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raros. Apesar de poucos relatos de caso mostrando associação do uso da radiosinovectomia
com malignidade (LIPTON et al.,1991; GOH et al.,1980; MENKES et al.,1979), parece
que esse risco não é verdadeiro (O’DUFFY et al.,1999; VUORELA et al.,2003).
Vários materiais radioativos têm sido utilizados com a finalidade de erradicar a
sinovite instalada: alguns são emissores somente de radiação beta e outros emissores de
radiação beta e gama. A sinovectomia na hemofilia com material radioativo foi iniciada em
1971 (AHLBERG, 1971). De lá para cá, houve acúmulo de experiência com vários
materiais:
32
P,
198
Au coloidal,
186
Re,
90
Y,
165
Dy,
166
Ho,
169
Er. A tabela 1 alinha as
características dos materiais que têm sido utilizados (NEVES et al.,1987; WINSTON et al.,
1973; GEDIK et al., 2006; KLETT et al., 1999; MANIL et al., 2001; OFLUOGO et
al.,2002; FRISO et al.,2004).
Tabela 1- Características dos radioisótopos utilizados em sinovectomia
Radioisótopos
Meia vida
(dias)
Max. energia
beta (MeV)
Energia
gama (KeV)
Penetração
(mm)
Tamanho
partículas
(µm)
Escape
(%)
Max. Med.
198
Au (Colóide) 2,7 0,96 110 3,6 1,2 0,02-0,04 20-35
32
P (Crômico) 14,0 1,7 - 7,9 2,6 0,05-0,1 2-4
186
Re (Sulfito) 3,75 1,07 140 3,6 1,2 0,05-01 2
90
Y (Colóide) 2,7 2,2 - 10,8 3,8 1,5-3,5 3
166
Ho (FHMA) 1,2 1,85 81 8,7 2,2 1,2-12 1
165
Dy (FHMA) 0,095 1,3 95 5,6 1,4 0,8-12 1
169
Er (Citrato) 9,4 0,34 - 1,0 0,3 0,1-10 1
153
Sm (HA) 1,95 0,80 100 3,1 0,8 1-10 0,1
FHMA = macroagregados de hidroxido férrico (Ferric Hydroxide Macroaggregates)