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ABIO
B
ERTOLINI
G
ONÇALVES
ALISE COMPARATIVA DE ÍNDICES BIÓTICOS DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE ÁGUA
,
UTILIZANDO MACROINVERTEBRADOS
,
EM UM RIO LITORÂNEO DO ESTADO DO PARA
.
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Ecologia e
Conservação, Setor de Ciências
Biologias Universidade Federal do
Paraná, como requisito parcial para
obtenção do grau de Mestre em
Ecologia e Conservação.
Orientadora Doutora Márcia Santos de
Menezes
C
URITIBA
2007
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iii
AGRADECIMENTOS
À Professora Doutora Márcia Santos de Menezes por acreditar na minha capacidade,
pela paciência e dedicação na orientação deste estudo. Pelas conversas sobre futuro
profissional, pelo apoio e compreensão nos momentos difíceis e principalmente por não ter
me deixado desistir.
Ao Professor Doutor José Marcelo Rocha Aranha por esses anos de convivência,
aprendizado e ajuda.
Aos membros da banca, Professora Doutora Vânia Graciele Lezan Kowalczuk e
Professor Doutor Mario Antonio Navarro da Silva pelas sugestões relevantes e críticas que
enriqueceram e deram uma melhor consistência ao trabalho.
Aos colegas de laboratório, Su, Célio, Maria, Kelly, Jean, Flávia, Simone, Maria
Antônia, Paulo China pelo apoio, ajuda e amizade. Em especial para minha grande amiga
Thais, por todas as horas de ajuda na dissertação, pelas críticas e sugestões, pelas
conversas e principalmente por ser uma pessoa muito especial.
Aos meus pais, Amilton e Tuca, aos meus irmãos Patrícia e Sandro.
À minha esposa Aline, por ser a melhor companheira que um ser humano poderia
querer. Você é minha fortuna, meu porto seguro, minha motivação. Obrigado por fazer parte
da minha vida.
Por último e mais importante, agradeço e dedico este trabalho a minha filha Laura, a
razão de meus sorrisos.
iv
“Mostrei minha obra-prima às pessoas grandes e
perguntei se o meu desenho lhes fazia medo.
Responderam-me: Por que é que um chapéu faria
medo?
Meu desenho não representava um chapéu.
Representava uma jibóia digerindo um elefante.
Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as
pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm
sempre necessidade de explicações.”
ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY
v
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS iii
LISTA DE FIGURAS vi
LISTA DE TABELAS vii
RESUMO viii
ABSTRACT ix
INTRODUÇÃO 1
MATERIAIS E MÉTODOS 7
RESULTADOS 14
DISCUSSÃO 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32
ANEXOS 39
vi
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1
Mapa esquemático da bacia do rio do pinto,
localizando os pontos amostrais.
7
FIGURA 2
Vista geral do ponto 1 de coleta -
rio do Pinto,
Morretes – Pr
8
FIGURA 3
Vista geral do ponto 2 de coleta, rio do Pinto,
Morretes – Pr
9
FIGURA 4
Variação da precipitação pluviométrica acumulada no
ponto 1, em mm, nos meses de coleta e sua
relação
com os índices bióticos utilizados no estudo
14
FIGURA 5
Variação da precipitação pluviométrica acumulada no
ponto 1, em mm, nos meses de coleta e sua relação
com os índices bióticos utilizados no estudo
17
FIGURA 6
Dendograma de similaridade (Bray-
escores padronizados dos índices bióticos aplicados
no ponto 01
20
FIGURA 7
Dendograma de similaridade (Bray-
escores padronizados dos índices bióticos aplicados
no ponto 02
21
vii
LISTA DE TABELAS
TABELA 1
Classificação de qualidade da água, significado dos valores do
Biological Monitoring Work Party Escore System e cores para serem
utilizadas nas representações cartográficas de acordo com Alba-
Tecedor & Sanchez-Órtega (1988), com modificações
10
TABELA 2
Classificação de qualida
de da água e significado dos valores
índice do BMWP’-ASPT (Average Score per Taxon)
11
TABELA 3
Classe de qualidade e significado dos valores de HFBI,
Hilsenhoff, (1988).
11
TABELA 4
Classe de qualidade e significado dos valores do índice EPT
12
TABELA 5
Padronização dos escores dos índices bióticos utilizados em
quatro categorias diagnósticas
12
TABELA 6
Resumo do protocolo GAF para avaliação dos atributos
ecológicos de riachos. Modificado de Cummins et al. (2005).
13
TABELA 7
Resultados das análises
físicas e químicas para os pontos
amostrais durante as coletas de abril/05, julho/05 e
fevereiro/06
15
TABELA 8
Número de indivíduos e freqüência relativa nos dois pontos de
coleta do rio do Pinto
Morretes/PR, durante todo o período
amostral
15
TABELA 9
Valores e pontuação obtidos para o índice BMWP’ aplicado
nos dois pontos amostrais e respectivas classificações da
qualidade da água do rio do Pinto, Morretes, PR
18
TABELA 10
Valores e pontuação obtidos para o índice BMWP’-
ASPT
aplicado nos dois pon
tos amostrais e respectivas
classificações da qualidade da água do rio do Pinto, Morretes,
PR
18
TABELA 11
Valores e pontuação obtidos para o índice EPT aplicado nos
dois pontos amostrais e respectivas classificações da
qualidade da água do rio do Pinto, Morretes, PR
19
TABELA 12
Valores e pontuação obtidos para o índice HFBI aplicado nos
dois pontos amostrais e respectivas classificações da
qualidade da água do rio do Pinto, Morretes, PR
19
TABELA 13
Dados da análise comparativa das comunidades de
macroinvertebrados coletados no rio do pinto nos 5 períodos
amostrais no ponto 01. * =p<0,05, quando a proporção do táxon
aumentou do primeiro para o segundo período, quando a
proporção do táxon diminuiu do primeiro para o segundo período.
21
TABELA 14
Dados da análise comparativa das comunidades de
macroinvertebrados coletados no rio do pinto nos 5 períodos
amostrais no ponto 02. * =p<0,05, quando a proporção do táxon
aumentou do primeiro para o segundo período, quando a
proporção do táxon diminuiu do primeiro para o segundo período
22
TABELA 15
Número de indivíduos separados por GAF nos dois pontos do
rio do Pinto, Morretes, PR, durante o período amostral
23
TABELA 16
Resultado da analise dos GAF nos dois pontos do rio do Pinto,
Morretes, PR, durante o período amostral
24
viii
RESUMO
A utilização de índices bióticos como ferramenta para o biomonitoramento da qualidade de
recursos hídricos mostra-se um poderoso auxílio no diagnóstico da saúde de rios e lagos.
Os parâmetros utilizados atualmente para o monitoramento da qualidade de água, além dos
biológicos, são físicos e químicos. Os índices bióticos aplicados no país são de origem
estrangeira na sua maioria, não sendo, portanto, totalmente representativo dos
ecossistemas regionais. É preciso testar a eficiência destes índices bióticos nas nossas eco-
regiões. Este estudo teve como objetivo fazer uma análise comparativa entre quatro índices
bióticos de avaliação da qualidade de água, utilizando a macrofauna de invertebrados
bentônicos, com o intuito de diagnosticar se algum mais indicado para os rios litorâneos
da região, bem como caracterizar o ambiente e avaliar sua saúde ambiental através da
utilização de análises dos grupos de alimentação funcional. Para isso foram selecionados
quatro índices bióticos: 1- EPT INDEX (Porcentagem de Ephemeroptera, Plecoptera e
Trichoptera); 2- BMWP (Biological Monitoring Work Party System); 3- BMWP’-ASPT
(Average Score Per Taxon) e 4-HFBI (Hilsenhoff Family Biotic Index), que foram aplicados
em dois trechos de um rio litorâneo do Estado do Paraná. O rio do Pinto nasce em área
preservada e recebe ao longo de seu curso uma série de despejos, sejam de origem
doméstica, agrícola ou de atividade de lazer. Foram feitas cinco amostragens entre abril de
2005 e abril de 2006. Foi constatado que dos índices bióticos, o HFBI é o que menos reflete
as condições de qualidade de água e não um índice biótico melhor,uma vez que todos
apresentam discrepâncias entre os escores obtidos e a estrutura da composição faunística.
O protocolo de grupos de alimentação funcional revela um rio desestruturado na porção a
jusante que se encontra sobre influência antrópica.
ix
ABSTRACT
The use of biotic indices as a tool for biological monitoring the water quality has been well
contribute to evaluate the healthy of rivers and lakes. Even though several features have
been used since abiotic as physichal and chemichal to biotic ones. The used indices in Brazil
were proposed in other countries, what does not represent our ecossystems. This situation
favours the seek for checking their efficiency to our eco regions. This work aimed to compare
four different biotic indices of water quality using benthic macroinvertebrate, in order to verify
if there is one better to be applied in the costal streams in the Paraná state; describe its
communities and analyse its environmental condition through the funcional feeding groups.
Five biotic indices were choosen to it: 1- EPT INDEX (Percent of Ephemeroptera, Plecoptera
and Trichoptera); 2- BMWP’ (Biological Monitoring Work Party System); 3- BMWP’-ASPT
(Average Score Per Taxon) and 4-HFBI (Hilsenhoff Family Biotic Index). They were applied
in two different sites in a coastal stream in the Paraná state. The “do Pinto stream
headwaters’ are placed in a protected area. There are many input materials from headwaters
to the mouth as organic house material, craps and funny activities. Five samples were taken
between April of 2005 and April of 2006. It was observed the HFBI index does not represent
the real conditions of the stram. This way, no one of the indices can be suggested as a better
one, since everyone presented many differences among their scores and the structure of
community. The functional feeding groups protocol suggested the stream as a not structured
one, mainly in the inferor site that has an human influence.
1
1. INTRODUÇÃO
A qualidade e disponibilidade da água têm sido fator relevante quando se trabalha
com problemas sócio-ambientais, no entanto, o aumento populacional tem diminuído
imensamente a disponibilidade deste recurso. A ocupação humana ao longo de bacias
hidrográficas ocasiona um despejo de grande quantidade de compostos de diversas origens
tornando-as impróprias ao consumo, provocando assoreamento no leito dos rios, diminuição
da oferta de microhabitas e conseqüente diminuição da biodiversidade (Callisto, et al.,2005),
aumento de casos de enfermidades relacionadas com a contaminação do corpo d’água e
perda do valor estético e recreativo (Corgosinho et al., 2004).
O diagnóstico eficiente da saúde de um corpo d’água é um poderoso auxílio na
gestão destes recursos hídricos (Buss et al., 2003). Os parâmetros utilizados para realização
do monitoramento da qualidade de água atualmente são parâmetros físicos e químicos (pH,
condutividade, temperatura da água, velocidade de correnteza, vazão, demanda bioquímica
de oxigênio (DBO
5
), demanda química de oxigênio (DQO), fosfato, nitrato, nitrito, óleos e
graxas, dentre outros), bem como biológicos (macroinvertebrados bentônicos, peixes, algas
e bacteriológicos). Os parâmetros físicos e químicos, embora possam detectar diretamente
poluentes, demonstram apenas a situação da água no momento da coleta (Metcalfe, 1989;
Alba-Tercedor, 1996), enquanto que a biota aquática é um espelho fiel das condições
ambientais por estar continuamente exposta no ambiente (Rosenberg & Resh, 1996). Isto,
somado a uma variabilidade quanto à exigência das condições ambientais, ou seja, grupos
de organismos extremamente exigentes e outros podendo se manter em sistemas muito
alterados, faz da biota aquática um bom indicador de qualidade ambiental (Buss et al.,
2003).
Uma avaliação correta dos aspectos estéticos, recreativos e ecológicos do sistema
é possível com uma abordagem integrada na análise da qualidade da água, ou seja,
levando-se em conta as informações do entorno como cobertura vegetal, atividades
antrópicas, trecho em que estão inseridos (Allan, 1995), bem como os componentes bióticos
(Metcalfe, 1989). O biomonitoramento, entendido pelo uso das respostas biológicas de
organismos vivos para avaliar as mudanças ocorridas no ambiente, mostra-se então uma
poderosa ferramenta na avaliação da saúde ambiental de rios e riachos (Buss et al., 2003).
2
O biomonitoramento pode ser realizado por várias abordagens, entre eles pelo uso de
índices ecológicos, como por exemplo, índices de diversidade e similaridade (Washington,
1984); índices bióticos - expressões numéricas que combinam medidas quantitativas da
diversidade de espécies com informações qualitativas referentes à sensibilidade de
determinados taxa a modificações ambientais (Czerniawska-Kusza, 2005); modelos de
predição de impactos instrumentos de bioavaliação preditivos como o “River Invertebrate
Prediction and Classification System (RIVPACS) (Wright, et al., 2000), “Australian River
Assessment System” (AusRivAS) (Simpson & Norris, 2000) ou o “Assessment by Nearest
Neighbour Analysis” (ANNA) (Linke et al., 2005), protocolos de avaliação rápida da
qualidade da água (PAR) (Barbour et al., 1999 e Callisto et al., 2002) e pela categorização
de grupos de alimentação funcional (GAF) de macroinvertebrados (Merritt & Cummins, 1996;
Cummins et al., 2005).
Dentre estes sistemas, os modelos de predição de impactos e os PARs requerem
rios referência, ou seja, locais em que a comunidade seja bem conhecida e estruturada
(considerados rios não poluídos). Não existe no Brasil indicativos de rios referência, fazendo
com que no país sejam mais utilizados os índices bióticos para o biomonitoramento.
A avaliação da qualidade de água utilizando indicadores biológicos começou mais
de um século na Alemanha, através do sistema saprobiótico (Saprobiensystem), proposto
originalmente por dois cientistas alemães Kolkwitz e Marsson (1908, 1909) que observaram
que os organismos que ocorrem na água poluída podem ser diferentes dos organismos que
ocorrem na água limpa; associando a presença de organismos em áreas poluídas à
ocorrência de características fisiológicas e comportamentais que lhes facultava a
permanência nesses ambientes (Silva, 2005). Buss et al., (2003) demonstraram que o
“Saprobiensystem” deu origem às diversas metodologias de biomonitoramento citadas
acima.
O “Saprobiensystem” utilizava microorganismos como bactérias, fungos e
protozoários (Metcalfe, 1989), porém praticamente quaisquer grupos podem ser utilizados
como bioindicadores da qualidade das águas. Algas e macrófitas (Buss et al., 2003 e Silva,
2005), peixes (Karr, 1981) e macroinvertebrados (Barbour et al., 1999) também são
utilizados em larga escala para esse fim, cada qual com seus conjuntos de vantagens na
operacionalização do monitoramento.
3
Algas apresentam uma rápida taxa de reprodução e pequeno ciclo de vida; são
produtoras primárias apresentando, portanto, grande sensibilidade a modificações do meio;
são sensíveis a certos poluentes como agrotóxicos, que afetam alguns organismos, apenas
se presentes em altas taxas de concentração; além de apresentarem uma operacionalização
de coleta simples e barata, bem como métodos padronizados, como medição de biomassa e
clorofila, que evitam a necessidade de esforços taxonômicos para a definição da estrutura
da comunidade (Silva, 2005).
Peixes, por outro lado, são bastante utilizados como bioindicadores devido ao longo
período de vida e, portanto, à capacidade de demonstrar perturbações antigas; alta
capacidade de dispersão e locomoção apresentando uma visão ampla do seu habitat e são
relativamente fáceis de coletar e identificar ao nível específico (Barbour et al., 1999).
Na última década, mais de uma centena de índices bióticos foram criados, sendo que
destes cerca de 60% são baseados na análise de macroinvertebrados (Pauw & Hawkes,
1993 apud Czerniawska-Kusza, 2005) e isso se deve a uma série de fatores, como ciclo de
vida longo, possibilitando a percepção de modificações ambientais recentes, devido à
alteração na estrutura da taxocenose de espécies mais duradouras (Barbour et al.,1999);
técnicas de coleta protocoladas e de baixo custo, de fácil identificação e sem alteração
adversa ao ambiente e alta diversidade apresentando, portanto, um grande espectro de
respostas a impactos ambientais (Callisto et al., 2001; Buss et al., 2003); modo de vida
sedentário em várias espécies, o que favorece uma análise espacial das perturbações,
permitindo uma inferência da qualidade ambiental local (Buss et al., 2003); alta abundância
em riachos de 1ª e 2ª ordem, onde normalmente existe uma dificuldade de amostrar
eficientemente outros bioindicadores como peixes (Barbour et al.,1999) e por último, são
ubíquos, podendo responder a perturbações em muitos períodos e ambientes (Buss et al.,
2003).
Na maioria das vezes, as metodologias do uso de bioindicadores com
macroinvertebrados consolidadas e/ou aplicadas atualmente no Brasil o de origem
estrangeira, refletindo a realidade de ecossistemas alheios aos regionais. Embora existam
esforços no sentido de adaptar estes índices à nossa realidade ou mesmo de elaborar
índices próprios baseados nos índices estrangeiros (Junqueira et al., 2000; Loyola, 2000;
Callisto et al., 2001), é necessário avaliar a eficiência destes índices bióticos nas nossas
4
eco-regiões. Além disto, este é um trabalho de longo prazo que implica necessariamente
em um conhecimento mais consistente da macrofauna bentônica, na qual são baseados
estes índices. Atualmente, os estudos realizados neste sentido, são escassos e concentram-
se em poucas regiões como Centro-oeste, Sudeste e Sul, mais notadamente nos estados de
Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Parae Rio Grande do Sul (Buss et al.,
2003). o há, no entanto, muitos estudos no sentido de qual destes índices é o mais
adequado a nossa realidade, embora esse tipo de estudo seja amplamente realizado em
outros países (Cao et al., 1996; Thorne & Williams, 1997; Timm et al., 2001; Iliopoulou-
Georgudaki et al., 2003; Semenchenko & Moroz, 2005; Czerniawska-Kusza, 2005; Griffith et
al., 2005). Assim, estudos comparativos de índices bióticos mostram-se necessários para
uma avaliação consistente e um melhor gerenciamento dos recursos hídricos.
O índice BMWP’ (Biological Monitoring Work Party Escore System) teve sua origem
remota no “Saprobiensystem” (Kolkwitz e Marsson, 1909). Quando o sistema saprobiótico foi
proposto no início do século passado, sua idéia apresentou uma boa aceitação entre os
limnólogos europeus, que desenvolveram uma rie de estudos que culminaram na
elaboração, no Reino Unido, do “Trent Biotic Index” (TBI) (Woodwiss, 1964), que se tornou a
base da maioria dos índices modernos. Chandler (1970) desenvolve, a partir do TBI, o
“Chandler’s Score System”, que por sua vez origina o BMWP (Biological Monitoring Working
Party Escore System) quando o Departamento de Meio Ambiente britânico formou, em 1976,
um grupo de trabalho, o “Biological Monitoring Working Party” que tinha por objetivo principal
a elaboração de um sistema de biomonitoramento para os rios da Inglaterra. Este índice
sofreu alterações na sua forma e foi adaptado para os rios da península Ibérica por Alba-
Tercedor (1996), gerando o BMWP’ e posteriormente o IBMWP (Iberian Biological
Monitoring Work Party Escore System). No Brasil, este índice foi modificado e adaptado à
fauna de Minas Gerais por Junqueira e colaboradores (2000) e para os rios paranaenses por
Loyola (2000), sendo que este último é utilizado pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) em
biomonitoramento de sistemas hídricos.
Com a finalidade de tornar o BMWP’ mais eficiente, foi desenvolvido em 1997, no
Reino Unido, o índice BMWP’-ASPT (Average Score Per Taxon), o qual é calculado pela
razão entre o escore obtido no cálculo do BMWP, e o número de famílias pontuadas na
amostra, ou seja, corresponde à média dos valores de cada família encontrada.
5
O índice HFBI (Hilsenhoff Family Biotic Index), que tem origem no “Hilsenhoff’s Index”
(Hilsenhoff, 1977), foi desenvolvido nos EUA em resposta ao “Clean Water Act” de 1972, lei
federal americana que regula os padrões e critérios para a restauração e manutenção dos
recursos hídricos da região.
No índice EPT (Porcentagem de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera) são
considerados todos os organismos das ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera
presentes na amostragem, sendo calculada a abundância relativa destas ordens em relação
ao número total de organismos da amostra. A qualidade da água é maior quanto maior for a
abundância relativa desses táxons no local. Essa medida é baseada no conhecimento de
que, em geral, a maioria dos organismos dessas ordens é mais sensível à poluição orgânica
(Carrera & Fierro, 2001; Resh & Jackson, 1993 e Rosenberg & Resh, 1993).
Uma outra forma de abordagem para a caracterização da saúde ambiental (Moulton,
1998) é a categorização de grupos de alimentação funcional de macroinvertebrados
(Cummins, 1973, 1974; Cummins & Klung, 1979; Cummins & Wilzbach, 1985; Merritt &
Cummins, 1996; Cummins et al., 2005).
Os grupos de alimentação funcional (GAF) são guildas tróficas que agrupam
qualitativamente macroinvertebrados que utilizam os mesmos recursos de uma maneira
morfo-comportamental similar (Simberloff & Dayan, 1991; Rosenberg & Resh, 1996; Merritt
& Cummins, 1996), e sua distribuição ao longo do rio pode determinar a disponibilidade dos
recursos alimentares necessários e a condição dos parâmetros ambientais relacionados
(Cummins, 1996). Macroinvertebrados que se alimentam de MOPG (matéria orgânica
particulada grossa), partículas maiores do que 1 mm como folhas, gravetos, galhos e outras
partes de plantas derivadas da mata ciliar são denominados de fragmentadores (shredders).
Raspadores (scrapers) são os organismos que possuem seu aparato bucal adaptado à
raspagem de perifíton aderido ao substrato. Coletores (collectors) alimentam-se de matéria
orgânica particulada fina (MOPF). Os coletores podem ser subdivididos em coletores
filtradores (filtering collectors) ou coletores catadores (gathering collectors), que obtêm seu
alimento em suspensão na coluna d’água ou decantado no substrato, respectivamente. Por
último, os predadores (predators) são definidos como organismos que consomem tecido vivo
de origem animal (Silveira, 2004).
6
Um desvio na abundância esperada destes grupos (Vannote et al., 1980), pode
indicar uma perturbação da comunidade, uma vez que os grupos funcionais são sensíveis
às mudanças naturais que ocorrem ao longo do rio, bem como às alterações nos padrões,
resultantes de impacto humano (Silveira, 2004), sendo essas categorias de alimentação,
portanto, freqüentemente usadas em estudos de impacto ambiental.
Este estudo teve como objetivo aplicar índices bióticos de avaliação da qualidade de
água em um rio litorâneo do estado do Paraná, com o intuito de diagnosticar qual destes
seria mais indicado para os rios litorâneos da região, bem como caracterizar o ambiente e
avaliar sua saúde ambiental através da utilização de análises dos grupos de alimentação
funcional.
Foram selecionados quatro índices bióticos para esse estudo levando-se em conta o
seu uso atualmente em sistemas de biomonitoramento ou a possibilidade de futura utilização
bem como sua origem estrangeira. Os índices bióticos selecionados foram: 1- BMWP’
(Biological Monitoring Work Party Escore System), (Loyola & Brunkov, 1999, Loyola, 2000);
2- BMWP’-ASPT (Average Score Per Taxon), (Walley & Hawkes, 1997); 3- HFBI (Hilsenhoff
Family Biotic Index), (Hilsenhoff, 1988) e 4- EPT INDEX (Porcentagem de Ephemeroptera,
Plecoptera e Trichoptera) (Cairns & Pratt, 1993).
7
2. MATERIAIS E MÉTODOS
O rio do Pinto nasce no Parque Estadual do Pau Oco, no município de Morretes, em
uma Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Mar caracterizada por floresta densa
sem habitações humanas ou cultivos próximos. Pela classificação de Koeppen (1948), o
clima da região é Cfb (subtropical úmido, mesotérmico). Aranha (2000), observou um regime
de chuvas com períodos de seca entre maio e agosto e picos de precipitação pluviométrica
intensa entre dezembro e fevereiro na região.
Com uma extensão de 14,23 Km, o rio do Pinto apresenta em sua origem
características de rio de serra com fundo pedregoso, apresentando um assoreamento em
seus trechos à jusante, devido ao elevado grau de degradação e retirada da vegetação
ripária original, desaguando no rio Nhundiaquara. Ao longo do seu curso existem diferentes
usos das águas e margens, que influenciam no seu grau de integridade.
Foram determinados dois pontos amostrais. O primeiro considerado o ponto controle,
mais a montante, apresenta pouca ação antrópica e o segundo, localizado à jusante no rio,
com menor qualidade ambiental. (Fig.1)
Figura 1Mapa esquemático da bacia do rio do pinto, localizando os pontos amostrais.
O ponto 1 (25º 34’ 17’’ S 453’ 08’’ W altitude 206m) é localizado em trecho de rio
de 3ª ordem e caracterizado por apresentar muitas corredeiras, predominando os substratos
rochas e cascalho, sendo que folhiço e areia ocorrem apenas em áreas marginais nos
8
remansos (Fig. 2). Com água cristalina, sem odores, vegetação de galeria cobrindo parte do
espelho d’água e ausência de moradias e culturas à montante, pode ser considerado como
em bom estado de conservação. A escolha deste ponto foi devido a dois fatores: (1) pela
facilidade de acesso e (2) por suas características, uma vez que o ponto está inserido dentro
da área do Parque Estadual do Pau Oco, sendo o acesso restrito e controlado pelo IAP
(Instituto Ambiental do Paraná). No entanto, as nascentes estão localizadas anteriormente à
Rodovia BR-277, que intercepta o rio. A área à montante do ponto de coleta é visitada
freqüentemente por turistas que utilizam suas cachoeiras e trilhas para lazer, principalmente
nos períodos de verão.
Figura 2Vista geral do ponto 1 de coleta - rio do Pinto, Morretes – Pr.
O ponto 2 (25º 30’ 16,1’’ S 48º 49’ 48,5’’ W altitude 37m) é um trecho de ordem,
onde predominam os substratos cascalho e areia, com parte da vegetação ripária composta,
em grande parte, por Brachiaria spp., que permanece submersa nos períodos de maior
pluviosidade (Fig. 3). A água é turva em alguns trechos, com odor desagradável, suas
9
margens têm sofrido erosão e assoreamento, com casas e cultivos agrícolas como
mandioca, gengibre e berinjela à montante e no entorno (Baldan, 2006).
Figura 3 - Vista geral do ponto 2 de coleta, rio do Pinto, Morretes – Pr.
As coletas foram realizadas nos meses de abril, julho e outubro de 2005; fevereiro e
abril de 2006, com amostras quantitativas com três réplicas em todos os substratos
disponíveis.
A amostragem dos organismos foi realizada com o auxílio de amostrador Surber
(30cm x 30cm) e peneira junto à vegetação marginal. Ambos os amostradores
apresentavam abertura de malha 0,5 mm. O material coletado foi fixado em campo com
formalina a 10% e acondicionados em sacos ou potes plásticos para posterior preservação
em álcool 70%. Os organismos foram triados sob caixa de luz ou utilizando-se o método de
flotação (Silveira, et al., 2004).
10
Os organismos foram identificados ao nível de família sob microscópios esteroscópico
e óptico, com auxílio de chaves de identificação e literatura especializada (McCaffrty, 1981;
Pérez, 1988; Lopretto & Tell, 1995; Trivinho-Strixino & Strixino, 1995; Chacón & Segnini,
1996; Merrit & Cummins, 1996; Wiggins, 1996; Nieser & de Melo, 1997; Buckup & Bond-
Buckup, 1999 e Costa, de Souza & Oldrini, 2004).
Foram realizadas coletas de dados abióticos como fósforo total, nitrogênio inorgânico,
demanda bioquímica de oxigênio, demanda química de oxigênio com o intuito de
caracterização geral do ambiente nos dois pontos amostrados. Foram obtidos dados de
precipitação pluviométrica da região (SIMEPAR).
Índices bióticos, BMWP’, BMWP’-ASPT, HFBI e EPT, foram aplicados para cada
coleta em cada ponto amostral.
Tabela 1 - Classificação de qualidade da água, significado dos valores do Biological
Monitoring Work Party Escore System e cores para serem utilizadas nas representações
cartográficas de acordo com Alba-Tecedor & Sanchez-Órtega (1988), com modificações.
Classe
Qualidade Valor Significado Cor
I Ótima > 150 Águas prístinas (muito limpas) Lilás
I Boa 101 a 120
Águas não poluídas, sistema
perceptivelmente não alterado.
Azul
III Aceitável 61 a 100
Evidentes efeitos moderados de poluição Verde
IV Duvidosa 36 a 60 Águas poluídas (sistemas alterados)
Amarela
V Crítica 16 a 35 Águas muito poluídas (sistemas muito
alterados)
Laranja
VI Muito Crítica
< 15 Água fortemente poluída (sistemas
fortemente alterados)
Vermelho
O índice BMWP’ (Biological Monitoring Work Party Escore System) pontua de 1 a 10
o grau de sensibilidade dos organismos (Anexo 1), conferindo maiores valores para aqueles
com maior sensibilidade à poluição orgânica. A classificação da qualidade da água é
determinada baseada nos critérios apresentados na Tabela 1.
O índice BMWP’-ASPT (Average Score Per Taxon), é uma adaptação do índice
anterior, obtido pelo resultado do cálculo do BMWP dividido pelo mero de famílias
11
pontuadas na amostra. A avaliação da qualidade de água é determinada pelos critérios
apresentados na Tabela 2.
Tabela 2 - Classificação de qualidade da água e significado dos valores índice do BMWP’-
ASPT (Average Score Per Taxon)
Valor BMWP-ASPT Avaliação da Qualidade da Água
>6 Água Limpa
5-6 Qualidade Duvidosa
4-5 Provável Poluição Moderada
<4 Provável Poluição Severa
Tabela 3 - Classe de qualidade e significado dos valores de HFBI, Hilsenhoff, (1988).
O índice HFBI (Hilsenhoff Family Biotic Index), pontua os organismos baseado no
sistema saprobiótico, de maneira inversa ao BMWP (Anexo 2). Sua pontuação deve ser
calculada da seguinte maneira: HFBI = ΣnVT / N, onde: VT é o valor de tolerância de cada
família, n= o número de indivíduos em cada família e N= o número total de indivíduos. Os
resultados são comparados com os critérios propostos na Tabela 3.
No índice EPT calculou-se a abundância relativa dos organismos das ordens
Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera, em relação ao número total de organismos da
amostra. Os resultados são comparados com os critérios propostos na Tabela 4.
HFBI Qualidade da água
Grau de poluição orgânica
0.00-3.5 Excelente Sem poluição orgânica aparente.
3.51-4.5 Muito bom Poluição orgânica leve.
4.51-5.50 Bom Algum sinal de poluição orgânica.
5.51-6.50 Moderado Poluição orgânica moderada.
6.51-7.50 Moderadamente pobre
Poluição orgânica significativa.
7.51-8.50 Pobre Poluição orgânica muito significativa.
8.51-10.00
Muito pobre Poluição orgânica severa.
12
Tabela 4 - Classe de qualidade e significado dos valores do índice EPT.
Porcentagem de EPT
Qualidade da Água
75% - 100% Muito Boa
50% - 74% Boa
25% - 49% Regular
0% -24% Ruim
Os escores dos índices bióticos foram agrupados nas quatro categorias diagnósticas
do índice EPT (por serem mais simples) e comparadas por ponto amostral através do índice
de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989), conforme Tabela 5.
Tabela 5 - Padronização dos escores dos índices bióticos utilizados em quatro categorias
diagnósticas.
EPT ASPT BMWP’ HFBI
0
muito boa água limpa ótima excelente
muito bom
1
boa água limpa boa bom
2
regular qualidade duvidosa
poluição moderada
aceitável
duvidosa
moderado
3
ruim poluição severa crítica
muito crítica
moderadamente pobre
muito pobre
O conjunto de dados amostrados em cada coleta foi comparado entre os pontos
através do teste Comparação de mais de duas Proporções para os taxa com freqüência
relativa acima de 1% (Zar, 1999). Ocorrendo diferenças significativas aplicou-se o teste
Comparação de duas Proporções (Zar, 1999) para cada um dos táxons para identificar quais
grupos variaram significativamente e portanto interferiram no resultado final de cada índice.
Este teste permitiu identificar e comparar se os resultados dos índices bióticos
corresponderam às mudanças na composição faunística encontrada durante o estudo,
demonstrando então a sensibilidade de cada índice para refletir a estrutura da comunidade
em questão.
A razão entre grupos de alimentação funcional (GAF) foi calculada para estimativa da
saúde ambiental de cada ponto conforme Cummins et al.(2005) (Tabela 6).
13
Foram utilizadas as seguintes proporções de GAF para atribuir as condições
ecológicas de cada trecho: o equilíbrio entre autotrofia e heterotrofia (P/R), determinado por
animais que se alimentam de algas e plantas vasculares e por animais que se alimentam de
folhas originadas da vegetação ripária; a ligação entre a entrada de matéria orgânica
particulada grossa da mata ripária com a cadeia alimentar fluvial (CPOM/FPOM); a
comparação da dominância relativa de matéria orgânica particulada fina em suspensão com
a depositada nos sedimentos (TFPOM/BFPOM) e a estabilidade do substrato.
Tabela 6 - Resumo do protocolo GAF para avaliação dos atributos ecológicos de riachos.
Modificado de Cummins et al. (2005).
Atributos do ecossistema Símbolos Cálculo Critério para classificação
Equilíbrio entre autotrofia e heterotrofia P/R Raspadores / pastadores + total de
coletores
Autótrofo > 0,75
Ligação entre a entrada de MOPG da mata
ripária com a cadeia alimentar
CPOM/FPOM Pastadores / total de coletores Associação normal de pastadores com o
aporte da vegetação ripária > 0,25
Comparação da dominância relativa de MOPF
em suspensão com a depositada nos sedimentos
TFPOM/BFPOM Coletores filtradores / coletores
catadores
MOPF em suspensão maior que a taxa de
MOPF depositada no substrato > 0,50
Estabilidade do substrato Estabilidade Raspadores + coletores filtradores /
pastadores + coletores catadores
Estabilidade plena do substrato > 0,50
14
3. RESULTADOS
Os dados de precipitação pluviométrica acumulada para a bacia hidrográfica durante
todo o período amostrado (abril de 2005 a abril de 2006) indicam um período chuvoso em
abril de 2005 e fevereiro de 2006 e um período seco em outubro de 2005 e abril de 2006
(Fig.4).
FIGURA 4: VARIAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA ACUMULADA NO PONTO 1, EM mm, NOS
MESES DE COLETA E SUA RELAÇÃO COM OS ÍNDICES BIÓTICOS UTILIZADOS NO ESTUDO.
Os resultados obtidos referentes à demanda bioquímica de oxigênio, demanda
química de oxigênio, nitrato, nitrito esforo total estão demonstradas na tabela 7, .
15
TABELA 7: RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS PARA OS PONTOS
AMOSTRAIS DURANTE AS COLETAS DE ABRIL/05, JULHO/05 E FEVEREIRO/06.
Ponto 1
Ponto 2
abr/05
2,03 2,12 DBO
5
mg O
2
/L
fev/06
5,35 5,17
abr/05
5,44 5,15 DQO
mg O
2
/L
fev/06
13,00 15,00
jul/05
0,08 0,04 NITRATO
mg NO
3
N/L
fev/06
<0,05 0,05
jul/05
<0,10 <0,10 NITRITO
mg NO
2
N/L
fev/06
<0,01 <0,01
FÓSFORO TOTAL
mg P/L
fev/06
0,14 < 0,05
Foram coletados 8.677 indivíduos pertencentes a Insecta, Crustacea, Acarina,
Oligochaeta e Mollusca distribuídos entre os dois pontos de amostragem conforme
apresentado no Anexo III, sendo Insecta predominante em todo o período, principalmente as
famílias Chironomidae e Simulidae (Diptera), Elmidae (Coleoptera), Hydropsychidae
(Trichoptera) e Baetidae (Ephemeroptera).
Considerando todo o período amostral, o ponto 1 apresentou-se mais abundante com
6571 indivíduos (58 táxons) em comparação com 2106 exemplares (41 xons) amostrados
no ponto 2. As amostras de abril/05 e abril/06 apresentaram maior abundância de indivíduos
com 2353 e 2601 indivíduos, respectivamente no acumulado dos dois pontos de coleta
(Tabela 8).
TABELA 8: NÚMERO DE INDIVÍDUOS E FREQÜÊNCIA RELATIVA NOS DOIS PONTOS
DE COLETA DO RIO DO PINTO – MORRETES/PR, DURANTE TODO O PERÍODO
AMOSTRAL.
Ponto 1 Ponto 2 TOTAL
Abril/05 2121 (32%)
232 (11%) 2353
Julho/05
913 (14%) 385 (18%) 1298
Outubro/05
865 (13%) 491 (24%) 1356
Fevereiro/06
819 (12%) 250 (12%) 1069
Abril/06
1853 (28%)
748 (35.5%)
2601
TOTAL
6571 2106 8677
16
O ponto 1 apresentou em abril de 2005 maior abundância de Ephemeroptera
(Baetidae - 11,46%), Diptera (Chironominae - 16,78% e Orthocladinae - 11,83%) e
Coleoptera (Elmidae - 15,98%); em julho de 2005 abundância de Ephemeroptera (Baetidae -
13,80%) e Diptera (Chironominae - 24,21%); em outubro de 2005 predominância de
Ephemeroptera (Baetidae - 45,66% e Leptohyphidae - 10,06%) e Coleoptera (Elmidae -
9,71%); em fevereiro de 2006 abundância de Ephemeroptera (Baetidae - 13,80% e
Leptohyphidae - 19,29%), Diptera (Chironominae - 21,98%) e Coleoptera (Elmidae -
25,76%) e em abril de 2006, Diptera (Chironominae - 51,86%) e Coleoptera (Elmidae -
16,35%).
No ponto 2, Ephemeroptera (Baetidae) predominou em todas as coletas com as
freqüências relativas, em 2005, de 48,71% (abril), 20,52% (julho) e 37,27% (outubro). No
ano de 2006, o grupo apresentou freqüência de 23,6% e 34,89% nos meses de fevereiro e
abril, respectivamente. Diptera foi abundante nas coletas de julho (14,81%- Chironominae) e
outubro (20,57%- Chironominae e (23,83%-Simulidae). Coleoptera (Elmidae) apresentou
freqüência de 28,05% em julho de 2005, 23,2% em fevereiro de 2006 e 34,63% em abril do
mesmo ano. Arachnida, representado por Hydracarina, foi encontrado com freqüência de
27,59% na coleta de julho de 2005 e Trichoptera (Hydropsychidae) em fevereiro de 2006
com 12,4% (Anexo III).
Utilizando o resultado dos escores dos índices bióticos agrupados em quatro
categorias diagnósticas (muito boa = 0; boa = 1; regular =2 e ruim = 3), observa-se que o
índice BMWP’ não foi influenciado pelo regime pluviométrico. Este índice apresentou, no
ponto 1, uma qualidade “muito boa” no período de abril e julho de 2005, sendo que são
períodos com taxas de precipitação bastante distintas; no ponto 2, uma qualidade “boa” em
abril de 2006 e “regular” nas demais coletas (Figuras 4 e 5).
O índice BMWP’-ASPT, por sua vez, apresentou uma maior sensibilidade ao regime
pluviométrico no ponto 1 (figura 4), apresentando qualidade “muito boa” no período seco e
qualidade “regular” nos períodos chuvosos. No ponto 2, no entanto, o BMWP’-ASPT seguiu
o padrão do BMWP’, sendo mais homogêneo (qualidade “regular” em todos as coletas,
exceto em abril de 2006 com qualidade “muito boa”) (figura 5).
17
FIGURA 5: VARIAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA ACUMULADA NO PONTO 2, EM mm, NOS
MESES DE COLETA E SUA RELAÇÃO COM OS ÍNDICES BIÓTICOS UTILIZADOS NO ESTUDO.
Os resultados do índice EPT não apresentaram correspondência com o regime de
chuvas no ponto 1 obtendo qualidade “boa” (figura 4) na coleta de outubro de 2005, “ruim”
em abril de 2006 e “regular” nas outras amostragens. No ponto 2 seguiu o padrão observado
nos outros índices (figura 5).
O índice HFBI apresentou em abril de 2006 no ponto 1 e outubro de 2005 no ponto 2
qualidade “regular”, nos pontos restantes apresentou escores de qualidade de água “boa” a
“muito boa”. Os escores obtidos foram independentes da taxa de precipitação pluviométrica.
(figuras 4 e 5).
A pontuação obtida pelo índice BMWP’ (tabela 9) indica o ponto 1 com qualidade de
água “ótima” na coleta de julho e abril de 2005, o que caracteriza águas muito limpas e
cristalinas e “boa nos demais períodos. A pontuação para o segundo ponto amostral foi
mais moderada apresentando qualidade “aceitável” em todas as coletas, exceto julho/05 e
abril/06, onde a água foi considerada boa.
O BMWP’-ASPT por outro lado avaliou de forma mais homogênea ambos os pontos
amostrais (tabela 10), pontuando quase todas as coletas com qualidade “duvidosa”, exceto
18
em abril/06 que apresentou uma excelente qualidade classificando esta coleta como “água
limpa” em ambos os pontos e em julho/05 no ponto 01.
O índice EPT (tabela 11), da mesma forma que o BMWP’-ASPT, foi mais criterioso e
homogêneo qualificando como “regular” ou “boa” quase todas as amostras, exceto o ponto 1
em abril de 2006, que foi avaliado com qualidade de água “ruim”.
TABELA 9:
VALORES E PONTUAÇÃO OBTIDOS PARA O ÍNDICE BMWP’ APLICADO NOS
DOIS PONTOS AMOSTRAIS E RESPECTIVAS CLASSIFICAÇÕES DA QUALIDADE DA
ÁGUA DO RIO DO PINTO, MORRETES, PR.
BMWP’
Ponto 1
Ponto 2
Abril/05
BOA
(117)
ACEITÁVEL
(72)
Julho/05
ÓTIMA
(174)
BOA
(105)
Outubro/05
ÓTIMA
(127)
ACEITÁVEL
(96)
Fevereiro/06
BOA
(119)
ACEITÁVEL
(82)
Abril/06
ÓTIMA
(140)
ÓTIMA
(138)
TABELA 10: VALORES E PONTUAÇÃO OBTIDOS PARA O ÍNDICE BMWP’-ASPT
APLICADO NOS DOIS PONTOS AMOSTRAIS E RESPECTIVAS CLASSIFICAÇÕES DA
QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO DO PINTO, MORRETES, PR.
BMWP’-ASPT
Ponto 1
Ponto 2
Abril/05
DUVIDOSA
(5,71)
DUVIDOSA
(5,14)
Julho/05
ÁGUA LIMPA
(6,21)
DUVIDOSA
(5,53)
Outubro/05
DUVIDOSA
(5,77)
DUVIDOSA
(5,33)
Fevereiro/06
DUVIDOSA
(5,95)
DUVIDOSA
(5,13)
Abril/06
ÁGUA LIMPA
(6,09)
ÁGUA LIMPA
(6)
19
TABELA 11: VALORES E PONTUAÇÃO OBTIDOS PARA O ÍNDICE EPT APLICADO NOS
DOIS PONTOS AMOSTRAIS E RESPECTIVAS CLASSIFICAÇÕES DA QUALIDADE DA
ÁGUA DO RIO DO PINTO, MORRETES, PR.
EPT
Ponto 1
Ponto 2
Abril/05
REGULAR
(29%)
BOA
(54%)
Julho/05
REGULAR
(35,38%)
REGULAR
(27,72%)
Outubro/05
BOA
(66,7%)
REGULAR
(44,64%)
Fevereiro/06
REGULAR
(37,24%)
REGULAR
(41,2%)
Abril/06
RUIM
(12,17%)
REGULAR
(42,44%)
TABELA 12: VALORES E PONTUAÇÃO OBTIDOS PARA O ÍNDICE HFBI APLICADO NOS
DOIS PONTOS AMOSTRAIS E RESPECTIVAS CLASSIFICAÇÕES DA QUALIDADE DA
ÁGUA DO RIO DO PINTO, MORRETES, PR.
HFBI
Ponto 1
Ponto 2
Abril/05
BOM
(4,59)
MUITO BOM
(4,2)
Julho/05
BOM
(4,64)
BOM
(4,66)
Outubro/05
MUITO BOM
(3,57)
BOM
(5,0)
Fevereiro/06
MUITO BOM
(4,19)
MUITO BOM
(3,57)
Abril/06
MODERADO
(5,6)
MUITO BOM
(4,22)
O HFBI, assim como o BMWP’, não foi um índice muito rigoroso para qualificar as
águas do sistema do rio do Pinto, considerando de “boa” à “muito boa” a qualidade no ponto
2 durante quase todo o período de amostragem (tabela 12).
Analisando a similaridade entre os escores dos índices bióticos agrupados em
quatro categorias diagnósticas (muito boa; boa; regular e ruim) , comparadas por período
20
amostral observou-se que no ponto 01 (Fig 6) os dois índices que apresentaram maior
similaridade foram o índice EPT e o BMWP’-ASPT (68,26%), por outro lado os índices
BMWP’-ASPT e HFBI apresentaram a menor similaridade (26,12%).
No ponto 02, (Fig 7) os índices EPT e BMWP apresentaram alta similaridade
(93,77%), sendo que o índice HFBI apresentou-se menos similar em relação aos outros
índices (53,23%). O grau de similaridade entre os índices foi maior no ponto 02 do que no
ponto 01.
FIGURA 6 : DENDOGRAMA DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) DOS ESCORES
PADRONIZADOS DOS ÍNDICES BIÓTICOS APLICADOS NO PONTO 01.
A análise de proporções dos taxa realizada entre os períodos amostrais dentro de
cada ponto, demonstrou uma diferença significativa entre todos os períodos em ambos os
pontos, exceto entre os períodos amostrais de abril e julho de 2005 no ponto 01.
Os grupos que se destacaram na proporção de taxa encontrados no ponto 01
(Tabela 13) foram Baetidae, Leptohyphidae, Blephareceridae, Chironominae, Elmidae,
Orthocladinae e Leptoceridae; e no ponto 02 foram Chironominae, Elmidae, Leptohyphidae,
Tanypodinae, Simuliidae, Hydropsychidae, Baetidae, Calopterygidae e Hydracarina. (Tabela
14).
21
FIGURA 7: DENDOGRAMA DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) DOS ESCORES
PADRONIZADOS DOS ÍNDICES BIÓTICOS APLICADOS NO PONTO 02.
TABELA 13: DADOS DA ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMUNIDADES DE
MACROINVERTEBRADOS COLETADOS NO RIO DO PINTO NOS CINCO PERÍODOS
AMOSTRAIS NO PONTO 01. * =P<0,05, () QUANDO A PROPORÇÃO DO TÁXON
AUMENTOU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PERÍODO, () QUANDO A PROPORÇÃO DO
TÁXON DIMINUIU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PERÍODO.
GL
χ
χχ
χ
2
TAXA
04/05 – 07/05 26 29,63*
04/05 – 10/05 25 64,65* Baetidae
Leptohyphidae
Chironominae
Orthocladinae
04/05 – 02/06 22 43,72*
Leptohyphidae
04/05 – 04/06
23 63,74*
Blephareceridae
Chironominae
Baetidae
Leptoceridae
Orthocladinae
07/05 – 10/05 23 51,51* Baetidae
Chironominae
07/05 – 02/06 20 39,40*
Leptohyphidae
Elmidae
Baetidae
07/05 – 04/06 20 50,10*
Chironominae Baetidae
10/05 – 02/06 20 56,23*
Chironominae
Elmidae
Baetidae
10/05 – 04/06 20 88,81*
Chironominae Baetidae
02/06 – 04/06 20 50,06*
Blephareceridae
Chironominae
Baetidae
Leptohyphidae
22
TABELA 14: DADOS DA ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMUNIDADES DE
MACROINVERTEBRADOS COLETADOS NO RIO DO PINTO NOS CINCO PERÍODOS
AMOSTRAIS NO PONTO 02. * =P<0,05, (
) QUANDO A PROPORÇÃO DO TÁXON
AUMENTOU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PERÍODO, () QUANDO A PROPORÇÃO DO
TÁXON DIMINUIU DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PERÍODO.
GL
χ
χχ
χ
2
TAXA
04/05 – 07/05
19
96,54
Chironominae
Elmidae
Leptohyphidae
Tanypodinae
Baetidae
Hydracarina
04/05 – 10/05 17 75,89
Chironominae
Simuliidae
Baetidae
Hydracarina
04/05 – 02/06 18 84,46
Elmidae
Hydropsychidae
Baetidae
Hydracarina
04/05 – 04/06 18 79,48
Elmidae Hydracarina
07/05 – 10/05 18 61,45 Baetidae
Simuliidae
Tanypodinae
Elmidae
07/05 – 02/06 17 46,52 Baetidae
Hydropsychidae
Chironominae
07/05 – 04/06 19 28,9 Baetidae
Tanypodinae
10/05 – 02/06
18
85,06
Calopterygidae
Hydropsychidae
Elmidae
Chironominae
Simuliidae
10/05 – 04/06 17 60,89
Elmidae Chironominae
Simuliidae
02/06 – 04/06 19 41,9
Hydropsychidae
Para o conjunto de dados amostrados existiu predominância de catadores e
raspadores em relação aos outros Grupos de Alimentação Funcional (GAF) (Tab. 15). O
ponto 1 para todos os GAF’s, apresentou predominância de indivíduos.
Ocorreu pequeno número de pastadores no ponto 1 em fevereiro de 2006 e em abril,
julho e outubro de 2005 no ponto amostral 2. O mesmo foi observado com raspadores no
ponto 2, em abril e outubro de 2005 e com filtradores no ponto 2 em quase todas as coletas.
23
TABELA 15: NÚMERO DE INDIVÍDUOS SEPARADOS POR GAF NOS DOIS PONTOS DO RIO
DO PINTO, MORRETES, PR, DURANTE O PERÍODO AMOSTRAL.
pastadores raspadores filtradores catadores
Ponto 1
Ponto 2
Ponto 1
Ponto 2
Ponto 1
Ponto 2
Ponto 1
Ponto 2
Abril/05 97 1 73 0 145 4 1661 145
Julho/05
21 1 43 8 53 1 661 344
Outubro/05
21 5 53 6 15 0 733 468
Fevereiro/06
1 16 22 14 10 0 765 187
Abril/06
19 10 182 39 7 5 1607 665
TOTAL
159 33 373 67 230 10 5427 1809
As condições ecológicas do rio do Pinto nos trechos analisados apresentam um
quadro de impacto em ambos os pontos amostrais. Todos os quatros indicadores ambientais
descritos pelos GAF’s sugerem um rio desestruturado (Tab. 16).
De acordo com os critérios utilizados no cálculo das proporções do GAF, os dois
pontos amostrais em todas as coletas foram caracterizados por um alto grau de heterotrofia.
Na amostragem de abril de 2005, no ponto 2, não foi possível determinar o parâmetro P/R
devido à ausência de raspadores.
A relação CPOM/FPOM (conexão entre a mata ripária e os fragmentadores que
transformam a MOPG em MOPF) indicou pobre relação no ponto 2 durante as coletas de
abril de 2005 e fevereiro de 2006 e em outubro de 2005 e fevereiro de 2006 em ambos os
pontos. O ponto 1 na coleta de abril de 2005 indicou baixa relação entre a mata ripária e os
fragmentadores e ausência dessa relação no ponto 2 em julho de 2005 e no ponto 1 em
fevereiro de 2006. Apenas o ponto 1 na coleta de julho de 2005 apresenta uma relação
normal (razão GAF de 0,28).
A oferta de MOPF em suspensão indicada pela razão TFPOM/BFPOM demonstrou
em todas as coletas e em ambos os pontos amostrados uma quantidade e qualidade abaixo
do esperado para suportar a população de filtradores e a estabilidade do substrato mostrou-
se inadequada durante todo o período do estudo.
24
TABELA 16: RESULTADO DA ANALISE DOS GAF’s NOS DOIS PONTOS DO RIO DO PINTO, MORRETES, PR,
DURANTE O PERÍODO AMOSTRAL, SEGUNDO CRITÉRIOS DE Cummins et al. (2005).
DATA
PONTO
PARÂMETRO DO ECOSSISTEMA
RAZÃO
GAF
VALOR
LIMITE
INTERPRETAÇÃO
Abril/05
1 P/R 0,04 > 0,75 EXTREMAMENTE HETEROTRÓFICO
2 P/R 149 > 0,75 ERRO!!!!!!
Julho/05
1 P/R 0,06 > 0,75 EXTREMAMENTE HETEROTRÓFICO
2 P/R 0,02 > 0,75 EXTREMAMENTE HETEROTRÓFICO
Outubro/05
1 P/R 0,07 > 0,75 EXTREMAMENTE HETEROTRÓFICO
2 P/R 0,01 > 0,75 EXTREMAMENTE HETEROTRÓFICO
Fevereiro/06
1 P/R 0,03 > 0,75 EXTREMAMENTE HETEROTRÓFICO
2 P/R 0,07 > 0,75 EXTREMAMENTE HETEROTRÓFICO
Abril/06
1 P/R 0,11 > 0,75 FORTEMENTE HETEROTRÓFICO
2 P/R 0,06 > 0,75 EXTREMAMENTE HETEROTRÓFICO
Abril/05
1 CPOM/FPOM 0,05 > 0,25 MUITO BAIXA RELAÇÃO ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
2 CPOM/FPOM 0,007 > 0,25 POBRE RELAÇÃO ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
Julho/05
1 CPOM/FPOM 0,28 > 0,25 RELAÇÃO NORMAL ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
2 CPOM/FPOM 0,003 > 0,25 SEM RELAÇÃO ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
Outubro/05
1 CPOM/FPOM 0,03 > 0,25 POBRE RELAÇÃO ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
2 CPOM/FPOM 0,01 > 0,25 POBRE RELAÇÃO ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
Fevereiro/06
1 CPOM/FPOM 0,001 > 0,25 SEM RELAÇÃO ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
2 CPOM/FPOM 0,08 > 0,25 POBRE RELAÇÃO ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
Abril/06
1 CPOM/FPOM 0,01 > 0,25 POBRE RELAÇÃO ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
2 CPOM/FPOM 0,02 > 0,25 POBRE RELAÇÃO ENTRE PASTADORES E MATA RIPÁRIA
Abril/05
1 TFPOM/BFPOM 0,09 > 0,50 POUCA MOPF EM SUSPENSÃO
2 TFPOM/BFPOM 0,03 > 0,50 MUITO POUCA MOPF EM SUSPENSÃO
Julho/05
1 TFPOM/BFPOM 0,08 > 0,50 POUCA MOPF EM SUSPENSÃO
2 TFPOM/BFPOM 0,003 > 0,50 NENHUMA MOPF EM SUSPENSÃO
Outubro/05
1 TFPOM/BFPOM 0,02 > 0,50 MUITO POUCA MOPF EM SUSPENSÃO
2 TFPOM/BFPOM 0 > 0,50 NENHUMA MOPF EM SUSPENSÃO
Fevereiro/06
1 TFPOM/BFPOM 0,01 > 0,50 MUITO POUCA MOPF EM SUSPENSÃO
2 TFPOM/BFPOM 0 > 0,50 NENHUMA MOPF EM SUSPENSÃO
Abril/06
1 TFPOM/BFPOM 0,004 > 0,50 NENHUMA MOPF EM SUSPENSÃO
2 TFPOM/BFPOM 0,07 > 0,50 POUCA MOPF EM SUSPENSÃO
Abril/05
1 ESTABILIDADE 0,12 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
2 ESTABILIDADE 0,03 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
Julho/05
1 ESTABILIDADE 0,14 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
2 ESTABILIDADE 0,03 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
Outubro/05
1 ESTABILIDADE 0,09 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
2 ESTABILIDADE 0,01 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
Fevereiro/06
1 ESTABILIDADE 0,04 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
2 ESTABILIDADE 0,07 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
Abril/06
1 ESTABILIDADE 0,12 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
2 ESTABILIDADE 0,07 > 0,50 ESTABILIDADE MUITO INADEQUADA
25
4. DISCUSSÃO
Nos últimos anos, existe um esforço no sentido de tornar o uso de ferramentas de
biomonitoramento mais eficiente para o diagnóstico das condições de recursos hídricos
(Buss et. al, 2003; Czerniawska-Kusza, 2005). Seu uso eficaz passa necessariamente pelo
melhor conhecimento do nível de importância de organismos-chave nos resultados de
índices bióticos, bem como dos processos que levam à distribuição e permanência dos
bioindicadores no ambiente.
A distribuição dos bioindicadores é determinada por uma série de fatores como
disponibilidade de alimento, características hidrológicas, aporte de nutrientes, tipo de
substrato, pressão de predação e distúrbios naturais ou antropogênicos, bem como pela
variação da qualidade da água, o que faz o uso de índices bióticos uma boa ferramenta na
avaliação da saúde destes recursos (Allan, 1995; Buss et.al, 2002; Buss et.al, 2004;
Gonçalves & Aranha, 2004; Silveira, 2004 e Baldan, 2006).
O rio do Pinto vem sendo estudado sob diversos aspectos, principalmente em relação
à verificação de sua qualidade hídrica. Baldan (2006) encontrou indícios de alterações nas
condições abióticas pelo registro de coliformes totais e fecais com freqüências crescentes ao
longo deste rio e por um aumento também crescente dos valores da DBO
5
e da DQO, o que
segundo Marques (2000) pode representar fontes de poluição orgânica. Estes dados não
foram corroborados neste estudo, porém a pequena sensibilidade dos equipamentos
utilizados nas análises e o menor mero de pontos amostrados podem ter comprometido
os resultados, não representando de forma evidente esta diferença. Outro fator é o custo
destas análises que dificultam uma amostragem mais freqüente. Neste sentido, as análises
feitas podem não ter sido suficientes para uma boa caracterização física e química do
ambiente.
Os valores encontrados para fosfatos foram superiores no ponto 1. Vários fatores
podem contribuir para valores mais elevados deste elemento no ambiente, inclusive as
próprias características geológicas do sedimento. Guimarães (com. pessoal, 2006) analisou
as concentrações de ortofosfato na água, sal associado a agrotóxicos, e não encontrou
indícios deste neste ponto.
O ponto 1 apresentou maior freqüência relativa dos organismos (75,65%), com
Chironomidae (27%) sendo o táxon de maior ocorrência, sendo que esta abundância pode
26
ser explicada pela grande capacidade de colonização deste grupo (Gonçalves & Aranha,
2004; Carvalho & Uieda, 2006) e por uma plasticidade na exigência de recursos (Obrdlik &
Garcia-Lozano, 1992; Strixino & Trivinho-Strixino, 1998). No ponto 2, que apresentou uma
menor freqüência relativa dos organismos (24,27%), ocorreu predomínio de Baetidae
(33%). A predominância do substrato areia nesse ponto pode estar favorecendo este grupo
que apresenta adaptações morfológicas para correntezas (Ribeiro & Uieda, 2005).
Baldan (2006) e Calado et al. (2006) trabalhando no mesmo rio obtiveram resultados
semelhantes. Baldan (2006) atribuiu a maior abundância de organismos no ponto 1 à maior
oferta de substratos heterogêneos e maior cobertura de mata ripária íntegra (oferecendo
maior aporte de matéria alóctone, servindo tanto de recurso alimentar quanto de substrato
para a comunidade. R
OQUE
et al. (2003) postularam que as áreas com maior cobertura
vegetal devem apresentar maior riqueza taxonômica. A menor freqüência de organismos no
ponto 2 pode estar relacionada à redução na vegetação ciliar, substituída por vegetação
arbustiva de origem exótica e menor oferta de substratos variados, com predominância de
areia, conforme afirmam B
UENO
et al. (2003).
Embora no mês de abril de 2005 tenha ocorrido a maior taxa de precipitação
pluviométrica acumulada (685 mm) e alta taxa de abundância de organismos em ambos os
pontos, com 2356 indivíduos encontrados, não foi observada uma relação entre a
precipitação pluviométrica com a abundância dos organismos uma vez que no s de abril
de 2006 existiu a menor taxa de precipitação pluviométrica (64,20 mm) com a maior
abundância total de organismos (2620). A maior abundância de taxa durante o mês de abril
em ambos os anos pode estar relacionada com o ciclo biológico dos organismos
amostrados, indicando período de recrutamento de novos indivíduos nas populações.
Na classificação da qualidade da água no ponto 01, o HFBI apresentou escores de BOM a
MUITO BOM, com exceção do mês de abril de 2006 (MODERADO), o que de certa forma
poderia ser esperado, uma vez que este ponto encontra-se em bom estado de conservação,
estando inserido em Área de Proteção Ambiental, com vegetação ripária e ciliar bem
preservada. No entanto, no ponto 2, que é um trecho que apresenta visível impacto
antrópico, os escores não refletiram essa realidade, obtendo-se escores semelhantes (de
BOM a MUITO BOM). Este índice foi desenvolvido para sistemas temperados e, até o
momento, não foram feitas adaptações para as bacias hidrográficas da América do Sul. Isto
27
desfavorece sua aplicação, uma vez que um número significativo de famílias encontradas
nos ambientes tropicais não é contemplado nesta avaliação de qualidade da água. Assim,
embora seja um índice quantitativo, o se apresenta como um índice consistente para as
análises em nossos ambientes. Pode-se citar o exemplo da inexistência de pontuação para
Gripopterigidae e Perlidae (Plecoptera) no HFBI, que representam as duas únicas famílias
registradas de Plecoptera para a nossa região (Olifiers et al., 2004), conhecidamente
classificadas como de alta sensibilidade (Czerniawska-Kusza, 2005 e Bispo, et al., 2006).
Taxa de baixa sensibilidade também não são incluídos. Pode-se citar como exemplo
Culicidae e Thaumaleidae, dípteras considerados tolerantes no BMWP (Alba-tecedor &
Sanchez-órtega, 1988) e representados no Brasil.
O ponto 01 foi classificado pelos índices EPT, BMWP’ e BMWP’-ASPT com uma
qualidade mediana. Plecoptera, bem como Ephemeroptera e Trichoptera, são considerados
grupos bastante sensíveis e amplamente utilizados na avaliação da qualidade d’água
(Czerniawska-Kusza, 2005). O índice EPT apresentou escores de RUIM a REGULAR, com
exceção da amostragem de outubro de 2005 que apresentou escore BOM, período com
regime de chuvas mais intenso, o que pode ser explicado pelo aumento da proporção
relativa de EPT (Bispo et al., 2001) na amostra geral, que tende a diminuir com o aumento
da vazão resultante das chuvas (Kikuchi & Uieda, 1998). Escores semelhantes foram
encontrados para BMWP’-ASPT.
O BMWP’, por outro lado, demonstrou excelentes escores para esse ponto, variando
de BOM a ÓTIMO, o que reflete melhor a condição observada. A similaridade entre EPT e
BMWP’-ASPT foi maior quando comparada ao BMWP’.
O ponto 02, por sua vez foi definido, no geral, por todos os índices, exceto pelo HFBI,
com qualidade ruim. Este ponto apresentou predominância de substrato areia e visível ação
antrópica com vegetação marginal arbustiva exótica, sob influência de estrada que corre
paralela ao seu leito. Apresenta águas com um odor característico e desagradável, tendo
ocorrido situações em que foram encontrados animais em decomposição no seu leito.
Embora os resultados obtidos pelos índices analisados sejam os esperados, é
importante levar em consideração alguns aspectos. Os escores de EPT, por exemplo, nesse
ponto mostram-se como regular, exceto em abril de 2005 que apresentou escore bom. O
limite de regular para bom na avaliação deste índice é de 50% e a proporção de EPT nessa
28
amostra foi de 54,31%. Poderíamos então determinar uma qualidade regular para esta
amostra. É necessário precaução, portanto, na categorização das classes de qualidade.
Ephemeroptera não é um grupo freqüente em areia devido à sua morfologia adaptada para
substratos consolidados, e desta forma, esta condição pode estar influenciando o resultado
do índice.BUENO et al. (2003) citaram a limitação deste tipo de substrato em relação à
distribuição dos organismos devido à escassez de refúgio e disponibilidade de alimento.
Considerando um melhor aproveitamento dos índices, podemos sugerir sua utilização em
substratos semelhantes.
Callisto et al.(2001) desenvolveram um Protocolo de Avaliação Rápida da
Diversidade de Hábitats (P.A.R.D.H.) . Este sistema apresenta critérios avaliados com
poucas possibilidades de pontuações, não refletindo pequenas variações do ambiente e não
possibilitando uma melhor determinação das diferenças entre os pontos. Baldan (2006)
aplicou o Protocolo de Avaliação pida da Diversidade de Hábitats - P.A.R.D.H. em cinco
diferentes pontos no rio do Pinto, caracterizando os pontos 1 e 2 como “naturais”, o que não
reflete as verdadeiras condições ecológicas do ponto 2. A autora considerou que este tipo
de análise não foi adequada. Devido a estas limitações, o P.A.R.D.H. não foi utilizado na
caracterização dos pontos amostrais neste trabalho.
Quando se avaliou a similaridade dos índices bióticos agrupados nas quatro
categorias diagnósticas do índice EPT para o primeiro e segundo ponto, o índice HFBI
mostrou-se com menor similaridade em relação aos outros índices analisados,
provavelmente pela falta de adaptação à fauna local. Este resultado corrobora
Semenchenko & Moroz (2005) em seu trabalho na Bielorrússia.
A análise de comparação de proporções sugeriu que as comunidades estão em
constante alteração, com grupos que aumentam ou diminuem sua ocorrência nos diferentes
períodos do ano. Seria razoável supor que tais alterações pudessem refletir nos resultados
obtidos pelos índices bióticos. No entanto, na maioria das vezes, não houve
correspondência entre eles. As diferenças nas proporções analisadas para o ponto 1,
corresponderam apenas nos índices EPT e HFBI e no ponto 2 apenas em HFBI. A
abordagem quantitativa destes índices pode estar mascarando os resultados uma vez que
os escores em EPT são obtidos pela razão relativa entre os EPT e o total da amostra,
enquanto HFBI trabalha com a proporção de cada grupo visando a obtenção do resultado.
29
Por um outro lado, é importante ressaltar que mesmo um decréscimo na proporção
dos taxa constituintes entre as amostras não reflete necessariamente uma mudança no
escore obtido para a avaliação da qualidade da água. Tomando por exemplo o índice EPT,
temos, pela análise de comparação de proporções uma diminuição na ocorrência dos taxa
do período de outubro de 2005 para o período de abril de 2006, sendo que o escore para
este índice também apresenta um decréscimo nesse período de 44,64% para 42,44%. No
entanto, o resultado da qualidade para esses valores em EPT é de qualidade “regular”.
Portanto, como mencionado acima, é preciso cautela na categorização das classes de
qualidade de água e as proporções das comunidades o refletem necessariamente os
escores obtidos.
A aplicação do protocolo de Grupos de Alimentação Funcional (GAF) classificou o rio
do Pinto como um sistema muito desestruturado. A razão entre autotrofia e heterotrofia (P/R)
apresentou o rio como extremamente heterotrófico nos dois pontos amostrais, fato
encontrado pelos autores do protocolo em 2005 neste mesmo sistema (Cummins et al.,
2005). No ponto 1 isto pode refletir a escassez de produção primária, uma vez que neste
ponto, por ser uma região de cabeceira apresenta maior aporte de energia de origem
alóctone (Vannote et al., 1980). Por outro lado, pode demonstrar qualidade ambiental no
ponto 2, onde já deveria existir maior produção secundária.
Os valores para CPOM/FPOM, ou seja, a razão entre Matéria Orgânica Particulada
Grossa (MOPG) e Matéria Orgânica Particulada Fina (MOPF), também apresentaram o rio
com pouca ligação entre o aporte de matéria vegetal oriunda da vegetação marginal e sua
associação com os pastadores. Essa relação foi praticamente ausente no segundo ponto
amostral, reflexo da ausência de mata ripária em boas condições e de mata ciliar neste
local, a qual foi substituída por Brachiaria sp. principalmente. Cummins et al. (2005)
encontraram o mesmo resultado.
A razão entre o transporte e a deposição de MOPF (TFPOM/BFPOM) apresentou o
processo de conversão de MOPG em MOPF pela ação de pastadores e de raspadores ao
longo do rio (Vannote et al., 1980). Espera-se que esse processo ocorra gradualmente
durante o percurso no sistema (Allan, 1995). Os resultados obtidos demonstraram, em
ambos os pontos, que a qualidade e disponibilidade de MOPF é muito baixa, o que pode
estar refletindo as condições de rio de serra do primeiro ponto em comparação com o canal
30
mais de várzea no segundo ponto. Este quadro mudou em relação aos resultados de
Cummins et al. (2005) que encontraram para o rio do Pinto uma boa qualidade de MOPF,
mas creditaram este fato à possibilidade de influência de chuvas antes das coletas. A
estabilidade do canal, que representa a permanência relativa dos componentes do
substrato, mostrou-se muito inadequada em quase todos os pontos. Cummins et al. (2005)
obtiveram um padrão de estabilidade adequada. O resultado encontrado nesse estudo pode
estar relacionado à característica do relevo, ou seja, predomínio de substratos rochas e
cascalho, com moderado declive que proporciona alta correnteza no ponto 1; e baixa
correnteza no ponto 2, também determinado pelas características de relevo; predominância
de substrato areia e pouco declive (Baldan, 2006), o que pode sugerir uma instabilidade
semelhante de substrato por razões distintas, uma vez que no trecho do ponto 1 espera-se
uma instabilidade por razões naturais, dadas pelas suas características de rio de serra
(declividade acentuada, maior correnteza, fundo pedregoso) em relação às características
de várzea do ponto 2, que apresenta um leito com predominância de areia e portanto sugere
uma instabilidade o natural de rio impactado. No entanto, uma comparação dos dados
deste estudo com o estudo realizado por Cummins et al. (2005) fica prejudicada uma vez
que os autores não determinaram em seu artigo qual o local (ou locais) de amostragem do
rio do Pinto. Considerando que o rio percorre aproximadamente 15 Km, a ausência desta
informação compromete os resultados, uma vez que o rio do Pinto, ao longo do seu canal,
mostra-se com diferentes paisagens, estruturas sedimentares e distintos graus de impacto
antrópico. A escolha dos locais e da quantidade dos pontos amostrados em um trabalho
deste tipo pode influenciar seu resultado.
31
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existe ainda uma escassez de estudos no teste de desempenho de índices bióticos
no Brasil, embora trabalhos de adaptações, correções, comparações com parâmetros físicos
e químicos sejam abundantes.
Foi constatado que dos índices bióticos, o HFBI é o que menos reflete as condições
de qualidade de água nesta região e não um único índice biótico indicado, uma vez que
todos apresentam inconsistências na comparação dos valores de qualidade de água obtidos
e a estrutura da composição faunística em cada ponto e período amostrado. Estima-se que
a inclusão, no índice HFBI, dos
grupos sensíveis da fauna local possa otimizar sua análise
para estes corpos d’água.
O protocolo de grupos de alimentação funcional revelou um rio desestruturado na
porção sobre influência antrópica, embora esse tipo de protocolo deva apresentar um
número maior de pontos amostrais e intervalos de coletas menores, minimizando assim
possíveis influências sazonais nos resultados.
32
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Janeiro
39
ANEXOS
40
ANEXO I
TABELA DE PONTUAÇÃO DO GRAU DE TOLERÂNCIA PARA OS GRUPOS DE
MACROINVERBRADOS SEGUNDO O ÍNDICE “BIOLOGICAL MONITORING WORK
PARTY SYSTEM”
Famílias
Pontuação
Siphlonuridae, Heptageniidae, Leptophlebiidae, Potamanathidae, Ephemeridae, Taeniopterygidae,
Leuctridae, Capniidae, Perlodidae, Perlidae, Chloroperlidae, Aphelocheridae, Phryganidae,
Molannidae, Beraeidae, Odontoceridae, Leptoceridae, Goeridae, Leptodostomatidae,
Brachycentridae, Sericostomatidae, Athericidae, Blephareceridae, Calamoceratidae,
Helicopsychidae, Megapodagrionidae
10
Astacidae, Lestidae, Calopterygidae, Gomphidae, Cordulegastridae, Aeshnidae, Corduliidae,
Libellulidae, Psychomyidae, Philopotamidae, Glossosomatidae
8
Ephemerellidae, Prosopistomatidae, Nemouridae, Grypopterygidae, Rhyacophilidae,
Polycentropodidae, Limnephelidae, Ecnomidae, Hydrobiosidae, Pyralidae, Psephenidae
7
Neritidae, Viviparidae, Ancylidae, Thiaridae, Unionidae, Mycetopodidae, Hyriidae, Corophilidae,
Gammaridae, Hyalellidae, Atyidae, Palaemonidae, Trichodactilidae, Platycnemididae,
Coenagrionidae, Leptohyphidae
6
Oligoneuridae, Polymitarcidae,Dryopidae, Elmidae (Elminthidae), Helophoridae, Hydrochidae,
Hydraenidae, Clambidae, Hydropsichidae, Tipulidae, Simluiidae, Planariidae, Dendrocoelidae,
Dugesiidae, Aeglidae
5
Baetidae, Caenidae, Haliplidae, Curculionidae, Chrysomelidae, Tabanidae, Stratiomyidae,
Empididae, Dolichodidae, Dixidae, Ceratopogonidae, Anthomyiidae, Limoniidae, Psychodidae,
Sciomyzidae, Rhagionidae, Syalidae, Corydalidae, Hydracarina
4
Mesoveliidae, Hydrometridae, Gerridae, Nepidae, Naucoridae,Limnocoridae, Pleidae,
Notonectidae, Corixidae, Veliidae,Helodidae, Hydrophilidae, Hygrobiidae, Dytiscidae, Gyrinidae,
Valvatidae, Hydrobiidae, Lymnaeidae, Physide, Planorbidae, Bythinellidae, Sphaeridae,
Glossiphonidae, Hirudidae, Erphobdeliidae, Asellidae, Ostracoda
3
Chironomidae, Culicidae, Ephydridae, Thaumaleidae 2
Oligochaeta (todas as classes), Syrphidae 1
41
ANEXO II
TABELA COM VALORES DOS ESCORES DE SENSIBILIDADE PARA AS FAMÍLIAS
SEGUNDO HILSENHOFF FIELD BIOTIC INDEX (FOX, 2000).
Plecoptera
Trichoptera
Amphipoda
Capniidae 1 Brachycentridae 1 Gammaridae 4
Chloroperlidae 1 Calamoceratidae 3 Hyalellidae 8
Leuctridae 0 Glossosomatidae 0 Talitridae 8
Nemouridae 2 Helicopsychidae 3
Perlidae 1 Hydropsychidae 4
Isopoda
Perlodidae 2 Hydroptilidae 4 Asellidae 8
Pteronarcyidae 0 Lepidostomatidae 1
Taeniopterygidae 2 Leptoceridae 4
Decapoda
6
Limnephilidae 4
Ephemeroptera
Molannidae 6
Acariformes
4
Baetidae 4 Odontoceridae 0
Baetiscidae 3 Philpotamidae 3
Mollusca
Caenidae 7 Phryganeidae 4 Lymnaeidae 6
Ephemerellidae 1 Polycentropodidae 6 Physidae 8
Ephemeridae 4 Psychomyiidae 2 Sphaeridae 8
Heptageniidae 4 Rhyacophilidae 0
Leptophlebiidae 2 Sericostomatidae 3
Oligochaeta
8
Metretopodidae 2 Uenoidae 3
Oligoneuriidae 2
Hirudinea
Polymitarcyidae 2
Diptera
Bdellidae 10
Potomanthidae 4 Athericidae 2 Helobdella 10
Siphlonuridae 7 Blephariceridae 0
Tricorythidae 4 Ceratopogonidae 6
Polychaeta
Chironomini 8 Sabellidae 6
Odonata
Outros Chironomidae 6
Aeshnidae 3 Dolochopodidae 4
Turbellaria
4
Calopterygidae 5 Empididae 6 Platyhelminthidae 4
Coenagrionidae 9 Ephydridae 6
Cordulegastridae 3 Muscidae 6
Coelenterata
Corduliidae 5 Psychodidae 10 Hydridae
Gomphidae 1 Simuliidae 6 Hydra sp. 5
Lestidae 9 Syrphidae 10
Libellulidae 9 Tabanidae 6
Macromiidae 3 Tipulidae 3
Megaloptera
Coleoptera
Corydalidae 0 Dryopidae 5
Sialidae 4 Elmidae 4
Psephenidae 4
Lepidoptera
Pyralidae 5
Collembola
Isotomurus sp. 5
Neuroptera
Sisyridae
Climacia sp. 5
42
ANEXO III
LISTA DE TAXA
PONTO 01
04/05 04/05% 07/05 07/05% 10/05 10/05% 02/06 02/06% 04/06 04/06%
Aeshinidae 1 0,11% 1 0,05%
Belostomatidae 2 0,22%
Baetidae 243 11,46% 126 13,80% 395 45,66% 113 13, 80% 16 0,86%
Bivalvia_(pelecypode) 1 0,11%
Blephareceridae 18 0,85% 25 2,74% 33 3,81% 1 0,12% 144 7,77%
Caenidae 5 0,24% 1 0,11% 1 0,12% 5 0,27%
Calamoceratidae 77 3,63% 7 0,77% 1 0,12% 10 0,54%
Calopterygidae 3 0,33% 2 0,23% 1 0,05%
Ceratopogonidae 14 0,66% 22 2,41% 4 0,46% 1 0,12% 1 0,05%
Chironominae 356 16,78% 221 24,21% 61 7,05% 180 21,98% 961 51,86%
Coenagrionidae 9 0,42% 5 0,55% 1 0,12%
Corydalidae 3 0,14% 1 0,11% 3 0,35%
Curculionidae 1 0,05%
Dryopidae 1 0,05%
Dulgesiidae 3 0,14%
Ecnomidae 1 0,05% 1 0,11%
Elmidae 339 15,98% 69 7,56% 84 9,71% 211 25,76% 303 16,35%
Empididae 4 0,19%
Farrodes 4 0,19%
Gastropoda 1 0,05%
Glossosomatidae 27 1,27% 4 0,44% 2 0,24% 3 0,16%
Gomphidae 1 0,11%
Gripopterygidae 17 0,80% 14 1,53% 20 2,31% 1 0,12% 9 0,48%
Gyrinidae 1 0,05%
Helicopsychidae 3 0,14% 6 0,66% 2 0,24%
Hydracarina 31 1,46% 4 0,44% 1 0,12% 1 0,054%
Hydrobiosidae 5 0,24% 2 0,11%
Hydrophilidae 43 2,03% 29 3,18% 12 1,39% 1 0,12% 16 0,86%
Hydropsychidae 68 3,21% 20 2,19% 31 3,58% 2 0,24% 46 2,48%
Hydroptilidae 9 0,42%
Helicopsydae 7 0,85%
Leptoceridae 145 6,84% 53 5,80% 15 1,73% 10 1,22% 7 0,38%
Leptohyphidae 35 1,65% 52 5,69% 87 10,06% 158 19,29% 111 5,99%
Leptophebiidae 2 0,22% 11 1,27% 1 0,12% 7 0,38%
Libellulidae 6 0,28% 1 0,11% 3 0,16%
Lutrochidae 6 0,28% 3 0,16%
Miroculis 22 1,04%
Megapodagrionidae 1 0,11% 1 0,12%
Naucoridae 7 0,33% 1 0,11% 5 0,61%
Nematoda 1 0,05%
Oligochaeta 19 0,90% 6 0,69% 6 0,73% 10 0,54%
Orthocladinae 251 11,83% 79 8,67% 25 2,89% 35 4,27% 57 3,08%
Perilestidae 1 0,05%
Perlidae 20 0,94% 7 0,17% 17 1,97% 8 0,98% 5 0,27%
Phylopotamidae 22 1,04% 2 0,23% 2 0,24% 4 0,22%
Polycentropodidae 1 0,05%
Ppsephenidae 15 0,71% 8 0,88% 1 0,12% 12 1,47% 1 0,05%
Psychodidae 58 2,73%
Simuliidae 17 0,80% 19 2,08% 43 4,97% 6 0,73% 72 3,89%
Tanypodinae 95 4,48% 49 5,37% 4 0,46% 40 4,88% 40 2,16%
Tassimidae 2 0,22%
Tipulidae 7 0,33% 41 4,49% 5 0,58% 8 0,98% 10 0,54%
Traverhyphes 39 1,89%
Trichodactilidae 1 0,05%
Trichorytopsis 61 2,88%
Trycorythodes 6 0,28%
Ulmerithoides 1 0,05%
Veliidae 4 0,19% 35 3,83% 1 0,12% 5 0,61% 2 0,11%
TOTAL AMOSTRA 2121 913 865 819 1853
43
PONTO 02
04/05
04/05 %
07/05
07/ 05 %
10/05
10/05 %
02/06
02/06 %
04/06
04/06 %
Belostomatidae 1 0,4 % 1 0,13 %
Baetidae 113 48,71 %
79 20,52 %
183 37,27 %
59 23,6 % 261 34,89 %
Bivalvia_(pelecypode)
1 0,26 %
Blephareceridae 1 0,26 % 4 0,53 %
Calamoceratidae 8 3,2 % 5 0,67 %
Calopterygidae 5 2,16 % 4 1,04 % 1 0,20 % 15 6 % 3 0,40 %
Ceratopogonidae 1 0,20 % 1 0,4 %
Chironominae 13 5,60 % 57 14,81 %
101 20,57 %
11 4,4 % 49 6,55 %
Coenagrionidae 2 0,27 %
Corydalidae 1 0,13 %
Dryopidae 1 0,13 %
Dulgesiidae 1 0,20 % 5 0,67 %
Dytiscidae 1 0,13 %
Elmidae 6 2,59 % 108 28,05 %
13 2,64 % 58 23,2 % 259 34,63 %
Gastropoda 1 0,26 %
Gerridae 2 0,52 %
Glossosomatidae 1 0,26 % 8 3,2 %
Gomphidae 4 1,72 % 1 0,20 % 1 0,13 %
Gripopterygidae 5 1,02 % 4 0,53 %
Gyrinidae 1 0,43 % 1 0,20 %
Hydracarina 64 27,59 %
1 0,26 %
Hydrobiosidae 1 0,13 %
Hydrophilidae 2 0,52 % 3 0,40 %
Hydropsychidae 9 3,88 % 16 3,26 % 31 12,4 % 11 1,47 %
Hydroptilidae 3 0,40 %
Lleptoceridae 4 1,72 % 1 0,26 % 5 0,67 %
Leptohyphidae 23 5,97 % 19 3,87 % 5 2 % 29 3,88 %
Leptophebiidae 1 0,26 % 1 0,20 % 5 0,67 %
Libellulidae 1 0,43 % 1 0,4 %
Oligochaeta 3 1,29 % 17 4,42 % 7 1,46 % 2 0,8 % 13 1,74 %
Orthocladinae 16 4,16 % 9 1,83 % 11 4,4 % 31 4,14 %
Palaemonidae 1 0,43 % 1 0,26 % 8 3,2 %
Platelminte 1 0,26 % 2 0,8 %
Perlidae 3 0,40 %
Phylopotamidae 3 0,61 % 2 0,27 %
Psephenidae 5 1,30 % 4 0,81 % 6 2,4 %
Psychodidae 19 2,54 %
Simuliidae 13 3,38 % 117 23,83 %
2 0,8 % 18 2,41 %
Tanypodinae 1 0,43 % 29 7,53 % 2 0,41 % 7 2,8 % 1 0,13 %
Tipulidae 4 1,72 % 17 4,42 % 5 1,02 % 2 0,8 % 3 0,40 %
Veliidae 3 1,29 % 4 1,04 % 1 0,20 % 12 4,8 % 4 0,53 %
TOTAL AMOSTRA 232 385 491 250 748
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