o carinho do meu neto, da minha filha, o respeito da minha
família, muito é por esse trabalho aqui”. (G. R.B)
“A gente que é mulher, depois que passa a ter
responsabilidade cresce até a auto estima, antes eu não sabia
o que era isso. Aqui eu aprendi a me relacionar melhor com as
pessoas, eu era muito estourada, agora tenho mais paciência
com os outros”. (A.A.B.C.)
“Hoje eu to na faculdade, isso foi graças a participação na
cooperativa, eu fui me conscientizando, eu abri a minha mente,
e vi a importância do estudo, então voltei a estudar, terminei o
primeiro grau, depois fiz o segundo grau, fiz o ENEM e hoje eu
tenho uma bolsa, faço Educação Física, to gostando do curso,
e eu não quero parar por aí não, quero dar continuação”.
(M.L.R.S.)
“Eu participei disso tudo, e vejo hoje o tanto que eu cresci,
como mulher, como esposa, como mãe, eu cresci muito como
pessoa”. (M.L.R.S.)
“[...] participei de todo processo até fundar a cooperativa, de
reuniões, cursos, participei de tudo, então foi muito legal, eu
aprendi muito com isso, eu tava tentando sair de uma
depressão e ao mesmo tempo eu empolguei, eu gostei, me
ajudou bastante, hoje eu sou o que eu sou devido a ter
participado naquela época e com isso eu não parei”. (M.L.R.S.)
“É claro que o dinheiro é importante pra mim, mas se tivesse o
dinheiro e não tivesse esse resgate, eu não taria aqui hoje,
porque o dinheiro eu vou ganhar em outro lugar, com certeza,
mas esse convívio, por exemplo, as vezes a cooperativa ta
com uma dificuldade tão grande, e as pessoas ta sorrindo, ta
brincando, e eu não consigo vê isso em outros lugar de
trabalho”. (N.R.V.)
“O que mudou na minha vida foi muita vontade de viver
novamente, eu já tinha perdido a vontade”. (G. R.B)
“Mas eu acho que assim, o que me segura muito aqui é a
questão da convivência humana, eu acho que eu aprendi a
amar as pessoas, a aceitar elas do jeito que elas são”. (N.R.V.)
“Quando eu comecei a trabalhar na Usina eu tinha apenas a
quarta série, aí como agente sempre tinha que receber gente
de fora, e trabalhar com professores, eu comecei a ver a
necessidade de melhorar um pouco, até mesmo pra conversar,
aí eu voltei pra escola, fiz o supletivo do primeiro grau, terminei,
fiz o do segundo grau, eu já tinha 48 anos quando voltei a
estudar”. (L.I.P.)