83
Anexo A. Continuação
1
.
Meningoencefalite por
herpesvírus bovino tipo 5
Esta enfermidade tem sido descrita
com maior freqüência no
hemisfério sul (Brasil e Argentina)
do que no hemisfério norte.
Geralmente ocorre mais de um caso
na propriedade (Morbidade 20-
25%), mas pode ocorrer em casos
isolados.
Febre, depressão profunda. Pode
ocorrer corrimento nasal e ocular,
incapacidade de apreensão de
alimentos ou ingestão de água,
ranger dos dentes, déficit
proprioceptivo, cegueira, perda dos
reflexos auditivos e cutâneos,
tremores, convulsões, decúbito
prolongado esternal e lateral
permanente e óbito.
Hiperemia das leptomeniges,
malácia, áreas tumefeitas,
hemorrágicas, gelatinosas e
acinzentadas. Podem ocorrer
ainda ulcerações na traquéia,
rúmen e abomaso, além de
broncopneumonia fibrino-
purulenta e peritonite
fibrinosa.
Necrose neuronal aguda, edema e
tumefação do endotélio vascular,
intenso infiltrado misto nos espaços
perivasculares. Podem ser observados
em lesões iniciais corpúsculos de
inclusão intranucleares em astrócitos e
neurônios.
Síndrome da vaca caída
Necrose isquêmica dos grandes
grupos musculares dos membros
pélvicos, associada a
hipocalcemia pós-parto ou
quaisquer outras enfermidades
que levem ao decúbito
prolongado.
Mais comum em vacas leiteiras
recém-paridas, mas pode ocorrer
em qualquer categoria de bovinos
adultos.
Decúbito esternal, “status” mental
normal. Sinais vitais estáveis e
apetite normal, mas pode ocorrer
anorexia. Urina de cor marrom.
Necrose nos grandes grupos
musculares (Áreas mais
pálidas). Às vezes urina de cor
marrom.
Aumento dos níveis de CK e AST.
Proteinúria e hemo-globinúria. Grandes
áreas de necrose coagulativa ao exame
histológico.
Intoxicação por
organofosforados e carbamatos
(Neurotoxicidade retardada)
Esta forma manifesta-se entre 8 e
90 dias após intoxicação aguda.
Dificuldade locomotora, paraplegia
(membros posteriores).
Não se observam alterações
macroscópicas.
Edema axonal, cromatólise, necrose de
neurônios do tronco encefálico.
Intoxicação por ionóforos
Antibióticos metabólitos de
fungos usados para controlar o
timpanismo em bovinos.
(monensina, narasina,
salinomicina e lasalocida).
Perigosos quando utilizados em
dosagens acima das recomendadas
nas espécies-alvo ou por espécies
sensíveis.
Anorexia, diarréia, tremores,
incapacitação e fraqueza muscular
até decúbito permanente, taquicardia,
atonia ruminal, mioglobinúria. Nos
casos mais crônicos podemos
encontrar edema no peito, pulso
jugular, ascite, dispnéia, taquicardia,
e morte em semanas ou meses
associada a exercícios.
Em bovinos, as lesões
degenerativas e necróticas são
mais marcadas no coração e
observadas também nos
músculos esqueléticos.
Observa-se edema no peito,
hidropericárdio, ascite e
fígado em noz-moscada.
Necrose coagulativa e lise das
miofobrilas. Análise da ração e de
conteúdo gástrico ou ruminal.
Intoxicação por Senna
ocidentalis (Cassia ocidentalis)
(“fedegoso” ou “manjerioba”)
É amplamente distribuída mas a
intoxicação foi descrita na região
sul do Brasil devido a ingestão de
sementes misturadas ao milho e ao
sorgo em condições de pastoreio.
Diarréia, tremores musculares, andar
incoordenado, relutância em mover-
se, decúbito esternal, mioglobinúria e
morte.
Áreas pálidas nos músculos
esqueléticos, rins vermelhos
escuros, urina cor de café.
Fígado marrom-claro com
aspecto de noz moscada
descritos em animais into-
xicados experimentalmente.
Aumento dos níveis de CK, ALT e
AST. Mioglobinúria. Na histopatologia
observa-se necrose coagulativa. No
fígado vacuolização difusa com morte
individual dos hepatócitos.
1
Quadro elaborado a partir das seguintes publicações: BARROS et al., 2006; RADOSTITS et al., 2000; RIET-CORREA et al., 2001; RIET-CORRET, F.; RIET-CORREA,
G.; SCHILD, 2002; TOKARNIA; DOBËREINER; PEIXOTO, 2000.