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Realizados estes cálculos, observou-se que os meses de abril, maio e junho
têm o menor potencial adiabático de secagem, sendo, então, escolhidos para o cálculo das
vazões mínimas a serem indicadas para a região em estudo.
A Tabela 7 mostra que na época selecionada, com o aumento da umidade
relativa do ar ambiente, diminui o potencial adiabático de secagem do ar ambiente.
Tabela 7 – Valores para potencial adiabático de secagem (PAS) e umidade relativa média do ar
ambiente (U.R.), na região de Pedrinhas Paulista, SP.
Ano Abril Maio Junho
U.R. (%) PAS (g.m
-
3
) U.R.(%) PAS(g.m
-
3
) U.R.(%) PAS(g.m
-
3
)
1994 74,2 1,58 76,9 1,36 77,0 1,19
1995 73,3 1,59 77,8 1,24 73,9 1,46
1996 73,5 1,61 72,9 1,53 74,3 1,40
1997 73,6 1,57 76,7 1,32 83,2 0,87
1998 79,3 1,23 79,3 1,13 78,3 1,13
1999 69,8 1,80 72,6 1,51 85,6 0,76
2000 61,6 2,47 71,7 1,57 65,6 2,07
2001 66,1 2,22 78,9 1,15 80,9 1,03
2002 57,4 2,91 83,4 0,94 69,8 1,75
2003 68,6 1,97 75,1 1,37 80,4 1,21
2004 74,7 1,59 81,9 0,98 80,2 1,06
Comparativamente, os meses de maio e abril apresentaram os menores
valores de potencial adiabático de secagem, o que é característico da região, onde ocorre nestes
meses a tendência a baixa temperatura e alta umidade relativa ambiente.
A partir dos valores obtidos com o potencial adiabático de secagem,
através do programa de simulação implementado por Queiroz, Pereira e Melo (1986),
determinou-se o valor mínimo de vazão específica indicada para a região de Pedrinhas Paulista.
Foram utilizadas duas possibilidades de teor de umidade de entrada dos
grãos no sistema de secagem com temperatura próxima a ambiente, 16 e 18% b.u., e para cada
um destes, simulou-se uma variação na temperatura dos grãos no início do processo. Esta análise
serviu para avaliar o ganho que se tem na secagem em baixa temperatura, transformando a
câmara de resfriamento do secador em câmara de secagem, o que além de melhorar a condição
de secagem em baixa temperatura, devido ao aproveitamento da energia armazenada nos grãos,