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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Dissertação de Mestrado
AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA EM LAGOAS DE
ESTABILIZAÇÃO UTILIZADAS NO TRATAMENTO DE EFLUENTES
DOMÉSTICOS
ESTUDO DE CASO – ETE - UCS
Volnei Flávio Soldatelli
Porto Alegre, maio de 2007.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA EM LAGOAS DE
ESTABILIZAÇÃO UTILIZADAS NO TRATAMENTO DE EFLUENTES
DOMÉSTICOS
ESTUDO DE CASO – ETE - UCS
Volnei Flávio Soldatelli
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Ecologia, do Instituto de Biociências da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em Ecologia.
Orientador: Prof. Dr. Albano Schwarzbold
Co-orientador: Prof. Dr. Lademir Luiz Beal
Comissão Examinadora:
Profa. Dra. Ana Luiza Miranda
Prof. Dr. Luiz Olinto Monteggia
Profa. Dra. Vânia Elisabete Schneider
Porto Alegre, maio de 2007.
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Dedico este trabalho
à minha esposa Cinára, pelo incentivo, paciência, compreensão e amor, além
de ter sido a minha terapeuta em todos os momentos deste laborioso processo.
aos meus pais, por terem me guiado no caminho da bondade, da honestidade e
do respeito à vida .
aos meus filhos, por terem me ensinado a evoluir na arte do bem-querer e do
amar.
A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Todas as
coisas estão interligadas, como o sangue que une a família. Tudo está relacionado entre
si. O que fere a terra fere também aos filhos da terra. Não foi o homem que teceu a
trama da Vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si
próprio fará.
O nosso Deus é o mesmo Deus da humanidade inteira. E quer bem igualmente
ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. E causar dano a terra é
demonstrar desprezo pelo seu Criador. Uma coisa sabemos: nem mesmo o homem
branco pode evitar o nosso destino comum.
Trecho da carta do Cacique Seattle ao Presidente dos EUA em 1855.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, prof. Dr. Albano Schwarzbold, pelo exemplo de dedicação
à pesquisa científica, pela camaradagem, incetivo, amizade e confiança depositada em
meu trabalho.
Ao meu co-orientador, prof. Dr. Lademir Luiz Beal, pelas sugestões,
orientações e críticas que muito contribuíram para o desenvolvimento deste projeto.
Ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, pelo apoio científico, pelos recursos disponibilizados e pelas facilidades
concedidas para a realização deste trabalho.
À Universidade de Caxias do Sul, especialmente ao Instituto de Saneamento,
por possibilitar a realização desta obra.
Às Biólogas Ms. Raquel Finkler e Ms. Jaqueline Correa Torves, à Engenheira
Química
Zelma Souza de Almeida e a auxiliar técnica Vera Lúcia Amaral Monteiro, do
Laboratório de Saneamento da UCS, pela orientação, apoio, auxílio e companhia.
Ao Biólogo e colega Roges Roveda da Silva, pelo auxílio inestimável na
análise estatística.
Ao técnico em informática Joel Martins, pelo inestimável auxílio prestado na
graficação de mapas, tabelas e figuras.
Ao colega e amigo Celso Bridi, pela diagramação do texto.
À querida amiga e colega Karla Dutra Pozenato, pela boa vontade na revisão
do texto.
Aos professores do PPG de Ecologia, pela cooperação, dedicação e sugestões,
que muito me incentivaram na realização deste estudo.
À secretária Silvana Barzotto, pela atenção, carinho e auxílio prestados.
5
À Dra. Sandra Maria Alves da Silva, da Fundação Zoobotânica do Rio Grande
do Sul, pelas valiosas sugestões apresentadas para a análise do fitoplâncton.
Aos colegas Dr. Adalto Bianchini da Fundação Universidade do Rio Grande e
Dr. Adaucto B. Pereira Neto, da Universidade Federal do Paraná, pelo incentivo e apoio
prestados.
Ao Biólogo Ms. Ronaldo Padilha, pelas sugestões dadas na parte metodológica
e contagem do fitoplâncton.
Ao técnico do Laboratório de Metalografia da UCS Luis Antônio Puton, pelo
auxílio na microscopia.
Ao 8º Distrito de Meteorologia do Ministério da Agricultura de Porto Alegre,
pela gentileza no fornecimento dos dados de preciptação pluviométrica.
Às colegas Dra. Vânia Elizabete Schneider e Dra. Claudia Teixeira Panarotto,
pelo incentivo e carinho dispensados.
As colegas do PPG de Ecologia, em especial as amigas Alexsandra Fontanela,
Melissa Bergmann e Margarete Sponchiado, pelo estímulo e amizade.
À Dra. Ana Luiza Miranda, ao Dr. Luiz Olinto Monteggia e a Dra. Vânia
Elizabete Schneider, meus examinadores pelas valiosas críticas e sugestões.
Às minhas irmãs Lúcia Bernardete e Marisa Beatriz, pelo incentivo e carinho.
Aos meus amigos, pelo estímulo e apoio recebido.
Às demais pessoas que contribuíram de algum modo para a realização deste
trabalho.
MUITO OBRIGADO!!!!!!!!!!!!!!!!
SUMÁRIO
1 Introdução ..................................................................................................................20
2 Referencial teórico.....................................................................................................26
2.1 Lagoas de estabilização .........................................................................................26
2.2 ETE – UCS ............................................................................................................28
2.2.1 Lagoas aeradas..............................................................................................29
2.2.2 Lagoas de sedimentação ...............................................................................29
2.2.3 Lagoas de maturação com chicanas..............................................................29
2.3 A influência das condições ambientais em lagoas de estabilização ......................31
2.4 O Fitoplâncton como indicador biológico .............................................................33
2.5 Gêneros de algas mais freqüentes em lagoas de estabilização ..............................34
3 Objetivos.....................................................................................................................35
3.1 Objetivo geral ........................................................................................................35
3.2 Objetivos específicos.............................................................................................35
4 Área de estudos ..........................................................................................................36
5 Materiais e métodos...................................................................................................39
5.1 Amostragem...........................................................................................................39
5.2 Análise das variáveis climatológicas .....................................................................41
5.3 Análise das variáveis físicas, físico-químicas e químicas da água........................41
5.3.1 Variáveis físicas da água...............................................................................41
5.3.2 Variáveis físico-químicas da água................................................................42
5.3.3 Variáveis químicas da água ..........................................................................42
5.4 Análise das variáveis biológicas............................................................................43
5.4.1 Clorofila a.....................................................................................................43
5.5 Análise do fitoplâncton..........................................................................................44
5.5.1 Análise qualitativa ........................................................................................44
5.5.2 Análise quantitativa ......................................................................................45
5.5.3 Estrutura da comunidade fitoplanctônica .....................................................46
5.6 Análise estatística dos dados..................................................................................48
5.6.1 Análise de agrupamento (Cluster) ................................................................48
5.6.2 Correlação linear de Pearson ........................................................................48
5.6.3 Análise de regressão linear múltipla.............................................................49
6 Resultados...................................................................................................................50
6.1 Variáveis climatológicas........................................................................................50
6.1.1 Temperatura do ar.........................................................................................50
6.1.2 Pluviosidade..................................................................................................51
6.2 Variáveis físicas, físico-químicas e químicas da água...........................................53
6.2.1 Variáveis físicas da água...............................................................................53
7
6.2.2 Variáveis físico-químicas da água................................................................56
6.2.3 Variáveis químicas da água ..........................................................................58
6.2.4 Clorofila a.....................................................................................................68
6.3 Análise do fitoplâncton..........................................................................................69
6.3.1 Análise qualitativa ........................................................................................69
6.3.2 Análise quantitativa ......................................................................................83
6.4 Diversidade de espécies.........................................................................................90
6.5 Eqüitabilidade ........................................................................................................91
6.6 Análise de agrupamento (Cluster) .........................................................................99
6.7 Análise de regressão linear múltipla....................................................................102
7 Discussão...................................................................................................................106
7.1 Variáveis climatológicas, físicas, físico-químicas e químicas da água ...............106
7.1.1 Variáveis climatológicas.............................................................................106
7.1.2 Variáveis físicas da água.............................................................................106
7.1.3 Variáveis físico-químicas da água..............................................................108
7.1.4 Variáveis químicas da água ........................................................................111
7.2 Clorofila a............................................................................................................119
7.3 A comunidade fitoplanctônica.............................................................................121
7.3.1 Diversidade específica e eqüitabilidade......................................................131
7.4 Relação das variáveis ambientais com a estrutura da comunidade
fitoplanctônica ..............................................................................................................134
8 Conclusões ................................................................................................................145
9 Sugestões...................................................................................................................148
10 Bibliografia...............................................................................................................149
11 Anexos.......................................................................................................................163
RESUMO
Este trabalho teve por objetivo relacionar a estrutura da comunidade
fitoplanctônica com as variáveis físicas, físico-químicas e químicas das Lagoas de
Maturação da Estação de Tratamento de Esgotos da Universidade de Caxias do Sul, no
período de um ano. Foram considerados os atributos da comunidade (riqueza,
composição, densidade, diversidade e eqüitabilidade), suas relações com as variáveis
abióticas (temperatura do ar e da água, turbidez, transparência da água, pH,
condutividade elétrica, OD, DBO
5
total e solúvel, DQO total e solúvel, sólidos
suspensos totais e voláteis, nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal e fósforo total), além da
precipitação pluviométrica e da intensidade do vento. As amostragens foram mensais no
período de agosto/05 a julho/06.
As análises quali-quantitativas do fitoplâncton foram realizadas em
microscópio binocular, sendo que, para a quantificação, utilizou-se a câmara de
Sedwick-Rafter. Na análise quali-quantitativa foram identificados 242 táxons em níveis
genérico, específico e infra-específico. A comunidade fitoplanctônica mostrou-se
semelhante nos doze meses amostrados, sendo que as classes Chlorophyceae e
Zignematophyceae foram as mais representativas nos períodos mais quentes. No
período de temperaturas mais baixas, predominaram as classes Cianophyceae,
Bacillariophyceae e Euglenophyceae. Os gêneros com maior densidade anual, dentre as
classes estudadas, foram representados por: Chlamydomonas, Synechocystis, Surirella,
Euglena e Cosmarium. As espécies com maior densidade anual, dentre os gêneros
registrados, foram: Chlorella miniata, Synechocystis aquatilis, Surirella ovata,
Lepocinclis fusiformis e Cosmarium sp c. Os resultados mostraram que ocorreu uma
variação sazonal no "standing-stock" com um máximo no outono e verão e um mínimo
na primavera e no inverno. O "standing-stock" foi de 589.060 ind./mL a 1.181.498
ind./mL, com o valor médio anual de 898.166 ind./mL.
Os índices de diversidade e eqüitabilidade, bem como os valores de riqueza,
apresentaram uma pequena diferença entre as estações do ano e entre as estações
amostradas, porém revelaram uma maior diferença entre os meses amostrados.
9
Na análise de agrupamento, tanto a riqueza quanto a abundância de indivíduos
encontradas na Entrada da Lagoa de Maturação 1 (ELM1) e Saída da Lagoa de
Maturação 1 (SLM1) foram similares entre si, no entanto diferiram da encontrada na
Saída da Lagoa de Maturação 2 (SLM2). Essa diferença foi determinada,
provavelmente, pelas variações existentes entre as variáveis ambientais estudadas da
Lagoa de Maturação 1 (LM1) e da Lagoa de Maturação 2 (LM2) e pelo tempo de
detenção hidráulica de cada Lagoa de Maturação.
Na análise de regressão linear múltipla, constatou-se que a turbidez foi a única
variável que influenciou diretamente na riqueza, abundância e diversidade
fitoplanctônica. Isso ocorreu, provavelmente, porque essa variável reduz a penetração
da luz, fator que controla a temperatura e a fotossíntese, alterando, com isso, a estrutura
da comunidade fitoplanctônica.
Palavras-chave: fitoplâncton, estrutura da comunidade, variáveis ambientais, lagoas de
estabilização, Estação de Tratamento de Esgotos.
ABSTRACT
The aim of this paper is to establish a relationship between the phytoplanktic’s
community structure with the physical, physical-chemical and chemical variables of the
Maturation Lakes from Station Sewerage Treatment of Caxias do Sul University, over a
year. It has been considered the community’s features (richness, composition, density,
diversity and equitability), their relationships between the abiotic variables (air and
water temperature, turbidity, water transparency, pH, eletric conductivity, DO,
total and
soluble BOD
5
, total and soluble COD, total and volatile suspendend solids, nitrate,
nitrite, ammonium nitrogen and total phosphorus), as well as the rainfalls and the
wind’s intensity. The samples were taken monthly from August 2005 to July 2006.
The quali-quantitative phytoplankton analysis were carried out in a binocular
optic microscope and for the quantification a of Sedwick-Rafter’s chamber was used as
well. In the quali-quantitative analysis were identified 242 taxa in generic levels,
specific and infra-specific. The phytoplanktic community was similar all over the 12
months sampled, however the Chlorophyceae and Zignematophyceae were more
significant in the hot months. In the low temperature months it could be perceived the
Cianophyceae, Bacillariophyceae and the Euglenophyceae more significantly. The
genre with higher annual density among the classes been studied were:
Chlamydomonas, Synechocystis, Surirella, Euglena and Cosmarium. The species with
highest annual density among the classes been studied were: Chorella miniata,
Synechocystis aquatilis, Surirella ovata, Lepocinclis fusiformis and Cosmarium sp c.
The results showed a seasonal variation in the standing-stock with a maximum in the
fall and summer and a minimum in the spring and winter. The standing-stock was
589.060 ind./mL a 1.181.498 ind./mL, with the medium annual rate of 898.166
ind./mL.
The diversity and equality levels, as well as the richness values showed a slight
difference among the seasons of the year themselves and the seasons sampled, however,
they showed a bigger difference in the sampled months.
In the grouping analysis, either the richness or the abundance of individuals
found in the entrance of Maturation Lake 1 (EML1) and the exit of the Maturation Lake
11
1 (SML1), were alike each other, however, they differ from those found in the exit of
the Maturation Lake 2 (SML2). This difference was probably defined by the remaining
environmental variables studied from Maturation Lake 1 (ML1) and from the
Maturation Lake 2 (ML2) and for the time of hydraulical retention of each Maturation
Lake.
In the linear multiple regression analysis, the results showed that the turbidity
was the only variable that influenced directly in the phytoplanktic’s richness, abundance
and diversity. That probably might have happened due to the turbity which reduces the
light penetration, a factor which controls the temperature, the photosyntesis, changing
that way the structure of the phytoplanktic community.
Key words: phytoplankton, community’s structure, environmental variables,
stabilization lakes, Station Sewerage Treatment.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Características do Projeto do Sistema de Lagoas.
Tabela 2: Valores de temperatura (
o
C) do ar, nos momentos das coletas, no período de
agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 3: Valores de precipitação (mm de chuva) nas semanas que antecederam as
coletas, no período de agosto/05 a julho/06, medidos na Estação do Aeroporto
de Caxias do Sul. (fonte: 8
o
Distrito de Meteorologia de Porto Alegre, RS).
Tabela 4: Valores de precipitação total mensal (mm de chuva), no período de agosto/05
a julho/06, na Estação do Aeroporto de Caxias do Sul, RS. (fonte: 8
o
Distrito
de Meteorologia de Porto Alegre, RS).
Tabela 5: Valores de temperatura da água (
o
C) no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 6: Valores da turbidez (UNT), no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 7: Valores de transparência da água (m), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 8: Valores de pH, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2
da ETE-UCS.
Tabela 9: Valores de condutividade elétrica (µS/cm), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 10: Valores de oxigênio dissolvido (mg O
2
/L), no período de agosto/05 a
julho/06 na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabelas 11 e 12: Valores de DBO
5
total e DBO
5
solúvel (mg O
2
/L), respectivamente, no
período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabelas 13 e 14: Valores de DQO total e DQO solúvel (mg O
2
/L), respectivamente, no
período de agosto/05 a agosto/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabelas 15 e 16: Valores de SST e SSV (mg/L), respectivamente, no período de
agosto/05 a agosto/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 17: Valores de nitratos (mg N-NO
3
-
/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 18: Valores de nitritos (μg N-NO
2
-
/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 19: Variação de nitrogênio amoniacal (mg N-NH
3
/L), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 20: Valores de fósforo total (mg P-PO4
-3
/L), no período de agosto/05 a julho/06,
na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 21: Valores de clorofila a (μg/L), no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 22: Número total de espécies para as diferentes classes de organismos
fitoplanctônicos, no período de agosto/05 a julho/06, nas LM da ETE-UCS.
13
Tabela 23: Número de espécies para as diferentes classes de organismos
fitoplanctônicos, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 24: Relação dos táxons de algas identificadas, nas amostras coletadas na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS durante o período de amostragem.
Tabela 25: Número de espécies para as diferentes classes de algas presentes na ELM1
da ETE-UCS, no período compreendido entre agosto/05 a julho/06.
Tabela 26: Número de espécies para as diferentes classes de algas presentes na SLM1
da ETE-UCS, no período compreendido de agosto/05 a julho/06.
Tabela 27: Número de espécies para as diferentes classes de algas presentes na SLM2
da ETE-UCS, no período compreendido entre agosto/05 a julho/06.
Tabela 28: Valores encontrados para riqueza de espécies do fitoplâncton, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Tabela 29: Valores encontrados para a riqueza total de espécies do fitoplâncton, no
período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 30: Número total de táxons do fitoplâncton (ind./mL), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 31: Distribuição sazonal da densidade total do fitoplâncton (ind./mL), na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Tabela 32: Distribuição dos táxons do fitoplâncton (ind./mL), por classe, no período de
agosto/05 a julho/06, na ELM1 da ETE-UCS.
Tabela 33: Distribuição dos táxons do fitoplâncton (ind./mL), por classe, no período de
agosto/95 a julho/96, na SLM1 da ETE-UCS.
Tabela 34: Distribuição dos táxons do fitoplâncton (ind./mL), por classe, no período de
agosto/05 a julho/06, na SLM2 da ETE-UCS.
Tabela 35: Valores encontrados para a diversidade específica (bits/ind.), na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Tabela 36: Valores encontrados para a análise do teste t de “Student” (p<0,05), aplicada
sobre a diversidade total da ELM1 e SLM1 da ETE-UCS, no período de
agosto/05
a julho/06.
Tabela 37: Valores encontrados para a análise do teste t de “Student” (p<0,05), aplicada
sobre a diversidade total da ELM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de
agosto/05
a julho/06.
Tabela 38: Valores encontrados para a análise do teste t de “Student” (p<0,05), aplicada
sobre a diversidade total da SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de
agosto/05
a julho/06.
Tabela 39: Valores encontrados para eqüitabilidade, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Tabela 40: Valores encontrados para dominância (D’), diversidade específica Shannon-
Wiener (H’) e eqüitabilidade Pielou (J’) total da comunidade fitoplanctônica,
na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
14
Tabela 41: Valores encontrados para a diversidade específicade Shannon-Wiener (H’),
eqüitabilidade de Pielou (J’) e dominância (D’) total do fitoplâncton, nas
estações do ano, na ELM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Tabela 42: Valores encontrados para a diversidade específicade Shannon-Wiener (H’),
eqüitabilidade de Pielou (J’) e dominância (D’) total do fitoplâncton, nas
estações do ano, na SLM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Tabela 43: Valores encontrados para a diversidade específica de Shannon-Wiener (H’),
eqüitabilidade de Pielou (J’) e dominância (D’) total do fitoplâncton, nas
estações do ano, na SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Tabela 44: Valores encontrados para a análise de regressão linear múltipla aplicada
sobre a riqueza da comunidade fitoplanctônica e as variáveis ambientais
(físicas, físico-químicas e químicas), além da clorofila a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06 (p<0,05).
Tabela 45: Valores encontrados para a análise de regressão linear múltipla aplicada
sobre a abundância da comunidade fitoplanctônica e as variáveis ambientais
(físicas, físico-químicas e químicas), além da clorofila a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06 (p<0,05).
Tabela 46: Valores encontrados para a análise de regressão linear múltipla aplicada
sobre a diversidade da comunidade fitoplanctônica e as variáveis ambientais
(físicas, físico-químicas e químicas), além da clorofila a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06 (p<0,05).
Tabela 47: Análise quantitativa das comunidades fitoplanctônicas: número de
indivíduos/mL, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
Tabela 48: Dados, com média e desvio padrão, dos fatores físicos, físico-químicos,
químicos e da clorofila a, na ELM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a
julho/06.
Tabela 49: Dados, com média e desvio padrão, dos fatores físicos, físico-químicos,
químicos e clorofila a, na SLM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a
julho/06.
Tabela 50: Dados, com média e desvio padrão, dos fatores físicos, físico-químicos,
químicos e da clorofila a, na SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a
julho/06.
Tabela 51: Matriz de correlação (r-Pearson, p<0,05, n=36) entre as variáveis físicas,
físico-químicas e químicas da água, além da clorofila a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Tabela 52: Análise de presença/ausência dos táxons da comunidade fitoplanctônica, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Tabela 53: Abundância total dos táxons da comunidade fitoplanctônica, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Simbiose de algas e bactérias em lagoas de estabilização.
Figura 2: Estratificação e mistura em uma lagoa de estabilização.
Figura 3: Mapas da localização de Caxias do Sul.
Figura 4: Lagoas de Estabilização ETE-UCS, Caxias do Sul, mostrando: (LA= Lagoa
Aerada; LS= Lagoa de Sedimentação; LM1= Lagoa de Maturação 1; LM2=
Lagoa de maturação 2 (fonte: ISAM-UCS).
Figura 5: Fluxograma típico de um sistema de lagoa aerada de mistura completa, lagoa
de decantação e lagoas de maturação.
Figura 6: Estação de amostragem (ELM1: Entrada da Lagoa de Maturação 1; Saída da
Lagoa de Maturação 1).
Figura 7: Estação de amostragem (SLM2: Saída da Lagoa de Maturação 2).
Figura 8: Variações de temperatura (
o
C) do ar, nos momentos das coletas, no período de
agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 9: Variações de precipitação (mm de chuva), nas semanas que antecederam as
coletas no período de agosto/05 a julho/06, medidas na Estação do Aeroporto
de Caxias do Sul, RS. (fonte: 8
o
Distrito de Meteorologia de Porto Alegre,
RS).
Figura 10: Variações de precipitação total mensal (mm de chuva), no período de
agosto/05 a julho/06 na Estação do Aeroporto de Caxias do Sul, RS. (fonte:
8
o
Distrito de Meteorologia de Porto Alegre, RS).
Figura 11: Variações de temperatura da água (
o
C), no período de agosto/05 a julho/06,
na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 12: Variações da turbidez (UNT), no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 13: Variações de transparência da água (m), no período de agosto/05 a julho/06,
na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 14: Variações de pH, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS.
Figura 15: Variações de condutividade elétrica (µS/cm), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 16: Variações de oxigênio dissolvido (mg O
2
/L), no período de agosto/05 a
julho/06, na SLM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figuras 17 e 18: Variações de DBO
5
total e DBO
5
solúvel (mg O
2
/L), respectivamente,
no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figuras 19 e 20: Variações de DQO total e DQO solúvel (mg O
2
/L), respectivamente,
no período de agosto/05 a agosto/06, na SLM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 21 e 22: Variações de SST e SSV (mg/L), respectivamente, no período de
agosto/05 a agosto/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
16
Figura 23: Variações de nitratos (mg N-NO
3
-
/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 24: Variações de nitritos (μg N-NO
2
-
/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 25: Variações de nitrogênio amoniacal (mg N-NH
3
/L), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 26: Variações de fósforo total (mg P-PO4
-3
/L), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 27: Variações de clorofila a (μg/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 28: Distribuição da riqueza total de táxons nas classes de organismos
fitoplanctônicos, em percentagem, no período de agosto/05 a julho/06, nas
LM da ETE-UCS.
Figura 29: Distribuição da riqueza de táxons nas classes de organismos fitoplanctônicos,
em percentagem, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1,
SLM2 da ETE-UCS.
Figura 30: Variação sazonal do número de espécies de fitoplâncton das diferentes
classes de algas, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1 da ETE-UCS.
Figura 31: Variação sazonal do número de espécies de fitoplâncton das diferentes
classes de algas, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1 da ETE-UCS.
Figura 32: Variação sazonal do número de espécies de fitoplâncton das diferentes
classes de algas, no período de agosto/05 a julho/06, na SLM2 da ETE-UCS.
Figura 33: Riqueza fitoplanctônica (n
o
de táxons), na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Figura 34: Riqueza fitoplanctônica total, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 35: Curva de rarefação representando o número esperado de espécies em função
do número de indivíduos amostrados para a ELM1 da ETE-UCS, no período
de agosto/05 a julho/06.
Figura 36: Curva de rarefação representando o número esperado de espécies em função
do número de indivíduos amostrados para a SLM1 da ETE-UCS, no período
de agosto/05 a julho/06.
Figura 37: Curva de rarefação representando o número esperado de espécies em função
do número de indivíduos amostrados para a SLM2 da ETE-UCS, no período
de agosto/05 a julho/06.
Figura 38: Curva de rarefação representando o número esperado de espécies em função
do número de indivíduos amostrados para a ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Figura 39: Contribuição total de táxons do fitoplâncton (ind./mL), no período de
agosto/05 a julho/06, nas LM da ETE-UCS.
Figura 40: Variação sazonal da densidade total do fitoplâncton (ind./mL), na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
17
Figura 41: Variação sazonal da densidade fitoplanctônica (ind./mL) para as diferentes
classes de algas, na ELM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Figura 42: Variação sazonal da densidade fitoplanctônica (ind./mL) para as diferentes
classes de algas, na SLM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Figura 43: Variação sazonal da densidade fitoplanctônica (ind./mL) para as diferentes
classes de algas, na SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Figura 44: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’) em
bits/ind. do fitoplâncton, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período
de agosto/05 a julho/06.
Figura 45: Variação sazonal da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Figura 46: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’), em
bits/ind., e da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na ELM1 da ETE-
UCS.
Figura 47: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’), em
bits/ind., e da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na SLM1 da ETE-
UCS.
Figura 48: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’), em
bits/ind., e da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na SLM2 da ETE-
UCS.
Figura 49: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’), em
bits/ind., e da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na ELM1, SLM1
e SLM2 da ETE-UCS.
Figura 50: Dominância (D’), diversidade específica de Shannon-Wiener (H’) e
eqüitabilidade de Pielou (J’) total, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no
período de agosto/05 a julho/06.
Figura 51: Diversidade específica (H’), eqüitabilidade (J’) e dominância total do
fitoplâncton, nas estações do ano, na ELM1 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
Figura 52: Diversidade específica (H’), eqüitabilidade (J’) e dominância total do
fitoplâncton, nas estações do ano, na SLM1 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
Figura 53: Diversidade específica (H’), eqüitabilidade (J’) e dominância total do
fitoplâncton, nas estações do ano, na SLM2 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
Figura 54: Diversidade específica (H’), eqüitabilidade (J’) e dominância (D’) total do
fitoplâncton, nas estações do ano, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no
período de agosto/05 a julho/06.
Figura 55: Dendrograma da análise de agrupamento da ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, baseado na similaridade da riqueza através de ligação simples de
Sørense-Dice.
Figura 56: Dendrograma da análise de agrupamento da ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, baseado na similaridade de abundância através de ligação UPGMA de
Bray-Curtis.
18
Figura 57: Dendrograma da análise de agrupamento da ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, para riqueza e abundância, baseado na autoreamostragem (“bootstrap”),
com a geração de 1.000 iterações.
Figura 58: Diagrama da análise de regressão linear múltipla da riqueza fitoplanctônica,
das variáveis ambientais e da clorofila a, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Figura 59: Diagrama da análise de regressão linear múltipla da abundância
fitoplanctônica, das variáveis ambientais e da clorofila a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Figura 60: Diagrama da análise de regressão linear múltipla da diversidade
fitoplanctônica, das variáveis ambientais e da clorofila a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
APHA - American Public Health Association
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
ISAM - Instituto de Saneamento
LASAN - Laboratório de Saneamento
UNETDS - Unidade Experimental de Tratamento de Dejetos Suínos
UCS - Universidade de Caxias do Sul
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
U.S.A - Estados Unidos da América
RS - Rio Grande do Sul
SC - Santa Catarina
ETE - Estação de Tratamento de Efluentes
LA - Lagoa Aerada
LS - Lagoa de Sedimentação
LM - Lagoa de Maturação
LM1- Lagoa de Maturação 1
LM2 - Lagoa de Maturação 2
ELM1 - Entrada da Lagoa de Maturação 1
SLM1 - Saída da Lagoa de Maturação 1
SLM2 - Saída da Lagoa de Maturação 2
ciano - Cianophyceae
baci - Bacillariophyceae
eugleno - Euglenophyceae
cloro - Chlorophyceae
zigne - Zignematophyceae
DBO
5
- Demanda Bioquímica de Oxigênio a 20
o
C durante 5 dias
DBO
5
T- Demanda Bioquímica de Oxigênio a 20
o
C durante 5 dias Total
DBO
5
S - Demanda Bioquímica de Oxigênio a 20
o
C durante 5 dias Solúvel
DQO - Demanda Química de Oxigênio
DQOT - Demanda Química de Oxigênio Total
DQOS - Demanda Química de Oxigênio Solúvel
OD - Oxigênio Dissolvido
SS - Sólidos Suspensos
SST - Sólidos Suspensos Totais
SSV - Sólidos Suspensos Voláteis
pH - Potencial Hidrogeniônico
PT - Fósforo Total
D' - Dominância
J' - Índice de eqüitabilidade de Pielou
H' - Diversidade específica de Shannon-Wiener
S - Riqueza
1 INTRODUÇÃO
A água constitui um dos compostos de maior distribuição e importância na
crosta terrestre. Sua relevância para a vida está no fato de que nenhum processo
metabólico ocorre sem a sua ação direta ou indireta. Foram suas propriedades anômalas,
comparando com outros compostos, que possibilitaram o surgimento e a manutenção da
vida (ESTEVES, 1988).
Conforme VON SPERLING (1995), a água é o constituinte inorgânico mais
abundante na matéria viva. Além disso, ela é de fundamental importância para o
desenvolvimento cultural, social e econômico das populações. O desenvolvimento e
bem-estar social de todas as nações depende da disponibilidade de água de boa
qualidade e do uso racional dos seus recursos hídricos.
As atividades humanas levam a usos múltiplos dos recursos hídricos tais como:
abastecimento público, irrigação, uso industrial, navegação, produção de energia,
afastamento de rejeitos, recreação e aqüicultura. Embora essas atividades variem de
acordo com a população na bacia de drenagem e com a organização econômica e social
da região, acabam gerando impactos e deterioração da qualidade da água, assim como
interferindo na qualidade da água disponível.
Os recursos hídricos do planeta, subterrâneos ou superficiais, encontram-se
ameaçados pela contaminação de resíduos sólidos e principalmente por líquidos
lançados de forma indiscriminada, causando severos impactos nos corpos de água,
prejudicando assim a qualidade físico-química e bacteriológica da água para utilização
das populações nos seus mais variados usos. Surge, assim, a necessidade de se tratar
esses efluentes. Dentre as maneiras de tratamento, observando a variável custo-
benefício e os aspectos funcionais, pode-se adotar um projeto em lagoas de
21
estabilização, observando as variáveis como localização, manejo, operação, dentre
outros (GOMES et al., 2003).
As lagoas de estabilização são grandes tanques de pequena profundidade,
definidas por taludes de terra, as quais recebem águas residuárias brutas pré-tratadas e
que oxidam a matéria orgânica nos processos naturais, envolvendo algas e bactérias
(MARA & PEARSON, 1986).
Segundo FALCO et al. ( 2003), essas lagoas, construídas para o tratamento de
águas residuárias, domésticas e industriais, são sistemas aquáticos que representam
alternativa econômica viável para os países tropicais onde as condições ambientais,
como temperatura elevada e longos períodos de intensidade luminosa, atuam como
aceleradores do processo de estabilização da matéria orgânica.
De acordo com MENDONÇA (1990), o tratamento através de lagoas de
estabilização tem três (3) objetivos:
• remover a matéria orgânica das águas residuárias que causa a poluição;
• eliminar os microorganismos patogênicos que representam um grave perigo
para a saúde; e
• utilizar seu efluente para reúso, com outras finalidades, como agricultura e
aqüicultura.
No Brasil, as lagoas de estabilização apresentam algumas vantagens em relação
aos tratamentos convencionais. Dentre elas podem-se citar: disponibilidade de área em
várias regiões, clima favorável, simplicidade de construção, simplicidade na operação e
manutenção, baixo custo operacional, grande aceitabilidade de mão-de-obra não
especializada, utilização de pouco ou nenhum equipamento mecânico, alta qualidade
microbiológica do efluente final, grande eficiência na transformação da matéria
orgânica em biomassa de algas, rica em nutrientes; e devido ao alto tempo de detenção
das lagoas, apresentam grande capacidade de absorver choques hidráulicos e orgânicos,
sem alterar significativamente sua eficiência. Essas vantagens foram relatadas por
pesquisadores não só em nosso país, como, por exemplo, no nordeste do Brasil (MARA
22
& SILVA, 1979; KÖNING et al., 2002) e no sul do Brasil (BENTO et al., 2002), mas
também na América Central (KOPITOPOULOS, 2000), no México (MANTILLA et al.,
2002), na Argentina (SANGUINETTI et al., 2000) e países Mediterrâneos (MARA &
PEARSON, 1998), entre outros. As principais desvantagens são a necessidade de
grandes áreas de terreno disponíveis para sua construção (PEDROZZA, 2000), bem
como a elevada densidade de algas no efluente (MONTEGGIA, com. pes.).
No Brasil, tem-se pesquisado o desempenho de lagoas de maturação, com
maior ênfase, na região tropical. Na região sul do Brasil, com clima subtropical, ocorre
uma variação climática bem acentuada, de acordo com as estações do ano, sendo que
em algumas microrregiões, como na serra gaúcha e catarinense, ocorre precipitação de
neve no inverno. Não raro são observadas temperaturas abaixo de zero. Salvo algumas
pesquisas (NASCIMENTO et al., 2000), há uma escassez de dados de desempenho
desse tipo de lagoas (BEAL et al., 2003).
No Rio Grande do Sul, um grande número de indústrias de cidades da região
metropolitana de Porto Alegre e do interior, com despejos predominantemente
orgânicos, tem optado por lagoas de estabilização para o tratamento de suas águas
residuárias.
Entre março e julho de 1987 (OESTREICH, 1989) realizou-se um
levantamento do número de lagoas de estabilização implantadas e operando no Estado,
junto às Companhias Estaduais e Municipais de Saneamento e Departamento do Meio
Ambiente da Secretaria de Saúde e Meio Ambiente do Estado. Segundo o autor, a
grande maioria dos 35 sistemas, implantados até essa época, era destinada ao tratamento
de efluentes industriais. Apenas quatro sistemas, referentes aos municípios de Bagé,
Pelotas, Rosário do Sul e Santa Rosa tratavam esgotos domésticos. No entanto, nenhum
deles utilizava lagoas de maturação.
A Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da Universidade de Caxias do Sul
(UCS), em funcionamento desde março de 2002, recebe o esgoto oriundo de 21.000
pessoas (população flutuante) que freqüentam a Cidade Universitária, equivalente a uma
população residente de aproximadamente 5.000 pessoas (BEAL, com. pes.). Ela foi
projetada para que o efluente gerado pela comunidade dessa Cidade diminua os
23
impactos negativos ao corpo receptor, arroio sem nome, situado a leste do município de
Caxias do Sul.
Entre os diversos organismos microscópicos que compõem a população viva de
corpos da água, e que aparecem também nas ETEs, as algas desempenham importante
papel por se constituírem, a cada momento, na melhor expressão das condições
ambientais dominantes. Sua grande capacidade de sintetizar matéria orgânica, seu
rápido desenvolvimento, multiplicação e súbito desaparecimento, são aspectos
dinâmicos que servem de índice de fertilidade das águas. Além disso, atuam sobre as
condições físico-químicas, modificando a cor, a turbidez, a oxigenação, a alcalinidade e
outras propriedades das águas em que habitam (FLORES, 1972).
Sua importância sanitária é ainda vinculada a problemas, tais como: obstrução
de filtros, sabor e odor da água, formação de lodos, interferência na floculação e
decantação, fixação às paredes de reservatórios, corrosão e toxidez e persistência nos
sistemas de abastecimento. Por outro lado, cumprem, passivamente, a função de matéria
nutritiva para a fauna aquática ou se decompõem, transformando-se em substâncias
inorgânicas simples que entram novamente no ciclo geral da matéria (CORTE-REAL &
AGUIAR, 1972).
São importantes na remoção de nitrogênio e fósforo do meio, que garantem seu
desenvolvimento, além de participarem no processo de recuperação de águas servidas,
no sistema de reciclagem promovido em lagoas de estabililização.
Segundo GLOYNA (1973) apud OESTREICH (1989), as algas exercem papel
importante nas lagoas de estabilização, pois, além de fornecerem oxigênio aos
organismos heterotróficos, cabe a elas:
• elevar o pH do meio, durante as horas de luz, ao consumirem anidrido
carbônico;
• suprimir a demanda de oxigênio, ligada à nitrificação bacteriana, ao consumir
amoníaco;
• reduzir a disponibilidade de nutrientes a outras plantas;
24
• conservar a energia no meio, através de seus processos metabólicos
(fotossíntese e respiração).
Estudos sobre a estrutura e dinâmica do fitoplâncton são importantes por ser o
grupo de organismos que responde prontamente às mudanças que ocorrem no ambiente,
funcionando como indicadores ecológicos e auxiliando no entendimento das interações
existentes entre os processos físicos num extremo e as respostas biológicas no outro. A
comunidade fitoplanctônica responde não somente à amplitude das variações, mas
também à freqüência das forças físicas periódicas que agem sobre o ambiente
(NOGUEIRA & MATSUMURA-TUNDISI, 1996).
Segundo HINO (1979), a composição qualitativa e quantitativa da comunidade
fitoplanctônica e suas variações espaciais e temporais refletem não só as interações
entre os componentes dessa comunidade, mas também o efeito de variáveis ambientais
sobre a mesma, sendo influenciadas principalmente pela concentração de nutrientes
inorgânicos, penetração de luz, temperatura, pH e condutividade elétrica da água.
O conhecimento qualitativo e quantitativo das algas e a concentração da
biomassa algal do meio líquido fornecem indicações úteis do tipo de lagoa e da
eficiência do tratamento. A quantificação da biomassa algal presente nas lagoas de
estabilização é estimada por meio direto que inclui o peso úmido e seco dos
microorganismos em um volume conhecido de amostra, ou por métodos indiretos com a
extração e quantificação da concentração da clorofila a.
Nos estudos sobre a comunidade fitoplanctônica, geralmente são analisadas as
suas produtividades primárias e, principalmente, as suas variações quantitativas. Um
dos métodos que têm sido mais utilizados para quantificar o fitoplâncton é através do
uso da célula ou câmara de Sedgwick-Rafter (WOELKERLING et al., 1976). Tal
método permite estimar o número de células ou indivíduos do fitoplâncton, favorecendo
os trabalhos que descrevem as variações sazonais quantitativas da comunidade
fitoplanctônica.
A estrutura de comunidades de algas, determinada através de indicadores tais
como composição específica, densidade celular, riqueza de espécies e uniformidade
25
específica, pode ser utilizada como base para a avaliação da qualidade de um sistema
aquático, podendo a medida da diversidade específica constituir-se em um bom índice
de comparação de comunidades ambientais (ROSA et al., 1988).
Estudos da estrutura de comunidades de algas associados ao conhecimento de
condições físicas e químicas da água podem constituir-se em bons indicadores de
impacto ambiental oriundo de despejos industriais e domésticos. A diversidade
específica das comunidades pode retratar a estabilidade do sistema, sendo que índices
de diversidade baixos refletem, em geral, condições extremas de poluição ou pureza das
águas (MARGALEF, 1974).
As variáveis estacionais do fitoplâncton e suas relações com as variáveis
ambientais têm sido muito estudadas nos lagos de regiões temperadas, onde os efeitos
dessas variáveis são mais fáceis de se quantificar devido à definição dos ciclos
estacionais. Nestas regiões, as variações anuais da densidade numérica do fitoplâncton
são comumente relacionadas com as variações de temperatura e iluminação no decorrer
das estações, variáveis estas que devido a sua relação direta devem ser analisadas
conjuntamente na sua ação sobre o fitoplâncton (HUTCHINSON, 1967; FOGG, 1975).
Segundo ESTEVES (1988), em lagos tropicais, a temperatura, por estar sempre
acima dos valores limitantes ao crescimento, não tem efeito tão significativo sobre as
variações temporais do fitoplâncton como em lagos temperados, sendo controlada por
outros fatores como a disponibilidade de nutrientes e radiação subaquática, além de
fatores bióticos como herbivoria e parasitismo.
O propósito deste trabalho foi apresentar um levantamento dos parâmetros
ecológicos das LM da ETE-UCS, necessário para o conhecimento da ecologia do
fitoplâncton.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
Lagoas naturais que recebem despejos de comunidades e que realizam os
fenômenos típicos e próprios de depuração de lagoas de estabilização existem há
séculos, mas esse método de tratamento passou sem que fosse dado valor pelos
especialistas da época durante longo tempo. Portanto, não é possível determinar a época
exata da implantação da primeira lagoa de estabilização; este processo de depuração das
águas residuárias originou-se da simples descarga acidental ou proposital em uma lagoa
natural ou artificial (JORDÃO & PESSÔA, 1995).
Em 1901 a cidade de San Antonio, no Texas, USA, foi uma das primeiras a
utilizar lagoas para destinação de suas águas residuárias (GLOYNA, 1971). Isto foi
seguido por outros estados daquele país, como Montana (1911), Califórnia (1911 e
1924), e outros.
Em 1928, em Dakota do Norte, nos Estados Unidos, entrou em funcionamento
uma lagoa construída na cidade de Fesseden em caráter de emergência. Assim, de
observações obtidas com soluções acidentais construiu-se a primeira lagoa de
estabilização americana projetada especificamente para receber e depurar esgoto bruto,
na cidade de Maddok, na Dakota do Norte, em 1948 (GLOYNA, 1971; SILVA &
MARA, 1979; JORDÃO & PESSÔA, 1995).
Na Austrália, por volta de 1940, foram iniciadas pesquisas para a depuração do
esgoto bruto de Melbourne, empregando-se lagoas de estabilização (VICTORETTI,
1964).
27
A partir de 1943, os técnicos começaram a dar a devida atenção, sentindo o
processo natural de tratamento como solução altamente satisfatória para o destino das
águas residuárias. Novas publicações surgiram em 1950, resultado do trabalho de
grandes pesquisadores e, já em 1960, definiu-se um intercâmbio de informações e
experiências entre o meio técnico dos países que aceitavam o uso de lagoas de
estabilização. Entre eles estão: Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia,
Israel, África do Sul, Colômbia, Peru, Costa Rica e Brasil.
No Brasil, lagoas naturais também surgiram ao acaso, como o Dique da Fonte
Nova, na Bahia, as lagoas do Parque do Ibirapuera e a Represa Billings em São Paulo.
As primeiras lagoas, construídas com critérios técnicos de dimensionamento, foram
implantadas em 1960 na cidade de São José dos Campos, São Paulo. Essas foram tidas
como as primeiras no uso de pesquisa de parâmetros para projetos, tendo apresentado
resultados satisfatórios e serviram de estímulo ao crescimento do uso de lagoas por todo
o país (AUERSWALD, 1979).
PEARSON et al. (1996) salientam que as lagoas de estabilização podem ser
construídas em diferentes combinações e distribuições, dependendo dos padrões de
qualidade esperados para o efluente final. A eficiência diária das lagoas de estabilização
é função da qualidade de seu efluente, e pode ser estimada através de análises dos
parâmetros DBO
5
, DQO e Sólidos em Suspensão (MENDONÇA, 2000).
Os processos envolvidos na estabilização da matéria orgânica consistem,
basicamente, na sedimentação dos sólidos sedimentáveis e coloidais e na decomposição
dos sólidos dissolvidos. Portanto, a estabilização da matéria orgânica envolve,
primeiramente, os processos físico-químicos (sedimentação do material sedimentável e
floculação do material coloidal). Em seguida, os processos biológicos atuarão para
completar a estabilização da matéria orgânica, como a degradação anaeróbia dos sólidos
sedimentados e a degradação aeróbia ou facultativa do material dissolvido (FALCO et
al., 2003). Além disso, nos processos de tratamento utilizando lagoas de estabilização
outros fatores que influenciam são: insolação, evaporação, ventilação, precipitação
pluviométrica, temperatura e fotossíntese das algas (GOMES et al., 2003). O
mecanismo da estabilização consiste na seguinte relação simbiótica entre as algas e as
bactérias:
28
- as bactérias aeróbias e anaeróbias facultativas, utilizando-se de suas enzimas
e de processos oxidativos agem sobre a matéria orgânica, decompondo-a em moléculas
mais simples e mais estáveis, liberando para as algas gás carbônico (CO
2
), água (H
2
O),
amônia (NH
3
) e fosfato (PO
4
- 3
).
- as algas, por sua vez, utilizam dióxido de carbono, água, amônia, fosfato e
outros compostos inorgânicos para a síntese celular e, através da fotossíntese, liberam
oxigênio para o meio líquido, que ajuda a manter as condições aeróbias para as
bactérias, fechando assim o ciclo.
A relação que existe entre as bactérias e as algas em uma lagoa de estabilização
é mostrada na figura 1.
Figura 1: Simbiose de algas e bactérias em lagoas de estabilização (SALOMÃO &
MARA, 1979).
2.2 ETE UCS
Os efluentes gerados na Cidade Universitária são tratados nesta ETE por um
processo de Lagoas de Estabilização, que consiste em uma lagoa aerada de mistura
completa, seguida de uma lagoa de sedimentação e duas lagoas de maturação com
chicanas (BEAL et al., 2003).
29
2.2.1 Lagoas aeradas
As lagoas aeradas mecanicamente são reatores biológicos com tempo de
detenção de 2 a 4 dias e profundidade variando entre 2,5 m e 5 m, onde a aeração é feita
artificialmente por meio de aeradores mecânicos, fixos ou flutuantes (MAEKAWA et
al., 1995). Estes criam uma turbulência que serve não só para garantir a oxigenação do
meio, mas também para manter os sólidos em suspensão e a biomassa dispersa no meio
líquido. Entre os sólidos mantidos em suspensão e em mistura completa se incluem,
além da matéria orgânica do esgoto bruto, as bactérias. Há, em decorrência, uma maior
concentração de bactérias no meio líquido, além de um maior contato matéria orgânica
– bactérias (KÖNING, 2000).
Segundo BRYANT (1995), os principais processos que ocorrem nas lagoas
aeradas são: oxidação, clarificação e digestão dos sólidos sedimentados na zona
bentônica. Esses processos podem variar com a lagoa em função de variações sazonais
da temperatura, intensidade de aeração, tipo de aerador, re-dissolução de compostos
bentônicos e disponibilidade de nutrientes.
2.2.2 Lagoas de sedimentação
As lagoas de sedimentação ou decantação possuem um tempo de detenção de 2
dias e profundidade que varia entre 2,5 m e 4,5 m. Elas possibilitam a sedimentação de
sólidos em suspensão (predominantemente a biomassa), bem como a sua estabilização
(VON SPERLING, 1996).
2.2.3 Lagoas de maturação com chicanas
O termo lagoa de maturação é dado àquela lagoa que recebe um afluente cuja
DBO
5
está praticamente estabilizada e o oxigênio dissolvido se faz presente em toda a
massa líquida (KELLNER & PIRES, 1998).
Chicanas são paredes usadas para canalizar o fluxo do líquido através da lagoa.
Essas paredes podem promover a submersão dos microorganismos perifíticos
localizados na superfície, aumentando a concentração dos mesmos nas lagoas através de
30
sua fixação nas paredes, melhorando a taxa de estabilização orgânica na lagoa. As
chicanas afetam o fluxo hidráulico padrão do sistema e reduzem os curto-circuitos,
promovendo condições favoráveis ao escoamento do líquido.
Para MUTTAMARA & PUETPAIBOON (1995), as chicanas provocam um
regime hidráulico semelhante ao fluxo de pistão, o qual aumenta a eficiência de
remoção de carbono orgânico e nitrogênio.
As lagoas de maturação com chicanas possibilitam um polimento no efluente
de qualquer sistema de tratamento de esgotos. O principal objetivo dessas lagoas é o da
remoção de organismos patogênicos, porém podem ser utilizadas também para a
remoção de nutrientes. Este tipo de lagoa é desejável sempre que forem necessários
baixos valores de DBO
5
e uma alta qualidade bacteriológica do efluente, seja em locais
onde o risco de veiculação hídrica de patogênicos é alto, seja onde o efluente deva ser
reutilizado na agricultura ou aqüicultura (MARA & PEARSON, 1986).
Na agricultura, o efluente final normalmente é empregado na irrigação devido
não só à água, como também à presença de nutrientes minerais e compostos orgânicos.
No entanto, o efluente deve ser constantemente monitorado e analisado, principalmente
em termos de DBO
5
, pH, alcalinidade, organismos patogênicos e presença de alguns
elementos químicos, que podem ser tóxicos ou nocivos à plantação.
Na aqüicultura, o reúso é normalmente feito empregando-se o efluente tratado
na produção de algas ou na criação de peixes. Em ambos os casos, as lagoas devem ser
predominantemente aeróbias. A prática da aqüicultura, algumas vezes, é aplicada não
para a produção de alimentos, mas sim para melhorar o efluente das lagoas de
estabilização.
Segundo VON SPERLING (1996), o ambiente ideal para os microorganismos
patogênicos é o trato intestinal humano. Fora deste, quer na rede de esgotos, no trato de
esgotos, ou no corpo receptor, os patogênicos tendem a morrer.
Nas lagoas de maturação predominam condições adversas para os organismos
patogênicos, tais como: longo tempo de detenção, altas temperaturas, grande insolação,
31
altos níveis de pH, altos teores de oxigênio dissolvido, escassez de alimento,
organismos predadores, competição por parte de bactérias saprófitas não fecais,
sedimentação, compostos tóxicos produzidos por outras algas, etc. (MARA &
PEARSON, 1987; VON SPERLING, 1996).
As lagoas de maturação são dimensionadas de forma a fazer uma utilização
ótima de alguns destes mecanismos, que se tornam mais efetivos em menores
profundidades da lagoa, o que justifica o fato de as mesmas serem mais rasas (0,80 m a
1,50 m), quando comparadas com os demais tipos de lagoas. GLOYNA (1971) sugere a
adoção de 1,00 m de profundidade. Normalmente, considera-se o tempo de detenção
hidráulico de 7 dias para o seu dimensionamento.
A montagem em série de lagoas de maturação em relação largura/comprimento
permite um escoamento ideal em fluxo pistão, otimizando a depuração bacteriológica.
Em uma série de lagoas, a primeira etapa permite eliminar as substâncias carbonáceas e
há uma perda de amônia e fosfatos pela assimilação algal; a segunda etapa permite a
volatilização de amônia e a precipitação de fosfatos, e a última etapa assegura a fixação
de nitrogênio pelas cianofíceas que eliminam o fósforo presente (MOERSIDIK, 1992).
As lagoas de maturação devem atingir elevadíssimas eficiências na remoção de
coliformes (eficiência maior que 99,0 ou 99,99%), para que possam ser cumpridos os
padrões para utilização do efluente para irrigação ou os padrões para corpos d’água, em
função da classe a que pertencem (resolução n
o
357 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente - CONAMA - de 17 de março de 2005).
2.3 A INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS EM LAGOAS DE
ESTABILIZAÇÃO
As principais condições ambientais em uma lagoa de estabilização são a
radiação solar, a temperatura e o vento, as quais apresentam as influências listadas no
quadro 1 (JORDÃO & PESSÔA, 1995).
32
Quadro 1: Influência dos principais fatores ambientais externos
Fator Influência
Radiação solar Velocidade de fotossíntese
Temperatura Velocidade de fotossíntese
Taxa de decomposição bacteriana
Solubilidade e transferência de gases
Condições de mistura
Vento Condições de mistura
Reaeração atmosférica
Em locais com pouco ou nenhum vento na superfície da lagoa, esta permanece
estratificada (VON SPERLING, 1996). A estratificação pode ser quebrada por meio de
um mecanismo de mistura natural denominado inversão térmica (figura 2). Além disso,
em lagos de pequenas profundidades, como as lagoas de estabilização, a mistura pode
ocorrer uma vez por dia, de acordo com a seguinte seqüência (SILVA & MARA, 1979):
Início da manhã, com vento. Mistura completa. A temperatura é uniforme ao
longo da profundidade.
Meio da manhã, com sol, sem vento. Aumento da temperatura na camada
superficial (acima da termoclina). A temperatura do fundo (abaixo da termoclina) varia
pouco, sendo influenciada pela temperatura do solo. Estratificação.
Início da noite, sem vento. A camada acima da termoclina perde calor mais
rapidamente do que a camada de fundo. Caso as temperaturas das duas se aproximem,
ocorre a mistura.
Noite, com vento. O vento auxilia na mistura das camadas.
33
Figura 2: Estratificação e mistura em uma lagoa de estabilização (VON SPERLING,
1996)
2.4 O FITOPLÂNCTON COMO INDICADOR BIOLÓGICO
Desde o início do desenvolvimento da Limnologia, pesquisadores têm se
preocupado em identificar organismos e variáveis ambientais que possam caracterizar
ecossistemas aquáticos quanto ao estado de saprobidade e trofia. Os estudos sobre
fitoplâncton e indicadores biológicos nas décadas de setenta a noventa, deram grande
importância à espécie para indicar condições de saprobidade e trofia da água
(SLÁDECEK, 1973; PATRICK & PALAVAGE, 1994). Nos últimos anos, o estudo das
associações planctônicas se revela especialmente útil para avaliar o grau e a intensidade
das referidas condições (REYNOLDS, 1980; 1996).
As algas são importantes indicadores do estado trófico, por serem a
comunidade que melhor expressa os efeitos do enriquecimento dos nutrientes nas águas
abertas; além disso, sua tolerência à poluição orgânica está bem documentada
(HELLAWELL, 1989) e a documentação de sua eficiência como indicadores de
poluição por metais pesados, começa a adquirir importância (MOORE, 1991). Ao lado
dos macroinvertebrados, as algas constituem o grupo mais utilizado como indicador
biológico das condições ambientais dos ecossistemas aquáticos.
34
2.5 GÊNEROS DE ALGAS MAIS FREQÜENTES EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
Muitos gêneros de algas têm sido identificados em lagoas de estabilização.
PALMER (1969) apud MARA & PEARSON (1986) relata a ocorrência de 21 gêneros
em uma lagoa durante um único dia, um total de 83 gêneros encontrados durante 2 anos
de observações em três lagoas localizadas em Indiana, USA. SILVA (1973) relata a
ocorrência de 16 gêneros de algas mais encontradas, nas lagoas de São José dos
Campos, no estado de São Paulo, e nas lagoas de Guará, Brasília.
Segundo BRANCO (1978), dentre os principais gêneros de algas que ocorrem
nas lagoas de estabilização, podemos citar: Anabaena, Chlorella, Chlamydomonas,
Chlorella, Chlorococcum, Eudorina, Euglena, Golenkinia, Gomphonema, Lepocinclis,
Micractinium, Microcystis, Nitzschia, Oscillatoria, Pandorina, Phacus, Phormidium,
Scenedesmus, Surirella, Tetraedron e outros.
Estudos sobre algas em lagoas de estabilização em série realizados por
FLORENTINO (1992) apud KÖNING (2000), na região próxima ao litoral do estado da
Paraíba, mostraram a presença de 20 gêneros na lagoa facultativa secundária. Os
gêneros mais freqüentes foram: Oscillatoria, Euglena, Chlamydomonas, Navicula,
Ankistrodesmus, Closterium, Micractinium, Chlorella, Pyrobotrys, entre outros.
ZANOTELLI (2000) observa a ocorrência de 13 gêneros de algas em lagoas
facultativas e de aguapés, em Florianópolis, no estado de Santa Catarina. KÖNING
(2000) registra a ocorrência de 22 gêneros de algas em lagoas facultativas secundárias
durante um período de 24 horas de observação, no Nordeste do Brasil.
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Relacionar a estrutura da comunidade fitoplanctônica com as condições físicas,
físico-químicas e químicas da água das lagoas de maturação da ETE-UCS.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar as variações sazonais no padrão qualitativo e quantitativo do fitoplâncton, das
lagoas de maturação da ETE-UCS.
• Determinar a variação dos fatores abióticos do meio em relação à sazonalidade.
• Estabelecer a estrutura e composição dos táxons do fitoplâncton, como base para um
acompanhamento das mudanças ao longo do tempo e do espaço, servindo como práticas
de manipulação de ecossistemas aquáticos em lagoas de estabilização da região,
utilizadas no tratamento de efluentes domésticos.
36
4 ÁREA DE ESTUDOS
A ETE-UCS (figura 4) situa-se na cidade de Caxias do Sul, a 51
o
08’56’de
longitude Oeste e a 29
o
09’56’’ de latitude Sul (figura 3). O município, de
aproximadamente 400.000 hab., localiza-se na Encosta Superior do Nordeste do Estado
do Rio Grande do Sul, numa altitude que varia de 650 a 850 m acima do nível do mar.
Ele fica sobre um divisor de águas das Bacias Hidrográficas do rio Caí e do rio das
Antas, ambas pertencentes à Região Hidrográfica do Guaíba.
De acordo com a classificação climática de Köppen, Caxias do Sul enquadra-se
dentro de um clima do tipo Cfa (subtropical úmido). A temperatura varia de -1,4
o
C a
+33,6
o
C, sendo a média anual de 16,0
o
C. Ocorre uma média de 15 geadas por ano,
sendo as nevadas esporádicas. A média da umidade relativa do ar é de 84% e a de
precipitação pluviométrica é de 2.174 mm/ano. Os ventos sopram, em sua maior parte,
na direção nordeste, com velocidade de 6 metros por segundo (BRUGALLI, 1982).
Figura 3: Mapas da localização de Caxias do Sul.
37
Figura 4: Imagem das Lagoas de Estabilização da ETE-UCS, Caxias do Sul, mostrando:
(LA= Lagoa Aerada; LS= Lagoa de Sedimentação; LM1= Lagoa de
Maturação 1; LM2= Lagoa de maturação 2 (fonte: ISAM-UCS).
Um esquema do sistema de Lagoas da ETE-UCS está representado na figura 5,
a seguir (BEAL et al., 2003).
Figura 5: Fluxograma típico de um sistema de lagoa aerada de mistura completa, lagoa
de decantação e lagoas de maturação (fonte: ISAM-UCS)
As características do sistema de lagoas da ETE-UCS, segundo BEAL et al.
(2003), estão listadas na tabela 1 a seguir.
38
Tabela 1: Características do Projeto do Sistema de Lagoas
Unidade TDH L C H V
L. Aerada 4 d 11,2 m 19,40 m 3,0 m 400 m
3
L. Sedimentação 2 d 6,70 m 14,10 m 3,0 m 200 m
3
L. Maturação 1 10,66 d 19,0 m 57,5 m 1,0 m 1.066 m
3
L. Maturação 2 16,27 d 19,0 m 87,47 m 1,0 m 1.627 m
3
Fonte: ISAM-UCS
Legenda:
TDH: tempo de detenção hidráulica
L: largura do nível da linha da água
C: comprimento da lagoa na linha da água
H: altura do nível da água
V: volume da lagoa
A vazão média de alimentação no projeto é de 110 m
3
por dia. As duas lagoas
de maturação possuem duas chicanas cada, construídas em alvenaria sobre uma
estrutura de concreto. Os tempos de detenção são os de parâmetro de projeto e, quando
da operação, variam de acordo com a oscilação da vazão a ser tratada (BEAL, com.
pes.).
5 MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 AMOSTRAGEM
O estudo do fitoplâncton e das variáveis físicas, físico-químicas, químicas e
biológicas da água da ETE-UCS, basearam-se em amostragens mensais realizadas no
período de agosto de 2005 a julho de 2006, totalizando 12 meses.
Três pontos de amostragem foram estabelecidos: um na Entrada da Lagoa de
Maturação 1 (ELM1), um na Saída da Lagoa de Maturação 1 (SLM1) (figura 6) e um na
Saída da Lagoa de Maturação 2 (SLM2) (figura 7).
Figura 6: Estações de amostragem (ELM1: Entrada da Lagoa de Maturação 1; SLM1:
Saída da Lagoa de Maturação 1).
40
Figura 7: Estação de amostragem (SLM2: Saída da Lagoa de Maturação 2).
As amostras simples de fitoplâncton e de água, para determinação das variáveis
físicas, físico-químicas, químicas e biológicas foram coletadas na sub-superfície da água
concomitantemente, no período entre 12 h e 14 h.
Devido à proximidade da ETE-UCS com o LASAN (Laboratório de
Saneamento), cerca de 1 km, os frascos com as amostras não necessitaram ser
acondicionados com gelo.
As coletas do fitoplâncton foram efetuadas na sub-superfície da água (15 cm),
mediante dois tubos plásticos cortados na base e enroscados na outra extremidade. Cada
frasco teve uma capacidade de 200 mL e ambos foram mergulhados na água no mesmo
instante.
Após a coleta, um frasco de vidro de 200 mL, contendo uma amostra com
fitoplâncton foi fixada com lugol neutro (SOURNIA, 1978). Esta foi mantida em
refrigerador no laboratório para posterior análise.
41
O outro frasco de vidro com amostra de 200 mL foi dividido em duas sub-
amostras de 100 mL. Uma foi fixada com formol a 4% e a outra foi mantida com
fitoplâncton vivo.
5.2 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS CLIMATOLÓGICAS
Os dados climatológicos de precipitação pluviométrica, da Estação do
Aeroporto de Caxias do Sul, distante cerca de 4 km da área de estudo, foram obtidos do
8
o
Distrito de Meteorologia de Porto Alegre, RS (órgão vinculado ao Ministério de
Agricultura e Reforma Agrária).
5.3 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS FÍSICAS, FÍSICO-QUÍMICAS E QUÍMICAS DA
ÁGUA
Medidas de pH, temperatura do ar e da água, e transparência da água foram
obtidas no próprio local de coleta.
As demais análises físicas, físico-químicas, químicas e biológicas foram
efetuadas no Laboratório de Saneamento (LASAN), do Instituto de Saneamento (ISAM)
da UCS, de acordo com APHA (1995).
5.3.1 Variáveis físicas da água
Temperatura da água
Foi registrada pela leitura em termômetro de mercúrio com intervalo de 0,1
o
C.
Os resultados são expressos em
o
C.
Turbidez
Foi determinada pelo método Nefelométrico, utilizando-se um turbidímetro
VELP, modelo 11520. Os resultados são expressos em UNT (unidades nefelométricas
de turbidez).
42
Transparência da água
Foi obtida utilizando-se o disco de Secchi, preto e branco de 30 cm de
diâmetro. Os resultados são expressos em m.
5.3.2 Variáveis físico-químicas da água
pH
Foi anotado pelo método potenciométrico, utilizando-se um phmetro
DIGIMED, modelo DM-2.
Condutividade elétrica
Foi determinada através do uso de um condutivímetro DIGIMED, modelo DM-
3. Os resultados são expressos em µS/cm.
5.3.3 Variáveis químicas da água
Oxigênio dissolvido
Foi determinado pelo método de Winkler. Os resultados são expressos em mg
O
2
/L.
DBO
5
total e solúvel
Foram determinados pelo método de diluição de incubação por cinco dias a
20
O
C. Os resultados são expressos em mg O
2
/L.
DQO total e solúvel
Foram determinados pelo método do refluxo fechado com dicromato de
potássio. Os resultados são expressos em mg O
2
/L.
Sólidos suspensos totais e voláteis
43
Foram medidos pelo método gravimétrico. Os resultados são expressos em
mg/L.
Nitrato
Foi medido pelo método do ácido fenoldissulfônico. Os resultados são
expressos em mg N-NO
3
-
/L.
Nitrito
Foi medido pelo método colorimétrico de sulfalamida e N-(1-naftil)-
etilenodiamina. Os resultados são expressos em μg N-NO
2
-
/L.
Nitrogênio amoniacal
Foi determinado pelo método titulométrico com destilação prévia (+ 5mg/L) ou
pelo método de Nesslerização com destilação prévia (- 5mg/L). Os resultados são
expressos em mg N-NH
3
/L.
Fósforo total
Foi determinado pelo método do ácido ascórbico. Os resultados são expressos
em mg P-PO
4
-3
/L.
5.4 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS BIOLÓGICAS
5.4.1 Clorofila a
A medição da clorofila a foi feita pelo método etanol a quente, utilizando-se
um espectrofotômetro SPECTRONIC modelo GENESYS 2, com comprimento de onda
de 200 a 1100 nm. Os resultados são expressos em μg/L.
44
5.5 ANÁLISE DO FITOPLÂNCTON
5.5.1 Análise qualitativa
A análise do fitoplâncton foi processada no laboratório do ISAM da UCS.
A análise qualitativa (riqueza) foi realizada a partir do material fixado e,
sempre que possível, vivo.
O exame do material vivo é importante, devido às modificações morfológicas a
que muitos organismos estão sujeitos após a fixação. Tais modificações podem
interferir em suas identificações e medições. O exame do material não fixado deve ser
feito a curto prazo, imediatamente após a coleta, enquanto o material fixado pode ser
examinado em prazo mais longo.
Um microscópio óptico ZEISS modelo AXIOLAB Ere, equipado com câmara
clara, contraste de fase, fluorescência, ocular de medição, máquina fotográfica digital
ZEISS e aumento de 1.000 x, foi utilizado nas análises qualitativas.
Os organismos foram identificados analisando-se as características
morfológicas da vida vegetativa e reprodutiva.
Para identificação dos táxons a nível genérico, específico e infra-específico,
foram montadas quatro lâminas de cada amostra. Para a identificação do grupo das
diatomáceas, foram confeccionadas lâminas permanentes, utilizando Bálsamo de
Canadá (I.R. = 1,53) como resina entre lâmina e lamínula, segundo o método de
SIMONSEN (1974).
Para a identificação das espécies fitoplanctônicas, foram utilizadas as seguintes
bibliografias: FRENGUELLI (1942), HUBER-PESTALOZZI (1961), BOURRELLY
(1968, 1970, 1972), FÖRSTER (1969, 1974), BICUDO & BICUDO (1970),
PRESCOTT (1970, 1979), WHITFORD & SCHUMACHER (1973), PARRA &
GONZÁLEZ (1978), GERMAIN (1981), GONZÁLEZ & DELLAROSA (1983),
TRACANNA (1985), MENEZES (1989), ALVES-DA-SILVA & TORRES (1994),
45
COSTA (1995), GÓMEZ & BAUER (2000), ALVES-DA-SILVA & BRIDI (2004),
além de outros artigos especializados.
Foi utilizada a classificação geral de HOECK et al. (1995) para enquadrar as
espécies dentro de divisões e classes.
5.5.2 Análise quantitativa
A análise quantitativa (densidade) do fitoplâncton foi feita nas amostras de 200
mL fixadas com lugol, utilizando-se a câmara de Sedgwick-Rafter (WETZEL &
LIKENS, 1990) e um microscópio óptico ZEISS modelo AXIOLAB Ere, equipado com
câmara clara, contraste de fase, fluorescência, ocular de medição e aumento de 400 x. A
câmara de Sedgwick-Rafter comporta uma área de 1.000 mm
2
. Apresenta 1.000
campos, uma capacidade de reter 1mL de água e um volume de 1μL/campo.
Deixou-se em torno de 20 minutos o fitoplâncton sedimentar na câmara e,
após, levou-se a mesma até o microscópio para que se efetuasse a contagem do material.
Devido à elevada densidade de organismos, foram realizadas diluições de 1:2 a 1:10. O
procedimento de contagem escolhido foi o de contagem por campos, através de dois
transectos perpendiculares um ao outro. Levando em consideração o tempo que é
consumido em cada quantificação e o número de amostras coletadas, partiu-se do valor
mínimo de 400 indivíduos/amostra da espécie mais abundante a quantificar e eficiência
de no mínimo 90%, onde a eficiência é a probabilidade que um número necessário de
indivíduos tenha sido contado. Eficiência máxima, em termos quantitativos, significa
que a probabilidade de uma nova espécie a ser encontrada seja mínima; ou seja, mais
próxima de zero do que 1 (PAPPAS & STOERMER, 1996). De acordo LUND et al.
(1958), isso permite trabalhar com erro inferior a 10% e com intervalo de confiança de
95%.
Para efeito de contagem, cada célula, colônia, cenóbio, tricoma ou filamento
foi considerado como um indivíduo.
46
5.5.3 Estrutura da comunidade fitoplanctônica
A estrutura da comunidade fitoplanctônica foi avaliada através dos seguintes
atributos: riqueza específica, densidade de organismos, abundância, diversidade de
espécies, eqüitabilidade.
5.5.3.1 Riqueza específica
A riqueza específica é representada pelo número de táxons presentes na
amostra.
5.5.3.1.1 Análise de rarefação
Esse método calcula qual seria o número esperado de espécies levando em
consideração o esforço amostral. Ele foi utilizado para a análise de suficiência amostral.
O cálculo foi realizado através dos programas Biodiversity Pro versão 5.1 (Mc
ALEECE, 1997) e PAST (HAMMER et al., 2001).
5.5.3.2 Densidade de organismos
A estimativa de densidade, expressa em indivíduos por mililitro (ind./mL), foi
obtida através da seguinte fórmula (APHA, 1995), sendo:
FDA
mmC
mL
indN
o
=
3
1000
, onde
C= Número de indivíduos contados
A= Área do campo (mm
2
)
D= Altura da câmara (mm)
F= Número de campos contados
5.5.3.3 Abundância
Foram consideradas espécies abundantes aquelas cuja ocorrência numérica
supera o valor médio obtido ao dividir a densidade total de cada amostra pelo número
de táxons na mesma (LOBO & LEIGHTON, 1986).
47
5.5.3.4 Diversidade de espécies
A diversidade específica do fitoplâncton foi determinada para cada amostra
quantitativa, pelo índice de diversidade de SHANNON & WIENER (1963), que pode
ser definido pela fórmula:
=
n
pipiH
1
2
log'
sendo
N
n
pi = , onde
H’= diversidade específica da amostra
n= número de indivíduos da espécie i
N= número total de indivíduos
O cálculo da diversidade foi feito através do programa PAST (HAMMER
et
al
., 2001), com os resultados expressos em bits (binary digits) por indivíduos. Utilizou-
se o teste t de “Student” (p<0,05) para verificar se a diferença da diversidade específica
entre os pontos amostrados foi significativa.
5.5.3.5 Eqüitabilidade
A eqüitabilidade (J’) foi avaliada através da fórmula sugerida por PIELOU
(1966)
apud LEGENDRE & LEGENDRE (1984). Foram calculados os valores de
eqüitabilidade para os dados do número de indivíduos (densidade), segundo a
expressão:
máx
H'
H'
'J =
SlogH'
2máx
=
, onde
H’ = índice de diversidade da amostra
H’máx = índice de diversidade máxima da amostra1
S = número de espécies da amostra.
1
Obtida quando todas as espécies apresentam igual contribuição para a biomassa total.
48
O cálculo de eqüitabilidade foi feito utilizando-se o programa PAST
(HAMMER
et al., 2001).
5.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS
5.6.1 Análise de agrupamento (Cluster)
A análise de agrupamento foi utilizada para relacionar as variáveis temporais
do número de indivíduos, da riqueza e da abundância dos grupos de algas do
fitoplâncton. Esta técnica multivariada consiste em reunir em grupos hierárquicos
sucessivos elementos (indivíduos) de acordo com o grau de semelhança, do maior para
o menor entre eles (PIELOU, 1984). Os resultados são expressos de forma gráfica
(dendrograma).
Para a avaliação da riqueza utilizou-se a Análise de Cluster por Similaridade,
através de ligação simples mediante o método de Sørensen-Dice.
Para o exame da abundância empregou-se a Análise de Cluster por
Similaridade, através de ligação UPGMA (Unweighted Pair-Group Method Average)
mediante o método de Bray-Curtis.
Para avaliar o grau de estabilidade da amostra, utilizou-se a Análise de Cluster
pelo método de autoreamostragem (“bootstrap”), com a geração de 1.000 iterações.
5.6.2 Correlação linear de Pearson
A análise de correlação linear de Pearson (p<0,05) foi utilizada para investigar
as relações entre as variáveis físicas, físico-químicas e químicas da água, além da
clorofila
a, durante o período amostrado. O programa estatístico utilizado para esta
análise foi o PAST (HAMMER
et al., 2001).
49
5.6.3 Análise de regressão linear múltipla
A técnica estatística de regressão linear múltipla é usada para estudar a relação
entre a variável dependente e várias variáveis independentes. Ela pode ser utilizada na
interpretação dos dados resultantes da relação entre uma variável biótica e as variáveis
ambientais. Sua principal finalidade é a predição de resultados.
A análise de regressão linear múltipla foi aplicada sobre as variações temporais
da riqueza, abundância e diversidade das cinco classes fitoplanctônicas, bem como das
variáveis físicas, físico-químicas e químicas da água, além da clorofila
a, das LM da
ETE-UCS.
Nesta análise utilizou-se o General Linear Model (GLM) – regressão linear
múltipla com stepwise backward, com tolerância de 1 a -11. Portanto, retirou-se
seqüencialmente o valor de > p até o nível de significância desejado (p<0,05).
O cálculo foi realizado através do programa SYSTAT (WILKISON
et al.,
1992).
6 RESULTADOS
Grande parte das variáveis abióticas e biótica (clorofila a) analisadas neste
trabalho estiveram muito inter-relacionadas, como pode se observar pelos resultados da
tabela de correlação linear de Pearson (anexo 3, tabela 51).
As tabelas 48, 49 e 50 do anexo 2 apresentam os dados, com média e desvio
padrão, das variáveis físicas, físico-químicas, químicas e da variável biológica (clorofila
a), na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, durante o período amostrado. A seguir,
serão analisados os dados das variáveis climatológicas, físicas, físico-químicas e
químicas da água, além da variável biológica (clorofila
a).
6.1 VARIÁVEIS CLIMATOLÓGICAS
6.1.1 Temperatura do ar
A temperatura do ar apresentou uma amplitude de 19,5
o
C entre os períodos de
amostragem. O maior valor obtido ocorreu nos meses de janeiro/06 na SLM1 e de
março/06 na SLM2 com 33,0
o
C. O menor valor obtido ocorreu em setembro/05 na
SLM1 com 13,5
o
C.
A tabela 2 e a figura 8 mostram os valores de temperatura do ar nos momentos
das coletas durante o período de estudo.
51
Tabela 2: Valores de temperatura (
o
C) do ar, nos momentos das coletas, no período de
agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 25,1 26,0 26,1
set./05 14,0 13,5 14,1
out./05 22,0 20,2 20,0
nov./05 21,3 21,3 22,0
dez./05 23,1 25,2 24,2
jan./06 31,8 33,0 32,2
fev./06 27,0 26,7 30,0
mar./06 30,0 31,0 33,0
abr./06 32,4 28,9 28,0
mai./06 14,0 14,0 14,8
jun./06 24,8 28,0 25,0
jul./06 17,0 19,0 18,1
0
5
10
15
20
25
30
35
ago./05
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nov./
05
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05
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0
6
jun./0
6
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.
/
0
6
Meses amostrados
Temperatura do Ar (
o
C)
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 8: Variações de temperatura (
o
C) do ar, nos momentos das coletas, no período de
agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.1.2 Pluviosidade
Os índices pluviométricos foram calculados a partir da soma dos valores dos
sete dias que antecederam a coleta (tabela 3 e figura 9). Também foi realizada a
somatória da precipitação mensal (tabela 4 e figura 10). Os resultados são expressos em
mm de chuva.
52
0
5
10
15
20
25
30
35
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45
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se
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mai
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6
ju
n
./
0
6
ju
l
./0
6
Meses amostrados
Precipitação mm
As semanas que apresentaram maior precipitação foram nos meses de
outubro/05, com 42,00 mm, e em setembro/05, com 38,80 mm de chuva. As semanas
que apresentaram menor precipitação foram nos meses de julho/06, com 0,60 mm, e em
novembro/05, com 3,50 mm de chuva.
Os meses que apresentaram maiores precipitações foram: outubro/05, com
322,7 mm, e agosto/05, com 211,7 mm de chuva. Os meses que apresentaram menores
precipitações foram: abril/06, com 46,5 mm, e dezembro/05, com 55,9 mm de chuva.
Tabela 3: Valores de precipitação (mm de chuva) nas semanas que antecederam as
coletas, no período de agosto/05 a julho/06, medidos na Estação do Aeroporto
de Caxias do Sul, RS. (fonte: 8
o
Distrito de Meteorologia de Porto Alegre,
RS).
ago./05 set./05 out./05 nov./05 dez./05 jan./06 fev./06 mar./06 abr./06 mai./06 jun./06 jul./06
37,50 38,80 42,00 3,50 12,40 18,50 6,25 35,60 14,80 37,70 9,50 0,60
Figura 9: Variações de precipitação (mm de chuva) nas semanas que antecederam as
coletas, no período de agosto/05 a julho/06, medidos na Estação do Aeroporto
de Caxias do Sul, RS. (fonte: 8
o
Distrito de Meteorologia de Porto Alegre,
RS).
Tabela 4: Valores de precipitação total mensal (mm de chuva), no período de agosto/05
a julho/06 na Estação do Aeroporto de Caxias do Sul, RS. (fonte: 8
o
Distrito
de Meteorologia de Porto Alegre, RS).
ago./05 set./05 out./05 nov./05 dez./05 jan./06 fev./06 mar./06 abr./06 maio./06 jun./06 jul./06
211,7 171,5 322,7 94,8 55,9 144,1 179,4 174,4 46,5 107,7 185,5 203,0
53
0
50
100
150
200
250
300
350
ag
o
./
0
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out./05
n
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0
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jan./06
fe
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6
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br./06
mai/06
jun.
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jul./
0
6
Meses amostrados
Precipitação mm
Figura 10: Variações de precipitação total mensal (mm de chuva), no período de
agosto/05 a julho/06 na Estação do Aeroporto de Caxias do Sul, RS. (fonte:
8
o
Distrito de Meteorologia de Porto Alegre, RS).
6.2 VARIÁVEIS FÍSICAS, FÍSICO-QUÍMICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA
6.2.1 Variáveis físicas da água
6.2.1.1 Temperatura da água
Os valores de temperatura da água mais elevados ocorreram nos meses de
dezembro/05, com 31,3
o
C na SLM2, e janeiro/06, com 31,2
o
C, também na SLM2,
corespondentes ao período de primavera e verão.
Os valores mínimos registrados ocorreram nos meses de junho/06, com 12,0
o
C
na ELM1, e setembro/05, com 13,0
o
C na SLM2, correspondentes ao período de outono
e inverno.
A tabela 5 e a figura 11 mostram as variações de temperatura da água nos
diferentes meses e estações de amostragem.
54
Tabela 5: Valores de temperatura da água (
o
C) no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 20,0 21,2 20,2
set./05 13,1 13,1 13,0
out./05 22,3 21,0 21,1
nov./05 23,0 23,0 23,4
dez./05 27,4 29,1 31,3
jan./06 29,0 29,0 31,0
fev./06 25,2 25,2 25,0
mar./06 25,1 25,8 29,0
abr./06 21,0 22,0 24,0
mai./06 16,0 16,0 15,1
jun./06 12,0 13,1 16,9
jul./06 14,5 15,7 16,0
0
5
10
15
20
25
30
35
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fev./06
mar./06
abr
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0
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mai
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n
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0
6
j
ul./
0
6
Meses amostrados
Temperatura da Água (
o
C)
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 11: Variações de temperatura da água (
o
C) no período de agosto/05 a julho/06,
na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.1.2 Turbidez
Os valores de turbidez mais elevados foram registrados em dezembro/05, com
27,70 UNT na SLM2, e em janeiro/06, com 27,40 UNT na SLM2. Os menores valores
foram registrados em novembro/05, na SLM2, com 5,53 UNT e na SLM1, com 7,13
UNT. Os valores estão representados na tabela 6 e figura 12.
55
Tabela 6: Valores da turbidez (UNT), no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 7,15 12,12 14,33
set./05 12,25 11,49 8,30
out./05 11,79 12,40 9,81
nov./05 9,47 7,13 5,53
dez./05 23,40 18,70 27,70
jan./06 17,10 16,83 27,40
fev./06 11,70 11,82 18,52
mar./06 14,31 16,04 20,80
abr./06 14,70 13,54 15,03
mai./06 19,86 21,60 22,50
jun./06 16,28 21,70 24,70
jul./06 21,60 14,58 14,36
0
5
10
15
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ago./05
set
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j
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06
jul./06
Meses amostrados
Turbidez (UNT)
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 12: Variações da turbidez (UNT), no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.1.3 Transparência da água
A transparência da água mostrou valores máximos de 0,30 m em outubro/05,
na ELM1 e 0,28 m em novembro/05, na SLM2. Por sua vez, os valores mínimos foram
de 0,08 m em fevereiro/06, na ELM1 e junho/06, na SLM1, além de 0,10 m em
novembro/05, na SLM1.
56
A tabela 7 e a figura 13 mostram as variações de transparência nos diferentes
meses e estações de amostragem.
Tabela 7: Valores de transparência da água (m), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 0,24 0,19 0,17
set./05 0,20 0,18 0,14
out./05 0,30 0,15 0,23
nov./05 0,13 0,10 0,28
dez./05 0,13 0,27 0,19
jan./06 0,26 0,26 0,23
fev./06 0,08 0,13 0,18
mar./06 0,21 0,20 0,22
abr./06 0,12 0,16 0,20
mai./06 0,21 0,14 0,16
jun./06 0,22 0,08 0,12
jul./06 0,17 0,18 0,13
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
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nov./0
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mar./06
abr./06
m
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06
j
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6
ju
l
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Meses amostrados
Transparência da Água (m)
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 13: Variações de transparência da água (m), no período de agosto/05 a julho/06,
na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.2 Variáveis físico-químicas da água
6.2.2.1 pH
Os maiores valores registrados para o pH na SLM2 foram de 9,42 e 9,18 nos
meses de agosto/05 e janeiro/06. Os menores valores registrados foram 6,63 em
setembro/05 na ELM1, e 6,57, também no mês de setembro/05, na SLM1.
57
A tabela 8 e a figura 14 mostram as variações de pH nos diferentes meses e
estações de amostragem.
Tabela 8: Valores de pH, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2
da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 6,65 7,41 9,42
set./05 6,33 6,57 8,76
out./05 6,98 7,41 7,35
nov./05 7,46 7,87 7,90
dez./05 8,26 8,20 8,80
jan./06 8,55 7,94 9,18
fev./06 7,93 7,88 8,52
mar./06 8,39 8,42 8,75
abr./06 7,18 7,69 8,54
mai./06 7,28 7,54 7,20
jun./06 7,28 7,72 7,12
jul./06 7,21 7,40 8,25
0
1
2
3
4
5
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7
8
9
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abr./06
mai.
/
06
jun./
0
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j
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06
Meses amostrados
pH
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 14: Variações de pH, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS.
6.2.2.2 Condutividade elétrica
Os valores mais elevados da condutividade elétrica foram registrados nos
meses de junho e julho/06 (1041 e 1011 µS/cm), respectivamente, ambos na ELM1. Os
menores valores foram registrados no mês de outubro/05, com 178 µS/cm na ELM1 e
com 229 µS/cm na SLM1.
58
A tabela 9 e a figura 15 mostram as variações de condutividade elétrica nos
diferentes meses e estações de amostragem.
Tabela 9: Valores de condutividade elétrica (µS/cm), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 528 514 382
set./05 441 420 341
out./05 178 229 304
nov./05 801 600 413
dez./05 915 848 550
jan./06 324 341 311
fev./06 355 346 384
mar./06 418 357 371
abr./06 866 787 473
mai./06 850 841 643
jun./06 1011 946 739
jul./06 1041 827 604
0
200
400
600
800
1000
1200
ago./0
5
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05
ou
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fev./06
mar./06
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06
jul./
0
6
Meses amostrados
Condutividade Elétrica µS/cm
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 15: Variações de condutividade elétrica (µS/cm), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.3 Variáveis químicas da água
6.2.3.1 Oxigênio dissolvido
Os valores mais elevados de oxigênio dissolvido foram registrados em
janeiro/06 com 27,00 mg O
2
/L e abril/06 com 18,20 mg O
2
/L, ambos na SLM2. Os
59
valores mais baixos foram encontrados na ELM1, no mês de agosto/05 e julho/06, com
0,54 e1,00 mg O
2
/L, respectivamente. Os resultados são apresentados na tabela 10 e
figura 16.
Tabela 10: Valores de oxigênio dissolvido (mg O
2
/L), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 0,54 6,52 7,10
set./05 1,70 5,44 5,18
out./05 4,78 6,20 7,00
nov./05 2,42 1,80 2,20
dez./05 10,00 9,40 12,00
jan./06 17,40 11,72 27,00
fev./06 5,40 5,90 8,00
mar./06 17,00 9,60 12,50
abr./06 5,60 11,00 18,20
mai./06 1,60 4,60 1,60
jun./06 2,00 11,60 12,80
jul./06 1,00 4,60 10,00
0
5
10
15
20
25
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set
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out./05
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mar
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abr./06
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jun./06
j
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/
06
Meses amostrados
OD mg O
2
/L
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 16: Variações de oxigênio dissolvido (mg O
2
/L), no período de agosto/05 a
julho/06, na SLM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.3.2 Demanda bioquímica de oxigênio (DBO
5
) total e solúvel
Os valores mais elevados de DBO
5
total ocorreram no mês de julho/06, com
valores de 280 e 220 mg O
2
/L na SLM1. Os menores valores foram registrados para o
mes de janeiro/06, com 6,8 mg O
2
/L na SLM1 e com 9,3 mg O
2
/L na ELM1.
60
Os valores mais elevados de DBO
5
solúvel ocorreram no mês de dezembro/05,
com 41,3mg O
2
/L na SLM1 e 33,2 mg O
2
/L na SLM2. Os menores valores foram
registrados para os meses de novembro/06, com 2,7 mg O
2
/L na SLM2, e janeiro/06,
com 3,4 mg O
2
/L na ELM1.
As tabelas 11 e 12 e as figuras 17 e 18 mostram as variações de DBO total e
DBO solúvel nos meses e estações de coleta.
Tabelas 11 e 12: Valores de DBO
5
total e DBO
5
solúvel (mg O
2
/L), respectivamente, no
período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
DBO
5
Total
DBO
5
Solúvel
Estações de coleta
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 41,4 43,8 45,8 ago./05 30,1 12,6 24,4
set./05 11,0 101,8 104,8 set./05 7,6 16,3 23,0
out./05 37,5 44,0 32,0 out./05 28,1 26,8 21,1
nov./05 17,2 33,9 28,1 nov./05 21,8 11,0 26,9
dez./05 19,7 60,9 99,6 dez./05 6,9 33,2 41,3
jan./06 9,3 6,8 33,0 jan./06 3,4 4,9 17,5
fev./06 88,5 107,8 53,3 fev./06 25,7 17,1 20,2
mar./06 25,4 130,3 61,3 mar./06 19,9 20,6 20,2
abr./06 39,4 37,7 22,0 abr./06 22,5 14,5 14,9
mai./06 28,3 19,4 11,2 mai./06 3,5 4,1 2,7
jun./06 63,5 41,7 41,3 jun./06 27,1 26,3 22,6
jul./06 190,0 220,0 280,0 jul./06 15,0 16,0 16,0
0
50
100
150
200
250
300
a
g
o./05
s
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nov./05
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mar
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06
a
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06
mai
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jun.
/
0
6
ju
l
.
/
06
Meses amostrados
DBO
5
Total mg O
2
/L
ELM1
SLM1
SLM2
61
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
ag
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s
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t./05
out.
/
05
nov
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/05
dez
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/05
jan
.
/
0
6
fev
.
/06
mar./06
abr./06
mai./06
jun./06
jul.
/
06
Meses amostrados
DBO
5
Solúvel mg O
2
/L
ELM1
SLM1
SLM2
Figuras 17 e 18: Variações de DBO
5
total e DBO
5
solúvel (mg O
2
/L), respectivamente,
no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.3.3 Demanda química de oxigênio (DQO) total e solúvel
Os maiores registros de DQO total ocorreram no mês de julho/06, apresentando
315 mg O
2
/L na SLM2 e 249 mg O
2
/L na SLM1, e os menores registros, em
setembro/05, com 10,0 mg O
2
/L na ELM1, e janeiro/06, com 12,0 mg O
2
/L na ELM1.
Os maiores registros de DQO solúvel ocorreram no mês de dezembro/05,
apresentando 56,0 mg O
2
/L na SLM1 e 49,0 mg O
2
/L na SLM2, e os menores registros,
em janeiro/06, com 6,0 mg O
2
/L na ELM1 e com 7,0 mg O
2
/L na SLM1.
Tabelas 13 e 14: Valores de DQO total e DQO solúvel (mg O
2
/L), respectivamente, no
período de agosto/05 a agosto/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
DQO Total
DQO Solúvel
Estações de coleta
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 60,0 57,0 60,0 ago./05 48,0 17,0 32,0
set./05 10,0 130,0 149,0 set./05 9,5 23,0 31,0
out./05 70,0 67,0 70,0 out./05 28,1 26,8 27,8
nov./05 31,6 39,0 32,3 nov./05 25,1 14,0 30,9
dez./05 20,0 120,0 136,0 dez./05 8,0 56,0 49,0
jan./06 12,0 13,0 64,0 jan./06 6,0 7,0 29,0
fev./06 106,6 135,0 75,0 fev./06 27,2 18,1 25,3
mar./06 47,0 133,0 65,0 mar./06 27,6 28,5 27,9
abr./06 68,0 65,0 38,0 abr./06 27,8 25,0 27,4
mai./06 37,0 111,0 54,0 mai./06 20,9 22,8 14,7
jun./06 140,0 100,0 122,0 jun./06 28,1 28,2 27,9
jul./06 220,0 249,0 315,0 jul./06 25,9 28,8 28,6
62
As tabelas 13 e 14 e as figuras 19 e 20 mostram as variações de DQO total e
DQO solúvel, respectivamente, nos meses e estações de amostragem.
0
50
100
150
200
250
300
350
ago./05
set
.
/05
out
.
/05
nov./05
dez
./05
jan.
/06
fev./
06
m
ar./
0
6
abr.
/06
mai./06
ju
n.
/
06
ju
l.
/
06
Meses amostrados
DQO Total mg O
2
/L
ELM1
SLM1
SLM2
0
10
20
30
40
50
60
a
g
o.
/05
set
.
/0
5
out./
0
5
nov
.
/
05
dez.
/
05
jan./06
fev
.
/
06
m
ar
.
/
06
abr
.
/
06
m
ai
.
/
06
j
un./06
jul
.
/
06
Meses amostrados
DQO Sovel mg O
2
/L
ELM1
SLM1
SLM2
Figuras 19 e 20: Variações de DQO total e DQO solúvel (mg O
2
/L), respectivamente,
no período de agosto/05 a agosto/06, na SLM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.3.4 Sólidos suspensos totais (SST) e voláteis (SSV)
Os maiores registros de sólidos suspensos totais ocorreram nos meses de
fevereiro/06 e novembro/05 apresentando 314,0 e 225,0 mg/L, ambos na SLM1, e os
menores registros, em outubro/05, com 33,0 mg/L na SLM2, e em setembro/05, com
38,7 mg/L na ELM1.
Os maiores registros de sólidos suspensos voláteis ocorreram nos meses de
fevereiro/06 e novembro/05 apresentando 310,0 e 208,0 mg/L, ambos na SLM1 e os
63
menores registros aconteceram em janeiro/06, com 6,0 mg/L na ELM1 e 7,0 mg/L na
SLM1.
As tabelas 15 e 16 e as figuras 21 e 22 mostram as variações de SST e SSV,
respectivamente, nos meses e estações de coleta.
Tabelas 15 e 16: Valores de SST e SSV (mg/L), respectivamente, no período de
agosto/05 a agosto/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
SST
SSV
Estações de coleta
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 48,0 78,0 197,0 ago./05 45,0 77,0 190,0
set./05 38,7 48,6 100,0 set./05 34,7 40,0 87,0
out./05 39,0 81,0 33,0 out./05 38,0 8,0 24,0
nov./05 194,3 225,0 77,0 nov./05 128,0 208,0 10,1
dez./05 192,0 79,0 132,0 dez./05 181,0 72,0 122,0
jan./06 93,0 87,0 107,0 jan./06 89,0 78,0 94,0
fev./06 77,0 314,0 89,0 fev./06 76,0 310,0 88,0
mar./06 124,0 96,0 104,0 mar./06 118,0 62,0 88,0
abr./06 170,0 66,0 59,0 abr./06 90,0 65,0 38,0
mai./06 89,0 128,7 127,5 mai./06 59,0 91,2 83,7
jun./06 67,8 156,9 126,0 jun./06 57,8 123,1 116,0
jul./06 104,5 84,0 130,0 jul./06 51,2 63,0 76,0
0
50
100
150
200
250
300
350
a
go
.
/0
5
s
et
./
05
o
ut.
/
05
n
ov
./
0
5
d
ez./0
5
j
an
./
06
fe
v
./06
m
a
r./0
6
a
b
r./0
6
mai
.
/06
j
u
n./
0
6
ju
l
./
06
Meses amostrados
Sólidos Suspensos Totais mg/
L
ELM1
SLM1
SLM2
64
0
50
100
150
200
250
300
350
a
go.
/
0
5
s
e
t./0
5
o
u
t./05
no
v.
/
0
5
d
ez.
/
0
5
jan./
0
6
f
ev./06
m
a
r./
0
6
a
b
r
.
/
0
6
mai
.
/
06
j
un
.
/
0
6
ju
l
./0
6
Meses amostrados
Sólidos Suspensos Voláteis mg/L
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 21 e 22: Variações de SST e SSV (mg/L), respectivamente, no período de
agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Nitrogênio
6.2.3.5 Nitrato
Tabela 17: Valores de nitratos (mg N-NO
3
-
/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 0,40 0,70 0,53
set./05 0,38 0,39 1,26
out./05 0,37 1,06 0,90
nov./05 0,05 0,11 0,01
dez./05 0,70 0,61 0,52
jan./06 6,38 9,17 4,69
fev./06 18,32 20,46 1,29
mar./06 21,82 11,80 5,67
abr./06 34,77 25,71 33,99
mai./06 9,76 26,88 54,49
jun./06 0,02 0,02 0,07
jul./06 ND 0,10 ND
ND = não detectável
Os valores mais elevados foram registrados nos meses de maio/06, com 54,49
mg N-NO
3
-
/L na SLM2, e abril/06, com 34,77 mg N-NO
3
-
/L na ELM1. Por sua vez, os
valores mais baixos ocorreram no mês de julho/06, com valores não detectáveis na
ELM1 e SLM2, e no mês de novembro/05, onde ocorreu um valor de 0,01mg N-NO
3
-
/L
65
na SLM2. Os valores encontram-se registrados na tabela 17 e são apresentados na figura
23.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
a
g
o./05
s
e
t./
0
5
o
u
t./
0
5
nov./
0
5
dez.
/
05
j
an./06
f
ev./06
mar
.
/06
a
br./06
mai
.
/
0
6
j
u
n.
/06
j
u
l
.
/
0
6
Meses amostrados
Nitrato mg N -NO
3
- /L
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 23: Variações de nitratos (mg N-NO
3
-
/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.3.6 Nitrito
Tabela 18: Valores de nitritos (μg N-NO
2
-
/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 112,10 127,34 118,12
set./05 83,30 89,15 114,00
out./05 421,00 404,79 369,00
nov./05 6,29 81,20 59,25
dez./05 12,68 17,05 8,18
jan./06 390,20 228,42 34,77
fev./06 102,70 91,50 12,37
mar./06 26,08 26,27 ND
abr./06 686,88 638,06 780,75
mai./06 173,46 145,24 118,97
jun./06 1006,82 1034,41 144,76
jul./06 6,43 53,75 6,60
ND = não detectável
Os valores mais altos para nitritos foram registrados no mês de junho/06, com
1.034,41 μg N-NO
2
-
/L na SLM1 e 1.006,82 μg N-NO
2
/L na ELM1. No entanto, os
valores mais baixos foram encontrados em março/06, com valores não detectáveis na
66
SLM2, e em novembro/05 com 6,29 μg N-NO
2
/L na ELM1. Os resultados encontram-se
na tabela 18 e figura 24.
0
200
400
600
800
1000
1200
ago./0
5
set
./
05
out
.
/05
no
v
./
0
5
de
z.
/
05
jan
.
/06
f
ev./
06
mar./06
abr./06
m
ai.
/
06
jun
.
/06
j
u
l./0
6
Meses amostrados
Nitrito µg N-NO
2
-
/L
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 24: Variações de nitritos (μg N-NO
2
-
/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.3.7 Nitrogênio amoniacal
Os valores mais altos de nitrogênio amoniacal foram constatados nos meses de
julho/06, com 58,80 mg N-NH
3
/L na ELM1 e 43,51mg N-NH
3
/L na SLM1. Entretanto,
os valores mais baixos foram encontrados em abril/06, com 0,53 mg N-NH
3
/L na SLM1
e em fevereiro/06, com 0,90 mg N-NH
3
/L na ELM1 e na SLM1.
Tabela 19: Variação de nitrogênio amoniacal (mg N-NH
3
/L), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 35,40 29,10 22,40
set./05 15,00 14,30 11,00
out./05 26,70 16,40 6,44
nov./05 42,20 27,50 10,90
dez./05 15,50 18,70 10,00
jan./06 5,30 5,40 2,59
fev./06 0,90 0,90 1,60
mar./06 9,90 5,30 5,00
abr./06 26,46 25,75 0,53
mai./06 33,57 31,10 13,99
jun./06 36,04 35,46 36,28
jul./06 58,80 43,51 21,76
67
A tabela 19 e a figura 25 mostram as variações de nitrogênio amoniacal nos
diferentes meses e estações de amostragem.
0
10
20
30
40
50
60
70
a
go.
/
0
5
s
et
./0
5
o
ut
.
/
0
5
nov./05
d
e
z./05
j
an
.
/
0
6
fev./06
mar
./
06
a
br./06
mai.
/
06
jun.
/
0
6
j
u
l./0
6
Meses amostrados
Nitrogênio Amoniacal mg N - NH
3
/L
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 25: Variações de nitrogênio amoniacal (mg N-NH
3
/L), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.3.8 Fósforo total
Os valores mais altos de fósforo foram registrados no mês de agosto/05, com
11,60 mg P-PO4
-3
/L na ELM1 e com 11,35 mg P-PO4
-3
/L na SLM2. Os menores
valores foram registrados no mês de abril/06, com 1,20 mg P-PO4
-3
/L na SLM1 e com
1,33 mg P-PO4
-3
/L na SLM2. Os resultados estão registrados na tabela 20 e figura 26.
Tabela 20: Valores de fósforo total (mg P-PO4
-3
/L), no período de agosto/05 a julho/06,
na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 11,60 11,30 11,35
set./05 5,45 8,60 9,60
out./05 1,90 3,60 1,60
nov./05 7,90 5,97 2,81
dez./05 7,10 5,68 5,99
jan./06 2,95 2,28 5,48
fev./06 1,39 1,42 1,89
mar./06 2,99 2,90 3,52
abr./06 1,54 1,20 1,33
mai./06 1,47 2,14 3,27
jun./06 3,97 4,29 3,48
jul./06 7,78 8,76 6,89
68
0
2
4
6
8
10
12
14
ag
o.
/
05
set./05
ou
t./
0
5
nov
.
/05
dez./0
5
j
an./
06
fe
v.
/06
mar
.
/06
ab
r
.
/06
m
ai
./0
6
j
un./
0
6
jul
.
/
0
6
Meses amostrados
Fósforo Total mg P - PO
4
-3
/L
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 26: Variações de fósforo total (mg P-PO4
-3
/L), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.2.4 Clorofila a
Os valores mais altos de clorofila a foram registrados no mês de fevereiro/06,
com 3.956,77 μg/L na ELM1 e com 3.850,00 μg/L na SLM1. Os valores mais baixos
foram registrados nos meses de agosto/05, com 61,75 μg/L na ELM1, e maio/06, com
102,50 μg/L, também na ELM1. Os resultados são expressos na tabela 21 e figura 27.
Tabela 21: Valores de clorofila
a (µg/L), no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Estações de coleta
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 61,75 624,10 1.344,20
set./05 322,55 591,16 1.430,94
out./05 194,86 482,67 1.273,61
nov./05 2.907,51 3.436,83 294,83
dez./05 3.023,77 150,75 336,58
jan./06 1.521,19 963,08 503,54
fev./06 3.956,77 3.850,00 1.181,09
mar./06 1.544,50 771,74 364,69
abr./06 690,53 860,34 449,92
mai./06 102,50 1.303,34 1.788,33
jun./06 302,20 3.751,08 2.097,28
jul./06 510,79 679,17 2.783,96
69
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
a
g
o.
/
0
5
set./
0
5
out.
/
0
5
nov
.
/05
dez./05
jan
.
/06
fev
.
/06
ma
r./
0
6
a
br.
/
06
ma
i./
06
j
un
.
/06
j
u
l
.
/
0
6
Meses amostrados
Clorofila a µg/L
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 27: Variações de clorofila
a (µg/L), no período de agosto/05 a julho/06, na
ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.3 ANÁLISE DO FITOPLÂNCTON
6.3.1 Análise qualitativa
Durante o período de estudo, a comunidade fitoplanctônica da ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS esteve composta por 242 táxons, pertencentes a 4 divisões de algas,
sendo que 31 pertencem à divisão Cyanophyta, classe Cyanophyceae; 17 à divisão
Heterokontophyta, classe Bacillariophyceae (diatomáceas); 65 à divisão Euglenophyta,
classe Euglenophyceae, e 129 à divisão Chlorophyta, classe Chlorophyceae; 120 e
classe Zignematophyceae; 9. Os resultados são expressos na tabela 22 e figura 28.
Tabela 22: Número total de espécies para as diferentes classes de organismos
fitoplanctônicos, no período de agosto/05 a julho/06, nas LM da ETE-UCS.
Classes ciano baci eugleno cloro zigne
31 17 65 120 09
70
13%
7%
27%
49%
4%
ciano
baci
eugleno
cloro
zigne
Figura 28: Distribuição da riqueza total de táxons nas classes de organismos
fitoplanctônicos, em percentagem, no período de agosto/05 a julho/06, nas
LM da ETE-UCS.
Neste estudo, as maiores riquezas de táxons, na ELM1, SLM1 e SLM2, foram
representadas pelas classes Chlorophyceae, Euglenophyceae, Cianophyceae,
Bacillariophyceae e Zignematophyceae, respectivamente. Os resultados encontram-se
na tabela 23 e figura 29 a seguir.
Tabela 23: Número de espécies para as diferentes classes de organismos
fitoplanctônicos, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS.
Pontos ciano baci eugle chloro zigne
ELM1 23 10 41 61 03
SLM1 23 09 39 62 01
SLM2 24 12 34 65 03
71
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
ELM1 SLM1 SLM2
Estões amostradas
Riqueza (S)
zigne
chloro
eugle
baci
ciano
Figura 29: Distribuição da riqueza de táxons nas classes de organismos fitoplanctônicos,
em percentagem, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS.
Dentre os 242 táxons encontrados, 202 foram identificados ao nível de espécie,
24 em nível de gênero e 16 em nível infra-específico. Nesta análise, foram incluídos
todos os táxons encontrados tanto nas amostras qualitativas quanto quantitativas. O
resultados desta análise encontra-se na tabela 24 a seguir.
Tabela 24: Relação dos táxons de algas identificadas, nas amostras coletadas na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS durante o período de amostragem.
Divisão Cyanophyta
Classe Cyanophyceae
Anabaena affinis Lemmermann
Anabaena solitária Klebahn
Anabaena sp.
Anabaena wisconsinense Prescott
Borzia trilocularis Cohn
Chroococcus dispersus (Keissler) Lemmermann
Chroococcus limneticus Lemmermann
Chroococcus turgidus (Kützing) Nägeli
Gloeocapsa arenaria (Hassall) Rabenhorst
Gloeotrichia echinulata Thuret
Leptolyngbya faveolarum (Rabh. Ex Gomont) Anagnostidis et Komárek
Lyngbya ochracea (Kützing) Thuret
Merismopedia punctata Meyen
Merismopedia tenuissima Lemmermann
Microcystis aeruginosa (Kützing) Kützing
Microcystis flos-aquae (Wittrack) Kirchner
72
Oscillatoria articulata Gardner
Oscillatoria chlorina Kützing
Oscillatoria geminata Meneghini
Oscillatoria limosa (Roth) Agardh
Phormidium ambiguum Gomont
Phormidium formosum (Bory ex Gomont) Anagnostidis et Komárek
Phormidium tenue (Agardh ex Gomont) Anagnostidis & Komárek
Planktolyngbya limnetica (Lemmermann) Komárková-Legnerová & Cronberg
Planktothrix agardhii (Gomont) Komárek et Anagnostidis
Pseudoanabaena constricta (Szafer) Lauterborn
Spirulina sp.
Synechococcus aeruginosus Nägeli
Synechocystis aquatilis Souvageau
Synechocystis minuscula Woronichin
Synechocystis sp.
Divisão Heterokontophyta
Classe Bacillariophyceae
Achnantes sp.
Amphora pediculus
Kützing
Aulacoseira sp.
Cyclotella sp.
Cymbella aequalis W. Smith
Gomphonema parvulum (Kützing) Kützing
Hantzschia amphioxys (Ehrenberg) Grunow
Melosira sp.
Melosira varians Agardh
Navícula capitata Ehrenberg
Navícula cryptocephala Kützing
Nitzschia palea (Kützing) W. Smith
Nitzschia paleaceae (Grunow) Grunow
Pinnularia appendiculata (Agardh) Cleve
Pinnularia divergens W. Smith
Surirella ovata Kützing
Surirella tenera Gregory
Divisão Euglenophyta
Classe Euglenophyceae
Euglena acus Ehrenberg
Euglena acus Ehrenberg var. acus
Euglena acus
Ehrenberg var. longissima Deflandre
Euglena agilis H.J.Carter
Euglena allorguei Deflandre
Euglena ehrenbergii Klebs
Euglena gracilis Klebs
Euglena granulata (Klebs) Smith
Euglena limnophila Lemmermann
Euglena minuta Prescott
Euglena mutabilis Schmitz var. mutabilis
Euglena oxyuris
var. minor Prescott
Tabela 24 - continuação
73
Euglena oxyuris Schmarda var. oxyuris Schmarda
Euglena pisciformis Klebs
Euglena polymorpha Dangeard
Euglena proxima Dangeard
Euglena sp.
Euglena spirogyra Ehrenberg
Euglena splendens Dangeard
Euglena tripteris (Dujardin) Klebs
Euglena variabilis Klebs
Euglena viridis Ehrenberg
Lepocinclis caudata (Cunha) Conrad
Lepocinclis fusiformis (Carter) Lemmermann
Lepocinclis ovum (Ehrenberg) Lemmermann
Lepocinclis playfairiana Deflandre
Lepocinclis sphanophila Lemmermann
Lepocinclis steinii Lemmermann emend. Conrad var. steinii
Phacus acuminatus
Stokes
Phacus aenigmaticus Drezepolski var. aenigmaticus
Phacus caudatus
Hübner var. minor
Phacus cylindricus
Pochmann
Phacus curvicauda Swirenko
Phacus hamatus Pochmann
Phacus horridus Pochmann
Phacus ichthydion Pochmann
Phacus lismorensis Playfair
Phacus longicauda (Ehrenberg) Dujardin
Phacus minusculus Pochmann
Phacus nordstedtii Lemmermann
Phacus onyx Pochmann
Phacus orbicularis Hübner
Phacus oscillans Klebs
Phacus pseudonordstedtii Pochmann
Phacus pyrum (Ehrenberg) Stein
Phacus raciborskii Drezepolski
Phacus skujae Skvortzov
Phacus tortus (Lemmermann) Skvortzov
Phacus trimarginatus Allerge & Jahn
Phacus wettsteinii Drezepolski
Strombomonas bulla (Stein) Deflandre var. minor Conforti
Strombomonas borystheniensis (Roll) Popova
Trachelomonas abrupta (Swirenko) Deflandre
Trachelomonas acanthostoma (Stokes) Deflandre
Trachelomonas armata (Ehrenberg) Stein
Trachelomonas cylindrica Ehrenberg
Trachelomonas hispida (Perty) Stein
Trachelomonas horrida Palmer
Trachelomonas kelloggii (Skvortzov) Deflandre
Trachelomonas lefevrei Deflandre
Trachelomonas pulcherrima Playfair
Trachelomonas robusta Swirenko
Tabela 24 - continuação
74
Trachelomonas sp.
Trachelomonas superba var. swirenkiana Deflandre
Trachelomonas volvocina Ehrenberg
Divisão Chlorophyta
Classe Chlorophyceae
Actinastrum hantzschii Lagerheim
Actinastrum hantzschii var. fluviatili Schroeder
Ankistrodesmus Braunii (Näegeli) Brunnthaler
Ankistrodesmus fusiformis Corda sensu Korsikov
Ankistrodesmus libraianus (Reinschnov) Korsikov
Ankistrodesmus mirabilis (W. et G. S. West) Lemmermann
Ankistrodesmus spiralis (Turner) Lemmerman
Chlamydomonas amoena Huber-Pestalozzi
Chlamydomonas bullata Skvortzov
Chlamydomonas convexa Skvortzov
Chlamydomonas corticata H. et O. Ettl
Chlamydomonas globosa Snow
Chlamydomonas gloeophila Skuja
Chlamydomonas gracilis Snow
Chlamydomonas libera Skvortzov
Chlamydomonas oleosa Nygaard
Chlamydomonas opisthopyren Skuja
Chlamydomonas paludosa Skvortzov
Chlamydomonas paraserbinowi Skuja
Chlamydomonas parietaria Dill
Chlamydomonas pertusa Chodat
Chlamydomonas printzii Skvortzov
Chlamydomonas reinhardtii Dangeard
Chlamydomonas schizochloro Bold
Chlamydomonas Skujae Pascher
Chlamydomonas soosensis Brabez
Chlamydomonas sp.
Chlamydomonas subcaudata Wille
Chlamydomonas tremulans Skuja
Chlamydomonas venusta Pascher
Chlorella ellipsoidea Gerneck
Chorella miniata (Nägeli) Oltmanns
Chlorella vulgaris Beijerinck
Chlorococcum humicola (Nägeli) Rabenhorst
Chlorococcum sp.
Chlorogonium elongatum Dangeard
Chlorogonium intermedium Skuja
Chlorogonium neglectum Korschikoff
Coelastrum microporum Nägeli
Coelastrum sp.
Cruscigenia quadrata Morren
Desmodesmus intermedius (Chodat) Hegewald
Desmodesmus protuberans (Fritsch & Rich) Hegewald
Elakatothrix gelatinosa Wille
Tabela 24 - continuação
75
Eudorina elegans Ehrenberg
Franceia ovalis (Francé) Lemmermann
Furcilia sp.
Gloeococcus maximum (Mainx) Fott
Gloeocystis gigas (Kützing) Lagerheim
Golenkinia paucispina West & West
Golenkinia radiata Chodat
Gonium pectorale Mueller
Haematococcus lacustris (Girod.) Rostafinski
Hyaliella polytomoides Pascher
Hydrodictyon reticulatum (Lagerheim) Lagerheim
Kirchneriella contorta (Schmidle) Bohlin
Kirchneriella lunaris var. dianae Bohlin
Kirchneriella obesa (W.West) Schmidle
Lagerhemia ciliata (Lagerheim) Chodat
Micractinium pusillum Fransenius
Micractinium bornhemiense (Conrad) Korsinov
Monoraphidium arcuatum (Korsikov) Hindák
Monoraphidium caribeum Hindák
Monoraphidium contortum (Thuret) Komárková-Legnerová
Monoraphidium convolutum (Corda) Komárková-Legnerová
Monoraphidium griffithii (Berkeley) Komárková-Legnerová
Monoraphidium irregulare (G.M. Smith) Komárková-Legnerová
Monoraphidium komarkovae Nygaard Komárková-Legnerová
Monoraphidium minutum (Nägeli) Komárková-Legnerová
Monoraphidium pusillum (Printz) Komárková-Legnerová
Monoraphidium tortile (W.West & G.W.West) Komárková-Legnerová
Oocystis borguei Snow
Oocystis crassa Wittrack
Oocystis elliptica W.West
Oocystis solitaria Wittrack
Oocystis sp. a
Oocystis sp. b
Oocystis sp. c
Palmellococcus miniatus (Kützing) Chodat
Pandorina morum (Müller) Bory
Pediastrum simplex (Meyen) Lemmermann
Phacotus sp.
Phytelios viridis Frenzel
Planktosphaera gelatinosa G.M.Smith
Pleodorina californica Shaw
Polytoma dorsiventrale Pascher
Polytoma oligochromatum Skuja
Protococcus viridis Agardh
Pteromonas angulosa Lemmermann
Pteromonas cordiformis Lemmermann
Quadrigula lacustris (Chodat) G.M. Smith
Scenedesmus abundans (Kirschner) Chodat
Scenedesmus acuminatus (Lagerheim) Chodat
Scenedesmus acuminatus (Lagerheim) Chodat var elongatus G.M.Smith
Tabela 24 - continuação
76
Scenedesmus acutus Meyen
Scenedesmus arcuatus var. platydisca G.M.Smith
Scenedesmus bicaudatus (Hansgirg) Chodat
Scenedesmus dimorphus (Turpin) Kützing
Scenedesmus disciformis (Chodat) Fott & Komárek
Scenedesmus ecornis (Ralfs) Chodat var. disciformis Chodat
Scenedesmus intermedius Chodat
Scenedesmus javanensis Chodat
Scenedesmus microspina Chodat
Scenedesmus nanus Chodat
Scenedesmus overlatus Chodat var. graevenitzii (Bernard) Chodat
Scenedesmus pectinatus Meyen
Scenedesmus quadricauda (Turpin) Brébisson
Scenedesmus sp. a
Scenedesmus sp. b
Scenedesmus verrucosus Roll
Schizochlamys planctonica Skuja
Schroederia setigera (Schröder)
Selenastrum capricornutum Printz
Sphaerellopsis gelatinosa (Korschikov) Gerloff
Tetraedron minimum (A. Braun) Hansgirg
Tetraedron muticum (A. Braun) Hansgirg
Tetrastrum glabrum (Roll) Ahlstrom & Tiffany
Trochiscia arguta (Reinschenov) Hansgirg
Volvox aureus Ehrenberg
Volvox globator Linnaeus
Classe Zignematophyceae
Cosmarium contractum Kirshner
Cosmarium granatum Brébisson
Cosmarium laeve Rabenhorst
Cosmarium sp. a
Cosmarium sp. b
Cosmarium sp. c
Cosmarium sp. d
Staurodesmus sp.
Staurastrum smithii (Smith) Teiling
6.3.1.1 Riqueza de espécies (S)
Os valores máximos de riqueza fitoplanctônica observados foram de 72
espécies no mês de outubro/05, na SLM2, e 62 espécies no mês de abril/06, na ELM1.
Esses meses correspondem ao período de primavera e outono, respectivamente. Os
valores mínimos foram de 11 espécies no mês de agosto/05, na SLM2, e de 16 espécies
no mês de junho/06, na SLM1. Esses meses correspondem ao período de inverno e
outono, respectivamente.
Tabela 24 - continuação
77
Na ELM1, a maior riqueza ocorreu no outono (16,1 táxons); na SLM1, ocorreu
no inverno (16,9 táxons), e na SLM2, foi registrada na primavera (15,7 táxons). Por sua
vez, a riqueza média anual, na ELM1, foi de 14,7 táxons, na SLM1 foi de 14,1 táxons e
na SLM2 o valor apresentado foi de 13,8 táxons. Os valores estão representados nas
tabelas 25, 26, 27 e figuras 30, 31 e 32.
Tabela 25: Número de espécies para as diferentes classes de algas presentes na ELM1
da ETE-UCS, no período compreendido entre agosto/05 a julho/06.
meses ciano baci eugle chloro zigne
ago./05 10 2 1 12 0
set./05 20 5 14 20 0
out./05 14 5 3 24 0
nov./05 3 6 6 29 1
dez./05 4 1 11 16 1
jan./06 5 0 4 39 0
fev./06 6 3 7 37 0
mar./06 4 0 2 31 1
abr./06 6 5 23 28 0
mai./06 7 5 4 24 0
jun./06 3 5 11 24 0
jul./06 3 2 16 14 2
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
ago./05
set./05
out./05
nov./05
dez./05
jan./06
fev./06
mar./06
abr./06
mai./06
jun./06
jul./06
Meses amostrados
No. de Espécies
zigne
chloro
eugle
baci
ciano
Figura 30: Variação sazonal do número de espécies de fitoplâncton das diferentes
classes de algas, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1 da ETE-UCS.
ciano= Cyanophyceae, baci= Bacillariophyceae, eugle= Euglenophyceae
chloro= Chlorophyceae, zigne= Zignematophyceae
78
Tabela 26: Número de espécies para as diferentes classes de algas presentes na SLM1
da ETE-UCS, no período compreendido de agosto/05 a julho/06.
meses ciano baci eugle chloro zigne
ago./05 17 4 12 23 0
set./05 17 2 11 17 0
out./05 12 5 18 20 0
nov./05 9 4 1 17 0
dez./05 5 1 2 18 1
jan./06 5 0 5 28 0
fev./06 4 2 6 36 0
mar./06 4 3 2 31 0
abr./06 6 3 20 29 0
mai./06 3 4 8 28 0
jun./06 3 0 0 13 0
jul./06 6 4 19 20 0
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
ago./05
set./05
out./05
nov./05
dez./05
jan./06
fev./06
mar./06
abr./06
mai./06
jun./06
jul./06
Meses amostrados
No. de Espécies
zigne
chloro
eugle
baci
ciano
Figura 31: Variação sazonal do número de espécies de fitoplâncton das diferentes
classes de algas, no período de agosto/05 a julho/06, na SLM1 da ETE-UCS.
ciano= Cyanophyceae, baci= Bacillariophyceae, eugle= Euglenophyceae
chloro= Chlorophyceae, zigne= Zignematophyceae
79
Tabela 27: Número de espécies para as diferentes classes de algas presentes na SLM2
da ETE-UCS, no período compreendido entre agosto/05 a julho/06.
meses ciano baci eugle chloro zigne
ago./05 1 1 2 7 0
set./05 19 3 15 20 0
out./05 21 5 11 35 0
nov./05 5 7 7 25 0
dez./05 4 1 0 19 1
jan./06 2 0 3 21 0
fev./06 5 2 7 34 0
mar./06 5 5 3 28 1
abr./06 4 0 2 24 0
mai./06 3 4 8 31 1
jun./06 3 2 10 26 0
jul./06 4 4 11 32 1
0%
20%
40%
60%
80%
100%
a
g
o
.
/
0
5
s
et./05
out./0
5
no
v
./
0
5
de
z
./
0
5
j
a
n
./
0
6
fev./06
ma
r
.
/06
abr./06
ma
i.
/06
ju
n
./06
ju
l
./06
Meses amostrados
No. de Espécies
zigne
chloro
eugle
baci
ciano
Figura 32: Variação sazonal do número de espécies de fitoplâncton das diferentes
classes de algas, no período de agosto/05 a julho/06, na SLM2 da ETE-UCS.
A riqueza específica média no período de estudo, nos pontos de amostragem,
com a repetição de táxons amostrados, foi semelhante (ELM1: 44,00 táxons, SLM1:
42,42 táxons e SLM2: 41,25 táxons). Os valores encontram-se na tabela 28 e figura 33.
ciano= Cyanophyceae, baci= Bacillariophyceae, eugle= Euglenophyceae
chloro= Chlorophyceae, zigne= Zignematophyceae
80
Tabela 28: Valores encontrados para riqueza de espécies do fitoplâncton na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
meses ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 25 56 11
set./05 59 48 57
out./05 46 55 72
nov./05 45 31 44
dez./05 33 27 25
jan./06 48 38 26
fev./06 52 48 48
mar./06 38 40 42
abr./06 62 58 30
mai./06 40 43 47
jun./06 43 16 41
jul./06 37 49 52
0%
20%
40%
60%
80%
100%
a
go.
/
05
set./05
out
.
/05
no
v.
/
05
dez./05
j
an
./06
f
ev
.
/
06
mar./06
abr
.
/06
m
a
i
.
/
0
6
j
un
.
/06
j
u
l
.
/
0
6
Meses amostrados
No. de Espécies
SLM2
SLM1
ELM1
Figura 33: Riqueza fitoplanctônica (n
o
de táxons) na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
A riqueza específica total da comunidade fitoplanctônica, sem a repetição de
táxons amostrados, mostrou uma grande semelhança no número de táxons da ELM1 em
direção à SLM2. Os resultados encontram-se na tabela 29 e figura 34.
Tabela 29: Valores encontrados para a riqueza total de espécies do fitoplâncton, no
período de agosto/05 a julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Pontos de amostragem ELM1 SLM1 SLM2
Riqueza
139 133 140
81
128
130
132
134
136
138
140
142
ELM1 SLM1 SLM2
Estações amostradas
Riqueza Total
Figura 34: Riqueza fitoplanctônica total, no período de agosto/05 a julho/06, na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
6.3.1.1 Análise de rarefação
Na análise de rarefação, verificou-se que as três estações de amostragem
tenderam à estabilização a partir de 5.000 indivíduos amostrados. Os resultados
encontram-se registrados nas figuras 35, 36, 37 e 38 abaixo.
Figura 35: Curva de rarefação representando o número esperado de espécies em função
do número de indivíduos amostrados para a ELM1 da ETE-UCS, no período
de agosto/05 a julho/06.
82
Figura 36: Curva de rarefação representando o número esperado de espécies em função
do número de indivíduos amostrados para a SLM1 da ETE-UCS, no período
de agosto/05 a julho/06.
Figura 37: Curva de rarefação representando o número esperado de espécies em função
do número de indivíduos amostrados para a SLM2 da ETE-UCS, no período
de agosto/05 a julho/06.
83
Figura 38: Curva de rarefação representando o número esperado de espécies em função
do número de indivíduos amostrados para a ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
6.3.2 Análise quantitativa
Na análise quantitativa dos dados foram identificados 174 táxons a nível
genérico, específico e infra-específico. Os números de gêneros para os diferentes grupos
de algas foram: 29 Chlorophyta (49,15% do total), 15 Cyanophyta (24,42% do total), 10
Heterokontophyta (16,95% do total) e 5 Euglenophyta (8,47% do total).
Nesta mesma
análise, constatou-se que a classe Chlorophyceae correspondeu a 74,71% da densidade
total, a Cyanophyceae a 22,97%, a Euglenophyceae a 1,29%, a Bacillariophyceae a
0,99% e a Zignematophyceae a 0,05% da densidade total.
As densidades dos organismos por mililitro (ind./mL), assim como as espécies
abundantes encontradas nas diferentes classes da comunidade fitoplanctônica, estão
listadas no anexo 1 (tabela 47).
Durante o período amostrado, verificou-se que a densidade fitoplanctônica total
aumentou da ELM1 em direção à SLM1 e que diminuiu desta, em direção à SLM2. Os
resultados são expressos na tabela 30 e figura 39.
84
Tabela 30: Número total de táxons do fitoplâncton (ind./mL), no período de agosto/05 a
julho/06, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
Pontos de amostragem ELM1 SLM1 SLM2
Nº de Ind./mL
8.954.671 12.671.036 10.708.262
0
2000000
4000000
6000000
8000000
10000000
12000000
14000000
ELM1 SLM1 SLM2
Estões amostradas
Indivíduos/mL
Figura 39: Contribuição total de táxons do fitoplâncton (ind./mL), no período de
agosto/05 a julho/06 na, ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS.
A densidade total do fitoplâncton em número de ind./mL apresentou variação
entre a ELM1, SLM1 e SLM2, e entre os períodos de amostragem. Os maiores valores
de densidade (4.261.334 e 2.923.661 ind./mL) foram observados nas amostragens de
junho/06 e fevereiro/06, na SLM1 e ELM1, correspondentes às estações de outono e
verão, respectivamente. Os menores valores de densidade (100.661 e 135.208 ind./mL)
foram observados nas amostragens de dezembro/05 e outubro/05, ambos na SLM1,
correspondentes à estação de primavera. Os resultados são expressos na tabela 31 e
figura 40.
Tabela 31: Distribuição sazonal da densidade total do fitoplâncton (ind./mL), na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
meses ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 161.475 696.000 1.392.000
set./05 289.500 423.662 894.003
out./05 299.232 135.208 782.050
nov./05 609.984 1.399.000 272.905
dez./05 1.065.000 100.661 637.500
jan./06 916.997 651.867 545.500
fev./06 2.923.661 2.345.329 611.780
mar./06 969.875 1.137.769 417.662
abr./06 207.128 368.366 952.882
mai./06 303.883 824.000 1.408.400
jun./06 189.436 4.261.334 2.118.056
jul./06 1.018.500 327.840 675.524
85
0%
20%
40%
60%
80%
100%
ago
.
/05
s
e
t./05
out./05
nov
./
05
dez
./
05
j
an./0
6
fev./06
m
a
r./06
a
br.
/06
ma
i
./06
j
u
n./06
jul
./
06
Meses amostrados
Indivíduos/mL
SLM2
SLM1
ELM1
Figura 40: Variação sazonal da densidade total do fitoplâncton (ind./mL), na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
A ELM1 apresentou uma maior densidade de indivíduos/mL da classe
Chlorophyceae, com um total de 6.311.681 ind/mL, seguindo-se Cyanophyceae com
2.375.960 ind./mL, Euglenophyceae com 183.061 ind./mL, Bacillariophyceae com
67.969 ind./ml e Zignematophyceae com 7.000 ind./mL. Os resultados estão registrados
na tabela 32 e figura 41.
Os gêneros que apresentaram a maior densidade anual, dentre as classes
estudadas, foram:
Chlorella (2.264.534 ind./mL), Chlamydomonas (1.960.613 ind./mL),
Synechocystis (1.264.142 ind./mL), Euglena (55.570 ind./mL), Surirella (38.334
ind./mL) e
Cosmarium (6.000 ind./mL). Por sua vez, as espécies que mostraram a maior
densidade, dentre os gêneros encontrados, foram:
Chlorella ellipsoidea (909.085
ind./mL),
Microcystis aeruginosa (802.543 ind./mL), Lepocinclis fusiformis (42.667
ind./mL),
Surirella ovata (38.543 ind/mL) e Cosmarium sp b (4.000 ind m/L).
Na ELM1, as espécies abundantes mais freqüentes, dentre as classes estudadas
nas amostragens foram:
Synechocystis aquatilis (cianofícea); Surirella ovata
(bacilariofícea); Lepocinclis ovum (euglenofícea); Chlorella miniata (clorofícea) e
Cosmarium sp b (zignematofícea).
86
Tabela 32: Distribuição dos táxons do fitoplâncton (ind./mL), por classe, no período de
agosto/05 a julho/06, na ELM1 da ETE-UCS.
meses ciano baci eugle chloro zigne
ago./05 138.142 2.286 571 20.476 0
set./05 173.499 2.333 10.500 103.168 0
out./05 203.132 801 2.800 92.499 0
nov./05 57.624 6.561 1.872 542.927 1.000
dez./05 79.000 1.000 55.000 920.000 1.000
jan./06 217.667 0 1.332 697.998 0
fev./06 372.000 3.999 10.665 2.536.997 0
mar./06 309.000 0 3.000 655.875 2.000
abr./06 59.878 17.000 30.000 100.250 0
mai./06 103.090 1.274 1.819 197.700 0
jun./06 28.428 8.715 4.002 148.291 0
jul./06 634.500 24.000 61.500 295.500 3.000
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
ago./05
set
.
/05
o
u
t.
/0
5
no
v
./
0
5
de
z
./05
jan./06
fe
v
./
0
6
m
ar./0
6
a
b
r.
/0
6
m
a
i
./
06
jun./06
jul./
0
6
Meses amostrados
Indivíduos/mL
zigne
chloro
eugle
baci
ciano
Figura 41: Variação sazonal da densidade fitoplanctônica (ind./mL) para as diferentes
classes de algas na ELM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
A SLM1 apresentou uma ocorrência maior da classe Chlorophyceae com
1.027.3950 ind./mL, seguindo-se as Cyanophyceae com 2.171.677 ind./mL, as
Bacillariophyceae com 130.935 ind./mL, as Euglenophyceae com 113.919 ind./mL e as
Zignematophyceae com 555 ind./mL. Os resultados estão expressos na tabela 33 e
figura 42.
ciano= Cyanophyceae, baci= Bacillariophyceae, eugle= Euglenophyceae
chloro= Chlorophyceae, zigne= Zignematophyceae
87
Os gêneros que apresentaram maior densidade, dentre as classes estudadas,
foram:
Chlamydomonas (5.643.835 ind./mL), Chlorella (2.175.288 ind./mL),
Synechocystis (5.643.835 ind./mL), Euglena (37.304 ind./mL), Surirella (94.794
ind./ml) e
Cosmarium (555 ind./mL). Por sua vez, as espécies que apresentaram a maior
densidade anual, dentre os gêneros estudados, foram:
Chlamydomonas printzii
(1.727.010 ind./mL),
Synechocystis aquatilis (902.493 ind./mL), Lepocinclis ovum
(14.652 ind./mL),
Surirella ovata (94.794 ind./mL) e Cosmarium sp c (555 ind./mL).
Na SLM1, as espécies abundantes mais freqüentes, dentre as classes
encontradas, foram:
Synechocystis aquatilis (cianofícea); Surirella ovata
(bacilariofícea); Euglena gracilis, Lepocinclis ovum (euglenofícea); Chlorella miniata
(clorofícea) e Cosmarium sp c (zignematofícea).
Tabela 33: Distribuição dos táxons do fitoplâncton (ind./mL), por classe, no período de
agosto/95 a julho/96 na SLM1 da ETE-UCS.
meses ciano baci eugle chloro zigne
ago./05 397.600 13.200 12.400 292.800 0
set./05 349.666 4.666 12.666 56.664 0
out./05 46.533 6.767 3.350 78.558 0
nov./05 89.000 11.000 1.000 1.298.000 0
dez./05 23.776 111 333 75.886 555
jan./06 267.800 0 2.400 381.667 0
fev./06 116.000 2.666 13.332 2.213.331 0
mar./06 372.000 3.000 2.000 760.769 0
abr./06 123.135 79.358 42.768 123.105 0
mai./06 260.000 6.000 6.000 552.000 0
jun./06 72.000 0 0 4.189.334 0
jul./06 54.167 4.167 17.670 251.836 0
ciano= Cyanophyceae, baci= Bacillariophyceae, eugle= Euglenophyceae
chloro= Chlorophyceae, zigne= Zignematophyceae
88
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
a
go
.
/0
5
set./05
o
ut
./
05
nov./05
d
e
z.
/0
5
j
a
n./06
fe
v
./0
6
m
a
r
./0
6
a
b
r./
0
6
m
a
i.
/0
6
jun./
0
6
ju
l./
0
6
Meses amostrados
Indivíduos/mL
zigne
chloro
eugle
baci
ciano
Figura 42: Variação sazonal da densidade fitoplanctônica (ind./mL) para as diferentes
classes de algas na SLM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Na SLM2, a classe de algas melhor representada foi Chlorophyceae com
7.578.332 ind./mL, seguindo-se as Cyanophyceae com 2.880.796 ind./mL, as
Bacillariophyceae com 120.732 ind./mL, as Euglenophyceae com 119.245 ind./mL e as
Zignematophyceae com 9.490 ind./mL. Os resultados estão representados na tabela 34 e
figura 43.
Os gêneros que apresentaram a maior densidade anual, dentre as classes
encontradas, foram:
Chlorococcum (2.059.300 ind./mL), Chlorella (1.990.997 ind./mL),
Chlamydomonas (1.895.054 ind./mL), Synechocystis (2.686.374 ind./mL), Phacus
(54.228 ind./mL),
Surirella (87.788 ind./mL) e Cosmarium (9.490 ind./mL). Por sua
vez, as espécies que mostraram a maior densidade anual, dentre os gêneros estudados,
foram:
Chlorococcum humicola (1.123.664 ind./mL), Synechocystis aquatilis
(1.665.103 ind./ml),
Euglena agilis (16.933 ind./mL), Surirella ovata (87.038 ind./mL)
e
Cosmarium sp c (8.000 ind./mL).
Na SLM2, as espécies abundantes mais freqüentes, dentre as classes
encontradas, foram representadas por:
Synechocystis aquatilis (cianofícea); Surirella
ovata
(bacilariofícea); Euglena agilis, Euglena gracilis, Lepocinclis ovum, Phacus
89
caudatus var. minor (euglenofícea); Chlorococcum humicola (clorofícea) e Cosmarium
contractum
(zignematofícea).
Tabela 34: Distribuição dos táxons do fitoplâncton (ind./mL), por classe, no período de
agosto/05 a julho/06, na SLM2 da ETE-UCS.
meses ciano baci eugle chloro zigne
ago./05 2.000 3.000 3.000 1.384.000 0
set./05 300.003 2.001 38.001 553.998 0
out./05 361.467 4.000 8.050 408.533 0
nov./05 173.392 21.800 5.892 71.821 0
dez./05 68.500 500 0 560.500 8.000
jan./06 87.500 0 1.500 456.500 0
fev./06 232.250 500 2.500 376.530 0
mar./06 138.333 2.332 999 275.998 333
abr./06 539.166 0 1.633 412.083 0
mai./06 544.000 67.600 12.000 784.000 800
jun./06 362.400 4.000 12.456 1.739.200 0
jul./06 71.785 14.999 33.214 555.169 357
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
ago.
/05
set
.
/05
ou
t./05
no
v./0
5
dez./05
jan
./06
fev./0
6
mar./06
ab
r./06
m
ai./06
j
un
./06
jul./06
Meses amostrados
Indivíduos/mL
zigne
chloro
eugle
baci
ciano
Figura 43: Variação sazonal da densidade fitoplanctônica (ind./mL) para as diferentes
classes de algas na SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
ciano= Cyanophyceae, baci= Bacillariophyceae, eugle= Euglenophyceae
chloro= Chlorophyceae, zigne= Zignematophyceae
90
6.4 DIVERSIDADE DE ESPÉCIES
Os valores máximos do índice de Shannon-Wiener (H’) observados foram de
2,71 bits/ind. na SLM2, em julho/06, e 2,66 bits/ind. na ELM1, em janeiro/06. Os
valores mínimos foram de 1,23 bits/ind. na ELM1 e na SLM2, ambos em agosto/05,
além de 1,66 bits/ind na SLM2, em janeiro/06. Os resultados estão expressos na tabela
35 e figura 44.
Tabela 35: Valores encontrados para a diversidade específica (bits/ind.) na ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 1,23 2,41 1,23
set./05 2,33 2,26 2,45
out./05 2,42 2,26 2,41
nov./05 2,28 1,76 2,10
dez./05 1,91 1,82 1,99
jan./06 2,66 2,51 1,66
fev./06 2,48 2,13 2,25
mar./06 1,95 2,04 2,09
abr./06 2,60 2,62 2,05
mai./06 2,14 2,31 2,22
jun./06 2,44 1,85 2,52
jul./06 1,83 2,41 2,71
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
ago./05
s
e
t
.
/0
5
o
u
t
./
0
5
nov./05
dez./05
j
a
n./06
f
e
v
.
/0
6
m
ar./
0
6
abr
.
/06
mai./06
j
u
n./06
j
u
l
.
/0
6
Meses amostrados
Diversidade Shannon-Wiener (H')
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 44: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’) em
bits/ind. do fitoplâncton na ELM1, SLM1 e SLM2 na ETE-UCS, no período
de agosto/05 a julho/06.
91
Na análise do teste t de “Student”, verificou-se que houve diferença significativa
entre a diversidade específica da ELM1 e SLM1, da ELM1 e SLM2 e da SLM1 e
SLM2. Os resultados estão expressos nas tabelas 36, 37 e 38 abaixo.
Tabela 36: Valores encontrados para a análise do teste t de “Student” (p<0,05), aplicada
sobre a diversidade total da ELM1 e SLM1 da ETE-UCS, no período de
agosto/05
a julho/06.
ELM1 SLM1
S
139 134
Index
3,0674 3,0261
Variance
1,6413E-6 1,0214E-6
t: 25,308 p(same): 2,7752E-141
Tabela 37: Valores encontrados para a análise do teste t de “Student” (p<0,05), aplicada
sobre a diversidade total da ELM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de
agosto/05
a julho/06.
ELM1 SLM2
S
139 140
Index
3,0674 2,8379
Variance
1,6413E-6 1,7091E-6
t: 125,41 p(same): < 0,0001
Tabela 38: Valores encontrados para a análise do teste t de “Student” (p<0,05), aplicada
sobre a diversidade total da SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de
agosto/05
a julho/06.
SLM1 SLM2
S
134 140
Index
3,0261 2,8379
Variance
1,0214E-6 1,7091E-6
t: 113,93 p(same): < 0,0001
6.5 EQÜITABILIDADE
O índice de eqüitabilidade (J’) apresentou valores máximos de 0,69 no mês de
julho/06 na SLM2, e no mês de janeiro/06, na ELM1. Os valores mínimos foram
registrados no mês de agosto/05 com 0,38 de uniformidade na ELM1 e com 0,51 de
uniformidade na SLM2 em agosto/05, na SLM1 em novembro/05, na SLM2 em
janeiro/06 e em julho/06 na ELM1. Os resultados estão expressos na tabela 39 e figura
45.
92
Tabela 39: Valores encontrados para eqüitabilidade, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Data ELM1 SLM1 SLM2
ago./05 0,38 0,60 0,51
set./05 0,57 0,59 0,61
out./05 0,63 0,56 0,57
nov./05 0,60 0,51 0,55
dez./05 0,55 0,55 0,62
jan./06 0,69 0,60 0,51
fev./06 0,62 0,55 0,58
mar./06 0,54 0,55 0,56
abr./06 0,63 0,64 0,60
mai./06 0,58 0,61 0,58
jun./06 0,65 0,67 0,68
jul./06 0,51 0,62 0,69
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
ago./05
s
et
./05
out./05
no
v.
/
0
5
dez./0
5
j
an./
06
f
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0
6
mar
./
06
a
br
.
/06
m
ai
.
/
06
j
u
n.
/
06
jul
.
/
0
6
Meses amostrados
Eqüitabilidade (J' )
ELM1
SLM1
SLM2
Figura 45: Variação sazonal da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na ELM1,
SLM1 e SLM2 as ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Os valores de diversidade específica e eqüitabilidade (uniformidade) mostraram
diferença entre os meses amostrados. Os valores encontram-se registrados nas figuras
46, 47 e 48.
93
ELM1
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
ag
o./0
5
set./0
5
ou
t.
/
0
5
n
o
v
.
/
0
5
de
z./0
5
j
an
.
/06
fev./
06
mar./06
abr.
/
06
mai
.
/
0
6
j
un
./06
jul./06
Meses amostrados
Eqüitabilidade (J')
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Diversidade Shannon-
Wiener (H')
Eqüitabilidade (J') Diversidade (H')
Figura 46: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’), em
bits/ind., e da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na ELM1 da ETE-
UCS.
SLM1
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
ago./
0
5
set
.
/05
out.
/
0
5
no
v.
/
0
5
d
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5
jan./06
fe
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mar
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06
ab
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m
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6
jun
.
/06
j
u
l
.
/
0
6
Meses amostrados
Eqüitabilidade (J')
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Diversidade Shannon-
Wiener (H')
E
q
üitabilidade
(
J'
)
Diversidade
(
H'
)
Figura 47: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’), em
bits/ind., e da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na SLM1 da ETE-
UCS.
94
SLM2
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
ago./
0
5
s
et
.
/05
ou
t
.
/05
no
v.
/05
d
e
z./0
5
j
an
.
/06
f
e
v.
/06
ma
r
./
06
ab
r
.
/06
ma
i
.
/
0
6
ju
n
.
/
0
6
jul
.
/06
Meses amostrados
Eqüitabilidade (J')
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Diversidade Shannon-
Wiener (H')
Eqüitabilidade (J') Diversidade (H')
Figura 48: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’), em
bits/ind., e da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na SLM2 da ETE-
UCS.
Tanto a diversidade de espécies quanto a eqüitabilidade da comunidade
fitoplanctônica na ELM1, SLM1 e SLM2, apresentaram valores mensais relativamente
baixos no período de amostragem. Os resultados encontram-se na figura 49 a seguir.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
a
g
o
.
/05
se
t
.
/0
5
out
.
/
05
n
o
v
./05
d
e
z
.
/
05
j
an
./
0
6
f
e
v./06
mar
.
/0
6
abr
.
/
06
mai./06
j
un
.
/0
6
j
ul
./06
Meses amostrados
Eqüitabilidade (J')
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Diversidade Shannon-Wiener (H')
ELM1(J') SLM1(J') SLM2(J')
ELM1(H') SLM1(H') SLM2(H')
Figura 49: Variação sazonal da diversidade específica de Shannon-Wiener (H’), em
bits/ind., e da eqüitabilidade de Pielou (J’) do fitoplâncton, na ELM1, SLM1
e SLM2 da ETE-UCS.
95
Os valores de dominância, diversidade e eqüitabilidade total do fitoplâncton
foram semelhantes ao longo do período amostrado, porém, verificou-se para a SLM2 a
menor diversidade (2,84 bits/ind) e eqüitabilidade (0,57), bem como a maior
dominância (0,085). Os resultados estão espressos na tabela 40 figura 50 abaixo.
Tabela 40: Valores encontrados para dominância (D’), diversidade específica Shannon-
Wiener (H’) e eqüitabilidade de Pielou (J’) total da comunidade
fitoplanctônica, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
ELM1 SLM1 SLM2
Dominance_D
0,063 0,065 0,085
Shannon_H
3,07 3,03 2,84
Equitability_J
0,62 0,62 0,57
Figura 50: Dominância (D’), diversidade específica de Shannon-Wiener (H’) e
eqüitabilidade de Pielou (J’) total, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no
período de agosto/05 a julho/06.
Na ELM1, o índice de diversidade (H’) apresentou valor máximo no outono
(2,72 bits/ind) e mínimo no inverno (2,34 bits/ind). Já, o índice de eqüitabilidade (J’)
mostrou valor máximo no verão (0,64) e mínimo no inverno (0,53). Por sua vez, a
dominância (D’) revelou valor máximo no inverno (0,217) e mínimo no verão (0,090).
Os valores estão expressos na tabela 41 e figura 51 abaixo.
96
Tabela 41: Valores encontrados para a diversidade específica de Shannon-Wiener (H’),
eqüitabilidade de Pielou (J’) e dominância (D’) total do fitoplâncton, nas
estações do ano, na ELM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
ELM1
Inverno Primavera Verão Outono
Dominance_D 0,217 0,123 0,090 0,100
Shannon_H 2,34 2,58 2,71 2,72
Equitability_J 0,53 0,58 0,64 0,62
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Inverno Primavera Verão Outono
Estões do ano
Diversidade Shannon-
Wiener (H')
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Eqüitabilidade (J')
Dominance_D Shannon_H Equitability_J
Figura 51: Diversidade específica (H’), eqüitabilidade (J’) e dominância total do
fitoplâncton, nas estações do ano, na ELM1da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
Na SLM1 o índice de diversidade (H’) apresentou valor máximo no inverno
(2,74 bits/ind) e mínimo na primavera (2,09 bits/ind). Já, o índice de eqüitabilidade
apresentou valor máximo no verão (0,62) e mínimo na primavera (0,48). Por sua vez, a
dominância (D’) apresentou valor máximo na primavera (0,220) e mínimo no inverno
(0,102). Os resultados estão expressos na tabela 42 e figura 52 abaixo.
97
Tabela 42: Valores encontrados para a diversidade específicade Shannon-Wiener (H’),
eqüitabilidade de Pielou (J’) e dominância (D’) total do fitoplâncton, nas
estações do ano, na SLM1 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
SLM1
Inverno Primavera Verão Outono
Dominance_D 0,102 0,220 0,105 0,142
Shannon_H 2,74 2,09 2,61 2,39
Equitability_J 0,60 0,48 0,62 0,56
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Inverno Primavera Verão Outono
Estações do ano
Diversidade Shannon-Wiener
(H')
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Eqüitabilidade (J')
Dominance_D Shannon_H Equitability_J
Figura 52: Diversidade específica (H’), eqüitabilidade (J’) e dominância total do
fitoplâncton, nas estações do ano, na SLM1 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
Na SLM2, o índice de diversidade (H’) mostrou valor máximo na primavera
(2,61 bits/ind) e mínimo no verão (2,24 bits/ind). Por sua vez, o índice de eqüitabilidade
(J’) apresentou valor máximo no outono (0,61) e mínimo no verão (0,52). A dominância
(D’) revelou valor máximo no verão (0,152) e mínimo no outono (0,110). Os valores
encontram-se registrados na tabela 43 e figura 53 abaixo.
98
Tabela 43: Valores encontrados para a diversidade específicade Shannon-Wiener (H’),
eqüitabilidade de Pielou (J’) e dominância (D’) total do fitoplâncton, nas
estações do ano, na SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
SLM2
Inverno Primavera Verão Outono
Dominance_D 0,127 0,114 0,152 0,110
Shannon_H 2,55 2,61 2,24 2,55
Equitability_J 0,57 0,58 0,52 0,61
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Inverno Primavera Verão Outono
Estões do ano
Diversidade Shannon-
Wiener (H')
0,46
0,48
0,5
0,52
0,54
0,56
0,58
0,6
0,62
Eqüitabilidade (J')
Dominance_D Shannon_H Equitability_J
Figura 53: Diversidade específica (H’), eqüitabilidade (J’) e dominância total do
fitoplâncton, nas estações do ano, na SLM2 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
Na análise da diversidade específica (H’) total, verificou-se que o maior valor
ocorreu no outono (2,72 bits/ind), na ELM1 e o menor valor ocorreu na primavera (2,09
bits/ind), na SLM1. Já, o maior valor de eqüitabilidade (J’) ocorreu no verão (0,64) e o
menor valor ocorreu na primavera (0,48), na SLM1. Por sua vez, o maior valor
registrado de dominância (D’) foi verificado na primavera (0,220), na SLM1 e o menor
valor ocorreu no verão (0,090), na ELM1. Os resultados podem ser constatados na
figura 54.
99
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Inverno
Primavera
Verão
Outono
Inverno
Primavera
Verão
Outono
Inverno
Primavera
Verão
Outono
ELM1 SLM1 SLM2
Pontos amostrados/Estações do ano
Diversidade Shannon-Wiener (H')
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Eqüitabilidade (J')
Dominance_D Shannon_H Equitability_J
Figura 54: Diversidade específica (H’), eqüitabilidade (J’) e dominância (D’) total do
fitoplâncton, nas estações do ano, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no
período de agosto/05 a julho/06.
6.6 ANÁLISE DE AGRUPAMENTO (CLUSTER)
Na análise de agrupamento formado a partir dos dados de riqueza da
comunidade fitoplanctônica, obteve-se a formação de dois grupos diferentes, um
formado pela ELM1 e SLM1 e o outro formado pela SLM2. Observou-se que a riqueza
encontrada na ELM1 e SLM1 foi similar entre si, porém diferiu da observada na SLM2.
Os registros de presença/ausência dos táxons fitoplanctônicos, para a análise de
agrupamento, da riqueza dos pontos amostrados estão presentes no anexo 4 (tabela 52).
A figura 55 representa o Cluster dos pontos de amostragem, baseado na similaridade da
riqueza da comunidade fitoplanctônica estudada.
100
Figura 55: Dendrograma da análise de agrupamento da ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, baseado na similaridade da riqueza através de ligação simples de
Sørense-Dice.
Na análise de dendrograma formado a partir dos dados de abundância da
comunidade fitoplanctônica, obteve-se a formação de dois grupos distintos, um formado
pela ELM1 e SLM1 e o outro formado pela SLM2. Verificou-se, portanto, que a
abundância encontrada na ELM1 e SLM1 foi semelhante entre si, porém diferiu daquela
observada na SLM2.
Os registros de abundância dos táxons fitoplanctônicos, para a análise de
agrupamento da abundância dos pontos amostrados, estão presentes no anexo 5 (tabela
53). A figura 56 representa o Cluster dos pontos de amostragem, baseado na
similaridade da abundância da comunidade fitoplanctônica estudada.
101
Figura 56: Dendrograma da análise de agrupamento da ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, baseado na similaridade de abundância através de ligação UPGMA de
Bray-Curtis.
Para avaliar o grau de estabilidade da amostra empregou-se o método de
autoreamostragem (“bootstrap”), onde foram geradas 1.000 iterações. Os resultados
estão expressos na figura 57 abaixo.
10 0
90
1 2 3 4
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Similarity
SLM2
SLM1
ELM1
Figura 57: Dendrograma da análise de agrupamento da ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, para riqueza e abundância, baseado na autoreamostragem (“bootstrap”),
com a geração de 1.000 iterações.
1 2 3 4
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Similarity
SLM2
SLM1
ELM1
102
6.7 ANÁLISE DE REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA
A análise de regressão linear múltipla permitiu verificar a relação funcional de
uma variável para as outras, ou seja, o quanto a riqueza, a abundância e a diversidade da
comunidade fitoplanctônica foram influenciadas pelas variáveis abióticas, além da
clorofila
a.
Nesta análise, verificou-se que a riqueza fitoplanctônica foi influenciada pelas
variáveis DQO Total, DQO Solúvel e turbidez. Os resultados estão expressos na tabela
44 e figura 58 abaixo.
Tabela 44: Valores encontrados para a análise de regressão linear múltipla aplicada
sobre a riqueza da comunidade fitoplanctônica e as variáveis ambientais
(físicas, físico-químicas e químicas), além da clorofila
a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06 (p<0,05).
Step # 0 R = 0.855 R-Square = 0.732
Effect Coefficient
Std
Error Std Coef Tol. df F ‘ P ‘
01 Constant
02 SST 0.000 0.091 0.002 0.09392 1 0.000 0.996
03 OD 0.135 0.588 0.060 0.23071 1 0.053 0.821
04 NO
3
0.069 0.195 0.069 0.41777 1 0.124 0.729
05 TEMPAR -0.225 0.567 -0.106 0.22210 1 0.157 0.697
06 CONDUT 0.007 0.013 0.127 0.25514 1 0.259 0.617
07 NAMON -0.218 0.265 -0.243 0.18181 1 0.682 0.420
08 SSV -0.077 0.089 -0.347 0.09940 1 0.759 0.396
09 NO
2
-0.011 0.010 -0.227 0.32641 1 1.066 0.316
10 PT -0.904 0.867 -0.219 0.35919 1 1.088 0.312
11 pH -4.131 3.956 -0.233 0.31778 1 1.090 0.311
12 DBO
5
S 0.566 0.531 0.388 0.11931 1 1.136 0.301
13 TEMPAGUA 0.987 0.745 0.432 0.14824 1 1.758 0.202
14 DBO
5
T -0.224 0.127 -1.043 0.04552 1 3.140 0.094
15 TRANSP -118.976 58.179 -0.507 0.25613 1 4.182 0.057
16 CLOROFILA -0.006 0.003 -0.571 0.20509 1 4.245 0.055
17 DQOT 0.293 0.127 1.505 0.03742 1 5.374 0.033
18 DQOS -1.237 0.478 -0.997 0.10620 1 6.688 0.019
19 TURBIDEZ -1.468 0.505 -0.637 0.32808 1 8.447 0.010
103
Plot of Residuals against Predicted Values
10 20 30 40 50 60 70
ESTIMATE
-20
-10
0
10
20
R
E
S
I
D
U
A
L
Figura 58: Diagrama da análise de regressão linear múltipla da riqueza fitoplanctônica,
das variáveis ambientais e da clorofila
a, na ELM1, SLM1 e SLM2 da ETE-
UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
A abundância da comunidade fitoplanctônica foi influenciada pelos parâmetros
temperatura da água e turbidez. Os resultados são apresentados na tabela 45 e figura 59
abaixo.
Tabela 45: Valores encontrados para a análise de regressão linear múltipla aplicada
sobre a abundância da comunidade fitoplanctônica e as variáveis ambientais
(físicas, físico-químicas e químicas), além da clorofila
a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06 (p<0,05).
Step # 0 R = 0.920 R-Square = 0.846
Effect Coefficient Std Error Std Coef Tol. df F ‘ P ‘
01 Constant
02 pH 42627.418 196467.355 0.037 0.31778 1 0.047 0.831
03 DBO
5
S 6952.235 26355.517 0.073 0.11931 1 0.070 0.795
04 PT -18972.464 43035.948 -0.070 0.35919 1 0.194 0.665
05 OD -13729.035 29219.776 -0.093 0.23071 1 0.221 0.644
06 TRANSP 1.4742E+06 2.8894E+06 0.096 0.25613 1 0.260 0.616
07 NO
3
5021.916 9675.118 0.076 0.41777 1 0.269 0.610
08 NO
2
340.999 505.905 0.112 0.32641 1 0.454 0.509
09 NAMON 10061.407 13138.934 0.171 0.18181 1 0.586 0.454
10 SSV 3665.265 4396.517 0.252 0.09940 1 0.695 0.416
11 DQOS 24566.358 23762.805 0.302 0.10620 1 1.069 0.316
12 SST -4812.801 4510.641 -0.332 0.09392 1 1.138 0.301
13 TEMPAR 35688.148 28164.979 0.256 0.22210 1 1.606 0.222
14 DBO
5
T 8184439 6282.914 0.585 0.04552 1 1.697 0.210
15 DQOT -9901.650 6287.921 -0.775 0.03742 1 2.480 0.134
16 CONDUT -1278.546 655.803 -0.368 0.25514 1 3.801 0.068
17 TEMPAGUA -90031.429 36985.243 -0.602 0.14824 1 5.926 0.026
18 TURBIDEZ 80749.465 25083.826 0.535 0.32808 1 10.363 0.005
19 CLOROFILA 785.510 153.538 1.076 0.20509 1 26.174 0.000
104
Plot of Residuals against Predicted Values
-
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
3
0
0
0
0
0
0
4
0
0
0
0
0
0
ESTIMATE
-1000000
-500000
0
500000
1000000
R
E
S
I
D
U
A
L
Figura 59: Diagrama da análise de regressão linear múltipla da abundância
fitoplanctônica, das variáveis ambientais e da clorofila
a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
A diversidade específica das algas foi influenciada pelas variáveis DBO
5
, DQO
Total, DQO Solúvel e turbidez. Os valores encontram-se registrados na tabela 46 e
figura 60.
105
Tabela 46: Valores encontrados para a análise de regressão linear múltipla aplicada
sobre a diversidade da comunidade fitoplanctônica e as variáveis ambientais
(físicas, físico-químicas e químicas), além da clorofila
a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06 (p<0,05).
Step # 0 R = 0.858 R-Square = 0.736
Effect Coefficient Std Error Std Coef Tol. df F ‘ P ‘
01 Constant
02 NAMON -0.001 0.007 -0.028 0.18181 1 0.009 0.926
03 pH -0.017 0.107 -0.036 0.31778 1 0.027 0.872
04 NO2 -0.000 0.000 -0.055 0.32641 1 0.063 0.805
05 SST -0.001 0.002 -0.129 0.09392 1 0.101 0.755
06 OD 0.009 0.016 0.145 0.23071 1 0.311 0.584
07 NO3 0.003 0.005 0.108 0.41777 1 0.313 0.583
08 TEMPAR -0.011 0.015 -0.191 0.22210 1 0.521 0.480
09 CONDUT 0.000 0.000 0.184 0.25514 1 0.560 0.465
10 SSV -0.002 0.002 -0.367 0.09940 1 0.865 0.365
11 PT -0.029 0.023 -0.255 0.35919 1 1.504 0.237
12 CLOROFILA -0.000 0.000 -0.353 0.20509 1 1.647 0.217
13 TRANSP -2.167 1.576 -0.338 0.25613 1 1.891 0.187
14 DBO5S 0.025 0.014 0.621 0.11931 1 2.964 0.103
15 TEMPAGUA 0.037 0.020 0.600 0.14824 1 3.446 0.081
16 TURBIDEZ -0.029 0.014 -0.466 0.32808 1 4.602 0.047
17 DBO5T -0.008 0.003 -1.322 0.04552 1 5.132 0.037
18 DQOT 0.010 0.003 1.954 0.03742 1 9.220 0.007
19 DQOS -0.047 0.013 -1.383 0.10620 1 13.094 0.002
Plot of Residuals against Predicted Values
1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
ESTIMATE
-0.5
-0.4
-0.3
-0.2
-0.1
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
R
E
S
I
D
U
A
L
Figura 60: Diagrama da análise de regressão linear múltipla da diversidade
fitoplanctônica, das variáveis ambientais e da clorofila
a, na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
7 DISCUSSÃO
7.1 VARIÁVEIS CLIMATOLÓGICAS, FÍSICAS, FÍSICO-QUÍMICAS E QUÍMICAS
DA ÁGUA
7.1.1 Variáveis climatológicas
7.1.1.1 Temperatura do ar
Neste estudo, a temperatura do ar mostrou-se praticamente uniforme conforme
as estações do ano, apresentando valores mais elevados no verão, e mais baixos no
inverno. Isso determinou que os valores máximos de temperatura da água ocorressem
no verão e que os valores mínimos acontecessem no inverno. Sendo assim, no inverno
houve uma diminuição da taxa reprodutiva fitoplanctônica e, por conseguinte, uma
diminuição na sua densidade; no verão o processo foi inverso.
7.1.1.2 Pluviosidade
Nos meses correspondentes ao inverno, os valores registrados para a
pluviosidade mensal e para a semana que antecedeu a coleta, principalmente nos meses
de agosto e setembro, foram os mais elevados, tendo esse efeito diluidor contribuido
para a diminuição da densidade do fitoplâncton das LM da ETE-UCS.
7.1.2 Variáveis físicas da água
7.1.2.1 Temperatura da água
Conforme GOMES et al. (2003), entre março e maio/2002, os valores médios de
temperatura para a lagoa de maturação, em um sistema de lagoas de estabilização, no
107
município de Juazeiro do Norte (CE), foi de 29,0
o
C, caracterizando um clima tropical.
Esse dado sugere uma tendência de estratificação térmica na lagoa de maturação,
trazendo como conseqüência alguns aspectos negativos como: repercussão na eficiência
da lagoa com o surgimento de zonas estagnadas, má distribuição de algas, oxigênio
dissolvido e matéria orgânica. Essa situação pode ter ocorrido especialmente nos meses
de dezembro/05 (primavera), na SLM1 e SLM2, janeiro/06 (verão), na ELM1, SLM1 e
SLM2 e março/06 (verão), na SLM2, onde a temperatura registrada no dia da coleta foi
29,0
o
C.
Conforme EGBORG (1979), as variações diárias no pH e no oxigênio dissolvido
como índices de atividade do fitoplâncton são dependentes da temperatura. Neste
estudo, verificou-se que da ELM1 em direção à SLM2, o aumento da temperatura
contribuiu para elevar a densidade fitoplanctônica, promovendo, com isso, um aumento
nos valores de pH e de OD. A correlação positiva significativa entre temperatura da
água e OD (r = 0,5705), clorofila
a e temperatura da água (r = 0,9968) contribuíram
para confirmar a observação feita pelo autor acima citado.
7.1.2.2 Turbidez
Nas LM da ETE-UCS, a elevada densidade de organismos fitoplanctônicos,
contribuíram para aumentar a turbidez da água e promover um maior consumo de OD,
por parte dos organismos decompositores, para sua mineralização. Essa situação ficou
caracterizada pela correlação positiva entre DBO
5
T e turbidez (r = 0,9642) e DQOT e
turbidez (r = 0,5277).
A presença do material em suspensão na água tem uma importância ecológica
considerável. Pode propiciar um substrato para bactérias coliformes (HENRY &
LOPES, 1978), dificultar o trabalho dos órgãos filtradores por organismos animais
(MARGALEF, 1974) e reduzir a penetração da luz na coluna d’água, prejudicando a
fotossíntese. A turbidez foi o fator responsável pela determinação de uma zona
trofogênica pouco profunda nas águas do local estudado. Os maiores valores de turbidez
registrados no outono e no verão, foram determinados pelas maiores densidades de
organismos fitoplanctônicos em suspensão na coluna d’água.
108
Os valores de turbidez média anual na ELM1 e na SLM1, foram praticamente
iguais, devido à concentração semelhante de material em suspensão e compostos
dissolvidos. Por sua vez, a turbidez média anual na SLM2 mostrou-se mais elevada do
que na ELM1 e na SLM1. Isso deve ter ocorrido devido ao acréscimo de organismos
fitoplanctônicos parcialmente decompostos, vindos da SLM1 e da elevada densidade
fitoplanctônica ocorrida na SLM2.
7.1.2.3 Transparência da água
A transparência da água tem relação com a abundância e composição da
comunidade fitoplanctônica (REYNOLDS, 1976), assim como, em lagoas muito
produtivas, sua medida pode ser usada para estimar a densidade aproximada da
população fitoplanctônica (WETZEL, 1975). Neste estudo, os baixos valores de
transparência de Secchi revelaram uma grande quantidade de material suspenso no meio
líquido, especialmente o fitoplâncton. Isso ficou evidenciado pela correlação negativa
da transparência da água com SST ( r = -0,5640) e com SSV (r = -0,4642).
Considerando-se a profundidade de compensação fótica 2 ½ vezes a
profundidade de visão do disco de Secchi (MARGALEF, 1983), pode-se inferir que nas
LM da ETE-UCS, a atenuação da radiação até 1% ocorreu em um mínimo de 0,20 m e
um máximo de 0,75 m. Como a profundidade das LM é de apenas 1 m, essa penetração
de luz foi suficiente para promover uma grande produtividade.
De acordo com a classificação do Estado Trófico, segundo o Índice de Carlson
modificado por TOLEDO
et al. (1983), ambientes hipereutróficos apresentam
transparência de Secchi < 0,2 m. Em 58% dos pontos amostrados, a transparência esteve
abaixo de 0,2 m, o que de acordo com o autor acima citado caracterizaria as LM da
ETE-UCS como ambientes hipereutróficos.
7.1.3 Variáveis físico-químicas da água
7.1.3.1 pH
Segundo TALAMONI (1995), baixas flutuações nos valores de pH sugerem
que os corpos d’água têm um eficiente sistema de tamponamento ou aceleração
109
dinâmica metabólica. Essa situação deve ter ocorrido no período amostrado, pois os
valores médios anuais de pH na ELM1, SLM1 e SLM2 apresentaram pequena
amplitude.
As variações no pH modificam o estado químico de várias substâncias
importantes para as algas, como o CO
2
, o fosfato, a amônia, o ferro e os metais-traço.
As comunidades aquáticas, dentre as quais as algas, interferem no pH, assim como o pH
interfere de diferentes maneiras no metabolismo destas comunidades. Sobre as algas, o
pH atua diretamente nos processos de permeabilidade da membrana celular, no
transporte iônico intra e extracelular e na velocidade das reações enzimáticas
(ESTEVES, 1988; FERNANDES
et al., 2005).
De acordo com BRANCO (1978), o pH tem seus valores sujeitos a grandes
variações durante as diferentes estações ou horas do dia. Durante o ciclo diurno, ocorre
uma elevação no seu valor no período da manhã, atingindo um máximo ao redor das 15
horas e diminuindo a seguir. Essa variação do pH ocorre devido ao fato de que o
consumo de CO
2
pelas algas, nas horas em que a luminosidade é disponível, é maior
que a reposição pela respiração das bactérias. Isso leva ao deslocamento da reação
(abaixo) para a direita, para produção de mais CO
2
(para consumo das algas) e liberação
de íons hidroxila no meio, o que provoca um aumento do pH (SILVA & MARA, 1979).
HCO
3
-
CO
2
+ OH
-
Por outro lado, à noite, cessa a atividade fotossintética das algas e a reposição
de CO
2
pela respiração bacteriana faz aumentar a concentração do CO
2
, ocorrendo o
deslocamento da reação para a esquerda e, conseqüentemente, o abaixamento do pH
pela diminuição da concentração de íons hidroxila.
Como as amostragens foram realizadas no período de horas claras do dia,
compreendido entre as 12 h e as 14 h, onde a atividade fotossintética é intensa,
obtiveram-se valores de pH que chegaram a 9,42 em agosto/05, na SLM2.
Notou-se, também, que o aumento no valor médio anual do pH da ELM1 em
direção à SLM2, ocorreu concomitantemente ao aumento da densidade fitoplanctônica.
110
A correlação positiva significativa, encontrada entre o pH e o teor de OD (r = 0,6313),
indicou que o aumento da concentração de OD na água está associado à maior atividade
fotossintética do fitoplâncton e a um maior consumo de CO
2,
o que fez com que o pH da
água aumentasse. Além disso, a elevação nos valores dessa variável deve ter ocorrido
devido à carga orgânica do esgoto na ELM1 ter sido maior do que a carga orgânica que
chegou na SLM2, já que a mesma sofreu mineralização ao longo desse percurso. Com
isso, a atividade bacteriana na ELM1 foi maior do que na SLM2, levando, assim, a um
maior consumo de oxigênio para a estabilização da matéria orgânica e
conseqüentemente a uma maior liberação de CO
2
para o meio. Isso contribuiu para
explicar os menores valores de pH na ELM1.
As águas continentais exibem amplas variações de pH, sendo que na maioria
delas varia entre 6 e 8. As concentrações dos compostos e dos íons na água, bem como
as suas relações, determinam o pH observado e a capacidade de tamponamento de um
dado corpo d’água (WETZEL & LIKENS, 1990). Os valores registrados para o pH nas
LM estudadas variaram entre 6,33 a 9,42. Verificou-se, portanto, que o valor máximo
dessa variável esteve acima do observado pelos autores citados anteriormente, porém,
deve ter sido fundamental para a eliminação dos coliformes fecais dessas lagoas.
7.1.3.2 Condutividade elétrica
Segundo ESTEVES (1988), dentre as informações que podem ser fornecidas
pelos valores de condutividade elétrica, em águas interiores, destacam-se: magnitude da
concentração iônica (os íons mais diretamente responsáveis pelos valores de
condutividade elétrica são - cálcio, magnésio, potássio, sódio, carbonato, sulfato,
cloreto, etc.), decomposição (aumento dos valores), detecção de fontes poluidoras e
avaliação das diferenças geoquímicas nos afluentes de um lago.
Nas LM da ETE-UCS, os valores de condutividade elétrica média anual
diminuíram da ELM1 em direção à SLM2, devido à remoção de íons em solução,
especialmente pela assimilação do fitoplâncton e, em menor quantidade, pelas
macrófitas flutuantes do gênero
Lemna.
Conforme KIMMEL & LIND (1972), as águas com alta condutividade elétrica
tendem a ter elevados valores de produtividade primária. Nas LM da ETE-UCS, os
111
valores mais elevados de condutividade elétrica ocorreram nos meses de baixa
pluviosidade (outono). Esses valores estiveram associados as maiores densidades
fitoplanctônicas, também ocorridas nessa estação do ano, confirmando, assim, a
observação feita pelo autor acima referido.
Os índices de estado trófico, além da concentração de fósforo total nas águas,
estão baseados no nitrogênio total, na clorofila
a e na condutividade elétrica
(KRATZER & BREZONIK, 1981). A elevada condutividade média anual nessas lagoas
indicou grande disponibilidade de nutrientes para o desenvolvimento de uma elevada
densidade fitoplanctônica, caracterizando esse ambiente como sendo hipereutrófico. A
correlação positiva entre condutividade elétrica e PT (r = 0,1172), condutividade
elétrica e nitrogênio amoniacal (r = 0,7295), condutividade elétrica e NO
3
-
(r = 0,0612),
assim como entre clorofila
a e condutividade elétrica (r = 0,6045), confirmaram o
pressuposto acima citado.
7.1.4 Variáveis químicas da água
7.1.4.1 Oxigênio dissolvido
BARTHEL et al. (2004) observaram que a concentração de OD registrada
durante o dia, na LM da UNETDS da EMBRAPA do município de Concórdia (SC),
ficou na média de 12 mg/L. Nas LM da ETE-UCS, a concentração anual de oxigênio
ficou na média de 7,8 mg/L, possibilitando, com isso, a estabilização da matéria
orgânica, por parte das bactérias aeróbias.
A concentração de OD média anual aumentou da ELM1 em direção à SLM2.
Esse aumento ocorreu em função da maior taxa fotossintética da comunidade
fitoplanctônica. A concentração positiva altamente significativa entre clorofila
a e o teor
de OD (r = 0,9986) contribuiu para confirmar esse fato.
7.1.4.2 Demanda bioquímica de oxigênio (DBO
5
) total e solúvel
Nas LM da ETE-UCS, as altas concentrações de DBO
5
Total e Solúvel
indicaram elevadas concentrações de matéria orgânica oriunda, especialmente da
elevada biomassa fitoplanctônica. Uma correlação positiva altamente significativa entre
112
DBO
5
T e SSV (r = 0,8927), DBO
5
T e SST (r = 0,7579), assim como entre DBO
5
S e
SSV (r = 0,8789), e DBO
5
S e SST (r = 0,7579), contribuiu para confirmar o fato.
A DBO
5
Total média anual apresentou um valor mais baixo na ELM1, onde
ocorreu a menor densidade fitoplanctônica média anual. Na SLM1 e SLM2, a DBO
5
Total média anual apresentou valores maiores e semelhantes, assim como houve valores
mais elevados e com uma certa equivalência na densidade fitoplanctônica. Isso sugere
que o aumento na quantidade de matéria orgânica na SLM1 e SLM2 - devido à morte de
uma elevada densidade de algas, além de uma maior liberação de compostos orgânicos
produzidos por elas, quando da realização da fotossíntese - tenha promovido uma maior
DBO
5
Total.
Na ELM1 e SLM1, os valores de DBO
5
Solúvel médio anual foram similares e
mais baixos do que na SLM2. Isso significa que, provavelmente, na SLM2, a fração
solúvel de matéria orgânica oriunda da morte do fitoplâncton tenha sido maior do que
na ELM1 e SLM1.
7.1.4.3 Demanda química de oxigênio (DQO) total e solúvel
A principal diferença da DQO com relação ao teste da DBO
5
encontra-se
claramente presente na nomenclatura de ambos os testes. A DBO
5
relaciona-se a uma
oxidação bioquímica da matéria orgânica, realizada inteiramente por microorganismos.
Já a DQO corresponde a uma oxidação química, obtida através de um forte oxidante
(dicromato de potássio) em meio ácido. Os valores de DQO normalmente são maiores
que os da DBO
5
, devido à oxidação química decompor matéria orgânica não-
biodegradável. O teste da DQO é realizado num prazo menor que o da DBO
5
. Como na
DBO
5
mede-se apenas a fração biodegradável, quanto mais este valor se aproxima da
DQO significa que mais facilmente biodegradável será o efluente (VON SPERLING,
1995).
Segundo VON SPERLING (1995), o efluente biológico possui valores da
relação DQO/DBO
5
usualmente superiores a 3,0. Na SLM2, essa relação DQO/DBO
5
foi baixa (1,4), o que indica que a fração biodegradáve, devido as algas, foi elevada.
113
De acordo com os estudos de BARTHEL et al. (2004) na UNETDS da
EMBRAPA de Concórdia (SC), a DQO na LM, durante o período estudado, mostrou-se
estável, variando entre 50 e 70 mg/L. Nas LM da ETE-UCS, os valores de DQO Total
variaram de 10 a 315 mg/L, sendo que, o valor médio anual foi de 89,5 mg/L. A alta
concentração média anual de DQO Total indicou grande concentração de matéria
orgânica, especialmente de origem fitoplanctônica, nas LM, o que foi corroborado pela
correlação positiva significativa entre DQOT e DBO
5
T (r = 0,9408).
O valor da DQO Total é uma indicação direta do teor de matéria orgânica.
Portanto, é de se esperar que este seja mais elevado na SLM1, devido, principalmente, à
elevada concentração de matéria orgânica proveniente das algas, uma vez que neste
ponto de amostragem ocorreu a maior densidade média anual de fitoplâncton.
Por sua vez, o valor da DQO Solúvel média anual aumentou da ELM1 em
direção à SLM2, devido ao aumento na quantidade de matéria orgânica de origem
fitoplanctônica.
7.1.4.4 Sólidos suspensos totais e voláteis
Em um esgoto, predominantemente doméstico, 75% dos sólidos em suspensão
e 40% dos sólidos dissolvidos são de natureza orgânica. Estes compostos são
constituídos principalmente de carbono, hidrogênio e oxigênio, além de outros
elementos como nitrogênio, fósforo, ferro, enxofre, etc. Os principais grupos de
substâncias orgânicas encontradas nos esgotos são carboidratos (25 a 50%), proteínas
(40 a 60%) e óleos e graxas (10%). Outros compostos sintéticos são encontrados em
menor quantidade como detergentes, pesticidas, fenóis, etc. (METCALF & EDDY,
1991).
Sólidos suspensos e algas podem provocar conseqüências indesejáveis no
corpo receptor, como o aumento da DBO
5
. Caso o efluente seja usado para a irrigação,
concentrações excessivas de sólidos suspensos e algas podem afetar a porosidade do
solo (LUDUVICE
et al., 2001). Os elevados valores de SST e SSV, assim como da
densidade fitoplanctônica na SLM2, sugere um monitoramento dessas variáveis, quando
da sua utilização da água para essa finalidade.
114
PEARSON & SILVA (1988) observaram que no mínimo 80% dos sólidos
totais do efluente se devem à biomassa de algas. As altas concentrações de SST
encontradas nas LM da ETE-UCS estiveram vinculadas à grande quantidade de
biomassa fitoplanctônica presente no efluente final, inferida pela concentração de
clorofila
a e pela contagem nas observações microscópicas. Essa alta concentração de
SST, determinada pela elevada biomassa algal e pela matéria orgânica oriunda do
esgoto, promoveu um elevado consumo de oxigênio. Isso ficou comprovado pela
correlação positiva significativa entre DBO
5
T e SST (r = 0,7924) e, DQOT e SST (r =
0,8360).
Neste estudo, a fração de SSV, representada especialmente pelo fitoplâncton,
foi o maior constituinte dos SST. Isso foi comprovado pela correlação positiva
altamente significativa entre SST e SSV (r = 0,9219) e significativa entre SSV e
clorofila
a ( r = 0,6649).
As maior concentração de SST e SSV foi registrada no verão. Observou-se,
neste caso, que 91,9% dos SST foram representados pelos SSV, constituídos
basicamente pela biomassa algal.
7.1.4.5 Nitrato
A concentração de nitrato nas lagoas depende do equilíbrio entre a produção
bioquímica pelas bactérias nitrificantes e o consumo, principalmente, através da
assimilação pelo fitoplâncton e da desnitrificação. Não se pode omitir, apesar de não
estar registrado, a quantidade de nitrato originado a partir de processos fotoquímicos
ocorridos na atmosfera, que é levado com a água da chuva. De acordo com VISSER
(1974), há, nas regiões tropicais, aumento na formação de nitrato sobre a amônia em
função da grande atividade fotoquímica na camada superior da atmosfera nessas
regiões.
Nas épocas de floração do fitoplâncton, o nitrato torna-se a principal fonte de
nitrogênio assimilado pelas células, pois a amônia já foi rapidamente utilizada, além de
ocorrer naturalmente em baixas concentrações no epilimnio, e geralmente originado da
excreção de organimos (ESTEVES, 1988). Nas LM da ETE-UCS, as maiores
densidades do fitoplâncton foram registradas no outono e no verão, coincidindo com a
115
maior disponibilidade de nitrato. A correlação positiva significativa entre a clorofila a e
o NO
3
-
(r = 0,6362), encontrada no período estudado, confirmou a observação acima
citada.
Segundo BARTHEL
et al. (2004), os nitratos na LM da UNETDS da
EMBRAPA de Concórdia (SC), apresentaram-se em concentrações muito baixas, que
variaram de 7 a 7,4 mg/L. Nas LM da ETE-UCS, os valores de nitrato variaram de 0,01
a 54,49 mg/L, sendo que a concentração média anual foi de 8,15 mg/L. Essa baixa
concentração média anual, deveu-se, provavelmente, à grande atividade fotossintética
das algas, que incorporaram esse nutriente em sua biomassa.
Conforme PONTES (1980), a presença de matéria orgânica, bactérias
amonificantes e nitrificantes, disponibilidade de oxigênio e tempo de acumulação são
fatores importantes para que ocorra a presença de nitrato no meio líquido. Sendo assim,
é provável que a maior concentração de nitrato na SLM2 tenha sido devido à presença
de matéria orgânica, bactérias amonificantes e nitrificantes, elevada concentração de
OD, maior tempo de detenção hidráulica e a não utilização total desses íons por parte
do fitoplâncton.
7.1.4.6 Nitrito
A ocorrência de nitrito nas lagoas de maturação, deve-se ao fato deste íon ser
um estágio intermediário nos processos de nitrificação e desnitrificação. Outra fonte de
nitrito pode ser a atividade do fitoplâncton, uma vez que reduções de nitrato para nitrito
foram observadas em
Chlorella (BECKWITH, 1933 apud HUTCHINSON, 1975).
A presença de NO
2
-
no meio indica contaminação recente por matéria orgânica
(BABBITT
et al., 1973). Neste estudo, isso pode ser confirmado através da correlação
positiva entre NO
2
-
e DBO
5
T (r = 0,1302) e NO
2
-
e DQOT (r = 0,4515).
As concentrações de nitrito em ambientes de água doce são bem mais baixas
do que as de amônia e nitrato, exceto em lagos poluídos e em lagos eutróficos, onde há
formação de nitrito através da desnitrificação em condições anóxidas (FERNANDES
et
al
., 2005). Nas LM da ETE-UCS, a ausência de anoxia nas amostras coletadas
116
determinou que os valores de nitrito também fossem mais baixos do que os valores de
amônia e nitrato.
BARTHEL et al. (2004) encontraram na LM da UNETDS da EMBRAPA de
Concórdia (SC), baixos valores de nitritos que variaram de 700 a 2.000 μg/L. Nas LM
da ETE-UCS, registraram-se concentrações de nitrito que ficaram entre 6,29 e 1.034,41
μg/L, sendo que houve uma diminuição nos seus valores da ELM1 em direção à SLM2,
determinada, provavelmente, pela redução nos processos de nitrificação e
desnitrificação no meio líquido, além da diminuição na concentração de nitrogênio
amoniacal.
7.1.4.7 Nitrogênio amoniacal
Em condições de pH elevado (em torno de 10) devido à alta taxa de fotossíntese,
a amônia apresenta-se em grande parte na forma livre (NH
3
) tóxica aos peixes, ao invés
de na forma ionizada (NH
4
+
) não tóxica. Essa situação não ocorreu no período de
estudo, uma vez que o maior valor de pH registrado foi de 9,42 na SLM2.
Num estudo de lagoas de estabilização, em Juazeiro do Norte (CE), GOMES
et
al
. (2003) verificaram que, para a lagoa de maturação, a média de nitrogênio amoniacal
foi de 13 mg/L. Por sua vez, BARTHEL
et al. (2004), ao realizarem um estudo na
UNETDS da EMBRAPA de Concórdia (SC), encontraram na LM baixas concentrações
de amônia (~ 0,2 mg/L). De acordo com VON SPERLING (1995), a amônia livre na
água é considerada, geralmente, evidência de poluição recente, exceto se presente em
baixas concentrações (esgoto doméstico: 5 – 50 mg/L). Nas LM da ETE-UCS, os
valores de nitrogênio amoniacal ficaram entre 0,53 e 58,80 mg/L, sendo que o valor
médio anual foi de 19,49 mg/L. Esse valor médio ficou dentro dos limites para esgotos
domésticos, como proposto pelo autor acima citado, e mostrou que a poluição orgânica
nas LM foi constante. A correlação positiva altamente significativa entre nitrogênio
amoniacal e turbidez (r = 0,9185), nitrogênio amoniacal e SST (r = 0,8028), e nitrogênio
amoniacal e SSV (r = 0,6058), indicou a presença de uma elevada biomassa
fitoplanctônica na composição da carga orgânica dessas lagoas, durante o período
amostrado.
117
A pequena concentração de amônia pode ser devido a sua utlização por parte
do fitoplâncton ou ao estabelecimento do processo acelerado de nitrificação, em
conseqüência de atividade bacteriana. Por sua vez, o aumento na sua concentração pode
ser devido aos processos de produção (decomposição da matéria orgânica) e à redução
de nitritos, excretados por cianofíceas (OHMORI, 1978).
Nas LM da ETE-UCS, ocorreu uma diminuição na concentração média anual
de nitrogênio amoniacal da ELM1 em direção à SLM2. Essa diminuição ocorreu devido
ao processo de nitrificação e da intensa atividade fotossintética das algas com
conseqüente assimilação do nitrogênio amoniacal e sua conversão em nitrogênio
orgânico. Isso foi comprovado pela correlação positiva significativa entre a clorofila
a e
o nitrogênio amoniacal (r = 0,7225). As maiores médias anuais deste íon foram
encontradas, na maioria das vezes, na ELM1, devido à alta carga orgânica que recebe
essa lagoa.
A alta taxa de fotossíntese que ocorre nas lagoas de maturação, em função da
sua reduzida profundidade, contribui para a elevação do pH, por retirar do meio líquido
o CO
2
, ou seja, a acidez carbônica. Em condições de elevada atividade fotossintética, o
pH pode subir a valores superiores a 9,0, proporcionando condições para a volatilização
da NH
3
(ARCEIVALA, 1981). O processo de volatilização da amônia nas LM não foi
eficiente, uma vez que os valores de pH se situaram, normalmente, abaixo de 9. Esse
processo ocorreu apenas na SLM2, nos meses de agosto/05 e janeiro/06, onde os valores
de pH foram superiores a 9,0.
7.1.4.8 Fósforo total
O fósforo geralmente está presente nos esgotos na forma de polifosfatos,
ortofosfatos e fósforo orgânico. Para KÖNING
et al. (1991), os detergentes sintéticos
contendo polifosfatos são os principais responsáveis pelo aumento significativo da
quantidade de fósforo total nos esgotos.
Na célula fitoplanctônica, o fósforo pode apresentar-se de duas formas
principais: como fosfatos nos vacúolos e como polifosfato, que representam a principal
forma de reserva de fosfato na célula vegetal (NALEWAYKO & LEAN, 1980).
118
Na maioria das águas, o fósforo é o principal fator limitante de sua
produtividade. Além disso, tem sido apontado como o principal responsável pela
eutrofização artificial destes ecossistemas (ESTEVES, 1988). Segundo VON
SPERLING (1995), uma concentração do fósforo maior que 0,05 mg/L indica um
ambiente eutrofizado.
Os valores para PT na água, observados nas LM de ETE-UCS, foram bastante
elevados. Em todas as amostragens os valores verificados estiveram não apenas acima
de 0,05 mg P/L, o que, segundo o autor acima citado, caracterizaria o ambiente como
eutrófico, mas sim com valores 100 µg P/L
ou 0,1 mg/ L, o que caracterizou as LM
como ambientes hipereutróficos (VON SPERLING, 1994). A correlação positiva
bastante significativa entre clorofila
a e PT (r = 0,6948), PT e pH (r = 0,9968), PT e
SST (r = 0,7393), PT e transparência da água ( r = 0,6636) e, PT e SSV (r = 0,6472),
indicou uma elevada densidade fitoplanctônica, confirmando, assim, a participação do
PT no processo de eutrofização de ambientes aquáticos.
BRANCO (1978); VAN HAANDEL & LETTINGA (1994) ressaltam que a
remoção do fósforo em lagoas é alcançada quando o pH atinge valores superiores a 8,0,
ocorrendo sua precipitação na forma de orto-fosfato insolúvel (remoção indireta), mas
também é removido através da assimilação dos fosfatos pelo fitoplâncton. Nas LM da
ETE-UCS, o pH acima de 8,0 apareceu em 37% das amostragens. No entanto, na SLM2
ocorreu a maior freqüência de pH acima de 8,0, com 67% dos pontos amostrados. Isso
deve ter colaborado para a remoção de fósforo (via precipitação de hidroxiapatita),
ajudando, assim, a inibir o crescimento do fitoplâncton pela diminuição desse nutriente.
Em outro estudo realizado por BARTHEL
et al. (2004), na UNETDS da
EMBRAPA de Concórdia (SC), com lagoas de alta taxa algal e em sistema de batelada
para tratamento de dejetos suínos em Joinville (SC), o valor de fósforo na LM ficou
entre 0,4 e 19,5 mg/L. Nas LM em estudo, a concentração de PT ficou entre 1,20 mg/L
e 11,60 mg/L, sendo que a concentração média anual de PT na ELM1, SLM1 e SLM2
foi muito semelhante. Isso mostrou que a disponibilidade desse nutriente para a
comunidade fitoplanctônica, ao longo do período amostrado foi similar, não
caracterizando, com isso, a sua remoção.
119
De acordo com KONRATH (1995), a menor disponibilidade de fósforo na
água se deve ao maior consumo desse nutriente pelo fitoplâncton. Os menores valores
de PT ocorreram no outono e verão, os quais coincidiram com os maiores valores de
densidade fitoplanctônica encontrados nessas estações do ano, justificando, assim, o
pressuposto do autor acima citado.
7.2 CLOROFILA a
A clorofila a é o único pigmento fotossintético comum a todos os grupos de
algas (ROUND, 1983) e assim representa bem a abundância total dos organismos
fotossintéticos (WETZEL & LIKENS, 1990; PAN & LOWE, 1994).
A clorofila
a é a mais comum das clorofilas (a, b, c, e d) e representa,
aproximadamente, de 1 a 2% do peso seco do material orgânico em todas as algas
planctônicas. É, por isso, que a sua determinação é uma forma de representar
indiretamente a biomassa do fitoplâncton, sua produtividade, bem como seu estado
fisiológico (RUTTNER, 1963,
apud ALEIXO, 1981). Sua determinação permite,
também, estimar a capacidade de reoxigenação das águas e avaliar o aporte da
quantidade de nutrientes existentes nas mesmas. Apesar de geralmente estar relacionada
à biomassa fitoplanctônica, a concentração de pigmentos pode variar em função do
metabolismo, iluminação subaquática, temperatura, disponibilidade de nutrientes, dentre
outros fatores.
Devem-se ter alguns cuidados ao usar a medida de clorofila para estimar a
biomassa fitoplanctônica, uma vez que, para algumas espécies de algas, o clima de luz
na coluna d’água é um importante fator controlador da quantidade desse pigmento por
célula, ou seja, baixas intensidades luminosas levam a uma concentração maior de
clorofila para algumas espécies (ex.
Chlorella vulgaris). Para outras espécies (ex.
Scenedesmus quadricauda), não ocorre diferença na concentração de clorofila em baixa
ou alta intensidade luminosa (STEEMANN NIELSEN et al., 1962
apud FOGG, 1975).
Portanto, a composição da comunidade fitoplanctônica, bem como sua variação durante
o ano, pode refletir-se na mudança da concentração de clorofila.
120
Conforme RYTHER (1956), a taxa fotossintética do fitoplâncton mostra um
alto grau de correlação com o conteúdo de clorofila
a, ao menos quando a intensidade
de luz é baixa.
YENTSCH & RYTHER (1957) acreditam que é a alternância entre altas e
baixas intensidades luminosas, ao longo do dia, que resulta em flutuações diurnas na
quantidade de clorofila nas algas de superfície. Segundo esses autores, a periodicidade
diária na capacidade fotossintética do fitoplâncton pode ser pelo menos parcialmente
explicada, como base na história prévia dos organismos, em termos de seu conteúdo de
clorofila, o qual é dependente da luz e varia (diuturnamente) com a intensidade da
radiação solar.
A concentração da biomassa de algas flutua com fatores como consumo pelo
zooplâncton, toxidez química transitória e o ataque de micróbios patogênicos, entre
outros (MARA & PEARSON, 1986; PEARSON, 1987). Segundo esses autores, a
produção de algas nas LM fica entre 100 e 1.000 μg de clorofila
a /L.
No estudo realizado por BARTHEL
et al. (2004), na UNETDS da EMBRAPA
de Concórdia (SC), o valor médio de clorofila
a encontrado na LM foi de 1.400
μg /L.
Nas LM da ETE-UCS, o valor médio anual de clorofila
a foi de 1.290 μg /L, portanto,
semelhante ao valor encontrado pelos autores supracitados. Essa semelhança nos
valores dessa variável deveu-se, provavelmente, à semelhança nas condições ambientais
dessas LM.
De acordo com KRATZER & BREZONIK (1981), o índice de estado trófico
pode basear-se na concentração de clorofila
a. Valores > 20 μg /L
caracterizam
ambientes eutróficos (MEDEIROS
et al., 2003). De acordo com a OECD (1982),
valores acima de 25
μg /L
de clorofila a caracterizam o ambiente como sendo
hipereutrófico. Nas LM da ETE-UCS, todos os valores dessa variável ficaram acima de
25
μg /L, indicando com isso um meio hipereutrófico. As elevadas concentrações de
nutrientes, especialmente o nitrogênio e o fósforo, as condições climáticas da região,
bem como o tempo de detenção hidráulica dessas lagoas devem ter contribuído para que
isso acontecesse.
121
Normalmente, existe uma relação linear entre a densidade fitoplanctônica e a
concentração de clorofila
a (RUTTNER, 1963 apud ALEIXO, 1981). Na SLM1, a
maior concentração de clorofila
a média anual
coincidiu com a maior densidade
fitoplanctônica média anual. Porém, na ELM1 e SLM2, o teor de clorofila
a apresentou
um padrão de variação independente ao da densidade de organismos fitoplanctônicos.
Essa constatação também foi feita por KONRATH (1995), ao estudar a estrutura da
comunidade fitoplanctônica e os fatores ambientais da Lagoa Caconde, no município de
Osório/RS.
Segundo MENDONÇA (1990), a diminuição na clorofila
a pode estar
relacionada ao aumento na concentração de amônia no meio. Esse padrão foi observado
no período de estudo, pois no inverno ocorreram as menores concentrações de clorofila
a e também as maiores concentrações de nitrogênio amoniacal. A correlação entre
nitrogênio amoniacal e clorofila
a, ao longo do período estudado, mostrou-se negativa (r
= -0,0613), auxiliando, assim, a comprovar o pressuposto do autor supracitado.
7.3 A COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA
Os organismos do fitoplâncton diferem uns dos outros por características que
definem suas taxas de produção: quantidade e qualidade de pigmentos, conteúdo de
enzimas, relação entre superfície e volume celulares (MARGALEF, 1983).
A ótima relação superfície:volume permite o aumento das algas, organismos de
pequeno porte, em águas eutróficas, pois elas se multiplicam mais rapidamente do que
células maiores, sendo que o seu tamanho diminuto garante uma taxa mínima de
absorção de nutrientes (MARGALEF, 1978). Os organismos que sobrevivem a um
ambiente rico em nutrientes apresentam características adaptativas a suas respectivas
funções. Geralmente, são organismos de pequeno tamanho, possuindo alta taxa de
crescimento pois, quanto menor o tamanho, maior é eficiência na absorção e
assimilação de nutrientes, considerados como organismos r-estrategistas. Entretanto, os
organismos que sobrevivem em um ambiente pobre em nutrientes são organismos
maiores que apresentam crescimento mais lento, possuindo uma maior capacidade de
122
armazenar nutrientes, considerados k-estrategistas (REYNOLDS, 1988 apud
SALOMONI, 1997).
Nas LM da ETE-UCS, pode-se observar a ocorrência de organismos pequenos
em diferentes etapas da vida vegetativa e reprodutiva, considerados estes como r-
estrategistas. O intenso crescimento do fitoplâncton nessas lagoas é conseqüência direta
do efeito fertilizante da poluição orgânica, favorecendo os r-estrategistas. As algas que
predominam nessas LM são, portanto, de pequeno tamanho, o que indica possuírem um
rápido crescimento quando as condições do meio são favoráveis, ou seja, quando existe
uma maior disponibilidade de nutrientes e uma maior proteção contra o vento, que
pouco afeta estas lagoas.
A identificação e quantificação das algas permite uma avaliação da sua
diversidade e oferecem indicativos sobre a carga orgânica da lagoa de estabilização e o
grau de tratamento alcançado.
Muitos gêneros de algas têm sido encontrados nos sistemas de lagoas de
estabilização, mas os gêneros dominantes são geralmente membros das Chlorophyta e
Euglenophyta, e em menor extensão, Chrysophyta e Cyanophyta (MARA &
PEARSON, 1986). Neste estudo, na análise qualitativa, os gêneros que mais apareceram
pertenceram, principalmente, às Chlorophyta (58,54%), seguido pelas Cyanophyta
(20,73%), Heterokontophyta (14,63%) e Euglenophyta (6,10%). Esses dados mostraram
um predomínio da divisão Chlorophyta em relação aos demais grupos. Isso se justifica
pelo fato de que esse grupo de algas se desenvolve muito bem em ambientes
eutrofizados, como é o caso da área de estudo.
As lagoas de estabilização, localizadas no município de São José dos Campos,
estado de São Paulo, foram estudadas, do ponto de vista biológico, durante 3 anos.
Predominaram, nestas, como produtoras de oxigênio, várias algas – principalmente
clorofíceas como:
Chlorella, Ankistrodemus, Golenkinia, Actinastrum, Scenedesmus e
outras; cianofíceas dos gêneros
Microcystis e diatomáceas dos gêneros Nitzschia, além
de flagelados pigmentados pertencentes aos gêneros:
Euglena, Phacus, Lepocinclis,
Trachelomonas, Strombomonas, Chlamydomonas, Eudorina, Pandorina, etc.
(BRANCO, 1978). Todos esses gêneros também foram encontrados nas LM da ETE-
123
UCS, sugerindo, com isso, uma certa semelhança nas condições ambientais das
referidas lagoas.
A maior riqueza, ocorrida na ELM1, coincidiu com a menor densidade da
comunidade fitoplanctônica. Por sua vez, a menor riqueza, ocorrida na SLM2, coincidiu
com a 2
a
maior densidade. Portanto, a maior quantidade de táxons ocorreu quando
existiu uma menor densidade de fitoplâncton e vice-versa. Isso sugere que o número de
espécies aumenta quando as condições ambientais são mais heterogêneas e diminui
quando estas são mais homogêneas. Provavelmente, o grau de poluição tenha sido o
fator seletivo que tenha determinado o favorecimento das espécies mais adaptadas às
novas condições ambientais. Essas proliferaram e resultaram em grande número de
indivíduos distribuídos em poucas espécies.
Na avaliação da riqueza fitoplanctônica total, sem a repetição de táxons
amostrados , verificou-se uma grande homogeneidade nos valores para as três estações
amostradas. Isso deveu-se, provavelmente, ao fato de que as variações dos fatores
ambientais entre as estações amostradas praticamente não interferiram nos valores de
riqueza específica.
Uma análise válida de rarefação assume não somente que a distribuição
espacial de indivíduos é aleatória, mas que o tamanho das amostras é suficiente e que as
assembléias foram amostradas da mesma maneira (ABELE & WALTERS, 1979). Neste
estudo, esta análise mostrou que o número esperado de espécies em função do número
de indivíduos amostrados, para cada estação de amostragem, ficou dentro do limite de
confiança desejado (95%). Portanto, houve suficiência amostral.
As populações fitoplanctônicas freqüentemente sofrem modificações no
“standing-stock” - “número ou peso de organismos, por unidade de volume ou área, em
um determinado instante” (TUNDISI & TUNDISI, 1976), tanto em regiões tropicais
como em temperadas. Mudanças temporais na comunidade planctônica são largamente
determinadas por mortalidade, crescimento e taxas migratórias dos indivíduos
planctônicos e seus predadores (PARSONS
et al, 1977).
124
De acordo com DIAS Jr. (1990), em estudos sobre a sazonalidade apresentada
pelo fitoplâncton em um corpo de água lêntico, comprova-se, freqüentemente, a rápida
substituição de um grupo taxonômico por outro. Isso significa dizer que algumas
espécies fitoplanctônicas surgem em grande quantidade em determinadas épocas do ano
e “desaparecem” em outras, ou então são espécies de ocorrência permanente, mas
desenvolvem-se em grande quantidade em algumas épocas do ano. Em geral, o
“desaparecimento” de uma espécie fitoplanctônica é acompanhado pela formação de
inóculos (cistos, formas de resistência), que se depositam no sedimento ou são
transportados para a região litorânea, voltando a desenvolver-se quando as condições
ambientais tornam-se favoráveis.
Com relação à flutuação sazonal do fitoplâncton, observa-se que clorofíceas e
cianofíceas se desenvolvem preferencialmente nas épocas mais quentes do ano,
enquanto que as diatomáceas desenvolvem-se mais durante o período mais frio (LUND,
1965). Neste estudo, verificou-se esse padrão de uma forma quase similar, onde as
clorofíceas apresentaram maior densidade no verão e no outono. As cianofíceas
ocorreram em maior densidade no inverno e no verão. Por sua vez, as diatomáceas
ocorreram em maior densidade no outono. Além desses grupos, apareceram também as
euglenofíceas, que apresentaram uma maior densidade no inverno e as zignematofíceas,
que tiveram a máxima densidade na primavera. Nota-se, portanto, que existiu um certo
padrão na distribuição sazonal dos grupos fitoplanctônicos acima referidos, conforme as
condições climáticas do meio.
Nas LM da ETE-UCS, os gêneros com maior densidade anual, dentre as
classes estudadas, foram representados por:
Chlamydomonas, Synechocystis, Surirella ,
Euglena e Cosmarium. Os gêneros Chlamydomonas, Synechocystis, Surirella e Euglena
vivem em ambientes ricos em matéria orgânica em decomposição ou altamente
mineralizados por esta, como ocorre em lagoas de estabilização. Por sua vez, o gênero
Cosmarium vive, preferencialmente, em biótopos pouco poluídos, o que justifica a sua
pequena densidade neste estudo.
As espécies com a maior densidade anual, dentre os gêneros registrados,
foram: Chlorella miniata, Synechocystis aquatilis, Surirella ovata, Lepocinclis
fusiformis
e Cosmarium sp c. Todas essas espécies são indicadoras de ambientes
125
poluídos por matéria orgânica. A exceção fica por conta de Cosmarium sp, que prefere
águas mais limpas, o que não é o caso das lagoas de estabilização, onde o grau de
poluição orgânica é elevado.
Conforme VOLLENWEIDER (1968), uma biomassa bastante elevada
caracteriza um ambiente hipereutrófico. A elevada concentração de clorofila
a, bem
como a elevada densidade fitoplanctônica encontrada no período amostrado
caracterizaram o ambiente de estudo como sendo hipereutrófico.
Nas LM da ETE-UCS, foram encontradas cinco classes fitoplanctônicas, que
serão descritas a seguir:
As Chlorophyceae apresentaram a maior densidade dentre os grupos de algas
estudados. Segundo VOLLENWEIDER (1968), uma concentração de clorofíceas
bastante elevada caracteriza um ambiente hipereutrófico. Sendo assim, a elevada
densidade desse grupo teria sido mais um fator a caracterizar as águas das LM como
sendo hipereutróficas.
Os gêneros que apresentaram a maior densidade foram representados por
Chlamydomonas, Chlorella, Chlorococcum e Monoraphidium. Os gêneros
Chlamydomonas, Chlorella e Chlorococcum vicejam em ambientes poluídos por
matéria orgânica ou altamente mineralizados por esta. Por sua vez, o gênero
Monoraphidium, o qual não é citado na literatura especializada em lagoas de
estabilização como formador de grande biomassa, apareceu em elevada densidade nas
LM da ETE-UCS. As condições físico-químicas dessas lagoas e o clima subtropical da
região devem ter sido os fatores preponderantes para que isso tenha ocorrido.
Dentre as clorofíceas, apareceu a classe Zignematophyceae, com maior
representatividade para as Desmídeas. Segundo HAPPEY-WOOD (1988), essas algas
são típicas de águas neutras a ácidas e em geral pouco produtivas. A faixa de pH
alcalino registrada no período de estudo, bem como as águas altamente produtivas das
LM da ETE-UCS justificam o fato desse grupo ter sido o menos representativo de todos
os grupos de algas encontrados.
126
As Cyanophyceae são tolerantes às variações ambientais e à poluição. Entre os
fatores que levam as cianobactérias a predominar sobre os outros grupos
fitoplanctônicos (microalgas), em alguns ambientes, destacam-se as características
fisiológicas pelas quais as cianobactérias assimilam os nutrientes (N e P) do meio
aquático. De maneira geral, as cianobactérias são menos eficientes na assimilação
desses nutrientes do que as microalgas que, em condições normais, crescem mais e
melhor. No entanto, ao produzir uma descarga excessiva de nutrientes nos reservatórios,
o homem propicia uma maior oferta desses nutrientes, facilitando a assimilação dos
mesmos e o crescimento das cianobactérias.
Conforme PEINADOR (1999), outro fator que provoca o aumento de
cianobactérias é o fato de possuírem pigmentos fotossintéticos, os quais aproveitam
melhor a luz e impedem que penetre nas camadas mais inferiores da coluna d’água, não
permitindo, dessa forma, o desenvolvimento das clorofíceas. Esse fato não deve ter
ocorrido com grande intensidade nas LM estudadas, visto que a maior densidade
fitoplactônica foi representada pelas clorofíceas.
Há ainda outras vantagens desse grupo, como capacidade de regular a flutuação
para a obtenção de luz ótima, através de vacúolos gasosos e da mucilagem de baixa
densidade, fixação de nitrogênio atmosférico e baixo valor alimentar para o zooplâncton
(LEWIS, 1976).
Quanto à herbivoria, pode-se dizer que as cianofíceas, em geral, costumam ser
evitadas por apresentarem colônias de elevadas dimensões, por produzirem mucilagem
e toxinas. Daí a razão de os organismos zooplanctônicos terem preferência por grupos
mais palatáveis, principalmente clorofíceas e criptofíceas (PINTO-COELHO, 1983;
BRANCO & SENNA, 1994). Cianobactérias que tendem a monopolizar o ambiente
durante as florações, conseguem tal feito através da produção de substâncias que
decrescem o desenvolvimento de outros grupos de algas (DUMONT, 1977).
A predominância de cianobactérias nos meses mais quentes do ano, em climas
temperados, é explicada por uma melhor adaptação destes microorganismos a
temperaturas mais elevadas, pela capacidade de captar a luz em comprimento de onda
não utilizado por algas verdes, possibilidade de se desenvolverem em condições de
127
baixa relação N/P e reduzida concentração de C inorgânico dissolvido (WHITTON &
POTTS, 2000).
As cianofíceas exigem concentrações de CO
2
menores no meio do que outros
grupos de algas. Assim sendo, quando esse composto se torna deficiente, elas passam a
predominar em relação às demais. Segundo KING (1970), o crescimento das
cianofíceas passa a ser limitado quando as concentrações de CO
2
são inferiores a 2,5
micromoles por litro, enquanto que outros grupos de algas têm seu crescimento limitado
em concentrações de 7,5 e até 30 micromoles por litro. Essa constitui uma explicação
plausível para o fato de as cianofíceas – que são, geralmente, predominantes nos lagos
eutróficos - serem menos freqüentes em lagoas de estabilização, a não ser quando são
novas e ainda não contêm lodo bentônico. Dada a sua pequena profundidade, a
proximidade entre o lodo e a zona de fotossíntese favoreceriam, nas lagoas de
estabilização já maduras, o acesso de CO
2
às algas (BRANCO, 1978). Uma menor
disponibilidade de CO
2
pode ter sido uma das causas pela qual as cianofíceas não
tenham sido o grupo com maior densidade fitoplanctônica, uma vez que elas
representaram apenas 24,42% da densidade fitoplanctônica total.
Cianofíceas freqüentemente tornam-se dominantes no final de outono em lagos
rasos eutróficos. Contudo, o crescimento de populações planctônicas não depende da
simultânea quantidade de nutrientes, e proporções destes na água do lago, em vez disso,
é determinado pelo status do nutriente do sedimento e condições físicas que afetam a
germinação (PADISÁK & DOKULIL, 1994). Neste estudo, verificou-se que a maior
densidade de cianofíceas ocorreu do outono para o inverno, corroborando a observação
feita pelo autor acima citado.
De acordo com VON SPERLING (1996), os principais gêneros encontrados
nas LM são:
Oscillatoria, Phormidium, Microcystis e Anabaena. Nas LM da ETE-UCS,
além desses gêneros, também se detacaram:
Synechocystis e Chroococcus. Segundo
GLOYNA (1971), PEARSON & SILVA (1988) e UEHARA & VIDAL (1989),
Synechocystis é um gênero normalmente encontrado nos efluentes de LM. Por outro
lado,
Chroococcus que não aparece na literatura como gênero típico de LM, neste
estudo esteve representado por três espécies. Isso demonstra que as condições físico-
químicas e climatológicas dessas LM foram adequadas para o seu desenvolvimento.
128
As Euglenophyceae apresentam-se como um dos mais importantes grupos de
algas unicelulares continentais, desenvolvendo-se, principalmente, em águas com
elevados teores de matéria orgânica, fósforo e nitrogênio (ROUND, 1983), destacando-
se, por isso, em hidrobiologia aplicada, como excelentes indicadores de águas poluídas
(PALMER, 1969).
PALMER (1959) catalogou as espécies de algas encontradas em todo o mundo,
no que tange àquelas que habitam águas poluídas, após exame de informações colhidas
por mais de 50 autores, compilou mais de 500 espécies. Destas, selecionou 45 como
sendo as que proliferam em águas com elevada concentração de matéria orgânica.
Dentre estas, selecionou
Lepocinclis ovum e Euglena gracilis, que foram as espécies de
euglenofíceas abundantes mais freqüentes no período estudado.
Segundo ALVES-DA-SILVA & HAHN (2001), os gêneros flagelados
pigmentados como
Euglena, Lepocinclis, Phacus, Strombomonas e Trachelomonas
destacam-se quanto à presença em biótopos rasos e ricos em matéria orgânica no Rio
Grande do Sul, como açudes, reservatórios, rios e lagos. Todos esses gêneros foram
encontrados no estudo em questão, sendo que o gênero
Euglena foi o que apresentou a
maior densidade dentre os flagelados.
As Bacillariophyceae requerem para o seu crescimento pouca quantidade de
luz, baixas temperaturas, alta concentração de silício e turbulência para ficarem em
suspensão (HUTCHINSON, 1967; SOMMER, 1988).
A taxa de afundamento do fitoplâncton está vinculada ao estado fisiológico das
células através de uma função dependente das concentrações de nutrientes no meio
externo. Se existe uma deficiência no ambiente, as células morrem, sendo então
encontradas no sedimento. Aquelas que permanecem vivas podem ser ressuspensas
durante uma tempestade, que causa uma mistura completa no lago. A população atinge
senescência, quando um estado de deficiência persiste além de um certo tempo limiar.
Neste caso, quando a taxa de afundamento é máxima, as diatomáceas depositam-se no
sedimento onde vagarosamente morrem. As sobreviventes semearão o sistema através
da ressuspensão das camadas superficiais do sedimento, provocada por um evento
ambiental adverso. Além disso, após a mineralização da matéria orgânica depositada,
129
estes elementos minerais são disponibilizados na água na forma dissolvida, favorecendo
o desenvolvimento e reprodução das espécies remanescentes (SALENÇON &
THÉBAULT, 1996).
Grande parte das diatomáceas vive na superfície do sedimento, ou permanece
na maior parte do tempo em contato com o fundo. Assim, essas se tornam
potencialmente indicadoras dos eventos de ressuspensão, especialmente quando
causados pelo vento em lagoas rasas (PADISÁK & DOKULIL, 1994).
As diatomáceas, incluindo algumas espécies de
Aulacoseira, saturam a
fotossíntese sob intensidades luminosas mais baixas, otimizando seu crescimento em
épocas de menor incidência de radiação solar. Além disso, elas são mais bem adaptadas
a crescer em baixas temperaturas do que várias espécies do fitoplâncton (SOMMER,
1988). Esse fato foi constatado neste estudo, visto que a maior densidade de
diatomáceas aconteceu no outono e no inverno, época em que ocorre a entrada de
frentes frias na região.
A falta de ventos fortes, as temperaturas mais elevadas e, provavelmente, a
baixa concentração de sílica, devem ter sido os principais fatores que contribuíram para
a pequena densidade de diatomáceas nas LM da ETE-UCS.
Entre as diatomáceas indicadoras de poluição de origem orgânica e que toleram
condições eutróficas, destacam-se
Gomphonema parvulum (SCHOEMAN, 1973;
LOBO, CALLEGARO & HERMANY, 2002),
Nitzschia palea (EVANS, 1958) e
Navicula cryptocephala (SLÁDECEK, 1973). Essas três espécies também se fizeram
presentes neste estudo, sendo que a espécie
Gomphonema parvulum foi a mais
abundante dentre elas.
O gênero
Surirella foi o que apresentou a maior densidade dentre as
diatomáceas. Esse gênero é representado por muitas espécies de águas salobras,
algumas indicam águas limpas e outras são indicadoras de poluição por matéria
orgânica, óleo, sais de ferro e resíduos de indústrias de papel (PALMER, 1962).
130
Por sua vez, Surirella ovata foi a espécie abundante mais freqüente, além de
apresentar a maior densidade anual. Essa espécie vive em águas poluídas e pode indicar
a presença de despejos de indústrias de celulose.
Segundo ZONOTELLI (2000), se a ocorrência de flagelados for desprezível
em relação à alga verde Chlorella e se houver a presença de diatomáceas, isso indica
eficiência de tratamento
. Assim como se a ocorrência de cianobactérias for menor do
que as algas verdes, isso indica baixa toxicidade do efluente. Todas essa ocorrências
foram verificadas neste estudo, através da realização da análise qualitativa e quantitativa
da comunidade fitoplanctônica; houve, portanto, uma eficiência no tratamento e uma
baixa toxicidade no meio líquido das LM.
Na análise quantitativa do fitoplâncton, verificou-se que houve uma pequena
diferença na densidade entre as estações amostradas, devido à pequena variação dos
fatores ambientais analisados entre as mesmas.
Notou-se a ocorrência de um pequeno aumento na densidade da ELM1 em
direção à SLM1. Isso ocorreu porque na ELM1 houve uma maior concentração de
matéria orgânica que, quando decomposta pelas bactérias aeróbias, passou a liberar íons
minerais rapidamente utilizados para o desenvolvimento do fitoplâncton na SLM1. Por
sua vez, a densidade mostrou uma pequena diminuição em direção a SLM2, devido à
menor disponibilidade de nutrientes, já que estes foram assimilados em maior
quantidade pelo fitoplâncton na SLM1.
Na análise do dendrograma formado a partir dos dados de riqueza e abundância
da comunidade fitoplanctônica, verificou-se a formação de dois grupos distintos, um
formado pela ELM1 e a SLM1 e o outro formado pela SLM2. Notou-se que a riqueza e
a abundância foram similares entre a ELM1 e a SLM1, porém diferiram da observada
na SLM2. Essa diferença foi condicionada pelas variações existentes entre as variáveis
ambientais da LM1 e da LM2 e pelo tempo de detenção hidráulica de cada LM.
O método de autoreamostragem (“bootstrap”), para avaliar o grau de
estabilidade da amostra na análise da riqueza e da abundância, mostrou que a
131
probabilidade de que em 1.000 iterações ocorra a formação de dois grupos é de 100% de
confiança.
7.3.1 Diversidade específica e eqüitabilidade
A diversidade de formas fitoplanctônicas num ambiente aquático é função do
número de espécies (riqueza) da comunidade e da distribuição dos indivíduos dentro da
amostra (eqüitabilidade).
Em geral, a diversidade está associada diretamente à instabilidade da
comunidade ou à complexidade da teia alimentar e inversamente ao grau de alterações
dos sistemas (MARGALEF, 1983). Segundo este autor, as comunidades são formadas,
na sua grande maioria, por um número relativamente pequeno de espécies representadas
por muitos indivíduos ou, às vezes, por uma só espécie que domina absolutamente junto
a um grande número de espécies com menor representação.
Segundo BRANCO (1991), em uma situação de equilíbrio ecológico, a vida na
água se caracteriza por uma grande variedade de espécies, representadas, cada qual, por
um número restrito de indivíduos. Ao contrário, em água eutrofizada observa-se uma
espécie de especialização ou seleção de espécies, em que o meio passa a possuir baixa
diversidade, mas representada por números extraordinários de indivíduos.
Neste estudo, as águas hipereutrofizadas das LM mostraram que o menor valor
de diversidade total, ocorrido na SLM2, coincidiu com o maior valor de dominância
total. Por sua vez, o menor valor de diversidade média por estação do ano, ocorrido na
primavera, coincidiu com o maior valor de dominância. Isso corrobora o pressuposto do
autor acima citado, onde uma diminuição na diversidade específica é acompanhada por
uma dominância das espécies presentes.
De acordo com o princípio da exclusão competitiva, na ausência de distúrbios
externos, somente as espécies mais adaptadas serão selecionadas, e somente poderão
coexistir tantas espécies quantos forem os recursos limitantes. No entanto, na presença
de algum distúrbio externo, a competição por um determinado recurso é interrompida,
abrindo espaço para que outras espécies possam se estabelecer. Dependendo, entretanto,
132
da freqüência e da intensidade do distúrbio, poderá ocorrer um aumento ou diminuição
na diversidade do ambiente (SOMMER
et al., 1993).
O aumento na entrada de nutrientes, em especial nitrogênio e fósforo,
inicialmente resulta num aumento da produtividade do fitoplâncton, com conseqüente
mudança em seu padrão sazonal (RHODE, 1969). Nesta condição a comunidade
fitoplanctônica passa a ser dominada por poucas espécies de alguns grupos melhor
adaptados (MARGALEF, 1974). Esse fato foi constatado neste estudo, pois as
concentrações de nitrogênio, e especialmente o fósforo, foram suficientemente altas
para promover uma elevada produtividade do fitoplâncton, além de mostrar uma grande
dominância de algumas espécies com melhor adaptação às condições reinantes no meio.
Conforme SCHÄFER (1984, 1985), os índices de diversidade não avaliam
através da comparação de ocorrência de certas espécies em diferentes hábitats, mas
unicamente pelo grau de heterogenidade de comunidades, em conseqüência da
diversidade nas condições ambientais. Salienta, ainda, que a aplicação destes índices
está baseada na hipótese de que os poluentes orgânicos empobrecem o meio pela
predominância de poucos fatores, causando uma homogeneidade das comunidades pelo
favorecimento de algumas espécies melhor adaptadas ou mais resistentes às condições
criadas pela poluição. Essas espécies proliferam, resultando em um elevado número de
indivíduos nessas poucas espécies. As demais espécies não resistem às novas condições
ambientais, podendo vir a sucumbir. Isso conduz a um reduzido número total de
espécies.
Esse fato foi constatado nas LM da ETE-UCS, onde se pôde observar uma
certa homogeneidade nos índices de diversidade específica nas estações do ano. Por sua
vez, a análise do teste t de “Student” mostrou que houve uma diferença significativa nos
valores de diversidade entre as estações amostradas. No entanto, não se confirmou
totalmente o postulado teórico do autor acima citado, de que o aumento da poluição
conduz à baixa diversidade. Sugere-se que tal afirmativa não deva ser aplicada pelo
menos quando a poluição for de natureza orgânica, ou cujas concentrações ainda não
determinaram uma redução acentuada na diversidade específica, ou ocorrer a presença
de muitas espécies em baixas densidades, ou tratar-se de fitoplâncton de regiões
subtropicais.
133
Segundo MADURRAN (1988), o índice de Shannon-Wiener varia de 1,5 a 3,5,
podendo raramente ultrapassar o valor de 4,5.
GARCIA DE EMILIANI (1979)
apud DIAS Jr. (1990) afirma que baixos
valores do índice de diversidade específica (menores que 2 bits/célula) são comuns em
lagoas marginais cujo fitoplâncton é dominado por uma só espécie. Neste estudo, as
diferenças mais significativas de diversidade ocorreram entre as amostras mensais
(mínimo: 1,23 bits/ind e máximo: 2,71 bits/ind). Porém, a diversidade média total
encontrada, no período estudado, nas LM da ETE-UCS foi de 2,98 bits/ind. Este valor é
superior ao observado em lagoas marginais pelo autor acima citado, o que não
caracteriza a diversidade das LM como sendo baixa.
Quando os indivíduos estão uniformemente distribuídos dentro da amostra, a
eqüitabilidade aproxima-se de 1, sendo que este valor indica espécies igualmente
abundantes no ambiente (PIELOU, 1966). Nas LM da ETE-UCS, a eqüitabilidade não
foi elevada, pois todos os valores não se aproximaram de 1. Isso indica que as espécies
não foram igualmente abundantes durante o período amostrado, ou seja, ocorreu um
maior grau de dominância relativa de algumas espécies da assembléia em relação às
demais.
Os índices de diversidade e eqüitabilidade apresentaram uma pequena
diferença entre as estações do ano e entre as estações amostradas, porém revelaram uma
maior diferença entre os meses amostrados. Os diferentes fatores ambientais atuantes
sobre a comunidade fitoplanctônica, tais como concentração de nutrientes e precipitação
pluviométrica pontuais, foram responsáveis pela flutuação dos referidos índices. Os
valores relativamente baixos encontrados para essas variáveis refletiram respostas
diretas da comunidade fitoplanctônica de acordo com as variáveis abióticas do meio.
134
7.4 RELAÇÃO DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS COM A ESTRUTURA DA
COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA
O grau de influência das variáveis físico-químicas do ambiente sobre os
organismos fitoplanctônicos está sujeito à interação de diferentes escalas de variação
que vão desde o nível molecular até o global (WILLIAM
et al., 1993). O entendimento
dessas inter-relações dos organismos com os fatores abióticos do meio e a possibilidade
de predição das suas respostas ao nível de ecossistema constituem o maior desafio à
ecologia (ACOT, 1990).
A comunidade fitoplanctônica consiste num agrupamento diversificado de
espécies de algas da maioria dos grupos taxonômicos, a despeito das suas diferentes
necessidades fisiológicas e tolerâncias variáveis aos fatores físicos e químicos do
ambiente. O conhecimento das bases dessa coexistência e dos fatores que levam à
sucessão sazonal das espécies é de suma importância, tanto para o conhecimento da
comunidade fitoplanctônica como o da sua produtividade (WETZEL, 1983).
Em lagoas de baixa profundidade, as altas temperaturas e o regime de ventos
resultam na mineralização acelerada dos nutrientes incorporados biologicamente,
diminuindo o acúmulo de matéria orgânica nos sedimentos e aumentando a
produtividade fitoplanctônica (ESTEVES
et al., 1984; LACERDA, 1986).
Nas lagoas de maturação, em ausência de ventos, que promovem a mistura da
água, a população de algas tende a se estratificar muito pouco, estando normalmente
presentes ao longo de toda a profundidade das mesmas. Sem uma banda concentrada de
algas na superfície nas horas de insolação, que se moveria para cima e para baixo
através da coluna d’água, em resposta às mudanças nas condições de incidência de luz,
estas, provavelmente, não causam grandes flutuações na qualidade do efluente (DBO
5
,
DQO, SS) durante o dia (MARA & PEARSON, 1986).
Nas LM da ETE-UCS, a inexpressiva ação do vento e os curtos períodos de
estratificação térmica durante todo o ano, foram, provavelmente, os principais fatores
responsáveis por esse padrão de distribuição vertical do fitoplâncton.
135
Segundo GEORGE & HEAVEY (1978), os fatores que afetam a distribuição
horizontal do fitoplâncton são: 1) fatores que produzem modificações locais na taxa de
crescimento da população (nutrientes, “grazing” e diferenças de temperatura) e 2)
fatores que são responsáveis pela distribuição da população nas lagoas (movimentos
causados pelo vento). Neste estudo, possivelmente a presença de nutrientes e as
diferenças de temperatura tenham sido os principais fatores responsáveis pela
distribuição horizontal do fitoplâncton.
A temperatura é um fator capital no rendimento da produção fotossintética de
oxigênio e nas demais reações biológicas. A temperatura ótima para a produção de
oxigênio é de 20
o
C e os limites mínimo e máximo se situam em 4
o
C e 35
o
C, sendo que
acima de 35
o
C a capacidade de produção de oxigênio das algas se reduz e abaixo de 4
o
C
a atividade bacteriana é reduzida (HESS, 1975). No período estudado, a temperatura
média anual foi de 21,3
o
C, portanto, muito próxima da temperatura ótima para a
produção de oxigênio.
O aumento da produtividade está relacionado com o aumento da taxa de
reprodução dos organismos fitoplanctônicos e com o efeito da temperatura sobre o
aumento da velocidade das reações fotoquímicas nas células clorofiladas (HARRIS,
1986).
Altos valores de produtividade primária obtidos no verão, podem ser atribuídos
à alta eficiência fotossintética das algas, associado às condições nutricionais elevadas
nesse período. Essa eficiência pode ser influenciada também pela fase de
desenvolvimento da população das algas. Durante a fase de senescência, em geral, a
população fitoplanctônica apresenta menor eficiência fotossintética do que na fase de
crescimento (VIEIRA, 1975). No presente estudo, a alta produtividade primária
ocorrida no verão está justificada pela baixa taxa de nitrogênio amoniacal e maior taxa
de nitrato, o que mostra que o fitoplâncton utilizou primeiro o nitrogênio amoniacal,
pois ele gasta menos energia para reduzir o nitrogênio e depois passou a usar o nitrato
como fonte de nitrogênio. Além disso, os baixos valores de fósforo total e de
condutividade elétrica - devido ao elevado consumo de nutrientes por parte do
fitoplâncton -, a elevada concentração de clorofila
a, a alta concentração de SST e SSV,
a maior concentração de OD e o pH mais elevado devem explicar o fato.
136
Em águas temperadas a biomassa normalmente é mínima no inverno, quando
ocorrem as menores temperaturas, atingindo o máximo no verão, quando as
temperaturas são mais elevadas. De modo geral, as temperaturas mais elevadas estão
associadas ao aumento no número de indivíduos do fitoplâncton, e conseqüente
aumento da produtividade. No inverno, com temperaturas mais baixas, esse número
tende a ser mais reduzido (STEVENSON
et al., 1996). No inverno as temperaturas
foram mais baixas, assim como a densidade fitoplanctônica. Já no verão, as
temperaturas foram mais altas, bem como a densidade fitoplanctônica. Sendo assim, o
padrão da relação entre temperatura e número de indivíduos seguiu o proposto pelo
autor citado anteriormente.
Diferenças na temperatura da água entre as diferentes estações do ano podem
contribuir para uma maior heterogeneidade espacial da comunidade fitoplanctônica. As
diatomáceas são encontradas a temperaturas entre 1,7
o
C e 24
o
C, estando a ótima
temperatura entre 4,4
o
C e 15,5
o
C. As Chlorophyceae são mais abundantes no meio-
verão, de 15,5
o
C a 26,6
o
C; as Cyanophyceae são encontradas no início de outono, de
21,1
o
C a 26,6
o
C (BABBITT et al., 1973). Neste estudo, as diatomáceas ocorreram em
maiores densidades no outono, onde a temperatura da água média foi de 17,3
o
C. As
clorofíceas desenvolveram-se com maior densidade no outono e no verão, com
temperaturas médias de 17,3
o
C e 27,1
o
C, respectivamente. Por sua vez, as cianofíceas
apresentaram maior densidade no inverno e no verão, cujas temperaturas médias
chegaram a 16,3
o
C e 27,1
o
C, respectivamente. Notou-se, portanto, que as temperaturas
encontradas foram muito próximas daquelas sugeridas pelo autor supracitado. Isso
mostra que a temperatura foi um fator favorável para o desenvolvimento dos grupos de
algas acima referidas.
Segundo NOGUEIRA (1997), a floração de
Microcystis aeruginosa é
determinada pela estabilidade térmica do sistema, capacidade de flutuação das colônias
em dias de calmarias ou de ventos fracos, baixa razão NT/PT, altos valores de pH e
baixos valores de CO
2
. Neste estudo, verificou-se que no inverno ocorreu um maior
desenvolvimento de
Microcystis aeruginosa, provavelmente devido à maior
disponibilidade de nutrientes, especialmente o fósforo, e à capacidade de flutuação desta
alga que forma vacúolos de gás no interior da colônia, capacitando-a para um melhor
aproveitamento de nutrientes disponíveis. Porém, foi no mês de julho, na ELM1, que
137
ocorreu um “bloom” da referida espécie. A temperatura da água de 14,5
o
C, elevada
condutividade elétrica, ausência de nitrato, alto valor de nitrogênio amoniacal e uma
elevada concentração de PT determinaram esse fenômeno.
De acordo com HESS (1975), se a temperatura das camadas superficiais da
água das lagoas ultrapassar 30
o
C, haverá tendência para a predominância de algas azuis
sobre as verdes. Somente em dezembro e janeiro, na SLM2, observou-se uma
temperatura maior que 30
o
C. Porém, a maior densidade foi das algas verdes, o que não
corrobora o presuposto do autor acima citado.
O mês de novembro parece ser um período crítico para as LM, pois
temperaturas mais elevadas e baixa concentração de nutrientes nitrogenados levaram à
diminuição da biomassa fitoplanctônica total, devido à morte de células das microalgas.
Esse fitoplâncton senescente foi levado para as camadas mais profundas e, na própria
coluna, pôde ser decomposto devido à ação de bactérias decompositoras e à alta
temperatura. O crescimento ocorrido em dezembro, provavelmente seja, em parte,
devido a essa mineralização de compostos orgânicos na própria coluna d’água, ficando
o nutriente novamente disponível para as algas.
De acordo com TAILLING (1966), a inibição superficial das taxas de
fotossíntese, que levam a uma diminuição na sua densidade populacional, pode ser
causada pela sedimentação das células. Isso ocorre devido à possibilidade de as algas
poderem utilizar mecanismos de controle da flutuação e da locomoção, para se
estabelecerem em micro-hábitats mais adequados para o seu desenvolvimento.
O mês de junho provavelmente foi o período no qual a comunidade
fitoplanctônica esteve em seu máximo de equilíbrio fotoquímico e enzimático,
ocorrendo, com isso, um maior aproveitamento de todos os recuros disponíveis no meio.
Isso justifica a máxima densidade fitoplanctônica encontrada nas LM nesse mês.
As clorofíceas da ordem Chlorococcales desenvolvem-se melhor em águas
pouco profundas, com baixa transparência e conseqüentemente maior turbidez
(PHILIPOSE, 1967). Como essas condições imperaram nas LM da ETE-UCS,
provavelmente elas foram responsáveis pelo estabelecimento dos gêneros
138
Planktosphaeria, Tetraedron, Ankistrodesmus, Kirchneriella, Tetrastrum,
Micractinium, Scenedesmus, Chlorococcum, etc.
Experiências realizadas com
Euglena gracilis e com outras espécies de algas
freqüentes, em lagoas de estabilização, revelam que apenas 5 a 7% do total de
intensidade luminosa que chega às algas, em um dia claro, é suficiente para que estas
fiquem saturadas de luz. Mesmo em dias de chuva a intensidade de luz pode ser superior
ao limite de saturação. O excesso, além de não poder ser utilizado para fotossíntese,
pode ser até mesmo prejudicial, causando amarelecimento das células por destruição da
clorofila (OSWALD, 1953). O baixo percentual de luz de que as algas necessitam para
ficarem saturadas dessa fonte de energia foi a condição básica para que ocorresse a
hipereutrofização nas LM estudadas, uma vez que a transparência da água média anual
foi de apenas 0,2 m.
A intensidade da luz solar e a densidade das algas determinam a profundidade
de alcance da luz no interior das LM, ocasionando maior ou menor concentração de
algas abaixo da superfície da mesma. De acordo com VENKATARAMAM &
BECKER (1982)
apud RODRIGUES (2000), nos níveis mais concentrados de dejetos,
o crescimento algal é mais baixo ou nulo, porque a alta turbidez do meio reduz a
penetração de luz, reduzindo a fotossíntese.
Segundo MARA & PEARSON (1986), flagelados dos gêneros
Chlamydomonas e Euglena são mais abundantes em águas turvas de lagoas facultativas
(aeróbias na superfície e anaeróbias no fundo) devido a sua mobilidade, que permite sua
localização nas zonas mais iluminadas da superfície. Isso lhes confere vantagens na
competição com as formas não móveis como
Scenedesmus, Chlorella e Micractinium,
que são mais abundantes em águas mais transparentes de lagoas de maturação. Esses
últimos gêneros ocorreram nas LM da ETE-UCS, com destaque para
Chlorella, que foi
um dos gêneros mais abundantes da comunidade fitoplanctônica estudada.
A freqüência e o número de gêneros de flagelados são também influenciados
pelo fotoperíodo. Segundo MELO
et al. (1992) apud KÖNING (2000), existe uma
predominância de flagelados no efluente das lagoas de maturação durante o dia, devido
139
a sua motilidade na coluna líquida, e à noite estes migram para o fundo da lagoa e
desaparecem no efluente.
Conforme UEHARA & VIDAL (1989), as algas verdes conferem às lagoas
uma coloração esverdeada indicando uma boa condição de funcionamento, estando
sempre associadas a altos valores de pH. No presente estudo, a maior densidade de
clorofíceas ocorreu no verão, coincidindo com os maiores valores de pH, o que
comprova a observação feita pela pelo autor.
Segundo PHILIPOSE (1967), as condições de neutralidade e alcalinidade são
favoráveis ao desenvolvimento de um número bem maior de táxons de Chlorococcales
do que em condições de acidez. Águas ligeiramente ácidas ou neutras (pH 6,2-7,1) e
águas moderadamente alcalinas (pH 7,7-8,5) favorecem o desenvolvimento de grande
número de táxons de Chlorococcales, tais como:
Ankistrodesmus, Kirchneriella,
Micractinium, Scenedesmus, Tetraedron, Tetrastrum, Planktosphaeria, Chlorococcum,
etc. Os limites de pH (6,33 a 9,42) devem ter sido um dos fatores responsáveis pela
presença desses táxons no período estudado.
TAILLING (1970) demonstrou que as algas apresentam diferentes tolerâncias
ao pH da água e que, em pH levemente ácido, as clorofíceas levam vantagem sobre as
demais algas. Esse padrão não se verificou neste estudo, pois nos meses de agosto,
setembro e outubro, na LM1 e no mês de setembro, na LM2, onde o pH variou de 6,33 a
6,98, houve um predomínio na densidade das cianofíceas em relação às clorofíceas.
Conforme KELLNER & PIRES (1998), a floração de cianofíceas geralmente
vem acompanhada de baixos valores de pH (< 6,5) e baixas concentrações de oxigênio
(< 1,0 mg/L). Essa conjunção de parâmetros não foi observada no presente estudo,
tendo sido, portanto, um dos fatores que inibiram a floração das cianofíceas.
De acordo com SILVA & MARA (1979), a produção de oxigênio pelas algas é
máxima quando essas algas se acham na fase logarítmica de reprodução, e isso ocorre
quando as condições de nutrição são favoráveis, especialmente em lagoas de
estabilização, no que se refere ao fornecimento de carbono.
140
O grande crescimento de algas na superfície de lagoas de estabilização
favorece a conversão de luz em calor (90%). A taxa de oxigênio liberado pela
fotossíntese algal é variável de acordo com a composição das algas, que muda conforme
a espécie e a idade, sendo influenciada também pela fonte de nitrogênio. Para algas com
idade de 3 a 4 dias e que utilizam amônia como fonte de nitrogênio, o valor da taxa de
oxigênio liberado pode variar de 1,5 a 3,5 g O
2
liberado/g algas sintetizadas (OSWALD,
1988). Durante a noite, as algas necessitam de oxigênio para respirar e os níveis de
oxigênio dissolvido nas lagoas baixam a partir de 1h até o nascer do sol. Esses níveis
são mais elevados das 14 h às 16 h, quando se tem o máximo de atividade fotossintética
algal (CURTIS
et al., 1994). Como as amostragens foram realizadas entre 12 h e 14 h,
portanto, a partir do limite inferior onde ocorre maior atividade fotossintética,
encontrou-se uma concentração média anual de OD de 7,8 mg/L, o que, em se tratando
de LM, estabelece uma boa condição aeróbia para o meio.
A grande abundância da
Chlorella pode ser devido à presença do trifosfato de
sódio, constituinte do detergente sintético, presente no esgoto doméstico, o qual
estimula seu crescimento e a produção de um antibiótico (clorelina) que age contra
bactérias e pode ser capaz de inibir o crescimento de outras algas (MARGALEF, 1983).
Conforme BASSÈRES (1990) e ZULKIFLI (1992), a
Chlorella prefere um meio com
muita matéria orgânica, elevada concentração de oxigênio dissolvido e pH alcalino,
além de utilizar preferencialmente a amônia em relação aos nitratos. A temperatura
ótima para seu desenvolvimento é de 20
o
C (OSWALD, 1963), podendo dominar
durante o período com menor energia solar e quando há menor predação (CANOVAS
et
al
., 1996). Essa microalga, ao liberar a clorelina - que dificulta o crescimento de outros
grupos fitoplanctônicos - ao encontrar uma temperatura da água média anual de 21,3
o
C,
elevada concentração de nitrogênio amoniacal média anual, pH alcalino e,
provavelmente, uma pequena presença de predadores, foram os fatores que
determinaram essa espécie como uma das abundantes e que permitiram obter um bom
rendimento na depuração do efluente das LM da ETE-UCS, ao longo do período
estudado.
Segundo PEARSON & KÖNING (1986), as algas podem representar até 70%
de DBO
5
no efluente final. Considerando-se que as algas contribuem com 60 a 90% dos
SSV (VON SPERLING, 1996) e que cada mg de sólidos suspensos é igual, em valores
141
médios, a 0,35 mg de DBO
5
, pode-se dizer que as algas na SLM2 foram responsáveis
por 27 a 40% da DBO
5
Total média anual.
NOGUEIRA & MATSUMURA-TUNDISI (1996), estudando a represa de
Monjolinho-SP, constataram que no período em que houve maior desenvolvimento do
fitoplâncton, nos meses de outubro/novembro, ocorreu um decréscimo na concentração
de nitrato e amônia, demonstrando que esses nutrientes estavam provavelmente
incorporados à biomassa das algas neste período.
Nas LM da ETE-UCS, no mês de junho, ocorreu a maior densidade
fitoplanctônica. Isso aconteceu devido à presença de uma elevada concentração de
nitrogênio amoniacal, o que faz com que as algas, ao assimilá-lo, gastem menos energia
para reduzir o nitrogênio.
O nitrogênio amoniacal pode atuar como inibidor da atividade fotossintética de
algas quando em concentrações iguais ou superiores a 28 mg /L e o pH for superior a
8,1 (ABELIOVICH & AZOV, 1976; KÖNING, 2000). Segundo BASSÈRES (1990),
esses fatores não afetam o desenvolvimento de
Chlorella sp. Essa situação não deve ter
ocorrido neste estudo, pois não houve tal associação entre o valor de pH e a
concentração de amônia.
A classe Euglenophyceae constitui um grupo de algas que prefere ambientes
enriquecidos organicamente, com altos teores de amônia e que, conseqüentemente,
apresentam águas com baixa transparência. As euglenofíceas, além de constituírem,
nestes ambientes, importantes componentes da cadeia alimentar, são contribuintes
eficientes na degradação biológica da matéria orgânica, uma vez que além de
absorverem diretamente a amônia são capazes de nutrir-se a partir de material orgânico
particulado (XAVIER, 1985).
Nas LM da ETE-UCS, a maior densidade de euglenofíceas ocorreu no inverno,
coincidindo com a maior concentração de nitrogênio amoniacal. Isso significa que
houve uma boa disponibilidade desse nutriente para o desenvolvimento do referido
grupo de algas nesse período.
142
Conforme MUNAVAR (1970) apud KÖNING (2000), a distribuição de
Euglena sp, que utiliza somente amônia como fonte de nitrogênio, depende mais da
elevada concentração deste composto que da matéria orgânica. No mês de julho, a
maior concentração de nitrogênio amoniacal coincidiu com a maior densidade de
Euglena sp. Salienta-se, ainda, que na ELM1 ocorreu a maior concentração de
nitrogênio amoniacal, o que resultou na maior densidade desse gênero. Esses dados
confirmam a afirmação do autor acima citado, de que um aumento na concentração de
amônia resulta num aumento na densidade da
Euglena sp.
De acordo com HORNER (1990) e VERCELLINO (2001), a baixa
concentração de fósforo requerida pelas diatomáceas confere-lhes vantagem competitiva
perante os demais grupos algais. A afirmação feita por esses autores confirmou-se, no
presente estudo, já que a menor concentração de PT ocorreu no outono, época em que
houve a maior densidade de diatomáceas.
CEBALLOS
et al. (1998), estudando as algas como bioindicadores de nível
trófico de ecossistemas lênticos, concluíram que o gênero
Scenedesmus tem maior
freqüência em ambientes eutróficos e que a concentração ideal de fosfato para o seu
crescimento é de 0,018 a 0,033 mg/L. Os valores de PT encontrados nas amostragens
ficaram entre 1,20 e 11,60 mg/L, portanto muito acima dos valores de concentrações
ideais para o desenvolvimento do
Scenedesmus. Essa deve ter sido uma das razões pelas
quais houve uma pequena densidade desse gênero nas LM estudadas.
As cianobactérias, assim como vários outros microorganismos
fitoplanctônicos, têm mecanismos para armazenamento intracelular de fósforo. Isso
permite o acúmulo de fosfato suficiente para 3-4 divisões celulares e, como
conseqüência, uma célula pode se multiplicar dez vezes ou mais, mesmo quando o
fosfato dissolvido já tenha sido completamente exaurido no meio externo. Por essa
razão, a biomassa de cianobactéria, que pode ser produzida a partir do crescimento de
uma biomassa já existente, não pode ser prevista apenas pelas concentrações de fosfato
dissolvido (CHORUS & BARTRAM, 1999).
143
Segundo FERNANDES et al. (2005), existem alguns processos especiais de
absorção de fósforo pelas algas, sob condições de déficit desse nutriente, dentre os quais
citam-se:
• consumo em excesso (“luxury consumption”): mais fosfato é absorvido do
que aquele requerido pela célula, e o seu excesso é estocado (cianobactérias
filamentosas, diatomáceas);
• a enzima fosfatase alcalina é um éster que , por hidrólise, quebra a ligação
entre fosfato e a molécula orgânica. O resultado é a liberação de fosfato disponível para
o crescimento algal (clorofitas); e
• locomoção ativa na coluna d’água por meio de flagelos ou variação de
densidade (vesículas) para “encontrar” microambientes com maior concentração de
nutrientes (cianobactérias, clorofitas).
Esses mecanismos de absorção de fósforo pelas algas não devem ter ocorrido,
ao menos em grande escala, uma vez que a concentração média anual de PT nas LM da
ETE-UCS foi de 4,76 mg/L, o que é considerada elevada para ambientes dulcícolas.
Experimentos feitos por KIMBALL & KIMBALL (1977), com fósforo
radioativo, sugerem que as plantas aquáticas podem competir com o fitoplâncton por
fósforo. Isso pode ter ocorrido, especialmente na SLM1 e, em menor freqüência, na
ELM1 e SLM2, onde durante a maioria das amostragens houve a presença de macrófitas
aquáticas, especialmente do gênero
Lemna, vulgarmente chamada de lentilha d’água.
De acordo com CORDAZZO & SEELIGER (1988), esta macrófita ocorre em regiões
temperadas das Américas. Ela cresce flutuando em diversos corpos d’água, preferindo
condições eutróficas. É um importante recurso alimentar para aves aquáticas, mas
grandes infestações causam sombreamento para outros vegetais aquáticos submersos.
Instrumentos matemáticos, como a análise de regressão linear múltipla, podem
ser de grande utilidade para ajudar a explicar ou pelo menos confirmar as relações entre
variáveis ambientais bióticas e abióticas.
144
Na análise da regressão linear múltipla, verificou-se que a riqueza
fitoplanctônica foi influenciada pelas variáveis DQO Total, DQO Solúvel e turbidez.
a abundância foi influenciada pela temperatura da água e pela turbidez. Por sua vez, a
diversidade específica sofreu influência da DBO
5
Total, DQO Total, DQO Solúvel e
turbidez. Percebeu-se, portanto, que a turbidez foi a única variável que influenciou
diretamente na riqueza, abundância e diversidade fitoplanctônica das LM da ETE-UCS.
Isso ocorreu, provavelmente, porque essa variável reduz a penetração da luz na coluna
d’água, fator que controla a temperatura e a fotossíntese, alterando, com isso, a estrutura
da comunidade fitoplanctônica.
8 CONCLUSÕES
• A atividade fotossintética do fitoplâncton, bem como a taxa de reprodução dos
organismos nas LM, foram reguladas, provavelmente, pela concentração de nutrientes
no meio, variação sazonal de temperatura, precipitação pluviométrica na região e
variação diária da disponibilidade da radiação luminosa.
• As variações nas concentrações de nitratos parecem estar na dependência dos
processos de nitrificação e desnitrificação, enquanto as variações dos fosfatos sugerem a
ocorrência de uma aceleração dos processos de mineralização na coluna d’água,
alternados com a rápida utilização desse elemento pela atividade fotossintética do
fitoplâncton.
• Houve uma redução temporal das concentrações de amônia, principalmente devido à
incorporação deste nutriente na biomassa algal, no processo de nitrificação e, em
pequena parcela, devido ao fenômeno de volatilização, uma vez que o pH para que isso
ocorra deve ficar acima de 9,0, situação que raramente ocorreu.
• A remoção de nutrientes, como nitrogênio amoniacal, nitrito, nitrato e fósforo nas LM,
foi decorrente da sua assimilação pelas algas e também, em parte, pela precipitação do
fósforo em 37% das amostragens, devido à elevação do pH (> 8,0).
• Os elevados valores de condutividade elétrica, PT, clorofila
a, clorofíceas, densidade
fitoplanctônica e os baixos valores de transparência da água, caracterizaram o ambiente
de estudo como sendo hipereutrófico.
• Em alguns casos, o teor de clorofila
a apresentou um padrão de variação independente
ao da densidade de organismos fitoplanctônicos, o que é um problema geral na relação
146
entre estas variáveis, pois presença de clorofila não significa necessariamente atividade
e alguns grupos tem diferentes concentrações deste pigmento.
• Na análise qualitativa, a comunidade fitoplanctônica foi composta por 242 táxons,
representados pelas divisões Chlorophyta, com 48 gêneros, Euglenophyta, com 5
gêneros, Cyanophyta, com 17 gêneros e Heterokontophyta, com 12 gêneros.
• Na análise quantitativa, a comunidade fitoplanctônica foi composta por 174 táxons,
representados pelas divisões Chlorophyta, com 29 gêneros, Euglenophyta, com 5
gêneros, Cyanophyta, com 15 gêneros e Heterokontophyta, com 10 gêneros.
• A comunidade fitoplanctônica mostrou-se distinta entre as diferentes estações do ano.
Na primavera predominaram as zignematofíceas; no verão e no outono, as clorofíceas.
Por sua vez, as bacilariofíceas foram mais representativas numericamente no outono e
as cianofíceas no inverno e no verão. Por fim, as euglenofíceas predominaram no
inverno.
• Os gêneros que apresentaram a maior densidade anual, dentre as classes estudadas,
foram:
Chlamydomonas, Synechocystis, Surirella, Euglena e Cosmarium. Por sua vez,
as espécies que apresentaram a maior densidade anual, dentre os gêneros encontrados,
foram:
Chlorella miniata, Synecocystis aquatilis, Surirella ovata, Lepocinclis fusiformis
e
Cosmarium sp c.
• A comunidade fitoplanctônica apresentou um ciclo sazonal característico, com
maiores densidades no outono e no verão, em épocas com temperaturas mais elevadas,
maior concentração de OD e maior concentração de nitrato. Por sua vez, as menores
densidades ocorreram na primavera e inverno, sendo que os fatores que limitaram o
crescimento do fitoplâncton foram, provavelmente, o clima, a baixa transparência da
água e a baixa concentração de nitrato.
• Os valores de riqueza não apresentaram diferenças significativas entre as estações do
ano e entre as estações de amostragem, mas sim entre os meses amostrados.
147
• A análise de rarefação mostrou que o número esperado de espécies em relação ao
número de indivíduos amostrados, para cada estação de amostragem, ficou dentro do
limite de confiança desejado (95%). Portanto, houve suficiência amostral.
• Os índices de diversidade e eqüitabilidade apresentaram uma pequena diferença entre
as estações do ano e entre as estações amostradas, porém revelaram uma maior
diferença entre os meses amostrados.
• Na análise de agrupamento, tanto a riqueza quanto a abundância de indivíduos
encontradas na ELM1 e SLM1, foram similares entre si, porém diferiram da encontrada
na SLM2. Essa diferença foi determinada pelas variações existentes entre as variáveis
ambientais da LM1 e da LM2 e pelo tempo de detenção hidráulica de cada LM.
• As análises das correlações lineares entre as variáveis limnológicas, mostraram um
grande número de correlações significativas (p<0,05), o que explica a elevada
complexidade e grande inter-relação entre estas variáveis no funcionamento das LM.
• Na análise da regressão linear múltipla, verificou-se que a turbidez foi a única variável
que influenciou na riqueza, abundância e diversidade fitoplanctônica. Isso ocorreu,
porque esse parâmetro reduz a penetração da luz na coluna dágua, fator que controla a
temperatura e a fotossíntese, alterando, assim, a estrutura da comunidade
fitoplanctônica.
• O efluente do sistema de lagoas de estabilização pode ser aplicado à agricultura desde
que seja observada a qualidade microbiológica, já que é rico em nutrientes (N e P).
9 SUGESTÕES
• Monitorar sistematicamente as células biológicas do sistema de tratamento de esgoto,
para que ocorra um melhor funcionamento do sistema de lagoas de estabilização da
ETE-UCS.
• Realizar medições periódicas da produção primária, de preferência semanalmente,
com a utilização do método do oxigênio ou a técnica do carbono 14.
• Estudar o fracionamento do fitoplâncton, procurando verificar a contribuição do micro
e do nanofitoplâncton à produção total de matéria orgânica.
• Estudar a sucessão fitoplanctônica com períodos de amostragem semanais,
restringindo-se às espécies quantitativamente mais representativas.
• Realizar bio-ensaios para melhor esclarecer os efeitos das variações da concentração
de nitrogênio e de fósforo sobre as principais espécies do fitoplâncton.
• Utilizar diferentes tipos de substratos artificiais, em lagoas de estabilização de ETE,
para verificar a eficiência de remoção de nutrientes e microorganismos da coluna d’água
e do efluente.
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11 ANEXOS
ANEXO 1
Tabela 47: Análise quantitativa das comunidades fitoplanctônicas: número de indivíduos/mL
na ELM1, na SLM1 e na SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Divisão/classe/espécie/ ind/mL
ELM1
Número de meses 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses amostrados ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06
Divisão Cyanophyta
Classe Cyanophyceae
Anabaena solitária 571 1333 1333
Anabaena sp. 286 1167 1333
Anabaena wisconsinense 167
Borzia trilocularis
Chroococcus dispersus 1167 26667 182
Chroococcus limneticus 667 182
Chroococcus turgidus 167 500 312 1333 182
Gloeocapsa arenaria 667 125
Gloeotrichia echinulata 4667 312 333 5333
Leptolyngbya faveolarum 1333 1000
Lyngbya ochracea 333
Merismopedia tenuissima
Microcystis aeruginosa 12000
14833 38833 57000
6000 8667 26667 3000 1875
17454 11714 604500
Microcystis flos-aquae 333 1000 182
Oscillatoria chlorina
Oscillatoria geminata 2333 1833
Oscillatoria limosa 286 833 667
Phormidium ambiguum 286 833 133
Phormidium formosum 2667 5333
Phormidium tenue
117143 71500 40333
Planktolyngbya limnetica 833
Pseudoanabaena constricta 857 500 500
Synechococcus aeruginosus 167 125
Synechocystis aquatilis 571
17500 33000
56000 113000 225333 197000 39000 51454
9286 22500
Synechocystis minuscula 5571
51333 77167
14000 95000
86667 108000 18378 33454
7428 7500
Synechocystis sp. 571 3000 375
Subtotal
138142 173499 203132 57624 79000 217667 372000 309000 59878 103090 28428 634500
Divisão Heterokontophyta
Classe Bacillariophyceae
Amphora pediculus 167 312
5750
2857
9000
Cyclotella sp. 182
Cymbella aequalis 312
Gomphonema parvulum 333 133
1875 1000
1333
500
364
143
Hantzschia amphioxys
Melosira sp.
Melosira varians
Navicula capitata
Navicula cryptocephala 333
167
312 250 143
Nitzschia palea 286
167 1250
1333
125 182 143
Nitzschia paleaceae 167
167
Pinnularia appendiculata
167
Pinularia divergens 182
Surirella ovata
2000 1333
2500
1333
10375 364 5429 15000
Surirella tenera
Subtotal
2286 2333 801 6561 1000 0 3999 0 17000 1274 8715 24000
Divisão Euglenophyta
Classe Euglenophyceae
Euglena acus 125
Euglena acus var. acus 1333 250 143
Euglena acus var. longissima 1333 182 1500
Euglena agilis 167 1000 1333 375
857 6000
Euglena allorguei 125
Euglena ehrenbergii 333
Euglena gracilis 333
312
333
1333 250
1286 9000
Euglena granulata 167 1000 125
Euglena limnophila 333 1000
333
1333 125 3000
165
Euglena minuta
Euglena mutabilis var. mutabilis
Euglena oxyuris var. minor
Euglena pisciformis
312
4500
Euglena polymorpha 125 143
12000
Euglena sp. 1500
Euglena spirogyra 125
Euglena tripteris 143
Euglena variabilis 1000
Euglena viridis 333 250
Lepocinclis caudata 2000 500
Lepocinclis fusiformis
18000
2667
1000
19500
1500
Lepocinclis ovum 667
312 13000
3750
429 6000
Lepocinclis playfairiana 667
13000
625
Lepocinclis sphanophila 1000
Phacus acuminatus 375 1500
Phacus caudatus var.minor
333
1625
182
Phacus curvicauda 375
Phacus hamatus 250
Phacus horridus 167 3000 125
Phacus ichthydium 1500
Phacus minusculus
3333
133
Phacus nordstedtii
2167 1000
333
125
Phacus oscillans
Phacus pyrum 167
Phacus raciborskii 143
Phacus skujae 125 143 1500
Phacus tortus 1500
Phacus trimarginatus 625 143
4500
Phacus wettsteinii 1000 125
429 4500
Strombomonas borystheniensis
Trachelomonas acanthostoma
571
312
Trachelomonas armata
Trachelomonas cylindrica
1273
143 1500
Trachelomonas hispida 333
Trachelomonas pulcherrima 1333 1667 1333 182
Trachelomonas robusta
2000
Trachelomonas sp.
312
Trachelomonas volvocina
312
Subtotal
571 10500 2800 1872 55000 1332 10665 3000 30000 1819 4002 61500
Divisão Chorophyta
Classe Chlorophyceae
Actinastrum hantzschii 333
Ankistrodesmus Braunii 312 667 1333 11000 250 4545 143
Ankistrodesmus fusiformis
Ankistrodesmus libraianus 312 1333 4000
Chlamydomonas bullata 571 1500 1000 624 4000 1667 40000 2000 143
Chlamydomonas corticata 2000 3000 8437 5000
22667 296000
27000 2375
10429
9000
Chlamydomonas globosa
7000 70000
2333
86250
28000 12000
406667 29000
250 1143
Chlamydomonas gracilis
103750 143000 21667
6667 182 1000
22500
Chlamydomonas oleosa 333
Chlamydomonas paraserbinowi 1000 1000 1333
Chlamydomonas parietaria
Chlamydomonas pertusa 286 167 312
87667
41333 1000 1250 182 2286 15000
Chlamydomonas printzii 333 833 312
58333
65333 2000 10625 2000
69143
15000
Chlamydomonas reinhardtii 286 167 133 312
52667
21333 1000 5000
11715
6000
Chlamydomonas soosensis 167 2187 333 125 364
Chlamydomonas sp. 7812 6333 52000 875 3000
Chlamydomonas subcaudata 167 133 4062 2000 2333 13333 14000 1750 6000 1143
Chlorella ellipsoidea
2571 14500 20666
5312 4000
58667 669333 28000
750 286
105000
Chlorella miniata
6571 10500 13000 144375 133000 97333 390667
2000 1750
11143 51000
Chlorella vulgaris 1429 1000 1167
82812
22000
34000 350666
1750 2286 15000
Chlorococcum humicola 571
17833 50312
37000
45000
40000
30000 6750 27636 15000 30000
Chlorococcum sp.
25000 20937
30000
26667
26667
49000 8875 72727 14572
15000
Coelastrum microporum 333 1000
Cruscigenia quadrata 167 312 667 1000 125
Desmodesmus intermedius 333
Desmodesmus protuberans
Tabela 47 - continuação
166
Eudorina elegans
182
Franceia ovalis 1000 312
Golenkinia paucispina
Golenkinia radiata
Haematococcus lacustris 167 167 2667
Hydrodictyon reticulatum
Kirchneriella contorta 133 2000 2667 4000
Kirchneriella lunaris var. dianae 333 1333 1000
Kirchneriella obesa 167 2333 2000
Micractinium pusillum
monoraphidium arcuatum 667 1000 3333 4000 6000 625 2000 1286 3000
Monoraphidium caribeum 833 625 4333 4000 9000 1625 4182 429
Monoraphidium contortum 667 250 909 429
Monoraphidium convolutum 571 3125 1000
147333
45333
417000 53000 67818
1286
Monoraphidium griffithii 667 125
Monoraphidium irregulare 500 125 909 286 6000
Monoraphidium komarkovae 312 1636 1500
Monoraphidium minutum 1333 5000 625 4727 143
Monoraphidium pusillum 182
Monoraphidium tortile 1000 125 245 143
Oocystis borguei 333 1333 2000
Oocystis crassa 167 312
Oocystis elliptica 1000
Oocystis solitaria 167 125
Oocystis sp. b 286 266 7500 3000 125
Oocystis sp. c 1667 4687 1000 5333
Oocystis sp.a 333
Pandorina morum 1333 125 182
Planktosphaera gelatinosa
Polytoma dorsiventrale
Polytoma oligochromatum
Protococcus viridis
Pteromonas angulosa
Pteromonas cordiformis
506000
Scenedesmus acuminatus 2667 8000 1000 750 182
Scenedesmus acuminatus var. elongatus 333 2667
Scenedesmus acutus 167 333 1333
Scenedesmus bicaudatus
Scenedesmus dimorphus 333 4000 1000 125 364
Scenedesmus disciformis
Scenedesmus intermedius 333 1333
Scenedesmus javanensis 2667 1000
Scenedesmus microspina 333 1333
Scenedesmus nanus 182
Scenedesmus pectinatus 333 250
Scenedesmus quadricauda 312 333 14667 250
Schizochlamys planctonica
Sphaerellopsis gelatinosa 167 167 167 1250 667 2667 182 143
Tetraedron minimun 167 167 1333 1250 2000 667 5000 375 182 714
Tetraedron muticum 4500 1500
Tetrastrum glabrum
Volvox aureus
Volvox globator
Subtotal
20476 103168 92499 542927 920000 697998 2536997 655875 100250 197700 148291 295500
Classe Zignematophyceae
Cosmarium contratum
Cosmarium laeve
1500
Cosmarium sp. a
1500
Cosmarium sp. b
1000 1000
2000
Cosmarium sp. c
Subtotal
0 0 0 1000 1000 0 0 2000 0 0 0 3000
Total
161475 289500 299232 609984 1065000 916997 2923661 969875 207128 303883 189436 1018500
OBS: Os valores parciais em negrito representam as espécies abundantes.
Tabela 47 - continuação
167
Divisão/classe/espécie/ ind/mL
SLM1
número de meses
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
meses amostrados
ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06
Divisão Cyanophyta
Classe Cyanophyceae
Anabaena solitária
3200 5000 139
Anabaena sp.
1200 2333 209
Anabaena wisconsinense
Borzia trilocularis
1600 800
Chroococcus dispersus
800 1000
Chroococcus limneticus
1200 308 167
Chroococcus turgidus
800 111 154
Gloeocapsa arenaria
333
Gloeotrichia echinulata
5000 3000
Leptolyngbya faveolarum
800 667
Lyngbya ochracea
5000
Merismopedia tenuissima
Microcystis aeruginosa
96800
35333 16046
2000 111 3200 2667 2000 2000 8800
56000 42333
Microcystis flos-aquae
1333
Oscillatoria chlorina
1333 1674
Oscillatoria geminata
1600 1000 70
Oscillatoria limosa
1200 2333 2512 2000
Phormidium ambiguum
1600 2667 2442 2000
Phormidium formosum
4400 3667 1000
Phormidium tenue
171600 100000 13465
7000
Planktolyngbya limnetica
400 1000 3000
Pseudoanabaena constricta
400 1000 209
Synechococcus aeruginosus
Synechocystis aquatilis
37600 48333 4046 37000 15999 181600 100000 235000 65615 156800 13333
7167
Synechocystis minuscula
72400 133667 5651 32000 7444 81000
12000
134000 54750 94400
4000
Synechocystis sp.
1200 70 111 1333 308 2667 167
Subtotal
397600 349666 46533 89000 23776 267800 116000 372000 123135 260000 72000 54167
Divisão Heterokontophyta
Classe Bacillariophyceae
Amphora pediculus
70
4000 111
1000
17846 800
2000
Cyclotella sp.
Cymbella aequalis
167
Gomphonema parvulum
400 333 279 1000
1333 1000
154
Hantzschia amphioxys
Melosira sp.
400
1333
Melosira varians
1000
Navicula capitata
Navicula cryptocephala
400 167
Nitzschia palea
139
Nitzschia paleaceae
209 400
Pinnularia appendiculata
Pinularia divergens
Surirella ovata
10800 4333 6070 5000
1000 61358 4400
1833
Surirella tenera
Subtotal
11600 4666 6767 11000 111 0 2666 3000 79358 6000 0 4167
Divisão Euglenophyta
Classe Euglenophyceae
Euglena acus
400 167
Euglena acus var. acus
1077 667
Euglena acus var. longissima
1333 4461
Euglena agilis
2000
333
1744
4000
769 667
Euglena allorguei
400 70 308
Euglena ehrenbergii
Euglena gracilis
209
4000
3538
1500
Euglena granulata
308
Euglena limnophila
800
1333
70 400 924 400
Euglena minuta
400 70
Euglena mutabilis var. mutabilis
Euglena oxyuris var. minor
Tabela 47 - continuação
168
Euglena pisciformis
167
Euglena polymorpha
800 308
2167
Euglena sp.
70 167
Euglena spirogyra
400
Euglena tripteris
333 400
Euglena variabilis
Euglena viridis
333 70 308
Lepocinclis caudata
400
Lepocinclis fusiformis
222
9846
667
Lepocinclis ovum
667 70 1333
1000 8615 800
2167
Lepocinclis playfairiana
5000
70 461 167
Lepocinclis sphanophila
Phacus acuminatus
2000
615 333
Phacus caudatus var.minor
1000
7538
400
2667
Phacus curvicauda
615
Phacus hamatus
70 308
Phacus horridus
333
Phacus ichthydium
400
209
154
Phacus minusculus
400 667 139
Phacus nordstedtii
1200 2000
70 400 1333 400 167
Phacus oscillans
Phacus pyrum
1200
667
3000
Phacus raciborskii
Phacus skujae
70 308
2800
500
Phacus tortus
800
Phacus trimarginatus
1846 400 167
Phacus wettsteinii
70 461 167
Strombomonas borystheniensis
70
Trachelomonas acanthostoma
139
1333
Trachelomonas armata
1000
Trachelomonas cylindrica
833
Trachelomonas hispida
70
Trachelomonas pulcherrima
2000 111
800
1333
1000
Trachelomonas robusta
Trachelomonas sp.
Trachelomonas volvocina
Subtotal
12400 12666 3350 1000 333 2400 13332 2000 42768 6000 0 17670
Divisão Chorophyta
Classe Chlorophyceae
Actinastrum hantzschii
Ankistrodesmus Braunii
70 1333
62000
769 9200 2667 333
Ankistrodesmus fusiformis
1000
Ankistrodesmus libraianus
15000
Chlamydomonas bullata
22800
333 139 60000 2400 10667
Chlamydomonas corticata
12000
5000
41000 667
27600 294667
3000 615 1200
338667
5000
Chlamydomonas globosa
133600 26667
209
173000 5778 32400 517333
7000 800 26667
Chlamydomonas gracilis
1200 400
59667
Chlamydomonas oleosa
Chlamydomonas paraserbinowi
400 333
Chlamydomonas parietaria
Chlamydomonas pertusa
4000
27600
18667 1000 3231 9600
493333
3000
Chlamydomonas printzii
800 667 279 1000 111
19200 81333
14723 54400 1544000
10500
Chlamydomonas reinhardtii
400 333 70 3000 2000 26667 1846 13600
781333
3000
Chlamydomonas soosensis
1200 1000
Chlamydomonas sp.
54667 1077 2800
605333
833
Chlamydomonas subcaudata
1600 6000 2800 1333 15000 2923 15200 1167
Chlorella ellipsoidea
69600 7000 29302
9000 4111 800
628000
2000 461 6000 2667
71667
Chlorella miniata
23200 8333 36279 266000 8000
7800
432000
1000 2615 9200
200000 66000
Chlorella vulgaris
4400
3333 10884
63000 1000 2800 44000 1000 769 4400
144000
4667
Chlorococcum humicola
400 333 70 1000
48111 26400
16000 12000
12461 82800
29333
13167
Chlorococcum sp.
4444 20800
86000 20769 168000
18667 5000
Coelastrum microporum
800 769
Cruscigenia quadrata
1200 111 1538 800
Desmodesmus intermedius
Desmodesmus protuberans
Eudorina elegans
2667 308
Franceia ovalis
800
Golenkinia paucispina
Tabela 47 - continuação
169
Golenkinia radiata
Haematococcus lacustris
1600 333 70 1000
Hydrodictyon reticulatum
Kirchneriella contorta
400 333 5600 2667 24000 154
Kirchneriella lunaris var. dianae
400 4000
Kirchneriella obesa
6000 2667 20000 615
Micractinium pusillum
1333
monoraphidium arcuatum
2400 111 4000 1333 11000 1077 4800
Monoraphidium caribeum
12400 2000 70 4400 4000 17000 2461 400
Monoraphidium contortum
2667 154 1200
Monoraphidium convolutum
667
178800
30667
444000 52231 149600
Monoraphidium griffithii
154 1600
Monoraphidium irregulare
Monoraphidium komarkovae
209 400 2000 154 2000
Monoraphidium minutum
800 1333 12000 461 10000
Monoraphidium pusillum
1000 400
Monoraphidium tortile
2000 154
Oocystis borguei
1000 111 1333 2000
Oocystis crassa
400 222
Oocystis elliptica
111 1333
Oocystis solitaria
154
Oocystis sp. b
400 333 139 111 1333 5667
Oocystis sp. c
400 333 70 1000 333 5333 400 667
Oocystis sp.a
443 167
Pandorina morum
2667 167
Planktosphaera gelatinosa
154
Polytoma dorsiventrale
1333 1000
Polytoma oligochromatum
Protococcus viridis
1333
Pteromonas angulosa
70
Pteromonas cordiformis
663000
Scenedesmus acuminatus
333 209 1200 4000 3000 769
Scenedesmus acuminatus var. elongatus
Scenedesmus acutus
70 5333 3000 800
Scenedesmus bicaudatus
Scenedesmus dimorphus
70 1000 400 2667
Scenedesmus disciformis
6667
Scenedesmus intermedius
Scenedesmus javanensis
400 1333
Scenedesmus microspina
1333
Scenedesmus nanus
400 1333
Scenedesmus pectinatus
Scenedesmus quadricauda
70 1600 4000 2000 800 167
Schizochlamys planctonica
Sphaerellopsis gelatinosa
800 1333
Tetraedron minimun
1600 209 3000 111 400 4000 154 1200
667
Tetraedron muticum
2000
Tetrastrum glabrum
Volvox aureus
2000 333
Volvox globator
154
Subtotal
292800 56664 78558 1298000 75886 381667 2213331 760769 123105 552000 4189334 251836
Classe Zignematophyceae
Cosmarium contratum
Cosmarium laeve
Cosmarium sp. a
Cosmarium sp. b
Cosmarium sp. c
555
Subtotal
0 0 0 0 555 0 0 0 0 0 0 0
Total
696000 423662 135208 1399000 100661 651867 2345329 1137769 368366 824000 4261334 327840
OBS: Os valores parciais em negrito representam as espécies abundantes.
Tabela 47 - continuação
170
Divisão/classe/espécie/ ind/mL
SLM2
Número de meses
25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
Meses amostrados
ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06
Divisão Cyanophyta
Classe Cyanophyceae
Anabaena solitária
4000 2000
Anabaena sp.
2000 2000
Anabaena wisconsinense
Borzia trilocularis
400
Chroococcus dispersus
2667 400 250 833
Chroococcus limneticus
667 800 1000
Chroococcus turgidus
400 571
Gloeocapsa arenaria
500
Gloeotrichia echinulata
Leptolyngbya faveolarum
667 1600
Lyngbya ochracea
667 667
Merismopedia tenuissima
250
Microcystis aeruginosa
2000 33333
6000
19000
1000 3667 3333 800 3200 3571
Microcystis flos-aquae
400
Oscillatoria chlorina
4000 2800
Oscillatoria geminata
2667 1200
Oscillatoria limosa
12000 5600
Phormidium ambiguum
12000 5600
Phormidium formosum
4000 3600 250
Phormidium tenue
20000
8800 571
Planktolyngbya limnetica
4000 1200
Pseudoanabaena constricta
667 2000
Synechococcus aeruginosus
667
Synechocystis aquatilis
81334 156000 114750 38500 85000 157500 89000 345833 324800 225600 46786
Synechocystis minuscula
114000 157200 57250
10500 2500
73250 44333 189167 218400 133600 21071
Synechocystis sp.
667 2800 333 357
Subtotal
2000 300003 361467 173392 68500 87500 232250 138333 539166 544000 362400 71785
Divisão Heterokontophyta
Classe Bacillariophyceae
Amphora pediculus
400
5550
10400 1600 2500
Cyclotella sp.
250
Cymbella aequalis
1750
250
357
Gomphonema parvulum
800
333 1600
Hantzschia amphioxys
667
333
Melosira sp.
Melosira varians
Navicula capitata
250
Navicula cryptocephala
1000
400 1071
Nitzschia palea
667
250
Nitzschia paleaceae
1200
250 333
Pinnularia appendiculata
Pinularia divergens
333
Surirella ovata
3000 667 1200 13500
55200 2400 11071
Surirella tenera
250
500
Subtotal
3000 2001 3600 21800 500 0 500 2332 0 67600 4000 14999
Divisão Euglenophyta
Classe Euglenophyceae
Euglena acus
357
Euglena acus var. acus
250 333 357
Euglena acus var. longissima
Euglena agilis
1000 1333
800
500
800
12500
Euglena allorguei
250
Euglena ehrenbergii
Euglena gracilis
2000
2000
800
3200
5000
Euglena granulata
Euglena limnophila
667 400 250 800
1600
Euglena minuta
Euglena mutabilis var. mutabilis
800
Tabela 47 - continuação
171
Euglena oxyuris var. minor
667
Euglena pisciformis
1333
Euglena polymorpha
1333 571
5000
Euglena sp.
Euglena spirogyra
400
Euglena tripteris
Euglena variabilis
667
Euglena viridis
833
Lepocinclis caudata
714
Lepocinclis fusiformis
400
500
333
1429
Lepocinclis ovum
4000 800
500
800 357
Lepocinclis playfairiana
1333
Lepocinclis sphanophila
Phacus acuminatus
400 357
Phacus caudatus var.minor
667
750
3200
800
6786
Phacus curvicauda
800 357
Phacus hamatus
Phacus horridus
667 250
Phacus ichthydium
571
Phacus minusculus
10667
400
1600
Phacus nordstedtii
8667
333
800
Phacus oscillans
400 250 714
Phacus pyrum
2000
357
Phacus raciborskii
Phacus skujae
3750
800 1071
Phacus tortus
3333
Phacus trimarginatus
667
500
1600
357
Phacus wettsteinii
357
Strombomonas borystheniensis
Trachelomonas acanthostoma
Trachelomonas armata
250
Trachelomonas cylindrica
250
Trachelomonas hispida
Trachelomonas pulcherrima
1250 250
4800
Trachelomonas robusta
Trachelomonas sp.
Trachelomonas volvocina
250
Subtotal
3000 38001 8050 5892 0 1500 2500 999 1633 12000 12456 33214
Divisão Chorophyta
Classe Chlorophyceae
Actinastrum hantzschii
Ankistrodesmus Braunii
14000
23250 18333 85000
18400 24800 714
Ankistrodesmus fusiformis
Ankistrodesmus libraianus
3000 500 1667 4167
Chlamydomonas bullata
4000
14400
1250 8500 2250 833 800 1071
Chlamydomonas corticata
2000 1500 17000 2000 5750 333 833 4000 57600
65357
Chlamydomonas globosa
293333 160000 5500 54000
1500 5750 1000 2400 7200
62857
Chlamydomonas gracilis
652000
66000
750 5600
76800
7143
Chlamydomonas oleosa
Chlamydomonas paraserbinowi
400
Chlamydomonas parietaria
800
Chlamydomonas pertusa
5333 2200 250 500 250 333 5000 4800
Chlamydomonas printzii
1333 400 250 667
20000 28000
8000 1429
Chlamydomonas reinhardtii
800 250 250 4000 800
Chlamydomonas soosensis
800 750
Chlamydomonas sp.
800 357
Chlamydomonas subcaudata
3333
16000 6750
3500
18500 13333 28333 30400 75200 19643
Chlorella ellipsoidea
197000
121333 102800 7250
5000
11750
333 800
320000 62500
Chlorella miniata
444000 61333 30400 8000 255000
1000
5780
667 833 4800
220000 65714
Chlorella vulgaris
4000 1600 250 24500 2250 4000 8800 19286
Chlorococcum humicola
1000 8000 10800
20500 117000 207500 89750 40333 39167 138400 308000 143214
Chlorococcum sp.
26667
12000
143500 102000 39000 24583 282400 251200 54286
Coelastrum microporum
Cruscigenia quadrata
1600 250 500 250 333 1600 714
Desmodesmus intermedius
Desmodesmus protuberans
1000
Eudorina elegans
1333
Franceia ovalis
1000 2000 400 750 250
Tabela 47 - continuação
172
Golenkinia paucispina
3333
Golenkinia radiata
667
Haematococcus lacustris
500 4800 1786
Hydrodictyon reticulatum
500
Kirchneriella contorta
1667 1667
Kirchneriella lunaris var. dianae
Kirchneriella obesa
3000 4167
Micractinium pusillum
monoraphidium arcuatum
400 750 1000 1000 4500 2000 16667 7200 24000 2500
Monoraphidium caribeum
1333 500 8000 5333
25000
15200 38400 5714
Monoraphidium contortum
400 1667 2400 4000 1429
Monoraphidium convolutum
400 1250 3500 5500
78750 139000 126667 208000 245600 26429
Monoraphidium griffithii
400 250 667 800
Monoraphidium irregulare
400 833 800 3200 1071
Monoraphidium komarkovae
1200 1250 800 357
Monoraphidium minutum
4250 3667 11667 12800 46400 1429
Monoraphidium pusillum
750
Monoraphidium tortile
800 500 250 833 800
Oocystis borguei
400 667
Oocystis crassa
667 800 250 800
Oocystis elliptica
250 500 500
Oocystis solitaria
714
Oocystis sp. b
400 250 800 1600 2857
Oocystis sp. c
2000 3200 5000 4500 333 800 4800 1429
Oocystis sp.a
500
Pandorina morum
250 833 800
Planktosphaera gelatinosa
Polytoma dorsiventrale
Polytoma oligochromatum
400 250
Protococcus viridis
Pteromonas angulosa
86000 500
Pteromonas cordiformis
7500 62500
500
Scenedesmus acuminatus
667 571 500 2500 500 833 1600 1071
Scenedesmus acuminatus var. elongatus
1000
Scenedesmus acutus
800 500 250 333 800 3200
Scenedesmus bicaudatus
357
Scenedesmus dimorphus
1000 6667 800
Scenedesmus disciformis
250
Scenedesmus intermedius
400
Scenedesmus javanensis
333
Scenedesmus microspina
750 333
Scenedesmus nanus
1250 2500
Scenedesmus pectinatus
Scenedesmus quadricauda
1333 400 1000 3000 1000 5000 1600
Schizochlamys planctonica
400
Sphaerellopsis gelatinosa
1000 5500 250 667
Tetraedron minimun
2000 1500 333 833 800 357
Tetraedron muticum
11333 39000
Tetrastrum glabrum
333 357
Volvox aureus
400
Volvox globator
Subtotal
1384000 553998 408533 71821 560500 456500 399780 275998 412083 783200 1739200 553742
Classe Zignematophyceae
Cosmarium contratum
800
357
Cosmarium laeve
333
Cosmarium sp. a
Cosmarium sp. b
Cosmarium sp. c
8000
Subtotal
0 0 0 0 8000 0 0 333 0 800 0 357
Total
1392000 894003 782050 272905 637500 545500 611780 417662 952882 1408400 2118056 675524
OBS: Os valores parciais em negrito representam as espécies abundantes.
Tabela 47 - continuação
ANEXO 2
Tabela 48: Dados, com média e desvio padrão, da variação temporal dos fatores físicos,
físico-químicos, químicos e da clorofila
a na ELM1 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
LM/Data T.ar T.água Transp. Cond. Turb. SST SSV pH DQOT DQOS DBO
5
T DBO
5
S OD PT N.amon. NO
3
NO
2
Clorof.
ELM1
22/08/05 25,1 20,0 0,24 528 7,15 48,0 45,0 6,65 60,0 48,0 41,4 30,1 0,54 11,60 35,40 0,40 112,10 61,75
15/09/05 14,0 13,1 0,20 441 12,25 38,7 34,7 6,33 10,0 9,5 11,0 7,6 1,70 5,45 15,00 0,38 83,30 322,55
27/10/05 22,0 22,3 0,30 178 11,79 39,0 38,0 6,98 70,0 28,1 37,5 25,2 4,78 1,90 26,70 0,37 421,00 194,86
17/11/05 21,3 23,0 0,13 801 9,47 194,3 128,0 7,46 31,6 25,1 17,2 21,8 2,42 7,90 42,20 0,05 6,29 2907,51
08/12/05 23,1 27,4 0,13 915 23,40 192,0 181,0 8,26 20,0 8,0 19,7 6,9 10,00 7,10 15,50 0,70 12,68 3023,77
31/01/06 31,8 29,0 0,26 324 17,10 93,0 89,0 8,55 12,0 6,0 9,3 3,4 17,40 2,95 5,30 6,83 390,20 1521,19
09/02/06 27,0 25,2 0,08 355 11,77 77,0 76,0 7,93 106,6 27,2 88,5 25,7 5,40 1,39 0,90 18,32 102,70 3956,77
08/03/06 30,0 25,1 0,21 418 14,31 124,0 118,0 8,39 47,0 27,6 25,4 19,9 17,00 2,99 9,90 21,82 26,08 1544,50
05/04/06 32,4 21,0 0,12 866 14,70 170,0 90,0 7,18 68,0 27,8 39,4 22,5 5,60 1,54 26,46 34,77 686,88 690,53
10/05/06 14,0 16,0 0,21 850 19,86 89,0 59,0 7,28 37,0 20,9 28,3 3,5 1,60 1,47 33,57 9,76 173,46 102,50
08/06/06 24,8 12,0 0,22 1011 16,28 67,8 57,8 7,28 140,0 28,1 63,5 27,1 2,00 3,97 36,04 0,02 1006,82 302,20
05/07/06 17,0 14,5 0,17 1041 21,60 104,5 51,2 7,21 220,0 25,9 190,0 15,0 1,00 7,78 58,80 ND 6,43 510,79
média 23,5 20,7 0,2 644,0 15,0 103,1 80,6 7,04 68,5 23,5 47,6 17,4 5,8 4,7 25,5 8,5 252,3 1261,6
desvio
padrão 6,30 5,70 0,10 300,10 4,90 56,10 43,60 0,70 61,30 11,50 50,30 9,70 6,00 3,30 16,90 11,70 318,00 1343,00
Tabela 49: Dados, com média e desvio padrão, da variação temporal dos fatores físicos,
físico-químicos, químicos e da clorofila
a na SLM1 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
LM/Data T.ar T.água Transp. Cond. Turb. SST SSV pH DQOT DQOS DBO
5
T DBO
5
S OD PT N.amon. NO
3
NO
2
Clorof.
SLM1
22/08/05 26,0 21,2 0,19 514 12,12 78,0 77,0 7,41 57,0 17,0 43,8 12,6 6,52 11,30 29,10 0,70 127,34 624,10
15/09/05 13,5 13,1 0,18 420 11,49 48,6 40,0 6,57 130,0 23,0 101,8 16,3 5,44 8,60 14,30 0,39 89,15 591,16
27/10/05 20,2 21,0 0,15 229 12,40 81,0 8,0 7,41 67,0 26,8 44,0 13,6 6,20 3,60 16,40 1,06 404,79 482,67
17/11/05 21,3 23,0 0,10 600 7,13 225,0 208,0 7,87 39,0 14,0 33,9 11,0 1,80 5,97 27,50 0,11 81,20 3436,83
08/12/05 25,2 29,1 0,27 848 18,7 79,0 72,0 8,20 120,0 56,0 60,9 33,2 9,40 5,68 18,70 0,61 17,05 150,75
31/01/06 33,0 29,0 0,26 341 16,83 87,0 78,0 7,94 13,0 7,0 6,8 4,9 11,72 2,28 5,40 9,17 228,42 963,08
09/02/06 26,7 25,2 0,13 346 11,82 314,0 310,0 7,88 135,0 18,1 107,8 17,1 5,90 1,42 0,90 20,46 91,50 3850,00
08/03/06 31,0 25,8 0,20 357 16,04 96,0 62,0 8,42 133,0 28,5 130,3 20,6 9,60 2,90 5,30 11,80 26,27 771,74
05/04/06 28,9 22,0 0,16 787 13,54 66,0 65,0 7,69 65,0 25,0 37,7 14,5 11,00 1,20 25,75 25,71 638,06 860,34
10/05/06 14,0 16,0 0,14 841 21,60 128,7 91,2 7,54 111,0 22,8 19,4 4,1 4,60 2,14 31,10 26,88 145,24 1303,34
08/06/06 28,0 13,1 0,08 946 21,70 156,9 123,1 7,72 100,0 28,2 41,7 26,3 11,60 4,29 35,46 0,02 1034,41 3751,08
05/07/06 19,0 15,7 0,18 827 14,58 84,0 63,0 7,40 249,0 28,8 220,0 16,0 4,60 8,76 43,51 0,10 53,75 679,17
média 23,9 21,2 0,2 588,0 14,8 120,4 99,8 7,17 101,6 24,6 70,7 15,9 7,4 4,8 21,1 8,1 244,8 1455,4
desvio
padrão 6,30 5,70 0,10 250,80 4,30 77,50 82,20 0,50 61,30 11,90 60,10 8,20 3,20 3,30 13,20 10,60 307,20 1372,00
174
Tabela 50: Dados, com média e desvio padrão, da variação temporal dos fatores físicos,
físico-químicos, químicos e da clorofila
a na SLM2 da ETE-UCS, no período de
agosto/05 a julho/06.
Legenda: variáveis físicas, físico-químicas, químicas e biológica: T.ar= temperatura do ar, T.água= temperatura
da água, Transp.= transparência da água, Cond.= condutividade elétrica, Turb.= turbidez, SST= sólidos
suspensos totais, SSV= sólidos suspensos voláteis, pH= potencial hidrogeniônico, DQOT= demanda química de
oxigênio total, DQOS= demanda química de oxigênio solúvel, DBO
5
T= demanda bioquímica de oxigênio total,
DBO
5
S= demanda bioquímica de oxigênio solúvel, OD= oxigênio dissolvido, PT= fósforo total, N. amon.=
nitrogênio amoniacal, NO
3
= nitrato, NO
2
= nitrito e clorof.= clorofila a, ND= não detectável.
LM/Data T.ar T.água Transp. Cond. Turb. SST SSV pH DQOT DQOS DBO
5
T DBO
5
S OD PT N.amon. NO
3
NO
2
Clorof.
SLM2
22/08/05 26,1 20,2 0,17 382 14,33 197,0 190,0 9,42 60,0 32,0 45,8 24,4 7,10 11,4 22,40 0,53 118,12 1344,20
15/09/05 14,1 13,0 0,14 341 8,30 100,0 87,0 8,76 149,0 31,0 104,8 23,0 5,18 9,60 11,00 1,26 114,00 1430,94
27/10/05 20,0 21,1 0,23 304 9,81 33,0 24,0 7,35 70,0 27,8 32,0 21,1 7,00 1,60 6,44 0,90 369,00 1273,61
17/11/05 22,0 23,4 0,28 413 5,53 77,0 10,1 7,90 32,3 30,9 28,1 26,9 2,20 2,81 10,90 0,01 59,25 294,83
08/12/05 24,2 31,3 0,19 550 27,70 132,0 122,0 8,80 136,0 49,0 99,6 41,3 12,00 5,99 10,00 0,52 8,18 336,58
31/01/06 32,2 31,0 0,23 311 27,40 107,0 94,0 9,18 64,0 29,0 33,0 17,5 27,00 5,48 2,59 4,69 34,77 503,54
09/02/06 30,0 25,0 0,18 384 18,52 89,0 88,0 8,52 75,0 25,3 53,3 20,2 8,00 1,89 1,60 1,29 12,37 1181,09
08/03/06 33,0 29,0 0,22 371 20,80 104,0 88,0 8,75 65,0 27,9 61,3 20,2 12,80 3,52 5,00 5,67 N.D. 364,69
05/04/06 28,0 24,0 0,20 473 15,03 59,0 58,0 8,54 38,0 27,4 22,0 14,9 18,20 1,33 0,53 33,99 780,75 449,92
10/05/06 14,8 15,1 0,16 643 22,50 127,5 83,7 7,20 54,0 14,7 11,2 2,7 1,60 3,27 13,99 54,49 118,97 1788,33
08/06/06 25,0 16,9 0,12 739 24,70 126,0 116,0 7,12 122,0 27,9 41,3 22,6 12,80 3,48 36,28 0,07 144,76 2097,28
05/07/06 18,1 16,0 0,13 604 14,36 130,0 76,0 8,25 315,0 28,6 280,0 16,0 10,00 6,89 21,76 ND 6,60 2783,96
média 23,9 22,2 0,2 459,6 17,4 106,8 86,4 7,75 98,3 29,3 67,7 20,9 10,3 4,8 11,9 9,4 160,6 1154,1
desvio
padrão 6,35 6,22 0,05 142,4 7,41 41,67 43,3 0,8 77,8 7,63 72,75 8,92 7,07 3,20 10,49 17,92 230,00 799,15
ANEXO 3
Tabela 51: Matriz de correlação (
r-Pearson, p<0,05, n=36) entre as variáveis físicas, físico-
químicas e químicas da água, além da clorofila
a, na ELM1, SLM1 e SLM2 da
ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Legenda: variáveis físicas, físico-químicas, químicas e biológica: Tempar= temperatura do ar, Tempágua=
temperatura da água, Transp.= transparência da água, Condut.= condutividade elétrica, Turbidez= turbidez,
SST= sólidos suspensos totais, SSV= sólidos suspensos voláteis, pH= potencial hidrogeniônico, DQOT=
demanda química de oxigênio total, DQOS= demanda química de oxigênio solúvel, DBO
5
T= demanda
bioquímica de oxigênio total, DBO
5
S= demanda bioquímica de oxigênio solúvel, OD= oxigênio dissolvido, PT=
fósforo total, N. amon.= nitrogênio amoniacal, NO
3
= nitrato, NO
2
= nitrito e clorofila= clorofila a.
Tempar Tempagua Transp Condut Turbi dez SST SSV pH DQOT DQOS DBO5T DBO5S OD PT Namon NO3 NO2 Clor ofila
Tempar
0 2,82E-06 0,3420 0,2182 0,3189 0,4777 0,2123 0,0024 0,0975 0,7237 0,1886 0,1509 4,28E-05 0,0967 0,0242 0,5716 0,1787 0,8266
Tempagua
0,6929 0 0,0536 0,0168 0,2851 0,3786 0,1549 0,0001 0,0263 0,5778 0,1370 0,3377 0,0003 0,1530 0,0002 0,9131 0,1152 0,9968
Transp
0,1631 0,3243 0 0,0393 0,7089 0,0003 0,0043 0,8694 0,1257 0,3151 0,2125 0,6077 0,3753 0,6636 0,2324 0,2884 0,7345 4,92E-07
Condut
-0,2104 -0,3961 -0,3451 0 0,0416 0,2567 0,6522 0,0957 0,1133 0,6327 0,4182 0,8530 0,1093 0,4961 4,47E-07 0,7230 0,1531 0,6045
Turbidez
0,1709 0,1831 -0,0644 0,3414 0 0,5262 0,4583 0,0946 0,5277 0,8725 0,9642 0,6412 0,0031 0,3540 0,9185 0,4205 0,8924 0,7309
SST
0,1222 0,1512 -0,5640 0,1941 0,1092 0 1,45E-15 0,0802 0,8360 0,2816 0,7924 0,7579 0,9612 0,7393 0,8028 0,4297 0,3637 7,26E-06
SSV
0,2130 0,2421 -0,4642 0,0777 0,1276 0,9219 0 0,0281 0,8560 0,2598 0,8927 0,8789 0,5190 0,6472 0,6058 0,6200 0,3315 9,74E-06
pH
0,4907 0,5919 0,0284 -0,2819 0,2829 0,2955 0,3660 0 0,9896 0,3644 0,7284 0,2981 3,65E-05 0,9968 0,0015 0,9285 0,3061 0,4406
DQOT
-0,2805 -0,3700 -0,2600 0,2686 0,1088 0,0358 -0,0313 -0,0023 0 0,0332 1,51E-17 0,1304 0,5132 0,1512 0,0604 0,2784 0,4515 0,6128
DQOS
0,0610 0,0960 0,1723 0,0824 0,0277 -0,1844 -0,1929 0,1557 0,3558 0 0,1302 8,75E-11 0,9096 0,2033 0,4800 0,2491 0,7989 0,0558
DBO5T
-0,2242 -0,2527 -0,2129 0,1392 -0,0077 0,0454 -0,0233 0,0599 0,9408 0,2571 0 0,2672 0,4990 0,0743 0,1921 0,1617 0,1302 0,6333
DBO5S
0,2444 0,1645 0,0885 -0,0320 -0,0804 -0,0532 -0,0263 0,1783 0,2569 0,8454 0,1899 0 0,9065 0,3080 0,9126 0,0422 0,7038 0,5599
OD
0,6270 0,5705 0,1523 -0,2715 0,4796 -0,0084 0,1111 0,6313 -0,1126 0,0196 -0,1164 0,0203 0 0,2138 0,0025 0,6443 0,6191 0,9987
PT
-0,2812 -0,2431 -0,0750 0,1172 -0,1591 0,0574 0,0789 0,0007 0,2442 0,2171 0,3011 0,1748 -0,2123 0 0,0160 0,0020 0,0351 0,6948
Namon
-0,3750 -0,5773 -0,2041 0,7295 0,0177 0,0431 -0,0890 -0,5096 0,3160 0,1216 0,2225 0,0190 -0,4885 0,3988 0 0,1557 0,4306 0,7225
NO3
0,0975 0,0189 -0,1819 0,0612 0,1385 0,1358 0,0855 -0,0155 -0,1856 -0,1972 -0,2383 -0,3405 0,0796 -0,4980 -0,2416 0 0,2285 0,6362
NO2
0,2292 -0,2672 -0,0586 0,2431 -0,0234 -0,1560 -0,1666 -0,1755 -0,1295 -0,0440 -0,2571 0,0656 0,0857 -0,3523 0,1355 0,2058 0 0,8502
Clorofila
0,0378 -0,0007 -0,7278 0,0893 -0,0594 0,6718 0,6649 0,1326 0,0873 -0,3217 0,0823 -0,1005 -0,0003 -0,0677 -0,0613 0,0816 -0,0326 0
ANEXO 4
Tabela 52: Análise de presença/ausência dosxons da comunidade fitoplanctônica da ELM1,
SLM1 e SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06
Pontos amostrados ELM1 SLM1 SLM2
Táxons
Anabaena solitária
1 1 1
Anabaena sp.
1 1 1
Anabaena wisconsinense
1 0 0
Borzia trilocularis
0 1 1
Chroococcus dispersus
1 1 1
Chroococcus limneticus
1 1 1
Chroococcus turgidus
1 1 1
Gloeocapsa arenaria
1 1 1
Gloeotrichia echinulata
1 1 0
Leptolyngbya faveolarum
1 1 1
Lyngbya ochracea
1 1 1
Merismopedia tenuissima
0 0 1
Microcystis aeruginosa
1 1 1
Microcystis flos-aquae
1 1 1
Oscillatoria chlorina
1 1 1
Oscillatoria geminata
1 1 1
Oscillatoria limosa
1 1 1
Phormidium ambiguum
1 1 1
Phormidium formosum
1 1 1
Phormidium tenue
1 1 1
Planktolyngbya limnetica
1 1 1
Pseudoanabaena constricta
1 1 1
Synechococcus aeruginosus
1 0 1
Synechocystis aquatilis
1 1 1
Synechocystis minuscula
1 1 1
Synechocystis sp.
1 1 1
Amphora pediculus
1 1 1
Cyclotella sp.
1 0 1
Cymbella aequalis
1 1 1
Gomphonema parvulum
1 1 1
Hantzschia amphioxys
0 0 1
Melosira sp.
0 1 0
Melosira varians
0 1 0
Navicula capitata
0 0 1
Navicula cryptocephala
1 1 1
Nitzschia palea
1 1 1
Nitzschia paleaceae
1 1 1
Pinnularia appendiculata
1 0 0
Pinularia divergens
1 0 1
Surirella ovata
1 1 1
Surirella tenera
0 0 1
Euglena acus
1 1 1
Euglena acus var. acus
1 1 1
Euglena acus var. longissima
1 1 0
Euglena agilis
1 1 1
177
Euglena allorguei
1 1 1
Euglena ehrenbergii
1 0 0
Euglena gracilis
1 1 1
Euglena granulata
1 1 0
Euglena limnophila
1 1 1
Euglena minuta
0 1 0
Euglena mutabilis var. mutabilis
0 0 1
Euglena oxyuris var. minor
0 0 1
Euglena pisciformis
1 1 1
Euglena polymorpha
1 1 1
Euglena sp.
1 1 0
Euglena spirogyra
1 1 1
Euglena tripteris
1 1 0
Euglena variabilis
1 0 1
Euglena viridis
1 1 1
Lepocinclis caudata
1 1 1
Lepocinclis fusiformis
1 1 1
Lepocinclis ovum
1 1 1
Lepocinclis playfairiana
1 1 1
Lepocinclis sphanophila
1 0 0
Phacus acuminatus
1 1 1
Phacus caudatus var.minor
1 1 1
Phacus curvicauda
1 1 1
Phacus hamatus
1 1 0
Phacus horridus
1 1 1
Phacus ichthydium
1 1 1
Phacus minusculus
1 1 1
Phacus nordstedtii
1 1 1
Phacus oscillans
0 0 1
Phacus pyrum
1 1 1
Phacus raciborskii
1 0 0
Phacus skujae
1 1 1
Phacus tortus
1 1 1
Phacus trimarginatus
1 1 1
Phacus wettsteinii
1 1 1
Strombomonas borystheniensis
0 1 0
Trachelomonas acanthostoma
1 1 0
Trachelomonas armata
0 1 1
Trachelomonas cylindrica
1 1 1
Trachelomonas hispida
1 1 0
Trachelomonas pulcherrima
1 1 1
Trachelomonas robusta
1 0 0
Trachelomonas sp.
1 0 0
Trachelomonas volvocina
1 0 1
Actinastrum hantzschii
1 0 0
Ankistrodesmus Braunii
1 1 1
Ankistrodesmus fusiformis
0 1 0
Ankistrodesmus libraianus
1 1 1
Chlamydomonas bullata
1 1 1
Chlamydomonas corticata
1 1 1
Chlamydomonas globosa
1 1 1
Chlamydomonas gracilis
1 1 1
Tabela 52 - continuação
178
Chlamydomonas oleosa
1 0 0
Chlamydomonas paraserbinowi
1 1 1
Chlamydomonas parietaria
0 0 1
Chlamydomonas pertusa
1 1 1
Chlamydomonas printzii
1 1 1
Chlamydomonas reinhardtii
1 1 1
Chlamydomonas soosensis
1 1 1
Chlamydomonas sp.
1 1 1
Chlamydomonas subcaudata
1 1 1
Chlorella ellipsoidea
1 1 1
Chlorella miniata
1 1 1
Chlorella vulgaris
1 1 1
Chlorococcum humicola
1 1 1
Chlorococcum sp.
1 1 1
Coelastrum microporum
1 1 0
Cruscigenia quadrata
1 1 1
Desmodesmus intermedius
1 0 0
Desmodesmus protuberans
0 0 1
Eudorina elegans
1 1 1
Franceia ovalis
1 1 1
Golenkinia paucispina
0 0 1
Golenkinia radiata
0 0 1
Haematococcus lacustris
1 1 1
Hydrodictyon reticulatum
0 0 1
Kirchneriella contorta
1 1 1
Kirchneriella lunaris var. dianae
1 1 0
Kirchneriella obesa
1 1 1
Micractinium pusillum
0 1 0
monoraphidium arcuatum
1 1 1
Monoraphidium caribeum
1 1 1
Monoraphidium contortum
1 1 1
Monoraphidium convolutum
1 1 1
Monoraphidium griffithii
1 1 1
Monoraphidium irregulare
1 0 1
Monoraphidium komarkovae
1 1 1
Monoraphidium minutum
1 1 1
Monoraphidium pusillum
1 1 1
Monoraphidium tortile
1 1 1
Oocystis borguei
1 1 1
Oocystis crassa
1 1 1
Oocystis elliptica
1 1 1
Oocystis solitaria
1 1 1
Oocystis sp. b
1 1 1
Oocystis sp. c
1 1 1
Oocystis sp.a
1 1 1
Pandorina morum
1 1 1
Planktosphaera gelatinosa
0 1 0
Polytoma dorsiventrale
0 1 0
Polytoma oligochromatum
0 0 1
Protococcus viridis
0 1 0
Pteromonas angulosa
0 1 1
Pteromonas cordiformis
1 1 1
Tabela 52 - continuação
179
Scenedesmus acuminatus
1 1 1
Scenedesmus acuminatus var. elongatus
1 0 1
Scenedesmus acutus
1 1 1
Scenedesmus arcuatus var. platydisca
0 0 0
Scenedesmus bicaudatus
0 0 1
Scenedesmus dimorphus
1 1 1
Scenedesmus disciformis
0 1 1
Scenedesmus intermedius
1 0 1
Scenedesmus javanensis
1 1 1
Scenedesmus microspina
1 1 1
Scenedesmus nanus
1 1 1
Scenedesmus pectinatus
1 0 0
Scenedesmus quadricauda
1 1 1
Schizochlamys planctonica
0 0 1
Sphaerellopsis gelatinosa
1 1 1
Tetraedron minimun
1 1 1
Tetraedron muticum
1 1 1
Tetrastrum glabrum
0 0 1
Volvox aureus
0 1 1
Volvox globator
0 1 0
Cosmarium contractum
0 0 1
Cosmarium laeve
1 0 1
Cosmarium sp. a
1 0 0
Cosmarium sp. b
1 0 0
Cosmarium sp. c
0 1 1
Tabela 52 - continuação
ANEXO 5
Tabela 53: Abundância total dos táxons da comunidade fitoplanctônica na ELM1, SLM1 e
SLM2 da ETE-UCS, no período de agosto/05 a julho/06.
Divisão/classe/espécie/ ind/mL ELM1 SLM1 SLM2
Divisão Cyanophyta
Classe Cyanophyceae
Anabaena solitária
270 695 500
Anabaena sp.
232 312 333
Anabaena wisconsinense
14 0 0
Borzia trilocularis
0 200 33
Chroococcus dispersus
2335 150 346
Chroococcus limneticus
71 140 206
Chroococcus turgidus
208 89 81
Gloeocapsa arenaria
66 28 42
Gloeotrichia echinulata
887 667 0
Leptolyngbya faveolarum
194 122 189
Lyngbya ochracea
28 417 111
Merismopedia tenuissima
0 0 21
Microcystis aeruginosa
66879 22274 6325
Microcystis flos-aquae
126 111 33
Oscillatoria chlorina
0 251 567
Oscillatoria geminata
347 223 322
Oscillatoria limosa
149 670 1467
Phormidium ambiguum
104 726 1467
Phormidium formosum
667 756 654
Phormidium tenue
19081 24339 2448
Planktolyngbya limnetica
69 367 433
Pseudoanabaena constricta
155 134 222
Synechococcus aeruginosus
24 0 56
Synechocystis aquatilis
63720 75208 138759
Synechocystis minuscula
42042 52609 85106
Synechocystis sp.
329 488 346
Divisão Heterokontophyta
Classe Bacillariophyceae
Amphora pediculus
1507 2152 1704
Cyclotella sp.
15 0 21
Cymbella aequalis
26 14 196
Gomphonema parvulum
473 375 228
Hantzschia amphioxys
0 0 83
Melosira sp.
0 144 0
Melosira varians
0 83 0
Navicula capitata
0 0 21
Navicula cryptocephala
100 47 206
Nitzschia palea
291 12 76
Nitzschia paleaceae
28 51 123
Pinnularia appendiculata
14 0 0
Pinularia divergens
15 0 28
Surirella ovata
3195 7900 7253
Surirella tenera
0 0 63
Divisão Euglenophyta
Classe Euglenophyceae
Euglena acus
10 47 30
Euglena acus var. acus
144 145 78
Euglena acus var. longissima
251 483 0
Euglena agilis
811 793 1411
Euglena allorguei
10 65 21
Euglena ehrenbergii
28 0 0
Euglena gracilis
1071 771 1083
Euglena granulata
108 26 0
Euglena limnophila
510 327 310
Euglena minuta
0 39 0
Euglena mutabilis var. mutabilis
0 0 67
Euglena oxyuris var. minor
0 0 56
Euglena pisciformis
401 14 111
Euglena polymorpha
1022 273 575
Euglena sp.
125 20 0
Euglena spirogyra
10 33 33
Euglena tripteris
12 61 0
Euglena variabilis
83 0 56
181
Euglena viridis
49 59 69
Lepocinclis caudata
208 33 60
Lepocinclis fusiformis
3556 895 222
Lepocinclis ovum
2013 1221 538
Lepocinclis playfairiana
1191 475 111
Lepocinclis sphanophila
83 0 0
Phacus acuminatus
156 246 63
Phacus caudatus var.minor
178 967 1017
Phacus curvicauda
31 51 96
Phacus hamatus
21 32 0
Phacus horridus
274 28 76
Phacus ichthydium
125 64 48
Phacus minusculus
289 101 1056
Phacus nordstedtii
302 464 817
Phacus oscillans
0 0 114
Phacus pyrum
14 406 196
Phacus raciborskii
12 0 0
Phacus skujae
147 307 468
Phacus tortus
125 67 278
Phacus trimarginatus
439 201 260
Phacus wettsteinii
505 58 30
Strombomonas borystheniensis
0 6 0
Trachelomonas acanthostoma
74 123 0
Trachelomonas armata
0 83 21
Trachelomonas cylindrica
243 69 21
Trachelomonas hispida
28 6 0
Trachelomonas pulcherrima
376 437 525
Trachelomonas robusta
167 0 0
Trachelomonas sp.
26 0 0
Trachelomonas volvocina
26 0 21
Divisão Chorophyta
Classe Chlorophyceae
Actinastrum hantzschii
28 0 0
Ankistrodesmus Braunii
1521 6364 15375
Ankistrodesmus fusiformis
0 83 0
Ankistrodesmus libraianus
470 1250 778
Chlamydomonas bullata
4292 8028 2759
Chlamydomonas corticata
32159 60785 13031
Chlamydomonas globosa
53554 76955 49462
Chlamydomonas gracilis
24897 5106 67358
Chlamydomonas oleosa
28 0 0
Chlamydomonas paraserbinowi
278 61 33
Chlamydomonas parietaria
0 0 67
Chlamydomonas pertusa
12457 46703 1556
Chlamydomonas printzii
18659 143918 5007
Chlamydomonas reinhardtii
8218 69354 508
Chlamydomonas soosensis
265 183 129
Chlamydomonas sp.
5835 55393 96
Chlamydomonas subcaudata
3743 3835 17916
Chlorella ellipsoidea
75757 69217 69064
Chlorella miniata
71778 88369 91461
Chlorella vulgaris
42676 23688 5391
Chlorococcum humicola
25009 20173 93639
Chlorococcum sp.
24120 26973 77970
Coelastrum microporum
111 131 0
Cruscigenia quadrata
189 304 437
Desmodesmus intermedius
28 0 0
Desmodesmus protuberans
0 0 83
Eudorina elegans
15 248 111
Franceia ovalis
109 67 367
Golenkinia paucispina
0 0 278
Golenkinia radiata
0 0 56
Haematococcus lacustris
250 250 591
Hydrodictyon reticulatum
0 0 42
Kirchneriella contorta
733 2763 278
Kirchneriella lunaris var. dianae
222 367 0
Kirchneriella obesa
375 2440 597
Micractinium pusillum
0 111 0
Monoraphidium arcuatum
1826 2060 5001
Monoraphidium caribeum
2086 3561 8290
Monoraphidium contortum
188 335 825
Monoraphidium convolutum
61372 71330 69591
Monoraphidium griffithii
66 146 176
Tabela 53 - continuação
182
Monoraphidium irregulare
652 0 525
Monoraphidium komarkovae
287 397 301
Monoraphidium minutum
986 2050 6684
Monoraphidium pusillum
15 117 63
Monoraphidium tortile
126 180 265
Oocystis borguei
306 370 89
Oocystis crassa
40 52 210
Oocystis elliptica
83 120 104
Oocystis solitaria
24 13 60
Oocystis sp. b
931 665 492
Oocystis sp. c
1057 711 1839
Oocystis sp.a
28 51 42
Pandorina morum
137 236 157
Planktosphaera gelatinosa
0 13 0
Polytoma dorsiventrale
0 194 0
Polytoma oligochromatum
0 0 54
Protococcus viridis
0 111 0
Pteromonas angulosa
0 6 7208
Pteromonas cordiformis
42167 55250 5875
Scenedesmus acuminatus
1050 793 687
Scenedesmus acuminatus var. elongatus
250 0 83
Scenedesmus acutus
153 767 490
Scenedesmus bicaudatus
0 0 30
Scenedesmus dimorphus
485 345 706
Scenedesmus disciformis
0 556 21
Scenedesmus intermedius
139 0 33
Scenedesmus javanensis
306 144 28
Scenedesmus microspina
139 111 90
Scenedesmus nanus
15 144 313
Scenedesmus pectinatus
49 0 0
Scenedesmus quadricauda
1297 720 1111
Schizochlamys planctonica
0 0 33
Sphaerellopsis gelatinosa
451 178 618
Tetraedron minimun
988 945 485
Tetraedron muticum
500 167 4194
Tetrastrum glabrum
0 0 58
Volvox aureus
0 194 33
Volvox globator
0 13 0
Classe Zignematophyceae
Cosmarium contratum
0 0 96
Cosmarium laeve
125 0 28
Cosmarium sp. a
125 0 0
Cosmarium sp. b
333 0 0
Cosmarium sp. c
0 46 667
Tabela 53 - continuação
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