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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL
DENSIDADE DE SEMEADURA DA SOJA E
PROFUNDIDADE DE DEPOSIÇÃO DO ADUBO NO
SISTEMA PLANTIO DIRETO
Jorge Wilson Cortez
Engenheiro Agrônomo
JABOTICABAL – SÃO PAULO - BRASIL
Fevereiro de 2007
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL
DENSIDADE DE SEMEADURA DA SOJA E
PROFUNDIDADE DE DEPOSIÇÃO DO ADUBO NO
SISTEMA PLANTIO DIRETO
Jorge Wilson Cortez
Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Angeli Furlani
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias UNESP, Campus de
Jaboticabal, como parte das exigências para a
obtenção do título de Mestre em Agronomia (Produção
Vegetal).
JABOTICABAL – SÃO PAULO - BRASIL
Fevereiro de 2007
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ii
Cortez, Jorge Wilson
C828d
Densidade de semeadura da soja e profundidade de deposição
do adubo no sistema plantio direto / Jorge Wilson Cortez. – –
Jaboticabal, 2007
xii, 87 f. : il. ; 28 cm
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2007
Orientador: Carlos Eduardo Angeli Furlani
Banca examinadora: Rouverson Pereira da Silva, Alberto
Carvalho Filho
Bibliografia
1. Semeadora-adubadora. 2. Colheita. 3. Mecanização agrícola. I.
Título. II. Jaboticabal-Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 631.33:633.34
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação –
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
iii
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
JORGE WILSON CORTEZ - nascido em Umuarama no Estado do Paraná
no dia 05 de agosto de 1981 ingressou no ensino fundamental na “Escola
Estadual Padre César”, na cidade de Monte Carmelo MG, estudando nesta no
período compreendido entre 1989 e 1992, cursando logo após o ensino médio e
colegial na “Escola Estadual Professor Vicente Lopes Perez”, na mesma cidade no
período de 1993 a 1999. Em 2001 ingressou no curso de Agronomia das
Faculdades Associadas de Uberaba FAZU - MG, concluindo-o no ano de 2004.
Durante a graduação participou de atividades de iniciação cientifica com projetos
na área de Mecanização Agrícola”, assumiu monitoria da disciplina de
“Experimentação Agronômica” e ministrou palestras em dias de campo sobre
“Manejo de Solos sob Cerrado”; atuou como Diretor de Recursos Humanos e
Presidente da “FAZU Júnior”, que é a empresa de consultoria júnior da Faculdade.
Como Engenheiro Agrônomo atuou na empresa “CASEMG”, Companhia de
Armazéns e Silos do Estado de Mina Gerais, desligando-se do corpo da empresa
no s de maio de 2005. No inicio de 2005 começou o curso de Especialização
em Cafeicultura Irrigada junto à Universidade de Uberaba (UNIUBE), terminando o
mesmo em março de 2006. No segundo semestre de 2005, iniciou o curso de
Mestrado em Agronomia na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias do Campus de Jaboticabal
(SP) no Programa de Produção Vegetal. Durante o mestrado desempenhou
estágio de docência junto à disciplina de Máquinas para Beneficiamento e
Processamento de Produtos Agrícolas, participou de bancas de Trabalho de
Graduação e co-orientou alunos dos cursos de Agronomia e Zootecnia, e em
fevereiro de 2007 concluiu o Mestrado.
iv
“A pior maneira de preparar os jovens
para a vida é colocá-los numa estufa e
impedi-los de errar e sofrer.”
“Augusto Cury”
v
Aos meus avós paternos Emilio Cortez e Isaura Merotti Cortez
e maternos Gregório Gil e Luzia Larussa Gil,
DEDICO.
À minha irmã Patrícia Gil Cortez,
OFEREÇO.
Aos meus pais Luís Carlos Merotti Cortez e Hermínia Gil Cortez,
AGRADEÇO.
vi
AGRADECIMENTOS
A FCAV/UNESP, em especial ao Departamento de Engenharia Rural, e aos
funcionários do departamento, muito obrigado, pois todos de alguma forma
colaboraram para minha formação.
Ao amigo e orientador Prof. Dr. Carlos Eduardo A. Furlani pelo incentivo,
ajuda, paciência e compreensão durante o curso de Mestrado.
Aos amigos Prof. Dr. Rouverson Pereira da Silva, Prof. Dr. Afonso Lopes e
Prof. Dr. Alberto Carvalho Filho pelos constantes esclarecimentos, ajuda na
redação do trabalho, apoio e confiança para que eu chegasse à conclusão do
trabalho.
Ao Prof. Dr. José Carlos Barbosa pela ajuda na realização da estatística do
experimento.
À CAPES pela concessão da bolsa de estudo durante o curso de Mestrado.
A COOPERCITRUS e à VALTRA do Brasil pela disponibilidade do trator.
A FAPESP pelo apoio financeiro do projeto.
Aos amigos Danilo César Checchio Grotta e Gustavo Naves dos Reis que
me ajudaram e proporcionaram grandes momentos de alegria. Aos colegas de
pós-graduação: Felipe Tomas, Ana Lúcia, Ednan Borsato, Adilson Mello, Ana
Karina e Álvaro Pavan pela ajuda durante o curso.
Agradeço em especial aos funcionários do Departamento de Engenharia
Rural: Aparecido Alves, Sebastião Francisco da Silva Filho e Valdecir Aparício
pela ajuda durante a condução do experimento.
À Fazenda de Ensino, Pesquisa e Produção em nome de seu supervisor
Prof Dr. José Eduardo Corá e ao funcionário Edvaldo Ramos do Nascimento, que
muito contribuíram para a condução do experimento.
Agradeço a Cláudia Cristina Pereira pela paciência, carinho e amor em
todos os momentos de minha vida.
Agradeço a Deus, simplesmente por tudo.
vii
SUMÁRIO
Páginas
LISTA DE TABELAS............................................................................................viii
LISTA DE FIGURAS ...............................................................................................x
RESUMO ................................................................................................................xi
SUMMARY ............................................................................................................xii
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................1
II. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................3
1. Sistema Plantio Direto (SPD)........................................................................3
2. Semeadora-adubadora .................................................................................6
3. Perdas na colheita ......................................................................................10
4. Cultura da soja............................................................................................12
III. MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................15
1. Área experimental .......................................................................................15
2. Delineamento experimental e tratamentos..................................................17
3. Equipamentos e insumos agrícolas ............................................................19
4. Determinações no solo................................................................................22
5. Determinações nas máquinas.....................................................................27
6. Determinações na planta ............................................................................32
7. Análise dos dados.......................................................................................34
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO .....................................................................35
1. Parâmetros do solo .....................................................................................35
2. Parâmetros nas máquinas ..........................................................................49
3. Parâmetros na planta..................................................................................57
V. CONCLUSÕES ..............................................................................................69
VI. REFERÊNCIAS..............................................................................................70
APÊNDICE ............................................................................................................84
viii
LISTA DE TABELAS
Tabelas Páginas
1. Dados meteorológicos do local do experimento. ...............................................15
2. Combinações entre fatores parcela subdividida. ...............................................18
3. Análise química do solo. ....................................................................................23
4. Análise granulométrica do solo..........................................................................23
5. Análise descritiva para os fatores químicos do solo. .........................................35
6. Porcentagem de plantas daninhas nas parcelas do experimento......................36
7. Análise de variância para percentagem de plantas daninhas............................37
8. Síntese da análise de variância para cobertura vegetal (%)..............................38
9. Síntese de análise de variância para porcentagem de cobertura vegetal aos 30
dias após semeadura. ....................................................................................39
10. Síntese de análise de variância para umidade no solo (%) 30 dias após a
semeadura......................................................................................................41
11. Síntese de análise de variância para porosidade total no solo (%)..................42
12. Síntese de análise de variância para densidade do solo (g cm
-3
)....................43
13. Síntese da análise de variância para RP (MPa) antes da instalação do
experimento....................................................................................................44
14. Síntese da análise de variância para RP nas camadas...................................44
15. Síntese da análise de variância para RP na fileira de semeadura (MPa) após
30 dias de semeadura. ...................................................................................45
16. Síntese da análise de variância para RP (MPa) na entrefileira aos 30 dias após
a semeadura...................................................................................................48
17. Síntese da análise de variância para volume de solo mobilizado e espessura
da camada......................................................................................................49
18. Síntese da análise de variância para velocidade e capacidade de campo
operacional (CcO)...........................................................................................50
19. Síntese da análise de variância para consumo de combustível.......................51
ix
20. Síntese da análise de variância para patinagem do trator. ..............................52
21. Síntese da análise de variância para fluxo de MOG, de grãos e total na
colhedora........................................................................................................53
22. Síntese da análise de variância para perdas após a colheita. .........................57
23. Síntese da análise de variância para número de dias para emergência (NDE),
índice de emergência (IE) e porcentagem de danos (D). ...............................58
24. Síntese da análise de variância para estande inicial (EI), final (EF) e a
porcentagem de plantas sobreviventes (PS). .................................................59
25. Síntese da análise de variância para espaçamentos aceitáveis, falhos e
duplos. ............................................................................................................61
26. Síntese da análise de variância para altura de plantas e altura de inserção da
primeira vagem (AIPV). ..................................................................................64
27. Análise de variância para vagens por planta, grãos por vagem, massa de 100
grãos e massa seca........................................................................................65
28. Síntese da análise de variância para produtividade.........................................68
x
LISTA DE FIGURAS
Figuras Páginas
1. Precipitação pluviométrica nos anos de 2005/2006 obtido do departamento de
Ciências Exatas da FCAV – UNESP, Jaboticabal. .........................................16
2. Caixa de engrenagens para mudança da densidade (esquerda) e roda de
controle de profundidade (direita)...................................................................17
3. Croqui de montagem do experimento no campo. ..............................................18
4. Trator utilizado no experimento..........................................................................19
5. Semeadora-adubadora utilizada no experimento. .............................................20
6. Colhedora utilizada no experimento...................................................................21
7. Perfilômetro........................................................................................................26
8. Protótipo desenvolvido para medir consumo de combustível. ...........................28
9. Cobertura vegetal (Cv) total aos 30 dias após a semeadura. ............................40
10. Umidade no dia da amostragem para RP........................................................46
11. RP 30 dias após a semeadura na camada de 20 a 30 cm. .............................47
12. Fluxo de MOG na colhedora............................................................................54
13. Fluxo de grãos na colhedora............................................................................55
14. Fluxo total na colhedora...................................................................................56
15. Distribuição longitudinal nas densidades de semeadura: D1 (a), D2 (b) e D3
(c). ..................................................................................................................62
16. Desdobramento para a massa de 100 grãos...................................................66
17. Desdobramento para a massa seca. ...............................................................67
xi
DENSIDADE DE SEMEADURA DA SOJA E PROFUNDIDADE DE DEPOSIÇÃO
DO ADUBO NO SISTEMA PLANTIO DIRETO
RESUMO - A utilização da cultura da soja no Sistema Plantio Direto (SPD) requer
sempre o desenvolvimento de pesquisas. O objetivo desse trabalho foi avaliar a
densidade de semeadura (15, 16 e 20 plantas por metro) e profundidade de
deposição do adubo (11, 14 e 17 cm) em área de SPD com soja. O experimento
foi realizado na UNESP/Jaboticabal, utilizando-se o delineamento de parcelas
subdivididas em blocos ao acaso com quatro repetições. Foram mensurados no
solo: cobertura antes e após a semeadura, umidade, densidade, resistência à
penetração e volume mobilizado; nas máquinas: capacidade de campo,
velocidade, consumo de combustível, patinagem, fluxo de massa, de grãos e total
na colhedora e as perdas na colheita; e os parâmetros agronômicos da soja. Os
parâmetros de solo não foram afetados pelos tratamentos, exceção feita à
porcentagem de cobertura do solo aos 30 dias pela cultura da soja que foi
significativa, com a maior densidade de semeadura apresentando-se maior. Os
fluxos de massa, de grãos e total foram afetados pelas densidades de plantas e a
profundidade do adubo. Nas máquinas observou-se a influência da profundidade
de deposição do adubo no consumo de combustível, e na patinagem do trator. Na
planta; a porcentagem de espaçamentos aceitáveis diminuiu com o aumento das
densidades de semeadura.
PALAVRAS-CHAVE: semeadora-adubadora, colheita, mecanização agrícola.
xii
SOWING DENSITY OF THE SOYBEAN AND FURROW FERTILIZER SHAFT
DEPTH IN UNDER NO TILLAGE
SUMMARY - To growing acceptance of the no tillage causes the development of
researches. The objective of this work was to evaluate the sowing density (15, 16
and 20 plants m
-1
) and furrow fertilizer shaft depth (11, 14 and 17 cm), in the no
tillage with soybean. The experiment was accomplished in the UNESP/Jaboticabal,
in experimental design split-plot scheme, with randomized blocks, with four
replicates. The soil parameters were: covering before and after the sowing, content
moisture, bulk density, resistance to the penetration and mobilized area; in the
machine: velocity, operational field capacity, fuel, tractor sliding, mass flow in the
harvesting and harvesting losses; and agronomic characteristics of the soybean.
The soil parameters were not affected for the proposed treatments, but just the
covering percentage of the soil to the 30 days for the culture of the soy was
significant with the largest density presenting the largest covering. In the machine it
was observed influences of the furrow fertilizer shaft depths in the consumptions of
fuel, being the same observed for the tractor sliding. The flow of material other
grain, grains and total were affected. In the plant: the percentage of acceptable
spacing decreased with the increase of the density.
KEYWORDS: seeder, harvest, agricultural mechanization
1
I. INTRODUÇÃO
A implantação do Sistema Plantio Direto (SPD) vem crescendo desde os
primeiros registros, anotados na década de 60 no Rio Grande do Sul, como uma
prática de conservação do solo, e posteriormente, com o desenvolvimento de
máquinas próprias para esse tipo de semeadura e de técnicas de manejo, que
ocasionaram incrementos na produção de grãos.
O uso do SPD caracteriza-se pela menor intensidade de mobilização do
solo e pela redução da freqüência do tráfego de máquinas sobre o terreno e,
ainda, por manter sobre a superfície do solo grande quantidade de cobertura,
sendo imprescindível, portanto, o uso de cobertura vegetal, por meio de rotações
de culturas.
A utilização no SPD de culturas como a soja ajudou a expandir as áreas
agricultáveis, principalmente devido à capacidade dessa cultura em se adaptar as
diferentes regiões brasileiras onde ela é cultivada.
Com a semeadura em área não mobilizada, ocorre aumento da
compactação superficial do solo, depois de alguns anos de cultivo, que
conseqüentemente pode ser superada com o uso das hastes sulcadoras de
deposição de adubo, pois a mesma promove a deposição do adubo na
profundidade correta e também uma escarificação na fileira de semeadura.
Com esse intuito, admitindo-se a influência da profundidade de deposição
do adubo na produtividade da soja e, de maneira direta, na quantidade de material
vegetal a compor o fluxo na colhedora e, que esta dependa também da densidade
de semeadura, supõe-se que a variação na profundidade da haste sulcadora de
adubo na condução de determinado cultivar de soja, instalado sob diferentes
densidades de plantas, resultará em diferentes quantidades de perdas na colheita.
Pode então ocorrer a interferência dos fatores (densidade de semeadura e a
profundidade de deposição do adubo) no comportamento da cultura da soja, no
desempenho do trator de testes na semeadura, nos atributos agronômicos da
2
planta e nos fatores inerentes às perdas na colheita. Especificamente a utilização
da haste sulcadora de deposição do adubo mais profunda poderá acarretar em
maior área mobilizada, proporcionando provavelmente menor cobertura do solo
pela incorporação de massa seca, e com o adubo mais profundo, pode influenciar
no desenvolvimento radicular da cultura que afeta o desenvolvimento da parte
aérea. A utilização de hastes sulcadoras de posição do adubo mais rasas, poderá
modificar o desenvolvimento da cultura, visto que, dificultará a absorção de água
pela semente por causa da proximidade do adubo.
O objetivo geral do desenvolvimento desse trabalho é a obtenção de
resultados quanto às melhores alternativas para o SPD em Jaboticabal/SP, para
servir de referência para regiões semelhantes, avaliando a densidade de
semeadura na cultura da soja e a profundidade de deposição do adubo, sobre os
parâmetros do solo, das máquinas e das plantas.
3
II. REVISÃO DE LITERATURA
1. Sistema Plantio Direto (SPD)
O termo SPD surgiu segundo DALLMEYER (2001), no âmbito da
Federação de Associações de Plantio Direto na Palha, e com o uso popular,
consagrou a nomenclatura. O autor cita que a operação executada é a semeadura
direta, mas o que envolve todo o sistema são diversos equipamentos que o
apóiam, podendo-se citar alguns como: trituradores, rolo-faca e pulverizadores.
O SPD originou-se de semear diretamente sobre o solo não mobilizado e o
termo na palha acrescenta a idéia de manter o solo sempre protegido por resíduos
(SALTON et al., 1998).
Assim, a alavanca do SPD ocorreu após o aparecimento de herbicidas de
contato (paraquat) na Inglaterra em 1956, quando a partir de então entrou em fase
experimental em várias partes do mundo. Harry Young foi o primeiro agricultor a
iniciar o sistema em uma fazenda localizada em Herndon, Kentucky, Estados
Unidos, no ano de 1962, dando inicio a um processo que mudaria os métodos
tradicionais de semeadura no mundo (DERPSCH, 1984). SCHULTZ (1987) relata
as pesquisas durante os anos de 1960 a 1970 quando semeava-se centeio e o
mesmo atingia determinada altura (60 cm) ocorria a aplicação do produto
(paraquat) e logo após semeava-se diretamente o milheto sobre a palhada.
No Brasil, no início da década de 60 foram realizados experimentos sobre
SPD de arroz-irrigado, no Rio Grande do Sul, porém, essa prática porém, somente
passou a ser amplamente adotada na cada de 90, atingindo 30% da área
cultivada em 1995 (GASSEN & GASSEN, 1996). Em 2003/2004 a área de SPD
era de 21,9 milhões de hectare e na safra 2005/2006 pouco se modificou
chegando aos 22,0 milhões de hectares.
BLEVINS et al. (1983) comparando o SPD com o preparo convencional
citam que o segundo tem efeito maior nas propriedades do solo, tais como: perda
4
de nutrientes, redução de resíduos e na produtividade das culturas, e proporciona
a movimentação da camada superior do solo, o que acarreta distúrbio a seus
agregados. È sabido que o SPD já se tornou convencional em algumas regiões do
País, entretanto vale destacar que além desse fato, o termo Preparo Convencional
é definido por BALASTREIRE (2004), e aceito pela comunidade científica, como
aquele em que ocorre a mobilização do solo por um preparo primário (aração) e
por preparo secundário (gradagens).
O SPD também surgiu para minimizar a erosão, controlando o escorrimento
superficial da água de chuva por meio de resíduos que reduzem a velocidade,
restando mais tempo para sua infiltração (CARDOSO, 1998). Assim condiciona à
redução dos impactos ocasionados pelo sistema convencional (aração e
gradagens), em geral monoculturas intensivas, tendo como lado positivo o
aumento do teor de matéria orgânica do solo em razão da palha, melhoria da
estrutura do solo e redução da perda de nutrientes em razão da diminuição da
erosão superficial (LOPES, 1996 e VOSS, 2000).
Conforme LANDERS et al. (2002), em matéria de preservação e até de
melhoria dos recursos naturais sob seu domínio, o agricultor brasileiro que adota o
SPD é um herói, quando comparado com a população urbana.
CALEGARI (2004) cita que os resíduos vegetais e raízes das plantas de
cobertura promovem diminuição do escorrimento superficial, acarretando aumento
da infiltração de água no solo. Os resíduos contribuem na estruturação do solo
pela melhor agregação e maior aeração, favorecendo o crescimento das raízes
dos cultivos posteriores.
Segundo MERTEN & FERNANDES (1998) o SPD depende da produção de
biomassa, formada por resíduos de colheita, adubos verdes ou plantas daninhas.
A cobertura vegetal deve permanecer na superfície do solo e as plantas daninhas
são controladas com o uso de herbicidas, no qual sugere a substituição gradativa
de processos mecânico-químicos (preparo convencional) por processos biológico-
culturais (SPD) de manejo do solo e uma maior eficiência econômica decorrente
5
da redução de gastos com insumos (MUZILLI, 1985; DERPSCH et al., 1991 e
MUZILLI et al., 1997).
As coberturas vegetais podem ser manejadas por diferentes equipamentos
para esse fim, no entanto, cada um pode influenciar de forma direta na velocidade
de decomposição da palha, em virtude da menor ou maior fragmentação do
material (GAMERO et al., 1997). PRADO et al. (2002) ressalvam que para o SPD
os equipamentos mais recomendados para o manejo das culturas de cobertura ou
adubos verdes são o rolo-faca, as roçadoras e os trituradores de palha tratorizado.
GADANHA JÚNIOR et al. (1991) citam que o triturador de palhas promove
uma melhor uniformidade de distribuição quanto a cobertura do solo, mas devido
ao fracionamento do material em pedaços pequenos o processo de decomposição
é mais acelerado do que ao comparado com o rolo-faca, pois esse promove o
acamamento da cultura, morte fisiológica, deixando as plantas inteiras sobre o
solo.
Os resultados da pesquisa demonstraram que os resíduos vegetais na
superfície do solo podem afetar a patinagem dos rodados das máquinas, que é
função do esforço de tração necessário para deslocar determinado equipamento
(CEPIK et al., 2003). Essa superfície de contato com a banda de rodagem dos
pneus motrizes dos tratores tem influência direta na patinagem, e segundo
LANÇAS & UPADHAYRA (1997), os principais fatores que interferem na
patinagem são: pneus, pressão de inflação, carga, condições do solo e forma de
distribuição dos resíduos vegetais e/ou vegetação sobre a superfície do solo e o
tamanho da palha.
Considerando o tipo de pneu (radial, diagonal e de baixa pressão) ficou
evidenciado por LOPES & LANÇAS (2000) que o pneu radial apresentou resultado
similar ao diagonal e superior ao de baixa pressão com relação a patinagem; o
pneu diagonal apresentou patinagem idêntica ao radial, e ao de baixa pressão.
Os autores verificaram também que a lastragem com água no pneu é essencial
para o bom desempenho do trator com relação a patinagem.
6
MORÃES & BENEZ (1996) constataram que em SPD sobre Nitossolo
Vermelho Distrófico Latossólico com 43% de argila, ocorreu aumento na
densidade do solo nas camadas de 0 a 10, 10 a 20 e 20 a 30 cm, mas estas
camadas não diferiram dos tratamentos que ocorreram mobilização do solo, sendo
os valores de 1,28; 1,38 e 1,33 kg m
-
³, respectivamente. Para a resistência à
penetração observaram que na profundidade de 15 cm ocorreram diferenças entre
os tratamentos, sendo aqueles com maior mobilização, mais tráfego,
apresentaram acréscimo nos valores.
FURLANI et al. (2003) verificaram em Nitossolo Vermelho Distrófico
Latossólico, que a umidade não foi alterado pelos sistemas de preparo do solo
(SPD, escarificação e convencional). A resistência mecânica do solo à penetração
apresentou valores superiores para o SPD até a profundidade de 18 cm em
relação aos demais tratamentos. A partir de 21 a 36 cm o preparo convencional se
iguala com o SPD, e abaixo da profundidade de 39 cm a resistência não difere,
pois não ocorre ação dos órgãos ativos no solo e da carga aplicada pelo rodado.
2. Semeadora-adubadora
As operações de semeadura-adubação são de fundamental importância
para o estabelecimento de culturas anuais produtoras de grãos. Nos sistemas
conservacionistas, como o SPD, as condições do solo e de cobertura geralmente
são menos favoráveis à deposição das sementes e adubo que as verificadas nos
preparos com intensa mobilização, sendo necessário um maior cuidado nesta
operação. As semeadoras-adubadoras, além de serem adaptadas às diferentes
espécies, cultivares, profundidades, densidades e espaçamentos, devem ser
robustas e resistentes, possuir discos de corte para palhada e rompedores de
sulco capazes de cortar a vegetação e os restos culturais, depositando as
7
sementes em profundidade uniforme, cobrindo-as e compactando o solo ao redor
das mesmas (PORTELLA et al., 1993 e DERPSCH et al., 1991).
OLIVEIRA et al. (2000) ressalvam no SPD, o desempenho da semeadora-
adubadora, no que se refere ao corte eficiente dos restos culturais, à abertura do
sulco e à deposição da semente e fertilizante em profundidades adequadas e em
contato com o solo, devem ser tomados cuidados para evitar problemas nessa
fase inicial da cultura.
ANDERSON (2001) cita que se a semeadora-adubadora não possuir
precisão nos mecanismos dosadores de sementes e fertilizantes a semeadura
pode ficar comprometida, e que a uniformidade na distribuição de fertilizantes
deve ser mantida independentemente de variações nas engrenagens, velocidade
de deslocamento da máquina e quantidade de produto no reservatório. Com esse
intuito, FURLANI et al. (2005) avaliando a carga no depósito de adubo observaram
que com reservatório cheio ocorre maior distribuição de adubo, e à medida que o
reservatório esvazia ocorre diminuição na dose de adubo aplicada.
As semeadoras de SPD devem apresentar características especiais para
efetuarem semeadura eficiente, sendo a regulagem, o parâmetros que irá
contribuir para a obtenção do bom desempenho do equipamento (SATTLER,
1996).
Segundo LANDERS (1994) a semeadora-adubadora (SPD) pode ser
adaptada ou nova (própria para a semeadura na palha), com capacidade de fazer
a semeadura tanto em palha leve como média (considere-se palha nova de milho
pesada; porém, após o inverno a palha fica quebradiça e classifica-se como média
ou leve).
A melhor máquina é aquela que atende aos requisitos da semente para
germinação e desenvolvimento da planta. Não há semeadora-adubadora universal
para todas as situações de solo, cobertura vegetal, topografia e distribuição de
sementes e fertilizantes (GASSEN & GASSEN, 1996).
Para PORTELLA et al. (1993) as semeadoras de SPD devem apresentar
algumas características especiais para facilitar o corte da palha e o fluxo desta,
8
sem causar embuchamentos. Algumas delas são citados por CARVALHO (2004):
disco de corte, que tem por função cortar os restos culturais e a haste sulcadora
que deve ter espessura inferior a 2 cm, com ângulo de ataque de 20 a 25 graus
em relação à superfície do solo, podendo a haste ter formatos reto, inclinado ou
parabólico. As características das hastes resultam em menor movimentação de
solo e em menor esforço de tração e penetração.
Para a abertura do sulco, CASÃO JÚNIOR (2004) cita que as hastes
sulcadoras para fertilizantes reduzem a potência exigida e mobiliza menos o sulco
quando comparada aos discos duplos trabalhando a mesma profundidade. Nesse
contexto o aumento do ângulo de ataque ao solo pela haste sulcadora a medida
que aumenta, sugere aumento na área mobilizada e eleva a potência requerida
para ser tracionada. A haste ideal, para o autor, é aquela que possui um ângulo de
ataque de 20º, espessura da ponteira de 2 cm e espessura da haste de 1,3 cm,
que movimenta o solo, comprime-o para frente e para cima fazendo com que se
rompa em camadas transversais em razão de esforços de cisalhamento, que
corresponde ao modo natural de ruptura do solo. As rupturas realizadas por
hastes retas, explodem o solo exigindo mais potência para executar a operação.
Quanto menor o ângulo de ataque, menor a força necessária para tracionar e
menor é a área mobilizada no sulco.
Entretanto ANDERSON (2001) cita que as hastes sulcadoras quando
utilizadas nas fileiras de semeadura elevam significativamente o esforço
necessário para a tração da máquina.
HERZOG et al. (2004) trabalhando em um Argissolo Vermelho Distrófico
típico, com 33%, e argila em duas profundidades da haste sulcadora de adubo (6
e 12 cm), com as dimensões de 2,5 cm para largura da ponteira e ângulo de
ataque de 20º, observaram aumento de 52% na área mobilizada do solo ao dobrar
a profundidade de ação da haste sulcadora. Os valores foram de 72,9 m³ ha
-1
para
a profundidade de 6 cm e 111,5 m³ ha
-1
para 12 cm.
Resultados semelhantes foram encontrados por CEPIK et al. (2005)
avaliando duas profundidades da haste sulcadora de adubo (6 e 12 cm), com a
9
largura da ponteira de 2,5 cm e ângulo de ataque de 18º, quando a maior
profundidade diferiu estatisticamente da menor para a área mobilizada de
121,8 m³ ha
-1
e 72,2 m³ ha
-1
, respectivamente.
GASSEN (2004) cita que em solos compactados, a ocorrência de sulco
espelhado e excesso de fertilizantes no sulco, logo abaixo da semente dificultam o
contato solo/semente para absorção de água e o desenvolvimento de raízes. Para
o autor o ideal é fazer a semeadura com o sulco preparado mais profundo e a
semente mais superficial com melhor acabamento pelas rodas compactadoras.
SIQUEIRA et al. (2000) avaliando hastes sulcadoras de semeadoras-
adubadoras de SPD em diferentes teores de água e profundidade de sulco,
verificaram que a maior profundidade (12 cm) demandou maior força e potência na
barra de tração.
FAGANELLO et al. (1999) afirmam que a emergência, quando do emprego
das semeadoras-adubadoras que possuem haste escarificadora atingem 50% no
sexto dia após a semeadura, diferindo das demais que não possuem esse
sistema, com 10% da emergência no mesmo dia.
NAGAOKA & NOMURA (2003) avaliando a demanda energética do trator
de 47,8 kW de potência no motor, a 5 km h
-1
sob SPD, observaram consumo de
combustível de 2,7 kg h
-1
e capacidade de campo efetiva de 1,6 ha h
-1
. Os autores
citam que a patinagem do trator foi de 6%, sendo considerado, um valor abaixo do
padrão da ASAE (1989) de 8 a 10% para solos não mobilizados.
CEPIK et al. (2005) constataram que a patinagem dos rodados do trator foi
de 8,4% na profundidade da haste de 6 cm e de 17,4% na profundidade da haste
de 12 cm, diferindo entre si estatisticamente, e o aumento da patinagem na maior
profundidade ocorreu devido ao acionamento da TDA do trator, pois foi necessário
um maior esforço de tração nessa profundidade.
As semeadoras-adubadoras trabalhando com velocidade constante, à
medida que distribuem as sementes no solo, podem sofrer variações de
densidade ocasionadas pela necessidade de cada cultivar. Assim quando
10
aumenta-se a densidade de semeadura, o sistema dosador tem que distribuir mais
semente por metro, tornando-se menos eficiente (ANDERSON, 2001)
FURLANI et al. (2000) avaliando semeadora-adubadora de seis fileiras para
feijão (55 cm), obteve para o SPD capacidade de campo efetiva de 1,6 ha h
-1
, para
uma velocidade de 4 km h
-1
, com trator de 90,5 kW de potência no motor.
CORTEZ (2004) avaliando semeadora-adubadora com sete fileiras para a
cultura da soja observou exigência de força de tração de 20,1 kN para a
velocidade de 4 km h
-1
, sendo a potência na barra de 23,7 kW. Entretanto, em se
tratando de semeadora-adubadora, o maior esforço de tração pode ocorrer pela
maior profundidade de atuação dos órgãos ativos, especialmente discos de corte e
sulcadores (haste) para deposição de adubo (ASAE, 1999).
3. Perdas na colheita
Segundo CARVALHO FILHO et al. (2005) e SILVA et al. (2004), durante a
colheita deve-se estar sempre preocupado com as perdas ocasionadas nesse
processo, devido ser essa a última etapa do processo de cultivo, sendo as perdas
influenciadas por fatores relacionados à cultura em que se trabalha e à colhedora.
MESQUITA et al. (2001) afirmam que as perdas podem ser parcialmente
evitadas, tomando-se uma série de cuidados como: monitoramento rigoroso da
velocidade de trabalho da colhedora, aferição regular dos mecanismos de trilha,
limpeza e separação.
As perdas podem ocorrer na pré-colheita e são definidas como sementes
livres (soltas), dentro das vagens existentes sobre o solo antes da operação da
colheita. Portanto, na colheita atrasada é de se esperar o aumento desta perda em
razão de grãos e plantas caídas que não podem ser recuperadas pela plataforma
de corte. Em um estudo de perdas, observou-se que com o aumento da umidade
do grão e da palha que entra na colhedora, ocorreu aumento de perdas por parte
da máquina na cultura de soja (PINHEIRO NETO, 2004). Neste contexto,
11
PINHEIRO (2004) afirma que um menor volume de massa em seu interior, faz
com que a separação e limpeza do produto sejam feitas rapidamente diminuindo
as perdas e a quebra de grãos. Com isso maiores densidades de semeadura
tendem a aumentar as perdas na máquina devido ao aumento de massa.
SILVA et al. (2004) estudando as perdas na colheita mecanizada do milho
comparando a eficiência de colhedoras, com o ano de fabricação, concluíram que
as colhedoras com idade de 0 a 5 anos, apresentaram perdas menores, tolerantes
aquelas com mais de 6 anos, e as máquinas com sistema de trilha axial
apresentaram menores perdas em relação àquelas com sistema de trilha radial.
Contrariando esses resultados, CARVALHO FILHO et al. (2005) avaliando duas
colhedoras com diferentes anos de fabricação observaram que as perdas totais e
na plataforma não diferiram.
As perdas na colheita mecanizada de soja encontrada por CAMPOS et al.
(2005), indicaram valores de 62 kg ha
-1
de perdas, a uma velocidade de 4 a 7 km
h
-1
. Os mesmos autores encontraram perdas de 120 kg ha
-1
para colhedoras entre
6 e 10 anos de uso, assim verificaram que quanto maior o tempo de uso maiores
as perdas na colheita.
GIRO (2004) avaliando as perdas na colheita mecanizada de soja na região
de Jaboticabal observou perdas totais de 124 kg ha
-1
, valores acima do
recomendado. Esses valores foram justificados pela alta infestação de plantas
daninhas na época da colheita, que por fatores fisiológicos e climáticos
contribuíram para o aumento das perdas. Outro fator considerado para o aumento
das perdas foi o fluxo de material dentro da colhedora, assim o aumento de
plantas daninhas na máquina acarreta em aumento de perdas.
BRITO (2006) avaliando a colheita mecanizada de soja na região de
Uberlândia com colhedoras de fluxo axial, observaram perdas de 96 kg ha
-1
trabalhando com velocidade de 4,5 km h
-1
. O autor comenta que ocorre grande
diferença das perdas de uma parcela para outra, o que resulta em altos valores de
coeficientes de variação (39%).
12
FERREIRA (2006) avaliou a colheita mecanizada de soja na região de
Jaboticabal, com a colhedora de fluxo radial, encontrou perdas de 33 kg ha
-1
trabalhando a 3,7 km h
-1
e o fluxo de total de 2,0 kg s
-1
na máquina, indicando que
60% do fluxo é devido a massa da cultura.
As perdas durante a colheita mecanizada chegam a ultrapassar duas sacas
por hectare, enquanto o referencial de tolerância é de apenas uma saca por
hectare (COSTA & TAVARES, 1995). MESQUITA & HANNA (1993) afirmam que é
possível reduzir as perdas em ate 80% com efetuação correta das regulagens da
plataforma de corte e da velocidade.
4. Cultura da soja
Dentre as culturas anuais, a soja, com seu virtuoso papel na economia
globalizada e suas características agronômicas, é o carro chefe no
desenvolvimento do SPD, sobretudo na rotação de culturas, com enorme potencial
para desempenhar marcante papel na rotação com pastagens e outras forrageiras
(SATURNINO, 2001).
O crescimento, desenvolvimento e rendimento da soja resultam da
interação entre o potencial genético de determinado cultivar com o ambiente. Nas
condições de campo a natureza proporciona a maior parte das influências
ambientais sobre o desenvolvimento, entretanto os produtores, por meio das
práticas de manejo comprovadas, podem manipular o ambiente de produção
(SUZUKI et al., 2005).
A produtividade da cultura da soja na década de 70 era da ordem de
1.800 kg ha
-1
; na cada de 80 elevou para 2.400 kg ha
-1
; na década de 90 em
razão dos investimentos em pesquisa alcançou 3.000 kg ha
-1
. Chegando ao nível
de produtividade acima de 3.600 kg ha
-1
e espera-se até 4.200 kg ha
-1
(SUZUKI et
al. 2005).
13
Em décadas passadas a densidade de semeadura da soja estava em torno
de 600.000 e 700.000 plantas por hectare, e as variações pouco influenciaram na
produtividade, mas os novos cultivares não suportam variações de densidade de
semeadura, sem afetar o rendimento, o que faz com que não se admita erros na
semeadura (COPETTI, 2003).
Entretanto, TOURINO et al. (2002) afirmam que existe para a cultura da
soja, uma nova realidade, que vêm sendo utilizado densidades de semeadura
menores, em torno de 10 a 15 plantas por metro, pois além de não reduzirem a
produtividade, proporcionam redução nos custos de produção pela diminuição nos
gastos com sementes.
A inexistência de resposta diferenciada para rendimento de grãos à
variação da densidade de semeadura da soja está intimamente relacionada com a
plasticidade fenotípica que esta cultura apresenta (RAMBO et al. 2003).
CARPENTER & BOARD (1997) com o objetivo de verificar quais os
mecanismos responsáveis pela compensação do rendimento por planta, para
variações nas densidades, concluíram que os ajustes no rendimento decorrentes
de mudanças nas densidades de semeadura foram em razão de alterações no
número de vagens por planta.
Segundo a POTAFOS (1997) a soja cultivada em altas densidades de
semeadura tende a crescer mais em altura, ramificar menos e produzir menores
quantidades de vagens e sementes por planta do que aquela cultivada em baixas
densidades. Em altas densidades a soja terá maior altura de inserção das
primeiras vagens e maior tendência a acamar aumentando as perdas na colheita.
ETHREDGE et al. (1989) em estudo de densidade de semeadura de
260.200, 390.400 e 520.400 plantas por hectare, encontraram produtividade de
3.825; 4.724 e 5.516 kg ha
-1
respectivamente, indicando um efeito linear no
aumento da densidade de semeadura e da produção.
HERZOG et al. (2004) constataram que mesmo aumentando a
profundidade da haste sulcadora de adubo (6 para 12 cm), não ocorreu diferença
na produtividade da cultura da soja que foi de 2.944 e 3.047 kg ha
-1
,
14
respectivamente. O mesmo ocorreu para a massa seca da parte aérea da soja,
que produziu 2.313 e 2.481 kg ha
-1
para as profundidades de 6 e 12 cm,
respectivamente.
Trabalhos com densidades de semeadura não têm mostrado efeito no
rendimento de grãos de soja, mesmo variando de 8 até 63 plantas m
-2
(RUBIN,
1997; PIRES et al.,1998).
15
III. MATERIAL E MÉTODOS
1. Área experimental
O experimento foi conduzido na área experimental do Laboratório de
Máquinas e Mecanização Agrícola (LAMMA) do Departamento de Engenharia
Rural pertencente a UNESP de Jaboticabal, SP, localizada nas coordenadas
geodésicas: latitude 21º14’S e longitude 48º16’W, com altitude média de 559 m,
declividade média de 4%, ocupando uma área de aproximadamente 1,0 ha, no
período compreendido entre novembro/2005 a março/2006.
A semeadura foi realizada em LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico
típico, A moderado, textura argilosa e relevo suave ondulado, conforme o Sistema
Brasileiro de Classificação dos Solos da EMBRAPA (1999). O solo encontrava-se
com umidade de 23% na camada de 0 a 20 cm, 73% de cobertura vegetal, obtida
por meio da metodologia de LAFLEN et al. (1981), e resistência a penetração de
1,7 e 3,3 MPa nas camadas de 0 a 10 e 10 a 20 cm, respectivamente.
O clima de acordo com a classificação de Köeppen é Cwa, ou seja,
subtropical úmido, com estiagem no período do inverno (Tabela 1 e Figura 1).
Tabela 1. Dados meteorológicos do local do experimento.
Mês Pressão
Tmax Tmin Tmed UR ND Insolação
(hPa) (ºC) (ºC)
(h)
2005
outubro 942,5 32,7 20,0 25,2 66,6 10 222,3
novembro
941,0 31,4 18,8 24,3 67,6 7 220,2
dezembro
941,0 29,5 19,2 23,5 77,7 19 204,3
2006
janeiro 942,3 31,3 20,3 25 74,7 18 2336
fevereiro 941,1 30,7 20,3 24,2 82,9 15 181,1
março 941,9 31 20,4 24,5 81,4 16 221
Pressão: pressão atmosférica; Tmax: temperatura máxima; Tmin: temperatura mínima; Tmed:
temperatura média; UR: umidade relativa do ar; ND: número de dias com chuva.
16
Figura 1. Precipitação pluviométrica nos anos de 2005/2006 obtido do
departamento de Ciências Exatas da FCAV – UNESP, Jaboticabal.
A área experimental permaneceu em repouso nos anos de 1999 e 2000,
porém com grande infestação de plantas daninhas como capim colonião (Panicum
maximum Jacq.) e grama seda (Cynodon dactylon (L.) Pers). No terreno foram
realizados os manejos das plantas daninhos com roçadora e, posteriormente, o
preparo convencional do solo com gradagem pesada e duas gradagens leves ao
final de 2000.
Logo em seguida foi semeado o milheto (Pennisetum sp.) em março de
2001, com intuito de formar palhada para a semeadura direta da soja (Glycine max
(L.) Merrill), ao final de 2001. Em março do ano seguinte, implantou-se a cultura da
crotalária (Crotalária juncea L.) e mucuna cinza (Stizolobuim niveum L.), e em
novembro semeou-se o milho (Zea mays L.). Em março de 2003 foi instalada a
cultura do milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Brown) e sorgo (Sorgum bicolor), e
em novembro foi semeado a soja (Glycine max (L.) Merrill). No ano de 2004, em
março, foi instalada a cultura da crotalária (Crotalária juncea) e mucuna preta
(Cajanus cajan), e em novembro foi semeado o milho (Zea mays L.).
0
100
200
300
400
500
Precicpitação (mm)
out/06 nov/06 dez/06 jan/07 fev/07 mar/07
Mêses
17
No final de 2005 foi instalada nesta área a cultura da soja, como intuito
deste experimento, considerando-se o SPD com 6 anos de cultivo.
2. Delineamento experimental e tratamentos
O delineamento utilizado foi o de parcelas subdivididas em blocos ao acaso,
com quatro repetições. Os tratamentos foram: às densidades de semeadura de
15, 16 e 20 plantas por metro, sendo essas densidades obtidas por meio de
variações nas engrenagens de troca rápida da semeadora (Figura 2); e
profundidade de deposição do adubo regulada em 11, 14 e 17 cm, com auxílio da
roda de controle de profundidade da haste sulcadora de adubo (Figura 2). As
parcelas receberam como tratamento principal as densidades de semeadura e as
subparcelas (tratamento secundário) receberam as profundidades de deposição
do adubo. As subparcelas mediam 65 m de comprimento por 3,15 m de largura,
com 15 m de intervalo para realização de manobras e estabilização do conjunto.
Figura 2. Caixa de engrenagens para mudança da densidade (esquerda) e roda
de controle de profundidade (direita).
18
São apresentadas na Tabela 2 as combinações de fatores do experimento e
na Figura 3 a disposição das subparcelas no campo.
Tabela 2. Combinações entre fatores parcela subdividida.
Tratamentos Densidades
(plantas por metro)
Profundidades
(cm)
D1 – P1
D1 – P2
D1 – P3
15
15
15
11
14
17
D2 – P1
D2 – P2
D2 – P3
16
16
16
11
14
17
D3 – P1
D3 – P2
D3 – P3
20
20
20
11
14
17
D – densidade de semeadura; P – profundidade de deposição do adubo;
Legenda: de acordo com a nomenclatura da Tabela 2.
Figura 3. Croqui de montagem do experimento no campo.
19
3. Equipamentos e insumos agrícolas
Foram utilizados as seguintes máquinas e implementos:
a) Trator Valtra BM 100 (Figura 4), 4 x 2 TDA, 73,6 kW (100 cv na rotação
de 2.300 rpm) de potência no motor, com massa de 5.400 kg e 40% de lastro no
eixo dianteiro [pneus 14.9 – 24 R1 de 3,8 m de perímetro e pressão de 18 psi (124
kPa)], e 60% de lastro no eixo traseiro [pneus 23.1 26 R1 de 4,9 m de perímetro
de 4,9 m e pressão de inflação de 22 psi (152 kPa)].
Figura 4. Trator utilizado no experimento.
Fonte: Adaptada de LOPES (2006).
Protótipo para
medir o
consumo
de combustível
Radar para aferir
a velocidade
Sistema para
armazenar os
dados
Sensor de
rotação na TDP
Sensor para aferir
a patinagem
Célula de carga
20
b) Semeadora-adubadora de precisão Marchesan, modelo Cop (controle
de ondulação permanente) Suprema (Figura 5), com sete fileiras de semeadura,
dotada de disco de corte para palhada de 18”(45,7 cm), haste sulcadora de adubo
com as seguintes características: 2,7 cm de espessura da ponteira; 1,0 cm de
espessura da haste; distância do disco de corte a haste de 12 cm; relação entre a
altura e comprimento da ponteira (H/L) de 1,06 e ângulo de ataque de 20º; disco
duplo desencontrado de 16” (40,6 cm) para deposição da semente. A quina
possui distribuidor de sementes pneumático, sendo utilizado disco de sementes de
64 furos. A distribuição de adubo foi realizada por mecanismo helicoidal. O
depósito de adubo possui capacidade para 1310 kg e o de semente de 200 kg,
tendo a semeadora-adubadora 3070 kg de massa, trabalhando com 665 kg de
adubo na operação de semeadura.
Figura 5. Semeadora-adubadora utilizada no experimento.
c) Pulverizador marca Jacto, modelo PJ 600, montado, com tanque para
capacidade de 600 L de calda, com massa de 195 kg, barra de 9 m, equipada com
21
18 bicos tipo leque para aplicação de herbicidas e bicos cônicos para aplicação de
defensivos.
d) Colhedora marca SLC (John Deere), modelo 1165, ano 1997/1998, com
potência de 103 kW (140 cv), com plataforma de soja, dotada de trilha radial e
plataforma de corte de 3,8 m (Figura 6). Na operação de colheita trabalhou-se com
velocidade de 4 km h
-1
e rotação do cilindro de 350 rpm. Na trilha das plantas
coletadas manualmente utilizou-se uma máquina estacionária com cilindro de
dentes e motor de 1,5 cv.
Figura 6. Colhedora utilizada no experimento.
Antes da semeadura foi realizado aplicação de Glifosate na dosagem de
4 L ha
-1
e posteriormente outra aplicação com 1,5 L ha
-1
de 2,4 D, ambos com
calda de pulverização de 120 L ha
-1
.
Foram utilizadas sementes de soja da variedade Monsoy 5942 (18 plantas
por metro no espaçamento de 0.45 m, recomendado), com aplicação de
fertilizantes 0-20-20 na dose de 300 kg ha
-1
na semeadura. As sementes foram
tratadas com 300 mL de Thiram 700 SC (carboxinthiram) para 100 kg de
sementes e inoculante líquido na dose de 500 mL por 50 kg de sementes.
22
Para o controle de plantas daninhas após a semeadura utilizou-se
600 mL ha
-1
de Flex (nitrobenzamida); 600 mL ha
-1
de Fusilade (fluzifop-p-butil);
Raptor (imazamox) 70 g ha
-1
e 200 mL ha
-1
de óleo mineral, sendo duas
pulverizações com calda de 250 L ha
-1
.
Para o controle de percevejos foi utilizado Endosulfan 350 CE, na dose de
1,5 L ha
-1
, com calda de 300 L ha
-1
.
Para Ferrugem Asiática foi feita aplicação com fungicida Opera
(epoxiconazole) sendo 500 mL ha
-1
, na calda de 300 L ha
-1
e uma segunda
aplicação com Priori Xtra (azoxistrobina e ciproconazole) na dose de 300 mL ha
-1
.
Para as doenças de final de ciclo fez-se aplicação de Rival 200 EC
(tebuconazole) na dose de 300 mL ha
-1
com 300 L ha
-1
de calda.
4. Determinações no solo
Para a análise de fertilidade e granulométrica do solo foi coletada uma
amostra para cada subparcela na camada de 0 a 20 cm, formando uma amostra
composta em cada tratamento, e de acordo com os resultados foi feita a adubação
de semeadura (RAIJ et al., 1985).
Na Tabela 3 são apresentados os resultados da análise de fertilidade do
solo, indicando a alta saturação por bases, em razão do constante manejo da área
durante os cinco anos de sistema plantio direto.
Na Tabela 4 são apresentados os dados da análise granulométrica do solo
para a camada de 0 a 20 cm.
23
Tabela 3. Análise química do solo.
Tratamento
pH M.O.
P resina
K Ca Mg H+Al
SB T V
Cacl
2
% Mg dm
-3
mmol
c
dm
-3
%
D1P1 5,4 3,2 44 4,2 38 21 34 63 97 65
D1P2 5,4 3,0 43 4,2 41 22 38 67 105 64
D1P3 5,5 3,2 58 4,4 41 24 34 69 103 67
D2P1 5,4 2,9 42 4,6 40 20 34 64 99 66
D2P2 5,4 3,0 57 4,1 38 20 34 62 96 65
D2P3 5,6 3,0 78 4,9 44 22 34 71 105 68
D3P1 5,3 3,0 48 4,2 35 17 34 56 90 62
D3P2 5,4 2,9 63 3,8 39 21 34 64 98 65
D3P3 5,7 2,7 50 3,5 47 27 22 77 99 78
Média 5,4 3,0 54 4,2 40 21 29 65 99 67
M.O.: matéria orgânica; SB: soma de bases ; V: saturação por bases do solo; T: capacidade de
troca de cátions a pH 7,0.
Tabela 4. Análise granulométrica do solo.
Areia Argila Limo
fina grossa
Amostra
g kg
-1
Classe
Textural
Geral 550 250 100 100 Argilosa
A avaliação de plantas daninhas foi realizada visualmente, atribuindo-se
notas (porcentagem) em função da presença de cada planta dentro da parcela.
Essa avaliação foi realizada em dois momentos: o primeiro no dia 9-6-2005 e o
segundo dia 7-11-2005.
Foi determinada a porcentagem de cobertura do solo antes e após 30 dias
a operação de semeadura, utilizando-se um fio de cobre encapado com 15 m de
comprimento e com marcações eqüidistantes de 15 cm, resultando em 100 pontos
de leitura, com duas leituras nas diagonais da subparcela (LAFLEN et al., 1981). A
partir das avaliações obteve-se o índice de permanência de palha sobre o solo
após a semeadura, determinado pela Eq 1.
100
CA
CP
IPS = (1)
em que;
IPS: índice de permanência no solo (%),
CP: Cobertura pós-semeadura, (%), e
24
CA: Cobertura antes da semeadura, (%).
Para a determinação da umidade, densidade do solo e porosidade total as
amostras foram coletadas nas camadas de 0 a 10, 10 a 20 e 20 a 30 cm dentro de
cada subparcela, após 30 dias a operação de semeadura, empregando-se o
método do anel gravimétrico (Kopecky), que apresentam uma das bordas
cortantes, com volume de 86,8 cm
3
, em que as amostras de solo foram coletadas
em um ponto aleatório dentro de cada subparcela, e posteriormente secas na
estufa à temperatura de 105 -110º C até a massa constante, e depois levadas a
balança analítica de precisão de 0,01g, segundo metodologia da EMBRAPA
(1997).
A umidade e densidade do solo foram determinadas por meio das equações
2 e 3, respectivamente.
100
TA
MII
MIIMI
U
= (2)
em que,
U: umidade do solo (%),
MI: massa úmida do solo (g),
MII: massa seca do solo (g), e
TA: massa do anel (g).
V
MII
D = (3)
em que,
D: densidade do solo (g cm
-3
),
V: volume do anel (cm³)
A porosidade total foi calculada utilizando-se os anéis volumétricos, que
foram colocados em bandeja com água até saturação total e novamente pesados,
e assim, conforme equação 4, obteve-se a porosidade total.
25
sec)(100
)(
MMsatVveVvVtVsqueem
Vt
VsVt
Pt ==
=
(4)
em que,
Pt: porosidade total (%),
Vt: volume total (cm³),
Vs: volume de sólidos (cm³),
Vv: volume de vazios (cm³),
Msat: massa do anel saturado com água (g), e
Msec: massa seca de solo com o anel (g).
Para determinar a resistência à penetração (RP) foi utilizado um
penetrômetro de impacto modelo IAA/Planalsucar desenvolvido por STOLF et al.
(1983) com massa do êmbolo de 4 kg; curso de queda livre de 40 cm; cone com
ângulo de 30º e 1,3 cm de diâmetro; e haste com diâmetro de 0,95 cm.
As leituras foram realizadas em todas as subparcelas do experimento (uma
por subparcela) com valores tomados a cada 10 cm, até a profundidade de 50 cm
no solo. Os resultados dessa coleta, fornecidos em “impactos dm
-1
”, foram
transformados para MPa, conforme equação 5, descrito por STOLF (1991).
2,10
89,68,5
Ν
+
=RP (5)
em que,
RP: resistência à penetração, (MPa), e,
N: número de impactos.
Foram realizadas leituras antes da operação de semeadura para verificar a
RP, sendo a coleta feita dentro de cada tratamento, sendo duas amostras na
subparcela. Aos 30 dias após a operação de semeadura realizou-se novamente
leitura da RP, na fileira e na entrefileira.
26
O volume de solo mobilizado por hectare (m³ ha
-1
) foi obtido pela
multiplicação da área de seção transversal de solo mobilizada na fileira de
semeadura (m²), pela distância total de sulcos (m).
Para obter a área de seção transversal de solo mobilizado foi avaliada com
perfilômetro (Figura 7), realizando-se uma determinação em cada parcela nos
tratamentos com profundidade de semeadura.
Figura 7. Perfilômetro.
O perfilômetro apresenta as características de largura útil de 50 cm, com
pontos tomados de 1 em 1 cm, perfazendo um total de 45 leituras obtidas por meio
de varetas de ferro, que ao fundo possuí um papel com escala de 1 a 1 cm,
conforme adaptação realizada do trabalho descrito por GAMERO & BENEZ
(1990).
O perfilômetro foi instalado sobre uma base previamente nivelada, montada
no sentido transversal ao deslocamento do trator, sendo realizadas as leituras
para obtenção do perfil da superfície e o perfil interno do solo mobilizado,
denominado respectivamente de perfil de elevação e perfil de fundo, sendo o
27
último obtido após a retirada do solo mobilizado pela haste sulcadora da
semeadora.
O cálculo da área mobilizada foi obtido atravé da Regra de Simpson
(equação 6)
Xn
Xo
dx =
3
h
(f
0
+4f
1
+2f
2
+2f
3
+2f
4
+...+2f
n-2
+2f
n-1
+fn) (6)
em que,
h =
n
XoXn
, X
n
> X
o
em que,
n: número de intervalos,
f: altura das cotas, mm,
h: distância entre cotas (cm), e
x: número de cotas.
Obtidos os dados da área mobilizada, a espessura média da camada
mobilizada foi calculada pela equação 7.
Ec =
Cp
Am
(7)
em que,
Ec: espessura média da camada mobilizada (cm);
Am: área mobilizada do solo (cm
2
),
e
Cp: comprimento do perfilômetro (cm).
5. Determinações nas máquinas
Utilizou-se um sistema de aquisição de dados acionado na entrada da
subparcela que começa a armazenar os dados, por meio de pulsos, em um
micrologger CR23X de marca CAMPBELL SCIENTIFIC, INC.
28
Para mensurar a velocidade instantânea foi utilizada uma unidade de radar
localizada na lateral direita do trator Valtra BM 100, tipo RVS II, com inclinação de
45º em relação ao solo. O tempo utilizado para percorrer cada subparcela foi
coletado por meio do sistema de aquisição de dados, o qual dispõe de cronômetro
interno com precisão de centésimos de segundos.
O cálculo da capacidade de campo operacional foi realizado utilizando a
equação 8, considerando-se a eficiência de campo de 65% (ASAE, 1997).
65,0
10
vLmr
CcO = (8)
em que,
CcO: capacidade de campo operacional (ha h
-1
),
V: velocidade real de deslocamento, (km h
-1
),
Lmr: largura média de trabalho da semeadora-adubadora (m), e
10: fator de conversão para (ha h
-1
).
Para medir o consumo de combustível foi utilizado um protótipo
desenvolvido por LOPES et al. (2003), ligado automaticamente com o
acionamento do sistema de aquisição de dados e precisão de 1mL (Figura 8).
Figura 8. Protótipo desenvolvido para medir consumo de combustível.
29
O consumo de combustível foi determinado em todas as subparcelas
experimentais, em unidade de volume (mL), por meio da diferença entre os
volumes de combustível medidos antes da bomba injetora e de retorno, obtendo-
se assim o volume realmente utilizado pelo trator durante a operação de
semeadura. Com base no volume consumido, foram determinados o consumo
horário volumétrico, ponderal e operacional, utilizando-se as equações 9, 10 e 11,
respectivamente.
t
C
Chv
6,3
= (9)
em que,
Chv: consumo horário volumétrico (L h
-1
),
C: volume consumido (mL),
t: tempo de percurso na subparcela (s), e
3,6: fator de conversão.
1000
DCChv
Chp = (10)
em que,
Chp: consumo horário ponderal (kg h
-1
),
Chv: consumo horário volumétrico (L h
-1
), e
DC: densidade do combustível (g L
-1
), obtida por meio da equação
apresentada por GROTTA et al. (2003).
CcO
Chv
Co = (11)
em que,
Co: consumo operacional (L ha
-1
),
Chv: consumo horário (L h
-1
), e
CcO: capacidade de campo operacional (ha h
-1
).
30
Para avaliar a patinagem das rodas motrizes do trator foram utilizados
sensores geradores de pulsos, modelo GIDP 60 12v, localizados no centro de
cada uma das rodas, os quais realizam conversão de movimentos rotativos ou
deslocamentos lineares em pulsos elétricos, gerando 60 pulsos por volta dos
rodados do trator. A patinagem foi determinada pela relação entre o número de
voltas registrado para cada rodado ao percorrer a subparcela e, o comprimento
real da subparcela experimental, utilizando a equação 12.
100
60
60
=
Per
Pulsos
LPer
Pulsos
Pat
, (12)
em que,
Pat: patinagem das rodas motrizes (%),
Pulsos: total de pulsos registrados em cada subparcela experimental,
Per: perímetro do rodado do trator (m), e,
L: comprimento da subparcela experimental (m).
A massa de material não grão - MOG (Mather Other Grain) foi obtida
considerando-se todo o material, exceto os grãos, que pudesse passar pelo
sistema de trilha da colhedora. Para quantificação desse material coletou-se 10
plantas consecutivas na fileira de semeadura, a partir da altura de corte da
colhedora.
O fluxo total de alimentação na colhedora foi obtido pela equação 13.
10000
t
t
MvLp
=
ϕ
(13)
em que,
ϕ
t
: fluxo total de alimentação (kg s
-1
),
Lp: largura da plataforma de corte da colhedora (m);
v: velocidade (m s
-1
),
M
t
: massa seca total (kg ha
-1
), e
31
10000: fator de conversão.
Os fluxos de MOG e de grãos na colhedora foram obtidos por meio das
equações 14 e 15.
10000
MOG
MOG
MvLp
=
ϕ
(14)
10000
G
G
MvLp
=
ϕ
(15)
em que,
ϕ
MOG
: fluxo de alimentação de MOG (kg s
-1
),
ϕ
G
: fluxo de alimentação de grãos (kg s
-1
),
Lp: largura da plataforma de corte de colhedora, (m),
v: velocidade (m s
-1
)
M
MOG
: massa de MOG (kg ha
-1
), e
M
G
: massa de grãos (kg ha
-1
), e
10000: fator de conversão.
Os dados de perdas na colheita foram coletados utilizando a metodologia
do copo medidor graduado desenvolvida por MESQUITA et al. (1982), citado por
MESQUITA et al. (2001).
Com o intuito de comparação foram mensurados as perdas de soja, em
massa, obtido pela secagem e pesagem, com seus valores corrigidos para 13%
de umidade, em relação ao copo medidor. Assim atribuiu-se um erro de medida
entre os métodos diretos (copo medidor) e indireto (massa), calculado pela
diferença entre ambos e dividindo o resultado pelo maior valor, querendo o
resultado em porcentagem multiplicou o resultado por 100. Com o valor em massa
das perdas, relacionou-se as mesmas com a produtividade, obtendo assim um
referencial em porcentagem.
32
6. Determinações na planta
Foram coletados dados da emergência das plântulas até a estabilização do
número de plântulas emergidas. O número médio de dias para emergência foi
determinado por meio da equação 16 (EDMOND & DRAPALA, 1958).
)(
)].(...).().[(
21
2211
GnGG
GnNnGNGN
M
+++
+++
=
L
(16)
em que,
M: número médio de dias para a emergência das plântulas soja;
N
1
: número de dias entre a semeadura e a primeira contagem de plântulas;
G
1
: número de plântulas emergidas na primeira contagem;
N
2
: número de dias entre a semeadura e a segunda contagem de plântulas;
G
2
: número de plântulas emergidas entre a primeira e a segunda contagem;
N
n
: número de dias entre a semeadura e a última contagem de plântulas, e
G
n
: número de plântulas emergidas entre a penúltima e a última contagem.
O índice de emergência, fator de desempenho das semeadoras de plantio
direto, foi calculado em função da quantidade de sementes distribuídas e a
quantidade de plântulas emergidas na lavoura, ou seja, a eficiência da máquina
em relação ao estabelecimento da cultura (PORTELLA et al., 1997).
Os danos causados às plântulas emergidas foram mensurados em um
metro da subparcela ao final do seu estabelecimento, pela contagem do número
de plantas danificadas ou cortadas por aves, formigas e diversos insetos do solo.
Na determinação do estande inicial e final foi utilizado um sarrafo de
madeira de um metro, no qual foi colocado um cabo, também de madeira,
formando um "T" invertido. No campo foi colocada a parte inicial deste
equipamento junto à planta de soja e efetuou-se a contagem do número de
plantas neste espaço. As contagens foram realizadas na fileira central de cada
33
subparcela e a porcentagem de sobrevivência calculada pela diferença entre o
estande inicial e final.
Na avaliação da distribuição longitudinal ou uniformidade de espaçamentos
a distância entre as plantas foi mensurada com auxilio do mesmo equipamento
para contagem do estande inicial, apenas acoplando-se a esse equipamento uma
fita métrica para leitura das distâncias, com precisão de 0,5 cm, sendo realizadas
na fileira central de cada subparcela.
A porcentagem de espaçamentos aceitáveis, falhos e múltiplos foi obtida de
acordo com as normas da ABNT (1984) e KURACHI et al. (1989), considerando-
se porcentagens de espaçamentos:
"duplos" (D): <0,5 vez o Xref.,
"aceitáveis" (A): 0,5< Xref.< 1,5, e
"falhas" (F): > 1,5 o Xref.
Em que, o espaçamento médio esperado (Xref.); foi de 6,6; 6,2 e 5,0 cm
para densidades de semeadura de 15, 16 e 20 plantas por metro,
respectivamente.
A altura final de plantas foi efetuada pela contagem de10 plantas
consecutivas da subparcela e os valores expressos em média por subparcela.
As determinações da altura de inserção da primeira vagem (AIPV) foram
efetuadas pela contagem destas em 10 plantas consecutivas por subparcela. A
altura da primeira vagem foi medida por meio de uma haste de madeira com uma
fita métrica afixada, com precisão de 1 cm, medido do nível do solo até a inserção
da primeira vagem.
O número de vagens por planta foi efetuada pela contagem em 10 plantas
consecutivas, e assim obtido a média.
O número de grãos por vagem foi calculado obtendo uma amostra de 10
vagens, das 10 plantas colhidas, e após debulha manual contou-se os grãos e
dividiu-os pelo número de vagens.
34
A massa de 100 grãos foi obtida pela pesagem de uma amostra coletada
aleatoriamente dos grãos colhidos das dez plantas de cada subparcela e
corrigidos para 13 % de umidade.
A massa seca total foi obtida por meio da pesagem da massa de 10 plantas
consecutivas de cada subparcela, e posteriormente transformadas em kg ha
-1
, por
meio do estande final de cada tratamento.
Para a produtividade foram coletadas 10 plantas consecutivas da fileira
central de cada subparcela que foram trilhadas por uma máquina estacionária e
pesadas, sendo seus valores corrigidos para 13% de umidade.
7. Análise dos dados
Os dados foram tabulados e submetidos à análise de variância, com auxílio
do programa para microcomputador ESTAT (Sistema para Análises Estatísticas, v.
2.0). Para os fatores isolados foi realizado o teste F, e quando o mesmo foi
significativo a 5% de probabilidade, aplicou-se o teste de Tukey para a
comparação de médias.
Quando a interação densidade de semeadura e profundidade de deposição
do adubo foi significativa, realizou-se a construção dos gráficos de superfícies,
indicados para valores quantitativos, por meio do programa computacional
Statistics
.
Foi realizada análise descritiva para os parâmetros químicos do solo a fim
de verificar sua distribuição na área, por meio do programa computacional
MINITAB
. Os parâmetros analisados na análise descritiva foram: dia,
mediana, desvio padrão, erro padrão, assimetria, curtose e coeficiente de
variação.
35
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
1. Parâmetros do solo
Na Tabela 5 são apresentados os dados descritivos para os parâmetros
químicos do solo, mostrando que a média e a mediana de forma geral se
distanciaram pouco uma da outra, o que comprova que os dados apresentam
distribuição normal na área.
Os parâmetros de assimetria e curtose observados encontram-se próximos
de zero apresentando o ideal para uma distribuição normal. Apenas os dados de H
+ Al e o V se distanciaram muito do valor zero (FREDDI, 2003) indicando que
esses dados têm distribuição não normal, ou seja, alguma parcela pode
apresentar maior valor que as demais.
Estes resultados indicam que as parcelas do experimento apresentam
valores de fertilidade muito próximos, e que qualquer diferença nos resultados são
devido aos tratamentos e não à fertilidade.
Tabela 5. Análise descritiva para os fatores químicos do solo.
Fatores Média Mediana Desvio
padrão
Erro
padrão
Min. Max. Ass. Curtose C.V.
pH 5,4 5,4 1,2 0,4 5,3 5,7 1,11
0,75 1,52
M.O. 2,9 3,0 1,5 0,5 2,7 3,2 -0,29
0,74 2,36
P res. 53,6 50,0 11,7 3,9 42 78 1,13
1,11 137
K 4,2 4,2 4,1 1,3 3,5 4,9 -0,01
0,45 16,8
Ca 40,3 40,0 3,5 1,1 35 47 0,60
0,61 12,5
Mg 21,5 21,0 2,7 0,9 17 27 0,54
1,43 7,77
H + Al 33,1 34,0 4,3 1,4 22 38 -2,40
7,02 19,1
SB 65,8 64 6,0 2,0 56 77 0,35
0,74 36,1
T 99,1 99,0 4,8 1,6 90 105 -0,48
0,36 22,8
V 66,6 65 4,6 1,5 62 78 2,2 5,78 21
pH: potencial hidrogeniônico. M.O.: matéria orgânica. P res.: fósforo remanescente. K: potássio.
Ca: cálcio. Mg: magnésio. H + Al: hidrogênio mais alumínio. SB: soma de bases. T: capacidade de
troca de cátions efetiva. V. saturação por bases. Min.: mínimo; Max.: Máximo; Ass.: Assimetria;
C.V.: Coeficiente de variação.
36
Na Tabela 6 são apresentados os dados de porcentagem de plantas
daninhas em cada parcela do experimento cuja avaliação foi realizada no dia 9-6-
2005. Os resultados indicam que, nas parcelas do experimento, as porcentagens
de plantas daninhas foram similares e qualquer variação no desenvolvimento da
soja, poderia ser creditado ao efeito dos tratamentos. Os dados coletados foram
apresentados no anexo 1. Os valores da porcentagem o indicam que a área
apresentava totalmente coberta e sim a ocorrência das plantas daninhas.
Tabela 6. Porcentagem de plantas daninhas nas parcelas do experimento.
Fatores a b c d e f g h i
Densidade (D)
15 20,0 16,8 13,7 8,1 15,6 10,0 5,0 2,5 10,6
16 17,5 21,8 10,0 6,2 16,8 11,2 5,0 5,0 10,6
20 18,1 23,7 10,0 5,6 18,1 7,5 6,2 5,0 10,0
Teste F
D
0,1
NS
0,7
NS
0,7
NS
3,5
NS
0,1
NS
0,8
NS
1,0
NS
3,0
NS
0,4
NS
D. P. 9,4 8,4 5,2 1,3 7,5 4,0 1,4 1,6 1,1
E. P. M. 4,7 4,2 2,6 0,7 3,7 2,0 0,7 0,8 0,5
C.V. (%) 51,0 40,3 46,2 20,7 44,4 42,6 26,6 40,0 10,5
D.P.: Desvio Padrão; E.P.M.: Erro padrão da média; C.V.: Coeficiente de variação; ns: Não
significativo pelo teste de F a 5% de probabilidade. Plantas daninhas: (a) apaga-fogo, (b) Nabiça,
(c) Capim-amargoso, (d) Vapim-carrapicho, (e) Trapoeraba, (f) Losna-branca, (g) Picão Preto, (h)
Caruru, (i) Outras.
Na Tabela 7 são apresentados os dados de porcentagem de plantas
daninhas na avaliação no dia 7-11-2005, pouco antes da semeadura da soja.
Observa-se que próximo à semeadura foram encontradas duas novas espécies,
anteriormente o citadas na avaliação, indicando que quanto mais tempo o solo
ficar em pousio, pode ocorrer emergência de novas espécies, que estão presentes
no banco de sementes do solo. Novamente as plantas daninhas não diferiram
entre as parcelas do experimento.
37
Tabela 7. Análise de variância para percentagem de plantas daninhas.
Fatores a b c d e f g h i j l
Densidade (D)
15 8,1 13,1
25 3,6 0,7 25,6
12,7
4,7 5,6 1,2 12,5
16 3,2 33,1
5,8 10,0
1,7 16,8
21,8
1,2 9,4 0,5 3,9
20 4,2 22,5
14,1
5,1 2,0 19,3
16,5
3,7 11,8
1,4 5,1
Teste F
D 4,8
NS
2,9
NS
2,0
NS
1,1
NS
0,9
NS
2,0
NS
1,4
NS
3,6
NS
1,3
NS
1,0
NS
2,3
NS
D. P. 2,3 11,6
13,4
6,2 1,4 6,2 7,9 1,8 5,4 0,9 6,1
E. P. M. 1,1 5,8 6,7 3,1 0,7 3,1 3,9 0,9 2,7 0,5 3,0
C.V. (%) 45,1
51,0
89,5
100 93,6
30,5
47,6
58,0
60,2
90,8
85,8
D.P.: Desvio Padrão; E.P.M.: Erro padrão da média; C.V.: Coeficiente de variação; ns: Não
significativo pelo teste de F a 5% de probabilidade. Plantas daninhas: (a) apaga-fogo, (b) Nabiça,
(c) Capim-amargoso, (d) Capim-carrapicho, (e) Trapoeraba, (f) Losna-branca, (g) Picão Preto, (h)
Caruru, (i) Leiteira, (j) Guanxuma e (l) Outras
Na Tabela 8 são apresentados os dados de porcentagem de cobertura
vegetal antes e após a operação de semeadura. A análise estatística demonstrou
que o há influência da cobertura vegetal nas parcelas no qual foram alocados
os tratamentos, demonstrando que a área se encontrava homogêneo, que é ideal
e que qualquer efeito que surgir na cobertura vegetal após a operação de
semeadura será devido aos tratamentos propostos.
A porcentagem de cobertura vegetal do solo após a semeadura não foi
influenciada pelos tratamentos, mas observa-se que em relação à inicial ocorreu
diminuição em torno de 40%. Esta diminuição ocorre pela ação dos mecanismos
sulcadores no solo, revolvendo-o e mantendo o material na entrelinha. CASÃO
JÚNIOR (2004) observou que as semeadoras-adubadoras dotadas de haste
sulcadora sem mecanismo de aterramento para acabamento de semeadura
acarretaram redução de 33% da palha após a passagem da mesma, enquanto
que as semeadoras com disco duplo removeram apenas 10%. O mesmo autor em
avaliação de 60 máquinas observou que as semeadoras que não possuíam discos
aterradores reduziram de 16% a 48% a cobertura original com palha e as que
possuíam discos aterradores reduziram de 10% a 24%. Assim, a utilização de
mecanismos aterradores são necessários visando o menor enterrio de palha.
38
MARQUES & BENEZ (2000) avaliando a porcentagem de cobertura do solo
após a semeadura, com a PST² da Marchesan dotada de haste sulcadora, em
plantio direto manejado com herbicida, verificaram cobertura de 81%. FURLANI et
al. (2004) observaram que no SPD após a semeadura ocorreu a permanência de
mais de 60% da cobertura do solo. A ASAE (1982) caracteriza o sistema
conservacionista aquele que preconiza uma cobertura do solo superior a 30% de
resíduos após a semeadura.
Tabela 8. Síntese da análise de variância para cobertura vegetal (%).
Fatores Antes Após IPS (%)
Densidades
15 75,5 a 47,9 a 60 a
16 72,8 a 44,1 a 60 a
20 71,2 a 41,1 a 60 a
Profundidade (cm)
11 71,2 a 45,5 a 60 a
14 74,0 a 41,2 a 50 a
17 74,3 a 46,9 a 60 a
Teste F
Densidade (D) 1,6
NS
1,2
NS
0,7
NS
Profundidade (P) 1,3
NS
2,0
NS
1,7
NS
D x P 0,4
NS
0,3
NS
0,1
NS
C.V. D 8,1 22,3 20,6
C.V. P 6,9 16,3 20,0
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Na Tabela 8 está apresentado o Índice de Permanência no Solo (IPS) da
cobertura vegetal, e quanto maior o IPS melhor a ação dos mecanismos da
semeadora-adubadora em deixar a cobertura vegetal sobre o solo.
Na Tabela 9 observa-se que para a porcentagem de cobertura vegetal do
solo aos 30 dias após semeadura, não houve diferença entre os tratamentos, mas
ocorreu redução da cobertura vegetal do solo após a semeadura de 16%. A
decomposição em 30 dias foi inferior ação dos mecanismos da semeadora-
adubadora. A porcentagem de cobertura vegetal do solo pela soja apresentou na
39
maior densidade de semeadura a maior porcentagem de cobertura vegetal do
solo.
Para a porcentagem total de cobertura vegetal obteve-se diferença para as
densidades e a interação que foi desdobrada na Tabela 9. Observa-se que a
cobertura total do solo aos 30 dias após a semeadura está próxima a antes da
semeadura, constata-se que após a semeadura, a soja e a cobertura vegetal
apresentaram proteção adequada do solo.
MARQUES & BENEZ (2000), encontraram valores da porcentagem de
cobertura vegetal do solo remanescente aos 153 dias após a semeadura de 29%,
indicando que com o passar do tempo a decomposição da palha pode chegar
muito baixa prejudicando o sistema, o que indica a necessidade de cultivar
culturas para manter a cobertura vegetal do solo.
Tabela 9. Síntese de análise de variância para porcentagem de cobertura vegetal
aos 30 dias após semeadura.
Fatores Palha Soja Total
Densidades
15 36 a 20 b 69
16 40 a 24 b 64
20 36 a 33 a 56
Profundidade (cm)
11 37 a 26 a 63
14 36 a 26 a 62
17 39 a 25 a 64
Teste F
Densidade (D) 1,2
NS
16,2** 11,7**
Profundidade (P) 1,0
NS
0,2
NS
0,5
NS
D x P 0,9
NS
2,2
NS
3,6*
C.V. D 18,5 23,5 11,0
C.V. P 13,4 17,0 7,3
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
No desdobramento da interação densidade x profundidade para a
porcentagem de cobertura vegetal (Figura 9), observa-se que a cobertura vegetal
do solo variou dentro das profundidades de 11 e 14 cm. Pode-se verificar que na
40
profundidade de 11 cm as densidades de 15 e 16 plantas por metro não diferiram
entre si; na profundidade 14 cm essas diferiram. A profundidade de 17 cm
propiciou um ambiente favorável ao desenvolvimento para as três densidades em
iguais condições. Analisando a Figura 9 observa-se que há a presença de regiões
com altos valores de cobertura vegetal, conseqüentemente nas densidades de 18,
19 e 20 plantas por metro. As profundidades indicaram faixas similares para o
valor da cobertura total.
57,2
60,7
64,2
67,7
71,2
above
Figura 9. Cobertura vegetal (Cv) total aos 30 dias após a semeadura.
A umidade no solo foi mensurada no dia da semeadura em dois pontos da
área nas camadas de 0 a 10; 10 a 20 e 20 a 30 cm obtendo 22%, 23% e 26%,
respectivamente. Quanto maior a profundidade maior a umidade no solo, visto que
a evaporação ocorre primeiramente pelas camadas superficiais. O solo, no
momento da semeadura encontrava-se com a umidade no intervalo admitido para
a operação. Antes a instalação do experimento o regime de chuvas foi pequeno,
Cv = -452,704+56,217*D+0,997*P-1,383*D²-0,357*D*P+0,185*P²
acima
41
como pode ser observado na Figura 1, ficando bem abaixo da média histórica, o
que de certa forma dificultou a instalação da cultura.
Na Tabela 10 o apresentados os valores de umidade no solo 30 dias
após a semeadura. Os tratamentos não apresentaram diferença significativa entre
si, isto foi ocasionado provavelmente pelas chuvas intensas antes do período da
coleta, assim o perfil do solo permaneceu com umidade próximo em todas as
subparcelas e camadas avaliadas. OLIVEIRA et al. (2000) também não
encontraram diferença na umidade do solo ao longo do perfil avaliado, quando
cultivado no sistema plantio direto, atribuindo-se tal fato a cobertura vegetal.
Tabela 10. Síntese de análise de variância para umidade no solo (%) 30 dias após
a semeadura.
Camadas (cm)
Fatores 0 a 10 10 a 20 20 a 30
Densidade
15 21,4 a 24,6 a 25,4 a
16 22,8 a 24,4 a 27,1 a
20 23,6 a 25,6 a 25,8 a
Profundidade (cm)
11 23,1 a 24,6 a 26,1 a
14 21,9 a 25,1 a 26,8 a
17 22,7 a 24,9 a 25,5 a
Teste de F
Densidade (D) 1,3
NS
0,8
NS
0,7
NS
Profundidade (P) 0,8
NS
0,4
NS
0,4
NS
D x P 1,4
NS
0,9
NS
0,5
NS
C. V. D 14,4 10,6 13,3
C. V. P 11,1 6,2 12,8
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Na Tabela 11 são apresentados os dados para porosidade total do solo e
observa-se que não ocorreu diferença para os fatores analisados, evidenciados
pelos manejos anteriores da área que proporcionaram condições de porosidade
total em torno de 40%.
42
Tabela 11. Síntese de análise de variância para porosidade total no solo (%).
Camadas (m)
Fatores 0 a 10 10 a 20 20 a 30
Densidade
15 41,5 a 40,3 a 39,8 a
16 41,6 a 40,4 a 41,6 a
20 42,6 a 40,4 a 40,6 a
Profundidade (cm)
11 41,1 a 40,3 a 40,3 a
14 41,0 a 40,3 a 41,4 a
17 42,9 a 40,5 a 40,2 a
Teste de F
Densidade (D) 0,1
NS
0,01
NS
0,5
NS
Profundidade (P) 1,2
NS
0,05
NS
0,6
NS
D x P 0,5
NS
0,7
NS
0,4
NS
C. V. D 13,0 3,2 10,1
C. V. P 7,3 4,5 7,2
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
SUZUKI (2005) também não observou diferenças na porosidade total ao
longo das camadas de um Latossolo Vermelho distroférrico típico, entretanto seus
valores foram em torno de 50%.
A densidade do solo é apresentada na Tabela 12 e seu resultado não
demonstrou efeito de nenhum tratamento. Como a haste sulcadora trabalhou até a
profundidade de 17 cm, era de se esperar que ocorressem valores de densidades
do solo menores nas camadas de 0 a 10 cm e 10 a 20 cm.
FERRERAS et al. (2000) avaliando a densidade do solo (25% de argila e
36% de areia) encontraram para o sistema plantio direto valores próximos ao
desse experimento, indicando 1,4 g cm
-
³ para as camadas de 3 a 8 cm e de 15 a
20 cm.
43
Tabela 12. Síntese de análise de variância para densidade do solo (g cm
-3
).
Camadas (cm)
Fatores 0 a 10 10 a 20 20 a 30
Densidade
15 1,4 a 1,5 a 1,5 a
16 1,4 a 1,5 a 1,5 a
20 1,4 a 1,5 a 1,5 a
Profundidade (cm)
11 1,4 a 1,5 a 1,5 a
14 1,4 a 1,5 a 1,5 a
17 1,4 a 1,5 a 1,5 a
Teste de F
Densidade (D) 0,4
NS
3,0
NS
0,5
NS
Profundidade (P) 1,4
NS
0,3
NS
0,4
NS
D x P 1,8
NS
2,1
NS
0,6
NS
C. V. D 11,4 3,5 3,7
C. V. P 4,9 3,4 3,6
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
LIPIEC et al. (1991) verificaram concentração de raízes na superfície do solo
(0 a 10 cm) e decréscimo da profundidade radicular com aumento do grau de
compactação (aumento da densidade do solo). Pelo exposto quanto maior for o
grau de compactação (aumento da densidade do solo), ocorrerá maior restrição ao
desenvolvimento radicular e conseqüentemente menor desenvolvimento da parte
aérea.
Os resultados da análise estatística para os dados de RP antes da
instalação do experimento estão na Tabela 13. Os resultados evidenciam que a
área na qual foi conduzido o experimento apresentava-se homogênea dentro de
cada camada, sendo ideal para a realização do experimento.
44
Tabela 13. Síntese da análise de variância para RP (MPa) antes da instalação do
experimento.
Camadas (cm) Fatores
0 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50
Densidade
15 1,7 a 2,8 a 4,0 a 5,8 a 6,9 a
16 1,7 a 3,4 a 4,2 a 5,4 a 6,8 a
20 1,4 a 3,5 a 4,0 a 5,1 a 7,1 a
Profundidade (cm)
11 1,5 a 3,4 a 4,2 a 5,4 a 7,4 a
14 1,8 a 3,3 a 3,8 a 5,4 a 6,7 a
17 1,7 a 3,0 a 4,2 a 5,5 a 6,6 a
Teste F
Densidade (D) 0,5
NS
* 2,1
NS
0,1
NS
0,5
NS
0,1
NS
Profundidade (P) 1,1
NS
1,2
NS
1,1
NS
0,0
NS
0,9
NS
D x P 0,6
NS
2,0
NS
1,1
NS
0,9
NS
1,2
NS
C.V. D 41,6 27,2 36,8 26,6 22,6
C.V. P 32,0 17,0 20,7 27,0 22,1
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Na Tabela 14 são apresentados os resultados da análise em fatorial
acrescendo como fator às camadas de solo para verificar se há diferença entre
elas.
Tabela 14. Síntese da análise de variância para RP nas camadas.
Fatores RP (MPa)
Camadas (cm)
0 a 10 1,6 e
10 a 20 3,3 d
20 a 30 4,1 c
30 a 40 5,4 b
40 a 50 6,9 a
Teste F
Camadas 117,6 **
C.V. 26,0
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
45
Pelos resultados fica claro que existe diferença nas camadas de solo
analisada, e a medida que se aumenta a profundidade ocorre incremento na RP. A
área está sob sistema plantio direto, e é de se esperar maior resistência do solo,
principalmente abaixo da camada de 0 a 10 cm, pois até essa camada ocorre
ação da haste sulcadora. O sistema plantio direto por apresentar solo estruturado
apresenta RP maior do que o recomendado para a soja, o que segundo BEUTLER
& CENTURION (2004), seria de 2,55 MPa para os solos sob preparo
convencional. Contudo, verificando as condições de desenvolvimento da soja o
valor de RP não foi impedimento no SPD.
Na Tabela 15 são apresentados os dados de RP na fileira de semeadura
aos 30 dias após a implantação da cultura da soja, observa-se que os tratamentos
diferiram para a interação na camada de 20 a 30 cm. Os demais resultados não
diferiram para as densidades de semeadura e profundidades da haste na fileira de
semeadura, concordando com SUZUKI (2005), que observou compactações
acima de 2,0 MPa nas camadas abaixo de 10 a 20 cm.
Tabela 15. Síntese da análise de variância para RP na fileira de semeadura (MPa)
após 30 dias de semeadura.
Camadas (cm) Fatores
0 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50
Densidade
15 0,8 a 2,1 a 3,2 a 3,6 a 3,2 a
16 0,8 a 1,7 a 2,6 a 3,5 a 4,2 a
20 0,6 a 1,5 a 2,5 a 3,7 a 3,7 a
Profundidade (cm)
11 0,8 a 1,7 a 2,5 a 3,4 a 3,6 a
14 0,7 a 1,9 a 3,1 a 3,9 a 4,0 a
17 0,7 a 1,6 a 2,7 a 3,5 a 3,6 a
Teste F
Densidade (D) 2,3
NS
1,1
NS
0,7
NS
0,1
NS
0,6
NS
Profundidade (P) 0,9
NS
1,9
NS
1,9
NS
1,2
NS
0,6
NS
D x P 0,4
NS
1,0
NS
3,2* 0,8
NS
0,4
NS
C.V. D 40,0 54,1 55,7 61,0 56,1
C.V. P 24,3 25,3 25,0 22,8 24,1
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
46
Na Figura 10 é apresentado o resultado da umidade no solo no dia da
realização da amostragem da RP para as camadas estudadas, 30 dias após a
semeadura, observa-se ligeiro aumento no seu valor com o aumento da
profundidade.
10
20
30
40
50
24 25 26 27 28
Umidade (%)
Profundidade (cm)
Figura 10. Umidade no dia da amostragem para RP.
Na Figura 11 é apresentada a interação para a camada de 20 a 30 cm.
Para a densidade de semeadura de 15 plantas observa-se que na profundidade
de 14 cm houve maior RP, que na profundidade de 17 cm. a profundidade de
11 cm não apresentou diferenças quanto à RP para as demais profundidades
trabalhadas. Esses resultados são conseqüência das diferentes condições dos
locais de amostragem, pois tanto as densidades como as profundidades da haste
sulcadora não influenciaram nesse resultado, provavelmente pelo elevado valor do
coeficiente de variação.
47
2,1
2,6
2,9
3,4
3,9
above
Figura 11. RP 30 dias após a semeadura na camada de 20 a 30 cm.
Na Tabela 16 são apresentados a RP na entrefileira após 30 dias da
semeadura, observa-se que o houve diferença entre os tratamentos. Em
comparação com a RP na fileira tomando-se os valores absolutos, a camada de 0
a 10 cm apresentou valores menores, pela ação da haste sulcadora, reduzindo em
50%, enquanto que as demais camadas pouco diferiram.
RP = 37,622-4,367*D+0,548*P+0,1*D²+0,052*D*P-0,05*P²
acima
48
Tabela 16. Síntese da análise de variância para RP (MPa) na entrefileira aos 30
dias após a semeadura.
Camadas (cm) Fatores
0 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50
Densidade
15 1,4 a 2,5 a 3,2 a 3,8 a 4,1 a
16 1,5 a 2,2 a 2,7 a 3,6 a 4,2 a
20 1,5 a 2,8 a 3,3 a 3,9 a 4,7 a
Profundidade (cm)
11 1,6 a 2,5 a 3,1 a 4,3 a 4,6 a
14 1,5 a 2,6 a 3,1 a 3,5 a 3,9 a
17 1,2 a 2,5 a 2,9 a 3,6 a 4,4 a
Teste F
Densidade (D) 0,1
NS
3,9
NS
1,1
NS
1,5
NS
1,6
NS
Profundidade (P) 2,8
NS
0,1
NS
0,4
NS
2,1
NS
1,0
NS
D x P 0,6
NS
1,2
NS
1,9
NS
1,5
NS
0,2
NS
C.V. D 32,7 19,3 32,8 10,8 18,6
C.V. P 26,3 24,2 26,0 26,0 27,8
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Na Tabela 17 são apresentados os dados de volume de solo mobilizado e
espessura da camada determinada após a operação da semeadura. No Anexo 2
está apresentado o perfil da área trabalhada pela semeadora-adubadora nas
diferentes profundidades da haste sulcadora.
A espessura da camada e volume de solo mobilizado por hectare não foi
influenciada pelo aumento da profundidade de deposição do adubo. Esse
resultado concorda com MODOLO et al. (2003), que mesmo variando a
profundidade do sulco de adubo não encontraram alterações para a área
mobilizada. Os autores ainda citam que as molas tensoras e limitadores da
semeadora-adubadora podem influenciar a profundidade real da haste. No entanto
esse resultado discorda de HERZOG et al. (2004) que verificou aumento de 52%
na área mobilizada ao dobrar a profundidade da haste sulcadora (6 cm para 12
cm). A espessura da camada não foi influenciada pela profundidade da haste
sulcadora.
49
Tabela 17. Síntese da análise de variância para volume de solo mobilizado e
espessura da camada.
Fatores Espessura
(cm)
Volume de solo mobilizado
(m³ ha
-1
)
Profundidade (cm)
11 2,5 a 251 a
14 2,8 a 276 a
17 3,2 a 323 a
Teste F
P 2,2
NS
2,2
NS
Desvio padrão 0,5 49,5
Erro padrão 0,2 24,7
C.V. 17,4 17,4
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Segundo MORRISON JUNIOR (1998) o controle da profundidade e a
transferência de força ao mecanismo rompedor do solo (haste sulcadora) estão
correlacionados a massa da máquina (adubo + semente), pois no decorrer do
percurso a profundidade da haste pode variar em relação à regulagem proposta,
alterando então a área mobilizada e o volume de solo mobilizado.
2. Parâmetros nas máquinas
A velocidade de deslocamento e a capacidade de campo operacional do
conjunto trator-semeadora mantiveram-se constantes trabalhando a diferentes
densidades de semeadura e profundidades de deposição do adubo (Tabela 18).
Ressalta-se que nas maiores profundidades não ocorreu diminuição da velocidade
e da capacidade de campo operacional, contrariando as pressuposições iniciais do
trabalho. Provavelmente, o uso da marcha com velocidade em torno de 3 km h
-1
proporcionou torque suficiente para que as mesmas não se alterassem. Os
resultados da CcO estão abaixo dos apresentados por FURLANI et al. (2004) e
NAGAOKA & NOMURA (2003).
50
Tabela 18. Síntese da análise de variância para velocidade e capacidade de
campo operacional (CcO).
Fatores Velocidade (km h
-1
) CcO (ha h
-1
)
Densidade
15 3,0 a 0,7 a
16 3,0 a 0,7 a
20 3,1 a 0,7 a
Profundidade (cm)
11 3,1 a 0,7 a
14 3,0 a 0,7 a
17 3,0 a 0,7 a
Teste F
Densidade (D) 4,2
NS
4,6
NS
Profundidade (P) 1,3
NS
0,9
NS
D x P 2,2
NS
1,9
NS
C.V. D 1,8 1,7
C.V. P 2,5 2,7
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Os consumos de combustível são apresentados na Tabela 19, e todas as
análises revelaram influência apenas em relação às maiores profundidades de
deposição do adubo, visto que as mesmas (14 e 17 cm) exigiram maior demanda
de combustível, o que segundo SIQUEIRA et al. (2000) é conseqüência da maior
exigência da força de tração. Pode-se inferir que a maior demanda por
combustível do trator ocorre devido ao aumento da profundidade de deposição do
adubo, associada à maior resistência do solo em profundidade.
De acordo com OLIVEIRA et al. (2000), o maior consumo de combustível
operacional se justifica pela redução da capacidade de campo operacional do
conjunto, em relação a sua velocidade, entretanto tal justificativa não se aplica
nesse trabalho, visto que o aumento do consumo de combustível foi verificado
sem a alteração na velocidade de deslocamento e na capacidade de campo
operacional.
Os resultados para consumo de combustível horário volumétrico estão abaixo
dos obtidos por BORTOLOTTO et al. (2006), que observaram na menor
51
velocidade de deslocamento ocorre menor consumo de combustível horário
volumétrico.
CAMILO et al. (2004), avaliando no SPD o consumo de combustível de um
trator de 48 kW (61 cv), para a semeadura de feijão com três fileiras, concluíram
que na maior profundidade exige-se maior potência e conseqüentemente maior
consumo de combustível do trator, concordando com o resultados deste
experimento. Os autores afirmam que o mecanismo tipo haste sulcadora exigiu
menor consumo de combustível horário volumétrico (4,0 L h
-1
) do que o
mecanismo tipo disco duplo (4,6 L h
-1
), na velocidade de 3,5 km h
-1
, tendo ambos
trabalhado na mesma profundidade. Esse fato também foi constatado por CASÃO
JÚNIOR (2004).
Tabela 19. Síntese da análise de variância para consumo de combustível.
Fatores Volumétrico
(L h
-1
)
Ponderal
(Kg ha
-1
)
Operacional
(L ha
-1
)
Densidade
15 9,7 a 8,1 a 8,9 a
16 9,6 a 8,0 a 8,8 a
20 9,7 a 8,1 a 8,7 a
Profundidade (cm)
11 9,2 b 7,7 b 8,3 b
14 9,8 a 8,2 a 9,0 a
17 9,9 a 8,4 a 9,1 a
Teste F
Densidade (D) 1,6
NS
1,5
NS
0,9
NS
Profundidade (P) 17,9 ** 21,0** 13,4**
D x P 1,1
NS
1,1
NS
0,2
NS
C.V. D 1,9 1,8 2,9
C.V. P 3,1 3,1 4,3
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Os dados de patinagem do trator (Tabela 20) sofreram influência apenas da
profundidade de deposição do adubo. Tanto a patinagem dianteira como a traseira
apresentaram maiores valores na profundidade de 17 cm (maior), fato este
também observado por CEPIK et al. (2005), independentemente da condição do
52
solo (seco e úmido). Quando se aumenta a profundidade da haste sulcadora,
aumenta o requerimento de força, fato constatado por CAMILO et al. (2004).
OLIVEIRA et al. (2000) encontraram valores de patinagem baixa (1 a 4%) devido
ao excesso de lastragem ou superdimensionamento da máquina.
A patinagem traseira de 5,8%, obtida em função dos dados da Tabela 20,
quando comparada com os valores da ASAE (1989), indicam que o conjunto
trator-semeadora poderia ter trabalhado com velocidade ou largura de trabalho
maior (NAGAOKA & NOMURA, 2003), o que não se observa para a patinagem
dianteira, que se encontra dentro do padrão da ASAE (1989), que recomenda para
a obtenção máxima de eficiência de tração patinagens de 8 a 10% em solos o
mobilizados e de 11 a 13% em solos mobilizados.
Tabela 20. Síntese da análise de variância para patinagem do trator.
Patinagem (%)
Fatores Dianteira Traseira
Densidade
15 8,9 a 5,7 a
16 8,5 a 5,8 a
20 9,1 a 5,9 a
Profundidade (cm)
11 8,8 b 5,6 b
14 6,0 c 3,0 c
17 11,7 a 8,8 a
Teste F
Densidade (D) 0,5
NS
0,1
NS
Profundidade (P) 19,1** 23,9**
D x P 0,1
NS
0,7
NS
C.V. D 15,7 39,7
C.V. P 25,3 35,5
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Na Tabela 21 são apresentados os resultados para fluxo de MOG, de grãos
e total na colhedora. Os fluxos apresentaram dependência entre os fatores,
densidades de semeadura e profundidade de deposição do adubo.
53
Tabela 21. Síntese da análise de variância para fluxo de MOG, de grãos e total na
colhedora.
Fluxo (kg s
-1
) Fatores
MOG Grãos Total
Densidade
15 1,2 2,4 3,6
16 1,5 2,9 4,4
20 1,7 3,3 4,9
Profundidade (cm)
11 1,5 3,1 4,6
14 1,5 2,8 4,3
17 1,3 2,7 4,1
Teste F
Densidade (D) 6,1* 4,2
NS
4,8*
Profundidade (P) 2,3
NS
2,7
NS
2,5
NS
D x P 6,5** 8,7** 8,1**
C.V.D 22,1 24,6 23,8
C.V.P 12,9 12,3 12,3
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Analisando a interação para o fluxo de MOG na Figura 12, observa-se que
na menor densidade de semeadura e profundidade, o fluxo de massa foi maior, o
que na maior densidade foi observado na profundidade intermediária. Analisando
a profundidade intermediária, a maior densidade apresentou maior produção de
massa, provavelmente por ter maior densidade de semeadura na área.
Na menor densidade de semeadura, o maior fluxo ocorreu na menor
profundidade, não havendo diferenças nas demais profundidades. Para a maior
densidade de semeadura, o menor fluxo foi encontrado na maior profundidade de
deposição do adubo, não diferindo nas outras profundidades. Na densidade de
semeadura intermediária a variação na profundidade de deposição do adubo não
afetou o fluxo de MOG.
Para a menor profundidade de deposição do adubo o fluxo não variou com
o aumento na densidade de semeadura.
Observando a distribuição espacial, os maiores fluxos de MOG se
encontram na área compreendida pelas menores profundidades e maiores
54
densidades de semeadura, indicando valores acima de 1,7 kg s
-1
, valores esses
bem maiores aos encontrados por FERREIRA (2006).
1,2
1,3
1,4
1,6
1,7
above
Figura 12. Fluxo de MOG na colhedora.
O fluxo de grãos apresentado na Figura 13, para a interação D x P, indica
na menor densidade de semeadura e profundidade o maior fluxo de grãos, e na
maior densidade de semeadura, os maiores fluxos de grãos, encontraram-se nas
profundidades de 11 e 14 cm.
Analisando a superfície do gráfico da Figura 13 pode-se inferir que existe
uma faixa de maiores valores de fluxo acima da densidade de semeadura de 17
plantas por metro, que abrange a profundidade de 11 cm, enquanto que nas
profundidades de 14 e 17 cm, os maiores fluxos se encontram entre as
densidades de semeadura de 18 e 19 plantas por metro. Os valores de fluxo de
grãos desse experimento, estão acima dos encontrados por FERREIRA (2006) e
GIRO (2005).
ϕ
MOG
= -13,983+1,645*D+0,108*P-0,045*D²+0,001*D*P-0,006*P²
acima
55
2,4
2,7
2,9
3,1
3,3
above
Figura 13. Fluxo de grãos na colhedora.
Na Figura 14 é apresentado o fluxo total na colhedora, que apresentou
resultados que expressam maiores fluxos no intervalo entre as densidades de
semeadura de 17 a 20 plantas por metro, que abrange as profundidades de
deposição do adubo de 11 a 14 cm. A profundidade de deposição do adubo de 17
cm apresentou também maiores valores de fluxo total, no entanto ficou restrito ao
intervalo de 18 a 19 plantas por metro.
Observando os resultados dos altos valores de fluxo total (> 4,9 kg s
-1
),
pode-se confirmar que a quantidade de massa dentro da máquina foi elevado,
quando comparado a FERREIRA (2006) que encontrou valores de 2,0 kg s
-1
, essa
diferença pode-se ser explicado pela grande quantidade de massa produzida por
essa cultivar, que foram diferentes. Outra explicação seria a grande presença
de plantas daninhas que faz elevar significativamente a quantidade de material a
compor o fluxo da colhedora (GIRO, 2005).
ϕ
G
= -20,615+2,95*D-0,425*P-0,083*D²+0,01*D*P+0,007*
acima
56
3,2
3,6
4,1
4,5
4,9
above
Figura 14. Fluxo total na colhedora.
Na Tabela 22 o apresentadas as perdas totais obtidas após a colheita
mecanizada da soja, e essas não foram influenciadas pelos fatores densidades de
semeadura e profundidade de deposição do adubo. As perdas foram altas se
comparadas com o limite tolerável de 60 kg ha
-1
para a cultura da soja
(MESQUITA et al., 2002). Uma das razões para esse fato é que a colhedora
apresentava sistema radial de trilha e segundo MESQUITA et al. (2002), essas
colhedoras apresentam maiores perdas do que as de sistema axial de trilha. Outro
motivo seria a idade da colhedora, pois de acordo com SILVA et al. (2004) as
colhedoras mais velhas apresentam maiores perdas. Observa-se que a
porcentagem de perdas em relação a produção obtida não foi afetada pelos
tratamentos. A incidência de plantas daninhas pode ter influenciado os valores de
perdas acima do recomendado (GIRO, 2005).
ϕT = -33,472+4,303*D-0,11*P-0,12*D²+0,011*D*P-0,006*P²
acima
57
Comparando os valores de perdas desse experimento com CAMPOS et al.
(2006), observa-se grande diferença, pois os mesmo encontraram valores de 62
kg ha
-1
de perdas, a uma velocidade de 4 a 7 km.
Comparando os métodos de determinação das perdas, observa-se que o
método do copo medidor foi superior em todos os tratamentos, apresentando
perdas acima de 10%, como pode ser verificado pelo Erro de medida apresentado
na Tabela 22.
Tabela 22. Síntese da análise de variância para perdas após a colheita.
Perdas calculada Copo
medidor
Erro
Fatores (kg ha
-1
) (%) (kg ha
-1
) (%)
Densidade
15 120 a 1,7 a 132 a 10,3
16 96 a 1,5 a 102 a 11,9
20 150 a 2,1 a 174 a 12,5
Profundidade (cm)
11 132 a 2,0 a 144 a 10,8
14 132 a 1,8 a 150 a 13,7
17 102 a 1,5 a 120 a 10,0
Teste F
Densidade (D) 2,3
NS
0,6
NS
2,7
NS
0,47
NS
Profundidade (P) 1,2
NS
1,8
NS
1,2
NS
1,46
NS
D x P 0,4
NS
1,5
NS
0,4
NS
0,74
NS
C.V. D 52,6 75,6 52,4 49,5
C.V. P 38,3 36,2 39,5 47,7
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
3. Parâmetros na planta
O número de dias para emergência que exprime a quantidade de dias que as
plântulas demoraram a saírem do solo, resultou em valores de médios de 6,0 dias
para emergência. O índice de emergência (sementes viáveis proposta na
58
regulagem/plantas emergidas) é um dos parâmetros para avaliou o conjunto
dosador-depositadores de sementes da semeadora-adubadora, indicando os
melhores resultados na menor densidade de semeadura. A porcentagem de danos
causados por animais que inibem o crescimento inicial das plântulas, foi de certa
forma prejudicial, pois diminuiu o estande em 30% (Tabela 23).
Tabela 23. Síntese da análise de variância para número de dias para emergência
(NDE), índice de emergência (IE) e porcentagem de danos (D).
IE D Fatores NDE
(%)
Densidade
15 6,0 a 97,2 a 28,3 a
16 6,3 a 83,8 a 33,1 a
20 6,2 a 81,6 a 29,5 a
Profundidade (cm)
11 6,3 a 88,1 a 34,5 a
14 6,0 a 87,2 a 28,9 a
17 6,2 a 87,2 a 27,5 a
Teste F
Densidade (D) 0,4
NS
2,6
NS
0,2
NS
Profundidade (P) 0,4
NS
0,1
NS
0,3
NS
D x P 0,4
NS
1,6
NS
0,6
NS
C.V. D 9,8 20,9 63,8
C.V. P 10,9 10,9 74,2
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
O índice de emergência é um parâmetro de eficiência da máquina em relação
a quantidade de plantas proposta na regulagem, e mesmo o havendo diferença
na análise, quando aumentou-se a densidade de semeadura, exigiu-se mais do
sistema dosador, ocorrendo diminuição no IE de 16% em relação a menor
densidade de semeadura. Os resultados do índice de emergência afirmam o que
PORTELLA et al. (1997) comentam, de que as semeadoras-adubadoras dotadas
de disco liso para corte da palhada, hastes sulcadora para adubo e disco duplo
desencontrado para sementes apresentaram os melhores resultados para o índice
de emergência. Os danos por determinados tipos de aves e insetos existem em
59
grande quantidade, e com o intuito de quantificar esse dano pode-se concluir que
o mesmo é grave, pois os resultados médios ficaram entre 30% para todos os
tratamentos.
O estande inicial, final e a porcentagem de plantas sobreviventes o
apresentados na Tabela 24. O estande inicial pela regulagem da semeadora-
adubadora teria que distribuir aproximadamente 15, 19 e 24 plantas por metro
respectivamente para as D1, D2 e D3, o que não ocorreu, devido a possíveis
falhas da semeadora-adubadora. Se considerar o índice de emergência, e
acrescentar 19% para a densidade de 20 plantas por metro, obtêm-se o resultado
esperado de plantas que foi proposto, considerando o índice de sobrevivência.
Para a densidade de 15 e 16 plantas por metro observou-se uma redução de 1,8%
e 15,7% na densidade de semeadura, respectivamente. Para a profundidade de
deposição do adubo não se observa diferença entre os tratamentos na Tabela 24.
Tabela 24. Síntese da análise de variância para estande inicial (EI), final (EF) e a
porcentagem de plantas sobreviventes (PS).
EI EF Fatores
Mil plantas ha
-1
PS
Densidade
15 323,9 b 246,3 b 77,3 a
16 353,5 ab 290,7 b 81,2 a
20 435,1 a 362,9 a 84,2 a
Profundidade (cm)
11 370,2 a 244,4 a 80,8 a
14 368,4 a 311,1 a 83,7 a
17 373,9 a 296,3 a 79,3 a
Teste F
Densidade (D) 6,8* 19,3* 0,3
NS
Profundidade (P) 0,1
NS
0,8
NS
0,7
NS
D x P 1,5
NS
1,8
NS
1,7
NS
C.V. D 20,6 15,6 28,6
C.V. P 11,1 12,5 13,9
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
60
O estande final de plantas diferiu apenas para a maior densidade de
semeadura, indicando que com o aumento do estande inicial consegue-se obter
densidades finais que são indicadas pelos departamentos cnicos de cada
empresa de semente.
A porcentagem de sobreviventes não foi influenciada pelas densidades de
semeadura, porém, segundo TOURINO et al. (2002) cita que a porcentagem de
sobrevivência das plantas aumenta à medida que ocorre redução da densidade de
semeadura, devido a competição intraespecífica das plantas.
Para a uniformidade da distribuição longitudinal (Tabela 25) observa-se que
o espaçamento aceitável foi o único fator influenciado pelas densidades de
semeadura, demonstrando que, à medida que se aumenta a densidade de
semeadura, exige-se mais do mecanismo dosador (ANDERSSON, 2001). Os
espaçamentos falhos e duplos não apresentaram diferença em relação às
densidades de semeadura e à profundidade de deposição do adubo.
CORTEZ (2004), avaliando a semeadora-adubadora desse experimento na
cultura da soja, obteve valores médios de 59%, 23% e 19% para distribuição
longitudinal de plântulas nos espaçamentos aceitáveis, falhos e duplos,
respectivamente, que não coincidem com os resultados desse experimento,
devido à diferente velocidade trabalhada pelo autor (> 4 km h
-1
). Entretanto,
OLIVEIRA et al. (2000), trabalhando em Latossolo Vermelho no SPD, não
encontraram diferença para os espaçamentos aceitáveis, falhos e duplos.
OLIVEIRA et al. (2000), utilizando a classificação proposta por TOURINO &
KLINGESNTEINER (1983), classificaram o desempenho da semeadora-
adubadora em solo Podzólico como bom (75% a 90% de espaçamentos
aceitáveis) na velocidade de 5 km h
-1
, e regular (50% a 75% de espaçamentos
aceitáveis) na velocidade de 7 km h
-1
. Para MIALHE (1996), as semeadoras-
adubadoras de discos verticais pneumáticos devem apresentar 90% de
espaçamentos aceitáveis e coeficiente de variação de no ximo 30%, o que foi
observado apenas para os espaçamentos aceitáveis nesse experimento.
61
No entanto, ANDERSSON (2001) cita que valores ótimos de coeficiente de
variação na semeadura estão abaixo de 10%, valores de 10% a 30% o
considerados regulares e acima de 30% valores ruins. O autor considera os
coeficientes de variação como um índice da eficiência dos mecanismos
dosadores. Quando ocorrem muitas falhas pode causar a diminuição da
produtividade, enquanto que as plantas próximas (duplos) apresentam
produtividade média próxima da ideal. Nesse contexto, a desuniformidade da
distribuição pode reduzir em até 20% a produtividade.
Tabela 25. Síntese da análise de variância para espaçamentos aceitáveis, falhos e
duplos.
Aceitáveis Falhos Duplos Fatores
(%)
Densidade
15 73 a 18 a 9 a
16 62 ab 29 a 10 a
20 53 b 30 a 17 a
Profundidade (cm)
11 63 a 26 a 10 a
14 67 a 22 a 10 a
17 57 a 28 a 14 a
Teste F
Densidade (D) 9,7* 4,8
NS
2,8
NS
Profundidade (P) 0,9
NS
0,7
NS
0,6
NS
D x P 0,3
NS
0,7
NS
0,3
NS
C.V. D 18 41 75
C.V. P 28 45 89
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
Na Figura 15 é apresentada a distribuição longitudinal de toda população em
função dos espaçamentos aceitáveis, falhos e duplos, onde pode-se observar a
grande variação da distribuição em toda a área do ensaio, lembrando que o
padrão de distribuição é de 0,5 a 1,5 vezes o espaçamento recomendado.
Pode-se notar que na Figura 15a, para a menor densidade de semeadura,
ocorre distribuição próxima da normal, enquanto que as demais (Figura 15b e 15c)
62
apresentam simetria a esquerda, com a presença de valores extremos para a
quantidade de falhos, que podem diminuir a produtividade, conforme questionado
por ANDERSSON (2001).
Figura 15. Distribuição longitudinal nas densidades de semeadura: D1 (a), D2 (b) e
D3 (c).
3
2
10
35
30
25
20
15
10
5
0
Indice da
A
BNT
F
r
e
q
u
e
n
c
i
a
543210
50
40
30
20
10
0
Indice da ABNT
Frequencia
a
b
c
543210
30
20
10
0
Indice da ABNT
Frequencia
c
63
SILVA et al. (2000) verificaram que o aumento da profundidade da haste
sulcadora acarretou aumento no número de espaçamentos duplos, o que não se
verificou estatisticamente neste experimento, porém ocorreu ligeiro aumento de
duplos considerando-se os valores absolutos, com o aumento da profundidade de
deposição do adubo.
Na Tabela 26 são apresentados os dados de altura de plantas e altura de
inserção da primeira vagem. Não observou-se diferença significativa entre os
tratamentos propostos, contrariando a afirmação de que o desenvolvimento das
plantas pode ser modificado pela densidade de semeadura, de BALLARÉ et al.
(1995), citam ainda que ocorre, e em parte, por mecanismos que usam
informações sobre a luz do ambiente, por meio de fotosensores específicos.
TOURINO et al. (2002) constataram que, com o aumento da densidade de
semeadura, as alturas foram menores, provavelmente em razão dessa altura ser
uma característica genética. Entretanto, COSTA & TAVARES (1995) afirmaram
que a densidade de semeadura menor acarreta em plantas mais baixas, com
maior número de ramos e vagens próximas ao solo. Resultados similares ao deste
experimento são apresentados por MARCHIORI et al. (1999). GARCIA (1979) cita
que maiores valores de altura de plantas foram obtidos para cultivares mais
tardios e na época da safrinha, esses resultados mostraram que a altura de
inserção da primeira vagem e a altura final de plantas variaram de acordo com o
ciclo de maturação dos cultivares, ou seja, com o aumento do ciclo de maturação
ocorre maior altura final de planta e maior altura de inserção da primeira vagem, o
que não foi observado
A inserção da primeira vagem não foi afetada pelos tratamentos. Esses
resultados podem ser confrontados com os de CORTEZ et al. (2004) que
trabalhando com a soja, variedade Vencedora, obtiveram média de 17 cm para a
altura de inserção da primeira vagem, valores maiores do que nesse experimento,
provavelmente por trabalhar com uma variedade de ciclo longo, ao passo que a
desse experimento a variedade é do ciclo super-precoce.
64
Tabela 26. Síntese da análise de variância para altura de plantas e altura de
inserção da primeira vagem (AIPV).
Fatores Altura de plantas (cm) AIPV (cm)
Densidade
15 57,5 a 8 a
16 57,3 a 9 a
20 53,1 a 9 a
Profundidade (cm)
11 55,5 a 9 a
14 55,8 a 9 a
17 56,5 a 9 a
Teste F
Densidade (D) 2,1
NS
2,7
NS
Profundidade (P) 0,5
NS
1,7
NS
D x P 1,4
NS
0,9
NS
C.V. D 10,7 9,8
C.V. P 4,36 10,68
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
A baixa altura de inserção da primeira vagem é uma das dificuldades para
se realizar a colheita mecanizada, pois assim a plataforma de corte deve trabalhar
rente ao solo, o que acarreta no aumento das perdas.
Na Tabela 27 são apresentados os dados para mero de vagens por
planta, grãos por vagem, massa de 100 grãos e massa seca. Pode-se observar
que os dois primeiros parâmetros o foram afetados pelos tratamentos, o que
não era de se esperar, visto que, segundo BALLARÉ et al. (1995), quando se
utilizam várias densidades de semeadura o desenvolvimento das mesmas é
alterado.
Segundo RAMBO et al. (2003) o número de vagens é o componente do
rendimento que mais sofre modificações pela utilização de práticas de manejo
diferenciadas, como as densidades de semeadura, mesmo ocorrendo variações
de 25%.
Segundo TOURINO et al. (2002) a variação da densidade de semeadura
afetou significativamente o número de vagens por planta, mas o houve efeito
significativo sobre o número de grãos por vagem. O número de vagens por planta
65
variou inversamente à variação da densidade de semeadura, ou seja, a redução
da mesma provocou aumento no número de vagens por planta.
Nesse experimento não se verificou diferença quanto ao número de grãos
por vagem, o que concorda com os resultados de RAMBO et al. (2003) e BOARD
et al. (1990), que observaram número de grãos por vagem não afetado pelas
densidades de semeadura, devido esse componente ser determinado no final do
ciclo reprodutivo da soja. Assim, o número de grãos por vagem tem controle
genético substancial e por isso tem pequena variação (COOPERATIVE..., 1994).
A massa de 100 grãos foi afetada pela ação conjunta da densidade de
semeadura e da profundidade de deposição do adubo (Figura 16).
Para a massa seca o fator densidade de semeadura foi significativo,
enquanto que a profundidade de deposição do adubo não influenciou os
resultados; os fatores agiram de forma conjunta indicada pela interação D x P
significativa.
Tabela 27. Análise de variância para vagens por planta, grãos por vagem, massa
de 100 grãos e massa seca.
Fatores Vagens por
planta
Grãos por
vagem
Massa de
100 grãos (g)
MS
(kg ha
-1
)
Densidade
15 53 a 2,8 a 18,6 2.865
16 57 a 2,8 a 18,5 3.507
20 49 a 2,6 a 18,7 3.946
Profundidade (cm)
11 57 a 2,7 a 18,6 3.585
14 50 a 2,7 a 18,7 3.519
17 51 a 2,8 a 18,6 3.215
Teste F
Densidade (D) 1,0
NS
2,6
NS
0,1
NS
6,1*
Profundidade (P) 2,1
NS
1,2
NS
0,1
NS
2,4
NS
D x P 2,1
NS
1,4
NS
3,7* 6,5**
C.V. D 28,3 7,0 5,1 22,2
C.V. P 17,1 7,1 3,2 12,9
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
66
O desdobramento da interação D x P (Figura 16), para a massa de 100 grãos
indica que apenas na maior densidade de semeadura, a maior profundidade
acarretou nos maiores valores na massa de 100 grãos, sendo acima de 18,8 g.
Observando a Figura 16, vê-se que concentração da maior parte dos
valores em 18,6 g, que interage com todos os tratamentos. Nota-se que os
menores valores encontram-se nas maiores densidades de semeadura e nas
menores profundidades de deposição do adubo.
18,4
18,5
18,6
18,7
18,8
above
Figura 16. Desdobramento para a massa de 100 grãos.
Na Figura 17 é apresentado o desdobramento da interação D x P para a
massa seca (kg ha
-1
), observa-se pelos resultados que a maior densidade de
semeadura ocasionou a maior produção de massa seca na profundidade de 11
e14 cm, enquanto que na menor densidade de semeadura a maior profundidade
ocasionou a menor produção de massa seca.
Massa = 32,117-1,447*D-0,184*P+0,03*D²+0,03*D*P-0,011*P²
acima
67
Analisando a Figura 17, observa-se distribuição espacial bem característica,
que indica o aumento da massa seca juntamente com o incremento na densidade
de semeadura, e ocorrendo estabilização da maior quantidade de massa acima de
17 plantas por metro. A maior profundidade apresentou valores de massa a
4.007 kg ha
-1
, enquanto que as demais profundidades conseguiram ajudar a
produzir valores acima desse.
2764
3075
3385
3696
4007
above
Figura 17. Desdobramento para a massa seca.
Na Tabela 28 o apresentados os dados da produtividade e observa-se
que os fatores foram independentes e não influenciaram a mesma para a cultura
da soja.
A produção encontrada, de 5.148 kg ha
-1
, vem afirmar o que SUZUKI et al.
(2005) dizem que as novas variedades de soja chegariam a produzir mais de
4.200 kg ha
-1
.
A utilização de densidades de semeadura entre 15 e 20 plantas por metro
não modificaram a produtividade, concordando com TOURINO et al. (2002) que
verificaram que densidades de semeadura entre 10 e 15 plantas por metro
comparadas com as maiores não modificam a produtividade, e ajudam a diminuir
MS = -33030,6+3888,866*D+239,981*P-106,533*D²+4*D*P-13,204*P²
acima
68
os gastos com a compra da semente por ocasião da semeadura e que as menores
populações compensam a produção pela maior quantidade de ramos laterais.
RAMBO et al. (2003) trabalhando com diferentes densidades de semeadura
também não encontraram diferença entre as mesmas, obtendo média de 4.500 kg
ha
-1
na produtividade da soja.
COPETTI (2003) afirma que a soja suporta variações de até 15% na
densidade de semeadura sem alterar a produtividade, no entanto, variações de
25% ocorridas nesse experimento, também não alteraram a produtividade.
Tabela 28. Síntese da análise de variância para produtividade.
Fatores Produtividade (kg ha
-1
)
Densidade
15 5.208 a
16 5.502 a
20 4.728 a
Profundidade (cm)
11 5.634 a
14 4.800 a
17 5.004 a
Teste F
Densidade (D) 0,7
NS
Profundidade (P) 3,3
NS
D x P 2,3
NS
C.V. D 31,0
C.V. P 16,0
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem pelo Teste de Tukey.
NS
: não
significativo (P>0,05); *: significativo (P0,05); **: significativo (P0,01), C.V.: coeficiente de
variação (%).
69
V. CONCLUSÕES
A porcentagem de cobertura vegetal no solo diminuiu após a operação de
semeadura. A porosidade total do solo não variou em função dos tratamentos e
mostrou-se adequada para um solo sob seis anos de plantio direto. A densidade
do solo juntamente não foi afetada pela densidade de semeadura e profundidade
de deposição do adubo e mostraram-se adequados para o estabelecimento da
cultura da soja. A ação da haste sulcadora agiu na camada superficial diminuindo
a resistência. Tanto a espessura da camada quanto o volume de solo mobilizado
não foram afetados pela profundidade de deposição do adubo.
Os consumos de combustível e a patinagem dos rodados sofreram
influência em relação às maiores profundidades de deposição do adubo, visto que
as mesmas exigiram maior demanda. As perdas na colheita foram acima do limite
tolerável, mas os fatores não agiram sobre ela.
O número de dias para emergência e o índice de não foram influenciados
pelas densidades de semeadura e a profundidade de deposição do adubo. Os
estandes inicial e final são afetados pelas densidades de semeadura.
Os espaçamentos aceitáveis apresentaram diferença nas densidades de
semeadura enquanto que os espaçamentos falhos e duplos não sofreram efeito.
A altura de plantas, altura de inserção da primeira vagem, vagens por planta
e grãos por vagem variaram em relação a densidade de semeadura e a
profundidade de deposição do adubo. Enquanto que a massa de 100 grãos sofreu
ação conjunta dos fatores.
A massa seca, o fluxo de MOG, de grãos e totais indicaram ação conjunta da
densidade de semeadura e da profundidade de deposição do adubo, e de modo
geral a maior densidade e a profundidade de 14 cm da ocasionaram os maiores
fluxos.
A produtividade da soja foi semelhante na densidade de semeadura e na
profundidade de deposição do adubo.
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84
APÊNDICE
85
Apêndice 1. Dados coletados de plantas daninhas
Porcentagem de plantas daninhas nas parcelas do experimento 09/06/2005.
Parcela
a b c d e f g h i
1-2 15 25 15 7,5 12,5 7,5 5 5 10
3-4 10 12,5 15 5 35 5 5 5 10
5-6 15 15 12,5 7,5 25 5 5 5 12,5
7-8 7,5 22,5 25 7,5 10 12,5 5 0 10
9-10 22,5 22,5 10 7,5 15 7,5 5 5 10
11-12 27,5 25 7,5 7,5 10 7,5 5 5 10
13-14 20 30 10 5 10 7,5 5 5 10
15-16 12,5 22,5 10 5 15 20 5 5 10
17-18 20 12,5 7,5 10 17,5 15 5 5 12,5
19-20 20 30 5 5 12,5 10 10 5 10
21-22 15 25 10 5 17,5 12,5 5 5 10
23-24 37,5 7,5 7,5 7,5 22,5 5 5 0 10
Plantas daninhas: (a) apaga-fogo, (b) Nabiça, (c) Capim-amargoso, (d) Vapim-carrapicho,
(e) Trapoeraba, (f) Losna-branca, (g) Picão Preto, (h) Caruru, (i) Outras: guanxuma, capim
amargoso, maria pretinha, balãozinho, amendoim bravo, carrapicho de carneiro, anileira,
erva de santa luzia, capim favorito, desmodium, cordão de frade, mentrasto, corda de
viola
Porcentagem de plantas daninhas nas parcelas do experimento 07/11/2005.
Parcela
a b c d e f g h i j l
1-2 5 7,5 40 0 0 25 8,5 4 2,5 0 10
3-4 2 32,5 16,5 2 5 22,5 12,5 5 5 2 5,5
5-6 0 57,5 3,5 5 2 17,5 12,5 0 0 0 5,5
7-8 5 5 50 2 3 35 20 5 5 5 7,5
9-10 5 20 17,5 6 3 25 12,5 0 5 3,5 5
11-12 3 30 5 22,5 5 12,5 17,5 0 5 2 5
13-14 5 22,5 15 5 0 15 15 5 15 0 5
15-16 5 30 10 5 0 27,5 12,5 0 10 0 2,5
17-18 7,5 30 5 12,5 0 25 7,5 5 5 0 5
19-20 5 15 7,5 7,5 0 15 22,5 5 22,5 0 5
21-22 5 10 5 7,5 0 10 45 5 22,5 0 2,5
23-24 15 10 5 0 0 17,5 15 5 10 0 27,5
Plantas daninhas: (a) apaga-fogo, (b) Nabiça, (c) Capim-amargoso, (d) Vapim-carrapicho,
(e) Trapoeraba, (f) Losna-branca, (g) Picão Preto, (h) Caruru, (i) Leiteira, (j) Guanxuma e
(l) Outras: maria-pretinha, capim favorito, capim colonião, crotalária, milho remanescente,
buva, carrapicho-beiço-de-boi, poaia-branca, corda de viola.
86
Apêndice 2. Perfis do solo: elevação e fundo.
Perfil na P1
0
2
4
6
8
Profundidade (cm)
Elevação Fundo
Perfil na P2
0
4
8
12
Profundidade (cm)
Elevação Fundo
Perfil na P3
0
4
8
12
16
Pronfundidade (cm)
Elevação Fundo
87
Apêndice 3. Seqüência adotada no experimento
Dia 25/10/2005: Estaqueamento da área.
Dia 31/10/2005: Coleta das amostras de solo para fins de fertilidade.
Dia 01/11/2005: Coleta de dados de resistência à penetração.
Dia 03/11/2005: Aplicação de herbicida pós-emergente.
Dia 06/12/2005: Avaliação de cobertura vegetal.
Dia12/12/2005: Semeadura da soja.
Dia 13/12/2005: Avaliação da cobertura vegetal.
Dia 13/12/2005: Avaliação da área mobilizada com perfilômetro.
Dia 21/12/2005: Aplicação de herbicida pós-emergente.
Dia 21/12/2005: Avaliação da distribuição longitudinal e fim da contagem do
número de dias para emergência.
Dia 10/01/2006: Avaliação da cobertura vegetal.
Dia 10/01/2006: Aplicação de herbicida pós-emergente.
Dia 11/01/2006: Avaliação da resistência à penetração.
Dia 12/01/2006: Avaliação da densidade, umidade e porosidade total do solo.
Dia 20/01/2006: Aplicação de fungicida para controle da ferrugem asiática.
Dia 10/02/2006: Aplicação para doenças de final de ciclo e insetos (percevejos).
Dia 04/03/2006: Aplicação de fungicida para controle da ferrugem asiática.
Dia 20/03/2006: Avaliação da altura das plantas, estande final e inserção da
primeira vagem.
Dia 04/04/2006: Avaliação da colheita pela coleta de dez plantas de cada
subparcela.
Dia 15/04/2006: Avaliação de perdas na colheita tomadas pelo copo medidor e por
massa, em um local aleatório da parcela.
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