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UFRRJ
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS
VETERINÁRIAS
DISSERTAÇÃO
Fatores de Risco Associados à Interrupção
No Treinamento de Eqüinos de Corrida da
Raça Puro Sangue Inglês
Melissa Silva Leme Dalarme
2007
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ii
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À INTERRUPÇÃO
NO TREINAMENTO DE EQÜINOS DE CORRIDA DA
RAÇA PURO SANGUE INGLÊS
MELISSA SILVA LEME DALARME
Sob a Orientação do Professor
Fernando Queiroz de Almeida
Dissertação submetida como
requisito parcial para a obtenção
do grau de Mestre em Ciências no
Curso de Pós-Graduação em
Ciências Veterinárias, Área de
Concentração em Sanidade
Animal.
Seropédica - RJ
Fevereiro de 2007
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iii
636.10896
D136f
T
Dalarme, Melissa Silva Leme, 1974-
Fatores d
e risco associados à
interrupção no treinamento de eqüinos de
corrida da raça puro sangue inglês /
Melissa Silva Leme Dalarme. 2007
37 f. : il.
Orientador: F
ernando Queiroz de
Almeida.
Dissertação (mestrado)
Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro,
Instituto de Veterinária.
Bibliografia: f. 22-25.
1. Cavalo de corrida Doenças -
Teses. 2. Medicina interna veterinária -
Teses. I.
1959. II.
Rio de Janeiro. Instituto de Veterinária
.
III. Título.
iv
v
DEDICATÓRIA
À Deus, pela vida, pela alma e pela paz.
Aos meus pais, José Aparecido Dalarme e Rosaly Apparecida Leme Dalarme, por
acreditarem em mim, pelas lições de vida e pelo amor.
Ao meu marido Marcello Schimidt Cardoso, pelo amor e incentivo permanente.
Aos meus irmãos, Roberta Silva Leme Dalarme, Mirela Silva Leme Dalarme e José
Aparecido Dalarme Filho, pelo crédito e amor incondicional.
Ao professor e amigo Fernando Queiroz de Almeida, pelo aprendizado profissional e
pessoal, pela atenção e ajuda constante.
A todos os professores ao longo da vida, pelos ensinamentos.
Em especial, aos cavalos, por fazerem parte da minha vida.
vi
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, através do Curso de Pós-Graduação
em Ciências Veterinárias, por ter me acolhido e possibilitado a realização do Curso de
Mestrado.
Ao CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, pela
bolsa de estudos durante o início do desenvolvimento deste projeto.
À FAPERJ Fundação de Apoio a Pesquisa de Estado do Rio de Janeiro, através da
Bolsa de Mestrado Nota 10, pela bolsa de estudos durante o término deste projeto.
Meus sinceros agradecimentos ao Professor Fernando Queiroz de Almeida, pela
amizade, orientação, incentivo e assistência durante a execução deste trabalho.
À equipe de profissionais do Stud TNT, que colaboraram durante o período em que
os dados deste estudo foram gerados, pela confiança, apoio e amizade durante todo o
percurso do trabalho.
Aos colegas do Grupo de Pesquisa em Produção e Saúde dos Eqüinos – CNPq, Tiago
Marques do Santos, Almira Biazon França e Liziana Maria Rodrigues, pelo auxílio da
preparação das planilhas e nas análises dos resultados.
A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a execução deste
trabalho na UFRRJ.
vii
BIOGRAFIA
MELISSA SILVA LEME DALARME, filha de José Aparecido Dalarme e Rosaly
Aparecida Leme Dalarme, nascida em dezessete de abril de 1974, na cidade de Bragança
Paulista, interior do estado de São Paulo.
Ingressou no curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria,
Rio Grande do Sul, em junho de 1994. Durante a graduação estagiou em Clínica Médica e
Cirúrgica de Eqüinos no Hospital de Grandes Animais da USP, no Jockey Club de São
Paulo e, em Reprodução e Neonatologia de Eqüinos no Posto de Fomento Agropecuário
Luiz Oliveira de Barros – JCSP, entre outros estágios, diplomando-se em janeiro de 2000.
Foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq, na área de Assistência Veterinária ao
Meio Rural e participou de Congressos e Simpósios, publicando diversos trabalhos sobre
Clínica Médica e Cirúrgica de Eqüinos.
No ano de 2001, concluiu a Especialização em Medicina Eqüina através do programa
de Residência do Jockey Club de São Paulo.
Trabalhou, desde a especialização, como Médica Veterinária (Clínica e Cirurgia) e
Gerente Geral de Centros de Treinamento de Eqüinos Puro Sangue Inglês de Corrida no Rio
de Janeiro. Somou neste período 337 vitórias em Hipódromos Nacionais, 52 vitórias em
clássicos dos quais foram 8 Provas de Grupo I, 8 Provas de Grupo II, 6 Provas de Grupo III
e 2 vitórias em Hipódromos Internacionais.
Em abril de 2004, recebeu a Placa de Prata da Câmara Municipal de Bragança
Paulista, em reconhecimento à divulgação do município junto ao Turfe Nacional e
Internacional.
Em maio de 2004, ingressou no Curso de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, na área de Concentração em Sanidade
Animal, sendo agraciada inicialmente com bolsa do CNPq Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e ao término do curso, com Bolsa Nota 10 de
Mestrado oferecida pela FAPERJ Fundação de Apoio a Pesquisa de Estado do Rio de
Janeiro.
viii
RESUMO
DALARME, Melissa Silva Leme. Fatores de risco associados à interrupção no
treinamento de eqüinos de corrida da raça Puro Sangue Inglês. 2007. 37p. Dissertação
(Mestrado em Ciências Veterinárias). Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2007.
O estudo retrospectivo foi realizado com o objetivo de identificar fatores de risco e a
incidência de interrupção no treinamento de eqüinos de corrida da raça Puro Sangue Inglês.
Foram avaliados 215 eqüinos no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2003, no Rio de
Janeiro. Todos os eqüinos foram expostos às mesmas condições de manejo, alimentação e
treinamento atlético. A avaliação veterinária dos eqüinos foi realizada diariamente e as
anotações clínicas, monitoramento do treinamento, além da campanha dos eqüinos, foram
registradas individualmente sendo posteriormente incluídas no software de gerenciamento
veterinário. Os exames complementares utilizados foram o diagnóstico por imagem, análise
clínica laboratorial e, quando necessário, o exame microbiológico. As causas clínicas ou por
intervenção veterinária de interrupção no treinamento dos eqüinos foram categorizadas Os
dados relativos às causas das interrupções no treinamento dos cavalos foram submetidos
inicialmente à análise estatística descritiva. As variáveis independentes foram avaliadas
individualmente em relação à associação com interrupções no treinamento usando tabelas de
contingência e o teste do Qui-Quadrado. Foram observados 351 casos de falhas no
treinamento, 54% devido às claudicações, 16,5% devido às hemoparasitoses, 11,1% devido
às alterações respiratórias e 17,7% devido a outras causas. A ocorrência nas fêmeas foi
sempre inferior à dos machos. A incidência de claudicações entre os eqüinos aumentou com
o início do treinamento mais intenso e, a incidência de alterações respiratórias não excedeu
18% e foi maior no grupo de dois anos de idade. Pode-se concluir que as claudicações são as
mais importantes das causas de interrupção no treinamento de eqüinos de corrida da raça
Puro Sangue Inglês e sua incidência com idade é diretamente proporcional ao aumento da
intensidade de treinamento.
Palavras chaves: Cavalos, epidemiologia, medicina eqüina.
ix
ABSTRACT
DALARME, Melissa Silva Leme. Risk factors associated with training failure among
Thoroughbred racehorses. 2007. 37p. Dissertation (Master of Science in Veterinary
Science) Veterinary Institute, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Seropédica, RJ,
2007.
A retrospective study was carried out with the objective to identify risk factors and the
incidence of training failure among Thoroughbred racehorses. Two hundred fifteen
Thoroughbreds had been evaluated, in the period of January 2001 to December 2003, at Rio
de Janeiro-RJ. All the horses had been displayed to the same conditions of handling, feeding
and athletical training. The veterinary evaluation of the horses was carried through daily and
the clinical notations, protocol training beyond the campaign of the horses, had been
registered individually being later enclosed in the management veterinarian software. The
complementary examinations had been image diagnosis, laboratorial clinical analysis and,
when necessary, the microbiological examination. The clinical causes or for veterinary
intervention of interruption in the training of the equines had been categorized the relative
data to the causes of interruptions of horses training had been submitted initially to the
descriptive analysis. The independent variables had been evaluated individually in relation
to the association with interruptions of training using contingency tables and Chi-Square
test. A total of 351 cases of training failure was recorded, 54,7% due lameness, 11,1% due to
respiratory infections, 16,5% due to hemoparasitosis and 17,7% due to other causes. The
rate for fillies was always lower than for colts. Incidence of lameness among horses
increased to the beginning of more intensive training. The incidence of respiratory infections
never exceeded 18% and was higher in the group of 2-years-old. It can be concluded that the
lameness was the most important of the causes of training failure among Thoroughbred
racehorses and its incidence with age is directly proportional to the increase of the training
intensity.
Key words: horses, epidemiology, equine medicine.
x
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. Freqüência de afecções em eqüinos PSI em treinamento, durante o período de
janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos em
Petrópolis/ RJ...................................................................................................... 11
Tabela 2
. Freqüência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, durante o
período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de
Eqüinos em Petrópolis/ RJ.................................................................................. 12
Tabela 3. Ocorrência anual das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento,
durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de
Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ...................................................... 13
Tabela 4. Ocorrência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, em função
do sexo, durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de
Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ..................................... 14
Tabela 5. Ocorrência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, em função
do ano hípico, durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro
de Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ................................ 14
Tabela 6. Classificação e número de páreos corridos com eqüinos PSI em treinamento,
durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de
Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ..................................................... 16
Tabela 7. Ocorrência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, em função
do tipo de páreo, durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no
Centro de Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/
RJ...................................................................................................................... 16
Tabela 8. Valores médios da idade dos eqüinos e da duração das principais afecções em
eqüinos PSI em treinamento, durante o período de janeiro 2001 a dezembro
2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/
RJ........................................................................................................................ 18
Tabela 9. Valores médios do tempo de treinamento anterior à afecção e do intervalo da
ocorrência ao páreo em eqüinos PSI, durante o período de janeiro 2001 a
dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ....... 19
Tabela 10
. Prevalência anual das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento,
durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de
Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ..................................................... 19
xi
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Freqüência de afecções em eqüinos PSI em treinamento, durante o período
de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos
em Petrópolis/ RJ.........................................................................................
12
Figura 2. Ocorrência das principais afecções em eqüinos PSI em função do tipo de
páreo............................................................................................................. 17
Figura 3. Valores médios da idade dos eqüinos com relação à ocorrência das
principais afecções em eqüinos PSI............................................................. 18
Figura 4. Prevalência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento...........
20
xii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................
1
2. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................... 2
2.1 Afecções Músculo Esqueléticas em Eqüinos Puro Sangue Inglês..........................
2
2.2 Hemoparasitoses em Eqüinos Atletas......................................................................
4
2.3 Afecções do Sistema Respiratório em Eqüinos Puro Sangue Inglês ......................
6
3. MATERIAL E MÉTODOS....................................................................................
9
3.1 Local.......................................................................................................................
9
3.2 Animais...................................................................................................................
9
3.3 Avaliação Veterinária dos Eqüinos.....................................................................
9
3.4 Análises dos dados.................................................................................................
10
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................
11
5. CONCLUSÕES........................................................................................................
21
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................
22
7. ANEXOS...................................................................................................................
26
1
1 INTRODUÇÃO
A criação brasileira de eqüinos Puro Sangue Inglês alcançou um elevado grau de
desenvolvimento comprovado pelo desempenho dos cavalos brasileiros no exterior. O plantel
nacional é de aproximadamente quatro mil e quinhentas éguas e 350 reprodutores, além disso,
reprodutores estrangeiros de alta qualidade fazem temporadas de coberturas no Brasil. O
número de haras supera 400 unidades, distribuídos no estado do Rio Grande do Sul, em Bagé,
Uruguaiana e Porto Alegre, no estado de São Paulo, em Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto,
e no estado do Paraná, em Curitiba. A produção nacional é superior a três mil e duzentos
potros por ano e a atividade de criação gera 13 mil empregos diretos e 15 mil empregos
indiretos. No Brasil ocorrem mais de 4.900 corridas ao ano nas quais R$ 33,6 milhões são
distribuídos em prêmios e a receita anual de apostas é aproximadamente R$ 330 milhões
(ABCPCC, 2006).
Para difusão e gerenciamento da raça Puro Sangue Inglês no Brasil, foi fundada em
1965, a Associação Brasileira de Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida e, os
principais hipódromos brasileiros são: Jockey Club de São Paulo - Hipódromo Cidade Jardim,
fundado em 1875, com 5500 associados, tem corridas aos sábados, domingos e segundas-
feiras, sua prova principal é corrida no primeiro domingo de maio; Jockey Club Brasileiro -
Hipódromo Gávea, fundado em 1926, com 5794 associados, tem corridas as sextas, sábados,
domingos e segundas-feiras, sua prova principal é corrida no primeiro domingo de agosto;
Jockey Club do Paraná - Hipódromo Tarumã, fundado em 1955, com 3200 associados, tem
corridas às sextas-feiras, sua prova principal é corrida em julho; Jockey Club do Rio Grande
do Sul - Hipódromo Cristal, fundado em 1907, com 4000 associados, tem corridas as quintas-
feiras (ABCPCC, 2006).
As corridas de eqüinos da raça Puro Sangue Inglês tem uma história de mais de
duzentos anos e, a ocorrência de doenças nesta raça de eqüinos tem sido estudada por vários
pesquisadores (LINDNER; DINGERKUS, 1993; KANE et al., 1996; MARTIN et al., 1996;
BAILEY et al., 1997; COHEN et al., 1997; MORLEY & TOWSEND, 1997; BAILEY et al.,
1998; ESTBERG et al., 1998a; REBDO et al., 1998; AXELSSON et al., 2001). Entretanto,
poucos estudos disponíveis específicos sobre a influência da idade, sexo e intensidade de
treinamento na ocorrência de doenças entre eqüinos Puro Sangue Inglês durante a fase de
treinamento. A interrupção no treinamento de eqüinos Puro Sangue Inglês é desfavorável para
a manutenção esportiva adequada, gerando prejuízos para a campanha atlética e desempenho
destes animais.
um custo direto da perda de um eqüino e um custo indireto como o resultado do
tempo perdido em repouso, assim como despesas médicas e de reabilitação. Estudos que
ajudem na identificação dos fatores de risco que predispõem eqüinos às injúrias irão auxiliar
no provimento de informações que podem ser usadas para reduzir a ocorrência de interrupção
no treinamento.
A ocorrência de interrupção no treinamento de eqüinos de corrida é de caráter
multifatorial, com destaque para os fatores: idade, sexo, intensidade de treinamento, e
intervalo entre treinamento intenso e/ou corrida alternado com treinamento de manutenção.
Frente à importância econômica e principalmente no bem-estar animal, dados comparativos
são necessários para definir os problemas de saúde dos eqüinos envolvidos neste esporte e,
para avaliar a efetividade de medidas preventivas, as quais podem ser introduzidas visando
reduzir a perda/prejuízo entre os eqüinos.
Este trabalho teve como objetivo estabelecer, através de estudo retrospectivo, os
fatores de risco e a ocorrência de interrupção no treinamento de eqüinos Puro Sangue Inglês,
enfocando a rotina de treinamento atlético e o bem-estar dos eqüinos.
2
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Afecções Músculo-Esqueléticas em Eqüinos Puro Sangue Inglês
Muitos estudos foram realizados sobre os fatores de risco e a ocorrência de injúrias
músculo-esqueléticas graves em eqüinos de corrida da raça Puro Sangue Inglês. Entende-se
por injúrias músculo-esqueléticas graves quando envolvem trauma ósseo ou a tecidos moles,
tendões e ligamentos, dos membros locomotores que exigem a eutanásia do eqüino. Estas
injúrias ocorrem de forma repentina e dramática, geralmente assistida por vários espectadores.
Todos os estudos conduzidos indicam que muitos fatores predispõem os eqüinos a
desenvolver injúrias músculo-esqueléticas graves, e estas não são apenas traumáticas ou
patológicas. Mohammed et al. (1992) observaram associação significativa entre o tipo de raia,
com variação entre hipódromos, e o risco de injúria grave concluindo que a superfície da raia
também é um fator de risco para injúria grave, sendo maior em areia encharcada quando
comparado à areia normal e que a grama firme oferece menor risco quando comparado a areia
normal.
Estberg et al. (1996a) observaram que os eqüinos Puro Sangue Inglês de corrida que
acumulam maiores distâncias de exercício intenso assim como os que os fazem em menor
período de tempo estão mais expostos a injúrias músculo-esqueléticas graves. Estberg et al.
(1996b) utilizaram a análise de regressão logística na investigação de injúria músculo-
esquelética grave, enfocando os efeitos da idade, sexo e distância do páreo e observaram que
os machos foram reportados por estarem em maior risco que as fêmeas, assim como animais
com quatro anos de idade em comparação com três anos de idade. A distância do percurso
(maior versus menor) não representou diferença significativa como fator de risco.
Estberg et al. (1998a) relataram que a relação média de acúmulo de distância
(RMAD), isto é, a distância total do exercício acumulado dividido pelo número de dias entre o
primeiro e o último evento, é diretamente proporcional ao risco de injúrias músculo-
esqueléticas tanto em treinamento como em corridas e, ainda relacionam o alto RMAD com a
necessidade de repouso depois da corrida.
Mohammed et al. (1992) observaram que o risco de injúria grave decresce com a
idade. Estberg et al. (1995) afirmaram que quanto mais curto o intervalo de acúmulo de
distância, isto é, quanto maior a distância total do exercício em menor intervalo de tempo
(dias) maior será o risco de injúria músculo-esquelética em eqüinos de corrida Puro Sangue
Inglês, tanto em treinamento como em campanha. Estberg et al. (1998b) reafirmaram que os
eqüinos machos estão sob maior risco de injúrias músculo-esqueléticas graves quando
comparados com fêmeas e que eqüinos entre 2 a 5 anos de idade que correm páreos de
“claiming” estão sob maior risco que estreantes.
Peloso et al. (1994) relataram que intervalo de três a quatro semanas entre corridas é
recomendável na redução de ocorrência de injúrias músculo-esqueléticas graves por diluir a
demanda física do eqüino enquanto Kane et al. (1996) observaram que evitando-se o uso de
ferraduras com agarradeiras decresce a ocorrência de injúrias músculo-esqueléticas graves em
eqüinos da raça Puro Sangue Inglês.
As injúrias músculo-esqueléticas não graves, quando não exigem eutanásia, têm sido
identificadas como a maior causa de perda de dias e semanas de treinamento dos eqüinos de
corrida da raça Puro Sangue Inglês (LINDNER; DINGERKUS, 1993; BAILEY et al., 1998).
Em eqüinos com idade de dois a três anos, a reação dolorosa na tíbia e problemas no boleto
são identificados como as afecções músculo-esqueléticas mais comuns, afetando 42 e 25%,
dos animais respectivamente (BAILEY et al., 1998).
Fatores de risco para injúrias músculo-esqueléticas relacionados ao eqüino são: injúria
prévia (HILL et al., 1986; COHEN et al., 1997), idade (MOHAMMED et al., 1992), sexo
3
(ESTBERG et al., 1996b) e conformação (AXELSSON et al., 2001). Os fatores de risco para
injúrias músculo-esqueléticas relacionados à raia incluem o tipo de superfície da raia (HILL et
al., 1986; MOHAMMED et al., 1992), a geometria da raia (HILL et al., 1986; PELOSO et al.,
1994), e a condição da superfície da raia (BAILEY et al., 1998).
Martin et al. (1996) ao avaliar o desempenho de eqüinos da raça Puro Sangue Inglês,
afirmaram que o parâmetro mais significativo é a distância percorrida e que há diferenças
significativas no desempenho também em função da geometria da raia, tipo de superfície e
condição da superfície da raia. Cogger et al. (2006) identificaram as injúrias músculo-
esqueléticas como um problema comum entre eqüinos de corrida da raça Puro Sangue Inglês
com dois anos de idade.
Nas análises de Cogger et al. (2006) evidenciou-se um aumento no risco de injúria
músculo-esquelética com o aumento da distância treinada em uma velocidade maior que
800m/min e também com o aumento da freqüência de treinamento. A relação entre estas
variáveis de treinamento não foram alteradas por idade, sexo ou afecção prévia sugerindo que
outras variáveis não inclusas nesta análise possam funcionar como fatores de risco para
injúrias músculo-esqueléticas.
Ross e Kaneene (1996) afirmaram que podem ser considerados fatores de risco todas
as atividades de manejo com os eqüinos, como a qualidade da assistência veterinária,
habilidade do ferrador, destreza do redeador, envolvimento do cavalariço, tipo de piso das
cocheiras e atenção do treinador ao exercício diário. Rebdo et al. (1998) observaram que
eqüinos da raça Puro Sangue Inglês podem apresentar distúrbios comportamentais em função
de manejo, por exemplo, pelo tempo de confinamento em cocheira e por escassa socialização
com outros eqüinos.
A inspeção física prévia pode ser usada para reduzir o risco de injúrias a eqüinos Puro
Sangue Inglês durante corrida e treinamento é o que constataram Cohen et al. (1997), com
base na inspeção física prévia às corridas realizadas por veterinários reguladores, que
identificam os eqüinos que possuem um risco maior de injúria. Esta observação também se
aplica ao treinamento de eqüinos. Bailey et al. (1998) também sugeriram um controle mais
rigoroso na inspeção prévia ao páreo realizado pelos veterinários reguladores, principalmente
em eqüinos mais velhos, tendo em vista a associação significativa que encontraram no seu
estudo como fator de risco para injúria músculo-esquelética.
Harkins et al. (1992) observaram que muitos fatores de desenvolvimento podem afetar
a atitude do eqüino com respeito à competição e ao treinamento atlético, incluindo a interação
do potro com a égua, socialização com outros potros em pastagens, inquietação associada ao
treinamento, manejo dos cavalariços e treinadores e taxa de sucesso ou falha em corridas
anteriores. Axelsson et al. (2001) observaram que os fatores de risco como idade,
conformação, e local de criação/ nascimento são significativamente associados com achados
radiográficos de doença articular degenerativa na articulação tarsal. À medida que a idade
aumenta e quanto menor o ângulo tarsal, aumento significativo de prevalência de achados
radiográficos de doença articular degenerativa na articulação tarsal.
Lindner e Dingerkus (1993) observaram que das falhas de treinamento verificadas,
57% foi devido à claudicação, 12% infecção (hipertermia, tosse e descarga nasal) e 31%
devido a outras causas (miopatia, síndrome cólica, procedimento cirúrgico, ferimento ou
traumatismo externo) e, que a ocorrência de claudicação aumentou depois de março em
eqüinos de três anos de idade. Verificaram também um marcado aumento na ocorrência de
claudicação a partir de março, nas demais idades, período que marca o início da temporada de
corridas na Alemanha e conseqüentemente um treinamento mais intensivo. Esta pode ser uma
indicação de que o aumento da intensidade do treinamento é demasiadamente rápido para a
saúde do eqüino.
4
Lindner e Dingerkus (1993) citaram que as taxas de ocorrência de claudicação entre
eqüinos mais velhos que três anos de idade foi maior que as taxas de ocorrência de outras
causas. Infecções aparentemente não provocaram falha no treinamento com freqüência entre
eqüinos mais velhos que três anos de idade.
Dos fatores de risco citados por Mohammed et al. (1992), apenas a idade foi
significativo pois eqüinos acima de quatro anos de idade foram 1,8 vezes mais expostos a
sofrer injúria do que aos quatro anos de idade ou menos. No entanto, Lindner e Dingerkus
(1993) observaram que o grupo de eqüinos mais afetados por interrupções no treinamento foi
o de dois anos (ano hípico) quando comparado com os demais grupos de maior idade,
indicando que eqüinos de dois anos de idade ainda não estão capacitados para o exercício
exigido em regimes de treinamento intenso.
Dentre fatores de risco estão inclusos o nível de exercício físico, distância, distância
total do exercício acumulado, idade, sexo, peso do animal no dia do páreo, tipo de raia,
condição de raia, baliza de alinhamento na raia e afecção pré-existente. Bailey et al. (1997)
observaram que a idade, mudança na distância ou na qualificação de corridas anteriores são
fatores de risco significativos para injúrias músculo-esqueléticas em eqüinos Puro Sangue
Inglês.
2.2 Hemoparasitoses em Eqüinos Atletas
A babesiose eqüina, também conhecida como febre biliar, nutaliose ou piroplasmose
eqüina é uma enfermidade febril que acomete cavalos, asnos e seus bridos. É transmitida
por carrapatos, podendo as zebras em determinados países tropicais comportar-se como
reservatórios da enfermidade (KUTTLER, 1988; DE WAAL, 1992).
Em estudos experimentais, o ácaro Boophilus microplus vem sendo responsabilizado
como vetor (CUNHA et al, 1996), assim como o Anocentor nitens e o Amblyomma
cajennense (FORTES, 1997). Kerber et al. (1999), demonstraram que o protozoário Babesia
equi é capaz de desenvolver seu ciclo no Boophilus microplus com transmissão transestadial
e, embora o Boophilus microplus infeste principalmente bovinos, também pode ser
encontrado nos eqüinos criados juntamente com bovinos (STILLER; COAN, 1995).
Segundo Ribeiro & Lima (1989), ambas espécies de Babesia (equi e caballi), são
endêmicas no Brasil, devido a alta infestação de carrapatos nos cavalos, chegando em
algumas regiões a 100%. Diversos autores encontraram anticorpos específicos para Babesia
equi e Babesia caballi na região Sudeste (PFEIFER BARBOSA et al., 1992 e 1995);
(BITTENCOURT et al., 1997); (HEUCHERT et al., 1999); (BOTTEON, 2003); (COSTA
PEREIRA et al., 2004), na região Centro-Oeste (LINHARES, 1994) e na região Sul
(KERBER et al., 1999).
Estas regiões congregam os maiores centros de criação de eqüídeos atletas, com
destaque para os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Em todas
elas, os ácaros Anocentor nitens, Amblyomma cajennense e Boophilus microplus, ocorrem
parasitando principalmente eqüinos e bovinos. Cunha et al. (1996), avaliando criações de
eqüinos PSI, no Rio Grande do Sul, verificaram a freqüência de 57,9% de animais
soropositivos para Babesia equi utilizando o teste de Imunofluorescência Indireta, sugerindo
que os criatórios estudados são endêmicos a Babesia equi.
No Brasil, a babesiose eqüina é considerada freqüente, sendo a maioria dos casos,
quase sempre causada por Babesia equi (LINHARES, 1994; PFEIFER BARBOSA et al.,
1995; BITTENCOURT et al., 1997). A Babesia caballi parece ser, segundo estes autores,
uma espécie de baixa parasitemia e prevalência tão alta quanto para Babesia equi no
continente americano, principalmente, na América do Sul, sendo freqüente nos continentes
Europeu e Asiático. Segundo Heuchert et al. (1999), a titulação de anticorpos nos potros
5
persiste de 1 a 5 meses para Babesia equi e de 1 a 4 meses para Babesia caballi. No Brasil, a
grande maioria dos animais convive com o parasito desde os primeiros dias de vida.
A infecção por Babesia spp. em eqüinos ocorre de três formas clínicas bem
características: a hiperaguda, a aguda e a crônica. A babesiose hiperaguda e a aguda tornam-
se de baixa ocorrência em regiões endêmicas, devido ao fato do animal apresentar imunidade
passiva e ativa (HAILAT et al., 1997). A doença caracteriza-se em sua forma aguda, pelo
surgimento de febre, às vezes de natureza intermitente, anemia, icterícia, hepato e
esplenomegalia. Bilirrubinúria e hemoglobinúria podem estar presentes na fase final da
doença (DE WAAL, 1992). A maioria dos animais desenvolve a forma crônica, nesta fase o
animal se torna portador assintomático (KNOWLES, 1996).
O estado portador é definido pela presença dos parasitos nos órgãos linfóides como o
baço, e os animais apresentam baixa taxa de anticorpos específicos, enquanto os parasitas
apresentam-se em latência. Durante o estado latente, ocorre um equilíbrio entre a resposta
imunológica do animal e o parasita. Em situações de estresse ou terapêutica que tenha efeito
imunodepressor, os parasitas se multiplicam, podendo apresentar reagudizações (SOULÉ,
1995). Esta condição provoca prejuízos diretos, representados principalmente pela queda de
performance dos animais, moderada inapetência e perda de peso (DE WAAL, 1992;
PEREIRA, 1999; BOTTEON et al., 2005).
evidências de que estas reagudizações ocorrem principalmente com animais
mantidos sob regime de confinamento, raramente atingindo animais criados à campo
(HEUCHERT et al., 1999; BOTTEON et al., 2002). A baixa infestação por carrapatos
observada em cavalos confinados impede a manutenção de taxas de anticorpos suficientes
para promover proteção adequada destes animais (RISTIC, 1985).
Evidências de anemia hemolítica estão presentes na maioria dos quadros clínicos de
babesiose relatados (ALLEN et al., 1975; DE WAAL & POTGIETER, 1987; CUNHA et al.,
1998). Mialgias e edema de extremidades, citados por De Waal (1992) como sintomas
associados a casos agudos de babesiose, também foram registrados no estudo de Botteon et al.
(2005).
A população mundial de cavalos é estimada em 120 milhões de cabeças, sendo que
90% dos animais são criados em áreas endêmicas para babesioses (SCHEIN, 1988). Somente
10% da população mundial de eqüinos habita áreas livres da doença e entre estes países estão
o Japão, Canadá, EUA e Austrália, que possuem uma indústria eqüina desenvolvida. Por outro
lado, os animais que participam de esportes hípicos em nível internacional, devem ser
mantidos com títulos baixos ou isentos da infecção, sob pena de estarem impedidos de
transitar em países com barreiras sanitárias mais graves contra a babesiose (FRIEDHOFF,
1982). Países como Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália não permitem a entrada de
animais positivos para babesiose, conforme as normas do United States Departament of
Agriculture (USDA), internacionalmente reconhecidas. Esses países estão livres do agente
etiológico, mas não dos agentes transmissores, portanto, animais positivos poderão levar a
doença para animais sem imunidade específica resultando em infecção aguda e até morte dos
animais (KNOWLES, 1996).
Segundo Knowles (1996), a babesiose eqüina é considerada no mundo inteiro, como
principal impedimento para trânsito internacional de cavalos. No Brasil, a exportação de
cavalos é um importante impulso para a eqüideocultura, entretanto as barreiras sanitárias e a
ocorrência de babesiose eqüina constituem um grande entrave para a aceitação desse produto
no exterior.
O maior prejuízo que a doença acarreta em áreas endêmicas é a diminuição do
desempenho em animais de esporte, pois animais portadores crônicos têm um nível de
desempenho inferior aos animais negativos (KERBER, 1999). BOTTEON et al. (2005)
6
observaram que a redução de desempenho e a claudicação apresentaram interação estatística
com a ocorrência clínica de babesiose.
Pereira (1999) observou que a redução no desempenho é a principal queixa associada a
babesiose eqüina, em especial quando se trata de animais de competição e que os animais são
submetidos a tratamentos com babesicidas a qualquer sinal de redução no desempenho,
mesmo que o diagnóstico final não tenha sido realizado.
2.3 Afecções do Sistema Respiratório em Eqüinos Puro Sangue Inglês
A principal função do sistema respiratório é a condução do ar do ambiente às regiões
de troca gasosa do pulmão e vice-versa. O sistema respiratório superior inclui cavidades nasal,
faringe, laringe e a traquéia extratorácica e, o sistema respiratório inferior inclui traquéia
intratorácica, os brônquios e os bronquíolos intratorácicos. Algumas destas estruturas são
suportadas por ossos, a cavidade nasal, ou cartilagens, a traquéia e os brônquios, outros
somente por músculos, as narinas, a faringe e a laringe, ou pelo tecido alveolar muito fino, os
bronquíolos.
O fato de alguns órgãos não serem suportados por estruturas rígidas os deixam mais
suscetíveis ao colapso do que outras. Estes órgãos podem conseqüentemente representar uma
barreira potencial que pode diminuir a permeabilidade do sistema respiratório e aumentar a
resistência ao fluxo de ar. Se, por razões estruturais ou funcionais, ao longo do sistema
respiratório, ocorrer um estreitamento de forma permanente ou dinâmica, haverá um aumento
da resistência ao fluxo de ar, afetando assim a ventilação e gerando ruídos respiratórios
anormais e finalmente diminuindo a capacidade do exercício. O sistema respiratório superior
é suscetível ao colapso durante a inspiração, principalmente a faringe e a laringe, quando o
sistema respiratório inferior estiver estreitado durante a expiração forçada, e particularmente
problemático durante o exercício (ART; LEKEUX, 2005).
As narinas do cavalo são grandes e móveis. Durante a inspiração, a ativação dos
músculos permite que as narinas se alarguem, especialmente durante a hiperventilação
induzida pelo exercício. Durante a expiração, as narinas estão relaxadas e flácidas.
Conseqüentemente, em alguns cavalos, o fluxo expiratório pode ser ruidoso e a resistência
nasal pode aumentar de tal forma que pode induzir a intolerância do exercício.
A faringe é dividida em nasofaringe e orofaringe pelo palato mole. Os numerosos
folículos linfóides estão presentes nas membranas mucosas das paredes dorsais e laterais da
nasofaringe e da superfície dorsal do palato mole. O número e o tamanho destes folículos são
particularmente importantes em cavalos novos e regridem geralmente em cavalos maduros. A
inflamação aguda da faringe acompanha infecções virais ou bacterianas do sistema
respiratório. A inflamação crônica, denominada também de hiperplasia folicular linfóide, é
uma circunstância observada freqüentemente em cavalos novos de 2 a 3 anos de idade e não
tem aparentemente nenhum efeito na resistência do fluxo de ar na faringe.
As estruturas macias da faringe não têm nenhuma sustentação óssea ou cartilaginosa e
sua rigidez e movimentos são assegurados pelos músculos intrínsecos, e conseqüentemente, a
faringe é suscetível ao colapso durante a inspiração. Distúrbio na abdução laringiana devido
às razões estruturais, por exemplo, deslocamento dorsal do palato mole, condrose palato-
faringeana das aritenóides ou, às razões funcionais como a hemiplegia laringeana resultará em
ruídos respiratórios anormais devido à resistência aumentada do fluxo de ar. A obstrução
resultante do fluxo de ar e as trocas pulmonares inadequadas da ventilação levam a
intolerância do exercício, especial durante o exercício intenso.
Clinicamente, os cavalos que sofrem de hemiplegia laringeana apresentam ruídos
respiratórios. O problema pode ser diagnosticado por endoscopia e os sons inspiratórios
anormais durante o exercício são os principais sinais clínicos de hemiplegia laringeana. A
7
função laringeana é avaliada pelo exame endoscópico e pode ser classificada como da classe I
(laringe normal), da classe II (assincronismo que desaparece sob solicitação), da classe III
(assimetria que persiste mesmo quando a ventilação é estimulada) e da classe IV
(hemiplegia).
Segundo Art e Lekeux (2005), o deslocamento dorsal de palato mole é a disfunção
faringeana mais comum em cavalos de competição. Durante o deslocamento dorsal de palato
mole, a extremidade caudal do palato mole move-se para uma posição acima da epiglote,
especialmente durante a expiração e aumenta a resistência ao fluxo da passagem de ar no
sistema respiratório superior. Os cavalos com deslocamento dorsal de palato mole apresentam
ruído expiratório, porém alguns deles são assintomáticos e somente são diagnosticados
durante a endoscopia no exercício. Este problema pode, às vezes, resultar em asfixia em
cavalos de competição. Nos eqüinos, o deslocamento caudal do palato mole a uma posição
acima da epiglote ocorre fisiologicamente quando os animais engolem ou tossem. Em todas as
circunstâncias restantes, este deslocamento dorsal é anormal.
A traquéia, apesar de sua estrutura cartilaginosa, é também suscetível ao colapso
devido à pressão transmural que ocorre durante inspiração forçada. O estreitamento traqueal é
raro nos cavalos e pode ser observado pela compressão intraluminal traumática ou
extraluminal devido a abscessos, neoplasias, etc., induzindo geralmente a intolerância severa
ao exercício com ruídos inspiratórios.
A causa de queda no desempenho em eqüinos atletas ocorre quando uma obstrução
anatômica ou funcional do sistema respiratório superior. Os estudos demonstram que algumas
anormalidades somente podem ser visíveis durante o exercício e, no descanso, estas
anormalidades não são visualizadas. Os ruídos respiratórios durante o exercício por causa das
anormalidades no sistema respiratório é uma indicação da necessidade de investigação clínica
por endoscopia ou videoendoscopia. Os eqüinos que manifestam redução no desempenho na
ausência dos ruídos respiratórios durante o exercício devem também ser investigados quando
nenhuma outra causa for identificada.
Tan et al. (2005) estudaram a prevalência e os tipos de anormalidades no sistema
respiratório superior de eqüinos Puro Sangue Inglês com queixa clínica de queda no
desempenho atlético, em esteira de alta velocidade e em repouso e, as anormalidades mais
comuns foram as laringeanas: dobras ariepiglóticas (55%), palato mole (39%), e hemiplegia
laringeana idiopática esquerda (34%). Observaram ainda que quase a metade dos cavalos que
mostraram normalidade no exame de sistema respiratório superior em repouso mostraram
anormalidades durante o exercício confirmando achados dos estudos precedentes e,
destacando a necessidade do uso da endoscopia em esteira de alta velocidade para uma
avaliação exata do sistema respiratório superior em cavalos que manifestam desempenho
pobre ou ruídos respiratórios anormais durante o exercício.
Segundo Hinchcliff et al. (2005), a hemorragia pulmonar induzida pelo exercício
(HPIE), que ocorre em 60% dos cavalos de corrida da raça Puro Sangue Inglês, está associada
significativamente à queda no desempenho, mesmo com ocorrência moderada de hemorragia.
Os cavalos classificados com HPIE grau II ou maior são 4 vezes menos prováveis de ganhar,
1,8 vezes menos prováveis de classificar nas primeiras três posições.
Atualmente, a explicação mais aceita para o desenvolvimento de HPIE nos cavalos de
corrida é a ruptura de capilares alveolares e de sangramento no interstício e nos alvéolos
pulmonares. A ruptura capilar ocorre devido à pressão transmural aumentada através dos
capilares pulmonares. A pressão transmural através da parede capilar é a soma das pressões
produzidas na maior parte pelo diafragma durante a inspiração e a pressão hidrostática no
capilar que resulta da pressão pulmonar arterial elevada. No descanso, a pressão na artéria
pulmonar é de 20 a 25 mmHg mas durante o exercício intenso a pressão pulmonar arterial
8
aumenta extremamente a 100 mmHg, produzidos pelos aumentos tremendos na freqüência
cardíaca (HINCHCLIFF et al., 2005).
Holcombe et al. (2006) observaram que a prevalência de HPIE em cavalos de corrida
da raça Puro Sangue Inglês e Puro Sangue Árabe é muito elevada, aproximadamente de 80 a
100% e, que em eqüinos mais velhos (>5 anos) estão sob risco aumentado para a ocorrência
da HPIE e, cavalos que tiveram um episódio de HPIE tem probabilidade aumentada de
outra vez apresentar hemorragias no trato respiratório.
A inflamação do sistema respiratório é comum nos cavalos e pode por ser causada por
infecções bacterianas e virais, assim como os agentes ambientais tais como toxinas, amônia,
poeira e metais. Melhorar a ventilação da cocheira e diminuir a poeira na alimentação e na
cama usada para estabulação pode melhorar a saúde do sistema respiratório e diminuir a
produção do muco nos cavalos (HOLCOMBE et al., 2001).
Holcombe et al. (2004) observaram que o acúmulo moderado a severo de muco no
sistema respiratório é um fator de risco para a queda no desempenho em cavalos de corrida da
raça Puro Sangue Inglês e que os cavalos que não apresentam ou que apresentam pequena
quantidade de muco traqueal são quase duas vezes mais prováveis de correr melhor quando
comparados com os cavalos com moderadas a severas quantidades de muco traqueal.
Conseqüentemente, moderadas a severas quantidades de muco traqueal pode causar o queda
no desempenho em cavalos de corrida da raça Puro Sangue Inglês.
9
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local
O estudo foi realizado com dados obtidos no Centro de Treinamento de Eqüinos da
Raça Puro Sangue Inglês, localizada na Estrada de Secretário, n.º 2600, Pedro do Rio,
Petrópolis, RJ. A raia do Centro de Treinamento é oval, com superfície de areia e 1000 metros
de comprimento. A manutenção de cavalos da raça PSI em Centros de Treinamento no estado
do Rio de Janeiro é vantajosa considerando a localização geográfica, as condições climáticas
na região Serrana e a mão-de-obra especializada disponível.
As análises dos dados foram conduzidas no Laboratório de Pesquisas em Saúde
Eqüina – EQUILAB da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ.
3.2 Animais
Foram utilizados dados de 215 eqüinos da raça Puro Sangue Inglês (PSI), coletados
retrospectivamente, referentes ao período de janeiro 2001 a dezembro 2003. Estes eqüinos
foram continuamente estabulados e mantidos sob treinamento para corrida com dois
treinadores, no Centro de Treinamento.
O peso médio destes eqüinos foi 481,8 ± 24,2g Os animais competiram em diferentes
distâncias no Jockey Club Brasileiro e Jockey Club de São Paulo em raias distintas, de areia e
grama.
Todos os eqüinos foram expostos às mesmas condições de alojamento e estabulação,
alimentação e dietas (freqüência de arraçoamento, fornecimento e qualidade do volumoso e
concentrado, uso de suplementos), fornecimento e qualidade de água, manejo geral, fatores
climáticos (temperatura, umidade e índice pluviométrico), além de equivalente esquema de
treinamento atlético e Assistência Clínico Veterinária constante.
3.3 Avaliação Veterinária dos Eqüinos
A avaliação dos eqüinos foi realizada diariamente através de Assistência Clínico
Veterinária, sendo executada a inspeção e exame clínico geral, complementar e específico,
quando necessário, durante o período de investigação. As anotações clínicas, monitoramento
do treinamento, além da campanha dos eqüinos, foram registradas individualmente no
Relatório Clínico Veterinário, sendo posteriormente incluídas no software de gerenciamento
veterinário.
Os exames complementares utilizados foram o Diagnóstico por Imagem (Exame
Radiográfico, Exame Endoscópico e Exame Ultra-sonográfico), Análise Clínica Laboratorial
(Hemograma, Bioquímica Sérica, Pesquisa de Hematozoários) e, quando necessário, o Exame
Microbiológico (Isolamento, Cultura e Antibiograma).
Os dados foram obtidos do software de gerenciamento veterinário, conferidos com o
Livro de Relatório Clínico Veterinário e descritos em fichas próprias, onde cada eqüino foi
citado por nome, sexo, idade, intensidade do treinamento, campanha (número de corridas),
distância das corridas (metros), intervalo entre corridas (dias), corridas ganhas (1º colocado),
corridas com colocação (2º, 3º, e colocado), corridas sem colocação (após colocado),
tipo de raia (areia ou grama), treinamento contínuo pelo período de um ano consecutivo,
transporte, doenças intercorrentes, data e duração da doença, histórico clínico anterior,
afastamento do treinamento devido a seleção anual do plantel para ingresso de animais jovens
quando são retirados animais com desempenho inadequado, éguas para reprodução e animais
acima de sete anos de idade.
As causas clínicas ou por intervenção veterinária de interrupção no treinamento dos
eqüinos de corrida PSI sob investigação foram categorizadas quanto ao tipo:
10
1. Claudicação;
2. Infecção viral ou bacteriana (hipertermia, tosse, descarga nasal);
3. Infecção por Hematozoário (B. equi, B. caballi);
4. Infecção por Protozoário;
5. Síndrome Cólica;
6. Procedimento Cirúrgico;
7. Ferimento ou Traumatismo Externo;
8. Miopatia;
9. Diarréia;
10. Diagnóstico não Conclusivo.
Várias causas de interrupção no treinamento em um mesmo eqüino foram
consideradas se o eqüino permaneceu em treinamento por pelo menos quatro semanas entre
dois casos distintos.
3.4 Análises dos Dados
Os dados relativos às causas das interrupções no treinamento dos eqüinos foram
submetidos inicialmente à análise estatística descritiva e, posteriormente, avaliadas
individualmente em relação à associação com interrupções no treinamento usando tabelas de
contingência e o teste de Qui-Quadrado (χ2) em nível de 5% de significância, utilizando o
programa BioEstat 2.0 (AYRES et al, 2000).
11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A freqüência de afecções nos eqüinos PSI podem ser observadas na Tabela 1.
Tabela 1. Freqüência de afecções em eqüinos PSI em treinamento, durante o período de
janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos em
Petrópolis/ RJ.
Afecções Número de casos Percentual
Claudicações 192 54,7
Hemoparasitoses 58 16,5
Alterações respiratórias 39 11,1
Procedimentos cirúrgicos 19 5,4
Miopatias 17 4,8
Síndrome cólica 13 3,7
Traumatismos 9 2,6
Diarréias 2 0,6
Alterações do Sistema Nervoso Central
2 0,6
Total 351 100
As causas clínicas ou por intervenção veterinária da interrupção no treinamento dos
eqüinos de corrida Puro Sangue Inglês, foram de 192 casos de claudicações que perfazem
54,7% do total, 58 casos de hemoparasitoses que perfazem 16,5% do total, 39 casos de
alterações respiratórias que perfazem 11,1% do total, 19 casos de procedimentos cirúrgicos
que perfazem 5,4% do total, 17 casos de miopatias que perfazem 4,8% do total, 13 casos de
síndrome cólica que perfazem 3,7% do total, 2 casos de diarréias e 2 casos de alterações do
sistema nervoso central que perfazem cada 0,6% do total (Figura 1).
Os resultados obtidos são concordantes com as observações de Lindner e Dingerkus
(1993), que verificaram como falhas de treinamento em 57% dos eqüinos devido à
claudicação, em 12% devido a infecções e em 31% dos animais devido a outras causas. A
ocorrência da Babesiose em 16,5% dos animais indica a importância desta infecção ao
treinamento dos Eqüinos PSI, concordando com Pereira (1999) que verificou ser a Babesiose
eqüina, a principal queixa dos proprietários e veterinários de queda do desempenho dos
eqüinos PSI.
12
Figura 1. Freqüência de afecções em eqüinos PSI em treinamento, durante o período de
janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos em
Petrópolis/ RJ.
As causas clínicas ou por intervenção veterinária de menor freqüência para a
interrupção no treinamento dos eqüinos de corrida Puro Sangue Inglês foram agrupadas como
outras afecções, sendo então, referente aos procedimentos cirúrgicos, miopatias, síndromes
cólica, diarréias e alterações do sistema nervoso central totalizando 62 casos de outras
afecções que perfazem 17,7% do total (Tabela 2).
Tabela 2. Freqüência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, durante o
período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos
em Petrópolis/ RJ.
Afecções Número de casos Percentual
Claudicações 192 54,7a
Hemoparasitoses 58 16,5bc
Alterações respiratórias 39 11,1c
Outras afecções 62 17,7b
Total 351 100
Médias, na coluna, seguidas de letras diferentes diferem entre si pelo teste de Qui-Quadrado (P<0,05).
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Número de Casos
Afecções
Claudicações Hemoparasitoses
Alterações Respiratórias Procedimentos Cirúrgicos
Miopatias Síndrome Cólica
Traumatismos Diarréias
Alterações Sistema Nervoso Central
13
As claudicações são responsáveis pela maior causa de interrupção no treinamento dos
eqüinos de corrida Puro Sangue Inglês sob investigação (P <0,05) quando comparada com as
hemoparasitoses e as alterações respiratórias. Lindner e Dingerkus (1993) também
verificaram que a claudicação é a mais importante de todas as causas de interrupção no
treinamento entre eqüinos de corrida Puro Sangue Inglês e a ocorrência é correspondente com
o aumento de intensidade de treinamento.
Na Tabela 3 podem ser observadas as porcentagens de ocorrência anual das principais
afecções em eqüinos PSI em treinamento.
Tabela 3. Ocorrência anual das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, durante o
período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos
em Petrópolis/ RJ.
Ano
Afecções
2001
(%)
2002
(%)
2003
(%) n
Claudicações 25,5b 27,6b 46,9a 192
Hemoparasitoses 29,3a 32,8a 37,9a 58
Alterações respiratórias 43,6a 33,3a 23,1a 39
Outras afecções 24,2a 37,1a 38,7a 62
Total 27,9b 30,8b 41,3a 351
Médias, nas linhas, seguidas de letras diferentes diferem entre si pelo teste de Qui-Quadrado (P < 0,05).
Quanto à claudicação observou-se uma ocorrência maior no ano de 2003, de 46.9
casos quando comparado com 2001 e 2002, de 25,5 e 27,6 respectivamente (P<0,05),
enquanto que as hemoparasitoses, as alterações respiratórias e outras afecções não tiveram
alteração significativa (P>0,05) nos anos estudados. Esta maior porcentagem de ocorrência de
claudicação no ano de 2003 pode estar relacionado ao maior número de eqüinos em
treinamento entre dois e três anos de idade, quando comparado com o mero de animais da
mesma idade nos anos de 2001 e 2002.
Na Tabela 4 podem ser observadas as porcentagens de ocorrência das principais
afecções em eqüinos PSI em treinamento em função do sexo. Em todas as afecções avaliadas
(P < 0,05) observou-se maior ocorrência nos eqüinos machos, tanto de claudicações, quanto
hemoparasitoses, alterações respiratórias e outras afecções.
Lindner e Dingerkus (1993) observaram que a ocorrência de claudicação foi
ligeiramente maior em potrancas que em potros, justificando que aos potros foi permitido
mais tempo para competir (maior longevidade de campanha) e para aumentar sua categoria
como futuro reprodutor, enquanto que as potrancas tiveram uma campanha mais breve (menor
período de tempo) sendo retirada do plantel de campanha, para iniciar o período de
reprodução.
Isto pode ser justificado pelo fato dos eqüinos do estudo estarem expostos às mesmas
condições de treinamento, não havendo diferença no ritmo de treinamento entre machos e
fêmeas.
14
Tabela 4. Ocorrência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, em função do
sexo, durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de
Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ.
Sexo
Afecções
Fêmea
(%)
Macho
(%)
n
Claudicações 26,6b 73,4a 192
Hemoparasitoses 31,0b 69,0a 58
Alterações respiratórias 23,1b 76,9a 39
Outras afecções 30,6b 69,4a 62
Total 27,6b 72,4a 351
Médias, na linha, seguidas de letras diferentes diferem entre si pelo teste de Qui-Quadrado (P < 0,05).
A longevidade de campanha é compatível, pois ambos os sexos devem mostrar
potencialidade ou não no menor intervalo de tempo. Em ambos os casos, quando não há
mostra significativa de potencial, em performance de corrida, são afastados do treinamento
para reposição de plantel. Quando há potencial, a fêmea é encaminhada para reprodução e o
macho normalmente é exportado. Estberg et al. (1996b) e Estberg et al. (1998b) observaram
que os machos estão sob maior risco de injúria músculo-esqueléticas graves que as fêmeas.
Na Tabela 5 podem ser observadas a ocorrência das principais afecções em eqüinos
PSI em treinamento em função do ano hípico do animal. Quanto às claudicações pode-se
observar um maior número de casos no ano hípico 2, quando os eqüinos têm três anos de
idade e estão expostos ao ritmo de treinamento mais intenso. O ritmo de treinamento
normalmente é gerado pelo número de chamadas de páreos. Aos dois anos de idade, os
eqüinos participam por seis meses da tabela hípica, de fevereiro a julho e as chamadas têm um
intervalo de tempo maior entre um reo e outro. Os páreos geralmente são disputados em
distâncias curtas, entre 1000 e 1200 metros, pois são animais estreantes, aprendendo a
competir.
Tabela 5. Ocorrência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, em função do
ano hípico, durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de
Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ.
Ano Hípico
Afecções
1 2 3 4 n
Claudicações
45,0b 117,0a 19,0c 11,0 192A
Hemoparasitoses
8,0 31,0 10,0 9,0 58B
Alterações respiratórias 19,0a 15,0a 2,0 3,0 39B
Outras afecções 19,0a 35,0a 5,0 3,0 62B
Total 91,0b
198,0a 36,0c 26,0c 351
Médias, na linha, seguidas de letras minúsculas diferentes diferem entre si pelo teste de Qui-Quadrado (P<0,05).
Médias, na coluna, seguidas de letras maiúsculas diferentes diferem entre si pelo teste de Qui-Quadrado
(P<0,05).
15
Lindner e Dingerkus (1993) observaram que o grupo de eqüinos mais afetado por
interrupções no treinamento foi o de dois anos quando comparado com os demais grupos de
maior idade. Isto indica que eqüinos de dois anos de idade ainda não estão capacitados para o
exercício exigido em regimes de treinamento intenso, o que sugeriu que estes são menos aptos
que os animais de mais idade para competir com o esforço imposto pelo regime de
treinamento atlético. Este pode ser uma indicação que o aumento da intensidade do
treinamento é demasiadamente rápido para a saúde do eqüino.
Quando os eqüinos estão com 3 anos de idade, um marcado aumento no número de
chamadas de páreos, normalmente em distâncias médias, entre 1300 a 1600 metros e ainda
tem início os páreos com qualificações mais fortes, de forma crescente, como as provas
clássicas e provas de grupo III, grupo II e grupo I. Esta qualificação implica em animais
selecionados, para os quais exige-se um ritmo de treinamento intenso e também define,
através da qualidade de performance, um potencial para exportação neste animal.
As diretrizes atuais do turfe nacional estão baseadas num ritmo acelerado de
treinamento para animais de dois a três anos de idade, a fim de explorar o máximo potencial
de performance deste animal, com vistas à exportação. Os animais com mais de três anos de
idade não são considerados em idade para exportação, uma vez que o tempo de vida útil no
exterior será menor.
Em concordância com Lindner e Dingerkus (1993) as taxas de ocorrência de
claudicação entre eqüinos mais velhos que três anos de idade são maiores que as taxas de
ocorrência de outras causas. As infecções aparentemente não provocam falha no treinamento
com freqüência entre eqüinos mais velhos que três anos de idade. E a falha no treinamento
devido à infecção foi maior entre os eqüinos de dois anos de idade, provavelmente devido ao
fato do sistema imune tornar-se mais eficiente com a idade em função das infecções
previamente experimentadas e também devido ao calendário de vacinação.
Ainda, de acordo com Lindner e Dingerkus (1993), falhas no treinamento devido a
outras causas que não claudicação e infecção foram maiores entre eqüinos de 2 e 3 anos de
idade quando comparados com mais velhos. Acredita-se que a falta de adaptação ao estresse
de treinamento deve produzir estas taxas elevadas.
Na Tabela 6, podem ser observados, os números de páreos disputados pelos eqüinos
PSI do estudo, em função da classificação dos páreos conforme a distância percorrida em
metros, sendo considerado páreo longo acima de 1600 metros, páreo médio entre 1300 e 1600
metros e páreo curto de 1000 a 1200 metros de distância. Observa-se um percentual maior de
páreos médios, de 63,2%, do total de páreos disputados pelos eqüinos PSI avaliados no
período de 2001 a 2003.
Tabela 6. Classificação e número de páreos corridos com eqüinos PSI em treinamento,
durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de
Eqüinos em Petrópolis/ RJ.
Classificação Páreo (m) Número Percentual
Longo > 1600 28 17,2
Médio 1300 a 1600 103 63,2
Curto 1000 a 1200 32 19,6
Total 163 100
16
Na Tabela 7, podem ser observados os percentuais de ocorrência das principais
afecções em eqüinos PSI em função do tipo de reo. Houve uma maior ocorrência de
claudicações entre eqüinos que disputaram reos médios, de 1300 a 1600 metros de
percurso, de 61,1%, quando comparados com eqüinos que disputaram páreos curtos e longos.
Tabela 7. Ocorrência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, em função do
tipo de páreo, durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de
Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ.
Páreos (metros)
Afecções > 1600 1300 – 1600 1000 - 1200 n
Claudicações 19,4b 61,1a 19,4b 72
Hemoparasitoses 18,4b 68,4a 13,2b 38
Alterações respiratórias 14,3b 57,1a 28,6ab 21
Outras afecções 12,5b 65,6a 21,9b 32
Total 17,2b 63,2a 19,6b 163
Médias, na linha, seguidas de letras diferentes diferem entre si pelo teste de Qui-Quadrado (P < 0,05).
Entre os eqüinos que disputam páreos médios, maior ocorrência de claudicações,
hemoparasitoses e alterações respiratórias quando comparado com eqüinos que disputam
páreos longos e páreos curtos, com igualdade de ocorrência de alterações respiratórias entre
eqüinos que disputam páreos médios e páreos curtos.
Entre eqüinos que disputam páreos médios a maior ocorrência de todas as afecções se
justifica pelo maior número de páreos disputados nesta distância, em função do marcado
aumento no número de chamadas de páreos, normalmente em distâncias médias (1300 a 1600
metros) e ainda têm início páreos com qualificações mais fortes, de forma crescente, como as
provas clássicas e provas de grupo III, grupo II e grupo I. No estudo realizado, a maioria dos
eqüinos encontravam-se com três anos de idade, estando portanto num ritmo de treinamento
intenso (Figura 2).
De acordo com Lindner e Dingerkus (1993) houve também uma maior ocorrência de
alterações respiratórias entre eqüinos que disputam páreos curtos, com 1000 a 1200 metros de
percurso, que na maioria dos casos corresponde a eqüinos de dois anos de idade,
provavelmente devido ao fato do sistema imune tornar-se mais eficiente com a idade em
função das infecções previamente ocorridas e também devido ao calendário de vacinação.
17
0
10
20
30
40
50
60
70
Ocorrência
(%)
1000 - 1200 1300- 1600 > 1600
Afecções x Percurso do Páreo
Claudicações Hemoparasitoses Alterações Respiratórias Outras Afecções
Figura 2. Ocorrência das principais afecções em eqüinos PSI em função do tipo de páreo.
Na Tabela 8 podem ser observados os fatores relativos à ocorrência das principais
afecções em eqüinos PSI quanto à idade dos eqüinos e duração da afecção.
As claudicações ocorrem, em média, na idade de 38,5 meses com duração de 2,7
semanas. De forma semelhante, as alterações respiratórias ocorrem, em média, na idade de
38,0 meses e com duração de 2,1 semanas.
Tanto as claudicações como as alterações respiratórias compreendem uma variedade
de afecções. Em função desta variedade, maior variação na duração da afecção, de 1 a 26 e
de 1 a 24 semanas, respectivamente. As hemoparasitoses tiveram duração de 1,1 semanas.
18
Tabela 8. Valores médios da idade dos eqüinos e da duração das principais afecções em
eqüinos PSI em treinamento, durante o período de janeiro 2001 a dezembro 2003,
no Centro de Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ.
Idade dos eqüinos (meses) Duração da afecção (semanas)
Afecções
Média ± DP Média± DP
Mínimo - Máximo
Claudicações 38,5 ± 11,6 2,7 ± 3,3 1 a 26
Hemoparasitoses 46,0 ± 14,8 1,1 ± 0,3 1 a 2
Alterações respiratórias 38,0 ± 14,1 2,1 ± 3,7 1 a 24
necessidade de sub-categorizar estas afecções, pois neste estudo, por exemplo, um
hematoma solear e ruptura parcial de tendão flexor digital superficial estão categorizados
como claudicação. O mesmo ocorreu em alterações respiratórias que compreendeu, por
exemplo, episódio febril e pleurite. A necessidade desta subcategorização fica reforçada
quando observa-se que as hemoparasitoses apresentaram menor duração e um desvio padrão
de apenas 0,3 semanas.
Lindner e Dingerkus (1993) que verificaram que a ocorrência de claudicação foi
correspondente com o aumento de intensidade de treinamento, neste estudo a média de idade
de intercorrências clínicas foi coincidente com o ritmo de treinamento, com aumento
diretamente proporcional na ocorrência de claudicação, alterações respiratórias e outras
afecções, devido ao início da temporada de corridas e conseqüentemente do treinamento mais
intenso. Enquanto que, as hemoparasitoses se manifestam ligeiramente mais tarde,
provavelmente como resultado do estresse que estes eqüinos estão expostos (Figura 3).
Figura 3. Valores médios da idade dos eqüinos com relação à ocorrência das principais
afecções em eqüinos PSI.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
IDADE (Meses)
AFECÇÕES
Claudicações Hemoparasitoses
Alterações Respiratórias
19
Lindner e Dingerkus (1993) que verificaram que a claudicação é a mais importante de
todas as causas de interrupção no treinamento entre eqüinos de corrida Puro Sangue Inglês.
Os mesmos autores destacaram ainda a grande proporção de animais de dois anos de idade
que tiveram interrupção no treinamento, o que sugeriu que estes são menos aptos que os
animais de mais idade para competir com o esforço imposto pelo regime de treinamento
atlético, nossas observações concordam com estas citações.
Na Tabela 9 podem ser observados os fatores relativos à ocorrência das principais
afecções em eqüinos PSI quanto ao tempo de treinamento anterior à afecção e o intervalo da
ocorrência da afecção ao páreo. As claudicações ocorrem, em média, com tempo de
treinamento de 2,5 semanas e, de forma similar as alterações respiratórias ocorrem, em média,
com tempo de treinamento de 2,9 semanas. As hemoparasitoses ocorrem, em média, com
tempo de treinamento menor, de 1,8 semanas.
Tabela 9. Valores médios do tempo de treinamento anterior à afecção e do intervalo da
ocorrência ao páreo em eqüinos PSI, durante o período de janeiro 2001 a
dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ.
Tempo de Treinamento anterior à
afecção (semanas)
Intervalo da ocorrência
da afecção ao páreo (semanas)
Afecções
Média ± DP Mínimo-Máximo Média ± DP Mínimo-Máximo
Claudicações 2,5 ± 4,9 1 44 6,3 ± 5,7 1 25
Hemoparasitoses 1,8 ± 2,9 1 12 5,3 ± 3,9 1 20
Alterações respiratórias 2,9 ± 5,2 1 27 8,0 ± 7,9 1 28
Em relação ao intervalo da ocorrência da afecção ao próximo páreo, os valores
médios foram de 6,3 semanas após as claudicações, de 5,3 semanas após as hemoparositoses
e, de 8,0 semanas após as afecções respiratórias. No entanto, observa-se que os valores
mínimos e máximos destes intervalos variam de uma semana até 28 semanas.
Na Tabela 10, podem ser observadas a prevalência anual das principais afecções em
eqüinos PSI em treinamento.
Observou-se uma maior prevalência de claudicações no ano 2003 (P<0,05), de
68,28%, quando comparado com 2001 e 2002, de 38,5 e 31,0%, respectivamente. Quanto às
hemoparasitoses e alterações respiratórias não houve alteração significativa de prevalência
nos anos estudados (Figura 4).
Tabela 10. Prevalência anual das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento, durante
o período de janeiro 2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de
Eqüinos em Petrópolis/ RJ.
Ano
Afecções
2001 2002 2003
Claudicações 38,5b 31,0b 68,2a
Hemoparasitoses 12,1ª 15,0a 22,7a
Alterações respiratórias 16,5ª 13,0a 8,0a
Médias, na linha, seguidas de letras diferentes diferem entre si pelo teste de Qui-Quadrado (P < 0,05).
20
Figura 4. Prevalência das principais afecções em eqüinos PSI em treinamento.
0
10
20
30
40
50
60
70
Prevalência (%)
2001 2001 2003
Afecções x Ano
Claudicações Hemoparasitoses Alterações Respiratórias Outras Afeões
21
5 CONCLUSÕES
A claudicação é a mais importante das causas de interrupção no treinamento de
eqüinos de corrida da raça Puro Sangue Inglês e sua ocorrência é diretamente proporcional ao
aumento da intensidade de treinamento.
A ocorrência de afecções é mais freqüente nos machos.
A maior proporção de eqüinos de três anos de idade que apresentam falhas no
treinamento indica que estes animais são menos capazes que os mais velhos para conviver
com o estresse imposto pelo protocolo de treinamento.
A claudicação e as afecções respiratórias aumentam o período de treinamento dos
eqüinos para os páreos.
A ocorrência da babesiose é um importante fator para a redução da atividade física dos
eqüinos da raça Puro Sangue Inglês, com uma prevalência clínica anual de 16,6%.
22
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26
7 ANEXOS
ANEXO A - Descrição dos eqüinos da raça PSI em treinamento durante o período de janeiro
2001 a dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ
ANEXO B Teste de Qui-Quadrado para as variáveis ano hípico, claudicações e alterações
respiratórias.
ANEXO C - Teste de Qui-Quadrado para as variáveis sexo, ano, páreos e prevalência das
afecções
27
ANEXO A
Descrição dos eqüinos da raça PSI em treinamento durante o período de janeiro 2001 a
dezembro 2003, no Centro de Treinamento de Eqüinos em Petrópolis/ RJ
Treinamento
Ordem
Nome
Início Término
Nascimento
Sexo
Pelagem
Peso
(kg)
1
2000 EMPRESS REGINA 03/10/02
21/07/03
10/09/00 M C 528
2
2000 FATTA IN CASA 03/12/02
03/06/03
17/07/00 F C 436
3
2000 FOR BELLE 06/11/02
06/06/03
19/07/00 F A 460
4
2000 FOURTON 06/11/02
06/04/03
18/08/00 M A 455
5
2000 FUSETTE 07/11/02
23/04/03
23/09/00 M C 470
6
2001 ALCATRAZ SINGER 21/09/03
27/12/03
28/09/01 M A 506
7
2001 ANGELICAL DANCER 10/05/03
06/12/03
11/07/01 M C 480
8
2001 ATLANTA DANCER 21/08/03
25/11/03
02/09/01 F C 492
9
2001 BALLET QUEEN 05/07/03
02/12/03
09/09/01 F C 500
10
2001 BAREFOOT CONTESSA
05/06/03
25/11/03
04/07/01 F C 490
11
2001 BASHFUL SINGER 10/05/03
25/11/03
06/07/01 M C 487
12
2001 BATEU LEVOU 10/05/03
25/12/03
15/08/01 F A 480
13
2001 BIG EMOTIONS 31/05/03
27/11/03
20/08/01 F A 505
14
2001 BLEU BLANC ROUGE 07/06/03
28/11/03
01/09/01 M C 545
15
2001 BLOWING WILD 05/07/03
02/12/03
05/08/01 F C 470
16
2001 BRAVE LADY 05/06/03
02/12/03
14/07/01 M C 477
17
2001 CAT'S NIGHT 28/04/03
22/12/03
29/09/01 M C 485
18
2001 CELEBRIDADE 25/06/03
22/12/03
30/08/01 F C 445
19
2001 CHINA EMPRESS 26/05/03
06/12/03
19/09/01 M C 467
20
2001 COURT LADY 26/05/03
02/12/03
17/08/01 M A 497
21
2001 CROSSOVER DREAMS 07/06/03
22/12/03
05/10/01 M C 470
22
2001 DANSEUSE ETOILE 31/05/03
25/11/03
05/10/01 F C 472
23
2001 DOMINANCE 15/08/03
22/12/03
14/08/01 M C 505
24
2001 DONNEGALLE 05/06/03
17/11/03
04/08/01 F C 500
25
2001 DUELO MORTAL 11/10/03
06/12/03
30/09/01 M C 491
26
2001 EMERALD COUNTER 25/08/03
18/11/03
29/09/01 F C 505
27
2001 EMPRESS REGINA 15/08/03
18/11/03
04/09/01 F A 450
28
2001 FABULOUS ROSADORA
26/05/03
06/12/03
03/09/01 M C 470
29
2001 FANTASTICA 28/04/03
02/12/03
27/09/01 F C 440
30
2001 FEMME FATALE 15/08/03
22/12/03
03/08/01 F C 510
31
2001 FLYING GRACE 19/04/03
25/11/03
06/07/01 F C 480
32
2001 GOLD THONG 25/08/03
18/11/03
04/09/01 F A 465
33
2001 GRACEFUL RAFAELA 28/04/03
22/12/03
01/07/01 M C 495
34
2001 HANDAE 31/05/03
22/12/03
12/07/01 F C 483
35
2001 HEAVENLY DANCER 05/06/03
22/12/03
21/09/01 F A 480
36
2001 I'M TICKLED PINK 19/04/03
25/11/03
22/07/01 F A 477
37
2001 INDIAN HOME 11/10/03
18/11/03
02/10/01 F A 466
28
Continuação...
38
2001 INSINUATING FILLY 28/04/03
22/12/03
19/07/01 M A 445
39
2001 INZA LADY 09/06/03
22/12/03
03/08/01 F A 470
40
2001 ISOLA LADY 09/06/03
22/12/03
01/10/01 F A 485
41
2001 LA BASTILLE 05/06/03
22/12/03
10/07/01 F A 484
42
2001 LA INFLUÊNCIA 07/06/03
20/11/03
28/08/01 M A 510
43
2001 LADY DE PARIS 25/08/03
18/11/03
21/07/01 F C 450
44
2001 LICENA 21/09/03
18/11/03
29/07/01 F C 460
45
2001 MARGRAVINE 11/10/03
28/11/03
21/08/01 F C 465
46
2001 MISTLETOE AND IVY 31/05/03
22/12/03
08/08/01 F C 500
47
2001 NINETIES 26/05/03
22/12/03
17/08/01 M A 485
48
2001 NOUVELLE CUISINE 15/08/03
22/12/03
01/08/01 M C 555
49
2001 PAÑOLETA 11/10/03
28/11/03
26/09/01 M C 530
50
2001 PARSONAGE 21/09/03
22/12/03
23/09/01 M C 490
51
2001 PERIAPT 20/09/03
22/12/03
20/08/01 F C 460
52
2001 REPEAT RAFAELA 11/10/03
22/12/03
10/07/01 M C 495
53
2001 ROTAÇÃO 07/06/03
22/12/03
01/08/01 F C 480
54
2001 ROYAL AMAZON 20/09/03
02/12/03
07/08/01 M C 550
55
2001 TRANS OCÊANICO 20/09/03
28/11/03
16/09/01 M C 500
56
2001 UNORWEGIANA 11/10/03
22/12/03
08/08/01 M C 480
57
2001 WALLONIE (Sacrificado)
19/04/03
11/10/03
01/07/01 F C 488
58
2001 WILD EMOTIONS 19/04/03
22/12/03
02/07/01 F C 500
59
2001 WILD MANILLA 21/09/03
22/12/03
08/07/01 M C 480
60
2001 WILD ZUCA 31/05/03
02/12/03
31/07/01 F C 530
61
ABASTECIDA 01/01/01
09/08/01
02/10/98 F C 478
62
ABSOLUTE RULER 01/01/01
26/05/02
09/07/95 M C 535
63
AIGLE 01/01/01
09/08/01
31/07/98 F A 490
64
ALIANZA 01/01/01
09/08/01
21/07/98 F C 456
65
ALL I NEED 01/01/01
09/08/01
25/09/98 M C 495
66
ALLEMAGNE 01/01/01
09/08/01
08/08/98 F A 460
67
ALLEZ SOLA 01/01/01
21/07/01
11/08/98 F A 465
68
ALWAYS MINE 11/02/01
09/08/01
22/10/98 M C 470
69
AMORE SCUSAMI 01/01/01
09/08/01
21/08/98 F A 460
70
ANONIMATTO 01/01/01
09/08/01
04/10/98 M C 488
71
AVIACIÓN 01/01/01
09/08/01
11/12/98 F C 495
72
BECKETT'S GODOT 01/01/01
20/11/03
10/08/96 M C 490
73
BEGGAR'S OPERA 01/01/01
04/03/01
19/07/96 M A 478
74
BLACK APHRODITE 01/01/01
08/05/01
16/08/96 F C 500
75
BOA BRIGA 01/01/01
06/06/01
26/09/95 F C 460
76
CAVALO MÁGICO 26/12/02
19/11/03
14/09/97 M A 540
77
CHANSON POUR JULIA 01/01/01
01/04/02
21/08/97 F C 510
78
CHARGE AHEAD 13/11/02
19/05/03
16/07/97 M C 490
79
CHARMING JULIA 01/01/01
15/06/01
28/07/97 F C 458
29
Continuação...
80
CHUMBO GROSSO 01/01/01
18/06/01
04/08/97 M A 480
81
CONCERTO DE CELLO (USA)
01/01/01
28/06/01
23/03/98 F C 479
82
COUNTDOWN 26/12/02
21/03/03
12/08/97 M C 450
83
COUNTRY SOUND (URU) 29/11/02
20/11/03
12/07/00 M C 500
84
CRYPTONITE 01/01/01
01/06/01
13/09/97 M C 480
85
CUTE LITTLE BEAR 01/01/01
04/03/01
04/09/97 F C 470
86
CUTE LITTLE THING 01/01/01
16/10/01
20/08/97 M C 460
87
DAMN FAST 01/01/01
22/09/01
06/08/98 F C 460
88
DARLING CATHY 01/01/01
20/04/02
27/09/98 F C 500
89
DEAR CATHY 01/01/01
08/01/02
19/08/98 F A 505
90
DEAR JULIA 01/01/01
04/03/01
15/09/98 F C 480
91
DELICATE TOUCH 01/01/01
28/04/02
25/08/98 F A 450
92
DESERT ATTACK 01/01/01
16/10/01
31/07/98 M C 480
93
DESERT FURY 01/01/01
22/04/02
24/10/98 M C 470
94
DISTANT THUNDER 07/11/02
20/05/03
01/11/98 M C 500
95
DO YOUR THING 01/01/01
16/09/02
01/08/98 M A 450
96
DREAMS OF BAFRA 20/11/02
14/04/03
17/07/98 F C 470
97
EAGLE'S NEST 16/06/01
24/05/03
21/07/99 M C 487
98
EARN A BUCK 01/07/01
21/07/03
28/09/99 M C 530
99
ECHEZEAUX 16/06/01
12/04/03
30/08/99 M A 480
100
ECONOMIST'S BET 22/06/01
25/10/02
04/08/99 M C 460
101
ELVIS 20/11/02
19/04/03
17/09/99 M C 460
102
EMÍLIO CAPEZZI 14/12/02
20/11/03
26/09/99 M C 480
103
EMPRESS JULIA 07/11/02
10/06/03
22/07/99 F A 450
104
ESPERANÇA DE BAFRA 09/06/01
22/12/03
26/08/99 M T 495
105
EVENING BLUES 01/07/01
07/02/03
15/09/99 M C 505
106
EVIL KNIEVEL 20/11/02
22/07/03
06/09/99 M C 490
107
EXCITING PROSPECT 24/11/02
21/11/03
12/08/99 M C 500
108
EXIBIDO 01/02/01
09/08/01
21/10/98 M A 480
109
EXPLOSIVE DANCER 16/06/01
06/08/03
19/09/99 F C 480
110
EXPLOSIVE WONDER 01/01/01
23/10/02
19/09/94 M A 460
111
FAÇAMEOFAVOR 25/01/03
14/04/03
01/09/00 F C 440
112
FALA PROFESSOR 06/08/02
22/12/03
16/09/00 M C 508
113
FALCÃO DO DESERTO 13/11/02
18/11/03
29/08/00 M A 470
114
FALCONET 22/12/02
22/12/03
09/08/00 M C 488
115
FANCY BAFRA 21/12/02
07/03/03
07/07/00 F C 460
116
FANCY DANCER 11/11/02
27/08/03
10/07/00 F A 500
117
FANTASIAS DE AMOR 11/11/02
20/11/03
12/09/00 F C 455
118
FAST BREAK 21/12/02
07/03/03
02/07/00 F C 455
119
FAUST 06/08/02
20/11/02
30/07/00 M C 460
120
FAVO DOCE 08/05/03
14/07/03
23/08/00 M A 460
121
FE NO FE 25/01/03
30/08/03
05/11/00 M C 450
30
Continuação...
122
FEARLESS TIGER 29/11/02
20/11/03
30/09/00 M C 480
123
FELIX MENDELSSOHN 06/11/02
20/11/03
16/07/00 M C 500
124
FELIZ DA VIDA 25/01/03
19/11/03
01/11/00 F C 450
125
FIDELIDAD 28/10/02
11/02/03
22/08/98 F C 500
126
FIELD OF HONOR 03/05/03
18/08/03
11/10/00 M T 480
127
FINAL COUNTDOWN 06/08/02
27/10/03
29/07/00 M C 505
128
FIRST MEGA 13/11/02
19/11/03
22/07/00 M A 486
129
FISTFUL OF DOLLARS 08/05/03
14/07/03
26/07/00 M C 479
130
FLYING DUDU 20/11/02
19/11/03
18/07/00 M C 460
131
FOLLIES OF BAFRA 09/11/02
20/11/03
21/09/00 F C 455
132
FOREVER MARCIA 10/06/02
27/05/03
01/08/00 F C 490
133
FRANCESCO CAVALLI 01/01/01
15/06/01
24/08/97 M C 540
134
FRANÇOIS TRUFFAUT 10/06/02
22/07/03
25/08/00 M A 490
135
FREE RIDE 30/04/03
13/09/03
31/07/00 M C 500
136
FUNNY CATHY 03/12/02
19/11/03
13/09/00 F C 475
137
FURIOUS ONE 11/11/02
20/11/03
10/08/00 M C 466
138
GARY STEVENS 08/12/02
22/12/03
03/09/00 M A 510
139
GIANNI SCHICCHI 01/01/01
02/02/03
12/11/98 M C 490
140
GIGLI 01/01/01
20/08/02
20/09/98 M C 460
141
GIRL NEXT DOOR (USA) 01/01/01
30/04/01
04/02/97 F C 490
142
GLISSANDO 01/01/01
11/09/01
10/10/98 M C 488
143
GOLDEN BOMB 05/07/03
22/12/03
19/09/01 F C 450
144
GUIDED BOMB 01/01/01
03/11/02
26/09/96 M A 505
145
GULFSTREAM FLYER 01/01/01
04/03/01
03/08/96 M C 490
146
HAIL CAESAR 01/01/01
08/05/01
16/09/97 M C 500
147
HANDY MAN 01/01/01
16/10/01
26/08/97 M C 510
148
HARD DRIVIN (GB) 01/01/01
22/12/03
19/02/98 M C 490
149
HARVEST KING 01/01/01
06/06/01
14/08/97 M C 460
150
HAUTE COUTURE 01/01/01
18/09/01
23/07/97 F C 530
151
HEAR MY SONG 01/01/01
16/10/01
01/09/97 F A 480
152
HEARTS AND MINDS 01/01/01
28/06/01
19/08/97 F A 460
153
HEATING OIL (GB) 01/01/01
07/07/01
23/01/98 M C 476
154
HEIDI’S SONG 01/01/01
04/03/01
07/07/97 F C 455
155
HERO'S SON 11/12/02
22/12/03
20/07/97 M C 500
156
HIRED TO RUN 01/01/01
06/06/01
22/09/97 M A 510
157
HIT OIL 01/01/01
04/03/01
17/11/97 F C 460
158
HIT THE GOLD 01/01/01
15/08/01
05/09/97 F C 470
159
HOLE IN FIFTEEN (USA) 01/01/01
30/04/01
09/04/98 F C 490
160
HONEY RAFAELA (USA) 01/01/01
14/06/01
23/03/98 F C 460
161
HONEY ZUCA (USA) 01/01/01
18/04/02
21/03/98 F C 470
162
HOUSE OF LORDS (Sacrificado)
01/01/01
07/05/03
04/08/97 M C 520
163
HRADINHA (USA) 01/01/01
11/03/01
18/03/98 F C 460
31
Continuação...
164
HURRY RAFAELA 01/01/01
20/02/01
13/09/97 F C 475
165
ILEGAL 24/11/02
19/11/03
06/09/98 M C 478
166
ILLIMITED SPEED 01/01/01
20/11/03
04/09/98 M C 483
167
IMAGE BUILDER 01/01/01
19/06/03
08/07/98 M C 485
168
IMMINENT DANGER 13/11/02
21/07/03
29/08/98 M A 450
169
IMPERATRIZ RAFAELA 01/01/01
13/12/01
01/08/98 F C 490
170
INDEPENDENCE DAY 13/10/01
27/06/03
01/08/98 M C 440
171
INDY DANCER 26/08/01
25/06/02
17/10/98 M C 470
172
INDY FLYER 01/01/01
12/11/02
01/08/98 M C 530
173
INFANTERIST 01/01/01
16/10/01
19/09/98 M C 460
174
INGRIMM 01/01/01
18/04/02
01/08/98 M A 490
175
INSGEHEIM 01/01/01
08/04/02
17/09/98 M T 500
176
INSTANT KILLER 09/04/02
19/07/03
27/09/98 M C 505
177
IPAPIBAQUIGRAFO 01/01/01
25/06/02
29/08/98 M C 410
178
IRISH INVADER 01/01/01
24/06/02
14/09/98 M C 530
179
IRLANDES VOADOR 01/01/01
25/06/02
26/07/98 M C 490
180
IRRESISTIBLE LADY 01/01/01
24/11/01
05/07/98 F T 460
181
ISTAMBUL DREAMIN` 01/01/01
10/06/01
14/07/98 M C 485
182
JABAQUARA GIRL 27/11/01
27/08/02
03/08/99 F C 485
183
JACARANDÁ VERDE 24/05/01
13/01/03
13/08/99 F C 455
184
JACAREGAY 18/05/01
19/06/03
01/08/99 M C 490
185
JACK NICKLAUS 20/11/02
12/05/03
03/09/99 M C 500
186
JACK THE RIPPER 18/05/01
18/07/03
26/07/99 M A 480
187
JACKAL 01/06/01
20/07/03
11/11/99 M A 505
188
JACKIE CHAN 27/05/01
07/12/02
27/08/99 M C 460
189
JACKIE O 25/10/02
06/05/03
01/08/99 F A 485
190
JACKPOT WINNER 18/05/01
19/11/03
31/07/99 M C 480
191
JAGUNÇO BOM (Sacrificado)
27/05/01
14/01/03
16/08/99 M C 500
192
JAIR BALA 07/11/02
04/05/03
13/08/99 M A 505
193
JAKE WALLACE 09/06/01
15/09/03
13/07/09 M A 505
194
JAM AND BUTTER 24/05/01
22/12/03
10/09/99 F C 465
195
JAMBALAYA 24/05/01
22/12/03
08/08/99 F A 530
196
JAMELÃO 30/07/02
12/11/02
31/07/99 M C 490
197
JAMES BOND 18/05/01
05/09/02
24/07/99 M C 507
198
JANELINHA 09/06/01
19/11/03
15/10/99 F C 420
199
L ENFANT GATE 08/12/02
22/12/03
26/08/00 M C 510
200
L ILE DE FRANCE 03/10/02
22/12/03
19/07/00 F C 475
201
LA RISOTA 21/12/02
22/12/03
02/08/00 F A 430
202
LAGARDERE 29/11/02
22/12/03
24/09/00 M T 490
203
LANDMANN 18/06/03
19/11/03
10/08/00 M C 500
204
LAY DOWN SALLY 13/08/02
20/11/03
18/07/00 F C 485
205
LE NORMAND 03/10/02
01/09/03
18/08/00 M C 460
32
Continuação...
206
LEROIDESANIMAUX 20/09/02
31/07/03
27/09/00 M A 515
207
LICENSE TO RUN 08/12/02
22/12/03
29/07/00 M C 476
208
LIGHT SPEED 05/05/03
19/11/03
04/10/00 M C 440
209
LITTLE CANDY 21/12/02
31/10/03
15/08/00 F A 480
210
LOOKING WILD 08/12/02
26/09/03
07/07/00 F C 485
211
LOVELY CELINA 30/10/02
22/12/03
14/08/00 F A 485
212
LOVELY MARCIA 20/09/02
27/09/03
17/07/00 F C 500
213
LOVELY ZUCA (USA) 10/05/03
22/12/03
16/01/01 F C 543
214
LOVING STRIPES 06/08/02
19/11/03
04/08/00 F A 460
215
LUCKY STRIPES 03/10/02
20/11/03
15/08/00 F A 517
33
ANEXO B
1. Teste de Qui-Quadrado para as variáveis ano hípico, claudicações e alterações
respiratórias.
Ano Hípico 2 x 1
Claudicação
Tabela de Contingência = 2 x 2
Qui-Quadrado = 16.831.Graus de liberdade = 1(p) = 0.0000
Correção de Yates = 15.909 (p )= 0.0001
Ano Hípico 1 x 3
Claudicação
Tabela de Contingência = 2 x 2
Qui-Quadrado = 5.509. Graus de liberdade = 1 (p) = 0.0189
Correção de Yates = 4.694 (p )= 0.0303
Ano Hípico 1 x 2
Alterações Respiratórias
Tabela de Contingência = 2 x 2
Qui-Quadrado = 0.236. Graus de liberdade = 1 (p) = 0.6270
Correção de Yates = 0.059 (p )= 0.8080
Ano Hípico 2 x 1
Outras Afecções
Tabela de Contingência = 2 x 2
Qui-Quadrado = 2.424. Graus de liberdade = 1 (p) = 0.1195
Correção de Yates = 1.856 (p )= 0.1731
Ano Hípico 2 x 1
Total
Tabela de Contingência = 2 x 2
Qui-Quadrado = 20.511. Graus de liberdade = 1 (p) = 0.0000
Correção de Yates = 19.751 (p )= 0.0000
Ano Hípico 1 x 3
Total
Tabela de Contingência = 2 x 2
Qui-Quadrado = 12.495. Graus de liberdade = 1 (p) = 0.0004
Correção de Yates = 11.603 (p )= 0.0007
Ano Hípico 3 x 4
Total
Tabela de Contingência = 2 x 2
Qui-Quadrado = 0.812. Graus de liberdade = 1 (p) = 0.3676
Correção de Yates = 0.52 (p )= 0.4711
34
ANEXO C
1. Teste de Qui-Quadrado para as variáveis sexo, ano, páreos e prevalência das afecções
Claudicação
Soma das Categorias: 192.000
Qui-Quadrado: 42.188. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0000
Correção de Yates: 41.255 (p) = 0.0000
Hemoparasitoses
Soma das Categorias: 58.000
Qui-Quadrado: 8.345. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0039
Correção de Yates: 7.603 (p) = 0.0058
Afecções Respiratórias
Soma das Categorias: 39.000
Qui-Quadrado: 11.308. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0008
Correção de Yates: 10.256 (p) = 0.0014
Outras afecções
Soma das Categorias: 62.000
Qui-Quadrado: 9.29. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0023
Correção de Yates: 8.532 (p ) = 0.0035
Total de afecções
Soma das Categorias: 351.000
Qui-Quadrado: 70.225. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0000
Correção de Yates: 69.333 (p) = 0.0000
I - Freqüência das afecções
Claudicação x Hemoparasitoses
Soma das Categorias: 250.000
Qui-Quadrado: 71.824. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0000
Correção de Yates: 70.756 (p) = 0.0000
Hemoparasitoses x Afecções Respiratórias
Soma das Categorias: 97.000
Qui-Quadrado: 3.722. Graus de Liberdade 1 (p) = 0,0537
Correção de Yates: 3.34 (p) = 0.0676
Afecções Respiratórias x Outras afecções
Soma das Categorias: 101.000
Qui-Quadrado: 5.238
Graus de Liberdade 1. (p) = 0.0221
Correção de Yates: 4.792 (p) = 0.0286
Claudicação x Outras afecções
Soma das Categorias: 254.000
Qui-Quadrado: 66.535. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0000
Correção de Yates: 65.516 (p) = 0.0000
35
II - Ocorrência das afecções em função do ano
Claudicação 2003 x 2002
Soma das Categorias: 143.000
Qui-Quadrado: 9.573. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0020
Correção de Yates: 9.063 (p) = 0.0026
Claudicação 2002 x 2001
Soma das Categorias: 102.000
Qui-Quadrado: 0.157. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.6921
Correção de Yates: 0.088 (p) = 0.7664
Hemoparasitoses 2003 x 2002
Soma das Categorias: 41.000
Qui-Quadrado: 0.22 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.6394
Correção de Yates: 0.098 (p) = 0.7548
Hemoparasitoses 2002 x 2001
Soma das Categorias: 36.000
Qui-Quadrado: 0.111. Graus de Liberdade 1 (p)= 0.7389
Correção de Yates: 0.028 (p) = 0.8676
Afecções Respiratórias 2003 x2002
Soma das Categorias: 22.000
Qui-Quadrado: 0.727 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.3938
Correção de Yates: 0.409 (p) = 0.5224
Afecções Respiratórias 2002 x 2001
Soma das Categorias: 30.000
Qui-Quadrado: 0.533 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.4652
Correção de Yates: 0.30 (p) = 0.5839
Afecções Respiratórias 2001 x 2003
Soma das Categorias: 26.000
Qui-Quadrado: 2.462 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.1167
Correção de Yates: 1.885 (p) = 0.1698
Outras afecções 2003 x 2002
Soma das Categorias: 47.000
Qui-Quadrado: 0.021 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.8840
Correção de Yates: 0.00 (p) = 1.0000
Outras afecções 2002 x 2001
Soma das Categorias: 38.000
Qui-Quadrado: 1.684. Graus de Liberdade 1 (p) = 0.1944
Correção de Yates: 1.289 (p) = 0.2561
Total de afecções 2003 x 2002
Soma das Categorias: 253.000
Qui-Quadrado: 5.411 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.0200
Correção de Yates: 5.123 (p) = 0.0236
36
Total de afecções 2002 x 2001
Soma das Categorias: 206.000
Qui-Quadrado: 0.485 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.4860
Correção de Yates: 0.393 (p) = 0.5306
III - Ocorrência das afecções em função dos páreos
Claudicação Curto x Médio e Médio x Longo
Soma das Categorias: 58.000
Qui-Quadrado: 15.517 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0001
Correção de Yates: 14.50 (p) = 0.0001
Hemoparasitoses Médio x Longo
Soma das Categorias: 33.000
Qui-Quadrado: 10.939 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.0009
Correção de Yates: 9.818 (p) = 0.0017
Hemoparasitoses Longo x Curto
Soma das Categorias: 12.000
Qui-Quadrado: 0.333 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.5637
Correção de Yates: 0.083 (p) = 0.7728
Afecções Respiratórias Médio x Curto
Soma das Categorias: 18.000
Qui-Quadrado: 2.00 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.1573
Correção de Yates: 1.389 (p) = 0.2386
Afecções Respiratórias Curto x Longo
Soma das Categorias: 9.000
Qui-Quadrado: 1.00 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.3173
Correção de Yates: 0.444 (p) = 0.5050
Afecções Respiratórias Médio x Longo
Soma das Categorias: 15.000
Qui-Quadrado: 5.40 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.0201
Correção de Yates: 4.267 (p) = 0.0389
Outras afecções Médio x Curto
Soma das Categorias: 28.000
Qui-Quadrado: 7.00 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.0082
Correção de Yates: 6.036 (p) = 0.0140
Outras afecções Curto x Longo
Soma das Categorias; 11.000
Qui-Quadrado: 0.818 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.3657
Correção de Yates: 0.364 (p) = 0.5465
Total de afecções Médio x Curto
Soma das Categorias: 126.000
Qui-Quadrado: 50.794 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0000
37
Correção de Yates: 49.532 (p) = 0.0000
Total de afecções Curto x Longo
Soma das Categorias; 60.000
Qui-Quadrado: 0.267 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.6056
Correção de Yates: 0.15 (p) = 0.6985
IV - Prevalência das principais afecções dos eqüinos PSI em treinamento
Claudicação 2003 x 2001
Soma das Categorias: 106.700
Qui-Quadrado: 8.267 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.0040
Correção de Yates: 7.72 (p) = 0.0055
Claudicação 2002 x 2001
Soma das Categorias: 69.500
Qui-Quadrado: 0.809 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.3683
Correção de Yates: 0.608 (p) = 0.4356
Hematoparasitoses 2003 x 2002
Soma das Categorias: 37.700
Qui-Quadrado: 1.573 Graus de Liberdade 1 (p)= 0.2098
Correção de Yates: 1.191 (p) = 0.2752
Hematoparasitoses 2002 x 2001
Soma das Categorias: 27.100
Qui-Quadrado: 0.31 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.5775
Correção de Yates: 0.133 (p) = 0.7151
Hematoparasitoses 2003 x 2001
Soma das Categorias: 34.800
Qui-Quadrado: 3.229 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.0724
Correção de Yates: 2.648 (p) = 0.1037
Afecções Respiratórias 2001 x 2002
Soma das Categorias: 29.500
Qui-Quadrado: 0.415 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.5193
Correção de Yates: 0.212 (p) = 0.6453
Afecções Respiratórias 2002 x 2003
Soma das Categorias: 21.000
Qui-Quadrado: 1.19 Graus de Liberdade 1 (p) = 0.2752
Correção de Yates: 0.762 (p) = 0.3827
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