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Mariana Machado Teixeira de Moraes Costa
Avaliação da resposta tecidual frente aos
cimentos MTA Ângelus
®
cinza e um MTA
fotopolimerizável experimental.
Análise microscópica de implantes realizados em
alvéolos de ratos.
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia do Campus de Araçatuba
UNESP, para a obtenção do Grau de
“Doutor em Odontologia” Área de
concentração: Odontopediatria
Orientador: Prof. Dr. João Eduardo Gomes Filho
Araçatuba – SP
2008
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Dados Curriculares
Mariana Machado Teixeira de Moraes Costa
Nascimento 10 de fevereiro de 1979
Lapa – PR
Filiação Araken Lisboa de Moraes Costa
Thais Machado Teixeira de Moraes Costa
1998-2001 Curso de Graduação em Odontologia, na Faculdade de
Odontologia de Araçatuba Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, SP.
2002-2003 Curso de Especialização em Odontopediatria, na
Faculdade de Odontologia de Araçatuba Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, SP.
2003-2005 Mestrado em Odontopediatria, Faculdade de Odontologia
de Araçatuba Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, SP.
2005-2008 Doutorado em Odontopediatria, Faculdade de
Odontologia de Araçatuba Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, SP.
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Dedicatória
A
DEUS…
“Perto quero estar, junto aos teus pés.
Pois prazer maior não há, que me render e te adorar
Tudo o que há em mim quero te ofertar
mais ainda é pouco eu sei, se comparado ao que ganhei
Não sou apenas servo, teu amigo me tornei
Te louvarei, não importam as circunstâncias
Adorarei somente a ti
Jesus
(Kelly Carpenter, Toque no altar)
Dedicatória
Aos meus pais,
Thais e Araken
...
Muito obrigada pelo apoio constante, pelo carinho
e por todo amor e dedicação...Obrigada por tudo o que representam em minha vida !
"Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos
de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e
uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar." (Bertrand Russell)
Ao meu noivo
José Otávio
...
Pelo companheirismo, pela compreensão nas ausências
e por todo incentivo, aumentando a minha força a cada dia !
"A ausência diminui as pequenas paixões e aumenta as grandes,
da mesma forma que o vento apaga a vela e atiça a fogueira."
(François de La Rochefoucault)
Ao meu irmão
Rodrigo
, e minhas “irmãs”,
Rosana, Taís, Luciana e Julie
...
“...mas há um amigo que é mais chegado do que um irmão”
(Provérbios 18:24)
Muito obrigada pela amizade e apoio em todos os momentos... que
me permitem estar hoje comemorando mais essa vitória.
"A amizade é quase sempre a união de parte de uma alma com parte de outra.
As pessoas são amigas nos pontos que se tocam."
(George Santayana)
Agradecimentos Especiais
Ao meu orientador,
Professor Dr João Eduardo Gomes Filho...
Muito obrigada por toda dedicação, paciência e seriedade com que conduziu este estudo.
Agradeço imensamente pela confiança que depositou em mim e por todas as orientações
valiosas neste período de convivência.
“Um bom professor educa seus alunos para uma profissão,
um professor fascinante os educa para a vida.
Professores fascinantes são profissionais revolucionários.
Ninguém sabe avaliar o seu poder, nem eles mesmos.
Eles mudam paradigmas, transformam o destino de um povo
e um sistema social sem armas,
tão somente por prepararem seus alunos para a vida
através do espetáculo das suas idéias.”
Augusto Cury
À
Roberta Okamoto
“Um bom professor é lembrado nos tempos de escola.
um professor fascinante é um mestre inesquecível...
Ser um mestre inesquecível é formar seres humanos que farão diferença no mundo.”
Augusto Cury
Muito obrigada por toda paciência e auxílio durante a realização deste trabalho.
"Aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si,
levam um pouco de nós." (Antoine de Saint-Exupery)
Agradecimentos
À Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, nas pessoas do
Diretor Prof. Dr. Pedro Felício Estrada Bernabé e Vice-Diretora Prof Dra.
Ana Maria Pires Soubhia.
Aos professores da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba-UNESP, Prof. Dr. Célio Percinoto, Profa. Dra.
Rosângela dos Santos Nery, Prof. Dr. Robson Frederico Cunha, Prof. Dr.
Alberto Carlos Botazzo Delbem e Profa. Dra. Sandra Maria Herondina
Coelho Ávila de Aguiar, por todo este longo período de convivência, pelas
orientações valiosas e ensinamentos transmitidos.
Aos professores da Disciplina de Endodontia da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba-UNESP, Prof Dr Roberto Holland, Prof. Dr. Valdir
de Souza, Prof. Dr. Pedro Felício Estrada Bernabé, Prof. Dr. Dr. Mauro
Nery, Prof. Dr. José Arlindo Otoboni Filho e Prof. Dr. Eloi Dezan Junior, por
me receberem da maneira tão especial como fui recebida, pelo carinho e amizade
durante o curso.
Ao professor Tetuo Okamoto, a minha gratidão pela ajuda durante a
realização dos procedimentos cirúrgicos. Muito obrigada pela valiosa ajuda e
paciência.
Às funcionárias da Disciplina de Endodontia da Faculdade de Odontologia
de Araçatuba-UNESP, Hermelinda de Jesus Pereira Before, Neuza Angélica
dos Santos e Neuci Vieira. Muito obrigada por todo apoio durante a realização
deste trabalho e pela convivência agradável e amizade.
Aos funcionários da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba UNESP, Maria dos Santos Ferreira Fernandes e
Mário Luis da Silva, pela ajuda constante, pela dedicação e por apoio neste nosso
longo tempo de convívio.
Aos “amigos de longa data” da pós-graduação da Odontopediatria,
Rebeca, Fernanda, Kélio, Karine, Karina Bianco. Pessoas especiais que tive o
prazer de conhecer, por todos os momentos que passamos juntos.
Aos amigos Karina Mirela, Graciele, Márcio, Carol (Tuca), Janaína,
Isabele, Eliana Takeshita, Eliana Rodrigues, Adriana, Carol Lodi, Vanessa e
Tatyana.
Aos que se tornaram meus grandes “amigos de laboratório”, Alessandra
Gomes, Simone, Max, Sueli, Denise, Renata e Alessandra Cury pela amizade,
pelo apoio e pelo excelente convívio durante este período. Grande sucesso a vocês!
A todos os meus colegas de Pós-graduação da Odontopediatria, muito
obrigada pelos momentos de convivência.
A minha grande amiga Rosana, por me ajudar com a formatação da tese.
Muito obrigada pelo apoio e amizade!
Aos funcionários da Seção de Pós Graduação da Faculdade de Odontologia
de Araçatuba-UNESP, Marina Midori Sakamoto Hawagoe, Valéria de Queiroz
Marcondes Zagatto e Diogo Reatto pelo excelente profissionalismo, atenção
dispensada e primoroso relacionamento.
Aos funcionários da Biblioteca: Ana Cláudia Grieger Manzatti, Cláudia
de Souza Frare, Cláudio Hideo Matsumoto, Isabel Pereira de Matos, Ivone
Rosa de Lima Munhoz, Izamar da Silva Freitas, Jéssica Durbergr, Luzia
Anderlini, Maria Cláudia de Castro Benez, Fernando Sukunishi e Cláudio
Maciel Júnior, pela atenção e eficiência que sempre dispensaram.
Aos funcionários do Biotério da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba UNESP, pelo apoio e auxílio e pela dedicação no tratamento dos
animais.
Ao Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada por ter me permitido
utilizar o biotério e o laboratório, possibilitando a realização deste trabalho.
Ao Laboratório de Morfologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
– UNESP, na pessoa do Prof. Dr. Roelf Justino Cruz Rizzolo.
A CAPES e ao CNPq, pelo apoio financeiro que viabilizou a realização
deste trabalho de pesquisa.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização
deste trabalho, os meus sinceros agradecimentos.
Epígrafe
“Escute aquela pequena voz que vem de dentro de você.
Se você não vive a sua vida completamente, realizando as metas que
julgou importantes, dando sua contribuição única para o mundo, ninguém mais
irá fazê-lo. Sua canção morrerá com você.
Muitos de nós descobriram o que fazer com suas vidas. Nós temos um
propósito que ecoa do centro do nosso ser. De algum modo, nossas vidas nunca
estarão completas a menos que respondamos a este chamado. Mas nos
recusamos...’Aquela vozinha’ sussurra um sonho...Mas, mais tarde, mais dia
menos dia, nossa visão começará a desaparecer...imersa na praticidade...
Nós nos arrastamos pelos mais altos caminhos do conformismo, seguindo
os outros. Buscamos o que os outros buscam conforto, segurança, dinheiro,
poder, prazer. Não estamos sozinhos, mas somos estranhos para o melhor de nós
mesmos. Os anos deixam rugas na pele, mas a perda de entusiasmos deixa rugas
na alma. É impossível dizer a alguém que caminho seguir. Somente você, com
tranqüilidade e humildade, pode ouvir a pequena voz dentro de você. Sucesso e
felicidade não são metas distantes de serem capturadas e mantidas.
Acontecem acidentalmente enquanto você está se realizando.”
Michel Lynberg, The Gift of Giving
Sumário
Lista de Figuras .........................................................................................15
Lista de Tabelas.........................................................................................19
Introdução Geral ......................................................................................20
Capítulo 1 - Avaliação da resposta tecidual frente aos cimentos
MTA Ângelus
®
cinza e um MTA fotopolimerizável experimental.
Análise histológica de implantes realizados em alvéolos de ratos.
Resumo.....................................................................................................27
Abstract ...................................................................................................28
1.1 Introdução.............................................................................29
1.2 Proposição.............................................................................32
1.3 Material e Método ................................................................33
1.4 Resultados..............................................................................38
1.5 Discussão...............................................................................46
1.6 Referências ............................................................................51
Capítulo 2 - Avaliação do processo de reparo frente aos cimentos
MTA Ângelus
®
cinza e um MTA fotopolimerizável experimental em
alvéolo de ratos utilizando fluorocromos.
Resumo.....................................................................................................57
Abstract ...................................................................................................58
1.7 Introdução.............................................................................59
1.8 Proposição.............................................................................61
1.9 Material e Método ................................................................62
1.10 Resultados..............................................................................69
1.11 Discussão...............................................................................78
1.12 Referências ............................................................................83
Anexos.......................................................................................................88
Lista de Figuras
Capítulo 1
Figura 1 30 dias: (A) Grupo controle, H. E., 10X; (B) Grupo 42
controle, H.E., 40X; (C) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza,
H.E., 10X; (D) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 10X;
(E) Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 10X; (F)
Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 10X; (G) Grupo
MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 2,5X (H) Grupo MTA
Fotopolimerizável, H.E., 2,5X.
Figura 2 60 dias: (A) Grupo controle, H. E., 10X; (B) Grupo 43
controle, H.E., 40X; (C) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza,
H.E., 10X; (D) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 10X;
(E) Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 10X; (F)
Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 10X; (G) Grupo
MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 2,5X (H) Grupo MTA
Fotopolimerizável, H.E., 2,5X.
Figura 3 90 dias: (A) Grupo controle, H. E., 10X; (B) Grupo 44
controle, H.E., 40X; (C) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza,
H.E., 10X; (D) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 10X;
(E) Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 10X; (F)
Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 10X; (G) Grupo
MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 2,5X (H) Grupo MTA
Fotopolimerizável, H.E., 2,5X.
Capítulo 2
Figura 1 Grupo Controle: (A) Calceína, 7 dias, 10x; (B) Alizarina 73
14 dias, 10x; (C) Oxitetraciclina, 21 dias, 10x (D);
Sobreposição de A,B e C, 10x (E) H.E., 10x; (F)
Coloração de Stevenel’s Blue e Alizarin Red, 10x.
Figura 2 Grupo MTA Ângelus
®
Cinza: (A) Calceína, 7 dias, 10x; 74
(B) Alizarina 14 dias, 10x; (C) Oxitetraciclina, 21 dias, 10x
(D); Sobreposição de A,B e C, 10x (E) H.E., 10x; (F)
Coloração de Stevenel’s Blue e Alizarin Red, 10x.
Figura 3 Grupo MTA Fotopolimerizável experimental: (A) 75
Calceína, 7 dias, 10x; (B) Alizarina 14 dias, 10x; (C)
Oxitetraciclina, 21 dias, 10x (D); Sobreposição de A,B e
C, 10x (E) H.E., 10x; (F) Coloração de Stevenel’s Blue e
Alizarin Red, 10x.
Figura 4 Avaliação dos fluorocromos nos diferentes grupos 77
experimentais, utilizando a pontuação da Grade de Merz.
(*) estatisticamente significativo (p<0,05), quando
comparado o fluorocromo com a sobreposição, específico
para cada grupo. (#) estatisticamente significativo
(p<0,05), quando comparado o fluorocromo de cada
grupo com marcador equivalente no grupo controle.
Anexos
Figura 1 MTA Ângelus
®
cinza (Ângelus, Soluções em
Odontologia, Brasil)........................................................................ 96
Figura 2 MTA Fotopolimerizável experimental (Northwestern
University Medical School - Chicago USA – e BISCO)............. 96
Figura 3 Esquema Tubo de polietileno (Abbot Lab. do Brasil Ltda)....... 96
Figura 4 Incisivos superiores e inferiores .................................................... 97
Figura 5 Luxação do alvéolo ......................................................................... 97
Figura 6 Exodontia do incisivo superior direito ......................................... 97
Figura 7 Implante do tubo de polietileno.................................................... 97
Figura 8 Processamento inicial das peças (desidratação,
diafanização)..................................................................................... 98
Figura 9 Inclusão em parafina....................................................................... 98
Figura 10 Obtenção dos cortes ....................................................................... 98
Figura 11 Coloração das lâminas..................................................................... 98
Figura 12 Lâmina com os cortes corados com hematoxilina e eosina....... 98
Figura 13 Microscópio, câmera e Software utilizados para obtenção
e avaliação das imagens................................................................... 98
Figura 14 Peça obtida e incluída em metil metacrilato + peróxido de
benzoíla a 1%................................................................................... 99
Figura 15 Calceína (Sigma) e imagem obtida com esse marcador .............. 99
Figura 16 Alizarina (Sigma) e imagem obtida com esse marcador ............. 99
Figura 17 Oxitetraciclina (Sigma) e imagem obtida com esse
marcador........................................................................................... 99
Figura 18 Esmeril empregado para o desgaste inicial das peça................... 99
Figura 19 lamínulas montadas com óleo mineral Nujol e seladas
com esmalte cosmético .................................................................. 99
Figura 20 Ferramenta “arquivo” e abertura das 3 imagens originais........ 102
Figura 21 Ferramenta “mover” para selecionar e arrastar a imagem
da alizarina para o arquivo da calceína ....................................... 102
Figura 22 Ferramenta selecionar opção “camada”, “estilo de
camada”, “opções de mesclagem”, modo de mesclagem:
clarear”............................................................................................ 103
Figura 23 Ferramenta “mover” para selecionar e arrastar a imagem
da oxitetraciclina para o arquivo com as imagens da
calceína e alizarina sobrepostas. Selecionar opção
“camada”, “estilo de camada”, “opções de mesclagem”,
“modo de mesclagem: clarear”, para obter a imagem final
com as 3 imagens sobrepostas. ................................................... 103
Figura 24 Ilustração da grade de Merz......................................................... 104
Lista de Tabelas
Capítulo 1
Tabela 1 Escores relativos à resposta inflamatória para cada grupo
e tempo experimental...................................................................... 45
Tabela 2 Características da cápsula fibrosa e ocorrência de
mineralização ou de necrose para cada grupo e tempo
experimental..................................................................................... 45
Capítulo 2
Tabela 1 Escores relativos à resposta inflamatória para cada grupo
e tempo experimental...................................................................... 77
Tabela 2 Características da cápsula fibrosa e ocorrência de
mineralização ou de necrose para cada grupo e tempo
experimental..................................................................................... 77
Introdução Geral
evido ao avanço técnico e científico ao longo dos anos, a
odontologia vem buscando desenvolver recursos que
aperfeiçoem cada vez mais o atendimento ao paciente. Neste sentido, a
endodontia também vem sofrendo uma intensa evolução tanto no campo
biológico quanto nos procedimentos técnicos, buscando aprimorar as
propriedades dos materiais existentes ou o desenvolvimento de novos
materiais com características mais adequadas.
Neste sentido, diversos estudos clínicos e laboratoriais vêm sendo
realizados para potencializar o índice de sucesso obtido com o tratamento
endodôntico, uma vez que está diretamente relacionado não à execução
correta dos procedimentos biomecânicos como também ao emprego de
materiais que apresentem propriedades cada vez mais favoráveis.
Os materiais utilizados no tratamento endodôntico, por permanecerem
em contato direto com estruturas vitais, precisam ser biocompatíveis para
favorecer o processo de reparo apropriado. Desta forma, não devem promover
necrose tecidual extensa nem influenciar negativamente as células envolvidas
na reparação tecidual, de modo que não atuem como um corpo estranho,
induzindo ou perpetuando a injuria tecidual.
Torna-se ainda necessário, que o material de escolha para o tratamento
endodôntico, apresente algumas propriedades físico-químicas que o viabilizem
As referências citas na Introdução Geral estão expostas no ANEXO J
D
22
para esse fim, promovendo um selamento marginal efetivo e se mantendo
estável na presença de umidade.
Buscando abranger estas características, foi desenvolvido no início dos
anos 90, pela equipe de pesquisadores da Universidade de Loma Linda,
Califórnia (EUA), o Agregado de Trióxido Mineral (MTA)
1
. Atualmente, o MTA
encontra-se disponível no mercado odontológico sob os nomes comerciais de
MTA ProRoot® (Dentsply), o MTA Angelus® cinza (Ângelus Soluções em
Odontologia, Londrina-Pr, Brasil), os quais apresentam características físico-
químicas e biológicas semelhantes, além das formulações com modificações
como é o caso do CPM (Argentina).
Desde seu desenvolvimento inicial e em função de estar disponível no
mercado um tempo não muito longo, o MTA tem sido alvo de diversos
estudos, empregando metodologias variadas para avaliar melhor suas
propriedades, indicações e contra indicações
1-28
. Estes estudos têm confirmado
as características adequadas deste material bem como sua indicação de uso
em diversas situações clínicas.
De forma geral, tem-se observado que o MTA apresenta propriedades
físico-químicas e biológicas favoráveis, sendo amplamente empregado no
tratamento endodôntico. Por outro lado, apesar de suas inúmeras
características positivas, este material ainda apresenta algumas dificuldades
durante sua manipulação, uma vez que possui um tempo de presa demorado e
um tempo de trabalho relativamente curto
16
. Estas dificuldades podem, por sua
vez, estar desestimular seu uso em algumas situações clínicas em
Odontopediatria, em cirurgias parendodônticas, perfurações e proteções
pulpares diretas.
23
Desta forma, o desenvolvimento de um material com características
biológicas semelhantes ao MTA, mas que apresente uma manipulação mais
facilitada permitiria o uso mais freqüente do MTA no atendimento clínico
infantil, bem como no atendimento de adultos.
Neste sentido, com o objetivo de aprimorar algumas características do
MTA, um material de composição semelhante, porém fotopolimerizável, vem
sendo desenvolvido pela Northwestern Universiy Medical School, de Chicago-
USA, em parceria com a empresa de materiais odontológicos Bisco.
Por estar em fase experimental e ter sido recentemente desenvolvido,
observam-se poucas pesquisas avaliando suas propriedades biológicas
19, 28
.
Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar a reação tecidual frente
ao uso deste novo cimento empregando-se como modelo experimental o
implante em alvéolo de ratos tubos de contendo o MTA fotopolimerizável
experimental comparativamente ao MTA Ângelus Cinza.
Em um primeiro momento, os materiais testados foram avaliados
histopatologicamente. Num segundo momento, para facilitar a observação da
dinâmica do processo de reparação tecidual e da deposição de tecido
mineralizado, foi utilizada a injeção de fluorocromos em diferentes períodos de
tempo.
Assim, este trabalho foi desenvolvido em dois capítulos, cada um
ressaltando um dos parâmetros acima mencionados.
O primeiro capítulo, Avaliação da resposta tecidual frente aos
cimentos MTA Ângelus
®
cinza e MTA fotopolimerizável experimental:
Análise histológica de implantes realizados em alvéolos de ratos”,
24
apresenta a resposta tecidual avaliada qualitativa e quantitativamente, através
de analise histológica.
O segundo capítulo, Avaliação do processo de reparo frente aos
cimentos MTA Ângelus
®
cinza e MTA fotopolimerizável experimental em
alvéolo de ratos utilizando fluorocromos”, apresenta uma metodologia que
possibilita a utilização dos fluorocromos como forma de análise da reação
tecidual, bem como deposição de tecido mineralizado, em diferentes períodos
pós-operatórios.
25
Capítulo 1
Avaliação da resposta tecidual frente aos cimentos
MTA Ângelus
®
cinza e MTA fotopolimerizável
experimental: Análise histológica de implantes
realizados em alvéolos de ratos
Resumo
COSTA, MMTM. Avaliação da resposta tecidual frente aos cimentos MTA
Ângelus
®
cinza e MTA fotopolimerizável experimental: Análise histológica
de implantes realizados em alvéolos de ratos. 2008. 107f. Tese (Doutorado)
– Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2008.
Para contornar algumas dificuldades de manipulação do agregado de trióxido
mineral (MTA) convencional, um MTA fotopolimerizável vem sendo
desenvolvido. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar a resposta
tecidual frente ao uso deste material. Para isso, 57 tubos de polietileno
preenchidos com o MTA experimental e o MTA cinza foram implantados em
alvéolos de ratos. Como grupo controle, foram implantados tubos de polietileno
vazios. Os animais foram sacrificados após 30, 60 e 90 dias, sendo realizada a
analise microscópica dos cortes obtidos e corados com Hematoxilina e Eosina.
Foi possível concluir que o MTA fotopolimerizável apresentou uma resposta
semelhante ao MTA cinza, caracterizada pela ausência de uma inflamação
severa e pela deposição de tecido mineralizado em contato com o material.
Apesar dos bons resultados observados com este material experimental, torna-
se necessária a realização de estudos que esclareçam ainda mais suas
propriedades e mecanismos de ação.
Descritores: Agregado de trióxido mineral, inflamação, biocompatibilidade,
fotopolimerizável.
Abstract
COSTA, MMTM. Evaluation of tissue response to MTA Ângelus® Gray and
Experimental Light Cured MTA. Microscopic analysis of implants in
alveolar bone of rats. Araçatuba, 2008. 107p. Thesis (Doctor Degree in
Pediatric Dentistry) – Sao Paulo State University.
The aim of this study was to evaluate the tissue reaction to a Light Cured MTA
or MTA Ângelus® gray. It was used 57 animals, which were divided in three
groups. In the Control Group, empty tubes were inserted into the rat’s sockets
immediately after extraction. In the other groups, the tubes were filled with Light
Cured MTA or MTA Ângelus®. After 30, 60 and 90 days after the implantation,
the animals were sacrificed and the right hemi-maxilas were removed and
processed in laboratory to analyses on light microscopy, with embedding in
paraffin, cut with 6µm thickness and stained with HE. It was possible to
conclude that Light Cured MTA presented a similar response when compared to
MTA Ângelus®, being characterized by a mild inflammatory response and
dystrophic calcifications areas. Despite of a favorable healing process obtained
with this new experimental MTA, further studies should be conducted to
elucidate these material properties and confirm the present results.
Key-words: Mineral trioxide aggregate, inflammation, biocompatibility, light-
cured.
Capítulo 1
2
1.1 - Introdução
tecido pulpar possui uma estreita comunicação com os tecidos
periodontais através do forame apical e de canais laterais. Desta
maneira, possíveis complicações ou acidentes no tratamento endodôntico
podem ocasionar perfurações iatrogênicas ou patológicas (devido a um
processo de cárie ou reabsorção), as quais devem ser tratadas visando
prevenir a infiltração bacteriana, obtendo assim, uma resposta adequada dos
tecidos adjacentes. Por ficarem em contato direto com estruturas vitais, os
materiais empregados para promover esse selamento devem ser
biocompatíveis, não induzindo um processo inflamatório extenso e favorecendo
a regeneração dos tecidos envolvidos. No entanto, alguns materiais
empregados com este fim têm apresentado desvantagens relacionadas à
microinfiltrações, graus variados de toxicidade e à ocorrência de sensibilidade
quando na presença de umidade (1).
Com o objetivo de proporcionar o selamento destas comunicações
patológicas ou iatrogênicas entre o sistema de canais radiculares e a superfície
externa do dente, foi desenvolvido no início dos anos 90, pela equipe de
pesquisadores da Universidade de Loma Linda, Califórnia (EUA), o Agregado
de Trióxido Mineral (MTA). O MTA apresenta-se como um cinza, composto
basicamente por óxido de cálcio, dióxido de silício, óxido férrico, óxido de
alumínio, sulfato de cálcio, óxido de magnésio, óxidos de sódio e potássio,
2
Este texto foi formatado de acordo com as normas do periódico Journal of Endodontics.
O
além de outros óxidos minerais e do óxido de bismuto, utilizado para dar
radiopacidade ao material (2).
Em relação a suas propriedades físico-químicas, O MTA possui um pH
de 10,2, logo após a hidratação com água destilada, o qual aumenta para 12,5
aproximadamente 3 horas após a manipulação. Apresenta tempo de presa em
torno de 2 horas e 45 minutos, sendo sua resistência à compressão de 40
MPa, aumentando para 67 Mpa, após 21 dias (3). Em relação à sua
composição, dados da literatura demonstraram que 18% do MTA é insolúvel
em água, 0,36% corresponderia ao óxido de magnésio e 90% ao óxido de
cálcio, sendo sua estrutura 80% cristalina (4). Por ser um material hidrofílico,
suas propriedades não são afetadas quando empregado em manobras
cirúrgicas, que na presença de umidade converte-se em um gel coloidal o
qual se cristaliza e sofre ligeira expansão, contribuindo para o selamento
biológico de cavidades, de perfurações radiculares e de furca (3).
Em relação à sua resposta biológica, diversos estudos vêm
demonstrando que o MTA promove uma reação tecidual adequada,
caracterizada pela ausência de um processo inflamatório severo (5-11) e
ausência de potencial mutagênico (12). Outra característica biológica favorável
é sua capacidade osteoindutora (13), através da deposição de granulações de
calcita, ao redor das quais grande condensação de fibronectina,
proporcionando adesão e diferenciação celular (14).
Apesar de suas inúmeras características favoráveis, o MTA apresenta
algumas dificuldades de manipulação, as quais podem limitar seu uso em
diferentes situações clínicas (15). Neste sentido, o desenvolvimento de um
material com características semelhantes, mas que viesse a apresentar uma
forma de trabalho mais facilitada poderia favorecer o uso mais freqüente do
MTA. Buscando suprir estas necessidades, um novo material vem sendo
desenvolvido, com o objetivo de manter as propriedades originais do MTA,
porém apresentando uma manipulação mais facilitada. Este cimento é
fotopolimerizável, sendo constituído por partículas de resina hidrofílica
biocompatível e ingredientes ativos do cimento Portland.
Apesar deste material experimental aparentemente apresentar
características positivas, o existem muitos estudos avaliando suas
propriedades biológicas, uma vez que foi recentemente idealizado (16). Desta
forma, torna-se necessário a realização de algumas pesquisas, empregando
diferentes metodologias, com o intuito de elucidar a reação tecidual frente ao
emprego deste MTA fotopolimerizável.
1.2 - Proposição
O objetivo do presente estudo foi avaliar quantitativa e qualitativamente
a reação tecidual frente ao uso do MTA fotopolimerizável experimental, em
alvéolo de ratos, comparando-o com o MTA Ângelus
®
cinza.
1.3 – Material e Método
Animais
Para realização deste trabalho foram utilizados 57 ratos machos (Rattus,
norvegicus, albinus, Wistar), com idades aproximadas de 90 dias, pesando
aproximadamente 350g. Os animais foram mantidos em ambiente com
temperatura entre 22 e 24°C com ciclo de luz controlada (12 horas claro e 12
horas escuro), ração sólida e água “ad libitum”, exceto nas primeiras 12 horas
pré e pós-operatórias. Previamente ao início do experimento, o projeto de
pesquisa foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa Animal,
o qual foi aprovado (CEEA – FOA/UNESP - protocolo n
o
49/05 – ANEXO A).
Materiais
Foram empregados os cimentos MTA Ângelus
®
cinza (Ângelus Soluções
em Odontologia, Londrina-Pr, Brasil) e um cimento MTA fotopolimerizável em
fase experimental (Bisco) – (Figura 1 e 2 - ANEXO C).
Segundo informações dos idealizadores, este cimento experimental é
composto de AeroSil (8.0%), uma resina hidrofílica biocompatível (42.5%),
componentes ativos do MTA (44.5%), Sulfato de Bário (5%). A composição
desta resina é, basicamente, BisGMA (20%), resina biocompatível FDA
(77,25%), um agente modificador (2,4%), um agente iniciador (0,32%) e uma
gente para estabilizar o iniciador (0.032%).
Tubos de Polietileno
Foram empregados 57 tubos de polietileno (Abbot Lab. Do Brasil Ltda,
São Paulo). com 1,0 mm de diâmetro interno, 1,6 mm de diâmetro externo e
3,0 mm de comprimento, os quais foram esterilizados em óxido de etileno
(Figura 3 - ANEXO C). Uma extremidade de cada tubo foi selada com guta-
percha aquecida (Hygenic DFL, Akron, OH USA), em uma extensão de
1mm. Os materiais foram introduzidos na outra extremidade do tubo de
polietileno, preenchendo os 2mm restantes e ficando rentes à superfície
externa. Para o Grupo Controle foi empregado o tubo vazio, contendo apenas
uma extremidade selada com guta-percha.
Procedimento Cirúrgico
(ANEXO D)
Em cada animal foi realizada a injeção intramuscular de sedativo à base
de xilazina (Dopaser, Calier S.A. - Barcelona, Espanha 10mg/Kg) e de
anestésico à base de Cloridrato de Ketamina a 5% (Vetanarcol, König S. A.
Avellaneda, Argentina 25mg/Kg). Posteriormente foi realizada a anti-sepsia
com gaze embebida em PVPI (Povidini tópico- Johnson & Johnson Ind. Com.
Ltda.) na porção anterior da maxila e, internamente, em toda a região próxima
ao alvéolo dentário direito da maxila.
Com auxílio de um esculpidor tipo Hollemback (#3), foi realizada a
sindesmotomia ao redor de todo o dente de forma a preservar a margem
gengival. Utilizando-se um instrumental especial (17), o qual foi introduzido
entre o dente e a cortical óssea alveolar, luxando-se o alvéolo e,
posteriormente, utilizando outro instrumento adaptado para este fim, extraindo-
se o dente (17). A contenção da hemorragia foi contida com auxílio de gaze.
Os tubos de polietileno apresentavam uma extremidade selada com
guta-percha e a outra extremidade preenchida com o material avaliado, ficando
rente à superfície externa do tubo. O uso da guta-percha teve o objetivo de
impedir que o material obturador se deslocasse no momento da introdução do
tubo, servindo também como anteparo para posicionar o tubo no alvéolo. Os
materiais foram manipulados imediatamente antes do implante, evitando-se
assim que ocorresse a presa antes de sua implantação. O MTA Ângelus
®
cinza
foi manipulado de acordo com as orientações dos fabricantes. O MTA
fotopolimerizável experimental foi inserido no tubo de polietileno e,
posteriormente, fotopolimerizado por 60 segundos (Ultra Lux Eletronic Dabi
Atlante, Ribeirão Preto Brasil). Para implantação dos tubos no alvéolo, foi
utilizada uma pinça reta, buscando inserí-los no primeiro terço alveolar. O
material obturador permaneceu voltado para o fundo do alvéolo.
Após a implantação dos tubos de polietileno, foi realizada a aproximação
as margens gengivais e a sutura com pontos simples utilizando fios de seda 4.0
montados em agulha atraumática (Ethicon Johnson & Johnson Ind. Com.
Ltda.).
Grupos Experimentais
Os animais foram divididos em 3 grupos experimentais, de acordo com
os materiais a serem testados, sendo utilizado como controle o implante dos
tubos vazios. Cada grupo experimental foi composto por 21 animais e o Grupo
Controle por 15 animais, sendo cada um deles dividido nos tempos pós-
operatórios de 30, 60 e 90 dias.
Obtenção das peças
Passado os períodos experimentais, os animais foram sacrificados
através de uma sobredose anestésica (Cloridrato de Ketamina).
Posteriormente, foi removida toda a pele correspondente à face direita do
animal, sendo realizados dois cortes com tesoura na região do ângulo da boca,
para promover a separação da maxila e da mandíbula.
Com auxílio de uma lâmina intercambiável 15 (B-D-Becon Dickinson
Ind. Cirúrgica Ltda.) montada em cabo de bisturi, foi realizada uma incisão no
palato do animal, ao longo do plano sagital mediano, acompanhando a sutura
intermaxilar. Desta maneira foram separadas maxila direita e esquerda. Foi
obtido um outro corte, tangenciando a face distal dos molares superiores
direitos, para obtenção da hemimaxila direita contendo o alvéolo dentário com
o tubo implantado. Foi realizada a remoção de todo excesso de tecido
muscular da parte externa da peça e, internamente, a limpeza preservando o
septo nasal. Posteriormente, as peças foram radiografadas, para identificação
de alvéolos onde os tubos pudessem ter sido expulsos.
Processamento Laboratorial (ANEXO E)
As hemimaxilas foram colocadas em tubos individuais contendo solução
de formalina a 10%, tamponada com pH neutro, durante as primeiras 48 horas
e, posteriormente, lavadas por um período de 5 horas para remoção da solução
fixadora. As peças foram desmineralizadas com solução de EDTA a 18%, até
que uma agulha fina pudesse ser introduzida no espécime sem encontrar
nenhuma resistência. Após serem lavadas em água corrente, desidratadas em
álcool, diafanizadas em xilol e incluídas em parafina, as peças foram
seccionadas longitudinalmente, em cortes com espessura de 6µm. Para cada
espécime foram realizadas 10 lâminas com 5 cortes teciduais em cada, sendo
coradas com Hematoxilina e Eosina (18). Os cortes teciduais foram analisados
microscopicamente, tabulados e submetidos a análise estatística.
Análise dos resultados
A análise foi realizada com auxílio de um microscópio binocular (Leica,
Alemanha), sendo os resultados expostos por meio de uma análise descritiva e
outra quantitativa.
A análise quantitativa da resposta inflamatória foi realizada graduando a
importância dos fenômenos microscópicos observados separadamente, sendo
atribuídos escores de 0 a 3 (16,19-22). O escore zero significa ausência de
resposta inflamatória, 1 significa uma resposta inflamatória leve (< 25 celulas e
de 1 a 5 vasos sanguíneos na embocadura), 2 significa uma resposta
moderada (25 até 125 celulas e de 6 a 10 vasos sanguíneos na embocadura) e
3 significa uma resposta severa (> 125 celulas e desorganização do tecido e
mais que 10 vasos sanguíneos na embocadura). A cápsula fibrosa foi
considerada fina quando < 150µm e espessa quando > 150µm. A presença de
necrose bem como a formação de calcificação em contato com o material
testado foi registrada como presente ou ausente. Os dados foram tabulados e
submetidos a analise estatística, através do Teste de Kruskal Wallis (Graph
Prism 3.0), sendo considerado o nível de significância de 5% (p<0,05).
1.4 - Resultados
Foi possível observar através das análises qualitativa e quantitativa a
dinâmica da reação tecidual e a deposição de tecido mineralizado frente aos
materiais testados, durante os períodos de 30, 60 e 90 dias.
Análise Qualitativa
Grupo Controle (tubos vazios)
Aos 30 dias, foi possível observar junto à abertura do tubo de polietileno,
um tecido conjuntivo com discreto infiltrado inflamatório e a presença de
fibroblastos jovens, alguns macrófagos e linfócitos. Observou-se também a
organização do fibrosamento de características capsulares em todos os
espécimes. Não foram observadas áreas de deposição de tecido mineralizado
próximas à embocadura do tubo (Figura 1 A/B).
Aos 60 dias foi possível observar, junto à abertura do tubo, um tecido
conjuntivo com discreto infiltrado inflamatório, presença de fibroblastos e
alguns macrófagos e linfócitos, sendo a resposta tecidual relacionada a um
processo de reparo mais avançado do que aquela observada aos 30 dias.
Também não foram observadas áreas de deposição de tecido mineralizado
próximas à embocadura do tubo (Figura 2 A/B).
Aos 90 dias, foi observada, junto à abertura do tubo, ausência de
infiltrado inflamatório e a presença de um tecido conjuntivo bem organizado.
Também não foram observadas áreas de deposição de tecido mineralizado
próximas à embocadura do tubo (Figura 3 A/B).
Grupo MTA Ângelus
®
cinza
Aos 30 dias observou-se uma leve resposta inflamatória crônica,
caracterizada pela presença de um infiltrado inflamatório mononucleado e por
fibroblastos intercalados à matriz extracelular. Foi possível observar a
organização do fibrosamento de características capsulares em todos os
espécimes. Na maioria dos espécimes, foi possível observar a presença de um
tecido mineralizado neoformado em contato com o material (Figura 1C/D).
Aos 60 dias foi observada uma diminuição na resposta inflamatória,
sendo o infiltrado inflamatório praticamente ausente na maioria dos espécimes.
O tecido conjuntivo subjacente ao material apresentou um processo de
reorganização tecidual mais avançado do que o observado aos 30 dias, sendo
também possível observar a presença de um tecido mineralizado neoformado
em algumas regiões em contato com o material, em todos os espécimes
avaliados (Figura 2C/D).
Aos 90 dias foi observada ausência de infiltrado inflamatório em quase
todos os espécimes e a presença de um tecido ósseo neoformado em contato
com o material em todas as amostras avaliadas (Figura 3C/D).
De maneira semelhante ao observado no grupo controle, foi possível
observar no período de 30 dias, na região localizada entre o tubo e o fundo do
alvéolo, um tecido conjuntivo densamente organizado e colagenizado. Em
alguns espécimes foi observado um tecido ósseo neoformado caracterizado
pela presença de trabéculas mais finas (Figura 1G). Aos 60 e 90 dias, este
trabeculado se mostrava mais espesso quando comparado aos períodos
iniciais, caracterizando a formação de um tecido mais maduro (Figura 2G e
3G). Junto ao fundo do alvéolo, foi possível observar um tecido ósseo
neoformado caracterizado pela presença de um trabeculado ósseo mais
espesso do que na região intermediária, sendo que este tecido apresentou um
maior grau de organização nos períodos finais, caracterizando o processo de
reparo próprio do alvéolo (Figuras 1G, 2G e 3G).
Grupo MTA Fotopolimerizável
Aos 30 dias observou-se, subjacente ao material, um processo de
reorganização tecidual, caracterizado pela presença de um tecido conjuntivo
bem estruturado, demonstrando sua celularidade e matriz extracelular bem
distribuídos (Figura 1E/F). A maioria dos espécimes apresentou uma resposta
inflamatória leve ou uma ausência de infiltrado inflamatório. Foi possível
observar a organização do fibrosamento de características capsulares em
todos os espécimes. Apenas duas amostras o demonstraram a presença de
um tecido mineralizado neoformado em contato com o material.
Aos 60 dias, o tecido conjuntivo subjacente ao material apresentou um
processo de reorganização tecidual mais avançado do que o observado aos 30
dias (Figura 2E/F). Foi possível observar, na maioria dos espécimes, uma
ausência de infiltrado inflamatório e somente em um caso não foi possível
observar a presença de um tecido mineralizado neoformado em contato com o
material.
Aos 90 dias foi observada, na embocadura do tubo, ausência de
infiltrado inflamatório e a presença de um tecido ósseo neoformado mais
maduro, em todos os espécimes (Figura 3E/F).
Semelhante ao observado nos Grupos Controle e MTA Ângelus
®
cinza
foi possível observar, aos 30 dais e na região localizada entre o tubo e o fundo
do alvéolo um tecido conjuntivo densamente organizado e colagenizado e
presença de um trabeculado ósseo neoformado (Figura 1H). Aos 60 e 90 dias,
este trabeculado se mostrava mais espesso quando comparado aos períodos
iniciais (Figura 2H e 3H). Junto ao fundo do alvéolo, foi possível observar um
tecido ósseo neoformado mais espesso e com maior grau de organização do
que na região intermediária, caracterizando o processo de reparo próprio do
alvéolo (Figuras 1H, 2H e 3H).
Figura 1 30 dias: (A) Grupo controle, H.E., 10X; (B) Grupo controle, H.E.,
40X; (C) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 10X; (D) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 10X; (E) Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 10X; (F) Grupo MTA
Fotopolimerizável, H.E., 10X; (G) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 2,5X (H)
Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 2,5X.
Figura 2 60 dias: (A) Grupo controle, H.E., 10X; (B) Grupo controle, H.E.,
40X; (C) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 10X; (D) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 10X; (E) Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 10X; (F) Grupo MTA
Fotopolimerizável, H.E., 10X; (G) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 2,5X (H)
Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 2,5X.
Figura 3 90 dias: (A) Grupo controle, H.E., 10X; (B) Grupo controle, H.E.,
40X; (C) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 10X; (D) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 10X; (E) Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 10X; (F) Grupo MTA
Fotopolimerizável, H.E., 10X; (G) Grupo MTA Ângelus
®
Cinza, H.E., 2,5X (H)
Grupo MTA Fotopolimerizável, H.E., 2,5X.
Análise Quantitativa
O MTA Fotopolimerizável apresentou uma resposta tecidual semelhante
àquela observada para o MTA Ângelus
®
cinza, não sendo observada
nenhuma diferença estatística entre os 3 grupos, nos diferentes períodos
experimentais (p= 0,3679). Estes dados podem ser observados na tabela 1.
Quanto às características da cápsula fibrosa, presença de mineralização ou de
necrose, os resultados observados no presente estudo estão expressos na
tabela 2.
Tabela 1
– Escores relativos à resposta inflamatória para cada grupo e tempo
experimental.
Tabela 2
– Características da cápsula fibrosa e ocorrência de mineralização ou
de necrose para cada grupo e tempo experimental.
Controle MTA Ângelus® cinza MTA Fotopolimerizável
30 dias
60 dias
90 dias
30 dias
60 dias
90 dias
30 dias
60 dias
90 dias
0
0/5 3/5 4/5 0/7 3/7 6/7 2/7 4/7 6/7
1
4/5 2/5 1/5 5/7 4/7 1/7 3/7 3/0 1/7
2
1/5 0/5 0/5 2/7 0/7 0/7 2/7 0/7 0/7
Escores
3
0/5 0/5 0/5 0/7 0/7 0/7 0/7 0/7 0/7
Controle MTA Ângelus® cinza MTA Fotopolimerizável
30 60 90 30 60 90 30 60 90
Tempo (dias)
f
% f
% f
% f
% f
% f
% f
% f
% f
%
<150µm
2
40 2
40 5
100 3
42,86 7
100 7
100 5
71,43 7
100 7
100
Cápsula
Fibrosa
>150 µm
3
60 3
60 0
0 4
57,14 0
0 0
0 2
28,57 0
0 0
0
presente
0
0 1
20 0
0 7
100 7
100 7
100 5
71,43 7
100 7
100
Mineralização
ausente
5
100 4
80 5
100 0
0 0
0 0
0 2
28,57 0
0 0
0
ausente
5
100 5
100 5
100 6
85,71 7
100 7
100 6
85,71 7
100 7
100
Necrose
presente
0
0 0
0 0
0 1
14,29 0
0 0
0 1
14,29 0
0 0
0
1.5 - Discussão
Diversos todos de avaliação da biocompatibilidade de materiais
odontológicos vêm sendo empregados em dentes de animais (14, 23, 24), em
implantes de tecido subcutâneo de ratos (5, 6, 8, 10, 16, 21, 22, 25-28), alvéolo
dentário de ratos (9, 29-31) e em cultura de células (32-36).
O uso do alvéolo de ratos como modelo experimental vem sendo
freqüentemente empregado (9, 17, 29), mostrando-se um local adequado para
a realização de estudos comparativos. Neste sentido, desperta particular
interesse uma vez que a organização do coágulo e a presença de restos do
ligamento periodontal são fundamentais para o processo de reparo em feridas
de extração dentária (31, 37-39). Outro ponto positivo desta metodologia é a
possibilidade de se observar neoformação conjuntiva ou mineralizada, em
contato direto com o material (40). Desta forma, a despeito de uma cronologia
de reparo alveolar e de uma resistência diferente por parte do animal, este
modelo experimental pode ser considerado para simular situações que
poderiam ocorrer em seres humanos.
O modelo experimental proposto inicialmente consiste do implante dos
materiais teste diretamente no interior do alvéolo dentário após a exodontia.
No entanto, com o objetivo de diminuir possíveis variações nos resultados, os
materiais avaliados foram contidos em tubos de polietileno, modelo este
amplamente aceito para testes de biocompatibilidade (5,6, 8-10, 16, 21, 22, 25,
28, 41-45). Dados da literatura demonstram que os tubos de polietileno
promovem uma resposta do tecido conjuntivo caracterizada pela presença de
uma cápsula fibrosa não infiltrada, de pequena espessura, apresentando fibras
colágenas e células dispostas paralelamente à superfície, demonstrando a
biocompatibilidade deste material (5,6, 8-10, 16, 21, 22, 25, 28, 41-45). Em
alguns casos também é possível observar o crescimento de tecido conjuntivo
para o interior do tubo (25). Ainda é válido ressaltar que com o emprego destes
tubos tornou-se possível a padronização da quantidade do material a ser
avaliado, da superfície de contato deste material com os tecidos vitais, bem
como evitar a ocorrência de um trauma mecânico, o qual geralmente ocorre
quando o material é inserido sob pressão.
Em relação aos resultados observados no presente estudo, foi possível
observar que no Grupo Controle, representado pela inserção dos tubos de
polietileno vazios no alvéolo dental, ocorreu uma resposta inflamatória leve no
período inicial, a qual diminuiu nos períodos de 60 e 90 dias. Este quadro,
associado à deposição de tecido ósseo na região intermediária e junto ao fundo
do alvéolo, caracterizaram um processo de reparo adequado na região
alveolar, semelhante ao observado na literatura (9, 17, 29). Na maioria dos
espécimes foi observada ausência de tecido ósseo em contato com o tubo e a
ocorrência de um crescimento de tecido conjuntivo em seu interior, ao
observado em outros estudos (9, 16, 25, 28).
Em relação ao Grupo MTA Ângelus
®
cinza, foi possível observar uma
resposta tecidual favorável aos 30 dias, caracterizada pela presença de uma
inflamação tecidual leve, sendo este quadro inflamatório praticamente ausente
aos 60 e 90 dias. A presença de tecido mineralizado em contato direto com o
material foi observada no período de 30 dias, sendo observada uma maior
organização deste tecido ósseo neoformado aos 60 e 90 dias. Estes resultados
são semelhantes ao observados na literatura (5, 6, 8-10, 16, 21, 22), onde é
possível observar que o MTA é um material que o promove uma resposta
inflamatória severa e favorece a formação de calcificações distróficas, em
contato direto com o material.
Este processo de calcificação é estimulado, uma vez que o óxido de
cálcio presente no MTA, quando em contato com a água, seria convertido em
hidróxido de cálcio o qual, em contato com os fluidos teciduais, se dissociaria
em íons cálcio e hidroxila (5). Os íons cálcio, reagindo com o dióxido de
carbono dos tecidos, dariam origem às granulações de calcita, gerando o
acumulo de fibronectina, que por sua vez propiciaria a migração, adesão e
diferenciação celular, com conseqüente formação de tecido duro (45). Essa
proteína, a fibronectina, é produzida por fibroblastos, macrófagos e células
endoteliais e pertence a um grupo de moléculas responsáveis pela migração,
adesão e diferenciação de células pulpares e periodontais, as quais sintetizam
e depositam colágeno tipo I, dando origem à matriz extracelular (46). Ela
também pode influenciar na diferenciação de células pulpares em
odontoblastos, ou células do periodonto, em cementoblastos, responsáveis
principais pela deposição de minerais (13, 34-36).
O MTA Fotopolimerizável apresentou características bastante
semelhantes ao MTA Ângelus® cinza durante o processo de reparo. A resposta
tecidual foi bastante favorável, sendo caracterizada pela ausência de uma
inflamação severa, pela organização do tecido conjuntivo subjacente ao
material e pela deposição de tecido mineralizado próximo ao material
experimental. Empregando-se este mesmo material experimental em
tecido subcutâneo de ratos, foi observada uma resposta biológica
semelhante àquela obtida no presente estudo, contudo, sem estimular a
formação de tecido mineralizado (8, 16). Esta diferença nos resultados
pode estar relacionada ao emprego de modelos experimentais diferentes,
com peculiaridades anatômicas, funcionais e processos de reparo
distintos.
Em oposição ao observado no presente estudo, o que tem sido relatado
na literatura é que as resinas compostas têm se mostrado moderadamente
tóxicas quando estudadas in vivo e in vitro (19, 47, 48). A molécula de Bis-
GMA, principal componente destes compostos resinosos é facilmente
solubilizada (49, 50) e pode promover uma interação entre do componente
adesivo com os tecidos vitais (51). Outros fatores, descritos na literatura que
podem aumentar a ação irritante das resinas compostas é a presença de
monômeros superficiais o polimerizados sobre o material resinoso, causado
pela inibição da reação local exercida pelo oxigênio ou pela deficiência na
completa polimerização da resina por reduzida intensidade de luz do
fotopolimerizador ou curto tempo de aplicação de luz visível sobre o material
(19). Neste sentido, estabeleceu-se no presente estudo um padrão de inserção
e de polimerização do MTA fotopolimerizável com o objetivo de evitar possíveis
alterações nos resultados. Sendo assim, o material foi implantado no tubo com
incrementos de 2 mm, sendo polimerizado pelo tempo de 60 segundos com
uma intensidade mínima de luz de 400mw/cm2, para que ocorresse uma
polimerização uniforme (52).
Neste sentido, o que pode explicar a resposta deste MTA experimental,
no presente estudo, é o fato deste material ser constituído por uma resina
hidrofílica considerada biocompatível a qual não induziria um quadro
inflamatório severa. Ainda neste sentido, pelo fato de ser polimerizável e tomar
presa imediatamente, este material pode ter favorecido uma melhor
estabilidade do tubo no interior do alvéolo e consequentemente o processo de
reparo.
Com base nos resultados obtidos, foi possível concluir que o MTA
fotopolimerizável apresentou características favoráveis, tanto em relação à sua
resposta biológica, como à sua manipulação mais facilitada. No entanto, apesar
dos excelentes resultados observados com este cimento experimental, torna-se
necessário a realização de outros estudos, empregando metodologias
variadas, como objetivo de esclarecer ainda mais as propriedades biológicas
deste material, confirmando assim, a sua boa aplicação clínica.
1.6 - Referências
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aggregate for repair of lateral root perforations. J Endod 1993; 19:541-4.
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properties of a new root-end filling material. J. Endod.1995; 21:349-53.
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Capítulo 2
Avaliação do processo de reparo frente aos
cimentos MTA Ângelus
®
cinza e MTA
fotopolimerizável experimental em alvéolo de
ratos utilizando fluorocromos
Resumo
COSTA, MMTM. Avaliação do processo de reparo frente aos cimentos
MTA Ângelus
®
cinza e MTA fotopolimerizável experimental em alvéolo de
ratos utilizando fluorocromos. 2008. 107f. Tese (Doutorado) Faculdade de
Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2008.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a resposta tecidual frente ao uso de
um MTA fotopolimerizável experimental. Para isso, 30 tubos de polietileno
contendo os materiais testados foram implantados em alvéolos de ratos, sendo
empregado no Grupo Controle os tubos vazios. Aos 7, 14 e 21 foram
realizadas, respectivamente, injeções dos fluorocromos calceína, alizarina e
oxitetraciclina em 5 animais de cada grupo, sendo todos os animais
sacrificados após 30 dias. Foi realizada analise microscópica de peças coradas
com Hematoxilina e Eosina, análise dos fluorocromos e analise de algumas
lâminas não descalcificadas e coradas com Stevenel-‘s Blue e Alizarin red. O
MTA fotopolimerizável apresentou resultados semelhantes aos observados
com o MTA cinza, caracterizados por uma resposta inflamatória leve ou
ausente e pela presença de tecido mineralizado em contato com o material.
Foram ainda observadas áreas de fluorescência mais significativas aos 21 dias,
demonstrando uma maior deposição de tecido ósseo neste período.
Descritores: Agregado de trióxido mineral, inflamação, biocompatibilidade,
fotopolimerizável.
Abstract
COSTA, MMTM. Evaluation of rats alveolar repair to MTA Ângelus® Gray
and Experimental Light Cured MTA, using fluorochromes. Araçatuba, 2008.
107p. Thesis (Doctor Degree in Pediatric Dentistry) Sao Paulo State
University.
The aim of this study was to evaluate the tissue reaction to a Light Cured MTA
or MTA Ângelus® gray. It was used 30 animals, which were divided in three
groups. In the Control Group, empty tubes were inserted into the rat’s sockets
immediately after extraction. In the other groups, the tubes were filled with Light
Cured MTA or MTA Ângelus®. Five animals of each group were injected via
intramuscular with calceína on day 7, with alizarin on day 14 and with
oxytetracycline on day 21. On day 30 these animals were sacrificed the right
hemi-maxilas were removed. Fifteen maxilas were processed in laboratory and
stained with HE. The maxilas from animals in which fluorochromes were
injected were analyzed under a light microscope. After these laminas were
stained with Stevenel-‘s Blue e Alizarin red. It was possible to conclude that
Light Cured MTA presented a similar response when compared to MTA
Ângelus®, being characterized by a mild inflammatory response and
calcifications areas. In Light Cured MTA Group, the fluorescence areas were
more evident et 21 days, showing a higher bone formation at this moment.
Key-words: Mineral trioxide aggregate, inflammation, biocompatibility, light-
cured, fluorochromes.
Capítulo 2
3
1.1 - Introdução
Agregado de Trióxido Mineral (MTA) é um material que vem
sendo amplamente empregado no tratamento endodôntico com o
objetivo de proporcionar o selamento de comunicações patológicas ou
iatrogênicas entre o sistema de canais radiculares e a superfície externa do
dente. Este material tem demonstrado, em diferentes estudos, que apresenta
reações teciduais favoráveis caracterizadas pela ausência de uma resposta
inflamatória severa e capacidade osteoindutora (1-10). Além de possuir boas
propriedades biológicas a composição química do MTA lhe confere
propriedades hidrofílicas as quais permitem que o pó, uma vez hidratado,
resulte em um gel coloidal o qual sofre ligeira expansão e promove um bom
selamento marginal (11).
Devido às suas características favoráveis, o MTA pode vem sendo
empregado em diferentes situações clínicas, como nos casos de perfurações
radiculares (12-20), capeamento pulpar (21-24), tampão apical em rizogênese
incompleta (22, 25, 26), como material retrobturador (1, 9, 25, 27, 28-31), como
tampão cervical em clareamentos dentários internos, material restaurador
temporário e para reparar fraturas radiculares verticais (22).
No entanto, apesar de suas diversas propriedades positivas, o MTA
pode se apresentar como um material de difícil manipulação, além de possuir
um tempo de presa demorado e um tempo de trabalho relativamente curto (32).
3
Este texto foi formatado de acordo com as normas do periódico Journal of Endodontics.
O
Para contornar estas dificuldades, um cimento experimental fotopolimerizável
com propriedades semelhantes ao MTA vem sendo desenvolvido. Este material
é empregado em casos de capeamento pulpar, sendo composto por uma
resina hidrofílica biocompatível e por ingredientes ativos do cimento Portland. É
armazenado em tubos plásticos com pontas descartáveis de alumínio, as quais
facilitam sua inserção. Por apresentar uma formulação resinosa, a qual permite
sua polimerização e presa imediata, vem se mostrando como um material de
mais fácil manipulação.
Apesar deste MTA experimental apresentar algumas características
favoráveis, torna-se ainda necessário avaliar sua resposta tecidual,
empregando para isso um modelo experimental adequado. Neste sentido,
embora muitas pesquisas utilizem como metodologia principal a análise de
cortes histológicos obtidos em parafina e corados por hematoxilina e eosina (1-
10, 33), tem-se observado a utilização de novos modelos, os quais permitem a
obtenção de respostas cada vez mais específicas complementando os achados
histológicos. Dentre estes novos modelos, uma ferramenta metodológica que
vem sendo empregada atualmente é a injeção de fluorocromos em diferentes
períodos de tempo (34-39). Este protocolo permite observar de maneira
integrada a dinâmica do processo de reparo e a neo-formação de tecido ósseo
(35, 36), evidenciando de maneira mais precisa o período em que ocorreu o
processo de mineralização.
1.2 - Proposição
O objetivo do presente estudo foi avaliar, em alvéolo de ratos e
utilizando fluorocromos, a reação tecidual e a dinâmica óssea frente ao uso do
cimento MTA Ângelus e de um MTA fotopolimerizável em fase experimental.
1.3 – Material e Método
Animais
Para realização deste trabalho foram utilizados 30 ratos machos (Rattus,
norvegicus, albinus, Wistar), com idades aproximadas de 90 dias, pesando
aproximadamente 350g. Previamente ao início do experimento, o projeto de
pesquisa foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa Animal,
o qual foi aprovado (CEEA – FOA/UNESP - protocolo n
o
49/05 – ANEXO A).
Materiais experimentais
Foram empregados os cimentos MTA Ângelus
®
cinza (Ângelus Soluções
em Odontologia, Londrina-Pr, Brasil) e um cimento MTA fotopolimerizável em
fase experimental (Bisco).
Segundo informações dos idealizadores, este cimento experimental é
composto de AeroSil (8.0%), uma resina hidrofílica biocompatível (42.5%),
componentes ativos do MTA (44.5%), Sulfato de Bário (5%). A composição
desta resina é, basicamente, BisGMA (20%), resina biocompatível FDA
(77,25%), um agente modificador (2,4%), um agente iniciador (0,32%) e uma
gente para estabilizar o iniciador (0.032%).
Tubos de Polietileno
Foram empregados 30 tubos de polietileno (Abbot Lab. Do Brasil Ltda,
São Paulo). com 1,0 mm de diâmetro interno, 1,6 mm de diâmetro externo e
3,0 mm de comprimento, os quais foram esterilizados em óxido de etileno. Uma
extremidade de cada tubo foi selada com guta-percha aquecida (Hygenic
DFL, Akron, OH – USA), em uma extensão de 1mm. Os materiais foram
introduzidos na outra extremidade do tubo de polietileno, preenchendo os 2mm
restantes e ficando rentes à superfície externa. Para o Grupo Controle foi
empregado o tubo vazio, contendo apenas uma extremidade selada com guta-
percha.
Procedimento Cirúrgico
(ANEXO D)
Após a injeção intramuscular de sedativo à base de xilazina (Dopaser,
Calier S.A. - Barcelona, Espanha – 10mg/Kg) e de anestésico à base de
Cloridrato de Ketamina a 5% (Vetanarcol, König S. A. Avellaneda, Argentina
25mg/Kg) os animais tiveram o incisivo superior direito extraído,
empregando-se uma técnica e instrumentos adaptados para este fim (40).
Imediatamente antes do implante, os materiais teste foram manipulados
e inseridos nos tubos de polietileno, evitando-se assim que ocorresse a presa
antes de sua implantação. O MTA Ângelus
®
cinza foi manipulado de acordo
com as orientações dos fabricantes. O MTA experimental fotopolimerizável foi
inserido no tubo e fotopolimerizado por 60 segundos. Para implantação dos
tubos no alvéolo, foi utilizada uma pinça reta, buscando inserí-los no primeiro
terço alveolar. Posteriormente foi realizada a sutura com pontos simples,
utilizando para isso fios de seda 4.0 (Ethicon Johnson & Johnson Ind. Com.
Ltda.).
Grupos Experimentais
Quinze animais foram sacrificados após 30 dias, para que se realizasse
a análise histológica convencional, sendo 5 animais do Grupo Controle, 5
animais do Grupo MTA cinza e 5 animais do Grupo MTA fotopolimerizável
experimental. Nestes animais não foram realizadas as injeções com os
fluorocromos.
Para a avaliação da dinâmica óssea, foram utilizados outros 15 animais,
sendo 5 animais do Grupo Controle, 5 animais do Grupo MTA cinza e 5
animais do Grupo MTA fotopolimerizável experimental. Nestes animais foram
realizadas as injeções dos fluorocromos (20 mg/Kg de peso corporal - por via
intramuscular), sendo aos 7 dias injetada a calceína (Sigma Chemical St Louis,
MO, USA), aos 15 dias a alizarina (Sigma Chemical St Louis, MO, USA) e aos
21 dias a oxitetraciclina (Sigma Chemical St Louis, MO, USA). Todos os
marcadores foram preparados imediatamente antes de serem utilizados, sendo
diluídos em solução salina 0,9%. A eutanásia dos animais foi realizada após 30
dias por injeção excessiva de anestésico.
Processamento laboratorial e avaliação histológica
As hemimaxilas foram removidas e colocadas em tubos individuais
contendo solução de formalina tamponada a 10% (Reagentes Analíticos –
Dinâmica), durante as primeiras 48 horas e, posteriormente, lavadas por um
período de 5 horas para remoção da solução fixadora. As peças foram
desmineralizadas com solução de EDTA a 18%, sendo, posteriormente,
lavadas em água corrente, desidratadas em álcool, diafanizadas em xilol e
incluídas em parafina. Foram obtidos cortes longitudinais com espessura de
6µm, sendo as lâminas coradas com Hematoxilina e Eosina (41). A análise
microscópica foi realizada com auxílio de um microscópio binocular, sendo os
resultados expostos por meio de uma análise descritiva e outra quantitativa.
A análise quantitativa da resposta inflamatória foi realizada graduando a
importância dos fenômenos microscópicos observados separadamente, sendo
atribuídos escores de 0 a 3 (5, 42-44). O escore zero significa ausência de
resposta inflamatória, 1 significa uma resposta inflamatória leve (< 25 células e
de 1 a 5 vasos sanguíneos na embocadura), 2 significa uma resposta
moderada (25 até 125 células e de 6 a 10 vasos sanguíneos na embocadura) e
3 significa uma resposta severa (> 125 células e desorganização do tecido e
mais que 10 vasos sanguíneos na embocadura). A cápsula fibrosa foi
considerada fina quando < 150µm e espessa quando > 150µm. A presença de
necrose bem como a formação de calcificação em contato com o material
testado foi registrada como presente ou ausente. Os dados foram tabulados e
submetidos a analise estatística, através do Teste de Kruskal Wallis (Graph
Prism 3.0), sendo considerado o nível de significância de 5% (p<0,05).
Processamento laboratorial e avaliação dos fluorocromos
As hemimaxilas obtidas foram fixadas em solução de formalina
tamponada a 10% (Reagentes Analíticos Dinâmica). Após a fixação,
passaram pela etapa de desidratação a partir da seqüência crescente de
álcoois (70, 80, 90 e 100 %), com troca de solução a cada 3 dias. Ao término
da desidratação, as peças foram imersas em acetona (Synth) por 24 horas e,
na seqüência, iniciaram-se os banhos em monômero metil metacrilato (JET
Artigos Odontológicos Clássicos Ltda, Industria Brasileira), sendo que o
primeiro e o segundo banhos tiveram a duração de 24 horas cada. Para a
realização do terceiro banho, foi acrescentado ao monômero um catalisador, o
peróxido de benzoíla (Riedel De Haën AG, Seelze Hannover) na
concentração de 1%.
Em seguida, as peças foram colocadas individualmente em tubos de
ensaio com tampa e permaneceram imersas neste terceiro banho até que o
monômero polimerizasse (aproximadamente 72 horas, temperatura ambiente).
Após a polimerização, os blocos com as peças foram desgastados em esmeril
e, posteriormente, chegaram à espessura de 100 µm, através de desgaste
manual em lixas d’água (3M). Os cortes obtidos foram colocados em lâminas
de vidro, sendo as lamínulas montadas utilizando óleo mineral Nujol (Schering-
Plough) como meio de montagem. Após a fixação das lamínulas, as bordas
foram isoladas com esmalte cosmético para evitar o ressecamento dos cortes.
Para análise das lâminas, foi empregado um microscópio com filtros
fotomultiplicadores específicos, correspondentes ao comprimento de onda
excitado por cada fluorocromo, sendo um filtro no valor de 534 nm para
calceína, 357 nm para alizarina e luz ultravioleta (368 nm) para a oxitetraciclina.
Para aquisição das imagens utilizou-se uma câmera digital acoplada a um
microscópio de fluorescência e conectada ao computador.
Para ilustração da dinâmica da reação tecidual e da deposição de tecido
mineralizado, foi realizada a sobreposição das imagens obtidas a partir de cada
fluorocromo com auxílio do aplicativo Adobe Photoshop 7.0.1 (Adobe Systems
Incorporated) (ANEXO H). Para análise dos resultados, foram sobrepostas 6
grades de Merz, contendo 100 pontos eqüidistantes cada, em um total de 600
pontos (45) (ANEXO I). Os pontos sobrepostos as fluorescências foram
contados, sendo os valores expressos em densidade volumétrica (número de
pontos contados sobre as estruturas pesquisadas em relação ao número de
pontos totais das grades sobrepostas à imagem).
Os dados obtidos foram analisados estatisticamente por teste
paramétrico ANOVA e Newmam-Keuls test, considerando significativa a
diferença entre os grupos quando p<0,05. Os resultados foram apresentados
em gráficos de barras representando a média ± EPM dos valores obtidos, com
o auxílio do programa Graph Pad Prism 3.0.
Análise histológica do material não descalcificado.
Após análise inicial das peças marcadas com os fluorocromos, as
lâminas foram desmontadas para realização de uma analise histológica deste
material não descalcificado. Para isto, as peças foram fixadas em novas
lâminas com auxílio de resina epóxi (Araldite Brascola, Brasil) e coradas com
corante de Stevenel-‘s Blue e Alizarin red (ANEXO G), para avaliação de tecido
mole e mineralizado, respectivamente.
As lâminas foram inicialmente coradas com Stevenel’s Blue em estufa à
60º C, por 15 minutos, lavadas com água destilada também a 60º C e secas.
Em seguida, algumas gotas de Alizarin red foram colocadas sobre as lâminas à
temperatura ambiente, por 5 minutos, sendo posteriormente lavadas com água
destilada até a remoção do excesso de corante. Este último procedimento para
coloração com Alizarin red foi novamente repetido, sendo que as lâminas
permaneceram, posteriormente, por 10 minutos sobre a bancada. A seqüência
foi novamente repetida, sendo finalmente realizada lavagem em água corrente
para remoção do excesso de tinta.
Depois de coradas e secas, as lâminas foram montadas colando-se uma
lamínula sobre a peça, utilizando-se como meio de montagem o Entelan. A
avaliação destes resultados permitiu observar o processo de reparo e a
deposição de tecido mineralizado aos 30 dias, uma vez que esta amostra
histológica é representativa do período em que se realizou a eutanásia doas
animais. A análise microscópica foi realizada com auxílio de um microscópio
binocular, sendo os resultados expostos de maneira descritiva.
1.4 - Resultados
Foi possível observar, a partir da metodologia utilizada, a dinâmica da
reação tecidual e a deposição de tecido mineralizado frente aos materiais
testados, durante um período de 30 dias.
Análise Qualitativa
Análise Histológica
No grupo controle foi possível verificar junto à abertura do tubo de
polietileno, tecido conjuntivo com discreto infiltrado inflamatório e presença de
fibroblastos jovens, além de alguns macrófagos e linfócitos. Verificou-se ainda,
a organização do fibrosamento de características capsulares em todos os
espécimes. Não foram notadas áreas de deposição de tecido mineralizado
adjacentes à embocadura do tubo (Figura 1E).
No grupo MTA Ângelus
®
cinza foi possível observar leve resposta
inflamatória crônica, distinguida pela presença de um infiltrado inflamatório
mononucleado e fibroblastos intercalados à matriz extracelular. Constatou-se
também a organização do fibrosamento de características capsulares em todos
os espécimes. Na totalidade dos espécimes, observou-se a presença de um
tecido mineralizado neoformado em contato com o material (Figura 2E).
No grupo MTA fotopolimerizável verificou-se, subjacente ao material, um
processo de reorganização tecidual, caracterizado pela presença de um tecido
conjuntivo bem estruturado, demonstrando sua celularidade e matriz
extracelular bem distribuídos (Figura 1E). A maioria dos espécimes apresentou
uma resposta inflamatória leve ou uma ausência de infiltrado inflamatório. Foi
possível verificar a organização do fibrosamento de características capsulares
em todos os espécimes. Somente duas amostras não apresentaram a
presença de tecido mineralizado neoformado em contato com o material.
Análise dos Fluorocromos e do material não descalcificado
Grupo Controle
No Grupo controle foi possível observar a ausência de tecido
mineralizado neoformado em todos os períodos avaliados (Figura 1/A,B,C,D),
ficando caracterizadas apenas as estruturas referentes ao tubo vazio e aos
tecidos constituintes do alvéolo dentário.
Com a coloração realizada para observação de material não
descalcificado foi possível confirmar a ausência de tecido mineralizado (em
vermelho) próximo à área contendo o material (Figura 1F).
Grupo MTA Ângelus
®
cinza
O tecido mineralizado presente aos 7 dias, representado pela calceína
(verde), é observado em uma região mais próxima da embocadura do tubo,
sendo caracterizada pela presença de uma marcação pouco densa (Figura 2A).
aos 14 dias, o tecido mineralizado formado é representado pela alizarina
(vermelho) e aparece mais marcado do que aos 7 dias (Figura 2B). Neste
período a presença do marcador é observada não somente junto à
embocadura do tubo, como também se dirigindo para a porção mais
intermediária do alvéolo. Aos 21 dias, o tecido mineralizado neoformado é
representado pela oxitetraciclina (azul) demonstrando a marcação
predominante deste fluorocromo próximo à embocadura do tubo, bem como em
áreas mais afastadas, no sentido do fundo do alvéolo (Figura 2C). Esta
marcação se apresentou ainda mais densa do que aquelas observadas aos 7 e
14 dias.
A sobreposição das imagens (Figura 2 D) permitiu observar o tecido
ósseo neoformado em cada período de avaliação, demonstrando a
predominância da oxitetraciclina, sugerindo a ocorrência de uma maior
deposição de tecido mineralizado aos 21 dias.
Com a coloração realizada para observação de material não
descalcificado foi possível confirmar a presença de tecido mineralizado próximo
à área contendo o material, caracterizada pela coloração vermelha (Figura 2F).
Grupo MTA Fotopolimerizável
Os resultados observados com o emprego deste material foram
próximos àqueles observados com o MTA Ângelus
®
cinza, contudo, a presença
dos marcadores foi ligeiramente menos intensa. Aos sete dias, foi possível
observar que a deposição de tecido ósseo representada pela calceína (verde)
ocorreu apenas em alguns pontos próximos à embocadura do tubo (Figura 3A).
Aos 14 dias, o tecido mineralizado formado representado pela alizarina
(vermelho) se mostrou em uma área mais extensa do que o observado aos 7
dias (Figura 3B). Aos 21 dias, o tecido mineralizado formado é representado
pela oxitetraciclina (azul), estando localizado tanto próximo à embocadura do
tubo como se dirigindo para a porção intermediária do alvéolo (Figura 3C). Esta
marcação se apresentou mais densa do que aquelas observadas aos 7 e 14
dias.
A sobreposição das imagens permitiu observar o tecido ósseo
neoformado em cada período de avaliação, demonstrando a predominância da
alizarina (14 dias) e da oxitetraciclina (21 dias), evidenciando uma maior
deposição de tecido mineralizado nestes períodos (Figura 3D).
Com a coloração realizada para observação de material não
descalcificado foi possível confirmar a presença de tecido mineralizado próximo
à área contendo o material, caracterizada pela coloração vermelha (Figura 3F).
Figura 1 Grupo Controle: (A) Calceína, 7 dias, 10x; (B) Alizarina, 14 dias,
10x; (C) Oxitetraciclina, 21 dias, 10x (D); Sobreposição de A,B e C, 10x (E)
H.E., 10x; (F) Coloração de Stevenel’s Blue e Alizarin Red, 10x.
Figura 2 Grupo MTA Ângelus
®
Cinza: (A) Calceína, 7 dias, 10x; (B)
Alizarina, 14 dias, 10x; (C) Oxitetraciclina, 21 dias, 10x (D); Sobreposição de
A,B e C, 10x (E) H.E., 10x; (F) Coloração de Stevenel’s Blue e Alizarin Red,
10x.
Figura 3 Grupo MTA Fotopolimerizável experimental: (A) Calceína, 7 dias,
10x; (B) Alizarina, 14 dias, 10x; (C) Oxitetraciclina, 21 dias, 10x (D);
Sobreposição de A,B e C, 10x (E) H.E., 10x; (F) Coloração de Stevenel’s Blue
e Alizarin Red, 10x.
Análise Quantitativa
Na análise histológica, foi possível observar que o MTA
fotopolimerizável apresentou uma resposta tecidual semelhante àquela
observada para o MTA Ângelus
®
cinza, não sendo observada nenhuma
diferença estatística (p= 0,3679) entre os grupos (tabela 1). Quanto às
características da cápsula fibrosa, presença de mineralização ou de necrose,
os resultados observados no presente estudo estão expressos na tabela 2.
A marcação dos fluorocromos permitiu observar que, nos grupos
experimentais, ocorreu um aumento gradual na deposição de tecido
mineralizado ao longo do período avaliado, sendo esta deposição significativa
para a alizarina e a oxitetraciclina, quando comparadas ao grupo controle. No
Grupo do MTA Ângelus
®
cinza foi encontrada, para todos os marcadores, uma
deposição de tecido mineralizado sem diferenças estatísticas quando
comparadas à sobreposição final, demonstrando uma expressiva neoformação
óssea em todos os períodos avaliados. No grupo do MTA fotopolimerizável foi
observada uma diferença estatística entre a marcação com a calceína e a
alizarina com a sobreposição deste mesmo grupo, demonstrando que nestes
períodos a neoformação óssea foi menor quando comparada ao período final.
Este fato não foi observado com a oxitetraciclina, uma vez que a deposição de
tecido ósseo aos 21 dias foi expressiva. Estes dados estão demonstrados na
figura 4.
0
50
100
150
Calceína
Alizarina
Oxitetraciclina
Sobreposições
Controle
MTA Foto
MTA Cinza
*
*
#
#
#
#
#
#
N
o
de pontos contados na grade de
Merz
Tabela 1 Escores relativos à resposta inflamatória para cada grupo
experimental.
Controle
MTA Ângelus
MTA fotopolimerizável
0 2/5 0/5 1/5
1 3/5 4/5 3/5
2 0/5 1/5 1/5
Escores
3 0/5 0/5 0/5
Tabela 2 – Características da cápsula fibrosa e ocorrência de mineralização ou
de necrose para cada grupo e tempo experimental.
Controle
(tubo vazio)
MTA Ângelus
®
cinza
MTA
Fotopolimerizável
Tempo (dias)
f % f % f %
<150µm 2 40,0
3 60,0 4 80,0
Cápsula
Fibrosa
>150 µm 3 60,0
2 40,0 1 20,0
ausente 5 100,0
0 0,0 0 0,0
Mineralização
presente 0 0,0
5 100,0 5 100,0
ausente 5 100,0
5 100,0 5 100,0
Necrose
presente 0 0,0
0 0,0 0 0,0
Figura 4 Avaliação dos fluorocromos nos diferentes grupos experimentais,
utilizando a pontuação da Grade de Merz. (*) estatisticamente significativo
(p<0,05), quando comparado o fluorocromo com a sobreposição, específico
para cada grupo. (#) estatisticamente significativo (p<0,05), quando comparado
o fluorocromo de cada grupo com marcador equivalente no grupo controle.
1.5 – Discussão
O emprego do alvéolo de ratos como ferramenta metodológica vem
sendo freqüente (7, 39, 40, 46, 47), uma vez que apresenta características
próprias, como a possibilidade de se observar neoformação conjuntiva ou
mineralizada, em contato direto com o material (47). Sendo assim, apesar de
algumas pequenas variações na cronologia do reparo alveolar e na resistência
do animal, este modelo experimental é bastante utilizado para simular
situações que ocorreriam em seres humanos (7, 39, 40, 46, 47).
Dentro desta metodologia, a utilização de tubos de polietileno serviu
para facilitar a padronização da quantidade de material a ser inserido no
alvéolo, bem como da área de contato deste material com os tecidos vitais. O
implante destes tubos permitiu diminuir possíveis traumas mecânicos que
frequentemente ocorrem quando o material testado é inserido diretamente,
promovendo pressão sobre a parede alveolar. Estes tubos são amplamente
aceitos para testes de biocompatibilidade (10, 33, 48-53), promovendo uma
resposta do tecido conjuntivo caracterizada pela presença de uma cápsula
fibrosa não infiltrada, de pequena espessura, apresentando fibras colágenas e
células dispostas paralelamente à superfície, demonstrando a
biocompatibilidade deste material (48, 51-53).
Para complementação da análise histologia, foi empregado no presente
estudo a injeção de fluorocromos, os quais possibilitam observar a biodinâmica
da reação tecidual, bem como a visualização conjunta ou individualizada do
tecido mineralizado formado em cada período analisado. Neste sentido, todos
os fluorocromos empregados no presente estudo podem ser comparados
porque se ligam aos íons cálcio através de um processo de quelação (54),
fornecendo informações seqüenciais quando aplicados intercaladamente. O
emprego dos fluorocromos apresenta ainda características favoráveis, como a
possível diminuição da amostra e a eliminação de variações, uma vez que as
injeções dos marcadores o todas realizadas no mesmo animal. Outro ponto
favorável é a clareza das imagens obtidas, uma vez que estruturas “fora de
foco” são suprimidas da análise.
Em relação aos resultados observados no presente estudo e semelhante
ao observado na literatura (6, 7, 10), no Grupo Controle foi observada uma
resposta inflamatória leve, caracterizada pela presença de fibroblastos jovens,
alguns macrófagos e linfócitos. Em alguns casos ocorreu um crescimento de
tecido conjuntivo para o seu interior, semelhante ao relatado na literatura (6, 7,
10, 48). A analise histológica das lâminas coradas com HE, bem como a
coloração com Stevenel-‘s Blue e Alizarin red permitiram observar ausência de
tecido mineralizado na embocadura do tubo demonstrando que o ocorreu
uma indução de neoformação óssea. A avaliação dos fluorocromos demonstrou
resultados semelhantes, uma vez que não foram encontradas áreas de
fluorescência próximas à luz do tubo, em todos os períodos avaliados.
O grupo do MTA Ângelus
®
cinza demonstrou leve resposta inflamatória
crônica, organização do fibrosamento de características capsulares e a
presença de um tecido mineralizado neoformado em contato com o material,
sendo estes achados histológicos observados tanto com a coloração H.E.
como com a de Stevenel-‘s Blue e Alizarin red. Esta resposta tecidual está de
acordo com os dados relatados na literatura (3, 4-10, 48). Com os
fluorocromos, aos 7 dias, foram observadas pequenas áreas de fluorescência
as quais se mostraram mais densas e acentuadas aos 14 e 21 dias,
demonstrando que embora não tenham ocorrido diferenças estatisticamente
significativas entre os tempos avaliados, este processo de mineralização
ocorreu de maneira crescente, sendo que os períodos de maior deposição
óssea ocorreram na e semanas. Estes dados completam os achados
histológicos e os dados observados na literatura demonstrando a capacidade
do MTA em favorecer a neoformação óssea (3, 4-10, 48) uma vez que induz a
diferenciação de células pulpares em odontoblastos, ou células do periodonto,
em cementoblastos, principais responsáveis pela deposição de minerais no
alvéolo (25, 55-58).
O grupo do MTA fotopolimerizável experimental demonstrou resultados
semelhantes aos observados para o MTA Ângelus
®
cinza, promovendo uma
resposta inflamatória leve e deposição de tecido mineralizado junto ao material,
tanto com a coloração H.E. como com a de Stevenel-‘s Blue e Alizarin red,
demonstrando um processo adequado na reparação do alvéolo. Estes
resultados podem ser explicados, especulativamente, devido ao fato deste
material apresentar em sua constituição ingredientes ativos do MTA (44,5%),
os quais atuariam de forma semelhante ao observado no grupo do MTA
Ângelus
®
cinza, induzindo a deposição de tecido próximo ao material.
Empregando-se este mesmo material experimental em tecido
subcutâneo de ratos, foi observada uma resposta biológica semelhante
àquela obtida no presente estudo, contudo, sem estimular a formação de
tecido mineralizado (6,10). Esta diferença nos resultados pode estar
relacionada ao emprego de modelos experimentais diferentes, com
peculiaridades anatômicas, funcionais e processos de reparo distintos. A
marcação com os fluorocromos demonstrou uma dinâmica de neoformação
óssea com padrão crescente, ocorrendo uma deposição mais intensa aos 21
dias. Este dado sugere que este cimento poderia favorecer a mineralização de
maneira mais lenta devido à sua composição resinosa e ao possível fato de
liberar seus componentes ativos em períodos mais tardios.
Em oposição aos resultados observados no presente estudo, a literatura
relata que alguns materiais resinosos têm se mostrado moderadamente tóxicos
quando estudados in vivo e in vitro (42, 59, 60). Neste sentido, uma resposta
tecidual favorável frente ao MTA fotopolimerizável pode estar relacionada com
o fato de este material ser constituído por uma resina hidrofílica biocompatível
(42,5%), bem como pela presença de ingredientes ativos do MTA. Ainda é
válido ressaltar que devido ao fato de ser polimerizável e tomar presa
imediatamente, este material pode ter favorecido uma melhor estabilidade do
tubo no interior do alvéolo e consequentemente o processo de reparo.
A presença de monômeros superficiais não polimerizados podem
também estar relacionados com a ação irritante dos materiais resinosos, devido
à inibição da reação local exercida pelo oxigênio ou pela deficiência na
polimerização da resina ocasionada por uma reduzida intensidade de luz do
fotopolimerizador ou curto tempo de aplicação de luz visível sobre o material
(42). Neste sentido, estabeleceu-se no presente estudo um padrão de inserção
e de polimerização do MTA fotopolimerizável com o objetivo de evitar possíveis
alterações nos resultados. Sendo assim, o material foi implantado no tubo com
incrementos de 2 mm, sendo polimerizado pelo tempo de 60 segundos com
uma intensidade mínima de luz de 400mw/cm2, para que ocorresse uma
polimerização uniforme (61).
Com os resultados observados no presente estudo, foi possível concluir
que além de sua resposta biológica favorável, caracterizada pela ausência de
uma inflamação severa e pela deposição de tecido mineralizado, o MTA
fotopolimerizável experimental apresentou características muito favoráveis de
manipulação. No entanto, apesar dos primorosos resultados obtidos com este
material experimental, ainda se torna necessária a realização de outros
estudos, empregando outros modelos experimentais, para que se possa
esclarecer as propriedades e características deste material experimental.
1.6 - Referências
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15
Anexo A – Comitê de Ética
16
Anexo B – Normas do Periódico Journal of
Endodontics
Writing an effective article is a challenging assignment. The following guidelines are
provided to assist authors in submitting manuscripts.
1. The JOE publishes original and review articles related to the scientific and
applied aspects of endodontics. Moreover, the JOE has a diverse readership
that includes full-time clinicians, full-time academicians, residents, students
and scientists. Effective communication with this diverse readership requires
careful attention to writing style.
2. General Points on Composition Authors are strongly encouraged to
analyze their final draft with both software (e.g., spelling and grammar
programs) and colleagues who have expertise in English grammar.
References listed at the end of this section provide a more extensive review
of rules of English grammar and guidelines for writing a scientific article.
Always remember that clarity is the most important feature of scientific
writing. Scientific articles must be clear and precise in their content and
concise in their delivery since their purpose is to inform the reader. The
Editor reserves the right to edit all manuscripts or to reject those
manuscripts that lack clarity or precision, or have unacceptable grammar.
The following list represents common errors in manuscripts submitted to the
JOE:
a. The paragraph is the ideal unit of organization. Paragraphs typically start with an
introductory sentence that is followed by sentences that describe additional detail or
examples. The last sentence of the paragraph provides conclusions and forms a
transition to the next paragraph.Common problems include one-sentence
paragraphs, sentences that do not developthe theme of the paragraph (see also
section “c”, below), or sentences with little to no transition within a paragraph.
b. Keep to the point. The subject of the sentence should support the subject of the
paragraph. For example, the introduction of authors’ names in a sentence changes
the subject and lengthens the text. In a paragraph on sodium hypochlorite, the
sentence, In 1983, Langeland et al., reported that sodium hypochlorite acts as a
lubricating factor during instrumentation and helps to flush debris from the root
canals” can be edited to: “Sodium hypochlorite acts as a lubricant during
instrumentation and as a vehicle for flushing the generated debris (Langeland et al.,
1983)”. In this example, the paragraph’s subject is sodium hypochlorite and
sentences should focus on this subject.
c. Sentences are stronger when written in the active voice, i.e., the subject performs
the action. Passive sentences are identified by the use of passive verbs such as
“was,” “were,” “could,” etc. For example: “Dexamethasone was found in this study
to be a factor that was associated with reduced inflammation”, can be edited to:
“Our results demonstrated that dexamethasone reduced inflammation”. Sentences
17
written in a direct and active voice are generally more powerful and shorter than
sentences written in the passive voice.
d. Reduce verbiage. Short sentences are easier to understand. The inclusion of
unnecessary words is often associated with the use of a passive voice, a lack of focus
or run-on sentences. This is not to imply that all sentences need be short or even
the same length. Indeed, variation in sentence structure and length often helps to
maintain reader interest. However, make all words count. A more formal way of
stating this point is that the use of subordinate clauses adds variety and information
when constructing a paragraph.(This section was written deliberately with sentences
of varying length to illustrate this point.)
e. Use parallel construction to express related ideas. For example, the sentence,
“Formerly, Endodontics was taught by hand instrumentation, while now rotary
instrumentation is the common method”, can be edited to “Formerly, Endodontics
was taught using hand instrumentation; now it is commonly taught using rotary
instrumentation”. The use of parallel construction in sentences simply means that
similar ideas are expressed in similar ways, and this helps the reader recognize that
the ideas are related.
f. Keep modifying phrases close to the word that they modify. This is a common
problem in complex sentences that may confuse the reader. For example, the
statement, “Accordingly, when conclusions are drawn from the results of this study,
caution must be used”, can be edited to “Caution must be used when conclusions
are drawn from the results of this study”.
g. To summarize these points, effective sentences are clear and precise, and often
are short, simple and focused on one key point that supports the paragraph’s
theme.
General Points on the Organization of Original Research Manuscripts
a. Title Page: The title should describe the major conclusion of the paper. It
should be as short as possible without loss of clarity. Remember that the title is your
advertising billboard–it represents your major opportunity to solicit readers to spend
the time to read your paper. It is best not to use abbreviations in the title since this
may lead to imprecise coding by electronic citation programs such as PubMed (e.g.,
use “sodium hypochlorite” rather than NaOCl). The author list must conform to
published standards on authorship (see authorship criteria in the Uniform
Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals at
www.icmje.org
).
b. Abstract: The abstract should concisely describe the purpose of the
study, the hypothesis, methods, major findings and conclusions. The
abstract should describe the new contributions made by this study.
The word limitations (150 words) and the wide distribution of the
abstract (e.g., PubMed) make this section challenging to write clearly.
This section often is written last by many authors since they can draw
on the rest of the manuscript. Write the abstract in past tense since
18
the study has been completed. Three to ten keywords should be listed
below the abstract.
c. Introduction: The introduction should briefly review the pertinent
literature in order to identify the gap in knowledge that the study is
intended to address. The purpose of the study, the tested hypothesis
and its scope should be described. Authors should realize that this
section of the paper is their primary opportunity to establish
communication with the diverse readership of the JOE. Readers who
are not expert in the topic of the manuscript are likely to skip the
paper if the introduction fails to provide sufficient detail. However,
many successful manuscripts require no more than a few paragraphs
to accomplish these goals.
d. Material and Methods: The objective of the methods section is to
permit other investigators to repeat your experiments. The three
components to this section are the experimental design, the
procedures employed, and the statistical tests used to analyze the
results. The vast majority of manuscripts should cite prior studies
using similar methods and succinctly describe the particular aspects
used in the present study. The inclusion of a methods figure” will be
rejected unless the procedure is novel and requires an illustration for
comprehension. If the method is novel, then the authors should
carefully describe the method and include validation experiments. If
the study utilized a commercial product, the manuscript should state
that they either followed manufacturer’s protocol or specify any
changes made to the protocol. Studies on humans should conform to
the Helsinki Declaration of 1975 and state that the institutional IRB
approved the protocol and that informed consent was obtained.
Studies involving animals should state that the institutional animal
care and use committee approved the protocol. The statistical analysis
section should describe which tests were used to analyze which
dependent measures; p-values should be specified. Additional details
may include randomization scheme, stratification (if any), power
analysis, drop-outs from clinical trials, etc.
e. Results: Only experimental results are appropriate in this section (i.e.,
neither methods nor conclusions should be in this section). Include
only those data that are critical for the study. Do not include all
available data without justification, any repetitive findings will be
rejected from publication. All Figs./Charts/Tables should be
described in their order of numbering with a brief description of the
major findings.
Figures: There are two general types of figures. The first type of figure
includes
photographs, radiographs or micrographs. Include only essential figures, and even if
essential, the use of composite figures containing several panels of photographs is
encouraged. For example, most photo-, radio- or micrographs take up one column-
width, or about 185 mm wide X 185 mm tall. If instead, you construct a two
columns-width figure (i.e., about 175 mm wide X 125 mm high when published in
19
the JOE), you would be able to place about 12 panels of photomicrographs (or
radiographs, etc.) as an array of four columns across and three rows down (with
each panel about 40 X 40 mm). This will require some editing on your part given
the small size of each panel, you will only be able to illustrate the most important
feature of each photomicrograph. Remember that each panel must be clearly
identified with a letter (e.g., “A”, “B”, etc.), in order for the reader to understand
each individual panel. Several nice examples of composite figures are seen in recent
articles by Chang, et al, (JOE 28:90, 2002), Hayashi, et al, (JOE 28:120, 2002) and by
Davis, et al (JOE 28:464, 2002). At the Editor’s discretion, color figures may be
published at no cost to the authors. However, the Editor is limited by a yearly
allowance and this offer does not include printing of reprints.
The second type of figure
are graphs (i.e., line drawings) that plot a dependent
measure (on the Y axis) as a function of an independent measure (usually plotted on
the X axis). Examples include a graph depicting pain scores over time, etc. Graphs
should be used when the overall trend of the results are more important than the
exact numerical values of the results. For example, a graph is a convenient way of
reporting that an ibuprofen treated group reported less pain than a placebo group
over the first 24 hours, but was the same as the placebo group for the next 96
hours. In this case, the trend of the results is the primary finding; the actual pain
scores are not as critical as the relative differences between the NSAID and placebo
groups.
Tables: Tables are appropriate when it is critical to present exact numerical values.
However, not all results need be placed in either a table or figure. For example, the
following table may not necessary:
%
NaOCl
N/Group
% Inhibition of
Growth
0.001 5 0
0.003 5 0
0.01 5 0
0.03 5 0
0.1 5 100
0.3 5 100
1 5 100
3 5 100
Instead, the results could simply state that there was no inhibition of growth from
0.001-0.03% NaOCl, and a 100% inhibition of growth from 0.03-3% NaOCl
(N=5/group). Similarly, if the results are not significant, then it is probably not
necessary to include the results in either a table or as a figure. These and many other
suggestions on figure and table construction are described in additional detail in Day
(1998).
f. Discussion: The conclusion section should describe the major
findings of the study. Both the strength and weaknesses of the
20
observations should be discussed. What are the major conclusions of
the study? How does the data support these conclusions? How do
these findings compare to the published literature? What are the
clinical implications? Although this last section might be tentative
given the nature of a particular study, the authors should realize that
even preliminary clinical implications might have value for the clinical
readership. Ideally, a review of the potential clinical significance is the
last section of the discussion.
g. References: The reference style follows Index Medicus and can be
efficiently learned from reading past issues of the JOE. Citations are
placed in parentheses at the end of a sentence or at the end of a
clause that requires a literature citation. Do not use superscript for
references. Original reports are limited to 35 references. There are no
limits in the number of references for review articles.
4. Page Limitations for Manuscripts in the Category of Basic
Science/Endodontic Techniques
a. What is the limitation? Original research reports in the category of
basic science/endodontic techniques are limited to no more than
2,000 words (total for the abstract, introduction, methods, results and
conclusions), and a total of three Figs./Charts/Tables. If a composite
figure is used (as described above), then this will count as two of the
three permitted Figs./Charts/Tables.
b. Does this apply to me? Manuscripts submitted to the JOE can be
broadly divided into several categories including review articles,
clinical trials (e.g., prospective or retrospective studies on patients or
patient records, or research on biopsies excluding the use of human
teeth for technique studies), basic science/biology (animal or culture
studies on biological research related to endodontics, or relevant
pathology or physiology), and basic science/techniques (e.g.,
stress/strain/compression/strength/failure/composition studies on
endodontic instruments or materials). Manuscripts submitted in this
last category are the only category subject to these limitations. If you
are not sure whether your manuscript falls within this category please
contact the Editor by e-mail at
jendodontics@uthscsa.edu
.
c. Why page limitations? Most surveyed stakeholders of the JOE
desire timely publication of submitted manuscripts and an extension
of papers to include review articles and other features. To accomplish
these goals, we must reduce the average length of manuscripts since
increasing the JOE’s number of published pages is prohibitively
expensive. Although a difficult decision, restricting this one category
of manuscripts accomplishes nearly all of these goals since ~40-50%
of published papers are in this category.
d. How do I make my manuscript fit these limitations? Adhering to
the general writing methods described in these guidelines (and in the
resources listed below) will help to reduce the size of the manuscript.
Authors are encouraged to focus on only the essential aspects of the
21
study and to avoid inclusion of extraneous text and figures. The
Editor will reject manuscripts that exceed these limitations.
5. Available Resources:
Strunk W, White EB. The Elements of Style
. Allyn & Bacon, 4th ed, 2000,
ISBN 020530902X
. Day R.. How to Write and Publish a Scientific Paper. Oryx Press, 5th
ed. 1998. ISBN 1-57356-164-9
a. Woods G. English Grammar for Dummies. Hungry Minds:NY, 2001
(an entertaining review of grammar)
b. Alley M. The Craft of Scientific Writing
. Springer, 3rd edition 1996
SBN 0-387-94766-3.
c. Alley M. The Craft of Editing. Springer, 2000 SBN 0-387-98964-1.
22
Anexo C - Ilustrações: materiais empregados
23
Anexo D - Ilustrações: procedimentos cirúrgicos
24
Anexo E – Processamento laboratorial para
análise histológica
25
Anexo F – Processamento laboratorial para
análise dos Fluorocromos
26
Anexo G – Coloração de Stevenel-‘s Blue e
Alizarin Red
Stevenel’s Blue
Solução A
Água destilada ................................ 75 ml
Azul de metileno..............................1 g
Solução B
Permanganato de potássio..............1,5 g
Água destilada .................................. 75 ml
Obs: preparar as duas soluções separadas e a frio.
Misturar as duas soluções em banho maria em ebulição até que todo o
precipitado tenha se dissolvido. Esse passo é critico, pois se não houver uma
total dissolução, pode ocorrer a precipitação durante a coloração.
Depois de estar totalmente dissolvido, deixar esfriar em temperatura
ambiente e filtrar de 2 a 3 vezes.
Alizarin Red
Alizarina vermelha S...................... 2 g
Água destilada .................................100 ml
Diluir o corante em água destilada aquecida (aproximadamente 45º C)
mexendo completamente.
Esfriar em temperatura ambiente, filtrar de 2 a 3 vezes e ajustar o pH
entre 4,1 a 4,3 com NaOH.
A solução deve apresentar cor de iodo intenso.
27
Anexo H
Ilustrações da seqüência utilizada para a sobreposição das
imagens obtidas - Capítulo 2.
Para ilustração da dinâmica da reação tecidual e da deposição de tecido
mineralizado, foi realizada a sobreposição das imagens obtidas a partir de cada
fluorocromo utilizado. Para a sobreposição das imagnes foi utilizado o
aplicativo Adobe Photoshpo 7.0.1 (Adobe Systems Incorporated). Os passos
foram os seguintes: (1) ferramenta “arquivo” e abertura das 3 imagens originais
(Figura 20); (2) ferramenta “mover” para selecionar e arrastar a imagem da
alizarina para o arquivo da calceína (Figura 21); (3) selecionar opção “camada”,
“estilo de camada”, “opções de mesclagem”, “modo de mesclagem: clarear”
(Figura 22); (4) ferramenta “mover” para selecionar e arrastar a imagem da
oxitetraciclina para o arquivo com as imagens da calceína e alizarina
sobrepostas; (5) selecionar opção “camada”, “estilo de camada”, “opções de
mesclagem”, “modo de mesclagem: clarear” (Figura 23).
28
Figura 20 - Ferramenta “arquivo” e abertura das 3 imagens originais.
Figura 21 - Ferramenta “mover” para selecionar e arrastar a imagem da
alizarina para o arquivo da calceína.
29
Figura 22 - Ferramenta selecionar opção “camada”, “estilo de camada”,
“opções de mesclagem”, “modo de mesclagem: clarear”.
Figura 23 - Ferramenta “mover” para selecionar e arrastar a imagem da
oxitetraciclina para o arquivo com as imagens da calceína e
alizarina sobrepostas. Selecionar opção “camada”, “estilo de
camada”, “opções de mesclagem”, “modo de mesclagem: clarear”, para obter a
imagem final com as 3 imagens sobrepostas.
30
Anexo I – Grade de Merz
Para realização do presente estudo, foram sobrepostos 6 grades de
Merz em cada imagem, perfazendo um total de 600 pontos. Os pontos
sobrepostos as fluorescências foram contados, sendo os valores expressos em
densidade volumétrica (Vvi). A densidade volumétrica (Vvi) expressa em
porcentagem, representa de número de pontos contados sobre as estruturas
pesquisadas (pi) em relação ao número de pontos totais (p) contados sobre o
terço médio do alvéolo. Os valores de densidade volumétrica foram obtidos
pela aplicação da seguinte fórmula:
Vvi = pontos sobre a estrutura no alvéolo (pi) x 100
---------------------------------------------------------------
pontos contados no alvéolo (p)
Figura 24 – Ilustração da grade de Merz.
31
Anexo J – Referências – Introdução Geral
1. Lee SJ, Monsef M, Torabinejad M. Sealing ability of a mineral trioxide
aggregate for repair of lateral root perforations. J Endod 1993; 19:541-4.
2. Torabinejad M, Watson TF, Pitt Ford TR.. Sealing ability of a Mineral trioxide
Aggregate when used as a root end filling material. J. Endod. 1993; 19:591-5.
3. Torabinejad M, Higa RK, McKendry DJ, Pitt Ford TR. Dye leakage of four root
end filling materials: effects of blood contamination. J Endod 1994; 20:159-63.
4. Torabinejad M. Physical and chemical properties of a new root-end filling
material. J Endod 1995; 21:349-3.
5. Ford TR, Torabinejad M, McKendry DJ, Hong CU, Kariyawasam SP. Use of
Mineral Trioxide Aggregate for repair of furcal perforations. Oral Surgery, Oral
Med., Oral Pathol 1995; 79: 756-63.
6. Kettering JD, Torabinejad M. Investigation of mutagenicity of mineral trioxide
aggregate and other commonly used root-end filling materials. J Endod 1995;
21:537-42.
7. Koh ET, Torabinejad M, Pitt Ford TR, Brady K, McDonald F. Mineral trioxide
aggregate stimulates a biological response in human osteoblasts. J Biomed
Mater Res. 1997;37:432-9.
8. Nakata TT, Baumgartner JC. Perforation repair comparing Mineral Trioxide
Aggregate and Amalgam using an anaerobic bacterial leakage model. J Endod
1998; 24:184-6.
9. Holland R, Souza V, Nery MJ, Otoboni Filho JA, Bernabe PFE, Dezan Junior E.
Reaction of rat connective tissue to implanted dentin tubes filled with mineral
trioxide aggregate or calcium hydroxide. J. Endod 1999;25:161-6.
10. Herzog-Flores, DS Velázquez LMA, González VM, Rodríguez FJM, Gómez
MVB, Barrientos VG. Análisis fisicoquímico del mineral trioxide agregado (MTA)
por difracción de rayos X, calorimetris e microscopia electrónica de barrido.
Rev ADM 2000; 57:125-31.
11. Holland R, Bernabé PFE, Holland R, Souza V, Nery MJ, Otoboni Filho JÁ,
Dezan Junior E. Mineral trioxide Aggregate repair of lateral root perforations. J.
Endod 2001; 27:281-4.
12. Tanomaru Filho M. Capacidade de selamento de materiais retrobturadores em
perfurações radiculares laterais. RBO 2002; 59:80-2.
32
13. Holland R, Souza V, Nery MJ, Faraco Junior IM, Otoboni Filho JA, Bernabé
PFE, Dezan Junior E. Reaction of rat connective tissue to implanted dentin
tubes filleded with a withe mineral trioxide aggregate. Braz Dent J 2002;13:23-
6.
14. Silva Neto UX, Moraes IG. Capacidade seladora proporcionada por alguns
materiais quando utilizados em perfurações na região de furca de molares
humanos extraídos. J Appl Oral Sci 2003; 11: 27-33.
15. Ferris DM, Baumgartner JC. Perforation repair comparing two types of mineral
trioxide aggregate. J Endod. 2004 Jun; 30:422-4.
16. Matt Gd, Thorpe Jr, Strother Jm, Mcclanahan Sb. Comparative study of white
and gray mineral trioxide aggregate (MTA) simulating a one- or two-step apical
barrier technique. J Endod 2004; 30:876-9.
17. Yaltirik M, Ozbas H, Bilgic B, Issever H. Reactions of connective tissue to
mineral trioxide aggregate and amalgam. J Endod. 2004; 30:95-9.
18. Tsatsas DV, Meliou HA, Kerezoudis NP. Sealing effectiveness of materials
used in furcation perforation in vitro. Int Dent J 2005; 55:133-41.
19. Faria MD. Avaliação qualitativa e quantitativa da resposta tecidual frente aos
cimentos: MTA Ângelus cinza e MTA fotopolimerizável experimental. Análise
microscópica de implantes realizados em subcutâneos de ratos. Araçatuba,
2006; 87 p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Odontologia de Araçatuba,
UNESP.
20. Cintra LT, de Moraes IG, Estrada BP, Gomes-Filho JE, Bramante CM, Garcia
RB, Bernardinelli N. Evaluation of the tissue response to MTA and MBPC:
Microscopic analysis of implants in alveolar bone of rats. J Endod 2006; 32:556-
9. Epub 2006 Apr 4
21. Sumer M, Muglali M, Bodrumlu E, Guvenc T. Reactions of connective tissue to
amalgam, intermediate restorative material, mineral trioxide aggregate, and
mineral trioxide aggregate mixed with chlorhexidine. J Endod 2006; 32:1094-6.
22. Takita T, Hayashi M, Takeichi O, Ogiso B, Suzuki N, Otsuka K, Ito K. Effect of
mineral trioxide aggregate on proliferation of cultured human dental pulp cells.
Int Endod J 2006; 39:415-22.
23. Bernabé PFE, Gomes-filho JE, Rocha WC, Nery MJ, Otoboni Filho JA, Dezan-
Junior E. Histological evaluation of MTA as a root-end filling material. Int Endod
J 2007; 40:758-765.
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24. Holland R, Bisco Ferreira L, de Souza V, Otoboni Filho JA, Murata SS, Dezan E
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noncontaminated perforations filled with mineral trioxide aggregate. J Endod
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25. De-Deus G, Reis C, Brandão C, Fidel S, Fidel RA. The ability of Portland
cement, MTA, and MTA bio to prevent through-and-through fluid movement in
repaired furcal perforations. J Endod 2007; 33:1374-7.
26. Tani-Ishii N, Hamada N, Watanabe K, Tujimoto Y, Teranaka T, Umemoto T.
Expression of bone extracellular matrix proteins on osteoblast cells in the
presence of mineral trioxide. J Endod 2007;33:836-9.
27. Guven G, Cehreli ZC, Ural A, Serdar MA, Basak F. Effect of mineral trioxide
aggregate cements on transforming growth factor beta1 and bone
morphogenetic protein production by human fibroblasts in vitro. J Endod
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28. Gomes-Filho JE, Faria MD, Benabé PFE, Nery MJ, Otoboni Filho JA, Dezan-
Junior E, Costa MMTM, Cannon M. Mineral Trioxide Aggregate but not Light-
Cure Mineral Trioxide Aggregate Stimulated Mineralization. J Endod 2008;
34(1): 62-5.
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