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pelo fato desta velocidade estar dentro da média de velocidades utilizadas e já
consagradas na literatura endodôntica (THOMPSON & DUMMER, 1997a, b).
A capacidade de um instrumento endodôntico em alargar e
acompanhar a forma original do canal radicular pode ser avaliada com
instrumentação em blocos de acrílico ou em dentes humanos extraídos.
A opção
por empregar canais artificiais simulados em blocos de resina
com face nas referências favoráveis a este modelo experimental, comprovados
na literatura revisada (GAGLIANI et al., 1998; SCHAFER, 2001; KUM et al.,
2000; GARIP & GÜNDAY, 2001; PARK, 2001; ESBERARD et al., 2002;
FERREIRA et al., 2002; HATA et al., 2002; BOOTH et al., 2003; SCHÄFER &
FLOREK, 2003; SONNTAG et al., 2003; YARED & KULKARNI, 2003;
CALBERSON et al., 2004; MIRANZI et al., 2004, RANGEL et al., 2005;
YOSHIMINE et al., 2005; MOREIRA FILHO, 2006, VALENTE, 2006).
Com a finalidade de avaliar o comportamento dos instrumentos
endodônticos e observar as alterações de forma que eles promovem nos
canais radiculares durante a instrumentação, o uso de canais artificiais
confeccionados em resina oferece diversas vantagens quando comparados aos
dentes humanos. Em primeiro lugar, é totalmente possível estabelecer ângulo,
raio e direção de curvatura igual para todos os canais artificiais. Além disso, a
textura da dentina humana pode sofrer muitas variações, fato que não ocorre
quando empregamos os blocos de resina com canais artificiais. Os canais
simulados em blocos de resina também permitem uma melhor visualização, no
momento da instrumentação e das alterações da forma original dos canais, por
serem transparentes. Esta padronização elimina variáveis que podem interferir