 g, as frutas com padrão comercial estão na escala entre 14 a 18
g. A casca é fina, mas resistente de coloração verde amarelado e quando maduro
tornando-se marrom. No arilo a concentração de sólidos solúveis pode variar ente 15 a
25 %, é branco translúcido podendo conter até 75% do peso total do fruto. A sua textura
é suculenta, ligeiramente firme, o sabor variando entre doce, adstringente e aromático,
raramente ácido (CHOO, 2000). Figuras 1 e 2.
A semente é pequena, ovóide à redonda, de coloração marrom avermelhada à
preta, bem lustrosa, destacando-se facilmente do arilo, com apenas uma semente por
fruto. As sementes são recalcitrantes, depois de colhidas possuem período curto sendo
apropriado o plantio imediato (figura 3). A germinação ocorre de 7 a 10 dias, o
crescimento inicial da muda é bem lento e a fase juvenil dura aproximadamente 7 anos
(CHOO, 2000).
1.4. Desenvolvimento dos Frutos
O conhecimento do padrão de crescimento durante o desenvolvimento de frutos
é necessário para definir técnicas de colheita, manuseio e conservação s-colheita,
assim como para definir índices de maturação e qualidade. Estas informações são
importantes por permitirem estabelecer o período ideal para colheita, bem como o
manuseio e acondicionamento dos frutos (ARAÚJO NETO et al. 2001; CARNEIRO,
1986a).
Além dos fatores citados, o conhecimento das características físicas, químicas
e morfológicas dos frutos podem contribuir para à seleção de cultivares promissoras,
cuja à utilização dos frutos possam ser muito mais do que ao natural, sendo utilizado
para industrialização (CARNEIRO, 1986b).
CHITARRA & CHITARRA (1990) mencionam que o desenvolvimento do fruto
ocorre segundo uma curva sigmoidal simples ou dupla, já WACHOWICZ & CARVALHO
(2002) relatam que este crescimento ocorre em três fases. A primeira é caracterizada
8
por intensa divisão celular, elevada pela atividade metabólica; a segunda fase é
caracterizada pelo aumento do tamanho das células e diminuição da intensidade
respiratória; a terceira fase corresponde a maturação que se caracteriza pela baixa
atividade respiratória.
Os processos de deterioração ocorridos no amadurecimento relacionam-se de
um modo geral com a degradação dos carboidratos de reserva, com a redução nos
conteúdos de ácidos orgânicos e polifenóis, e com as mudanças na pigmentação
(LIMA, 2003).
Sendo assim, as características químicas indicam com maior precisão o estádio
de maturação, pois as características físicas podem conduzir a conclusões erradas,
uma vez que, o manejo das plantas durante o ciclo produtivo pode ser distinto. Os
atributos químicos mais utilizados são conteúdos de sólidos solúveis, acidez titulável,
relação açúcares/acidez e ácido ascórbico. Todos são comparados com curvas padrões
preestabelecidas para cada espécie. Com o amadurecimento uma alteração nestes
fatores que indicam o nível de maturação dos frutos (WACHOWICZ & CARVALHO,
2002).
1.5. Germinação de Sementes
A maturidade de uma semente começa com a fertilização de uma célula, a qual
sofrerá muitas alterações morfológicas e bioquímicas, como maior produção de
enzimas, principalmente nos tecidos de reserva e culmina com a semente madura,
geralmente incluindo dessecação antes de sua dispersão ou coleta. Neste estádio, a
semente atinge vigor e viabilidade. Contudo a maturação não é um processo obrigatório
para aquisição da germinação (BEWLEY & BLACK, 1994).
A época adequada de coleta das sementes torna-se importante, porque a partir
do ponto de maturidade fisiológica, inicia-se um processo de deterioração, a qual pode
ser acelerada ou atrasada, mas é irreversível. A coleta dos frutos deve ser realizada na
maturação dos frutos, sendo identificada pela variação de coloração, por rachaduras
externas, pela queda natural, abertura dos frutos na própria árvore, presença de aves,
insetos ou ainda pelo tato (PINA-RODRIGUES & AGUIR,1993).
9
Muitas vezes, as sementes que não atingiram a maturidade fisiológica, quando
são colocadas para germinar logo após a coleta, mesmo sob condições adequadas,
apresentam menor porcentagem de germinação. Este fato se deve a necessidade de
uma secagem lenta das sementes para que ocorra a maturação do embrião
(CARVALHO & NAKAGAWA, 2000).
Dentre os parâmetros que podem expressar a maturidade fisiológica das
sementes podemos citar o teor de água e o peso de matéria seca, onde o último é
apontado como o melhor indicador do estádio de maturação das sementes, uma vez
que, ocorre diminuição do teor de água e acúmulo de materiais de reserva. Entretanto
nem sempre esta característica deve ser utilizada como única indicadora, afinal podem
ocorrer alterações fisiológicas e bioquímicas, mesmo após as sementes terem atingido
o conteúdo máximo de matéria seca (CARVALHO & NAKAGAWA 2000).
Isto pode ser confirmado por OLIVEIRA et al. (2005a) que trabalharam com três
tamanhos de sementes de longan: pequeno, médio e grande, as quais foram
classificadas a partir do peso da massa fresca, verificaram que não houve influência do
tamanho das sementes sobre a emergência final das plântulas, podendo ser utilizado
para fins de obtenção de porta-enxerto, qualquer tamanho.
Após às sementes serem coletadas e antes de serem utilizadas para semeadura,
elas podem e devem ser adequadamente armazenadas, para que se possa reduzir ao
mínimo o processo de deterioração. Assim a determinação das condições ideais para o
armazenamento torna-se importante para espécies, cujas sementes perdem
rapidamente sua qualidade fisiológica ou mesmo quando não podem ser semeadas
logo após a colheita (CARNEIRO & AGUIAR, 1993).
O processo de deterioração refere-se a toda e qualquer alteração degenerativa,
que é um procedimento irreversível, não podendo ser mais impedido; mas é possível
retardar sua velocidade com um manejo adequado e eficiente das condições ambientais
durante o armazenamento, a fim de que não haja perda o poder germinativo e da
viabilidade, que são conseqüências finais da deterioração das sementes (BAUDET,
2003).
10
As sementes apresentam respostas diferenciadas ao serem armazenadas,
podendo ser ortodoxas, recalcitrantes e mais recentemente intermediárias (TONIN,
2005). Sementes ortodoxas podem ser armazenadas após serem secas até atingirem
um conteúdo muito baixo de água, sem perder a viabilidade, e podem ser mantidas em
ambientes com baixa temperatura e umidade relativa do ar. Por outro lado, as
sementes recalcitrantes não podem ser secas abaixo de um elevado teor de água (40 a
50%), pois perdem totalmente a sua viabilidade. Estas sementes podem apresentar
diferentes níveis de recalcitrância. As sementes com alta recalcitrância toleram
pequenas perdas de água, mas são muito sensíveis às baixas temperaturas e são
normalmente de espécies tropicais e de ambientes úmidos. As sementes com baixa
recalcitrância toleram a retirada de elevados pontos percentuais de água, suportam
baixas temperaturas e são espécies de clima temperado e subtropical (VILLELA &
PEREZ, 2004).
A longan possui sementes recalcitrantes, que perdem a viabilidade rapidamente
e devem ser semeadas logo em seguida a remoção da polpa, de forma geral, quando
em local sombreado a umidade ambiente pode ser conservada até uma semana. Para
períodos mais longos, a exemplo da lichia, pode ser armazenada até 8 semanas entre
musgo esfagno bem umedecido. Devem ser plantadas na posição horizontal e
enterradas a 1,5 a 2,5 cm em um local bem drenado (GALAN-SAUCO, 1990; CHOO,
2000).
1.6. Propagação Vegetativa
Propagação vegetativa é o conjunto de práticas destinadas a perpetuar as
espécies de forma controlada. Objetiva aumentar o número de plantas, garantindo a
manutenção das características agronômicas essenciais das cultivares (FACHINELLO
et al., 1995). A propagação de indivíduos a partir de partes vegetativas das plantas é
possível devido à capacidade de regeneração (SCARPARE FILHO, 1990).
Os métodos propagativos são úteis, principalmente por manterem inalterada a
constituição genética da planta nas gerações subseqüentes. Contudo, um grande
problema apresentado pela propagação vegetativa é o envelhecimento do material
11
causado por diversos tipos de vírus responsáveis pela perda da produtividade e do
vigor (HOFFMANN et al., 1996).
Segundo VILANOVA (1959), a propagação vegetativa ou assexual é definida
como produção de plantas empregando partes vegetativas como: caules, raízes, folhas
no lugar de usar sementes. Esse processo é possível devido à capacidade que
certos órgãos vegetais possuem de se recomporem quando cortados e colocados em
condições favoráveis, dando origem a um novo indivíduo, além do fato de algumas
células conterem informações genéticas necessárias para reproduzir uma planta toda, o
que é chamado de totipotência.
As frutíferas tropicais e algumas subtropicais têm na sua quase totalidade,
possibilidade de serem propagadas vegetativamente utilizando processos
estabelecidos, dependendo da situação regional, do interesse ou exigência de mercado
(SAMPAIO, 1992). A propagação de longan vem sendo feita por semente, por
alporquia e enxertia, sendo que a estaquia pode ser uma excelente opção.
As plantas de longan obtidas por sementes apresentam dois problemas: grande
variabilidade e longo período juvenil, dificultando com isto o sistema de produção (LIU &
MA, 2001).
A alporquia é um processo onde ocorre o enraizamento de ramos ainda unidos à
planta matriz, traz resultados variáveis em função de diversos fatores, além de causar
desgaste na planta mãe, fazendo parte de um sistema bastante trabalhoso, com
rendimento baixo, resultando mudas com preços elevados. Entretanto a maior
vantagem seria a precocidade do início de produção, quando comparado às plantas
produzidas sexuadamente (GALAN-SAUCO, 1990; KANWAR & KALHON, 1986).
A enxertia tem a desvantagem de apresentar incompatibilidade, por esta razão,
têm sido utilizado porta-enxertos da mesma cultivar a fim de evitar este inconveniente.
Já a estaquia pode ser uma alternativa viável, porque permite a multiplicação de
genótipos selecionados, em curto período de tempo (GALAN-SAUCO, 1990; NETTO,
2005).
A maioria das plantas propagadas por estaca apresenta auxinas endógenas nos
seus tecidos e para se obter êxito no enraizamento é necessário que haja um balanço
12
adequado entre auxinas, giberelinas e citocininas. Uma forma de favorecer o balanço
hormonal em favor do enraizamento é a aplicação exógena de uma auxina sintética
(ALVARENGA & CARVALHO, 1983; FACHINELLO et al., 1995).
Segundo HARTMANN et al. (1997), a maior ou menor capacidade de
enraizamento de uma estaca vai depender do balanço entre as substâncias promotoras
e inibidoras do enraizamento, que, de modo geral, é muito variável entre as espécies.
Em plantas que se propagam facilmente por estacas, a idade da planta e tem
pouca importância, porém, em plantas difíceis de enraizar, este pode ser um fator
relevante. Em geral, estacas formadas de plantas jovens (crescimento juvenil) enraízam
com mais facilidade que estacas tomadas de ramos mais velhos (crescimento adulto)
(HARTMANN et al., 1997).
CASTRO & KERSTEN (1996) relatam que os reguladores de crescimento são
compostos orgânicos que em pequenas quantidades promovem, inibem ou modificam
qualitativamente o crescimento e desenvolvimento das plantas. Podendo ser utilizados
na propagação vegetativa, visando possibilitar ou acelerar a formação de raízes de
estacas de espécies que apresentam difícil enraizamento.
As substâncias mais utilizadas para estimular o crescimento, principalmente o
enraizamento de estacas são: ácido indolbutírico (AIB), ácido indolacético (AIA) e ácido
naftalenoacético (ANA). Sua ação nas estacas depende de diversos fatores dos quais
destacamos: concentração, tempo de tratamento, espécie e grau de lignificação da
estaca (KOMISSAROV, 1968).
O AIB é um composto indólico sintético, o qual apresenta algumas características
favoráveis à sua utilização em grande escala, na propagação vegetativa de plantas,
como por exemplo: ser fotoestável atóxico em muitas concentrações e não ser
biodegradado (HOFFAMANN et al., 1996).
1.6.1. Enraizamento de Estacas
A estaquia, segundo HARTMANN et al. (1997), é um processo de propagação
altamente desejável, principalmente pelo fato das plantas originadas serem idênticas à
13
planta matriz, além de ser um método simples, rápido e não requerer técnicas especiais
como no caso da enxertia, em que pode haver problemas de incompatibilidade entre
enxerto e porta-enxerto. A estaquia, como os demais métodos, apresenta algumas
desvantagens, como: transmissão de doenças, especialmente as viróticas, variações
nas características devido à mutação somática e principalmente aumentar os riscos de
danos nas plantas devido a problemas climáticos ou fitossanitários, que não existe
variabilidade nas plantas do pomar (FACHINELLO et al., 1995).
Segundo SCARPARE FILHO (1990), a propagação consiste na multiplicação de
indivíduos a partir de partes vegetativas das plantas, o que é possível devido à
capacidade de regeneração apresentada por estes órgãos vegetativos. Este tipo de
propagação é de fundamental importância, principalmente por manter inalterada a
constituição genética do clone durante as gerações. Entretanto, segundo (HOFFMANN
et al., 1996), um dos problemas sérios apresentados pela propagação vegetativa é o
chamado “envelhecimento dos clones”, fenômeno causado pelo acúmulo de diversos
tipos de vírus responsáveis pela perda de vigor e da produtividade. Pode-se definir
“clone” como uma população de plantas obtidas de um único indivíduo via propagação
vegetativa (TORRES & CALDAS, 1990).
Segundo MENZEL (1985), diversos fatores, como o genótipo, condições
fisiológicas da planta matriz, tipo de estaca e condições ambientais influenciam nesse
método, além de ser possível a melhoria dos resultados através de um tratamento
prévio das estacas com produtos químicos, como os reguladores de crescimento
(GARNER, 1958; CALABRESE, 1978).
Dentre os vários fatores que afetam o enraizamento de estacas, as auxinas
desempenham papel importante. Estas foram os primeiros reguladores químicos a ter
uma aplicação agronômica bastante difundida, praticamente empregando-se as
sintéticas por serem facilmente absorvidas e por resistirem melhor ao catabolismo
auxínico, o que as torna mais potentes e de ação mais duradoura (GALSTON &
DAVIES, 1972; COUTO, 1979; FERRI, 1979).
14
A importância da utilização de reguladores de crescimento como estimuladores
de enraizamento tem sido demonstrada em diversos trabalhos, devido às dificuldades
de algumas espécies no enraizamento de estacas. Segundo BLAZICH (1988), sua
utilização em condições ambientais favoráveis ao enraizamento, é imprescindível para o
sucesso da propagação através das estacas de algumas espécies.
O ácido indolbutírico (IBA) é um dos reguladores químicos mais aplicados, sendo
efetivo para um grande número de plantas (BOSE & MANDAL, 1972).
1.6.2. Formação de Raízes Adventícias
O processo de desenvolvimento de raízes adventícias passa por três estádios: a
desdiferenciação celular seguida pela iniciação dos grupos de células meristemáticas, a
diferenciação destes grupos de lulas meristemáticas em primórdios radiculares e o
crescimento e emergência das novas raízes (HARTMANN et al., 1990).
FACHINELLO et al. (1995) observaram que as raízes formadas nas estacas são
resposta ao traumatismo produzido pelo corte e que, dessa forma, dois aspectos são
fundamentais no enraizamento das estacas: a desdiferenciação e a totipotência (toda
célula carrega a informação necessária para originar um novo indivíduo exatamente
igual ao que lhe deu origem). Com o preparo da estaca, ocorre uma lesão tanto nos
tecidos do xilema quanto ao do floema, resultando em um traumatismo, que é seguido
por um processo de cicatrização formando uma capa de suberina, a qual reduz a
desidratação da área lesada. Nesta região, muitas vezes, se forma uma massa de
células parenquimatosas desorganizadas, pouco diferenciadas e em diferentes estágios
de lignificação, denominadas: calo. Segundo TORRES & CALDAS (1990), calo é
definido como grupo ou massa de células não organizadas, em crescimento
desorganizado e com certo grau de diferenciação. Assim, as células que se tornam
meristemáticas dividem-se e originam primórdios radiculares, ocorrendo formação de
raízes adventícias nas células adjacentes ao câmbio e ao floema.
15
1.6.3. Principais fatores que afetam o enraizamento de estacas caulinares
De acordo com HARTMANN et al. (1990), o enraizamento de estacas pode ser
afetado por diversos fatores, dentre os quais destacam-se as condições fisiológicas
(presença de carboidratos, substâncias nitrogenadas, aminoácidos, auxinas, compostos
fenólicos e outras substâncias não identificadas), o período e a posição da coleta,
juvenilidade, estiolamento, presença de folhas e gemas, idade da planta matriz, além de
fatores do ambiente, como: disponibilidade de água, incidência de luz e substrato.
1.6.3.1. Fatores internos
Condição fisiológica da planta e do ramo
As condições fisiológicas da planta (presença de carboidratos, substâncias
nitrogenadas, aminoácidos, auxinas, compostos fenólicos e outras substâncias não
identificadas), contribuem para a emissão de raízes adventícias, quando em proporção
e concentrações adequadas. Essas substâncias são fornecidas pelas folhas e se
acumulam na zona de regeneração de raízes. Segundo HARTMANN et al. (1997), as
características internas da planta podem afetar o processo de formação de raízes;
desta forma, a utilização de estacas provenientes das plantas com deficiência hídrica ou
nutricional pode ocasionar insucessos no processo de rizogênese.
Variabilidade genética
A influência da variabilidade genética existente entre as espécies e cultivares de
plantas frutíferas, no processo de formação de raízes, é grande. Devido a este fato,
algumas espécies e cultivares apresentam maior facilidade no processo de
enraizamento, enquanto outras necessitam de maiores cuidados (COUVILLON, 1988).
Segundo ADRIANCE & BRISON (1967), existem dois requisitos para o
enraizamento de estacas: a capacidade genética das plantas e a quantidade de energia
16
contida no ramo. O conteúdo de auxinas e de co-fatores de enraizamento endógenos
são fontes importantes de variabilidade no enraizamento (WANG & ANDERSEN, 1989).
Idade da planta matriz
A idade da planta matriz é um fator de extrema importância no enraizamento,
sendo que, as estacas retiradas de plantas em estádio juvenil de crescimento
apresentam maior capacidade de formar raízes do que as estacas retiradas de plantas
adultas, fato este que está relacionado com o aumento no conteúdo de inibidores e
diminuição no conteúdo de promotores à medida que a planta vai tornando-se adulta
(FACHINELLO et al., 1995).
Segundo HACKET (1983), a habilidade da estaca em formar raiz, para muitas
espécies, particularmente em plantas lenhosas, diminui com o aumento da idade da
planta matriz.
Tipo de estaca
Os tipos de estaca foram classificados por FACHINELLO et al., (1995), em
relação ao estádio vegetativo na época de coleta, como: herbáceas, semi-lenhosas e
lenhosas. De acordo com HARTMANN et al., (1990), estacas lenhosas devem ser
coletadas durante o período de repouso vegetativo (dormência) e as semi-lenhosas
durante o verão, quando ás plantas encontram-se em pleno desenvolvimento
vegetativo.
O tipo de estaca influencia no enraizamento, de modo que, estacas herbáceas
apresentam maior facilidade de formar raízes do que estacas lenhosas de uma mesma
espécie (AROEIRA, 1957).
17
1.6.3.2. Fatores externos
O enraizamento é afetado ainda por fatores externos, como época do ano em
que a estaquia é realizada, o tipo e a concentração do regulador de crescimento,
substrato utilizado, além de temperatura e umidade do ambiente.
O horário de coleta das estacas exerce influência sobre o enraizamento,
portanto recomenda-se que seja realizada nas primeiras horas da manhã ou à noite,
quando a planta não se encontra em deficiência hídrica, diminuindo a mortalidade de
estacas por perda de água (ONO & RODRIGUES, 1996).
Algumas estacas apresentam um enraizamento mais difícil, sendo, para as
mesmas, recomendado a utilização de nebulização intermitente, mantendo uma película
de água nas folhas, desde modo, tendem a reduzir a temperatura do ar e a taxa de
transpiração, além de procurar mantê-las em locais com luminosidade mediana e em
temperatura ambiente entre 15 e 25
º
C. Para tal finalidade, têm-se utilizado estruturas
como: ripados ou coberturas de polietileno, além de câmaras total ou parcialmente
fechadas (EVANS, 1951; HARTMANN et al., 1990; ONO & RODRIGUES, 1996).
Quanto ao substrato, dentre as composições diferenciadas favoráveis ao
enraizamento, indica-se a vermiculita devido às suas propriedades, como capacidade
de absorção de água em cinco vezes, sua massa e fácil aeração, insolubilidade em
água e solventes orgânicos, pH levemente alcalino, alta capacidade catiônica e tampão,
além de ser um substrato inodoro e atóxico (GONÇALVES, 1995).
Época de realização da estaquia
O período de coleta das estacas tem um papel importante na capacidade de
enraizamento. As estacas coletadas em um período de crescimento vegetativo intenso
(primavera/verão) apresentam-se mais herbáceas e, as colhidas em um período de
repouso vegetativo ou de dormência (inverno) apresentam-se mais lignificadas e de um
modo geral, proporcionam menores porcentagens de enraizamento. Por outro lado,
18
estacas menos lignificadas (herbáceas e semi-lenhosas) são mais propícias à
desidratação e à morte (HARTMANN et al., 1990).
Segundo KOMISSAROV (1968), a época do ano em que a estaquia é realizada,
é um fator determinante do sucesso, uma vez que, está relacionada com o estádio do
ramo e com o grau de atividade dos processos fisiológicos das plantas. Desta forma,
algumas plantas podem ser propagadas no período de crescimento e outras durante o
repouso. A época ideal para a propagação de cada planta, em especial, deve ser
determinada regionalmente e experimentalmente.
Luz
O efeito da luz no processo de enraizamento pode ser devido à intensidade, ao
fotoperíodo e à qualidade da luz, sendo que, o efeito pode ocorrer diretamente nas
estacas ou então nas plantas matrizes (HARTMANN et al., 1997).
Segundo PÁDUA (1983), em estacas herbáceas ou com folhas, a luz favorece o
enraizamento devido à ação da fotossíntese e à produção de carboidratos, mas pode
ser prejudicial ao enraizamento de estacas lenhosas.
Temperatura
Segundo HARTMANN et al. (1997), a temperatura do ar adequada para o
enraizamento da maioria das plantas situa-se entre 21 e 27
º
C diurnos e próximo aos
15
º
C noturno. Uma alta temperatura pode promover o desenvolvimento de brotações
antes que ocorra o enraizamento, sendo prejudicial à formação de raízes adventícias e
aumentando à perda de água.
O controle da temperatura é um importante fator no processo de enraizamento
de estacas (HARTMANN et al., 1990). Embora altas temperaturas sejam favoráveis ao
enraizamento de estacas de algumas espécies, elas também estimulam uma alta taxa
19
de transpiração, principalmente em estacas herbáceas, o que pode resultar em
ressecamento e morte, a menos que sejam mantidas sob alta umidade.
Umidade
O balanço hídrico nos tecidos é essencial para o sucesso do enraizamento de
estacas e, algumas práticas, como limitar a área de corte basal das estacas, controle da
insolação, da temperatura e manutenção da umidade, o utilizadas para diminuir os
efeitos do ambiente sobre a transpiração e, consequentemente, diminuir a perda de
água pelos tecidos (LOACH, 1988).
A utilização de nebulização intermitente em casa de vegetação, assim como: o
corte das folhas pela metade, diminuindo a superfície transpiratória são recomendados
para evitar a perda de água, que é considerada uma das principais causas da morte
das estacas.
Substrato
De acordo com HOFFMANN et al. (1996), o substrato é um dos fatores de maior
influência no enraizamento de estacas, principalmente para as espécies que
apresentam maiores dificuldades. Possui a função de sustentação das estacas durante
o período de enraizamento, mantendo sua base em ambiente úmido, escuro e
suficientemente aerado.
O substrato adequado para o enraizamento depende da espécie, do tipo da
estaca, da época, do sistema de propagação, do custo e da disponibilidade de seus
componentes (HARTMANN et al., 1997). Dentre os substratos mais utilizados para o
enraizamento das estacas estão à vermiculita, areia lavada, casca de arroz
carbonizada, serragem de madeira e solo.
20
Reguladores Vegetais
A rizogênese pode ser afetada pela produção, em diferentes partes da planta, de
substâncias endógenas, como: auxinas, giberelinas, ácido abcísico e etileno. Segundo
HARTMANN et al. (1997), substâncias como inibidores e estimuladores de crescimento,
também podem afetar indiretamente o processo de formação de raízes.
GEORGE (1993) conceitua que reguladores de crescimento são “produtos
químicos, sintéticos ou o, com atividades fisiológicas similares às substâncias de
crescimento das plantas, ou componentes que possuem habilidade de modificar o
crescimento das plantas por outros meios”.
Dentre os reguladores de crescimento, as auxinas são as mais utilizadas para
promover o enraizamento de estacas. O ácido indolacético (AIA), principal auxina
natural das plantas, é sintetizado nas gemas apicais e folhas novas, sendo translocado
para a base da planta, através de um mecanismo de transporte polar. Auxinas
sintéticas, como o ácido indolbutírico (AIB) e o ácido naftalenoacético (ANA), podem ser
utilizadas na promoção do enraizamento, mostrando-se mais eficientes do que o AIA
(FACHINELLO et al., 1995).
HARTMANN et al. (1997), mencionam que o ácido indolacético (AIA) por si
não é suficiente para promover a rizogênese, sendo necessário a presença de co-
fatores de enraizamento, que, de acordo com FACHINELLO et al. (1995), são
substâncias de ocorrência natural que atuam sinergicamente com as auxinas,
possibilitando então o enraizamento.
Segundo CASTRO & KERSTEN (1996), reguladores de crescimento são
compostos orgânicos que em pequenas quantidades promovem, inibem ou modificam
qualitativamente o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Podem ser utilizados
na propagação vegetativa, visando possibilitar ou acelerar a formação de raízes de
estacas e de espécies que apresentam difícil enraizamento.
As substâncias mais utilizadas para estimular o crescimento, principalmente o
enraizamento de estacas são: ácido indolacético (AIA), ácido indolbutírico (AIB) e ácido
21
naftalenoacético (ANA). Sua ação nas estacas depende da concentração, tempo de
tratamento, espécie da planta e grau de lignificação da estaca (KOMISSAROV, 1968).
Segundo HOFFMANN et al. (1996), o AIB é um composto indólico sintético que
apresenta algumas características favoráveis à sua utilização em grande escala, na
propagação vegetativa das plantas, como por exemplo: ser fotoestável, atóxico em
muitas concentrações e não ser biodegradado.
O AIB pode ser utilizado na forma de pó, solução diluída e solução concentrada.
No entanto, o método mais empregado na aplicação exógena do AIB é o da forma
diluída, seja por sua uniformidade de tratamento ou pelo seu baixo risco fitotóxico,
embora apresente a desvantagem de perder sua atividade em pouco tempo.
A resposta de uma planta aos reguladores de crescimento pode variar com a
espécie e variedade, podendo inclusive haver resposta diferente, em condições
ambientais distintas, para uma mesma espécie ou variedade (WEAVER, 1979).
FIGURAS
22
Figura 1. Detalhe de flores e panículas de longan. Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005.
23
Figura 2. Panículas de longan. Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005.
24
Figura 3. Frutos e sementes de longan. Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2005.
25
CAPÍTULO 2 - DESENVOLVIMENTO DE FRUTOS DE LONGAN (Dimocarpus
longan Lour) NA REGIÃO DE JABOTICABAL-SP
RESUMO- O presente estudo teve por objetivo avaliar o desenvolvimento de
frutos de plantas de longan (Dimocarpus longan Lour) na região de Jaboticabal,
estabelecendo-se, portanto, a curva de crescimento dos frutos. As avaliações
realizadas foram semanais, consistindo em medições do diâmetro longitudinal e
transversal dos frutos marcados, a partir do momento da formação da polpa.
Quinzenalmente realizaram-se avaliações de características físicas: massa de fruto (g),
casca (g), polpa (g) semente (g) e características químicas: acidez titulável (AT), sólidos
solúveis (SS), ácido ascórbico (AA) e ratio (SS/AT). Com os resultados obtidos, pode-se
concluir que o ciclo de frutificação da cultura na região é entre 120 e 130 dias após
antese, período que o fruto estaria apto para o consumo. A curva do desenvolvimento
dos frutos segue um padrão sigmoidal simples. Com relação aos atributos físicos e
químicos, constatou-se que a planta 6 apresentou os melhores resultados, podendo ser
recomendada como planta matriz.
Palavras - Chave: Longana, olho-do-dragão, biometria, Sapindaceae
26
2.1. INTRODUÇÃO
A procura pela diversificação de culturas proporcionou um aumento pelo
interesse de cultivo de frutíferas exóticas. O Brasil possui grande potencial para
diversas espécies, pois apresenta uma diversidade muito grande de tipos de solos e
climas que favorecem o plantio de frutíferas tropicais, subtropicais e temperadas
(SIMÃO, 1998).
Em 2005, foi comercializada cerca 1,52 milhões de toneladas de frutas no
CEAGESP. As frutas exóticas com 1.184,94 toneladas representaram cerca de 0,08%
deste volume, as frutas da família Sapindaceae representaram 31,9% deste total, com
destaque para a lichia, fruta com maior volume dentre as exóticas (GODAS et al.,
2006).
A longan (Dimocarpus longan Lour) também conhecida como longana e “olho do
dragão” é originária do Sul da Ásia, mais especificamente da China, pertencente à
família Sapindaceae, mesma da Lichia (Litchi chinenses Sonn). Apesar de pouco
conhecida, está distribuída em todas as regiões subtropicais do mundo, sendo uma
grande opção de plantio, afinal a árvore é mais rústica que a da lichia, adaptando-se a
uma maior amplitude de clima (FERRÃO, 1999). No Brasil, são poucos trabalhos e
informações sobre a cultura.
A planta dificilmente excede os 20 m de altura, possui uma copa variando entre
redonda e ereta e seu tronco é rugoso. As folhas são pecioladas e alternas
apresentando um número variável de folíolos dispostos na raquis de forma alternada
(GALAN-SAUCO, 1990). O fruto é uma drupa esférica com 2 a 3 cm de diâmetro;
quando maduro possui coloração castanha e de sabor menos pronunciado que a lichia,
mas bastante agradável, e a polpa é translúcida e adocicada, com uma semente de cor
escura e brilhante. O consumo é como fruta fresca ou seca (FERRÃO, 1999; BENZA,
1993).
O conhecimento do padrão de crescimento dos frutos durante o desenvolvimento
é necessário para definir técnicas de colheita, manuseio e conservação pós-colheita,
27
assim como para definir índices de maturação e qualidade. (ARAÚJO NETO et al. 2001;
CARNEIRO, 1986a).
Além dos fatores citados, o conhecimento das características físicas, químicas
e morfológicas dos frutos pode contribuir para seleção de cultivares promissoras, cuja
utilização dos frutos além de ser utilizado ao natural, seja destinado também para à
industrialização (CARNEIRO, 1986b).
CHITARRA & CHITARRA (1990) mencionam que o desenvolvimento do fruto
ocorre segundo uma curva sigmoidal simples ou dupla, WACHOAWICZ &
CARVALHO (2002) relatam que este crescimento ocorre em três fases. A primeira é
caracterizada por intensa divisão celular, elevada pela atividade metabólica; a segunda
fase é caracterizada pelo aumento do tamanho das células e diminuição da intensidade
respiratória; a terceira fase corresponde à maturação que se caracteriza pela baixa
atividade respiratória.
Os processos de deterioração ocorridos no amadurecimento relacionam-se, de
um modo geral, com a degradação dos carboidratos de reserva, com a redução nos
conteúdos de ácidos orgânicos e polifenóis, e com as mudanças na pigmentação
(LIMA, 2003).
Sendo assim, as características químicas indicam com maior precisão o estádio
de maturação, porque as características físicas podem conduzir à conclusões
equivocadas, uma vez que, o manejo das plantas, durante o ciclo produtivo, pode ser
distinto. Os atributos químicos mais utilizados são conteúdos de sólidos solúveis, acidez
titulável, relação açúcares/acidez e ácido ascórbico. Todos são comparados com
curvas-padrões, pré-estabelecidas para cada espécie. Com o amadurecimento uma
alteração nestes fatores que indica o nível de maturação dos frutos (WACHOWICZ e
CARVALHO, 2002).
O conhecimento das fases do desenvolvimento dos frutos é essencial para
auxiliar na determinação de práticas culturais, principalmente quanto ao estádio de
maturação adequado para a colheita comercial (GRIERSON, 1995). Deste modo, o
objetivo do presente trabalho foi estudar o desenvolvimento do fruto de longan
(Dimocarpus longan) na região de Jaboticabal-SP.
28
2.2. MATERIAL E MÉTODOS
As avaliações foram realizadas em seis plantas de Longan, oriundas de
sementes, introduzidas em 1986 como mudas de pé franco, pela Unesp de Jaboticabal,
provenientes da Flórida, mas desenvolvida no Havaí, de livre crescimento, conduzidas
sem irrigação ou adubação, com espaçamento de 4 x 5 m, pertencentes à coleção da
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/UNESP), Campus de
Jaboticabal-SP, no período de outubro de 2004 a fevereiro de 2005. As coordenadas
geográficas do local são 21º17’05” latitude Sul; 48º17’09” longitude Oeste, com altitude
de aproximadamente 590 m. O clima da região, segundo classificação de Köpeen é do
tipo Cwa, subtropical, com inverno moderado e seco, verão quente e chuvoso,
apresentando temperatura média anual de 22ºC e precipitação pluviométrica média de
1.552 mm.
As avaliações biométricas dos frutos de longan iniciaram 35 dias após a antese
(daa) e terminaram aos 140 dias após antese. As panículas, 25 por planta, foram
marcadas, com uma fita plástica preta de 1,0 m de comprimento e não tiveram seus
frutos colhidos ao longo do trabalho. Essas panículas foram numeradas e tiveram cinco
frutos mensurados quanto aos diâmetros longitudinal e transversal.
As avaliações físicas e químicas foram realizadas quinzenalmente, coletando-se
100 frutos por planta das regiões apical, mediana e basal da panícula, objetivando
maior uniformidade da amostra, sendo coletados frutos de panículas que não estavam
marcadas. O objetivo foi avaliar o grau de desenvolvimento dos frutos e verificar se
ocorria diferença significativa entre o crescimento dos frutos analisados.
Os frutos coletados, a cada época, foram transportados ao Laboratório de
Produtos Hortícolas do Departamento de Produção Vegetal da UNESP-FCAV, para as
seguintes avaliações: diâmetro transversal (cm), longitudinal (cm), massa de fruto (g),
casca (g), polpa (g) e semente (g). Quanto às características químicas analisou-se:
acidez titulável (AT), sólidos solúveis (SS), ácido ascórbico (AA) e ratio (SS/AT).
As características biometrícas dos frutos foram analisadas pelo programa SAS, e
as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Para a confecção
29
das figuras, os dados analisados referentes ao diâmetro longitudinal e transversal foram
ajustados utilizando-se o programa gráfico ‘Origin 6.0’ através da composição de uma
função logística, com uma exponencial quadrática, onde: Y = A/ [1 + e
–k(x-xc)
] +
[e
(a+bx+cx
2
)
], sendo: Y = valor médio da característica avaliada, A = máximo assintótico
(crescimento máximo); e = base do logaritmo neperiano, k = taxa média de crescimento,
x = tempo (em dias) e xc = tempo em que a variável Y atinge metade do crescimento
máximo. Para características físicas e químicas dos frutos realizou-se análise de
variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
2.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os valores referentes aos diâmetros longitudinal e transversal estão
apresentados na Figura 1 e os valores de massa da matéria fresca (g) na figura 2.
Observa-se que, em todas as plantas avaliadas, o crescimento dos frutos segue um
padrão sigmoidal, e que a planta 06 apresentou um crescimento mais acelerado,
quando comparada às demais, atingido, portanto, a maturação mais precocemente,
com um ciclo antecipado de duas semanas; às demais plantas avaliadas apresentam
um resultado semelhante a os 130 dias após antese (daa), contudo depois deste
período, quanto aos diâmetros dos frutos, não houve crescimento significativo em
nenhuma delas, ocorrendo uma pequena queda na planta 1, na última avaliação.
Analisando o diâmetro longitudinal, as plantas 1, 5 e 6 tiveram crescimento
semelhante, uma ressalva apenas para planta 1, que no final do ciclo, apresentou uma
pequena redução. O desenvolvimento para estas plantas foi acerelado, porque até o 77
daa observaram-se resultados semelhantes, entretanto quando os frutos passaram este
período aatingir os 130 daa (figuras 3 e 4), o crescimento foi intenso chegando a
dobrar o tamanho. Com relação ao diâmetro transversal observou-se o mesmo
comportamento, contudo o crescimento foi maior no sentido longitudinal (Figura 1).
O padrão de desenvolvimento dos frutos, de todas as plantas de longan
avaliadas, é semelhante a uma sigmoidal simples, com duas fases distintas: a primeira
ocorre um crescimento mais acentuado da casca e da semente, em seguida, quando os
30
frutos estão com aproximadamente 116 dias após antese, há um crescimento mais
acentuado da polpa (Figuras 1 e 2).
Este padrão concorda com o encontrado por SALOMÃO et al. (2006), que
trabalharam com a cultivar ‘Bengal’ de lichia (Litchi chinensis Sonn.) observaram que a
fase inicial até 63 dias após a antese, o crescimento é lento, de 63 até 98 dias após a
antese, uma fase de acúmulo elevado de matéria seca e em seguida ocorre uma
estabilização com uma sensível queda no final, resultados semelhantes aos observados
por NACIF (1997).
Embora haja algumas diferenças no padrão de desenvolvimento entre a lichia e a
longan, WAITE & HAVANG (2002) relataram que nas plantas de longan, a abertura das
flores ocorre de 2 a 3 semanas mais tarde que na lichieira, e a maturação é de 4 a 8
semanas mais tardia. Estes resultados são confirmados por GARCIA-PÉREZ &
MARTINS (2006), que trabalharam com anelamento e florescimento na lichieira.
Observaram este comportamento, além de conseguirem uma antecipação de 3
semanas na produção (início de dezembro). Este aspecto é importante, pois a longan
atinge seu ponto de colheita fora do período de comercialização da lichia, com a
possibilidade de tornar-se uma opção interessante de comercialização.
A planta 6 apresentou o melhor rendimento em polpa, com índices de 70,5 % na
última avaliação, deve-se ao fato da semente ser a menor, com valores que não
ultrapassam os 8,0% do total do fruto, isto equivale dizer que, para esta planta, a massa
fresca da casca teve uma participação mais acentuada quando comparada ao da
própria semente (Figura 2). Estes resultados são superiores aos encontrados por LIMA
et al. (2005), que analisaram frutos de longan na região de Botucatu e encontraram
rendimento de 52, 5%.
Os valores médios de sólidos solúveis são apresentados na Tabela 1, embora
todas as plantas tenham apresentado valores satisfatórios no final do ciclo; a planta 6,
com 19,2 ºBrix, mais uma vez confirmou sua precocidade, apresentando já na terceira
avaliação teores aceitáveis de SS para o consumo, enquanto às demais necessitaram
de mais 7 a 10 dias, como a planta 1 que foi mais tardia, apresentando o menor
resultado. Os valores encontrados para as plantas 5 e 6 estão próximos aos citados
31
pela literatura em seu país de origem, pois HAN et al. (2001), na China, citam valores
de 21 º Brix, CAMPBELL & CAMPBELL (2001) mencionam que na Flórida a variedade
Kohala atingiu teores que variam de 17 a 21 º Brix. Por esta razão pode-se considerar
estes índices promissores.
Para acidez, os frutos das plantas 1, 2, 3, 4 e 5 apresentaram teores
significativamente mais elevados quando comparado com a planta 6 que apresentou
um resultado abaixo de 0,07 % ac. cítrico, valores semelhantes aos mencionados por
HAN et al. (2001) que citam teores próximos a 0,04 %, LIMA et al. (2005),
encontraram valores com 0,18 %, superiores, aos da planta 6, contudo são inferiores
aos das demais plantas aqui estudadas (Tabela 1).
Para os valores de AA (ácido ascórbico) à planta 6 apresentou o melhor
resultado com teores de 157,64 mg/ 100g de polpa, próximo ao citado por LIMA et al.
(2005) que mencionam 175,09 mg/100 g de polpa, embora a planta 6 tenha-se
destacado nestes valores, as demais plantas apresentaram valores aceitáveis de ácido
ascórbico. Observaram-se três fatores: à planta 1 apresentou uma evolução lenta no
acúmulo de AA ao longo das avaliações, chegando ao patamar de 78,25 mg/100g no
final, enquanto as plantas 2, 3 e 5 tiveram uma redução na última avaliação, porque
apresentavam sinais de senescência, enquanto que na planta 06 havia ocorrido à
abscisão dos frutos e à planta 4 um pequeno aumento (Tabela 2).
32
.4. CONCLUSÕES
A curva de crescimento dos frutos de longan, na região de Jaboticabal,
assemelha-se a uma sigmoidal simples;
O período ideal para colheita é entre 120 e 130 (daa); após esta fase o fruto
começa a entrar em senescência;
A planta 6 apresentou os melhores resultados, podendo ser recomendada como
planta matriz.
33
TT
Planta 2
Y = 30,9/[1 + e
–0,02(x- 88,2)
]+[e
(-95,8+1,48x-0,006x
2
)
]
R
2
=0,995
Y = 24,1/[1 + e
0,03(x
-
77,3)
]+
[e
(-102,2+1,56x-0,006x
2
)
] R
2
=0,997
Planta 3
Y = 121,9/[1 + e
–0,01(x-257,8)
]+ [e
(-86,82+1,41x-0,006x
2
)
]
R
2
=0,998
Y = 47,68/[1 + e
0,02(x
-
142,6)
]+
[e
(-95,2+1,5x-0,006x
2
)
] R
2
=0,999
Planta 4
Y = 29,6/[1 + e
–0,03(x-92,3)
]+ [e
(0,8-0,87x-0,048x
2
)
]
R
2
=0,992
Y = 27,3/[1 + e
0,03(x
-
93,9)
]+
[e
(0,8-0,87x-0,048x
2
)
] R
2
=0,997
Planta 1
Y = 21,7/[1 + e
0,02(x
-
81,9)
]+
[e
(-42,6+0,70x-0,002x
2
)
] R
2
=0,996
Y = 14,6/[1 + e
–0,03(x-32,3)
]+[e
(-22,4+0,38x-0,001x
2
)
]
R
2
=0,993
Figura 1.
Diâmetro transversal e longitudinal (mm) de frutos de longan (Dimocarpus Longan
), em
função de dias de após a antese. Jaboticabal-SP, Fevereiro de 2005.
Planta 6
Y = 33,4/[1 + e
–0,02(x-94,8)
]+ [e
(0,8-0,87-0,048x
2
)
]
R
2
=0,995
Y = 670,5/[1 + e
–0,008(x-523,7)
]+ [e
(0,8-0,87x-0,048x
2
)
]
R
2
=0,994
Y = 29,9/[1 + e
0,03(x
-
93,2)
]+
[e
(0,8-0,87x-0,048x
2
)
] R
2
=0,994
Y = 29,7/[1 + e
0,02(x
-
90,1)
] +
[e
(0,8-0,87x-0,048x
2
)
] R
2
=0,997
Planta 5
34
Figura 2.
Massa fresca (g): total, casca, polpa e semente de
frutos de longan (
Dimocarpus
longan), em função dos dias de após a antese. Jaboticabal-SP, 2005.
Planta 3
Planta 1
Plan
ta 2
Planta 4
Planta 6
Planta 5
35
Tabela 1: Valores médios de sólido solúveis (SS) e Acidez titulável (AT) de frutos de longan (Dimocarpus
longan), em função de dias após antese. Jaboticabal-SP, 2005.
SS (ºBrix) AT (% Ac. Cítrico)
102 116 130 144 102 116 130 144
Planta
Dias Após Antese Dias Após Antese
01 8,86 b 5,90 d 8,66 f 17,3 c 0,116 a 0,126 a 0,146 ab 0,566 bc
02 6,70 c 7,06 b 14,2 c 18,3 b 0,096 ab 0,105 ab 0,116 bc 0,526 c
03 7,40 c 6,16 cd 12,2 d 17,9 bc 0,092 ab 0,105 ab 0,173 a 0,776 a
04 7,00 c 6,56 bc 11,2 e 17,9 bc 0,081 ab 0,099 b 0,100 cd 0,696 ab
05 6,53 c 6,86 bc 16,0 b 20,5 a 0,071 b 0,096 b 0,110 cd 0,420 c
06 12,5 a 16,7 a 19,2 a
1
- 0,044 c 0,058 c 0,070 c
1
-
F 87,05** 15,73** 312,48** 49,74** 13,74** 15,73** 21,67** 19,81**
CV(%) 5,19 9,91 2,68 1,66 17,88 9,91 11,25 9,18
Médias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey. **
significativo ao nível de 1% de probabilidade.
1
A planta 6 na última não apresentou frutos.
Tabela 2: Valores médios de Acido ascórbico (AA) e Ratio (SS/AT) de frutos de longan (Dimocarpus
longan), em função de dias após antese. Jaboticabal-SP, 2005.
AA (mg/100g) SS/AT
102 116 130 144 102 116 130 144
Planta
Dias Após Antese Dias Após Antese
01 1,55 d 9,01d 22,03 e 78,25 ab 76,4 b 46,7 b 59,4 d 31,2 bc
02 1,25 d 6,80 d 60,65 d 33,13 c 70,3 b 67,3 b 123,2 b 34,6 b
03 3,96 c 28,06 bc 64,94 d 25,90 c 79,8 b 58,8 b 71,50 cd 23,1 c
04 2,47 c 15,58 cd 84,54 c 86,56 a 85,7 b 67,2 b 112,0 bc 25,8 bc
05 7,73 b 35,86 b 115,42 b 68,96 b 91,9 b 69,7 b 145,3 b 48,9 a
06 78,3 a 131,6 a 157,64 a
1
- 285,1 a 293,6 a 275,3 a
1
-
F 68,05** 255,57** 262,64** 84,83** 19,8** 47,75** 262,64** 26,94**
CV(%) 4,04 13,54 6,00 8,79 28,53 23,61 6,00 4,04
Médias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey.**
significativo ao nível de 1% de probabilidade.
1
A Planta 6 na última avaliação não apresentou frutos.
36
A
B
A
B
Figura 3.
Frutos e sementes de longan (Dimocarpus Longan
), (A) aos 77 dias e (B)
aos 130 dias após antese. Jaboticabal-SP, Fevereiro de 2005
A
B
37
CAPÍTULO 3 - EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS E ARMAZENAMENTO DE
SEMENTES DE LONGAN
Figura 4.
Frutos e sementes de longan (Dimocarpus Longan
), (A) aos 77 dias e (B)
aos 130 dias após antese. Jaboticabal-SP, Fevereiro de 2005.
A
A
A
B
B
B
38
CAPÍTULO 3 - EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS E ARMAZENAMENTO DE
SEMENTES DE LONGAN
RESUMO- Avaliou-se a porcentagem de emergência de plântulas e o índice de
velocidade de emergência (IVE) de sementes de plantas de longan (Dimocarpos longan
Lour), além da viabilidade de sementes submetidas a 4 condições de armazenamento:
câmara fria (10ºC e 60-70% UR), mara seca (16-18ºC e 60% UR), dessecador
contendo sílica-gel e ambiente por: 0, 14, 28, 42 dias após sua obtenção. Foram
utilizadas sementes obtidas de frutos maduros retirados de plantas do Banco Ativo de
Germoplasma do Departamento de Produção Vegetal da Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias UNESP, Câmpus de Jaboticabal- SP. Imediatamente após a
extração, as sementes foram lavadas, secadas sobre papel jornal e semeadas em
canteiros de areia. Para porcentagem de emergência de plântulas e IVE o delineamento
experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), com seis tratamentos,
caracterizados pelas plantas, para armazenamento a análise foi em esquema fatorial
4 x 4, com quatro ambientes e quatro períodos de armazenamento. Os dados de
porcentagem de emergência de plântulas foram transformados em arco-seno .
As dias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Foi
observada diferença significativa para características avaliadas, sendo que a planta 5
apresentou os melhores resultados de emergência de plântulas. As sementes de
longan perdem a viabilidade rapidamente, entretanto podem ser armazenadas em
câmara fria por até 14 dias.
PALAVRAS- CHAVES: Dimocarpus longan, longana, olho-de-dragão,
propagação, porta-enxerto.
39
3.1. INTRODUÇÃO
A longan, longana ou olho-de-dragão (Dimocarpus longan Lour.), árvore frutífera
da família Sapindaceae (mesma da lichia e do guaraná), é originária do Sul da Ásia,
mais precisamente da zona subtropical da China. E apesar de pouco conhecida, acha-
se distribuída em todas as regiões subtropicais. Os frutos, assemelhados aos da
lichieira, diferencia-se, quando maduros, pela coloração acastanhada da casca e pelo
sabor menos pronunciado (FERRÃO, 1999).
Quando propagadas por sementes pode demorar a 10 anos para produzir,
resultando em mudas com grande variabilidade o que não é interessante para cultivo
comercial. Por esta razão a propagação vegetativa é importante, sendo a alporquia o
principal método (DONADIO, 1998; CHOO, 2000). As conseqüências da adoção da
alporquia nas plantas são grandes, por ocorrer um desgaste nas mesmas, uma vez
que, o utilizados ramos para realização dos alporques, limitando na quantidade e
tendo efeito na produção de frutos, além dos resultados serem variáveis em função da
variedade (CHOO, 2000). A estaquia vem sendo utilizada em algumas regiões com
resultados satisfatórios, e a enxertia pode ser uma excelente opção, mas para isto é
necessário obter informações sobre a produção de portas-enxerto seminais.
As sementes recalcitrantes apresentam sensibilidade à baixas temperaturas de
armazenamento, muito embora a temperatura mínima tolerada possa variar entre as
espécies (CHIN, 1988). Conforme FARRANT et al. (1988), as sementes alta e
moderadamente recalcitrantes são sensíveis à baixas temperaturas, enquanto as
minimamente recalcitrantes apresentam maior tolerância, desde de que a temperatura
seja superior a C. A redução da temperatura, associada à secagem parcial, pode
evitar a germinação das sementes e a proliferação de microrganismos no
armazenamento (KING & ROBERTS, 1979). A longan possui sementes recalcitrantes,
que perdem a viabilidade rapidamente devendo ser semeadas logo em seguida a
remoção da polpa (CHOO, 2000), entretanto em alguns casos, para algumas
variedades de longan, a dormência parcial também foi superada após o
armazenamento sob condição úmida, por curto período de tempo (Xia et al. 1992).
40
Após as sementes serem coletadas e antes da sua utilização devem ser
adequadamente armazenadas, para que se possa reduzir ao mínimo o processo de
deterioração, e a determinação das condições ideais para o armazenamento torna-se
importante para espécies, cujas sementes perdem rapidamente sua qualidade
fisiológica (CARNEIRO & AGUIAR, 1993). O presente trabalho teve por objetivo avaliar
o potencial de emergência de plântulas e verificar a capacidade de armazenamento de
sementes de longan, uma vez que, sendo recalcitrantes apresentam curto período de
viabilidade visando assim maior eficiência na produção de porta-enxertos.
3.2. MATERIAL E MÉTODOS
Plantas de longan obtidas por sementes, com cerca de 20 anos, conduzidas sem
irrigação ou adubação, pertencentes ao Banco Ativo de Germoplasma, da Faculdade
de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal Campus da Universidade Estadual
Paulista Julio de Mesquita Filho FCAV/UNESP, tiveram seus frutos coletados para
realização dos ensaios de emergência de plântulas e armazenamento. O trabalho foi
desenvolvido na Área Experimental de Produção de Mudas Frutíferas do Departamento
de Produção Vegetal.
Para verificar a emergência de plântulas as sementes foram extraídas,
manualmente de frutos maduros, provenientes de seis plantas, lavadas em água
corrente, secadas sobre papel jornal e submetidas aos tratamentos. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado (DIC), cada parcela era composta por 20
sementes, 4 repetições, totalizando 80 sementes por tratamento.
O ensaio de armazenamento foi conduzido em DIC, em esquema fatorial 4 x 4
com ambiente de armazenamento: sacos de papel em câmara fria (10ºC e 60-70% UR),
sacos de papel em câmara seca (16-18ºC e 60% UR), sacos de papel em dessecador
contendo sílica-gel e sacos de papel sem controle de ambiente durante 4 períodos de
armazenamento: 0,14, 28, 42 em dias após extração de sementes. Cada parcela foi
composta por 20 sementes, com 5 repetições por tratamento. Neste experimento foram
utilizados sementes das cinco primeiras plantas, que foram as que tiveram maiores
41
índices de germinação, sendo que suas sementes, misturadas, foram uniformemente
distribuídas em cada tratamento.
As plântulas emersas foram contadas a cada dois dias entre o início da
emergência (12 dias após a instalação) até o momento de estabilização numérica das
contagens (30 dias após a instalação). Os dados obtidos permitiram o cálculo do índice
de velocidade de emergência (MAGUIRE, 1962) e da taxa de emergência (%)
resultante da totalização das contagens. Os dados em porcentagem de emergência de
plântulas foram transformados em arco-seno para análise estatística. As médias
foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Posteriormente as mudas foram transferidas para sacos plásticos contendo uma
mistura de solo + areia + esterco de curral curtido (3:3: 1 v), mistura utilizada no viveiro
de mudas desta instituição.
3.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 apresenta a análise de variância para a porcentagem de emergência de
plântulas e índice de velocidade de emergência (IVE) de sementes das plantas de longan
em estudo. Observou-se que houve influência significativa para estas dois variáveis. Na
Figura 1 é encontramos as médias dos dados originais, a planta 5 apresentou os
melhores resultados de porcentagem de emergência de plântulas (100%) seguida pelas
demais com destaque para a planta 2 (96%), exceção apenas para a planta 6 que
apresentou um valor (16%) muito abaixo de todos os demais resultados encontrados.
Os resultados obtidos confirmaram as afirmações de CHOO (2000), de que as
sementes de longan, por serem recalcitrantes, perdem a viabilidade rapidamente e
quando plantadas, em curto período de tempo apresentam altos índices de germinação.
As sementes da planta 6 apresentaram valores inferiores, por possivelmente possuírem
menor peso, pois de acordo com POPINIGIS (1977), o tamanho da sementes, em muitas
espécies, é indicativo de sua qualidade fisiológica. Analisando a influência do tamanho
das sementes na emergência das plântulas de longan, OLIVEIRA et al. (2005)
constataram que o tamanho das sementes não é fator a ser considerado quando a
42
massa média da semente for superior a 1,3 g; que também corrobora com os dados aqui
encontrados, uma vez que, as sementes da planta 6 apresentam massa média de 0,8 g
(Figura 3).
Para índice de velocidade de emerncia, as sementes da planta 2 apresentaram
os melhores resultados não diferindo estatisticamente da planta 1, já a planta 6 a
exemplo da porcentagem de emergência, apresentaram o pior desempenho (Tabela 1 e
Figura 1).
A condição e períodos de armazenamento influenciaram no IVE (Tabela 2),
embora não tenha havido interação entre ambos. O maior IVE foi observado nas
plântulas originadas das sementes mantidas em câmara úmida e o tempo de
armazenamento apresentou efeito antanico velocidade (Figura 2). Resultados
contraditórios foram encontrados por OLIVEIRA et al. (2005), relataram que o IVE de
sementes de sapota preta, outra frutífera exótica, é influenciado apenas pelo tempo de
armazenamento independente do local.
Verificou-se que houve influência da condição de armazenamento na porcentagem
de emergência de sementes (Tabela 3). Na tabela 4 é apresentado o quadro de médias
para tempo de armazenamento em função das condições de armazenamento, dentre
os três tempos (14, 28 e 42 dias). Armazenamento em câmara fria apresentou os
melhores resultados (55,5; 34,3 e 24,1%, respectivamente) independente do período
que as sementes foram armazenadas acordando com VERTUCCI & ROSS (1993), que
relataram que, no geral, condições de baixa temperatura são as mais recomendadas
para armazenar sementes. As demais condições (câmara seca e dessecador) não
mostraram-se eficientes para a manutenção da viabilidade de sementes de longan.
YAMANISHI et al. (2005), estudando a conservação de sementes de lichia (Litchi
chimensis) em câmara de germinação (BDO) à temperatura de 10 ºC e umidade relativa
de 80-85% verificaram uma emergência de plântulas com valores de 56%, aos 11 dias,
valor próximo ao encontrado neste estudo para mara fria (55,5%), ANDRADE et al.
(2005) observaram, ao trabalharem com sementes de pitaya vermelha, que o
armazenamento em câmara fria foi mais eficiente que em câmara seca e no ambiente.
43
3.4. CONCLUSÕES
As sementes da planta 5 têm maior porcentagem de emergência de plântulas,
devendo ser utilizada preferencialmente para obtenção de porta-enxertos seminais.
A emergência de plântulas e o índice de velocidade de emergência, são maiores
para sementes armazenadas em câmara fria.
A câmara seca, o dessecador e o ambiente não são eficientes no
armazenamento de sementes de longan.
44
Tabela 1. Dados médios obtidos para sementes de plantas de longan nas determinações da taxa de
emergência de plântulas e do índice de velocidade de emergência (IVE). Jaboticabal, UNESP/FCAV,
2005.
Planta
Emergência de
plântulas
1
Planta IVE
5 90,00 a
2
2 9,2 a
2 80,12 b 1 8,3 ab
1 78,46 b 4 7,7 bc
4 78,45 b 5 7,5 bc
3 71,30 b 3 6,3 c
6 21,13 c 6 1,3 d
F 154,3** 80,05**
DMS 9,07 1,42
CV(%) 5,78 9,39
** Significativo (p<0,05).
1
Dados transformados em arco seno (x /100).
2
Médias na coluna seguidas da
mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Figura1. dias originais das sementes de plantas de longan em relação à emergência de plântulas e
índice de velocidade de emergência (IVE). Jaboticabal, UNESP/FCAV, 2005.
b
b
b
b
c
a
ab
a
c
bc
bc
d
45
Tabela 2. Resumo para o quadro de análise de variância de emergência de plântulas e índice de
velocidade de germinação (%). Jaboticabal, UNESP/FCAV, 2005.
F
Emergência de Plântulas IVE (%)
Ambiente de armazenamento 22,51** 7,95**
Período de armazenamento 235,80** 205,15**
Ambiente X período 5,11** 1,85
ns
desvio padrão 8,6 0,57
CV(%) 25,5 39,1
Média (%) 33,9
2
1,4
ns
Não significativo. ** Significativo (p<0,05).
2
Dado transformado em arco seno (x /100).
Tabela 3. Quadro de desdobramento da interação condição de armazenamento x período de
armazenamento para emergência de plântulas. Jaboticabal, UNESP/FCAV, 2005.
Causas de variação GL QM F
Ambiente de armazenamento dentro testemunha (0 dia)
3
148,3 1,98
ns
Ambiente de armazenamento dentro 14 dias 3 1154,9 15,44**
Ambiente de armazenamento dentro 28 dias 3 942,4 12,60**
Ambiente de armazenamento dentro 42 dias 3 583,8 7,80**
Total
12
8488,1
** Significativo (p<0,05).
Figura 2. Médias originais das sementes de plantas de longan em relação ao índice de velocidade de
emergência (IVE) para condição de armazenamento e período de armazenamento. Jaboticabal,
UNESP/FCAV, 2005.
a
b
bc
c
a
b
b
b
46
Tabela 4. Médias de período de armazenamento em função das condições de armazenamento para
emergência de plântulas de longan. Jaboticabal, UNESP/FCAV, 2005.
Armazenamento Testemunha (0 dia)
1
14 dias 28 dias 42 dias
Ambiente 90,00 a
2
24,16 b 18,43 b 0,0 b
Dessecador 81,69 a 24,16 b 15,85bc 0,0 b
Câmara seca 77,09 a 20,47 b 0,0 c 0,0 b
Câmara fria 77,09 a 55,50 a 34,44 a 24,16 a
DMS 16,3
1
Dados transformados em arco seno (x /100).
2
Médias na coluna seguidas da mesma letra não diferem
entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Figura 3. Sementes das plantas de longan. Jaboticabal, UNESP/FCAV, 2005.
47
CAPÍTULO 4 - ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE LONGAN EM
DIFERENTES ÉPOCAS DE COLETA
RESUMO- O trabalho consistiu em realizar a clonagem por estaquia de plantas
adultas, utilizando estacas apicais herbáceas, que foram submetidas à poda de
renovação (final do inverno) no Banco Ativo de Germoplasma, da Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal Campus da Universidade Estadual
Paulista Julio de Mesquita Filho FCAV/UNESP. Foram coletadas estacas com 12 cm,
contendo um par de folhas no nó superior eliminando às demais folhas e realizando um
corte em bisel na extremidade inferior. Após preparadas, foram tratadas com ácido
indolbutírico (AIB), por imersão, durante 10 segundos, nas concentrações: 1.000, 3.000,
5.000 e 7.000 mg. L
-1
e a testemunha. O experimento foi realizado em três épocas:
primavera (outubro), verão (fevereiro) e outono (abril). O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado (DIC), sendo os tratamentos constituídos por dois fatores (3
épocas e 4 concentrações de AIB mais testemunha). Aos 120 dias foram avaliadas
quanto ao enraizamento, sobrevivência, permanência de folhas, número e comprimento
de raízes e calejamento. A melhor época para retirar estaca de longan é no verão com
28% de enraizamento aos 120 dias e a permanência de folhas foi alta em todas as
épocas bem como o índice de sobrevivência. O pior desempenho foi no outono que
apesar de ocorrer o calejamento não houve enraizamento satisfatório.
PALAVRAS- CHAVES: Dimocarpus longan, longana, propagação vegetativa,
estaquia, poda.
48
4.1. INTRODUÇÃO
Dimocarpus longan (Lour) steud (Euphorria longana Lam) da família
Sapindaceae, tem sua origem na China e na Índia, onde é muito popular. Está
adaptada às condições tropicais e subtropicais. O fruto é uma drupa esférica com 2 a 3
cm de diâmetro. A casca é coriácea, o arilo é translúcido e agridoce, com uma
semente de cor escura e brilhante (BENZA 1993).
Quando propagadas por sementes podem demorar até 10 anos para produzir,
resultando em mudas com grande variabilidade o que não é interessante para cultivo
comercial. Por esta razão, a propagação vegetativa é importante, sendo a alporquia o
principal método (DONADIO, 1998; CHOO, 2000).
A alporquia, com taxas superiores a 80%, tem sido o método mais utilizado para
propagação da longan nos países Asiáticos (CHOO, 1992). CAVALLINI et al. (2000)
citam que na região de Jaboticabal os resultados chegaram a 85% de enraizamento. As
conseqüências deste processo nas plantas são grandes, afinal ocorre um desgaste;
uma vez que, são utilizados ramos para realização dos alporques limitando à
quantidade e tendo efeito na produção de frutos (CHOO, 2000).
A grande maioria das plantas tropicais e subtropicais pode ser propagada por
estaquia, sobretudo se o material retirado for de plantas jovens. Nas espécies mais
difíceis de enraizamento é necessário empregar estacas com folhas, que requerem
instalações especiais. Os cortes nas estacas tendem a facilitar o enraizamento, porque
as feridas em processo de cicatrização formam calos por proliferação de células, onde
se concentram substâncias estimulantes ao crescimento; que são responsáveis pela
rizogênese (BENZA 1993).
A propagação vegetativa por estaquia tem por finalidade proporcionar à
uniformidade das plantas, além da redução do tempo da formação das mudas
(HARTMANN et al. 1997). A estaquia pode ser influenciada por vários fatores, entre
características inerentes da própria planta e condições do meio ambiente (MENZEL,
1985). Dentre os fatores que podem melhorar os resultados, pode-se listar a presença
de folhas na estaca, reguladores de crescimento, estádio de desenvolvimento da planta
49
e do ramo, utilização de câmara com nebulização intermitente e época do ano que as
estacas são coletadas (HARTMANN et al., 1997).
SALISBURY & ROSS (1992) mencionam que as plantas podem ser propagadas
facilmente por estacas, a idade da planta matriz tem pouca influência, porém em
plantas de difícil enraizamento, este pode ser um fator de muita importância. A relação
entre o estádio de desenvolvimento da planta e do ramo forma o conceito de
juvenilidade, sendo a capacidade de iniciar, prontamente, raízes adventícias, uma
importante característica fisiológica (JANICK, 1966). Em espécies de difícil
enraizamento pode ser útil induzir, em plantas adultas, um rejuvenescimento para
aumentar a capacidade de enraizamento (HARTMANN et al.,1997). BOLIANI &
SAMPAIO (1995) verificaram que estacas de material juvenil de pitangueira
apresentaram maiores percentagens de enraizamento (65,4%) quando comparadas à
material adulto (14,7%). Porém, para material juvenil não houve influência da
concentração de AIB na percentagem de estacas enraizadas. Por este motivo estacas,
retiradas de plantas após terem sido podadas, podem apresentar melhores resultados.
A dificuldade de obtenção de mudas de boa qualidade constitui sério problema
para o desenvolvimento da fruticultura. Trabalhos sobre propagação vegetativa de
plantas, especialmente das espécies pouco estudadas, são importantes e podem
constituir-se em real contribuição para o desenvolvimento da fruticultura. O presente
trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade de enraizamento de estacas de longan a
serem propagadas por estaquia após poda de renovação e com a utilização de ácido
indolbutírico (AIB) neste processo.
4.2. MATERIAL E MÉTODOS
Sete plantas de longan originadas de sementes, com cerca de 20 anos,
conduzidas sem irrigação ou adubação, pertencentes ao Banco Ativo de Germoplasma,
da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, Campus da
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho FCAV/Unesp, foram submetidas
à poda de renovação de copa (final do inverno), deixando apenas às pernadas
50
principais. Após a poda, ramos não lignificados (tenros) foram formados, os quais
serviram de material para realização deste experimento.
Foram coletadas estacas com 12 cm, contendo um par de folhas no nó superior,
eliminado-se às demais folhas e realizado um corte em bisel na extremidade inferior.
Após preparadas, foram tratadas com ácido indolbutírico (AIB), em imersão, durante 10
segundos nas concentrações: 1.000, 3.000, 5.000 e 7.000 mg. L
-1
e a testemunha em
três épocas: primavera (outubro), verão (fevereiro) e outono (abril), sendo em seguida
estaqueadas em bandejas plásticas perfuradas, preenchidas com vermiculita de
grânulos médios. As estacas foram retiradas das setes plantas estudadas e
uniformemente distribuídas em cada um dos tratamentos.
O ensaio foi conduzido em câmara de nebulização intermitente, pertencente ao
Departamento de Produção Vegetal da Unesp em Jaboticabal-SP. O sistema de
nebulização era acionado por “timer” e programado para manter um filme d’água na
superfície das folhas. O ensaio foi conduzido sob condões de ripado com 50 % de
luminosidade. Após 120 dias, foram realizadas às avaliações das estacas quanto ao
enraizamento, sobrevivência, número e comprimento das raízes, calejamento e
permanência de folhas. Posteriormente às mudas foram transferidas para os sacos
plásticos contendo uma mistura de solo + areia + esterco de curral curtido (3:3: 1 v),
composição utilizada no viveiro de mudas desta instituição e avaliada quanto à
sobrevivência.
O delineamento foi inteiramente casualizado, sendo os tratamentos constituídos
por 2 fatores (3 épocas e 4 concentrações de AIB mais testemunha). Cada tratamento
constou de 4 repetições sendo 10 estacas por parcela. Os resultados foram submetidos
à análise de variância pelo teste F, e as médias ao de teste de Tukey. Para efeito da
análise estatística, os dados em porcentagem para enraizamento, sobrevivência,
calejamento e permanência de folhas foram transformados em arco-seno de (x)/100,
enquanto os valores referentes ao número e ao comprimento das raízes foram
transformados em (x+0,5).
51
4.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 apresenta os resultados da análise de variância F para os fatores
época, concentração e interação em relação às características avaliadas. Com relação à
permanência de folhas, houve significância apenas entre a época de coleta das estacas.
A sobrevivência das estacas foi diferenciada entre as épocas, de forma semelhante à
permanência de folhas. O calejamento foi significativo para época, não apresentando
influência das concentrações do regulador utilizado, sendo um fator independente da
indução radicular (HARTMANN et al. 1997). Normalmente, o aparecimento precoce das
raízes pode prevenir o desenvolvimento do calo (KOMISSAROV, 1968). O enraizamento
foi significante, ao nível de 5% para concentração de AIB e a 1% para a época coletada
das estacas. O número de raízes foi significativo para época. Níveis de auxina (endógeno
ou exógeno) são determinantes na diferenciação de muitos tipos de meristemas,
incluindo raízes (LEOPOLD, 1955). O comprimento das raízes não foi significativo para
nenhum dos dois fatores.
A Tabela 2 apresenta as médias épocas de retirada de estacas de longan em
relação à permanência de folhas, sobrevivência, calejamento, enraizamento e número
de raízes. Verifica-se que a permanência de folhas foi maior no verão com média de
94,7%, sendo superior aos resultados da primavera e outono que não diferiram entre si.
Quanto ao enraizamento, as maiores médias são encontradas para as estacas retiradas
no verão. Observando-se as médias das épocas para permanência de folhas e
enraizamento, nota-se uma analogia nos resultados, pois no verão a permanência de
folhas foi maior, bem como o enraizamento; comprovando que a constância no
suprimento de carboidratos, auxinas e outras substâncias promotoras produzidas pelas
folhas, podem influir no enraizamento. Os valores médios encontrados para
calejamento (55%) e número de raízes (4,2 cm) indicam a superioridade das estacas
retiradas no verão, sendo que os resultados da primavera e outono o diferiram entre
si.
A Tabela 3 apresenta valores médios de enraizamento, número e comprimento
de raízes das estacas de longan em função das concentrações de AIB. Em relação ao
52
enraizamento, a dose de 1000 mg.L
-1
(24,2%) apresentou o melhor resultado em
relação à testemunha, às demais concentrações obtiveram um incremento no valores
de enraizamento. Quando observado em números absolutos, entretanto, os valores
foram reduzindo a partir da dose 3000 mg.L
-1
(Tabela 4). Estes resultados são menores
que os citados na literatura, uma vez que na China e na Tailândia, por mais de 20 anos
as estacas de longan tem sido propagadas por estaquia herbáceas com folhas,
atingindo índices de 60 a 90% de enraizamento estacas de 25 a 30 cm, com avaliações
realizadas aos 90 dias e aos 120 dias (GOREN & GAZIT, 2006). Mostrando que o
tamanho da estaca pode influenciar o enraizamento.
CARVALHO et al. (2005), realizando experimentos de enraizamento de estacas
semilenhosas de lichieira retiradas em três épocas do ano com utilização de AIB,
obtiveram melhores resultados no verão (48,4%), confirmando o que foi relatado por
PEREIRA & NACHTIGAL (1997), que trabalhando com estacas de goiabeira, afirmaram
que o verão é a melhor época para realização deste processo, devido à grande
incidência luminosa e às temperaturas adequadas para os processos fisiológicos que
promovem o enraizamento.
Para número e comprimento de raízes verifica-se que não ocorreu
diferença estatística para as concentrações em estudo.
A xima eficiência técnica das concentrações de AIB pode ser observada na
Figura 1, para cada época, onde são apresentadas as regressões polinomiais
significantes para enraizamento e número de raízes. Os pontos de máximo, obtidos
pela derivação das equações, indicam, no geral, maiores valores na concentração de
AIB (1000 mg.L
-1
), para as estacas retiradas no verão, seguida pela primavera e por
último no outono. A exceção está para a curva de regressão de enraizamento e número
de raízes no outono, onde as doses de maior concentração obtiveram valores
superiores apesar de não diferirem estatisticamente das demais. HARTMANN et al.
(1990) relataram que as estacas coletadas em um período de crescimento vegetativo
intenso (primavera/verão), apresentam-se mais herbáceas, com melhor capacidade de
resposta e, as colhidas em um período de repouso vegetativo ou de dormência
53
(outono/inverno) apresentam-se mais lignificadas e, de um modo geral, tendem a
enraizar menos (figura 2 e 3).
BASTOS et al. (2006), estudando o enraizamento de estacas de lichieira da
variedade “Bengal”, relataram que as estacas semilenhosas coletadas de ramos apicais
(38,7%) apresentaram maior potencial de enraizamento quando comparadas com
estacas lenhosas coletadas de ramos lignificadas (23,1%). TAVARES et al. (1995),
trabalhando com goiabas de polpa branca e vermelha, verificaram que a melhor
resposta ao enraizamento foi no período de primavera/verão, para estacas apicais.
ONO et al. (1992), estudando a influência da época de coletada de ramo, no
enraizamento de estacas caulinares de café, observaram que as estacas retiradas nos
meses mais chuvosos, apresentaram os melhores resultados. Estas afirmações
corrobam com os resultados encontrados no trabalho.
Posterior ao enraizamento, as estacas enraizadas foram transferidas para sacos
plásticos contendo o substrato descrito, permanecendo por 60 dias sob nebulização,
para assegurar o pegamento e após foram mantidas em telado com 50% de
sombreamento, recebendo água, uma vez ao dia, por microaspersão. A sobrevivência
das mudas foi satisfatória (cerca de 55%) no primeiro mês e manteve-se até o final da
avaliação, com as mudas apresentando cerca de 40 cm de altura com um ano de idade,
desde a instalação. Aos oito meses de idade as mudas apresentavam condições de
serem plantadas no campo e aos 12 meses possuíam diâmetro suficiente para a
realização da enxertia. Na China, as estacas são transferidas para sacos plásticos e
depois de cinco meses para o campo com boa formação e desenvolvimento inicial,
além de apresentar uma maior uniformidade que as mudas oriundas de alporque
(GOREN & GAZIT, 2006).
54
4.4. CONCLUSÕES
A estaquia de longan deve ser realizada preferencialmente no verão;
O AIB na concentração de 1000 mg.L
-1
, no verão, foi a que apresentou maior
porcentagem de estacas com raízes;
Estacas retiradas na primavera e no outono, independente da concentração de
AIB utilizada, apresentaram baixo porcentagem de estacas com raízes, entretanto
observa-se que no outono a resposta ao enraizamento foi proporcional a dose de AIB
utilizada.
55
Tabela 1. Valores e significância de F para os fatores época, concentração e interação em relação à
permanência de folhas, calejamento, enraizamento, sobrevivência, número e comprimento
de raízes. Jaboticabal-SP, UNESP/FCAV, 2004.
Causas de
variação
Permanência
folhas
Sobrevivência
Enraizamento
Calejamento
Número
raízes
Comprimento
raízes
Época 29,1** 2,8* 12,4** 20,2* 9,1* 2,8
ns
Concentração 0,7
ns
11,3
ns
3,2* 1,2
ns
1,6
ns
0,5
ns
Época x
concentração
0,4
ns
6,1
ns
1,5
ns
2,6
ns
2,8
ns
2,0
ns
C.V. (%) 17,3 13,5 62,7 34,9 33,9 53,7
Tabela 2. Médias das épocas em relação à permanência de folhas, calejamento, enraizamento,
sobrevivência e número de raízes. Jaboticabal, UNESP/FCAV, 2005.
Época Permanência
folhas
2
(%)
Calejamento
2
(%)
Enraizamento
2
(%)
Sobrevivência
2
(%)
Número
raízes
2
Primavera 72,0 b
1
24,5 b 11,0 b 93,2 a 1,8 b
Verão 94,7 a 55,0 a 28,0 a 93,7 a 4,2 a
Outono 67,7 b 21,0 b 7,0 b 91,5 a 1,7 b
D.M.S. (Tukey) 11,9 12,2 9,03 9,5 1,4
1
Médias na coluna seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
2
Dados transformados em arco seno (x /100).
3
Dados transformados em (x + 0,5).
Tabela 3. Médias das concentrações de AIB em relação ao enraizamento, número e comprimento de
raízes. Jaboticabal, UNESP/FCAV
, 2004.
Concentração IBA
(mg.L
-1
)
Enraizamento
2
(%) Número raízes
2
Comprimento raízes
2
(cm)
0 7,5 b
1
1,3 a 3,4 a
1000 24,2 a 3,0 a 3,3 a
3000 19,2 ab 3,0 a 2,7 a
5000 15,0 ab 3,0 a 4,4 a
7000 10,8 ab 2,5 a 3,5 a
D.M.S. (Tukey) 13,7 2,2 3,3
1
Médias na coluna com mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
2
Dados transformados em arco seno (x /100).
3
Dados transformados em (x + 0,5).
56
Tabela 4. Médias de enraizamento (%), número e comprimento (cm) de raízes das épocas de retirada de
estacas de longan em função das concentrações de AIB (mg.L
-1
). Jaboticabal, UNESP/FCAV, 2004.
Época Concentração
AIB
(mg.L
-1
)
Enraizamento
(%)
Número raiz Comprimento
raiz (cm)
Primavera 0 2,5 1,0 1,5
1000 17,5 2,0 4,2
3000 15,0 2,0 2,2
5000 10,0 2,2 3,7
7000 10,0 1,7 2,0
Verão 0 17,5 2,7 7,0
1000 50,0 6,5 4,5
3000 35,0 6,0 5,2
5000 25,0 3,0 3,7
7000 12,5 2,7 3,3
Outono 0 2,5 0,3 1,7
1000 5,0 0,5 1,2
3000 7,5 1,0 0,5
5000 10,0 3,8 5,7
7000 10,0 3,0 5,5
57
Figura 1. Curvas de regressão (dados transformados) d
as épocas de longan entre as concentrações de
IBA e as características avaliadas, sendo enraizamento
(%) número (cm).
Jaboticabal,
UNESP/FCAV, 2004.
58
Figura 2. Visão gera
l do experimento de estaquia de longan no verão (A) e no
Outono(B) ambas aos 60 dias. Jaboticabal, UNESP/FCAV, 2004
.
A
B
59
Figura 3. Aspecto da formação de raízes (A) e calos(B) em estacas de longan
submetidas a 1000 (mg.L
-1
) de AIB no verão. Jaboticabal, UNESP/FCAV, 2004
.
B
B
A
A
60
CAPITULO 5 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
No presente trabalho pode-se classificar, por todas as características avaliadas e
apresentadas que a planta 6 tem maturação de frutos precoce, sendo melhor
aproveitada, se a sua colheita for realizada em meados de janeiro, entretanto, as
plantas 2, 3, 4 e 5 apresentaram um ciclo intermediário, verificou-se ainda que, a planta
1 foi a mais tardia, necessitando de um período maior para completar o seu ciclo.
Aspectos relacionados ao teor de água e a emergência de plântulas necessitam
ser estudados para realização de ensaios, que permitam a dessecação das sementes
até o limite de viabilidade
A utilização da estaquia em longan é um método que necessita de maiores
estudos, podendo ser promissor na produção de mudas dessa frutífera.
61
5.1. IMPLICAÇÕES
Dando continuidade a este trabalho, estudos deverão ser conduzidos
avaliando-se a influência da temperatura, sobre o desenvolvimento dos frutos.
A determinação da temperatura base mínima para a longan, visando
estabelecer a soma térmica, para os diferentes períodos fenológicos, contribuirá
grandemente para determinar a interferência no período de polinização.
Seleção de plantas matrizes mais adaptadas ao ambiente.
Aprofundar o conhecimento quanto às características químicas e sensoriais da
polpa, visando detalhamento das análises de açúcares e proteínas, proporcionando
informações relevantes quanto à qualidade dos frutos na colheita.
Promoção de dia de campo, para divulgar a longan entre os produtores da
região.
Realizar ensaios com adoção de estacas com comprimento maior e utilizar
outras substâncias que possam ter um efeito sinérgico.
Ampliar o protocolo para a propagação vegetativa.
62
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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