105
O hóspede chega e se apresenta, faz o check-in, todas as informações são
passadas para ele, o pagamento é feito todo na entrada, e a partir daí ele é
encaminhado para seu apartamento. Esse é o primeiro contato do
recepcionista com o cliente. Nossos serviços acabam sendo mais práticos,
pois eu tenho todos os serviços de um hotel convencional, ou que um hotel
clássico tem, como por exemplo, um hotel clássico tem concierge, eu tenho
concierge eletrônico, que mostra várias opções de restaurante, onde o
hóspede pode consultar e pedir um delivery ou ir pessoalmente ao
restaurante, esses restaurantes são credenciados, e nós ao conhecemos. Em
relação a mensageiro, eu tenho os carrinhos. Serviço de quarto eu não
tenho, mas eu tenho uma loja de conveniência que funciona 24 horas.
Restaurante pra servir almoço e jantar eu não tenho, mas na conveniência
do hotel existem pratos congelados da Sadia como lasanha, estrogonofe,
entre outros. Essa praticidade e interação dos nossos serviços, acaba
minimizando o contato do meu atendente com o cliente, porque realmente o
nosso conceito é a praticidade. O hóspede chega, ele sabe que ali tem o
guia, ele mesmo faz a consulta. Por exemplo, nesse conceito de hotel, na
Europa, a recepção funciona em alguns horários, ela não funciona 24
horas; aqui no Brasil ela funciona 24 horas, porque, devido à sua cultura, o
brasileiro precisa ver alguém, ele não está acostumado com um tipo de
serviço que não tem um a presença de uma pessoa para atendê-lo. Agora,
depois da globalização, algumas coisas estão mudando, embora o
brasileiro ainda se sinta assim. Isso diminui um pouco a relação entre
cliente e atendente, mas existe, como por exemplo, o oferecimento de
informação, como ajudar a buscar uma passagem área internacional para
um hóspede, conduzir o hóspede para um restaurante, essa é mais ou menos
nossa relação recepcionista com o hóspede. Quando alguém viaja, essa
pessoa fica carente. Eu já fui gerente noturno e eu sei muito bem isso.
Chega onze horas, meia noite, o hóspede toma um banho, não consegue
dormir e desce, porque a cama é diferente, porque os barulho são
diferentes, ou seja, tem todo um contexto, então eu já passei horas e horas
com meus auditores conversando com hóspedes, enquanto os meus
auditores estavam doidos para terminar o relatório e não conseguiam, e
existe isso na hotelaria. Mas a relação entre os recepcionistas deste hotel e
os hóspedes é a mais profissional possível. Se o hóspede está ali, está
precisando de informação, e se esta informação vai demorar 10, 20 ou 30
minutos, tudo bem. Eu não tenho um staff pra ter um serviço exclusivo,
como por exemplo, de ser como um psicólogo para ouvir o hóspede, mas
isso é natural, mas a nossa orientação é o de sermos o mais profissional
possível. Dependendo do horário, a informação pode ser um pouco mais
rápida, pela própria praticidade e pelo fluxo de pessoas que o hotel recebe,
que são de 700 pessoas por dia, em um hotel de 395 apartamentos, com
uma ocupação média de 85%, então o fluxo é muito alto, muito intenso, e
por isso existe esta praticidade, porque a gente não daria conta de prestar
um serviço personalizado, mais direto ao cliente, e isso acaba, pois o
movimento é constante de pessoas entrando no hotel, é claro que existe
horários de pico, mas o movimento é constante. Esse conceito do Formule 1
é novo ainda, embora já exista há seis anos no Brasil, mas ainda é um
conceito novo, e às vezes o hóspede tem dúvida, tem dificuldade em
entender como o produto funciona, com isso o relacionamento do