surtos envolvendo Klebsiella pneumoniae produtoras de β-lactamases de espectro
ampliado têm sido reportados (GniadkowskiI et al., 1998; Schooneveldt et al., 1998).
As β-lactamases CTX-M constituem um grupo crescente de enzimas que têm a
propriedade de conferir resistência a todas as cefalosporinas de espectro ampliado,
porém, apresentam como substrato preferencial a cefotaxima e a ceftriaxona. Estas β-
lactamases são codificadas por genes, bla
CTX-M
, localizados em plasmídios, os quais,
normalmente, abrigam outros genes que conferem resistência aos aminoglicosídeos,
ao cloranfenicol, ás sulfonamidas, ao trimetoprim e à tetraciclina.
Os primeiros relatos destas enzimas ocorreram a partir dos anos 80 e sua
disseminação aumentou drasticamente, em diferentes espécies bacterianas e em
distintos países do mundo, a partir de 1995.
No início dos anos de 1990, a β-lactamase CTX-M-2 disseminou rapidamente na
Argentina e, atualmente, também é freqüente em Israel (Quinteros et al., 2003,
Chmelnitsky et al., 2005). Outros membros da família CTX-M estão distribuídas em
diversos lugares; CTX-M-9 e -14 predominantemente na Ásia e na Espanha (Munday et
al., 2004, Hernandez et al., 2005) e CTX-M-3 e -15 na Europa. Desconhecida no Reino
Unido antes de 2001, a enzima CTX-M-15 é a ESBL mais prevalente em amostras
bacterianas de E. coli e K. pneumoniae (Livermore, Hawkey, 2005).
Em um estudo realizado no Rio de Janeiro, Brasil, por Bonnet e colaboradores
(Bonnet et al., 2000), constatou-se que a enzima CTX-M é a segunda ESBL mais
freqüente entre amostras bacterianas da família Enterobacteriaceae produtoras de
ESBL, perdendo apenas para as enzimas SHV.
As oxacilinases (OXA) são β-lactamases pertencentes à classe D de Ambler e
ao grupo 2d de Bush-Jacoby-Medeiros. Similarmente, as ESBLs das classes TEM e
SHV produzidas por amostras bacterianas de K. pneumoniae, as enzimas do tipo OXA
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