Download PDF
ads:
SAMUEL MAZZINGHY ALVARENGA
CARACTERIZAÇÃO DE SEQÜÊNCIAS EXPRESSAS DO
GENOMA CAFÉ POTENCIALMENTE RELACIONADAS
COM A RESISTÊNCIA A DOENÇAS
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Viçosa, como parte das exigências
do Programa de Pós-Graduação em Genética
e Melhoramento, para obtenção do título de
Magister Scientiae.
VIÇOSA
MINAS GERAIS – BRASIL
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e
Classificação da Biblioteca Central da UFV
T
Alvarenga, Samuel Mazzinghy , 1981-
A473c Caracterização de seqüências expressas do genoma café
2007 potencialmente relacionadas com a resistência a doenças /
Samuel Mazzinghy Alvarenga. – Viçosa, MG, 2007.
xiv, 107f. : il. (algumas col.) ; 29cm.
Orientador: Ney Sussumu Sakiyama.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de
Viçosa.
Inclui bibliografia.
1. Café - Genética. 2. Genética molecular. 3. Marcadores
genéticos. 4. Seqüenciamento de nucleotídeo. 5. Café -
Resistência a doenças e pragas. 6. Bioinformática.
I. Universidade Federal de Viçosa. II.Título.
CDD 22.ed. 633.732
ads:
i
SAMUEL MAZZINGHY ALVARENGA
CARACTERIZAÇÃO DE SEQÜÊNCIAS EXPRESSAS DO
GENOMA CAFÉ POTENCIALMENTE RELACIONADAS
COM A RESISTÊNCIA A DOENÇAS
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Viçosa, como parte das exigências
do Programa de Pós-Graduação em Genética
e Melhoramento, para obtenção do título de
Magister Scientiae.
APROVADA: 16 de julho de 2007
______________________
Prof. Ney Sussumu Sakiyama
(Orientador)
______________________
Pesq. Eveline Teixeira Caixeta
(Co-Orientadora)
______________________
Pesq. Eunize Maciel Zambolim
(Co-Orientadora)
______________________
Pesq. Felipe Rodrigues da
Silva
______________________
Prof. Cosme Damião Cruz
ii
“Você faz suas escolhas, e as suas escolhas fazem você”.
Steve Beckman
iii
Aos meus pais, Aurelino Ferreira Alvarenga e Maria de Jesus
Mazzinghy Alvarenga, dedico.
iv
AGRADECIMENTOS
À Deus, pela vida em abundância, pela saúde, pela força que tem me
dado e pela sua presença em TODOS os momentos.
À Universidade Federal de Viçosa e ao Programa de Pós Graduação em
Genética e Melhoramento, pela oportunidade de realizar esse curso.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES) pela concessão da bolsa.
Ao Professor Ney Sakiyama, pela orientação, pelas nossas longas e
ricas conversas, pelo exemplo de vida e por ter acreditado em mim.
À Doutora Eveline Caixeta, pela amizade, pelos ensinamentos, por sua
paciência, e por ter confiado a mim a execução desse trabalho.
À Doutora Eunize Zambolim, pelos conselhos, pela amizade e por estar
sempre pronta a ajudar.
Ao Professor Cosme, pelas críticas e sugestões no aperfeiçoamento
desse trabalho.
Ao Doutor Felipe Rodrigues da Silva, com quem pude aprender muito
sobre Bioinformática e Genômica, pela suas sugestões e colaboração com
esse trabalho.
Aos amigos do Laboratório de Biotecnologia do Cafeeiro (BIOCAFÉ),
onde tive a oportunidade de realizar esse trabalho, pela amizade, brincadeiras
v
e festas, pelo convívio super agradável, pelos ensinamentos e pelo apoio
durante esse tempo.
Aos meus grandes amigos Paulinho Monteiro, Marlon Pereira, Eduardo
Franklin, Felipe Louback e Fernanda Lelis, pela amizade incondicional, por me
fazerem acreditar em mim e pelo apoio nas horas difíceis.
Aos meus amigos da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV),
especialmente Márcio Veríssimo, Alisson Xavier, Frederico Prado, Jeanne
Scardini, Ana Carolina Camargo, Juliano Pinheiro, e Paulo Alexandre Lobato,
pelo convívio, pelas boas influências, pelas orações e por me fazerem sentir
especial e importante.
Ao Zilbinho e à Marô, meus discipuladores, pelas conversas, pelos
conselhos, pelo carinho e pela amizade.
Aos meus amigos do curso de Genética e Melhoramento, em especial
Maíra Freire, Salvador Lima, Janaína Melo e Ramon de Almeida, pelo
companheirismo, pela ajuda nas disciplinas cursadas e pela troca de
experiências.
A todos os meus companheiros de república, Ti-Burga, Lulu, Andrezón,
Tonhão e Fabão, pela amizade e pelos momentos de descontração.
Aos meus pais, pelo apoio, pelo compromisso comigo, por nunca
deixarem faltar nada, pelos conselhos, pelas orações e pela atenção.
Ao meu irmão Áquila e sua esposa Mirella, pelo carinho, preocupação e
companheirismo.
A todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização desse
trabalho.
Muito obrigado !
vi
BIOGRAFIA
Samuel Mazzinghy Alvarenga, filho de Aurelino Ferreira Alvarenga e
Maria de Jesus Mazzinghy Alvarenga, nasceu em Teófilo Otoni, Minas Gerais,
no dia cinco de Agosto de 1981.
Em Março de 2000 ingressou no curso de Ciências Biológicas na
Universidade Federal de Viçosa, graduanduo-se em janeiro de 2005, como
Bacharel em Ciências Biológicas.
Em Agosto de 2005 ingressou no Programa de Pós-Graduação, em nível
de Mestrado, em Genética e Melhoramento da UFV, submeteu-se à defesa de
dissertação em Julho de 2007.
vii
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................ IX
RESUMO.......................................................................................................... XI
ABSTRACT.................................................................................................... XIII
1. INTRODUÇÃO GERAL..................................................................................1
1.1. GENÔMICA EM PLANTAS ............................................................................................................ 3
1.2. BIOINFORMÁTICA .......................................................................................................................... 5
1.2.1. BANCOS DE DADOS.............................................................................................................. 6
1.2.2. BUSCA DE SEQÜÊNCIAS..................................................................................................... 7
1.2.3. BIOINFORMÁTICA NO PROJETO BRASILEIRO DO GENOMA CAFÉ........................ 8
1.3. MARCADORES MOLECULARES NO MELHORAMENTO DE PLANTAS ......................... 11
1.3.1. TIPOS DE MARCADORES MOLECULARES................................................................... 11
1.3.2. MARCADOES MOLECULARES NO MELHORAMENTO DO CAFEEIRO.................. 13
1.4. GENES DE RESISTÊNCIA A DOENÇAS.................................................................................. 15
1.4.1. REGIÃO NBS.......................................................................................................................... 19
1.4.2. REGIÃO LRR .......................................................................................................................... 20
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................22
CAPÍTULO 1....................................................................................................45
IDENTIFICAÇÃO DE SEQÜÊNCIAS EXPRESSAS DO GENOMA DO CAFÉ
POTENCIALMENTE ASSOCIADAS COM A RESISTÊNCIA A DOENÇAS...45
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 46
2. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................................. 47
2.1. Base de dados .......................................................................................................................... 47
viii
2.2. Estratégias de mineração ...................................................................................................... 47
2.2.1. Electronic Northern ......................................................................................................... 47
2.2.2. Palavras-Chave................................................................................................................. 49
2.2.3. Seqüências Publicadas .................................................................................................. 51
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................................... 52
3.1 Electronic Northern .................................................................................................................. 52
3.2. Palavras-chave ......................................................................................................................... 56
3.3. Seqüências publicadas .......................................................................................................... 84
4. CONCLUSÃO..................................................................................................................................... 87
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................... 88
CAPÍTULO 2....................................................................................................94
MARCADORES MOLECULARES DERIVADOS DE SEQÜÊNCIAS
EXPRESSAS DO GENOMA DO CAFÉ POTENCIALMENTE ENVOLVIDAS
NA RESISTÊNCIA À FERRUGEM ..................................................................94
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 95
2. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................................. 96
2.1. Material Vegetal e Extração de DNA ................................................................................... 96
2.2. Seqüências do Banco de Dados do PBGC........................................................................ 97
2.3. Desenvolvimento de Marcadores Moleculares ................................................................ 97
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................................... 98
4. CONCLUSÃO................................................................................................................................... 104
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................. 105
ix
LISTA DE ABREVIATURAS
AFLP: Amplified Fragment Length Polymorphism.
BAC: Bacterial Artificial Chromosome.
BIOCAFÉ: Laboratório de Biotecnologia do Cafeeiro.
BLAST: Basic Local Alignment Search Tool.
CAPES: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
CBD: Coffee Berry Disease.
CBP&D-Café: Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.
CC: Coiled Coil.
CENARGEN: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
CIFC: Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro.
dbEST: EST database.
EMBRAPA: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
EPAMIG: Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais.
EST: Expressed Sequence Tag.
FAPESP: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
FISH: Fluorescent In Situ Hybridization.
GENOLYPTUS: Rede Brasileira de pesquisa do Genoma do Eucalyptus.
GISH: Genomic In Situ Hybridization.
HSP: Heat Shock Protein.
IPV: Igreja Presbiteriana de Viçosa.
ITS: Internal Transcribed Spacer.
LGE: Laboratório de Genômica e Expressão.
LRR: Leucine Rich Repeats.
LZ: Leucine Zipper.
x
NBS: Nucleotide Binding Site.
NCBI: National Center for Biotechnology Information.
NR: Non Redundant.
OMIM: Online Mendelian Inheritance in Man.
ONSA: Organization for Nucleotide Sequencing and Analysis.
PBGC: Projeto Brasileiro do Genoma Café.
PCR: Polymerase Chain Reaction.
PFP: Hypertext Preprocessor.
PlantGDB: Plant Genome DataBase.
QTL: Quantitative Trait Loci.
RAPD: Random Amplified Polymorphic DNA.
RFLP: Restriction Fragment Length Polymorphism.
RGA: Resistance Gene Analog.
SCAR: Sequence Characterized Amplified Regions.
SNP: Single Nucleotide Polymorphism.
SRAP: Sequence Related Amplified Polymorphism.
SSAP: Sequence Specific Amplification Polymorphism.
SSR: Simple Sequence Repeat.
STS: Sequence Tagged Sites.
SUCEST: Sugar Cane EST Genome Project.
TIR: Toll/Interleukin-1 Receptor-like.
TMV: Tobacco Mosaic Vírus.
TRAP: Target Region Amplification Polymorphism.
UFV: Universidade Federal de Viçosa.
VNTR: Variable Number of Tandem Repeats.
xi
RESUMO
ALVARENGA, Samuel Mazzinghy, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa,
julho de 2007. Caracterização de seqüências expressas do genoma ca
potencialmente relacionadas com a resistência a doenças. Orientador:
Ney Sussumu Sakiyama. Co-orientadoras: Eveline Teixeira Caixeta e
Eunize Maciel Zambolim.
Seqüências potencialmente envolvidas na resistência do cafeeiro a doenças
foram identificadas, por meio de análise in silico, a partir das informações
geradas pelo Projeto Brasileiro do Genoma Café (PBGC). Para isso foram
usadas três estratégias. Inicialmente, palavras-chave correspondentes a
termos relacionados aos mecanismos de resistência de plantas a patógenos
foram identificadas na literatura e utilizadas como “iscas” para a mineração dos
dados. Com o auxílio de ferramentas disponíveis na plataforma de
bioinformática do PBGC, foram identificadas ESTs (Expressed Sequence Tags)
relacionadas a cada uma destas palavras. Outra estratégia utilizada foi a busca
por similaridades entre algumas seqüências públicas envolvidas com a
resistência do cafeeiro a doenças com as seqüências do PBGC, por meio do
programa BLAST. Utilizou-se, também, o Electronic Northern, uma ferramenta
desenvolvida pelo Laboratório de Genômica e Expressão (LGE). A mineração,
usando as três estratégias, identificou 14.060 seqüências do PBGC. Essas
seqüências apresentaram similaridade com proteínas conhecidamente
relacionadas com o processo de defesa da planta contra doenças como, por
exemplo, quitinase, proteína quinase, citocromo P450, proteína de resistência a
doenças, proteína relacionada com patogênese, proteínas com domínio LRR e
NBS, proteínas induzidas por hipersensibilidade, entre outras. Os processos
biológicos com os quais essas seqüências estão envolvidas incluíram
metabolismo, transporte, regulação da transcrição, enovelamento de proteínas,
biossíntese entre outros. A análise global baseada em ontologia de função
molecular das seqüências obtidas mostrou que os genes estão envolvidos com
metabolismo, resposta a estímulos externos, diferenciação celular, ligação a
ácidos nucléicos, ligação a nucleotídeos, resposta de defesa, apoptose entre
xii
outras. Visando verificar o envolvimento destas seqüências com a resistência
do cafeeiro à ferrugem foram desenhados 40 primers para amplificar algumas
das seqüências mineradas. Os primers foram desenhados com o programa
computacional Primer3 e a estabilidade desses foi verificada por meio do
programa PrimerSelect. Diferentes concentrações dos componentes da reação
de PCR foram analisadas. Utilizando as condições de reação e amplificação
otimizadas, os 40 primers foram testados em 12 genótipos resistentes e 12
susceptíveis a Hemileia vastatrix, fungo causador da ferrugem. Vinte e nove
destes 40 primers resultaram em bandas únicas e bem definidas, sendo um
polimórfico. Este trabalho permitiu obter, até o momento, um marcador
molecular polimórfico entre os indivíduos resistentes e susceptíveis. Esse
marcador, denominado CARF 005, amplifica uma região do DNA que
corresponde a uma ORF parcial de Coffea arabica que codifica uma proteína
de resistência a doenças.
xiii
ABSTRACT
ALVARENGA, Samuel Mazzinghy, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa,
July, 2007. Caracterization of expressed sequences from coffee
genome potentially related with the resistance to diseases. Adviser: Ney
Sussumu Sakiyama. Co-advisers: Eveline Teixeira Caixeta and Eunize
Maciel Zambolim.
Sequences potentially involved with the coffee resistance were identified, by
in silico analyses, using information generated by the Projeto Brasileiro do
Genoma Café (PBGC). For that, three strategies were used. Initially, keywords
related to the plants resistance mechanism to pathogens were searched in
scientific literature and used as drivers for data mining. Using the available tools
at the PBGC bioinformatics
platform, ESTs (Expressed Sequence Tags) related
to each one of these words were identified. The search for similarities between
some published sequences and sequences from the PBGC, by using the
BLAST program was another strategy. The Electronic Northern, a tool
developed by the Laboratório de Genômica e Expressão (LGE), was also used.
Those strategies allowed the identification of 14,060 sequences of the PBGC.
These sequences were similar to proteins known to be related to de plant
disease defense process, for instance chitinase, kinase protein, cytochrome
P450, disease resistance protein, pathogenesis related protein, LRR and NBS
proteins, hypersensibility induced protein among others. The biological
processes with witch these sequences are involved included metabolism,
transport, transcription regulation, protein folding, biosynthesis and others. The
ontology-based global analysis for molecular function showed that the genes
are involved with metabolism, external stimulus response, cellular
differentiation, nucleic acid binding, nucleotide binding, defense response,
apoptosis and others. Aiming to verify the involvement of these sequences with
the coffee tree resistance to leaf rust, 40 primers were designed to amplify the
mined sequences. The primers were synthesized using the computational
program Primer3 and their stability was tested by the program PrimerSelect.
Different PCR conditions were tested. Using optimized reaction and
xiv
amplification conditions, those 40 primers were tested in 12 resistant and 12
susceptible genotypes to Hemileia vastatrix, fungus that causes coffee leaf rust.
Twenty nine of those resulted in unique and sharp bands, and only one of these
was polymorphic. The 40 primers permitted to find one molecular marker
polymorphic between the resistant and susceptible genotypes. This marker
amplifies a region of the DNA which corresponds to a Coffea Arabica ORF for
disease resistance protein.
1
1. INTRODUÇÃO GERAL
O café, produzido em mais de 60 países, é um dos mais importantes
produtos de exportação mundial, movimentando US$10-12 bilhões por ano. Em
2004, os cinco maiores países produtores responderam por 64,5% da produção
mundial. O Brasil, na primeira posição, respondeu por uma participação de
31,80%, três vezes maior do que a dos concorrentes mais próximos: Vietnã
(10,49%), Indonésia (9,10%) e Colômbia (8,78%) (Siqueira, 2005).
O cafeeiro pertence ao subgênero Coffea, família Rubiaceae, formado
por cerca de 100 espécies conhecidas. Das espécies cultivadas, Coffea arabica
(café arábica) e Coffea canephora (café robusta) são as mais importantes
economicamente, sendo o primeiro responsável por 70% da produção mundial
e 99% da produção da América Latina (Dolzan, 2005).
A produção do café, no entanto, é freqüentemente afetada por doenças
e pragas que ocorrem durante praticamente todo o ciclo. Dentre as doenças
que ocorrem no cafeeiro, a ferrugem é a mais importante, por causar grandes
prejuízos para a cafeicultura. Ela ocorre em todas as regiões produtoras de
café no Brasil e na América Central (Carvalho e Chalfoun, 2005). Na ausência
de controle químico, a ferrugem do cafeeiro pode causar perdas em torno de
35% na produção (Zambolim et al., 2005).
O agente etiológico da ferrugem é o fungo biotrófico Hemileia vastatrix
Berk. et Br., que sobrevive na forma de raças. No Centro de Investigação das
Ferrugens do Cafeeiro (CIFC), Oeiras, Portugal, foram biologicamente
caracterizadas mais de quarenta e cinco raças que atacam os cafeeiros
2
(Várzea e Marques, 2005), enquanto que no Brasil foram encontradas 12
(Cardoso et al.,1988).
Atualmente, a principal forma de controle da ferrugem é por meio de
fungicidas. Embora potencialmente eficiente, o controle químico é um método
oneroso para ser adotado pelos produtores, sem falar nos riscos aos quais eles
e o ambiente estão sujeitos. Nesse contexto, o desenvolvimento de cultivares
resistentes se torna o melhor método de controle, pois é econômico, eficiente e
não causa danos ao meio ambiente (Zambolim et al., 2005).
Todavia, os grandes esforços despendidos para a obtenção de cultivares
resistentes por meio dos programas convencionais de melhoramento têm
mostrado um progresso lento (Vieira et al., 2005). Várias dificuldades podem
ser observadas, como por exemplo, o ciclo longo do cafeeiro; a baixa
variabilidade genética dentro das espécies de interesse comercial; o alto custo
dos ensaios de campo; a necessidade de avaliar vários anos de produções
consecutivas para conhecer a capacidade produtiva a longo prazo; e a falta de
marcadores genéticos disponíveis. Além disso, existe ainda a possibilidade da
resistência do cultivar ser suplantada pela grande variabilidade genética do
patógeno (Zambolim et al., 2005) e a capacidade do fungo de aumentar o nível
de agressividade (Eskes, 1989).
Desta forma, existe a necessidade do desenvolvimento e utilização de
métodos alternativos para auxiliar o melhoramento do café, proporcionando
maior eficiência, velocidade e direcionamento para os programas de
melhoramento (Vieira et al., 2005). Nesse sentido, as pesquisas em
biotecnologia estão causando grande impacto na agricultura em todo o mundo.
O recente desenvolvimento da tecnologia genômica tem gerado muitas
informações e criado bancos de dados de seqüências de DNA, que possibilitam
a identificação dos fatores genéticos determinantes e/ou associados com
características de interesse agronômico. O seqüenciamento de cDNAs em
larga escala para produzir Etiquetas de Seqüências Expressas (ESTs -
Expressed Sequence Tags) e a comparação dessas seqüências com as
disponibilizadas em banco de dados tem se tornado a opção para obtenção
rápida de dados sobre a capacidade codificadora de genomas e para identificar
novos genes.
3
1.1. GENÔMICA EM PLANTAS
A genômica em plantas sofreu uma revolução com a liberação da
seqüência do genoma completo de Arabidopsis thaliana pela Arabidopsis
Genome Initiative em 2000, quatro anos antes do previsto (The Arabidopsis
Genome Iniative). O projeto de seqüenciamento do genoma da arabidopsis
começou em 1995-1996, durante um período transitório na análise de
seqüência em genomas. O sucesso da abordagem clone-a-clone para
seqüenciar um genoma complexo era evidente nessa época tendo como base
o projeto de seqüenciamento do nematóide Caenorhabditis elegans
(Martienssen e McCombie, 2001).
A conclusão do seqüenciamento do genoma completo do arroz (Oryza
sativa) por um consórcio público foi anunciada em 2002. Este trabalho foi
complementado pelos projetos de seqüenciamento realizados pela Syngenta
(Goff et al., 2002), Monsanto (Barry, 2001) e o Instituto de Genômica de
Pequim, que seqüenciou a subespécie indica. Devido a similaridades no nível
genômico entre arroz e outras culturas importantes (Moore et al., 1995), a
conclusão do genoma do arroz teve um impacto significante na biotecnologia
vegetal e na bioinformática.
O seqüenciamento completo de espécies com genomas grandes é
demorado, oneroso e trabalhoso, apesar das cnicas modernas. O
seqüenciamento parcial de clones de cDNA, por ser rápido e apresentar boa
relação de custo benefício para a obtenção de dados em genomas, tem se
tornado um segmento crescente nas bases de dados públicas (Wolfsberg e
Landsman, 1997). Em plantas, o seqüenciamento de ESTs foi inicialmente feito
para as espécies modelos arabidopsis (Höfte et al., 1993) e arroz (Yamamoto e
Sasaki, 1997). Posteriormente, grande quantidade de seqüências ESTs de
outras espécies, incluindo pinheiro (Pinus taeda L., Allona et al., 1998), milho
(Zea mays L., Gai et al., 2000), soja (Glycine max (L.) Merr., Shoemaker et al.,
2002), trigo (Triticum aestivum L., Lazo et al., 2001), batata (Solanum
tuberosum, Ronning et al., 2003), maçã (Malus domestica, Newcomb et al.,
2006), uva (Vitis vinifera, Silva et al., 2005), algodão (Gossypium hirsutum,
Udal et al., 2006), cacau (Theobroma cacao, Gesteira et al., 2007) e várias
outras foram depositadas no dbEST, o banco de dados de seqüências ESTs.
4
A relação completa pode ser encontrada acessando
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/dbEST/dbEST_summary.html>.
No Brasil, alguns projetos de seqüenciamento baseados na metodologia
de geração de ESTs foram concluídos ou estão em andamento.
O projeto genoma da cana-de-açúcar, (SUCEST Sugar Cane EST
Genome Project), realizado pelo grupo brasileiro ONSA (Organization for
Nucleotide Sequencing and Analysis) resultou em uma base de dados
contendo 238.000 ESTs de 37 bibliotecas. O projeto foi voltado para o estudo
dos genes relacionados com o metabolismo da sacarose, resistência a pragas
e tolerância a condições desfavoráveis de clima e solo (Grivet e Arruda, 2001).
Criado em 2001, o Genolyptus (Rede Brasileira de pesquisa do Genoma
do Eucalyptus) ainda está em andamento. O objetivo do projeto é entender a
genética molecular e quantitativa de Eucalyptus voltada para o controle das
características de importâncias econômicas silvicultural e industrial, com maior
enfoque no processo de formação da madeira (Grattapaglia, 2003).
O Projeto Brasileiro do Genoma da Banana teve início em 2002, com o
objetivo de desenvolver as bases do programa de genômica e biotecnologia de
banana. Este projeto resultou na criação do DATAMusa, hoje o segundo maior
banco de dados de genômica de banana no mundo, que é composto de
informações de Genômica Estrutural (BACs), de Seqüências Expressas e de
Análogos de Genes de Resistência (RGAs) (Santos et al., 2003).
A cultura cafeeira também está se beneficiando da revolução genômica.
Por iniciativa do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
(CBP&D-Café), coordenado pela Embrapa Café, em colaboração com a
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), teve início em
fevereiro de 2002 o Projeto Brasileiro do Genoma Café (PBGC). O projeto foi
criado para desenvolver ferramentas úteis para a descoberta de genes e
análise genética funcional em café e espécies relacionadas e ajudar no avanço
de conhecimento da organização e evolução do genoma do café. A base de
dados das ESTs de C. arabica, C. canephora e C. racemosa gerada pelo
projeto resultou na identificação de mais de 30 mil unigenes (seqüências que
representam um único gene) diferentes. Esta informação básica fornece um
recurso valioso para estudos da biologia e fisiologia do café que poderá resultar
5
no isolamento e a caracterização de genes agronômicos importantes para o
melhoramento genético de Coffea. Os genes identificados poderão ser úteis
para acelerar a escolha de variedades mais produtivas, tolerantes à seca e
resistentes ao ataque de pragas e doenças. Também terá utilidade para
obtenção de novos cultivares com qualidades superiores em aroma e sabor e
com melhores características nutritivas e farmacêuticas, com vistas à maior
satisfação dos consumidores e à conquista do mercado com produtos de maior
qualidade e valor agregado (Vieira et al., 2006).
1.2. BIOINFORMÁTICA
Com a expansão das pesquisas em genômica, possibilitada pelo
desenvolvimento de novas tecnologias de obtenção de dados em larga escala
(High Throughput Technology), a quantidade de informação biológica vem
crescendo exponencialmente. Essa grande quantidade de dados de
seqüências de genomas disponível tende a aumentar (Winslow e Boguski,
2003). No mês de agosto de 2007, o seqüenciamento de mais de 2.863
projetos genomas havia sido finalizado ou estava em progresso (Genomes
Online Database http://www.genomesonline.org), e os resultados podem ser
encontrados em vários bancos de dados públicos.
Esse crescimento está exigindo recursos computacionais cada vez mais
sofisticados. A bioinformática é uma disciplina que tem auxiliado a suprir essas
necessidades pelo desenvolvimento de novas ferramentas para o
gerenciamento de grande quantidade de informações. Além do
armazenamento, existe a necessidade de análise dos dados, o que torna
indispensável a utilização de plataformas computacionais eficientes para a
interpretação dos resultados (Prosdocimi et al., 2002; Zatz, 2002).
Desde o advento do GenBank em 1982 e do Projeto Genoma Humano
em 1990, a bioinformática se tornou um sinônimo de análise e gerenciamento
de dados de seqüência de DNA e proteína (Boguski, 1999). A tendência da
bioinformática é continuar sendo desenvolvida com o surgimento de novos
dados. O GenBank vem dobrando de tamanho a cada 18 meses e atualmente
contém mais de 145 bilhões de bases (Benson et al., 2007). Portanto, a
6
habilidade em navegar e realizar buscas de seqüências nos bancos de dados é
fundamental para os pesquisadores que trabalham na área de genômica.
1.2.1. BANCOS DE DADOS
Devido a imensa quantidade de dados de seqüências de DNA gerados
por vários laboratórios no mundo, faz-se necessário organizá-los de maneira
acessível, para evitar redundância na pesquisa científica e possibilitar as
análises pelo maior número possível de pesquisadores (Roos, 2001). A
construção de bancos de dados para armazenamento de informações de
seqüências de DNA e de genomas inteiros, proteínas e suas estruturas
tridimensionais, bem como vários outros produtos da era genômica, tem sido
um grande desafio.
O Centro Nacional para Informação Biotecnológica dos EUA (NCBI) é
considerado a central de informações genômicas. O NCBI foi criado em 1988
para desenvolver sistemas de informações para a biologia molecular (Wheeler
et al., 2007). Vários outros bancos de dados similares estão distribuídos por
países da Europa (Kulikova et al., 2007) e Japão (Tateno et al., 2002), que
trocam dados em um intervalo de 24 horas com o NCBI (Pruitt et al., 2005;
Benson et al., 2007). O GenBank é o principal banco de dados do NCBI e
armazena todas seqüências de DNA (de seqüências pequenas a genomas
inteiros), RNA e proteínas disponíveis publicamente (Benson et al., 2007). Além
do GenBank, outros bancos do NCBI apresentam as informações organizadas
de diferentes maneiras. Por exemplo, o banco de dados UniGene agrupa todas
as seqüências parciais do transcriptoma de um organismo formando clusters,
onde cada um representa a seqüência consenso de um gene (Pontius et al.,
2003). Também no NCBI, o banco de dados RefSeq reúne somente as
seqüências de referência, ou seja, a mais representativa de um transcrito,
editada e inspecionada por um curador (Pruitt et al., 2005). O RefSeq é,
freqüentemente, o melhor banco de dados para evitar a redundância natural
num universo com muitas informações. Para acessar o RefSeq e outros bancos
de seqüências curadas foi desenvolvida a ferramenta LocusLink no NCBI
(Pruitt et al., 2000). Outros bancos o específicos de um organismo, como o
7
OMIM (Online Mendelian Inheritance in Man) que foi criado para catalogar
todos os genes e alelos relacionados a doenças e outras características
humanas, bem como fornecer o detalhamento técnico e bibliografia
correspondente a cada característica (Hamosh et al., 2000). O PlantGDB (Plant
Genome DataBase) é um banco de dados de seqüências de várias espécies de
plantas. O objetivo do PlantGDB é estabelecer uma base para a identificação
de conjuntos de genes comuns a todas as plantas ou genes específicos de
determinadas espécies. Isso é feito por meio da integração de várias
ferramentas de bioinformática que podem facilitar a predição de genes e a
comparação entre as espécies. Estes bancos de dados, ditos secundários, são
tão importantes quanto o GenBank.
Nos bancos de dados há também uma grande variedade de informações
sobre estruturas moleculares, expressão gênica diferencial, diversidade
genética, evolução e outras que podem ser obtidas pela bioinformática. O
desenvolvimento de procedimentos pelos quais esses dados podem ser
inseridos e extraídos de bancos de dados secundários é um dos grandes
desafios dos pesquisadores. Apesar da existência de várias ferramentas
disponíveis no NCBI e em outras instituições, ainda existem muitos campos
para o desenvolvimento de procedimentos específicos (Santos e Ortega, 2003).
1.2.2. BUSCA DE SEQÜÊNCIAS
Várias ferramentas desenvolvidas pela bioinformática permitem o acesso
e análise dos bancos de dados. A ferramenta mais conhecida para a
comparação de seqüências de DNA com as dos bancos de dados genômicos é
o BLAST ou Basic Local Alignment Search Tool (Altschul et al., 1990). Este
programa compara uma seqüência de DNA ou de uma proteína com todas as
seqüências genômicas de domínio público.
O programa BLAST não faz uma comparação da extensão total das
seqüências analisadas, mas apenas identifica, no banco de dados, a presença
de uma seqüência suficientemente semelhante com a pesquisada. Dessa
forma, descarta rapidamente os resultados não relevantes, e estende a
8
vizinhança da região de similaridade detectada até um determinado valor de
corte (Pertsemlidis e Fondon, 2001).
Esta busca resulta em seqüências (DNA ou proteínas) depositadas com
maior similaridade. Desta forma, várias regiões de DNA podem ser anotadas
por meio do BLAST. O resultado dessa busca pode ser usado para atribuir uma
função a qualquer segmento de DNA que apresenta similaridade significativa
com outras seqüências de DNA ou proteínas previamente depositadas no
GenBank com função conhecida experimentalmente (Santos e Ortega, 2003).
1.2.3. BIOINFORMÁTICA NO PROJETO BRASILEIRO DO GENOMA CAFÉ
O Projeto Brasileiro do Genoma Café (PBGC) gerou 214.964 ESTs de
Coffea arabica, C. canephora e C. racemosa. Estas seqüências são oriundas
de clones de 37 bibliotecas de cDNA provenientes de diferentes tecidos de
cafeeiros em diferentes estádios de desenvolvimento e/ou sob estresses
bióticos e abióticos (Vieira et al., 2006).
As seqüências geradas foram processadas, com remoção de
seqüências provenientes de rRNA e eliminação de porções contendo
seqüências de vetor, adaptador, caudas de poliA e bases de baixa qualidade, e
agrupadas para a formação do conjunto UniGene do Café (Sales et al., 2007).
Esses dados foram armazenados em duas plataformas de
bioinformática. Uma delas foi desenvolvida pelo Laboratório de Genômica e
Expressão (LGE - http://www.lge.ibi.unicamp.br/cafe/) e está disponível desde o
segundo semestre de 2004. A outra plataforma, disponibilizada em março de
2007, foi criada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen -
https://alanine.cenargen.embrapa.br/cafEST/).
Essas plataformas foram desenvolvidas com o objetivo de armazenar os
dados gerados e dispor de medidas de segurança para garantir a integridade
dos mesmos. Além disso, por meio dessas plataformas, os dados foram
organizados de forma a permitir aos seus usuários a obtenção e manipulação
das informações de maneira simplificada (Vieira et al., 2006).
Apesar do conjunto de dados ser o mesmo nas duas plataformas, os
tratamentos empregados na sua organização não foram idênticos. Algumas
9
diferenças são grandes, como por exemplo, o modo de tratamento dos dados.
Na plataforma do LGE as ESTs foram agrupadas separadamente por espécies,
resultando em 14.886 contigs e 24.426 singletons para C. arabica, 2.147contigs
e 4.622 singletons para C. canephora, e 949 contigs e 3.107 singletons para C.
racemosa (Vieira et al., 2006). No caso da plataforma do Cenargen, as ESTs
das três espécies foram tratadas conjuntamente. Outra diferença foi a
estratégia de limpeza das seqüências antes do agrupamento.
Depois de agrupadas, as seqüências consenso de cada UniGene foram
comparadas com seqüências protéicas presentes no GenBank utilizando-se o
software BlastX, contra NR, considerando o e-value 10
-5
como limite para
identidade (Vieira et al., 2006).
A interface Web foi desenvolvida nas linguagens PHP e Perl rodando
sobre o Apache para permitir aos usuários o acesso aos dados de maneira
simplificada e rápida. A escolha destas ferramentas se deve ao fato de serem
todas de código livre, permitindo personalizações, se necessárias, e por não
agregarem nenhum vinculo de licença (Sales et al., 2007).
A vantagem de ter os dados disponíveis online é que qualquer um, com
conexão à internet, pode ter acesso. Entretanto esta vantagem é
contrabalançada pelo risco de panes quando se dispõe de apenas um sistema
central de armazenamento de dados. Esta é mais uma razão de existirem as
duas plataformas de acesso aos dados do PBGC. Além disso, a possibilidade
de gerenciar os dados por meio de dois grupos de bioinformática permite que o
usuário escolha aquela com o qual ele melhor se identifica (Vieira et al., 2006).
A plataforma do LGE dispõe das seguintes funcionalidades:
Gene Projects: é um sistema de gerenciamento e manipulação de
seqüências. É possível incluir ESTs de interesse em cada projeto criado
por meio de buscas por ESTs (Reads Search), palavras-chave (Keyword
Search), similaridade com alguma seqüência (BLAST Search) ou a partir
de um determinado padrão (Pattern Search). As seqüências que
atendam aos requisitos desejados pelo usuário podem ser armazenadas
em projetos. Depois de armazenadas podem ser agrupadas, e os
contigs formados podem ser submetidos a uma nova comparação com o
GenBank para se verificar uma nova anotação (ou não).
10
Electronic Northern: Essa ferramenta é utilizada para calcular o nível de
expressão de um gene em diferentes bibliotecas, e se baseia no número
de ESTs de um dado gene que foi identificado em diferentes bibliotecas
de cDNA.
Microssatellites: Ferramenta que apresenta microssatélites nos clusters
do genoma café. A tela mostra o contig, a posição do microssatélite, o
número de cópias, a composição percentual de cada nucleotídeo do
microssatélite e o padrão da repetição.
SNPs: Ferramenta que apresenta SNPs (Single Nucleotide
Polymorphism Polimorfismo de Um Nucleotídeo) em clusters do
genoma café. Por essa ferramenta são apresentados o contig, o número
de ESTs que forma esse contig, o número de SNPs presente e a
anotação do BLAST.
Search: Ferramenta que permite a busca de seqüências por palavras-
chave ou por BLAST.
A plataforma do Cenargen dispõe das seguintes funcionalidades:
Busca: Sistemas de busca por cluster, read, palavra-chave ou biblioteca
específica.
Teste Exato de Fisher (Northern Blot Eletrônico): Determina diferenças
de expressão de um unigene, estatisticamente significativas, em
diferentes bibliotecas.
BLAST Local: Ferramenta de busca de seqüências por similaridade.
Sistemas de Etiquetas: criação de Etiquetas para organizar as
seqüências da maneira que o usuário preferir. As etiquetas m
comportamento similar à estrutura de diretórios encontrada em vários
sistemas operacionais. Diferentemente do sistema de pastas ou
projetos, entretanto, o usuário pode marcar uma mesma seqüência com
uma ou mais etiquetas.
Sales et al. (2007) descrevem em detalhes as funcionalidades da
plataforma de bioinformática do Cenargen. Além disso, essa plataforma possui
um manual de ajuda que pode ser acessado pelo endereço eletrônico
<https://alanine.cenargen.embrapa.br/Manual_Rapido_Genoma-Cafe.htm>.
11
1.3. MARCADORES MOLECULARES NO MELHORAMENTO DE PLANTAS
As análises in silico (em computadores) são necessárias para minerar os
dados (data mining) gerados pelos projetos de sequenciamento. O objetivo
dessas análises é de encontrar seqüências de genes relacionadas com
processos biológicos de interesse. No entanto, o envolvimento do gene no
processo biológico de interesse deve ser confirmado por metodologias de
genômica funcional. Uma delas é a tecnologia de marcadores moleculares, que
permite a detecção de variabilidade do DNA.
Um marcador molecular é definido como qualquer fenótipo molecular
oriundo de um gene expresso ou de um segmento específico de DNA (Ferreira
e Grattapaglia, 1998). Segundo Milach (1998), marcadores moleculares são
características de DNA que diferenciam dois ou mais indivíduos e são
herdados geneticamente. Os marcadores moleculares têm sido empregados no
melhoramento de plantas para diversos fins, constituindo-se uma ferramenta
importante, em virtude das vantagens que apresentam, como por exemplo,
maior rapidez na obtenção de resultados e maior confiabilidade dos dados
obtidos (Ferreira, 2003).
Alguns dos exemplos da utilização dos marcadores moleculares no
melhoramento de plantas incluem: estudos de diversidade genética,
caracterização de bancos de germoplasma, genealogia, construção de mapas,
mapeamento comparativo, mapeamento gênico, seleção de genitores,
certificação de cruzamentos, predição de fenótipos, fingerprinting, análises de
pureza genética de sementes, melhoramento assistido, proteção varietal,
mapeamento físico de genomas, integração de mapas genéticos e físicos,
clonagem posicional, estudos de desequilíbrio de ligação, mapeamento de
associação, filogenia, estudo de pedigree, isolamento de genes e diagnose
(Borém e Caixeta, 2006).
1.3.1. TIPOS DE MARCADORES MOLECULARES
Os tipos distintos de marcadores moleculares atualmente disponíveis
diferenciam-se pela tecnologia utilizada para revelar variabilidade ao nível de
12
DNA, e variam de acordo com a habilidade de detectar diferenças entre
indivíduos, custo, facilidade de uso, consistência e repetibilidade. Os principais
tipos de marcadores moleculares podem ser classificados em dois grupos,
conforme a metodologia utilizada para identificá-los: hibridização ou
amplificação do DNA via PCR. Entre os identificados por hibridização estão os
marcadores RFLP - Restriction Fragment Length Polymorphism (Bostein et
al., 1980) e minissatélites ou locos VNTR – “Variable Number of Tandem
Repeats” (Jeffreys et al., 1985). Os revelados por amplificação incluem os
marcadores do tipo RAPD Random Amplified Polymorphic DNA (Williams et
al., 1990), SCAR Sequence Characterized Amplified Regions”, STS -
Sequence Tagged Sites (Paran e Michelmore, 1993), Microssatélite (Litt e
Lutty, 1989) e AFLP Amplified Fragment Length Polymorphism(Vos et al.,
1995). Além desses, existem vários outros marcadores moleculares diponíveis
atualmente.
Com o avanço da genômica, alguns tipos de marcadores moleculares
têm sido beneficiados, pois o seqüenciamento do DNA tem facilitado o
desenvolvimento e a identificação dos mesmos. Dentre estes marcadores
existem os denominados marcadores Expressed Sequence Tag-Polymerase
Chain Reaction (EST-PCR). Alguns tipos de marcadores EST-PCR incluem:
SRAP (Sequence Related Amplified Polymorphism) (Li e Quiros, 2001), SSAP
(Sequence Specific Amplification Polymorphism) (Nagy e Lelley, 2003) e TRAP
(Target Region Amplification Polymorphism) (Hu e Vick, 2003). Os marcadores
SRAP usam pares de primers com núcleos ricos em AT ou GC para amplificar
fragmentos intragênicos na detecção de polimorfismos. Os marcadores SSAP
exploram o polimorfismo de regiões LTR (Long Terminal Repeat) de
retrotransposons ao longo do genoma. A técnica TRAP revela fragmentos
polimórficos em torno de seqüências alvo de genes candidatos putativos.
Existem várias vantagens em realizar estudos genéticos com
marcadores EST-PCR ou outros baseados em cDNA em relação aos que
utilizam primers aleatórios. Eles marcam genes expressos e, portanto são
particularmente úteis para mapeamento de QTLs. Se um marcador EST-PCR é
encontrado ligado a um QTL é possível que o gene, a partir do qual o marcador
EST-PCR foi derivado, controle a característica em questão. Pelo fato de
serem originados de regiões codificadoras, que são mais conservadas entre
13
populações e espécies do que as não codificadoras, os marcadores EST-PCR
são úteis para o estudo de mapeamento comparativo. Além disso, os EST-PCR
podem ser herdados codominantemente, o que permite a identificação de dois
alelos diferentes em locos heterozigotos de organismos diplóides (Rowland et
al., 2003). Os EST-PCR foram desenvolvidos para várias espécies vegetais,
incluindo pinheiro - Pinus taeda L. - (Temesgen et al., 2001), pícea - Picea
mariana - (Perry e Bousquet, 1998) e Picea abies (Schubert et al., 2001),
criptoméria - Cryptomeria japonica - (Tsumura et al., 1997), mirtilo - Vaccinium
sp. - (Rowland et al., 2003), girassol - Helianthus annus - (Pashley et al, 2006),
amendoim - Arachis hypogaea L. - (Luo et al., 2005), cana de açúcar -
Saccharum sp. - (Alwala et al., 2006), feijão - Phaseolus
vulgaris L. - (Miklas et
al., 2006) e muitas outras.
Outro tipo de marcador molecular beneficiado com o grande número de
projetos de seqüenciamento em larga escala são os SNPs (Single Nucleotide
Polymorphism). Esses marcadores se baseiam na variação de um único
nucleotídeo em regiões codificadoras ou não do genoma. Os SNPs são as
variações mais abundantes no genoma. Eles podem contribuir diretamente
para um fenótipo ou podem estar associados a ele como resultado de um
desequilíbrio de ligação (Nasu et al., 2002).
1.3.2. MARCADOES MOLECULARES NO MELHORAMENTO DO CAFEEIRO
Como o café é uma cultura perene, de ciclo longo, e em que o
melhoramento é efetuado ao longo de várias gerações, o desenvolvimento de
variedades melhoradas é bastante demorado. Desta forma, torna-se importante
a incorporação de técnicas avançadas de biotecnologia aos métodos
tradicionais de melhoramento (Fontes, 2001). A utilização de marcadores
moleculares pode auxiliar o melhoramento dessa espécie de forma bem ampla.
As avaliações com esse tipo de tecnologia podem, por exemplo, ser realizadas
em estádios iniciais de desenvolvimento da planta, com a obtenção de
resultados similares aos que seriam alcançados na avaliação de plantas
adultas (Oliveira et al., 2003).
14
Relações taxonômicas dentro do gênero Coffea foram estudadas usando
marcadores específicos para DNA mitocondrial e do cloroplasto (Berthou et al.
1983; Orozco-Castillo et al. 1996). Estudos de filogenia molecular das espécies
de Coffea foram realizados com marcadores para detectar variação na
seqüência da região ITS2 (Internal Transcribed Spacer) e do DNA do
cloroplasto (Lashermes et al., 1996; Cros et al., 1998).
Para verificar a constituição do genoma e a origem de C. arabica,
estudos utilizando marcadores RFLP, FISH (Fluorescent In Situ Hybridization) e
GISH (Genomic In Situ Hybridization) demonstraram que esta espécie é um
alotetraplóide (Raina et al., 1998; Lashermes et al., 1999), resultante da
hibridação natural de C. eugenioides com C. canephora (Lashermes et al.,
1999).
Estudos com marcadores RAPD detectaram diversidade genética entre
acessos de C. arabica, cultivares etíopes e acessos derivados de Típica e
Bourbon (Orozco-Castillo et al.,1994; Lashermes et al., 1996; Anthony et
al.,2001). Marcadores RAPD foram utilizados para caracterização e estimação
de distâncias genéticas entre acessos do banco de germoplasma do Programa
de Melhoramento da UFV/EPAMIG (Cabral et al., 2002; Alvarenga et al., 2005)
e do IAPAR (Sera et al., 2003).
Steiger et al. (2002), usando marcadores AFLP, não conseguiram
distinguir cultivares de C. arabica. Entretanto, a avaliação da diversidade
genética entre esses cultivares forneceu informações necessárias para estimar
o potencial dos marcadores para o melhoramento do cafeeiro. Também
utilizando marcadores AFLP, Lashermes et al. (2000) distinguiram um grupo
formado por genótipos derivados de Híbrido de Timor de acessos de C.
arabica. Neste trabalho foi observado que a diversidade genética observada
nos genótipos derivados de Híbrido de Timor era aproximadamente o dobro do
que em C. arabica.
Maluf et al. (2005) identificaram polimorfismos entre cultivares de Coffea
utilizando marcadores RAPD, SSR e AFLP. A variabilidade genética detectada
por esses marcadores foi muito semelhante, ainda que reduzida. Neste estudo,
os marcadores do tipo RAPD e SSR foram mais eficientes em análises de
parentesco e o agrupamento das linhagens correspondeu à sua origem
15
genealógica. No entanto, nenhum dos métodos testados permitiu a
identificação individual de linhagens.
Alguns marcadores moleculares ligados a genes controlando
características qualitativas foram identificados em café, como auto-
incompatibilidade em C. canephora (Lashermes et al., 1996), resistência ao
CBD Coffee Berry Disease - (Agwanda et al., 1997), resistência à ferrugem
(Tedesco et al., 2000; Moreno et al., 2000; Prakash et al., 2004), porte de
planta (Ruas et al., 2000) e resistência a M. exigua (Noir et al., 2003). Os
marcadores ligados ao gene de resistência a M. exigua foram utilizados,
posteriormente, para avaliar a introgressão do gene em linhagens
possivelmente resistentes a esse patógeno (Diniz et al., 2005).
Em estudo realizado para identificar marcadores do tipo microssatélite
(SSR) associados à resistência ao bicho-mineiro, 32 seqüências expressas em
folhas de cafeeiro e relacionadas a mecanismos de defesa foram encontradas.
Embora nenhuma marca molecular tenha sido identificada, o estudo
exploratório pode ser importante para o entendimento de eventos de natureza
genética envolvidos em cruzamentos interespecíficos, especialmente em
espécies poliplóides como o cafeeiro (Pinto et al., 2007).
1.4. GENES DE RESISTÊNCIA A DOENÇAS
Dentre as várias aplicações dos marcadores moleculares estão os
estudos dos genes de resistência de plantas a doenças.
Devido à inexistência de um sistema circulatório e de anticorpos, as
plantas precisam ter, em cada uma das suas células, um mecanismo de defesa
(Hammond-Kosack e Jones, 1997). As plantas normalmente são resistentes à
maioria dos patógenos. Portanto, a habilidade do fitopatógeno em causar
doença é geralmente a exceção, o a regra. Isto porque as plantas possuem
uma habilidade natural de reconhecer potenciais patógenos invasores e
preparar uma defesa bem sucedida. De maneira oposta, patógenos bem
sucedidos causam doença porque são capazes de evitar o reconhecimento ou
conter os mecanismos de defesa da planta ou as duas coisas (Staskawicz,
2001). Em trabalho clássico, Flor, em 1942, propôs a existência do sistema de
16
reconhecimento gene-a-gene, com interação específica: uma planta com o
gene dominante de resistência R reconhece um patógeno com o gene
dominante de avirulência Avr correspondente. Assim, a presença do gene Avr
torna o patógeno não-virulento se a planta tiver o gene R apropriado. Se o
gene não existe na planta e no agente patogênico, não há reconhecimento nem
resistência e a doença se instala. O gene R codifica o receptor, que por sua
vez reconhece a molécula elicitora gerada direta ou indiretamente pela ação do
gene Avr, ativando os mecanismos de defesa (Jia et al., 2000; Deslandes et al.,
2003; Belkhadir et al., 2004).
Em muitos casos, um único gene R pode conferir resistência para uma
ou mais raças de um determinado patógeno quando transferido para uma
planta suscetível de mesma espécie. Por esta razão, os genes R têm sido
explorados em programas de melhoramento de plantas (McDowell e
Woffenden, 2003).
A identificação e isolamento de genes R em plantas têm aumentado
muito nos últimos anos (Richter e Ronald, 2000). O seqüenciamento genômico
de várias espécies de plantas aliado a busca de mutantes em larga escala tem
permitido aumentar, sobremaneira, a quantidade de informações relacionadas
ao isolamento e identificação das funções dos produtos gênicos, regulação das
vias de biossíntese e de transdução de sinal (Staskawicz et al., 1995). Os
genes R codificam pelo menos cinco tipos diferentes de proteínas (proteínas R)
(Dangl e Jones, 2001), que podem ser classificadas de acordo com as suas
características estruturais.
O primeiro gene R clonado foi o Pto do tomate, que codifica uma
proteína serina/treonina quinase e confere resistência às raças de
Pseudomonas syringae que carregam o gene de avirulência AvrPto (Martin et
al., 1993). Este gene pertence à primeira classe das proteínas R.
Na classe 2 estão genes como o Cf9 do tomate que confere resistência
a Cladosporium fulvum e codifica proteínas transmembranas, cuja região N-
terminal extracelular é composta de repetições ricas de leucinas (LRR
Leucine Rich Repeats) (Jones et al., 1994). No entanto essas proteínas não
possuem uma região intracelular significante, que poderia constituir um
componente sinalizador que ativaria o mecanismo de defesa (Ellis e Jones,
1998).
17
A classe 3, representada pelo gene Xa21 (resistência a Xanthomonas
oryzae) do arroz, inclui proteínas com um formato clássico de receptor-quinase,
uma região LRR extracelular, uma região transmembrana e um domínio
serina/treonina quinase citosólico (Song et al., 1995; Ellis e Jones, 1998).
Entretanto, a maioria dos genes de resistência codifica proteínas com
um domínio N-terminal variável, seguido por um sítio de ligação de nucleotídeo
(NBS Nucleotide Binding Site) tripartida e uma região LRR (Baker et al.,
1997; Ellis et al., 2000; Dangl e Jones, 2001). Baseando-se no seu domínio N-
terminal, essas proteínas podem ser subdivididas em dois grupos. O grupo
TIR-NBS-LRR (classe 4) exibe uma seqüência similar à da proteína Toll da
Drosófila e ao do receptor interleucina-1 de mamíferos. A subclasse TIR-NBS-
LRR inclui o gene N do tabaco (que confere resistência ao Tobacco Mosaic
Virus TMV), os genes L6 e M do linho (resistência à ferrugem), e os genes
RPP5, RPP1 (resistência ao fungo Peronospora parasitica) e RPS4 (resistência
a Pseudomonas syringae) de Arabidopsis (Ellis e Jones, 1998; Gassman et al.,
1999).
O outro grupo (classe 5) é o de proteínas não TIR-NBS-LRR, que não
possuem a seqüência TIR (Meyers et al., 1999; Pan et al., 2000; Cannon et al.,
2002; Richly et al., 2002) e/ou contêm um domínio zíper de leucina (LZ
Leucine Zipper) ou coiled coil (CC) potencial nas suas regiões N-terminais (Pan
et al., 2000). CCs são estruturas formadas por duas a cinco hélices, que
possuem um empacotamento distinto de cadeias laterais de aminoácidos na
interface hélice-hélice (Lupas, 1996). A estrutura CC exibe uma organização de
repetições de sete resíduos de aminoácidos com as cadeias laterais
hidrofóbicas de dois deles formando uma interface para interações entre coils
(Young, 2000).
A classe CC-NBS-LRR inclui os genes RPM1 e RPS2 e a classe LZ-
NBS-LRR inclui os genes RPS5 de Arabidopsis e o gene Prf do tomate, que
conferem resistência a P. syringae, o gene RPP8, também de Arabidopsis
(resistência a Peronospora parasitica), Mi do tomate (resistência ao nematóide
Meloidogyne incognita) e o Rx1 da batata (resistência ao Potato Virus X – PVX)
(Ellis e Jones, 1998; Bendahmane et al., 1999). Os genes I2 do tomate, Rp1-D
do milho, RGC2 da alface e o Bs2 da pimenta não contêm a região TIR nem a
LZ (Tai et al., 1999). Além das regiões mencionadas acima, os produtos de
18
alguns genes R possuem ainda um domínio conservado de função
desconhecida chamado GLPLAL entre as regiões NBS e LRR (Dinesh-Kumar
et al., 2000). A figura 1 resume as 5 classes acima descritas.
Figura 1: Representação esquemática das 5 classes de proteínas de resistência. Adaptado
de Lehman, 2002; Hammond-Kosack e Parker, 2003; Michelmore e Meyers, 1998;
Toyoda et al., 2002; McDowell e Woffenden, 2003 e Belkhadir et al., 2004.
Para o cafeeiro, foram encontradas ESTs com similaridade com
proteínas R da classe NBS-LRR, sugerindo que várias classes dos genes R
estão presentes no genoma desta espécie. Utilizando vários primers
degenerados para dois motivos conservados entre as regiões NBS dos genes
R de diferentes espécies, Noir et al. (2001) amplificaram e clonaram
seqüências de nove motivos distintos de proteínas do tipo NBS em café. Neste
mesmo trabalho, foram identificados 18 RGAs (Resistance Gene Analog) em
um único acesso de cafeeiro, sugerindo a presença de grande número de
genes R no genoma do café.
Em 2004, Fernandez et al. identificaram duas ESTs de café com alta
similaridade às proteínas DND1 e NDR1, que codificam componentes de
sinalização de resistência em Arabidopsis thaliana. A proteína DND1 (defence,
19
no death defesa, não morte) é um canal iônico que está envolvido na via de
sinalização da reação de hipersensibilidade. A proteína NDR1 (non race-
specific disease resistance resistência a doenças, raça não específica) é um
componente chave na via de sinalização de muitas proteínas da classe CC-
NBS- LRR (Silva et al., 2006).
Guzzo (2004) isolou genes de acessos de cafeeiros apresentando
funções relacionadas à defesa de plantas contra fitopatógenos. Estes genes
estão envolvidos em diferentes processos como: resposta de
hipersensibilidade, morte celular programada, síntese de proteínas
antimicrobianas e degradação controlada de proteínas, dentre outros.
Lin et al (2005) encontraram genes de cafeeiro com funções putativas
relacionadas com resistência a doenças, tais como proteínas da classe TIR-
NBS-LRR, e com patogênese, entre outras.
1.4.1. REGIÃO NBS
O domínio NBS é encontrado em uma grande variedade de proteínas
com função de ligação de ATP ou GTP em diversos organismos (Traut, 1994 e
Saraste et al., 1990). Além disso, o domínio NBS compartilha uma homologia
com as regiões NBS dos produtos dos genes CED4 de Caenorhabditis elegans
e dos genes Apaf-1, FLASH, CARD4 e Nod1, que estão envolvidos na
imunidade natural e na apoptose em animais (Saraste et al., 1990; Li et al.,
1997; Van Der Biezen e Jones, 1998; Aravind et al., 1999). Essa homologia
sugere um mecanismo conservado de morte celular programada em plantas e
animais, inclusive em mamíferos. Acredita-se que a região N-terminal,
juntamente com o domínio NBS, participa na ativação dos componentes da
transdução de sinais levando a respostas de resistência patógeno-específicas
(Aarts et al., 1998; Feys e Parker, 2000; Van Der Biezen et al., 2000). Os
domínios NBS são encontrados também em muitas famílias de proteínas,
incluindo as do grupo RAS, ATPases, fatores de elongação e proteínas G
(Saraste et al., 1990). Essas proteínas servem como chaves moleculares e são
fundamentais para muitos eventos celulares eucarióticos fundamentais como
crescimento celular, diferenciação, organização do citoesqueleto, transporte de
20
vesículas, apoptose e defesa (Van Der Biezen e Jones, 1998, Aravind et al.,
1999; Bourne et al., 1991).
O motivo P-loop [GXXXXGK(T/S)] dessas proteínas está envolvido em
interações com fosfatos e íons Mg
2+
(Saraste et al., 1990). O domínio quinase
2, que supostamente funciona numa reação de fosfotransferase, contém quatro
aminoácidos hidrofóbicos consecutivos seguidos de um aspartato, que
coordena os íons metálicos divalentes Mg
2+
. O domínio quinase 3a está
envolvido na ligação de purina ou ribose e contém uma tirosina ou uma
arginina. Além desses domínios discutidos acima, os domínios NKXD, DXXG e
(C/S)AX são altamente conservados na superfamília GTPase (Bourne et al.,
1991). A ausência desses domínios nas proteínas R e suas homologias com
CED4/Apaf-1 sugerem que as proteínas R podem se ligar ao ATP e/ou agir
como ATPases.
1.4.2. REGIÃO LRR
Este domínio consiste de nove a 40 unidades de repetições imperfeitas,
cada uma delas com aproximadamente 25 aminoácidos. Na região central de
cada repetição está uma estrutura fita β/volta β, que é hipervariável e tem a
seqüência consenso XX(L)X(L)XXXX, onde L corresponde a leucinas (ou
outros aminoácidos alifáticos) conservadas e X denota os aminoácidos
hipervariáveis flanqueadores (Parniske et al., 1997; McDoewell et al., 1998).
Nesta estrutura, diferentes repetições supostamente se ajustam e formam uma
folha β paralela exposta ao solvente (Kobe e Deisenhofer, 1995). Como é
exposta ao solvente, a superfície hipervariável poderia facilitar a interação da
proteína R com o seu fator Avr (elicitor) relacionado e poderia fornecer
diferentes especificidades de reconhecimento para fatores Avr alterados
(Parniske et al., 1997). De fato, em vários sistemas planta-patógeno, a variação
da seqüência na região LRR, particularmente na estrutura fita β/volta β, tem
mostrado ser responsável por diferentes especificidades de reconhecimento ou
de resistência (Parniske et al., 1997; Thomas et al., 1997; Botella et al., 1998;
Wang et al., 1998; Ellis et al., 1999). No entanto, outras regiões da proteína R,
21
como a TIR da proteína do linho (Ellis et al., 1999), podem também contribuir
para a especificidade do reconhecimento.
As proteínas de genes R que possuem a região LRR podem ser
subdividas em duas grandes classes: aquelas que contêm uma região N-
terminal LRR extracelular e uma âncora de membrana, e aquelas que são
citoplasmáticas. Exemplos da primeira classe incluem o gene Cf-2, que confere
resistência a Cladosporium fulvum em tomate (Dixon et al., 1996), Xa21, que
confere resistência a Xanthomonas oryzae em arroz (Song et al., 1995), e
Hs1
pro-1
, um gene que confere resistência ao nematóide Heterodera schachtii
(Cai et al., 1997). As proteínas citoplasmáticas incluem aquelas codificadas
pelo gene N do tabaco, que confere resistência ao Tobacco Mosaic Virus, os
genes RPS2 e RPM1 de arabidopsis, que conferem resistência a raças
específicas de Pseudomonas spp, os genes L6 e M do linho, que conferem
resistência à ferrugem, causada pelo fungo Melampsora lini, e o gene RPP5 de
arabidopsis, que confere resistência ao fungo Peronospora parasitica (Bent et
al., 1994; Mindrinos et al., 1994; Grant et al., 1995; Ellis et al., 1997; Parker et
al., 1997).
22
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aarts, N., Metz, M., Holub, E., Staskawicz, B. J., Daniels, M. J., Parker, J. E.
Different requirements for EDS1 and NDR1 by disease resistance genes
define at least two R gene-mediated signaling pathways in Arabidopsis
Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of
America, v.95, n.17, p.10306-10311. 1998.
Aggarwal, R. K., Hendre, P. S., Varshney, R. K., Bhat, P. R., Krishnakumar, V.,
Singh, L. Identification, characterization and utilization of EST-derived genic
microsatellite markers for genome analyses of coffee and related species.
Theoretical and Applied Genetics, v.114, p.359-372. 2007.
Agwanda, C. O., Lashermes, P., Trouslot, P., Combes, M. C., Charrier, A.
Identification of RAPD markers for resistance to coffee berry disease,
Colletotrichum kahawae, inarabica coffee. Euphytica, v.97, p.241-248. 1997.
Allona, I., Quinn, M., Shoop, E., Swope, K., Cyr, S. S., Carlis, J., Riedl, J.,
Retzel, E., Campbell. M. M., Sederoff, R., Whetten, R. W. Analysis of xylem
formation in pine by cDNA sequencing. Proceedings of the National
Academy of Sciences of the United States of America, v.95, p.9693-9698.
1998.
Altschul, S. F., Gish, W., Miller, W., Myers, E. W., Lipman, D. J. Basic local
alignment search tool. Journal of Molecular Biology, v.215, n.3, p.403-410.
1990.
Alvarenga, S. M., Caixeta, E. T., Oliveira, A. C. B., Rufino, R. J. N., Brito, G. G.,
Pereira, A. A., Zambolim, L., Sakiyama, N. S. Análise da diversidade
genética de cafeeiros do banco de germoplasma da UFV/EPAMIG
utilizando marcadores RAPD. IV Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil.
Londrina, PR, 2005.
Alwala, S., Suman, A., Arro, J. A., Veremis, J. C., Kimbeng, C. A. Target region
23
amplification polymorphism (TRAP) for assessing genetic diversity in
sugarcane germplasm collections. Crop Science, v.46, p.448-455. 2006.
Alwala, S., Kimbeng, C. A., Gravois, K. A., Bischoff, K. P. TRAP, a new tool for
sugarcane breeding: comparisson with AFLP and coefficient of parentage.
Journal American Society Sugar Cane Technologists, v.26, p.62-86. 2006.
Anthony, F., Bertrand, B., Quiros, O., Wilches, A., Lashermes, P., Berthaud, J.,
Charrier, A. Genetic diversity of wild coffee (Coffea arabica L.) using
molecular markers Euphytica, v.18, n.1, p.53-65. 2001.
Aravind, L. D., V. M, Koonin, E. V. The domains of death: evolution of the
apoptosis machinery. Trends in Biochemical Sciences, v.24, n.2, p.47-53.
1999.
Baker, B., Zambryski, P., Staskawicz, B., Dinesh-Kumar, S. P. Signaling in
plant-microbe interactions. Science, v.276, p.726-733. 1997.
Barry, G. F. The use of the Monsanto draft rice genome sequence in research.
Plant Physiology, v.125, p.1164-1165. 2001.
Belaj, A., Trujillo, I., Rosa, R., Rallo, L., Giménez, M. J. Polymorphism and
discrimination capacity of randomly amplified polymorphic markers in an
olive germplasm bank. Journal of the American Society for Horticultural
Science, v.126, n.1, p.64-71. 2001.
Belkhadir, Y., Subramaniam, R., Dangl, J. Plant disease resistance protein
signaling: NBS-LRR proteins and their partners. Current Opinion in Plan
Biology, v.7, p.391-399. 2004.
Bendahmane, A., Kanyuka, K., Baulcombe, D. C. The Rx gene from potato
controls separate virus resistance and cell death responses Plant Cell, n.11,
p.781-791. 1999.
Bennetzen, J. Opening the door to comparative plant biology. Science, v.296,
p.60-63. 2002.
Benson, D. A., Karsch-Mizrachi, I., Lipman, D. J., Ostell, J., Wheeler, D. L.
GenBank. Nucleic Acids Research, v.35, p.21-25. 2007.
Bent, A. F., Kunkel, B. N., Dahlbeck, D., Brown, K. L., Schmidt, R., Giraudat, J.,
Leung, J., Staskawicz, B. J. RPS2 of Arabidopsis thaliana: a leucine-rich
repeat class of plant disease resistance genes. Science, v.265, p.1856-
1860. 1994.
Berthaud, J., Charrier, A. Genetic resources of Coffea. In: R. J. Clarke, Macrae,
R (Ed.). Coffee. London: Elsevier Applied Science, v.4, 1988. Genetic
resources of Coffea, p.1-42
Berthou, F., Trouslot, P., Hamon, S., Vedel, F., Quetier, F. Electrophoretic
24
analysis of the biochemical polymorphism of coffee trees - enzimatic
variation in 18 wild populations - variation of the mitochodrial DNA in the
species Coffea canephora, Coffea eugenioides and Coffea arabica. IX
Colloque Scientifique International sur le Café. Londres: ASIC (Paris), 1980.
16 p.
Berthou, P. Y., Correia, F., Prates, S., Taugourdeau, J. Essay de synthèse du
cretacé de l'Algarve. Biostratigrafie, paleogeografie et sedimentation
argileuse. Bulletin d'Information des Geologie du Bassin de Paris, v.20, n.2,
p.3-24. 1983.
Bevan, M., Mayer, K., White, O., Eisen, J. A., Preuss, D., Bureau, T., Salzberg,
S. L., Mewes, H. Sequence and analysis of the Arabidopsis genome.
Current Opinion in Plant Biology, v.4, p.105-110. 2001.
Bevan, M., Walsh, S. The Arabidopsis genome: A foundation for plant research.
Genome Research, v.15, p.1632-1642. 2005.
Bhat, P. R., Krishnakumar, V., Hendre, P. S., Rajendrakumar, P., Varshney, R.
K., Aggarwal, R. K. Identification and characterization of expressed
sequence tags-derived simple sequence repeats markers from robusta
coffee variety 'CxR' (an interspecific hybrid of Coffea canephora × Coffea
congensis). Molecular Ecology Notes, v.5, n.1, p.80-83. 2005.
Binneck, E. As ômicas: Integrando a bioinformação. Biotecnologia, Ciência &
Desenvolvimento, v.32, p.28-37. 2004.
Boguski, M. S. Biosequence exegesis. Science, v.286, p.453-455. 1999.
Borém, A., Giúdice, M., Sdiyama, T. Melhoramento Genômico. Viçosa, MG.
2003. 224 p.
Borém, A. Aplicação dos Marcadores Moleculares no Melhoramento de
Plantas. In: A. Borém, Caixeta, E. T. (Ed.). Marcadores Moleculares. Viçosa,
2006. Aplicação dos Marcadores Moleculares no Melhoramento de Plantas,
p.79-84
Borém, A., Caixeta, E. T. Marcadores Moleculares. Viçosa, MG. 2006. 374 p.
Botella, M. A., Parker, J. E., Frost, L. N., Bittner-Eddy, P. D., Beynon, J. L.,
Daniels, M. J., Holub, E. B., Jones J. D. G. Three genes of the arabidopsis
RPP1 complex resistance locus recognize distinct Peronospora parasitica
avirulence determinants Plant Cell, v.10, p.1847-1860. 1998.
Botstein, D., White, R.L., Skolnick, M., Davis, R.W. Construction of a genetic
linkage map in man using restriction fragment length polymorphisms.
American Journal of Human Genetics, v.32, n.3, p.314-331. 1980.
Bourne, H. R., Sanders, D. A., Mccormick, F. The GTPase superfamily:
conserved structure and molecular mechanism. Nature
, v.349, n.6305,
25
p.117-127. 1991.
Brent, M. R. Genome annotation past, present, and future: How to define an
ORF at each locus. Genome Research, v.15, p.1777-1786. 2005.
Cabral, T. A. T. Padrões moleculares, diversidade genética e mapa parcial de
ligação do cafeeiro. Genética e Melhoramento, Universidade Federal de
Viçosa, Viçosa, MG, 2001. 112 p.
Cabral, T. A. T., Sakiyama, N. S., Zambolim, L., Pereira, A. A., Barros, E. G.,
Sakiyama, C. C. H. Reproducibility of the RAPD marker and its efficiency in
coffee tree genotype grouping analysis. Crop Breeding and Applied
Biotechnology, v.2, n.1, p.121-129. 2002.
Cai, D., Kleine, M., Kifle, S., Harloff, H., Sandal, N. N., Marcker, K. A., Klein-
Lankhorst, R. M., Salentijn, E. M. J., Lange, W., Stiekema, W. J., Wyss, U.,
Grundler, F. M. W., Jung, C. Positional cloning of a gene for nematode
resistance in sugar beet. . Science, v.275, p.832-834. 1997.
Cannon, S. B., Zhu, H., Baumgarten, A. M., Spangler, R., May, G., Cook, D. R.,
Young, N. D. Diversity, distribution, and ancient taxonomic relationships
within the TIR and non-TIR NBS-LRR resistance gene subfamilies. Journal
of Molecular Evolution, v.54, n.4, p.548-562. 2002.
Cardoso, R. M. L., Zambolim, L., Chaves, G. M. Ocorrência no Brasil da raça
XVI de Hemileia vastatrix Berk. et Br. coletada do germoplasma de Coffea
arabica L. no Estado de Minas Gerais. Fitopatologia Brasileira, v.12, p.343-
346. 1988.
Carvalho, V. L., Chalfoun, S. M. A ferrugem do cafeeiro.
http://www.coffeebreak.com.br/ocafezal.asp?SE=8&ID=158. 2005.
Cros J, C., M. C., Trouslot, P., Anthony, F., Hamon, S., Charrier, A.,
Lashermes, P. Phylogenetic analysis of chloroplast DNA variation in Coffea
L. Molecular Phylogenetics and Evolution, v.9, n.1, p.109-117. 1998.
Dangl, J. L., Jones, J. D. Plant pathogens and integrated defense responses to
infection. Nature, v.411, p.826-833. 2001.
Deslandes, L. O., J.; Peeters, N.; Feng, D. X.; Khounlotham, M.; Boucher, C.;
Somssich, I.; Genin, S., Marco, Y. Physical interaction between RRS1-R, a
protein conferring resistance to bacterial wilt, and PopP2, a type III effector
targeted to the plant nucleus. Proceedings of the National Academy of
Sciences of the United States of America, v.13, p.8024-8029. 2003.
Dinesh-Kumar, S. P., Tham, W, Baker, B. J. Structure-function analysis of the
tobacco mosaic virus resistance gene N. Proceedings of the National
Academy of Sciences of the United States of America, v.97, n.26, p.14789-
14794. 2000.
26
Diniz, L. E. C. Mapeamento físico da região cromossômica próxima ao gene de
resistência a Meloidogyne exigua (Mex-1) em Coffea arabica L. Tese.
Genética e Melhoramento, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2004.
115 p.
Diniz, L. E. C., Sakiyama, N. S., Lashermes, P., Caixeta, E. T., Oliveira, A. C.
B., Zambolim, E. M., Loureiro, M. E., Pereira, A. A., Zambolim, L. Analysis of
AFLP markers associated to the Mex-1 resistance locus in Icatu progenies.
Crop Breeding and Applied Biotechnology, v.5, p.387-393. 2005.
Dita, M. A., Rispail, N., Prats, E., Rubiales, D., Singh, K. B. Biotechnology
approaches to overcome biotic and abiotic stress constraints in legumes.
Euphytica, v.147, p.1-24. 2006.
Dixon, M. S., Jones, D. A., Keddie, J. S., Thomas, C. M., Harrison, K., Jones, J.
D. The tomato Cf-2 disease resistance locus comprises two functional genes
encoding leucine-rich repeat proteins. Cell, v.84, n.3, Feb p.451-459. 1996.
Dolzan, M. 14 de abril é o dia internacional do café.
http://www.unificado.com.br/calendario/04/cafe.htm. 2005.
Durick, K., Mendlein, J., Xanthopoulos, K. G. Hunting with traps: genome-wide
strategies for gene discovery and functional analysis. Genome Research,
v.9, p.1019-1025. 1999.
Dvorak, J., Akhunov, E. D., Akhunov, A. R., Deal, K. R., Luo, M. Molecular
characterization of a diagnostic DNA marker for domesticated tetraploid
wheat provides evidence for gene flow from wild tetraploid wheat to
hexaploid wheat. Molecular and Molecular Evolution, v.23, p.1386-1396.
2006.
Ecker, J. R., Cook, D. Genome studies and molecular genetics Unwrapping
new layers of complexity in plant genomes. Current Opinion in Plant Biology,
v.7, p.99-101. 2004.
Edwards, D., Batley, J. Plant bioinformatics: from genome to phenome.
TRENDS in Biotechnology, v.22, n.5, p.232-237. 2004.
Ellis, J., Lawrence, G., Ayliffe, M., Anderson, P., Collins, N., Finnegan, J., Frost,
D., Luck, J., Pryor, T. Advances in the molecular genetic analysis of the flax-
flax rust interaction. Annual Review of Phytopathology, v.35, p.271-91. 1997.
Ellis, J., Jones, D. Structure and function of proteins controlling strain-specific
pathogen resistance in plants. Current Opinion in Plant Biology, v.1, p.288-
293. 1998.
Ellis, J., Dodds, P., Pryor, T. Structure, function and evolution of plant disease
resistance genes. Current Opinion in Plant Biology, v.3, p.278-284. 2000.
Ellis, J. G., Lawrence, G. J., Luck, J. E., Dodds, P. N. Identification of regions in
27
alleles of the flax rust resistance gene L that determine differences in gene-
for-gene specificity Plant Cell, v.11, n.3, p.495-506. 1999.
Eskes, A. B. Resistance. In: A. C. Kushallapa, Eskes, A. B. (Ed.). Coffee Rust:
epidemiology, resistance and management. Boca Raton, Florida: CRC
Press, 1989. Resistance, p.171-291
Fazuoli, L. C., Oliveira, A. C. B., Toma-Braghini, M., Silvarolla, M. B.
Identification and use of sources of durable resistance to coffee leaf rust at
IAC. In: L. Zambolim, Zambolim, E. M., Várzea, V. M. P. (Ed.). Durable
resistance to coffee leaf rust. Viçosa UFV, DFP 2005. Identification and use
of sources of durable resistance to coffee leaf rust at IAC, p.137-186
Fernandez, D., Santos, P., Agostini, C., Bon, M., Petitot, A., Silva, M. C.,
Guerra-Guimarães, L., Ribeiro, A., Argout, X., Nicole, M. Coffee (Coffea
arabica L.) genes early expressed during infection by the rust fungus
(Hemileia vastatrix). Molecular Plant Pathology, v.5, n.6, p.527-536. 2004.
Ferreira, M. A. J. F. Utilização das técnicas de marcadores moleculares na
genética de populações, na genética quantitativa e no melhoramento de
plantas. Boa Vista: Embrapa Roraima, v.1. 2003. 63 p. (Embrapa Roraima.
Documentos, 1).
Ferreira, M. E., Grattapaglia, D. Introdução ao uso de marcadores moleculares
em análise genética. Brasília: EMBRAPA-CENARGEN. 1998. 220 p.
Ferriol, M., Picó, B., Córdova, P. F., Nuez, F. Molecular diversity of a
germplasm collection of squash (Cucurbita moschata) determined by SRAP
and AFLP markers. Crop Science, v.44, p.653-664. 2004.
Feys, B. J., Parker. J. E. Interplay of signaling pathways in plant disease
resistance. Trends in Genetics, v.16, n.10, p.449-455. 2000.
Flavell, R. B. Plant biotechnology Moral dilemmas Current Opinion in Plant
Biology, v.3, p.143-146. 2000.
Fleischmann, R. D., Adams, M. D., White, O., Clayton, R. A., Kirkness, E. F.,
Kerlavage, A. R., Bult, C. J., Tomb, J., Dougherty, B. A., Merrick, J. M.,
Mckenney, K., Sutton, G., Fitzhugh, W., Fields, C., Gocayne, J. D., Scott, J.,
Shirley, R., Liu, L., Glodek, A., Kelley, J. M., Weidman, J. F., Phillips, C. A.,
Spriggs, T., Hedblom, E., Cotton, M. D., Utterback, T. R., Hanna, M. C.,
Nguyen, D. T., Saudek, D. M., Brandon, R. C., Fine, L. D., Fritchman, J. L.,
Fuhrmann, J. L., Geoghagen, N. S. M., Gnehm, C. L., Mcdonald, L. A.,
Small, K. V., Fraser, C. M., Smith, H. O., Venter, J. C. Whole-genome
random sequencing and assembly of Haemophilus influenzae Rd.(first
genome of free-living organism ever completely sequenced)(includes fold-
out genome map)(Cover Story). Science, v.269, n.5223, p.496-513. 1995.
Flor, H. H. Inheritance of pathogenicity in Melampsora lini. Phytopathology
,
v.32, p.653-669. 1942.
28
Fontes, J. R. M. Heterose, capacidade combinatória e divergência genética
estimada por análise de marcadores RAPD em cruzamentos entre cafeeiros
catuaí (Coffea arabica L.) e híbridos de timor. Fitotecnia, Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa, 2001. 140 p.
Fridman, E., Pichersky, E. Metabolomics, genomics, proteomics, and the
identification of enzymes and their substrates and products. Current Opinion
in Plan Biology, v.8, p.242-248. 2005.
Gai, X. W., Lal, S., Xing, L.Q., Brendel, V., and Walbot, V. Gene discovery
using the maize genome database ZmDB. Nucleic Acids Research, v.28,
p.94-96. 2000.
Gassmann, W., Hinsch, M. E., Staskawicz, B. J. The Arabidopsis RPS4
bacterial-resistance gene is a member of the TIR-NBS-LRR family of
disease-resistance genes. Plant Journal, v.20, n.3, Nov p.265-277. 1999.
Gelbart, W. M. Databases in genomic research. Science, v.282, p.659-661.
1998.
Geromel, C., Ferreira, L. P., Carmelo Guerreiro, S. M. C., Cavalari, A. A., Pot,
D., Pereira, L. P. P., Leroy, T., Vieira, L. G. E., Mazzafera, P., Marraccini, P.
Biochemical and genomic analysis of sucrose metabolism during coffee
(Coffea arabica) fruit development. Journal of Experimental Botany, v.57,
n.12, p.3243-3258. 2006.
Gesteira, A. S., Micheli, F., Carels, N., Silva, A. C., Gramacho, K. P., Schuster,
I., Macedo, J. N., Pereira, G. A. G., Cascardo, J. C. M. Comparative
Analysis of Expressed Genes from Cacao Meristems Infected by
Moniliophthora perniciosa. Annals of Botany, v.100, p.129-140. 2007.
Goff, S. A., Ricke, D., Lan, T., Presting, G., Wang, R., Dunn, M., Glazebrook, J.,
Sessions, A., Oeller, P., Varma, H., Halley, D., Hutchison, D., Martin, C.,
Katagiri, F., Lange, B. M., Moughamer, T., Xia, Y., Budworth, P., Zhong, J.,
Miguel, T., Paszkowski, U., Zhang, S., Colbert, M., Sun, W., Chen, L.,
Cooper, B., Park, S., Wood, T. C., Mao, L., Quail, P., Wing, R., Dean, R.,
Yu, Y., Zharkikh, A., Shen, R., Sahasrabudhe, S., Thomas, A., Cannings, R.,
Gutin, A., Pruss, D., Reid, J., Tavtigian, S., Mitchell, J., Eldredge, G., Scholl,
T., Miller, R. M., Bhatnagar, S., Adey, N., Rubano, T., Tusneem, N.,
Robinson, R., Feldhaus, J., Macalma, T., Oliphant, A., Briggs, S. A draft
sequence of the rice genome genome (Oryza sativa L. ssp japonica).
Science, v.269, n.5565, p.92-100. 2002.
Gostimsky, S. A., Kokaeva, Z. G., Konovalov, F. A. Studying plant genome
variation using molecular markers. Russian Journal of Genetics, v.41, n.4,
p.378-388. 2005.
Gouveia, M. M. C., Ribeiro, A., Várzea, V. M. P., Rodrigues-Jr, C. J. Genetic
diversity in Hemileia vastatrix based on RAPD markers. Mycologia
, v.97,
29
n.2, p.396-404. 2005.
Grant, M. R., Godiard, L., Straube, E., Ashfield, T., Lewald, J., Sattler, A., Innes,
R. W., Dangl, J. L. Structure of the Arabidopsis RPM1 gene enabling dual
specificity disease resistance. Science, v.269, p.843-846. 1995.
Grattapaglia, D. Genolyptus. In: A. Borém, Giúdice, M., Sediyama, T. (Ed.).
Melhoramento Genômico. Viçosa, 2003. Genolyptus, p.51-72
Grivet, L., Arruda, P. Sugarcane genomics: depicting the complex genome of an
important tropical crop. Current Opinion in Plant Biology, v.5, p.122-127.
2001.
Guo, W., Cai, C., Wang, C., Han, Z., Song, W., Wang, K., Niu, X., Wang, C., Lu,
K., Shi, B., Zhang. T. A microsatellite-based, gene-rich linkage map reveals
genome structure, function, and evolution in Gossypium. Genetics:
Published Articles Ahead of Print, published on April 3, 2007 as
10.1534/genetics.107.070375. 2007.
Guzzo, S. D. Aspectos bioquímicos e moleculares da resistência sistêmica
adquirida em cafeeiro contra Hemileia vastatrix. Centro de Energia Nuclear
na Agricultura, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. 236 p.
Hammond-Kosack, K. E., Jones, J. D. G. Resistance gene-dependent plant
defense responses. The Plant Cell, v.8, p.1773-1791. 1996.
Hammond-Kosack, K. E., Jones, D. G. Plant disease resistance genes. Annual
Review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology v.48, p.575-607.
1997.
Hammond-Kosack, K. E., Parker, J. E. Deciphering plant-pathogen
communication: fresh perspectives for molecular resistance breeding.
Current Opinion in Biotechnology, v.14, p.177-193. 2003.
Hamosh, A., Scott, A. F., Amberger, J., Valle, D., Mckusick, V. A. Online
Mendelian Inheritance in Man (OMIM). Human Mutation, v.15, p.57-61.
2000.
Höfte, H., Desprez, T., Amselem, J., Chiapello, H., Caboche, M., Moisan, A.,
Jourjon, M. F., Charpenteau, J. L., Berthomieu, P., Guerrier, D., Giraudat, J.,
Quigley, F., Thomas, F., Yu, D. Y., Mache, R., Raynal, M., Cooke, R.,
Grellet, F., Delseny, M., Parmentier, Y., Marcillac, G., Gigot, C., Fleck, J.,
Philipps, G., Axelos, M., Bardet, C., Tremousaygue, D., Lescure, B. An
inventory of 1152 expressed sequence tags obtained by partial sequencing
of cDNAs from Arabidopsis thaliana. Plant Journal, v.4, p.1051-1061. 1993.
Hu, J., Vick, B. A. Target Region Amplification Polymorphism: A Novel Marker
Technique for Plant Genotyping. Plant Molecular Biology Reporter, v.21,
p.289-294. 2003.
30
Hulbert, S. H., Webb, C. A., Smith, S. M., Sun, Q. Resistance gene complexes:
evolution and utilization. Annual Review of Phytopathology, v.39, p.285-312.
2001.
Jansson, S., Buckler, E. S. Genome studies and molecular genetics: Genomics
deeper and wider in order to understanding plant diversity. Current
Opinion in Plan Biology, v.10, p.107-108. 2007.
Jeffreys, A. J. W., V.; Thein, S.L. Hypervariable minisatellite regions in human
DNA. Nature, v.314, p.67-73. 1985.
Jia, Y., Mcadams, S. A., Bryan, G. T., Hershey, H. P., Valent, B. Direct
interaction of resistance gene and avirulence gene products confers rice
blast resistance. European Molecular Biology Organization Journal, v.19,
p.4004-4014. 2000.
Jones, D. A., Thomas, C. M., Hammond-Kosack, K. E., Balint-Kurti, P. J.,
Jones, J. D. G. Isolation of the tomato Cf-9 gene for resistance to
Cladosporiom fulvum by transposon tagging. Science, v.266, p.789-793.
1994.
Jones, J., D. G. Putting knowledge of plant disease resistance genes to work.
Current Opinion in Plan Biology, v.4, p.281-287. 2001.
Kaiser, J. From genome to functional genomics. Science, v.288, n.5472,
p.1715. 2005.
Kobe, B., Deisenhofer, J. Proteins with leucine-rich repeats. Current Opinion in
Structure Biology, v.8, n.5, p.409-416. 1995.
Kulikova, T., Aldebert, P., Althorpe, N., Baker, W., Baldwin, A., Bates, K.,
Browne, P., Van Den Broek, A., Castro, M., Cochrane, G., Duggan, K.,
Eberhardt, R., Faruque, N., Garcia-Pastor, M., Harte, N., Kanz, C.,
Leinonen, R. Lin, Q., Lombard, V., Lopez, R., Mancuso, R., Mchale, M.,
Nardone, F., Silventoinen, V., Stoehr, P., Stoesser, G., Tuli, M. A.,
Tzouvara, K., Vaughan, R., Wu, D., Zhu, W., Apweiler, R. The EMBL
nucleotide sequence database. Nucleic Acids Research, v.32, p.D27-D30.
2004.
Kulikova, T., Akhtar, R., Aldebert, P., Althorpe, N., Andersson, M., Baldwin, A.,
Bates, K., Bhattacharyya, S., Bower, L., Browne, P., Castro, M., Cochrane,
G., Duggan, K., Eberhardt, R., Faruque, N., Hoad, G., Kanz, C., Lee, C.,
Leinonen, R., Lin, Q., Lombard, V., Lopez, R., Lorenc, D., Mcwilliam, H.,
Mukherjee, G., Nardone, F., Pastor, M. P. G., Plaister, S., Sobhany, S.,
Stoehr, P., Vaughan, R., Wu, D., Zhu W., Apweiler, R. EMBL nucleotide
sequence database in 2006. Nucleic Acids Research, v.35, p.16-20. 2007.
Lashermes, P., Couturon, E., Moreau, N., Paillard, M., Louarn, J. Inheritance
and genetic mapping of self-incompatibility in Coffea canephora Pierre.
Theoretical and Applied Genetics
, v.93, p.458-462. 1996.
31
Lashermes, P., Andrzejewski, S., Bertrand, B., Combes, M. C., Dussert, S.,
Graziosi, G., Trouslot, P., Anthony, F. Molecular analysis of introgressive
breeding in coffee (Coffea arabica L.). Theoretical and Applied Genetics,
v.100, p.139-146. 2000.
Lashermes, P., Paczek, V., Trouslot, P., Combes, M. C., Couturon, E., Charrier,
A. Single-locus inheritance inthe allotetraployd Coffea arabica L. and
interspecific hybrid C. arabica X C. canephora. The Journal of Heredity,
v.91, n.1, p.81-85. 2000.
Lashermes, P. C., M-C., Robert, J., Trouslot, P., D'hont, A., Anthony, F.,
Charrier, A. Molecular characterisation and origin of the Coffea arabica L.
genome. Molecular and General Genetics v.261, p.259-266. 1999.
Lazo, G. R., Chao, S., Hummel, D. D., Edwards, H., Crossman, C. C., Lui, N.,
Matthews, D. E., Carollo, V. L., Hane, D. L., You, F. M., Butler, G. E., Miller,
R. E., Close, T. J., Peng, J. H., Lapitan, N. L. V., Gustafson, J. P., Qi, L. L.,
Echalier, B., Gill, B. S., Dilbirligi, M., Randhawa, H. S., Gill, K. S., Greene, R.
A., Sorrells, M. E., Akhunov, E. D., Dvorak, J.,Linkiewicz, A. M., Dubcovsky,
J., Hossain, K. G., Kalavacharla, V., Kianian, S. F., Mahmoud, A. A.,
Miftahudin,Ma, X. F., Conley, E. J., Anderson, J. A., Pathan, M. S., Nguyen,
H. T., Mcguire, P. E., Qualset, C. O., Anderson, O. D. Development of an
Expressed Sequence Tag (EST) Resource for Wheat (Triticum aestivum L.):
EST Generation, Unigene Analysis, Probe Selection and Bioinformatics for a
16,000-Locus Bin-Delineated Map. Genetics, v.168, p.585-593. 2004.
Lehman, P. Structure an evolution of plant disease resistance genes Journal Of
Applied Genetics, v.43, n.4, p.403-414. 2002.
Leister, R. T., Ausubel. F. M., Katagiri, F. Molecular recognition of pathogen
attack occurs inside of plant cells in plant disease resistance specified by the
Arabidopsis genes RPS2 and RPM1. Proceedings of the National Academy
of Sciences of the United States of America, v.93, p.15497-15502. 1996.
Li, G., Quiros, C. F. Sequence-related amplified polymorphism (SRAP), a new
marker system based on a simple PCR reaction: its application to mapping
and gene tagging in Brassica. Theoretical and Applied Genetics, v.103,
p.455-461. 2001.
Li, L., Hong, R., Hastings, W. Three functional luciferase domains in a single
polypeptide chain. Proceedings of the National Academy of Sciences of the
United States of America, v.94, n.17, p.8954-8958. 1997.
Liang, F., Holt, I., Pertea, G., Karamycheva, S., Salzberg, S. L., Quackenbush,
J. An optimized protocol for analysis of EST sequences. Nucleic Acids
Research, v.28, n.18, p.3657-3665. 2000.
Lin, C., Mueller, L. A., Carthy, J. M., Crouzillat, D., Pétiard, V., Tanksley, S. D.
Coffee and tomato share common gene repertoires as revealed by deep
32
sequencing of seed and cherry transcripts. Theoretical and Applied
Genetics, v.112, n.1, p.114-130. 2005.
Litt, M., Lutty, J.A 44:397-401. An hypervariable microsatellite revealed by in
vitro amplification of a dinucleotide repeat within the cardiac muscle actin
gene. American Journal of Human Genetics, v.44, p.397-401. 1989.
Luo, M., Dang, P., Guo, B. Z., He, G., Holbrook, C. C., Bausher, M. G., Lee, R.
D. Generation of expressed sequence tags (ESTs) for gene discovery and
marker development in cultivated peanut. Crop Science, v.45, p.346-353.
2005.
Lupas, A. Coiled coils: new structures and new functions. Trends in Biochemical
Science, v.21, n.10, p.375-82. 1996.
Madlung, A., Comai, L. The effect of stress on genome regulation and structure.
Annals of Botany, v.94, p.481-495. 2004.
Maglott, D., Fatz, K. S., Sicotte, H., Pruitt, K. D. NCBI's LocusLink and RefSeq.
Nucleic Acids Research, v.28, n.1, p.126-128. 2000.
Maglott, D., Ostell, J., Pruitt, K. D., Tatusova, T. Entrez Gene: gene-centered
information at NCBI. Nucleic Acids Research, v.35, p.D26–D31. 2007.
Maluf, M. P., Silvestrini, M., Ruggiero, L. M. C., Filho, O. G., Colombo, C. A.
Genetic diversity of cultivated Coffea arabica inbred lines assessed by
RAPD, AFLP and SSR marker systems. Scientia Agricola (Piracicaba,
Braz.), v.62, n.4, p.366-373. 2005.
Manifesto, M. M., Schlatter, A. R., Hopp, H. E., Suárez, E. Y., Dubcovsky, J.
Quantitative evaluation of genetic diversity in wheat germplasm using
molecular markers. Crop Science, v.41, p.682-690. 2001.
Margis-Pinheiro, M., Sandroni, M., Lummerzheim, M. Oliveira, D. E. A defesa
das plantas contra as doenças. Ciência Hoje. 147 1999.
Martienssen, R., Mccombie, W. R. The First Plant Genome. Cell, v.105, p.571-
574. 2001.
Martin, G., Brommonschenkel, S., Chunwongse, J., Frary, A., Ganal, M.,
Spivey, R., Wu, T., Earle, E., Tanksley, S. Map-based cloning of a protein
kinase gene confering disease resistance in tomato. Science, v.262, p.1432-
1436. 1993.
Martin, G. Functional analysis of plant disease resitance genes and their
downstream effectors. Current Opinion in Plan Biology, v.2, p.273-279.
1999.
Martin, G., Bogdanove, A., Sessa, G. Understanding the functions of plant
disease resistance proteins. Annual Review of Plant Biology
, v.54, p.23-61.
33
2003.
Matthews, B. F., Devine, T. E., Weisemann, J. M., Beard, H. S., Lewers, K. S.,
Macdonald, M. H., Park, Y., Maiti, R., Lin, J., Kuo, J., Pedroni, M. J., Cregan,
P. B., Saunders, J. A. Incorporation of sequenced cDNA and genomic
markers into the soybean genetic map. Crop Science, v.41, p.516-521.
2001.
Mcdowell, J. M., Dhandaydham, M., Long, T. A., Aarts, M. G. M., Goff, S.,
Holub, E. B, Dangl, J. L. Intragenic recombination and diversifying selection
contribute to the evolution of downy mildew resistance at the RPP8 locus of
Arabidopsis. Plant Cell, v.10, n.11, p.1861-1874. 1998.
Mcdowell, J. M., Woffenden, B. J. Plant disease resistance genes: recent
insights and potential applications. Trends in Biotechnology, v.21, n.4,
p.178-83. 2003.
Mcginnis, S., Madden, T. L. BLAST: at the core of a powerful and diverse set of
sequence analysis tools. Nucleic Acids Research, v.32, p.w20-w25. 2004.
Meinke, D., Tanksley, S. Genome studies and molecular genetics: The
maturation and specialization of plant genomics. Current Opinion in Plan
Biology, v.3, p.95-96. 2000.
Meinke, D. W., Cherry, J. M., Dean, C., Rounsley, S. D., Koornneef, M.
Arabidopsis thaliana: A model plant for genome analysis. Science, v.282,
p.662-682. 1998.
Melchers, L. S., Stuiver, M. H. Novel genes for disease-resistance breeding.
Current Opinion in Plant Biology v.3, p.147-152. 2000.
Meyers, B. C., Dickerman, A. W., Michelmore, R. W., Sivaramakrishnan, S.,
Sobral, B. W., Young, N. D. Plant disease resistance genes encode
members of an ancient and diverse protein family within the nucleotide-
binding superfamily. Plant Journal, v.20, n.3, p.317-332. 1999.
Meyers, B. C., Kozik, A., Griego, A., Kuang, H., Michelmore, R. W. Genome-
wide analysis of NBS-LRR-encondingo genes in arabidopsis. The Plant Cell,
v.15, p.809-834. 2003.
Meyers, B. C., Kaushik, S., Nandety, R. S. Evolving disease resistance genes.
Current Opinion in Plan Biology, v.8, p.129-134. 2005.
Michelmore, R. Genomic approaches to plant disease resistance. Current
Opinion in Plan Biology, v.3, p.125-131. 2000.
Michelmore, R. W., Paran, I., Kesseli, R. V. Identification of markers linked to
disease-resistance genes by bulked segregant analysis: A rapid method to
detect markers in specific genomic regions by using segregating
populations. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United
34
States of America, v.88, p.9828-9832. 1991.
Michelmore, R. W., Meyers, B. C. Clusters of resistance genes in plants evolve
by divergent selection and a birth-and-death process. Genome Research,
v.8, p.1113-1130. 1998.
Miklas, P. N., Hub, J., Grünwaldc, N. J., Larsena, K. M. Potential application of
TRAP (Targeted Region Amplified Polymorphism) markers for mapping and
tagging disease resistance traits in common bean Crop Science, v.46,
p.910-916. 2006.
Milach, S. C. K. Marcadores moleculares em plantas. Porto Alegre. 1998. 141
p. (UFRGS)
Mindrinos, M., Katagiri, F., Yu, G. L., Ausubel, F. M. The A. thaliana disease
resistance gene RPS2 encodes a protein containing a nucleotide-binding
site and leucine-rich repeats. Cell, v.78, n.6, p.1089-1099. 1994.
Mitchell-Olds, Y., Clauss, M. J. Plant evolutionary genomics. Current Opinion in
Plant Biology, v.5, p.74-79. 2002.
Mlot, C. Plant biology in the genome era. Science, v.281, n.5375, p.331-332.
1998.
Moffett, P., Farnham, G., Peart, J., Baulcombe, D. C. Interaction between
domains of a plant NBS-LRR protein in disease resistance-related cell
death. The EMBO Journal, v.21, n.17, p.4511-4519. 2002.
Moloney, M., Peacock, J. Plant biotechnology. Current Opinion in Plant Biology,
v.8, p.163-164. 2005.
Moore, G., Devos, K, M., Wang, Z., Gale, M. D. Grasses, line up and form a
circle. Current Biology, v.5, n.7, p.737-739. 1995.
Moreno, G., Peña, M., Acuña, R., Aponte, M. E., Herrera, J. C., Molina, D.,
Gaitán, A., Cristancho, M., Moncada, P., Góngora, C., Cadena, G.
Aplicaciones de la biotecnologia al mejoramiento genético del café, en
Colombia. In: I. Iapar (Ed.). International Seminar on Biotechnology in the
Coffee Agroindustry Londrina Curitiba : UFPR, 2000. Aplicaciones de la
biotecnologia al mejoramiento genético del café, en Colombia, p.47-53
Muñoz, L. C., Blair, M. W., Duque, M. C., Tohme, J., Roca, W. Introgression in
common bean X tepary bean interspecific congruity-backcross lines as
measured by AFLP markers. Crop Science, v.44, p.637-645. 2004.
Nagy, E. D., Lelley, T. Genetic and physical mapping of sequence-specific
amplified polymorphic (SSAP) markers on the 1RS chromosome arm of rye
in a wheat background. Theoretical and Applied Genetics, v.107, p.1271-
1277. 2003.
35
Nasu, S., Suzuki, J., Ohta, R., Hasegawa, K., Yui, R., Kitazawa, N., Monna, L.,
Minobe, Y. Search for and Analysis of Single Nucleotide Polymorphisms
(SNPs) in Rice (Oryza sativa, Oryza rufipogon) and Establishment of SNP
Markers. DNA Research, v.9, p.163-171. 2002.
Newcomb, R. D., Crowhurst, R. N., Gleave, A. P., Rikkerink, E. H. A., Allan, A.
C., Beuning, L. L., Bowen, J. H., Gera, E., Jamieson, K. R., Janssen, B. J.,
Laing, W. A., Mcartney, S., Nain, B., Ross, G. S., Snowden, K. C., Souleyre,
E. J. F., Walton, E. F., Yauk, Y. K. Analyses of Expressed Sequence Tags
from Apple. Plant Physiology, v.144, p.147-166. 2006.
Nogueira, F. T. S., Rosa-Jr, V. E., Menossi, M., Ulian, E. C., Arruda, P. RNA
expression profiles and data mining of sugarcane response to low
temperature. Plant Physiology, v.132, p.1811-1824. 2003.
Noir, S., Combes, M. C., Anthony, F., Lashermes, P. Origin, diversity and
evolution of NBS-type disease-resistance gene homologues in coffee trees
(Coffea L.). Molecular Genetics Genomics, v.265, p.654-662. 2001.
Noir, S., Anthony, F., Bertrand, B., Combes, M. C., Lashermes, P. Identification
of a major gene (Mex-1) from Coffea canephora conferring resistance to
Meloidogyne exigua in Coffea arabica. Plant Pathology, v.52, p.97-103.
2003.
Noir, S., Patheyron, S., Combes, M-C., Lashermes, P., Chalhoub, B.
Construction and characterisation of a BAC library for genome analysis of
the allotetraploid coffee species (Coffea arabica L.). Theoretical and Applied
Genetics, v.109, p.225-230. 2004.
Oliveira, A. C. B., Caixeta, E. T., Zambolim, E. M., Diniz, L. E. C. Avanços
Tecnológicos em Biologia Molecular: Marcadores de DNA no Melhoramento
do Cafeeiro. In: L. Zambolim (Ed.). Produção integrada de café. Viçosa:
UFV/DFP, 2003. Avanços Tecnológicos em Biologia Molecular: Marcadores
de DNA no Melhoramento do Cafeeiro, p.247-278
Ori, N., Eshed, Y., Paran, I., Presting, G., Aviv, D., Tanksley, S., Zamir, D.,
Fluhra, R. The 12C family from the wiIt disease resistance locus 12 belongs
to the nucleotide binding, leucine-rich repeat superfamily of plant resistance
genes. The Plant Cell, v.9, p.521-532. 1997.
Orozco-Castillo, C., Chalmers, K. J., Waugh, R., Powell, W. Detection of
genetic diversity and selective gene introgression in coffee using RAPD
markers. . Theoretical and Applied Genetics, v.87, p.934-940. 1994.
Orozco-Castillo, C., Chalmers, K. J., Powell, W., Waugh, R. RAPD and
organelle specific PCR re-affirms taxonomic relationships within the genus
Coffea. Plant Cell Reports, v.15, n.5, p.337-341. 1996.
Paillard, M. L., P., Pétiard, V. Construction of a molecular linkage map in coffee.
Theoretical and Applied Genetics
, v.93, p.41-47. 1996.
36
Pan, Q., Wendel, J., Fluhr, R. Divergent evolution of plant NBS-LRR resistance
gene homologues in dicot and cereal genomes. Journal of Molecular
Evolution, v.50, n.3, p.203-213. 2000.
Paran, I. M., R.W. Development of reliable PCR-based markers linked to downy
mildew resistence genes in lettuce. Theoretical and Applied Genetics, v.85,
p.985-993. 1993.
Parker, J. E., Coleman, M. J., Szabo, V., Frost, L. N., Schmidt, R.,
Vanderbiezen, E. A., Moores, T., Dean, C., Daniels, M. J., Jones, J. D. G.
The Arabidopsis downy mildew resistance gene RPP5 shares similarity to
the toll and interleukin-1 receptors with N and L6. Plant Cell, v.9, n.6, p.879-
894. 1997.
Parniske, M., Hammondkosack, K. E., Golstein, C., Thomas, C. M., Jones, D.
A., Harrison, K., Wulff, B. B. H.,Jones, J. D. G. Novel disease resistance
specificities result from sequence exchange between tandemly repeated
genes at the Cf-4/9 locus of tomato. Cell, v.91, n.6, p.821-832. 1997.
Pashley, C. H., Ellis, J. R., Mccauley, D. E., Burke, J. M. EST databases as a
source for molecular markers: Lessons from Helianthus. The Journal of
Heredity, v.97, n.4, p.381-388. 2006.
Pei, X., Li, S., Jing, Y., Zhang, Y., Wang, Z., Jia, S. Isolation, characterization
and phylogenetic analysis of the resistance gene analogues (RGAs) in
banana (Musa spp.). Plant Science. 2007.
Perrin, R. M., Wigge, P. A. Genome studies and molecular genetics: Plant
biotechnology - Web alert. Current Opinion in Plan Biology, v.5, p.89-90.
2002.
Perry, D. J., Bousquet, J. Genetic diversity and mating system of post-fire and
porst-harvest black spruce: an investigation using codominant sequence-
tagged-site (STS) markers. Canadian Journal of Forest Resources, v.31,
p.32-40. 2001.
Pertsemlidis, A., Fondon, J. Having a BLAST with bioinformatics (and avoiding
BLASTphemy). Genome Biology, v.2, n.10, p.1-10. 2001.
Pickeral, O., Boguski, M. S. The bioinformatics bookshelf: teach yourself
computational biology. Cell, v.96, n.4, p.451-455. 1999.
Picoult-Newberg, L., Ideker, T. E., Pohl, M. G., Taylor, S. L., Donaldson, M. A.,
Nickerson, D. A., Boyce-Jacino, M. Mining SNPs from EST databases.
Genome Research, v.9, p.167-174. 1999.
Pinto, F. O., Maluf, M. P., Guerreiro-Filho, O. Study of simple sequence repeat
markers from coffee expressed sequences associated to leaf miner
resistance. Pesquisa Agropecuária Brasileira
, v.42, n.3, p.377-384. 2007.
37
Poncet, V., Hamon, P., Sauvage De Saint Marc, M. B., Bernard, T., Hamon, S.,
Noirot, M. Base composition of Coffea AFLP sequences and their
conservation within the genus. The Journal of Heredity, v.96, n.1, p.59-65.
2005.
Pontius, J. U., Wagner, L., Schuler, G. D. UniGene: a unified view of the
transcriptome. In: J. Mcentyre, Ostell,J. (Ed.). The NCBI Handbook. National
Center for Biotechnology Information, Bethesda, MD. , 2003. UniGene: a
unified view of the transcriptome.
Prakash, N. S., Marques, D. V., Varzea, V. M. P., Silva, M. C., Combes, M. C.
Lashermes, P. Introgression molecular analysis of a leaf rust resistance
gene from Coffea liberica into C. arabica L. Theoretical and Applied
Genetics, v.109, p.1311-1317. 2004.
Prosdocimi, P., Cerqueira, G. C., Binneck, E., Silva, A. F., Reis, A. N.,
Junqueira, A. C. M., Santos, A. C. F., Júnior, A. N., Wust, C. I., Filho, F. C.,
Kessedjian, J. L., Petretski, J. H., Camargo, L. P., Ferreira, R. G. M., Lima,
R. P., Pereira, R. M., Jardim, S., Sampaio, V. S., Folgueras-Flatschart, A. V.
Bioinformática: Manual do usuário. Biotecnologia, Ciência &
Desenvolvimento, v.29, p.12-25. 2002.
Pruitt, K., Maglott, D. R. RefSeq and LocusLink: NCBI gene-centered
resources. Nucleic Acids Research, v.29, n.1, p.137-140. 2001.
Pruitt, K. D., Katz, K. S., Sicotte, H., Maglott, D. R. Introducing RefSeq and
LocusLink: curated human genome resources at the NCBI. Trends in
Genetics, v.16, p.44-47. 2000.
Pruitt, K. D., Tatusova, T., Maglott, D. R. NCBI reference sequence project:
update and current status. Nucleic Acids Research, v.31, n.1, p.34-37. 2003.
Pruitt, K. D., Tatusova, T., Maglott, D. R. NCBI reference sequence (RefSeq): a
curated non-redundant sequence database of genomes, transcripts and
proteins. Nucleic Acids Research, v.33, p.501-504. 2005.
Rabinowicz, P. D., Bennetzen, J. L. The maize genome as a model for efficient
sequence analysis of large plant genomes. Current Opinion in Plant Biology,
v.9, p.149-156. 2006.
Raina, S. N., Mukai, Y., Yamamoto, M. In situ hybridization identifies the diploid
species of Coffea arabica (Rubiaceae). Theoretical and Applied Genetics,
v.97, p.1204-1209. 1998.
Richly, E., Kurth, J., Leister, D. Mode of amplification and reorganization of
resistance genes during recent Arabidopsis thaliana evolution. Molecular
Biology Evolution, v.19, p.76-84. 2002.
Richmond, T., Somerville, S. Chasing the dream: plant EST microarrays.
38
Current Opinion in Plan Biology, v.3, p.108-116. 2000.
Richter, T. E., Ronald, P. C. The evolution of disease resistance genes. Plant
Molecular Biology, v.42, n.1, p.195-204. 2000.
Ronald, P. C. Resistance gene evolution. Current Opinion in Plan Biology, v.1,
p.294-298. 1998.
Roos, D. S. Bioinformatics trying to swim in a sea of data. Science, v.291,
p.1260-1261. 2001.
Rose, E. A. Applications of the polymerase chain reaction to genome analysis.
The FASEB Journal, v.5, p.46-54. 1991.
Rossi, M., Araujo, P. G., Paulet, F., Garsemeur, O., Dias, V. M., Chen, H.,
Sluys, V., D'hont, A. Genomic distribution and characterization of EST-
derived resistance genes analogs (RGAs) in sugarcane. Molecular Genetics
and Genomics, v.269, p.406-419. 2003.
Rouz, P., Pavyt, N., Rombauts, S. Genome annotation: which tools do we have
for it? Current Opinion in Plan Biology, v.2, p.90-95. 1999.
Rowland, L. J., Mehra, S., Dhanaraj, A. L., Ogden, O. L., Slovin, J. P.
Developmento of EST-PCR markers for DNA fingerprinting and genetic
relationship studies in blueberry (Vaccinum, section Cyanococcus). Journal
of the American Society for Horticultural Science, v.128, n.5, p.682-690.
2003.
Rowland, L. J., Dhanaraj, A. L., Polashock, J. J., Arora, R. Utility of Blueberry-
derived EST-PCR. HortScience, v.38, n.7, p.1428-1432. 2003.
Ruas, P. M., Ruas, C. F., Azevedo. L. B., Carvalho, V. P., Ruas, E. A., Sera, T.
Identificação de marcador molecular ligado ao porte de planta em C.
Arabica. I Simpósio de Pesquisa de Cafés do Brasil. Poços de Caldas/MG,
2000. 153-155 p.
Rudd, S., Schoof, H., Mayer, K. PlantMarkers—a database of predicted
molecular markers from plants. Nucleic Acids Research, v.33, p.d628-d632.
2005.
Sales, R. M. O. B., Barbosa, A. V., Silva, F. R. O banco de dados do “Projeto
Genoma Café” na EMBRAPA Recursos Genéticos e Biotecnologia
(CENARGEN). V Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. Águas de
Lindóia, SP, 2007.
Salmeron, J., Herrera-Estrella, L. R. Plant biotechnology Fast-forward genomics
for improved crop production. Current Opinion in Plan Biology, v.9, p.177-
179. 2006.
Santos, C. M. R., Martins, N. F., Silva, F. R., Costa, M. M., Souza-Jr., M. T. O
39
Projeto Genoma da Bananeira – uma iniciativa mundial para o benefício dos
pequenos produtores. Revista Brazila Esperantisto, v.325. 2003.
Santos, F. R., Ortega, J. M. Bioinformática. In: A. Borém, Del Giúdice, M.,
Sedyiama, T. (Ed.). Melhoramento Genômico. Viçosa, MG: UFV, v.1, 2003.
Bioinformática, p.165-185
Saraste, M., Sibbald, P. R., Wittinghofer, A. The P-loop--a common motif in
ATP- and GTP-binding proteins. Trends in Biochemical Sciences, v.15, n.11,
p.430-434. 1990.
Sasaki, T., Burr. B. International Rice Genome Sequencing Project: the effort to
completely sequence the rice genome. Current Opinion in Plan Biology, v.3,
p.138-141. 2000.
Schubert, R., Mueller-Starck, G., Riegel, R. Development of EST-PCR markers
and monitoring their intrapopulational genetic variation in Picea abies (L.)
Karst. Theoretical and Applied Genetics, v.103, p.1223-1231. 2001.
Sera, T., Ruas, P. M., Ruas, C. F., Diniz, L. E. C., Carvalho, V. P., Rampim, L.,
Ruas, E. A., Silveira, S. R. Genetic polymorphism among 14 elite Coffea
arabica L. cultivars using RAPD markers associated with restriction
digestion. Genetics and Molecular Biology, v.26, n.1, p.59-64. 2003.
Sera, T., Sera, G. H., Ito, D. S., Doi, D. S. Coffee breeding for durable
resistance to leaf rust disease at Instituto Agronômico do Paraná. In: L.
Zambolim, Zambolim, E. M., Várzea, V. M. P (Ed.). Durable resistance to
coffee leaf rust. Viçosa : UFV, DFP, 2005. Coffee breeding for durable
resistance to leaf rust disease at Instituto Agronômico do Paraná, p.187-214
Shanmugam, V. Role of extracytoplasmic leucine rich repeat proteins in plant
defence mechanisms. Microbiological Research, v.160, n.1, p.83-94. 2005.
Shoemaker, R., Keim, P., Vodkin, L., Retzel, E., Clifton, S. W., Waterston, R.,
Smoller, D., Coryell, V., Khanna, A., Erpelding, J., Gai, X., Brendel, V.,
Raph-Schmidt, C., Shoop., Vielweber, C. J., Schmatz, M., Pape. D.,
Theising, B., Martin, J., Dante, M., Wylie, T., Granger, C. A Compilation of
Soybean ESTs: Generation and Analysis. Genome, v.45, p.329-338. 2002.
Silva, A. B., Wanderley-Nogueira, A. C., Silva, R. R. M., Berlarmino, L. C.,
Soares-Cavalcanti, N. M., Benko-Iseppon, A. M. In silico survey of
resistance (R) genes in Eucalyptus transcriptome. Genetics and Molecular
Biology, v.28, n.3, p.562-574. 2005.
Silva, F. G., Iandolino, A., Al-Kayal, F., Bohlmann, M. C., Cushman, M. A., Lim,
H., Ergul, A., Figueroa, R., Kabuloglu, E. K., Osborne, C., Rowe, J.,
Tattersall, E., Leslie, A., Xu, J., Baek, J., Cramer, G. R., Cushman, J. C.,
Cook, D. R. Characterizing the grape transcriptome. Analysis of expressed
sequence tags from multiple Vitis species and development of a
compendium of gene expression during berry development. Plant
40
Physiology, v.139, p.574-597. 2005.
Silva, M. C., Várzea, V., Guerra-Guimarães, L., Azinheira, H. G., Fernandez, D.,
Petitot, A., Bertrand, B., Lashermes, P., Nicole, M. Coffee resistance to the
main diseases: leaf rust and coffee berry disease. Brazilian Journal of Plant
Physiology, v.18, n.1, p.119-147. 2006.
Siqueira, T. V. A cultura do Café: 1961-2005. BNDES Setorial. Rio de Janeiro,
p.205-270. 2005
Snowdon, R. J., Friedt, W. Molecular markers in Brassica oilseed breeding:
current status and future possibilities. Plant Breeding, v.123, p.1-8. 2004.
Somerville, C., Somerville, S. Plant functional genomics. Science, v.285, p.380-
383. 1999.
Song, W. Y., Wang, G. L., Chen, L. L., Kim, H. S., Pi, L. Y., Holsten, T.,
Gardner, J., Wang, B., Zhai, W., Zhu, L., Fauquet, C., Ronald, P. A receptor
kinase-like protein encoded by the rice disease resistance gene, Xa21.
Science, v.270, p.1804-1806. 1995.
Staskawicz, B. J., Ausubel, F. M., Maker, B. J., Ellis, J. G., Jones, J. D. G.
Molecular genetics of plant disease resistance. Science, v.268, p.661-667.
1995.
Staskawicz, B. J. Genetics of plant-pathogen interactions specifying plant
disease resistance. Plant Physiology, v.125, p.73-76. 2001.
Steiger, D. L., Nagai, C. Moore, P. H., Morden, C. W., Osgood, R. V., Ming, R.
AFLP analysis of genetic diversity within and among Coffea arabica
cultivars. Theoretical and Applied Genetics, v.105, p.209-215. 2002.
Stein, L. Genome annotation: from sequence to biology. Nature Reviews
Genetics, v.2, p.493-503. 2001.
Sterck, L., Rombauts, S., Vandepoele, K., Rouzé, P., Peer, Y. V. How many
genes are there in plants (. . . and why are they there)? Current Opinion in
Plan Biology, v.10, p.199-203. 2007.
Stokstad, E. Genomes highlight plant pathogens’ powerful arsenal. Science,
v.313, p.1217. 2006.
Tai, T. H., Dahlbeck, D., Clark, E. T., Gajiwala, P., Pasion, R., Whalen, M. C.,
Stall, R. E., Staskawicz, B. J. Expression of the Bs2 pepper gene confers
resistance to bacterial spot disease in tomato. Proceedings of the National
Academy of Sciences of the United States of America, v.96, n.4, p.14153-
14158. 1999.
Tateno, Y., Imanishi, T., Miyazaki, S., Fukami-Kobayashi, K., Saitou, N.,
Sugawara, H., Gojobori, T. DNA Data Bank of Japan (DDJB) for genome-
41
scale research in life science. Nucleic Acids Research, v.30, n.1, p.27-30.
2002.
Tedesco, N. S., Sakiyama, N. S., Zambolim, L., Teixera, T. A., Pereira, A. A.
Marcadores OPF-151280 e OPC-091120 ligados ao gene de resistência à
ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix Berk. et Br.). I Simpósio de
Pesquisa dos Cafés do Brasil. Poços de Caldas, 2000. 169-171 p.
Temesgem, B., Brown, G. R., Harry. D. E., Kinlaw, C. S., Sewell, M. M., Neal,
D.B. Genetic mapping pf expressed sequence tag polymorphism (ESTP)
markers in loblolly pine (Pinus taeda L.). Theoretical and Applied Genetics,
v.102, p.664-675. 2001.
The-Arabidopsis-Genome-Initiative. Analysis of the genome sequence of the
flowering plant Arabidopsis thaliana. Nature, v.408, p.796-815. 2000.
Thomas, C. M., Jones, D. A., Parniske, M., Harrison, K., Balint-Kurti, P. J.,
Hatzixanthis, K., Jones, J. D. G. Characterization of the tomato Cf-4 gene for
resistance to Cladosporium fulvum identifies sequences that determine
recognitional specificity in Cf-4 and Cf-9. Plant Cell, v.9, n.12, p.2209-2224.
1997.
Torto, T. A., Li, S., Styer, A., Huitema, E., Testa, A., Gow, N. A. R., West, P. V.,
Kamoun, S. EST mining and functional expression assays identify
extracellular effector proteins from the plant pathogen Phytophthora.
Genome Research, v.13, p.1675-1685. 2003.
Toyoda, K., Collins, N. C., Takahashi, A., Shirasu, K. Resistance and
susceptibility of plants to fungal pathogens. Transgenic Research, v.11,
p.567-582. 2002.
Traut, T. W. The functions and consensus motifs of nine types of peptide
segments that form different types of nucleotide-binding sites. European
Journal of Biochemistry, v.229, p.9-19. 1994.
Tsumura, Y., Suyama, Y., Yoshimura, K., Shirato, N., Mukai, Y. Sequence-
tagged-sites (STSs) of cDNA clones in Cryptomeria japonica and their
evaluation as molecular markers in conifers. Theoretical and Applied
Genetics, v.94, p.764-772. 1997.
Udall, J. A., Swanson, J. M., Haller, K., Rapp, R. A., Sparks, M. E., Hatfield, J.,
Yu, Y., Wu, Y., Dowd, C., Arpat, A. B., Sickler, B. A., Wilkins, T. A., Guo, J.
Y., Chen, X. Y., Scheffler, J., Taliercio, E., Turley, R., Mcfadden, H., Payton,
P., Klueva, N., Allen, R., Zhang, D., Haigler, C., Wilkerson, C., Suo, J.,
Schulze, S. R., Pierce, M. L., Essenberg, M., Kim, H., Llewellyn, D. J.,
Dennis, E. S., Kudrna, D., Wing, R., Paterson, A. H., Soderlund, C., Wendel,
J. F. A global assembly of cotton ESTs. Genome Research, v.16, p.441-450.
2006.
Udall, J. A., Swanson, J. M., Haller, K., Rapp, R. A., Sparks, M. E., Hatfield, J.,
42
Yu, Y., Wu, Y., Dowd, C., Arpat, A. B., Sickler, B. A., Wilkins, T. A., Guo, J.
Y., Chen, X. Y., Scheffler, J., Taliercio, E., Turley, R., Mcfadden, H., Payton,
P., Klueva, N., Allen, R., Zhang, D., Haigler, C., Wilkerson, C., Suo, J.,
Schulze, S. R., Pierce, M. L., Essenberg, M., Kim, H., Llewellyn, D. J.,
Dennis, E. S., Kudrna, D., Wing, R., Paterson, A. H., Soderlund, C., Wendel,
J. F. A global assembly of cotton ESTs. Genome Research, v.16, p.441-450.
20069.
Van Der Biezen, E. A., Jones, J. D. The NB-ARC domain: a novel signaling
motif shared by plant resistance gene products and regulators of cell death
in animals. Current Biology, v.8, n.7, Mar, p.R226-227. 1998.
Van Der Biezen, E. A., Sun, J., Coleman, M. J., Bibb, M. J., Jones, J. D. G.
Arabidopsis RelA/SpoT homologs implicate (p)ppGpp in plant signaling
Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of
America, v.97, n.7, p.3747-3752. 2000.
Van Der Linden, C. G., Wouters, D. C. A. E., Mihalka, V., Kochieva, E. Z.,
Smulders, M. J. M., Vosman, B. Efficient targeting of plant disease
resistance loci using NBS profiling. Theoretical and Applied Genetics, v.109,
p.384-393. 2004.
Várzea, V. M. P., Marques, D. V. Population variability of Hemileia vastatrix vs.
coffee durable resistance. In: L. Zambolim, Zambolim, E. M., Várzea, V. M.
P. (Ed.). Durable resistance to coffee leaf rust. Viçosa : UFV, DFP, 2005.
Population variability of Hemileia vastatrix vs. coffee durable resistance,
p.53-74
Vettore, A. L., Silva, F. R., Kemper, E. L., Souza, G. M., Silva, A. M., Ferro, M. I.
T., Henrique-Silva, F., Giglioti, E. A., Lemos, M. V. F., Coutinho, L. L.,
Nobrega, M. P., Carrer, H., França, S. C., Bacci-Jr, M., Goldman, M. H. S.,
Gomes, S. L., Nunes, L. R., Camargo, L. E. A., Siqueira, W. J., Sluys, M. V.,
Thiemann, O. H., Kuramae, E. E., Santelli, R. V., Marino, C. L., Targon, M.
L. P. N., Ferro, J. A., Silveira, H. C. S., Marini, D. C., Lemos, E. G. M.,
Monteiro-Vitorello, C. B., Tambor, J. H. M., Carraro, D. M., Roberto, P. G.,
Martins, V. G., Goldman, G. H., Oliveira, R. C., Truffi, D., Colombo, C. A.,
Rossi, M., Araujo, P. G., Sculaccio, S. A., Angella, A., Lima, M. M. A., Rosa-
Jr, V. E., Siviero, F., Coscrato, V. E., Machado, M. A., Grivet, L., Mauro, S.
M. Z., Nobrega, F. G., Menck, C. F. M., Braga, M. D. V., Telles, G. P., Cara,
F. A. A., Pedrosa, G., Meidanis, J., Arruda, P. Analysis and functional
annotation of an expressed sequence tag collection for tropical crop
sugarcane. Genome Research, v.13, p.2725-2735. 2003.
Vieira, L. G., Andrade, A. C., Colombo, C.A., Pereira, G. A. Coffee genome
project: a resource for functional genomics. In: L. Zambolim, Zambolim, E.
M., Várzea, V. M. P. (Ed.). Durable resistance to coffee leaf rust. Viçosa :
UFV, DFP, 2005. Coffee genome project: a resource for functional
genomics, p.363-396
Vieira, L. G. E., Andrade, A. C., Colombo, C. A., Moraes, A. H. A., Metha, A.,
43
Oliveira, A. C., Labate, C. A., Marino, C. L. e C. B. Monteiro-Vitorello, Monte,
D. C., Giglioti, E., Kimura, E. T., Romano, E., Kuramae, E. E., Lemos, E. G.
M., Almeida, E. R. P., Jorge, E. C., Albuquerque, E. V. S., Silva, F. R.,
Vinecky, F., Sawazaki, H. E., Dorry, H. F. A., Carrer, H., Abreu, I. N.,
Batista, J. A. N., Teixeira, J. B., Kitajima, J. P., Xavier, K. G., Lima, L. M.,
Camargo, L. E. A., Pereira, L. F. P., Coutinho, L. H., Lemos, M. V. F.,
Romano, M. R., Machado, M. A., Costa, M. M. C., Sá, M. F. G., Goldman,
M. H. S., Ferro, M. I. T., Tinoco, M. L. P., Oliveira, M. V., Sluys, M. V.,
Shimizu, M. M., Maluf, M. P., Eira, M. T. S., Filho, O. G., Arruda, P.,
Mazzafera, P., Mariani, P. D. S. C., Oliveira, R. L. B. C., Harakava, R.,
Balbao, S. F., Tsai, S. M., Mauro, S. M. Z., Santos, S. N., Siqueira, W. J.,
Costa, G. G. L., Formighieri, E. F., Carazzolle, M. F., Pereira, G. A. G.
Brazilian coffee genome project: an EST-based genomic resource. Brazilian
Journal of Plant Physiology, v.18, n.1, p.95-108. 2006.
Vos, P., Hogers, R., Bleeker, M., Reijans, M., Van-De-Lee, T., Hornes, M.,
Friters, A., Pot, J., Paleman, J., Kuiper, M., Zabeau, M AFLP: a new
technique for DNA fingerprinting. Nucleic Acids Research, v.23, n.21,
p.4407-4414. 1995.
Wang, G., Ruan, D., Song, W., Sideris, S., Chen, L., Pi, L., Zhang, S., Zhang,
Z., Fauquet, C., Gaut, B. S., Whalen, M. C., Ronald, P. C. Xa21D ecodes a
receptor-like molecule with a leucine-rich repeat domain that determines
race-specific recognition and is subject to adaptive evolution Plant Cell, v.10,
n.5, p.765-779. 1998.
Wheeler, D. L., Smith-White, B., Chetvernin, V., Resenchuk, S., Dombrowski, S.
M., Pechous, S. W., Tatusova, T., Ostell, J. Plant genome resources at the
National Center for Biotechnology Information. Plant Physiology, v.138,
p.1280-1288. 2005.
Wheeler, D. L., Barrett, T., Benson, D. A., Bryant, S. H., Canese, K.,
Chetvernin, V., Church, D. M., Dicuccio, M., Edgar, R., Federhen, S., Geer,
L. Y., Kapustin, Y., Khovayko, O., Landsman, D., Lipman, D. J., Madden, T.
L., Maglott, D. R., Ostell, J., Miller, V., Pruitt, K. D., Schuler, G. D., Sequeira,
E., Sherry, S. T., Sirotkin, K., Souvorov, A., Starchenko, G., Tatusov, R. L.,
Tatusova, T. A., Wagner, L., Yaschenko, E. . Database resources of the
National Center for Biotechnology Information. Nucleic Acids Research,
v.35, p.5-12. 2007.
Williams, J. C. G. K., A. R.; Livak, K. J.; Rafalski, J. A., Tingey, S. V. DNA
polymorphisms amplified by arbitrary primers are useful as genetic markers.
Nucleic Acids Research, v.18, p.6531-6535. 1990.
Winslow, R. L., Boguski, M. S. Genome informatics: current status and future
prospects. Circulation Research Journal of The American Heart
Association, v.92, p.953-961. 2003.
Wolfsberg, T. G., Landsman, D. A comparison of expressed sequence tags
(ESTs) to human genomic sequences. Nucleic Acids Research
, v.25,
44
p.1626-1632. 1997.
Wolfsberg, T. G., Wetterstrand, K. A., Guyer, M. S., Collins, F. S., Baxevanis, A.
D. A user’s guide to the human genome. Nature Genetics v.32, p.1-79.
2002.
Yamamoto, K., Sasaki, T. L. Large-scale EST sequencing in rice. Plant
Molecular Biology, v.35, p.135-144. 1997.
Yang, W., Scheffler, B. E., Weston, L. A. Recent developments in primer design
for DNA markers in higher plants. HortScience, v.41, n.4, p.1006. 2006.
Young, N. D. The genetic architecture of resistance. Current Opinion in Plant
Biology, v.3, n.4, p.285-290. 2000.
Zambolim, L. Produção Integrada de Café. Viçosa: DFP/UFV. 2003. 4170 p.
Zambolim, L., Zambolim, E. M.,Várzea, V. M. P. Durable Resistance to Coffee
Leaf Rust. Viçosa. 2005. 540 p.
Zambolim, L., Zambolim, E. M., Do Vale, F. X. R., Pereira, A. A., Sakiyama, N.
S., Caixeta, E. T. Physiological races of Hemileia vastatrix Berk. Et Br. In
Brazil – Physiological variability, current situation and future prospects. In: L.
Zambolim, Zambolim, E. M., Várzea, V. M. P. (Ed.). Durable resistance to
coffee leaf rust. Viçosa : UFV, DFP, 2005. Physiological races of Hemileia
vastatrix Berk. Et Br. In Brazil Physiological variability, current situation
and future prospects, p.75-98
Zatz, M. M. Bioinformatics training in the USA. Briefings in Bioinformatics, v.3,
n.4, p.353-360. 2002.
Zhang, J., Zhang, L., Coombes, K. R. Gene sequence signatures revealed by
mining the UniGene affiliation network. Bioinformatics, v.22, n.4, p.385-391.
2006.
45
CAPÍTULO 1
IDENTIFICAÇÃO DE SEQÜÊNCIAS EXPRESSAS DO GENOMA DO
CAFÉ POTENCIALMENTE ASSOCIADAS COM A RESISTÊNCIA A
DOENÇAS
46
1. INTRODUÇÃO
O seqüenciamento de ESTs (Expressed Sequence Tags) é um método
rápido e apresenta boa relação de custo benefício para a obtenção de dados
de interesse em genomas. Por esta razão, esse método tem se tornado um
segmento crescente nas bases de dados públicas (Wolfsberg e Landsman,
1997). Em plantas, o seqüenciamento de ESTs foi inicialmente feito para as
espécies modelo arabidopsis (Höfte et al., 1993) e arroz (Yamamoto e Sasaki,
1997). Posteriormente, grande quantidade de seqüência ESTs de outras
espécies, incluindo milho (Zea mays L., Gai et al., 2000), soja [Glycine max (L.)
Merr., Shoemaker et al., 2002], trigo (Triticum aestivum L., Lazo et al., 2001),
batata (Solanum tuberosum, Ronning et al., 2003) e algodão (Gossypium
hirsutum, Udal et al., 2006), além de várias outras foram depositadas no
dbEST.
As informações geradas pelo seqüenciamento desses genomas têm
facilitado e acelerado a identificação de genes responsáveis por características
agronômicas desejáveis, possibilitando a manipulação subseqüente de genes
de interesse por meio de técnicas de genética molecular.
A cultura do café também está sendo beneficiada pela revolução
genômica. No Projeto Brasileiro do Genoma Café (PBGC) foram identificados
cerca de 33.000 unigenes a partir de 214.964 ESTs de 37 bibliotecas de
tecidos em diferentes estados fisiológicos de Coffea arabica, C. canephora e C.
racemosa. Estas ESTs foram agrupadas, resultando em 17.982 contigs e
32.155 singlets (Vieira et al., 2006). Todos estes dados, além de várias
ferramentas genéticas e genômicas que auxiliam os estudos e pesquisas,
foram disponibilizados pelo Laboratório de Genômica e Expressão (LGE) e pela
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen).
O objetivo principal de um trabalho de genômica é identificar genes
responsáveis por características importantes. Os genes de resistência a
doenças estão entre as classes de genes mais importantes para o
melhoramento, sendo responsáveis por respostas imunes específicas incluindo
o reconhecimento de patógenos e ativação de mecanismos de defesa.
Desta forma, este trabalho foi realizado com o objetivo de identificar, por
meio da análise in silico, seqüências do banco de dados do PBGC
47
potencialmente envolvidas com a resistência do cafeeiro a doenças. Estas
ESTs serão úteis para desenvolver novos e eficientes marcadores moleculares
para assistirem os programas de melhoramento do cafeeiro.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Base de dados
Para a mineração das seqüências potencialmente envolvidas com a
resistência do cafeeiro a patógenos, analisou-se as ESTs do PBGC por meio
da plataforma de bioinformática do LGE (http://www.lge.ibi.unicamp.br/cafe/).
2.2. Estratégias de mineração
Para o trabalho de mineração foram utilizadas três diferentes
estratégias, aqui denominadas de Electronic Northern, Palavras-Chave e
Seqüências Publicadas.
2.2.1. Electronic Northern
Esta estratégia foi baseada nos dados fornecidos pela ferramenta
Electronic Northern. Todas as 214.964 ESTs provenientes das 37 bibliotecas
de cDNA (Tabela 1.1) foram agrupadas e os clusters (contigs e singlets)
formados. A porcentagem normalizada de ESTs das bibliotecas que constituem
cada um dos contigs foi descrita. Nesta estratégia, foram selecionados para
análise apenas os clusters constituídos por pelo menos uma EST da biblioteca
RM1 (biblioteca de folhas de Coffea arabica infectadas com bicho mineiro e
ferrugem), pois esta biblioteca é uma fonte potencial de seqüências envolvidas
no processo de resistência da planta contra doenças.
48
Tabela 1.1: Bibliotecas do Projeto Brasileiro do Genoma Café com os respectivos números
de reads aceitos.
Coffea arabica
Biblioteca
Descrição Reads aceitos
AR1 Folhas com tratamento de ácido araquidônico 2.364
BP1 Bion positive - plântulas inteiras + células 6.218
CA1 Calo 4.278
CB1 Células em suspensão com bion e brassinosteróides 8.237
CL2 Calo com e sem bion - curta 9.294
CS1 Células em suspensão com sais 7.804
EA1 Calos embriogênicos 4.847
EB1 Embrião de frutos 138
EM1 Embrião de sementes germinando 139
FB1 Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 - longa 7.537
FB2 Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 - curta 5.429
FB4 Botão floral estádio 3 e botão floral estádio 4 - curta 2.705
FR1 Botão floral nº 6, chumbinho nº 1, frutos estádios 1 e 2 - longa
3.369
FR2 Botão floral nº 6, chumbinho nº 1, frutos estádios 1 e 2 - curta 5.474
IA1 Calos embriogênicos
IA2 Linhagem embriogênica (folha) com indução de 2,4D 2.052
IC1 Linhagem não embriogênica (folha) sem indução de 2,4D 2.227
LP1 Plântulas com tratamento de ácido araquidônico 2.301
LV4 Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion - longa 4.742
LV5 Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion - curta 6.724
LV8 Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion - longa 7.320
LV9 Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion - curta 3.017
NS1 Raízes com nematóide 321
PA1 Linhagem embriogênica (calos primários) 1.761
PC1 Linhagem não embriogênica (folhas) com indução de 2,4D 2.204
RM1 Folhas com ferrugem e bicho mineiro 3.512
RT3 Raiz sem bion - longa 356
RT5 Raiz com bion - longa 1.507
RT8 Raiz e células em suspensão na presença de aluminio - curta
5.074
RX1
Ramos infectados com Xylella
7.117
SH2 Estresse hídrico no campo (pool de tecidos) 5.185
SI3 Sementes germinando (inteira) 7.493
SS1 Condições normais - irrigado (pool de tecidos) 702
Coffea canephora
Biblioteca
Descrição Reads aceitos
EC1 Calos embriogênicos 6.632
SH1 Folhas - estresse hídrico - curta 89
Coffea racemosa
Biblioteca
Descrição Reads aceitos
FR4 Fruto 5.436
FV2 Fruto verde - estádio 1, 2 e 3 - curta 5.080
A ferramenta Electronic Northern está disponível na plataforma de
bioinformática do LGE. No lado esquerdo da página da plataforma estão
listadas as ferramentas e links de serviços. Para acessar a ferramenta
Electronic Northern, basta clicar sobre o link com esse nome. Uma nova página
49
se abre, onde o usuário deve escolher as espécies com as quais deseja
trabalhar. As opções são: CA - Coffee Arabica, CC Coffee Canephora, CR
Coffee Racemosa e All Species.
Assim que é feita a escolha, é necessário fornecer o login e a senha do
pesquisador responsável. Na página da ferramenta é possível organizar as
seqüências (Singlets ou Contigs) pelo nome, por meio da ordem alfabética; por
biblioteca, por meio da percentagem normalizada decrescente de ESTs da
biblioteca escolhida, presente em cada contig; por gene, por meio da ordem
crescente do número de identificação do gene (gi) ao qual o contig está
relacionado; e pelo componente celular, processo biológico ou função
molecular, por meio da ordem decrescente da numeração do GO.
2.2.2. Palavras-Chave
Realizou-se uma busca na literatura científica por termos
conhecidamente relacionadas com o mecanismo de resistência a doenças.
Estas palavras-chave foram utilizadas como “iscas” para mineração dos dados,
e as seqüências obtidas foram depositadas no sistema de gerenciamento e
manipulações de seqüências, o Gene Projects. Cada projeto recebe o nome de
uma palavra-chave e armazena as ESTs a ela relacionadas.
Os projetos criados foram: LRR, NBS, Resistance, Chitinase,
Cytochrome P450, Glucanase, HSP (Heat Shock Protein), Thaumatin
Chalconesyntase, Hypersensitive, Pathogenesis, Polyphenoloxidase, Importin,
Glucosyltransferase e Phytoalexin. As ESTs de cada projeto foram agrupadas
formando os contigs, que foram comparados com seqüências do GenBank pelo
programa BLAST.
O sistema Gene Projects pode ser acessado clicando sobre o link
presente no lado esquerdo da plataforma de bioinformática do LGE. Uma nova
página se abre, onde o usuário deve escolher as espécies com as quais deseja
trabalhar. As opções são: CA - Coffee Arabica, CC Coffee Canephora e CR
Coffee Racemosa. Assim que é feita a escolha, é necessário fornecer o login e
a senha do pesquisador responsável, e posteriormente, o login e a senha do
usuário.
50
Na gina de Inclusão e Manutenção de Projetos é possível criar e
editar projetos. Para criar um projeto basta clicar em “criar novo projeto”. Deve-
se dar um título e uma breve descrição para o projeto, além de fornecer o e-
mail do usuário.
Para acrescentar seqüências ao projeto, deve-se selecionar o projeto
com o qual o usuário deseja trabalhar, na página de Inclusão e Manutenção de
Projetos. Na página do projeto em questão, clicar em “acrescentar novos
reads”. É possível buscar as ESTs desejadas por meio de cinco estratégias:
Reads Search, Keyword Search, BLAST Search, All Reads e Pattern Search.
Para a estratégia de Palavras-Chave foi uilizada a busca por palavras-chave
(Keyword Search). Após selecionar essa estratégia, basta digitar o termo de
busca e clicar em find now”. È possível também fazer uma pesquisa booleana,
utilizando os operadores AND, OR e NOT, em caso de busca por mais de um
termo simultaneamente.
A página de respostas apresentará todas as seqüências que contenham
o termo de busca na anotação do BLAST. Nessa página pode-se selecionar as
seqüências uma a uma, clicando sobre os boxes laterias, ou pode-se
selecionar todas de uma vez, clicando na opção “selecionar todas” na parte
inferior da página. Após a seleção deve-se enviar as ESTs selecionadas para
a página de busca, clicando em “enviar reads”.
Depois de enviar as ESTs selecionadas para a página de busca, é
necessário exportá-las para o projeto em questão. A seleção das ESTs pode
ser feita uma a uma, clicando sobre os boxes laterais, ou clicando na opção
“select all”. Posteriormente, deve-se clicar em “exportar reads selecionados”.
Após a exportação das ESTs para o projeto, basta clicar em “voltar” para
acessar a página do projeto onde estarão armazenadas as ESTs que foram
exportadas.
Na página do projeto é possível agrupar as ESTs, afim de obter
seqüências consenso, maiores e mais representativas. Para isso, deve-se
selecionar as seqüências a serem agrupadas, uma a uma ou todas, clicando
em “selecionar todos” e depois clicar em “clusterizar”. Para verificar o resultado
do agrupamento, basta clicar em “visualizar clusterização”.
Na página dos clusters pode-se visualizar os contigs e os singlets
formados pelo agrupamento. Clicando em “view” o usuário pode visualizar a
51
montagem do contig formado. O hyperlink da coluna “reads” permite a
verificação das ESTs que constituem cada contig. É possível organizar as
seqüências da página de clusters pelo nome, score, e-value, percentagem de
erro ou comprimento total da seqüência. É possível ainda, fazer uma busca de
similaridade para os contigs formados, clicando em “iniciar blastagem”.
2.2.3. Seqüências Publicadas
Nesta estratégia foi realizada uma busca por similaridade entre
seqüências publicadas que codificam genes de cafeeiros relacionados à
resistência a patógenos (Chen et al., 2003; Fernandez et al., 2004; Lin et al.,
2005; Ganesh et al., 2006) com as do PBGC. As ESTs encontradas no PBGC
foram, posteriormente, submetidas a uma comparação com o banco de dados
NR (non redundant) do NCBI, por meio do programa BLAST, para verificar a
sua anotação.
A estratégia Seqüências Publicadas foi realizada utilizando a ferramenta
“Search”, disponível na plataforma de bioinformática do LGE. O link para a
ferramenta está presente no lado esquerdo da plataforma. As opções dessa
ferramenta são: BLAST Local, Keyword Search in BLAST Results e All BLAST
Results. Para a estratégia Seqüências Publicadas foi utilizada a opção BLAST
Local. Depois de escolher a opção é necessário fornecer o login e a senha do
pesquisador responsável para acessar a ferramenta.
Na gina do BLAST é possível escolher o tipo de programa a ser
utilizado: blastn, blastp, blastx, tblastn e tblastx. É possível também escolher a
base de dados do PBGC com a qual a seqüência publicada será comparada.
Para fazer a busca, basta colar a seqüência de interesse no campo de
busca e, após escolher o programa e a base de dados, clicar em “search”. A
página de resposta é bem similar à do BLAST do NCBI, apresentando um
resultado gráfico dos alinhamentos e mostrando as seqüências da base de
dados do PBGC que apresentam similaridade com a seqüência de interesse,
com seus respectivos valores de score e e-value.
52
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Electronic Northern
Após o agrupamento de todas as seqüências do genoma, foram
formados 2.206 clusters que continham pelo menos uma ESTs da biblioteca
RM1. Deste total, 602 foram formados apenas por ESTs da biblioteca
RM1(100% RM1), 21 por seqüências com 99% a 75% e 213 de 74% a 50%
das ESTs provenientes da RM1 (Tabela 1.2).
Tabela 1.2: Número de clusters formados por ESTs da Biblioteca RM1
Estratégia Electronic Northern Número de seqüências % em relação a RM1
Seqüências com ESTs da RM1 2.206
100
Seqüências 50% a 74% de ESTs da RM1 213
9,65
Seqüências 75% a 99% de ESTs da RM1 21
0,95
Seqüências 100% dos ESTs da RM1 602
27,29
Como essas seqüências são de genes expressos no momento de
infecção da planta por bicho mineiro e ferrugem, existe a possibilidade de que
elas tenham uma função no processo de infecção e ao mecanismo de defesa
da planta contra esses estresses bióticos. De fato, vários clusters formados
apenas por ESTs da biblioteca RM1 apresentaram similaridade com proteínas
reconhecidamente relacionadas com esse processo como, por exemplo, LRR,
proteína quinase, citocromo P450, proteína de susceptibilidade e apoptose
celular (importina - alfa), proteína putativa de ligação ao DNA, entre outras
(Tabela 1.3).
Tabela 1.3: Anotação dos clusters formados apenas por ESTs da
biblioteca RM1
Anotação Clusters
No hits found
135
Proteína Expressa
48
Proteínas não-conhecidas Proteína Hipotética 113
Proteína Desconhecida 21
Proteína Quinase 8
Transportador ABC (Cassete de ligação a ATP) 6
Proteína LRR 4
Citocromo P450 3
Outros 264
Total 602
53
Das 602 seqüências formadas exclusivamente por ESTs da biblioteca
RM1, 317 (52,65%) não têm similaridade com nenhum gene presente no banco
de dados (Figura 1.1). Essas seqüências podem ser únicas de cafeeiro, ou de
algum gene que ainda não foi descrito. São, portanto dados novos e devem ser
analisados minuciosamente.
Os clusters formados por 50 a 99% de ESTs da biblioteca RM1 também
exibiram anotação de proteínas envolvidas no processo de defesa da planta
contra doenças. Alguns exemplos foram proteína dedo de zinco, proteína de
resistência a doença, proteína quinase putativa, proteína de membrana,
chalcone redutase, entre outras.
Anotação dos
clusters
100% RM1
317; 53%
285; 47%
Similaridade com genes não conhecidos
Similaridade com genes conhecidos
Figura 1.1. Anotação dos clusters formados exclusivamente
por ESTs da biblioteca RM1.
Os processos biológicos com os quais os clusters 100% RM1 estão
envolvidos incluem metabolismo, transporte, regulação da transcrição,
enovelamento de proteínas, biossíntese, entre outros (Tabela 1.4).
Tabela 1.4: Processos biológicos dos clusters formados
exclusivamente por ESTs da biblioteca RM1
Processo Biológico Clusters
Não definido 281
Desconhecido 51
Transporte 105
Metabolismo 44
Biossínthese 32
Fosforilação de proteínas e aminácidos 20
Regulação da transcrição, DNA-dependente 17
Proteólise e Peptidolise 14
Enovelamento de Proteína 7
Outros 31
Total 602
54
Mais da metade dos clusters 100% RM1 (332; 55,15%) possuem
processo biológico desconhecido (Figura 1.2).
As funções moleculares apresentadas pelos clusters 100% RM1
incluíram atividade catalítica, ligação a ácidos nucléicos, ligação a nucleotídeos
entre outros (Tabela 1.5). A função de ligação a nucleotídeos pode estar
relacionada com o mecanismo de resistência da planta, uma vez que o domínio
NBS de proteínas de resistência a doenças é encontrado em uma grande
variedade de proteínas com a função de ligação a ATP ou GTP em diversos
organismos (Traut, 1994 e Saraste et al., 1990).
Processos biológicos dos
clusters
100% RM1
332; 55%
270; 45%
Processos biológicos não conhecidos
Processos biológicos conhecidos
Figura 1.2. Processos biológicos dos clusters formados
exclusivamente por ESTs da biblioteca RM1.
Tabela 1.5: Funções moleculares dos clusters formados
exclusivamente por ESTs da biblioteca RM1
Função Molecular Clusters
Não definida 259
Desconhecida 23
Atividade Catalítica 29
Ligação a DNA 20
Ligação a Ácidos Nucleicos 13
Ligação a Nucleotídeos 12
Ligação a RNA 4
Outras 242
Total 602
De modo semelhante à anotação e ao processo biológico,
aproximadamente metade (282; 46,84%) dos clusters 100% RM1
apresentaram função molecular desconhecida (Figura 1.3).
55
Funções moleculares dos
clusters
100% RM1
282; 47%
320; 53%
Funções moleculares não conhecidas
Funções moleculares conhecidas
Figura 1.3. Funções moleculares dos clusters formados
exclusivamente por ESTs da biblioteca RM1.
A maior parte dos clusters 100% RM1 que possuem componente celular
definido está relacionada com a membrana (66 clusters). Foram encontrados
também clusters relacionados com o cloroplasto, núcleo e citoplasma, entre
outros (Tabela 1.6).
Tabela 1.6: Componentes celulares dos clusters formados
exclusivamente por ESTs da biblioteca RM1
Componente celular Clusters
Não definido 393
Desconhecido 30
Membrana 66
Cloroplasto 36
Citoplasma 10
Núcleo 10
Mitocôndria 8
Outros 49
Total 602
Com relação ao organismo homólogo, foram encontrados clusters 100%
RM1 similares a seqüências de Arabidopsis thaliana, Oryza sativa, Nicotiana
sp, Solanum tuberosum, Lycopersicon esculentum, entre outras espécies
(Tabela 1.7). Esta análise mostrou ainda que existem clusters similares a
seqüências de bactérias (Pseudomonas sp. e Bordetella sp.) e até mesmo à
mosca das frutas (Drosophila melanogaster). Esses resultados indicam que
pode ter ocorrido contaminação. Uma outra hipótese é a existência de genes
conservados entre essas espécies.
56
Tabela 1.7: Espécies que apresentaram seqüências similares
aos clusters formados exclusivamente por ESTs
da biblioteca RM1
Organismo homólogo Clusters
Arabidopsis thaliana
177
Oryza sativa
39
Pseudomonas sp.
43
Nicotiana sp.
9
Bordetella sp.
6
Lycopersicon esculentum
3
Solanum tuberosum
3
Drosophila melanogaster
2
Outros 320
Total 602
3.2. Palavras-chave
Foram mineradas um total de 11.793 ESTs nos 15 projetos criados
(Figura 1.4). Os projetos CytochromeP450, Resistance e Chitinase foram os
que tiveram o maior número de ESTs, com 2.441 (20,70%), 1.864 (15,81%) e
1.855 (15,73%) respectivamente (Tabela 1.8). Os projetos menos abundantes
em ESTs foram Phytoalexin, Polyphenoloxidase e Hypersensitive, com 12
(0,10%), 67 (0,57%) e 86 (0,73%) respectivamente.
Após o agrupamento das ESTs presentes em cada um destes projetos
(Tabela 1.8), os contigs formados foram submetidos a uma análise
comparativa, por meio do BLAST. A anotação de cada contig foi analisada,
visando a obtenção do maior número de informações relevantes sobre os
prováveis genes de resistência a doenças.
Com a palavra-chave LRR (Leucine Rich Repeat Repetições Ricas em
Leucina) foi possível minerar 825 ESTs.
O domínio LRR possui, entre outras funções, a de facilitar a interação da
proteína R com o seu fator Avr (elicitor) relacionado podendo fornecer
diferentes especificidades de reconhecimento para fatores Avr alterados
(Parniske et al., 1997). De fato, em vários sistemas planta-patógeno, a variação
da seqüência na região LRR, mostrou ser responsável por diferentes
especificidades de reconhecimento ou de resistência (Parniske et al., 1997;
Thomas et al., 1997; Botella et al., 1998; Wang et al., 1998; Ellis et al., 1999).
57
% de ESTs dos projetos
7,00%
4,19%
15,81%
15,73%
20,70%
5,44%
2,04%
2,69%
1,30%
0,73%
8,30%
0,57%
4,51%
10,90%
0,10%
LRR NBS Resistance
Chitinase CytochromeP450 Glucanase
HSP (Heat Shock Protein) Thaumatin Chalconesynthase
Hypersensitive Pathogenesis Polyphenoloxidase
Importin Glucosyltransferase Phytoalexin
Figura 1.4: Porcentagem relativa do numero de ESTs dos 15 projetos criados pela
estratégia Palavras-Chave.
Tabela 1.8: Número de ESTs de cada um dos 15 projetos criados a
partir de palavras-chave e número de contigs e singlets
formados como resultado do agrupamento.
Projeto
ESTs
Contigs
Singlets
Chalconesynthase 153
5
8
Chitinase 1.855
47
48
CytochromeP450 2.441
235
202
Glucanase 642
92
68
Glucosyltransferase 1.286
130
160
HSP (Heat Shock Protein) 240
31
27
Hypersensitive 86
8
4
Importin 532
11
14
LRR 825
160
243
NBS 494
105
142
Pathogenesis 979
63
37
Polyphenoloxidase 67
4
3
Phytoalexin 12
3
2
Resistance 1864
347
416
Thaumatin 317
16
7
TOTAL
11.793
1.257
1.381
58
Foram encontradas ESTs com similaridade a proteínas de resistência a
doenças, proteínas NBS-LRR, proteínas quinases, dentre outras (Tabela 1.9).
Tabela 1.9: ESTs encontradas no projeto LRR
Anotação Nº ESTs
Proteína de Resistência a Doenças 249
Proteína NBS-LRR 120
Proteína LRR 116
Proteína de Resistência 62
Receptor LRR de Proteína Quinase 62
Rad-51 (Fifty one) like, Short RFS-1, f-box protein Fbl2 (51.6 kD) (rfs-1Co)
20
Coronatina-insensível 1 (COI1), AtFBL2 19
Proteína Hipotética F6H11.60 12
Proteína EILP receptora de LRR Elicitora-indutível 11
Proteína F-box e LRR 10
Outras 144
Total
825
As ESTs encontradas nesse projeto tiveram similaridade com genes de
espécies vegetais como Arabidopsis thaliana, Oryza sativa, Nicotiana tabacum,
Glycine max e Phaseolus vulgaris, e também animais como Rattus norvegicus
e Homo sapiens (Tabela 1.10).
A análise dos contigs revelou a presença de genes de resitência a
doenças com domínios conservados pfam00931NB-ARC (Nucleotide Binding in
APAF-1, R gene products, e CED-4) e COG4886 LRR. Dos 160 contigs
formados, 58 apresentaram e-value menor que 1
-10
. As informações destes
contigs estão apresentadas na Tabela 1.11.
O contig 158, anotado como resistance protein KR4, Glycine max, foi o
de menor tamanho, com 476 pb. O contig 49, anotado como putative NBS-LRR
type disease resistance protein, de Prunus persica, foi o de tamanho maior,
com 3.281 pb.
Quatro contigs foram formados por pelo menos uma EST da biblioteca
RM1 (48, 95, 117 e 143). O contig 48 foi anotado como Disease resistance
protein (CC-NBS-LRR class), putative, de Arabidopsis thaliana, apresentou
2.255 pb e foi formado por 13 ESTs, sendo que apenas uma delas é da
biblioteca RM1. O contig 95, anotado como Disease resistance-like protein, de
Coffea arabica, com 778 pb, foi formado por duas ESTs da biblioteca RM1.
59
Tabela 1.10: Espécies que apresentaram
seqüências similares às
ESTs encontradas no
projeto LRR
Organismo Nº ESTs
Arabidopsis thaliana
287
Solanum sp.
120
Oryza sativa
102
Hordeum vulgare
37
Nicotiana tabacum
29
Rattus norvegicus
19
Phaseolus vulgaris
18
Glycine max
17
Manihot esculenta
15
Homo sapiens
10
Outros 171
Total
825
O contig 117 foi anotado como putative disease related protein 2, de
Oryza sativa, com 1.886 pb e formado por quatro ESTs, sendo uma da
biblioteca RM1.
O contig 143, anotado como NBS-LRR disease resistance protein
homolog, de Hordeum vulgare, com 841 pb, foi formado por três ESTs, sendo
uma da biblioteca RM1.
Usando a palavra-chave NBS (Nucleotide Binding Site – Sítio de Ligação
a Nucleotídeo) foram encontradas 494 ESTs do PBGC. Dentre elas, destacam-
se as anotações: proteínas de resistência, proteínas NBS-LRR e proteínas de
resistência a doenças (Tabela 1.12), que corresponderam a 84,81% do número
total de ESTs presentes nesse projeto.
Acredita-se que o domínio NBS participa da ativação dos componentes
da transdução de sinais, levando a respostas de resistência patógeno-
específicas (Aarts et al., 1998; Feys e Parker, 2000; Van Der Biezen et al.,
2000).
As ESTs encontradas nesse projeto apresentaram similaridade com
genes de Arabidopsis thaliana, Oryza sativa, Glycine max, Solanum sp. e
Phaseolus vulgaris, entre outras (Tabela 1.13).
60
Tabela 1.11: Relação de Contigs com e-value menor que 1
-10
formados pelo agrupamento do projeto LRR e o respectivo número de ESTs de cada biblioteca.
Contig Definição Organismo Domínio 1 Domínio 2 # pb # ESTs
C
A
1
L
V
4
L
V
5
L
V
8
L
V
9
C
L
2
F
R
1
F
R
2
F
B
1
F
B
2
F
B
4
R
T
8
B
P
1
R
M
1
C
B
1
C
S
1
F
R
4
E
A
1
E
C
1
I
C
1
P
C
1
I
A
2
R
X
1
P
A
1
S
I
3
S
H
2
S
S
1
4
very similar to disease
resistance proteins
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 985 2 1 1
6
NBS/LRR disease
resistance protein RPM1
Arabidopsis lyrata pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 1121 2 2
8
similar to NBS-LRR type
resistance gene
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 946 2 1 1
9
disease resistance protein
(CC-NBS-LRR class),
putative
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain pfam01576:Myosin tail 953 2 1 1
11
putative resistance
complex protein I2C-2
Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 762 2 1 1
12
putative late blight
resistance protein
Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 858 2 2
13 putative RGH1A Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain 782 2 2
21 fom-2 protein Cucumis melo 1579 9 4 1 4
23
potato resistance-like
protein I2GA-SH23-1
Solanum tuberosum pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 996 2 1 1
24 fom-2 protein Cucumis melo pfam00931NB-ARC domain 1852 3 1 1 1
25 disease resistance protein Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 867 4 4
27 disease resistance protein Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 912 4 2 2
30
putative leucine-rich
repeat disease resistance
protein
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 1335 7 4 1 1 1
33
Disease resistance
protein BS2
Capsicum chacoense pfam00931NB-ARC domain 2540 15 1 4 2 5 2 1
35
putative disease
resistance protein RPH8A
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 1857 7 1 1 1 4
37
disease resistance protein
RPH8A (RPP8 homolog
A)
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 2164 5 1 1 1 1 1
40
blight resistance protein
RGA1
Solanum bulbocastanum pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 1540 2 1 1
43
disease resistance
protein, putative
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 561 2 1 1
44
putative disease
resistance protein RPH8A
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 1981 6 2 3 1
46
putative disease
resistance protein
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 1500 2 1 1
47
disease resistance-like
protein
Coffea canephora pfam00931NB-ARC domain 1025 3 2 1
48
disease resistance protein
(CC-NBS-LRR class),
putative
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 2255 13 1 1 4 1 1 1 1 1 2
49
putative NBS-LRR type
disease resistance protein
Prunus persica pfam00931NB-ARC domain 3281 15 4 1 1 1 2 3 1 2
*Bibliotecas: AR1 - Folhas com tratamento de ácido araquidônico. BP1 - Bion positive - plântulas inteiras + células. CA1 Calo. CB1 - Células em suspensão com bion e brassinosteróides. CL2 - Calo com e sem bion curta.
CS1 - Células em suspensão com sais. EA1 - Calos embriogênicos. EB1 - Embrião de frutos. EM1 - Embrião de sementes germinando. FB1 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 – longa. FB2 - Botão floral estádio 1 e
botão floral estádio 2 curta. FB4 - Botão floral estádio 3 e botão floral estádio 4 curta. FR1 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 longa. FR2 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2
curta. IA1 - Calos embriogênicos. IA2 - Linhagem embriogênica (folha) com indução de 2,4D. IC1 - Linhagem não embriogênica (folha) sem indução de 2,4D. LP1 - Plântulas com tratamento de ácido araquidônico. LV4 - Folhas
de ponteiro ortotrópicas sem bion longa. LV5 - Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion curta. LV8 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion longa. LV9 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion
curta. NS1 - Raízes com nematóide. PA1 - Linhagem embriogênica (calos primários). PC1 - Linhagem não embriogênica (folhas) com indução de 2,4D. RM1 - Folhas com ferrugem e bicho mineiro. RT3 - Raiz sem bion
longa. RT5 - Raiz com bion longa. RT8 - Raiz e células em suspensão na presença de aluminio curta. RX1 - Ramos infectados com Xylella. SH2 - Estresse hídrico no campo (pool de tecidos). SI3 - Sementes germinando
(inteira). SS1 - Condições normais - irrigado (pool de tecidos). EC1 - Calos embriogênicos (C. canephora). SH1 - Folhas - estresse hídrico – curta (C. canephora). FR4 – Fruto (C. racemosa). FV2 - Fruto verde - estádio 1, 2 e 3
– curta (C. racemosa).
60
61
Tabela 1.11 continuação
Contig Definição Organismo Domínio 1 Domínio 2 # pb # ESTs
C
A
1
L
V
4
L
V
5
L
V
8
L
V
9
C
L
2
F
R
1
F
R
2
F
B
1
F
B
2
F
B
4
R
T
8
B
P
1
R
M
1
C
B
1
C
S
1
F
R
4
E
A
1
E
C
1
I
C
1
P
C
1
I
A
2
R
X
1
P
A
1
S
I
3
S
H
2
S
S
1
53
blight resistance protein
T118
Solanum tarijense pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 768 4 4
54
putative disease
resistance gene homolog
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 1619 5 1 2 1 1
60
putative NBS-LRR type
resistance protein
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 900 2 1 1
62
disease resistance gene
homolog 9N
Brassica napus pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 917 2 1 1
64
putative late blight
resistance protein
Solanum demissum 693 2 2
65 resistance protein KR4 Glycine max pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 759 2 2
69 fom-2 Cucumis melo pfam00931NB-ARC domain 1022 3 2 1
73 RGC1 Solanum tuberosum pfam00931NB-ARC domain 1239 5 1 3 1
76 prf
Lycopersicon
pimpinellifolium
pfam00931NB-ARC domain 744 2 2
77 fom-2 protein Cucumis melo 1384 2 1 1
83
putative disease
resistance protein RPH8A
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 2376 4 3 1
86
putative disease
resistance protein Prf
Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 1571 7 1 4 2
87
NBS/LRR disease
resistance protein RPM1
Arabidopsis lyrata pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 694 2 2
95
disease resistance-like
protein
Coffea arabica pfam00931NB-ARC domain 778 2 2
96 resistance protein Tsu5 Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 931 2 1 1
97
disease resistance-like
protein
Coffea arabica pfam00931NB-ARC domain 1047 2 2
98 NBS-LRR protein Solanum tuberosum pfam00931NB-ARC domain 593 2 2
101
disease resistance protein
I2
Lycopersicon esculentum
pfam00931NB-ARC domain 715 2 2
106
putative disease
resistance protein
Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 729 2 2
109
disease resistance-like
protein
Coffea arabica pfam00931NB-ARC domain 1131 5 3 1 1
112
putative NBS-LRR
resistance protein
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain 1256 3 1 2
117
putative disease related
protein 2
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 1886 4 1 1 1 1
123
putative disease
resistance gene homolog
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 779 4 1 2 1
124
disease resistance
protein-like
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 936 2 1 1
126
putative late blight
resistance protein
Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 786 2 2
*Bibliotecas: AR1 - Folhas com tratamento de ácido araquidônico. BP1 - Bion positive - plântulas inteiras + células. CA1 Calo. CB1 - Células em suspensão com bion e brassinosteróides. CL2 - Calo com e sem bion curta.
CS1 - Células em suspensão com sais. EA1 - Calos embriogênicos. EB1 - Embrião de frutos. EM1 - Embrião de sementes germinando. FB1 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 – longa. FB2 - Botão floral estádio 1 e
botão floral estádio 2 curta. FB4 - Botão floral estádio 3 e botão floral estádio 4 curta. FR1 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 longa. FR2 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2
curta. IA1 - Calos embriogênicos. IA2 - Linhagem embriogênica (folha) com indução de 2,4D. IC1 - Linhagem não embriogênica (folha) sem indução de 2,4D. LP1 - Plântulas com tratamento de ácido araquidônico. LV4 - Folhas
de ponteiro ortotrópicas sem bion longa. LV5 - Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion curta. LV8 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion longa. LV9 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion
curta. NS1 - Raízes com nematóide. PA1 - Linhagem embriogênica (calos primários). PC1 - Linhagem não embriogênica (folhas) com indução de 2,4D. RM1 - Folhas com ferrugem e bicho mineiro. RT3 - Raiz sem bion
longa. RT5 - Raiz com bion longa. RT8 - Raiz e células em suspensão na presença de aluminio curta. RX1 - Ramos infectados com Xylella. SH2 - Estresse hídrico no campo (pool de tecidos). SI3 - Sementes germinando
(inteira). SS1 - Condições normais - irrigado (pool de tecidos). EC1 - Calos embriogênicos (C. canephora). SH1 - Folhas - estresse hídrico – curta (C. canephora). FR4 – Fruto (C. racemosa). FV2 - Fruto verde - estádio 1, 2 e 3
– curta (C. racemosa).
61
62
Tabela 1.11 continuação
Contig Definição Organismo Domínio 1 Domínio 2 # pb # ESTs
C
A
1
L
V
4
L
V
5
L
V
8
L
V
9
C
L
2
F
R
1
F
R
2
F
B
1
F
B
2
F
B
4
R
T
8
B
P
1
R
M
1
C
B
1
C
S
1
F
R
4
E
A
1
E
C
1
I
C
1
P
C
1
I
A
2
R
X
1
P
A
1
S
I
3
S
H
2
S
S
1
135
putative NBS-LRR
disease resistance protein
Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain 814 3 3
136
late blight resistance
protein-like
Solanum tuberosum pfam00931NB-ARC domain 803 2 2
137
disease resistance-like
protein
Coffea arabica pfam00931NB-ARC domain 1237 3 1 2
138
blight resistance protein
T118
Solanum tarijense pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 1124 2 2
139 Prf Lycopersicon esculentum
pfam00931NB-ARC domain 1366 2 1 1
143
NBS-LRR disease
resistance protein
homologue
Hordeum vulgare pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 841 3 1 1 1
145
disease resistance protein
(CC-NBS-LRR class),
putative
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 1906 5 1 2 1 1
147
Disease resistance
protein BS2
Capsicum chacoense pfam00931NB-ARC domain 2019 6 2 1 1 2
152
putative disease
resistance protein
Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 1580 3 1 1 1
157
putative disease
resistance protein Prf
Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 1745 6 1 1 2 1 1
158 resistance protein KR4 Glycine max pfam00931NB-ARC domain COG4886:Lrr protein 476 3 1 2
*Bibliotecas: AR1 - Folhas com tratamento de ácido araquidônico. BP1 - Bion positive - plântulas inteiras + células. CA1 Calo. CB1 - Células em suspensão com bion e brassinosteróides. CL2 - Calo com e sem bion curta.
CS1 - Células em suspensão com sais. EA1 - Calos embriogênicos. EB1 - Embrião de frutos. EM1 - Embrião de sementes germinando. FB1 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 – longa. FB2 - Botão floral estádio 1 e
botão floral estádio 2 curta. FB4 - Botão floral estádio 3 e botão floral estádio 4 curta. FR1 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 longa. FR2 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2
curta. IA1 - Calos embriogênicos. IA2 - Linhagem embriogênica (folha) com indução de 2,4D. IC1 - Linhagem não embriogênica (folha) sem indução de 2,4D. LP1 - Plântulas com tratamento de ácido araquidônico. LV4 - Folhas
de ponteiro ortotrópicas sem bion longa. LV5 - Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion curta. LV8 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion longa. LV9 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion
curta. NS1 - Raízes com nematóide. PA1 - Linhagem embriogênica (calos primários). PC1 - Linhagem não embriogênica (folhas) com indução de 2,4D. RM1 - Folhas com ferrugem e bicho mineiro. RT3 - Raiz sem bion
longa. RT5 - Raiz com bion longa. RT8 - Raiz e células em suspensão na presença de aluminio curta. RX1 - Ramos infectados com Xylella. SH2 - Estresse hídrico no campo (pool de tecidos). SI3 - Sementes germinando
(inteira). SS1 - Condições normais - irrigado (pool de tecidos). EC1 - Calos embriogênicos (C. canephora). SH1 - Folhas - estresse hídrico – curta (C. canephora). FR4 – Fruto (C. racemosa). FV2 - Fruto verde - estádio 1, 2 e 3
– curta (C. racemosa).
62
63
Tabela 1.12: ESTs encontradas no projeto NBS
Anotação Nº ESTs
Proteína de Resistência a Doenças 239
Proteína NBS-LRR 119
Proteína de Resistência 61
Outros 75
Total
494
Tabela 1.13: Espécies que apresentaram
seqüências similares às ESTs
encontradas no projeto NBS
Organismo Nº ESTs
Arabidopsis thaliana
171
Solanum sp.
119
Oryza sativa
86
Hordeum vulgare
36
Phaseolus vulgaris
18
Manihot esculenta
15
Glycine max
4
Outros 45
Total
494
Como no projeto LRR, a análise dos contigs do projeto NBS também
revelou a presença de genes potencialmente envolvidos na resitência a
doenças com os domínios conservados pfam00931NB-ARC e COG4886 LRR.
Dos 105 contigs formados, 46 apresentaram e-value menor que 1
-10
(Tabela
1.14).
O contig 32, anotado como disease resistance protein, putative, de
Arabidopsis thaliana, foi o de menor tamanho, com 561 pb. O contig 54,
anotado como putative disease resistance protein RPH8A, de Oryza sativa, foi
o de maior tamanho, com 2.376 pb.
Apenas os contigs 37, 62 e 78 foram formados por pelo menos uma EST
da biblioteca RM1. O contig 37 foi anotado como Disease resistance protein
(CC-NBS-LRR class), putative, de Arabidopsis thaliana, com 2.255 pb e
formado por 13 ESTs, sendo que apenas uma delas pertenceu à biblioteca
RM1. O contig 62 foi anotado como Disease resistance-like protein, de Coffea
arabica, com 778 pb de tamanho e formado por duas ESTs da biblioteca RM1.
O contig 78 foi anotado como putative disease related protein 2, de Oryza
sativa, apresentou 1.886 pb e foi formado por quatro ESTs, sendo uma da
biblioteca RM1.
64
Tabela 1.14: Relação de Contigs com e-value menor que 1
-10
formados pelo agrupamento do projeto NBS e o respectivo número de ESTs de cada
biblioteca.
Contig Definição Organismo Domínio 1 Domínio 2 # pb # ESTs
C
A
1
L
V
4
L
V
5
L
V
8
L
V
9
C
L
2
F
R
1
F
R
2
F
B
1
F
B
2
F
B
4
R
T
8
B
P
1
R
M
1
C
B
1
C
S
1
F
R
4
E
A
1
I
C
1
I
A
2
R
X
1
P
A
1
S
I
3
S
H
2
S
S
1
4
very similar to disease resistance proteins Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 985 2 1 1
6
NBS/LRR disease resistance protein RPM1 Arabidopsis lyrata pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 1121 2 2
8
similar to NBS-LRR type resistance gene Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 946 2 1
1
9
disease resistance protein (CC-NBS-LRR class), putative Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain pfam01576 Myosin tail 953 2 1
1
11
putative resistance complex protein I2C-2 Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 762 2 1
1
12
putative late blight resistance protein Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 858 2 2
13
putative RGH1A Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain 782 2 2
17
Fom-2 protein Cucumis melo 1579 9 4 1
4
19
Fom-2 protein Cucumis melo 1852 3 1
1
1
20
disease resistance protein Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 867 4 4
21
disease resistance protein Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 912 4 2 2
22
Disease resistance protein RPH8A (RPP8 homolog A) Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 1443 3 1
2
23
putative late blight resistance protein Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 1266 4 2
1 1
30
blight resistance protein RGA1 Solanum bulbocastanum pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 1540 2 1
1
32
disease resistance protein, putative Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 561 2 1
1
35
putative disease resistance protein Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 1500 2 1
1
36
disease resistance-like protein Coffea canephora pfam00931NB-ARC domain 1025 3 2
1
37
disease resistance protein (CC-NBS-LRR class), putative Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 2255 13 1
1
4
1
1
1
1
1
2
38
putative NBS-LRR type disease resistance protein Prunus pérsica pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 3281 15 4 1
1
1
2
3
1
2
40
putative disease resistance gene homolog Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 1619 5 1
2
1
1
43
putative NBS-LRR type resistance protein Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 900 2 1
1
44
disease resistance gene homolog 9N Brassica napus pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 917 2 1
1
45
putative late blight resistance protein Solanum demissum 693 2 2
48
FOM-2 Cucumis melo pfam00931NB-ARC domain 1022 3 2
1
49
RGC1 Solanum tuberosum pfam00931NB-ARC domain 1239 5 1
3
1
51
Prf Lycopersicon pimpinellifolium pfam00931NB-ARC domain 744 2 2
54
putative disease resistance protein RPH8A Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 2376 4 3
1
56
putative disease resistance protein Prf Solanum demissum pfam00931NB-ARC domain 1961 8 1
4
2
1
62
disease resistance-like protein Coffea arábica pfam00931NB-ARC domain 778 2 2
63
resistance protein Tsu5 Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 931 2 1
1
64
disease resistance-like protein Coffea arábica pfam00931NB-ARC domain 1047 2 2
65
NBS-LRR protein Solanum tuberosum pfam00931NB-ARC domain 593 2 2
67
disease resistance protein I2 Lycopersicon esculentum pfam00931NB-ARC domain 715 2 2
72
disease resistance-like protein Coffea arábica pfam00931NB-ARC domain 1131 5 3
1 1
75
putative NBS-LRR type resistance protein Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain 1256 3 1
2
78
putative disease related protein 2 Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 1886 4 1
1
1
1
81
putative disease resistance gene homolog Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 779 4 1
2
1
82
disease resistance protein-like Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 936 2 1
1
83
UVB-resistance protein UVR8 Arabidopsis thaliana COG5184 ATS1 802 4 1
1
1
1
*Bibliotecas: AR1 - Folhas com tratamento de ácido araquidônico. BP1 - Bion positive - plântulas inteiras + células. CA1 Calo. CB1 - Células em suspensão com bion e brassinosteróides. CL2 - Calo com e sem bion curta.
CS1 - Células em suspensão com sais. EA1 - Calos embriogênicos. EB1 - Embrião de frutos. EM1 - Embrião de sementes germinando. FB1 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 – longa. FB2 - Botão floral estádio 1 e
botão floral estádio 2 curta. FB4 - Botão floral estádio 3 e botão floral estádio 4 curta. FR1 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 longa. FR2 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2
curta. IA1 - Calos embriogênicos. IA2 - Linhagem embriogênica (folha) com indução de 2,4D. IC1 - Linhagem não embriogênica (folha) sem indução de 2,4D. LP1 - Plântulas com tratamento de ácido araquidônico. LV4 - Folhas
de ponteiro ortotrópicas sem bion longa. LV5 - Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion curta. LV8 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion longa. LV9 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion
curta. NS1 - Raízes com nematóide. PA1 - Linhagem embriogênica (calos primários). PC1 - Linhagem não embriogênica (folhas) com indução de 2,4D. RM1 - Folhas com ferrugem e bicho mineiro. RT3 - Raiz sem bion
longa. RT5 - Raiz com bion longa. RT8 - Raiz e células em suspensão na presença de aluminio curta. RX1 - Ramos infectados com Xylella. SH2 - Estresse hídrico no campo (pool de tecidos). SI3 - Sementes germinando
(inteira). SS1 - Condições normais - irrigado (pool de tecidos). EC1 - Calos embriogênicos (C. canephora). SH1 - Folhas - estresse hídrico – curta (C. canephora). FR4 – Fruto (C. racemosa). FV2 - Fruto verde - estádio 1, 2 e 3
– curta (C. racemosa).
64
65
Tabela 1.14: continuação
Contig Definição Organismo Domínio 1 Domínio 2 # pb # ESTs
C
A
1
L
V
4
L
V
5
L
V
8
L
V
9
C
L
2
F
R
1
F
R
2
F
B
1
F
B
2
F
B
4
R
T
8
B
P
1
R
M
1
C
B
1
C
S
1
F
R
4
E
A
1
I
C
1
I
A
2
R
X
1
P
A
1
S
I
3
S
H
2
S
S
1
88
putative NBS-LRR disease resistance protein Oryza sativa pfam00931NB-ARC domain 814 3 3
89
late blight resistance protein-like Solanum tuberosum pfam00931NB-ARC domain 803 2 2
90
disease resistance-like protein Coffea arábica pfam00931NB-ARC domain 1237 3 1
2
91
blight resistance protein T118 Solanum tarijense pfam00931NB-ARC domain COG4886 LRR protein 1124 2 2
92
Prf Lycopersicon esculentum pfam00931NB-ARC domain 1366 2 1
1
96
disease resistance protein (CC-NBS-LRR class), putative Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 1906 5 1
2
1
1
97
disease resistance protein BS2 Capsicum chacoense pfam00931NB-ARC domain 2019 6 2
1
1
2
99
putative disease resistance protein Arabidopsis thaliana pfam00931NB-ARC domain 1580 3 1
1
1
*Bibliotecas: AR1 - Folhas com tratamento de ácido araquidônico. BP1 - Bion positive - plântulas inteiras + células. CA1 Calo. CB1 - Células em suspensão com bion e brassinosteróides. CL2 - Calo com e sem bion curta.
CS1 - Células em suspensão com sais. EA1 - Calos embriogênicos. EB1 - Embrião de frutos. EM1 - Embrião de sementes germinando. FB1 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 – longa. FB2 - Botão floral estádio 1 e
botão floral estádio 2 curta. FB4 - Botão floral estádio 3 e botão floral estádio 4 curta. FR1 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 longa. FR2 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2
curta. IA1 - Calos embriogênicos. IA2 - Linhagem embriogênica (folha) com indução de 2,4D. IC1 - Linhagem não embriogênica (folha) sem indução de 2,4D. LP1 - Plântulas com tratamento de ácido araquidônico. LV4 - Folhas
de ponteiro ortotrópicas sem bion longa. LV5 - Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion curta. LV8 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion longa. LV9 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion
curta. NS1 - Raízes com nematóide. PA1 - Linhagem embriogênica (calos primários). PC1 - Linhagem não embriogênica (folhas) com indução de 2,4D. RM1 - Folhas com ferrugem e bicho mineiro. RT3 - Raiz sem bion
longa. RT5 - Raiz com bion longa. RT8 - Raiz e células em suspensão na presença de aluminio curta. RX1 - Ramos infectados com Xylella. SH2 - Estresse hídrico no campo (pool de tecidos). SI3 - Sementes germinando
(inteira). SS1 - Condições normais - irrigado (pool de tecidos). EC1 - Calos embriogênicos (C. canephora). SH1 - Folhas - estresse hídrico – curta (C. canephora). FR4 – Fruto (C. racemosa). FV2 - Fruto verde - estádio 1, 2 e 3
– curta (C. racemosa).
65
66
Utilizando a palavra Resistance como “isca” foi possível identificar 1.864
ESTs. Essa palavra representou um termo geral para a obtenção de ESTs
relacionadas com o mecanismo de defesa da planta. Nesse projeto foram
encontradas ESTs com similaridade a várias classes de proteínas de
resistência a doenças, como CC-NBS-LRR, TIR-NBS-LRR e a genes de
resistência a nematóides e vírus (Tabela 1.15).
As ESTs encontradas nesse projeto possuíam similaridade com genes
de espécies vegetais como Arabidopsis thaliana, Oryza sativa, Glycine max,
Triticum aestivum e Hordeum vulgare. Além de espécies vegetais, foram
encontradas ESTs similares a genes de bactérias como Escherichia coli e
Neisseria meningiditis, e também de humanos (Tabela 1.16).
Outros dois termos gerais utilizados para a obtenção de ESTs foram
Hypersensitve Reaction (HR Reação de Hipersensibilidade) e Pathogenesis
(Patogênese). A HR consiste em uma resposta celular extrema da planta,
podendo levar a um alto grau de resistência a doença. A HR resulta na morte
repentina de um número limitado de células do hospedeiro que circunda os
sítios de infecção do patógeno. A reação é considerada como uma resposta de
defesa induzida, culminando com a interrupção do crescimento e multiplicação
do patógeno nos tecidos da planta. A resposta ocorre em função do
reconhecimento da infecção, por parte do hospedeiro, como conseqüência da
incompatibilidade entre a planta e o patógeno (Pascholati e Leite, 1994).
No projeto Hypersensitive foram encontradas várias ESTs de proteínas
relacionadas com a reação de hipersensibilidade (Tabela 1.17). As ESTs do
desse projeto apresentaram similaridade com genes de Arabidopsis thaliana,
Oryza sativa, Phaseolus vulgaris, Hordeum vulgare, entre outros (Tabela 1.18).
No projeto Pathogenesis foram encontradas ESTs de proteínas
relacionadas com a patogênese, quitinases, proteínas da família thaumatin,
entre outras (Tabela 1.19). As ESTs desse projeto foram similares a genes de
Arabidopsis thaliana, Oryza sativa, Nicotiana tabacum, Solanum tuberosum,
Lycopersicon esculentum, Vitis vinifera, entre outras (Tabela 1.20).
67
Tabela 1.15: ESTs encontradas no projeto Resistance
Anotação Nº ESTs
Proteína Prf de Resistência a Doenças 107
Proteína de Resistência a Drogas Pleiotrópicas 73
Proteína Associada à Senescencia 16
Proteína BS2 de Resistência a Doenças 26
Proteína Hipotética 103
Proteína de Resistência a Requeima 16
Preteína de Resistência Multidrogas 214
Proteína de Resistência a Bacteriocina, Putativa 18
Proteína I2 de Resistência a Doenças 20
Proteína de Resistência a Nematóides 15
Proteína Putativa Mlo (Resistência a Patógenos) 20
Proteína Regulatória de Resistência – Putativa 8
Proteína Cf2.1 de Resistência a Doenças 18
Proteína de Resistência a Doenças ( classe CC-NBS-LRR), Putativa 59
Proteína de Resistência a Doenças (classe TIR-NBS-LRR), Putativa 18
Proteína de Resistência a Doenças (classe TIR), Putativa 16
Proteína de Resistência a Doenças (classe NBS-LRR), Putativa 30
Proteína de Resistência a Doenças 8
Proteína de Resistência a Doenças LRR 18
Família de Proteínda de Resistência a Doenças 23
Proteína de Resistência a Doenças, Putativa 17
Proteína RPP8 de Resistência a Doenças 7
Proteína RPM1 de Resistência a Doenças 14
Proteína Ribossomal S14; 40S; Resistência a Emetina 25
dTDP-glicose 4-6-dehidratase Homologo D18 50
Contém ESTs AU101213(E2609), C72987(E2609)~Proteína de Resistência a Doenças 27
Proteína de Resistência Natural Associada a Macrófago 12
Proteína UVR8 de Resistência-UVB Putativa 27
Transportador ATPase de Glutationa S-conjugado 7
Proteína de Resistência a Tospovirus 14
Proteína Relacionada com Resistência a Biostress 24
Proteína de Resistência a Bacteriocina, Putativa 18
Proteína Relacionada com Resistência ao TMV 10
Proteína de Resistência a Acriflavina 24
Proteína de Resistência a Tetraciclina 17
[Segmento 1 de 2] Redutase Mercúrica (Hg(II) Redutase) 21
Proteína de Resistência a Doenças, Similar 36
Outros 688
Total
1.864
68
Tabela 1.16: Espécies que apresentaram
seqüências similares às
ESTs encontradas no projeto
Resistance
Organismo Nº ESTs
Arabidopsis thaliana
539
Oryza sativa
245
Lycopersicon esculentum
184
Nicotiana tabacum
63
Homo sapiens
46
Triticum aestivum
44
Escherichia coli
37
Coffea sp.
31
Solanum sp.
28
Hordeum vulgare
26
Neisseria meningitidis
19
Glycine max
16
Outros 586
Total
4.815
Tabela 1.17: ESTs encontradas no projeto Hypersensitive
Anotação Nº ESTs
Proteína de Resposta Induzida por Hipersensibilidade 45
Proteína de Reação Induzida por Hipersensibilidade 4 26
Proteína de ligação a Ca
+2
Associada à Reação de Hipersensibilidade 6
Proteína UV de Hipersensibilidade (UVH3) 5
Outros 4
Total
86
Tabela 1.18: Espécies que apresentaram seqüências
similares às ESTs encontradas no projeto
Hypersensitive
Organismo homólogo Nº ESTs
Arabidopsis thaliana
32
Hordeum vulgare
29
Cucumis sativus
7
Oryza sativa
7
Phaseolus vulgaris
6
Outros 5
Total
86
Tabela 1.19: ESTs encontradas no projeto Pathogenesis
Anotação Nº ESTs
Proteína Relacionada com Patogênese 10 295
Precursor 1b de Proteína Relacionada com Patogênese 14
Proteína Relacionada com Patogênese e Stress 79
Proteína Relacionada com Patogênese, Similar 22
Provável Glutationa S-transferase (Proteína Relacionada com Patogênese 1) 7
Família de Taumatina 8
Proteína Relacionada com Patogênese F20M13.220 15
Proteína Relacionada com Patogênese PR10A 121
Ativador Transcripcional PTI5 de Genes Relacionados com Patogênese 7
69
Tabela 1.19: Continuação
Anotação Nº ESTs
Quitinase (EC 3.2.1.14) / Lisozima (EC 3.2.1.17) Precursor PZ, Relacionado com Patogênese 24
Proteína Similar à Taumatina (Proteína Relacionada com Patogênese), Putativa 28
Proteína Relacionada com Patogênese 5-1 168
Proteína Relacionada com Patogênese 3 10
Proteinase Similar à Subtilisina (EC 3.4.21.-) Precursor P69B, Relacionado com Patogênese 15
Precursor Principal de Proteína Relacionada com Patogênese R (Proteína Similar a Taumatina E22) 72
Outros 94
Total
979
Tabela 1.20: Espécies que apresentaram seqüências similares às ESTs
encontradas no projeto Pathogenesis
Organismo Nº ESTs
Vitis vinifera
306
Helianthus annuus
168
Datisca glomerata
109
Arabidopsis thaliana
84
Fagus sylvatica
79
Oryza sativa
40
Nicotiana tabacum
40
Lycopersicon esculentum
17
Solanum tuberosum
14
Outros 122
Total
979
O projeto contendo a palavra chitinase foi um dos maiores, sendo
formado por 1.855 ESTs (aproximadamente 17% do total). As quitinases são
enzimas de um grande grupo, com estruturas e funções bastante diversas,
algumas das quais relacionadas com a resistência de várias espécies de
plantas a patógenos (Sahai e Manocha, 1993; Jackson e Taylor, 1996). Estas
enzimas estão entre os genes mais expressos em café. Dentro do mecanismo
de defesa a patógenos, o modo de ação das quitinases é bem semelhante ao
das glucanases, ou seja, agem na parede celular do fungo, enfraquecendo-a
por meio da hidrólise da quitina (um polímero de N-acetilglicosamina). Esse
processo resulta na lise celular e consequentemente em morte (Lin et al.,
2005). As ESTs encontradas nesse projeto e as espécies homólogas estão
relacionadas nas tabelas 1.21 e 1.22, respectivamente.
70
Tabela 1.21: ESTs encontradas no projeto Chitinase
Anotação Nº ESTs
Precursor da Proteína Quitinase 3, Similar 561
Precursaor da Quitinase Ácida 443
Quitinase 1 96
Provável Precursor de Quitinase (EC 3.2.1.14) 85
Quitinase (EC 3.2.1.14) Classe III, Ácida 68
Família Glicosil Hidrolase 45
Quitinase 134 40
Quitinase Homóloga 32
Precursor de Quitinase Classe VII 25
Quitinase Elicitora Indutível Putativa 11
Quitinase (EC 3.2.1.14) / Lisozima (EC 3.2.1.17) Precursor PZ, Relacionado com Patogênese 8
Outros 441
Total
1.855
Tabela 1.22: Espécies que apresentaram seqüências
similares às ESTs encontradas no projeto
Chitinase
Organismo Nº ESTs
Trichosanthes kirilowii
561
Glycine max
127
Psophocarpus tetragonolobus
94
Cucumis sativus
85
Hevea brasiliensis
77
Nicotiana tabacum
46
Arabidopsis thaliana
45
Coffea sp.
30
Gossypium hirsutum
25
Oryza sativa
16
Solanum sp.
11
Outros 738
Total
1855
A análise dos contigs do projeto Chitinase revelou a presença de
quitinases com os domínios conservados pfam00704 Glyco hydro 18 e
pfam00187 Chitin bind 1. Todos os 47 contigs formados apresentaram e-value
menor que 1
-10
(Tabela 1.23). O contig 39, anotado como ORF3, de Cucumis
sativus, foi o de menor tamanho, com 542 pb. O contig 47, anotado como
acidic chitinase, de Glycine max, foi o de maior tamanho, com 2.662 pb. Cinco
contigs foram formados por melo menos uma EST da biblioteca RM1 (5, 10,
24, 31 e 47). O contig 5 foi anotado como chitinase 3-like protein precursor, de
Trichosanthes kirilowii, com 1.335 pb e formado por 288 ESTs, sendo que
apenas duas delas eram da biblioteca RM1. O contig 10 foi anotado como
class1 chitinase, de Pisum sativum, 1.377 pb de tamanho e formado por 48
ESTs, sendo uma da biblioteca RM1. O contig 24, anotado como acidic
71
chitinase, de Glycine max, tinha 1072 pb e foi formado por oito ESTs, sendo
uma da biblioteca RM1. O contig 31, anotado como class1 chitinase, de Pisum
sativum, tinha 1.130 pb e apresentou 12 ESTs, sendo uma da biblioteca RM1.
O contig 47 foi anotado como acidic chitinase, de Glycine max, com 2.662 pb e
era formado por 421 ESTs, sendo três da biblioteca RM1.
O projeto Cytochrome P450 foi o que apresentou maior número de
ESTs, 2.120. O citocromo P450 está envolvido nas vias de oxidação celular.
Os genes que codificam essas proteínas podem estar envolvidos na
biossíntese de compostos relacionados com a defesa, como o gene PAD3 de
arabidopsis, que é requerido para a síntese de camalexina no processo de
resistência a Alternaria brassicicola (Zhou et al., 1999). Takemoto et al., (1999)
mostraram que o produto do gene CYP82E1
(Citocromo P450) pode estar
envolvido com a resistência do tabaco a Pseudomonas syringae. Em 2006, Qi
e colaboradores mostraram que a enzima AsCYP51H10 (membro da
famparticipou da produção de compostos antimicrobianos (avenacinas) que
conferem resistência a doenças em aveia.
As ESTs obtidas nesse projeto e as espécies homólogas estão
relacionadas nas tabelas 1.24 e 1.25, respectivamente.
O projeto com a palavra Glucanase foi formado por 642 ESTs. Essa palavra é
derivada da proteína β1,3-glucanase. Acredita-se que a atividade dessa
proteína na planta ocorra na hidrólise do β1,3-glucan presente na parede
celular do fungo, resultando numa parede celular fraca. Esse enfraquecimento
da parede celular do fungo resulta na lise celular e conseqüentemente, na sua
morte (Selitrennnikoff, 2001). Em vários trabalhos sugeriu-se que as formas
extracelulares dessa proteína possuem uma função imediata na defesa das
plantas, pela ação direta nas hifas invasoras dos fungos (ação fungicida), com
a conseqüente liberação dos elicitores oligossacarídeos das paredes fúngicas,
os quais podem levar à ativação de outros mecanismos locais ou sistêmicos de
resistência nas plantas. Por sua vez, as formas intracelulares da β1,3-
glucanase parecem atuar tardiamente nas reações de defesa das plantas
(Boller, 1988). A atividade antifúngica dessa proteína foi demonstrada por
vários ensaios enzimáticos celulares (Stintzi et al., 1993) e em plantas
transgênicas que as expressam (Jach et al., 1995).
72
Tabela 1.23: Relação de Contigs com e-value menor que 1
-10
formados pelo agrupamento do projeto Chitinase e o respectivo número de ESTs de cada biblioteca.
Contig Definição Organismo Domínio 1 Domínio 2 # pb
#
ESTs
C
A
1
L
V
4
L
V
5
L
V
8
L
V
9
R
T
3
C
L
2
F
R
1
F
R
2
F
B
1
F
B
2
F
B
4
R
T
8
R
M
1
C
B
1
C
S
1
F
R
4
E
A
1
I
C
1
P
C
1
I
A
2
A
R
1
L
P
1
R
X
1
P
A
1
S
I
3
S
H
2
S
S
1
N
S
1
S
H
1
1
chitinase/lysozyme Nicotiana tabacum smart00636, Glyco_18 pfam00704, Glyco_hydro_18 808
2 2
2
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 843
2 2
3
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 1364
56 2 3 2 3 2 12 32
4
pathogenesis-related protein PR-3 type Sambucus nigra cd00325, chitinase_glyco_hydro_19 pfam00187, Chitin_bind_1 804
3 3
5
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 1335
288 2 2 8 5 8 53 10 78 50 2 2 5 25 4 25 4 1 1 3
6
chitinase Hevea brasiliensis pfam00704, Glyco_hydro_18 1880
58 3 26 4 6 3 4 1 1 1 7 2
7
chitinase (EC 3.2.1.14) 1 Conus tulipa 851
3 2 1
8
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 880
19 1 1 10 6 1
9
chitinase 134 Nicotiana tabacum cd00325, chitinase_glyco 1007
11 1 2 1 1 2 1 1 1
10
class1 chitinase Pisum sativum cd00325, chitinase_glyco 1377
48 1 8 3 3 10 4 7 1 1 3 4 1
11
chitinase 134 Nicotiana tabacum cd00325, chitinase_glyco 1050
19 3 1 6 3 6
12
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 922
35 1 3 3 2 11 8 1 4 1 1
13
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 1624
62 8 1 4 1 4 4 3 5 11 2 6 11 1 1
14
class III acidic chitinase Malus x domestica pfam00704, Glyco_hydro_18 COG3469, COG3469 729
3 2 1
15
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 829
10 10
16
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 1499
282 7 19 8 6 1 95 14 1 51 78 2
17
chitinase Ib Castanea sativa cd00325, chitinase_glyco 1178
11 1 2 1 3 1 2
18
chitinase Cucumis sativus pfam00704, Glyco_hydro_18 821
6 6
19
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 1295
155 5 1 5 2 3 13 1 3 2 1 2 87 2 1 16 10 1
20
class Ib chitinase Galega orientalis pfam00182, Glyco_hydro_19 pfam00187, Chitin_bind_1 866
5 3 2
21
hypothetical protein Solanum tuberosum pfam00332, Glyco_hydro_17 783
4 1 1 2
22
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 932
4 4
23
ORF 3 Cucumis sativus pfam00704, Glyco_hydro_18 1142
7 1 6
24
acidic chitinase Glycine max pfam00704, Glyco_hydro_18 COG3469, COG3469 1072
8 2 4 1 1
25
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 892
5 1 4
26
putative class 5 chitinase Medicago truncatula pfam00704, Glyco_hydro_18 867
3 1 2
27
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 1391
136 1 5 1 3 14 2 2 2 29 59 5 10 3
28
chitinase Hevea brasiliensis pfam00704, Glyco_hydro_18 COG3469, COG3469 994
2 1
29
putative beta-1,3-glucanase Oryza sativa pfam00332, Glyco_hydro_17 1068
3 1 1 1
30 chitinase
Psophocarpus
tetragonolobus
pfam00704, Glyco_hydro_18 619
3 1 2
31
class1 chitinase Pisum sativum cd00325, chitinase_glyco 1130
12 6 1 3 1 1
32
ORF 1 Cucumis sativus pfam00704, Glyco_hydro_18 681
3 3
33
receptor-like kinase CHRK1 Nicotiana tabacum smart00636, Glyco_18 smart00219, Tyrkc 812
3 3
34
chitinase (EC 3.2.1.14) 2 Conus tulipa smart00636, Glyco_18 1071
4 1 3
35
beta-1,3-glucanase 1 Ziziphus jujuba pfam00332, Glyco_hydro_17 932
2 1 1
36
chitinase, class V Nicotiana tabacum smart00636, Glyco_18 1346
15 1 1 3 9 1
37
chitinase 134 Nicotiana tabacum cd00325, chitinase_glyco 859
19 1 10 6 2
38
acidic chitinase III Nicotiana tabacum pfam00704, Glyco_hydro_18 1244
12 1 1 7 1 1 1
39
ORF 3 Cucumis sativus pfam00704, Glyco_hydro_18 542
2 2
40
class III acidic chitinase Malus x domestica pfam00704, Glyco_hydro_18 COG3469, COG3469 1064
12 2 1 1 1 4 2 1
41
chitinase 3-like protein precursor Trichosanthes kirilowii pfam00704, Glyco_hydro_18 1113
6 6
42
acidic chitinase Glycine max pfam00704, Glyco_hydro_18 760
2 1 1
43
chitinase 134 Nicotiana tabacum cd00325, chitinase_glyco 936
15 9 2 2 1 1
44
unknown Arabidopsis thaliana cd00030, C2 1030
3 1 1 1
45
acidic class III chitinase SE2 Beta vulgaris pfam00704, Glyco_hydro_18 1067
21 1 2 4 6 1 2 3 2
46
class III acidic endochitinase Glycine max pfam00704, Glyco_hydro_18 581
2 2
47
acidic chitinase Glycine max pfam00704, Glyco_hydro_18 COG3469, COG3469 2662
421 9 26 36 21 38 96 18 24 5 3 4 88 36 3 2 11
*Bibliotecas: AR1 - Folhas com tratamento de ácido araquidônico. BP1 - Bion positive - plântulas inteiras + células. CA1 – Calo. CB1 - Células em suspensão com bion e brassinosteróides. CL2 - Calo com e sem bion – curta. CS1 - Células em suspensão com sais. EA1 - Calos embriogênicos. EB1 - Embrião de frutos. EM1 - Embrião de sementes germinando. FB1
- Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 – longa. FB2 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 curta. FB4 - Botão floral estádio 3 e botão floral estádio 4 curta. FR1 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 longa. FR2 - Botão floral 6, chumbinho nº 1, frutos estádios 1 e 2 curta. IA1 - Calos embriogênicos. IA2 - Linhagem
embriogênica (folha) com indução de 2,4D. IC1 - Linhagem não embriogênica (folha) sem indução de 2,4D. LP1 - Plântulas com tratamento de ácido araquidônico. LV4 - Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion longa. LV5 - Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion curta. LV8 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion longa. LV9 - Folhas
plagiotrópicas de plantas adultas sem bion – curta. NS1 - Raízes com nematóide. PA1 - Linhagem embriogênica (calos primários). PC1 - Linhagem não embriogênica (folhas) com indução de 2,4D. RM1 - Folhas com ferrugem e bicho mineiro. RT3 - Raiz sem bion – longa. RT5 - Raiz com bion – longa. RT8 - Raiz e células em suspensão na presença de aluminio –
curta. RX1 - Ramos infectados com Xylella. SH2 - Estresse hídrico no campo (pool de tecidos). SI3 - Sementes germinando (inteira). SS1 - Condições normais - irrigado (pool de tecidos). EC1 - Calos embriogênicos (C. canephora). SH1 - Folhas - estresse hídrico – curta (C. canephora). FR4 – Fruto (C. racemosa). FV2 - Fruto verde - estádio 1, 2 e 3 – curta (C.
racemosa).
72
73
Tabela 1.24: ESTs encontradas no projeto Cytochrome P450.
Projeto Cytochrome P450
Anotação Nº ESTs
No hits found
69
Proteína Hipotética 51
Proteína Expressa 45
Desconhecido 11
Citocromo p450 Putativo 273
Citocromo P450 Monooxigenase 104
Família do Citocromo p450 85
Citocromo P450 ent-kaurene oxidase (GA3) 75
Proteína Ribossomal 60S L10-3 (QM/R22) 66
Trans-cinnamato 4-monooxigenase (Ácido Cinâmico 4-hidroxilase) (CA4H)
(C4H) (P450C4H) 66
Aleno Óxido Sintase / Citocromo P450 74A 52
Proteína de Biogênese do Citocromo Tipo C 44
NADH-Citocromo b5 Redutase 29
Elicitor-Indutível do Citocromo P450 27
Peptidase Processadora Mitocondrial, Subunidade Alfa, Precursor
Mitocondrial (Alfa-MPP) (Ubiquinol-Citocromo C Redutase Subunidade II) 24
NADPH-Citocromo P-450 Redutase 22
Citocromo P450 71D 14
Citocromo P450 98A 19
Citocromo P450 82C1 17
Proteína de 14 kDa do Complexo Ubiquinol-Citocromo C Redutase (CR14) 19
Flavonóide 3'-monooxigenase (Flavonóide 3'-hidroxilase) (Citocromo P450
75B2) 13
L-lactato Dehidrogenase 13
Proteína Citocromo P450, Similar 10
Citocromo P450 82A3 9
NADPH-citocromo P450 oxidoredutase 7
Ubiquinol-citocromo C Redutase ferro-enxofre subunidade 2, Precursor
Mitocondrial (Proteína Rieske ferro-enxofre 2) (RISP2) 6
Outros 1.271
Total
2.441
Tabela 1.25: Espécies que apresentaram
seqüências similares às ESTs
encontradas no projeto
Chitinase.
Organismo Nº ESTs
Arabidopsis thaliana
844
Oryza sativa
108
Zea mays
108
Solanum tuberosum
99
Nicotiana tabacum
49
Lycopersicon esculentum
23
Outros 1.210
Total
6.882
No projeto Glucanase foram encontradas ESTs com similaridade a
proteínas xiloglucan endotransglicosilase, celulase, beta-1,3-glucanase,
74
proteínas da famíla glicosil hidrolase, proteínas reguladoras de
brassinosteróides, entre outras (Tabela 1.26). As ESTs desse projeto foram
similares a genes de Arabidopsis thaliana, Oryza sativa, Nicotiana tabacum,
Solanum tuberosum, Lycopersicon esculentum, Zea mays, entre outras
(Tabela 1.27).
Tabela 1.26: ESTs encontradas no projeto Glucanase
Anotação Nº ESTs
Xiloglucan endo-1, 4-beta-D-glucanase (EC 3.2.1.-) 78
Família Glicosil Hidrolase 55
Xiloglucan Endotransglicosilase, Putativa 51
Glucanase – relacionado 47
Precursor de Exoglucanase, Putativo 47
Proteína Expressa 42
Inibidor de Xiloglucanase, Putativo 36
Precursor de Proteína Regulada por
Brassinosteróide BRU1 29
Beta-1, 3-glucanase Putativa 24
Elicitor Indutível Beta-1, 3-glucanase 18
Celulase (EC 3.2.1.4) 16
Proteína Endo-1, 3-beta-glucanase-like, Similar 11
Outros 188
Total
642
Tabela 1.27: Espécies que apresentaram
seqüências similares às ESTs
encontradas no projeto
Glucanase
Organismo Nº ESTs
Arabidopsis thaliana
258
Oryza sativa
72
Lycopersicon esculentum
68
Solanum tuberosum
38
Nicotiana tabacum
24
Pyrus sp.
21
Zea mays
14
Outros 147
Total
642
O projeto HSP foi constituído de 240 ESTs. As proteínas HSP (HSP
Heat Shock Protein) são induzidas ou têm a sua expressão aumentada para
proteger animais e plantas contra estresses ambientais. A heat shock protein
90 (HSP90), uma chaperonina requerida para várias vias metabólicas de
defesa, contribui para o acúmulo de proteínas de resistência na célula (Dreher
e Callis, 2007).
75
As ESTs que foram obtidas nesse projeto estão relacionadas na tabela
1.28. Foram encontradas nesse projeto, ESTs similares a genes de espécies
vegetais e também em humanos (Tabela 1.29). A análise dos contigs formados
revelou a presença de várias classes de proteínas HSP, com os domínios
conservados pfam00011 HSP20 e cd00298 alpha-crystallin-Hsps (Tabela
1.30).
Tabela 1.28: ESTs encontradas no projeto HSP
Anotação Nº ESTs
Proteína Heat Shock hsp70 45
Proteína Contendo Repetições de Tetratricopeptideo (TRP) 41
Classe I de Proteína Heat Shock 18.5 kD (HSP 18.5) 34
Proteína de ligação FK506 4; 59kD; Proteína p59; Imunofilina de ligação a HSP;
Peptidilprolil Cis-trans Isomerase; Rotamase
29
Proteína Heat Shock Citosólica Classe I HSP17.5 12
Classe I de Proteína Heat Shock (HSP 17.4) 10
Outros 69
Total
240
Tabela 1.29: Espécies que apresentaram
seqüências similares às ESTs
encontradas no projeto HSP
Organismo Nº ESTs
Arabidopsis thaliana
77
Homo sapiens
29
Castanea sativa
12
Outros 122
Total 240
Todos os 31 contigs formados apresentaram e-value menor que 1
-10
. O
contig 3, anotado como cytosolic class 1 small heat shock protein 3B, de
Nicotiana tabacum, foi o de menor tamanho, com 416 pb e o contig 9, anotado
como heat shock protein 70, de Cucumis sativus, foi o de maior tamanho, com
2.608 pb. Apenas dois contigs foram formados por melo menos uma EST da
biblioteca RM1. O contig 8 foi anotado como unknown protein, de Arabidopsis
thaliana, com 1.627 pb e formado por 40 ESTs, sendo que apenas duas delas
foram da biblioteca RM1. O contig 12 foi anotado como heat shock protein 70,
de Cucumis sativus, com 1.106 pb de tamanho e formado por 7 ESTs, sendo
uma da biblioteca RM1.
76
Tabela 1.30: Relação de Contigs com e-value menor que 1
-10
formados pelo agrupamento do projeto HSP e o respectivo número de ESTs de cada biblioteca.
Contig Definição Organismo Domínio 1 Domínio 2 # pb
#
ESTs
C
A
1
L
V
4
L
V
5
L
V
8
L
V
9
R
T
3
C
L
2
F
R
1
F
R
2
F
B
1
F
B
2
F
B
4
R
T
8
B
P
1
R
M
1
C
B
1
C
S
1
F
R
4
E
A
1
I
A
2
L
P
1
R
X
1
P
A
1
S
I
3
S
H
2
S
S
1
1
heat shock protein Medicago sativa pfam00011, HSP20 721 3 3
2
Nthsp18p Nicotiana tabacum pfam00011, HSP20 cd00298, alpha-crystallin-Hsps 781 4 4
3
cytosolic class I small heat shock protein 3B Nicotiana tabacum pfam00011, HSP20 416 3 3
4
HSP70T-2; ATP binding Arabidopsis thaliana pfam00012, HSP70 749 2 2
5
heat shock protein 17.4 Quercus súber pfam00011, HSP20 cd00298, alpha-crystallin-Hsps 782 4 1 2 1
6
ROF1 (ROTAMASE FKBP 1) Arabidopsis thaliana
pfam00254, FKBP_C cd00189, TPR
1995 11 1
4 1 1 1 1 1 1
7
small heat stress protein class CIII Lycopersicon peruvianum pfam00011, HSP20 891 5 2 2 1
8
unknown protein Arabidopsis thaliana
cd00189, TPR
smart00727, STI1 1627 40 1
2 3 4 2 1 4 10 2
1 2 1
1 1 1 1 2 1
9
heat shock protein 70 Cucumis sativus pfam00012, HSP70 2608 20 2 4 4 1 2
1 1 5
10
heat shock protein 70 Cucumis sativus pfam00012, HSP70 1928 21 3 2 5 1 2
2 2
2 1
11
unknown protein Arabidopsis thaliana pfam00011, HSP20 611 2 1 1
12
heat shock protein 70 Cucumis sativus pfam00012, HSP70 1106 7 1 1 2 1 2
13
Hsp22.3 Glycine max pfam00011, HSP20 712 4 1 2 1
14
peptidyl prolyl cis-trans isomerase Oryza sativa pfam00254, FKBP_C COG0545,FkpA 806 2 1 1
15
high molecular weight heat shock protein Malus x domestica pfam00012, HSP70 640 2 2
16
Hsp70 interacting protein/thioredoxin chimera Vitis labrusca pfam00085, Thioredoxin 784 2 2
17
cytosolic class II low molecular weight heat shock protein
Prunus dulcis pfam00011, HSP20 cd00298, alpha-crystallin-Hsps 776 5 1 2 2
18
HSP like protein Arabidopsis thaliana 832 3 1
2
19
Nthsp18p Nicotiana tabacum pfam00011, HSP20 cd00298, alpha-crystallin-Hsps 817 18 2 1 1 1 5 1
6 1
20
Endoplasmin homolog precursor Catharanthus roseus pfam00183, HSP90 1244 5 2 1 2
21
OSJNBa0091C07.4 Oryza sativa COG0545, FkpA cd00189, TPR 1484 8 1 1 2 3 1
22 AC009176 putative heat-shock protein Oryza sativa
COG0326, HtpG, Molecular
chaperone, HSP90 family
832 2 1 1
23
Nthsp18p Nicotiana tabacum
pfam00011, HSP20
683 10 2 1 5 2
24
17.5 kDa class I heat shock protein Glycine max pfam00011, HSP20 cd00298, alpha-crystallin-Hsps 757 3 1 1 1
25
peptidylprolyl cis-trans isomerase Oryza sativa pfam00254, FKBP_C COG0545, FkpA 883 4 1 2
1
26
Nthsp18p Nicotiana tabacum
pfam00011, HSP20
283 2 2
27
Nthsp18p Nicotiana tabacum pfam00011, HSP20 cd00298, alpha-crystallin-Hsps 846 11 3 1 7
28
heat shock protein YegD Pseudomonas fluorescens PfO-1 pfam00012, HSP70 COG0443, DnaK 749 3 2
1
29
Hsp22.3 Glycine max pfam00011, HSP20
670 2 2
30
heat shock protein Medicago sativa pfam00011, HSP20 796 2 2
31
putative cyclophilin-40 Oryza sativa cd01926, cyclophilin_ABH_like pfam00160, Pro_isomerase 729 3 2 1
*Bibliotecas: AR1 - Folhas com tratamento de ácido araquidônico. BP1 - Bion positive - plântulas inteiras + células. CA1 Calo. CB1 - Células em suspensão com bion e brassinosteróides. CL2 - Calo com e sem bion curta. CS1 - Células em
suspensão com sais. EA1 - Calos embriogênicos. EB1 - Embrião de frutos. EM1 - Embrião de sementes germinando. FB1 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 longa. FB2 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 curta. FB4 -
Botão floral estádio 3 e botão floral estádio 4 curta. FR1 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 longa. FR2 - Botão floral 6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 curta. IA1 - Calos embriogênicos. IA2 - Linhagem
embriogênica (folha) com indução de 2,4D. IC1 - Linhagem não embriogênica (folha) sem indução de 2,4D. LP1 - Plântulas com tratamento de ácido araquidônico. LV4 - Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion longa. LV5 - Folhas de ponteiro
ortotrópicas sem bion curta. LV8 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion longa. LV9 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion curta. NS1 - Raízes com nematóide. PA1 - Linhagem embriogênica (calos primários). PC1 -
Linhagem não embriogênica (folhas) com indução de 2,4D. RM1 - Folhas com ferrugem e bicho mineiro. RT3 - Raiz sem bion – longa. RT5 - Raiz com bion – longa. RT8 - Raiz e células em suspensão na presença de aluminio – curta. RX1 - Ramos
infectados com Xylella. SH2 - Estresse hídrico no campo (pool de tecidos). SI3 - Sementes germinando (inteira). SS1 - Condições normais - irrigado (pool de tecidos). EC1 - Calos embriogênicos (C. canephora). SH1 - Folhas - estresse hídrico
curta (C. canephora). FR4 – Fruto (C. racemosa). FV2 - Fruto verde - estádio 1, 2 e 3 – curta (C. racemosa).
76
77
O projeto thaumatin ficou constituído de 317 ESTs. Thaumatin é uma
proteína relacionada com patogênese (PR – Pathogenesis Related). Ela possui
efeito fungicida contra um grande número de patógenos de plantas e humanos
(Selitrennikoff, 2001). Embora o mecanismo preciso de ação dessa proteína
ainda não seja completamente conhecido, existem várias observações que
podem levar a hipótese de sua atuação na morte do fungo (Selitrennnikoff,
2001). Essa proteína causa alterações na permeabilidade da célula em fungos
que possuem parede celular, mas nenhum ou pouco efeito no protoplasto
(Roberts e Selitrennikoff, 1990). Ela se liga ao 1,3 β-glucan e possui atividade
1,3 β-glucanase in vitro (Grenier et al., 1993; Trudel et al., 1998). Em tabaco
causa perturbações na regulação da montagem da parede celular do fungo
Saccharomyces cerevisiae (Yun et al., 1997; Yun et al., 1998). Essas
observações dificultam a definição do mecanismo de ação dessa proteína.
Por meio desse projeto foram obtidas ESTs de proteínas relacionadas
com a patogênese e thaumatinas, além de outras (Tabela 1.31). Foram obtidas
ESTs com similaridade a genes de Arabidopsis thaliana, Vitis vinifera e
Nicotiana tabacum, entre outras (Tabela 1.32).
A análise dos contigs formados revelou a presença de várias classes de
proteínas thaumatinas, com o domínio conservado Smart 00205 THN (Tabela
1.33). Todos os 16 contigs formados apresentaram e-value menor que 1
-10
. O
contig 16, anotado como thaumain-like protein, de Arabidopsis thaliana, foi o
de menor tamanho, com 765 pb e o contig 1, anotado como putative
thaumatin-like protein, de Arabidopsis thaliana, o de maior tamanho, com 1.952
pb. Nenhum do contigs eram formados por ESTs da biblioteca RM1.
O projeto Phytoalexin foi constituído de 12 ESTs. Todas elas
apresentaram a anotação phytoalexin, de Arabidopsis thaliana. As fitoalexinas
são compostos que o sintetizados por células vegetais e nelas se acumulam
após a infecção microbiana (Stoessl, 1986). Entre os efeitos sobre o crescimento
de fungos está a inibição da elongação do tubo germinativo e do crescimento ra-
Tabela 1.31: ESTs encontradas no projeto Thaumatin
Anotação Nº ESTs
Proteína Taumatina, Similar 284
Precursor de Proteína R Relacionado com Patogênese 10
Família Taumatina 9
Outros 14
Total
317
78
Tabela 1.32: Espécies que apresentaram seqüências
similares às ESTs encontradas no projeto
HSP
Organismo Nº ESTs
Vitis vinifera
121
Sambucus nigra
113
Arabidopsis thaliana
55
Nicotiana tabacum
9
Outros 19
Total 317
Tabela 1.33: Relação de Contigs com e-value menor que 1
-10
formados pelo agrupamento do projeto
Thaumatin e o respectivo número de ESTs de cada biblioteca.
Contig
Definição Organismo Domínio 1
#
pb
#
ESTs
C
A
1
L
V
5
L
V
8
L
V
9
F
R
1
F
R
2
F
B
1
F
B
2
F
B
4
R
T
8
B
P
1
C
B
1
C
S
1
E
A
1
I
C
1
P
C
1
I
A
2
L
P
1
R
X
1
P
A
1
S
I
3
S
H
2
S
S
1
1
putative
thaumatin-
like protein
Arabidopsis
thaliana
Smart
00205, THN
1952 4 2 1 1
2
putative
thaumatin-
like protein
Arabidopsis
thaliana
Smart
00205, THN
911 7 1 2 4
3
thaumatin-
like protein
SE39b
Nicotiana
tabacum
Smart
00205, THN
1011 4 3 1
4
thaumatin-
like protein
Actinidia
deliciosa
Smart
00205, THN
1017 41 1 13
10 1 1 3 12
5
putative
thaumatin-
like protein
Solanum
tuberosum
Smart
00205, THN
975 56 1 14
28 12
1
6
thaumatin-
like protein
Actinidia
deliciosa
Smart
00205, THN
892 15 1 7 2 5
7
thaumatin-
like protein
Vitis vinifera
Smart
00205, THN
1125 117 1 100
11
2 1 2
8
thaumatin-
like protein
Sambucus
nigra
Smart
00205, THN
880 21 19 1 1
9 SCUTL2 Vitis vinifera
Smart
00205, THN
925 10 1 2 1 6
10
thaumatin-
like protein
SE39b
Nicotiana
tabacum
Smart
00205, THN
1037 3
11
thaumatin,
putative
Arabidopsis
thaliana
Smart
00205, THN
1147 6 2 3 1
12
thaumatin-
like
protein;
9376-
10898
Arabidopsis
thaliana
Smart
00205, THN
858 7 2 2 1 2
13
Osmotin-
like protein
precursor
Lycopersicon
esculentum
Smart
00205, THN
1135 10 1 2 2 1 1 1 1 1
14 At5g40020
Arabidopsis
thaliana
Smart
00205, THN
890 2 1 1
15
thaumatin-
like protein
Arabidopsis
thaliana
Smart
00205, THN
870 4 2 1 1
16
thaumatin-
like
protein;
12104-
13574
Arabidopsis
thaliana
Smart
00205, THN
765 2 3 2
*Bibliotecas: AR1 - Folhas com tratamento de ácido araquidônico. BP1 - Bion positive - plântulas inteiras + células. CA1 Calo. CB1 - Células em suspensão
com bion e brassinosteróides. CL2 - Calo com e sem bion – curta. CS1 - Células em suspensão com sais. EA1 - Calos embriogênicos. EB1 - Embrião de frutos.
EM1 - Embrião de sementes germinando. FB1 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2 longa. FB2 - Botão floral estádio 1 e botão floral estádio 2
curta. FB4 - Botão floral estádio 3 e botão floral estádio 4 – curta. FR1 - Botão floral6, chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 – longa. FR2 - Botão floral nº 6,
chumbinho 1, frutos estádios 1 e 2 curta. IA1 - Calos embriogênicos. IA2 - Linhagem embriogênica (folha) com indução de 2,4D. IC1 - Linhagem não
embriogênica (folha) sem indução de 2,4D. LP1 - Plântulas com tratamento de ácido araquidônico. LV4 - Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion – longa. LV5
- Folhas de ponteiro ortotrópicas sem bion curta. LV8 - Folhas plagiotrópicas de plantas adultas sem bion longa. LV9 - Folhas plagiotrópicas de plantas
adultas sem bion curta. NS1 - Raízes com nematóide. PA1 - Linhagem embriogênica (calos primários). PC1 - Linhagem não embriogênica (folhas) com
indução de 2,4D. RM1 - Folhas com ferrugem e bicho mineiro. RT3 - Raiz sem bion – longa. RT5 - Raiz com bion – longa. RT8 - Raiz e células em suspensão
na presença de aluminio – curta. RX1 - Ramos infectados com Xylella. SH2 - Estresse hídrico no campo (pool de tecidos). SI3 - Sementes germinando (inteira).
SS1 - Condições normais - irrigado (pool de tecidos). EC1 - Calos embriogênicos (C. canephora). SH1 - Folhas - estresse hídrico – curta (C. canephora). FR4
Fruto (C. racemosa). FV2 - Fruto verde - estádio 1, 2 e 3 – curta (C. racemosa).
79
dial das colônias, o colapso do sistema de membranas, a perda de eletrólitos,
dentre outros. As plantas resistentes produzem altos níveis de fitoalexinas,
quando comparadas às susceptíveis. O aumento na concentração dessas
enzimas vem acompanhado de aumentos na concentração de enzimas-chaves
das vias biossintéticas envolvidas na sua produção, como exemplo a chalcone
sintase (Pascholati e Leite, 1994).
A chalcone sintase é uma enzima regulatória da biossíntese de
fenilpropanóides que catalizam a primeira reação da via metabólica específica
da biossíntese de flavonóides e isoflavonóides. Elicitores causam um estímulo
transiente rápido da transcrição de genes de chalcone sintase como um evento
basal na expressão da resposta às fitoalexinas (Ryder et al., 1984). Todas as
153 ESTs obtidas no projeto Chalconesynthase tiveram anotação Chalcone
Synthase.
O projeto criado utilizando a palavra Polyphenoloxidase foi formado por
67 ESTs. As anotações mais relevantes foram catechol oxidase e polyphenol
oxidase (Figura 1.5).
ESTs encontradas no projeto Polyphenoloxydase
25; 37%
37; 56%
5; 7%
catechol oxidase polyphenol oxidase outros
Figura 1.5: ESTs do projeto Polyphenoloxidase
Embora a função fisiológica da polifenoloxidase em células vegetais
ainda não seja totalmente conhecida, a maioria dos relatos sobre essa enzima
indica a função de defesa de plantas contra patógenos e pragas. O modo de
ação proposto é baseado na sua capacidade de oxidar compostos fenólicos
quando o tecido é danificado. Nessa situação, a ruptura dos plastídios, o
compartimento celular onde a polifenoloxidase está localizada, leva a enzima a
entrar em contato com compostos fenólicos liberados pela ruptura do vacúolo
(Melo et al., 2006).
80
O projeto Importin foi constituído de 532 ESTs. As ESTs encontradas
nesse projetos estão relacionadas na tabela 1.34 e os organismos homólogos,
na tabela 1.35.
Tabela 1.34: ESTs encontradas no projeto Importin
Anotação Nº ESTs
No Hits Found
23
Subunidade Pequena da Rubisco 440
Subunidade da Importina Alfa 17
Importina Alfa 2 13
Provável Fator de Transporte Nuclear de Importina Alfa [importado] 10
Importina Beta, Putativa 8
Proteína de Susceptibilidade a Apoptose Celualr (Re-exportador de
Importina-alfa), Putativo 3
Outros 18
Total
532
Tabela 1.35: Espécies que apresentaram seqüências
similares às ESTs encontradas no
projeto Importin
Organismo Nº ESTs
Coffea arabica
440
Arabidopsis thaliana
42
Capsicum annuum
14
Oryza sativa
7
Outros 29
Total
532
A Importina α media a importação de proteínas citosólicas para dentro
do núcleo. As importinas α de plantas se ligam a fatores de virulência de
Agrobacterium tumefaciens e vários vírus fitopatogênicos (Hermsmeier et al.,
2001).
O projeto Glucosyltransferase gerou 1.286 ESTs. As glicosiltransferases
catalisam a transferência de resíduos de glicose para vários substratos e
regulam a atividade de compostos que têm funções importantes na defesa da
planta contra patógenos, tal como o ácido salicílico (Chong et al., 2002).
As ESTs obtidas no projeto Glucosyltransferase incluíram proteínas da
família das glicosiltransferases, sacarose sintase, glicosiltransferases induzidas
pelo frio, entre outras (Tabela 1.36). Neste projeto foram obtidas ESTs
similares a genes de Arabidopsis thaliana, Oryza sativa, Lycopersicon
esculentum, Nicotiana tabacum, entre outras (Tabela 1.37).
81
Tabela 1.36: ESTs encontradas no projeto Glucosyltransferase
Anotação Nº ESTs
No Hits Found
76
Proteína Expressa 22
Desconhecido 18
Sacarose Sintase (Sacarose-UDP Glucosiltransferase) 198
Família Glicosiltransferase 112
Glucosiltransferase Putativa 74
Proteína Hipotética 56
Glucosiltransferase NTGT2 32
Hidroquinona Glucosiltransferase (Arbutina Sintase) 24
Indol-3-acetate beta-glucosiltransferase - Relacionado 23
Glucosil Transferase Induzida pelo Frio 18
Indol-3-acetate beta-glucosiltransferase Putativa 18
Glucuronosil Transferase Homóloga, Relacionado com o Amadurecimento 13
Outros 602
Total
1286
Tabela 1.37: Espécies que apresentaram seqüências
similares às ESTs encontradas no
projeto Glucosyltransferase
Organismo Nº ESTs
Arabidopsis thaliana
365
Nicotiana tabacum
108
Oryza sativa
88
Lycopersicon esculentum
53
Pseudomonas sp
47
Solanum sp
25
Citrus sp
17
Outros 583
Total
1286
A análise gráfica mostrou o número de ESTs de bibliotecas de interesse
identificadas em cada estratégia de mineração (Figura 1.6). As bibliotecas
consideradas para a análise foram a NS1 (raízes com nematóide), RM1 (folhas
com bicho mineiro e ferrugem), RX1 (ramos com Xylella) e SS1 (tecidos em
condições normais). As bibliotecas NS1, RM1 e RX1 foram escolhidas para
essa análise pelo fato de terem sido submetidas a estresses bióticos e,
portanto, representam uma fonte potencial de ESTs que podem estar
envolvidas com o processo de defesa da planta contra esses etresses. A
biblioteca SS1 serviu como controle, para identificar os genes genes que estão
em funcionamento quando a planta está em condições normais, e quais
desses genes também se expressam nas condições de estresse citadas
acima.
82
0
20
40
60
80
100
120
140
Nº ESTs
de
cada
bibloteca
Projetos (P alavras-chave)
Projetos x Bibliotecas
NS1
1 4 1 1 5 3 0 0 0 0 0 0 1 3 0
RM 1
7 15 62 8 67 22 3 0 3 0 2 0 14 50 0
RX1
9 16 42 32 44 6 1 2 0 0 7 0 15 28 0
SS1
2 3 7 130 5 2 4 1 0 0 1 1 4 8 0
NBS LRR RES CHI CYT GLU HSP THA CHA HYP PAT PFO IM P GLT PHY
Figura 1.6: Número de ESTs das Bibliotecas NS1 (Raízes com nematóide), RM1 (Folhas
com bicho mineiro e ferrugem), RX1 (Ramos com Xylella) e SS1 (Tecidos em
condições normais) presentes nos projetos criados. RES = Resistance; CHI =
Chitinase; CYT = Cytochrome P450; GLU = Glucanase; THA = Thaumatin;
CHA = Chalconesynthase; HYP = Hypersensitive; PAT = Pathogenesis; PFO =
Polyphenoloxidase; IMP = Importin; GLT = Glucosyltransferase e PHY =
Phitoalexin.
A análise mostrou que a biblioteca RM1 foi a mais bem representada
nos projetos Resistance, Cytochrome P450, Glucanase e Glucosyltransferase.
Essa biblioteca também foi bem representada nos projetos NBS, LRR e
Importin. Esse reultado confirma a importância potencial das ESTs
provenientes da biblioteca RM1 no processo de defesa do cafeeiro contra
bicho mineiro e ferrugem.
Semelhantemente à biblioteca RM1, a RX1 também foi bem
representada nos projetos Resistance, Cytochrome P450 e
Glucosyltransferase. RX1 foi a mais bem representada nos projetos NBS, LRR,
Pathogenesis e Importin. Esse resultado indica que as ESTs provenientes
dessa bilioteca são importantes para o estudo da defesa do cafeeiro contra
83
Xylella, pois elas estão potencialmente relacionadas com o processo de
resistência contra essa bactéria.
Os projetos Resistance, Chitinase, Cytochrome P450 e
Glucosyltransferase foram os que obtiveram o maior número de ESTs das
bibliotecas de interesse.
A palavra resistance” representa um termo geral no mecanismo de
defesa da planta, e por essa razão, era esperado que as ESTs das três
bibliotecas submetidas a estress fossem bem representadas. Entretanto, a
biblioteca NS1 apresentou apenas uma EST nesse projeto, enquanto que a
SS1 apresentou sete. Isso mostra que o nível de expressão de genes
relacionados com esse termo pode estar bem reduzido, ou que os genes
simplesmente não foram amostrados. Estudos posteriores poderão elucidar
esses resultados.
As quitinases, relacionadas com a resistência de várias espécies de
plantas a patógenos (Sahai e Manocha, 1993; Jackson e Taylor, 1996), foram
bastante expressas em condições normais. Esse resultado está de acordo com
o trabalho de Lin et al. (2005), o qual mostrou que as quitinases estão entre os
genes mais expressos em café. Segundo esses pesquisadores, o fato das
quitinases serem muito expressas e bem representadas por uma grande
família em café pode ser reflexo de uma grande necessidade de resistência a
fungos. Essa necessidade seria devido à natureza perene do cafeeiro e ao fato
dessa planta ser uma espécie tropical, para a qual é comum que haja uma
grande quantidade de patógenos.
Em plantas os citocromo P450 está envolvido numa enorme quantidade
de reações biossintéticas, levando a formação de conjugados de ácidos
graxos, hormônios, compostos de defesa, entre outros. Ao mês de abril de
2007 haviam sido identificadas 6.766 seqüências de Citocromo P450 em 708
famílias, sendo 2.417 seqüências de espécies vegetais (Cytochrome P450
Homepage - http://drnelson.utmem.edu/CytochromeP450.html). Dessa forma, a
grande quantidade de ESTs das bibliotecas RM1 e RX1 obtidas nesse projeto
devem estar preferencialmente envolvidas em outros processos biológicos, em
detrimento do processo de defesa da planta contra doenças.
Nos projetos Hypersensitive e Phytoalexin o foram identificadas
nenhuma EST das bibliotecas analisadas. Os genes relacionados com esses
84
termos não são expressos ou podem apresentar uma expressão bem reduzida,
e por isso não foram amostrados. Estudos detalhados poderão explicar esses
resultados.
3.3. Seqüências publicadas
Foram identificadas 66 seqüências relacionadas com o a resistência do
cafeeiro a doenças nos artigos científicos consultados (Tabela 1.38). Essas
seqüências foram submetidas a uma comparação com o banco de dados do
PBGC, por meio do BLAST. As seqüências encontradas com e-value menor
que 1
-10
e score maior que 100 foram selecionadas para análise.
As seqüências obtidas pelo trabalho de Fernandez et al. (2004) são de
genes isolados que podem estar associados com a expressão de mecanismos
basais de resistência de cafeeiros a Hemileia vastatrix. As proteínas preditas,
codificadas por essas ESTs, mostraram similaridade com proteínas de
resistência a doenças, proteínas de tolerância a estresses e componentes de
vias de sinalização celular.
Usando RT-PCR Ganesh et al. (2006) verificaram que o gene CaNDR1
foi expresso em amostras tratadas com H. vastatrix e que o gene CaWRKY1
foi ativado logo após a inoculação com esse patógeno. Eles verificaram ainda
a ativação do gene CaR111 em resposta a raças avirulentas de H. vastatrix,
sugerindo que esse gene pode ser um fator interessante na via de sinalização
da resistência de C. arabica à ferrugem.
As seqüências do trabalho de Lin et al. (2005) são provenientes de
bibliotecas de folhas, sementes e frutos de C. canephora. As ESTs
selecionadas possuem as anotações de proteínas de defesa contra doenças,
como chitinase, thaumatin, hypersensitive-induced protein, entre outras.
Os genes cahsp70, cachi 3-1, cachi 3-2, cachi 3-3, cachi 4-1 e capox-1
do trabalho de Chen et al. (2003) são de uma biblioteca de cDNA construída a
partir de folhas de C. arabica var. Dilla e Alghe (CIFC 110/5) inoculadas com H.
vastatrix. Esses genes codificam proteínas como quitinases, HSP70, e
peroxidases, todas relacionadas com a defesa da planta a patógenos.
85
Tabela 1.38: Seqüências publicadas utilizadas na mineração de ESTs do PBGC
Fonte Seqüência Score
e-value
Blast EST café - NR score e-value
Lin et al., 2005 SGN120121 Thaumatin, pathogenesis related 656 0.0
>gi|128378|sp|P10973|NLTA_RICCO NONSPECIFIC LIPID-TRANSFER PROTEIN A (NS-LTP A) (PHOSPHOLIPID TRANSFER
PROTEIN) (PLTP) 90,5 3,00E-17
Lin et al., 2005
SGN120244 Disease resistance protein (TIR-NBS-
LRR class) 888 0.0 >gi|34907232|ref|NP_914963.1| putative disease resistance protein I2 [Oryza sativa (japonica cultivar-group)] 108 1,00E-16
Lin et al., 2005 SGN121998 Disease resistance protein 927 0.0 >gi|7488989|pir||T07589 disease resistance protein Prf - tomato gi|1513144|gb|AAC49408.1| PRF 163 4,00E-39
Lin et al., 2005
SGN124574 Leucine-rich repeat, disease resistance
protein 1012 0.0 >gi|34904990|ref|NP_913842.1| P0456B03.2 [Oryza sativa (japonica cultivar-group)] 142 7,00E-33
Lin et al., 2005
SGN124466 Leucin-rich repeat, plant specific,
receptor-related protein kinase 783 0.0 >gi|15225286|ref|NP_180201.1| receptor-related protein kinase, ERECTA [Arabidopsis thaliana] 180 2,00E-60
Lin et al., 2005 SGN119817 Chitinase 1510 0.0 >gi|5880843|gb|AAD54934.1|AF141372_1 chitinase precursor [Petroselinum crispum] 243 1,00E-111
Lin et al., 2005 SGN123451 Acidic endochitinase 1279 0.0 >gi|3451147|emb|CAA09110.1| chitinase [Hevea brasiliensis] 266 4,00E-70
Lin et al., 2005
SGN119672 Hypersensitive-induced protein, band 7
protein 1584 0.0 >gi|34484310|gb|AAQ72788.1| hypersensitive-induced response protein [Cucumis sativus] 423 1,00E-120
Fernandez et al., 2004 gi|4835584|DSS14 acidic chitinase 767 0.0 >gi|116328|sp|P17541|CHIA_CUCSA ACIDIC ENDOCHITINASE PRECURSOR 162 7,00E-39
Fernandez et al., 2004
gi 9255920|DSS13 cyclic nucleotide-gated cation
channel DND1 181 2E-44 >gi|15242291|ref|NP_197045.1| cyclic nucleotide-regulated ion channel (CNGC2) [Arabidopsis thaliana] 142 7,00E-63
Fernandez et al., 2004 gb|AAB97316.1|DSS11 heat shock 70 protein 815 0 >gi|15230534|ref|NP_187864.1| heat shock protein hsp70 [Arabidopsis thaliana] 425 1,00E-118
Fernandez et al., 2004 gi|15222057|DSS9 cytochrome P450, putative 835 0 >gi|9502380|gb|AAF88087.1| T12C24.27 [Arabidopsis thaliana] 253 4,00E-66
Fernandez et al., 2004 gi|50980143|CA-H11_01_B05 Coffee SSH library 1 196 2E-49 >gi|13123983|sp|Q9M367|BCN1_ARATH Beclin 1-like protein 258 1,00E-67
Fernandez et al., 2004 [gi:50980111]CA-H11_02_B06 Coffee SSH library 1 681 0 >gi|7446460|pir||T14337 RAD23 protein, isoform II - carrot 168 1,00E-40
Fernandez et al., 2004 [gi:50979912]CA-H12_04_A09 Coffee SSH library 1 554 1E-157 >gi|15241023|ref|NP_195785.1| Macrophage migration inhibitory factor (MIF) family [Arabidopsis thaliana] 197 3,00E-49
Fernandez et al., 2004 [gi:50979976]CA-H11_01_B01 Coffee SSH library 1 629 1E-179 >gi|11066033|gb|AAG28426.1| cytosolic aconitase [Nicotiana tabacum] 409 1,00E-120
Fernandez et al., 2004 gi:50979965]CA-H11_04_E06 Coffee SSH library 1 550 0.0 >gi|17105223|gb|AAL35606.1|AF442962_1 peroxisomal multifunctional protein [Oryza sativa] 259 4,00E-90
Fernandez et al., 2004 [gi:50979768]CA-H12_03_C03 Coffee SSH library 1 248 4E-65 >gi|29367118|gb|AAO72306.1| NdhK [Hordeum vulgare] 283 3,00E-79
Fernandez et al., 2004 [gi:50979797]CA-H12_04_G04 Coffee SSH library 1 975 0.0 >gi|10862871|emb|CAC13956.1| glutathione reductase [Mesembryanthemum crystallinum] 418 1,00E-119
Fernandez et al., 2004 [gi:50979698]CA-H12_03_C11 Coffee SSH library 1 1033 0.0 >gi|30013657|gb|AAP03871.1| oxygen evolving complex 33 kDa photosystem II protein [Nicotiana tabacum] 373 1,00E-113
Fernandez et al., 2004 [gi:50980083]CA-H11_02_B09 Coffee SSH library 1 629 1E-179 >gi|12331298|emb|CAC24711.1| cytochrome P450 [Solanum tuberosum] 209 6,00E-53
Fernandez et al., 2004 [gi:50980022]CA-H11_02_E04 Coffee SSH library 1 604 1E-172 >gi|584861|sp|P37118|C712_SOLME Cytochrome P450 71A2 (CYPLXXIA2) (P-450EG4) 269 2,00E-79
Fernandez et al., 2004 [gi:50980069]CA-H11_04_H05 Coffee SSH library 1 291 6E-78 >gi|38567916|emb|CAE04091.3| OSJNBa0088I22.12 [Oryza sativa (japonica cultivar-group)] 95,9 9,00E-19
Fernandez et al., 2004 [gi:50979849]CA-H12_04_E07 Coffee SSH library 1 677 0.0 >gi|12331298|emb|CAC24711.1| cytochrome P450 [Solanum tuberosum] 208 1,00E-52
Fernandez et al., 2004 [gi:50980191]CA-H11_02_B08 Coffee SSH library 1 291 1E-77 >gi|15021761|gb|AAK77908.1|AF397903_1 AAA-metalloprotease FtsH [Pisum sativum] 298 6,00E-80
Fernandez et al., 2004 [gi:50979670]CA-H12_02_E08 Coffee SSH library 1 508 1E-143 >gi|320605|pir||A34131 metallothionein I homolog - spotted monkey flower 87,8 2,00E-16
Fernandez et al., 2004 [gi:50980032]CA-H11_01_B06 Coffee SSH library 1 767 0.0 >gi|26985221|gb|AAN86275.1| non-cell-autonomous heat shock cognate protein 70 [Cucurbita maxima] 410 1,00E-113
Fernandez et al., 2004 [gi:50979950]CA-H11_02_F10 Coffee SSH library 1 565 1E-160 >gi|462013|sp|P35016|ENPL_CATRO Endoplasmin homolog precursor (GRP94 homolog) 328 8,00E-89
Fernandez et al., 2004 [gi:50980104]CA-H11_04_A11 Coffee SSH library 1 860 0.0 >gi|6934298|gb|AAF31705.1|AF221856_1 heat-shock protein 80 [Euphorbia esula] 236 3,00E-61
Fernandez et al., 2004 [gi:50979967]CA-H11_01_C02 Coffee SSH library 1 504 1E-142 >gi|25285681|pir||G86305 SRG1 homolog [imported] - Arabidopsis thaliana 221 1,00E-56
Fernandez et al., 2004 [gi:50980012]CA-H11_03_G11 Coffee SSH library 1 592 1E-168 >gi|7488910|pir||T14329 dermal glycoprotein precursor, extracellular - carrot (fragment) 171 2,00E-41
Fernandez et al., 2004 [gi:50979858]CA-H12_03_D08 Coffee SSH library 1 425 1E-118 >gi|13992713|gb|AAF01465.2| bdn1 [Boea crassifolia] 98,6 2,00E-19
Fernandez et al., 2004 [gi:50980251]CA-H11_02_B04 Coffee SSH library 1 635 0.0 >gi|16974114|emb|CAC95155.1| putative resistance protein [Lycopersicon esculentum] 253 2,00E-66
Fernandez et al., 2004 [gi:50980003]CA-H11_02_D06 Coffee SSH library 1 365 1E-100 >gi|24459849|emb|CAC82600.1| disease resistance-like protein [Coffea canephora] 164 2,00E-39
Fernandez et al., 2004 [gi:50979978]CA-H11_04_A05 Coffee SSH library 1 725 0 >gi|13752562|gb|AAK38727.1|AF369707_1 importin alpha 2 [Capsicum annuum] 479 1,00E-134
Fernandez et al., 2004 [gi:50980127]CA-H11_03_H01 Coffee SSH library 1 938 0 >gi|15232308|ref|NP_188696.1| non-race specific disease resistance protein (NDR1) [Arabidopsis thaliana] 135 5,00E-31
Fernandez et al., 2004 [gi:50980232]CA-H11_03_A12 Coffee SSH library 1 862 0 >gi|15553476|gb|AAL01886.1|AF404590_1 chitinase 3-like protein precursor [Trichosanthes kirilowii] 164 2,00E-39
Fernandez et al., 2004 [gi:50980231]CA-H11_04_E02 Coffee SSH library 1 944 0 >gi|15553476|gb|AAL01886.1| chitinase 3-like protein precursor [Trichosanthes kirilowii] 168 1,00E-40
Fernandez et al., 2004 [gi:50979888]CA-H12_02_G12 Coffee SSH library 1 456 1E-127 >gi|15553476|gb|AAL01886.1| chitinase 3-like protein precursor [Trichosanthes kirilowii] 181 2,00E-44
Fernandez et al., 2004 [gi:50979788]CA-H12_02_B01 Coffee SSH library 1 665 0 >gi|1076693|pir||S51678 chitinase (EC 3.2.1.14) class I - European elder (fragment) 379 1,00E-104
Fernandez et al., 2004 [gi:50979684]CA-H12_03_A05 Coffee SSH library 1 569 1E-161 >gi|25316444|pir||E84471 probable beta-1,3-glucanase [imported] - Arabidopsis thaliana 361 8,00E-99
Fernandez et al., 2004 [gi:50980140]CA-H11_01_G04 Coffee SSH library 1 191 1E-47 >gi|25404490|pir||G96670 hypothetical protein F13O11.7 [imported] - Arabidopsis thaliana 120 4,00E-26
Fernandez et al., 2004 [gi:50980185]CA-H11_04_F12 Coffee SSH library 1 635 0 >gi|14423842|sp|O50001|PRU1_PRUAR Major allergen Pru ar 1 164 2,00E-39
Fernandez et al., 2004
[gi:50980055]CA-H11_04_B08 Coffee SSH library 1 475 1E-133 >gi|14423842|sp|O50001|PRU1_PRUAR Major allergen Pru ar 1 164 2,00E-39
Fernandez et al., 2004 [gi:50979882]CA-H12_03_B12 Coffee SSH library 1 1073 0 >gi|1345787|sp|P48387|CHS2_CAMSI CHALCONE SYNTHASE 2 (NARINGENIN-CHALCONE SYNTHASE 2) 470 1,00E-131
Fernandez et al., 2004 [gi:50979881]CA-H12_04_G05 Coffee SSH library 1 898 0 >gi|12229619|sp|Q9ZRS4|CHSY_CATRO Chalcone synthase (Naringenin-chalcone synthase) 187 2,00E-46
Fernandez et al., 2004 [gi:50979757]CA-H12_03_F03 Coffee SSH library 1 733 0 >gi|7433144|pir||T07101 lipoxygenase (EC 1.13.11.12) - potato 293 5,00E-59
Fernandez et al., 2004 [gi:50980154]CA-H11_01_G11 Coffee SSH library 1 725 0 >gi|25044823|gb|AAM28275.1| germin-like protein [Ananas comosus] 107
2,00E-28
85
86
Tabela 1.38: continuação
Fonte Seqüência Score
e-value
Blast EST café - NR score e-value
Fernandez et al., 2004 [gi:50980031]CA-H11_02_H11 Coffee SSH library 1 483 1E-135 >gi|15221473|ref|NP_174357.1| FAD-linked oxidoreductase family [Arabidopsis thaliana] 231 1,00E-59
Fernandez et al., 2004 [gi:50980113] CA-H11_01_B08 Coffee SSH library 1
831 0 >gi|16518974|gb|AAL25088.1| Tobacco mosaic virus helicase domain-binding protein [Nicotiana tabacum] 301 1,00E-80
Fernandez et al., 2004 [gi:50979987]CA-H11_02_E07 Coffee SSH library 1 475 1E-133 >gi|15241939|ref|NP_201080.1| hypersensitive-induced response protein [Arabidopsis thaliana] 186 3,00E-46
Fernandez et al., 2004 [gi:50979913]CA-H12_02_A12 Coffee SSH library 1 890 0 >gi|7438249|pir||T03803 tumor-related protein, clone NF34 - common tobacco 146 5,00E-34
Ganesh et al., 2006
gi|50980275|gb|CF589193.1|CF589193 DSS23
Coffee SSH library 2 1027 0 ref|NP_196762.1| unknown protein [Arabidopsis thaliana] 378 2,00E-103
Ganesh et al., 2006
gi|50980283|gb|CO773976.1|CO773976 DSS12
Coffee SSH library 2 938 0 ref|NP_188696.1| NDR1 (NON RACE-SPECIFIC DISEASE RESISTANCE 1); signal transducer [Arabidopsis thaliana] 135 2,00E-30
Ganesh et al., 2006
gi|50980281|gb|CO773974.1|CO773974 DSS16
Coffee SSH library 2 642 0 emb|CAN70362.1| hypothetical protein [Vitis vinifera] 197 3,00E-49
Chen et al., 2003
gi|11139088|gb|AF297089.1|AF297089 Coffea
arabica ubiquitin-like protein UBI9 494 1E-139 gb|AAF70460.1|AF240445_1 polyubiquitin [Populus tremula x Populus tremuloides] 130 2,00E-29
Chen et al., 2003
gi|50979697|gb|CF588617.1|CF588617 CA-
H12_01_B07 Coffee SSH library 1 564 1E-159 emb|CAJ43737.1| class III chitinase [Coffea arabica] 166 8,00E-40
Chen et al., 2003
gi|50980232|gb|CF589150.1|CF589150 CA-
H11_03_A12 Coffee SSH library 1 862 0 emb|CAJ43737.1| class III chitinase [Coffea arabica] 201 4,00E-50
Chen et al., 2003
gi|50979788|gb|CF588708.1|CF588708 CA-
H12_02_B01 Coffee SSH library 1 665 0 dbj|BAF44533.1| class IV chitinase [Nicotiana tabacum] 409 1,00E-112
Chen et al., 2003
gi|40786374|dbj|AB158557.1| Coffea arabica ca-
pox1 mRNA for peroxidase 808 0 gb|AAK52084.1| peroxidase [Nicotiana tabacum] 409 2,00E-112
Chen et al., 2003
gi|50980267|gb|CF589185.1|CF589185 DSS11
Coffee SSH library 2 815 0 ref|NP_187864.1| HSP70 (heat shock protein 70); ATP binding [Arabidopsis thaliana] 418 2,00E-115
86
87
Com as três estratégias de mineração foi possível identificar 14.060
ESTs potencialmente associadas à resistência do cafeeiro a doenças (Tabela
1.39).
Tabela 1.39: Número de ESTs mineradas por
cada estratégia.
Estratégias Nº ESTs
Electronic Northern
2.206
Palavras-Chave 11.793
Sequencias Publicadas 61
Total
14.060
4. CONCLUSÃO
Neste trabalho foram mineradas um total de 14.060 ESTs
potencialmente associadas com a resistência do cafeeiro a doenças.
Essas ESTs são fonte de informações úteis para a ampliação do
conhecimento sobre a resistência do cafeeiro a patógenos e pragas.
Recomenda-se utilizar essas ESTs como genes candidatos para o
desenvolvimento de marcadores moleculares para assistirem programas de
melhoramento.
88
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aarts, N., Metz, M., Holub, E., Staskawicz, B. J., Daniels, M. J., Parker, J. E.
Different requirements for EDS1 and NDR1 by disease resistance genes
define at least two R gene-mediated signaling pathways in Arabidopsis
Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of
America, v.95, n.17, p.10306-10311. 1998.
Aguiar, A. T. E. Atributos químicos de espécies de café. Fitotecnia, ESALQ-
USP, Piracicaba, 2005. 88 p.
Altschul, S. F., Boguski, M. S., Gish, W., Wootton, J. C. Issues in searching
molecular sequence databases. Nature Genetics, v.6, p.119-129. 1994.
Anderson, I., Brass, B. Searching DNA databases for similarities to DNA
sequences: when is a match significant? Bioinformatics, v.14, n.4, p.349-
356. 1998.
Aravind, L. D., V. M, Koonin, E. V. The domains of death: evolution of the
apoptosis machinery. Trends in Biochemical Sciences, v.24, n.2, p.47-53.
1999.
Boller, T. Extracellular location of chitinases in cucumber. Physiological and
Molecular Plant Pathology, v.33, p.11-16. 1988.
Botella, M. A., Parker, J. E., Frost, L. N., Bittner-Eddy, P. D., Beynon, J. L.,
Daniels, M. J., Holub, E. B., Jones J. D. G. Three genes of the arabidopsis
RPP1 complex resistance locus recognize distinct Peronospora parasitica
avirulence determinants Plant Cell, v.10, p.1847-1860. 1998.
Chen, Z. J., Ribeiro, A., Silva, M. C., Santos, P., Guerra-Guimarães, L.,
Gouveia, M., Fernandez, D., Rodrigues nior, C. J. Heat shock-induced
susceptibility of green coffee leaves and berries to Colletotrichum
gloeosporioides and its association to PR and hsp70 gene expression.
89
Physiological and Molecular Plant Pathology, v.63, n.4, p.181-190. 2003.
Chong, J., Balyz, R., Schitt, C., Beffa, R., Fritig, B., Saindrenan, P.
Downregulation of a pathogen-responsive tobacco UDP-Glc:
phenylpropanoid glucosyltransferase reduces scopoletin glucoside
accumulation, enhances oxidative stress, and weakens virus resistance.
Plant Cell, v.14, p.1093-1107. 2002.
Dong, Q., Schlueter, S. D., Brendel, V. PlantGDB, plant genome database and
analysis tools. Nucleic Acids Research, v.32, p.D354-D359. 2004.
Dreher, K., Callis, J. Ubiquitin, Hormones and Biotic Stress in Plants. Annals of
Botany, v.99, p.787-822. 2007.
Ellis, J. G., Lawrence, G. J., Luck, J. E., Dodds, P. N. Identification of regions in
alleles of the flax rust resistance gene L that determine differences in gene-
for-gene specificity Plant Cell, v.11, n.3, p.495-506. 1999.
Fernandez, D., Santos, P., Agostini, C., Bon, M., Petitot, A., Silva, M. C.,
Guerra-Guimarães, L., Ribeiro, A., Argout, X., Nicole, M. Coffee (Coffea
arabica L.) genes early expressed during infection by the rust fungus
(Hemileia vastatrix). Molecular Plant Pathology, v.5, n.6, p.527-536. 2004.
Feys, B. J., Parker. J. E. Interplay of signaling pathways in plant disease
resistance. Trends in Genetics, v.16, n.10, p.449-455. 2000.
Gai, X. W., Lal, S., Xing, L.Q., Brendel, V., and Walbot, V. Gene discovery
using the maize genome database ZmDB. Nucleic Acids Research, v.28,
p.94-96. 2000.
Ganesh, D., Petitot, a-S., Silva, M. C., Alary, R., Lecouls, a-C., Fernandez, D.
Monitoring of the early molecular resistance responses of coffee (Coffea
arabica L.) to the rust fungus (Hemileia vastatrix)using real-time quantitative
RT-PCR. Plant Science, v.170, p.1045-1051. 2006.
Grenier, J., Potvin, C., Asselin, A. Barley pathogenesis-related proteins with
fungal cell wall lytic activity inhibit the growth of yeasts. Plant Physiology,
v.103, p.1277-1283. 1993.
Hermsmeier, D., Schittko, U., Baldwin, I. T. Molecular interactions between the
specialist herbivore Manduca sexta (Lepidoptera, Sphingidae) and its
natural host Nicotiana attenuata. I. Large-scale changes in the accumulation
of growth- and defense-related plant mRNAs. Plant Physiology, v.125,
p.683-700. 2001.
Höfte, H., Desprez, T., Amselem, J., Chiapello, H., Caboche, M., Moisan, A.,
Jourjon, M. F., Charpenteau, J. L., Berthomieu, P., Guerrier, D., Giraudat,
J., Quigley, F., Thomas, F., Yu, D. Y., Mache, R., Raynal, M., Cooke, R.,
Grellet, F., Delseny, M., Parmentier, Y., Marcillac, G., Gigot, C., Fleck, J.,
Philipps, G., Axelos, M., Bardet, C., Tremousaygue, D., Lescure, B. An
90
inventory of 1152 expressed sequence tags obtained by partial sequencing
of cDNAs from Arabidopsis thaliana. Plant Journal, v.4, p.1051-1061. 1993.
Jach, G., Gornhardt, B., Mundy, J., Logemann, J., Pinsdorf, E., Leah, R.,
Schell, J., Maas, C. Enhanced quantitative resistance against fungal
disease by combinatorial expression of different barley antifungal proteins in
transgenic tobacco. Plant Journal, v.8, n.1, p.97-109. 1995.
Jackson, A. O., Taylor, C. B. Plant-Microbe Interactions: Life and Death at the
lnterface. The Plant Cell, v.8, p.1651-1668. 1996.
Kobe, B., Deisenhofer, J. Proteins with leucine-rich repeats. Current Opinion in
Structure Biology, v.8, n.5, p.409-416. 1995.
Lazo, G. R., Chao, S., Hummel, D. D., Edwards, H., Crossman, C. C., Lui, N.,
Matthews, D. E., Carollo, V. L., Hane, D. L., You, F. M., Butler, G. E., Miller,
R. E., Close, T. J., Peng, J. H., Lapitan, N. L. V., Gustafson, J. P., Qi, L. L.,
Echalier, B., Gill, B. S., Dilbirligi, M., Randhawa, H. S., Gill, K. S., Greene,
R. A., Sorrells, M. E., Akhunov, E. D., Dvorak, J.,Linkiewicz, A. M.,
Dubcovsky, J., Hossain, K. G., Kalavacharla, V., Kianian, S. F., Mahmoud,
A. A., Miftahudin,Ma, X. F., Conley, E. J., Anderson, J. A., Pathan, M. S.,
Nguyen, H. T., Mcguire, P. E., Qualset, C. O., Anderson, O. D.
Development of an Expressed Sequence Tag (EST) Resource for Wheat
(Triticum aestivum L.): EST Generation, Unigene Analysis, Probe Selection
and Bioinformatics for a 16,000-Locus Bin-Delineated Map. Genetics, v.168,
p.585-593. 2004.
Li, L., Hong, R., Hastings, W. Three functional luciferase domains in a single
polypeptide chain. Proceedings of the National Academy of Sciences of the
United States of America, v.94, n.17, p.8954-8958. 1997.
Lin, C., Mueller, L. A., Carthy, J. M., Crouzillat, D., Pétiard, V., Tanksley, S. D.
Coffee and tomato share common gene repertoires as revealed by deep
sequencing of seed and cherry transcripts. Theoretical and Applied
Genetics, v.112, n.1, p.114-130. 2005.
Mcdowell, J. M., Dhandaydham, M., Long, T. A., Aarts, M. G. M., Goff, S.,
Holub, E. B, Dangl, J. L. Intragenic recombination and diversifying selection
contribute to the evolution of downy mildew resistance at the RPP8 locus of
Arabidopsis. Plant Cell, v.10, n.11, p.1861-1874. 1998.
Melo, G. A., Shimizu, M. M., Mazzafera, P. Polyphenoloxidase activity in coffee
leaves and its role in resistance against the coffee leaf miner and coffee leaf
rust. Phytochemistry, v.67, n.3, p.277-285. 2006.
Parniske, M., Hammondkosack, K. E., Golstein, C., Thomas, C. M., Jones, D.
A., Harrison, K., Wulff, B. B. H.,Jones, J. D. G. Novel disease resistance
specificities result from sequence exchange between tandemly repeated
genes at the Cf-4/9 locus of tomato. Cell
, v.91, n.6, p.821-832. 1997.
91
Pascholati, S. F., Leite, B. Mecanismos bioquímicos de resistência às doenças.
Revisão Anual de Patologia de Plantas, v.2, p.1-51. 1994.
Qi, X., Bakht, S., Qin, B., Leggett, M., Hemmings, A., Mellon, F., Eagles, J.,
Werck-Reichhart, D., Schaller, H., Lesot, A., Melton, R., Osbourn, A. A
different function for a member of an ancient and highly conserved
cytochrome P450 family: From essential sterols to plant defense.
Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of
America, v.103, n.49, p.18848-18853. 2006.
Roberts, W., Selitrennnikoff, C. P. Zeamatin, an antifungal protein from maize
with membrane-permeabilizing activity. Journal of Genetical Microbiology,
v.136, p.1771-1778. 1990.
Ronning, C. M., Stegalkina, S. S., Ascenzi, R. A., Bougri, O., Hart, A. L.,
Utterbach, T. R., Vanaken, S. E., Riedmuller, S. B., White, J. A., Cho, J.,
Pertea, G. M., Lee, Y., Karamycheva, S., Sultana, R., Tsai, J.,
Quackenbush, J., Griffiths, H. M., Restrepo, S., Smart, C. D., Fry, W. E.,
Van-Der-Hoeven, R., Tanksley, S., Zhang, P., Jin, H., Yamamoto, M. L.,
Baker, B. J., Buell, C. R. Comparative Analyses of Potato Expressed
Sequence Tag Libraries. Plant Physiology, v.131, p.419-429. 2003.
Ryder, T. B., Cramer, C. L., Bell, J. N., Robbins, M. P., Dixon, R. A., Lamb, C.
J. Elicitor rapidly induces chalcone synthase mRNA in Phaseolus vulgaris
cells at the onset of the phytoalexin defense response. Proceedings of the
National Academy of Sciences of the United States of America, v.81,
p.5724-5728. 1984.
Sahai, A. S., Manocha, M. S. Chitinases of plants and fungi: their involvement
in morphogenesis and host-parasite interaction. FEMS Microbiology
Reviews v.11, p.317-338. 1993.
Saraste, M., Sibbald, P. R., Wittinghofer, A. The P-loop--a common motif in
ATP- and GTP-binding proteins. Trends in Biochemical Sciences, v.15,
n.11, p.430-434. 1990.
Selitrennnikoff, C. P. Antifungal proteins. Applied and Environmental
Microbiology, v.67, n.7, p.2883-2894. 2001.
Shoemaker, R., Keim, P., Vodkin, L., Retzel, E., Clifton, S. W., Waterston, R.,
Smoller, D., Coryell, V., Khanna, A., Erpelding, J., Gai, X., Brendel, V.,
Raph-Schmidt, C., Shoop., Vielweber, C. J., Schmatz, M., Pape. D.,
Theising, B., Martin, J., Dante, M., Wylie, T., Granger, C. A Compilation of
Soybean ESTs: Generation and Analysis. Genome, v.45, p.329-338. 2002.
Stintzi, A., Heitz, T., Prasad, V., Wiedemann-Merdinoglu, S., Kauffmann, S.,
Geoffroy, P., Legrand, M., Fritig, B. Plant 'pathogenesis-related' proteins
and their role in defense against pathogens. Biochimie, v.75, n.8, p.687-
706. 1993.
92
Stoessl, A. Secondary plant metabolites in plant disease resistance. Part II:
Phytoalexins. Fitopatologia Brasileira, v.11, p.25-53. 1986.
Takemoto, D., Hayashi, M., Doke, N., Nishimura, M., Kawakita, K. Molecular
cloning of a defense-response-related cytochrome p450 gene from tobacco.
Plant and Cell Physiology, v.40, n.12, p.1232-1242. 1999.
Thomas, C. M., Jones, D. A., Parniske, M., Harrison, K., Balint-Kurti, P. J.,
Hatzixanthis, K., Jones, J. D. G. Characterization of the tomato Cf-4 gene
for resistance to Cladosporium fulvum identifies sequences that determine
recognitional specificity in Cf-4 and Cf-9. Plant Cell, v.9, n.12, p.2209-2224.
1997.
Traut, T. W. The functions and consensus motifs of nine types of peptide
segments that form different types of nucleotide-binding sites. European
Journal of Biochemistry, v.229, p.9-19. 1994.
Trudel, J., Grenier, J., Potvin, C., Asselin, A. Several thaumatin-like proteins
bind to β-1,3-glucans Plant Physiology, v.118, p.1431-1438. 1998.
Udall, J. A., Swanson, J. M., Haller, K., Rapp, R. A., Sparks, M. E., Hatfield, J.,
Yu, Y., Wu, Y., Dowd, C., Arpat, A. B., Sickler, B. A., Wilkins, T. A., Guo, J.
Y., Chen, X. Y., Scheffler, J., Taliercio, E., Turley, R., Mcfadden, H., Payton,
P., Klueva, N., Allen, R., Zhang, D., Haigler, C., Wilkerson, C., Suo, J.,
Schulze, S. R., Pierce, M. L., Essenberg, M., Kim, H., Llewellyn, D. J.,
Dennis, E. S., Kudrna, D., Wing, R., Paterson, A. H., Soderlund, C.,
Wendel, J. F. A global assembly of cotton ESTs. Genome Research, v.16,
p.441-450. 20069.
Van Der Biezen, E. A., Jones, J. D. The NB-ARC domain: a novel signaling
motif shared by plant resistance gene products and regulators of cell death
in animals. Current Biology, v.8, n.7, Mar, p.R226-227. 1998.
Van Der Biezen, E. A., Sun, J., Coleman, M. J., Bibb, M. J., Jones, J. D. G.
Arabidopsis RelA/SpoT homologs implicate (p)ppGpp in plant signaling
Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of
America, v.97, n.7, p.3747-3752. 2000.
Vieira, L. G. E., Andrade, A. C., Colombo, C. A., Moraes, A. H. A., Metha, A.,
Oliveira, A. C., Labate, C. A., Marino, C. L. e C. B. Monteiro-Vitorello,
Monte, D. C., Giglioti, E., Kimura, E. T., Romano, E., Kuramae, E. E.,
Lemos, E. G. M., Almeida, E. R. P., Jorge, E. C., Albuquerque, E. V. S.,
Silva, F. R., Vinecky, F., Sawazaki, H. E., Dorry, H. F. A., Carrer, H., Abreu,
I. N., Batista, J. A. N., Teixeira, J. B., Kitajima, J. P., Xavier, K. G., Lima, L.
M., Camargo, L. E. A., Pereira, L. F. P., Coutinho, L. H., Lemos, M. V. F.,
Romano, M. R., Machado, M. A., Costa, M. M. C., , M. F. G., Goldman,
M. H. S., Ferro, M. I. T., Tinoco, M. L. P., Oliveira, M. V., Sluys, M. V.,
Shimizu, M. M., Maluf, M. P., Eira, M. T. S., Filho, O. G., Arruda, P.,
Mazzafera, P., Mariani, P. D. S. C., Oliveira, R. L. B. C., Harakava, R.,
Balbao, S. F., Tsai, S. M., Mauro, S. M. Z., Santos, S. N., Siqueira, W. J.,
93
Costa, G. G. L., Formighieri, E. F., Carazzolle, M. F., Pereira, G. A. G.
Brazilian coffee genome project: an EST-based genomic resource. Brazilian
Journal of Plant Physiology, v.18, n.1, p.95-108. 2006.
Wang, G., Ruan, D., Song, W., Sideris, S., Chen, L., Pi, L., Zhang, S., Zhang,
Z., Fauquet, C., Gaut, B. S., Whalen, M. C., Ronald, P. C. Xa21D ecodes a
receptor-like molecule with a leucine-rich repeat domain that determines
race-specific recognition and is subject to adaptive evolution Plant Cell,
v.10, n.5, p.765-779. 1998.
Wolfsberg, T. G., Landsman, D. A comparison of expressed sequence tags
(ESTs) to human genomic sequences. Nucleic Acids Research, v.25,
p.1626-1632. 1997.
Yamamoto, K., Sasaki, T. L. Large-scale EST sequencing in rice. Plant
Molecular Biology, v.35, p.135-144. 1997.
Yun, D., Zhao, Y., Pardo, J. M., Narasimhan, M. L., Damsz, B., Lee, H., Abad,
L. R., D'urzo, M. P., Hasegawa, P. M., Bressan, R. A. Stress proteins on the
yeast cell surface determine resistance to osmotin, a plant antifungal
protein. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United
States of America, v.94, p.7082. 1997.
Yun, D. J., Ibeas, J. I., Lee, H., Coca, M. A., Narasimhan, M. L., Uesono, Y.,
Hasegawa, P. M., Pardo, J. M., Bressan, R. A. Osmotin, a plant antifungal
protein, subverts signal transduction to enhance fungal cell susceptibility.
Molecular Cell, v.1, n.6, p.807-817. 1998.
Zhou, N., Tootle, T. L., Glazebrook, J. Arabidopsis PAD3, a Gene Required for
Camalexin Biosynthesis, Encodes a Putative Cytochrome P450
Monooxygenase. The Plant Cell, v.11, p.2419-2428. 1999.
94
CAPÍTULO 2
MARCADORES MOLECULARES DERIVADOS DE SEQÜÊNCIAS
EXPRESSAS DO GENOMA DO CAFÉ POTENCIALMENTE
ENVOLVIDAS NA RESISTÊNCIA À FERRUGEM
95
1. INTRODUÇÃO
A principal doença do cafeeiro é a ferrugem alaranjada, causada pelo
fungo Hemileia vastatrix Berk & Br. Esta doença ocorre em todas as regiões
produtoras de café do mundo. Assim, o estudo e a caracterização de fatores
genéticos de resistência a este fungo são importantes para ampliar os
conhecimentos da interação planta-patógeno. Esse estudo poderá ser útil para
o desenvolvimento de estratégias de controle para a ferrugem, incluindo o
melhoramento genético visando a obtenção de variedades resistentes.
O seqüenciamento do genoma de plantas tem facilitado e acelerado a
identificação de genes desejáveis, possibilitando a sua manipulação
subseqüente por meio de técnicas de genética molecular. A biotecnologia do
cafeeiro tem sido potencializada com o Projeto Brasileiro do Genoma Café
(PBGC). Neste projeto, realizou-se o seqüenciamento do genoma funcional de
Coffea arabica, C. canephora e C. racemosa, resultando na disponibilização de
um banco de dados de mais de 200.000 ESTs (Expressed Sequence Tags)
(Vieira et al., 2006). Os clones seqüenciados foram provenientes de 37
bibliotecas de cDNA de café. Essas ESTs, portanto, representam milhares de
genes expressos em diferentes órgãos do cafeeiro, obtidos em vários estágios
de desenvolvimento da planta e submetidos a condições de estresse biótico e
abiótico.
Com o intuito de identificar genes relacionados com o mecanismo de
defesa do cafeeiro a doenças, o banco de dados gerado pelo PBGC foi
minerado por meio de análise in silico, utilizando-se ferramentas de
bioinformática. A mineração resultou na identificação de 14.060 seqüências
potencialmente envolvidas com a resistência do cafeeiro a doenças.
Para verificar se os genes ou ESTs identificados estão envolvidos ou
ligados à resistência do cafeeiro à ferrugem, primers que os amplificam foram
desenhados e testados em diferentes genótipos de café.
96
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Material Vegetal e Extração de DNA
Para a avaliação dos marcadores moleculares, foram utilizados 24
genótipos de cafeeiro do Banco de Germoplasma da UFV/EPAMIG. Desses,
12 foram de cafeeiros resistentes a H. vastatrix e 12 de cafeeiros susceptíveis
a esse fungo. Os genótipos susceptíveis foram: UFV-570 (“Bourbon Amarelo”),
UFV 2945 (‘Típica’),UFV 557-06 (C. racemosa x C. arabica ), UFV 2145-79
(“Catuaí Vermelho”), UFV 2154-345 (“Catuaí Amarelo”), UFV 2143-193
(“Catuaí Amarelo”), UFV 2143-235 (“Catuaí Amarelo”), UFV 2148-57 (“Catuaí
Amarelo”), UFV 2164-193 (“Mundo Novo”), UFV 2190-100 (“Mundo Novo”),
Caturra 812 (“Caturra Amarelo”) e C. excelsa. Os genótipos resistentes foram
os acessos de Híbrido de Timor: UFV 440-22, UFV 443-3, UFV 445-46, CIFC
832-1, CIFC 832-2, UFV 438-52, UFV 446-08, CIFC 33-1, CIFC 1343-269,
CIFC 4106, CIFC 420-10 e CIFC 147-1 (Tabela 2.1).
Tabela 2.1: Genótipos utilizados para o teste dos primers obtidos das ESTs potencialmente envolvidas
com a resistência do cafeeiro a ferrugem.
Indivíduos susceptíveis a ferrugem Indivíduos resistentes a ferrugem
Código Genótipo Descrição Código Genótipo Descrição
1 UFV 570 Bourbon Amarelo da China 13 UFV HT 440-22 Híbrido de Timor UFV
2 UFV 2945 Típica C-117 14 UFV HT 443-3 Híbrido de Timor UFV
3 UFV 557-06 Coffea racemosa (triplóide) 15 UFV HT 445-46 Híbrido de Timor UFV
4 UFV 2145-79 Catuaí Vermelho 16 UFV HT 832-1 Híbrido de Timor UFV
5 UFV 2154-345 Catuaí Amarelo 17 UFV HT 832-2 Híbrido de Timor UFV
6 Catuaí 2143-193 Catuaí Amarelo 18 UFV HT 438-52 Híbrido de Timor UFV
7 Catuaí 2143-235 Catuaí Amarelo 19 UFV HT 446-08 Híbrido de Timor UFV
8 Catuaí 2148-57 Catuaí Amarelo 20 CIFC 33-1 Híbrido de Timor CIFC
9 Mundo Novo 2164-193 Mundo Novo UFV 21 CIFC 1343-269 Híbrido de Timor CIFC
10 Mundo Novo 2190-100 Mundo Novo UFV 22 CIFC 4106 Híbrido de Timor CIFC
11 Caturra 812 Caturra Amarelo 23 CIFC 420-10 Híbrido de Timor CIFC
12 Coffea excelsa Coffea excelsa 24 CIFC 147-1 Híbrido de Timor CIFC
Folhas jovens de cada um desses cafeeiros foram coletadas,
armazenadas em ultrafreezer -80
o
C e liofilizadas. O DNA foi extraído seguindo-
se o protocolo de Diniz et al. (2005). Após a extração, o DNA foi quantificado
em espectrofotômetro e armazenado a 4
o
C. Para a amplificação, foi diluído em
TE (Tris HCl 10 mM, EDTA 1 mM, pH 8,0) para uma concentração final de 10
ng/µl.
97
2.2. Seqüências do Banco de Dados do PBGC
No processo de mineração do banco de dados do PBGC, foram
identificadas 14.060 seqüências potencialmente relacionadas com a
resistência do cafeeiro a doenças. Estas seqüências foram classificadas em
relação a maior ou menor possibilidade de estarem envolvidas com o processo
de resistência do cafeeiro a patógenos. A classificação foi determinada a partir
da análise da anotação automática de cada seqüência. Os fatores
considerados foram: organismo, função potencial da seqüência, e-value menor
ou igual a 1x10
-10
, score igual ou maior que 100 e presença de ESTs
provenientes da biblioteca RM1 nos contigs. A partir dessa classificação, 107
seqüências foram selecionadas e primers que as amplificam foram
desenhados.
2.3. Desenvolvimento de Marcadores Moleculares
Para desenho dos primers, foi utilizado o programa computacional
Primer3 (http://frodo.wi.mit.edu/). As condições para o desenho foram: (1)
produto de PCR com tamanho de 200 a 600pb; (2) tamanho do primer de 18 a
24pb; (3) tm de 55 a 60
o
C; e, (4) percentagem de CG de 45 a 55. Para os
outros parâmetros, foram utilizados os valores pré-definidos pelo programa. A
estabilidade destes primers foi verificada utilizando o programa PrimerSelect
6.1(DNASTAR, Madison, WI, EUA).
A reação de PCR foi realizada em 20,0µL de solução contendo 30ηg de
DNA, 0,8 unidades de Taq DNA polimerase, tampão 1x, 1mM de MgCl
2
, 60 µM
de cada dNTP e 0,7 µM de cada primer. Para a amplificação, utilizou-se o
procedimento touchdown PCR. Este procedimento consistiu em uma etapa de
desnaturação inicial de 94
o
C, por três minutos, seguido de cinco ciclos com
uma etapa de desnaturação a 94
o
C por 30 segundos, uma etapa de
anelamento por 20 segundos e extensão a 72
o
C por 40 segundos. A
temperatura de anelamento foi de 65
o
C a 60
o
C, reduzindo 1
o
C a cada ciclo.
Após os cinco ciclos, procederam-se mais 30 ciclos com desnaturação a 94
o
C
por 60 segundos, anelamento de 60
o
C por 20 segundos e extensão de 72
o
C
por 40 segundos.
98
Os produtos das reações de amplificação foram submetidos a
eletroforese em géis de agarose 1,2%, corados com brometo de etídio,
visualizados em UV e foto documentados em transiluminador.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Das 14.060 seqüências potencialmente envolvidas com a resistência do
cafeeiro a doenças, 107 foram selecionadas para o desenho de 40 primers
(Tabela 2.2). Os primers denominados de CARF 001 a CARF 040 (Tabela 2.2)
foram estáveis dentro das condições estabelecidas.
Tabela 2.2: Primers obtidos a partir das seqüências mineradas.
Primer
Mineração BLAST
Score e-value
CARF 001 Northern eletrônico RM1 77,69 %
gi|24459841|emb|CAC82597.1| disease resistance-like
protein [Coffea arabica]
259 2,00E-67
CARF 002 Northern eletrônico RM1 100%
gi|15225780|ref|NP_180241.1| leucine-rich repeat
transmembrane protein kinase, putative [Arabidopsis thaliana]
296 1,00E-78
CARF 003 Northern eletrônico RM1 100%
gi|42602161|gb|AAS21681.1| receptor-like kinase
[Arabidopsis thaliana]
102 1,00E-20
CARF 004 Northern eletrônico RM1 100%
gi|15226721|ref|NP_179220.1| leucine-rich repeat
transmembrane protein kinase, putative
131 4,00E-13
CARF 005 Projeto Palavra Chave LRR
gi|24459841|emb|CAC82597.1| disease resistance-like
protein [Coffea arabica]
260 2,00E-68
CARF 006 Projeto Palavra Chave NBS
gi|30689664|ref|NP_195056.2| disease resistance protein
(CC-NBS-LRR class), putative [Arabidopsis thaliana]
652 0,0
CARF 007 Projeto Palavra Chave CHITINASE gi|4835586|dbj|BAA77677.1| acidic chitinase [Glycine max] 268 2,00E-70
CARF 008 Lin et al., 2005 SGN120244
gi|34907232|ref|NP_914963.1| putative disease resistance
protein I2 [Oryza sativa (japonica cultivar-group)]
108 1,00E-16
CARF 009 Lin et al., 2005 SGN124466
gi|15225286|ref|NP_180201.1| receptor-related protein
kinase, ERECTA [Arabidopsis thaliana]
180 2,00E-60
CARF 010
Fernandez et al., 2004
CA-H12_04_E07
gi|12331298|emb|CAC24711.1| cytochrome P450 [Solanum
tuberosum]
208 1,00E-52
CARF 011
Fernandez et al., 2004
CA-H11_02_D06
gi|24459849|emb|CAC82600.1| disease resistance-like
protein [Coffea canephora]
164 2,00E-39
CARF 012 Projeto Palavra Chave LRR
gi|30689664|ref|NP_195056.2| disease resistance protein
(CC-NBS-LRR class), putative (Arabidopsis thaliana)
512 2,00E-115
CARF 013 Projeto Palavra Chave LRR
gi|50899184|ref|XP_450380.1| putative disease related
protein 2 (Oryza sativa)
138 1,00E-65
CARF 014 Projeto Palavra Chave LRR
gi|28555894|emb|CAD45029.1| NBS-LRR disease resistance
protein homologue (Hordeum vulgare)
109 3,00E-11
CARF 015 Lin et al., 2005 119817
gi|5880843|gb|AAD54934.1| chitinase precursor
[Petroselinum crispum]
243 1,00E-111
CARF 016 Lin et al., 2005 119672
gi|34484310|gb|AAQ72788.1 |hypersensitive-induced
response protein [Cucumis sativus]
266 4,00E-70
CARF 017 Fernandez et al., 2004 DSS14
gi|116328|sp|P17541|CHIA_CUCSA ACIDIC
ENDOCHITINASE PRECURSOR
162 7,00E-39
CARF 018
Fernandez et al., 2004
CA-H11_02_B09
gi|12331298|emb|CAC24711.1| cytochrome P450 [Solanum
tuberosum]
209 6,00E-53
CARF 019
Fernandez et al., 2004
CA-H11_02_B04
gi|16974114|emb|CAC95155.1| putative resistance protein
[Lycopersicon esculentum]
253 2,00E-66
CARF 020 Northem eletrônico RM1 100%
gi|21617980|gb|AAM67030.1| putative RING zinc finger
protein [Arabidopsis thaliana]
106 6,00E-15
CARF 021 Northem eletrônico RM1 100%
gi|30687274|ref|NP_850285.1| protein kinase family
[Arabidopsis thaliana]
128 1,00E-18
CARF 022 Northem eletrônico RM1 100%
gi|18855060|gb|AAL79752.1| AC096687_16 putative protein
kinase [Oryza sativa]
126 2,00E-29
CARF 023 Northem eletrônico RM1 100%
gi|4240031|dbj|BAA74802.1| DNA binding zinc finger protein
(Pspzf) [Pisum sativum]
112 3,00E-15
CARF 024 Northem eletrônico RM1 100%
gi|31324528|gb|AAP47579.1| receptor kinase Lecrk
[Gossypium hirsutum]
257 2,00E-67
CARF 025 Northem eletrônico RM1 100%
gi|11358841|pir| serine/threonine-protein kinase-like protein -
Arabidopsis thaliana
115 1,00E-11
CARF 026 Northem eletrônico RM1 100%
gb|ABO78298.1| Glycosyl transferase, family 48 [Medicago
truncatula]
380 4,00E-104
CARF 027 Northem eletrônico RM1 100%
gi|15221833|ref|NP_173302.1| protein kinase -related
[Arabidopsis thaliana]
269 3,00E-71
99
Tabela 2.2: continuação
Primer
Mineração BLAST
Score e-value
CARF 028 Northem eletrônico RM1 100%
gi|15231381|ref|NP_187364.1| membrane protein
[Arabidopsis thaliana]
141 2,00E-32
CARF 029 Northem eletrônico RM1 100%
gi|29124139|gb|AAO65880.1| putative DNA-binding protein
[Oryza sativa (japonica cultivar-group)]
141 5,00E-32
CARF 030 Northem eletrônico RM1 100%
gi|2792155|emb|CAA11226.1| chalcone reductase [Sesbania
rostrata]
105 7,00E-52
CARF 031 Northem eletrônico RM1 100%
gi|30683822|ref|NP_850115.1| protein kinase family
[Arabidopsis thaliana]
179 2,00E-49
CARF 032 Northem eletrônico RM1 100%
gi|30683822|ref|NP_850115.1| protein kinase family
[Arabidopsis thaliana]
241 3,00E-62
CARF 033 Northem eletrônico RM1 100%
ref|NP_189017.1| leucine-rich repeat family protein / protein
kinase family protein [Arabidopsis thaliana]
363 9,00E-99
CARF 034 Northem eletrônico RM1 100%
gi|92874399|gb|ABE82675.1| Tyrosine protein kinase, active
site [Medicago truncatula]
100 2,00E-19
CARF 035 Northem eletrônico RM1 100%
gi|30686115|ref|NP_850618.1| GATA zinc finger protein
[Arabidopsis thaliana]
105 3,00E-11
CARF 036 Projeto Palavra Chave LRR
gi|24459853|emb|CAC82602.1| disease resistance-like
protein (Coffea arabica)
142 5,00E-33
CARF 037 Projeto Palavra Chave LRR
gi|24459845|emb|CAC82610.1| disease resistance-like
protein (Coffea arabica)
161 2,00E-58
CARF 038 Lin et al., 2005 SGN121998 gi|7488989|pir|| disease resistance protein Prf - tomato 163 4,00E-39
CARF 039 Lin et al., 2005 SGN124574
gi|27817976|dbj|BAC55740.1| putative disease resistance
gene homolog [Oryza sativa]
142 7,00E-33
CARF 040 Lin et al., 2005 SGN123451 gi|3451147|emb|CAA09110.1| chitinase [Hevea brasiliensis] 266 4,00E-70
Dos 40 pares de primers obtidos, 12 (30%) foram desenhados a partir
de seqüências mineradas pela estratégia “Seqüências Publicadas”, oito (20%)
pela estratégia “Palavras-Chave” e 20 (50%) pela estratégia Electronic
Northern” (Figura 2.1).
20; 50%
8; 20%
12; 30%
Northern Eletnico
Palavras-Cahve
Seqüências Publicadas
Figura 2.1: Número de pares de primers obtidos a partir das estratégias de
mineração.
A estratégia “Seqüências Publicadas” foi a que, proporcionalmente, teve
o melhor aproveitamento em relação ao número de seqüências selecionadas
para desenho de primers (Figura 2.2). Das 61 seqüências obtidas por meio
desta estratégia, 12 (19,67%) foram utilizadas para o desenho de primers.
100
Com a estratégia “Palavras-Chave” foram obtidas 11.793 ESTs, e somente 8
(0,06%) foram aproveitadas; Das 2.206 seqüências obtidas por meio da
estratégia “Electronic Northern”, apenas 28 (0,90%) foram aproveitadas.
20
8
2.206
0,90%
11.793
0,06%
61
19,67%
12
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 2 3
1: Nº seências mineradas; 2: Nº
primers
obtidos; 3: % aproveitamento
das seqüências mineradas para desenho de
primers
% de aproveitamento das ESTs mineradas para
desenho de primers
Electronic Northern
Palavras-Chave Seqüências Publicadas
Figura 2.2: Número de seqüências de cada estratégia de mineração selecionadas para o
desenho de primers e o aproveitamento proporcional de cada estratégia.
Após o teste de diferentes concentrações dos componentes da reação
de PCR e condições de amplificação, os 40 pares de primers foram analisados
em cafeeiros resistentes e susceptíveis à ferrugem. Desses, 11 não
amplificaram nenhuma banda. Os 29 restantes geraram marcadores
moleculares, visualizadas como bandas únicas e bem definidas (Figura 2.3).
101
Apenas um marcador, o CARF 005 resultou em fragmentos polimórficos
detectáveis diretamente em gel de agarose, sendo capaz de diferenciar
indivíduos resistentes e susceptíveis à ferrugem do cafeeiro (Figura 2.4).
Todos os cafeeiros resistentes apresentaram o fragmento de 400 pb, enquanto
nenhum susceptível apresentou a banda, com a exceção de C. excelsa, que
apesar de ser susceptível, apresentou a banda.
Figura 2.3: Primer CARF 028. Padrão de amplificação com bandas únicas e bem definidas.
M= Marcador de peso molecular de 100 pb. 1-12 = Indivíduos susceptíveis. 13-
24 = Indivíduos resistentes (ver Tabela 2.1).
Figura 2.4: Primer CARF 005 Primer polimórfico entre indivíduos susceptíveis e
resistentes à Ferrugem. M= Marcador de peso molecular de 100 pb. 1-12 =
Indivíduos susceptíveis. 13-24 = Indivíduos resistentes (ver Tabela 2.1).
O fragmento amplificado pelo primer CARF 005 foi seqüenciado para
confirmar a sua anotação (gi|24459841|emb|CAC82597.1| disease resistance-
like protein [Coffea arabica]). A seqüência amplificada pelo primer CARF 005
foi analisada por meio do BLASTN, otimizado para seqüências altamente
similares (MEGABLAST), contra o banco de dados NR. O resultado do
alinhamento mostrou que o fragmento corresponde a uma ORF parcial de
102
Coffea arabica (código de acesso AJ298884.1) para proteína de resistência a
doenças (Disease resistance-like protein), com 97% de identidade, score igual
a 287 e e-value igual a 2.4e
-74
(Figura 2.5).
A seqüência nucleotídica foi convertida em seqüência de aminoácidos
para uma análise em bancos de dados de proteínas. A pesquisa nos bancos
InterPro, UniProtKB/TrEMBL, Pfam e PRINTS revelou similaridade da
seqüência com proteína de resistência a doenças (códigos de acesso
IPR000767, Q8GSU7, PF00931 e PR00364, respectivamente), com domínios
conservados NB-ARC (IPR002182) e LRR (IPR011713).
Figura 2.5: Alinhamento do fragmento amplificado pelo primer CARF 005 com o banco de
dados NR.
Vários tipos de proteínas contendo o domínio NB-ARC estão envolvidas
no processo de apoptose. O domínio NB-ARC é formado por três subdomínios:
um domínio de ligação a nucleotídeo (NB Nucleotide Binding), uma extensão
C-terminal que forma uma estrutura de quatro hélices (ARC1) e uma hélice
enovelada (ARC2) (Tameling et al., 2006). Estudos mostram que mutações no
domínio NB-ARC eliminam a função de resistência das proteínas,
demonstrando a relevância desse domínio (Dinesh-Kumar et al., 2000; Tao et
al., 2000; Tornero et al., 2002).
De acordo com Parniske et al. (1997), o domínio LRR pode facilitar a
interação da proteína R com o seu fator Avr (elicitor) relacionado e pode
fornecer diferentes especificidades de reconhecimento para fatores Avr
alterados. De fato, em vários sistemas planta-patógeno, a variação da
seqüência na região LRR tem mostrado ser responsável por diferentes
103
especificidades de reconhecimento ou de resistência (Parniske et al., 1997;
Thomas et al., 1997; Botella et al., 1998; Wang et al., 1998; Ellis et al., 1999).
Segundo os termos do Gene Ontology Consortium (GO – Ontologia
Gênica), as seqüências participam de processos de defesa (defence response,
GO:0006952), apoptose (apoptosis, GO:0006915) e tem função de ligação a
ATP (ATP binding, GO:0005524).
O marcador CARF 005 poderá ser testado em populações segregantes
contendo diferentes genes de resistência. Esta análise permitirá verificar a
ligação desse marcador, obtido a partir das seqüências mineradas, com os
diferentes genes relacionados com a resistência do cafeeiro à ferrugem.
Os marcadores baseados em cDNA, como os EST-PCR, apresentam
várias vantagens. Eles marcam genes expressos, e por isso são
particularmente úteis para mapeamento de QTLs. Quando o marcador EST-
PCR é encontrado ligado a um QTL é possível que o gene, a partir do qual ele
foi derivado, participe do controle da característica em questão. Por serem
derivados de regiões codificadoras, que são mais conservadas entre
populações e espécies do que as não codificadoras, os marcadores EST-PCR
se tornam úteis para o estudo de mapeamento comparativo. Além disso, os
marcadores EST-PCR podem ser herdados codominantemente, o que permite
a identificação de dois alelos diferentes em locos heterozigotos de organismos
diplóides (Rowland et al., 2003). Os marcadores EST-PCR foram
desenvolvidos para várias espécies vegetais, incluindo pinheiro [Pinus taeda L.
(Temesgen et al., 2001)], pícea [Picea mariana (Perry e Bousquet, 1998) e
Picea abies (Schubert et al., 2001)], criptoméria [Cryptomeria japonica
(Tsumura et al., 1997)], mirtilo [Vaccinium sp. (Rowland et al., 2003)], girassol
[Helianthus annus (Pashley et al, 2006)], amendoim [Arachis hypogaea L. (Luo
et al., 2005)], cana de açúcar [Saccharum sp. (Alwala et al., 2006)], feijão
[Phaseolus
vulgaris L. (Miklas et al., 2006)] e muitas outras.
Portanto, os marcadores moleculares obtidos a partir de ESTs são
bastante informativos e permitem reconhecer a associação da marca com a
sua potencial função, o que os tornam muito valiosos na análise de mapa
genético. As possibilidades de sucesso da piramidação de genes de
resistência à ferrugem dependem do número de genes envolvidos na
resistência e a sua distribuição no genoma (ligados ou independentes).
104
Portanto, é importante estudar a distribuição dos possíveis genes de
resistência, por exemplo, por meio da localização dos marcadores derivados
de ESTs ligados a estes genes no mapa genético.
Em relação aos outros 28 pares de primers que não apresentaram
polimorfismo, como CARF 028 (Figura 2.3), é possível que os fragmentos
possuam pequenas diferenças dentro da seqüência e, por isso, não puderam
ser observadas por eletroforese em gel de agarose. A existência desta
diferença poderá ser verificada com análises de enzima de restrição e
seqüenciamento para detecção de SNPs (Single Nucleotide Polymorphisms).
Existe também a possibilidade da diferença estar no padrão de expressão dos
genes de indivíduos resistentes e susceptíveis. Para a verificação da
expressão diferencial, análises de RT-PCR e ensaios de macroarranjo poderão
ser efetuados.
4. CONCLUSÃO
Este trabalho permitiu obter 40 primers para amplificação de seqüências
potencialmente envolvidas com a resistência do caffeiro a doenças.
Foi encontrado um marcador capaz de diferenciar cafeeiros resistentes
dos suceptíveis à H. vastatrix. O primer CARF 005 amplifica uma região do
DNA que corresponde a uma ORF parcial de Coffea arabica que codifica uma
proteína de resistência a doenças.
Os marcadores moleculares obtidos a partir de ESTs são bastante
informativos e permitem reconhecer a associação do marcador com a sua
potencial função. Pretende-se, no futuro, incoporar esses marcadores em
mapas genéticos, tornando a análise dos mesmos mais eficiente.
105
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alwala, S., Kimbeng, C. A., Gravois, K. A., Bischoff, K. P. TRAP, a new tool for
sugarcane breeding: comparisson with AFLP and coefficient of parentage.
Journal American Society Sugar Cane Technologists, v.26, p.62-86. 2006.
Alzate-Marin, A. L., Cervigni, G. D. L., Moreira, M. A., Barros, E. G. Seleção
assistida por marcadores moleculares visando ao desenvolvimento de
plantas resistentes a doenças, com ênfase em feijoeiro e soja. Fitopatologia
Brasileira, v.30, n.4, p.333-342. 2005.
Bent, A. F. Plant disease resistance genes: function meets structure. The Plant
Cell, v.8, p.1757-1771. 1996.
Boersma, J. G., Buirchell, B. J., Sivasithamparam, K., Yang, H. Development of
a sequence-specific PCR marker linked to the Ku gene which removes the
vernalization requirement in narrow-leafed lupin. Plant Breeding,
v.OnlineEarly Articles. 2007.
Bonas, U., Lahaye, T. Plant disease resistance triggered by pathogen-derived
molecules: refined models of specific recognition. Current Opinion in
Microbiology, v.5, n.1, p.44-50. 2002.
Borém, A., Caixeta, E. T. Marcadores Moleculares. Viçosa, MG. 2006. 374 p.
Botella, M. A., Parker, J. E., Frost, L. N., Bittner-Eddy, P. D., Beynon, J. L.,
Daniels, M. J., Holub, E. B., Jones J. D. G. Three genes of the arabidopsis
RPP1 complex resistance locus recognize distinct Peronospora parasitica
avirulence determinants Plant Cell, v.10, p.1847-1860. 1998.
Buckler, E. S., Thornsberry, J. M. Plant molecular diversity and applications to
genomics. Current Opinion in Plant Biology, v.5, p.107-111. 2002.
Cushman, J. C., Bohnert, H. J. Genomic approaches to plant stress tolerance.
Current Opinion in Plan Biology, v.3, p.117-124. 2000.
Dinesh-Kumar, S. P., Tham, W, Baker, B. J. Structure-function analysis of the
106
tobacco mosaic virus resistance gene N. Proceedings of the National
Academy of Sciences of the United States of America, v.97, n.26, p.14789-
14794. 2000.
Diniz, L. E. C., Sakiyama, N. S., Lashermes, P., Caixeta, E. T., Oliveira, A. C.
B., Zambolim, E. M., Loureiro, M. E., Pereira, A. A., Zambolim, L. Analysis
of AFLP markers associated to the Mex-1 resistance locus in Icatu
progenies. Crop Breeding and Applied Biotechnology, v.5, p.387-393. 2005.
Doyle, J. J., Doyle, J. L. A rapid total DNA preparation procedure for fresh plant
tissue. Focus, v.12, p.13-15. 1990.
Ellis, J. G., Lawrence, G. J., Luck, J. E., Dodds, P. N. Identification of regions in
alleles of the flax rust resistance gene L that determine differences in gene-
for-gene specificity Plant Cell, v.11, n.3, p.495-506. 1999.
Kobe, B., Deisenhofer, J. Proteins with leucine-rich repeats. Current Opinion in
Structure Biology, v.8, n.5, p.409-416. 1995.
Luo, M., Dang, P., Guo, B. Z., He, G., Holbrook, C. C., Bausher, M. G., Lee, R.
D. Generation of expressed sequence tags (ESTs) for gene discovery and
marker development in cultivated peanut. Crop Science, v.45, p.346-353.
2005.
Mcdowell, J. M., Dhandaydham, M., Long, T. A., Aarts, M. G. M., Goff, S.,
Holub, E. B, Dangl, J. L. Intragenic recombination and diversifying selection
contribute to the evolution of downy mildew resistance at the RPP8 locus of
Arabidopsis. Plant Cell, v.10, n.11, p.1861-1874. 1998.
Miklas, P. N., Hub, J., Grünwaldc, N. J., Larsena, K. M. Potential application of
TRAP (Targeted Region Amplified Polymorphism) markers for mapping and
tagging disease resistance traits in common bean Crop Science, v.46,
p.910-916. 2006.
Parniske, M., Hammondkosack, K. E., Golstein, C., Thomas, C. M., Jones, D.
A., Harrison, K., Wulff, B. B. H.,Jones, J. D. G. Novel disease resistance
specificities result from sequence exchange between tandemly repeated
genes at the Cf-4/9 locus of tomato. Cell, v.91, n.6, p.821-832. 1997.
Pashley, C. H., Ellis, J. R., Mccauley, D. E., Burke, J. M. EST databases as a
source for molecular markers: Lessons from Helianthus. The Journal of
Heredity, v.97, n.4, p.381-388. 2006.
Perry, D. J., Bousquet, J. Genetic diversity and mating system of post-fire and
porst-harvest black spruce: an investigation using codominant sequence-
tagged-site (STS) markers. Canadian Journal of Forest Resources, v.31,
p.32-40. 2001.
Rowland, L. J., Dhanaraj, A. L., Polashock, J. J., Arora, R. Utility of Blueberry-
derived EST-PCR. HortScience
, v.38, n.7, p.1428-1432. 2003.
107
Schubert, R., Mueller-Starck, G., Riegel, R. Development of EST-PCR markers
and monitoring their intrapopulational genetic variation in Picea abies (L.)
Karst. Theoretical and Applied Genetics, v.103, p.1223-1231. 2001.
Tameling, W. I. L., Vossen. J. H., Albrecht, M., Lengauer, T., Berden, J. A.,
Haring, M. A., Cornelissen, B. J. C., Takken, F. L. W. Mutations in the NB-
ARC Domain of I-2 That Impair ATP Hydrolysis Cause Autoactivation. Plant
Physiology, v.140, p.1233-1245. 2006.
Tao, Y., Yuan, F., Leister, R.T., Ausubel, F.M., Katagiri, F. Mutational analysis
of the Arabidopsis nucleotide binding site-leucine-rich repeat resistance
gene RPS2. Plant Cell, v.12, p.2541-2554. 2000.
Temesgem, B., Brown, G. R., Harry. D. E., Kinlaw, C. S., Sewell, M. M., Neal,
D.B. Genetic mapping pf expressed sequence tag polymorphism (ESTP)
markers in loblolly pine (Pinus taeda L.). Theoretical and Applied Genetics,
v.102, p.664-675. 2001.
Thomas, C. M., Jones, D. A., Parniske, M., Harrison, K., Balint-Kurti, P. J.,
Hatzixanthis, K., Jones, J. D. G. Characterization of the tomato Cf-4 gene
for resistance to Cladosporium fulvum identifies sequences that determine
recognitional specificity in Cf-4 and Cf-9. Plant Cell, v.9, n.12, p.2209-2224.
1997.
Tornero, P., Chao, R.A., Luthin, W.N., Goff, S.A., Dangl, J.L. Large-scale
structure-function analysis of the Arabidopsis RPM1 disease resistance
protein. Plant Cell, v.14, p.435-450. 2002.
Vieira, L. G. E., Andrade, A. C., Colombo, C. A., Moraes, A. H. A., Metha, A.,
Oliveira, A. C., Labate, C. A., Marino, C. L. e C. B. Monteiro-Vitorello,
Monte, D. C., Giglioti, E., Kimura, E. T., Romano, E., Kuramae, E. E.,
Lemos, E. G. M., Almeida, E. R. P., Jorge, E. C., Albuquerque, E. V. S.,
Silva, F. R., Vinecky, F., Sawazaki, H. E., Dorry, H. F. A., Carrer, H., Abreu,
I. N., Batista, J. A. N., Teixeira, J. B., Kitajima, J. P., Xavier, K. G., Lima, L.
M., Camargo, L. E. A., Pereira, L. F. P., Coutinho, L. H., Lemos, M. V. F.,
Romano, M. R., Machado, M. A., Costa, M. M. C., , M. F. G., Goldman,
M. H. S., Ferro, M. I. T., Tinoco, M. L. P., Oliveira, M. V., Sluys, M. V.,
Shimizu, M. M., Maluf, M. P., Eira, M. T. S., Filho, O. G., Arruda, P.,
Mazzafera, P., Mariani, P. D. S. C., Oliveira, R. L. B. C., Harakava, R.,
Balbao, S. F., Tsai, S. M., Mauro, S. M. Z., Santos, S. N., Siqueira, W. J.,
Costa, G. G. L., Formighieri, E. F., Carazzolle, M. F., Pereira, G. A. G.
Brazilian coffee genome project: an EST-based genomic resource. Brazilian
Journal of Plant Physiology, v.18, n.1, p.95-108. 2006.
Wang, G., Ruan, D., Song, W., Sideris, S., Chen, L., Pi, L., Zhang, S., Zhang,
Z., Fauquet, C., Gaut, B. S., Whalen, M. C., Ronald, P. C. Xa21D ecodes a
receptor-like molecule with a leucine-rich repeat domain that determines
race-specific recognition and is subject to adaptive evolution Plant Cell,
v.10, n.5, p.765-779. 1998.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo