18
Klein (1998) explica que o termo Nova Economia Institucional foi criado por Oliver
Williamson em 1975. O ponto originário da NEI, no entanto, teria sido o artigo seminal “A
natureza da firma” escrito em 1937 por Ronald H. Coase
6
. Klein cita também, como bases das
NEI, os trabalho sobre conhecimento de Hayek (1937 e 1945)
7
, o trabalho sobre a história da
indústria de Chandler (1962)
8
e os trabalhos de Simon (1945)
9
, Arrow (1963)
10
, Davis e North
(1971)
11
, Alchian e Demsetz (1972)
12
, Williamson (1971, 1975 e 1985)
13
, Macneil (1978)
14
,
Holmström (1979)
15
e outros. Os representantes mais expressivos da NEI, ainda na opinião de
Klein, são Coase, Williamson e North.
Williamson (1996) se refere à Nova Economia Institucional (NEI) como uma
“economia dos jovens”. Para o autor os estudantes seriam mais abertos às idéias inovadoras
da NEI e da Economia dos Custos de Transação (ECT), que é uma parte daquela, e seriam
mais aptos a fazer a junção de diferentes padrões de novas idéias. O autor faz a ressalva, no
entanto, de que o trabalho dos acadêmicos mais experientes também é vital para a NEI/ECT,
afinal de contas essas correntes de pensamento se derivaram de outras já estabelecidas há
mais tempo.
Para Williamson (1996) a NEI traz uma boa e uma má notícia. A má notícia é que as
organizações econômicas se tornam muito mais complexas com os numerosos riscos que
derivam da combinação de incerteza com racionalidade limitada e oportunismo
16
. A primeira
parte da boa notícia é que o estudo da organização econômica se tornou muito mais
interessante devido a isto. A parte ainda melhor é que os atores humanos geralmente são
6
COASE, Ronald H. The Nature of the Firm. Economica. Londres: Blackwell Publishing, New Series, vol. 4, n.
16, p. 386-405, nov. 1937.
7
HAYEK, F. A. Economics and knowledge, in idem (1948), Individualism and Economic Order, London,
Routeledge and Kegan Paul: 1937. 33-56.
HAYEK, F. A. The use of knowledge in society, in idem (1948), Individualism and Economic Order, London,
Routeledge and Kegan Paul: 1945. 77-91.
8
CHANDLER, Alfred D. Jr. Strategy and Structure: Chapters in the History of the American Industrial
Enterprise, Cambridge (MA), MIT Press: 1962.
9
SIMON, Herbert A. Administrative Behavior. Nova York: The Macmillam Company, 1945.
10
ARROW, Kenneth J. Uncertainty and the Welfare Economics of Medical Care. American Economic Review,
53. 1963. 941-73.
11
DAVIS, Lance E. e NORTH, Douglass C. Institutional Change and American Growth. Londres: Cambridge
University Press, 1971.
12
ALCHIAN, Armen A. e DEMSETZ, Harold. Production, Information Costs, and Economic Organization.
American Economic Review, 62. 1972. 777-95
13
WILLIAMSON, Oliver E. The Vertical Integration of Production: Market Failure Considerations. American
Economic Review, 61. 1971. 112-23
WILLIAMSON, Oliver E. Markets and Hierarquies: Analysis and Antitrust Implications. New York. Free
Press: 1975
WILLIAMSON, Oliver E. Economic Institutions of Capitalism. New York, Free Press: 1985.
14
MACNEIL, Ian R. Contracts: Adjustments of Long Term Economic Relations under Classical, Neoclassical
and Relational Contract Law. Northwestern University Law Review, 72. 1978. 854-906.
15
HOLMSTRÖM, Bengt. Moral Hazard and Observability. Bell Journal of Economics, 10. 1979. 74-91.
16
Racionalidade limitada e oportunismo serão abordados com maior detalhamento mais à frente neste capítulo.