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que é uma oscilação, da forma mais simples possível, usando um sistema
massa-mola (...) mostro o que é a amplitude, o que é a freqüência (...) Depois
passo pra parte de ondas (...) Eu gostaria de me alongar mais, infelizmente o
tempo não dá (...) Eu prefiro que o aluno aprenda poucas coisas bem sabidas
do que muita coisa sem saber nada. (...) Eu bato e rebato, insisto e reinsisto em
determinados tipos de conceitos (...) O que é o som, como é que se forma, como
é que se propaga, transferência de energia, todas essas coisas”.
E03A:
“(...) Minha parte de Audiologia, eu mostro pra eles a visão rápida anatômica,
apesar de que eles já começam o semestre com noções de anatomia, mas eu já
dou ênfase. A anatomia que ele vai ver é uma geral, mas eu dou uma
especifica, em função da parte de Audiologia, do órgão da audição, então eu
vou bem mais (...) Eu dou a parte teórica, anatômica mesmo, mostrando os
órgãos, como é que é, “bababababa” e tento mostrar como o som, o que é que
ocorre, a parte física, como é que o som entra, como é que o som chega, como é
que a pessoa percebe, quais são os órgãos que são utilizados para que aquele
som chegue até que se decodifique, entenda, compreenda. Eu mostro na
estrutura o que é que isso (...) Agora mesmo chegou a orelhinha pra gente ver. Eu
tenho filme mostrando o caminho que o som passa, quais são as etapas (...)
Sabem que tem o órgão e ouve, mas não sabe o porquê (...) A parte
anatômica eu acho fundamental, o conhecimento de quais são os órgãos que
estão envolvidos (...) Quando isso falha e quais são as conseqüências disso,
aonde tem os erros, aonde não tem, o que é que está errado e o que foi que
ocorreu (...) A estrutura física do fenômeno, entendeu? A parte estrutural
mesmo de sonoridade, da qualidade de som, as partes de freqüência,
trabalhando essa parte, mostrando pra eles o que é um som de um violão, o
que é um som de uma guitarra (...) Noções de timbre, harmonia, o que é um
ruído pra ele ter, saber, digamos assim, discernir, saber qualificar, também
reconhecer ou até uma coisa natural confortável para o ser humano e ver aquilo
que é desconfortável. A parte estrutural propriamente dita do que você precisa
ter conhecimento pra acumular com física, anatomia, fenômenos que o
organismo consiga funcionar, tanto na parte estrutural de voz, quanto na
auditiva”.
E04A:
“(...) Toda a questão física do som (...) Então, por exemplo, ondas, como que
ocorrem as freqüências (...) Sobre equipamentos da Fonoaudiologia, as bases
físicas da audição, as bases físicas da voz e como isso se correlaciona (...)
Levamos os alunos ao laboratório de Voz. Mostramos algumas vozes, tipos de
vozes, programas de análise acústica, a importância deles hoje na
Fonoaudiologia, mostro os parâmetros (...) A respiração, a ressonância, a
projeção, a articulação”.
Numa análise primordial, observa-se nos discursos de alguns dos
docentes entrevistados, a fragmentação dos saberes a serem trabalhados com
os alunos, onde subjaz a condição da formação bastante convergente do
especialista em áreas temáticas da Física e da Fonoaudiologia, como Acústica,
Audiologia ou Voz.