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SANDRA BERGAMINI LEO
SANDRA BERGAMINI LEOSANDRA BERGAMINI LEO
SANDRA BERGAMINI LEONARDO
NARDONARDO
NARDO
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E
ESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTES
ESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTESESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTES
ESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTES
SÃO CAETANO DO SUL
SÃO CAETANO DO SULSÃO CAETANO DO SUL
SÃO CAETANO DO SUL
2007
20072007
2007
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SANDRA BERGAMINI LEO
SANDRA BERGAMINI LEOSANDRA BERGAMINI LEO
SANDRA BERGAMINI LEONARDO
NARDONARDO
NARDO
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E
ESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTES
ESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTESESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTES
ESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTES
Dissertação apresentada à Escola de
Engenharia Mauá do Centro
Universitário do Instituto Mauá de
Tecnologia para obtenção do Título de
Mestre em Engenharia de Processos
Químicos e Bioquímicos.
Linha de Pesquisa: Projeto de Processos
Químicos
Orientadora: Profª Drª Antonia Miwa
Iguti
SÃO CAETANO DO SUL
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SÃO CAETANO DO SUL
2007
20072007
2007
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SANDRA BERGAMINI LEO
SANDRA BERGAMINI LEOSANDRA BERGAMINI LEO
SANDRA BERGAMINI LEONARDO
NARDONARDO
NARDO
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS DE URUCUM E
ESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTES
ESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTESESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTES
ESTABILIDADE DE SEUS EXTRATOS E DE SEMENTES
Dissertação apresentada à Escola de
Engenharia Mauá do Centro
Universitário do Instituto Mauá de
Tecnologia para obtenção do Título de
Mestre em Engenharia de Processos
Químicos e Bioquímicos.
Linha de Pesquisa: Projeto de Processos
Químicos
Orientadora: Profª Drª Antonia Miwa
Iguti
Banca examinadora:
Antonia Miwa Iguti
Orientadora
(CEUN IMT)
Eliana Paula Ribeiro
(CEUN IMT)
Flavio Finardi Filho
(FCF - USP)
SÃO CAETANO DO SUL
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SÃO CAETANO DO SUL
2007
20072007
2007
À minha mãe e aos meus filhos que,
pacientemente e com entusiasmo,
acompanharam a realização deste
trabalho e ao meu marido, cujo apoio e
participação ativa foram fundamentais à
sua conclusão.
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
Ao Sr. Wilson Mathias, que motivou e incentivou minhas pesquisas sobre os
corantes de urucum.
Aos Srs. Arnaldo José Sesnique, José Carlos Fossalussa e Engª Priscila Nogueira
Leme Palhuchi,, cujos conhecimentos sobre análise laboratorial e extração dos
pigmentos de urucum foram fundamentais para meu aprimoramento.
Aos professores do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, em
particular ao Prof. Paulo Sergio Colli Bógus, Prof. Dr. Roberto de Aguiar Peixoto,
Prof. Dr. Gustavo Leonhardt, Profa. Edilene Adell e Profa. Cristiane Maria Barra
da Matta, que acreditaram na minha capacidade.
À Maria Margareth Marques, secretária da Coordenadoria de Pós-graduação,
cuja amizade e profissionalismo fizeram com que eu conseguisse cumprir todas as
etapas deste projeto com otimismo e segurança.
Ao Prof. Dr. José Luiz Fejfar, cujas aulas de Química me ajudaram a esclarecer
alguns tópicos necessários ao desenvolvimento do meu trabalho.
Ao Prof. Edison Paulo Triboli, cujo profundo conhecimento sobre elaboração de
trabalhos acadêmicos foi de suma importância ao preparo da parte textual da
minha dissertação.
Às bibliotecárias Cleide Maria Maeda Hirata, Durcelina Francisco de Araújo
(Dulce), Nilza Neves dos Santos e Eloísa dos Santos Silva que, com dedicação,
ajudaram-me a buscar vários artigos imprescindíveis à realização deste trabalho.
Às técnicas químicas Inês Aparecida Santana e Adinéia F. Souza que tiveram
participação ativa na fase experimental e que se mostraram excelentes
profissionais e grandes amigas.
Ao Engenheiro Agrônomo e
Doctor of Science
Camilo Flamarion de Oliveira
Franco, pelo gentil envio do seu livro sobre o agronegócio do urucum.
Ao Engenheiro Agrônomo e Doutor Flávio Araújo Pimentel, pesquisador III da
Embrapa, ao Engenheiro Químico e Doutor Gabriel Francisco da Silva, professor
associado da Universidade Federal de Sergipe, ao GRSC MSc PhD CChem. FRSC
Michael Scotter, do
Central Science Laboratory
de Sand Hutton, York, UK e ao
Ph.D., CChem., FRSC Muralee G. Nair do
173 National Food Safety & Toxicology
Center
da Universidade de Michigan, que, gentilmente, enviaram-me seus
trabalhos acadêmicos.
À minha orientadora, Prof
a
Dr
a
Antonia Miwa Iguti cuja dedicação, apoio,
inteligência e capacidade ímpares mostraram-me que, para a realização de um
trabalho científico bem fundamentado, a necessidade da incansável busca pelo
conhecimento e muita dedicação.
Aos meus amigos e familiares, que me apoiaram e incentivaram, e a Deus, que
tem estado presente em minha vida em todos os momentos.
preciso que não tenham medo de dizer
alguma coisa que possa ser considerada
como erro. Porque tudo que é novo, aparece
aos olhos antigos como coisa errada. É
sempre nesta violação do que é considerado
certo, que nasce o novo e a criação. E
este espírito deve ser redescoberto pela
juventude brasileira" (Mário Schenberg).
RESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
Este trabalho teve os seguintes objetivos: encontrar um solvente que
apresentasse uma eficácia de extração dos pigmentos do urucum comparável à do
clorofórmio, verificar o efeito da acetona na degradação desses mesmos pigmentos
e avaliar a velocidade de degradação dessas substâncias em sementes moídas, em
dispersão oleosa e em soluções de clorofórmio, de acetona e de metiletilcetona. Os
resultados indicaram que, mantendo constante a proporção entre as quantidades
de sementes e de solventes, a acetona foi o único solvente capaz de extrair tão
bem quanto o clorofórmio, seguido pela metiletilcetona. O etanol, o hexano e o
acetato de etila não apresentaram resultados satisfatórios. Quanto ao efeito da
acetona sobre os pigmentos do urucum, durante o armazenamento por 20
semanas na ausência da luz, a –17 ºC não houve qualquer modificação na sua
concentração. Quanto à velocidade de degradação dos pigmentos em solução de
acetona, de clorofórmio e de metiletilcetona, separadamente, os resultados
indicaram ser o extrato em acetona o mais resistente à degradação sob luz
fluorescente, seguido pelo extrato em clorofórmio. O extrato em metiletilcetona foi
o mais sensível. Quanto às sementes, as melhores condições para a conservação
do teor de bixina durante 16 semanas, foram obtidas a –17 ºC e a 12 ºC, na
ausência da luz. Quanto aos extratos oleosos, os resultados indicaram que,
embora esse dispersante o apresente uma boa eficiência de extração, durante
esse mesmo período de 16 semanas, na ausência da luz, os pigmentos resistiram
à degradação, seja na presença do oxigênio ou na sua ausência.
Palavras-chave: urucum, bixina, extração, solventes, degradação,
Bixa orellana
.
ABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
This work had the following objectives: to find a solvent able to extract the
annatto pigments with the same efficacy as chloroform, to verify how acetone
affects the degradation of same annatto pigments and evaluate degradation
velocity of these substances in milled seeds, in oil extract and in chloroform,
acetone and methyl ethyl ketone solutions. The results have indicated that,
keeping invariable the proportion between seeds and solvents, acetone was the
only one able to extract so well as chloroform, followed by methyl ethyl ketone.
Ethanol, hexane and ethyl acetate have not showed satisfactory results. With
reference to acetone effects on annatto pigments along the storage period of 20
weeks, in absence of light, at -17 °C no modification has occurred in concentration
levels. Concerning degradation velocity of pigments in acetone, chloroform and
methyl ethyl ketone solutions, separately, the results have indicated that the
acetone extract was the most resistant to degradation by fluorescent light,
followed by chloroform. The methyl ethyl ketone extract was the most affected.
Referring to seeds, the best conditions for bixin conservation during 16 weeks
have been obtained at -17 °C and at 12 °C, in absence of light. Related to oil
extracts, the results have indicated that, although the oil has not shown good
extract efficiency, the pigments resisted the degradation during the same period
of 16 weeks, in absence of light, with and without Oxygen.
Keywords: annatto, bixin, extraction, solvent, degradation,
Bixa orellana
.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE ILUSTRAÇÕESLISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 - Espectro eletromagnético................................................................................................. 21
Figura 02 - Corantes de maior produção no Brasil entre as indústrias pesquisadas.,
Mascarenhas et al, 1999. ................................................................................................. 27
Figura 03 - Estrutura química de alguns carotenóides, Fontana et al, 2000. ................................. 29
Figura 04 - Planta de urucuzeiro (
Bixa orellana L
.), Franco et al, 2002.......................................... 31
Figura 05 - Flor e frutos de
Bixa orellana L
....................................................................................... 32
Figura 06 - Flor e frutos de
Bixa orellana L
....................................................................................... 32
Figura 07 - Cachopas de
Bixa orellana L
. .......................................................................................... 33
Figura 08 - Cachopas e sementes de
Bixa orellana L
........................................................................ 33
Figura 09 - Estrutura química dos pigmentos do urucum, adaptado por Silva, 1999. ................... 40
Figura 10 - Câmara de Secagem de Leito Fixo. Silva, 1991.............................................................. 48
Figura 11 - Câmara de Secagem de Leito de Jorro. Silva, 1991 ....................................................... 49
Figura 12 - Sistema de extração dos pigmentos do urucum com CO
2
supercrítico, Silva, 1999..... 52
Figura 13 - Influência do ambiente físico na degradação da bixina, Fontana et al, 2000. ............. 55
Figura 14 - Montagem do sistema para o ensaio de perda de cor na presença de luz
fluorescente....................................................................................................................... 67
Figura 15 - Amostras de extrato oleoso acondicionadas em béqueres de 50 mL, protegidas da
luz, na presença de O
2
...................................................................................................... 68
Figura 16 - Amostras de extrato oleoso acondicionadas em seringas plásticas, protegidas da
luz, sem O
2
........................................................................................................................ 68
Figura 17 - Amostra de extrato oleoso em seringa lacrada com filme plástico, sem O
2
,................. 69
Figura 18 - Amostras de extrato oleoso com e sem O
2
, sob luz fluorescente.................................... 69
Figura 19 - Amostras de extrato oleoso transferidas para balão volumétrico de 100 mL e
volume completado com acetona ..................................................................................... 70
Figura 20 - Amostras de extrato oleoso com as diluições necessárias para leitura
espectrofotométrica .......................................................................................................... 70
Figura 21 - Amostras de sementes embaladas em sacos plásticos transparentes a vácuo, sem
O
2
....................................................................................................................................... 71
Figura 22 - Amostra de semente armazenada em béquer, com O
2
, sob luz fluorescente................ 72
Figura 23 - Kit completo de amostras de sementes e extrato oleoso, protegidas da luz, com e
sem O
2
............................................................................................................................... 72
Figura 24 - Cinética da degradação dos pigmentos diluídos
em acetona, clorofórmio e
metiletilcetona, separadamente, sob luz fluorescente ................................................... 76
Figura 25 - Efeito do O
2
na degradação dos pigmentos de extrato oleoso armazenado em
freezer, protegido da luz................................................................................................... 78
Figura 26 - Efeito do O
2
na degradação dos pigmentos de extrato oleoso armazenado em
geladeira, protegido da luz............................................................................................... 78
Figura 27 - Efeito do O
2
na degradação dos pigmentos de extrato oleoso armazenado em
temperatura ambiente, protegido da luz ........................................................................ 78
Figura 28 - Efeito da temperatura na degradação dos pigmentos de extrato oleoso armazenado
sem O
2
, protegido da luz .................................................................................................. 79
Figura 29 - Teor de pigmentos de extrato armazenado a 35 °C sob luz e de extrato armazenado
em temperatura ambiente na ausência de luz, ambos na presença de O
2
................... 80
Figura 30 - Efeito do O
2
na degradação de sementes de urucum armazenadas em freezer,
protegidas da luz .............................................................................................................. 81
Figura 31 - Efeito do O
2
na degradação de sementes de urucum armazenadas em geladeira,
protegidas da luz .............................................................................................................. 82
Figura 32 - Efeito do O
2
na degradação de sementes de urucum armazenadas em temperatura
ambiente, protegidas da luz............................................................................................. 82
Figura 33 - Efeito do O
2
na degradação das sementes de urucum armazenadas a 35 ºC, sob luz
fluorescente....................................................................................................................... 82
Figura 34 - Efeito da temperatura na degradação das sementes de urucum armazenadas
protegidas da luz e de O
2
.................................................................................................. 83
Figura 35 - Teor de pigmentos de extrato armazenado a 35 °C sob luz e de extrato armazenado
em temperatura ambiente na ausência de luz, ambos na ausência de O
2
.................... 84
Figura 36 - Degradação dos pigmentos sob luz fluorescente, em temperatura ambiente,
solubilizados em acetona contendo α
αα
α-tocoferol............................................................... 89
LISTA DE TABELAS
LISTA DE TABELASLISTA DE TABELAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Classificação de corantes ................................................................................................. 22
Tabela 02 - Classificação das sementes de urucum segundo suas características físico-
químicas. ........................................................................................................................... 36
Tabela 03 - Estrutura e peso molecular dos pigmentos das sementes do urucum .......................... 39
Tabela 04 - Especificações técnicas para obtenção dos extratos de urucum .................................... 42
Tabela 05 - Extração dos pigmentos de urucum com diferentes solventes. ..................................... 74
Tabela 06 - Percentuais de pigmento remanescente nos extratos oleosos de urucum e nas
sementes, armazenados sob diferentes condições. ......................................................... 77
Tabela 07 - Fração mássica perdida de bixina ................................................................................... 86
Tabela 08 - Teores médios de pigmentos totais diluídos em acetona, armazenados....................... 87
SUMÁRIO
SUMÁRIOSUMÁRIO
SUMÁRIO
1
11
1 INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO ................................
................................................................
................................................................
................................................................
..........................................................
....................................................
.......................... 16
1616
16
2
22
2 OBJETIVOS
OBJETIVOSOBJETIVOS
OBJETIVOS................................
................................................................
................................................................
................................................................
...............................................................
..............................................................
............................... 20
2020
20
3
33
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICAREVISÃO BIBLIOGRÁFICA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................
................................................................
................................................................
................................................................
.....................................
..........
..... 21
2121
21
3.1
3.13.1
3.1 Pigmentos
PigmentosPigmentos
Pigmentos ................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
..................................
....
.. 21
2121
21
3.1.1
DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO................................................................21
3.1.2
LEGISLAÇÃO................................................................................................23
3.1.3
PRINCIPAIS CORANTES UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE
ALIMENTOS .................................................................................................25
3.1.4
cAROTENOIDES...........................................................................................27
3.2
3.23.2
3.2 Considerações gerais sobre o urucum
Considerações gerais sobre o urucumConsiderações gerais sobre o urucum
Considerações gerais sobre o urucum ................................
................................................................
........................................................
................................................
........................ 30
3030
30
3.2.1
CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS DO URUCUZEIRO.............................30
3.2.2
CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES DO URUCUZEIRO ..........................35
3.2.3
PROPRIEDADES DOS EXTRATOS DAS SEMENTES DE URUCUM .....37
3.3
3.33.3
3.3 Especificações Técnicas para obtenção dos extratos de urucum
Especificações Técnicas para obtenção dos extratos de urucumEspecificações Técnicas para obtenção dos extratos de urucum
Especificações Técnicas para obtenção dos extratos de urucum ................
................................
................ 41
4141
41
3.4
3.43.4
3.4 Características dos diferentes extratos obtidos de sementes de urucum
Características dos diferentes extratos obtidos de sementes de urucum Características dos diferentes extratos obtidos de sementes de urucum
Características dos diferentes extratos obtidos de sementes de urucum
e suas aplicações
e suas aplicaçõese suas aplicações
e suas aplicações ................................
................................................................
................................................................
................................................................
........................................................
................................................
........................ 43
4343
43
3.5
3.53.5
3.5 Métodos de extração e análise dos pigmentos das sementes de urucum
Métodos de extração e análise dos pigmentos das sementes de urucumMétodos de extração e análise dos pigmentos das sementes de urucum
Métodos de extração e análise dos pigmentos das sementes de urucum....
........
.... 44
4444
44
3.5.1
MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E ANÁLISE COM O USO DE
SOLVENTES .................................................................................................44
3.5.2
EXTRAÇÃO EM LEITO FIXO E EM LEITO DE JORRO...........................47
3.5.3
EXTRAÇÃO COM CO
2
SUPERCRÍTICO.....................................................50
3.6
3.63.6
3.6 Períodos e condições de
Períodos e condições de Períodos e condições de
Períodos e condições de armazenamento das sementes e extratos de
armazenamento das sementes e extratos de armazenamento das sementes e extratos de
armazenamento das sementes e extratos de
urucum
urucumurucum
urucum................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
.......................................
..............
....... 52
5252
52
3.7
3.73.7
3.7 Solventes
SolventesSolventes
Solventes ................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
....................................
........
.... 56
5656
56
3.7.1
CLOROFÓRMIO............................................................................................56
3.7.2
ACETONA......................................................................................................59
3.7.3
ACETATO DE ETILA....................................................................................61
3.7.4
METILETILCETONA (MEC) .......................................................................62
3.7.5
ETANOL ........................................................................................................62
3.7.6
HEXANO........................................................................................................63
4
44
4 MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS E MÉTODOSMATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS E MÉTODOS ................................
................................................................
................................................................
................................................................
........................................
................
........ 64
6464
64
4.1
4.14.1
4.1 Materiais
MateriaisMateriais
Materiais................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
....................................
........
.... 64
6464
64
4.1.1
EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS .............................................................64
4.1.2
MATERIAL E REAGENTES ........................................................................65
4.2
4.24.2
4.2 Métodos
MétodosMétodos
Métodos ................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
......................................
............
...... 65
6565
65
4.2.1
EXTRAÇÃO DOS PIGMENTOS...................................................................65
4.2.2
EXTRAÇÃO COM DIFERENTES SOLVENTES.........................................65
4.2.3
CINÉTICA DA DEGRADAÇÃO DA BIXINA DILUÍDA EM ACETONA,
METILETILCETONA E CLOROFÓRMIO, SEPARADAMENTE ..............66
4.2.4
EXTRAÇÃO E ANÁLISE DA DEGRADAÇÃO DOS EXTRATOS
OLEOSOS DE URUCUM ARMAZENADOS SOB DIFERENTES
CONDIÇÕES .................................................................................................67
4.2.5
DEGRADAÇÃO DOS PIGMENTOS DE SEMENTES DE URUCUM
“IN NATURA”, ARMAZENADAS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES .......71
4.2.6
DEGRADAÇÃO DOS PIGMENTOS DE URUCUM, DILUÍDOS EM
ACETONA, ARMAZENADOS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES.............73
5
55
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................
................................................................
................................................................
................................................................
.................................
..
. 74
7474
74
5.1
5.15.1
5.1 Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes. .................
..................................
................. 74
7474
74
5.2
5.25.2
5.2 Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluo
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluometiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluo
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescente
rescenterescente
rescente.......
..............
....... 75
7575
75
5.3
5.35.3
5.3 Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
diferentes condições
diferentes condiçõesdiferentes condições
diferentes condições ................................
................................................................
................................................................
................................................................
...................................................
......................................
................... 77
7777
77
5.4
5.45.4
5.4 Análise da degradação das
Análise da degradação das Análise da degradação das
Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas
sementes de urucum moídas, armazenadas sementes de urucum moídas, armazenadas
sementes de urucum moídas, armazenadas
sob diferentes condições
sob diferentes condiçõessob diferentes condições
sob diferentes condições ................................
................................................................
................................................................
................................................................
.............................................
..........................
............. 80
8080
80
5.5
5.55.5
5.5 Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum,
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum, Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum,
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum,
extraídos com acetona, armazenados a 35
extraídos com acetona, armazenados a 35 extraídos com acetona, armazenados a 35
extraídos com acetona, armazenados a 35
°
°°
°
C, em temperatura
C, em temperatura C, em temperatura
C, em temperatura
ambi
ambiambi
ambiente, em geladeira, e em freezer.
ente, em geladeira, e em freezer.ente, em geladeira, e em freezer.
ente, em geladeira, e em freezer.................................
................................................................
........................................................
................................................
........................ 87
8787
87
5.6
5.65.6
5.6 Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum em
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum em Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum em
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum em
acetona, contendo
acetona, contendo acetona, contendo
acetona, contendo α
αα
α-
--
-tocoferol, sob luz fluorescente.
tocoferol, sob luz fluorescente.tocoferol, sob luz fluorescente.
tocoferol, sob luz fluorescente.................................
................................................................
...................................
......
... 88
8888
88
6
66
6 CONCLUSÕES
CONCLUSÕESCONCLUSÕES
CONCLUSÕES ................................
................................................................
................................................................
................................................................
..........................................................
....................................................
.......................... 91
9191
91
6.1
6.16.1
6.1 Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes. .................
..................................
................. 91
9191
91
6.2
6.26.2
6.2 Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência demetiletilcetona, separadamente, sob a incidência de
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescente
luz fluorescente luz fluorescente
luz fluorescente .......
..............
....... 91
9191
91
6.3
6.36.3
6.3 Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
diferentes condições
diferentes condiçõesdiferentes condições
diferentes condições ................................
................................................................
................................................................
................................................................
...................................................
......................................
................... 91
9191
91
6.4
6.46.4
6.4 Análise da degrad
Análise da degradAnálise da degrad
Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas
ação das sementes de urucum moídas, armazenadas ação das sementes de urucum moídas, armazenadas
ação das sementes de urucum moídas, armazenadas
sob diferentes condições
sob diferentes condiçõessob diferentes condições
sob diferentes condições ................................
................................................................
................................................................
................................................................
.............................................
..........................
............. 92
9292
92
6.5
6.56.5
6.5 Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum,
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum, Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum,
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum,
extraídos com acetona, armazenados a 35
extraídos com acetona, armazenados a 35 extraídos com acetona, armazenados a 35
extraídos com acetona, armazenados a 35
°
°°
°
C, em tempera
C, em temperaC, em tempera
C, em temperatura
tura tura
tura
ambiente, em geladeira, e em freezer.
ambiente, em geladeira, e em freezer.ambiente, em geladeira, e em freezer.
ambiente, em geladeira, e em freezer.................................
................................................................
........................................................
................................................
........................ 93
9393
93
6.6
6.66.6
6.6 Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum em
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum em Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum em
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum em
acetona, contendo
acetona, contendo acetona, contendo
acetona, contendo α
αα
α-
--
-tocoferol, sob luz fluorescente.
tocoferol, sob luz fluorescente.tocoferol, sob luz fluorescente.
tocoferol, sob luz fluorescente.................................
................................................................
...................................
......
... 93
9393
93
7
77
7 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROSSUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS................................
................................................................
.........................................
..................
......... 94
9494
94
APÊNDICE A
APÊNDICE A APÊNDICE A
APÊNDICE A -
--
- Extratos de annatto (bixina extraída com solvente)
Extratos de annatto (bixina extraída com solvente) Extratos de annatto (bixina extraída com solvente)
Extratos de annatto (bixina extraída com solvente)..................
....................................
..................104
104104
104
APÊNDICE B
APÊNDICE B APÊNDICE B
APÊNDICE B -
--
- Extratos de annatto (bixina extraída por processo oleoso)
Extratos de annatto (bixina extraída por processo oleoso) Extratos de annatto (bixina extraída por processo oleoso)
Extratos de annatto (bixina extraída por processo oleoso) -
--
-
E
EE
Experimental
xperimentalxperimental
xperimental ................................
................................................................
................................................................
................................................................
............................................................
........................................................
............................106
106106
106
APÊNDICE C
APÊNDICE C APÊNDICE C
APÊNDICE C -
--
- Extratos de annatto (bixina extraída por processo aquoso)
Extratos de annatto (bixina extraída por processo aquoso) Extratos de annatto (bixina extraída por processo aquoso)
Extratos de annatto (bixina extraída por processo aquoso) ......
............
......108
108108
108
APÊNDICE D
APÊNDICE D APÊNDICE D
APÊNDICE D -
--
- Norbixina extraída com solvente
Norbixina extraída com solvente Norbixina extraída com solvente
Norbixina extraída com solvente ................................
................................................................
..............................................
............................
..............110
110110
110
APÊNDICE E
APÊNDICE E APÊNDICE E
APÊNDICE E -
--
- Norbixina obtida por processo alcalino sem precipitação por
Norbixina obtida por processo alcalino sem precipitação por Norbixina obtida por processo alcalino sem precipitação por
Norbixina obtida por processo alcalino sem precipitação por
ácido
ácidoácido
ácido ................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
..........................................
....................
..........112
112112
112
APÊNDICE F
APÊNDICE F APÊNDICE F
APÊNDICE F -
--
- Norbixina obtida por processo alcalino, com precipitação por
Norbixina obtida por processo alcalino, com precipitação por Norbixina obtida por processo alcalino, com precipitação por
Norbixina obtida por processo alcalino, com precipitação por
ácido
ácidoácido
ácido ................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
..........................................
....................
..........114
114114
114
ANEXO A
ANEXO A ANEXO A
ANEXO A
Annatto extracts (solvent
Annatto extracts (solvent Annatto extracts (solvent
Annatto extracts (solvent-
--
-extracted bixin)
extracted bixin)extracted bixin)
extracted bixin) ................................
................................................................
.....................................
..........
.....116
116116
116
ANEXO
ANEXO ANEXO
ANEXO B
BB
B
Annatto extracts (oil
Annatto extracts (oil Annatto extracts (oil
Annatto extracts (oil-
--
-processed
processed processed
processed bixin) (tentative)
bixin) (tentative)bixin) (tentative)
bixin) (tentative)...........................
......................................................
...........................118
118118
118
ANEXO C
ANEXO C ANEXO C
ANEXO C
Annatto extracts (aqueous
Annatto extracts (aqueous Annatto extracts (aqueous
Annatto extracts (aqueous-
--
-processed bixin)
processed bixin)processed bixin)
processed bixin) ................................
................................................................
...................................
......
...120
120120
120
ANEXO
ANEXO ANEXO
ANEXO D
DD
D
– Annatto extra
Annatto extra Annatto extra
Annatto extracts (solvent
cts (solventcts (solvent
cts (solvent-
--
-extracted norbixin)
extracted norbixin)extracted norbixin)
extracted norbixin)................................
................................................................
................................122
122122
122
ANEXO
ANEXO ANEXO
ANEXO E
EE
E
Annatto
Annatto Annatto
Annatto extracts (alkali
extracts (alkali extracts (alkali
extracts (alkali-
--
-processed norbixin, not acid
processed norbixin, not acidprocessed norbixin, not acid
processed norbixin, not acid-
--
-
precipitaded)
precipitaded)precipitaded)
precipitaded) ................................
................................................................
................................................................
................................................................
.............................................................
..........................................................
.............................125
125125
125
ANEXO
ANEXO ANEXO
ANEXO F
FF
F
Annatto extracts (alkali
Annatto extracts (alkali Annatto extracts (alkali
Annatto extracts (alkali-
--
-processed norbixin
processed norbixinprocessed norbixin
processed norbixin, acid
, acid, acid
, acid-
--
-precipitated)
precipitated)precipitated)
precipitated) .....
..........
.....127
127127
127
16
1
11
1 INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Existem milhares de exemplos de pinturas pré-históricas, encontradas em
centenas de cavernas. Elas pertencem à cultura do homem do Paleolítico
Superior (cerca de 50.000 a 10.000 anos atrás). Os pigmentos usados nessas
pinturas eram extraídos de óxidos minerais, ossos carbonizados, carvão vegetal e,
possivelmente, sangue dos animais abatidos.
na antiguidade, na cidade de Tiro, fabricava-se a famosa tinta de púrpura,
obtida pela segregação da glândula anal de um gênero de moluscos gastrópodes
como, por exemplo, da espécie
Murex senegalensis
. Era utilizada como corante
natural de tecidos e considerada a mais cara e mais desejada das cores da época.
Com o advento dos tempos coloniais, a árvore do pau-brasil passou a ser
exportada em toras de 1,5 m para a Europa e Ásia, onde era transformada em
cavacos moídos utilizados para tingir tecidos de linho, seda e algodão, conferindo
aos panos um tom carmesim ou purpúreo, muito próximo do produzido pelos
crustáceos do mar (Costa, 2002). Gradativamente, outros corantes naturais
vegetais e animais foram sendo descobertos.
Com relação às matérias corantes sintéticas, estas foram descobertas na
Inglaterra em 1856 e na França em 1859. A Alemanha veio fazer seu primeiro
trabalho em 1869 com a síntese da alizarina e é desse país que nos vêm os
corantes e os perfumes sintéticos, os produtos químicos puros pró-análise, os
produtos de fotografia, os explosivos, os desinfetantes, as drogas para a indústria
manufatureira, os adubos etc. (Santos et al., 2006).
Quanto à aplicação de corantes em alimentos, embora seja uma prática antiga, a
preocupação com a segurança é relativamente recente. Seu crescente uso
determinou o estabelecimento de normas em diversos países, já desde o início do
século XX. As medidas legais vão desde a proibição a o uso livre de
determinados corantes. Entre os dois limites extremos, essa permissão está
condicionada à demonstração da segurança através de ensaios toxicológicos em
animais de laboratório e no homem (Nazário, 1989).
17
E, através desses estudos, sabe-se que, apesar de os corantes sintéticos possuírem
bom poder tintorial, apresentarem uniformidade na coloração, grande
disponibilidade no mercado e variedade de cores, alguns desses corantes
provocam doenças da tireóide, lesões no fígado, hiperacidez, alergia tipo asma,
rinite e urticária (Guimarães, 1996).
A literatura científica é farta em apontar cuidados com a ingestão dos corantes
sintéticos, a despeito do ainda grande uso deles pelos produtores de alimentos e
bebidas processadas. Esses corantes são pigmentos ou tintas sintéticas do grupo
azóico, sendo a maior parte delas sintetizada a partir do alcatrão do carvão
mineral. Sabe-se que 20% da população é alérgica a esses corantes artificiais. Em
comum, trata-se de pessoas também alérgicas à aspirina cido acetilsalicílico),
sendo um universo formado principalmente por adultos de meia idade, com maior
incidência no sexo feminino. Além desse grupo, também podem ser afetados pela
ingestão desses corantes os asmáticos e convalescentes de eczema. estudos
ainda que associam os corantes azo com casos de hiperatividade em crianças,
urticária, indisposição gástrica e vômitos. Embora a quantidade dos corantes
sintéticos em produtos não seja muito grande (em frações médias de 0,01%),
preocupa os especialistas a freqüência com o expressivo consumo diário dos mais
variados alimentos e bebidas, desde balas, laticínios, sobremesas até
refrigerantes e sucos. Como resposta aos riscos, e tirando o proveito da crescente
não aceitação dos sintéticos, os corantes naturais ganham espaço (Furtado, 2003).
No mercado internacional uma nítida preferência em liberar o uso de corantes
naturais e restringir o uso dos sintéticos, seja no ramo de alimentos ou no de
cosméticos (Maimon, 2000).
Na busca de maiores aplicações dos corantes naturais, os conhecimentos
tradicionais facilitaram e ainda facilitam a identificação de substâncias e
organismos (plantas e animais) que podem ser utilizados na produção de
medicamentos, cosméticos etc. Um exemplo disso é a apropriação, pela indústria,
do conhecimento tradicional indígena do uso do urucum como corante natural em
alimentos e em cosméticos (Instituto Sócio-Ambiental, 2004).
18
A produção brasileira de grãos de urucum situava-se, em 1999, em torno de
10.000 a 12.000 t/ano, sendo que desse total, 60% eram destinados à fabricação de
colorau/colorífico, 30% à fabricação de corantes e 10% à exportação. As principais
aplicações dos corantes à base de urucum nas indústrias alimentícias estão no
setor de embutidos (salsichas) onde o consumo é cerca de 1,5 milhão de litros/ano
do corante líquido hidrossolúvel (norbixina), o consumo nas indústrias de massas,
cerca de 500 mil litros do corante lipossolúvel/ano (bixina), nas indústrias de
queijos (tipo prato) cerca de 200 mil litros do corante quido hidrossolúvel/ano,
nas indústrias de sorvetes e confeitarias, cerca de 120 mil litros do corante
hidrossolúvel e estima-se que mais de 2,8 t/ano de bixina e norbixina sejam
consumidas em outros alimentos e em outras aplicações não alimentícias (Franco,
2006).
Na indústria cosmética, é aplicado na fabricação de protetor solar, de corante
natural de cabelos e de batom entre outros. Além disso, apresenta potencial uso
pela indústria têxtil como corante natural de roupas (Instituto Sócio-Ambiental,
2004). na medicina herbácea brasileira, o chá preparado da decocção de folhas
de urucum é utilizado no tratamento de desconforto estomacal e azia, causados
por alimentos condimentados, e como um diurético e laxante moderado. Também
é usado no tratamento de estados febris e malária e, topicamente, em
queimaduras. O chá de urucum é um medicamento comum na medicina herbácea
peruana no tratamento de problemas de próstata e inflamação interna,
hipertensão arterial, colesterol alto, cistite, obesidade, insuficiência renal e na
eliminação do ácido úrico. Ainda no Peru, este chá também é recomendado como
anticéptico vaginal e cicatrizante de ferimentos, através de seu uso externo, na
lavagem de infecções cutâneas, além de ajudar no tratamento de problemas
estomacais e do fígado (Taylor, 2005).
O Brasil está entre os mais importantes exportadores mundiais de sementes de
urucum, contudo serão necessárias, ainda, muitas pesquisas científicas para que
se possa atender às exigências em qualidade e quantidade dos mercados interno e
externo. Portanto, o desenvolvimento de tecnologias de processamento mais
eficazes contribuirá significativamente para a obtenção do corante com qualidade
19
e para o uso mais racional das sementes. Ao mesmo tempo, tecnologias
apropriadas para a extração dos pigmentos do urucum terão, seguramente,
reflexos socioeconômicos nas regiões brasileiras menos exploradas, onde se pode
produzir semente com teores de bixina em níveis bem mais elevados.
No desenvolvimento de tecnologias apropriadas, o método de análise utilizado
para determinação dos pigmentos totais presentes no pericarpo das sementes de
urucum é fator relevante, pois é a partir dele que as indústrias avaliam a
qualidade do corante que está sendo negociado. Contudo, as técnicas empregadas
devem levar também em consideração a toxicidade de produtos químicos para os
seres humanos envolvidos com sua manipulação.
Outro ponto crucial para que os envolvidos na comercialização das sementes de
urucum possam obter bons resultados, é conhecer o período e as condições em que
as sementes e os extratos de urucum devem ficar armazenados, objetivando a
extração dos pigmentos com o melhor rendimento e teor de bixina possíveis.
20
2
22
2 OBJETIVOS
OBJETIVOSOBJETIVOS
OBJETIVOS
Determinar, dentre os solventes: acetona, acetato de etila, etanol, hexano e
metiletilcetona (MEC), qual o melhor substituto do clorofórmio para análise
laboratorial dos pigmentos totais presentes no pericarpo das sementes de
urucum, considerando o teor obtido e a classe de risco desses solventes.
Avaliar a degradação dos pigmentos nas sementes
in natura
e nos extratos
oleosos de urucum ao longo de um período experimental de 16 semanas, sob
diferentes condições de armazenamento, em que foram testadas diferentes
temperaturas, a presença ou ausência do oxigênio e a presença ou a ausência da
luz.
Comparar a cinética de degradação dos pigmentos de sementes de urucum,
extraídos com clorofórmio, acetona ou metiletilcetona, quando expostos à luz
fluorescente.
Avaliar a influência que a acetona exerce sobre a degradação dos pigmentos
totais ao longo de um período experimental de 20 semanas, sob diferentes
condições de armazenamento, na ausência de luz.
21
3
33
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFIC
REVISÃO BIBLIOGRÁFICREVISÃO BIBLIOGRÁFIC
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
AA
A
3.1
3.13.1
3.1 Pigmentos
PigmentosPigmentos
Pigmentos
3.1.1
DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
Cor refere-se à percepção humana aos materiais coloridos – vermelho, verde, azul
etc. Alimentos têm cor devido à sua capacidade de refletir ou emitir diferentes
quantidades de energia a comprimentos de onda capazes de estimular a retina do
olho. A faixa de energia à qual o olho é sensível é chamada de luz visível, ou seja,
faixa de cores de luz que pode ser vista com o olho humano. A luz visível,
dependendo da sensibilidade do indivíduo, está entre comprimentos de onda de
380 a 770 nm, aproximadamente. Esta faixa compõe uma porção muito pequena
do espectro eletromagnético conforme se verifica na Figura 01. Além das cores
óbvias, o preto, o branco e os diferentes tons de cinza também são considerados
como cores (von Elbe & Schwartz, 1996).
Figura 01 - Espectro eletromagnético.
Disponível em < http://br.geocities.com/neurokidsbr/Vision.htm>
Acesso em: 13 set. 2006
22
Também segundo von Elbe & Schwartz, um corante é qualquer substância
química natural ou sintética, que cor. os pigmentos, são substâncias
naturais, existentes em células e tecidos de plantas e animais, que concedem cor.
As tinturas, por sua vez, são quaisquer substâncias que fornecem cor aos
materiais. O termo tintura é comumente utilizado na indústria têxtil. Na
indústria alimentícia dos Estados Unidos, uma tintura é um corante
hidrossolúvel de grau alimentício certificado pela
U. S. Food and Drug
Administration
(FDA). Estas tinturas específicas são consideradas como “cores
certificadas” e a cada uma delas é atribuído um número FD&C, o que lhe permite
ser utilizada em alimentos, medicamentos e cosméticos. Estão inclusos na lista
aprovada de cores certificadas, os vernizes FD&C. Corantes livres de certificação
também podem ser utilizados. Fazem parte desses corantes, os pigmentos
naturais ou substâncias sintetizadas, mas idênticas aos pigmentos naturais.
Uma classificação de corantes e um exemplo dentro de cada classe são dados na
Tabela 01.
Tabela 01
-
--
-
Classificação de corantes
Corante Exemplo
A Certificado
1. Tintura
2. Verniz
B Livre de certificação
1. Pigmentos naturais
2. Sintéticos (idênticos aos naturais)
Vermelho FD&C nº 40
Verniz de Vermelho FD&C nº 40
Antocianina, suco concentrado, extrato de
urucum
Beta-caroteno
Fonte: Colorants. In: Food Chemistry Third Edition, Von Elbe & Schwartz, Marcel Dekker
Inc., 1996, New York, USA, pág. 653
de acordo com Lewis (1997), pigmento é qualquer substância, usualmente na
forma de seco, que cor a uma outra mistura ou substância. A maior parte
dos pigmentos são insolúveis em solventes orgânicos e água; exceções são os
pigmentos orgânicos naturais, tais como a clorofila, os quais são geralmente
solúveis em solventes orgânicos. Para ser qualificado como pigmento, a
substância deve ter poder de colorir. Esta definição exclui giz pulverizado,
23
monóxido de bário, argila e silicato de magnésio. Alguns pigmentos (zinco, óxido,
preto de carbono) também são agentes reforçadores, mas os dois termos não são
sinônimos; na linguagem falada nas indústrias de borracha e tintas, estas
distinções não são sempre observadas.
3.1.2
LEGISLAÇÃO
No Brasil, o uso de aditivos em alimentos é regulado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Sua finalidade institucional é promover a proteção
da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da
comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária,
inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles
relacionados. Além disso, a Agência exerce o controle de portos, aeroportos e
fronteiras e a interlocução junto ao Ministério das Relações Exteriores e
instituições estrangeiras para tratar de assuntos internacionais na área de
vigilância sanitária.
Com relação à utilização de corantes, desde 1965 a legislação vem passando por
diversas revisões. Segundo registros da Anvisa, o Decreto 50040, de 24 de janeiro
de 1961, foi o que primeiro dispôs sobre normas técnicas especiais reguladoras do
emprego de aditivos químicos a alimentos, alterado pelo Decreto 691, de 13 de
março de 1962 e modificado pelo Decreto 55871, de 26 de março de 1965.
Segundo o artigo do Decreto 55871, considera-se aditivo para alimento a
substância intencionalmente adicionada ao mesmo com a finalidade de conservar,
intensificar ou modificar suas propriedades, desde que não prejudique seu valor
nutritivo, excluindo-se, do disposto nesse artigo, os ingredientes normalmente
exigidos para o preparo do alimento. Dentre os aditivos a que esse artigo se
refere, está o corante, definido como a substância que confere ou intensifica a cor
dos alimentos. Em seu artigo 5°, o Decreto 55871 considera tolerável o uso do
aditivo desde que:
a) seja indispensável à adequada tecnologia de fabricação;
24
b) tenha sido previamente registrado no órgão competente do Ministério da
Saúde;
c) seja empregado na quantidade estritamente necessária à obtenção do efeito
desejado, respeitado o limite máximo que vier a ser fixado.
O artigo 8° do Decreto 55871 proíbe o uso de aditivo em alimentos quando:
1) houver evidência ou suspeita de que o mesmo possui toxicidade atual ou
potencial;
2) interferir sensível e desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento;
3) servir para encobrir falhas no processamento e nas técnicas de manipulação;
4) encobrir alteração ou adulteração na matéria prima ou no produto
elaborado;
5) induzir o consumidor a erro, engano ou confusão;
6) não satisfazer as exigências do citado decreto.
Em seu artigo 10, o Decreto 55871 considera como corantes tolerados na
fabricação de alimentos os corantes naturais, caramelo e corantes artificiais. Em
seus parágrafos, ele descreve como corante natural, o pigmento ou corante inócuo
extraído de substância vegetal ou animal; “corante caramelo” o produto obtido a
partir de açúcares, pelo aquecimento e temperatura superior ao seu ponto de
fusão e ulterior tratamento indicado pela tecnologia; e "corante artificial" a
substância corante artificial de composição química definida, obtida por processo
de síntese.
Por último, em seu artigo 13, o Decreto 55781 considera como tolerável a venda
de mistura ou solução de, no máximo, três corantes.
A partir de 1998, portarias e resoluções vêm sendo publicadas e periodicamente
revisadas, regulamentando, dentre outros aditivos alimentares, o uso do corante
de urucum, estabelecendo seus limites máximos para as diversas categorias de
25
alimentos. Essas portarias e resoluções podem ser consultadas no site:
<http://www.anvisa.gov.br/e-legis/>.
Também o 67º encontro do Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives
(JECFA), ocorrido em Roma no período de 20 a 29 de junho de 2006, determinou o
ADI (Acceptable Daily Intake consumo diário aceitável) de bixina (JECFA,
2006(b)) de 0-12 mg/kg de massa corporal, aplicável aos seguintes extratos de
urucum desde que esses extratos satisfaçam as respectivas especificações: bixina
extraída com solvente ( 85% bixina, 2,5% norbixina) e bixina obtida por
processo aquoso ( 25% bixina, 7% norbixina). Este ADI não se aplica à bixina
obtida por processo oleoso ( 10% bixina). Já com relação ao ADI para a norbixina
e seus sais de potássio e sódio, O JECFA determinou 0-0,6 mg/kg de massa
corporal (expresso como norbixina), aplicável aos seguintes extratos de urucum
desde que esses extratos satisfaçam as respectivas especificações: norbixina
extraída com solvente ( 85% norbixina) e norbixina obtida por processo alcalino,
precipitada por ácido ( 35% norbixina) e não precipitada por ácido ( 15%
norbixina).
3.1.3
PRINCIPAIS CORANTES UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE
ALIMENTOS
As empresas processadoras de corantes naturais são tão antigas quanto as que
importam e fabricam corantes sintéticos. A diversidade das indústrias que
utilizam os corantes abrange: laticínios, doces, massas, carnes, sorvetes, bebidas,
óleos e gorduras, desidratados, cosméticos, farmacêuticas, diagnósticas, têxteis,
tintas, entre outros. As indústrias brasileiras se destacam na produção dos
corantes naturais. Entre eles, os mais produzidos são o urucum, o carmim e a
cúrcuma. Dentre os sintéticos, destacam-se a tartrazina e o beta-caroteno. O
Brasil reúne capacidade agronômica e técnica para a produção de matéria-prima
necessária à obtenção dos corantes, com exceção do carmim, cuja matéria-prima é
importada. Contudo, as indústrias precisam ampliar os investimentos em
tecnologia para maior otimização na produção dos corantes e redução de seus
26
custos de produção, podendo assim atender à demanda e tornarem-se
competitivas nos mercados externos e internos (Mascarenhas et al, 1999).
O uso de corantes nos alimentos está condicionado às respectivas características
físico-químicas, ou seja: solubilidade, resistência ao tratamento térmico,
estabilidade na presença da luz e ao meio ácido ou alcalino (pH). Assim, é
importante identificar se o pigmento é hidrossolúvel ou lipossolúvel. Entretanto,
nem todos os corantes podem ser classificados como hidro ou lipossolúvel. Isto irá
depender, dentre outras coisas, das características químicas do pigmento, da
resina ou suporte vegetal que acompanha o pigmento, do veículo ou emulsificante
adicionado ao corante. Quanto à resistência durante e/ou após o tratamento
térmico, o pigmento pode ser de ótima, boa ou pobre estabilidade, quando,
respectivamente, não perde, perde pouca ou altera completamente a cor durante
o tratamento térmico dos alimentos em que foi aplicado (Ghiraldini, 1996;
Maimon, 2000).
O urucum (
Bixa orellana L
.) destaca-se como o corante natural mais consumido
pelas indústrias de alimentos. Os produtos do urucum representam cerca de 70%
(em quantidade) de todos os corantes naturais e 50% de todos os ingredientes
naturais que têm função corante nos alimentos. De suas sementes podem se obter
corantes com grande variação de tons, que vão desde o laranja/tangerina ao
vermelho alaranjado (Ghiraldini, 1996; Maimon, 2000).
Verifica-se na Figura 02 que, entre os corantes naturais, o urucum, responsável
pelos pigmentos bixina e norbixina, é o mais produzido no Brasil. Em seguida
vem o carmim, cuja maior parte da matéria-prima é importada do Peru; e depois
a cúrcuma, que vem aumentando sua produção, devido à expansão do mercado de
molhos nos últimos anos. A maioria dos pigmentos sintéticos é importada por
algumas indústrias brasileiras que os representam, sendo o corante tartrazina o
mais produzido e vendido. O corante beta-caroteno, na linha dos orgânicos
sintéticos idênticos aos naturais, é o que mais se destaca na produção, devido à
sua vasta aplicabilidade em massas alimentícias (Mascarenhas et al, 1999).
27
Figura 02 - Corantes de maior produção no Brasil entre as
indústrias pesquisadas., Mascarenhas et al,
1999.
3.1.4
CAROTENOIDES
Os carotenóides foram isolados, primeiramente, das cenouras, em 1831 (Hughes,
1994). Nesse ano, Wachenroder isolou o beta-caroteno das cenouras dando o nome
carotene
aos cristais extraídos. Berzelius, em 1837, deu o nome
xanthophylls
para mais pigmentos polares de cor amarela que ele extraiu de folhas coletadas
no Outono. Richard Willstatter, em 1907, estabeleceu uma fórmula empírica dos
carotenóides (C40) e Tswett, em 1911, usando técnicas mais avançadas em
cromatografia, separou vários pigmentos que ele coletivamente chamou de
carotenoids
(Johnson, 2007).
Os carotenóides estão presentes em animais, crustáceos, algas, fungos, frutos e
outros vegetais. São essenciais para a vida e nenhum animal pode sintetizá-los,
por isso devem ser ingeridos na dieta. Dentre os que são freqüentemente
empregados em alimentos industrializados, incluem-se o beta-caroteno, a páprica,
a crocina, a luteína e a bixina (Guimarães, 1996).
O estudo dos carotenóides é um campo de investigação iniciado no século XIX,
mas que ainda hoje goza de intenso e crescente interesse. Em virtude da
diversidade de funções que lhes são atribuídas, o seu estudo reúne pesquisadores
das áreas mais variadas como químicos, biólogos, agrônomos, médicos,
-3 2 7 12
Número de Respostas
Urucum
Carmim
Cúrcuma
Tartrazina
Beta-Caroteno
Corantes
28
engenheiros, tecnólogos e nutricionistas. Além de responsáveis pela coloração dos
alimentos, são seqüestradores de oxigênio, propriedade que, de acordo com alguns
pesquisadores, os torna protetores de lipídeos contra a oxidação, embora à custa
da sua própria destruição. Outros pesquisadores, no entanto, acreditam que são
os lipídeos que protegem os carotenóides. Alguns carotenóides são precursores de
vitamina A, explicando o interesse de nutricionistas. Ainda em termos de saúde,
aumentam os trabalhos que demonstram funções fisiológicas como inibição de
câncer, tumores e úlcera gástrica (Rodriguez-Amaya, 1989).
Químicamente são membros da família dos terpenóides. A estrutura sica de
um carotenóide consiste de unidades de isopreno ligadas covalentemente na
forma cabeça-cauda ou cauda-cauda para criar uma molécula simétrica.
Carotenóides derivam desta estrutura primária de quarenta carbonos, mas
podem ter esqueletos com menos carbonos, que são conhecidos como
apocarotenóides, conforme se verifica na Figura 03 (von Elbe & Schwartz, 1996).
Algumas estruturas contêm grupos cíclicos nas extremidades, enquanto outras
possuem um ou nenhum grupo cíclico (como o licopeno, o proeminente pigmento
vermelho em tomates).
O número variável de duplas ligações conjugadas lhes determina a propriedade
de absorver a luz visível em diferentes comprimentos de onda, desde 380 a500
nm, o que lhes confere cores que o do amarelo ao vermelho, e são amplamente
empregados como corantes.
O maior número de duplas ligações determina absorção em comprimentos de
ondas mais altos (mais para o vermelho). Assim, com somente três ligações
conjugadas, o fitoeno só pode captar luz ultravioleta (sendo, portanto, incolor), e o
licopeno (coloração vermelha do tomate), com onze duplas ligações conjugadas,
absorve desde o ultravioleta até o vermelho. Também existem carotenos de cor
verde (zeta-caroteno), amarelo (beta-caroteno) ou laranja (neurosporaxantina). Os
carotenóides podem apresentar anéis, que também influem no comprimento de
onda que absorvem. Devido à capacidade de absorção da luz visível, seus
principais métodos de análise são a colorimetria e a espectrofotometria.
29
Figura 03 - Estrutura química de alguns carotenóides, Fontana et al, 2000.
Os carotenóides compreendem dois grupos estruturais: os carotenos
hidrobarbonados, que possuem carbono e hidrogênio, e as xantofilas oxigenadas
ou oxicarotenóides, que possuem carbono, hidrogênio e oxigênio.
Todas as classes de carotenóides são compostos lipofílicos e, por conseguinte, são
solúveis em óleo e solventes orgânicos. Eles são moderadamente estáveis ao calor
e estão sujeitos à perda da cor por oxidação devido ao grande número de duplas
ligações em suas moléculas. Essa reação causa perda da cor em alimentos e é a
maior preocupação no mecanismo de degradação. A estabilidade de um
determinado pigmento à oxidação é altamente dependente do ambiente em que se
encontra. Dentro de tecidos, os pigmentos estão, freqüentemente, protegidos da
oxidação. Entretanto, danos físicos ao tecido ou extração dos carotenóides
aumentam sua suscetibilidade à oxidação. Além disso, o armazenamento dos
pigmentos de carotenóides em solventes orgânicos acelera a decomposição.
Devido à estrutura insaturada dos carotenóides, os produtos de sua degradação
são muito complexos. Muitos não estão caracterizados. Em geral, as duplas
ligações dos carotenóides existem em total configuração
trans
. Os isômeros
cis
de
30
poucos carotenóides podem ser encontrados naturalmente em tecidos vegetais,
especialmente em algas, que estão atualmente sendo colhidas para obtenção de
pigmentos. Os carotenóides podem sofrer isomeria facilmente por tratamento
térmico, exposição a solventes orgânicos, a ácido ou a luz. Como suas cores
variam do amarelo ao vermelho, comprimentos de onda para monitorar a
degradação dos carotenóides variam, aproximadamente, entre 430 a 480 nm.
Muitos carotenóides exibem alterações no espectro após reagirem com vários
solventes, e estas alterações são úteis, pois ajudam na identificação (von Elbe &
Schwartz, 1996).
Sementes de urucum
(Bixa orellana
L
.)
contêm inúmeros carotenóides e, dentre
todos, se destaca a bixina, bastante utilizada na indústria de alimentos,
principalmente na de laticínios, onde os corantes sintéticos são instáveis. Dessa
semente são comercializados dois tipos de corantes: o extrato lipossolúvel, que
contém
cis
e
trans
-bixina, e o extrato hidrossolúvel, cujo corante é a norbixina
(Guimarães, 1996). Há, entretanto, vários outros carotenóides identificados nessa
semente (Mercadante et al., 1996; Mercadante et al., 1997(a); Mercadante et al.,
1997(b); Mercadante et al., 1999; Mercadante e Pfander, 2001).
3.2
3.23.2
3.2 Considerações gerais sobre
Considerações gerais sobre Considerações gerais sobre
Considerações gerais sobre o urucum
o urucumo urucum
o urucum
3.2.1
CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS DO URUCUZEIRO
O urucuzeiro é uma planta arbustiva que teve sua origem na América Tropical,
utilizada na produção de corantes naturais (Figura 04). É uma cultura de médio
porte que produz por cerca de 20 anos ou mais. Nativa, no Brasil, dos estados do
Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará e Bahia, é também cultivada em Minas
Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, entre outros (São José
et al., 2003).
31
Universalmente, o urucuzeiro pertence à família
Bixaceae
e ao gênero
Bixa
. É
uma planta que pode atingir de 2 a 9 m de altura. É planta ornamental, pela
beleza e colorido de suas flores, e útil como fornecedora de sementes
condimentares, estomáticas, laxativas, cardiotônicas, hipotensoras, expectorantes
e antibióticas, agindo como antiinflamatório para as contusões e feridas,
apresentando, ainda, emprego interno na cura das bronquites e externo nas
queimaduras. Delas se extrai também o óleo industrial (Franco et al, 2002).
Possui raiz pivotante de até 1 metro de profundidade e um tronco principal de
onde brotam, lateralmente, ramificações secundárias e terciárias que formam
uma copa. Na maioria das plantas adultas, o diâmetro da base do tronco mede em
torno de 10 a 15 cm e a emissão dos brotos e dos ramos primários no tronco
principal ocorre antes ou durante a floração (São José et al., 2003).
Figura 04 - Planta de urucuzeiro (
Bixa orellana L
.),
Franco et al, 2002
A inflorescência do urucuzeiro dá-se em cachos com flores grandes, na cor branca
ou em várias tonalidades de vermelho-róseo (Figura 05 e Figura 06). O número de
flores em cada inflorescência pode variar de 3 a mais de 20 flores que surgem nas
extremidades dos ramos (Franco et al, 2002).
A colheita do urucum é uma importante operação que influi na qualidade final do
produto. O maior teor de bixina (de modo prático e econômico sem perda de peso)
32
ocorre no momento em que os frutos (cápsulas) estão maduros (sementes
granadas) e oferecem resistência aos dedos quando apalpados. No estágio
seguinte, adquirem coloração castanha. Normalmente, colhem-se os cachos com
frutos maduros e secos (Figura 07 e Figura 08) (Oliveira et al, 1996).
Figura 05
-
--
-
Flor e frutos de
Bixa orellana L
.
Disponível em:
<http://commons.wikimedia.org/wiki/Bixa_orellana>
Acesso em: 13 set. 2006
Figura 06
-
--
-
Flor e frutos de
Bixa orellana L
.
Disponível em:
<http://commons.wikimedia.org/wiki/Bixa_orellana>
Acesso em: 13 set. 2006
33
Figura 07 - Cachopas de
Bixa orellana L
.
Disponível em:
<http://www.geocities.com/quinua2002/achioteE.html>
Acesso em: 13 set. 2006
Figura 08
-
--
-
Cachopas e sementes de
Bixa orellana L
.
Disponível em:
<http://www.geocities.com/quinua2002/achioteE.html>
Acesso em: 13 set. 2006
Nas condições do Nordeste e do Centro Sul do Brasil, a colheita é realizada
aproximadamente aos 130 dias após a abertura da flor, quando se verifica ¾ das
cápsulas secas. No Norte, esse período é reduzido para 60 a 80 dias. A maturação
dos frutos, conhecidos como cápsulas ou cachopas, é dada pela mudança de cor
quando passa do verde, amarelo ou vermelho para castanho ou marrom. Para a
região Nordeste, a primeira colheita, a mais significativa, ocorre nos meses de
junho e julho, enquanto que a segunda, conhecida como safrinha, realiza-se no
período novembro a dezembro (Franco et al, 2002).
34
No beneficiamento pós-colheita do urucum, não aumento do teor de bixina.
Apenas, no máximo, se conseguiu mantê-lo. Portanto, o método e a época de
colheita decidem a qualidade do produto. O beneficiamento tem início no
momento seguinte ao da colheita propriamente dita e pode-se dividi-lo em:
recolhimento dos frutos no campo, secagem dos frutos, descachopamento,
ventilação, secagem das sementes, ventilação, ensacamento, armazenamento,
classificação e comercialização (Oliveira et al, 1996).
A pré-secagem das cápsulas é feita sobre lonas de plástico, em terreiros, ou em
secadores de alvenaria. Em algumas regiões do país, os frutos são secados em
secadores solares, bem como em secadores artificiais. A redução da umidade das
cachopas e das sementes, sem perda de qualidade do produto, é o objetivo
principal para facilitar o descachopamento, que pode ser feito pelos métodos
manual e mecânico. Após o descachopamento, ocorrem o peneiramento e a
secagem das sementes, esta última podendo ser feita de forma natural, sobre
terreiros e/ou sobre lonas, ou artificialmente, em secadores com calor e ventilação
forçada. No processo de secagem, recomenda-se mexer as sementes o mínimo
possível, visando evitar perdas significativas das mesmas, pela sua exposição ao
calor (sol e oxidação) (Franco et al, 2002). Uma observação importante é que as
sementes, por sua vez, não podem ser colocadas diretamente ao sol para secar,
pois isso causaria perda na qualidade e na quantidade de pigmentos (São José et
al., 2003).
Depois da debulha, as sementes já estão em condições de ser utilizadas na
produção de corantes naturais. Entretanto, caso não sejam processadas logo após
a debulha, elas deverão ser embaladas em sacos de aniagem ou de polietileno
trançado, e armazenadas em local seco, fresco, com pouca luz e sobre estrados de
madeira. Deve-se evitar a presença de roedores e insetos (Franco et al, 2002). Os
grãos armazenados a granel perdem bixina mais rapidamente e estão sujeitos à
contaminação (Oliveira et al, 1996). Quanto maior for o tempo de armazenagem
dos grãos, maior será a perda do poder de coloração das sementes, ou seja, da
bixina. O poder de pigmentação das sementes começa a diminuir a partir da
colheita, passando pelo descachopamento, secagem, armazenamento, chegando,
35
finalmente, na extração dos corantes, o que pode levar a altos índices de perda
quando comparados com as sementes
in natura
(São José et al., 2003). É
importante verificar o porcentual de umidade contido nas sementes, visto que
umidades relativas superiores a 14% não são recomendadas, podendo haver
incidência de mofo (Franco et al, 2002).
Os frutos do urucuzeiro, denominados de cachopas ou cápsulas, podem fornecer,
em média, 40 a 50 sementes cada um, embora existam cápsulas que contenham
até 70 sementes. É no pericarpo - camada que envolve as sementes -, onde estão
os pigmentos que têm aplicação industrial. Da massa de pigmento existente, 80%
são constituídos por um carotenóide denominado bixina, que tem propriedade
corante, podendo ser extraído por processos mecânicos através de atrição e
raspagem das sementes, por extração em óleos vegetais ou bases químicas ou,
mais recentemente, com CO
2
supercrítico (Silva, 1999). Os restantes 20% da
massa de revestimento das sementes são compostos por outros corantes e
substâncias inertes de menor importância. Todas as técnicas empregadas devem
levar em consideração a degradação desses pigmentos pela luz e calor excessivos.
Dependendo da espécie cultivada, do clima e solo da região, o teor de bixina pode
variar de 1% a 6%. Para cultivos comerciais, utilizam-se cultivares com, no
mínimo, 2% de bixina. Índices menores tornam a comercialização
economicamente impraticável (São José et al., 2003).
3.2.2
CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES DO URUCUZEIRO
As sementes de urucum são classificadas em 3 tipos, conforme apresentado na
Tabela 02. As sementes de urucum classificadas como tipo 3 são consideradas
fora de especificação, ou seja, fora dos padrões exigidos para que possam ser
comercializadas (Franco et al. 2002).
36
Tabela 02 - Classificação das sementes de urucum segundo suas características físico-químicas.
Classe
Especificação
Tipo1 Tipo 2 Tipo 3
Umidade < 10% > 10 a 14% > 14%
Bixina > 2,5% 2,0 a 2,5% < 1,8%
Impurezas < 5% < 5% > 5%
Material estranho Nenhuma Nenhuma Nenhuma
Fonte: Urucuzeiro - Agronegócio de Corantes Naturais, Franco et al., EMEPA-PB, 2002,
João Pessoa, PB
Ainda segundo Franco et al, para efeito de padrões a serem adotados na
classificação das sementes, são considerados os seguintes fatores:
Umidade representa a porcentagem de água contida em uma amostra da
colheita;
Teor de bixina informa a porcentagem de pigmento contida no pericarpo da
semente;
Odor – determina o cheiro típico desejado, aromático e penetrante;
Presença de impurezas, detritos, de origem do próprio produto (pedúnculos e
folhas), encontrados na amostra analisada;
Presença de material estranho indica a quantidade de grãos ou sementes de
outros vegetais e de corpos estranhos, de qualquer natureza, não oriundos do
produto e não nocivos à saúde humana encontrada na amostra de sementes; e
Mofo, bolor proveniente de fermentação do produto por fungos e/ou bactérias.
Segundo São José et al (2003), as sementes de urucum são classificadas como
“fora dos padrões” sempre que:
Não se enquadrarem nos limites estabelecidos na Tabela 02;
Não apresentarem o odor comercial desejável;
37
Forem tratadas com produtos que alterem ou possam alterar sua condição
natural, ou qualquer outra causa que venha afetar sua qualidade;
Apresentarem matérias estranhas ou nocivas à saúde humana, como mofo,
excrementos de roedores, insetos (vivos e/ou mortos).
3.2.3
PROPRIEDADES DOS EXTRATOS DAS SEMENTES DE URUCUM
São três os principais extratos obtidos a partir das sementes do urucum: bixina,
que é o extrato lipossolúvel, a norbixina, extrato alcalino aquoso, e o norbixato,
extrato salino que possui, em sua composição, hidróxido de sódio ou hidróxido de
potássio, cada um desses extratos com suas propriedades particulares. Takahashi
& Nazário (1987) descreveram essas propriedades. Porém, comparando essas
informações com as que foram publicadas por Reith & Gielen (1971), constatou-se
que as absorbâncias ximas e as respectivas absortividades em clorofórmio e
em NaOH estão conflitantes. Complementando a revisão bibliográfica acima com
o que foi publicado por Franco et al. (2002) e pela 67
th
JECFA, realizada em
junho de 2006 em Roma, Itália (Anexos 1 a 6), as principais propriedades ficam
assim resumidas:
PROPRIEDADES DA BIXINA:
::
: éster monometílico da norbixina. O extrato
lipossolúvel contém diversos componentes coloridos, sendo o principal a bixina
que pode estar presente sob as formas
cis
e
trans
. Também podem estar
presentes produtos de degradação térmica da bixina. Lipossolúvel, solúvel em
solventes orgânicos, sendo os mais comumente utilizados a acetona e o
clorofórmio; em solução aquosa alcalina; insolúvel em água e pouco solúvel em
etanol.
Para leitura espectrofotométrica, a absortividade publicada pela 67
th
JECFA
(2006(a)) foi
E
cm1
1%
(487nm) = 3090 em diluição com acetona
Com relação ao clorofórmio, os comprimentos de onda publicados por Takahashi
& Nazário (1987), foram 439 nm, 470 nm e 501 nm, e os publicados por Franco et
38
al (2002) foram 439 nm, 470 nm e 503 nm, adotando a absortividade de
E
cm1
1%
(470nm) = 2826 para as leituras.
Segundo Reith & Gielen (1971), os comprimentos de onda seriam 470 nm e 501
nm, adotando a absortividade de
E
cm1
1%
(470nm) = 3230 ± 30 em diluição com
clorofórmio.
A bixina apresenta coloração amarela em extrato diluído e vermelha em extrato
concentrado; pertence à classe dos carotenóides, com peso molecular de 394,5;
ponto de fusão: 198 °C; instável a luz e a temperaturas acima de 125 °C.
PROPRIEDADES DA NORBIXINA: principal componente colorido da extração
alcalina aquosa. O extrato é obtido pela hidrólise sobre pressão da bixina,
durante a extração. Solúvel em ácido acético glacial; insolúvel em água, álcool,
propilenoglicol, óleo e gordura; ponto de fusão: 300 °C; instável na presença da
luz e em solução quando se muda o pH.
PROPRIEDADES DO NORBIXATO DE SÓDIO E POTÁSSIO: extrato salino
produzido quando as sementes de urucum são tratadas com soluções de NaOH ou
KOH em temperaturas abaixo de 70 °C. Solúvel em água, insolúvel em acetona,
clorofórmio, éster, óleos e gorduras e moderadamente solúvel em álcool.
Segundo Takahashi & Nazário (1987) e Franco et al. (2002), a absorbância
máxima foi obtida a 453 nm para solução de 0,01% de NaOH e a absortividade
foi
E
cm1
1%
(453nm) = 3473, segundo Takahashi & Nazário (1987).
Reith & Gielen (1971) publicaram, porém, absorbâncias máximas a 483 nm e 453
nm e as absortividades
E
cm1
1%
(453nm) = 2850 ± 40 e
E
cm1
1%
(482nm) = 2550 ± 40.
Para solução de 0,5% de KOH, a absortividade é
E
cm1
1%
(482) = 2870, segundo a
67
th
JECFA (2006(a)).
A Tabela 03 mostra as fórmulas moleculares e respectivos pesos moleculares da
bixina e da norbixina nas formas
cis
e
trans
e do produto amarelo de degradação
(Silva, 1999).
39
Tabela 03 - Estrutura e peso molecular dos pigmentos das sementes do urucum
Nome Formula molecular Peso molecular
Alfa-bixina ou
cis
-bixina
Beta-bixina ou
trans
-bixina
Alfa-norbixina ou
cis
-norbixina
Beta-norbixina ou
trans
-bixina
Produto amarelo de degradação
C
25
H
30
O
4
C
25
H
30
O
4
C
24
H
28
O
4
C
24
H
28
O
4
C
17
H
20
O
4
394
394
380
380
288
Fonte: Silva,1999, Faculdade de Engenharia de Alimentos, UNICAMP, Campinas, SP
A Figura 09 mostra as estruturas químicas, onde: (a) bixina: é o mono-metil éster
de um ácido dicarboxílico de um composto carotenóide, (b) norbixina: é derivada
deste dicarboxílico com a bixina e (c) é o produto de degradação com estrutura C
17
(Silva, 1999).
40
CH CH
3 3
3
HOOC
CH
3
CH
R
(a)
α-(
cis
)-Bixina: R = COOCH
3
α-(
cis
)-Norbixina: R = COOH
CH CH
CH
3 3
3
HOOC
3
CH
R
(b)
β-(
Trans
)-Bixina: R = COOCH
3
β-(
Trans
)-Norbixina: R = COOH
CH CH
3 3
HOOC
3
COOCH
(c)
Produto amarelo da degradação térmica
Figura 09 - Estrutura química dos pigmentos do urucum, adaptado por Silva, 1999.
41
3.3
3.33.3
3.3 Especificações Técnicas para obtenção dos extratos de urucum
Especificações Técnicas para obtenção dos extratos de urucumEspecificações Técnicas para obtenção dos extratos de urucum
Especificações Técnicas para obtenção dos extratos de urucum
Em junho de 2006, durante a 67ª JECFA
(JECFA, 2006(a)) foram reavaliadas as
especificações para obtenção dos extratos de urucum, as quais substituíram as
formuladas em reuniões anteriores. De acordo com o que foi publicado, estão
especificados os seguintes procedimentos:
Bixina extraída com solvente (Anexo A);
Bixina obtida por processo oleoso - Experimental (Anexo B);
Bixina obtida por processo aquoso (Anexo C);
Norbixina extraída com solvente (Anexo D);
Norbixina obtida por processo alcalino sem precipitação por ácido (Anexo E); e
Norbixina obtida por processo alcalino com precipitação por ácido (Anexo F).
A Tabela 04 apresenta um panorama das especificações técnicas de extratos de
urucum, recomendadas pela JECFA (2006(a)).
Tabela 04 - Especificações técnicas para obtenção dos extratos de urucum
Tipo de
Tipo de Tipo de
Tipo de
Extração
ExtraçãoExtração
Extração
Fórmula
Fórmula Fórmula
Fórmula
Química
QuímicaQuímica
Química
Especificação da
Especificação da Especificação da
Especificação da
Análise
AnáliseAnálise
Análise
Descrição
DescriçãoDescrição
Descrição
Uso
Uso Uso
Uso
Funcional
FuncionalFuncional
Funcional
Solubilidade
SolubilidadeSolubilidade
Solubilidade
Limites residuais
Limites residuaisLimites residuais
Limites residuais
Bixina extraída
com solvente
C
25
H
30
O
4
Não menos do que
85% de pigmento
(expresso como
bixina).
Pó cuja tonalidade
varia entre
marrom
avermelhado
escuro e vermelho-
púrpura.
Corante Insolúvel em
água, pouco
solúvel em
etanol
Acetona – não mais do que 30 mg/kg
Metanol não mais do que 50
mg/kg
Hexano não mais do que 25
mg/kg
Arsênico – não mais do que 3 mg/kg
Chumbo – não mais do que 2 mg/kg
Mercúrio – não mais do que 1mg/ kg
Etanol, isopropanol e acetato
etílico - não mais do que 50 mg/kg,
isoladamente ou combinado.
O pigmento não pode conter mais
Bixina obtida por
processo oleoso
(experimental)
C
25
H
30
O
4
Não menos do que 10%
de pigmento (expresso
como bixina)
Óleo cuja tonalidade
varia entre marrom
avermelhado escuro e
vermelho-púrpura.
Corante Insolúvel em
água, pouco
solúvel em
etanol
Arsênico – não mais do que 3 mg/kg
Chumbo – não mais do que 2 mg/kg
Mercúrio não mais do que
1mg/kg
Bixina obtida por
processo aquoso
C
25
H
30
O
4
Não menos do que
25% de pigmento
(expresso como
bixina).
cuja tonalidade
varia entre marrom
avermelhado escuro e
vermelho-púrpura.
Corante Insolúvel em
água, pouco
solúvel em
etanol
Arsênico – não mais do que 3 mg/kg
Chumbo – não mais do que 2 mg/kg
Mercúrio – não mais do que 1mg/kg
O pigmento não pode conter mais
do que 7% de norbixina
Norbixina extraída
com solvente
C
24
H
28
O
4
,
C
24
H
26
Na
2
O
4
,
C
24
H
26
K
2
O
4
Não menos do que
85% de pigmento
(expresso como
norbixina)
cuja tonalidade
varia entre
marrom
avermelhado
escuro e vermelho-
púrpura.
Corante
Solúvel em água
alcalina, pouco
solúvel em
etanol
Acetona – não mais do que 30 mg/kg
Metanol não mais do que 50
mg/kg
Hexano não mais do que 25
mg/kg
Etanol, acetato etílico e
isopropanol - não mais do que 50
mg/kg, isoladamente ou
combinado.
Arsênico não mais do que 3
mg/kg
Norbixina
obtida por
processo
alcalino, sem
precipitação por
ácido
C
24
H
28
O
4
,
C
24
H
26
Na
2
O
4
,
C
24
H
26
K
2
O
4
Não menos do que
15% de pigmento
(expresso como
norbixina)
cuja tonalidade
varia entre
marrom
avermelhado
escuro e vermelho-
púrpura.
Corante Solúvel em água
alcalina, pouco
solúvel em
etanol
Arsênico – não mais do que 3 mg/kg
Chumbo – não mais do que 2 mg/kg
Mercúrio não mais do que
1mg/kg
Norbixina
obtida por
processo
alcalino, com
precipitação por
ácido
C
24
H
28
O
4
,
C
24
H
26
Na
2
O
4
,
C
24
H
26
K
2
O
4
Não menos do que
35% de pigmento
(expresso como
norbixina)
cuja tonalidade
varia entre
marrom
avermelhado
escuro e vermelho-
púrpura.
Corante Solúvel em água
alcalina, pouco
solúvel em
etanol
Arsênico – não mais do que 3 mg/kg
Chumbo – não mais do que 2 mg/kg
Mercúrio – não mais do que 1mg/ kg
43
3.4
3.43.4
3.4 Características dos diferentes extratos obtidos de sementes
Características dos diferentes extratos obtidos de sementes Características dos diferentes extratos obtidos de sementes
Características dos diferentes extratos obtidos de sementes de urucum e
de urucum e de urucum e
de urucum e
suas aplicações
suas aplicaçõessuas aplicações
suas aplicações
Nas carnes e derivados, o urucum foi selecionado como corante de embutidos
defumados (lingüiças e paios) e cozidos (mortadelas, salsichas e salsichões) por
sua inocuidade e coloração atrativa, abrangendo tonalidades que o desde o
amarelo ao laranja avermelhado. Para massas alimentícias, os corantes à base de
urucum são comercializados puros ou sob forma de mistura com extrato de
cúrcuma, beta-caroteno ou vitamina A. Na fabricação de queijos, o corante dessa
bixácea tem como finalidade tornar o produto mais atraente (Franco et al, 2002).
Em gelados comestíveis, o corante de urucum apresenta boa aceitação, embora
com algumas desvantagens tais como: possíveis alterações do corante com o
aumento da temperatura e/ou a presença intensiva de luz e a instabilidade à
mudança de pH (Franco et al, 2002).
Para Guimarães (1996), a adição de corante aos alimentos tem três finalidades:
Reconstituir a cor perdida durante a fase de processamento;
Uniformizar os alimentos que em alguns casos suas matérias-primas
apresentam variação de coloração;
Manter a cor durante a fase de armazenamento e durante sua
comercialização.
De acordo com Franco et al. (2002), os corantes (extratos) de urucum são
divididos em categorias:
Corante lipossolúvel, no qual a bixina é o maior constituinte;
Corante disperso em água, no qual a norbixina é o principal constituinte;
Corante hidrossolúvel, no qual o norbixato de sódio ou potássio é o principal
corante.
44
Além dos extratos lipossolúveis e hidrossolúveis de urucum, o é o pigmento
puro, largamente empregado em várias regiões brasileiras, conhecido como
colorífico ou colorau.
Os pigmentos das sementes do urucum podem ser extraídos por processos
mecânicos através de atrição e raspagem das sementes e físico-químicos através
de solventes. A extração por solventes pode ser feita por três métodos sicos,
extração alcalina que resulta na conversão da bixina em norbixina, extração com
óleo e extração através de solvente que resulta na forma mais pura dos
pigmentos. Em todas as técnicas deve-se levar em consideração a degradação
destes pigmentos pela luz e calor excessivos (Silva, 1999).
3.5
3.53.5
3.5 Métodos de extração
Métodos de extração Métodos de extração
Métodos de extração e análise dos pigme
e análise dos pigmee análise dos pigme
e análise dos pigmentos das sementes de urucum
ntos das sementes de urucumntos das sementes de urucum
ntos das sementes de urucum
3.5.1
MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E ANÁLISE COM O USO DE SOLVENTES
A análise e extração dos pigmentos das sementes de urucum pelo uso de
solventes podem ser feitas basicamente de duas formas: pelo uso de solventes
orgânicos ou pelo uso de solução alcalina.
Reith & Gielen (1971) determinaram o teor de pigmento total de corante em
manteiga, onde alfa-bixina foi o principal corante detectado. Purificaram a bixina
por recristalização e os valores foram determinados em clorofórmio, obtendo
absorção máxima em 501 mµ e 470 mµ. Eles encontraram
2880
%1
1
=
cm
E
, a 501 mµ e
3230
%1
1
=
cm
E
, a 470 mµ.
Takahashi & Nazário (1987) apresentaram monografias de corantes naturais
para fins alimentícios com padrões de identidade e qualidade.
Carvalho (1989) fez um breve relato sobre as formas de extração do corante de
urucum, comentando as vantagens e desvantagens de cada uma delas.
Em 1989, formou-se um grupo de estudo, sob a coordenação de Yabiku e
Takahashi para estabelecer uma metodologia única para determinação de bixina
45
em sementes de urucum. Foram testados 14 métodos e, ao final, sugeridos um
método provisório com KOH, para obtenção da porcentagem de norbixina que era,
então, multiplicada pelo fator 1,037 (que foi obtido pela divisão do peso molecular
da bixina (394) pelo peso molecular da norbixina (380)), para se obter a
porcentagem de bixina, e um método com clorofórmio, para obtenção da bixina. O
grupo de estudo concluiu que o método com KOH apresentava resultados
inferiores em relação ao método com clorofórmio (Yabiku, 1989).
Em 1990, o mesmo grupo de estudo, observou que a variação entre os dois
métodos era constante, sendo, portanto, possível de ser corrigido com a
introdução de um fator de correção que, após análises realizadas, ficou
estabelecido em 1,1601, devendo o teor de norbixina encontrado pelo método com
KOH ser multiplicado por esse fator para equiparação ao teor de bixina obtido
pelo método com clorofórmio (Yabiku & Takahashi, 1991 e Yabiku & Takahashi,
1992).
Carvalho et al. (1993(b)) avaliaram as duas metodologias propostas pelo grupo de
estudo formado a partir do “I Seminário de Corantes Naturais para Alimentos”
em 1989 e, dentre outros assuntos, discutiram absortividade e preparação das
amostras, concluindo que o método de extração com clorofórmio, utilizando
sementes trituradas, apresentou-se como a melhor opção.
Scotter et al (1994) tiveram como objetivo caracterizar os principais componentes
colorantes do urucum utilizando HPLC com detector de rede de fotodiodo. Esses
autores prepararam e purificaram
cis
e
trans
-bixina e
cis
e
trans
-norbixina e, em
seguida, utilizaram a análise espectrofotométrica para quantificar o grau de
pureza dessas substâncias comparando seus coeficientes de absortividade com os
obtidos por Reith e Gielen (1971). Para
cis
-bixina, eles utilizaram clorofórmio
como solvente e as absortividades encontradas foram
2773
%1
1
=
cm
E
, a 501 mµ e
3092
%1
1
=
cm
E
, a 470 mµ. Esses resultados foram considerados próximos aos
publicados por Reith & Gielen (1971).
46
Silva et al. (1994) utilizaram solventes orgânicos para a obtenção dos pigmentos
do urucum. Estudando a extração dos pigmentos das sementes do urucum em
leito fixo com solventes nos estados líquido e vapor, verificaram que o rendimento
da extração foi maior usando solvente com temperatura acima do ponto de
ebulição. Testaram vários solventes, e os mais eficientes foram: o clorofórmio, a
acetona, o éter etílico e o álcool etílico. Nesse trabalho, constataram que em
temperaturas abaixo de 80
o
C a degradação da bixina pelo calor é desprezível.
Verificaram também que na extração dos pigmentos com as sementes trituradas
o rendimento não aumentou, além do inconveniente do arraste de impurezas pelo
solvente.
Pimentel & Stringheta (1999) avaliaram os teores do pigmento nos extratos
obtidos na forma de pasta e de e as perdas ocorridas durante o processo de
precipitação ácida e secagem em estufa a vácuo, utilizando-se soluções extratoras
de KOH 0,1 mol/L e NH
4
OH 0,52 mol/L em álcool a 58%. Os resultados
mostraram que, durante o processo de extração e precipitação ácida, o extrato
obtido com solução de amônia em álcool foi o que melhor produziu pigmentos na
forma de pasta (23,05%) e de (22,57%). Este corante apresentou em todas as
formas (líquida, pasta e pó), a presença de grupo funcional, característico do éster
bixina. Os dados revelaram a viabilidade deste método de secagem para
concentração de extratos de urucum.
Souza (2000) comparou duas metodologias, uma simplificada e outra tradicional,
para extração do pigmento bixina. Para a metodologia simplificada, as sementes
foram moídas e misturadas com água em recipiente, na proporção de 1:3 (p/v) e
aquecidas em ebulição aque toda água fosse eliminada, filtrando-se o material
em seguida. Na metodologia tradicional, as sementes foram moídas e submetidas
à extração a frio com etanol na proporção de 1:2 (p/v). Verificou-se que o
rendimento da semente/extrato pela metodologia simplificada foi superior,
variando de 34 a 23%, enquanto que a tradicional variou de 11 a 12%. Observou-
se que o teor de bixina pela extração simplificada (46 a 31%) foi inferior quando
comparado com a metodologia tradicional (72 a 70%) e superior em relação à
literatura (34,4%). A autora concluiu que esta nova metodologia simplificada
47
proporciona segurança, alta qualidade e redução nos custos dos alimentos por não
requerer recursos técnicos os quais oneram o produto final.
3.5.2
EXTRAÇÃO EM LEITO FIXO E EM LEITO DE JORRO
Para evitar a exposição prolongada das sementes de urucum ao sol, o que causa
perda de bixina, uma alternativa é a secagem do produto em equipamento sob
condições controladas de temperatura e de processamento. Segundo Silva (1991),
o leito de jorro é o que oferece melhor possibilidade de secagem das sementes de
urucum, pois, além de deixar o produto seco com uma umidade abaixo do valor
permitido para o armazenamento, produz um concentrado em que pode
alcançar até 20% de bixina.
Vários estudos sobre a obtenção de coloríficos através da extração em leito fixo e
em leito de jorro foram publicados. Estes estudos mostram a utilização de três
equipamentos distintos: betoneira, câmara de secagem de leito fixo e câmara de
secagem de leito de jorro.
A betoneira consiste de um grande recipiente giratório, não aerado, comumente
empregado na área de construção civil para a preparação do betão (concreto).
A câmara de secagem de leito fixo, segundo descrita e utilizada por Silva (1991)
(Figura 10), consiste de uma coluna cilíndrica com 18 cm de diâmetro e 60 cm de
altura com um distribuidor tronco-cônico do ar de secagem contendo esferas de
vidro. A câmara possui seis furos, três em cada lado. Nos dois primeiros da base
são colocados os termopares de controle de temperatura, temperatura de bulbo
seco e bulbo úmido na entrada. Nos dois furos após o suporte são colocados os
termopares de bulbo seco e bulbo úmido na saída do leito. As temperaturas são
lidas no milivoltímetro distribuídas por meio de uma chave seletora através de
sinal enviado pelos termopares.
48
Figura 10 - Câmara de Secagem de Leito Fixo. Silva, 1991
A câmara de secagem de leito de jorro, conforme descrita e utilizada por Silva
(1991) (Figura 11), consiste de uma base cônica de aço inoxidável com ângulo de
60°, acoplada a uma coluna cilíndrica também de aço inoxidável de 60 cm de
diâmetro e 100 cm de altura. A coluna possui um tubo centrado com a finalidade
de melhorar a dinâmica do jorro. A câmara possui dois visores em acrílico por
onde é feito o controle visual da secagem; um ciclone acoplado na parte superior
da mesma, para coleta do proveniente da atrição das sementes; quatro
tomadas de temperatura, três na lateral direita e uma na esquerda e duas
tomadas de pressão na lateral esquerda. A parte cônica possui uma tomada de
amostra, pela qual são retiradas sementes para a determinação da umidade
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
LEGENDA
A – COLUNA DE AÇO GALVANIZADA
B – CAMADA DE AMIANTO (1,5 cm)
C – ESPUMA DE POLIURETANO (1,0 cm)
D – DISTRIBUIDOR TRONCO-CÔNICO
E – SUPORTE DE ALUMÍNIO CONTENDO A
AMOSTRA
F – TUBULAÇÃO GALVANIZADA DE 2”
G – CHAVE SELETORA
H – MILIVOLTÍMETRO DIGITAL
I – CONTROLADOR DE TEMPERATURA
J - REGISTRADOR
49
durante o processo de secagem. A entrada do ar de aquecimento possui uma
junção presa por três parafusos, uma junta de borracha e uma tela de arame na
abertura por onde são feitos os descarregamentos. A conexão entre o trocador de
calor e a junção do secador contém uma tomada de temperatura e uma de
pressão.
Figura 11 - Câmara de Secagem de Leito de Jorro. Silva, 1991
Silva (1991) buscou fornecer conhecimentos adequados para a aplicabilidade do
leito de jorro na secagem de urucum sem que o produto sofresse desvalorização,
fazendo estudos sobre as condições operacionais para se encontrar uma faixa de
trabalho adequada. Através dos testes realizados por Silva, observou-se que a
vazão e o comprimento do tubo centrado não afetaram as curvas, mas a
temperatura, a umidade inicial das sementes e a carga de processamento
causaram efeitos nas mesmas. Silva concluiu que, aumentando a umidade inicial
e temperatura, o coeficiente de difusividade aumenta, ou seja, a taxa de secagem
aumenta. Em comparação com os dados obtidos em leito fixo, o leito de jorro
LEGENDA
A – TOMADA DE PRESSÃO
B – TOMADA DE TEMPERATURA
C – TOMADA DE AMOSTRA DE SEMENTES
D – CÂMARA DE SECAGEM
E - CICLONE
50
mostrou-se mais eficiente. Quanto ao equipamento proposto, Silva o considerou
adequado para o processamento do urucum em termos do seu desempenho na
secagem e da qualidade do produto final, conforme a faixa de operação:
temperatura de entrada do secador de 55 °C, carga de sódico 10 Kg, vazão deve
ser ótima de jorramento e o comprimento do tubo centrado deve ser o suficiente
para não ficar inferior ao nível de sólidos no secador.
Porém, de acordo com Faria & Rocha (2000), a secagem das sementes de urucum
é uma etapa importante e deve ser cuidadosamente conduzida para que o produto
final tenha a porcentagem mínima de bixina de 2,5% e nível de umidade inferior
a 10%. Segundo esses autores, como o poder corante do urucum está no pericarpo
das sementes, o processo de secagem deve ser feito em câmera de leito fixo para
se evitar o atrito entre as mesmas e a perda do material corante. Faria & Rocha
estudaram as melhores condições para minimizar essa perda e obter uma
umidade final das sementes em níveis apropriados para sua conservação e
manutenção da qualidade, trabalhando com temperaturas entre 74 e 94 ºC e
tempo de 199 a 336 min. O ponto ótimo de operação foi estimado a 94 ºC, 199 min
e 50 kg/h.
3.5.3
EXTRAÇÃO COM CO
2
SUPERCRÍTICO
Um processo que também pode ser utilizado na extração desses pigmentos é o que
faz uso de fluidos pressurizados (FIGURA 12). A aplicação de fluídos
supercríticos (SCF) está baseada na observação experimental de que muitos
gases aumentam seu poder de dissolução quando comprimidos acima do ponto
crítico, facilitando a extração ou separação dos componentes de uma mistura,
podendo oferecer maiores rendimentos e melhor qualidade. Uma vez
pressurizado, o fluido exibe propriedades sico-químicas intermediárias entre as
de um líquido e de um s, favorecendo o seu uso como solvente. O dióxido de
carbono, o etileno, o etano, são exemplos de alguns solventes empregados na
extração supercrítica, sendo o dióxido de carbono o mais usado. O co-solvente é
um terceiro componente adicionado à mistura supercrítica, em pequenas
51
quantidades e que proporciona um aumento significativo na solubilidade do
soluto (Silva, 1999).
Utilizando essa metodologia, Degnan et al (1991) concluíram que apenas bixina
foi extraída de amostras mescladas de bixina e norbixina. Nenhum produto de
degradação térmica foi detectado em amostras extraídas dentro da faixa de
temperatura utilizada (50-55 °C). Aumento da temperatura resultou em aumento
de pigmento por grama de CO
2
em todas as pressões utilizadas (3000-7000 psi).
Aumento isotérmico na pressão não resultou em aumento de pigmento por grama
de CO
2
. A eficiência da extração do pigmento aumentou na presença de um óleo.
Também Silva (1999) estudou a extração dos pigmentos presentes nas sementes
do urucum usando o CO
2
supercrítico como solvente. O principal objetivo foi a
obtenção destes pigmentos com excelente qualidade. Segundo esse autor, quando
comparada aos processos convencionais, a extração com CO
2
supercrítico oferece
as seguintes vantagens: uso de um solvente o tóxico não inflamável e de baixo
custo; facilidade de separação soluto/solvente, obtendo um produto final puro; e a
possibilidade de processamento a temperaturas relativamente baixas, evitando a
degradação do produto final. As desvantagens são: custo operacional maior e
normalmente valores menores da solubilidade do soluto no solvente.
Esse mesmo pesquisador realizou experimentos para obtenção da solubilidade da
bixina e do óleo das sementes do urucum em CO
2
pressurizado e verificou que a
presença do óleo nas sementes influenciou significativamente na solubilidade da
bixina, pois funcionou como co-solvente do CO
2
. Quando comparada com a bixina
pura, a solubilidade chegou a ser 20 vezes superior. O sistema experimental,
proposto por Silva, para a extração dos pigmentos do urucum, mostrado na
Figura 10, consta de um extrator em leito fixo, válvula de expansão, aquecedor,
separador do soluto, compressor, resfriador e alimentação de CO
2
. O CO
2
circula
no sistema continuamente até o esgotamento dos pigmentos do extrator.
52
Figura 12 - Sistema de extração dos pigmentos do urucum com CO
2
supercrítico, Silva, 1999
De acordo com experimentos realizados por Nobre et al. (2006), a eficiência da
extração dos pigmentos das sementes de urucum com CO
2
supercrítico foi baixa
(apenas 1% de pigmento extraído) sob 200 bar de pressão e temperatura de 40 °C.
Eles aumentaram o fluxo do solvente, o que levou a uma diminuição da
recuperação do pigmento. Um crescimento significativo na porcentagem de
recuperação (de 1% para 45%) foi obtido utilizando uma mistura de CO
2
supercrítico e etanol. Os autores, então, alteraram a pressão para 300 bar e a
temperatura para 60 °C e observaram que a elevação da pressão e da
temperatura aumentou a porcentagem de recuperação dos pigmentos, porém
mudanças no fluxo do solvente aparentemente não influenciaram esse aumento.
3.6
3.63.6
3.6 Períodos e condições de armazenamento das sementes e extratos de urucum
Períodos e condições de armazenamento das sementes e extratos de urucumPeríodos e condições de armazenamento das sementes e extratos de urucum
Períodos e condições de armazenamento das sementes e extratos de urucum
O tempo e as condições de armazenamento dos pigmentos do urucum o
importantes na estabilidade dessas substâncias. Carvalho et al. (1993(a))
estudaram a degradação de um corante sólido, obtido pela extração alcoólica das
sementes de urucum contendo inicialmente 31,36% de bixina, em embalagens
com diferentes taxas de permeabilidade ao oxigênio: filme laminado com
alumínio, filme metalizado, filme co-extrusado de nylon e polietileno de baixa
densidade e filme de polietileno de baixa densidade. O estudo de estabilidade foi
53
realizado a 30 °C por um período de 365 dias, com avaliações periódicas de teor de
pigmento. Observou-se que o teor de bixina diminuiu significativamente entre as
duas a três primeiras semanas, em todas as embalagens. A partir de então,
manteve-se, com exceção da embalagem de polietileno, um teor médio de 28,33%
de bixina. No corante acondicionado nas embalagens de polietileno de baixa
densidade verificou-se uma taxa de degradação de bixina de aproximadamente
0,04% ao dia, durante todo o restante do estudo.
O processo de produção dos pigmentos também é importante na sua estabilidade.
Partindo de um corante hidrossolúvel em pó, extraído com solução alcalina e
desidratado por atomização, Batista (1994) produziu corantes hidrossolúveis com
NaOH e KOH, isoladamente, e com e sem adição de malto-dextrina, obtendo,
assim, 4 corantes diferentes. Concluiu que o método de produção dos corantes
com malto-dextrina foi o mais eficiente e que não diferença entre a solução de
NaOH e KOH, como extratoras. Em seguida, avaliou a conservação dos corantes
com malto-dextrina acondicionados em embalagens com diferentes características
quanto à taxa de permeabilidade ao oxigênio e ao vapor de água e quanto à
transmissão aos raios luminosos, e estocadas em ambientes com temperatura e
umidade relativa do ar diferentes. Observou que a luz e o oxigênio foram os
fatores que provocaram a degradação dos pigmentos, sendo o oxigênio o maior
responsável. O aumento de temperatura acelerou a degradação e o pote de
policloreto de vinila foi a embalagem que melhor protegeu os corantes. O menor
decréscimo no teor de norbixina observado durante o período de estocagem do
corante hidrossolúvel com malto-dextrina e NaOH e a maior taxa de rendimento
de extração mostraram a superioridade desse corante.
A influência da luz e do oxigênio sobre a estabilidade do norbixato de potássio em
presença de maltodextrina foi estudada por Pimentel (1995). Extratos-controle e
adicionados de malto-dextrina até 5, 10 e 20% de sólidos totais foram estocados
na presença e na ausência de luz, em ambientes de nitrogênio e de oxigênio.
Constatou-se ser a luz o agente mais destrutivo para ambos os extratos
pesquisados, com perdas de até 80% de norbixato em 240 horas. O oxigênio teve,
isoladamente, pouca influência na decomposição desses pigmentos. As menores
54
perdas de norbixato após 792 horas foram observadas no escuro nas amostras
mantidas sem O
2
, quando ao corante foi adicionado maltodextrina até atingir
10% de sólidos totais.
Pedrosa et al. (1999) estudaram os efeitos do tipo e do período de
armazenagem sobre os teores de bixina e proteína das sementes de urucum. As
sementes foram armazenadas em silos de zinco e em sacos de nylon durante oito
meses, nas condições climáticas de Campina Grande, PB. Os resultados
mostraram que tanto os teores de bixina como os de proteína decresceram com o
período de armazenagem das sementes, mas ocorrendo diferenças
significativas entre os teores de bixina após o mês de armazenagem, enquanto
as sementes armazenadas em silos conservaram melhores teores de bixina e
proteína.
Ponte et al. (1999), por sua vez, estudaram a fotodegradação da bixina em
sementes de urucum sob duas condições de iluminação com mpadas
incandescentes: uma e três lâmpadas de 40 W cada, uma condição de iluminação
infravermelha: uma lâmpada de 250 W e uma condição de iluminação
ultravioleta: uma lâmpada de 15 W. No caso das lâmpadas incandescentes e
infravermelha, as sementes foram expostas à luz em uma mara provida de
exaustor, para evitar o aquecimento excessivo do ar, minimizando a influência da
temperatura na diminuição da concentração de bixina. A exposição à radiação
ultravioleta foi realizada em outra câmara, também de madeira, mas desprovida
de exaustão, por não ocorrer aquecimento considerável neste caso. A cada sete
dias foram medidas a umidade e o teor de bixina do material, verificando-se uma
queda nos teores do corante tanto com as lâmpadas incandescentes quando com
as lâmpadas ultravioleta e infravermelha, sendo que esta última condição foi a
mais drástica, provocando uma maior degradação.
A estabilidade dos pigmentos do urucum varia também com a temperatura.
Stringheta et al. (1999) determinaram o teor de bixina em sementes de urucum
sob diferentes temperaturas. O trabalho buscou a melhor temperatura para
estocagem das sementes durante um período de 90 dias e a metodologia adotada
55
para determinar a concentração de bixina foi o KOH. Os autores concluíram que
a temperatura de 10 °C foi a que o pigmento teve melhor estabilidade. Este
trabalho não foi realizado com o controle da umidade do ar.
A análise do teor dos pigmentos presentes em sementes de urucum deve ser
realizada sem demora. Nazaré & Martins (1999) estudaram 36 progênies de
urucuzeiro para verificar seus conteúdos de corantes, bem como a influência do
tempo decorrido entre o recebimento e a análise das amostras. Os resultados
mostraram que a demora para a execução das análises causa uma perda
considerável de corantes nas amostras. O tempo variou de 3 dias a 4 meses e os
percentuais de amostra com mais de 3% de bixina variaram de 67% a 16%,
respectivamente.
Fontana et al. (2000) apresentaram resultados quanto à estabilidade da bixina de
urucum frente a diferentes ambientes físicos. Amostras de solução de bixina com
clorofórmio foram separadamente submetidas às condições físicas explicitadas na
figura e as respectivas análises espectrais no campo do visível executadas ao
dia de experimentação. Na exposição cumulativa e mais adversa (luz + O
2
), cerca
de 40% da bixina sofreu degradação (Figura 13).
Figura 13 - Influência do ambiente físico na degradação da
bixina, Fontana et al, 2000.
56
3.7
3.73.7
3.7 Solventes
SolventesSolventes
Solventes
De acordo com a CETESB (2003(a)), as vias pelas quais os produtos químicos
podem entrar em contato com o nosso organismo são três: inalação, absorção
cutânea e ingestão. A inalação é a via mais pida de entrada de substâncias
para o interior do nosso corpo e a mais comum. Já com relação à absorção
cutânea, existem duas formas das substâncias tóxicas agirem. A primeira é como
tóxico localizado, onde o produto em contato com a pele age na sua superfície
provocando uma irritação primária e localizada. E a segunda forma, é como tóxico
generalizado, quando a substância tóxica reage com as proteínas da pele ou
mesmo penetra através dela, atinge o sangue e é distribuída para o nosso
organismo, podendo atingir vários órgãos. Apesar da pele e a gordura atuarem
como uma barreira protetora do corpo, algumas substâncias, como ácido
cianídrico, mercúrio e alguns defensivos agrícolas, têm a capacidade de penetrar
através da pele. Quanto à ingestão, esta é considerada uma via de ingresso
secundário, uma vez que tal fato somente ocorrerá de forma acidental.
São diversos os solventes utilizados na extração dos pigmentos do urucum e o uso
de cada um deles tem como restrições o limite residual permitido, o potencial
poluidor do ambiente, a toxicidade, o custo e a eficiência de extração dos
pigmentos. Um dos objetivos deste trabalho foi analisar o potencial de extração
dos solventes: acetato de etila, acetona, metiletilcetona, clorofórmio, etanol e
hexano, levando-se em consideração a toxidade de cada um deles. Para isso,
buscou-se, primeiramente, obter informações relevantes sobre solventes,
destacando-se especialmente seus aspectos toxicológicos.
3.7.1
CLOROFÓRMIO
Sinônimo de triclorometano, o clorofórmio é um hidrocarboneto halogenado, com
fórmula molecular HCCl
3
(CETESB, 2003(b)).
Dentre os solventes citados, o clorofórmio é o único que apresenta nível 2 de
57
perigo à saúde, segundo o Manual de Produtos Químicos Perigosos da CETESP,
enquanto os demais apresentam nível 1. Além disso, o clorofórmio é o único que
se enquadra na classe 6 - Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes que, por
definição, são substâncias capazes de provocar a morte ou danos à saúde humana
se ingeridas, inaladas ou por contato com a pele, mesmo em pequenas
quantidades.
Conforme monografia realizada em agosto de 1990 pelo Dr. Janusz Szajewski, do
Szpital Praski, na Polônia, as circunstâncias em que ocorre maior risco de
envenenamento crônico ou agudo, dentre outras, são aquelas vivenciadas por
indivíduos que trabalham em laboratórios onde o clorofórmio é fabricado ou
utilizado como solvente (Szajewski, 1990).
De acordo com informações publicadas em 1997 pela
Agency for Toxic Substances
and Disease Registry (
ATSDR, 1997), a exposição ao clorofórmio pode ocorrer
pela aspiração de ar contaminado ou pela ingestão ou contato com a substância
ou com a água que a contenha. A aspiração de 900 ppm de clorofórmio pode
causar vertigens, fatiga ou dores de cabeça. A aspiração ou ingestão do
clorofórmio em níveis elevados e por longos períodos de tempo pode prejudicar o
fígado e rins. Grandes quantidades de clorofórmio podem causar feridas quando
em contato com a pele. Ele evapora facilmente em contato com o ar e pode,
eventualmente, se decompor, mas por um processo lento. Os produtos dessa
decomposição incluem o fosgênio e o cloreto de hidrogênio, ambos tóxicos. Ele não
se fixa à superfície do solo podendo atingir os lençóis freáticos; dissolve-se
facilmente em água e parte dele pode se decompor em outros produtos químicos.
O clorofórmio permanece por longos períodos nos lençóis freáticos e,
aparentemente, não se fixa, em quantidades significativas, em plantas e animais.
Não se sabe se o clorofórmio causa efeitos na reprodução ou defeitos na formação
do feto humano. Estudos com animais mostraram a ocorrência de abortos em
ratos e camundongos que respiraram ar contendo entre 30 a 300 ppm de
clorofórmio durante a gestação e também em ratos que ingeriram clorofórmio
durante a gestação. A descendência de ratos e camundongos que aspiraram
clorofórmio durante a gestação apresentaram defeitos de nascença. Espermas
58
anormais foram encontrados em camundongos que respiraram ar contendo 400
ppm de clorofórmio por alguns dias.
Em 1999, a
International Agency for Research on Câncer
(IARC, 1999)
determinou que o clorofórmio fosse considerado possivelmente carcinogênico para
humanos (Grupo B). Esta conclusão se baseou em evidências que se mostraram
inadequadas em experimentos com seres humanos, porém suficientes em
experimentos com animais de laboratório.
Também em 1999, estudo realizado por Zwaard, A.W. (1999) teve, como objetivo,
controlar a exposição de laboratoristas e estudantes a solventes em laboratórios
químicos. Segundo Zwaard, a substituição, quando possível, do benzeno pelo
tolueno, e do tetracloreto de carbono e do clorofórmio pelo diclorometano, resultou
em uma gradual, mas significativa, queda no indicador de risco de exposição no
período considerado de 12 anos. O clorofórmio teve uma influência dominante no
valor do indicador de risco, já que esse estudo levou em consideração informações
sobre as propriedades tóxicas desse solvente, obtidas em trabalhos até então
publicados. Zwaard concluiu que, embora as concentrações obtidas, de vapores de
solventes transportados pelo ar, terem sido baixas, deve-se tomar cuidado ao
concluir que exposições significantes nunca aconteçam em laboratórios. Em
primeiro lugar, muitos produtos químicos além de solventes, são utilizados em
laboratório. Em segundo lugar, sistemas de ventilação e sua eficiência têm
mostrado diferenciarem-se enormemente de um laboratório para outro. Além
disso, solventes, ou mesmo produtos químicos representam apenas um dos
estímulos estressantes a que estudantes e laboratoristas ficam expostos.
Exposições combinadas (a produtos químicos, radiação, micro-organismos etc.)
devem ser consideradas em um ambiente laboratorial.
De acordo com informações divulgadas no site da
Environmental Protection
Agency
(EPA, 2001), o potencial carcinogênico do clorofórmio por inalação está
sendo revisto.
Mais recentemente, o
International Programme on Chemical Safety
(IPCS),
publicou, em 2004, o CICAD 58 (Concise International Chemical Assessment
59
Document), que faz uma avaliação química resumida sobre os efeitos do
clorofórmio. Segundo o CICAD 58, o clorofórmio puro causa irritação aos olhos
humanos e aos olhos e pele de coelhos. A inalação de clorofórmio causa efeito
anestésico em humanos. Lesões nasais também têm sido observadas em ratos e
camundongos expostos ao clorofórmio por inalação ou por via oral. Estudos em
animais de laboratório identificam o fígado e os rins desses animais como os
órgãos potencialmente atingidos pela toxidade do clorofórmio e dados limitados
sugerem que o fígado e os rins dos seres humanos também seriam os órgãos
provavelmente prejudicados. Estudos epidemiológicos informativos sobre o
clorofórmio não foram identificados. Em bioensaios com animais de laboratório,
tumores de fígado e rins foram induzidos. Em ratos, a única evidência
convincente de efeito cancerígeno foi um aumento nos tumores de rins em
machos, aos quais foi dado clorofórmio misturado em óleo de milho ou em água.
Tumores de rins também foram observados em camundongos machos expostos ao
clorofórmio por inalação ou por ingestão através de pasta de dente.
Adicionalmente, camundongos machos e fêmeas desenvolveram tumores de
fígado quando o clorofórmio foi oferecido com óleo de milho. Investigação
extensiva do potencial genotóxico do clorofórmio geralmente falhou na
identificação de qualquer atividade neste sentido, embora alguns estudos
aventem que ele seja ligeiramente genotóxico em ratos. Uma importante pesquisa
sugere que o clorofórmio não tem potencial genotóxico significante. Há evidências
experimentais convincentes de que os tumores de fígado e de rins observados em
camundongos o uma conseqüência secundária de citotoxicidade sustentada
(presumivelmente devido aos metabólitos, tais como fosgênio e cloreto de
hidrogênio) e persistente proliferação de células reparadoras associadas. Estudos
desenvolvidos e reproduzidos em animais de laboratório sugerem que o
clorofórmio não é uma toxina com desenvolvimento específico e é fetotóxica
apenas em doses que causem toxicidade materna (WHO, 2004).
3.7.2
ACETONA
Sinômimo de propanona e dimetilcetona, a acetona pertence à família das
60
cetonas, com fórmula molecular C
3
H
6
O (CETESB, 2006(b)).
Segundo o Manual de Produtos Químicos Perigosos da CETESB, a acetona
enquadra-se na classe 3 - quidos Inflamáveis. Esta categoria engloba, por
definição, líquidos, mistura de líquidos ou líquidos contendo sólidos em solução ou
em suspensão, que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5º C
em teste de vaso fechado. Em geral, as substâncias inflamáveis são de origem
orgânica, como, por exemplo, hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos e cetonas, entre
outros.
De acordo com a ATSDR (1995), a acetona é um produto químico encontrado
naturalmente no meio ambiente e que também pode ser produzido pelas
indústrias. Baixos veis de acetona estão normalmente presentes no corpo
devido à decomposição química de gordura. A acetona é um líquido transparente
com cheiro e sabor característicos. Ela evapora rapidamente no ar e mistura-se
bem com a água. A maior parte da acetona produzida é utilizada em outros
produtos químicos na confecção de plásticos, fibras e medicamentos. Também é
utilizada para dissolver outras substâncias. Ela entra em contato com o ar, água
e solo através de processos naturais e de atividades humanas. Ela ocorre
naturalmente em plantas, árvores, gases vulcânicos e incêndios florestais.
Pessoas e animais liberam acetona produzida da quebra natural de gorduras
presentes no corpo. Ela também pode ser liberada durante sua fabricação e uso,
no escapamento de veículos, na fumaça do tabaco, aterros sanitários e certas
combustões de lixos. A acetona está presente no ar na forma gasosa. Parte dela se
perde quando reage com a luz solar e outros produtos químicos. A chuva e a neve
também removem pequenas quantidades de acetona da atmosfera e, neste
processo, a deposita no solo ou na água. Por volta de 50% da acetona, em uma
atmosfera normal, desaparece em 22 dias. Micróbios presentes na água e no ar
removem a acetona. Peixes não armazenam acetona em seu organismo. As
moléculas da acetona não se ligam firmemente ao solo. Embora o nível de acetona
no ar e água seja, em geral, baixo, a quantidade dessa substância nas grandes
cidades é geralmente maior do que em cidades rurais. Pessoas que trabalham em
indústrias que processam e usam acetona podem ficar expostas a níveis mais
61
altos do que a população em geral. Estas indústrias incluem fábricas de sapatos,
fibras artificiais, plásticos e tintas. Pintores profissionais e limpadores
residenciais e comerciais geralmente ficam expostos a concentrações de acetona
mais altas do que a maioria da população.
A acetona o causa câncer de pele em animais quando aplicada na epiderme.
Não se sabe se a acetona causa câncer após ingestão ou inalação por longos
períodos, já que não foram realizados testes neste sentido (IPCS, 1998).
De acordo com o
Screening Information DataSet
(SIDS) da , estudos anteriores
mostram que a acetona possui baixo potencial de danos à saúde humana e ao
meio ambiente (OECD SIDS, 1999).
O
Department of Health and Human Services
e o
International Agency for
Research on Cancer
não consideram a acetona uma substância com efeitos
carcinogênicos. A EPA classifica a acetona como substância não carcinogênica
para os humanos (EPA, 2003).
3.7.3
ACETATO DE ETILA
Sinônimo de etanoato de etila, o acetato de etila é um éster com fórmula
molecular C
4
H
8
O
2
(CETESB, 2006(b)).
Segundo avaliação toxicológica realizada pela 11
a
. JECFA (IPCS, 1967), o acetato
de etila é um líquido transparente, incolor, com uma fragrância refrescante, leve
odor de acetona e gosto picante e azedo, com propriedades irritantes quando
inalado, porém prontamente metabolizado após administração oral. Não foram
realizados estudos adicionais sobre sua hidrólise no trato gastrointestinal.
O Manual de Produtos Químicos Perigosos da CETESB enquadra essa substância
na classe 3 - Líquidos Inflamáveis, ou seja, na mesma categoria da acetona.
Em 1988, foi feita a última revisão pela Environmental Protection Agency (EPA,
1988) que declarou não ter sido realizada, até aquela data, uma completa
62
avaliação que evidenciasse o potencial carcinogênico do acetato de etila para os
humanos.
3.7.4
METILETILCETONA (MEC)
A metiletilcetona (MEC) pertence à família das cetonas com fórmula molecular
C
4
H
8
O (CETESB, 2006(b)). Líquido transparente, incolor, volátil, muito
inflamável, de odor parecido com o da acetona. Não registros de que a
metiletilcetona tenha causado morte ou acidentes industriais em larga escala
(existe apenas um caso de acidente industrial registrado). Também não existem
evidências de que ela seja carcinogênica. A metiletilcetona é um importante
produto químico utilizado principalmente como um componente de misturas de
solventes para aplicação em uma vasta variedade de revestimentos e adesivos.
Exposição ocupacional moderada é comum ocorrer devido a sua evaporação no
meio ambiente, mas a metiletilcetona não é vista como uma substância
particularmente perigosa. A maioria dos limites nacionais de exposição fica em
200 ppm, com algumas exposições, por períodos curtos, de até 300 ppm, e esses
limites têm se mostrado aceitáveis (IPCS, 1993).
O Manual de Produtos Químicos Perigosos da CETESB enquadra essa substância
na classe 3 - Líquidos Inflamáveis, ou seja, na mesma categoria da acetona.
Segundo a EPA, não estudos disponíveis sobre o potencial carcinogênico da
metiletilcetona por inalação ou ingestão. Com relação ao potencial carcinogênico
por absorção epidérmica, os estudos realizados não relataram casos de tumores.
Por esta razão, a EPA classificou a metiletilcetona como substância não
carcinogênica para os humanos (EPA, 2000).
3.7.5
ETANOL
Sinônimo de álcool etílico, o etanol pertence à família dos alcoóis com fórmula
molecular C
2
H
6
O (CETESB, 2006(b)).
63
O Manual de Produtos Químicos Perigosos da CETESB enquadra essa substância
na classe 3 - Líquidos Inflamáveis, ou seja, na mesma categoria da acetona.
De acordo com publicação da UNEP (Ethanol, 2004), evidências do potencial
carcinogênico do etanol somente foram relatadas em estudos epidemiológicos
sobre o impacto do consumo de bebidas alcoólicas. Esses estudos não indicaram
que existe algum perigo para os locais de trabalho onde ocorra exposição
potencial ao etanol. Esta substância foi considerada de baixa prioridade para
estudos diferentes dos aqui relatados, por seu perfil de baixa periculosidade.
3.7.6
HEXANO
Hexano é um hidrocarboneto com fórmula molecular C
6
H
14
(CETESB, 2006(b)),
obtido de certas frações do petróleo, após vários processos de transformação por
meio de calor e pressão. Com o emprego de raios X, conclui-se que a cadeia do
hexano forma zigue-zagues, com ângulos constantes de 109° (Nehmi, 1994).
Líquido incolor, o hexano pode ser danoso para o trato respiratório e causar
distúrbios circulatórios devido a sua baixa viscosidade, o que permite sua rápida
distribuição pelas áreas dos pulmões, o que pode levar de duas a quatro semanas
para a desinflamação. Os limites estabelecidos de exposição ao hexano, em ppm,
variam de uma entidade para outra e não dados disponíveis sobre o ADI
(Acceptable Daily Intake) e outros níveis de procedimentos (IPCS, 1997).
O Manual de Produtos Químicos Perigosos da CETESB enquadra essa substância
na classe 3 - Líquidos Inflamáveis, ou seja, na mesma categoria da acetona.
A EPA declara que os estudos disponíveis em humanos e em animais de
laboratório são inadequados para determinação de potencial carcinogênico dessa
substância. Como o hexano comercial é uma mistura variável de hidrocarbonetos
dos quais apenas ao redor de 52% é n-hexano, é injustificável considerar o uso do
hexano comercial com efeitos quantitativos e qualitativos parecidos aos do n-
hexano puro (EPA, 2005).
64
4
44
4 MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS E MÉTODOSMATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS E MÉTODOS
4.1
4.14.1
4.1 M
MM
Materiais
ateriaisateriais
ateriais
4.1.1
EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
Balança analítica Mettler, modelo 48204-5
Espectrofotômetro da marca Varian, modelo Cary E
Refrigerador da marca Eletrolux, modelo DFF44
Banho Maria da marca Fisaton, modelo 587
Homogeneizador da marca Tecnal, modelo TE039
Peneira da marca Granutest, 60 mesh
Freezer horizontal da marca Prosdócimo, modelo Multishop H50
Seladora da marca Selovac, modelo Jumbo
Embalagens plásticas de diferentes dimensões
Filme plástico
Caixa de madeira contendo duas lâmpadas fluorescentes, para armazenamento
das sementes e dos extratos oleosos de urucum.
Seringas plásticas de 20 mL descartáveis.
Termômetro
Vidraria comum de laboratório
65
4.1.2
MATERIAL E REAGENTES
Sementes de urucum in natura”: as sementes de urucum foram provenientes da
região de São José do Rio Preto, cidade do interior do Estado de São Paulo. São de
variedade ignorada. Até o momento de serem utilizadas, as sementes
permaneceram em local escuro e seco, sob temperatura ambiente.
Reagentes: acetato de etila, acetona, metiletilcetona, clorofórmio, etanol e hexano
são de grau analítico.
4.2
4.24.2
4.2 Métodos
MétodosMétodos
Métodos
4.2.1
EXTRAÇÃO DOS PIGMENTOS
Inicialmente, as sementes de urucum foram trituradas e cerca de 1 g foi pesado
em balança analítica e transferido para um béquer de 50 mL. Foram adicionados
cerca de 20 mL de solvente e a mistura foi agitada manualmente com o auxílio de
uma bagueta. O extrato foi filtrado e transferido para um balão volumétrico de
200 mL. O processo de extração foi repetido aque se completasse o volume do
balão. A análise foi realizada em triplicata.
4.2.2
EXTRAÇÃO COM DIFERENTES SOLVENTES
Para verificar a capacidade de extração de diferentes solventes, os pigmentos
foram extraídos com: acetona, acetato de etila, metiletilcetona, clorofórmio, etanol
e hexano, isoladamente, utilizando o procedimento de extração descrito. Após
homogeneização do conteúdo do balão, foram realizadas as diluições necessárias
com acetona para a leitura espectrofotométrica. O teor de bixina foi calculado
utilizando-se a equação e 3090
%1
1
=
cm
E , a 487 nm, indicados pela JECFA (2006(a)).
Os teores de pigmentos foram expressos em bixina e as extrações foram
realizadas em triplicata.
66
Realizou-se o cálculo do teor de bixina conforme a equação
M
C
FA
Teor
×
×
=
, em que
A = Absorbância
F = Fator de diluição
C = Absortividade
M =
= =
= Massa de urucum
4.2.3
CINÉTICA DA DEGRADAÇÃO DA BIXINA DILUÍDA EM ACETONA,
METILETILCETONA E CLOROFÓRMIO, SEPARADAMENTE
Extratos foram preparados em acetona, metiletilcetona e clorofórmio,
separadamente, conforme procedimento descrito. Após homogeneização do
extrato, retirou-se 1,00 mL da solução, que foi transferido para um balão de 50
mL. Completou-se o volume com o solvente e, após homogeneização, iniciou-se o
ensaio de degradação dos pigmentos.
Para a verificação da cinética de degradação dos pigmentos, 65 mL do extrato
foram colocados em uma coluna cromatográfica contendo uma válvula. A coluna
foi colocada em um suporte universal com garras e o conjunto foi acondicionado
em uma caixa forrada com papel alumínio, contendo duas lâmpadas fluorescentes
tubulares de 90 cm de comprimento (Figura 14). Uma alíquota de 1 mL era
retirada, abrindo-se a lvula, em diferentes intervalos de tempo, para leitura
espectrofotométrica. A análise foi realizada em duplicata.
67
Figura 14 - Montagem do sistema para o ensaio de perda de cor na presença de luz fluorescente.
4.2.4
EXTRAÇÃO E ANÁLISE DA DEGRADAÇÃO DOS EXTRATOS
OLEOSOS DE URUCUM ARMAZENADOS SOB DIFERENTES
CONDIÇÕES
Preparo dos extratos oleosos: foram misturados 400 gramas de sementes de
urucum e 600 gramas de óleo de soja em um béquer de 4 litros. O conteúdo foi
homogeneizado manualmente, e o béquer foi colocado em banho-maria, para
aquecimento gradativo, com agitação mecânica constante, até atingir 70 °C,
condições em que foi mantido por 30 minutos. Em seguida, a mistura ainda
quente foi peneirada para obtenção do extrato oleoso sem sementes. Esse extrato
foi resfriado até que atingisse temperatura ambiente.
O extrato foi homogeneizado e foram preparadas 24 amostras com
aproximadamente 16 gramas cada uma, sendo 12 acondicionadas em béqueres de
50 mL (na presença de oxigênio) (Figura 15) e 12 em seringas plásticas
68
transparentes de 20 mL (sem oxigênio) (Figura 16). O bicos das seringas foram
lacrados com filme plástico (Figura 17). Três amostras em béqueres e três
amostras em seringas foram armazenadas nas seguintes condições: a -17 °C, em
freezer, protegidas com papel alumínio; a 12 °C, na geladeira, protegidas com
papel alumínio; a 25 °C, em temperatura ambiente, protegidas com papel
alumínio e a 35 °C, em uma caixa contendo luz fluorescente branca (5000 lx),
desprotegidas da luz (Figura 18). Foi retirado, quinzenalmente, 1 g de cada uma
das amostras, para análise.
Figura 15 - Amostras de extrato oleoso
acondicionadas em béqueres de 50 mL,
protegidas da luz, na presença de O
2
.
Figura 16 - Amostras de extrato oleoso
acondicionadas em seringas plásticas,
protegidas da luz, sem O
2
69
Figura 17 - Amostra de extrato oleoso
em seringa lacrada com
filme plástico, sem O
2
,
Figura 18 - Amostras de extrato oleoso com e sem
O
2
, sob luz fluorescente
A retirada e análise foram realizadas da seguinte maneira: as 24 amostras foram
retiradas e mantidas em temperatura ambiente por aproximadamente 1 hora.
Cada amostra foi homogeneizada e, em seguida, 1 g foi transferido para um balão
volumétrico de 100 mL e o volume foi completado com o mesmo solvente (Figura
70
19). O conteúdo foi homogeneizado e foram realizadas as diluições necessárias
com acetona para a leitura espectrofotométrica (Figura 20). O teor de bixina foi
calculado utilizando-se a equação e 3090
%1
1
=
cm
E
, a 487 nm, indicados pela JECFA
(2006(a)).
Figura 19 - Amostras de extrato oleoso
transferidas para balão volumétrico
de 100 mL e volume completado com
acetona
Figura 20 - Amostras de extrato oleoso com as
diluições necessárias para leitura
espectrofotométrica
Após análise das 24 amostras, estas retornaram às suas respectivas condições de
armazenamento. O procedimento repetiu-se por 8 quinzenas consecutivas.
71
4.2.5
DEGRADAÇÃO DOS PIGMENTOS DE SEMENTES DE URUCUM “IN
NATURA”, ARMAZENADAS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES
Sementes de urucum foram trituradas e peneiradas. Para que as análises fossem
feitas em triplicata, foram preparadas 24 amostras com aproximadamente 16
gramas cada uma. Doze amostras foram embaladas em sacos plásticos
transparentes, a vácuo (sem oxigênio) (Figura 21) e 12 foram armazenadas em
béqueres de 250 mL (com oxigênio). Foi feito controle de perda de umidade.
Grupos de três amostras em embalagem plástica e três amostras em béqueres
foram armazenadas nas seguintes condições: a -17 °C, no freezer, protegidas da
luz com papel alumínio; a 12 °C, na geladeira, protegidas da luz com papel
alumínio; a 25 ºC, em temperatura ambiente, protegidas da luz com papel
alumínio; em 35 °C, em uma caixa com luz fluorescente branca (5000 lx),
desprotegidas da luz (Figura 22). Foi retirado, quinzenalmente, 1 g de cada uma
das amostras, para análise.
Figura 21 - Amostras de sementes embaladas
em sacos plásticos transparentes a
vácuo, sem O
2
72
Figura 22 - Amostra de semente
armazenada em béquer, com
O
2
, sob luz fluorescente
A retirada e análise foram realizadas da seguinte maneira: as 24 amostras foram
retiradas e mantidas em temperatura ambiente por aproximadamente 1 hora.
Cada amostra foi pesada, e submetida à extração dos pigmentos, com acetona. O
método utilizado foi o mesmo já descrito, assim como o método de análise.
Após análise das 24 amostras, as 12 amostras acondicionadas nos sacos plásticos
foram novamente seladas e as 24 amostras retornaram às suas respectivas
condições de armazenamento (Figura 23). O procedimento foi repetido por 8
quinzenas consecutivas.
Figura 23 - Kit completo de amostras de
sementes e extrato oleoso,
protegidas da luz, com e sem O
2
73
4.2.6
DEGRADAÇÃO DOS PIGMENTOS DE URUCUM, DILUÍDOS EM
ACETONA, ARMAZENADOS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES
Sementes de urucum tiveram seus pigmentos extraídos com acetona, conforme
procedimento já descrito. Os extratos, após análise, foram armazenados em
diferentes condições: no freezer (-17 °C), protegidos da luz com papel alumínio; na
geladeira (12 °C), protegidos da luz com papel alumínio; em temperatura
ambiente, protegidos da luz com papel alumínio; e em temperatura ambiente,
desprotegidos da luz.. A cada 30 dias uma amostra foi retirada para análise.
74
5
55
5 RESULTADOS E DISCUSS
RESULTADOS E DISCUSSRESULTADOS E DISCUSS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
ÃOÃO
ÃO
5.1
5.15.1
5.1 Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
Os resultados de extração dos pigmentos do urucum com clorofórmio, acetona,
metiletilcetona, acetato de etila, etanol e hexano estão apresentados na Tabela
05.
Tabela 05 - Extração dos pigmentos de
urucum com diferentes solventes.
Solvente
Teor de pigmentos
(%)
Clorofórmio (3,8 ± 0,1)
a
Acetona (3,74 ± 0,07)
a,b
MEC (3,63 ± 0,05)
b
Acetato de Etila (2,92 ± 0,05)
c
Etanol (1,35 ± 0,01)
d
Hexano (0,275 ± 0,005)
e
Médias seguidas pela mesma letra não diferem
pelo teste de Tukey a 1%. Testes realizados em
triplicata.
Como era esperado, o clorofórmio é um bom extrator. O rendimento obtido com
a acetona não apresentou diferença significativa quando comparado com o
clorofórmio. a metiletilcetona não diferiu da acetona, mas diferiu do
clorofórmio. Os demais solventes testados não apresentaram extração
satisfatória. É importante salientar que se utilizou, para 1 g de sementes, o
volume fixo de 200 mL de solvente, em cada extração. Esses resultados estão
parcialmente compatíveis com os obtidos por Oliveira (2005), que analisou a
solubilidade da bixina em diversos solventes, dentre os quais incluem-se o
clorofórmio, a acetona, o acetato de etila e o etanol. Seus resultados
demonstraram ser o clorofórmio o melhor solvente, seguido pela acetona, o
acetato de etila e o etanol, sendo que as solubilidades foram nitidamente
diferentes. Portanto, o fato do clorofórmio solubilizar a bixina com maior
75
eficiência torna esperado que ele seja um bom extrator. Entretanto, de acordo
com as análises realizadas por Oliveira, a solubilidade da bixina em acetona não
é comparável àquela em clorofórmio, ao contrário do que foi observado neste
trabalho, quanto à capacidade de extração dos pigmentos. quanto ao acetato
de etila e ao etanol, houve compatibilidade entre os resultados de solubilidade da
bixina obtidos pelo mesmo autor e os de extração obtidos neste trabalho. Isso
indica que a solubilidade dos pigmentos no solvente não é o único fator que
explica a maior ou menor facilidade de extração.
Com base nos resultados obtidos e considerando que o clorofórmio é o único
produto químico, dentre os analisados, que apresenta vel 2 de perigo à saúde,
segundo o Manual de Produtos Químicos Perigosos da CETESP (2003 (b)), a
acetona é o solvente que melhor o substitui em análises laboratoriais para
obtenção da porcentagem de pigmentos totais de sementes de urucum. Confirma-
se, assim, a recomendação feita nas especificações elaboradas durante a 67ª
reunião do JECFA (2006(a)) sobre a utilização da acetona como solvente nas
análises laboratoriais de bixina extraída com solvente, extraída por processo
oleoso e extraída por processo aquoso.
Os resultados aqui apresentados indicam também que, na falta da acetona, a
metiletilcetona é uma boa opção. Já com relação aos demais solventes testados, os
resultados demonstraram que, quando utilizados isoladamente, a extração não é
satisfatória.
5.2
5.25.2
5.2 Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescente
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescentemetiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescente
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescente
A cinética da degradação foi realizada para que se pudesse verificar o efeito da
luz fluorescente na degradação dos pigmentos do urucum, solubilizados nos
solventes que apresentaram os melhores resultados de extração: a acetona, a
metiletilcetona e o clorofórmio, separadamente.
76
Os resultados dos experimentos realizados com extrato preparado em acetona,
clorofórmio e metiletilcetona, separadamente, estão apresentados na Figura 24
0
20
40
60
80
100
120
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
330
360
390
420
450
480
510
540
Tempo (minutos)
Pigmento residual (%)
Acetona Clorofórmio Metiletilcetona
Figura 24 - Cinética da degradação dos pigmentos diluídos
em
acetona, clorofórmio e metiletilcetona,
separadamente, sob luz fluorescente
A velocidade de degradação decorrente da exposição à luz fluorescente varia
conforme o solvente em que estão solubilizados os pigmentos. Entretanto, a
relação entre o percentual residual e o tempo de exposição obedece, nos três
casos, a um modelo linear, dados os altos coeficientes de correlação obtidos. Os
pigmentos extraídos com acetona, clorofórmio e metiletilcetona exigiram, para
atingirem 40 % do teor inicial, 7,7 h, 7,1 h e 1,1 h, respectivamente. O melhor
resultado, portanto, foi o obtido com a acetona seguida pelo clorofórmio. Os
pigmentos solubilizados em metiletilcetona foram degradados com maior rapidez.
De acordo com esses resultados, dentre os três solventes analisados, a acetona é a
melhor opção para análises laboratoriais de sementes de urucum que requeiram
leituras espectrofotométricas, que os pigmentos diluídos nesse solvente sofrem
degradação mais lenta sob o efeito da luz do que quando diluídos em clorofórmio
ou metiletilcetona. Se os pigmentos são mais estáveis em acetona, nesse solvente
as análises tornam-se mais confiáveis, no que se refere à fotodegradação.
77
5.3
5.35.3
5.3 Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
diferentes condições
diferentes condiçõesdiferentes condições
diferentes condições
Extratos preparados com óleo de soja comercial foram armazenados durante
quatro meses, em oito diferentes condições, para análises quinzenais:
temperatura ambiente, protegidos da luz, na presença e na ausência de O
2
; a 35
º
C
sob luz fluorescente, na presença e na ausência de O
2
; em geladeira, protegidos
da luz, na presença e na ausência de O
2
e em freezer, protegidos da luz, na
presença e na ausência de O
2
. Os resultados das análises realizadas com os
extratos oleosos, ao final dos quatro meses estão apresentados na Tabela 06
Tabela 06 - Percentuais de pigmento remanescente nos extratos oleosos de urucum e nas
sementes, armazenados sob diferentes condições.
Pigmento Remanescente (%)
Temperatura
ambiente, sem
luz
35 ºC sob luz
fluorescente
Freezer, sem
luz
Geladeira, sem
luz
Forma de
armazenamento
Com O
2
Sem O
2
Com O
2
Sem O
2
Com O
2
Sem O
2
Com O
2
Sem O
2
Extratos oleosos 87 86 80 - 97 96 92 93
Sementes 88 87 55 56 93 98 97 93
Os extratos armazenados em temperatura ambiente, na presença e ausência de
O
2
, apresentaram percentuais residuais de pigmentos comparáveis de 87 e 86 %,
respectivamente. os extratos armazenados em freezer, protegidos da luz,
foram os que sofreram menor degradação, apresentando percentuais residuais de
97 e 96 %, na presença e na ausência de ar, respectivamente, seguidos dos
extratos armazenados em geladeira, que apresentaram percentuais residuais de
92 e 93 %, na presença e na ausência de ar, respectivamente. O que apresentou
menor estabilidade foi o armazenado sob luz e sob O
2
, a 35
o
C, com 80 % de
pigmentos residuais. Esses resultados indicaram que o freezer foi a melhor
condição de temperatura de armazenamento e que nesta condição, os percentuais
de degradação foram de 3 % a 4%, após 4 meses.
Para que sejam observados os efeitos do oxigênio sobre os teores de pigmentos dos
extratos oleosos em cada temperatura, os teores de pigmentos expressos em
78
bixina, durante esse período de armazenamento estão apresentados da Figura 25
à Figura 27.
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
S/O2 C/O2
Figura 25 - Efeito do O
2
na degradação dos pigmentos de extrato
oleoso armazenado em freezer, protegido da luz
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
S/O2 C/O2
Figura 26 - Efeito do O
2
na degradação dos pigmentos de extrato
oleoso armazenado em geladeira, protegido da luz
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
S/O2 C/O2
Figura 27 - Efeito do O
2
na degradação dos pigmentos de extrato
oleoso armazenado em temperatura ambiente,
protegido da luz
79
Ao final do tempo de armazenamento estabelecido no experimento, observou-se
que, à exceção do ensaio realizado a 35
°
C, nas outras condições de temperatura
praticamente não houve diferenças entre os resultados obtidos na presença ou na
ausência do oxigênio do ar.
O efeito da temperatura sobre os teores de pigmentos dos extratos oleosos
durante 4 meses de armazenamento está apresentado na Figura 28.
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
Temp. amb. Freezer Geladeira
Figura 28 - Efeito da temperatura na degradação dos pigmentos
de extrato oleoso armazenado sem O
2
, protegido da luz
Os resultados das análises dos extratos armazenados no escuro e na ausência de
O
2
indicaram uma tendência a acentuar-se a diferença entre os pigmentos dos
extratos armazenados, ao longo do tempo. Ao final, quanto maior a temperatura,
menor o teor de pigmentos. Esse comportamento repetiu-se na presença do O
2
.
O efeito conjunto da temperatura e da luz sobre os teores de pigmentos dos
extratos oleosos, durante 4 meses de armazenamento sob O
2
está apresentado na
Figura 29.
80
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
Temperatura ambiente 35 °C
Figura 29 - Teor de pigmentos de extrato armazenado a 35 °C sob
luz e de extrato armazenado em temperatura
ambiente na ausência de luz, ambos na presença de
O
2
Os extratos armazenados em temperatura ambiente, na ausência da luz,
degradaram-se mais lentamente que os armazenados a 35
°
C na presença de luz.
5.4
5.45.4
5.4 Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas sob
Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas sob Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas sob
Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas sob
diferentes condições
diferentes condiçõesdiferentes condições
diferentes condições
Sementes moídas de urucum foram armazenadas durante quatro meses, nas
mesmas oito condições a que foram submetidos os extratos oleosos. A cada
quinzena, amostras eram retiradas e os pigmentos extraídos e analisados. Os
resultados das análises realizadas ao final dos quatro meses estão apresentados
na Tabela 06.
Ao final do período experimental, as sementes mantidas no freezer, protegidas da
luz e do O
2
e as mantidas em geladeira, protegidas da luz, porém não do O
2
apresentaram percentuais residuais comparáveis, de 98 e de 97%,
respectivamente e foram os melhores resultados. As armazenadas em freezer na
presença de O
2
e em geladeira na ausência de O
2
apresentaram percentuais
residuais de pigmentos de 93%. As sementes armazenadas à temperatura
ambiente apresentaram percentuais residuais de 88 e 87%, na presença e na
81
ausência de O
2
, respectivamente e aquelas armazenadas a 35
°
C na presença e na
ausência de O
2
apresentaram pigmentos residuais de 55 e 56%, respectivamente,
sendo que esses últimos foram os piores resultados em termos de estabilidade dos
pigmentos.
A seguir, serão analisados os resultados, na tentativa de identificar os efeitos do
oxigênio, da temperatura e da luz na estabilidade dos pigmentos das sementes de
urucum.
Da Figura 30 até a Figura 33 estão apresentados resultados da influência do
oxigênio na degradação dos pigmentos das sementes, durante os quatro meses de
armazenamento.
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
S/O2 C/O2
Figura 30 - Efeito do O
2
na degradação de sementes de urucum
armazenadas em freezer, protegidas da luz
82
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
S/O2 C/O2
Figura 31 - Efeito do O
2
na degradação de sementes de urucum
armazenadas em geladeira, protegidas da luz
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
S/O2 C/O2
Figura 32 - Efeito do O
2
na degradação de sementes de urucum
armazenadas em temperatura ambiente, protegidas
da luz
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
S/O2 C/O2
Figura 33 - Efeito do O
2
na degradação das sementes de urucum
armazenadas a 35 ºC, sob luz fluorescente
83
Os resultados obtidos indicaram não ser o oxigênio um fator muito importante na
estabilidade dos pigmentos das sementes trituradas, durante o período de
armazenamento estudado. Durante o curso do armazenamento, o foi detectada
uma redução importante do teor de pigmentos, decorrente da presença do
oxigênio. Esses resultados estão de acordo com os obtidos nos ensaios com os
extratos oleosos.
A Figura 34 apresenta os resultados do efeito da temperatura na degradação dos
pigmentos das sementes de urucum, armazenadas por 4 meses na ausência de
oxigênio e de luz.
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
Temp. amb. Freezer Geladeira
Figura 34 - Efeito da temperatura na degradação das sementes de
urucum armazenadas protegidas da luz e de O
2
A mesma tendência observada nos extratos oleosos foi observada também nas
sementes de urucum trituradas. Ao final do período de 4 meses, também se
verificou que quanto maior a temperatura, menor o teor residual de pigmentos
nas sementes.
A Figura 35 apresenta os resultados do efeito conjunto de luz e de temperatura
na degradação dos pigmentos das sementes de urucum, armazenadas por 4 meses
na ausência de oxigênio.
84
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Quinzenas
Teor (%)
T. ambiente, sem luz 35 °C, sob luz
Figura 35 - Teor de pigmentos de extrato armazenado a 35 °C sob
luz e de extrato armazenado em temperatura
ambiente na ausência de luz, ambos na ausência de O
2
Quando se comparam os teores de pigmentos residuais nas sementes
armazenadas em temperatura ambiente, protegidas da luz, com as armazenadas
a 35
°
C, sob luz, verifica-se que a luz e a temperatura, conjuntamente, têm
acentuado efeito na perda de estabilidade dos pigmentos. Esse comportamento
repetiu-se com as amostras que foram submetidas ao O
2
.
Como havia ocorrido com os extratos, as amostras armazenadas sob luz
fluorescente e temperaturas mais altas foram as que apresentaram maior perda
dos pigmentos, reforçando a hipótese de que a luz e a temperatura são causas
importantes da degradação dos pigmentos do urucum.
A Tabela 06 estabelece a comparação entre os percentuais residuais dos
pigmentos nas sementes e nos extratos oleosos, armazenados por 4 meses sob
diferentes condições.
Pode ser observado que as sementes apresentaram uma perda percentual muito
mais acentuada que os extratos, quando armazenadas sob luz fluorescente.
Entretanto, na ausência da luz, quando sementes e extratos o armazenados na
mesma temperatura, os percentuais residuais dos pigmentos são próximos.
85
É importante salientar que percentuais residuais próximos quando se comparam
sementes com extratos não quer dizer que o armazenamento numa ou noutra
forma sejam indiferentes, que o óleo o consegue extrair todo o pigmento
presente na semente que originou o extrato.
A temperatura é um fator importante no armazenamento dos pigmentos do
urucum. Comparando-se os teores de pigmentos residuais após armazenamento
sem O
2
em freezer, em geladeira
e a temperatura ambiente, verifica-se que
quanto mais baixa foi a temperatura usada, mais estável se mostrou o pigmento,
durante 4 meses de armazenamento, seja na forma de extrato, seja na forma de
sementes trituradas.
Esses resultados estão de acordo com os obtidos por Kanjilal e Singh (1995), que
avaliaram a deterioração da bixina durante o armazenamento de sementes de
urucum, observando que sob temperatura ambiente a redução do teor de bixina
foi maior que a redução quando as sementes foram armazenadas em freezer.
Entretanto, no trabalho realizado por esses pesquisadores, a redução foi o dobro
quando em temperatura ambiente, diferentemente dos resultados obtidos neste
trabalho. Esses mesmos autores verificaram que, quando o pigmento está
disperso em óleo vegetal, seja armazenado em freezer ou em temperatura
ambiente, a degradação foi menor do que na forma de pó.
Portanto, a estabilidade dos pigmentos durante o armazenamento é influenciada
pela proteção ou não à luz, e pela temperatura. Além disso, também é
influenciada pela forma de armazenamento.
Nesse sentido, Balaswamy et al (2006) estudaram a perda da bixina em corante
na forma de e na forma de oleoresina, armazenado por 360 dias em diferentes
combinações de temperatura e de luz. Os resultados de fração mássica perdida de
bixina estão descritos na Tabela 07.
86
Tabela 07 - Fração mássica perdida de bixina
Fração perdida
Condições de armazenamento
Oleoresina
Escuro - geladeira
0,229 0,011
Escuro – ambiente
0,542 0,082
Luz - ambiente
0,600 0,136
Esses pesquisadores observaram que a estabilidade do corante é muito menor na
forma de do que na de oleoresina, em todas as combinações testadas.
Verificaram ainda que a luz e a temperatura são fatores importantes também. Os
resultados obtidos nos laboratórios da EEM, neste trabalho, estão perfeitamente
compatíveis com os desses pesquisadores.
Hong et al. (1995) verificaram, em ensaios com queijos adicionados de pigmentos
de urucum, que a estabilidade da cor depende também do pH, além da
temperatura e da luz. Krishnamurty e Giridhar (1979) obtiveram resultados
concordantes, aplicando pigmentos de urucum em outros produtos como o
catchup. Gloria et al (1995), estudando em sistemas modelo, observaram que a
estabilidade da bixina é afetada também pela atividade de água, sendo mais
estável em valores de atividade de água intermediários e altos.
Além sementes ou de extratos oleosos, os pigmentos podem ser armazenados
também na forma encapsulada. São vários os trabalhos publicados na literatura
científica apresentando resultados nesse sentido. Barbosa et al (2005), por
exemplo, estudaram o efeito da luz na estabilidade da bixina encapsulada com
diferentes polissacarídeos, concluindo que a luz é um fator importante, pois
promove a degradação da bixina, e que a encapsulação protege o pigmento da
fotodegradação. Nesse sentido, também Prentice-Hernandez e Rusig (1999)
avaliaram o efeito da luz na fotodecomposição de extrato de bixina
microencapsulada, verificando que, na presença da luz, após 30 dias de
armazenamento, o percentual residual de pigmentos foi de 17,87% na forma
encapsulada e de 1,69 % na forma livre. na forma encapsulada e na ausência
de luz, o percentual residual foi de 96%.
87
Os resultados obtidos neste trabalho, quanto à influência da luz na degradação
dos pigmentos de sementes de urucum, estão de acordo com o que foi relatado
pelos autores citados e também por outros, dentre os quais incluem-se
Carvalho et al. (1993(a)), Pimentel (1995), Ponte et al. (1999) e Fontana et al
(2000).
5.5
5.55.5
5.5 Avaliação da estabilidade dos pigmentos de
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de Avaliação da estabilidade dos pigmentos de
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum
sementes de urucumsementes de urucum
sementes de urucum, extraídos
, extraídos , extraídos
, extraídos
com acetona, armazenados a 35
com acetona, armazenados a 35 com acetona, armazenados a 35
com acetona, armazenados a 35
°
°°
°
C, em temperatura
C, em temperaturaC, em temperatura
C, em temperatura ambiente, em geladeira,
ambiente, em geladeira, ambiente, em geladeira,
ambiente, em geladeira,
e em freezer.
e em freezer.e em freezer.
e em freezer.
Foram extraídos com acetona, os pigmentos totais das sementes de urucum. As
soluções foram armazenadas em freezer, protegidas da luz. Na 1 semana de
armazenamento, como os pigmentos se mantiveram na mesma concentração, as
soluções foram dividas em três partes. Uma parte foi armazenada em
temperatura ambiente, outra em geladeira, ambas protegidas da luz e a terceira
foi armazenada a 35
°
C, sob luz fluorescente. Os resultados estão apresentados na
Tabela 08.
Tabela 08 - Teores médios de pigmentos totais diluídos em acetona,
armazenados.
Teor médio (%)
Freezer Geladeira Ambiente 35
o
C
Período
(meses)
Escuro Escuro Escuro Luz
0 4,04 - - -
1 3,99 - - -
2 4,02 - - -
3 4,00 4,0 4,0 4,0
4 4,02 4,0 3,8 3,7
5 4,02 3,9 3,7 3,5
Observa-se que as amostras armazenadas em freezer, protegidas da luz, não
apresentaram degradação significativa durante o período experimental de 20
semanas. os pigmentos que foram retirados da condição original passaram a
apresentar degradação. A solução que apresentou maior degradação foi a
88
submetida a 35
°
C, na presença da luz, seguida pela solução armazenada a
temperatura ambiente e depois, pela armazenada em geladeira.
Esses resultados estão compatíveis com os obtidos com o extrato oleoso e as
sementes moídas, no que se refere à relação entre a temperatura e a ordem de
degradação. Entretanto, os percentuais residuais durante o armazenamento são
diferentes.
Como o armazenamento em freezer não promoveu qualquer perda, os resultados
sugerem que as amostras diluídas em acetona que permanecerem em
temperatura de freezer e protegidas da luz poderão ser reaproveitadas para
análise laboratorial e posterior comprovação de resultados obtidos quando o
intervalo para repetição da leitura espectrofotométrica das mesmas amostras for
de até 20 semanas.
Essas amostras também podem servir de parâmetro para medir a degradação do
mesmo lote de sementes “in natura” ou de extrato oleoso, estocados ao longo de
um período idêntico ao da fase experimental aqui citada.
Outra possibilidade é utilizar essas amostras para comparar extrações realizadas
por diferentes técnicos de diferentes instituições e empresas do ramo de corantes,
que não houve perda significativa do teor, desde que essas comparações sejam
realizadas em períodos inferiores ao experimental aqui citado.
5.6
5.65.6
5.6 Avaliação da estabilidade dos pigmentos de
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de Avaliação da estabilidade dos pigmentos de
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum
sementes de urucumsementes de urucum
sementes de urucum em
em em
em
acetona, contendo
acetona, contendo acetona, contendo
acetona, contendo
α
αα
α
-
--
-tocoferol, sob luz fluorescente.
tocoferol, sob luz fluorescente.tocoferol, sob luz fluorescente.
tocoferol, sob luz fluorescente.
A Figura 36 ilustra o efeito da luz sobre soluções de pigmentos extraídos de
sementes de urucum e diluídos com acetona contendo 0,02% de
α
-tocoferol.
89
0
25
50
75
100
125
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (min)
Pigmento residual (%)
Figura 36 - Degradação dos pigmentos sob luz fluorescente,
em temperatura ambiente, solubilizados em
acetona contendo α-tocoferol
O efeito protetor do
α
-tocoferol sobre os pigmentos expostos à luz ficou evidente
nesse experimento. Alguns trabalhos tentam explicar esse efeito. Segundo
Oliveira (2005), tocoferol, carotenóides e polifenóis são importantes bloqueadores
fisiológicos de radicais livres e, tanto os tocoferóis quanto o ácido ascórbico
apresentam atuações similares como antioxidantes. Esse pesquisador testou a
ação do BHA e do
α
-tocoferol na proteção da bixina conservada a -18
°
C, na
ausência da luz, observando que ambos apresentaram esse efeito.
Os resultados obtidos por Najar et al (1988) indicam ser esse o caminho.
Estudando efeitos de fatores diversos na estabilidade de extratos de urucum,
verificaram que a luz é o agente mais agressivo aos pigmentos dessa semente.
Testaram o palmitato de ascorbila como agente antioxidante e verificaram que
essa substância tem a capacidade de retardar o efeito destrutivo provocado pela
luz.
Haila et al (1996) estudaram o efeito do urucum e do
δ
-tocoferol na oxidação de
triglicerídeos. Verificaram que o urucum e o
δ
-tocoferol foram capazes de inibir a
formação de hidroperóxidos e que o
δ
-tocoferol foi capaz de inibir a perda da cor
de licopeno e de luteina, sugerindo que o
δ
-tocoferol teria efeito de retardar a
formação dos produtos de degradação dos carotenóides mencionados.
90
Nesse mesmo sentido, Gordon e Sotirios (2003) observaram que a norbixina
aumentou a ação antioxidante do α e δ tocoferol na conservação do óleo de oliva,
sugerindo que a presença do grupo carboxílico na molécula da norbixina poderia
contribuir para retardar a oxidação ao complexar íons metálicos pró-oxidantes e
que os carotenóides que contêm oxigênio como grupo polar o melhores
antioxidantes que aqueles hidrofóbicos.
91
6
66
6 CONCLUSÕES
CONCLUSÕESCONCLUSÕES
CONCLUSÕES
6.1
6.16.1
6.1 Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
Extração dos pigmentos do urucum, com diferentes solventes.
A acetona não apresentou diferença significativa quando comparada com o
clorofórmio como solvente para a extração dos pigmentos do urucum.
Considerando o grau de risco dos solventes estudados, a acetona é o solvente que
melhor substitui o clorofórmio em análises laboratoriais para obtenção da
porcentagem desses pigmentos, seguida pela metiletilcetona. Já com relação aos
demais solventes testados, os resultados demonstraram que, quando utilizados
isoladamente, a extração não é satisfatória.
6.2
6.26.2
6.2 Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
Cinética da degradação da bixina diluída em acetona, clorofórmio e
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescente
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescentemetiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescente
metiletilcetona, separadamente, sob a incidência de luz fluorescente
A velocidade de degradação decorrente da exposição à luz fluorescente varia
conforme o solvente em que estão solubilizados os pigmentos. A cinética de
degradação demonstrou que, dentre os três solventes analisados, a acetona é a
melhor opção para análises laboratoriais de sementes de urucum que requeiram
leituras espectrofotométricas, que os pigmentos diluídos nesse solvente sofrem
degradação mais lenta sob o efeito da luz do que quando diluídos em clorofórmio
ou metiletilcetona. Sendo os pigmentos mais estáveis em acetona, as análises
realizadas com esse solvente tornam-se mais confiáveis no que se refere à
fotodegradação.
6.3
6.36.3
6.3 Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
Análise e degradação dos extratos oleosos de urucum armazenados sob
diferentes condições
diferentes condiçõesdiferentes condições
diferentes condições
Os extratos oleosos armazenados durante 4 meses, em 8 diferentes condições,
indicaram ser o freezer a melhor condição de temperatura de armazenamento.
Também se verificou que quanto maior a temperatura, menor o teor de
pigmentos. com relação à presença ou ausência do oxigênio do ar, excetuando-
92
se o ensaio realizado a 35 °C, não houve diferenças nas outras condições de
temperatura.
Quando se comparam os teores de pigmentos residuais nos extratos armazenados
em temperatura ambiente, protegidos da luz, com os armazenados a 35
°
C, sob
luz, verifica-se que a luz e a temperatura, conjuntamente, têm efeito na perda de
estabilidade dos pigmentos reforçando a hipótese de que esses dois fatores são
causas importantes da degradação dos pigmentos do urucum. Este fato pode ser
constatado nos percentuais de degradação que foram de 20,2% para os extratos
armazenados a 35 ºC, sob luz, e de 14% para aqueles em temperatura ambiente,
protegidos da luz.
6.4
6.46.4
6.4 Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas sob
Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas sob Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas sob
Análise da degradação das sementes de urucum moídas, armazenadas sob
diferentes condições
diferentes condiçõesdiferentes condições
diferentes condições
As sementes moídas de urucum armazenadas durante 4 meses, nas mesmas
condições a que foram submetidos os extratos oleosos indicaram que o oxigênio
não é um fator muito importante na estabilidade dos pigmentos das sementes
trituradas, durante o período de armazenamento estudado. Esses resultados
coincidem com os obtidos nos ensaios com os extratos oleosos. Também se
verificou que, assim como no extrato oleoso, quanto maior a temperatura, menor
o teor residual de pigmentos nas sementes.
Comparando os teores de pigmentos residuais nas sementes armazenadas em
temperatura ambiente, protegidas da luz, com as armazenadas a 35
°
C, sob luz,
verifica-se também, assim como no extrato oleoso, que a luz e a temperatura,
conjuntamente, têm acentuado efeito na perda de estabilidade dos pigmentos. Os
percentuais de degradação foram de 45,4% para as sementes armazenadas a 35
ªC, sob luz, e de 12,5% para aquelas em temperatura ambiente, protegidas da luz.
93
6.5
6.56.5
6.5 Avaliação da estabilidade dos pigmentos de
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de Avaliação da estabilidade dos pigmentos de
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum
sementes de urucumsementes de urucum
sementes de urucum, extraídos
, extraídos , extraídos
, extraídos
com acetona, armazenados
com acetona, armazenadoscom acetona, armazenados
com acetona, armazenados a 35
a 35 a 35
a 35
°
°°
°
C, em temperatura ambiente, em geladeira,
C, em temperatura ambiente, em geladeira, C, em temperatura ambiente, em geladeira,
C, em temperatura ambiente, em geladeira,
e em freezer.
e em freezer.e em freezer.
e em freezer.
Os pigmentos totais das sementes de urucum extraídos e solubilizados em
acetona, quando armazenados em freezer, protegidos da luz, não apresentaram
degradação significativa durante o período experimental de 20 semanas,
sugerindo que essas amostras poderão ser reaproveitadas para análise
laboratorial e posterior comprovação de resultados obtidos quando o intervalo
para repetição da leitura espectrofotométrica das mesmas for de até 20 semanas.
6.6
6.66.6
6.6 Ava
AvaAva
Avaliação da estabilidade dos pigmentos de
liação da estabilidade dos pigmentos de liação da estabilidade dos pigmentos de
liação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum
sementes de urucumsementes de urucum
sementes de urucum em
em em
em
acetona, contendo
acetona, contendo acetona, contendo
acetona, contendo
α
αα
α
-
--
-tocoferol, sob luz fluorescente.
tocoferol, sob luz fluorescente.tocoferol, sob luz fluorescente.
tocoferol, sob luz fluorescente.
A avaliação da estabilidade dos pigmentos de sementes de urucum em acetona,
contendo
α
-tocoferol, sob luz fluorescente evidenciou o efeito protetor que o
α
-
tocoferol exerce sobre os pigmentos nessas condições.
94
7
77
7 SUGESTÕES PARA TRABA
SUGESTÕES PARA TRABASUGESTÕES PARA TRABA
SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
LHOS FUTUROSLHOS FUTUROS
LHOS FUTUROS
.
Estudo de efeitos de outros antioxidantes, tais como o BHA, BHT, TBHQ.
.
Estudo para identificar os compostos formados na fotodegradação dos
carotenóides do urucum.
.
Estudo mais aprofundado para verificar o efeito do oxigênio na degradação dos
pigmentos.
.
Delineamento experimental para quantificar o efeito da intensidade da luz,
temperatura, atividade de água e pressão de oxigênio na degradação dos
pigmentos do urucum.
95
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prateleira do corante (bixina) prateleira do corante (bixina)
prateleira do corante (bixina)
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extraído das sementes de urucum extraído das sementes de urucum
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fotométricos de análise de sementes de urucum fotométricos de análise de sementes de urucum
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annatto, and GAMMAannatto, and GAMMA
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apoapo
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bixina de progênies de urucum (Bixa orellana L.), em função do tempo de demora bixina de progênies de urucum (Bixa orellana L.), em função do tempo de demora
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compostos de urucum (compostos de urucum (
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Bixa orellana
Bixa orellanaBixa orellana
Bixa orellana
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Pigmentos de Sementes de Uruc
Pigmentos de Sementes de UrucPigmentos de Sementes de Uruc
Pigmentos de Sementes de Urucum
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-a
aa
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Estudo químico e físicoEstudo químico e físico
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pigmentos do urucum ( pigmentos do urucum (
pigmentos do urucum (
Bixa
Bixa Bixa
Bixa
orellana
orellanaorellana
orellana
) utilizando metodologia simplificada de extração.
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urucum urucum
urucum
(Bixa orellana L.)
(Bixa orellana L.)(Bixa orellana L.)
(Bixa orellana L.)
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sob diferentes temperatur sob diferentes temperatur
sob diferentes temperaturas.
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Avaliação dos Métodos Analíticos para a Avaliação dos Métodos Analíticos para a
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Determinação de Bixina em Grãos de Urucum e Determinação de Bixina em Grãos de Urucum e
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Determinação de Bixina em SementesDeterminação de Bixina em Sementes
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Urucum; Estudo ColaborativoUrucum; Estudo Colaborativo
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104
APÊNDICES
APÊNDICESAPÊNDICES
APÊNDICES
APÊNDICE
APÊNDICEAPÊNDICE
APÊNDICE A
A A
A -
--
-
EXTRATOS DE ANNATTO
EXTRATOS DE ANNATTO EXTRATOS DE ANNATTO
EXTRATOS DE ANNATTO (BIXINA EXTRAÍDA COM
(BIXINA EXTRAÍDA COM(BIXINA EXTRAÍDA COM
(BIXINA EXTRAÍDA COM
SOLVENTE)
SOLVENTE)SOLVENTE)
SOLVENTE)
Este documento faz parte das especificações disponíveis no site da FAO/JECFA e foi transcrito para o idioma
português pelo autor desta dissertação de mestrado em 15 de agosto de 2006. Recomenda-se consulta ao site para
maiores informações e/ou busca de dados atualizados – (http://apps3.fao.org/jecfa).
Especificação elaborada durante a 67ª reunião do JECFA Joint FAO/WHO Expert Committee on Food
Additives (2006) e publicada na FAO JECFA Monographs 3 (2006), substituindo as especificações da 6
reunião do JECFA (2003) e publicadas na FNP 52 Add 11 (2003) e no Combined Compendium of Food Additive
Specifications, FAO JECFA Monographs 1 (2005). Um ADI - Authorized Daily Intake (ingestão diária
autorizada) de 0 12 mg/kg bw (massa corporal) de bixina e um ADI de grupo de 0 0,6 mg/kg bw (massa
corporal) de norbixina e seus sais de sódio e potássio expressos como norbixina foram estabelecidos na 67ª
JECFA (2006). As substâncias corantes bixina e norbixina derivadas de extratos de annatto (bixina extraída com
solvente; norbixina extraída com solvente; bixina extraída por processo aquoso; norbixina extraída por processo
alcalino com precipitação ácida; e norbixina extraída por processo alcalino sem precipitação ácida) foram
incluídas nos ADIs para bixina e norbixina. Todos os ADIs anteriores para extratos de annatto foram revogados.
SINÔNIMOS: Annatto B, Orlean, Terre orellana, L. Orange, CI (1975) 75120 (Natural Orange 4), INS 160b
DEFINIÇÃO
Bixina extraída com solvente é obtida pela remoção do pericarpo das sementes do urucuzeiro (Bixa orellana
L) com um ou mais dos seguintes solventes de grau alimentício: acetona, metanol, hexano, etanol, álcool
isopropílico, acetato de etila, álcool alcalino ou dióxido de carbono. O preparado resultante pode ser
acidificado, seguido da remoção do solvente, secagem e moagem.
A bixina extraída com solvente contém vários constituintes coloridos; o componente determinante é a cis-
bixina, o constituinte secundário é a trans-bixina; também podem estar presentes produtos de degradação
térmica da bixina como resultado do processo.
Produtos oferecidos à indústria alimentícia podem ser formulados com mensagens apropriadas de qualidade
grau alimentício.
Nome químico: cis-Bixin: Methyl (9-cis)-hydrogen-6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioate
Número C.A.S.: cis-Bixin: 6983-79-5
Fórmula química: C
25
H
30
O
4
Fórmula estrutural:
Peso: 394.5
Especificação da análise: Não menos do que 85% de pigmento (expresso como bixina).
DESCRIÇÃO Pó cuja tonalidade varia entre marrom avermelhado escuro e vermelho-púrpura.
105
USO FUNCIONAL Corante
CARACTERÍSTICAS
IDENTIFICAÇÃO
Solubilidade (Vol.4): Insolúvel em água, pouco solúvel em etanol
Absorção UV/VIS (Vol.4): A amostra em acetona mostra absorbância máxima ao redor de 425, 457 e 487nm.
Cromatografia em
camada delgada: Ativar uma placa TLC (como exemplo, LK6D sílica gel 60 A (espessura da
camada: 250 µm, tamanho: 5 x 20 cm)) por 1 hora a 110 °. Preparar uma solução
5% da amostra em 95% de etanol e aplicar 10 µl à placa. Deixar secar e correr
usando uma mistura de n-butanol, metiletilcetona e amônia aquosa 10% (3:2:2 por
volume) até que o solvente tenha ascendido por volta de 10 cm. Deixar secar. A
bixina e a norbixina aparecem como manchas amarelas com valores R
f
de
aproximadamente 0,50 a 0,45 respectivamente. Pulverizar com uma solução de
nitrito de sódio 5% e depois com 0,5 mol/l de ácido sulfúrico. As manchas
descolorem imediatamente.
PUREZA
Solventes residuais (Vol.4): Acetona – não superior a 30 mg/kg
Metanol – não superior a 50 mg/kg
Hexano – não superior a 25 mg/kg
Etanol
Isopropanol não superior a 50 mg/kg, isoladamente ou combinado
Acetato etílico
Norbixina (Vol.4) não superior a 2,5% da substância corante total
Arsênico (Vol.4) não superior a 3 mg/kg.
Determinar utilizando uma técnica de Hidreto ICP-AES/AAS. Alternativamente,
determinar o arsênico utilizando o Método II do Teste de Limite de Arsênico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios dos métodos descritos no Volume 4.
Chumbo (Vol.4) não superior a 2 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica AAS ICP-AES apropriada ao nível específico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios descritos no Volume 4.
Mercúrio (Vol.4) não superior a 1mg/ kg
Determinar por meio de absorção atômica usando a técnica de vapor frio.
Selecionar amostra de tamanho apropriado ao nível específico.
MÉTODO DE ANÁLISE
Proceder conforme indicado em Food Colours, Colouring Matters Content by Spectrophotometry (Vol. 4)
procedimento 2 (http://www.fao.org/ag/agn/jecfa-additives), usando 10 mL de tetrahidrofurano para dissolver a
amostra e acetona no lugar do ciclohexano. Medir a absorbância a A
max
por volta de 487 nm. Absorbância
específica
3090
%1
1
=
cm
A
.
106
APÊNDICE
APÊNDICEAPÊNDICE
APÊNDICE B
B B
B
-
--
-
EXTRATOS DE ANNATTO
EXTRATOS DE ANNATTO EXTRATOS DE ANNATTO
EXTRATOS DE ANNATTO (BIXINA EXTRAÍDA POR
(BIXINA EXTRAÍDA POR(BIXINA EXTRAÍDA POR
(BIXINA EXTRAÍDA POR
PROCESSO OLEOSO)
PROCESSO OLEOSO)PROCESSO OLEOSO)
PROCESSO OLEOSO)
-
--
-
E
EE
Experimental
xperimentalxperimental
xperimental
Este documento faz parte das especificações disponíveis no site da FAO/JECFA e foi transcrito para o idioma
português pelo autor desta dissertação de mestrado em 15 de agosto de 2006. Recomenda-se consulta ao site para
maiores informações e/ou busca de dados atualizados – (http://apps3.fao.org/jecfa).
Especificação elaborada durante a 67ª reunião do JECFA Joint FAO/WHO Expert Committee on Food
Additives (2006) e publicada na FAO JECFA Monographs 3 (2006), substituindo as especificações da 6
reunião do JECFA (2003) e publicadas na FNP 52 Add 11 (2003) e no Combined Compendium of Food Additive
Specifications, FAO JECFA Monographs 1 (2005). Devido à falta de dados sobre toxidade, nenhum ADI -
Authorized Daily Intake (ingestão diária autorizada) foi estabelecido na 67ª JECFA (2006). Todos os ADIs
anteriores para extratos de annatto foram revogados.
Foi solicitada informação sobre a caracterização química dos componentes não corantes dos produtos
comerciais.
Nota: As especificações experimentais serão revogadas a menos que a informação solicitada seja recebida até
final de 2008.
SINÔNIMOS: Annatto B, Orlean, Terre orellana, L. Orange, CI (1975) 75120 (Natural Orange 4), INS 160b
DEFINIÇÃO
Sementes de urucuzeiro (Bixa orellana L) são friccionadas em óleo vegetal aquecido para remover o
pigmento do pericarpo das sementes. O óleo é peneirado para remover as sementes.
A bixina extraída por processo oleoso contém vários constituintes coloridos; o componente determinante é a
cis-bixina, o constituinte secundário é a trans-bixina; também podem estar presentes produtos de degradação
térmica da bixina como resultado do processo.
Produtos oferecidos à indústria alimentícia podem ser formulados com mensagens apropriadas de qualidade
grau alimentício.
Nome químico: cis-Bixin: Methyl (9-cis)-hydrogen-6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioate
Número C.A.S.: cis-Bixin: 6983-79-5
Fórmula química: C
25
H
30
O
4
Fórmula estrutural:
Peso: 394.5
Especificação da análise: Não menos do que 10% de pigmento (expresso como bixina).
DESCRIÇÃO Óleo cuja tonalidade varia entre marrom avermelhado escuro e vermelho-púrpura.
USO FUNCIONAL Corante
107
CARACTERÍSTICAS
IDENTIFICAÇÃO
Solubilidade (Vol.4): Insolúvel em água, pouco solúvel em etanol
Absorção UV/VIS (Vol.4): A amostra em acetona mostra absorbância máxima ao redor de 425, 457 e 487nm.
Cromatografia em
camada delgada: Ativar uma placa TLC (como exemplo, LK6D sílica gel 60 A (espessura da
camada: 250 µm, tamanho: 5 x 20 cm)) por 1 hora a 110 °. Preparar uma solução
5% da amostra em 95% de etanol e aplicar 10 µl à placa. Deixar secar e correr
usando uma mistura de n-butanol, metiletilcetona e amônia aquosa 10% (3:2:2 por
volume) até que o solvente tenha ascendido por volta de 10 cm. Deixar secar. A
bixina e a norbixina aparecem como manchas amarelas com valores R
f
de
aproximadamente 0,50 a 0,45 respectivamente. Pulverizar com uma solução de
nitrito de sódio 5% e depois com 0,5 mol/l de ácido sulfúrico. As manchas
descolorem imediatamente.
PUREZA
Arsênico (Vol.4) não superior a 3 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica de Hidreto ICP-AES/AAS. Alternativamente,
determinar o arsênico utilizando o Método II do Teste de Limite de Arsênico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios dos métodos descritos no Volume 4.
Chumbo (Vol.4) não superior a 2 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica AAS ICP-AES apropriada ao nível específico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios descritos no Volume 4.
Mercúrio (Vol.4) não superior a 1mg/ kg
Determinar por meio de absorção atômica usando a técnica de vapor frio.
Selecionar amostra de tamanho apropriado ao nível específico.
MÉTODO DE ANÁLISE
Proceder conforme indicado em Food Colours, Colouring Matters Content by Spectrophotometry (Vol. 4)
procedimento 2 (http://www.fao.org/ag/agn/jecfa-additives), usando 10 mL de tetrahidrofurano para dissolver a
amostra e acetona no lugar do ciclohexano. Medir a absorbância a A
max
por volta de 487 nm. Absorbância
específica
3090
%1
1
=
cm
A
.
108
APÊNDICE
APÊNDICEAPÊNDICE
APÊNDICE C
C C
C
-
--
-
EXTRATOS DE ANNATTO
EXTRATOS DE ANNATTO EXTRATOS DE ANNATTO
EXTRATOS DE ANNATTO (BIXINA EXTRAÍDA POR
(BIXINA EXTRAÍDA POR(BIXINA EXTRAÍDA POR
(BIXINA EXTRAÍDA POR
PROCESSO AQUOSO)
PROCESSO AQUOSO)PROCESSO AQUOSO)
PROCESSO AQUOSO)
Este documento faz parte das especificações disponíveis no site da FAO/JECFA e foi transcrito para o idioma
português pelo autor desta dissertação de mestrado em 15 de agosto de 2006. Recomenda-se consulta ao site para
maiores informações e/ou busca de dados atualizados – (http://apps3.fao.org/jecfa).
Especificação elaborada durante a 67ª reunião do JECFA Joint FAO/WHO Expert Committee on Food
Additives (2006) e publicada na FAO JECFA Monographs 3 (2006), substituindo as especificações da 6
reunião do JECFA (2003) e publicadas na FNP 52 Add 11 (2003) e no Combined Compendium of Food Additive
Specifications, FAO JECFA Monographs 1 (2005). Um ADI - Authorized Daily Intake (ingestão diária
autorizada) de 0 12 mg/kg de massa corporal para bixina e um ADI de grupo de 0 0,6 mg/kg de massa
corporal para norbixina e seus sais de sódio e potássio expressos como norbixina foram estabelecidos na 67ª
JECFA (2006). As substâncias corantes bixina e norbixina derivadas de extratos de urucum (bixina extraída com
solvente; norbixina extraída com solvente; bixina extraída por processo aquoso; norbixina extraída por processo
alcalino com precipitação ácida; e norbixina extraída por processo alcalino sem precipitação ácida) foram
incluídas nos ADIs para bixina e norbixina. Todos os ADIs anteriores para extratos de urucum foram revogados.
SINÔNIMOS: Annatto B, Orlean, Terre orellana, L. Orange, CI (1975) 75120 (Natural Orange 4), INS 160b
DEFINIÇÃO
Bixina extraída por processo aquoso é preparada a partir da remoção do pericarpo das sementes do
urucuzeiro (Bixa orellana L) por abrasão das sementes na presença de água fria e de alcalinidade moderada.
O preparado resultante é acidificado para precipitar a bixina para posterior filtragem, secagem e moagem.
A bixina extraída por processo aquoso contém vários constituintes coloridos; o componente determinante é a
cis-bixina, o constituinte secundário é a trans-bixina; também podem estar presentes produtos de degradação
térmica da bixina como resultado do processo.
Produtos oferecidos à indústria alimentícia podem ser formulados com mensagens apropriadas de grau
alimentício.
Nome químico: cis-Bixin: Methyl (9-cis)-hydrogen-6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioate
Número C.A.S.: cis-Bixin: 6983-79-5
Fórmula química: C
25
H
30
O
4
Fórmula estrutural:
Peso: 394.5
Especificação da análise: Não menos do que 25% de pigmento (expresso como bixina).
DESCRIÇÃO Pó cuja tonalidade varia entre marrom avermelhado escuro e vermelho-púrpura.
USO FUNCIONAL Corante
109
CARACTERÍSTICAS
IDENTIFICAÇÃO
Solubilidade (Vol.4): Insolúvel em água, pouco solúvel em etanol
Absorção UV/VIS (Vol.4): A amostra em acetona mostra absorbância máxima ao redor de 425, 457 e 487nm.
Cromatografia em
camada delgada: Ativar uma placa TLC (como exemplo, LK6D sílica gel 60 A (espessura da
camada: 250 µm, tamanho: 5 x 20 cm)) por 1 hora a 110 °. Preparar uma solução
5% da amostra em 95% de etanol e aplicar 10 µl à placa. Deixar secar e correr
usando uma mistura de n-butanol, metiletilcetona e amônia aquosa 10% (3:2:2 por
volume) até que o solvente tenha ascendido por volta de 10 cm. Deixar secar. A
bixina e a norbixina aparecem como manchas amarelas com valores R
f
de
aproximadamente 0,50 a 0,45 respectivamente. Pulverizar com uma solução de
nitrito de sódio 5% e depois com 0,5 mol/l de ácido sulfúrico. As manchas
descolorem imediatamente.
PUREZA
Norbixina (Vol.4) não superior a 7% da substância corante total
Arsênico (Vol.4) superior a 3 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica de Hidreto ICP-AES/AAS. Alternativamente,
determinar o arsênico utilizando o Método II do Teste de Limite de Arsênico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios dos métodos descritos no Volume 4.
Chumbo (Vol.4) não superior a 2 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica AAS ICP-AES apropriada ao nível específico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios descritos no Volume 4.
Mercúrio (Vol.4) não superior a 1mg/ kg
Determinar por meio de absorção atômica usando a técnica de vapor frio.
Selecionar amostra de tamanho apropriado ao nível específico.
MÉTODO DE ANÁLISE
Proceder conforme indicado em Food Colours, Colouring Matters Content by Spectrophotometry (Vol. 4)
procedimento 2 (http://www.fao.org/ag/agn/jecfa-additives), usando 10 mL de tetrahidrofurano para dissolver a
amostra e acetona no lugar do ciclohexano. Medir a absorbância a A
max
por volta de 487 nm. Absorbância
específica
3090
%1
1
=
cm
A
.
110
APÊNDICE
APÊNDICEAPÊNDICE
APÊNDICE D
D D
D
-
--
-
NORBIXINA EXTRAÍDA C
NORBIXINA EXTRAÍDA CNORBIXINA EXTRAÍDA C
NORBIXINA EXTRAÍDA COM SOLVENTE
OM SOLVENTEOM SOLVENTE
OM SOLVENTE
Este documento faz parte das especificações disponíveis no site da FAO/JECFA e foi transcrito para o idioma
português pelo autor desta dissertação de mestrado em 15 de agosto de 2006. Recomenda-se consulta ao site para
maiores informações e/ou busca de dados atualizados – (http://apps3.fao.org/jecfa).
Especificação elaborada durante a 67ª reunião do JECFA Joint FAO/WHO Expert Committee on Food
Additives (2006) e publicada na FAO JECFA Monographs 3 (2006), substituindo as especificações da 6
reunião do JECFA (2003) e publicadas na FNP 52 Add 11 (2003) e no Combined Compendium of Food Additive
Specifications, FAO JECFA Monographs 1 (2005). Um ADI - Authorized Daily Intake (ingestão diária
autorizada) de 0 12 mg/kg de massa corporal para bixina e um ADI de grupo de 0 0,6 mg/kg de massa
corporal para norbixina e seus sais de sódio e potássio expressos como norbixina foram estabelecidos na 67ª
JECFA (2006). As substâncias corantes bixina e norbixina derivadas de extratos de urucum (bixina extraída com
solvente; norbixina extraída com solvente; bixina extraída por processo aquoso; norbixina extraída por processo
alcalino com precipitação ácida; e norbixina extraída por processo alcalino sem precipitação ácida) foram
incluídas nos ADIs para bixina e norbixina. Todos os ADIs anteriores para extratos de urucum foram revogados.
SINÔNIMOS: Annatto B, Orlean, Terre orellana, L. Orange, CI (1975) 75120 (Natural Orange 4), INS 160b
DEFINIÇÃO
Norbixina extraída com solvente é obtida pela remoção do pericarpo das sementes do urucuzeiro (Bixa
orellana L) por lavagem com um ou mais dos seguintes solventes de grau alimentício: acetona, metanol,
hexano, etanol, álcool isopropílico, acetato de etila, álcool alcalino ou dióxido de carbono, seguida da
remoção do solvente, cristalização e secagem. Álcali aquoso é adicionado ao pó resultante, que é, então,
aquecido para hidrolisar a substância corante e esfriado. A solução aquosa é filtrada, e acidificada para
precipitar a norbixina. O precipitado é filtrado, lavado, secado e moído para obter um pó granular.
A norbixina extraída contém vários constituintes coloridos; o componente determinante é a cis-norbixina, o
constituinte secundário é a trans-norbixina; também podem estar presentes produtos de degradação térmica
da norbixina como resultado do processo.
Produtos oferecidos à indústria alimentícia podem ser formulados com mensagens apropriadas de grau
alimentício.
Nome químico: cis-Norbixin: 6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioic acid
cis-Norbixin dipotassium salt: Dipotassium 6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioate
cis-Norbixin disodium salt: Disodium 6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioate
Número C.A.S.: cis-Norbixin: 542-40-5
cis-Norbixin dipotassium salt: 33261-80-2
cis-Norbixin disodium salt: 33261-81-3
Fórmula química: C
24
H
28
O
4
, C
24
H
26
Na
2
O
4
, C
24
H2
26
K
2
O
4
Fórmula estrutural:
Peso: 380.5 (ácido); 456.7 (sal de potássio); 424.5 (sal de sódio)
Especificação da análise: Não menos do que 85% de pigmento (expresso como norbixina).
111
DESCRIÇÃO Pó cuja tonalidade varia entre marrom avermelhado escuro e vermelho-púrpura.
USO FUNCIONAL Corante
CARACTERÍSTICAS
IDENTIFICAÇÃO
Solubilidade (Vol. 4): Solúvel em água alcalina, pouco solúvel em etanol
Absorção UV/VIS (Vol. 4): A amostra em solução de hidróxido de potássio 0,5% mostra absorbância máxima
perto de 453 nm e 482 nm.
Cromatografia em
camada delgada: Ativar uma placa TLC (como exemplo, LK6D sílica gel 60 A (espessura da
camada: 250 µm, tamanho: 5 x 20 cm)) por 1 hora a 110 °. Preparar uma solução
5% da amostra em 95% de etanol e aplicar 10 µl à placa. Deixar secar e correr
usando uma mistura de n-butanol, metiletilcetona e amônia aquosa 10% (3:2:2 por
volume) até que o solvente tenha ascendido por volta de 10 cm. Deixar secar. A
bixina e a norbixina aparecem como manchas amarelas com valores R
f
de
aproximadamente 0,50 a 0,45 respectivamente. Pulverizar com uma solução de
nitrito de sódio 5% e depois com 0,5 mol/l de ácido sulfúrico. As manchas
descolorem imediatamente.
PUREZA
Solventes residuais: Acetona – não superior a 30 mg/kg
Metanol – não superior a 50 mg/kg
Hexano – não superior a 25 mg/kg
Etanol
Isopropanol não superior a 50 mg/kg, isoladamente ou combinado
Acetato etílico
Arsênico (Vol. 4) não superior a 3 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica de Hidreto ICP-AES/AAS. Alternativamente,
determinar o arsênico utilizando o Método II do Teste de Limite de Arsênico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios dos métodos descritos no Volume 4.
Chumbo (Vol. 4) não superior a 2 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica AAS ICP-AES apropriada ao nível específico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios descritos no Volume 4.
Mercúrio (Vol. 4) não superior a 1mg/ kg
Determinar por meio de absorção atômica usando a técnica de vapor frio.
Selecionar amostra de tamanho apropriado ao nível específico.
MÉTODO DE ANÁLISE
Proceder conforme indicado em Food Colours, Colouring Matters Content by Spectrophotometry (Vol. 4)
procedimento 1 (http://www.fao.org/ag/agn/jecfa-additives), usando hidróxido de potássio 0,5% como
solvente. Medir a absorbância a A
max
ao redor de 482 nm. Absorbância específica
2870
%1
1
=
cm
A
.
112
APÊNDICE
APÊNDICEAPÊNDICE
APÊNDICE E
E E
E
-
--
-
NORBIXINA OBTIDA POR
NORBIXINA OBTIDA PORNORBIXINA OBTIDA POR
NORBIXINA OBTIDA POR PROCESSO ALCALINO S
PROCESSO ALCALINO S PROCESSO ALCALINO S
PROCESSO ALCALINO SEM
EM EM
EM
PRECIPITAÇÃO POR ÁCI
PRECIPITAÇÃO POR ÁCIPRECIPITAÇÃO POR ÁCI
PRECIPITAÇÃO POR ÁCIDO
DODO
DO
Este documento faz parte das especificações disponíveis no site da FAO/JECFA e foi transcrito para o idioma
português pelo autor desta dissertação de mestrado em 15 de agosto de 2006. Recomenda-se consulta ao site para
maiores informações e/ou busca de dados atualizados – (http://apps3.fao.org/jecfa).
Especificação elaborada durante a 67ª reunião do JECFA Joint FAO/WHO Expert Committee on Food
Additives (2006) e publicada na FAO JECFA Monographs 3 (2006), substituindo as especificações da 6
reunião do JECFA (2003) e publicadas na FNP 52 Add 11 (2003) e no Combined Compendium of Food Additive
Specifications, FAO JECFA Monographs 1 (2005). Um ADI - Authorized Daily Intake (ingestão diária
autorizada) de 0 12 mg/kg de massa corporal para bixina e um ADI de grupo de 0 0,6 mg/kg de massa
corporal para norbixina e seus sais de sódio e potássio expressos como norbixina foram estabelecidos na 67ª
JECFA (2006). As substâncias corantes bixina e norbixina derivadas de extratos de urucum (bixina extraída com
solvente; norbixina extraída com solvente; bixina extraída por processo aquoso; norbixina extraída por processo
alcalino com precipitação ácida; e norbixina extraída por processo alcalino sem precipitação ácida) foram
incluídas nos ADIs para bixina e norbixina. Todos os ADIs anteriores para extratos de urucum foram revogados.
SINÔNIMOS: Annatto B, Orlean, Terre orellana, L. Orange, CI (1975) 75120 (Natural Orange 4), INS 160b
DEFINIÇÃO
Norbixina extraída por processo alcalino (não precipitada por ácido) é preparada pela remoção do pericarpo
das sementes do urucuzeiro (Bixa orellana L) com álcali aquoso. A bixina é transformada em norbixina por
hidrólise em solução alcalina quente. O precipitado é filtrado, secado e moído, para obter um pó granular.
Os extratos contêm principalmente o sal de potássio ou de sódio de norbixina como a substância corante
determinante.
A norbixina extraída por processo alcalino (não precipitada por ácido) contém vários constituintes coloridos;
o componente determinante é a cis-norbixina, o constituinte secundário é a trans-norbixina; também podem
estar presentes produtos de degradação térmica da norbixina como resultado do processo.
Produtos oferecidos à indústria alimentícia podem ser formulados com mensagens apropriadas de grau
alimentício.
Nome químico: cis-Norbixin: 6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioic acid
cis-Norbixin dipotassium salt: Dipotassium 6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioate
cis-Norbixin disodium salt: Disodium 6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioate
Número C.A.S.: cis-Norbixin: 542-40-5
cis-Norbixin dipotassium salt: 33261-80-2
cis-Norbixin disodium salt: 33261-81-3
Fórmula química: C
24
H
28
O
4
, C
24
H
26
Na
2
O
4
, C
24
H
26
K
2
O
4
Fórmula estrutural:
113
Peso: 380.5 (ácido); 456.7 (sal de potássio); 424.5 (sal de sódio)
Especificação da análise: Não menos do que 15% de pigmento (expresso como norbixina).
DESCRIÇÃO Pó cuja tonalidade varia entre marrom avermelhado escuro e vermelho-púrpura.
USO FUNCIONAL Corante
CARACTERÍSTICAS
IDENTIFICAÇÃO
Solubilidade (Vol. 4): Solúvel em água alcalina, pouco solúvel em etanol
Absorção UV/VIS (Vol. 4): A amostra em solução de hidróxido de potássio 0,5% mostra absorbância máxima
perto de 453 nm e 482 nm.
Cromatografia em
camada delgada: Ativar uma placa TLC (como exemplo, LK6D sílica gel 60 A (espessura da
camada: 250 µm, tamanho: 5 x 20 cm)) por 1 hora a 110 °. Preparar uma solução
5% da amostra em 95% de etanol e aplicar 10 µl à placa. Deixar secar e correr
usando uma mistura de n-butanol, metiletilcetona e amônia aquosa 10% (3:2:2 por
volume) até que o solvente tenha ascendido por volta de 10 cm. Deixar secar. A
bixina e a norbixina aparecem como manchas amarelas com valores R
f
de
aproximadamente 0,50 a 0,45 respectivamente. Pulverizar com uma solução de
nitrito de sódio 5% e depois com 0,5 mol/l de ácido sulfúrico. As manchas
descolorem imediatamente.
PUREZA
Arsênico (Vol.4) não superior a 3 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica de Hidreto ICP-AES/AAS. Alternativamente,
determinar o arsênico utilizando o Método II do Teste de Limite de Arsênico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios dos métodos descritos no Volume 4.
Chumbo (Vol. 4) não superior a 2 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica AAS ICP-AES apropriada ao nível específico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios descritos no Volume 4.
Mercúrio (Vol. 4) não superior a 1mg/ kg
Determinar por meio de absorção atômica usando a técnica de vapor frio.
Selecionar amostra de tamanho apropriado ao nível específico.
MÉTODO DE ANÁLISE
Proceder conforme indicado em Food Colours, Colouring Matters Content by Spectrophotometry (Vol. 4)
procedimento 1 (http://www.fao.org/ag/agn/jecfa-additives), usando hidróxido de potássio 0,5% como
solvente. Medir a absorbância a A
max
ao redor de 482 nm. Absorbância específica
2870
%1
1
=
cm
A
.
114
APÊNDICE
APÊNDICEAPÊNDICE
APÊNDICE F
F F
F
-
--
-
N
NN
NORBIXINA
ORBIXINAORBIXINA
ORBIXINA OBTIDA POR PROCESSO
OBTIDA POR PROCESSO OBTIDA POR PROCESSO
OBTIDA POR PROCESSO ALCALINO, COM
ALCALINO, COM ALCALINO, COM
ALCALINO, COM
PRECIPITAÇÃO POR ÁCI
PRECIPITAÇÃO POR ÁCIPRECIPITAÇÃO POR ÁCI
PRECIPITAÇÃO POR ÁCIDO
DODO
DO
Este documento faz parte das especificações disponíveis no site da FAO/JECFA e foi transcrito para o idioma
português pelo autor desta dissertação de mestrado em 15 de agosto de 2006. Recomenda-se consulta ao site para
maiores informações e/ou busca de dados atualizados – (http://apps3.fao.org/jecfa).
Especificação elaborada durante a 67ª reunião do JECFA Joint FAO/WHO Expert Committee on Food
Additives (2006) e publicada na FAO JECFA Monographs 3 (2006), substituindo as especificações da 6
reunião do JECFA (2003) e publicadas na FNP 52 Add 11 (2003) e no Combined Compendium of Food Additive
Specifications, FAO JECFA Monographs 1 (2005). Um ADI - Authorized Daily Intake (ingestão diária
autorizada) de 0 12 mg/kg de massa corporal para bixina e um ADI de grupo de 0 0,6 mg/kg de massa
corporal para norbixina e seus sais de sódio e potássio expressos como norbixina foram estabelecidos na 67ª
JECFA (2006). As substâncias corantes bixina e norbixina derivadas de extratos de urucum (bixina extraída com
solvente; norbixina extraída com solvente; bixina extraída por processo aquoso; norbixina extraída por processo
alcalino com precipitação ácida; e norbixina extraída por processo alcalino sem precipitação ácida) foram
incluídas nos ADIs para bixina e norbixina. Todos os ADIs anteriores para extratos de urucum foram revogados.
DEFINIÇÃO
Norbixina extraída por processo alcalino (precipitada por ácido) é preparada pela remoção do pericarpo das
sementes do urucuzeiro (Bixa orellana L) com álcali aquoso. A bixina é transformada em norbixina por
hidrólise em solução alcalina quente e acidificada para precipitar a norbixina. O precipitado é filtrado,
secado e moído, para obter um pó granular.
A norbixina extraída por processo alcalino (precipitada por ácido) contém vários constituintes coloridos; o
componente determinante é a cis-norbixina, o constituinte secundário é a trans-norbixina; também podem
estar presentes produtos de degradação térmica da norbixina como resultado do processo.
Produtos oferecidos à indústria alimentícia podem ser formulados com mensagens apropriadas de grau
alimentício.
Nome químico: cis-Norbixin: 6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioic acid
cis-Norbixin dipotassium salt: Dipotassium 6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioate
cis-Norbixin disodium salt: Disodium 6,6’-diapo-
Ψ
,
Ψ
-carotenedioate
Número C.A.S.: cis-Norbixin: 542-40-5
cis-Norbixin dipotassium salt: 33261-80-2
cis-Norbixin disodium salt: 33261-81-3
Fórmula química: C
24
H
28
O
4
, C
24
H
26
Na
2
O
4
, C
24
H
26
K
2
O
4
Fórmula estrutural:
Peso: 380.5 (ácido); 456.7 (sal de potássio); 424.5 (sal de sódio)
Especificação da análise: Não menos do que 35% de pigmento (expresso como norbixina).
115
DESCRIÇÃO Pó cuja tonalidade varia entre marrom avermelhado escuro e vermelho-púrpura.
USO FUNCIONAL Corante
CARACTERÍSTICAS
IDENTIFICAÇÃO
Solubilidade (Vol. 4): Solúvel em água alcalina, pouco solúvel em etanol
Absorção UV/VIS (Vol. 4) A amostra em solução de hidróxido de potássio 0,5% mostra absorbância máxima
perto de 453 nm e 482 nm.
Cromatografia em
camada delgada: Ativar uma placa TLC (como exemplo, LK6D sílica gel 60 A (espessura da
camada: 250 µm, tamanho: 5 x 20 cm)) por 1 hora a 110 °. Preparar uma solução
5% da amostra em 95% de etanol e aplicar 10 µl à placa. Deixar secar e correr
usando uma mistura de n-butanol, metiletilcetona e amônia aquosa 10% (3:2:2 por
volume) até que o solvente tenha ascendido por volta de 10 cm. Deixar secar. A
bixina e a norbixina aparecem como manchas amarelas com valores R
f
de
aproximadamente 0,50 a 0,45 respectivamente. Pulverizar com uma solução de
nitrito de sódio 5% e depois com 0,5 mol/l de ácido sulfúrico. As manchas
descolorem imediatamente.
PUREZA
Arsênico (Vol.4) não superior a 3 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica de Hidreto ICP-AES/AAS. Alternativamente,
determinar o arsênico utilizando o Método II do Teste de Limite de Arsênico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios dos métodos descritos no Volume 4.
Chumbo (Vol. 4) não superior a 2 mg/kg
Determinar utilizando uma técnica AAS ICP-AES apropriada ao nível específico. A
seleção do tamanho da amostra e o método de preparação da amostra podem ser
baseados nos princípios descritos no Volume 4.
Mercúrio (Vol. 4) não superior a 1mg/ kg
Determinar por meio de absorção atômica usando a técnica de vapor frio.
Selecionar amostra de tamanho apropriado ao nível específico.
MÉTODO DE ANÁLISE
Proceder conforme indicado em Food Colours, Colouring Matters Content by Spectrophotometry (Vol. 4)
procedimento 1 (http://www.fao.org/ag/agn/jecfa-additives), usando hidróxido de potássio 0,5% como
solvente. Medir a absorbância a A
max
ao redor de 482 nm. Absorbância específica
2870
%1
1
=
cm
A
.
116
ANEXOS
ANEXOSANEXOS
ANEXOS
ANEXO A
ANEXO A ANEXO A
ANEXO A
ANNATTO EXTRACTS (S
ANNATTO EXTRACTS (S ANNATTO EXTRACTS (S
ANNATTO EXTRACTS (SOLVENT
OLVENTOLVENT
OLVENT-
--
-EXTRACTED BIXIN)
EXTRACTED BIXIN)EXTRACTED BIXIN)
EXTRACTED BIXIN)
117
118
ANEXO
ANEXO ANEXO
ANEXO B
BB
B
ANNATTO EXTRACTS (O
ANNATTO EXTRACTS (O ANNATTO EXTRACTS (O
ANNATTO EXTRACTS (OIL
ILIL
IL-
--
-PROCESSED
PROCESSED PROCESSED
PROCESSED BIXIN) (TENTATIVE)
BIXIN) (TENTATIVE)BIXIN) (TENTATIVE)
BIXIN) (TENTATIVE)
119
120
ANEXO C
ANEXO C ANEXO C
ANEXO C
ANNATTO EXTRACTS (A
ANNATTO EXTRACTS (A ANNATTO EXTRACTS (A
ANNATTO EXTRACTS (AQUEOUS
QUEOUSQUEOUS
QUEOUS-
--
-PROCESSED BIXIN)
PROCESSED BIXIN)PROCESSED BIXIN)
PROCESSED BIXIN)
121
122
ANEXO
ANEXO ANEXO
ANEXO D
DD
D
– ANNATTO EXTRA
ANNATTO EXTRA ANNATTO EXTRA
ANNATTO EXTRACTS (SOLVENT
CTS (SOLVENTCTS (SOLVENT
CTS (SOLVENT-
--
-EXTRACTED NORBIXIN)
EXTRACTED NORBIXIN)EXTRACTED NORBIXIN)
EXTRACTED NORBIXIN)
123
124
125
ANEXO
ANEXO ANEXO
ANEXO E
EE
E
ANNATTO EXTRACTS (A
ANNATTO EXTRACTS (A ANNATTO EXTRACTS (A
ANNATTO EXTRACTS (ALKALI
LKALILKALI
LKALI-
--
-PROCESSED NORBIXIN,
PROCESSED NORBIXIN, PROCESSED NORBIXIN,
PROCESSED NORBIXIN, NOT
NOT NOT
NOT
ACID
ACIDACID
ACID-
--
-PRECIPITADED)
PRECIPITADED)PRECIPITADED)
PRECIPITADED)
126
127
ANEXO
ANEXO ANEXO
ANEXO F
FF
F
ANNATTO EXTRACTS (A
ANNATTO EXTRACTS (A ANNATTO EXTRACTS (A
ANNATTO EXTRACTS (ALKALI
LKALILKALI
LKALI-
--
-PROCESSED NORBIXIN
PROCESSED NORBIXINPROCESSED NORBIXIN
PROCESSED NORBIXIN, ACID
, ACID, ACID
, ACID-
--
-
PRECIPITATED)
PRECIPITATED)PRECIPITATED)
PRECIPITATED)
128
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