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UNESP-UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Faculdade de Odontologia de Araraquara
LUIZ GUILHERME MARTINS MAIA
Avaliação em modelo fotoelástico do sistema de
força gerado pela mola “T” de retração
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências Odontológicas-Área
de Ortodontia, da Faculdade de Odontologia
de Araraquara - UNESP, para obtenção do
título de Mestre em Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Luiz Gonzaga Gandini Jr
Co-Orientador: Prof. Dr. Vanderlei Luiz Gomes
Araraquara
2007
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Maia, Luiz Guilherme Martins
Avaliação em modelo fotoelástico do sistema de força gerado
pela mola “T” de retração / Luiz Guilherme Martins Maia.
Araraquara : [s.n.], 2007.
150 f.; 30cm.
Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Odontologia.
Orientador: Prof. Dr. Luis Gonzaga Gandini Jr.
Co-orientador: Prof. Dr. Vanderlei Luiz Gomes
1.Fechamento de espaço ortodôntico I. Título.
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marley Cristina Chiusoli Montagnoli CRB 8/5646
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Odontologia de Araraquara / UNESP
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LUIZ GUILHERME MARTINS MAIA
Avaliação em modelo fotoelástico do sistema de
força gerado pela mola “T” de retração
COMISSÃO JULGADORA
Orientador: Prof. Dr. Luiz Gonzaga Gandini Jr.
Prof. Dr. Ary dos Santos Pinto.
Prof. Dr. Gustavo Mattos Barreto.
Araraquara, 10 de julho de 2007
DADOS CURRICULARES
LUIZ GUILHERME MARTINS MAIA
Nascimento: 20/04/1973, São Paulo, SP
Filiação: Tibério Sá Maia e Maria Bernardina Martins Maia
1992-1996 Graduação em Odontologia pela Universidade de Marília–
UNIMAR
1997 Atualização em Ortodontia Preventiva pela Fundação
Araraquarense de Ensino e Pesquisa (FAEPO-Unesp, Araraquara)
1998-1999 Curso de Atualização em Ortodontia Corretiva pelo Grupo de
Estudos Ortodônticos e Serviços (GESTOS, Araraquara)
2000-2003 Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia facial
pela Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD-EAP/Unesp-
Araraquara
2005-2006 Curso de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas, Área de
Concentração Ortodontia, nível Mestrado na Faculdade de Odontologia
de Araraquara- FOAr –UNESP
2007 Professor Titular de Ortodontia da Universidade Tiradentes, (Unit-
Aracaju, SE)
DEDICATÓRIA
Dedicatória
Aos meus pais, Dina e Tibério, que nas horas necessárias
souberam me passar coragem e determinação.
Ao professor e orientador, Dr. Luiz Gonzaga Gandini Júnior,
que inconscientemente me fez saber o quanto é importante ser
bom naquilo que nos propomos a fazer.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Agradecimentos especiais
Em primeiro lugar, a Deus, por sempre me proporcionar,
saúde e força, colocando em meu caminho pessoas especiais que me
ajudam a realizar meus sonhos, e também por me dar a oportunidade de
discernir o certo do errado, por me dar todas as oportunidades de escolha,
e por me manter sempre crítico ao meu caráter.
À minha mãe, Dina. Simples palavras não seriam
suficientes para demonstrar meu amor a você. Sou muito grato por tudo
que você sempre fez a mim!
Ao meu pai, Tibério, pela generosidade e paciência comigo,
por acompanhar meu trajeto sempre atento e alerta, com palavras de
consolo, nas horas necessárias.
À minha adorável Mila, não só por ser meu braço direito
nos momentos de angústias, mas também por fazer parte de minhas
maiores conquistas como pessoa. Amo você!
Às minhas irmãs, Maria Cláudia, Maria Silvia e Maria
Lúcia. Desculpem-me minha ausência durante esses últimos anos. Amo
vocês!
Aos meus sobrinhos, Pedro Henrique, João Henrique,
Luís Henrique e a mais nova pérola “Laurinha”, amores de minha vida.
Agradecimentos especiais
À minha querida “filha” (afilhada) e sobrinha, Mariana
Maia. Que você continue sendo essa pessoa linda, meiga e responsável.
Deus te abençoe!
Aos meus amigos e cunhados, Fábio, Fabrício e José
Roberto.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos
À Faculdade de Odontologia de Araraquara – Universidade
Estadual Paulista, representada pela digníssima Diretora Prof
a
. Dr
a
.
Rosemary Adriana Chiérice Marcantonio e pelo Vice – Diretor Prof. Dr.
José Cláudio Martins Segalla.
À Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por
disponibilizar as condições para o desenvolvimento desse projeto, em
especial ao Departamento de Engenharia Mecânica.
Ao Prof. Dr. Vanderlei Luiz Gomes, por acreditar e apoiar
este projeto.
À Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível
Superior (CAPES), pela bolsa de estudo que me foi concedida.
À Universidade Tiradentes. Por me acolher e conceder a
oportunidade de lecionar.
À Coordenação do curso de Odontologia da Universidade
Tiradentes do Estado de Sergipe, representada pela pessoa de Sandra
Regina Barreto.
Ao meu amigo e irmão que nunca esquecerei Prof. Dr. Luís
Anselmo Mariotto, sempre presente e me orientando para a vida.
Ao irmão, amigo e companheiro de apartamento, Rafael
Azeredo (Rafa), pelas conversas que refletirão por toda a minha vida.
Agradecimentos
Ao amigo André Monini, pela solidariedade prestada e
pela sua ajuda.
Ao grande amigo e colaborador, Prof. Túlio Kalife, pela
dedicação a este trabalho.
Aos meus colegas de turma do Mestrado, Deborah Ferraz,
Luana Paz, Rafael Azeredo e Renata Gonçalves, que se tornaram parte de
minha história.
Aos colegas da Pós-Graduação em Ortodontia, Anamaria
Abdala, André da Costa Monini, Cristina Azevedo e Helder Jacob.
Aos mais novos amigos de Araraquara, Fábio Dória, Betina
Grehs, Denise Góes, Milena Araújo, Paulo Soares e Roberta Amaral.
Aos Professores de Ortodontia de Araraquara que são
responsáveis pela minha formação, nas pessoas dos Professores: Dr. Ary
dos Santos Pinto, Dr. Dirceu Barnabé Raveli, Dr. João Roberto
Gonçalves, Dr. Joel Cláudio da Rosa Martins (in memorian), Dra. Lídia
Parserkian Martins, Dr. Luiz Gonzaga Gandini Jr., Dr. Maurício Tatsuei
Sakima e Dr. Tatsuko Sakima.
Ao amigo, Itamar Lopes Júnior, que não mediu esforços
para me ajudar na metodologia deste trabalho.
Agradecimentos
À querida Mara Cândida Munhoz do Amaral, que sempre
me presenteou com seu carinho e alegria.
À Professora Dra. Márcia Regina Elisa Aparecida
Schiavon Gandini, agradeço pelas oportunidades e por ter acreditado em
meus sonhos.
Ao Professor, Dr. Acácio Fuziy, que me incentivou a buscar
meu aprimoramento profissional. Muito obrigado!
Aos professores da Disciplina de Odontopediatria da
Faculdade de Odontologia de Araraquara - FOAr – UNESP, Ângela
Cristina Cilense Zuanon, Cyneu Aguiar Pansani, Elisa Maria Aparecida,
Giro, Fabio César Braga de Abreu, Josimeri Hebling, Lourdes Aparecida
Martins dos Santos-Pinto e Rita de Cássia Loiola Cordeiro.
Aos amigos, Edmílson e Ângelo Loiola, por compartilhar o
conhecimento e a amizade.
Aos colegas, Ricardo de Souza Sampaio e Roberto Hideo
Shimizu, pelo material primordial e fundamental que serviu de subsídio e
referência para meu projeto.
Aos amigos, Pedrinho, Totó e Regina, pela amizade, pelo
carinho e apoio técnico-laboratorial.
Agradecimentos
A todos os funcionários da biblioteca, pela amizade e
atenção: Adriano, Ceres, Eliane, Maria Helena, Maria Inês, Marley,
Odete e Silvia.
Aos funcionários do Departamento de Clínica Infantil da
Faculdade de Odontologia de Araraquara – FOAr – UNESP, Toninho,
Edson (in memorian), Pedrinho, Arnaldo (in memorian), Dulce, Silvia,
Soninha, Celinha, Taninha, Regina, Cris e Odete, por nos auxiliarem
sempre.
Aos funcionários da Secretaria de Pós–Graduação da
Faculdade de Odontologia de Araraquara – FOAr – UNESP, Mara,
Rosângela, Vera, Sylvia e Alexandre, pela atenção que sempre nos
dispensaram em todos os momentos.
PREFÁCIO
Prefácio
Esta tese será apresentada na forma de dois
artigos intitulados:
Artigo 1 Avaliação qualitativa em modelo
experimental fotoelástico do sistema de força gerado pela mola
“T” centralizada com pré-ativações preconizadas por
Burstone”.
Artigo 2 Estudo qualitativo fotoelástico do sistema
de força gerado pela mola “T” de retração com diferentes pré-
ativações.
SUMÁRIO
Sumário
RESUMO...............................................................................................................21
ABSTRACT...........................................................................................................23
INTRODUÇÃO................................................................................................... 25
REVISÃO DA LITERATURA........................................................................... 29
PROPOSIÇÃO.................................................................................................... 49
ARTIGO 1 ........................................................................................................... 50
ARTIGO 2 ........................................................................................................... 90
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 139
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
Lista de abreviaturas, siglas e símbolos
A - apical dos dentes
C/D
– proporção carga/deflexão
D - distal dos dentes
M/F - proporção momento/força
M - mesial dos dentes
TMA – titânio molibdênio
13 - dente esquerdo ao observador
23 - dente direito ao observador
X – eixo x
Z – eixo z
a – coluna “a” superior do eixo cartesiano
b - coluna “b” superior do eixo cartesiano
c - coluna “c” superior do eixo cartesiano
d - coluna “d” superior do eixo cartesiano
e - coluna “e” superior do eixo cartesiano
f - coluna “f” superior do eixo cartesiano
a’ – coluna “a” inferior do eixo cartesiano
b’ – coluna “b” inferior do eixo cartesiano
c’ – coluna “c” inferior do eixo cartesiano
d’ - coluna “d” inferior do eixo cartesiano
e’ - coluna “e” inferior do eixo cartesiano
f’ - coluna “f” inferior do eixo cartesiano
RESUMO
Resumo
Maia, LGM. Avaliação em modelo fotoelástico do sistema de força gerado
pela mola “T” de retração (Dissertação de Mestrado). Araraquara: Faculdade
de Odontologia da UNESP; 2007.
A fotoelasticidade é um fenômeno ótico muito utilizado em
pesquisas da engenharia e da mecânica. Este método avalia áreas
submetidas à forças provenientes de sistemas mecânicos complexos
e transforma luz comum polarizadas em padrões de luz isoclínicas e
isocromáticas denominados franjas fotoelásticas. A fotoelasticidade
foi utilizada pela primeira vez em pesquisa odontológica por Zak,
em 1935, quando ele aplicava forças ortodônticas de diferentes
pontos de aplicação e observava o sistema de força gerado por esse
sistema. Esse fenômeno pode ser observado através do polariscópio
e os testes são realizados em modelos fotoelásticos construídos a
partir da resina epóxi. Baseado nisso, esta pesquisa avaliou o
sistema de força gerado pela mola T de retração ortodôntica para
fechamento de espaço, confeccionada com fio de titânio-molibdênio
de secção transversal 0,017”X 0,025”, com três tipos de pré-ativação,
sendo a primeira definida por Burstone, a segunda por Marcotte e a
terceira, por Souza. A distância interbráquete utilizada foi de
27,0mm e a mola T foi posicionada, centralizada no espaço
interbáquete e a avaliação do sistema de força foi analisado tanto
para o lado da retração quanto para o lado de ancoragem. Cada
mola era ativada em posição neutra, ativação média e ativação
máxima. Para o registro dos testes utilizou-se uma máquina digital e
após a obtenção dos registros as imagens foram impressas,
interpretadas qualitativamente e expressa em gráficos. O sistema de
força desenvolvido entre as três pré-ativações mostrou-se com maior
concentração de energia para a Mola T com pré-ativação de Souza,
seguindo por marcotte e por último, Burstone. Concluiu-se o
sistema de força liberado pela Mola T retração, apresentou um
sistema de força simétrico entre o segmento de ancoragem e o
segmento ativo.
Palavra-chave: Fechamento de espaço ortodôntico.
ABSTRACT
Abstract
Maia, LGM. Evaluation by way of a photo elastic model of the force system
generated by a “T” retraction spring (Master degree dissertation). Araraquara:
Dental College of the UNESP; 2007.
Photo elasticity is an optical phenomenon used quite a lot in
engineering and mechanical research. This method evaluates areas
submitted to forces created by complex mechanical systems and
transforms ordinary polarized light into patterns of isoclinic and
isocromatic light known as photo elastic fringes. Photo elasticity was
used for the first time in orthodontic research by Zak, in 1935, when
he applied orthodontic forces from different application points and
observed the force systems generated by this system. This
phenomenon can be observed through the polariscope and the tests
are carried out on photo elastic models made from epoxy resin.
Based on this, this research evaluated the force system generated by
a orthodontic T spring retractor for the closure of spaces, made with
a titanium-molybdenum wire with a transversal section of 0,017” X
0,025”, with three types of pre-activation, the first having been
defined by Burnstone, the second by Marcotte and the third by
Souza. The inter-bracket distance used was of 27, 0 mm. and the T
spring was placed, centralized in the inter-bracket space and the
evaluation of the force system was analyzed both at the retraction
point and at the anchorage point. Each spring was activated in a
neutral position, medium activation and maximum activation. A
digital camera was used to register the tests and, after obtaining the
records, the images were printed, qualitatively interpreted and
expressed graphically. The force system developed among the three
pre-activation types showed a greater energy concentration with the
Souza pre-activation type, followed by the Marcotte type and lastly
by the Burnstone type. It was concluded that the force system
liberated by the T spring retractor presented a symmetrical force
system between the anchorage segment and the active segment.
Key word: Closure of orthodontic spaces.
INTRODUÇÃO
Introdução
Em qualquer especialidade da odontologia, o diagnóstico
exerce um papel fundamental para um correto plano de tratamento,
ocasionando boa função mastigatória, saúde periodontal e melhora na
qualidade de vida do indivíduo. Na Ortodontia, não se faz diferente, e um
detalhado estudo da queixa e das características da má-oclusão deve fazer
parte das informações adquiridas na anamnese, vislumbrando, ao final do
tratamento, boa estética facial e perfeito equilíbrio do sistema
estomatognático.
No plano de tratamento, a discrepância entre tamanho de
dentes e bases ósseas, muitas vezes, leva o Ortodontista a optar por
extrações dentárias
4,43
. Nesse caso, o fechamento de espaços poderá
ocorrer pela distalização do segmento anterior, mesialização do segmento
posterior, ou uma combinação entre as duas situações anteriores
7,26,39,49
. O
fechamento de espaço decorrente do movimento do dente, pela aplicação
de força ortodôntica, gera efeitos colaterais recíprocos de mesma
intensidade e sentidos contrários. Esses efeitos poderão ser desejáveis ou
não, sendo minimizados por meio da incorporação de ancoragem e
também pela seleção de dispositivos mecânicos de retração que controlem
melhor esses efeitos
5
.
Para o fechamento do espaço, dispomos de vários
dispositivos eficientes, dentre os quais, a alça T que tem a característica de
proporcionar uma baixa proporção carga/deflexão (C/D) resultante de
uma grande incorporação de fio no formato da alça e pela utilização da
liga de TMA 0,017” x 0,025”, o que permitem trabalhar com uma ativação
alta, por um período de tempo maior, e uma magnitude de força
relativamente baixa, quando comparada com outras alças de alta
proporção carga/deflexão.
26
Introdução
Além disso, com a alça T, pode-se variar a proporção M/F
que é estabelecida entre o centro de resistência do dente e o ponto de
aplicação da força ao mesmo. Isso proporciona um maior controle do
movimento axial e poder-se-á selecionar movimento de inclinação
controlada, inclinação descontrolada, movimento de corpo ou radicular.
O sistema de força gerado pela mola T é controlado pela
incorporação das dobras de pré-ativação, quantidade de ativação e
posicionamento no espaço adjacente das exodontias. Hoenigl et al.
26
(1995)
avaliaram o sistema de força de uma alça T centralizada, utilizando
a ativação máxima e desativando-a, gradativamente, até a menor
desativação. Concluíram que esse tipo de alça produz um sistema de
forças necessário para a completa translação de dentes
26
.
A eficiência desse tipo de alça é demonstrada clinicamente
21
e seu sistema de força é conhecido por meio de pesquisas com ensaio
mecânico
26,33,34,38,45-48,51-53
e elemento finito
36
, porém nunca foi avaliados em
modelo experimental fotoelástico. A fotoelasticidade é um fenômeno
físico, em que certos materiais anisotrópicos apresentam um padrão de
franjas coloridas, quando forças são aplicadas sobre esses materiais.
Utilizando-se desse fenômeno, inúmeras pesquisas foram desenvolvidas
na área da engenharia para aprimorar materiais que recebem cargas
constantes e apresentam linhas de fraturas, provindas dessas
cargas
15,17,23,37
.
Na Odontologia, a fotoelasticidade foi introduzida na
pesquisa Ortodôntica em 1935, por Zak
58
, quando avaliou tipo de
movimento dentário, forças e ponto de aplicação destas. Porém, por falta
de conhecimento e domínio sobre a metodologia, poucos trabalhos foram
produzidos até a década de 70, quando houve significativa utilização
27
Introdução
desse método e, conseqüentemente, foram criados parâmetros que
contribuíram para o desenvolvimento de novas pesquisas
1-3,11-16,18-20,22-25,27-
32,41,42,44,50,54-57
.
Atualmente, a fotoelasticidade é muito utilizada na
odontologia, principalmente nas áreas da Ortodontia
2,3,11,13,14,16,27,44
cirurgia
buco-maxilo facial
29
,
dentística restauradora
19,20,28,30,31,35,37,41,50,55
, prótese
32
,
periodontia
23
e implantodontia
12,18,24,25
para avaliar o restabelecimento da
oclusão.
Dentro dessa linha de raciocínio, este trabalho tem o
objetivo avaliar o sistema de forças gerado pela alça T centralizada
utilizando-se modelo fotoelástico.
REVISÃO DA LITERATURA
Revisão da literatura
Para melhor entendimento a Revisão da Literatura será
dividida em dois tópicos, a saber: fotoelasticidade e alças de
retração.
FOTOELASTICIDADE
Zak
58
(1935) introduziu a fotoelasticidade na odontologia,
mais particularmente na Ortodontia. Ele cita os princípios básicos dessa
técnica e sua aplicação para visualização de áreas de tensão e pressão por
meio de análises qualitativa e quantitativa. Na técnica fotoelástica, o autor
fez várias adaptações nas quais ele descreve a composição técnica de fonte
de luz, tempo de exposição e materiais empregados para avaliar o modelo
fotoelástico. Utilizou uma réplica de incisivos superiores com
comprimento de 4,0 a 4,5 cm e com forma anatômica radicular variada. Os
dentes eram recortados no sentido ântero-posterior e confeccionados com
material de efeito fotoelástico, e o osso alveolar adjacente seguindo o
mesmo recorte. Os dentes eram fixados a um aparelho de sustentação que
simularia o movimento para avaliar a localização do centro de rotação do
dente e as áreas de tensão e pressão no alvéolo. O autor conclui que o
método experimental fotoelástico demonstra as forças biomecânicas altas,
leves, verticais e horizontais e o tipo de movimento do dente gerado por
essas forças.
30
Revisão da literatura
Glickman et al.
23
(1970) usaram um modelo fotoelástico
para avaliar o estresse suportado pelo primeiro molar e primeiro pré-
molar quando forças axiais e inclinadas eram aplicadas. Após essa
avaliação, uma prótese fixa foi inserida aos dentes, e as forças axiais e
inclinadas foram repetidas para novamente serem avaliadas. Uma vez
observadas quantitativamente, relataram algumas características para a
utilização metodológica da fotoelasticidade. Enfatizaram que o valor da
margem entre as franjas depende do tipo de material usado, espessura e
comprimento da onda de luz e a temperatura do modelo. Relataram que,
para a interpretação das franjas, a força em um determinado ponto será
calculada pela determinação de um ponto na ordem das franjas e
multiplicado pelo número de vezes o valor da linha.
Caputo et al.
11
(1974) avaliaram, com um polariscópio
circular, o efeito fotoelástico de diferentes alças verticais para retração,
confeccionadas com fio Elgiloy azul (Rocky Mountain Dental Products
Company, Denver Colo), utilizando dois modelos fotoelásticos de um
hemi-arco inferior contendo primeiro molar, segundo-pré-molar e canino,
sendo que o primeiro pré-molar estava ausente pela “exodontia”. Nas
alças de retração, foram incorporadas dobras Gable de 0°, 30°, 45° e 60°.
Eles concluíram que uma combinação entre força de ativação e Gable pode
produzir movimento controlado; força excessiva pode produzir
movimento de inclinação, assim como perda de ancoragem; movimento
controlado do canino ocorre quando a força não excede 300 gramas e o
ângulo do Gable fica entre 45° e 60°.
31
Revisão da literatura
Baeten
2
(1975) construiu um modelo resinoso de um arco
superior direito e avaliou, utilizando a técnica fotoelástica, vários sistemas
mecânicos de retração Ortodôntica. Para análise dos resultados, usou
imagens das franjas obtidas por fotografias e representou, por meio de
gráfico, os resultados. Nas áreas de compressão, marcou pontos positivos
e, nas áreas de tensão, usou pontos negativos. Avaliou vários tipos de
mecânica de retração, dentre elas, a mecânica de retração de Ricketts
(bioprogressiva) e a alça de retração retangular utilizada por Burstone
para retração. Nesta pesquisa, o autor variou espessura e forma do fio,
tipo de liga, magnitude da força, braquete e slots. Concluiu que, entre as
técnicas avaliadas, as de Burstone e Ricketts tiveram bons resultados por
promover um movimento sem fricção, porém a técnica de retração de
Ricketts teve baixo controle radicular quando as forças horizontais eram
abaixo de 130g; já as técnicas de Burstone promoveram um movimento de
inclinação controlada.
Rossato et al.
44
(1982) por meio do método fotoelástico,
avaliaram o movimento do canino, comparando a mecânica convencional
com “Power Arm”. Para isso, reproduziram 15 modelos fotoelásticos de
um hemi-arco inferior direito, obtendo segundos molares, primeiros
molares e primeiros pré-molares. Para cada mecânica de retração, foram
confeccionados dois arcos de fios retangulares, sendo um de 0,021”x
0,025” e o outro de 0,018” x 0,025”, sendo alterada a magnitude da força.
Concluíram que, no método com “Power Arm”, o canino apresentou uma
tendência para movimento de corpo; a espessura do fio retangular não
alterou a tendência para o movimento de corpo, e a magnitude da força
também não alterou o tipo de movimento.
32
Revisão da literatura
Itoh et al.
27
(1985) reproduziram um modelo anatômico
tridimensional de humano com material birrefrigente para analisar, por
meio do fenômeno fotoelástico, o efeito da tração reversa maxilar no
tratamento da Classe III com mordida cruzada anterior por retrusão da
maxila. Os autores verificaram três tipos de aparelhos com diferentes
unidades de ancoragem, e também o efeito gerado pelo aparelho de tração
maxilar com puxada paralela ao plano oclusal e 20 graus inclinado para
baixo em relação ao mesmo plano. Concluíram que forças paralelas de
protração aplicadas ao molar causaram inclinação anti-horária do dente
enquanto a força com vetor de 20 graus para baixo do plano oclusal
diminuiu essa inclinação e gerou alguma extrusão; tanto a tração paralela
quanto a outra causaram constrição da região anterior da maxila; a
protração realizada na região de molares e pré-molares causou rotação
anti-horária do plano palatino, porém inclinando esse vetor em 20 graus
para baixo do plano oclusal, ocorre diminuição dessa rotação.
Caputo, Stardlee
10
(1987) definiram o efeito fotoelástico
como sendo a imagem criada pela diferença entre a velocidade da luz, ao
atravessar um objeto sólido sujeito a tensões. Relataram que poderiam
usar esse tipo de efeito para observar a tensão das forças mastigatórias
exercidas sobre uma restauração. Também estabeleceram a
proporcionalidade entre o número de franjas e a intensidade,
concentração de tensões e a proximidade entre as franjas.
33
Revisão da literatura
Chaconas et al.
15
(1990) avaliaram o estresse gerado pela
técnica lingual e convencional em modelo fotoelástico. Para isso, colaram
bráquetes Ormco edgewise 0,018” x 0,025” na face vestibular e lingual. Os
arcos, superior e inferior, foram construídos simulando uma má-oclusão.
Os dentes foram esculpidos em cera e por meio de impressão de resina
epoxy ivory-colored. Ao final do processo, os dentes foram polidos. Para
visualização, foi utilizado um polariscópio circular. O modelo era
observado antes das aplicações das tensões provocadas pela colocação dos
fios. Os primeiros resultados obtidos demonstraram uma concentração
menor de forças no sistema lingual, apresentando áreas de tensões
concentradas no ápice mesial da raiz do primeiro molar e sobrepondo com
o ápice do segundo pré–molar, sendo também observadas tensões na
crista do alvéolo entre os dentes. Na aplicação vestibular, a principal
concentração de força foi encontrada ao longo da raiz mesial e no lado
esquerdo do primeiro molar, estendendo no ápice da crista do alvéolo.
Pode-se dizer que os dois sistemas (vestibular e lingual) apresentaram
avaliação similar para a maxila. Na mandíbula, o arco vestibular gerou
maior intensidade do que o arco lingual. No arco de retração, foi gerado
área de tensão na região anterior direita, com forma de alças helicoidais.
Os resultados demonstraram que a distribuição de forças foram similares,
porém a técnica lingual gerou forças maiores.
34
Revisão da literatura
Yoon et al.
57
(2002) avaliaram a distribuição de estresse
entre dois tipos de sistemas para correção de mordida cruzada posterior
dentária, em que o segundo molar encontrava-se em línguo versão, e
usaram um modelo fotoelástico para avaliar a distribuição de estresse
entre os dois sistemas. Na construção dos dentes do modelo, foi utilizada
a resina Ivory-colored. A unidade de ancoragem do sistema ortodôntico
foi construída com um arco lingual de 0,036”, soldado na região dos
primeiros molares inferiores. Para a movimentação dos segundos molares,
um botão lingual foi soldado na face lingual da banda, e um tubo era
soldado na face vestibular da banda do outro segundo molar para a
inserção do elástico em cadeia. Uma alça de TMA 0,017” X 0,025” foi
confeccionada e adaptada ao tubo vestibular dos primeiros molares. A
ativação era obtida com a inserção do elástico em corrente ao fio de TMA.
A aplicação de força nos elásticos era de 8 a 10 onças. O modelo foi
avaliado através do polariscópio circular de transmissão, antes e depois da
ativação. A conclusão do estudo segue com a seguinte descrição: 1) na
aplicação por vestibular, o estresse tornou-se mais concentrado na crista
alveolar lingual e, no ápice da raiz na região do segundo molar, o efeito
colateral foi observado com uma força de extrusão no dente 31; 2) o
estresse foi mais acentuado na aplicação da força por tração lingual,
provocando uma força intrusiva no dente 31 como efeito colateral; 3)
quando a força era aplicada simultaneamente no segundo molar direito e
esquerdo, a mesma se tornava mais distante do centro de resistência do
dente. A interferência provocada pela extrusão do segundo molar como
efeito colateral era maior durante a tração lingual.
35
Revisão da literatura
Oliveira
41
(2003)
avaliou, por meio de imagens obtidas em
polariscópio, as propriedades físicas da resina epóxi fotoelástica, quando
forças eram aplicadas sobre um implante metálico. Descreveu suas
características quanto à recuperação elástica, birrefringência e danos
físicos. Concluiu que a resina epóxi apresenta adequadas propriedades
para avaliação fotoelástica de esforços aplicados sobre corpos. Até um
limite de 2Kgf, o material propicia boas condições de leitura e separação
das franjas; ao atingir 6,0Kgf, o material começa a apresentar alterações
estruturais que culminam com seu rompimento aos 6,5Kgf. A inter-relação
engenharia/odontologia, através de interesses multidisciplinares no
desenvolvimento de técnicas e tecnologias, em muito tem contribuído
para o crescimento das profissões e melhoria de seus produtos.
Badaró Filho
1
(2003) pelo método fotoelástico, analisou
qualitativa e quantitativamente as alterações ocorridas entre as ligas:
Paládio/prata (Pors-On 4) e Níquel-Cromo (Verabond) antes e após a
fundição, além de verificar a condição de passividade de assentamento de
barras Dolder com pilares tipos Ucla, plástico e com cinta de ouro sem
aplicação de cargas. Foi possível medir as alterações ocorridas antes e
após as fundições das ligas e, independente do tipo de liga, essa contração
ocorreu.
36
Revisão da literatura
Watanabe et al.
54
(2004) propuseram a utilização de um
Typodont fotoelástico para avaliação qualitativa da correção do trespasse
vertical acentuado, utilizando a técnica do arco segmentado. Na obtenção
do modelo fotoelástico, uma armação de acrílico foi confeccionada no
formato de uma parábola para reproduzir uma arcada. Neste estudo, o
modelo fotoelástico foi obtido por uma mistura de água, gelatina e
glicerina. Os autores concluíram que o método fotoelástico utilizado para
avaliação da mecânica de intrusão foi eficiente na visualização do
movimento intrusivo, sendo um recurso efetivo a ser utilizado no ensino
da Ortodontia.
ALÇAS DE RETRAÇÃO
Burstone, Koenig
7
(1976) relataram que, na mecânica de
retração por fricção, o movimento de translação do dente sofre influência
pela deformação do fio e sua magnitude da força torna-se difícil de ser
determinada. Baseado no conceito de proporção momento/força e
carga/deflexão, eles construíram uma alça “T” com fio de aço 0,010”x
0,020” e acreditavam que esse tipo de alça permitiria maior controle do
centro de rotação dos dentes retraídos. Esse centro poderia ser modificado
pela incorporação de dobras de pré-ativação. Os autores consideraram os
fatores responsáveis pela otimização na retração do dente quando alças de
retração vertical são utilizadas e descrevem características principais desse
sistema de retração: 1) a proporção momento/força (M/F) que determina
o centro de rotação do dente durante o movimento; 2) o ponto de
aplicação da força; 3) e o índice força/deflexão (F / Δ) e/ou o índice de
37
Revisão da literatura
momento/rotação (M/O). Os índices de força/deflexão definem a força
por unidade ou a velocidade da perda de energia em uma mola de
retração. Eles detectaram que a incorporação de helicóides às alças
reduziria a proporção carga/deflexão sem alterar a proporção
momento/força, sendo esta influenciada diretamente pela desativação da
mola.
Burstone, Pryputniewicz
9
(1980) usaram a técnica
experimental holográfica para avaliar, em um modelo de incisivo maxilar,
os resultados obtidos pela alteração do ponto de aplicação de força e as
mudanças do centro de rotação desse dente. Descreveram alguns
princípios da técnica e suas vantagens na utilização de pesquisas em
ortodontia. O resultado demonstrou que o centro de resistência estava
localizado a 9,9mm em direção apical ao braquete; a magnitude de rotação
dentária era nula quando o ponto de aplicação coincidia com o centro de
resistência e aumentava quando o ponto de aplicação afastava-se do
centro de resistência.
Burstone
6
(1982) classificou o fechamento de espaço em três
grupos, dependendo do tipo de ancoragem em casos tratados com
extração dentária. Naqueles casos que necessitariam de retração anterior
preservando ancoragem do segmento posterior, ele classificou em
ancoragem do tipo A; já para aqueles cujos espaços seriam fechados com
distalização do segmento anterior e mesialização do segmento posterior,
ele classificou em ancoragem do tipo B; e para aquele em que seriam
fechados os espaços apenas com mesialização do segmento posterior, seria
do tipo C. O autor propôs variação da quantidade de ativação e do
38
Revisão da literatura
posicionamento da mola T confeccionada com fio de Beta-titânio (TMA)
0,017”x 0,025” para conseguir ancoragem diferencial, variando o sistema
de força da alça. Considerou a importância da magnitude e direção da
força, assim como a característica da proporção carga/deflexão e
momento/força resultante do sistema de retração utilizado no fechamento
do espaço.
Gjessing
22
(1985) avaliou, em máquina de ensaio mecânico
para medição de força e momento, o sistema de força de uma alça
confeccionada com fio de aço inoxidável 0,016”x 0,022”. Em seu desenho,
a alça era composta de dois loops com 10,0mm de altura e 5,0mm de
largura, posicionados cervicalmente, e uma alça menor posicionada
oclusalmente. O autor acreditava que a incorporação de helicóides
diminuiria a proporção carga/deflexão. A força inicial dessa alça era de
160g quando ativada 1,5mm. A proporção momento/força gerada 11:1
para a dobra de anti-inclinação era de 15 a 30 graus.
Manhartsberger et al.
38
(1989) enfatizaram que o sistema de
retração sem fricção é superior ao sistema de retração com fricção, além da
importância da pré-calibragem das alças de fechamento de espaço
utilizada na técnica do arco segmentado. Relataram que o controle de
momento produzido na unidade alfa e beta e também das forças
horizontais constitui características inerentes a essas pré-ativações.
Relataram o efeito produzido por dois tipos de dobras de pré-ativação,
sendo um grupo com dobras concentradas e outro grupo com uma
curvatura suave na região das pré-ativações. Na pesquisa, foram
confeccionadas nove molas para cada grupo, com fio de TMA de secção
39
Revisão da literatura
transversal 0,016” x 0,022” e 0,017” x 0,025”, sendo simulada uma
distância interbraquete de 28,0mm onde as alças eram ativadas a 7,0mm e
desativadas gradualmente. O sistema de forças foi mensurado por uma
máquina de avaliação de forças e momentos, desenvolvida pela
Universidade de Connecticut no Departamento de Ortodontia. Os
resultados demonstraram que, no Grupo com pré-ativação concentrada
nas molas confeccionadas com fio de TMA 0,17” x 0,025”, a força
horizontal com ativação de 7,0mm foi de 360,3g, reduzindo para 246,4g
com a ativação de 5,0mm, caindo para 96,9g com ativação de 2,0mm e na
ativação de 0,0mm, a força reduziu a 5,1g. Já a forças verticais,
respectivamente as essas ativações, apresentaram-se: 11,2g; 9,3g; 4,9g e
2,8g. Para a proporção momento força com ativação de 7,0mm, foi de
1926,2 g/mm para a unidade alfa e reduziu para 1745,4 g/mm com
ativação de 5,0mm, 1326 g/mm com ativação de 2,0mm e 1060,61g/mm
com ativação de 0,0mm. No grupo da mola com pré-ativação gradual
confeccionada com fio de TMA 0,017” x 0,025”, a força horizontal com
ativação de 7,0mm foi de 346,3g, reduzindo para 257,9g com a ativação de
5,0mm, caindo para 117,9g com ativação de 2,0mm e na ativação de
0,0mm, a força reduziu a 5,5g. Já a forças verticais, respectivamente as
essas ativações, apresentaram-se: 16,2g; 13,1g; 7,6g e 4,9g. Para a
proporção momento força com ativação de 7,0mm, foi de 2578,4 g/mm
para a unidade alfa e reduziu para 2372,4 g/mm com ativação de 5,0mm,
1953,2 g/mm com ativação de 2,0mm e 1681,3g/mm com ativação de
0,0mm.
40
Revisão da literatura
Melsen et al.
40
(1990) descreveram que uma simples força
aplicada à coroa do dente resultará em movimento de inclinação
descontrolada porque essa força passa longe do centro de resistência do
dente. Quando há necessidade clínica de um movimento de inclinação
controlada, translação ou movimento radicular, momentos deverão ser
inseridos aos bráquetes para contrapor a magnitude da força do aparelho,
a fim de controlar o centro de rotação do dente. Nesse caso, ocorrerá
alteração da proporção momento/força. Quanto maior essa proporção,
maior movimento radicular teremos. Os autores descreveram a
localização do centro de resistência do dente e também o centro de
resistência quando há retração de quatro ou seis dentes anteriores.
Avaliaram por meio de radiografias cefalométricas de 25 pacientes Cl II
tratados com extrações de primeiros pré-molares, a eficiência da mola T
confeccionada com fio de TMA 0,017” x 0,025” e 0,018” x 0,025” no
controle de fechamento de espaço, e concluíram que esse tipo de sistema
de retração é muito eficiente para gerar movimentos controlados.
Hoenigl et al.
26
(1995) avaliaram o sistema de força da mola
T centralizada pré-fabricada e pré-ativada. O aparelho de medição
consistiu de duas extremidades que representavam os segmentos de
dentes ativos (anteriores) e os reativos (posteriores). Para simular a
situação clínica, um bráquete de tubo vertical de Burstone foi colocado no
segmento anterior, e um braquete molar com tubo auxiliar foi colocado no
segmento posterior. As forças horizontais e verticais foram medidas nas
duas unidades. Vinte molas T foram fabricadas, pré-ativadas e
centralizadas. As distâncias entre bráquetes eram de 21, 24, 27 e 30,0mm.
41
Revisão da literatura
A ativação inicial foi de 7,0mm; a média aritmética das forças para as
quatro distâncias entre bráquetes foi de 230g a 256g. A força mais baixa foi
de 222g para a distância interbraquete de 21,0mm, e a mais alta foi de 287g
com a distância interbraquete de 27,0mm. Após desativação de 3,0mm., a
média da força horizontal diminuiu para 110g a 138g. A força mais baixa
medida foi de 103g contra a mais alta de 160g. A média da proporção do
momento alfa/força foi de 7,4 a 8,0 em uma ativação da mola de 7,0mm e
aumentou para 11,5 a 13,2, enquanto a mola foi desativada até 4,0mm. A
proporção do momento beta/força foi de 7,4 a 9,2 em uma ativação da
mola de 7,0mm e aumentou para 12,8 a 14,8, enquanto a mola foi
desativada até 4,0mm. Deduziram que nenhuma diferença significativa
entre os testes foi encontrada e também molas T centralizadas podem
produzir sistemas de forças necessários à completa translação de dentes e
que esses sistemas de força possam ser duplicados por operadores
diferentes.
Fuziy
21
(1997) avaliou 25 pacientes utilizando três tipos de
mecânica para retração parcial de canino. O grupo 1 foi composto de mola
T de Burstone; o grupo 2, mola vertical fechada com helicóide, e o grupo 3
utilizou mecânica de deslizamento com elástico. No grupo 1, a mola foi
ativada 6,0mm, sendo reativada a cada quatro semanas até serem
completadas três ativações; no grupo 2, a mola era ativada na parte distal
1,0mm e reativada a cada quatro semanas até serem completadas três
ativações; e o grupo 3, com elástico de látex em cadeia acoplado a fio de
amarrilho 0,010” ativando 3,0mm do comprimento original do elástico,
sendo trocado a cada quatro semanas, repetindo por três ativações. O
autor conclui que a retração foi superior para o grupo 2, em relação ao
42
Revisão da literatura
grupo 1 que, por sua vez, foi maior que o grupo 3 no quadrante inferior
esquerdo. Já para o quadrante superior direito e esquerdo, houve maior
distalização do grupo 1 em relação ao grupo 2 que, por sua vez, foi maior
que o grupo 3. Em relação à velocidade da retração, ele conclui que foi
superior no grupo 1 em relação ao grupo 2 que, por sua vez, foi maior em
relação ao grupo 3. Em relação ao controle da inclinação, demonstrou que
houve movimento de inclinação controlada para o grupo 1, inclinação
descontrolada associada à extrusão dentária para o grupo 2, e inclinação
descontrolada para o grupo 3.
Burstone, Kuhlberg
8
(1997) descreveram o sistema de força
produzido pela mola T, confeccionada com liga de titânio-molibdênio de
secção transversal 0,017” x 0,025”. As molas foram deslocadas em sete
posições: centro, 1, 2 e 3,0mm descentralizados em direção aos pontos de
ancoragem Alfa e Beta. Enfatizaram que o sistema de força produzido por
esse sistema, consiste em vários componentes: momento alfa, momento
beta, forças horizontais e forças verticais. Os testes foram feitos no
aparelho específico do laboratório de biomecânica da Universidade de
Connecticut, departamento de Ortodontia. A distância padrão entre os
suportes do aparelho de medição era de 23,0mm. Essa distância
representa a média da distância entre os pontos de apoio entre um
primeiro molar e um canino. Os resultados apresentavam os momentos
alfa e beta iguais para a mola centralizada, e a proporção dos momentos
foi próxima de 1.0 em toda extensão da ativação. O maior momento foi
associado a um ponto de ação mais próximo ao centro da mola, e as forças
verticais aumentaram com a maior descentralização. Concluíram que: 1) A
mola T centralizada produz momentos iguais e opostos e apresentando
43
Revisão da literatura
forças verticais desprezíveis; 2) O posicionamento descentralizado da
mola T produz momentos diferenciais. 3) O posicionamento mais
posterior produz um momento Beta aumentado e intrusão do canino. 3) O
posicionamento mais anterior produz um momento Alfa aumentado e
uma tendência de extrusão do canino; 4) A mola T em formato padrão
pode ser usada para diferentes necessidades de ancoragem por meio da
alteração da ativação e da posição mesiodistal da mola.
Shimizu
45
(1999) com objetivo de: 1) estabelecer o sistema
de força gerado pela mola Bull e T; 2) avaliar se a introdução de alterações
nos sistemas de forças das alças, relacionadas às variações das secções
transversais dos fios ortodônticos, da quantidade das pré-ativações e das
ativações satisfazem os requisitos necessários para todos os tipos de
movimentos dentários; 3) e verificar se existem diferenças significativas
nos sistemas de forças, bem como se alguma mola proporcionou um
sistema de forças mais apropriado. Para isso, construiu 80 molas do tipo T
e 80 do tipo Bull, com fio de aço inoxidável 18/8, com quatro diferentes
secções transversais. Para cada tipo, foram inseridas quatro diferentes
intensidades totais de pré-ativação: 0º, 20º, 30º e 40º com diferentes
ativações. Concluiu que 1) a inserção das dobras de pré-ativação
aumentou significativamente as magnitudes de forças geradas pela alça
Bull, não ocorrendo o mesmo para as molas T; 2) as molas T geraram
proporções carga/deflexão mais baixas que as alças Bull; 3) as molas T
geraram altas proporções momento/força; 4) Avaliando os sistemas de
força gerada por ambas, as molas T apresentaram resultados mais
satisfatórios.
44
Revisão da literatura
Shimizu et al.
46
(2002) avaliaram o sistema de força liberado
pela alça Bull modificada, centralizada no espaço interbraquete. A
amostra constituiu de 80 molas construídas com fio de aço inoxidável
18/8 com quatro diferentes secções transversais: 0,017” x 0,025”; 0,018” x
0,025”; 0,019”x 0,025” e 0,021”x 0,025”. As molas foram divididas em 4
grupos de 20 para cada secção transversal. Em seu desenho, a alça
constituía uma altura de 7,0mm e uma largura de 3,0mm de diâmetro.
Foram inseridas 4 diferentes intensidades de pré-ativações, sendo: 0°, 20°
(10° segmento alfa e 10° segmento beta) , 30° (15° segmento αlfa e 15°
segmento beta) e 40° (20° segmento αlfa e 20° segmento beta) . Os testes
foram feitos em máquina universal de ensaio da marca Instron modelo
TTDML, um transdutor de momentos e um indicador digital para
extensometria. Concluíram que as molas Bull modificadas geraram uma
alta proporção carga/deflexão, uma baixa proporção momento/força, e a
incorporação das dobras de pré-ativações aumentou significativamente as
magnitudes de forças.
Souza et al.
47
(2003) avaliaram as proporções
carga/deflexão e momento/força da mola vertical em T nas configurações
de pré-ativação utilizada pela disciplina de Ortodontia da Faculdade de
Odontologia de Araraquara. A característica do desenho da mola era
7,0mm de altura, sendo 5,0mm da haste vertical e 2,0mm da porção apical,
e 10,0mm de largura, confeccionada com fio de TMA 0,017” x 0,025”. Na
porção apical, a mola era aberta 30°. A alça totalizava um ângulo de pré-
ativação de 190°. Uma ativação de 5,0mm foi utilizada e posteriormente
desativada a cada 0,5mm, sendo avaliada por máquina universal de
45
Revisão da literatura
ensaio. Os resultados mostraram bom controle clínico dessas alças na
retração anterior e de caninos para o movimento de inclinação controlada,
movimento de translação e torque radicular. Concluíram que a mola T de
retração com o padrão de pré-ativação da Unesp-Araraquara dá subsídio
ao ortodontista para sua aplicação clínica.
Thiesen et al.
52
(2004) estudaram o sistema de força gerado
pela mola em forma de gota, gota com helicóide, T e T com helicóide,
todas confeccionadas em fio de aço inoxidável de secção 0,017” x 0,025” e
0,019” x 0,025”, centralizadas no espaço interbraquetes e também
variaram a intensidade da pré-ativação. A amostra foi composta de 80
molas divididas em 4 grupos de 20, e cada grupo foi dividido em 2
subgrupos para cada secção transversal. Testes mecânicos foram feitos
para avaliar a magnitude de força e proporção momento força da ativação
de até 4,0mm em intervalo avaliado a cada 1,0mm. Os resultados dos
testes mostraram-se mais satisfatórios para a mola T com helicóide; a
proporção momento força aumentou com o aumento das dobras de pré-
ativações; a magnitude de força aumentou, respectivamente, para a alça
em gota, gota com helicóide, T e T com helicóide.
46
Revisão da literatura
Thiesen et al.
51
(2004) avaliaram o sistema de força liberado
pela mola em Gota e T quando inserida pré-ativação de 40°. A amostra
constituiu 40 molas, sendo 20 em forma de Gota e 20 em T. Os autores
utilizaram máquina de ensaio mecânico para mensuração dos resultados.
Cada corpo de prova foi centralizado e ativado até 3,0mm, com uma
distância de 21,0mm para simular a distância entre braquete de canino e
tubo de primeiro molar. Concluíram que a incorporação de pré-ativação
aumenta significativamente a magnitude de força, momento, proporção
momento/força; a alça em gota apresentou um bom nível de força para
movimentar dente, porém baixa proporção momento/força, ocasionando
movimento de inclinação descontrolada; a mola T gerou proporção
carga/deflexão relativamente baixa, com elevado índice momento/força.
Lanes et al.
34
(2004) avaliaram o sistema de força da mola T
e em forma de gota, ambas confeccionadas com fio retangular de secção
transversal 0,019” x 0,024” com alturas respectivas a 6,0mm, 8,0mm e
10,0mm. As molas foram distendidas de 0,75mm a 2,25mm. Para cada
amostra, foram utilizadas 5 molas, totalizando 30 avaliadas por máquina
de ensaio mecânico instron, comparando os resultados entre as alças. Os
resultados mostraram que as alças em Gota liberaram forças maiores do
que as na forma de T; a altura das alças influenciou diretamente a força
liberada pelas mesmas, sendo que quanto maior a altura da alça, menor a
força liberada. Já a quantidade de ativação é diretamente proporcional à
força liberada. Concluíram que o desenho, a altura e a ativação dessas
alças exerceram influência sobre a magnitude de força liberada; as alças
47
Revisão da literatura
em T apresentaram magnitude menor de força quando comparadas com
as em Gota; Quanto maior a altura das alças, menor a força liberada por
elas; quanto maior a ativação dessas alças, maior a força gerada por elas.
Souza et al.
48
(2005) descreveram o sistema de forças
liberado pela mola T de retração, confeccionada com fio de TMA de secção
0,017”x 0,025”, e avaliaram a força horizontal e as proporções
carga/deflexão e momento/força. As alças seguiram a pré-ativação
utilizada por Marcotte. As características dimensionais dessa mola eram
de 7,0mm de altura, sendo 5,0mm da haste vertical e 2,0mm da porção
apical, e 10,0mm de largura. Na porção apical, essa mola foi aberta 45° e
totalizava um ângulo de pré-ativação de 190°. Uma ativação de 5,0mm foi
utilizada e, posteriormente, desativada a cada 0,5mm, sendo avaliada por
máquina universal de ensaio com um transdutor de momentos simulando
a distância interbraquete de 23,0mm. Os resultados mostraram bom
controle clínico dessas alças na retração anterior e de caninos para o
movimento de inclinação controlada, movimento de translação e torque
radicular. De acordo com esses resultados, a alça T com pré-ativação
preconizada por Marcotte permite ao ortodontista sua utilização clínica,
iniciando com movimento de inclinação controlada seguida de
movimento de translação e movimento radicular.
48
Revisão da literatura
Lotti et al.
36
(2006) pelo método de elemento finito,
avaliaram o sistema de força liberado pela mola T, confeccionada com fio
de aço inoxidável e ausentes de dobras de pré-ativação. Para isso, foram
simulados bráquetes com slots 0,018” x 0,030”, posicionados
paralelamente, de forma que quando o fio fosse inserido ficasse passível.
A força empregada foi de 1N, avaliada nas posições próximo do molar,
centralizada e próximo ao canino. Os autores concluíram que: 1) a
aproximação da mola a uma das unidades tenderá a diminuir seu
deslocamento e sua inclinação; 2) a magnitude de rotação será maior nos
dentes mais afastados da alça; 3) o componente de força extrusiva será
maior do lado mais próximo à mola e o componente intrusivo do lado
mais afastado da mola; 4) as alças eqüidistantes não eliminam
completamente o componente de força vertical; 5) a distribuição de tensão
ao redor do osso alveolar apresentou maior magnitude ao redor do canino
do que do molar e tensão máxima quando a alça estava próxima do molar;
6) a não-inserção de pré-ativação, anti-inclinação e anti-rotação
impossibilita a obtenção de um movimento de inclinação controlada,
translação e radicular; 7) a utilização do MEF não possibilita a avaliação
mecânica da mola T de retração com os ajustes apropriados para a
utilização clínica e 8) a avaliação da mola T sem as dobras de pré-ativação
ressalta a importância dessas para obter movimento de translação.
49
Revisão da literatura
Viecilli
55
(2006) determinou modificação geométrica para
controle de ancoragem do grupo A no fechamento de espaço, observando
a ancoragem posterior e a inclinação dos seis dentes anteriores. Nesta
pesquisa, foi utilizado um programa de computador para simular
matematicamente os sistemas de força gerados por alças de retração,
dependendo de seu desenho e pré-ativações inseridas nessa alça. A mola T
estudada foi a de ancoragem do grupo A e os resultados foram obtidos
para avaliar a perda de ancoragem do segmento posterior e o tipo de
inclinação do segmento anterior. A distância interbraquete simulada no
programa foi de 23,0mm, confeccionada com fio de TMA de secção
0,017”x 0,025”. As características no desenho eram: 16,0mm em sua porção
apical e sua altura era de 8,0mm, sendo a mola inserida e deslocada
anteriormente, justa ao canino. O autor conclui que esse sistema de força
avaliado utilizando este tipo de programa aproxima-se do que acontece
clinicamente.
Thiesen et al.
53
(2006) analisaram o comportamento
mecânico de molas ortodônticas para fechamento de espaços, verificando
o sistema de forças produzido por molas. Neste estudo, os autores fizeram
uma variação na secção transversal do fio, no tipo de liga utilizada, na
incorporação de pré-ativação e na incorporação de helicóides. O objetivo
foi determinar, dentre as variáveis, as que mais influenciam a magnitude
de força horizontal, a proporção momento/força e a proporção
carga/deflexão. Para essa análise, foram confeccionadas 80 molas e
divididas em dois grupos (G1 e G2) de 40 molas e subdivididas em dois
subgrupos de 20 molas, e novamente divididas em dois grupos de 10
50
Revisão da literatura
molas. As molas foram centralizadas em uma distância interbraquete de
21,0mm e desativadas a cada 1,0mm sendo analisadas por ensaio
mecânico, utilizando um equipamento instron, modelo TTDML (Instron
Inc., Canton, MA, USA.). Concluíram que: 1) as molas T produziram
maiores magnitudes de força horizontal e relação carga/deflexão do que
as molas T com helicóides; 2) as molas T com helicóides e T sem
helicóides, na inserção de dobras de pré-ativação, confeccionadas com aço
e confeccionadas com beta-titânio, produziram alta proporção
momento/força; 3) o aumento da secção transversal do fio promoveu um
aumento na magnitude força horizontal e na proporção carga/deflexão; 4)
a inserção de dobras de pré-ativação nas molas ocasionou aumento nos
valores da proporção momento/força; 5) as molas confeccionadas com fio
de beta-titânio proporcionaram menores magnitudes de força horizontal;
6) dentre todas as variáveis analisadas, aquela que apresentou maior
influência na força horizontal e relação carga/deflexão produzida pela
mola T foi a liga metálica.
PROPOSIÇÃO
Proposição
PROPOSIÇÃO GERAL
Analisar qualitativamente, por meio da técnica
experimental fotoelástica, o sistema de força gerado pela mola T de
retração, centralizada e confeccionada com fio de titânio-molibdênio com
diferentes pré-ativações.
PROPOSIÇÕES ESPECÍFICAS
Artigo 1- Avaliação qualitativa em modelo experimental fotoelástico do
sistema de força gerado pela alça “T” centralizada com pré-ativações
preconizadas por Burstone.
(A ser submetido para publicação no periódico Dental Press Internacional)
Artigo 2- Estudo qualitativo fotoelástico do sistema de força gerado pela
mola “T” de retração com diferentes pré-ativações.
(A ser submetido para publicação no periódico Dental Press Internacional)
ARTIGO 1
Resumo Artigo 1
Avaliação qualitativa em modelo experimental fotoelástico do
sistema de força gerado pela mola T” centralizada com pré-
ativações preconizadas por Burstone”.
Objetivo: Avaliar o sistema de força gerado pela mola T centralizada no
espaço interbráquete, com pré-ativação preconizada por Burstone.
Material e método: Foi avaliada, utilizando-se modelos fotoelásticos, a
mola T com pré-ativações preconizadas por Burstone, confeccionada com
fio retangular de titânio-molibdênio (TMA) de secção 0,017”x 0,025”,
centralizada e com ativação de 6,0mm, 3,0mm e em posição neutra. Para
melhor confiabilidade dos resultados, os testes foram repetidos em três
modelos igualmente duplicados e confeccionados pelo mesmo operador.
Utilizou-se uma distância interbráquete de 27,0mm. Para compreensão
dos resultados, as franjas foram visualizadas através do polariscópio,
fotografadas e analisadas qualitativamente. Resultados: Por meio da
análise qualitativa da ordem de franjas no modelo fotoelástico, notou-se
que nas extremidades de retração e ancoragem, ambas apresentaram
simetria no sistema de força, em toda extensão radicular.
Palavras-chave: Fechamento de espaço ortodôntico.
51
Introdução Artigo 1
INTRODUÇÃO
Na terapêutica Ortodôntica, por meio de um detalhado
diagnóstico, a extração de pré-molares é um procedimento algumas vezes
adotado e requer do Ortodontista um conhecimento acurado da
biomecânica no fechamento dos espaços remanescentes, assim como os
princípios histológicos, anatômicos e fisiológicos
2,29
.
O fechamento do espaço poderá ocorrer pela distalização
dos dentes anteriores, mesialização do segmento posterior ou uma
combinação entre elas
5,25
. Nessa fase, é importante que o profissional
escolha o dispositivo a ser utilizado de acordo com o tipo de ancoragem
necessária, observando o sistema de força liberado, de modo que haja bom
controle do movimento sem agredir as estruturas adjacentes aos
dentes
1,2,3,4,5,6,7,8,9,11,14,15,20,21,25,28,3233,35,36,37
.
Pensando nesse sistema de força e considerando os
princípios da técnica do arco segmentado
4
, Burstone
7
, em 1982, idealizou a
mola T confeccionada com fio de Titânio-molibdênio, de secção 0,018”x
0,025” ou 0,017” x 0,025”, a qual possibilitaria ao clínico trabalhar de
forma mais previsível, e seu sistema de força liberado seria intimamente
relacionado à quantidade de ativação e à incorporação das dobras de pré-
ativação
7
. Com isso, seria possível controlar de forma mais precisa o
centro de rotação dos dentes.
De forma peculiar, a mola T proporciona baixa magnitude
de força em quantidades de ativações altas. Isso ocorre em função do tipo
de liga utilizada e pela grande quantidade de fio incorporada em seu
desenho. Clinicamente, isso é muito positivo, uma vez que a quantidade
52
Introdução Artigo 1
de ativação é muito grande e a perda de força é relativamente baixa
quando comparadas a outros dispositivos de fechamento de espaço.
Assim sendo, esse dispositivo ainda apresenta níveis
satisfatórios na proporção momento/força (M/F) e carga/deflexão (C/D).
A literatura científica com trabalhos de ensaio mecânico e
pesquisa clínica demonstra que a mola T preconizada por Burstone
7
gera
um sistema de força eficiente para movimentos dentários controlados,
porém seu sistema de força não foi avaliado em modelo experimental
fotoelástico. Esse método consiste na observação qualitativa e, ou
quantitativa de áreas de tensão em modelos resinosos que oticamente são
visualizados através de ordem de franjas, quando submetidos à
tensão
3,9,10,11,12,13,16,17,18,19,21,23,27,34,38
.
Esse método é muito utilizado no estudo da engenharia e
da física. Na odontologia, foi introduzido por Zak
38
, em 1935, quando
observou a movimentação de modelos dentários variando o ponto de
aplicação da força e, desde então, vem sendo utilizado em diferentes
especialidades para estudo de biomateriais.
Assim, o propósito deste estudo é avaliar, em modelo
experimental fotoelástico, o sistema de força gerado pela mola T de
Burstone, centralizada no espaço interbráquete, buscando, por meio de
análise qualitativa, respaldar de forma a complementar as pesquisas
existentes.
53
Material e Método Artigo 1
MATERIAL E MÉTODO
Foi utilizada a cnica da análise experimental fotoelástica
que transforma as forças internas mecânicas produzidas em padrões de
luz visíveis que indicam a localização e a magnitude da tensão. Isso se
baseia no princípio de quando um feixe de luz polarizada passa através de
um material birrefringente, e essa diferença entre a velocidade dos feixes é
observada com filtro polarizante. O equipamento utilizado para
visualização do efeito fotoelástico foi o polariscópio circular (Fig. 1) que
consiste de um sistema de iluminação (Fig. 1A): um par de polarizadores
(Fig. 1B) e um suporte para sustentar o modelo fotoelástico (Fig. 1C) a ser
observado e uma câmera para obtenção das imagens e análise dos
resultados
23
(Fig. 1D).
A
B
C
B
D
C
FIGURA 1. Polariscópio circular, projetado e produzido pelos Docentes da Faculdade de
Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia-MG.
54
Material e Método Artigo 1
Inicialmente, realizaram-se testes experimentais em 5
modelos-piloto, com a finalidade de permitir uma correta investigação da
metodologia e materiais a serem utilizados, definir o número de
repetições necessárias, técnica de confecção dos modelos, técnica de
leitura, calibração do pesquisador para a obtenção de resultados
precisos
27
.
O estudo piloto e a revisão da literatura permitiram
definir critério para a obtenção dos materiais e modelos ideais, a fim de
realizar os ensaios fotoelásticos, a saber:
1. Evitar a sobreposição das franjas. Esse fenômeno ocorre quando
utilizamos dentes multirradiculares, ou também quando a distância entre
os dentes é pequena a ponto de ocorrer sobreposição das franjas quando
as forças são aplicadas.
2. Evitou-se material de propriedade de baixa fluência, ou seja, com
retorno lento à condição inicial quando cessada a aplicação de força e,
principalmente, por apresentarem tensões residuais antes e após
suspensão da força aplicada
27
.
3. O material ideal para a obtenção do modelo deve apresentar alta
constante ótica, baixo módulo de elasticidade, alta resistência ótica e
mecânica, alto limite de proporcionalidade relativo à deformação e
flexibilidade, fácil obtenção, facilidade de usinagem, transparência,
ausência de manchas e de tensões residuais e baixo custo
27
.
55
Material e Método
Artigo 1
Após a confecção dos pilotos, foram produzidos três
modelos fotoelásticos a partir de um modelo-mestre, confeccionado em
fórmica, com dimensões de 60,0mm de comprimento, 40,0mm de altura e
20,0mm de espessura. Para simular e reproduzir a posição dos caninos no
modelo fotoelástico, duas coroas de dentes caninos foram posicionadas e
coladas com Adesivo instantâneo universal (SUPER BONDER) Loctite
®
a
uma distância que pudesse posicionar futuramente os bráquetes a 27,0mm
(Fig. 2).
FIGURA 2. Modelo-mestre confeccionado de fórmica para servir de duplicador. Observar
o posicionamento das coroas dos caninos que servirão de parâmetro para o modelo
fotoelástico.
Uma caixa de cera utilidade foi confeccionada com as
seguintes dimensões: 120,0mm de largura, 140,0mm de comprimento e
90,0mm de altura para que pudesse ser posicionado o modelo-mestre e,
posteriormente despejou-se a Borracha de silicona ASB-10 Azul, fabricante
- Polipox indústria e comércio Ltda., São Paulo, Brasil devidamente
manipulada com o catalisador para borracha, fabricante Polipox
Indústria e comércio Ltda. São Paulo-Brasil (Fig. 3), de acordo com a
recomendação do fabricante, obtendo-se, assim, o negativo. Nessa fase,
posicionaram-se os dentes caninos em seus respectivos locais, tomando-se
o cuidado para que não houvesse contaminação por umidade e/ou
56
Material e Método Artigo 1
oleosidade na superfície da raiz dos caninos e na silicona. Nesse
momento, manipulou-se e incrustou-se a resina epoxi fotoelástica para a
obtenção do modelo fotoelástico definitivo (Fig. 4).
FIGURA 3. Borracha de silicona ASB-10 Azul, despejou-se após correta manipulação
para obtenção do negativo.
FIGURA 4. Após a colocação dos dentes nos respectivos locais, manipulou-se a resina
com propriedade fotoelástica e inseriu-a nos negativos para obtenção do modelo
fotoelástico.
57
Material e Método Artigo 1
RESINA FOTOELÁSTICA: COMPONENTE “A” E
COMPONENTE B” (ENDURECEDOR).
FIGURA. 5A.
Resina EPOXI, CMR-201 flexível.
FIGURA 5B. Endurecedor CME-252 flexível.
58
Material e Método Artigo 1
Na manipulação da resina fotoelástica, misturou-se
gradativamente o componente A – 20,0ml e o componente B – 10,0ml (Fig.
5A e 5B) em um recipiente de vidro escalonado em mililitro. Adicionamos
os dois componentes em um Becker, manipulando-os por 10 minutos
cuidadosamente para evitar a incorporação de bolhas de ar e levou-se à
estufa a uma temperatura constante de 25° C por 24 horas para a completa
reação de presa. Decorrido esse tempo, removeu-se o modelo do molde.
Nessa fase, é necessário checar as condições ópticas do modelo
fotoelástico no polariscópio. Caso o modelo não apresente as propriedades
óticas satisfatórias
27
prejudicando a análise, deveremos descartá-lo e
repetir novamente os passos até ser obtido o modelo ideal.
Com os modelos fotoelásticos definidos e pensando na
instalação da mola T, optou-se pela fixação de tubos cruzados e, para isso,
com uma broca cilíndrica em baixa rotação, foi feita uma canaleta vertical
na coroa dos dentes onde os tubos foram encaixados e colados com resina
acrílica (Fig. 6).
FIGURA 6. Modelo fotoelástico com os tubos cruzados devidamente posicionados.
59
Material e Método Artigo 1
Para cada modelo, utilizou-se 1 mola T, confeccionada com
fio de titânio-molibdênio (TMA), com secção transversal de 0,017” x
0,025”. No intuito de manter o padrão das molas T, definido por
Burstone
7
, quando de sua confecção, foi feito um template cujas medidas
foram: 10,0mm de comprimento e 7,0mm de altura. Em seguida, dobras
de pré-ativação foram incorporadas às molas, seguindo o padrão definido
por Burstone
7
(Fig. 7).
FIGURA 7. Template para padronização na confecção das molas.
Após a checagem em posição neutra das molas T, estas
foram inseridas nas canaletas horizontais dos tubos cruzados,
centralizadas em uma distância interbraquete de 27,0mm e avaliadas em
três ativações: com 6,0mm, com 3,0mm e em posição neutra (0,0mm).
Os testes foram realizados no laboratório de Engenharia
Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia-MG (Departamento de
Física), avaliados através de um polariscópio (Fig. 1) de refração e
fotografados com equipamento digital para a obtenção dos resultados.
60
Material e Método Artigo 1
Após a aplicação de estresse resultante da instalação e
ativação da mola T, a leitura da ordem de franjas foi realizada por meio da
interface do violeta e azul até as superfícies distal, mesial e apical de cada
dente, tornando a distância referência para realizarmos os gráficos de
análise. Do nível de mais baixa tensão para o nível de mais alta tensão,
formam-se as seguintes cores: preto, amarelo, vermelho, azul, amarelo,
vermelho, verde amarelo, vermelho, verde (Fig. 8).
FIGURA 8. Diagramação do eixo cartesiano para facilitar a leitura dos pontos da ordem
de franja no modelo fotoelástico.
Eixo X, leitura realizada das ordens de franjas, variando-se 0,5mm;
Eixo Y, leitura realizada em milímetros com nomenclatura numérica e
alfabética.
11
22 33 44 55 6 6 77 8 8 99 1010 11
e
d
c
b
b
c’
d
e
f’
a
a
f
X
Y
61
Resultados Artigo 1
RESULTADOS
Os resultados foram obtidos por meio da leitura qualitativa
das franjas fotoelásticas nos modelos, com a utilização das molas T,
posicionadas centralmente e com pré-ativação de Burstone
7
.
Cada mola foi analisada em três diferentes ativações, sendo
a primeira em posição neutra, a segunda com uma ativação de 3,0mm e a
última com ativação de 6,0mm
7
.
As interpretações foram analisadas de maneira descritiva,
sendo as leituras realizadas em forma de gráficos divididos de acordo com
as três porções de cada dente: uma mesial, uma apical e outra distal,
analisadas uma a uma separadamente (Fig. 9).
FIGURA9. Nomenclatura sugerida para leitura e interpretação da ordem de franja do
modelo fotoelástico.
13
23
M D
D
A
A
62
Resultados Artigo
1
NOMENCLATURA:
13 - Dente esquerdo ao observador
23 - Dente direito ao observador
D - Distal dos dentes
M - Mesial dos dentes
A - Apical dos dentes
A figura abaixo ilustra a ordem de franja em 0,0mm no
modelo fotoelástico em decorrência da ausência da mola T (Fig. 10).
FIGURA 10. Na ausência da mola T observamos através do polariscópio, a ordem de
franjas de 0,0mm indicando ausência de forças e momentos.
63
Resultados Artigo 1
GRÁFICO 1
0.5
AMDaAMDa AMDbAMDb AMDcAMDc AMDdAMDd AMDeAMDe
1.0
1.5
2.0
DENTE 13
DENTE 23
O ponto localizado no vértice do gráfico 1, representa o modelo
fotoelástico livre de tensão com ordem de franja em 0,0mm em toda a
superfície radicular de ambos os dentes.
B
U
R
S
T
O
N
E
Ordem de franja
64
Resultados Artigo 1
A figura 11 demonstra que, ao instalar a mola T de
Burstone em posição neutra, uma ordem de franja inferior a 0,5mm em
toda a superfície radicular foi formada. Isso quer dizer que, nesta análise
qualitativa, o estresse, apesar de ser distribuído igualmente desde a região
cervical até o ápice radicular, sugere-nos pouca quantidade de energia ou
existência de uma magnitude de força baixa aplicada neste dente.
Neste caso a leitura também seria representada pelo gráfico 1.
FIGURA 11. A instalação da mola T em posição neutra gerou uma ordem de franja muito
próxima à zero em toda superfície radicular.
65
Resultados Artigo 1
A ativação intermediária realizada com a mola T de
Burstone, sendo ativada com 3,0mm, apresentou um estresse na região
mesial dos dentes de forma muito simétrica, demonstrando o início de
uma movimentação com maior tendência de inclinação controlada (Fig.
12). O gráfico de número dois demonstra, na região mesial do ápice
radicular, simetria para ambos os lados do modelo fotoelástico.
FIGURA 12. Visualização do modelo fotoelástico com ativação de 3,0mm.
66
Resultados Artigo 1
GRÁFICO 2
0.5
Mf1
3
Ma1
3
Mb1
3
Mc1
3
Md1
3
Me1
3
Ma
23
Mb
23
Mc
23
Md
23
Me
23
Mf
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
O gráfico 2, representa uma ordem de franja no dente 13 e 23 com
ativação da mola T em 3,0mm. Observamos que a ordem de franja
apresentou-se próximo a 1,5mm em toda a superfície mesial da raiz em
ambos os dentes de forma simétrica.
Ordem de franja na face mesial
B
U
R
S
T
O
N
E
3,0mm
67
Resultados Artigo 1
GRÁFICO 3
0.5
Aa’23
Aa’13
Ab’23
Ab’13
Ac’23
Ac’13
Ad’23
Ad13
Ae’23
Ae’13
1.0
1.5
2.0
O gráfico 3, demonstra uma ativação de 3,0mm da mola T com pré-
ativação de Burstone que representou uma ordem de franja de 0,5 para o
dente 13 e de 0,0mm para o dente 23, na mesma ativação. Neste caso a
ordem de franja demonstrou uma suave assimetria na região do ápice,
entre os dentes.
B
U
R
S
T
O
N
E
3,0mm
Ordem de franja na face apical
68
Resultados Artigo 1
GRÁFICO 4
Da23
Da13
Db23
Db23
Dc23
Dc13
Dd23
Dd13
De23
De13
0.5
1.0
1.5
No gráfico 4 e com ativação de 3,0mm, a leitura da ordem de franja
foi de 0,0 na região distal. Houve simetria em toda a superfície radicular
na face distal de ambos os dentes.
B
U
R
S
T
O
N
E
3,0mm
Ordem de franja na face distal
69
Resultados Artigo 1
A ativação de 6,0mm apresentou franjas, em toda superfície
mesial, de forma simétrica para ambos os dentes. Observou-se uma ordem
de franja de 0,5mm na superfície apical do dente 13, o que não houve no
dente 23, sugerindo pequena assimetria na mola T de Burstone ou
assimetria em sua ativação, ou ainda, assimetria na sua confecção. Porém
essa diferença foi quase imperceptível, indicando que essa ativação
realizará as funções das quais ela deverá desempenhar como a de
fechamento dos espaços por inclinação controlada (Fig. 13).
FIGURA 13. Ativação da mola T em 6,0mm.
70
Resultados Artigo 1
GRÁFICO 5
0.5
Mf1
3
Ma1
3
Mb1
3
Mc1
3
Md1
3
Me1
3
Ma
23
Mb
23
Mc
23
Md
23
Me
23
Mf
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Ao analisar o gráfico 5, observamos que a mola T de Burstone com
6,0mm de ativação, resultou uma magnitude de força maior quando
comparada com as ativações de 3,0mm e em posição neutra. A ordem de
franja foi de 1,5mm e formou-se simetricamente em toda superfície mesial
de ambos os dentes.
B
U
R
S
T
O
N
E
6,0mm
Ordem de franja na face mesial
71
Resultados Artigo 1
GRÁFICO 6
0.5
Aa’23
Aa’13
Ab’23
Ab’13
Ac’23
Ac’13
Ad’23
Ad13
Ae’23
Ae’13
1.0
1.5
2.0
No gráfico 6, a ativação da mola T em 6,0mm demonstra uma
ordem de franja discretamente maior que 0,5mm na região apical do dente
13; já no dente 23, a ordem de franja formada foi inferior a 0,5mm.
B
U
R
S
T
O
N
E
6,0mm
Ordem de franja na face apical
72
Resultados Artigo 1
GRÁFICO 7
0.5
Da23
Da13
Db23
Db23
Dc23
Dc13
Dd23
Dd13
De23
De13
1.0
2.0
1.5
O gráfico 7 demonstra que a ativação da mola T em 6,0mm resultou
em uma ordem de franja de 0,0mm na região distal dos dentes 13 e 23,
porém um pouco mais elevada na região cervical.
Ordem de franja na face distal
B
U
R
S
T
O
N
E
6,0mm
73
Discussão Artigo 1
DISCUSSÃO
Na ortodontia, a exodontia é um procedimento clínico
importante para resolução de algumas más-oclusões, principalmente
quando existem discrepâncias entre as bases ósseas e dentárias. Nos casos
em que elas estão indicadas, faz-se necessário para um correto fechamento
de espaços o domínio do sistema de força liberado pelo dispositivo
ortodôntico a ser utilizado, principalmente no que se refere à ancoragem.
Cada tipo de movimento dentário necessita de uma
magnitude de força. A literatura demonstra não haver concordância sobre
um valor de força para retração de dentes. Segundo Shimizu
29
(1995), para
retração de caninos superiores, essa força deveria ser próxima de 150g,
enquanto que, para os inferiores, esse valor deveria ser 120g. Para a
retração dos seis dentes anteriores superiores, o autor verificou ser
necessário uma força de 600g e 480g para os seis dentes anteriores
inferiores. Mendes et al.
26
(1992) acreditam ser necessária uma força de
326g a 595g para retração dos seis dentes anteriores superiores e 294g a
512g para os inferiores.
A escolha adequada dos diversos mecanismos de
fechamento de espaços remanescentes das exodontias requer profundo
conhecimento da biomecânica apresentada por esses dispositivos.
Pensando nisso, Shimizu
30
em 1999, comparou a mola T com a alça Bull e
observou que a Alça Bull confeccionada com fio de aço inoxidável de
secção 0,017”x 0,025apresentou magnitude de força de 232g quando era
ativada em 0,5mm com pré-ativação de e 564g na mesma ativação com
pré-ativação de 40°. a mola T liberou força de 107g ativada em 0,5mm
com pré-ativação de 0° e 89g na mesma ativação com pré-ativação de 40°.
74
Discussão Artigo 1
Comparada com a alça Bull, a propriedade física da mola T
é superior, que é capaz de liberar forças leves em grandes quantidades
de ativação, mantendo ainda alta proporção M/F. Em 2004, Lanes et al.
20
,
também observaram essa característica de apresentar uma magnitude de
força baixa, quando compararam a mola T confeccionada com fio de aço
inoxidável com a mola em forma de gota. No entanto, segundo Thiesen et
al.
35
, em 2004, a mola T com incorporação de helicóide apresentou melhor
propriedade, pois foi capaz de apresentar menor magnitude de força
devido a incorporação de maior quantidade de fio em sua confecção.
Sempre que incorporamos helicóides na confecção de uma alça
Ortodôntica, conseqüentemente, estaremos diminuindo a proporção
C/D
5,15,36,37
.
Observando o tipo de liga utilizada, Thiesen et al.
37
, em
2006, afirmaram que a mola T confeccionada com fio de TMA reduziu em
66,5% a magnitude de força, quando comparada com a confeccionada com
fio de aço, e também que quanto maior a secção do fio retangular, maior
sua magnitude de força.
Com o objetivo de avaliar a influência que a dobra de pré-
ativação exerce sobre a magnitude de força da mola T, Souza et al.
32
, em
2003, pré-ajustando as dobras na porção apical da mola em 30°,
observaram que o valor resultante em uma ativação de 5,0mm foi de
253,6g. Utilizando-se da mesma metodologia em ensaio mecânico, os
mesmos autores
33
, em 2005, pré-ajustaram as dobras na porção apical da
mola em 45° e observaram que o valor resultante em uma ativação de
7,0mm foi de 297,7g. Porém, outros autores, encontraram valores
inferiores com a mesma ativação. Esses valores foram, mesmo assim,
considerados altos para retração parcial de caninos
2,26,29
, sendo muito
75
Discussão Artigo 1
eficiente na retração em massa. Desta forma, verificamos que, com a
inserção das dobras de pré-ativações, aumento significativo nas
magnitudes de forças
30
.
Com relação à proporção carga/deflexão, a mola T é
significantemente mais baixa em relação a outros tipos de molas devido a
uma maior quantidade de fio em seu desenho para sua construção.
Segundo Burstone e Koenig
5
(1976), os índices de carga/deflexão definem
a força por unidade ou a velocidade da perda de energia em um
dispositivo de retração. Burstone
7
, em 1982, definiu que essa proporção
está intimamente relacionada com a quantidade de força necessária para
produzir determinada ativação em um dispositivo Ortodôntico. Se uma
mola possui proporção C/D baixa, será necessária uma grande
quantidade de ativação para deformar definitivamente esse dispositivo.
Essa característica está presente na mola T, uma vez que a ativação inicial
encontra-se entre 5,0mm a 7,0mm (Burstone
7
, 1982).
A alça Bull, confeccionada com fio de aço inoxidável de
secção 0.017”x 0.025”, pesquisada por Shimizu
30
(1999), possui alta
proporção carga/deflexão, devendo o Ortodontista reativá-las com mais
freqüência, o que diminui o intervalo entre as consultas. Já a mola T
possui proporção carga/deflexão menor, permitindo maior intervalo sem
comprometer, necessariamente, a perda de magnitude de força. Os
estudos de Souza et al.
32
, (2003), Souza et al.
33
, (2005), Thiezen et al.
35,36,37
,
foram unânimes em afirmar essa excelente propriedade da mola T. Souza
et al.
33
, em 2005, ainda relataram o fato de que, para cada 1,0mm de
desativação, houve a perda de 38,5g a 46,9g de força, o que mostra a
constância da força liberada.
Em movimento de retração, quando aplicamos uma força
76
Discussão Artigo 1
na coroa do dente por um dispositivo Ortodôntico, o dente se
movimentará por inclinação descontrolada e nenhum controle sobre o
movimento do ápice radicular será conseguido. Isso ocorre porque este
ponto de aplicação da força está passando muito longe do centro de
resistência do dente. Para evitar esse tipo de movimento, o Ortodontista
deverá lançar mão de um dispositivo capaz de deslocar o ponto de
aplicação da força inerente ao aparelho, próximo ao centro de resistência
do dente, gerando um momento contrário a esse movimento e criando
uma magnitude de momento capaz de movimentar o ápice dentário no
sentido contrário à aplicação da força. Nesses casos, o movimento poderá
ocorrer por inclinação controlada, translação ou radicular. A proporção
M/F, gerada pelos dispositivos ortodônticos, é muito importante e deverá
ser considerada de suma importância pelo Ortodontista, que ela define
de que forma o dente se movimentará (Burstone e Koenig
5
, 1976) e, para
isso, deverá ser de domínio do ortodontista um conhecimento das
estruturas anatômicas adjacentes aos dentes, assim como o sistema de
força liberado pelos dispositivos ortodônticos para retração e fechamento
de espaço.
A literatura científica demonstra que a mola T quando em
sua ativação máxima, promove movimento de inclinação controlada e
quanto maior sua desativação, maior será sua proporção M/F, resultando,
respectivamente, ao dente, movimento de corpo e correção radicular.
Burstone e Pryputniewicz
6
(1980), afirmaram que, nos dentes anteriores, o
centro de resistência encontra-se a 1/3 entre a crista dentária alveolar e o
ápice dentário. Ainda afirmaram que, para o movimento de inclinação
controlada, o dispositivo deveria liberar uma proporção M/F de 7,1/11.
para gerar movimentos de translação e correção radicular, essa proporção
77
Discussão Artigo 1
deveria ser, respectivamente, de 9,9/1 e 11,4/1. Porém, em 1984, Smith &
Burstone
31
preconizaram que, para o movimento de inclinação controlada,
a proporção M/F deveria ser de 8/1; para o movimento de translação e
radicular, essa proporção deveria ser, respectivamente, de 10/1 e 12/1.
Os resultados obtidos nessa pesquisa demonstram que na
ativação máxima houve uma ordem de franja de 1,5mm para a região
cervico-mesial e ordem de franja de 0,0mm na região disto-apical
sugerindo movimento de inclinação controlada. Na ativação média, esta
ordem de franja foi menor para a região cervico-mesial e permaneceu
inalterada na região disto-apical. Na ativação de 0,0mm (posição neutra),
observamos uma ordem de franja muito baixa na região cervico-mesial e
um aumento da ordem de franja na região disto-apical. Ao analisar que a
desativação da mola T resultou perda de energia na região cervico-mesial
e aumento de energia na região disto-apical, constatamos mudança de
movimento de inclinação controlada para movimento de corpo e,
finalmente, correção radicular.
As assimetrias avaliadas e observadas nos gráficos 3, 5, 6, e
7, apresentaram-se desprezíveis, com ordem de franja inferior a 0,5mm. A
hipótese para o aparecimento dessas assimetrias, pode ter sido em
decorrência de alguma interferência no posicionamento central da mola T
ou, ainda alguma assimetria ocorrida durante a confecção no desenho
final da mola T.
Outro achado importante nos testes realizados nos modelos
fotoelásticos, foi a formação simétrica das franjas fotoelásticas em todas as
ativações. Se compararmos os resultados ao observar os gráficos, serão
constatados valores similares para ambos os dentes (13 e 23) na face distal,
mesial e apical, indicando que, independente da ativação da mola T,
78
Discussão Artigo 1
quando esta se encontra centralizada no espaço interbraquete, as
proporções M/F e C/D, serão a mesma tanto para a unidade ativa
(retração), quanto para a unidade reativa (ancoragem). Esse sistema de
força liberado entre o segmento da unidade ativa e unidade reativa
também foi observado em estudos utilizando ensaio mecânico
29,32,33
, ou
seja, momentos de magnitude iguais e em sentidos opostos serão gerados
pela dobra de pré-ativação em “V” simétrico, e quando essa extremidade
for inserida na canaleta dos bráquetes, será liberado um momento de
ativação. Thiesen et al.
36
, 2004, Thiesen, et al.
37
2006 afirmaram que, quanto
maior a dobra de pré-ativação, maior a proporção M/F.
A aplicação da mola T para o fechamento de espaço é
eficiente na opinião de muitos pesquisadores. Por esse motivo, despertou-
se o interesse da comunidade Ortodôntica em pesquisar esse tipo de
dispositivo em vários aspectos, como a secção do fio utilizado, o tipo de
liga, a proporção momento/força e carga/deflexão, a incorporação ou não
de helicóides nessas molas e o aumento da altura e comprimento em seu
desenho
7,8,14,20,22,25,30,32,33,35,36,37
.
A literatura Ortodôntica tem demonstrado que várias
técnicas para avaliação do sistema de força gerado pela mola T são
utilizadas
7,8,14,20,22,25,30,32,33,35,36,37
. Se por um lado, o ensaio mecânico e o
elemento finito
7,8,20,22,25,30,32,33,35,36,37
concordam que a mola T é capaz de
fornecer previsibilidade em seus resultados, dando subsídio para sua
utilização clínica com bastante segurança, por outro, as pesquisas
clínicas
14
demonstram essa eficiência através de resultados satisfatórios
sem danos aos tecidos adjacentes.
Neste estudo, optamos pela avaliação do sistema de forças
gerado pela mola T com pré-ativações de Burstone centralizada,
79
Discussão Artigo 1
utilizando o método experimental em modelo fotoelástico para análise
qualitativa das áreas de pressão e tensão
3,9,10,11,12,13,16,17,18,23,27,38
. Esse
método é muito utilizado na Odontologia nas pesquisas de biomateriais,
principalmente na área da prótese, implante, oclusão e dentística, e
consiste de um método de visualização direta no modelo fotoelástico dos
efeitos ocorridos nesses materiais quando forças e/ou tensões são
aplicadas a eles
3,9,10,11,17,18,23,27
. Não menos importante, esse método
também é utilizado na Odontologia pela Cirurgia
12
e Periodontia
13,16
. Já na
Ortodontia é utilizada desde 1935, Zak
38
, avaliando os tipos de
movimentos dentários quando forças eram aplicadas de diferentes pontos
ao dentes. A partir daí, muitas pesquisas foram desenvolvidas em todas as
especialidades da Odontologia, utilizando a fotoelasticidade, e seu
método de avaliação vem se aprimorando cada vez mais. Contudo, muitas
pesquisas não são claras em suas metodologias, o que dificulta o
pesquisador, muitas vezes, por desconhecer esse tipo de experimento e
levar, conseqüentemente, à desistência delas.
80
Conclusão Artigo 1
CONCLUSÃO
Utilizando o método experimental fotoelástico para análise
qualitativa do sistema de força liberado pela mola T centralizada e
confeccionada com fio de TMA 0,017” x 0,025”, podemos concluir que:
1. Em posição neutra, a mola T apresentou uma ordem de franja muito
baixa e em toda a superfície radicular, o que sugere uma tendência de
movimento de translação ou até radicular;
2. Com ativação de 3,0mm, a ordem de franja mostrou uma tendência de
movimento de inclinação controlada;
3. Com ativação de 6,0mm, a concentração de energia, ou de força, foi
claramente maior.
81
Abstract Artigo 1
A B S T R A C T
Evaluation of the quality of the experimental photo-elastic model of the
force system created by a centralized “T” spring with pre-activations,
recommended by Burstone.
Objective: To evaluate the force system created by a T spring with pre-
activation centralized in the inter-bracket space recommended by
Burstone. Material and method: The T spring with pre-activation,
recommended by Burstone, was evaluated using photo-elastic models
made with rectangular titanium-molybdenum wire (TMA) measuring
0,017” X 0,025”, centralized and with activation positions of 6,0 mm, 3,0
mm and neutral. For better confidence in the results, the tests were
repeated in three equally duplicated models which were constructed by
the same technician. An inter-bracket distance of 27,0 mm was used. To
understand the results, the fringes were visualized through a polariscope,
photographed and qualitatively analyzed. Results: By way of qualitative
analyses of the order of the fringes in the photo-elastic model, it was
observed that at the extremities of retraction and anchorage, both
presented symmetry in the force system throughout the whole root
extension.
Key words: - Closing of orthodontic space.
82
Referência Bibliográfica Artigo 1
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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ARTIGO 2
Resumo Artigo 2
Estudo qualitativo fotoelástico do sistema de força gerado
pela mola “T” de retração com diferentes pré-ativações.
RESUMO
Objetivo: Avaliar o sistema de forças gerado pela mola T, utilizada para
fechamento de espaços. Material e método: Por meio do método
experimental fotoelástico, avaliou-se a mola T, utilizada no fechamento de
espaços com duas variações de pré-ativação em sua porção apical, sendo
uma com 30° e a outra com 45°. As molas foram confeccionadas com fio
retangular de titânio-molibdênio (TMA) de secção 0,017”x 0,025”,
centralizadas no espaço interbráquete de 27,0mm e ativadas em 7,0mm,
2,5mm e posição neutra. Para melhor confiabilidade dos resultados, os
testes foram repetidos em três modelos fotoelásticos igualmente
duplicados e confeccionados pelo mesmo operador. Para compreensão
dos resultados, as franjas visualizadas no polariscópio foram fotografadas
e analisadas qualitativamente. Resultados: Por meio da análise qualitativa
da ordem de franjas no modelo fotoelástico, notou-se que, nas
extremidades de retração e ancoragem, a mola T com 30° de ativação
apical apresentou um acúmulo de energia discretamente maior para o
sistema de força liberado.
Palavras-chave: Fechamento de espaço ortodôntico.
91
Introdução Artigo 2
INTRODUÇÃO
A filosofia extracionista defendida por Tweed, na década de
40, levantou uma nova perspectiva para o tratamento Ortodôntico. O
interesse por parte da comunidade ortodôntica sobre o domínio da
mecânica de retração fez-se necessário. Com isso, surgiram vários
dispositivos mecânicos para esse objetivo. Considerando os componentes
de uma mola para fechamento de espaço, devemos salientar seus
princípios biológicos para que o movimento dentário ocorra sem agredir
as estruturas periodontais
16,17
. Dessa forma, é importante que a escolha
desses recursos não se confronte com as propriedades físicas do sistema,
como, por exemplo, a opção de um sistema de retração com atrito
1
,
12
.
Nesse caso, em particular, a força gerada pode ser medida, mas a real
força transmitida aos dentes é desconhecida porque ocorre uma
dissipação dela que levará o profissional a cometer erros que poderão
comprometer o resultado final do tratamento.
O ideal é que ocorra um fechamento de espaço por
movimento de atração resultante dos dispositivos do tipo “alça”. Quando
avaliamos as variáveis desses dispositivos, devemos considerar seu
desenho, espessura do fio, tipo de liga, quantidade de ativação, constância
das forças, magnitude de força e a magnitude de
momento
2,3,4,11,13,14,18,19,20,21,23,24
. Preocupado com um sistema de força
liberado pelas molas de fechamento de espaço, Burstone
4
em 1982, citou
três propriedades mecânicas que um dispositivo deve ter: a proporção
momento/força, conseguida pela incorporação de dobra do tipo Gable e
dobras de pré-ativação; a magnitude de força durante as ativações e a
proporção carga/deflexão, representada pela quantidade de energia
92
Introdução Artigo 2
perdida durante as desativações
2
.
Outra preocupação relevante ao plano de tratamento é o
tipo de ancoragem
2,14
que se deseja para obtenção de uma boa relação
dentária. Para isso, a escolha do dispositivo dependerá do sistema de força
liberado durante sua desativação. Nesse contexto, a eficiência da mola T
idealizada por Burstone agrega várias características ideais para a
otimização do fechamento de espaço
3
. As propriedades biomecânicas
desse dispositivo foram alvo de muitos estudos na comunidade
ortodôntica e seu sistema de força é conhecido
2,3,4,11,19,20,21,22,24
com
pesquisas utilizando ensaio mecânico
3,4,11,17,18,19,20,21,22,23,24
e elemento
finito
13
. Esse sistema de força pode ser controlado pela quantidade de
ativação, deslocamento da mola na distância interbraquete, inserção de
dobra de pré-ativação e tipo de liga.
A utilização desse dispositivo na clínica de Pós-Graduação
em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara é freqüente e
se faz presente por meio de constantes pesquisas. O propósito deste
trabalho foi avaliar, por meio da fotoelasticidade
6,7,8,9,10,15,25
, o sistema de
força da mola T centralizada, utilizando dois tipos de pré-ativação
14,20
.
MATERIAL E MÉTODO
Inicialmente, foram realizados testes experimentais em 5
modelos-piloto, com a finalidade de permitir correta investigação da
metodologia, materiais a serem utilizados, definir o número de repetições
necessárias, técnica de confecção dos modelos, técnica de leitura,
calibração do pesquisador para obtenção de resultados precisos
15
.
Dois modelos fotoelásticos foram obtidos a partir de um
93
Material e Método Artigo 2
modelo-mestre, construído de fórmica, com as seguintes dimensões:
60,0mm de comprimento; 40,0mm de altura e 20,0mm de espessura (Fig.
1).
Figura 1. Matriz confeccionada de fórmica para servir de duplicador. Observamos o
posicionamento das coroas dos caninos que servirão de parâmetro para o modelo
fotoelástico.
Após a obtenção da caixa matriz, utilizou-se dois dentes
caninos de acrílico de marca MOM
®
para serem posicionados e colados
nessa caixa matriz. Com o intuito de padronizar o posicionamento desses
dentes, foi feito um negativo a partir do modelo-piloto, utilizando
Borracha de silicona ASB-10 Azul e catalisador para borracha de marca
EPOXI (Fig. 2), misturados e manipulados, seguindo a recomendação do
fabricante.
94
Material e Método Artigo 2
FIGURA 2. Borracha de silicona e catalisador.
Em seguida, foi feita uma caixa de cera utilidade com as
seguintes dimensões: 120,0mm de largura, 140,0mm de comprimento e
90,0mm de altura para que pudesse ser posicionado o modelo matriz e,
posteriormente, despejar a silicona de adição de acordo com a
recomendação do fabricante, obtendo-se, assim, o negativo (Fig. 3).
FIGURA 3. Posicionou-se a matriz dentro da caixa de cera e everteu-se silicona para
obtenção do negativo.
95
Material e Método Artigo 2
Nessa fase, outros dentes caninos foram posicionados em
seus respectivos locais, tomando-se cuidado para que não houvesse
contaminação por umidade ou oleosidade na superfície da raiz dos
caninos e na silicona. Nesse momento, manipulou-se em um recipiente de
vidro escalonado em mililitros, a resina fotoelástica de marca EPOXI,
CMR-201 FLEXÍVEL, componente A Código: 584-4. Lote: 17680 e o
componente endurecedor CME-252 FLEXÍVEL (Fig. 4), código: 1322-6,
lote: 17873.
FIGURA 4. Resina epoxi, componentes A e B.
Os dois componentes foram inseridos e manipulados
cuidadosamente por 10 minutos e levamos à estufa a uma temperatura
constante de 25° C por 24 horas para completa reação de presa. Após esta
fase, despejou-se a resina (Fig. 5). Nestas duas fases, deve-se manipular a
resina cuidadosamente para evitar a incorporação de bolhas de ar.
96
Material e Método Artigo 2
FIGURA 5. Após a manipulação da resina epoxi, everteu-se cuidadosamente para evitar a
incorporação de bolhas.
Decorrido esse tempo, removeu-se o modelo do molde e
nesta fase é necessário checar as condições ópticas do modelo fotoelástico
no polariscópio. Caso o modelo não apresente as propriedades óticas
satisfatórias
15
, o que prejudica a análise, deveremos descartá-lo e
novamente repetir os passos até obter o modelo ideal (Fig. 6).
FIGURA 6. Modelo fotoelástico.
97
Material e Método Artigo 2
Com os dois modelos fotoelásticos definidos fixamos 1 tubo
cruzado de marca Morelli
®
em cada dente (Fig. 7), e para isso, foi feita
uma canaleta vertical utilizando 1 broca cilíndrica em baixa rotação, onde
os tubos foram encaixados e colados com resina acrílica.
FIGURA 7. Modelo fotoelástico com os tubos cruzados posicionados.
Para cada modelo, utilizou-se uma mola T, confeccionada
com fio de Titânio-molibdênio (TMA) de marca Ormco
®
, Glendora, CA.,
com secção transversal de 0,017” x 0,025”. No intuito de manter o padrão
das molas T, foi feito um template cujas medidas foram: 10,0mm de
comprimento e 7,0mm de altura (Fig. 8).
30 Graus na base apical
45 Graus na base apical
FIGURA 8. Template para padronizar a confecção das molas T padrão Marcotte (45
graus) e Souza (30 graus).
98
Material e Método Artigo 2
Foram utilizados dois critérios de ativação, sendo que, para
um modelo, foi inserida uma mola T com pré-ativação na base apical de
45˚
21
e, para outro modelo, foi inserida uma mola T com pré-ativação na
base apical de 30˚
14,20
.
Após a checagem em posição neutra das molas T, estas
foram inseridas nas canaletas horizontais dos tubos cruzados,
centralizadas em uma distância interbraquete de 27,0mm
11
e avaliadas em
três ativações: com 5,0mm, 2,5mm e em posição neutra. Para observar a
fidelidade dos resultados, esses testes foram repetidos por mais duas
vezes e mostraram-se coincidentes.
Os testes foram realizados no laboratório de Engenharia
Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia-MG (Departamento de
Física), avaliados através de um polariscópio de refração e fotografados
com equipamento digital Canon REBEL EOS 300D - 6.3 mega pixels. Lente
Canon macro 100,0 mm ultrasonic e Flash circular Canon MACRO RING
LITE MR-14EX, para obtenção dos resultados (Fig. 9).
A
B
C
B
D
C
FIGURA 9. Polariscópio circular plano, projetado e produzido pelos Docentes da
Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia.
99
Resultados Artigo 2
RESULTADOS
Os resultados foram obtidos pela leitura das franjas
fotoelásticas nos modelos, com a utilização de molas T de Burstone
2
, com
dois diferentes tipos de pré-ativação
14,20,21
. A mola foi analisada em três
posições diferentes, sendo a primeira em posição neutra, a segunda com
uma ativação de 2,5mm e a última com ativação de 5,0mm.
As interpretações foram analisadas de maneira descritiva,
sendo as leituras realizadas em forma de gráficos, divididos para as três
porções de cada dente, sendo uma mesial, uma apical e outra distal,
analisadas uma a uma separadamente e depois comparadas com o dente
adjacente (Fig. 10).
FIGURA 10. Nomenclatura sugerida para leitura e interpretação da ordem de franja do
modelo fotoelástico.
A leitura da ordem de franjas foi realizada através da
interface do violeta e azul, formada nas superfícies distal, mesial e
13
23
M
D
D
A
A
100
Resultados Artigo 2
apical de cada dente, tomando-se a distância como referência para
realizarmos os gráficos de análise. Do nível de mais baixa tensão para
o nível de mais alta tensão, formam-se as seguintes cores: preto,
amarelo, vermelho, azul, amarelo, vermelho, verde amarelo, vermelho,
verde (Fig. 11).
FIGURA 11. Diagramação do eixo cartesiano para facilitar a leitura dos pontos da ordem
de franja no modelo fotoelástico.
Eixo X leitura realizada das ordens de franjas, variando-se de 0,5mm;
Eixo Y leitura realizada em milímetros, com nomenclatura alfabética.
11
22 33 44 55 6 6 77 8 8 99 1010 11
e
d
c
b
b
c’
d
e
f’
a
a
f
X
Y
101
Resultados Artigo 2
A figura abaixo mostra a ordem de franja de 0,0mm no
modelo fotoelástico, em decorrência da ausência da mola T. Nesse caso, o
modelo fotoelástico está livre de qualquer interferência de forças (Fig. 12).
FIGURA 12. Através do polariscópio, observamos a ordem de franjas de 0,0mm em
decorrência da ausência da mola T.
102
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 1
0.5
AMDaAMDa AMDbAMDb AMDcAMDc AMDdAMDd AMDeAMDe
1.0
1.5
2.0
DENTE 13
DENTE 23
Modelo fotoelástico livre de tensão, representado pelo gráfico 1
onde a ordem de franja é 0,0mm em toda a superfície radicular de ambos
os dentes.
M
A
R
C
O
T
T
E
Ordem de franja
103
Resultados Artigo 2
Ordem de franja e interpretação da mola T, com pré-ativação
preconizada por Marcotte e Souza.
Pré-ativação preconizada por Souza
Em posição neutra, a mola T, com pré-ativação
preconizada por Souza, demonstrou ordem de franja inferior a 0,5mm em
toda a superfície radicular. Isso quer dizer que, nessa análise qualitativa, o
estresse, apesar de ser distribuído igualmente desde a região cervical até o
ápice radicular, sugere-nos pouca quantidade de energia ou uma
magnitude de força muito baixa aplicada nesses dentes (Fig. 13).
FIGURA 13. Ativação em posição neutra (ativação de 0,0mm).
104
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 2
0.5
Mf1
3
Ma1
3
Mb1
3
Mc1
3
Md1
3
Me1
3
Ma
23
Mb
23
Mc
23
Md
23
Me
23
Mf
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
A representação no gráfico 2 demonstra que a mola T com pré-
ativação de Souza, na posição neutra, formou uma ordem de franja de
0,0mm em toda a superfície mesial, com exceção da região cervico-
mesial do dente 23. Nessa região, a ordem de franja foi de 0,0mm a
0,5mm e não representou relevância.
Ordem de franja na face mesial
S
O
U
Z
A
0,0mm
105
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 3
0.5
A 3
f1
Aa1
3
Ab1
3
Ac1
3
Ad1
3
Ae1
3
Aa
23
Ab
23
Ac
23
Ad
23
Ae
23
Af
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
O gráfico 3 demonstra que a mola T com pré-ativação de Souza e
em posição neutra gerou uma ordem de franja de 0,0mm em toda a
extensão apical para ambos os dentes.
Ordem de franja na face apical
S
O
U
Z
A
0,0mm
106
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 4
0.5
D 3
f1
Da1
3
Db1
3
Dc1
3
Dd1
3
De1
3
Da
23
Db
23
Dc
23
Dd
23
De
23
Df
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com pré-ativação de Souza em
posição neutra. Em toda a extensão distal, a ordem de franja é 0,0mm
(gráfico 4).
Ordem de franja na face distal
S
O
U
Z
A
0,0mm
107
Resultados Artigo 2
FIGURA 14. Ativação da mola T em 2,5mm.
Ao analisar a figura 14, observa-se que, no terço médio e
cervical, dos dentes 13 e 23, a ordem de franja apresenta-se entre 1,5mm
a 2,0mm. na região disto-apical do dente 13 e 23, a ordem de franja
apresenta-se em 0,5mm considerada com pouca energia gerada para essa
região, o que sugere movimento de inclinação controlada. Uma discreta
assimetria foi observada na região disto-apical do dente 13, porém sem
relevância significante para a análise qualitativa sugestiva de ativação
assimétrica ou posicionamento discretamente descentralizado ou, ainda,
alguma interferência na confecção da mola.
108
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 5
0.5
Mf1
Ma1
Mb1
Mc1
Md1
Me1
Ma
23
Mb
23
Mc
23
Md
23
Me
23
Mf
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com 2,5mm de ativação e pré-
ativação preconizada por Souza. Observou-se concentração de franjas de
1,5mm e propagação dessa ordem de franja de maneira simétrica (gráfico
5).
Ordem de franja na face mesial
S
O
U
Z
A
2,5mm
109
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 6
0.5
Aa’23
Aa’13
Ab’23
Ab’13
Ac’23
Ac’13
Ad’23
Ad’13
Ae’23
Ae’13
1.0
1.5
2.0
Representação gráfica da mola T com 2,5mm de ativação e com
pré-ativação preconizada por Souza. Observou-se uma concentração de
franjas próxima de 0,0mm, porém discretamente maior para o dente 13
(gráfico 6).
Ordem de franja na face apical
S
O
U
Z
A
2,5mm
110
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 7
0.5
D 3
f1
Da1
3
Db1
3
Dc1
3
Dd1
3
De1
3
Da
23
Db
23
Dc
23
Dd
23
De
23
Df
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com 2,5mm de ativação e com
pré-ativação preconizada por Souza. Observou-se uma concentração de
franjas de 0,5mm no terço disto-cervical do dente 23 e ordem de franja
0,5mm no terço inferior distal do dente 13 (gráfico 7).
Ordem de franja na face distal
S
O
U
Z
A
2,5mm
111
Resultados Artigo 2
FIGURA 15. Ativação da mola T em 5,0mm (ativação máxima).
Na figura 15, observou-se ordem de franja discretamente maior
que 2,5mm, demonstrando que a mola T com pré-ativação de 30°
apresenta um acúmulo de energia maior em relação à mola T com pré-
ativação de 45°, na mesma ativação.
112
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 8
0.5
Mf1
3
Ma1
3
Mb1
3
Mc1
3
Md1
3
Me1
3
Ma
23
Mb
23
Mc
23
Md
23
Me
23
Mf
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com 5,0mm de ativação e com
pré-ativação preconizada por Souza. Observou-se uma concentração de
franjas entre 0,5mm região do terço médio radicular e 2,5mm na região
do terço médio cervical (gráfico 8).
Ordem de franja na face mesial
S
O
U
Z
A
5,0mm
113
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 9
0.5
A 3
f1
Aa1
3
Ab1
3
Ac1
3
Ad1
3
Ae1
3
Aa
23
Ab
23
Ac
23
Ad
23
Ae
23
Af
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com 5,0mm de ativação e com
pré-ativação preconizada por Souza. Observou-se uma concentração de
franjas entre 0,0mm a 0,5mm para o dente 23 e discretamente maior a
0,5mm no terço apical para o dente 13 (gráfico 9).
Ordem de franja na face apical
S
O
U
Z
A
5,0mm
114
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 10
0.5
D 3
f1
Da1
3
Db1
3
Dc1
3
Dd1
3
De1
3
Da
23
Db
23
Dc
23
Dd
23
De
23
Df
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com 5,0mm de ativação e com
pré-ativação preconizada por Souza. Observou-se uma concentração de
franjas de 0,5mm em toda a superfície distal radicular do dente 23 e no
dente 13 (gráfico 10).
Ordem de franja na face distal
S
O
U
Z
A
5,0mm
115
Resultados Artigo 2
Pré-ativação preconizada por Marcotte.
Em posição neutra, a mola T com as pré-ativações
preconizadas por Marcotte, demonstrou que a ordem de franja foi inferior
a 0,5mm em toda a superfície radicular. Isso quer dizer que, nessa análise
qualitativa, o estresse, apesar de ser distribuído igualmente desde a região
cervical até o ápice radicular, sugere-nos pouca quantidade de energia ou
magnitude de força baixa aplicada nos dente (Fig. 16).
FIGURA 16. Ativação em posição neutra (ativação de 0,0mm).
116
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 11
0.5
Mf1
3
Ma1
3
Mb1
3
Mc1
3
Md1
3
Me1
3
Ma
23
Mb
23
Mc
23
Md
23
Me
23
Mf
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com pré-ativação de Marcotte na
posição neutra. Em toda a extensão distal, a ordem de franja é 0,0mm
(gráfico 11).
M
A
R
C
O
T
T
E
0,0mm
Ordem de franja na face mesial
117
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 12
0.5
Aa’23
Aa’13
Ab’23
Ab’13
Ac’23
Ac’13
Ad’23
Ad13
Ae’23
Ae’13
1.0
1.5
2.0
Representação gráfica da mola T com pré-ativação de Marcotte na
posição neutra. Em toda a extensão apical, a ordem de franja é 0,0mm.
Ordem de franja na face apical
M
A
R
C
O
T
T
E
0,0mm
118
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 13
0,0
Da23
Da13
Db23
Db23
Dc23
Dc13
Dd23
Dd13
De23
De13
0.5
1.0
1.5
Representação gráfica da mola T com pré-ativação de Marcotte na
posição neutra. Em toda a extensão distal, a ordem de franja é 0,0mm.
Ordem de franja na face distal
M
A
R
C
O
T
T
E
0,0mm
119
Resultados Artigo 2
FIGURA 17. Ativação da mola em 2,5mm.
Na figura 17, observou-se ordem de franja discretamente menor
que 1,5mm, demonstrando que a mola T com pré-ativação de 45°
apresenta um acúmulo de energia discretamente menor em relação à mola
T com pré-ativação de 30°, quando ativada a 2,5mm.
120
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 14
0.5
Mf1
3
Ma1
3
Mb1
3
Mc1
3
Md1
3
Me1
3
Ma
23
Mb
23
Mc
23
Md
23
Me
23
Mf
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com 2,5mm de ativação e com
pré-ativação preconizada por Marcotte. Observou-se concentração de
franjas entre 0,0mm no terço médio da superfície radicular e 1,5mm no
terço cervical (Gráfico 14).
Ordem de franja na face mesial
M
A
R
C
O
T
T
E
2,5mm
121
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 15
0.5
Aa’23
Aa’13
Ab’23
Ab’13
Ac’23
Ac’13
Ad’23
Ad13
Ae’23
Ae’13
1.0
1.5
2.0
O gráfico 15 demonstra que a mola T com 2,5mm de ativação e
com pré-ativação preconizada por Marcotte gerou uma concentração de
franjas próximo a 0,0mm no terço apical.
Ordem de franja na face apical
M
A
R
C
O
T
T
E
2,5mm
122
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 16
0.5
D 3
f1
Da1
3
Db1
3
Dc1
3
Dd1
3
De1
3
Da
23
Db
23
Dc
23
Dd
23
De
23
Df
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com pré-ativação de Marcotte na
ativação de 2,5mm. Em toda a extensão distal, a ordem de franja foi
0,0mm (gráfico 16).
Ordem de franja na face distal
M
A
R
C
O
T
T
E
2,5mm
123
Resultados Artigo 2
FIGURA 18. Ativação da mola em 5,0mm.
Na figura 18 observou-se ordem de franja aquém de
1,5mm, o que demonstra que a mola T com pré-ativação de 45°
apresenta acúmulo de energia discretamente menor em relação à mesma
mola, com pré-ativação de 30°, quando ativada a 2,5mm. Ao comparar
as figuras 17 e 18, observou-se uma ordem de franja diferente entre a
ativação de 2,5mm e 5,0mm, utilizando-se pré-ativação preconizada por
Marcotte, sendo que houve maior energia para a ativação de 5,0mm.
124
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 17
0.5
Mf1
3
Ma1
3
Mb1
3
Mc1
3
Md1
3
Me1
3
Ma
23
Mb
23
Mc
23
Md
23
Me
23
Mf
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com 5,0mm de ativação e com pré-
ativação preconizada por Marcotte. Observou-se uma concentração de franjas
entre 0,0mm no terço médio e 1,5mm no terço cervical (gráfico 17). Ao
comparar este com o gráfico 8, observou-se que a ordem de franja foi
mais intensa para a mola T com pré-ativação preconizada por Souza
ativada a 5,0mm, demonstrando que a energia gerada por aquela mola é
mais alta.
Ordem de franja na face mesial
M
A
R
C
O
T
T
E
5,0mm
125
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 18
0.5
A 3
f1
Aa1
3
Ab1
3
Ac1
3
Ad1
3
Ae1
3
Aa
23
Ab
23
Ac
23
Ad
23
Ae
23
Af
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com 5,0mm de ativação e com
pré-ativação preconizada por Marcotte. Observou-se uma concentração
de franjas entre 0,0mm e 0,5mm no terço apical, porém houve energia
mais alta para o dente 13 (gráfico 18).
Ordem de franja na face apical
M
A
R
C
O
T
T
E
5,0mm
126
Resultados Artigo 2
GRÁFICO 19
0.5
D 3
f1
Da1
3
Db1
3
Dc1
3
Dd1
3
De1
3
Da
23
Db
23
Dc
23
Dd
23
De
23
Df
23
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Representação gráfica da mola T com 5,0mm de ativação e com
pré-ativação preconizada por Marcotte. Observou-se uma concentração de
franjas próxima de 0,5mm na região disto-cervical do dente 23 e uma
ordem de franja de 0,5mm na superfície distal no terço inferior no dente 13
(gráfico 19).
Ao analisar cada figura, notou-se que, para ambas as pré-
ativações, a concentração de energia desprendida é muito semelhante e
acontece de forma simétrica em todos os testes. Observou-se presença de
discreta assimetria e acredita-se que estas são decorrentes de discreta
descentralização da mola no ato da instalação e/ou em sua ativação ou,
ainda, uma assimetria ocorrida em sua confecção.
Ordem de franja na face apical
M
A
R
C
O
T
T
E
5,0mm
127
Discussão Artigo 2
DISCUSSÃO
O fechamento de espaços na Ortodontia deve ser realizado
conforme a necessidade apresentada em cada caso
específico
2,3,4,5,7,11,13,14,17,18,19,20,21,22,23,24
. A escolha adequada dos diversos
mecanismos requer profundo conhecimento da biomecânica apresentada
pelos dispositivos de retração, assim como o sistema de força liberado por
eles. Para isso, as molas de fechamento de espaço deverão liberar uma
baixa proporção carga/deflexão e uma alta proporção momento/força,
possibilitando, desse modo, um bom controle do movimento dentário.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, pelo método
experimental fotoelástico, o sistema de força da mola T centralizada com
dois tipos de pré-ativação de 30°
14,20
e de 45°
21
. O fenômeno fotoelástico foi
introduzido em 1935 por um Ortodontista
25
que, em sua pesquisa,
utilizando dentes esculpidos à base de resina com propriedade
fotoelástica, avaliou as áreas de pressão e tensão nas raízes desses dentes
quando forças eram aplicadas. A partir daí, a fotoelasticidade tomou seu
lugar permanentemente nas pesquisas para avaliar as propriedades de
materiais odontológicos que sofrem, de alguma forma, certo tipo de força
intrabucal
7,9,10,15
.
Ela se baseia no fato de que um material transparente é
opticamente ativo sob situações de carga quando iluminado por luz
monocromática. Desta forma, linhas escuras e claras intercalam-se
formando o que se denomina de isocromáticas e isoclínicas. Esse efeito
ótico denominado de franjas fotoelásticas traduz a tensão ou deformação
sofrida pelo corpo, podendo ser mensurada qualitativa e
quantitativamente
10
.
128
Discussão Artigo 2
Esse método avalia a situação inicial de tensão, limitando-se
apenas a fase inicial do movimento dentário
13
, registrado por um
equipamento denominado polariscópio que utiliza as propriedades da luz
polarizada, em sua operação. Essas ondas são usadas para determinação
do estado de tensão através do padrão de interferência luminosa
8
formada
por um sistema de iluminação, um par de polarizadores e uma estrutura
para sustentar e estabilizar o modelo analisado
9
.
Para determinar os resultados qualitativos da ordem de
franjas isocromáticas e isoclínicas, necessitamos de um grande número de
pontos e de medidas, além de tempo para obtenção e interpretação. Após
a tomada fotográfica, as imagens deverão ser impressas, parâmetros
deverão ser traçados e um mapa da ordem de franja deverá ser construído
para obtenção dos resultados.
Inicialmente, realizamos testes experimentais em modelos-
piloto, com a finalidade de permitir correta investigação da metodologia e
materiais a serem utilizados, definir o número de repetições necessárias,
técnica de confecção desses modelos, técnica de leitura, calibração do
pesquisador e obtenção de resultados confiáveis
15
.
Para a construção de um modelo fotoelástico ideal, foi
seguido alguns princípios básicos para que não ocorram erros. A
utilização de dentes multirradiculares em modelos fotoelásticos pode
comprometer a interpretação dos resultados devido à sobreposição de
franjas que, possivelmente, irão ocorrer em função da proximidade entre
as raízes
5,7
.
Evitou-se material resinoso com retorno lento em
condição de estresse e que apresente tensão residual antes e depois da
suspensão das forças aplicadas, além de, obrigatoriamente, ter baixo
129
Discussão Artigo 2
módulo de elasticidade, alta constante ótica e resistência, ser de fácil
manipulação e baixo custo
15
.
Ao surgir o interesse pela análise da mola T em modelo
fotoelástico, e considerando que seríamos limitados aos movimentos
iniciais do dente, despertamos para a análise de um padrão de ativação
inicial (posição neutra), posteriormente, para a análise de ativação da mola
T com ativação intermediária e, finalmente, a uma ativação máxima.
Segundo Burstone
2,3
, a ativação máxima da mola T seria de 6,0mm e a
posição neutra seria de 0,0mm. Outros autores consideram que a ativação
máxima desse dispositivo seria de 5,0mm, sendo que em posição neutra
ela apresentaria uma ativação de -2,0mm
14,20,21
.
Em relação ao tipo de liga utilizada na confecção da mola T,
optamos pela liga de titânio-molibdênio, uma vez que, clinicamente, seria
mais indicada devido à magnitude de força ser menor
24
, quando
comparada àquelas confeccionadas com fio de aço inoxidável
19,22,23
.
A mola T centralizada no espaço interbraquete apresenta
valores semelhantes para o sistema de força liberado entre o segmento da
unidade de ancoragem e da unidade de retração
11,17,20,21
, resultantes da
dobra de pré-ativação, em “V” simétrico, clinicamente, resultando em
movimentos dentários mais simétricos.
Na análise dos gráficos, notamos que tanto para a pré-
ativação de 30 e 45 graus na base apical, podemos observar que em
posição neutra a distribuição das franjas fotoelásticas ocorreu
simetricamente em ambas as pré-ativações. A diferença ocorrida foi a
quantidade das franjas que aumentaram gradativamente, conforme o
aumento da ativação, o que gerou, consequentemente, maior magnitude
de força. Ao comparar a magnitude de força entra as duas pré-ativações
130
Discussão Artigo 2
(Gráficos 8 e 17), pode-se afirmar que a maior magnitude foi observada na
pré-ativação de 30 graus.
O posicionamento da mola T no espaço interbraquete e a
quantidade de ativação estão diretamente relacionados ao tipo de
movimento gerado por esse dispositivo. Ao ativar a mola T em 5,0mm, a
proporção M/F é de 7,6 e isso proporciona um movimento de inclinação
controlada porque seu centro de rotação estará posicionado mais apical
3
.
Após 1,0mm de desativação, a proporção M/F será de 9,1. Nesta, os
dentes se movimentar-se-ão por translação. Se essa desativação continuar,
o movimento dentário irá ocorrer por movimento radicular
3
e nessa hora,
a mola deverá ser reativada para evitar contato entre as raízes dos dentes
adjacentes às extrações dentárias.
Neste estudo experimental em modelos fotoelástico,
observou-se uma concentração maior de franjas fotoelásticas na região
cervico-mesial e nenhuma franja na região disto-apical na ativação
máxima de ambas as molas. Conforme a desativação acontecia, esta
ordem de franja ia diminuindo na região cervico-mesial e aumentando na
região meso-apical, até a ordem de franja alcançar maior concentração de
energia na região meso-apical, e menor na região cervico-mesial e disto-
apical. Com essas características qualitativas, podemos deduzir que em
ativação máxima, as molas promoveram tendência de movimento
radicular na ativação de 0,0mm, movimento de corpo na ativação média e
finalmente, na ativação máxima, movimento de inclinação controlada.
Observou-se pela análise dos gráficos 2, 5, 6, 7, 9, 15, 18, e 19
que, nos testes das molas, formaram-se franjas de ordem menor que
0,5mm. A avaliação dessa ordem apesar de, do ponto de vista qualitativo,
mostrar-se insignificante, é importante ressaltar que esta assimetria pode
131
Discussão Artigo 2
ter sido gerada resultante de uma excentricidade no posicionamento da
mola T ou de assimetria ocorrida no desenho final da mola T.
Também notou-se, que o sistema de força liberado, em
todos os grupos de teste, mostrou-se simétrico para ambos os dentes (13 e
23). Os resultados são coerentes se observarmos os testes realizados em
ensaio mecânico
3,4,11,19,20,21,23,24
que mostram-se significativamente
semelhantes.
132
Conclusão Artigo 2
CONCLUSÃO
Utilizando o método experimental fotoelástico para análise qualitativa do
sistema de força liberado pela mola T centralizada e confeccionada com fio
de TMA 0,017” x 0,025”, pode-se concluir que:
1. Em posição neutra, a mola T apresentou uma ordem de franjas muito
baixa em toda a superfície radicular, o que sugere uma tendência de
movimento de translação ou até apical ou radicular;
2. Com ativação de 2,5mm e 5,0mm, a ordem de franjas exibiu uma
tendência de movimento de inclinação controlada;
3. A ordem de franjas não se mostrou muito diferente na ativação de
2,5mm entre a pré-ativação de 30° e 45°.
4. Com ativação de 5,0mm, a concentração de energia, ou de força,
mostrou-se claramente maior em ambas as pré-ativações.
133
Abstract Artigo 2
A B S T R A C T
A photo-elastic qualitative study of the force systems created by a
retraction T loop in different pre-activation positions.
Objective: To evaluate the force system created by a T spring with pre-
activation centralized in the inter-bracket space recommended by
Burstone. Material and method: The T spring with pre-activation,
recommended by Burstone, was evaluated using photo-elastic models
made with rectangular titanium-molybdenum wire (TMA) measuring
0,017” X 0,025”, centralized and with activation positions of 6,0mm,
3,0mm and neutral. For better confidence in the results, the tests were
repeated in three equally duplicated models which were constructed by
the same technician. An inter-bracket distance of 27,0mm was used. To
understand the results, the fringes were visualized through a polariscope,
photographed and qualitatively analyzed. Results: By way of qualitative
analyses of the order of the fringes in the photo-elastic model, it was
observed that at the extremities of retraction and anchorage, both
presented symmetry in the force system throughout the whole root
extension.
Key words: Closing of orthodontic space.
134
Referência bibliográfica Artigo 2
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. ARTICOLO, L. C.; KUSY, K.; SAUNDERS, C. R.; KUSY, R.P.
Influence of ceramic and stainless steel brackets on the notching of
archwires during clinical treatment. Eur J Orthod, v.4, n. 22, p. 409-
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Autorizo a reprodução deste trabalho.
(Direitos de publicação reservado ao autor)
Araraquara, 10 de julho de 2007.
Luiz Guilherme Martins Maia
Avaliação em modelo fotoelástico do sistema de força gerado
pela mola T de retração
A fotoelasticidade é um fenômeno ótico muito utilizado em pesquisa da engenharia e da
mecânica. Este método avalia áreas sujeitas às tensões provenientes de sistemas mecânico
complexo. Esse método de avaliação foi, inicialmente, utilizado na Odontologia em 1935, por
Zak, quando observou os tipos de movimentos de um incisivo, quando forças eram aplicadas a
eles. Esse fenômeno pode ser visto quando utilizamos materiais resinosos com propriedades
óticas que transforma essas áreas de tensão em padrões de luz visível denominado franjas
fotoelásticas. Baseado nisso, utilizamos o método experimental fotoelástico para avaliar o
comportamento da Mola T, utilizada em Ortodontia, para retração de dente no fechamento de
espaço, com três tipos de pré-ativação.
Resumo exigido pelo Departamento de Pós-Graduação para a homologação
da Dissertação de Mestrado do Aluno Luiz Guilherme Martins Maia.
Araraquara, 10 Agosto de 2007.
_______________________
Luiz Guilherme Martins Maia
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