Download PDF
ads:
U
U
N
N
I
I
V
V
E
E
R
R
S
S
I
I
D
D
A
A
D
D
E
E
F
F
E
E
D
D
E
E
R
R
A
A
L
L
D
D
E
E
C
C
A
A
M
M
P
P
I
I
N
N
A
A
G
G
R
R
A
A
N
N
D
D
E
E
C
C
E
E
N
N
T
T
R
R
O
O
D
D
E
E
E
E
N
N
G
G
E
E
N
N
H
H
A
A
R
R
I
I
A
A
E
E
L
L
É
É
T
T
R
R
I
I
C
C
A
A
E
E
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
Á
Á
T
T
I
I
C
C
A
A
U
U
N
N
I
I
D
D
A
A
D
D
E
E
A
A
C
C
A
A
D
D
Ê
Ê
M
M
I
I
C
C
A
A
D
D
E
E
E
E
N
N
G
G
E
E
N
N
H
H
A
A
R
R
I
I
A
A
E
E
L
L
É
É
T
T
R
R
I
I
C
C
A
A
P
P
R
R
O
O
G
G
R
R
A
A
M
M
A
A
D
D
E
E
P
P
Ó
Ó
S
S
-
-
G
G
R
R
A
A
D
D
U
U
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
E
E
M
M
E
E
N
N
G
G
E
E
N
N
H
H
A
A
R
R
I
I
A
A
E
E
L
L
É
É
T
T
R
R
I
I
C
C
A
A
E
E
S
S
T
T
U
U
D
D
O
O
S
S
O
O
B
B
R
R
E
E
P
P
E
E
R
R
C
C
E
E
P
P
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
T
T
Á
Á
T
T
I
I
L
L
U
U
T
T
I
I
L
L
I
I
Z
Z
A
A
N
N
D
D
O
O
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
D
D
E
E
B
B
A
A
I
I
X
X
O
O
C
C
U
U
S
S
T
T
O
O
P
P
A
A
R
R
A
A
A
A
M
M
E
E
L
L
H
H
O
O
R
R
I
I
A
A
D
D
A
A
A
A
C
C
E
E
S
S
S
S
I
I
B
B
I
I
L
L
I
I
D
D
A
A
D
D
E
E
D
D
O
O
D
D
E
E
F
F
I
I
C
C
I
I
E
E
N
N
T
T
E
E
V
V
I
I
S
S
U
U
A
A
L
L
R
R
O
O
D
D
R
R
I
I
G
G
O
O
L
L
E
E
O
O
N
N
E
E
A
A
L
L
V
V
E
E
S
S
P
P
R
R
O
O
F
F
.
.
D
D
R
R
.
.
B
B
E
E
N
N
E
E
D
D
I
I
T
T
O
O
G
G
U
U
I
I
M
M
A
A
R
R
Ã
Ã
E
E
S
S
A
A
G
G
U
U
I
I
A
A
R
R
N
N
E
E
T
T
O
O
O
O
r
r
i
i
e
e
n
n
t
t
a
a
d
d
o
o
r
r
P
P
R
R
O
O
F
F
.
.
D
D
R
R
.
.
R
R
A
A
I
I
M
M
U
U
N
N
D
D
O
O
C
C
A
A
R
R
L
L
O
O
S
S
S
S
I
I
L
L
V
V
É
É
R
R
I
I
O
O
F
F
R
R
E
E
I
I
R
R
E
E
C
C
o
o
-
-
O
O
r
r
i
i
e
e
n
n
t
t
a
a
d
d
o
o
r
r
C
C
A
A
M
M
P
P
I
I
N
N
A
A
G
G
R
R
A
A
N
N
D
D
E
E
P
P
A
A
R
R
A
A
Í
Í
B
B
A
A
2
2
0
0
0
0
7
7
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
R
R
O
O
D
D
R
R
I
I
G
G
O
O
L
L
E
E
O
O
N
N
E
E
A
A
L
L
V
V
E
E
S
S
E
E
S
S
T
T
U
U
D
D
O
O
S
S
O
O
B
B
R
R
E
E
P
P
E
E
R
R
C
C
E
E
P
P
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
T
T
Á
Á
T
T
I
I
L
L
U
U
T
T
I
I
L
L
I
I
Z
Z
A
A
N
N
D
D
O
O
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
D
D
E
E
B
B
A
A
I
I
X
X
O
O
C
C
U
U
S
S
T
T
O
O
P
P
A
A
R
R
A
A
A
A
M
M
E
E
L
L
H
H
O
O
R
R
I
I
A
A
D
D
A
A
A
A
C
C
E
E
S
S
S
S
I
I
B
B
I
I
L
L
I
I
D
D
A
A
D
D
E
E
D
D
O
O
D
D
E
E
F
F
I
I
C
C
I
I
E
E
N
N
T
T
E
E
V
V
I
I
S
S
U
U
A
A
L
L
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação da Universidade Federal de
Campina Grande como pré-requisito para
obtenção do grau de mestre em
Engenharia Elétrica.
CAMPINA GRANDE – PARAÍBA
Novembro de 2007
ads:
R
R
O
O
D
D
R
R
I
I
G
G
O
O
L
L
E
E
O
O
N
N
E
E
A
A
L
L
V
V
E
E
S
S
E
E
S
S
T
T
U
U
D
D
O
O
S
S
O
O
B
B
R
R
E
E
P
P
E
E
R
R
C
C
E
E
P
P
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
T
T
Á
Á
T
T
I
I
L
L
U
U
T
T
I
I
L
L
I
I
Z
Z
A
A
N
N
D
D
O
O
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
D
D
E
E
B
B
A
A
I
I
X
X
O
O
C
C
U
U
S
S
T
T
O
O
P
P
A
A
R
R
A
A
A
A
M
M
E
E
L
L
H
H
O
O
R
R
I
I
A
A
D
D
A
A
A
A
C
C
E
E
S
S
S
S
I
I
B
B
I
I
L
L
I
I
D
D
A
A
D
D
E
E
D
D
O
O
D
D
E
E
F
F
I
I
C
C
I
I
E
E
N
N
T
T
E
E
V
V
I
I
S
S
U
U
A
A
L
L
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação da Universidade Federal de
Campina Grande como pré-requisito para obtenção do grau de mestre em Engenharia
Elétrica.
Aprovado em: 27 /11 /2007
BANCA EXAMINADORA
Orientador
Co-Orientador
Membro Examinador
Membro Examinador
Benedito Guimarães Aguiar Neto, Dr.-Ing
Raimundo Carlos Silvério Freire, Dr.
Raimundo Carlos Silvério Freire, Dr.
Benedito Antonio Luciano, D.Sc.
Joseana Macedo Fechine, D.Sc
A Deus.
Aos meus pais Elcir de Souza Alves e
Cristina Magalhães Leone Alves.
À minha esposa, Manuella Thereza.
Ao meu irmão Leonardo e à minha avó
Terezinha de Jesus.
Dedico este trabalho
AGRADECIMENTOS
A Deus, a oportunidade de realização deste trabalho.
Ao meu Professor e Orientador Benedito Guimarães Aguiar Neto, por ter acolhido e
acreditado neste trabalho, orientando com precisão e sempre disponível para as
discussões necessárias.
Ao Professor Raimundo Carlos Silvério Freire pelas suas contribuições a este
trabalho com as orientações e sugestões necessárias a cada etapa.
À professora Joseana Fechine pelas críticas construtivas necessárias ao
desenvolvimento deste trabalho.
A Silvana por contribuir com idéias e sugestões.
A Wanderley pela ajuda nas partes práticas necessárias a este trabalho.
A meus pais Elcir e Cristina, o apoio irrestrito a meu crescimento intelectual.
A Manuella, minha esposa amiga e companheira, pelo apoio, paciência e
compreensão.
À Universidade Federal de Campina Grande, ao Centro Federal de Educação
Tecnológica da Paraíba e ao CNPq.
A todos que, direta ou indiretamente, me incentivaram no decorrer deste trabalho.
O meu sincero muito obrigado!
“A maior deficiência dos seres humanos é
acreditar que as deficiências não os
tornam homens iguais.”
Anônimo
R
R
E
E
S
S
U
U
M
M
O
O
Neste trabalho é apresentada uma metodologia simples para estudo da percepção
tátil de deficientes visuais, utilizando dispositivos vibrotáteis de baixo custo. É
Fundamentado a partir dos postulados formulados por autores que acreditam que o
desenvolvimento de um mecanismo de estimulação vibrotátil de baixo custo pode se
tornar um recurso produtivo aos cidadãos portadores de deficiência visual, criando
valor para o departamento a qual se destina este estudo e se tornando ainda mais
importante aos estudos acadêmicos. Para justificar essa importância, foram
seguidas as metas traçadas na metodologia deste trabalho, buscando, através do
modelo experimental proposto por teóricos da pesquisa científica, identificar quais
vantagens um deficiente visual pode obter quando do uso de dispositivos de baixo
custo para auxilio à sua inserção social. Neste estudo, são analisadas em detalhes e
são apresentadas claramente a compreensão dos principais experimentos sobre o
tema. Os resultados mostram que a aplicação de um estimulador vibrotátil multicanal
de baixo custo para os deficientes visuais possibilita um mecanismo satisfatório de
auxílio à melhoria de sua sociabilidade.
Palavras-chave: Estimulador Vibrotátil. Estimulador Multicanal. Cegos.
A
A
B
B
S
S
T
T
R
R
A
A
C
C
T
T
This work presents a simple method to study of tactile perception of visual
handicapped persons using a low cost vibro-tactile device. It is based upon
postulates, created by authors that believe on the development of a low cost vibro-
tactile mechanism that can turn into a productive resource to citizens that carry visual
disabilities, aggregating value to the department this study is planned to and
becoming even more important to the academic community. To justify this
importance, the previously traced goals on the methodology of this work were
followed, seeking, through the experimental model proposed by the other researcher,
to identify which advantages a person with visual disabilities can gain when using low
cost apparatus that help on social including. In this study, the comprehension of the
main experiments about this theme, are analyzed in details. The results shows that
the application of a low cost multi-channel vibro-tactile device for visual handicapped
persons, enables a satisfactory mechanism of sociability enhancement help.
Keywords: Vibro-tactile estimulator. Multi-channel estimulator. Blindness.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................10
1.2 MOTIVAÇÃO AO ESTUDO.................................................................................11
1.3 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA DO ESTUDO .............................................12
1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ............................................................................13
1.5 RELEVÂNCIA DO TRABALHO ...........................................................................14
1.6 OBJETIVOS DO ESTUDO..................................................................................15
1.7 ABRANGÊNCIA E LIMITAÇÕES DO ESTUDO..................................................17
1.8 CONTRIBUIÇÕES ..............................................................................................17
1.9 ESTRUTURA DO TRABALHO............................................................................18
2 O PORTADOR DE DEFICIÊNCIA VISUAL ...........................................................19
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO....................................................................................19
2.2 O CONCEITO DE DEFICIÊNCIA ........................................................................21
2.2.1 Deficiência Visual .............................................................................................23
2.2.1.1 Visão subnormal............................................................................................23
2.2.1.2 Cegueira........................................................................................................24
3 A TECNOLOGIA DE SUBSTITUIÇÃO SENSORIAL VOLTADA PARA O
DEFICIENTE VISUAL.........................................................................................28
3.1 DISPOSITIVOS GERADORES DE INFORMAÇÃO VISUAL AMPLIADA ...........31
3.2 DISPOSITIVOS GERADORES DE INFORMAÇÃO AUDITIVA...........................32
3.3 DISPOSITIVOS GERADORES DE INFORMAÇÃO TÁTIL .................................32
3.4 DISPOSITIVOS GERADORES DE INFORMAÇÃO OLFATIVA..........................33
3.5 DISPOSITIVOS GERADORES DE INFORMAÇÃO GUSTATIVA.......................33
3.6 DISPOSITIVOS TRANSCRITORES ...................................................................34
3.7 QUAL DISPOSITIVO DE ACESSO À INFORMAÇÃO VOLTADO PARA O
DEFICIENTE VISUAL É MELHOR? ...................................................................34
3.10 UMA PROPOSTA MAIS ECONÔMICA DE DISPOSITIVO SENSORIAL TÁTIL
PARA CEGOS ....................................................................................................36
3.10.1. Modelo proposto para os experimentos do estudo........................................37
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................40
4.1 DESCRIÇÃO DA PESQUISA..............................................................................40
4.2 CAMPO EMPÍRICO ............................................................................................41
4.3 UNIVERSO E AMOSTRAGEM ...........................................................................41
4.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS.......................................................42
4.5 DESCRIÇÃO DOS EXPERIMENTOS.................................................................42
5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXPERIMENTOS.........................44
5.1 EXPERIMENTO I ................................................................................................44
5.2 EXPERIMENTO II ...............................................................................................47
5.3 EXPERIMENTO III ..............................................................................................50
6 CONCLUSÕES ......................................................................................................53
REFERÊNCIAS.........................................................................................................55
APÊNDICE A – ROTINA PARA CONTROLE DA PORTA DOS MOTORES DE
VIBRACALL ATRAVÉS DA PORTA PARALELA .............................................68
APÊNDICE B – PUBLICAÇÕES EM EVENTOS......................................................72
10
1 INTRODUÇÃO
A falta de um dos cinco sentidos: audição, visão, olfato, tato e paladar traz
uma série de conseqüências ao ser humano, uma vez que cada uma dessas
modalidades sensoriais é formada por receptores que adquirem a informação e as
repassam ao cérebro para que este decodifique cada uma e compreenda da sua
devida forma.
Existem deficiências que são formadas pela combinação de duas perdas de
modalidades sensoriais. Uma dessas deficiências é chamada de surdocegueira que,
se constitui da falta da visão combinada com a falta de audição. Esse tipo de
deficiência é muito grave, pois os sentidos da audição e da visão são os sentidos
que permitem à pessoa o reconhecimento do mundo, fornecem informação
instantânea a sua volta e facilitam o acesso à cultura, ou seja, à sócio-educação. As
pessoas com a surdocegueira são privadas destas facilidades, elas precisam
recorrer ao tato que oferece informações pontuais, mais demoradas e obtidas por
meios de comunicações alternativos.
Uma pessoa surdo-cega não é apenas uma pessoa surda que não pode ver
e nem um cego que não pode ouvir. Não se trata de simples somatória de surdez e
cegueira, nem é um problema de comunicação e percepção, ainda que englobe
esses e alguns mais (MCINNES; TREFFY, 1991). Quando a visão e a audição estão
gravemente comprometidas, os problemas relacionados à aprendizagem dos
comportamentos socialmente aceitos e a adaptação ao meio, multiplicam-se
(TELFORD; SAWREY, 1976).
Se a mente desconhece uma experiência ou contato com essa informação,
esse processo é denominado sensação. Por conseguinte, a sensação e
conseqüentemente a informação é comparada e memorizada para ser
compreendida. Esse processo é a percepção (HALE; STANLEY, 2004).
A aprendizagem, que é a percepção de estímulos sensoriais, é feita
mediante a percepção e a sensação, que o memorizados e comparados
ordenadamente, a fim de serem avaliados e projetados em comportamento, que é a
resposta a um estímulo particular (TERWILLIGER, 1974; ROBERTS, 1996).
Segundo Barros (2004), a comunicação lingüística entre as pessoas requer,
além da emissão de estímulos codificados apropriadamente, a fim de serem
11
perceptíveis, um correto funcionamento das modalidades sensoriais, e atividade
mental normal. Se não houver o funcionamento correto dos fatores biológicos e
psicológicos, a capacidade de comunicação sofre perdas, e conseqüentemente,
afeta o desenvolvimento cognitivo, intelectual da pessoa e da adaptação social.
Se as modalidades da audição e visão forem as afetadas, o
desenvolvimento psicológico e social da pessoa fica afetado pois, esses sentidos
são os maiores responsáveis de absorver a maioria das impressões sensoriais, em
função da agilidade na aquisição e processamento das informações comparando-se
com os demais sentidos.
Porém, uma pessoa afetada com tal deficiência não pode ser privada do
meio social, nem impedida de ter acesso à informação e a comunicação. Segundo
Fritz e Baner (1999), isto pode ser resolvido pela substituição sensorial.
A substituição sensorial é usada muito tempo, pois mesmo quando um
cego em braile usando o sentido do tato e um surdo faz leitura labial usando a
visão estão fazendo uso de um sentido para substituir a falta de outro (AMIRALIAN,
1995).
O sentido tátil vem sido largamente utilizado para substituição sensorial,
pois, se for bem explorado, o tato pode ser muito eficiente para passar informações
acústicas e visuais para um portador de deficiências sensoriais auditivas e/ou
visuais.
Métodos conhecidos fazem uso do tato para promover a substituição de um
sentido por outro. Um exemplo é o método de Tadoma. Existem ainda métodos de
estimulação da pele por meio de estimuladores externos para que se consiga passar
informações através do tato. Os sistemas táteis de substituição sensorial podem
basear-se em estimulação vibrotátil ou estimulação eletrocutânea (KACZMAREK;
WEBSTER; BACH-Y-RITA, 1991) sendo que a maior parte dos dispositivos
desenvolvidos utiliza estimulação vibrotátil (CHABA, 1991).
1
1
.
.
2
2
M
M
O
O
T
T
I
I
V
V
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
A
A
O
O
E
E
S
S
T
T
U
U
D
D
O
O
A substituição sensorial usada para promover a inclusão social, integração e
comunicação do indivíduo surdo-cego é uma alternativa a ser considerada,
12
objetivando o devido apoio a essas pessoas no sentido de contribuir para o exercício
da cidadania.
Por esse motivo é que se fez necessário tal estudo, avaliando as
necessidades reais do surdo-cego, a sua percepção tátil e respostas a tais
estímulos, buscando uma melhoria sócio-econômico-educacional na vida destes
indivíduos portadores de tais deficiências.
Sendo assim, desenvolveu-se a partir deste estudo um estimulador
multicanal, de baixo custo, em forma de luva para se estudar a resposta da e a
percepção ao estímulo vibrotátil, aplicado ao deficiente e, usando esse tipo de
substituição sensorial, avaliar a percepção tátil de pessoas com deficiência visual.
Portanto, foi com as experiências desenvolvidas deste estudo e pelo
convívio com pessoas com deficiência visual, que se verificou a necessidade de
buscar o entendimento das necessidades dessas pessoas e, conseqüentemente,
apresentar uma formulação que buscasse uma melhoria das condições cio-
educacionais aos cegos.
1
1
.
.
3
3
A
A
P
P
R
R
E
E
S
S
E
E
N
N
T
T
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
D
D
O
O
P
P
R
R
O
O
B
B
L
L
E
E
M
M
A
A
D
D
O
O
E
E
S
S
T
T
U
U
D
D
O
O
Atualmente estão surgindo novas tecnologias e novos produtos objetivando
melhorar a qualidade de vida das pessoas. No entanto, quase todos os produtos
excluem alguns usuários desnecessariamente. O projeto de um estimulador
multicanal, de baixo custo, poderá reduzir essa exclusão.
Para o contexto deste estudo é importante diferenciar “acessibilidade” de
“inclusividade”. Um ambiente pode ser acessível, mas não inclusivo. Por exemplo, o
cinema é um local acessível, pois existem rampas e local apropriado para pessoas
com cadeiras de rodas, no entanto o é um ambiente inclusivo, pois a pessoa não
tem a liberdade de escolher o lugar que quer assistir ao filme.
A grande dificuldade é de como fazer um projeto de produto inclusivo,
pois existe uma carência metodológica nessa área e isso se torna um desafio.
Atualmente existem ferramentas para avaliação do produto, mas não existe
nenhum processo de projeto, de modo sistemático que possa resolver o problema.
13
Portanto, para resolver esse problema, esta dissertação investiga a
percepção tátil, de pessoas com deficiência visual, a estímulos vibrotáteis gerados a
partir de dispositivos de baixo custo e facilmente encontrados. Buscou-se neste
estudo uma avaliação de dispositivos acessíveis que venha a ser utilizado pelo cego
para facilitar sua maior inclusão na sociedade.
1
1
.
.
4
4
J
J
U
U
S
S
T
T
I
I
F
F
I
I
C
C
A
A
T
T
I
I
V
V
A
A
D
D
O
O
E
E
S
S
T
T
U
U
D
D
O
O
Autores afirmam que a população mundial está envelhecendo e o número de
pessoas com deficiência está aumentando (KEATES; CLARKSON, 2003). Dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 10% da população mundial
possui algum tipo de deficiência. Na Europa é estimado que 24% do total da
população terá idade acima de 65 anos em 2030 (KINSELLA; VELKOFF, 2001). No
Brasil, segundo o IBGE, existem aproximadamente nove milhões de pessoas com
deficiência física e/ou alguma deficiência motora (ter alguma ou grande dificuldade
permanente de caminhar ou subir escadas), 2,4 milhões com grande dificuldade de
enxergar, entre outras.
Estimando-se a população com algum tipo de deficiência em 14,5% da
população total, ou seja, aproximadamente 24,5 milhões de pessoas teriam algum
tipo de deficiência no país. Com a mudança demográfica global, não o mercado
brasileiro, mas também o mundial está necessitando do desenvolvimento de
produtos e serviços que permitam a inclusão e participação de todas as pessoas na
sociedade, pois os produtos atuais, desenvolvidos especificamente para o público
com necessidades especiais possuem custo alto. Essas pessoas formam um grande
e potencial mercado consumidor que quer adquirir produtos, ir para o lazer, participar
de eventos, participar do mercado, e que ficam em suas casas porque o sistema
atual não está preparado para recebê-las. É possível que o motivo seja a falta de
conhecimento do assunto ou a falta de uma sistematização estruturada para
direcionar o processo de projeto.
Desde que surgiram os primeiros princípios sobre o Universal Design
(STORY et al., 1998), foi observado o grande crescimento de textos e informações
em sites internacionais e a divulgação em revistas internacionais. No entanto, tal
14
conhecimento está se espalhando de modo desorganizado, encontrando-se as
informações repetitivas e inviáveis de se consultar. Outro problema é a inexistência
de métodos e ferramentas para apoiar os profissionais nessa área. Portanto, torna-
se imprescindível a organização destes dados, juntamente com o desenvolvimento
de uma estrutura sistemática que auxilie os projetistas no desenvolvimento de
produtos inclusivos para consolidar esta atividade na indústria. Logo, é preciso
direcionar o processo de projeto inclusivo, disponibilizar ferramentas e métodos e
exemplificar o momento correto de utilizá-los (COY, 2003).
Pirkl (1994) acredita que é possível criar produtos que possam ser usados
por qualquer pessoa, não importando a idade ou a habilidade do indivíduo. Neste
sentido, para haver uma inclusão das pessoas com necessidades especiais, é
necessário desenvolver uma metodologia inclusiva com métodos e ferramentas que
possam ser aplicadas no processo de projeto utilizado nas indústrias direcionados às
pessoas de baixa renda.
Essa atitude irá alertar o projetista, durante o desenvolvimento de produto, a
se preocupar com questões inclusivas e, assim, desenvolver um produto inclusivo.
Com base na revisão bibliográfica, verificou-se que existe uma preocupação
em incluir pessoas com necessidades especiais no mercado de consumo, porém
não existe, ainda, uma metodologia de projeto para atingir o objetivo de fazer essa
inclusão.
1
1
.
.
5
5
R
R
E
E
L
L
E
E
V
V
Â
Â
N
N
C
C
I
I
A
A
D
D
O
O
T
T
R
R
A
A
B
B
A
A
L
L
H
H
O
O
O desenvolvimento de um estimulador multicanal de baixo custo, além de
estratégico para inovação de produtos direcionados aos deficientes visuais e tornar
os produtos mais competitivos na indústria, também possui um grande aspecto a ser
considerado, o da inclusão social.
A inclusão das pessoas com necessidades especiais na sociedade
(DISCHINGER et al., 2004; ELY et al., 2001; FÁVERO et al., 2004; HOOD et al.,
2005; MANTOAN, 2005; MANTOAN, 1997) exige um trabalho de equipes
multidisciplinares em várias áreas, por exemplo, na área da Educação, da
Engenharia Civil, Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e da Arquitetura. No
15
âmbito social, têm-se as leis e normas que estão cada vez mais se importando com
essa inclusão. Atualmente as leis estão ganhando força no Brasil e as normas estão
sendo revisadas para melhor atender a essas pessoas.
Dischinger et al. (2004, p. x) diz que:
Para que haja inclusão e a participação de pessoas na sociedade de forma
eqüitativa é necessário garantir total acesso aos mais diversos locais e
atividades. As barreiras que comprometem a participação das pessoas em
atividades desejadas são de ordem diversa, compreendendo fatores
sócio-culturais, econômicos e espaciais. Quando as pessoas possuem
algum tipo de deficiência, estas barreiras se agravam afetando suas
condições de acesso aos lugares, à obtenção de informações e o próprio
desempenho das atividades. Compreender a natureza das restrições para a
participação de todas as pessoas é fundamental para buscar soluções
que permitam sua superação e possibilitem a inclusão.
Devido às dimensões dos problemas e a urgência em buscar soluções para
produtos, é necessário que se adquira conhecimento sobre as diferentes habilidades
e limitações de usuários com necessidades especiais, para que os produtos sejam
acessíveis a mais abrangente população possível. É fundamental, também, que
estes profissionais possam compreender a complexidade do problema para uma
correta aplicação do produto ao seu usuário final. Finalmente, é importante que se
desenvolvam atitudes e métodos de projeto que permitam, desde a fase inicial do
projeto, incorporar as diferentes necessidades dos usuários (ELY et al., 2001).
A proposição de uma metodologia inclusiva sistematizada por meio de
atividades, etapas, tarefas, ferramentas e métodos irá direcionar e dar apoio no
desenvolvimento dessa nova abordagem de produtos inclusivos.
A importância do tema do trabalho está em solucionar o problema de
desenvolver um produto que seja inclusivo baseado na filosofia nos princípios do
Universal Design, através da linha de pesquisa de desenvolvimento de metodologias
de projeto que viabilize a utilização de uma população com pouca renda.
1
1
.
.
6
6
O
O
B
B
J
J
E
E
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
D
D
O
O
E
E
S
S
T
T
U
U
D
D
O
O
O objetivo geral desta dissertação consiste em investigar a percepção
tátil de pessoas com deficiência visual por meio de um estimulador multicanal
16
desenvolvido em forma de uma luva, de baixo custo, que poderá passar informações
a essas pessoas através de vibrações na ponta dos dedos, pesquisando e indicando
aplicações que possam utilizá-la como meio de comunicação, sejam de sinalização
ou aprendizagem.
Para atingir tais objetivos, se faz necessário seguir algumas etapas:
a) Estudo da sensibilidade vibrotátil em indivíduos cegos
Analisar as formas de percepção til em pessoas com deficiência, bem
como o ponto de aplicação de estímulos.
b) Estudo da forma e diversidade do estímulo por canal
Estimuladores táteis utilizam transdutores para transmitir informações
através de vibração. Cada transdutor usado para passar informações representa um
canal de comunicação. Se tiver mais de um transdutor, tem-se um sistema
multicanal. O sistema desenvolvido é composto por 5 (cinco) transdutores,
caracterizando um sistema multicanal. Nesse sistema, aplica-se uma vibração na
ponta de cada dedo da mão do deficiente, que busca compreender a mensagem
transmitida. Neste sentido, tornou-se necessário estudar qual a melhor forma de
estímulo, a quantidade de estímulos por canal que se pode aplicar, a freqüência e a
duração etc.
c) Propostas de aplicação do sistema
O sistema de 5 (cinco) canais desenvolvido abre possibilidade para múltiplas
aplicações. Foram propostas aplicações diversas para o uso desse sistema, seja a
sinalização de eventos, percepção do ambiente ou comunicação com pessoas que
possuem deficiências sensoriais.
O domínio de estudo desta dissertação refere-se às fases de projeto estudo
da viabilidade e projeto preliminar e envolve a proposição e sistematização do
processo de projeto através da identificação de ferramentas de projeto para integrar
o conhecimento (informações) proveniente das distintas áreas envolvidas nesta
atividade.
17
1
1
.
.
7
7
A
A
B
B
R
R
A
A
N
N
G
G
Ê
Ê
N
N
C
C
I
I
A
A
E
E
L
L
I
I
M
M
I
I
T
T
A
A
Ç
Ç
Õ
Õ
E
E
S
S
D
D
O
O
E
E
S
S
T
T
U
U
D
D
O
O
Abordar um assunto tão diversificado como o desenvolvimento de projetos
inclusivos para pessoas com deficiência é um trabalho para várias teses. Uma das
dificuldades neste trabalho foi limitar o assunto, pois ele é muito abrangente,
multidisciplinar e pode ser aplicado em várias áreas, como por exemplo, na
Educação, na Computação, na Engenharia Civil, na Engenharia Mecânica,
Arquitetura, Medicina, entre outras. O grande desafio é desenvolver um produto
que possa acomodar uma ampla faixa de usuários, incluindo crianças, idosos,
pessoas com deficiência e pessoas com tamanho ou formas atípicas que sofram de
uma proporcional deficiência visual e que estejam inseridas nas comunidades menos
favorecidas da população.
Muito se pensou nessa questão e como a presente dissertação é uma
pequena contribuição nesta área tão vasta, inicialmente optou-se por limitar o
trabalho a incluir na sociedade pessoas com deficiências visuais, já que essas
pessoas podem formar um grupo homogêneo. O fato é que se o produto for
acessível a esse grupo, ele seacessível e aceito pelas outras pessoas com maior
facilidade, tanto no uso quanto no entendimento do produto e na sua aquisição,
que se trata de um produto de baixo custo.
1
1
.
.
8
8
C
C
O
O
N
N
T
T
R
R
I
I
B
B
U
U
I
I
Ç
Ç
Õ
Õ
E
E
S
S
Como contribuição, pode-se destacar que este trabalho disponibiliza
informações e conhecimento explícito, de maneira ampla e organizada, para a
realização das fases iniciais do processo de projeto para o desenvolvimento de
produtos inclusivos. Alguns aspectos mais específicos podem ser destacados,
como:
Melhor entendimento das fases iniciais do processo de projeto, suas
interfaces e interações com áreas e domínios de conhecimento no
desenvolvimento de produtos;
18
Agregação de conhecimento de conceitos sobre os deficientes em
pesquisas na área de metodologia de projeto;
Identificação e detalhamento de técnicas, métodos, ferramentas e outros
pertinentes às fases que estão sendo tratadas;
Formalizão do processo de projeto, de maneira a possibilitar uma
sistematização que seja útil e coerente com as características de produtos
inclusivos para a populão cega.
1
1
.
.
9
9
E
E
S
S
T
T
R
R
U
U
T
T
U
U
R
R
A
A
D
D
O
O
T
T
R
R
A
A
B
B
A
A
L
L
H
H
O
O
No Capítulo 1 foram apresentados itens contendo introdução, objetivos,
justificativas, relevância do trabalho, finalizando com a apresentação da estrutura do
trabalho.
Apesar de ser um tema importante, relativamente poucos trabalhos têm
sido publicados. Assim foi necessária uma intensa pesquisa bibliográfica para
efetuar o levantamento do estado da arte do assunto. Esta revisão da literatura
é apresentada nos Capítulos 2 e 3.
No Capítulo 2 são abordados alguns conceitos e definições, sobre o
portador de deficiência visual, fundamentais para o perfeito entendimento do
assunto, resultando em subsídios conceituais para as proposições desta
dissertação.
No Capítulo 3 é apresentado um levantamento das tecnologias voltadas
para o portador de deficiência visual.
No Capítulo 4 é apresentado o modelo metodológico de referência utilizado,
a sistematização das fases iniciais da metodologia,
È apresentado no Capítulo 5 a aplicação desta metodologia através de um
estudo prático com experimentos de percepção a estímulos gerados pelo
estimulador multicanal e seus resultados. Finalizando o trabalho, no Capítulo 6 é
apresentada numa avaliação final, uma avaliação dos resultados obtidos em
relação aos objetivos iniciais do projeto e as conclusões.
19
2
2
O
O
P
P
O
O
R
R
T
T
A
A
D
D
O
O
R
R
D
D
E
E
D
D
E
E
F
F
I
I
C
C
I
I
Ê
Ê
N
N
C
C
I
I
A
A
V
V
I
I
S
S
U
U
A
A
L
L
O presente capítulo objetiva a caracterização do deficiente visual com o
intuito de fundamentar o desdobramento desta dissertação nos próximos capítulos
desse estudo. Onde iremos abordar a classificação dos deficientes visuais em
subnormal e cegos, sendo que seus perfis estão diretamente identificados com a
opção pela tecnologia condizente com as suas necessidades de aquisição de meios
para sua melhor sociabilidade. Bem como se apresenta o contexto histórico da
deficiência e os dados estatísticos da prevalência de deficientes, particularmente dos
portadores de deficiência visual.
Como é cerne nessa dissertação relacionar o deficiente visual à Engenharia
Elétrica, particularmente ao uso de dispositivos elétricos que auxiliem na sua vida
social, a caracterização do deficiente visual será feita sob os enfoques clínico e
sócio-educacional.
2
2
.
.
1
1
C
C
O
O
N
N
T
T
E
E
X
X
T
T
O
O
H
H
I
I
S
S
T
T
Ó
Ó
R
R
I
I
C
C
O
O
As obras clássicas que tratam sobre o tema da deficiência delatam que por
toda a historicidade humana os indivíduos portadores de alguma deficiência eram
execrados pela sociedade, muita das vezes por seus próprios familiares. Em muitas
sociedades antigas, não muito diferente do mundo de hoje, detinha a cultura de
eliminar os portadores de deficiência, características muito comuns de sociedades
como a egípcia, a hebraica, a grega e a romana. No caso da civilização grega,
caso específico era o da cidade-estado de Esparta, que se caso nascesse um
cidadão espartano com algum tipo de deformidade este era imediatamente
executado. Todavia, havia sociedades antigas que o agiam com tal crueldade,
porém, o deficiente vivia a margem da sociedade, como em Roma.
20
Sobre essas abordagens Yamamoto (1995, p. 14) redige o seguinte:
Quando eliminados - geralmente, os povos se justificavam com o fato da
pessoa não possuir condições para sua própria sobrevivência, para obter
alimentos e se proteger contra os perigos naturais. Justificavam-se,
também, pela crença e pelo misticismo, pois as tribos acreditavam que a
deficiência era um sinal da presença de divindades negativas. A eliminação
se dava em forma de sacrifício ou isolamento do indivíduo, em algum
lugarejo. Eram, nestes casos, relegados à sua própria sorte.
Quando assimilados - achados históricos que mostram que
pessoas com deficiência eram mantidas vivas por razões de ordem
mística. Em alguns casos, acreditava-se que as pessoas com cegueira,
auxiliavam os videntes nas atividades de pesca e, em outros, que os
maus espíritos habitavam nessas pessoas e nelas se aquietavam.
No período medieval, que era dominado pela ética cristã que tinha como
característica o respeito humano sobre as obras de Deus para que pudessem
alcançar o reino dos us, através da caridade, do amor ao próximo e respeito ao
mandamento divino de não matar, tornou a maioria da população deste período, em
pessoas com comportamento social mais humanitário, o que ressoou positivamente
para a respeitabilidade e melhoria de vida dos portadores de deficiência.
Segundo Yamamoto (1995) foi com o apoio da igreja e do Estado, na Idade
Média, que surgiram as instituições que abrigavam, tratavam e alimentavam os
portadores de deficncia menos favorecidos economicamente. Contudo, a
discriminação da igreja perdura até o século XVIII, afirmando ser místico qualquer
deficiência, bem como coisas do espiritismo ou do ocultismo. Eram classificas de
hereges e de serem oriundos de satã, anômalos que viriam a vida para se afirmarem
diante dos homens comuns.
Na contemporaneidade, principalmente depois da segunda grande guerra
(1929-1945), devido ao grande número de soldados que retornaram mutilados, as
pessoas se conscientizaram que deveriam dar melhor tratamento, que estes eram
tidos como “heróis” e necessitava de um retorno digno e de um resto de vida mais
condizente com sua nova realidade.
Esta compreensão, mais humana com a pessoa deficiente, se estendeu,
também, para as demais pessoas que se encontravam deficientes, por razões
diversas tais como: as congênitas e as hereditárias.
21
2
2
.
.
2
2
O
O
C
C
O
O
N
N
C
C
E
E
I
I
T
T
O
O
D
D
E
E
D
D
E
E
F
F
I
I
C
C
I
I
Ê
Ê
N
N
C
C
I
I
A
A
Na tentativa de esclarecer o conceito de deficiência, a Organização Mundial
de Saúde, em 1980, decidiu fazer uma distinção entre “incapacidade”, “deficiência” e
“desvantagem”. Classificando a
Incapacidade
como uma restrição para realizar uma
atividade, dentro dos parâmetros considerados normais para um ser humano,
como é o caso de quem tem o olho lesado, a atrofia de um braço, ou a falta de uma
parte do corpo; a
Deficiência
como uma perda ou anomalia de uma estrutura ou
função psicológica, fisiológica ou anatômica, como é o caso da impossibilidade (ou
redução da capacidade) de ver, andar ou falar; e a
Desvantagem
como uma
situação de atividade reduzida, decorrente de uma deficiência ou de uma
incapacidade que limitam a pessoa ou impedem o desempenho normal de
determinada função, levando-se em conta a idade, sexo, e fatores socioculturais.
Mesmo assim, a distinção apontada pela OMS continuou sem efeito prático
definitivo. Na prática, nem sempre esses três casos se materializam de forma
clara. O problema persistiu.
No ano de mil novecentos e noventa e nove, a Organização Mundial de
Saúde fez uma revisão desse posicionamento, sugerindo que:
[...] portar uma deficiência decorre de um encadeamento de vários níveis de
dificuldade e de providência do lado da sociedade. O corpo humano possui
uma estrutura (esqueleto, órgãos, membros e componentes) e um conjunto
de funções (fisiológicas, psicológicas e sociais). Com o seu corpo, os seres
humanos desenvolvem atividades. No desenvolvimento dessas atividades
podem existir dificuldades devido a impedimentos associados a problemas
da estrutura ou das funções do corpo. Isso pode restringir a participação do
seu portador em diversas situações de vida. A extensão desses
impedimentos, entretanto, está ligada a providências que são ou não são
tomadas do lado social. Por isso, uma pessoa é deficiente quando tem
restrições de estrutura ou funções corporais o compensadas por
providências sociais
1
(OMS, 1999).
Por outro lado, a Constituição brasileira, considera ser um individuo portador
de deficiência aquele que:
Apresenta, em caráter permanente, perdas ou anomalias de sua estrutura
ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que gerem incapacidade
para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal
para o ser humano (Decreto n. 914/93 e Lei n. 7.853/89).
–––––– ––––––––––––––
1
Deve-se ressaltar o papel da tecnologia especializada na compensação de tais restrições.
22
Finalmente, Pastore (2000, p. 40) afirma que o questionamento das
definições, assim como os avanços nos seus termos, tem sido promovido, em
grande parte, pelos movimentos organizados pelos próprios portadores de
deficiência. No mundo, contam-se aos milhares as organizações não-
governamentais que militam nessa área.
Vanderheiden (1993) classifica os usuários deficientes, conforme o tipo
de deficiência de que são portadores, em cinco categorias: deficientes visuais,
deficientes auditivos, deficientes motores, deficientes em cognição/linguagem e os
que sofrem de convulsões. Adiciona a estes cinco tipos, os que possuem múltiplas
deficiências. Em cada um dos tipos de deficiências apresentados existem variações
de graus de deficiência. Cada u m deles pode apresentar barreiras diferentes e
necessidades de abordagens através de diferentes estratégias.
Conforme afirma Pastore (2000, p. 72):
Os portadores de deficiência constituem uma minoria, sem dúvida. Mas o
seu número é expressivo. A Organização das Nações Unidas estima que
10% da população mundial apresenta algum tipo de limitação, incluindo-se
as restrições leves, moderadas e severas. São mais de 600 milhões de
pessoas.
Os portadores de deficiência se concentram nos países mais pobres. Mais
de 400 milhões de portadores de deficiência vivem em zonas que não dispõem
dos serviços necessários para ajudá-los a superar as suas limitações.
No Brasil, ao aplicar-se a média mundial de 10% chega-se a mais de
16 milhões de portadores de deficiência. O Nordeste concentra 40% dos portadores
de deficiência; o Norte, 14%; o Sudeste, 12%; o Sul, 18%: e o Centro-Oeste, 16%.
Pelos lculos da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre os
portadores de deficiência existentes no Brasil, 50% têm limitações mentais; 20%
portam deficiência física, 15%, de audição; 5%, visuais; 10%, deficiências múltiplas.
Nas regiões mais pobres, a principal causa de deficiência é a desnutrição.
Em segundo lugar, as deformações pré-natais. Em seguida, as doenças infecciosas
e os acidentes.
O grau de dependência e autonomia dos portadores de deficiência varia
de país para país. Nos países desenvolvidos, graças à difusão mais ampla dos
equipamentos de apoio, a proporção de portadores de deficiência que depende de
outras pessoas tende a ser menor do que nos países onde isso não ocorre. Nos
23
Estados Unidos, por exemplo, a dependência nos casos de deficiência leve é de
26%; nos casos de limitações moderadas, 51% e nas limitações severas, 77%.
De acordo com Pastore (2000) o fator de determinação de quem é portador
de deficiência é uma tarefa complicada. Pelo fato de a condição ser objeto de estudo
e ação de várias disciplinas, a noção de deficiência varia bastante. Do ponto de vista
médico, deficiência refere-se à incapacidade de uma ou mais funções da pessoa. Na
literatura econômica, deficiência significa dificuldade a ser vencida para melhor
produzir. No mundo jurídico, a condição de deficiência é a fixada pela lei.
As diferenças de definição têm conseqüências importantes para as
políticas de apoio aos portadores de deficiência. Quando se consideram todas as
pessoas que possuem algum tipo de doença crônica ou restrição que impõe
limitação ao pleno funcionamento do seu corpo ou da sua mente, 50% da
população (ou mais) são portadoras de deficiência em qualquer país do mundo.
2
2
.
.
2
2
.
.
1
1
D
D
e
e
f
f
i
i
c
c
i
i
ê
ê
n
n
c
c
i
i
a
a
V
V
i
i
s
s
u
u
a
a
l
l
Segundo Vanderheiden (1993), a deficiência visual abrange indivíduos que
possuem, desde uma visão fraca (visão subnormal), passando por aqueles que
somente conseguem distinguir luzes, mas não formas, até aqueles que não
conseguem perceber sequer a luz (legalmente cegos).
2
2
.
.
2
2
.
.
1
1
.
.
1
1
V
V
i
i
s
s
ã
ã
o
o
s
s
u
u
b
b
n
n
o
o
r
r
m
m
a
a
l
l
A visão subnormal é definida como a capacidade de visão que uma pessoa
possui, situada entre 20/40 e 20/200 após a correção. Uma pessoa com visão de
20/200 é aquela que consegue ver algo a aproximadamente seis metros de
distância da mesma maneira que uma outra pessoa normal consegue ver dez vezes
mais.
Estimasse que existem de nove a dez milhões de pessoas com visão
subnormal nos Estados Unidos. Destes, aproximadamente, sã o 1,2 milhão de
pessoas com sérios problemas visuais, que não são legalmente cegos. Muitas destas
conseguem ler algo com o auxilio de lupas de aumento ou se as letras estiverem
escritas em tamanhos estritamente grandes.
24
Corn e Koenig (1996) definem o indivíduo com baixa visão, como sendo
aquele que tem dificuldade de realizar tarefas que envolvam a visão, mesmo
utilizando-se de lentes corretivas, mas que pode ampliar sua habilidade de realizar
tais tarefas, valendo-se de estratégias visuais compensatórias, dispositivos de baixa
visão, entre outros, e modificações ambientais.
Segundo Vanderheiden e Vanderheiden (1991, p. 8):
A visão subnormal, inclui problemas (após a correção), como escurecimento
da visão, visão embaçada, névoa (pecula) sobre os olhos, visão apenas de
objetos extremamente próximos ou perda de visão a disncia, visão
distorcida, manchas na frente da visão, distorção de cores ou
daltonismo, defeitos no campo visual, visão em túnel, falta de visão
periférica, sensibilidade anormal à luz ou claridade e cegueira noturna.
2
2
.
.
2
2
.
.
1
1
.
.
2
2
C
C
e
e
g
g
u
u
e
e
i
i
r
r
a
a
Conforme afirma Vanderheiden (1993), uma pessoa é classificada como
legalmente cega quando sua acuidade visual é 20/200 ou pior após a correção, ou
quando seu campo de visão é menor que 20 graus.
A caracterização da cegueira pode ser definida quando da pessoa portadora
de tal deficiência já a apresenta desde seu nascimento, quando adquirida através de
doença ou acidente, ou por glaucoma, catarata, degeneração macular, atrofia do
nervo óptico e retinopatia diabética, que geralmente acomete as pessoas de idade
avançadas
Embora não existam no Brasil dados estatísticos oficiais, pode-se imaginar
que devido a fatores sociais, políticos e econômicos, estes números devam ser
proporcionalmente maiores nos países menos desenvolvidos, onde o Brasil se
inclui, apesar de se levar em conta o fato de nos países mais desenvolvidos a
longevidade de seus habitantes ser maior (SILVA, 1982).
25
Sob o enfoque educacional, uma boa definição de cegueira e visão
subnormal é a de Barraga (
apud
YAMAMOTO, 1995, p. 78):
Portadores de cegueira:
Os casos de portadores de cegueira incluem os educandos que apresentam
desde a ausência total de visão até a perda de projeção de luz.
Estes educandos utilizam o Sistema Braille como principal resíduo de
comunicação escrita, no processo ensino/aprendizagem, e não utilizam a
visão para a aquisição de conhecimentos, mesmo que a percepção de luz os
auxilie na orientação e mobilidade. [grifo do autor]
Portadores de visão subnormal:
Incluem-se aqui, os educandos que apresentam desde condições de indicar
projeção de luz, até o grau em que a redução de sua acuidade visual limite o
seu desempenho. Este educandos abrangem dois grupos:
Aqueles que podem ver objetos a poucos centímetros (2 a 3 cm) e utilizam a
visão para muitas atividades escolares, sendo que alguns utilizam a visão
para ler ou escrever, com ou sem auxilio óptico, e outros precisam completar
essas atividades utilizando o Sistema Braille;
Aqueles que, em algum grau, estão limitados no uso de sua visão, porém,
predominantemente no processo ensino/aprendizagem, necessitando muitas
vezes de iluminação especial, auxílios ópticos e outros recursos. [grifo do
autor]
Finalmente, Yamamoto (1995, p. 79) afirma:
Uma definição mais aproximada acerca da real condição visual do escolar
com deficiência visual, deve ocorrer no seu trabalho educacional diário, de
forma prática, funcional e dinâmica da visão residual. A eficiência visual es
intimamente relacionada com o desenvolvimento perceptivo e a capacidade
mental, os quais são fundamentais no trabalho educacional, fazendo-se
necessário serem considerados no planejamento do mesmo.
O planejamento educacional do treinamento da visão residual deve ser
norteado em atividades que envolvam:
Desenvolvimento do controle dos movimentos dos olhos;
Refinamento da agudeza da acuidade visual para a percepção visual.
Considerando os propósitos educacionais, crianças legalmente “cegas”,
devem passar por uma investigação educacional para a constatação ou não
de algum resíduo visual aproveitável em tarefas escolares para assim,
respeitar e aproveitar o seu potencial visual.
Apresentadas as características da deficiência visual, sob os aspectos
clínico e educacional, passa-se à conclusão do que foi descrito neste capítulo.
Conforme pode ser observado no breve histórico apresentado sobre a
deficiência, na evolução da humanidade, houve um avanço na assimilação do
deficiente pela sociedade. Apesar disto, esta assimilação, que deveria ser muito
mais do que aceitação, está longe de ser completa ou correta. Uma prova disto é o
grande número de organizações não-governamentais, anteriormente citadas,
26
envolvidas em minimizar este problema social.
Como era de se esperar, conforme apontado por Yamamoto (1995), uma
concentração maior de deficientes está localizada nas regiões mais pobres e
menos desenvolvidas do planeta. Neste caso, o problema da assimilação social
dos deficientes fica acentuado, pois é nestas regiões que a probabilidade de
soluções sociais e tecnológicas (equipamentos de apoio), que lhes permitam um
maior grau de autonomia e independência, diminui. Este quadro, apresentado
para o macrossistema da humanidade, é idêntico ao apresentado para o
microssistema nacional.
Contudo, o presente capítulo aponta para a dificuldade na definição do
que é um indivíduo deficiente, valendo-se de enfoques clínicos, trabalhistas e
jurídicos que, quando utilizados apresentam, como resultado, dados estatísticos
discrepantes.
Esta mesma dificuldade pode ser verificada na definição do deficiente
visual, se cego ou com visão subnormal, uma vez que os resultados obtidos diferem
quando analisados sob o aspecto clínico ou sob o aspecto educacional. Verifica-se
que a definição clínica é bem menos sutil, ou menos relativa, que a definição
educacional, tornando-se mais fácil de ser referenciada, sem, contudo, ser
considerada a mais correta. O objetivo da aplicação deverá definir qual a mais
correta.
Vale salientar que no Brasil, até este momento, não existem dados oficiais
sobre a incidência de deficientes visuais na população, porém, de acordo com uma
estimativa de prevalência elaborada por José (2003), cerca de 0,3% da população
do país deve ser constituída de indivíduos cegos e 2% de indivíduos com visão
subnormal. Bueno (2006) afirma que, de acordo com estimativa feita em 2005,
cerca de seiscentas e cinqüenta mil pessoas eram cegas, ou seja, 0,5% da
população do Brasil na época.
Finalmente, apesar do assunto tratado, neste capítulo, o estar
diretamente ligado à tecnologia, ele é fundamental para a análise dos capítulos a
seguir. Essa abordagem é importante, não somente para o trabalho ora
abordado, mas para os interessados na área de Interação Humana-Tecnológica,
particularmente aqueles que pesquisam interfaces e dispositivos especiais de
acessibilidade. Portanto, ter claro as diferenças entre o indivíduo cego e o com
visão subnormal, mesmo com as dificuldades apresentadas para tais definições, é
27
fundamental para entender-se as suas necessidades e para lhes oferecer soluções,
principalmente no tocante aos mecanismos que podem ser desenvolvidos pelo
auxílio das estratégias da Engenharia Elétrica.
28
3
3
A
A
T
T
E
E
C
C
N
N
O
O
L
L
O
O
G
G
I
I
A
A
D
D
E
E
S
S
U
U
B
B
S
S
T
T
I
I
T
T
U
U
I
I
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
S
S
E
E
N
N
S
S
O
O
R
R
I
I
A
A
L
L
V
V
O
O
L
L
T
T
A
A
D
D
A
A
P
P
A
A
R
R
A
A
O
O
D
D
E
E
F
F
I
I
C
C
I
I
E
E
N
N
T
T
E
E
V
V
I
I
S
S
U
U
A
A
L
L
Atualmente é notório o avanço da tecnologia em todas as áreas do
conhecimento humano. Um dos instrumentos que aceleraram o avanço da
cientificidade humana, foi o computador.
O computador tornou-se o meio mais popular de sociabilização dos
indivíduos, ou seja, com o incremento dos meios tecnológicos, através de novos
programas de computadores, pessoas antes inaptas a desenvolverem suas
habilidades tiveram com o apoio da tecnologia da computação meios que
facilitassem seus anseios, tanto anseios, motores, artísticos, profissionais, saúde e
educacional, entre outros.
Apesar de somente 6% da população brasileira terem acesso direto a
computadores, este instrumento notabilizou-se por se demonstrar como eficiente
meio se sociabilidade para os deficientes visuais (BILLI, 2001).
Todavia, é mínima a presença de cursos especializados para deficintes
visuais no Brasil, ou seja, a maioria dos deficientes visuais, por analogia, ainda faz
uso de dispositivos que não são voltados para os programas de computadores.
Apesar da tecnologia computacional se apresentar como uma grande
aliada do deficiente visual é importante registrar que nesta associação ainda são
apresentados sérios problemas, tornando-a distante de ser ideal. Para Leiderman,
Weber e Zink (1999, p. 145):
Um sistema acessível deve ser igualmente acessado por todos os
usuários, independentemente de características pessoais, condições
arquiteturais
e
atitudinais, cririo ecomico ou fatores políticos sem a
necessidade de equipamentos
habilitadores adicionais.
Glinert (1997) alerta para o fato de que, embora seja esperado que o
rápido crescimento tecnológico e o aumento da inserção da computação na
sociedade traga inovações que possam remover obstáculos que impeçam que
as pessoas deficientes tenham uma vida plena e produtiva, experncias têm
demonstrado que isto o necessariamente ocorre, devido ao fato da maioria
dos sistemas computacionais ser projetada por pessoas sem conhecimento do
assunto.
29
Ao mesmo tempo em que as inovações tecnológicas em computação
estão proporcionando novas oportunidades para os usuários com deficiências
físicas, estão gerando sérios obstáculos aos mesmos, devido, em grande parte, à
falta de atenção da sociedade para as necessidades dos usuários deficientes.
Isso implica que o avanço da ciência da computação no auxílio às
ciências médicas demonstra que a interação homem-máquina, solicita de
mecanismos que não utrapassem a barreira ética da proporcionalidade humana frente
às inovações tecnológicas. Ou seja, o se deve dar maior importância a máquina,
para que o homem não conta de que este está sendo substituído e se que a
máquina é uma fonte de eficiência e à efetividade da interação com o usuário é que
pode tornar a relação homem-máquina uma respeitabilidade comum. Direcionando,
assim, o avanço da tecnologia ao auxílio das necessidades humanas.
Para Thakkar (1990), o objetivo da aplicação das técnicas de interação
homem-computador nos projetos de interfaces para computadores, é o aumento da
qualidade da interação entre o usuário e o computador. Porém, ao tentar atingir tal
objetivo, o projetista de interfaces geralmente esquece da população deficiente que
também deveria ter direito ao acesso a tais equipamentos.
Autores como Arditi, Gilman e Blenkhorn (1995) defendem a tese de que
com os sistemas de computadores se tornando cada vez mais predominantes, é
importante que os indivíduos portadores de deficiências visuais não somente
possam ter acesso a eles, mas, também, possam utilizá-los de maneira tão ágil,
precisa e eficiente quanto for possível.
Estudos demonstram que há uma mágoa entre a comunidade dos
deficientes no que se refere aos produtos eletroeletrônicos vendidos no mercado
brasileiro, pois não vem nenhuma especificidade para essa comunidade
(CRANMER, 1994).
Para Karshmer e Kaugars (1995) o uso de computadores e software
modernos, pelos deficientes visuais, tem se tornado mais difícil nos últimos anos.
Nos sistemas mais antigos, a interface do usuário consistia de um ambiente
baseado em simples caracteres. Naqueles sistemas, dispositivos como: leitores de
tela, saída Braille e sintetizadores de voz eram efetivos. Os sistemas atuais se
utilizam de interfaces gráficas. Neste sentido, o que tem tornado a tecnologia mais
acessível ao usuário vidente, a tem tornado menos acessível ao deficiente visual.
30
São estes fatores que demonstram e certificam que sempre os deficientes
visuais deparam-se com problemas ao acesso aos produtos eletroeletrônicos,
entre eles os computadores.
O cientista social Thakkar (1990) defende a existência de um grande
vazio entre o usuário deficiente e o que não possui deficiências, no que se
refere à acessibilidade ao computador, e afirma que as causas deste vazio são:
A ênfase continuada em interfaces de manipulação direta e baseadas em
imagens; a freqüente má utilização dos avanços tecnológicos, muitas
vezes fazendo uso de dispositivos de interface inadequados para
determinadas aplicações, simplesmente pelo fato de estarem
disponíveis e, finalmente, a falta de programas de treinamento para
terapeutas ocupacionais no uso de novos avanços tecnológicos,
desenvolvidos para a população deficiente.
Portanto, demonstra-se que uma grande carência de acesso aos meios
eletrônicos por parte dos deficientes visuais, por um lado devido ao péssimo
gerenciamento das leis brasileiras, pelo fato das indústrias não se adaptarem a
realidade destes indivíduos, bem como pela dificuldade de direcionar produtos para
cada especificação de deficiência. Porém, diversos são os meios de acesso à
informação voltada para o deficiente visual.
Para que seja possível classificar todos os principais tipos de dispositivos de
acesso à informação voltada para os deficientes visuais, será adotada, uma
taxonomia baseada nos sentidos utilizados pelos deficientes visuais para
compensarem a sua perda de visão, ou seja, a audição, o tato, o olfato e o gosto ou
paladar.
Além destes sentidos, o da visão deverá ser incluído, para que se possa dar
atenção à visão residual dos deficientes com visão subnormal. Como todas as
formas de informação têm que ser percebidas por, pelo menos, um destes cinco
sentidos, acredita-se que uma taxonomia baseada neles consiga abranger todos
os tipos de dispositivos que se proponham a acessá-las.
Existem dispositivos que operam como intermediários entre um
dispositivo de acesso à informação, exercendo o papel de interface entre os
dois componentes, fazendo uma transformação intermediária da informação,
antes que a mesma possa ser interpretada, pelo usuário da informação,
diretamente ou através de dispositivos de acesso à informação.
Embora os dispositivos voltados para o usuário cego também possam
31
ser utilizados pelo usuário com visão subnormal, desde que adequadamente
treinado, recomenda-se que este se utilize, o máximo possível, de seu resíduo
visual.
Conforme apresentado por Nascimento et al (1987, p. 51) O que deve
interessar ao professor não é tanto o meio pelo qual o aluno portador de vio
subnormal desenvolva a sua aprendizagem acadêmica; mas que ele aprenda a
usar a vio da maneira mais eficiente possível, utilizando-se dela como forma
de minimizar as dificuldades decorrentes da limitão e aumentar o seu
potencial de realização.
3
3
.
.
1
1
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
G
G
E
E
R
R
A
A
D
D
O
O
R
R
E
E
S
S
D
D
E
E
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
V
V
I
I
S
S
U
U
A
A
L
L
A
A
M
M
P
P
L
L
I
I
A
A
D
D
A
A
Estes o dispositivos que tem a objetividade de fazer gerar informações
que possam auxiliar aos portadores de deficiência visual um melhor entendimento
sobre suas necessidades de adquirir percepções através de instrumentos de
ampliações dos sinais a serem recebidos pelos deficientes visuais.
São classificados nos seguintes tipos:
CLASSIFICAÇÃO
DESCRIÇÃO USUÁRIOS
Ampliadores de
tela de
computador
Os ampliadores de tela de computadores são dispositivos utilizados
para acessar a informação disponível em computadores, de forma visual
ampliada. Em alguns casos de visão subnormal, apenas uma
pequena ampliação da saída do computador pode ser a solução. Isto
pode ser conseguido pela substituição do monitor de vídeo normal por
outro, com tela de maior tamanho. Quando isto não é suficiente, pode-
se obter a ampliação da saída de vídeo de um computador por dois
modos básicos: conexão de um processador de tipos grandes,
baseado em hardware; utilização de um pacote de software que irá
aumentar o tamanho do que aparecer na tela.
Visão subnormal
CCTV
Os sistemas de circuito fechado de televisão (CCTV) são
dispositivos que aumentam os ortóptipos de leitura e escrita até 60 vezes
podendo variar o contraste. São úteis para quem necessita de maior
distância para ler, escrever, desenhar ou datilografar. Permitem a
execução de tarefas guiadas visualmente, que seriam impossíveis ou
improdutivas de serem executadas de outra forma.
Visão subnormal
Lentes
São lentes ou sistemas de lentes utilizados para ampliar textos,
imagens, ou objetos. Os mais comuns são: Lentes esféricas que
diminuem as aberrações das lentes de graus mais elevados; Lupas
manuais e réguas plano-convexas que são compostas por lentes
convergentes de diversos formatos e capacidades de aumento; Lupas
de mesa com iluminação que são lentes convexas montadas em um
suporte que fixa a distância entre a lente e a folha, ou o objeto a ser
visualizado; Telesistemas que magnificam a imagem de longe e reduzem
o campo visual.
Visão subnormal
Quadro
1
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
G
G
E
E
R
R
A
A
D
D
O
O
R
R
E
E
S
S
D
D
E
E
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
V
V
I
I
S
S
U
U
A
A
L
L
A
A
M
M
P
P
L
L
I
I
A
A
D
D
A
A
Fonte: Elaboração própria (2007).
32
3
3
.
.
2
2
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
G
G
E
E
R
R
A
A
D
D
O
O
R
R
E
E
S
S
D
D
E
E
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
A
A
U
U
D
D
I
I
T
T
I
I
V
V
A
A
São dispositivos cujo objetivo é gerar informação que possa ser
entendida através da percepção auditiva do usuário deficiente visual.
São classificados nos seguintes tipos:
CLASSIFICAÇÃO
DESCRIÇÃO USUÁRIOS
Braille falado
Aparelho eletrônico portátil que funciona como agenda eletrônica, editor
de textos e cronômetro. Os dados a serem armazenados, em formato
digital, são nele introduzidos via teclado Braille composto por sete teclas,
e posteriormente disponibilizados, em formato auditivo, através de seu
sintetizador de voz.
Cego
Gravadores de
fita cassete
Recurso para armazenamento de informação para posterior recuperação
auditiva. Tem sido muito utilizado como reprodutor de livros,
particularmente de livros falados principalmente no ensino médio e
superior.
Visão subnormal
ou cego
Sintetizadores
de voz
Conectados a um computador, permitem a leitura de informações exibidas
em um monitor, previamente interpretadas por um leitor de tela.
Visão subnormal
ou cego
Quadro
2
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
G
G
E
E
R
R
A
A
D
D
O
O
R
R
E
E
S
S
D
D
E
E
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
A
A
U
U
D
D
I
I
T
T
I
I
V
V
A
A
Fonte: Elaboração própria (2007).
3
3
.
.
3
3
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
G
G
E
E
R
R
A
A
D
D
O
O
R
R
E
E
S
S
D
D
E
E
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
T
T
Á
Á
T
T
I
I
L
L
São dispositivos cujo objetivo é gerar informação que possa ser
entendida através da percepção tátil do usuário deficiente visual.
São classificados nos seguintes tipos:
CLASSIFICAÇÃO
DESCRIÇÃO USUÁRIOS
Impressoras
Braille
Fazem interface com a maioria dos computadores, via portas paralelas ou
seriais. Podem imprimir Braille, além de desenhos, interpondo ou não, em
seis ou oito pontos. Algumas se utilizam de folhas de papel soltas, porém
a maioria funciona com formulários contínuos. Facilitam a comunicação
dos deficientes visuais com seus colegas de trabalho, ou de estudo, não
deficientes.
Cego
Máquinas de
datilografia
Braille
São equipamentos mecânicos de princípio semelhante ao das máquinas
de escrever comuns, porém, com o objetivo de grafar caracteres em Braille
em uma folha de papel. O rendimento das máquinas de datilografia Braille,
em termos de velocidade, pode ultrapassar o da escrita cursiva dos
videntes.
Cego
Regletes
Estes materiais têm a função de grafar, em alto relevo, em uma folha de
papel, os caracteres da escrita Braille. São compostos por: uma prancha de
madeira retangular, que possui, na parte superior, um dispositivo para
prender a folha de papel; uma régua dupla de metal unida à esquerda por
uma dobradiça, formando duas hastes; um punção, formado por uma
pequena haste de metal com a ponta arredondada, presa a um punho
de plástico moldado anatomicamente para um perfeito ajuste à mão.
Cego
Terminais de
acesso em
Braille para
computadores
Fornecem uma janela móvel, codificada em Braille, que pode ser
deslocada sobre o texto na tela do computador. Os terminais de acesso
em braille, geralmente são encaixados a um teclado comum de
computador, podendo ser manipulados como se fossem uma linha a mais
de teclas na parte superior, ou inferior do teclado.
Cego
Copiadoras em
alto relevo
São equipamentos que, através de calor e de vácuo, duplicam materiais
impressos, produzindo cópias em relevo, em películas de PVC.
Cego ou com
visão subnormal
Quadro
3
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
G
G
E
E
R
R
A
A
D
D
O
O
R
R
E
E
S
S
D
D
E
E
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
T
T
Á
Á
T
T
I
I
L
L
Fonte: Elaboração própria (2007).
33
3
3
.
.
4
4
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
G
G
E
E
R
R
A
A
D
D
O
O
R
R
E
E
S
S
D
D
E
E
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
O
O
L
L
F
F
A
A
T
T
I
I
V
V
A
A
Como relatado anteriormente, foi divulgado na literatura leiga um dispositivo
que se propõe a disponibilizar certos aromas (caixa de interface aromática), relativos
a objetos que são simultaneamente apresentados pelo computador. Apesar disto,
esta categoria permanece vazia. Nada de prático, ou viável é apresentado no
mercado, ou na literatura sobre o assunto que possa ser aqui classificado. Espera-
se que, com o avanço tecnológico, em particular nas áreas da Realidade Virtual e
da Interação Humano-Computador, algum dispositivo prático, dirigido para a
percepção olfativa, venha a ser somado aos que são voltados para os outros
sentidos, contribuindo para o aumento da interação dos sistemas com os seus
usuários.
3
3
.
.
5
5
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
G
G
E
E
R
R
A
A
D
D
O
O
R
R
E
E
S
S
D
D
E
E
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
G
G
U
U
S
S
T
T
A
A
T
T
I
I
V
V
A
A
Conforme apresentado em Eisenberg (2001):
A empresa americana
Trisenx desenvolveu uma máquina que oferece aos
usuários uma amostra do gosto de alimentos.
As informações são
descarregadas de sites e enviadas ao
Senx, peririco que reproduz
sabores.
O aparelho funciona com substâncias químicas especiais que
são acrescentadas a pastilhas comestíveis servidas ao usuário.
O sistema
Trisenx não tem como reproduzir o sabor de patê de foie
gras’, mas os
sabores de cerejas cobertas de chocolate, bolinhos de cravo, pipoca
na manteiga e morango já estão disponíveis [...].
Apesar disto, esta categoria permanece vazia. Nada de prático, ou viável
é apresentado no mercado, ou na literatura sobre o assunto, que possa aqui
ser classificado.
Espera-se que, com o avanço tecnológico, em particular nas áreas da
Realidade Virtual e da Interação Humano-Computador, algum dispositivo prático,
dirigido para a percepção gustativa, venha a ser somado aos que são voltados para
os outros sentidos, contribuindo para o aumento da interação dos sistemas com os
seus usuários.
34
3
3
.
.
6
6
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
T
T
R
R
A
A
N
N
S
S
C
C
R
R
I
I
T
T
O
O
R
R
E
E
S
S
CLASSIFICAÇÃO
DESCRIÇÃO USUÁRIOS
Leitores de tela
de computador
São softwares que acessam os textos armazenados no computador e
os enviam aos sintetizadores de voz, efetuando um processo
padronizado de conversão denominado TSC (Text-to-Speech Conversion).
Tais software geralmente capturam os dados diretamente da memória de
vídeo, o que os torna bastante genéricos, podendo trabalhar com muitos
tipos de programas aplicativos diferentes, com exceção daqueles que
funcionam em ambientes gráficos, devido ao fato de não haver um local na
tela onde se possa garantir que o texto seja localizado.
Cego ou com
visão subnormal
Sistemas OCR –
Optical Character
Recognition
Para uma pessoa com deficiência visual que o consegue ler textos
impressos, a conversão dos mesmos para meio digital possível de
ser interpretado por outros dispositivos de acesso é muito útil. Isto pode
ser conseguido através dos sistemas de reconhecimento de caracteres
óticos.
Cego ou com
visão subnormal
Reconhecedores
de voz
Permitem a substituição do teclado de um computador, para a introdução
de dados, por comandos de voz, processo de grande utilidade para os
deficientes visuais. Quando são ajustados para reconhecer múltiplos
usuários, o número de comandos que passam a "entender" com
segurança são menores do que aqueles disponíveis quando estavam
ajustados para o reconhecimento de comandos de um usuário
específico.
Cego ou com
visão subnormal
Transcritores
Braille
Os transcritores Braille são softwares que executam a transcrição de
textos escritos no sistema óptico (sistema de escrita comum),
armazenados em computadores, para o sistema Braille, disponibilizando-os
para serem impressos por impressoras especiais.
Cego
Sistema OBR
Optical Braille
Recognition
É um transcritor de textos do sistema Braille, apresentado em papel, em alto
relevo, para o sistema óptico em formato digitalizado. O sistema foi
originalmente proposto para recuperar textos em Braille antigos de
bibliotecas, para duplicação. Posteriormente, foi também sugerido para
possibilitar o acesso a textos em Braille para pessoas videntes que
não têm conhecimento de transcrição Braille. Pela restrição que possui na
transcrição de textos em ngua portuguesa, não tem sido utilizado no Brasil.
O sistema consiste de um "scanner" adaptado com uma película de filme e
de um software próprio.
Cego
Quadro
4
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
T
T
R
R
A
A
N
N
S
S
C
C
R
R
I
I
T
T
O
O
R
R
E
E
S
S
Fonte: Elaboração própria (2007).
3
3
.
.
7
7
Q
Q
U
U
A
A
L
L
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
D
D
E
E
A
A
C
C
E
E
S
S
S
S
O
O
À
À
I
I
N
N
F
F
O
O
R
R
M
M
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
V
V
O
O
L
L
T
T
A
A
D
D
O
O
P
P
A
A
R
R
A
A
O
O
D
D
E
E
F
F
I
I
C
C
I
I
E
E
N
N
T
T
E
E
V
V
I
I
S
S
U
U
A
A
L
L
É
É
M
M
E
E
L
L
H
H
O
O
R
R
?
?
Não se pode e não se deve, apontar para um dispositivo de acesso à
informação voltado para o deficiente visual como sendo o melhor. É imprescindível
que se verifique as características do usuário, juntamente com a do ambiente onde
irá atuar (hardware, software, tipo de aplicação, social e físico), para que se possa
optar pelo dispositivo mais adequado. O autor deste trabalho recomenda que, neste
caso, se envolva e se leve em consideração a opinião do próprio usuário deficiente
visual.
35
Muitos dos dispositivos apresentados não são auto-suficientes para
atender ao usuário deficiente visual, havendo a necessidade de interconectá-los
de modo sistêmico, para que possam ser úteis. A tulo de exemplo, pode-se citar o
caso dos leitores de tela de computador, conectados aos transcritores Braille,
conectados, por sua vez, à impressoras Braille que, juntos, formam um sistema
capaz de interpretar o que aparece escrito em um editor de textos, no monitor de
vídeo de um computador, transcrever para o Braille e imprimir em alto relevo na
impressora. Outro exemplo seria o sistema que transforma texto escrito em uma
folha de papel, em texto digital armazenado em computador, através do
dispositivo OCR, para, posteriormente, ser ampliado por um dispositivo ampliador
de tela de computador, para um usuário com visão subnormal, ou lido por um
dispositivo leitor de tela de computador, para torná-lo disponível a um dispositivo
sintetizador de voz que irá reproduzí-lo oralmente.
Ater e Davis (2000) recomendam a integração de dispositivos,
particularmente para o caso de indivíduos com visão subnormal, porém, destacam a
necessidade de um treinamento em tais dispositivos, por parte de seus usuários,
para acomodação aos seus recursos.
Levando-se em consideração o recomendado por Carvalho (1994b, p.
86) pode-se concluir que:
Os geradores de informação visual ampliada parecem ser os mais
indicados para os usuários com visão subnormal, não tendo a menor
utilidade para os usuários cegos. Mesmo assim, em alguns casos de visão
subnormal muito acentuados, esta classe de dispositivos se torna inútil.
Porém, se for indicado, permite fácil acesso às ilustrações e interfaces
gráficas, além da compatibilidade com o ambiente de trabalho e estudo, no
que diz respeito aos colegas de equipe.
Os geradores de informação tátil o indicados apenas aos deficientes
que consigam interpretar o alfabeto Braille. Estes usuários, geralmente, são os
totalmente cegos ou aqueles com visão subnormal muito acentuada. Os dispositivos
desta classe que se utilizam de meios computacionais são, geralmente, os de custo
mais elevado e, após um bom treinamento, oferecem aos seus usuários uma
sensação de manipulação direta e amplo domínio sobre o aplicativo, fazendo com
que prefiram este tipo de sistema, após uso intenso, do que qualquer outro. Porém,
não são compartilhados pelos colegas sem deficiências visuais, fato que pode
contribuir, ainda mais, para o isolamento do usuário deficiente visual.
36
Finalmente, dos geradores de informação que se utilizam de meio
computacional, os de informação auditiva são os mais difundidos, fato que ocorre
devido, em parte, ao seu baixo custo em relação aos outros sistemas e, em parte,
por poderem ser acessados por usuários com qualquer tipo de deficiência visual. Um
sistema deste tipo, de boa qualidade, pode também ser compartilhado por indivíduos
que não possuem deficiências, sem grande esforço, fato importante quando se
trabalha em grupo.
3
3
.
.
9
9
U
U
M
M
A
A
P
P
R
R
O
O
P
P
O
O
S
S
T
T
A
A
M
M
A
A
I
I
S
S
E
E
C
C
O
O
N
N
Ô
Ô
M
M
I
I
C
C
A
A
D
D
E
E
D
D
I
I
S
S
P
P
O
O
S
S
I
I
T
T
I
I
V
V
O
O
S
S
E
E
N
N
S
S
O
O
R
R
I
I
A
A
L
L
T
T
Á
Á
T
T
I
I
L
L
P
P
A
A
R
R
A
A
C
C
E
E
G
G
O
O
S
S
Como pode ser verificado neste capítulo, a tecnologia de acesso à
informação voltada para o deficiente visual é ampla e variada. Apresenta
dispositivos de níveis de complexidade completamente distintos, indo de uma
simples lente ou reglete a sofisticados leitores de tela ou terminais de acesso em
Braille, ambos para computadores. Isto faz com que se tenha dificuldade de
entendê-los e até de adotar a solução mais adequada para atender a uma
determinada demanda de um determinado usuário deficiente visual. Pode-se notar
uma falta de padronização ou, na melhor hipótese, uma padronização incompleta ou
inadequada na apresentação de tal tecnologia. Com o objetivo de cooperar para esta
padronização e conseqüente entendimento de tal tecnologia, foi proposta, neste
capítulo, uma taxonomia, para tais dispositivos, baseada nos sentidos utilizados
pelos deficientes visuais para compensarem sua perda de visão. Esta é a grande
contribuição deste capítulo para este trabalho.
Foi apresentada a importância do desenvolvimento da tecnologia
computacional para a acessibilidade do deficiente visual, ao mesmo tempo em que
se apontou para o fato de que, por outro lado, este mesmo desenvolvimento que
quando voltado para o usuário vidente enfatiza as interfaces predominantemente
visuais criar barreiras para quem se vê privado da visão.
Das seis classes de dispositivos de acesso à informação, voltados para
o deficiente visual, duas, a dos geradores de informação olfativa e a dos geradores
de informação gustativa, são apresentadas como estando vazias.
37
Finalmente, são feitas considerações a respeito de qual dispositivo é o
mais indicado para o deficiente visual, chegando-se à conclusão de que não
existe tal dispositivo, pois para cada tipo de usuário, demanda e ambiente deverá
ser estudada uma solução particular. Apesar disto, é apresentado um quadro que
tem como objetivo facilitar a busca por tal solução.
3
3
.
.
1
1
0
0
M
M
A
A
T
T
E
E
R
R
I
I
A
A
L
L
E
E
M
M
É
É
T
T
O
O
D
D
O
O
Apresentada a tecnologia para acesso à informação voltada para o
deficiente visual, acredita-se que se torna viável a objetividade deste estudo uma
análise sobre a viabilização de um instrumento eletrotátil (uma luva sensorial), de
baixo custo, que facilite o acesso à informação do deficiente visual.
3
3
.
.
1
1
0
0
.
.
1
1
.
.
M
M
o
o
d
d
e
e
l
l
o
o
p
p
r
r
o
o
p
p
o
o
s
s
t
t
o
o
p
p
a
a
r
r
a
a
o
o
s
s
e
e
x
x
p
p
e
e
r
r
i
i
m
m
e
e
n
n
t
t
o
o
s
s
d
d
o
o
e
e
s
s
t
t
u
u
d
d
o
o
Para este estudo é proposto um dispositivo de estimulação tátil multicanal no
qual são utilizados motores de vibracall de celular (Figura 1) ligados através de um
cabo a um conector de porta paralela DB-25 (Figura 2). Ao serem atravessados por
uma corrente elétrica, o eixo dos motores (que possuem uma massa deslocada)
gira, fazendo com que uma surja uma vibração.
Figura 1 - Motor de Vibracall Utilizado.
Fonte: Arquivo do autor
Figura 2 - Estimulador vibrotátil multicanal
proposto. (Motores de vibracall
acoplados a um conector DB-25).
Fonte: Arquivo do autor.
38
A estimulação vibrotátil da superfície da pele é geralmente feita através da
aplicação de estímulos que possuem quatro dimensões básicas, a saber: freqüência,
amplitude, duração e local de aplicação no corpo. A faixa de freqüências
perceptíveis pelo tato possui características específicas, de modo que é necessário
que seja feito um mapeamento dos sinais a serem transmitidos pelo tato em valores
contidos nesta faixa, adequando-os para estimulação vibrotátil.
Para a estimulação da pele, nos experimentos a serem apresentados, foram
usadas dimensões de duração de tempo de 125, 250 e 500ms que, baseado no
estudo de Barros (2004), com freqüência, amplitude e local fixos com o objetivo de
avaliar a resposta aos estímulos provocados pelo estimulador multicanal
desenvolvido.
O procedimento dos experimentos foi realizado da seguinte forma (Figura 3):
o estimulador vibrotátil proposto foi acoplado à porta paralela de um
microcomputador e seus transdutores fixados aos dedos dos participantes do
experimento através de um velcro elástico para que se ajustasse a cada pessoa
(Figura 4). Em seguida, dava-se início aos experimentos.
Figura 3a - Montagem para os experimentos.
Fonte: Arquivo do autor.
Figura 3b - Montagem para os experimentos.
Fonte: Arquivo do autor.
39
Figura 4 Transdutores dispostos em forma de
luva e presos aos dedos por meio de
velcros elásticos.
Fonte: Arquivo do autor.
40
4
4
P
P
R
R
O
O
C
C
E
E
D
D
I
I
M
M
E
E
N
N
T
T
O
O
S
S
M
M
E
E
T
T
O
O
D
D
O
O
L
L
Ó
Ó
G
G
I
I
C
C
O
O
S
S
4
4
.
.
1
1
D
D
E
E
S
S
C
C
R
R
I
I
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
D
D
A
A
P
P
E
E
S
S
Q
Q
U
U
I
I
S
S
A
A
De acordo com as especificações apontadas por Oliveira (1999), esta
pesquisa adotará o modelo descritivo, o que fundamentará a observação, os registros
e a análise dos fenômenos sem um maior aprofundamento dos conteúdos.
O modelo descritivo, segundo Gil (1999), tem como característica
fundamental a descrição das particularidades de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Isso é feito de forma
direta e particular, não se utilizando um maior aprofundamento da manipulação das
variáveis.
O modelo descritivo tende a direcionar o autor do estudo a buscar a
identificação da freqüência com que ocorre um fenômeno, bem como a sua relação e
conexão com outros fenômenos, sua natureza, características e particularidades
específicas. Identificado o fenômeno, inicialmente, os dados devem ser coletados e
registrados, ordenadamente, para estudo específico do caso.
Esse modelo de pesquisa ainda se apresenta em suas diversas
especificidades, com o intuito de se trabalhar com dados ou fatos colhidos a partir da
realidade. Todavia, na pesquisa descritiva, aponta-se que os principais instrumentos
de coleta de dados são a observação, a aplicação dos experimentos e a
apresentação dos resultados.
Na tentativa de ampliar as características gerais e amplas de um contexto, as
análises e a identificação das mais diferentes e variadas formas dos fenômenos, as
relações de causa e efeito, sua ordenação e classificação, cabe ao autor não interferir
no contexto real da pesquisa, devendo somente utilizar-se da descrição e
interpretação dos fatos que influenciam o fenômeno estudado, estabelecendo
correlação entre variáveis.
Portanto, e de acordo com as conceitualizações propostas por Gil (1999),
esta pesquisa pode ser identificada e classificada como descritiva. Essa classificação
deve-se ao fato de se tratar do estudo de um fenômeno (sensibilidade vibrotátil em
cegos), na busca de se identificar as necessidades de desenvolvimento de sistemas
41
de comunicação da informação acústica pelo tato. Portanto, podendo ser aplicada a
pessoas com deficiências sensoriais, especialmente cegos, possibilitando obter
mecanismos mais baratos facilitem o contato destes indivíduos portadores de
deficiência visual com a sociedade e como ambiente que os cercam.
4
4
.
.
2
2
C
C
A
A
M
M
P
P
O
O
E
E
M
M
P
P
Í
Í
R
R
I
I
C
C
O
O
Esta pesquisa foi realizada no Instituto de Cegos Adalgisa Cunha, que está
localizada na Avenida Santa Catarina, 500, no bairro dos Estados, na cidade de
João Pessoa – PB.
O Instituto Adalgisa Cunha abriga cerca de 400 individuos portadores de
deficiencia visual de diferentes localidades do Estado da Paraíba. Essa instituição
auxilia os cegos em diversas mobilidades funcionais (leitura em braile, locomoção em
vias públicas, estímulos sensoriais, atividades físicas, etc.), e oferecendo cursos de
capacitação profissional aos seus associados.
4
4
.
.
3
3
U
U
N
N
I
I
V
V
E
E
R
R
S
S
O
O
E
E
A
A
M
M
O
O
S
S
T
T
R
R
A
A
G
G
E
E
M
M
O universo da pesquisa foi constituído pelos cegos do Instituto Adalgisa
Cunha, e a amostragem foi desenvolvida a partir da estrutura organizacional da
entidade.
A amostra utilizada neste trabalho partiu da seleção intencional dos cegos
ativos, ou seja, aqueles com vínculo direto com o instituto (indivíduos que estavam
desenvolvendo alguma atividade oferecida pelo Instituto no período da pesquisa).
Os sujeitos selecionados na amostra foram classificados dentre aqueles que
demonstraram uma maior assiduidade para com as atividades desenvolvidas no
Instituto, e experimentados a partir de uma abordagem direta no próprio Instituto de
Cegos Adalgisa Cunha.
O universo ou população encontra-se de acordo os princípios da metodologia
cientifica classificada como um conjunto definido de elementos que possui
42
determinadas características (GIL, 1999), ou seja, como um conjunto de seres
animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum
(OLIVEIRA, 1999).
A amostragem que se utilizou nesta dissertação foi do tipo intencional,
definida com aquela em que o pesquisador escolhe, pela própria vontade, os
elementos para a amostra obtida através da amostra típica, sendo feita uma seleção
de 5% (ou vinte cegos) do universo de 400 cadastrados no Instituto, o que tornou
possível julgar a população-alvo.
4
4
.
.
4
4
I
I
N
N
S
S
T
T
R
R
U
U
M
M
E
E
N
N
T
T
O
O
S
S
D
D
E
E
C
C
O
O
L
L
E
E
T
T
A
A
D
D
E
E
D
D
A
A
D
D
O
O
S
S
Para a realização dos experimentos foi utilizado como instrumento de coleta
de dados um transdutor multicanal de baixo custo, desenvolvido em forma de luva,
que tinha como objetivo a verificação de sua funcionalidade na prática. Esses
experimentos foram a base do estudo possibilitando avaliar a percepção de pessoas
com deficiência visual a estímulos vibrotáteis provocados pelo citado transdutor
multicanal.
Para a excitação dos transdutores foi necessária a conexão dos
estimuladores a um microcomputador por meio de uma porta paralela. Uma rotina
simples, apresentada no apêndice A, para controle dos motores foi desenvolvida e
utilizada nos experimentos. Essa rotina é alterada conforme a necessidade do
experimento
4
4
.
.
5
5
D
D
E
E
S
S
C
C
R
R
I
I
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
D
D
O
O
S
S
E
E
X
X
P
P
E
E
R
R
I
I
M
M
E
E
N
N
T
T
O
O
S
S
Os experimentos I, II e III foram realizados utilizando-se um total de 20 cegos,
como sujeitos da pesquisa.
No EXPERIMENTO I analisou-se a percepção das pessoas cegas aos
estímulos vibrotáteis enviados, sem que houvesse treino prévio, simplesmente a
pessoa tinha que responder em qual, ou quais, dedos estava percebendo o estímulo
vibrotátil.
43
Foi feita a mesma experiência para três durações de estímulos. Os estímulos
eram aplicados ao mesmo tempo. Por exemplo, na seqüência P-M-I (dedo polegar,
médio e indicador) aplicou-se durante 500ms, 250ms e 125ms o estímulo nos três
dedos de uma vez, formando um padrão de estímulo. Esse experimento foi útil
para avaliar a capacidade do deficiente em perceber os estímulos provocados e, a
melhor duração para os mesmos.
Foi realizado praticamente da seguinte forma: foi feito um programa
computacional que gerava estímulos predefinidos, com duração predefinida. Primeiro
foi escolhida a duração que seria aplicada ao estímulo e, após isso, foi aplicado o
estímulo predefinido. Por exemplo, digitando-se o numero 1, enviava-se o estímulo P-
M-I e etc. Cada estímulo era repetido no máximo três vezes a que o deficiente
envolvido no experimento desse a sua resposta.
Notou-se que os deficientes conseguiram identificar os estímulos de forma
satisfatória e que a duração de 250ms é suficiente para ser usada nesse transdutor.
No EXPERIMENTO II foram definidas 9 (nove) palavras consideradas
importantes e que foram relacionadas a um padrão de estímulos. Por exemplo, se o
deficiente percebesse o estímulo nos dedos P-M-I ao mesmo tempo, associaria à
palavra
cuidado
e dizia a palavra que entendeu. Foi feito para três durações de
tempo diferentes.
Observou-se que, com treino é possível que a pessoa relacione facilmente os
estímulos às palavras. Pode-se usar esse resultado para criar um ambiente para
cegos, sendo que cada estímulo predefinido signifique palavras, objetos ou qualquer
tipo de sinalização.
No EXPERIMENTO III, as pessoas foram treinadas relacionando o estímulo
predefinido com uma consoante ou vogal predefinida. Foram escolhidas dez
consoantes e cinco vogais que formavam as palavras a serem utilizadas no
experimento. Foram formadas palavras de 2, 3 e 4 silabas.
Em cada conjunto, duas palavras tinham o mesmo padrão, diferenciando-se
apenas em poucas letras e, uma terceira totalmente diferente das outras duas. Para
ser submetida a esse experimento, cada pessoa foi treinada com os estímulos,
relacionando-os com a vogal ou consoante correspondente.
No momento do teste foram aplicados os estímulos predefinidos para que o
deficiente informasse a palavra formada. Entre cada consoante ou vogal enviada, era
44
dado um intervalo de 250ms para que a pessoa fizesse a correlação mentalmente. No
final, perguntava-se a palavra formada ao cego envolvido no experimento.
5
5
A
A
P
P
R
R
E
E
S
S
E
E
N
N
T
T
A
A
Ç
Ç
Ã
Ã
O
O
D
D
O
O
S
S
R
R
E
E
S
S
U
U
L
L
T
T
A
A
D
D
O
O
S
S
D
D
O
O
S
S
E
E
X
X
P
P
E
E
R
R
I
I
M
M
E
E
N
N
T
T
O
O
S
S
5
5
.
.
1
1
E
E
X
X
P
P
E
E
R
R
I
I
M
M
E
E
N
N
T
T
O
O
I
I
Como relatado anteriormente o primeiro experimento utilizou-se de 20
indivíduos cegos do Instituto de Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha.
A estes colaboradores foi apresentado, em uma primeira fase de
experimento sem treinamento prévio, ou seja, em uma abordagem direta propondo a
cada sujeito de nossa pesquisa o relato da percepção dos estímulos vibrotátil, ou
seja, foi levada a efeito uma abordagem direta propondo a cada sujeito utilizado na
pesquisa o relato da percepção dos estímulos vibrotáteis. Foram então obtidos os
quais apresentaram as seguintes porcentagens de acertos:
TABELA 2 EXPERIMENTO DE PERCEPÇÕES DE ESTÍMULOS COM O TRANSDUTOR MULTICANAL -
SEM TREINO – EXPERIMENTO I
LOCAL DOS ESTÍMULOS
(*)
– ACERTOS (%)
DURAÇÃO
DOS
ESTÍMULOS
(ms)
P-M-MI I-A I-M M-A A-MI P-I-M-A-MI
500 83 81 87 86 83 88
250 71 74 78 77 75 80
125 46 60 67 51 48 68
FONTE: coleta de dados do autor (2007)
( * ) Os dedos foram nomeados para a pesquisa como: P: polegar; M: médio; I: indicador; A: anelar; MI:
mídinho.
Como pode ser observado na Tabela 2, os estímulos enviados pelo
transdutor multicanal e recepcionado por uma luva foram aplicados em três
diferentes durações (500, 250 e 125 ms) e em seis formas de recepção dos sinais
(P-M-MI, I-A, I-M, M-A, A-MI, P-I-M-A-MI).
Os resultados diagnosticados obtidos pela pesquisa de campo com os cego-
colaboradores do Instituto Adalgisa Cunha e que são apresentados na Tabela 3 do
Experimento I resultou são mostrados no Gráfico 1:
45
Gráfico 1 Experimento I. (Resultado do experimento de percepções de estímulos com o
transdutor multicanal - sem treino)
Fonte: Coleta de dados do autor (2007).
Duração 500ms
Quando estimulados pelo transdutor multicanal com duração de 500ms, e
sem treinamento prévio, os cegos tiveram acertos médios de 86,6% (oitenta e seis
vírgula seis por cento) nos seis níveis de estimulação e recepção de sinais. Sendo
que, a estimulação P-I-M-A-MI apresentou-se como forma maior de percepção,
atingindo 88% (oitenta e oito por cento) dos acertos entre os vinte cego-
colaboradores. a estimulação I-A foi a que mostrou o menor número de acertos
(81%), todavia, esta porcentagem demonstra-se satisfatória dentro do contexto do
estudo.
Duração 250ms
Em uma segunda estimulação através do transdutor multicanal com duração
dos estímulos de 250ms, e sem treinamento prévio, os cegos tiveram acertos
médios de 75,8% (setenta e cinco vírgula oito por cento) nos seis níveis de
estimulação e recepção de sinais. Sendo que, novamente, a estimulação P-I-M-A-MI
apresentou-se como forma maior de percepção, atingindo 80% (oitenta por cento)
dos acertos entre os vinte cego-colaboradores. a estimulação P-M-MI foi a que
EXPERIMENTO 1
83
71
46
81
74
60
78
67
86
77
51
83
75
48
88
80
68
87
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
500 250 125
Duração do estímulo (ms)
Média de acertos (%)
P -M - MI I - A I - M M -A A - MI P - I - M - A - MI
46
identificou-se com o menor número de acertos (71%), todavia, esta porcentagem,
também, demonstra-se satisfatória.
Duração 125ms
Por último, no experimento I, os cego-colaboradores foram estimulados
através do transdutor multicanal em forma de luva e com duração de 125ms,
novamente sem treinamento prévio, os cegos tiveram acertos dios de 56,6%
(cinqüenta e seis vírgula seis por cento) nos seis níveis de estimulação e recepção
de sinais. Sendo que, a estimulação P-I-M-A-MI apresentou-se novamente como
forma maior de percepção, atingindo 68% (sessenta e oito por cento) dos acertos
entre os vinte cego-colaboradores. a estimulação P-M-MI foi a que apresentou o
menor número de acertos (46%), o que torna regular o recebimento dos estímulos
com duração de 125ms.
Resultado do Experimento I
Como ficou evidenciado nos relatos do experimento, quanto maior a duração
aplicada à recepção dos estímulos pelos cego-colaboradores, maior é a sua
possibilidade de acertos. Todavia, os resultados diagnosticados pela coleta de
dados no Experimento I são de uma forma geral, muito bons que, neste primeiro
experimento, não foi foram disponibilizados aos sujeitos da pesquisa nenhum
treinamento prévio.
Estas constatações iniciais possibilitaram vislumbrar novos desafios, que
a recepção, de imediato mostrou que seria possível “dificultar” ainda mais os
repasses de sinais vibrotáteis aos cegos, sendo que agora em forma mais
pedagógica, o que será visto nos próximos experimentos: Experimento II e III.
47
5
5
.
.
2
2
E
E
X
X
P
P
E
E
R
R
I
I
M
M
E
E
N
N
T
T
O
O
I
I
I
I
Os colaboradores envolvidos no experimento II anteriormente descrito foram
submetidos ao teste, resultando nos resultados demonstrados na Tabela 3.
TABELA 3 – EXPERIMENTO DE PERCEPÇÕES DE ESTÍMULOS COM O TRANSDUTOR MULTICANAL - COM
TREINO – EXPERIMENTO II
PALAVRAS – ESTÍMULOS
(*)
– ACERTOS (%)
CUIDADO RÁPIDO DEVAGAR DIREITA ESQUERDA FRENTE COSTA PARE SIGA
DURAÇÃO
DOS
ESTÍMULOS
(ms)
P-I-M-A-
MI
P-MI I-A P-I A-MI I P I-M-A M
500 97 97 95 94 95 97 93 98 99
250
93 86 87 90 88 91 93 89 96
125 88 78 81 82 81 84 87 76 88
FONTE: coleta de dados do autor (2007).
( * ) Os dedos foram nomeados para a pesquisa como: P: polegar; M: médio; I: indicador; A: anelar; MI: mídinho.
Para o desenvolvimento do experimento II foram definidas nove palavras
usualmente identificadas como importantes ao contexto social dos cegos e que foram
relacionadas a um padrão de estímulos, a saber:
CUIDADO
= P-I-M-A-MI;
RÁPIDO
=
P-MI;
DEVAGAR
= I-A;
DIREITA
= P-I;
ESQUERDA
= A-MI;
FRENTE
= I;
COSTAS
=
P;
PARE
= I-M-A; e,
SIGA
= M.
Observando a Tabela 3, nota-se que os estímulos enviados pelo transdutor
multicanal e recepcionado pelos cego-colaboradores, através de uma luva com um
dispositivo vibrotátel em cada dedo, também utilizou-se das três durações de
estímulos do primeiro experimento: 500, 250 e 125ms. Pelo que se coletou neste
segundo experimento verificou-se as seguintes constatações apresentadas no
Gráfico 2.
48
Gráfico 2 Experimento II. (Experimento de percepções de estímulos com o transdutor
multicanal - com treino) Fonte: Coleta de dados do autor (2007).
Duração 500ms
Previamente sabedor das palavras e de seus estímulos correlatos os cego-
colaboradores, quando estimulados através do transdutor multicanal com duração de
500ms, tiveram acertos médios de 95,6% (noventa e cinco vírgula seis por cento)
nos nove níveis identificação da palavra ao estímulo correspondente. Sendo que, a
estimulação M =
SIGA
apresentou-se como forma maior de percepção, atingindo
99% (noventa e nove por cento) dos acertos entre os vinte cego-colaboradores. a
estimulação P =
COSTAS
apresentou-se com o menor número de acertos (93%).
Porém, no contexto geral estas porcentagens de acertos demonstram-se
satisfatórias dentro do contexto pretendido pelo presente estudo.
Duração 250ms
Experimentados em uma segunda estimulação através do transdutor
multicanal com duração de 250ms, os cegos tiveram acertos médios de 90,3%
(noventa vírgula três por cento) nos nove níveis identificação da palavra ao estímulo
correspondente. Sendo que, novamente, a estimulação M =
SIGA
apresentou-se
como forma maior de percepção, atingindo 96% (noventa e seis por cento) dos
acertos entre os vinte cego-colaboradores. a estimulação P-MI =
RÁPIDO
foi a
que identificou-se com o menor número de acertos (86%), todavia, esta
EXPERIMENTO 2
97
93
88
97
86
78
95
87
81
94
90
82
95
88
81
97
91
84
93 93
87
98
89
76
99
88
96
0
20
40
60
80
100
120
500 250 125
Duração do Estímulo (ms)
Acertos (%)
Cuidado Rápido Devagar Direita Esquerda
Frente Costas Pare Siga
49
porcentagem, também, demonstra-se dentro do nível de satisfação estabelecido
pelos estudos.
Duração 125ms
Em uma última abordagem, no experimento dois, os cego-colaboradores
foram estimulados através do transdutor multicanal em forma de luva e com duração
de 125ms, os quais tiveram acertos médios de 82,7% (oitenta e dois vírgula sete por
cento) nos nove níveis de estimulação e recepção de sinais. Sendo que, as
estimulações P-I-M-A-MI =
CUIDADO
e M =
SIGA
apresentaram-se como as duas
formas de percepção com maior nível de acertos por parte dos cegos, atingindo
cada uma um percentual de 88% (oitenta e oito por cento). a estimulação I-M-A =
PARE
foi a que se identificou com o menor número de acertos (76%), o que torna
satisfatório o recebimento dos estímulos com duração de 125ms.
Resultado do Experimento II
Nota-se, a partir dos relatos das análises da coleta de dados do experimento
II que quanto maior for a duração do estímulo aplicado a recepção dos cegos, maior
é sua possibilidade de acertos. Todavia, os resultados diagnosticados neste
segundo experimento é, de forma geral, satisfatória, que os estímulos eram em
maior número e que foi disponibilizado os sujeitos de nossa pesquisa palavras para
que os mesmos fizessem uma relação entres os padrões, ou seja, os nove estímulos
aplicados estavam diretamente correlacionados às nove palavras previamente
definidas.
Constatou-se que, com um treinamento prévio torna-se possível que a
pessoa portadora de deficiência visual relacione facilmente os estímulos às palavras.
Podendo, assim, se utilizar desse resultado para criar um ambiente mais propício
para os cegos, sendo que cada estímulo predefinido signifique palavras, objetos, etc,
que tenha uma identificação com as necessidades destes indivíduos.
50
5
5
.
.
3
3
E
E
X
X
P
P
E
E
R
R
I
I
M
M
E
E
N
N
T
T
O
O
I
I
I
I
I
I
São apresentadas no Quadro 2 as consoantes e vogais relacionadas aos
padrões de estímulos utilizados no experimento III e os percentuais de acerto
relativos aos testes.
CONSOANTE DEDO CONSOANTE DEDO VOGAIS DEDO
B P-I P P-I-M-A A P
C P-M R P-I-M-MI E I
D P-A S I-M-A-MI I M
L P-MI T P-M-A-MI O A
M I-M
Z P-I-M-A-M
U MI
2 SÍLABAS 3 SÍLABAS 4 SÍLABAS
PALAVRAS ACERTOS (%)
PALAVRAS ACERTOS (%)
PALAVRAS ACERTOS (%)
CAMA 87 TOMADA 83 MEMORIZAR 77
CASA 82 TOPADA 78 MODERIZAR 75
BOLA 92 MODELO 86 SEPARADO 78
QUADRO 2 EXPERIMENTO DE PERCEPÇÕES DE ESTÍMULOS COM O TRANSDUTOR MULTICANAL -
COM TREINO – EXPERIMENTO III.
FONTE: Coleta de dados do autor (2007).
Ao desenvolvimento do experimento III foram definidas 15 letras do alfabeto
da ngua portuguesa, sendo as cinco vogais e dez consoantes. Para cada letra foi
identificada a um estímulo, a saber: para as vogais
A
= P;
E
= I;
I
= M;
O
= A; e,
U
=
MI. as consoantes podiam ser identificadas como
B
= P-I;
C
= P-M;
D
= P-A;
L
=
P-MI;
M
= I-M;
P
= P-I-M-A;
R
= P-I-M-MI;
S
= I-M-A-MI;
T
= P-M-A-MI; e,
Z
= P-I-M-A-
MI.
No experimento III, os cegos foram previamente treinados a relacionarem o
estímulo predefinido com uma consoante ou vogal predefinida. As letras escolhidas
formavam as palavras utilizadas no experimento III. Foram formadas palavras de 2, 3
e 4 sílabas, a saber: de duas sílabas: CAMA – CASA BOLA; de três sílabas:
TOMADATOPADA – MODELO; e, de quatro sílabas: MEMORIZAR – MODERIZAR
- SEPARADO.
Pode-se notar que nos grupos de palavras duas palavras tinham o mesmo
padrão, diferenciando-se apenas em poucas letras e, uma terceira era
propositalmente diferenciada das demais.
51
No desenvolvimento do experimento III, foram aplicados os estímulos
predefinidos, para que os cego-colaboradores informassem a palavra que deveria
estar sendo formada. A cada consoante ou vogal enviada, estabeleceu-se um
intervalo de 250ms para que os cego-colaboradores fizessem as correlações
mentalmente. Ao final do tempo estabelecido era questionado a cada cego-
colaborador qual palavra estava sendo formada.
Os resultados obtidos demonstraram-se mais uma vez satisfatórios, que
nos três níveis de palavras os indivíduos envolvidos nos experimentos atingiram um
percentual de acerto de 82% (oitenta e dois por cento) nas nove palavras
estabelecidas como experimentos. Pode-se verificar melhor da seguinte forma:
Palavras com duas sílabas
CAMA:
para esta palavra foram enviados os sinais de estímulos, com
duração de 250ms, aos dedos P-M
(C)
; P (A); I-M (M); e, P (A). Verificou-
se um percentual de acertos de 87%.
CASA:
para esta palavra foram enviados os sinais de estímulos, aos
dedos P-M (C); P (A); I-M-A-MI (S); e, P (A). Verificou-se o menor
percentual de acertos de 82%.
BOLA
: para esta palavra foram enviados os sinais de estímulos, aos
dedos P-I (B); A (O); P-MI (L); e, P (A). Verificou-se o maior percentual de
acertos de 92%.
Palavras com três sílabas
TOMADA:
para esta palavra foram enviados os sinais de estímulos, com
duração de 250ms, aos dedos P-M-A-MI (T); A (O); I-M (M); P (A); P-A
(D); e, P (A). Verificou-se um percentual de acertos de 83%.
TOPADA:
para esta palavra foram enviados os sinais de estímulos, aos
dedos P-M-A-MI (T); A (O); P-I-M-A (P); P (A); P-A (D); e, P (A). Verificou-
se o menor percentual de acertos de 78%.
52
MODELO
: para esta palavra foram enviados os sinais de estímulos, aos
dedos I-M (M); A (O); P-A (D); I (E); P-MI (L); e, A (O). Verificou-se o
maior percentual de acertos de 86%.
Palavras com quatro sílabas
MEMORIZAR:
para esta palavra foram enviados os sinais de estímulos,
com duração de 250ms, aos dedos I-M (M); I (E); I-M (M); A (O); P-I-M-MI
(R); M (I); P-I-M-A-MI (Z); P (A); e, P-I-M-MI (R). Verificou-se um
percentual de acertos de 77%.
MODERIZAR:
para esta palavra foram enviados os sinais de estímulos,
aos dedos I-M (M); A (O); P-A (D); I (E); P-I-M-MI (R); M (I); P-I-M-A-MI
(Z); P (A); e, P-I-M-MI (R). Verificou-se o menor percentual de acertos de
75%.
SEPARADO
: para esta palavra foram enviados os sinais de estímulos,
aos dedos I-M-A-MI (S); I (E); P-I-M-A (P); P (A); P-I-M-MI (R); P (A); P-A
(D); e, A (O). Verificou-se o maior percentual de acertos de 78%.
53
6
6
C
C
O
O
N
N
C
C
L
L
U
U
S
S
Õ
Õ
E
E
S
S
A grande dificuldade que uma pessoa portadora de deficiência visual
encontra na construção do seu aprendizado cio-educacional é a falta de
instrumentos facilitadores à sociabilidade destas, que se torna um fator de extrema
importância na construção de sua cidadania.
Pode ser comprovado através deste estudo que o desenvolvimento de tais
mecanismos é algo “fácil” e de baixo custo e que a implementação continuada, aos
cegos, pode possibilitar o acesso a meios de facilitação de seu aprendizado cio-
educacional.
Ficou evidenciado no experimento I, que quanto maior a duração aplicada à
recepção dos estímulos pelos cego-colaboradores, maior é a sua possibilidade de
acertos. Os resultados diagnosticados pela coleta de dados no Experimento I foram,
de uma forma geral, muito bons, pois neste primeiro experimento, não foi foram
disponibilizados aos sujeitos da pesquisa nenhum treinamento prévio. Além disso,
no experimento II, verificou-se que os estímulos eram em maior número e que foram
disponibilizadas aos sujeitos da pesquisa palavras para que os mesmos fizessem
uma relação entre os padrões, ou seja, os nove estímulos aplicados estavam
diretamente correlacionados às nove palavras previamente definidas. Constatando
que, com um treinamento prévio torna-se possível que a pessoa portadora de
deficiência visual relacione facilmente os estímulos às palavras. Por fim, no que ficou
exposto pelo relato do experimento III, demonstrou-se mais uma vez satisfatórias as
aplicações de estímulos e respostas aos cegos, já que nos três níveis de palavras os
indivíduos envolvidos nos experimentos atingiram um percentual de acerto de 82%
(oitenta e dois por cento) nas nove palavras estabelecidas como experimentos.
Portanto, acreditou-se pelos resultados apresentados pelo presente estudo
que se torna possível criar um ambiente mais propício para os cegos, sendo que
cada estímulo predefinido signifique palavras, objetos, sinalização de eventos etc,
que tenha uma identificação com as necessidades destes indivíduos.
Este trabalho propôs, portanto, uma forma de obtenção de estimuladores
táteis por pessoas com deficiência visual, tendo como principais vantagens a
facilidade de aquisição e o baixo custo.
54
Verificou-se, também, com as experiências realizadas que este estudo veio
demonstrar que o uso de sensações táteis acentua a sensibilidade de outros
estímulos presentes em um mesmo ambiente de interação, além de prover um novo
canal de comunicação, auxiliando, assim, de forma sócio-educacional os indivíduos
portadores de deficiência visual.
Contudo, não foi o objetivo principal deste trabalho apresentar um
mecanismo de auxílio às pessoas cegas visando a comercialização do mesmo. O
objetivo foi contribuir para demonstrar que as potencialidades da Engenharia Elétrica
são ferramentas fundamentais para o encontro de novas fórmulas de inserção sócio-
educacional dos deficientes visuais na sociedade.
Por tudo isso, frisa-se que este estudo não teve o objetivo de esgotar o tema
proposto, para isso seria necessária uma pesquisa mais aprofundada. Porém, vale
como um canal de aquisição de referências sobre o tema, tanto para a comunidade
acadêmica da Engenharia Elétrica quanto para os interessados sobre o assunto.
A principal contribuição deste trabalho foi a apresentação de uma alternativa
mais viável para construção de estimuladores teis e que seu uso possa ser
diversificado, auxiliando os cegos em sua vida cotidiana.
55
R
R
E
E
F
F
E
E
R
R
Ê
Ê
N
N
C
C
I
I
A
A
S
S
ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância. Brasil, 1999. Disponível em:
<http://www.abed.org.br>. Acesso em: 04 jan. 2006.
ALLEN, Seville. Guidelines on Choosing Assistive Technology for Persons with
Visual Impairments. Proceedings of 1998 Technology and Persons with Disabilities
Conference. CSUN - California State University Northridge. USA. March, 1998.
ALVES, João Roberto Moreira. Educação a Distância e as Novas Tecnologias de
Informação e Aprendizagem. Artigo do programa Novas Tecnologias na Educação
de 01 de fevereiro de 1998. Engenheiro 2001. Fundação Vanzolini, FINEP,
Ministério da Ciência e Tecnologia. Disponível em:
<http://www.engenheiro2001.org.br/programas/980201a1.htm>. Acesso em: 22 jan.
2006.
ANDRADE, Pedro. A Internet e o Ensino a Distância. Departamento de Engenharia
Informática da Universidade de Coimbra, Portugal, 1997. Disponível em:
<http://student.dei.uc.pt/~pandrade/sf/texto.htm>. Acesso em: 22 jan. 2006.
ARAUJO, Marcelo et al.. Boletim EAD. Centro de Computação da Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, SP, n. 3, 15 de janeiro, p. 1, 2001.
ARETIO, Lorenzo Garcia. La Enseñanza Abierta a Distancia como Respuesta Eficaz
para la Formación Laboral. Publicado originalmente em Materiales para la educación
de adultos, n. 8-9, pp. 15-20. ISSN: 1130-6548. Universidad Nacional de Educación
a Distancia (UNED). Espanha, 1997. Disponível em:
<http://www.cglobal.pucrs.br/~greptv/bibead/aretio.html>. Acesso em: 23 jan. 2006.
ATER, Matthew H.; DAVIS, Krista M.. The Integration of Low Vision Aids and Other
Assistive Devices in Educational and Vocational Settings. Proceedings of 2000
Technology and Persons with Disabilities Conference. CSUN - California State
University Northridge. USA. March, 2000.
BARANAUSKAS, M. Cecília C.; MANTOAN, M. Teresa Eglér. Acessibilidade em
Ambientes Educacionais: para Além das Guidelines. In QUEVEDO, A. A. F.;
OLIVEIRA, J. R.; MANTOAN, M. T. E. Mobilidade, Comunicação e Educação:
Desafios à Acessibilidade. Campinas, SP, WVA Editora e Distribuidora Ltda., p. 133-
148, 2000, ISBN 85-85644-20-6.
BARROS, Aléssio T., Estimulação Tátil aplicada ao ensino da fala. Tese de
Doutorado, Universidade Federal de Campina Grande. Campina Grande: 2004.
56
BILLI, Marcelo. CD lidera vendas pela Internet no Brasil. Jornal Folha de S. Paulo.
Caderno Dinheiro. São Paulo, SP. p. B10, 17 de janeiro, 2001.
BIVENS, Herbert L.; CHUTE, Alan. Distance Learning Futures: Creating New
Learning Environments and Developing. New Pedagogical Skills. Distance Learning
Resources Published Articles. Lucent Technologies – Center for Excellence in
Distance Learning (CEDL). USA, 1999. Disponível em:
http://www.lucent.com/cedl/icdeenv2.html. Acesso em: 20 jan. 2006.
BLENKHORN, Paul. A System for Converting Braille into Print. IEEE Transactions on
Rehabilitation Engineering. USA, IEEE Engineering in Medicine and Biology Society,
v. 3, n. 2, June, p. 215 - 221, 1995. ISSN 1063-6528.
BOURNE, J. R.; MCMASTER, E.; RIEGER, J.; CAMPBELL, J. O. Paradigms for On-
Line Learning: A Case Study in the Design and Implementation of an Asynchronous
Learning Networks (ALN) Course. Center for Innovation in Engineering Education,
Vanderbilt University, Nashville, USA, 1997. Disponível em:
http://www.aln.org/alnweb/journal/issue2/assee.htm. Acesso em: 22 jan. 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº. 319, de 26 de fevereiro de 1999
Institui a Comissão Brasileira do Braille. Brasília, 26 de Fevereiro, 1999.
_____. Decreto nº. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 Regulamenta o Art. 80 da
LDB (Lei no. 9.394/96). Brasília, 10 de Fevereiro, p. 1, 1998.
_____. Lei nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Brasília, 20 de dezembro, 1996.
BUENO, Gracimar Alvares. Teste da Eficiência de Um Manual Para Treino de
Orientação e Mobilidade de Cegos. Tese de Doutoramento apresentada ao Instituto
de Psicologia da Universidade de São Paulo, 2006.
CARVALHO, Ariadne M. B. Rizzoni; CHIOSSI, Thelma C. S. Introdução à
Engenharia de Software. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001. ISBN 85-268-
0532-0.
CARVALHO, Gláucia Melaço Garcia e BOTELHO, Francisco Villa Ulhôa. Educação
a Distância: um estudo sobre expectativas dos alunos em relação ao uso do meio
impresso ou eletrônico. Resumo de trabalho a apresentado nas III Jornadas de
Educação a Distância do Mercosul – CREAD (30 de setembro a 2 de outubro, 2006).
57
_____. PUC-Campinas vence mais um desafio no Ensino a Distância. Entrevista
concedida ao periódico Antena, informativo mensal da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas. Campinas, SP. Ano I, n. 1, p. 4, Maio, 2000a.
_____. Projeto para Deficientes Visuais. Entrevista concedida aos jornalistas Mirna
Abreu e Nicolucci. Programa Cidade em Foco. dio Educadora AM de Campinas.
Campinas, SP. Veiculada ao vivo às 19:00, 02 de outubro, 2000b.
CARVALHO, José Oscar Fontanini de. Grupo Reúne Órgãos de Apoio a Portadores
de Deficiência. Entrevista concedida ao periódico Antena, informativo mensal da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Campinas, SP. Ano I, n. 5, p. 3,
Outubro, 2000c.
_____. PUC Cria Núcleo de Pesquisa para Deficiente. Entrevista concedida ao
Jornal Folha de S. Paulo. o Paulo, SP. Caderno Campinas, p. C5, 4 de outubro,
2000d.
_____. União dos que Trabalham com Portadores de Deficiência. Entrevista
concedida ao periódico Comunidade, informativo mensal da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas. Campinas, SP. Ano III, n. 35, p. 4, Novembro, 2000e.
_____. A Utilização de Técnicas de Educação a Distância Mediada por Computador
como Apoio às Aulas Presenciais: Um Estudo de Caso. Actas del Congreso
Internacional Online Educa Madrid – La Formación Virtual en el Nuevo Milenio,
Madrid, Espanha, Edições UNED, p. 5-9, 2000f.
_____. Ensino a Distância Ganha Assessoria. Entrevista concedida ao periódico
Diálogos, informativo mensal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Campinas, SP. Ano II, n. 10, p. 3, Fevereiro, 1999a.
_____. Aula pelo Computador. Entrevista concedida ao jornalista Edson Pereira
Filho. Jornal Diário do Povo. Campinas, SP. Ano 88, n. 28.051, p. 5, 1 de março,
1999b.
_____. Curso a Distância Ganha Adeptos. Entrevista concedida à jornalista Ângela
Gusikuda. Jornal Gazeta Mercantil. Caderno Planalto Paulista. Campinas, SP. p. 1,
Ano I, n. 75, 17 de março, 1999c.
_____. Graduação a Distância. Entrevista concedida ao jornalista Aderval Borges.
Diálogos, informativo mensal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Campinas, SP. Ano II, n. 12, p. 8, Abril, 1999d.
58
_____. Ensino a Distância na Graduação. Entrevista concedida à jornalista Cheila.
Programa Tarefa Mínima. TV NET. Canal 25 (TV cabo). Campinas, SP. Veiculada
em 29 de junho às 10:00h e reapresentada em 29 de junho às 16:15h, 1999e.
CARVALHO, José Oscar Fontanini de. Seminário sobre Ensino a Distância será em
Setembro. Entrevista concedida ao jornalista Aderval Borges. Diálogos, informativo
mensal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Campinas, SP. Ano II, n.
14, p. 5, Agosto, 1999f.
_____. Universidade do Futuro. Entrevista concedida à jornalista Eliana Paschoalin.
Jornal Diário do Povo. Campinas, SP. Ano 88, n. 28.269, p. 3, 4 de outubro, 1999g.
_____. Educação a Distância. Entrevista concedida à jornalista Amanda. Programa
Século News. TV culo 21. Canal 53 (UHF). Campinas, SP. Veiculada em 06 de
outubro às 18:30h e reapresentada em 16 de outubro às 12:30h, 1999h.
_____. Universidade Hospeda Site Sobre Ensino a Distância. Entrevista concedida
ao periódico Síntese, informativo quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas. Campinas, SP. Ano III, n. 35, p. 7, 1 quinzena de Outubro, 1999i.
_____. NAR hospeda Site nacional sobre Ensino a Distância. Entrevista concedida
ao periódico Diálogos, informativo mensal da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas. Campinas, SP. Ano II, n. 16, p. 6, Outubro, 1999j.
_____. Ensino a Distância. Entrevista concedida à jornalista Martha Monteiro.
Programa Martha Monteiro. CNTi. Canal 23 (UHF). Campinas, SP. Gravada em 03
de novembro e veiculada em 28 de novembro às 12:30h, 1999k.
_____. Ensino a Distância. Palestra apresentada ao Conselho Universitário da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 02 de dezembro e reapresentada
a outras unidades da mesma Universidade, 1999l.
_____. A Tecnologia Apoiando os Deficientes Visuais no Ensino Superior - A
Experiência da PUC-Campinas. Mídia, Educação e Leitura. Capítulo de livro
organizado por BARZOTTO, Valdir Heitor; GHILARDI, Maria Inês. São Paulo,
Anhembi Morumbi e Associação de Leitura do Brasil, p. 229 - 240, 1999m. ISBN 85-
87370-03-0.
_____. Relatório com o resumo da Participação nas Primeiras Jornadas de
Educação a Distância do MERCOSUL. - Relatório de Viagem à PUC-Campinas. Foz
do Iguaçu Paraná. Organizado pelo Consórcio Rede de Educação à Distância
(CREAD). Setembro de 1997.
59
_____. Sistemas de Interação Homem-Computador Destinados aos Deficientes
Visuais. Informédica. Revista de Informática para dicos. Campinas, cleo de
Informática Biomédica da UNICAMP, v. 2, n. 12, janeiro/fevereiro, p. 11-15, 1995.
CARVALHO, José Oscar Fontanini de. Deficientes Visuais têm Aula em
Computador. Entrevista concedida à jornalista Maria Finetto. Jornal Diário do Povo.
Campinas, SP. Caderno de Economia, p. 4, 29 de abril, 1994a.
_____. Referenciais para Projetistas e Usuários de Interfaces de Computadores
Destinadas aos Deficientes Visuais. Dissertação de Mestrado apresentada à
Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Campinas, Brasil,
1994b.
_____. ProAces/DV Projeto de Acessibilidade aos Alunos Deficientes Visuais da
PUC-Campinas - SP - Aspectos Pedagógicos. Anais do III Congresso Ibero-
Americano de Educação Especial - Diversidade na Educação: Desafio para o Novo
Milênio, Ministério da Educação, Foz do Iguaçu, PR, v. 3, p. 332-336, 1998.
CARVALHO, José Oscar Fontanini de. ARANHA, Maria Cristina L. F. M..
ProAces/DV Projeto de Acessibilidade aos Alunos Deficientes Visuais da PUC-
Campinas Aspectos Tecnológicos. Anais do XVIII Congresso Nacional da
Sociedade Brasileira de Computação, IVWorkshop de Informática na Escola, Belo
Horizonte, MG, Universidade Federal de Minas Gerais, v. 1, p. 557-567, 1998.
CATELAN, Wagner. Depoimento feito ao autor do trabalho. Cargo: Consultor de
tecnologia assistiva. Cisco Networking Academies Program. SP, 2001.
CDLP The California Distance Learning Project. What is Distance Learning?
California State University Institue. Sacramento County Office of Education, (1999)
Disponível em: <http://www.otan.dni.us/cdlp/distance/home.html>. Acesso em: 17
jan. 2006.
CERQUEIRA, Jonir Bechara; FERREIRA, Elise de Melo Barbosa. Recursos
Didáticos na Educação Especial. Benjamim Constant. Rio de Janeiro, Instituto
Benjamim Constant, MEC, Centro de Pesquisa, Documentação e Informação, ano 6,
n. 15, abril, p. 24-28, 2000. ISSN 1414-6339.
CHAVES, Eduardo O. C. A Tecnologia e os Paradigmas na Educação: o Paradigma
Letrado entre o Paradigma Oral e o Paradigma Audiovisual. In BARZOTTO, V. H.;
GHILARDI, M. I. (Orgs.), Mídia Educação e Leitura. São Paulo, Editora Anhembi
Morumbi e Associação de Leitura do Brasil, p. 193-214, 1999. ISBN 85-87370-03-0.
_____. Introdução à Informática. Campinas, SP: Editora Mindware, 1996.
60
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da Administração. S. Paulo, SP: McGraw-Hill,
Vol. II, 3a. ed, 1987. ISBN 0-07-450067-8.
CHONG, Curtis. Problems and Challenges of the Graphical. User Interface. In
Proceedings of the 2nd U.S./Canada Conference on Technology for the Blind. The
Braille Monitor, Pierce, Barbara (Editor). Maryland, National Federation of the Blind,
January, p. 52-56, 1994.
COOMBS, Norman. Distance Learning and Students with Disabilities: Easy Tips for
Teachers. Proceedings of 2000 Technology and Persons with Disabilities
Conference. CSUN - California State University Northridge. USA. March, 2000.
CORDÃO JÚNIOR, José Parra; GAVAZZA, José Augusto Tagliassachi; CARVALHO,
José Oscar Fontanini de. Transcritor Braille. Projeto de conclusão de graduação para
o Curso de Engenharia de Computação da PUC-Campinas. Campinas, SP, 2000.
CORN, Anne L.; KOENIG, Alan J. Perspectives on Low Vision. In Corn, Anne L. e
Koenig, Alan J. Foundations of Low Vision: Clinical and Functional Perspectives.
New York, NY, AFB Press, American Foundation for the Blind, p. 3-25, 1996. ISBN 0-
89128-941-0.
CRANMER, T. V. Emerging Research Goals in the Blindness Field. In Proceedings
of the 2nd U.S./Canada Conference on Technology for the Blind. The Braille Monitor,
Pierce, Barbara (Editor). Maryland, National Federation of the Blind, January, p. 20-
25, 1994.
CREWS, J. E.. Strategic Planning and Independent Living for Elders Who Are Blind.
Journal of Visual Impairment & Blindness. New York, American Fundation for the
Blind Press, v. 85, n. 2, February, p.52-57, 1991.
CRUZ, Dulce. A Construção de Modelos de Ensino a Distância: A Experiência do
LED/UFSC. Palestra apresentada pela docente da Universidade Federal de Santa
Catarina, na Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, 12 de Agosto,
1999.
DLRN Distance Lerning Resource Network. What is Distance Education? WestED.
San Francisco. USA, 199_. Disponível em:
<http://www.wested.org/tie/dlrn/distance.html>. Acesso em: 17 jan. 2006.
EISENBERG, Anne. Sabores de Alimentos Chegam ao Microcomputador pela
Internet. Jornal Folha de S. Paulo. São Paulo, Caderno Informática, p. F 6, 17 de
janeiro, 2001.
61
ERIN, Jane N. E; PAUL, Beth. Functional Vision Assessment and Instruction of
Children and Youths in Academic Programs. In Corn, Anne L. e Koenig, Alan J.,
Foundations of Low Vision: Clinical and Functional Perspectives. New York, NY, AFB
Press, American Foundation for the Blind, p. 185-220, 1996. ISBN 0-89128-941-0.
FAY, Brian T. Evaluation of Individuals with Visual Impairment for Educational and
Vocational Applications of Assistive Technology. Proceedings of 1998 Technology
and Persons with Disabilities Conference. CSUN - California State University
Northridge. USA. March, 1998.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa.
Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 2. ed., 1986.
FERREL, K. A.; PERSICHITTE, K. A.; LOWELL, N. Distance Learning Technologies
for Blind and Visualy Impaired Students. Proceedings of 2000 Technology and
Persons with Disabilities Conference. CSUN - California State University Northridge.
USA. March, 2000.
FONSECA, Vítor da. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre,
Editora Artes Médicas, 2. ed., 1995. ISBN 85-7307-086-2.
FOWLER, Martin; SCOTT, Kendall. UML Essencial: Um breve guia para a
linguagem- padrão de modelagem de objetos. Porto Alegre, RS: Bookman, 2. ed.,
2000. ISBN 85-7307-729-8.
FRITZ, J. P; BANER, K. E. Design of a haptic data visualization system for people
with visual impairments. Rehabilitation Engineering, IEEE Transactions, volume: 7,
(p. 372-384), setembro, 1999.
GANE, Chris; SARSON, Trish. Análise Estruturada de Sistemas. Rio de Janeiro, RJ,
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1983. ISBN 85-216-0245-6.
GLINERT, Ephraim P. Ensuring Access for People with Disabilities to the National
Information Infrastructure and Multimedia Computing. SIGCAPH Newsletter. NY,
ACM Special Interest Group on Computers and the Physically Handicapped, ACM
Press, n. 59, September, p. 10-17, 1997.
HATWELL, I. Psychologie cognitive de lac cécité précoce. Paris: Dunot, 2003.
HENAJEROS et al. Acessibilidad en el Medio Físico para Personas con Ceguera o
Deficiencia Visual. Madrid, ONCE, 1994. ISBN 84-87277-39-X.
62
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil. Disponível em:
<http://www.ibge.net/ibge/presidencia/noticias>. Acesso em: 19 abr. 2006.
INA, Satoshi. Embodiment of 3D Virtual Objects for the Blind by PC. SIGCAPH
Newsletter. NY, ACM Special Interest Group on Computers and the Physically
Handicapped, ACM Press, n. 60, January, p. 17-21, 1998.
JOSÉ, Newton Kara. Estimativa de prevalência sobre cegos e deficientes visuais.
Dados fornecidos pela Profa. Rita de Cássia Ietto Montílha, Coordenadora de
Deficientes Visuais do Centro de Estudos e Pesquisas Prof. Dr. Gabriel Porto da
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP,
2003.
KARSHMER, Arthur I.; KAUGARS, Karlis. Equal Access to Information for All:
Making the World of Electronic Information more Accessible to the Handicapped in
our Society. SIGCAPH Newsletter. NY, ACM Special Interest Group on Computers
and the Physically Handicapped, ACM Press, n. 52, November, p. 11-22, 1995.
KAUCHAKJE, Samira. Inclusão: Uma Perspectiva Social e da Conquista dos
Direitos. In QUEVEDO, A. A. F.; OLIVEIRA, J. R.; MANTOAN, M. T. E.. Mobilidade,
Comunicação e Educação: Desafios à Acessibilidade. Campinas, SP, WVA Editora e
Distribuidora Ltda., p. 203-212, 2000. ISBN 85-85644-20-6.
KOENIG, Alan J. Selection of Learning and Literacy Media for Children and Youths
with Low Vision. In Corn, Anne L. e Koenig, Alan J., Foundations of Low Vision:
Clinical and Functional Perspectives. New York, NY, AFB Press, American
Foundation for the Blind, p. 246-279, 1996. ISBN 0-89128-941-0.
KOENIG, Alan J; REX, Evelyn J. Instruction of Literacy Skills to Children and Youths
with Low Vision. In Corn, Anne L. e Koenig, Alan J., Foundations of Low Vision:
Clinical and Functional Perspectives. New York, NY, AFB Press, American
Foundation for the Blind, p. 280-305, 1996. ISBN 0-89128-941-0.
LANDIM, Cláudia Maria das Mercês Paes Ferreira. Educação à Distância: algumas
considerações. Rio de Janeiro: [s.n.], 1997.
LEIDERMANN, Frank; WEBER, Harald; ZINK, Klaus J. New Technologies and
People with Disabilities - Profile of the Institute of Technology and Work (ITA).
SIGCAPH Newsletter. NY, ACM Special Interest Group on Computers and the
Physically Handicapped, ACM Press, n. 63, January, p. 4-7, 1999.
LITTO, Fredric M. O Ensino a Distância no Brasil e no Mundo. Palestra apresentada
pelo presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância ABED no
63
Seminário de Ensino a Distância da Pontifícia Universidade Católica de Campinas,
SP, 27 de setembro, 1999.
LOYOLLA, Waldomiro; PRATES, Maurício. Metodologia de Educação a Distância:
Mediada por Computador (EDMC): Resultados de sua Aplicação em Diversos veis
Educacionais no Biênio 1998-2000. Anais do VII Congresso Internacional de
Educação a Distância. Associação Brasileira de Educação a Distância. SP, Agosto,
2000.
LUCENA, Carlos J. P. et al. O Aulanet e as Novas Tecnologias de Informação
Aplicadas à Educação Baseada na WEB. Anais do VI Congresso Internacional de
Educação a Distância. Associação Brasileira de Educação a Distância. RJ, 1999.
MENNENS, J. et al. Optical Recognition of Braille Writing Using Standard Equipment.
IEEE Transactions on Rehabilitation Engineering. USA, IEEE Engineering in
Medicine and Biology Society, v. 2, n. 4, December, p. 207 - 212, 1994. ISSN 1063-
6528.
MORAES, Mônica Cristina Martinez de. Depoimento feito ao autor do trabalho.
Cargo: Professora de Educação Especial. Função: Professora Itinerante. Rede
Pública Municipal de Campinas, SP, 2001.
NABAIS, Márcia Lopes de Moraes et al. Estudo Profissiográfico: O Encaminhamento
do Deficiente Visual ao Mercado de Trabalho. Benjamim Constant. Rio de Janeiro,
Instituto Benjamim Constant, MEC, Centro de Pesquisa, Documentação e
Informação, ano 6, n. 15, abril, p. 8-23, 2000. ISSN 1414-6339.
NASCIMENTO, Ângela Maria Rossi do et al.. O Deficiente Visual na Classe Comum.
SP, SE/CENP, 1987.
NETO, Francisco Jo da Silva Lobo. Educação a Distância: Regulamentação,
Condições de Êxito e Perspectivas. Faculdade de Educação da Universidade
Federal Fluminense, 1998. Disponível em: <http://www.intelecto.net>. Acesso em: 22
jan. 2006.
NISKIER, Arnaldo. Educação à Distância A tecnologia da esperança. São Paulo,
Edições Loyola, 1999. ISBN 85-15-01982-5.
NORMAN, Donald A. The Pedagogy of UNext: Online distance education is not
tradicional education at a distance. Anais do VII Congresso Internacional de
Educação a Distância. Associação Brasileira de Educação a Distância. SP, Agosto,
2000.
64
NUNES, Ivônio B. Noções de Educação a Distância. Revista Educação a Distância.
Brasília, Instituto Nacional de Educação a Distância, ns. 4/5, Dezembro/93- Abril/94,
p. 7-25, 1994. Disponível em: <http://www.intelecto.net/ead/ivonio1.html>. Acesso
em: 22 jan. 2006.
PASTORE, José. Oportunidades de Trabalho para Portadores de Deficiência. São
Paulo: LTr Editora Ltda., 2000. ISBN 85-7322-991-8.
PEREZ, Elaine Cristina de Matos Fernandez. Educação Inclusiva Caminhos de
uma Educação Humanista. In QUEVEDO, A. A. F.; OLIVEIRA, J. R.; MANTOAN, M.
T. E. Mobilidade, Comunicação e Educação: Desafios à Acessibilidade. Campinas,
SP, WVA Editora e Distribuidora Ltda., p. 193-202, 2000. ISBN 85-85644-20-6.
PERROTO, Elisabeth M. Technology for the Visually Impaired: Hi and Lo-tech
Strategies in the Cassroom and on the "Classroad". Proceedings of 1998 Technology
and Persons with Disabilities Conference. CSUN - California State University
Northridge. USA. March, 1998.
PHTN Public Health Training Network. Glossary of Selected Distance Learning
Terms and Phrases. USA. Última atualização em 8 de abril de 1999. Disponível em:
<http://www.cdc.gov/phtn/lingo.htm>. Acesso em: 19 fev. 2006.
PIMENTEL, Mariano G.; ANDRADE, Leila C. V. Educação a Distância: Mecanismos
para Classificação e Análise. Anais do VII Congresso Internacional de Educação a
Distância. Associação Brasileira de Educação a Distância. SP, Agosto, 2000.
PIWETZ, C.; EIFFERT, F.; HECK, H.; MÜLLER-CLOSTERMAN, B. An Adjustable
User Interface Providing Transparent Acces to Application Programs for the
Physically Disabled. SIGCAPH Newsletter. NY, ACM Special Interest Group on
Computers and the Physically Handicapped, ACM Press, n. 51, January, p. 11-16,
1995.
PRATES, Maurício; LOYOLLA, Waldomiro. Educação à Distância Mediada por
Computador (EDMC) Projeto Pedagógico para Cursos de Pós Graduação. Revista
da Educação, Campinas, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, v. 3, n 7, ps.
44-51, novembro, 1999.
PRESSMAN, Roger S. Software Engineering: A Practitioner's Approach. New York,
NY, McGraw-Hill, Inc., Third Edition, 1992. ISBN 0-07-050814-3.
QUARTIERO, Elisa Maria. As Tecnologias da Informação e Comunicação e a
Educação. Revista Brasileira de Informática na Educação. RJ, Sociedade Brasileira
de Computação, n. 4, Abril, 1999. ISSN 1414-5685.
65
RAMANUJAM, Perumalsamy R. Opening Distance Education to People with
Disabilities: The Need to Break Institutional Barriers. Proceedings of The 19th ICDE
World Conference on Open Learning and Distance Education, International Council
for Open and Distance Education. Viena, Austria, June, 1999.
ROTH, Ilona.. A Educação Democrática. Publicado originalmente no jornal Folha de
S. Paulo, Caderno Mais!, 24 de maio, p. 13, 1998. Disponível em:
<http://www.intelecto.net/ead>. Acesso em: 22 jan. 2006.
SARAIVA, João F. Projeto de Informática na Educação do Estado de Minas Gerais
(1997/1998). Relatório da Secretaria de Estado do Governo de Minas Gerais. Belo
Horizonte, MG, 1998.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos. Rio
de Janeiro, RJ, WVA Editora e Distribuidora Ltda., 1997. ISBN 85-85644-11-7.
SHINOHARA, M.; Shimizu, Y.; Mochizuki, A. Three-Dimensional Tactile Display for
the Blind. IEEE Transactions on Rehabilitation Engineering. USA, IEEE Engineering
in Medicine and Biology Society, v. 6, n. 3, September, p. 249 - 256, 1998. ISSN
1063-6528.
SILVA, Helena Ferreira da. A Percepção do Cego Pelo Universitário: Um Problema
de Integração na Comunidade. Dissertação de mestrado apresentada no Centro de
Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal da Paraíba, 1982.
SPODICK, Edward F. The Evolution of Distance Learning. Hong Kong University of
Science & Technology Library. Apresentado em agosto de 1995 e revisado em 5 de
março de 1996. Disponível em: <http://sqzm14.ust.hk/distance/evolution-distance-
learning.htm>. Acesso em: 23 jan. 2007.
STEPHANIDIS, Constantini. User Interface for All. SIGCAPH Newsletter. NY, ACM
Special Interest Group on Computers and the Physically Handicapped, ACM Press,
n. 54, January, p. 20-23, 1996.
STEWART, Ron. Distance Education and Individuals with Disabilities. Proceedings of
1999 Technology and Persons with Disabilities Conference. CSUN - Califórnia State
University Northridge. USA. March, 1999.
TEACH Wisconsin. TEACH Wisconsin Glossary of Technical Terms. USA, 1999.
Disponível em: <http://www.teachwi.state.wi.us/links/glossary.htm>. Acesso em: 19
jan. 2007.
66
TFT Technologies for Training. Glossary A-Z. Department for Education and
Employment. UK. Última atualização em 9 de julho de 1999. Disponível em:
<http://www.ttt.co.uk/glossary1.html>. Acesso em: 19 jan. 2007.
THAKKAR, Umesh. Ethics in the Design of Human-Computer Interfaces for the
Disabled. SIGCAPH Newsletter. New York, ACM Press, n. 42, June, p. 1-7, 1990.
TÔCO, Alexandre Alves. Depoimento feito ao autor do trabalho. Cargo: Analista de
Sistemas. COSESP - Companhia de Seguros do Estado de São Paulo, São Paulo,
2001.
VALENTE, Jo Armando e ALMEIDA, Fernando José. Visão Analítica da
Informática na Educação no Brasil: a questão da formação do professor. Revista
Brasileira de Informática na Educação. RJ, Sociedade Brasileira de Computação, n.
1, setembro, 1997. ISSN 1414-5685.
VALENTE, José Armando. Educação a Distância: uma oportunidade para mudança
no processo ensino-aprendizagem. Palestra ministrada no Centro de Computação
da UNICAMP, Campinas, SP em 05 de abril, 2001.
VANDERHEIDEN, Gregg C. Making Software More Accessible for People with
Disabilities. SIGCAPH Newsletter. NY, ACM Special Interest Group on Computers
and the Physically Handicapped, ACM Press, n. 47, June, p. 2-32, 1993.
VANDERHEIDEN, Gregg C.; VANDERHEIDEN, Katherine R.. Acessible Design of
Consumer Products. Guidelines for the Design of Consumer Products to Increase
their Accessibility to the People With Disabilities or who are Aging. AD HOC Industry-
Consumer-Researcher Work Group. Trace R & D Center at the University of
Wisconsin - Madison, USA, 1991.
VICKERY, Leah J. Techniques and Technology for Teaching Students with Vision
Impairment. Proceedings of 2000 Technology and Persons with Disabilities
Conference. CSUN - California State University Northridge. USA. March, 2000.
WCET Western Cooperative for Educational Telecomunications. Glossary of
Telecomunications Terms. USA. Última atualização em 10 de julho de 1997.
Disponível em: <http://www.wiche.edu/telecom/resources/glossary/terms.htm>.
Acesso em: 19 fev. 2006.
WILLIS, Barry. Distance Education at a Glance - Guide 1. Engineering Outreach at
the University of Idaho, USA, 1995. Disponível em:
<http://www.uidaho.edu/evo/distglan.html>. Acesso em: 17 jan. 2006.
67
YAMAMOTO, Hitomi. Unidade de Referência e Recursos para a Educação Especial
Da Elaboração e do Acesso aos Materiais Didáticos ao Aluno com Deficiência
Visual. Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em
Educação do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná, Brasil, 1995.
ZANDT, P. L. Van; ZANDT, S. L. Van; WANG, A. The Role of Support Groups in
Adjusting to Visual Impairment in Old Age. Journal of Visual Impairment & Blindness.
New York, American Fundation for the Blind Press, v. 88, n. 3, May- June, p.244-252,
1994.
ZIMMERMAN, George J. Optics and Low Vision Devices. In CORN, Anne L.;
KOENIG, Alan J., Foundations of Low Vision: Clinical and Functional Perspectives.
New York, NY, AFB Press, American Foundation for the Blind, p. 115-142, 1996.
ISBN 0-89128-941-0.
68
A
A
P
P
Ê
Ê
N
N
D
D
I
I
C
C
E
E
A
A
R
R
O
O
T
T
I
I
N
N
A
A
P
P
A
A
R
R
A
A
C
C
O
O
N
N
T
T
R
R
O
O
L
L
E
E
D
D
A
A
P
P
O
O
R
R
T
T
A
A
D
D
O
O
S
S
M
M
O
O
T
T
O
O
R
R
E
E
S
S
D
D
E
E
V
V
I
I
B
B
R
R
A
A
C
C
A
A
L
L
L
L
A
A
T
T
R
R
A
A
V
V
É
É
S
S
D
D
A
A
P
P
O
O
R
R
T
T
A
A
P
P
A
A
R
R
A
A
L
L
E
E
L
L
A
A
#include <conio.h>
#include <dos.h>
#include <stdlib.h>
#include <math.h>
#include <stdio.h>
#define PORTA 0x378
#define DELAY 500
#define SOM 0
char carac;
void main()
{
clrscr();
printf("\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n");
printf(" PROGRAMA DE TESTES DO PROJETO LUVA");
printf(" [UFCG-CEEI]");
printf("\n-----------------------------------------------------------------
--------------");
printf("\nIntegrantes do PROJETO:");
printf("\nRodrigo Leone Alves\nVanderley Maia");
printf("\n\nORIENTADOR:\nBenedito Aguiar");
printf("\n-----------------------------------------------------------------
--------------");
printf("\n\n\nAperte qualquer tecla para iniciar o teste...");
getch();
do
{
printf("\n\n\n");
printf("===================================================================
=============");
sound(SOM);
delay(DELAY);
outportb(PORTA, 0);
nosound();
clrscr();
printf("\nEntre com a letra que quer enviar:\npressione zero pra
sair.\nATENCAO CAPSLOCK deve estar DESATIVADA.\nComando? -> ");
carac = getch();
printf("\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n");
printf("===================================================================
=============");
printf("\n\n\n");
printf(" ");
switch(carac)
{
case 'a':
{
outportb(PORTA, 1);
printf("Foi enviado o comando `a`");
break;
}
case 'b':
{
outportb(PORTA, 2);
69
printf("Foi enviado o comando `b`");
break;
}
case 'c':
{
outportb(PORTA, 3);
printf("Foi enviado o comando `c`");
break;
}
case 'd':
{
outportb(PORTA, 4);
printf("Foi enviado o comando `d`");
break;
}
case 'e':
{
outportb(PORTA, 5);
printf("Foi enviado o comando `e`");
break;
}
case 'f':
{
outportb(PORTA, 6);
printf("Foi enviado o comando `f`");
break;
}
case 'g':
{
outportb(PORTA, 7);
printf("Foi enviado o comando `g`");
break;
}
case 'h':
{
outportb(PORTA, 8);
printf("Foi enviado o comando `h`");
break;
}
case 'i':
{
outportb(PORTA, 9);
printf("Foi enviado o comando `i`");
break;
}
case 'j':
{
outportb(PORTA, 10);
printf("Foi enviado o comando `j`");
break;
}
case 'l':
{
outportb(PORTA, 11);
printf("Foi enviado o comando `l`");
break;
}
case 'm':
{
outportb(PORTA, 12);
printf("Foi enviado o comando `m`");
70
break;
}
case 'n':
{
outportb(PORTA, 13);
printf("Foi enviado o comando `n`");
break;
}
case 'o':
{
outportb(PORTA, 14);
printf("Foi enviado o comando `o`");
break;
}
case 'p':
{
outportb(PORTA, 15);
printf("Foi enviado o comando `p`");
break;
}
case 'q':
{
outportb(PORTA, 16);
printf("Foi enviado o comando `q`");
break;
}
case 'r':
{
outportb(PORTA, 17);
printf("Foi enviado o comando `r`");
break;
}
case 's':
{
outportb(PORTA, 18);
printf("Foi enviado o comando `s`");
break;
}
case 't':
{
outportb(PORTA, 19);
printf("Foi enviado o comando `t`");
break;
}
case 'u':
{
outportb(PORTA, 20);
printf("Foi enviado o comando `u`");
break;
}
case 'v':
{
outportb(PORTA, 21);
printf("Foi enviado o comando `v`");
break;
}
case 'x':
{
outportb(PORTA, 22);
printf("Foi enviado o comando `v`");
break;
71
}
case 'z':
{
outportb(PORTA, 23);
printf("Foi enviado o comando `z`");
break;
}
defalt :
{
printf("Entre com um comando valido");
break;
}
}
}
while(carac!='0');
}
72
A
A
P
P
Ê
Ê
N
N
D
D
I
I
C
C
E
E
B
B
P
P
U
U
B
B
L
L
I
I
C
C
A
A
Ç
Ç
Õ
Õ
E
E
S
S
E
E
M
M
E
E
V
V
E
E
N
N
T
T
O
O
S
S
ALVES, R. L.; FECHINE, J. M.; FREIRE, R. C. S; AGUIAR NETO, B. G.; Cunha, S.
L. N.; MAIA, Vanderley, 2006. Uma alternativa mais acessível para Transdutores
táteis; IV Congresso Iberoamericano Sobre Tecnologias de Apoio a Portadores de
Deficiência, 1, Vitória – ES.
Cunha, S. L. N; AGUIAR NETO, B. G.; FECHINE, J. M.; ALVES, R. L., 2006.
Técnicas de Processamento Digital de Sinais Aplicadas à Terapia da Fala; IV
Congresso Iberoamericano Sobre Tecnologias de Apoio a Portadores de Deficiência,
1, Vitória – ES.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo