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KARINE KIMAK SALMÓRIA
AVALIAÇÃO DO TORQUE DE INSERÇÃO E DA FORÇA DE
ARRANCAMENTO AXIAL DE MINI-IMPLANTES PARA
ANCORAGEM ORTODÔNTICA
CURITIBA
2006
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KARINE KIMAK SALMÓRIA
AVALIAÇÃO DO TORQUE DE INSERÇÃO E DA FORÇA DE
ARRANCAMENTO AXIAL DE MINI-IMPLANTES PARA
ANCORAGEM ORTODÔNTICA
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-graduação em Odontologia da
Pontifícia Universidade Católica do
Paraná, como parte dos requisitos
para obtenção do Título de Mestre em
Odontologia, área de concentração em
Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Hiroshi Maruo
CURITIBA
2006
ii
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Salmória, Karine Kimak
S172a Avaliação do torque de inserção e da força de arrancamento axial de
2006 mini-implantes para ancoragem ortodôntica / Karine Kimak Salmória ;
orientador, Hiroshi Maruo. – 2006.
106 f. : il. : 30 cm
Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
Curitiba, 2006.
Inclui bibliografia
1. Ortodontia. 2. Ortodontia - Diagnóstico. 3. Ortodontia corretiva.
4. Ortodontia preventiva. I. Maruo, Hiroshi. II. Pontifícia Universidade
Católica do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Odontologia.
III. Título
CDD 20. ed. – 617.643
“Se os seus sonhos estiverem nas nuvens,
não se preocupe, pois eles estão no lugar certo.
Comece agora, a construir os alicerces”
(William Shakespeare)
iii
À Deus
Presença constante em minha vida, sempre abençoando o meu caminho.
Obrigada pelo amparo e iluminação para vencer mais esta etapa.
Aos meus maravilhosos pais Jane e Osni
Por me guiarem pelos caminhos da vida, sempre com muito amor, carinho e
dedicação. Pela inesgotável ajuda em todos os momentos, sempre permanecendo ao
meu lado. Por sempre acreditarem em mim, me incentivando, torcendo e fazendo de
tudo para que os meus sonhos se tornassem realidade. Vocês foram fundamentais para
que eu alcançasse esta vitória!
A minha querida irmã Marina
Pela sua amizade, companheirismo, conselhos e palavras sábias. Você é muito
especial na minha vida e quero que saiba que eu tenho muito orgulho de você.
DEDICO.
iv
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Ao Prof. Dr. Hiroshi Maruo, meu respeito e admiração pela sua grande ajuda na
orientação deste trabalho. Obrigada pelo período de convivência e aprendizado e,
principalmente, pela confiança em mim depositada. Sempre lembrarei da sua
contribuição na minha formação ortodôntica, desde a época da graduação.
Muito obrigada.
v
AGRADECIMENTOS
À Pontifícia Universidade Católica do Paraná pela oportunidade de realizar este
Curso de Mestrado e pela bolsa de estudos parcial concedida.
Ao Diretor do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Prof. Dr. Sérgio
Vieira, pelo seu apoio e atenção sempre dispensados.
Ao Prof. Dr. Orlando Tanaka, pelos sábios conselhos e ensinamentos que muito
contribuíram na minha formação de mestre. Minha profunda admiração pela sua
dedicação ao Curso de Mestrado da PUCPR e por mostrar que ensinar é a mais nobre
das missões.
Ao Prof. Dr. Odilon Guariza Filho, pela sua amizade, pelos bons momentos de
convívio e por tantas vezes que nos fez sorrir, mesmo nos momentos difíceis. Nunca
esquecerei do seu inesgotável incentivo e apoio, desde antes de eu ingressar no
mestrado até os dias de hoje.
À Profa. Dra. Elisa Souza Camargo pelo agradável convívio, disponibilidade em
ensinar, conhecimentos transmitidos e pelo exemplo de dedicação e responsabilidade.
Ao Prof. José Henrique Gonzaga de Oliveira pelos ensinamentos ortodônticos
transmitidos, sempre de maneira tão criativa.
Aos melhores colegas de turma que eu poderia ter, Ariana Pulido Guerrero,
Betina do Rosário Pereira, Camila Del Moro, Ivan Toshio Maruo, Leando Teixeira de
Souza, Roger Thronicke Rodrigues e Thaís Gelatti Bortoly, pelo companheirismo e
pelos bons momentos vividos durante estes dois anos de convívio, que já deixam
saudade... Suas amizades sinceras foram essenciais nesta caminhada e permanecerão
para sempre!
Agradecimento especial ao Leandro Teixeira de Souza, meu companheiro da
fase experimental desta pesquisa. Quando um se mostrava desanimado, o outro estava
sempre presente para fornecer ajuda e incentivo.
vi
Ao médico veterinário do Biotério da PUCPR, Prof. Indalécio Marinardes Sutil, e
a sua equipe Alaércio Zeglan, Antônia Sueli da Silva e Charlei Pires Melo, pelos
cuidados com a saúde, alimentação e higiene dos cães utilizados nesta pesquisa.
Aos técnicos do Laboratório de Técnica Cirúrgica Experimental, Álvaro Roberto
Gonçalves Machado e Misael Gomes Barbosa, pela imensa boa-vontade e zelo na
execução do seu trabalho.
À Profa. Dra. Karin Soldatelli Borsato do Curso de Engenharia Mecânica, pelas
valorosas contribuições nesta pesquisa.
Ao estagiário do Laboratório de Caracterização de Ensaio de Materiais da
Engenharia Mecânica, Renato Cavanha Almeida, pela sua incansável prestatividade
durante a realização dos ensaios, pelos conhecimentos compartilhados, bem como,
pela criação dos dispositivos.
Ao Técnico do Laboratório de Usinagem da Engenharia Mecânica, Wagner
Pimenta, pela confecção dos dispositivos.
À Neodent, pelo incentivo à pesquisa, fornecendo os mini-implantes e kit
cirúrgico.
Ao engenheiro mecânico da Neodent, Alexsander Luis Golin, pela criação da
garra utilizada no ensaio mecânico.
À Dra. Ana Cláudia Moreira Melo, Coordenadora Científica da Neodent, que
acreditou neste projeto.
Ao Dr. Éber Luis de Lima Stevão, pelo apoio, incentivo e pelos seus
conhecimentos de cirurgia e implantodontia, que engrandeceram muito este trabalho.
Ao Prof. Dr. Sérgio Aparecido Ignácio, pela competência na análise estatística e
interpretação dos resultados desta pesquisa.
Aos professores das áreas conexas, pelos conhecimentos transmitidos.
vii
À secretária do Programa de Pós-Graduação da PUCPR Neide Borges dos Reis
(“Neidoca”), pela sua alegria, carinho e atenção com que sempre me atendeu.
Às estagiárias Lucinéia Furtado, Maria Cláudia Guimarães Lopes e Aline Wiens,
sempre prestativas e atenciosas.
À funcionária da Clínica de Ortodontia, Silvana Casagrande Gabardo, pelo
auxílio durante as atividades clínicas.
Aos funcionários da PUCPR, pela presteza dos seus serviços em todos os
setores.
Aos alunos do 7
o
e 8
o
períodos do curso de Odontologia da PUCPR, pela
oportunidade do estágio da docência.
Aos pacientes que contribuíram na minha formação profissional.
Aos colegas das áreas de concentração em Dentística, Estomatologia e Saúde
Coletiva, pelos agradáveis momentos de convívio.
Aos meus familiares e amigos pela compreensão, apoio e amizade. Sempre
presentes e vibrando junto comigo a cada conquista.
Muito obrigada!
viii
SUMÁRIO
1. ARTIGO EM INGLÊS...........................................................................................................2
TITLE PAGE .........................................................................................................................3
ABSTRACT...........................................................................................................................4
INTRODUCTION ..................................................................................................................5
MATERIAL AND METHODS ................................................................................................8
RESULTS ...........................................................................................................................11
DISCUSSION......................................................................................................................12
CONCLUSIONS..................................................................................................................18
REFERENCES ...................................................................................................................19
ILLUSTRATIONS................................................................................................................25
TABLES ..............................................................................................................................27
TERM OF APPROVAL BY THE COMMITTEE OF ETHICS IN ANIMAL RESEARCH.......28
2. ARTIGO EM PORTUGUÊS................................................................................................29
PÁGINA DE TÍTULO...........................................................................................................30
RESUMO ............................................................................................................................31
INTRODUÇÃO....................................................................................................................32
MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................................35
RESULTADOS....................................................................................................................38
DISCUSSÃO.......................................................................................................................39
CONCLUSÕES...................................................................................................................45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................46
FIGURAS............................................................................................................................52
TABELAS............................................................................................................................54
TERMO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM ANIMAIS .......55
3. ANEXOS.............................................................................................................................56
ANEXO I – Fundamentos Teóricos.....................................................................................57
ANEXO II – Material e Métodos..........................................................................................75
ANEXO III – Análise Estatística..........................................................................................90
ANEXO IV –Termo de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Animais............95
ANEXO V – Normas do American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics..96
2
1. ARTIGO EM INGLÊS
3
TITLE PAGE
EVALUATION OF INSERTIONAL TORQUE AND AXIAL PULL-OUT
STRENGTH OF MINI-IMPLANTS FOR ORTHODONTIC ANCHORAGE
Karine Kimak Salmória, DDS
Graduate Dentistry Program – Orthodontics
Master of Science Student
Pontifical Catholic University of Paraná, Curitiba, Brazil.
Hiroshi Maruo, DDS, MSD, PhD
Senior Professor, Graduated Dentistry Program - Orthodontics
Pontifical Catholic University of Paraná, Curitiba, Brazil.
Corresponding author:
Hiroshi Maruo, DDS, MSD, PhD
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Mestrado em Odontologia - Ortodontia
Rua Imaculada Conceição, 1155.
CEP 80215-901. Curitiba, Paraná – Brazil
Phone: 55 (41) 3271-1637
Fax number: 55 (41) 3271-1405
E-mail:
4
ABSTRACT
Introduction: The objectives of this study were to evaluate insertional torque of mini-
implants (MI) for orthodontic anchorage, to compare MI axial pull-out strength at 0 (T0),
15 (T15) and 60 (T60) days after insertion, to determine initial and final cortical bone
thickness, and to analyze the correlations among these variables. Methods: Sixty 1.6 x
6.0 mm MI were inserted in the mandible of ten mongrel dogs. Peak insertional torque
values were recorded, and after animal euthanasia, specimens were prepared. MI were
aligned with a testing machine to register only axial pull-out strength. Cortical bone
thickness was measured after MI removal. Statistical analysis were conducted with
ANOVA and Tukey’s HSD tests. Results: Pull-out strength and final cortical bone
thickness showed differences (p<0.01) among the time points following insertion. The T0
group showed the highest pull-out strength and T60 the smallest final cortical bone
thickness. There was a regular correlation between pull-out strength and final cortical
bone thickness found in T0 (r=0.44, p=0.05). There was no correlation between
insertional torque and pull-out strength, and insertional torque and initial cortical bone
thickness. Conclusions: Pull-out strength is greater immediately after MI insertion,
cortical bone thickness decreases due to bone resorption, and insertional torque is not
an efficient method for predicting MI retention.
5
INTRODUCTION
Anchorage in orthodontics is defined as the resistance to unwanted tooth
movement.
1
Stable anchorage can be an important prerequisite for success of
orthodontic treatment. It is generally true that in adult patients, who are periodontically
compromised and have loss of natural permanent teeth, the control of tooth movement
is difficult,
2
or noncompliance during extraoral appliance treatment is likely.
3
In these
cases, bone anchorage is helpful during orthodontic treatment.
Several approaches to bone anchorage have already been used and described in
the literature, such as the use of vitalium screws,
4
endosseous implants,
5
mini-plates,
6
dental osseointegrated implants in the retromolar area,
7
onplants,
8
palatal implants,
9
mini-screws
2
and mini-implants (MI).
10
Among these devices, MI which were introduced by Kanomi (1997)
10
have been
used in the last few years, due to several advantages over other bone anchorage
approaches. MI are small enough to be inserted in any area of alveolar bone, even in
between dental roots, where such places would not normally accept any conventional
osseointegrated implant.
2,10,11
The surgical procedure for MI insertion is easy to perform,
enabling rapid healing and its removal without irreversible damages when the patient or
orthodontist so desires.
2,11
MI can be loaded immediately, are easily adapted to routine
orthodontic mechanics,
11
and are low-cost devices, and the option for early loading
reduces treatment time when compared to conventional implants.
12,13
In spite of the wide consensus in the literature concerning the use of MI for
orthodontic anchorage, the waiting period for MI loading is variable.
14,15
Many authors
6
believe that it can be loaded immediately,
2,11,16-19
while some allow a healing period of 2
weeks,
3,12,13
3 weeks,
20,21
4 weeks,
22
6 weeks,
19
8 weeks,
23
12 weeks,
24,25
or 6 months.
26
MI loading was even delayed until total osseointegration, even though the authors did
not mention the elapsed healing time.
10
Before commencing MI loading, several factors should be considered:
mechanism of anchorage, if direct or indirect, MI design, bone quantity and quality at the
insertional sites, primary stability, and insertion technique.
14,15,19,27
Cortical bone
thickness and density can vary according to the patient and region of insertion.
28
Places
with thick cortical bone are considered the most stable for MI insertion.
17,29
As retention
depends essentially on the bone-metal interface, the greater the bone quantity the better
primary stability will be.
30
Therefore, if the primary stability of the MI is adequate, it is
possible to load it immediately.
16
In the evaluation of the biomechanical performance of screws inserted into bone,
methods such as insertional torque and axial pull-out tests are the most often used in
orthopedics and in oral and maxillofacial surgery.
29,31-37
Insertional torque is the result of
frictional resistance between screw threads and bone, and determines primary
stability,
36
since MI success rate is related to insertional torque among other factors.
38
Axial pull-out strength is the result of bone failure
29
and reflects the magnitude of the
pull-out strength that the screw bears before bone rupture.
39
Studies have examined the
correlation between insertional torque and axial pull-out strength to determine whether
insertional torque would be able to predict screw retention in bone tissue.
31-36
According
to some authors, there is a correlation between insertional torque and axial pull-out
strength,
31-33
although other investigations have not found that to be true.
34-36
7
There is no unanimity in the literature concerning the ideal period that should be
allowed before MI loading, and also there are no studies correlating insertional torque
with axial pull-out strength for this device. Therefore, the objectives of this study were to
determine the insertional torque of MI placed in the mandible of dogs, to compare axial
pull-out strength at 0 (immediate), 15 and 60 days after MI insertion, to determine initial
and final cortical bone thickness, as well as to analyze the correlations among all the
variables studied.
8
MATERIAL AND METHODS
Sixty self-tapping, titanium grade 5 (Ti-6Al-4V), Neodent
®
(Neodent Implante
Osteointegrável, Curitiba, Brazil) mini-implants (MI) of 1.6 mm diameter and 6.0 mm
length were implanted in 10 male, skeletally mature mongrel dogs, weighing between
14.5 to 18.2 kg. This research was approved by the Committee of Ethics in Animal
Research. The dogs received mouth treatment prior to the experiment consisting of
dental calculus removal and dental plaque control. The MI were inserted in the posterior
region of the mandible in regressive periods: 60 days (T60), 15 days (T15) and
immediate (T0), where each group consisted of 20 MI (n=20). Three MI were placed
bilaterally as shown in Figure 1. MI were not loaded throughout the experiment.
The dogs were pre-anesthetized with ketamine (2 mg/kg) and xylazine (1 mg/kg)
i.m., and endovenous anesthesia was effected with sodium thiopental (2.5 mg/kg). All MI
were inserted by the transmucosal technique,
2
obtaining monocortical anchorage. Bone
drilling was carried out as perpendicular as possible to the buccal bone surface with a
1.3 mm diameter drill bit, around 7 mm below the keratinized mucosal margin, using 600
rpm with copious irrigation.
16
The MI were manually placed with a screwdriver and the
final torque was obtained with a Instrutherm
®
TQ-680 manual digital torquimeter (WA
Componentes Eletrônicos, São Paulo, Brazil) which recorded the insertional torque (IT)
peak in Ncm. Periapical x-rays were taken preoperatively to demarcate the insertional
sites and postoperatively to rule out dental root injuries. Hygiene around the MI was
maintained with twice weekly application of 0.2% chlorhexidine.
2,18,40
The animals were
killed, their mandibles surgically removed, dissected, and sectioned into small blocks.
Each MI was surrounded by approximately 4 mm of bone tissue.
29
The bone blocks
9
were frozen in saline-soaked gauze at -20°C.
41
These blocks remained frozen for 24 to
48 hours, after which they were thawed at room temperature and specimens were
prepared.
Two devices were built for these experiments (Fig 2). Device A was designed for
positioning the bone block in the acrylic resin during embedding, so that the MI is
aligned with the axis of the mechanical testing machine, and device B was used during
biomechanical testing. This alignment was standardized according to ASTM F1691-96
42
to register only the axial pull-out strength. A custom-made grip was developed for MI
handling, and its internal contours had the same profile and dimensions as the MI head.
This grip was used for bone block embedding and the pull-out test. Autopolymerizing
dental acrylic resin was mixed and poured into a metallic ring. The bone blocks
containing the MI, held by the grip, were lowered into the freshly mixed unset resin. Care
was taken to maintain the edges of the bone blocks at the same level of the acrylic
resin. The apparatus was placed in a cold water bath for resin exothermic reaction
dissipation. After acrylic resin setting, the MI was disengaged from the grip and the
sample was ready for the axial pull-out test (Fig 3).
The axial pull-out test was carried out in a EMIC
®
DL 500 machine (Emic
Equipamento e Sistemas de Ensaio Ltda., São José dos Pinhais, Brazil), using a 100
Kg/f load cell and a crosshead speed of 0.05 mm per minute.
Maximum pull-out strength
(PS) was obtained and recorded for each MI in Newtons (N). After the pull-out test, the
samples were sectioned through the center of the MI hole, transversely to the dental
roots.
29
Half of this section was examined under a 1:15 zoom stereoscopic microscope
(Leica Zoom 2000
TM
; Fisher Scientific, USA) to obtain measurements of the cortical
10
bone thickness with a digital caliper rule (Mitutoyo
®
, Model CD-15C; Mitutoyo, Japan).
The measurement was repeated twice on each side of the MI hole. The average
measurement represented the initial cortical bone thickness (CBi) for T0, T15 and T60 at
the MI insertional site where bone integrity was preserved. Final cortical bone thickness
(CBf) was also measured at the closest MI hole as bone resorption occurred in only T15
and T60 (Fig 4). Since there was no bone resorption at T0 with this being the group of
immediate application of force, CBi and CBf were equal.
Presumptions of normality were analyzed by Kolmogorov-Smirnov test. The mean
variables were analyzed by using repeated measures ANOVA to detect statistically
significant differences (p<0.01) among the time periods. Variables with statistically
significant difference were submitted to multiple comparisons using Tukey’s HSD test
(p<0.05). Pearson’s correlation coefficient (p0.05) was used to determine correlations
between the variable pairs IT and PS, IT and CBi, PS and CBf for each time period.
11
RESULTS
Three mini-implants (MI) were lost during the experimental phase. One was from
group T15 and the other two from group T60. Therefore, the axial pull-out test was
carried out in 57 MI and the success rate was 95%. The mean, median, standard
deviation and confidence intervals for each variable are shown in Table I. All the
variables demonstrated a normal distribution (p>0.05).
ANOVA revealed statistically significant differences (p<0.01) for axial pull-out
strength (PS) and final cortical bone thickness (CBf). Insertional torque (IT) and initial
cortical bone thickness (CBi) did not show statistically significant differences (p>0.05).
The mean for IT was 24.54 ± 2.68 Ncm, and for CBi the mean was 2.65 ± 0.52 mm
among the three time groups (T0, T15 and T60).
Tukey’s HSD test (Table II and III) for PS showed that T0 differed from T15 and
T60 (p<0.05) which did not differ between themselves (p>0.05). T0 had the highest PS
(mean 331.15 ± 136.15 N) followed by T15 (mean 242.18 ± 83.71 N) and T60 (mean
224.95 ± 91.33 N). With regard to CBf, T60 differed from T0 and T15 (p<0.001) which
did not differ between themselves (p>0.05). The smallest CBf was found in T60 (mean
1.57 ± 0.63 mm) when compared with T15 (mean 2.38 ± 0.43 mm) and T0 (mean 2.55 ±
0.29 mm).
There was a regular and statistically significant correlation between PS and CBf
only in T0 (r=0.44, p=0.05). There was a positive correlation between T15 and T60,
albeit not statistically significant. The other correlations, IT versus PS and IT versus CBi,
were not statistically significant (p>0.05).
12
DISCUSSION
Even though there is no consensus regarding the best term for temporary
anchorage orthodontic devices, Mah and Bergstrand
19
believe that "mini-implant" is
more appropriate than "micro-implant" or "screw." "Micro" is defined as a magnitude of
10
-6
, and although the format and design of these devices are similar to a screw, this
term could have a negative connotation. Therefore, the term "mini-implant" (MI) was
adopted throughout this research.
The selection of the three time periods was based on the specific bone healing
phases in dogs when correlated with bone repair rates in humans. The study of Roberts
et al.
43
compared the duration of bone remodeling phases in rabbit, dog and man,
dividing the cycle into acceleration, active resorption, latency and formation. The
complete duration of this cycle is around twelve and seventeen weeks in dogs and
humans, respectively. This transformation begins an acceleration phase that last hours
or days, followed by osteoclast activation that produces a bone resorption front resulting
in a cavity. This period of resorption persists for one week and half in dogs and two
weeks in humans. The latency phase lasts one week in dogs and one to two weeks in
humans, approximately. During this phase, osteoclasts are replaced by osteoblasts,
beginning a new phase which is called bone neoformation. Osteoid matrix reaches the
surface of the implant in the fourth week in dogs and in the sixth week in humans. After
approximately ten weeks in dogs and thirteen weeks in humans, the resultant resorption
cavity becomes filled with bone.
Based on these parameters, the time periods chosen for this study were 0, 15,
and 60 days after MI insertion (groups T0, T15 and T60, respectively). T0 was elected
13
for ascertaining the MI primary stability. T15 represented the latency phase of the bone
remodeling cycle, and T60 corresponded to the bone formation phase in dogs.
Storage time and variations in storage conditions for bone tissue can affect its
biomechanical properties, however there is no difference in the axial pull-out test
performed directly after animal euthanasia or one week later, when bone is frozen in
saline solution and stored at -20°C.
41
The specimens for this study were dissected and
the bone blocks sectioned immediately after animal euthanasia. These blocks were
wrapped in saline-soaked gauze and stored frozen for 24 to 48 h at -20°C.
Even though MI have been used in the clinic for almost ten years, few studies
have evaluated the risk factors linked to its loss and stability.
3,17,44
The success rate in
the present work was 95% (57 of 60 MI), in accordance with the percentage found by
Deguchi et al.
20
which was 97% for non-loaded MI inserted in dogs.
Factors affecting MI success are controversial in the literature. The likely reasons
reported by various authors are peri-implantar inflammation,
3,17,44
MI diameter,
17
absence of keratinized mucosa,
3
insertional torque,
38
surgical technique,
18
and cortical
bone thickness and density.
17
For other authors, aspects such as length,
3,17,44
type and
diameter of the MI,
44
surgical technique,
17,44
time of loading,
17,18,44
age and sex of the
patient,
17,38,44
site of insertion,
38
method of force application
44
and quantity of force
18
do
not interfere in MI success. The loss of three MI in this study could have been
associated with surgical technique, insertional torque, cortical bone thickness, absence
of keratinized mucosa, and peri-implant inflammation.
The primary stability was obtained for all MI, and there was no statistically
significant difference in insertional torque (IT) among T0, T15 and T60. The total mean
14
for IT was 24.54 ± 2.68 Ncm, higher than the average found in humans which is 7.2 to
13.5 Ncm.
38
This discrepancy was probably related to the difference in cortical bone
thickness between the species, since it is one of the main factors affecting IT and
consequently primary stability,
27,28
although a correlation between IT and CBi was not
found in this study. Besides bone quality and quantity, other aspects can influence IT,
such as the size of the initial drilling as related to the internal diameter of the screw, the
screw characteristics and insertion technique, if monocortical or bicortical, the use of
continuous or intermittent rotation, and whether the screw is inserted in a dry or wet
material.
33
The mean axial pull-out strength (PS) obtained in this investigation for T0 was
331.15 ± 136.15 N. The value found in the literature for a 2 mm-diameter by 6 mm-
length screw inserted in the posterior region of the mandible of dogs that were submitted
to immediate PS at a rate of 0.05 mm per second is 388.3 ± 23.1 N.
29
The mean values
for these two studies are similar, but they cannot be compared due to differences in
design and diameter of the MI used, and in the speed of the pull-out test. Nevertheless,
it is possible to affirm that in this study the PS was not influenced by the contact
between the MI and dental roots, reassured by radiographic examination and visual
inspection of the bone blocks. It is believed that the large variation in PS reflects
differences in bone quality.
45
Struckhoff et al.
37
studied whether PS was different from the strength obtained
immediately and six weeks after MI insertion. They found no statistically significant
difference between the two time periods, while a significantly higher strength was found
in T0 when compared to T15 and T60 in this study.
15
The decreased PS found in T15 and T60 can be associated with the previously
mentioned healing phases of bone. In T15, bone repair cycle in the dogs was in the
latency phase, and therefore, osteoclastic bone resorption had already occurred, while
in T60, bone formation was proceeding with the osteoid matrix deposit. Deguchi et al.
20
established that bone contact in the bone-MI interface decreases after MI insertion
between the third and sixth weeks in dogs due to the healing events. In T0, the
peripheral MI thread portions were in intimate contact with the surrounding bone
(mechanical engagement), assuring the primary stability which accounted for the PS
found.
Another possibility for decreased PS at 15 and 60 days after MI insertion can be
related to peri-implant inflammation caused by dental plaque accumulation and absence
of keratinized mucosa. Dental plaque can cause peri-implant mucositis
46
and supportive
bone resorption around the implant.
47
Signs of peri-implant mucositis were evident
during all the experiment in T15 and T60, even when using 0.2% chlorhexidine twice
weekly for hygiene, which is an efficient method for preventing plaque-induced
inflammation.
2,40
The findings of this study are in agreement with those of Ericsson et
al.
46
who observed after 3 months a red, edematous peri-implant gingiva in dogs, which
bled when probed. The MI in the present study were inserted into nonkeratinized
mucosa due to the lack of space between the dental roots in the region of keratinized
mucosa, which might have prompted the response observed, since the absence of
keratinized mucosa around a MI can significantly increase the risk of inflammation and is
strongly coupled with high MI loss rates.
3
16
As there are no studies in the literature correlating IT to PS of MI, the results of
this study were compared to those of others that employed screws for rigid osseous
fixation. A correlation between IT and PS was not found at any of the time points
investigated, in agreement with some authors,
34-36
even though other studies concluded
that this correlation exists.
31-33
The lack of correlation between IT and PS can be
explained by bone anisotropic properties, which means uneven bone characteristics.
The trabecular bone morphology produces varied mechanical characteristics and in
different directions, and therefore, IT would not be expected to be an indicator of PS.
36
The mean value found for CBi was 2.65 ± 0.52 mm, and it agrees with the values
described by Huja et al.
29
which were 2.41 mm for the same region in dogs. There was
no statistically significant difference for CBi among T0, T15, and T60; therefore, different
insertional sites did not alter the results. Final cortical bone thickness (CBf) was
significantly smaller in T60 (1.57 ± 0.63 mm) than in T0 (2.55 ± 0.29 mm) and T15 (2.38
± 0.43 mm), very probably due to bone resorption occurring in this period.
A regular correlation was found between PS and CBf in T0 (r=0.44, p=0.05),
where similar results (r = 0.39, p = 0.02) were found by Huja et al.
29
A positive
correlation was also found in T15 and T60 but it was not statistically significant. These
results might be associated with the different densities of the implanted bone sites, since
bone density plays an important role in PS determination.
45
This study did not evaluate
bone tissue qualitatively.
Knowing that the force necessary for tooth movement in orthodontics varies from
0.3 to 4 N,
48
which is much lower than the pull-out force found in this study in T0, T15
and T60, it is believed that MI can be loaded at any of the time points examined.
17
Therefore, future investigations are suggested to study qualitatively the bone tissue at
the site of MI insertion, increasing the time of bone repair and applying load to the MI at
different time periods, to establish more reliable parameters with respect to the ideal
moment for employing force to these devices.
18
CONCLUSIONS
Axial pull-out strength is higher immediately after mini-implant insertion than after
a period of 15 or 60 days.
Cortical bone thickness decreases over a period of weeks due to bone resorption
around the mini-implant neck.
Mini-implants show adequate primary stability when the transmucosal technique
and bone drilling is performed.
Insertional torque is not an efficient method for predicting MI retention.
There is no correlation between insertional torque and initial cortical bone
thickness.
There is a regular correlation between axial pull-out strength and final cortical
bone thickness.
The authors thank Neodent Implante Osteointegrável for donating the mini-
implants, Renato Cavanha for designing the devices and assistance with the pull-out
test, Alexsander Golin for making the mini-implant grip, and Professor Sérgio Aparecido
Ignácio for all statistical analysis.
19
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25
ILLUSTRATIONS
T0
T60
T15
Fig 1. Schematic indicating location of MI insertion in
the right mandible of dog. Circles indicate position of
MI heads in T0, T15 and T60.
a
b
metallic ring
g
ri
p
Fig 2. (a) Drawing of device A used for bone blocks embedding in dental
acrylic resin. (b) Drawing of device B used for axial pull-out test.
Bone block
sample
g
ri
p
26
b
a
Fig 3. Sample containing MI and bone block inserted in dental
acrylic resin. (a) Lateral view and (b) superior view.
a b
Fig 4. Schematic measurement of Cortical Bone (CB). (a) Arrows
showing CBi and CBf for T0. (b) Long arrows show CBi and short
arrows show CBf for T15 and T60. MB = medullary bone.
27
TABLES
Table I.
Descriptive statistics of variables in three studied periods
Inferior limit Superior limit
T0
IT (Ncm)
20 24.71 24.70 1.91 23.81 25.60
PS (N)
20 331.15 340.03 136.15 267.52 394.78
CBi (mm)
20 2.55 2.60 0.29 2.42 2.69
CBf (mm)
20 2.55 2.60 0.29 2.42 2.69
5
IT (Ncm)
20 23.74 23.95 1.47 23.05 24.42
PS (N)
20 242.18 252.34 83.71 203.06 281.30
CBi (mm)
20 2.71 2.68 0.45 2.50 2.92
CBf (mm)
20 2.38 2.35 0.43 2.18 2.58
0
IT (Ncm)
20 25.20 24.45 3.92 23.37 27.03
PS (N)
20 224.95 224.95 91.33 182.27 267.63
CBi (mm)
20 2.72 2.72 0.34 2.56 2.88
CBf (mm)
20 1.57 1.58 0.63 1.27 1.86
(T0) immediate, (T15) 15 days, (T60) 60 days, (IT) insertional torque, (PS) axial pull-out
strength, (CBi) initial cortical bone thickness and (CBf) final cortical bone thickness.
Confidence Interval (95%)
Median
Standard
Desviation
Periods Variables n Mean
T1
T6
LEGEND:
Table II.
Tukey HSD multiple comparisons for axial pull-out strength (PS)
Variable Mean PS (T0) PS (T15) PS (T60)
PS (T0) 331.15
0.0146* 0.0032*
PS (T15) 242.18
0.0146* 0.8359
PS (T60) 224.95
0.0032* 0.8359
LEGEND: (T0) immediate, (T15) 15 days, (T60) 60 days, (PS) axial pull-out strength
NOTE: * There is significant difference for p<0.05.
Table III.
Tukey HSD multiple comparisons for final cortical bone thickness (CBf)
Variable Mean CBf (T0) CBf (T15) CBf (T60)
CBf (T0) 2.55
0.4302 0.0001*
CBf (T15) 2.38
0.4302 0.0001*
CBf (T60) 1.57
0.0001* 0.0001*
LEGEND: (T0) immediate, (T15) 15 days, (T60) 60 days, (CBf) final cortical bone thickness
NOTE: * There is significant difference for p<0.001.
28
TERM OF APPROVAL BY THE COMMITTEE OF ETHICS IN ANIMAL RESEARCH
29
2. ARTIGO EM PORTUGUÊS
30
PÁGINA DE TÍTULO
AVALIAÇÃO DO TORQUE DE INSERÇÃO E DA FORÇA DE ARRANCAMENTO
AXIAL DE MINI-IMPLANTES PARA ANCORAGEM ORTODÔNTICA
Karine Kimak Salmória
Mestranda em Odontologia, Área de Concentração em Ortodontia
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Brasil.
Hiroshi Maruo
Professor Titular do Programa de Pós-graduação em Odontologia,
Área de Concentração em Ortodontia
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Brasil.
Autor para correspondência:
Prof. Dr. Hiroshi Maruo
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Mestrado em Odontologia - Ortodontia
Rua Imaculada Conceição, 1155.
CEP 80215-901. Curitiba, Paraná – Brasil
Fone: 55 (41) 3271-1637
Fax: 55 (41) 3271-1405
E-mail:
31
RESUMO
Introdução: Os objetivos deste estudo foram avaliar o torque de inserção de mini-
implantes (MI) para ancoragem ortodôntica, comparar a força de arrancamento axial
aos 0 (T0), 15 (T15) e 60 (T60) dias após sua inserção, determinar a espessura da
cortical óssea inicial e final, e analisar as correlações entre as variáveis. Métodos:
Foram inseridos sessenta MI (1,6 x 6,0 mm) na mandíbula de dez cães sem raça
definida. O torque de inserção foi aferido e após a eutanásia dos animais foram
confeccionados corpos de prova. Os MI foram alinhados com a máquina de ensaios,
para que somente a força de arrancamento axial fosse registrada. As espessuras das
corticais ósseas foram mensuradas após a remoção dos MI. A análise estatística foi
realizada com teste ANOVA e Tukey HSD. Resultados: Força de arrancamento axial e
espessura da cortical óssea final apresentaram diferenças (p<0,01) entre os períodos.
T0 apresentou a maior força de arrancamento e T60 a menor espessura da cortical
óssea final. Houve correlação regular entre força de arrancamento e espessura da
cortical óssea final em T0 (r=0,44; p=0,05). Não houve correlação entre torque de
inserção e força de arrancamento, torque de inserção e espessura da cortical óssea
inicial. Conclusão: A força de arrancamento axial é maior imediatamente após a
inserção dos MI, a espessura da cortical óssea diminui devido à reabsorção óssea e o
torque de inserção não é um método eficaz para prever a retenção de MI.
Palavras-chave: mini-implante, ancoragem, torque de inserção, teste de arrancamento
axial.
32
INTRODUÇÃO
A ancoragem na Ortodontia é definida como a resistência ao movimento dentário
indesejado.
1
Uma ancoragem estável pode ser um importante pré-requisito para o
sucesso do tratamento ortodôntico, principalmente em pacientes adultos,
periodontalmente comprometidos e com perdas dentárias, nos quais o controle da
movimentação dentária torna-se difícil
2
ou naqueles casos onde não há colaboração do
paciente no uso de ancoragens extra-bucais.
3
Nesses casos, a ancoragem óssea pode
ser um método auxiliar durante o tratamento ortodôntico.
Vários métodos de ancoragem óssea já foram empregados e descritos na
literatura, tais como parafusos de vitalium,
4
implantes endósseos,
5
mini-placas,
6
implantes dentários osseointegráveis na região retromolar,
7
onplants,
8
implantes
palatinos,
9
mini-parafusos
2
e mini-implantes (MI).
10
Dentre estes dispositivos, os MI, que foram introduzidos por Kanomi (1997),
10
têm sido freqüentemente utilizados nos últimos anos, devido às várias vantagens que
apresentam quando comparados aos outros métodos de ancoragem óssea. Os MI são
suficientemente pequenos para serem inseridos em qualquer área do osso alveolar, até
mesmo entre as raízes dentárias, locais que normalmente não aceitariam um implante
osseointegrável de tamanho convencional.
2,10,11
O procedimento cirúrgico para inserção
é de fácil realização, possibilitando rápida cicatrização e remoção quando o paciente ou
o ortodontista desejarem, sem danos irreversíveis.
2,11
Os MI também permitem
aplicação imediata de forças juntamente com a mecânica ortodôntica tradicional,
11
são
mais baratos e a possibilidade de aplicar carga recente reduz o tempo de tratamento
ortodôntico, quando comparado ao implante convencional.
12,13
33
Apesar de existir consenso na literatura acerca da possibilidade de usar MI para
ancoragem ortodôntica, o período que se deve aguardar para a aplicação de força é
variável.
14,15
Muitos autores acreditam que é possível submeter os MI a cargas
imediatas,
2,11,16-19
alguns preferem aguardar um período de cicatrização de 2
semanas,
3,12,13
3 semanas,
20,21
4 semanas,
22
6 semanas,
19
8 semanas,
23
12
semanas,
24,25
6 meses
26
e até mesmo, sua total osseointegração, apesar de não citar o
tempo necessário para que esta ocorra.
10
Para iniciar a aplicação de carga nos MI, vários fatores devem ser considerados:
o mecanismo de ancoragem, se direto ou indireto, o desenho do MI, a qualidade e
quantidade óssea no local da inserção, a estabilidade primária e a técnica de
inserção.
14,15,27
A espessura e a densidade da cortical óssea podem variar de acordo com o
paciente e com a região de inserção.
28
Locais com cortical óssea espessa são
considerados os mais estáveis para inserção dos MI
17,29
e como essa retenção
depende essencialmente da interface osso-metal, quanto maior a quantidade de osso,
melhor será a estabilidade primária.
30
Assim sendo, se a estabilidade primária for
adequada é possível aplicar carga imediata.
16
Para avaliar o desempenho biomecânico de parafusos inseridos em tecido
ósseo, métodos como torque de inserção e teste de arrancamento axial são os mais
utilizados na cirurgia ortopédica e bucomaxilofacial.
29,31-37
O torque de inserção é o
resultado da resistência friccional entre as roscas do parafuso e o tecido ósseo e serve
para avaliar a estabilidade primária,
36
uma vez que a taxa de sucesso dos MI, entre
outros fatores, está relacionada com o torque de inserção.
38
A força de arrancamento
34
axial é o resultado da falência do tecido ósseo
29
e reflete a magnitude da carga axial
que o parafuso suporta antes da ruptura óssea.
39
Estudos avaliaram a correlação entre
o torque de inserção e a força de arrancamento axial, para verificar se o torque de
inserção poderia ser utilizado para prever a retenção de parafusos de fixação rígida no
tecido ósseo.
31-36
Segundo alguns autores, o torque de inserção e a força de
arrancamento se correlacionaram,
31-33
ao passo que em outras pesquisas essa
correlação não foi observada.
34-36
Verifica-se, portanto, que não existe unanimidade na literatura acerca do período
ideal para se aplicar força no MI e que não há pesquisas que correlacionem o torque de
inserção com a força de arrancamento axial nesse dispositivo. Sendo assim, os
objetivos deste estudo foram avaliar o torque de inserção de MI na mandíbula de cães,
comparar a força de arrancamento axial desses MI aos 0 (imediato), 15 e 60 dias após
sua inserção, determinar a espessura da cortical óssea inicial e final, bem como
analisar as correlacões de todas as variáveis estudadas.
35
MATERIAL E MÉTODOS
Sessenta mini-implantes (MI) autorosqueáveis de titânio grau 5 (Ti-6Al-4V),
medindo 1,6 mm de diâmetro e 6,0 mm de comprimento, da marca Neodent
®
(Neodent
Implante Osteointegrável, Curitiba, Brasil), foram inseridos na mandíbula de 10 cães
sem raça definida, machos, adultos jovens, pesando entre 14,5 e 18,2 Kg. Esta
pesquisa foi aprovada pelo Comite de Ética em Pesquisa com Animais. Antes da
inserção dos MI foi realizado um tratamento prévio na cavidade bucal dos cães que
consistiu em remoção do cálculo dentário e controle da placa bacteriana. Os MI foram
inseridos na região posterior da mandíbula dos cães em períodos regressivos: 60 dias
(T60), 15 dias (T15) e imediato (T0), sendo 20 MI (n=20) para cada grupo. Foram
instalados três MI bilateralmente, conforme a Figura 1. Durante o experimento os MI
não receberam aplicação de carga.
Os cães foram pré-anestesiados com ketamina (2 mg/Kg) e xilazina (1 mg/Kg)
via intra-muscular, e a anestesia endovenosa foi obtida com tiopental sódico (2,5
mg/Kg). Os MI foram inseridos pela técnica transmucosa,
2
obtendo-se uma ancoragem
monocortical. A perfuração óssea foi realizada com fresa de 1,3 mm de diâmetro, o
mais perpendicular possível à superfície óssea vestibular, cerca de 7 mm abaixo do
término da gengiva inserida, a 600 rpm, sob constante refrigeração com soro
fisiológico.
16
Os MI foram inseridos com chave manual e o rosqueamento final foi
executado com o torquímetro manual digital Instrutherm
®
TQ-680 (WA Componentes
Eletrônicos, São Paulo, Brasil), que aferiu o torque de inserção máximo (TI), medido em
Ncm. Foram realizadas radiografias periapicais no pré-operatório para demarcar os
locais de inserção e no pós-operatório, para descartar a possibilidade de injúria às
36
raízes dentárias. A higiene ao redor dos MI foi realizada duas vezes por semana com
solução de clorexidina a 0,2%.
2,18,40
Após a eutanásia dos animais, as mandíbulas
foram removidas cirurgicamente, dissecadas e seccionadas em pequenos blocos. Cada
mini-implante (MI) ficou circundado por aproximadamente 4 mm de tecido ósseo.
29
Os
blocos ósseos foram enrolados em compressas de gaze embebidas em soro fisiológico
e congelados a -20° C.
41
Assim permaneceram de 24 a 48 horas até o momento da
confecção dos corpos de prova, quando foram descongelados à temperatura ambiente.
Foram confeccionados dois dispositivos A e B (Fig 2). O dispositivo A foi
desenvolvido para posicionar o bloco ósseo na resina acrílica durante o processo de
embebição, de tal forma, que o MI ficasse alinhado com o eixo da máquina de ensaios
mecânicos e o B, foi utilizado durante o teste biomecânico. A ASTM F1691-96
42
preconiza este alinhamento para que somente a força de arrancamento no sentido axial
seja registrada. Uma garra foi elaborada para apreensão do MI com o mesmo perfil e
dimensões da sua cabeça. Esta mesma garra foi utilizada para a embebição do bloco
ósseo e para a realização do teste de arrancamento. A resina acrílica auto-polimerizável
foi dispensada dentro do anel metálico e o bloco ósseo contendo o MI, apreendido pela
garra, foi nela submerso de maneira que as suas margens ficassem no mesmo nível da
superfície da resina. Este conjunto foi colocado em um recipiente com água fria para
dissipar a reação exotérmica da resina acrílica. Após a presa da resina, o MI foi solto da
garra e o corpo de prova estava pronto (Fig 3) para ser submetido ao teste de
arrancamento.
O teste de arrancamento axial foi realizado na máquina de ensaios EMIC
®
DL
500 (Emic Equipamentos e Sistemas de Ensaio Ltda., São José dos Pinhais, Brasil),
37
utilizando uma célula de carga de 100 Kg/f a uma velocidade constante de 0,05
mm/min. A força de arrancamento máxima (FA) foi obtida e registrada para cada MI em
Newton (N). Após o teste de arrancamento, os corpos de prova foram seccionados pelo
centro da loja óssea deixada pelo MI, transversalmente às raízes dentárias.
29
Uma
metade de cada corpo de prova foi examinada através de microscópio esterioscópico
Leica Zoom 2000
TM
(Fisher Scientific, EUA) com aumento de 15 vezes, para a medição
da cortical óssea com paquímetro digital Mitutoyo
®
(CD-15C, Mitutoyo, Japão). A
mensuração da espessura da cortical óssea foi repetida 2 vezes para cada lado do sítio
de descontinuidade. A média obtida entre as medidas dos dois lados do sítio de
inserção do MI representou a espessura da cortical óssea inicial (ECi), mensurada onde
existia integridade da mesma. Para T15 e T60 foi também mensurada a espessura da
cortical final (ECf), uma vez que ocorreu reabsorção óssea na cortical destes dois
grupos. Esta medida foi realizada na região mais próxima ao sítio de arrancamento do
MI (Fig 4). Como em T0 não houve reabsorção óssea, já que era o grupo de aplicação
imediata de força, a ECi e ECf foram iguais.
Obtidos os dados, foram analisados os pressupostos de normalidade pelo teste
de Kolmogorov-Smirnov. Desta forma, foi possível utilizar o teste ANOVA com medidas
repetidas para verificar se havia diferença estatisticamente significante entre os
períodos, para as médias das variáveis (p<0,01). As variáveis que apresentaram
diferença estatisticamente significante, foram submetidas ao teste de comparações
múltiplas Tukey HSD (p<0,05). Para a análise de possíveis correlações entre os pares
de variáveis TI e FA, TI e ECi, FA e ECf em cada período, foi utilizado o coeficiente de
correlação de Pearson (p0,05).
38
RESULTADOS
No decorrer da parte experimental três mini-implantes (MI) foram perdidos, sendo
um do grupo T15 e dois do T60. Portanto, o teste de arrancamento foi realizado em 57
MI e a taxa de sucesso foi de 95%. A média, a mediana, o desvio-padrão e o intervalo
de confiança de cada variável estão demonstrados na Tabela I. Todas as variáveis
apresentaram distribuição normal (p>0,05).
Ao se comparar os valores médios das variáveis nos diferentes períodos, a
ANOVA revelou diferença estatisticamente significante (p<0,01) na força de
arrancamento axial (FA) e na espessura da cortical óssea final (ECf). As variáveis
torque de inserção (TI) e espessura da cortical óssea inicial (ECi) não apresentaram
diferença estatisticamente significante (p>0,05). O valor médio total do TI, entre os três
períodos, foi de 24,54 ± 2,68 Ncm e da ECi foi de 2,65 ± 0,52 mm.
Segundo o teste Tukey HSD (Tabelas II e III), a FA em T0 diferiu de T15 e T60
(p<0,05), que não diferiram entre si (p>0,05). O grupo T0 apresentou a maior média da
FA (331,15 ± 136,15 N), seguido por T15 (242,18 ± 83,71 N) e T60 (224,95 ± 91,33 N).
Para ECf, o grupo T60 diferiu de T0 e T15 (p<0,001), que por sua vez não diferiram
entre si (p>0,05). A menor média da ECf foi encontrada em T60 (1,57 ± 0,63 mm),
quando comparada com T15 (2,38 ± 0,43 mm) e T0 (2,55 ± 0,29 mm).
Houve uma correlação regular e estatisticamente significante entre FA e ECf
apenas em T0 (r=0,44, p=0,05). Em T15 e T60 houve uma correlação positiva, mas não
estatisticamente significante. As correlações entre TI e FA, TI e ECi, não foram
estatisticamente significantes (p>0,05).
39
DISCUSSÃO
Apesar de não existir consenso em relação ao melhor termo a ser empregado
para os dispositivos de ancoragem ortodôntica temporários, Mah e Bergstrand
19
afirmaram que “mini-implante” é mais apropriado que “micro-implante” ou “parafuso”.
“Micro” é definido como uma grandeza de 10
-6
e embora o formato e desenho destes
dispositivos sejam parecidos com um parafuso, esse termo poderia ter uma conotação
negativa. Desta forma, foi adotado nesta pesquisa o termo “mini-implante” (MI).
A escolha dos três períodos se baseou nas fases específicas da cicatrização
óssea em cães, correlacionadas com as taxas de reparo ósseo em humanos. Roberts
et al
43
compararam a duração das fases do ciclo de remodelação óssea nas espécies
coelho, cão e homem, dividindo-as em ativação, reabsorção ativa, latência e formação.
A duração completa desse ciclo é por volta de doze e dezessete semanas em cães e
no homem, respectivamente. Esta remodelação se inicia com uma fase de ativação que
dura horas ou dias, seguida da reabsorção óssea realizada pelos osteoclastos. Este
período de reabsorção perdura por uma semana e meia nos cães e duas semanas no
homem. A fase de latência tem duração de uma semana nos cachorros e uma a duas
semanas no homem, aproximadamente. Nesta fase, os osteoclastos são substituídos
por osteoblastos principiando a fase da neoformação óssea. A matriz osteóide alcança
a superfície do implante na quarta semana em cães e na sexta semana em humanos.
Após aproximadamente dez semanas nos cães e treze semanas no homem, a cavidade
resultante da reabsorção torna-se preenchida por tecido ósseo. Tendo por base esses
parâmetros, os períodos escolhidos nesta pesquisa foram 0 (T0), 15 (T15) e 60 (T60)
dias após a inserção dos MI. O grupo T0 foi escolhido para averiguar a estabilidade
40
primária. O grupo T15 coincidiu com a fase de latência do ciclo de remodelação óssea e
o grupo T60, com a fase da neoformação óssea nos cães.
O período de armazenamento e as variações nas condições de estocagem do
tecido ósseo podem afetar suas propriedades biomecânicas, porém não existe
diferença entre a realização imediata do teste de arrancamento ou dentro de uma
semana, quando o tecido ósseo é embebido em solução salina e estocado a -20°C.
41
Desta forma, os espécimes desta pesquisa foram dissecados e os blocos ósseos
seccionados imediatamente após a eutanásia dos animais, enrolados em gaze
embebida em soro fisiológico e permaneceram de 24 a 48 horas congelados a -20°C.
Apesar dos MI serem utilizados clinicamente há quase dez anos, poucos estudos
avaliaram os fatores de risco associados à sua perda e estabilidade.
3,17,44
Nesta
pesquisa a taxa de sucesso dos MI foi de 95% (57 de 60 MI), em concordância com a
porcentagem de 97% encontrada por Deguchi et al
20
para MI inseridos em cães, que
não receberam carga.
Os fatores que afetam o sucesso dos MI são controversos na literatura, dentre os
quais, pode-se citar inflamação peri-implantar,
3,17,44
diâmetro do MI,
17
ausência de
mucosa ceratinizada,
3
torque de inserção,
38
técnica cirúrgica,
18
espessura e densidade
da cortical óssea.
17
Para outros autores, fatores como comprimento,
3,17,44
tipo e
diâmetro do MI,
44
técnica cirúrgica,
17,44
tempo de espera para aplicação de carga,
17,18,44
idade e sexo do paciente,
17,38,44
local de inserção,
38
método de aplicação de força
44
e
quantidade de força
18
não interferem no sucesso. As possíveis razões para a perda dos
três MI, podem estar associadas a cinco fatores: técnica cirúrgica, torque de inserção,
41
espessura da cortical óssea, ausência de mucosa ceratinizada e inflamação peri-
implantar.
A estabilidade primária foi obtida em todos os MI e não houve diferença
estatisticamente significante em relação ao torque de inserção (TI) em T0, T15 e T60. A
média total do TI foi de 24,54 ± 2,68 Ncm, acima da média de 7,2 a 13,5 Ncm
encontrada para humanos.
38
Tal discrepância, provavelmente, está relacionada à
diferença da espessura da cortical óssea entre as espécies, pois é um dos principais
fatores que interfere no TI e, conseqüentemente, na estabilidade primária,
27,28
apesar de
não ter ocorrido uma correlação entre TI e espessura da cortical óssea inicial (ECi) na
presente pesquisa. Além da qualidade e quantidade do tecido ósseo, o torque de
inserção pode ser influenciado pelo tamanho da perfuração inicial em relação ao
diâmetro interno do parafuso, pelas características do parafuso e da inserção, se
monocortical ou bicortical, se realizada com rotação contínua ou intermitente e se o
parafuso foi inserido num material seco ou molhado.
33
A média da força de arrancamento axial (FA) obtida neste trabalho foi de 331,15
± 136,15 N no grupo T0. O valor encontrado na literatura para parafusos de 2 mm de
diâmetro e 6 mm de comprimento, inseridos na região posterior da mandíbula de cães,
submetidos ao arrancamento imediato a uma velocidade de 0,05 mm/s é de 388,3 ±
23,1 N.
29
Estas médias são próximas, porém não podem ser comparadas devido às
diferenças no desenho e diâmetro dos MI empregados nas duas pesquisas e da
velocidade utilizada durante o teste de arrancamento. É possível afirmar, que na
presente pesquisa, a FA não foi influenciada pelo contato entre os MI e as raízes
dentárias, devido às evidências radiográficas e à inspeção visual dos blocos ósseos
42
seccionados. Acredita-se que a grande variação da FA pode estar associada às
diferenças da qualidade óssea
entre os animais.
45
Struckhoff et al,
37
avaliaram se a FA de parafusos após seis semanas era
diferente da força obtida imediatamente após a inserção. Observaram que não houve
diferença estatisticamente significante entre os dois períodos, ao contrário do que
ocorreu na presente pesquisa, na qual foi verificada força estatisticamente maior no
grupo T0, quando comparado com os grupos T15 e T60.
A diminuição da FA encontrada em T15 e T60 pode estar relacionada com as
fases reparacionais do tecido ósseo citadas anteriormente. Em T15 o ciclo do reparo
ósseo nos cães estava na fase de latência, portanto já havia ocorrido reabsorção óssea
pelos osteoclastos enquanto que em T60, estava ocorrendo a formação óssea pelo
depósito da matriz osteóide. Deguchi et al
20
constataram que o contato ósseo na
interface osso-MI em cães, decresce entre a terceira e sexta semanas após sua
inserção, devido aos eventos de cicatrização. Em T0, as porções periféricas das roscas
estavam em íntimo contato com o tecido ósseo circundante (travamento mecânico),
assegurando a estabilidade primária e por isso o valor da FA encontrado.
Outra possibilidade para a diminuição da FA nos períodos T15 e T60, pode estar
associada com a inflamação peri-implantar ocasionada pelo acúmulo da placa
bacteriana e pela falta da mucosa ceratinizada. A placa bacteriana pode causar
mucosite peri-implantar
46
e reabsorção do tecido ósseo de suporte ao redor do
implante.
47
Sinais de mucosite peri-implantar foram evidentes durante todo o
experimento em T15 e T60, mesmo empregando clorexidina 0,2% duas vezes por
semana, que é um método eficaz na prevenção da inflamação.
2,40
Os achados desta
43
pesquisa estão de acordo com Ericsson et al
46
que observaram uma gengiva peri-
implantar edemaciada, vermelha e com sangramento à sondagem em cães, 3 meses
após o início de seu experimento. Os MI da presente pesquisa foram inseridos em
mucosa não-ceratinizada devido à falta de espaço entre as raízes dentárias na região
da mucosa ceratinizada, o que pode ter propiciado a resposta encontrada, pois a
ausência desse tipo de mucosa ao redor do MI aumenta significativamente o risco de
inflamação e está associada com alta taxa de perdas.
3
Como não existem trabalhos na literatura que correlacionem o TI com a FA de
MI, os resultados obtidos nesta pesquisa foram comparados com outros que
empregaram parafusos de fixação óssea rígida. No presente estudo, não foi encontrada
correlação entre TI e FA em nenhum dos períodos, concordando com alguns autores,
34-
36
apesar de outros trabalhos afirmarem existir correlação.
31-33
A falta de correlação
entre TI e FA pode ser explicada pelas propriedades anisotrópicas do osso, ou seja,
características ósseas desiguais. A morfologia do osso trabecular produz características
mecânicas variadas e em diferentes direções, portanto o TI não deve ser um indicador
da FA.
36
A média da ECi desta pesquisa foi de 2,65 ± 0,52 mm e está de acordo com a
espessura de aproximadamente 2,41 mm encontrada por Huja et al
29
para a mesma
região em cães. Não houve diferença estatisticamente significante para a ECi entre T0,
T15 e T60, portanto os diferentes locais utilizados para a inserção dos MI, não
alteraram os resultados desta pesquisa. A espessura da cortical óssea final (ECf) foi
estatisticamente menor em T60 (1,57 ± 0,63 mm) do que em T0 (2,55 ± 0,29 mm) e T15
44
(2,38 ± 0,43 mm), muito provavelmente devido à reabsorção óssea cervical ocorrida
neste período.
Neste trabalho houve uma correlação regular, estatisticamente significante entre
FA e ECf em T0 (r=0,44, p=0,05), cujos resultados similares (r=0,39, p=0,02) foram
encontrados por Huja et al.
29
Em T15 e T60 houve uma correlação positiva, mas não foi
estatisticamente significante. Estes resultados podem estar associados às diferentes
densidades nos sítios ósseos implantados, uma vez que a densidade óssea tem um
papel importante na determinação da FA.
45
O presente estudo não avaliou
qualitativamente o tecido ósseo.
Sabendo que a força necessária para a movimentação dentária na ortodontia
varia de 0,3 a 4N,
48
o que é muito aquém da força de arrancamento encontrada nesta
pesquisa em T0, T15 e T60, pode-se afirmar que os MI podem receber aplicação de
carga em qualquer um dos períodos avaliados. Sendo assim, sugere-se que
investigações futuras avaliem o tecido ósseo no local da inserção dos MI de forma
qualitativa, aumentando o tempo de reparo ósseo e aplicando carga nos MI em
diferentes períodos, para se estabelecer parâmetros mais confiáveis quanto ao
momento ideal para se empregar força nesses dispositivos.
45
CONCLUSÕES
A força de arrancamento axial é maior imediatamente após a inserção do mini-
implante do que após um período de 15 e 60 dias.
A espessura da cortical óssea diminui com o passar das semanas, devido à
reabsorção óssea ao redor da cabeça dos mini-implantes.
Os mini-implantes apresentam estabilidade primária adequada quando inseridos
pela técnica transmucosa e com perfuração óssea previamente à sua inserção.
O torque de inserção não é um método eficaz para prever a retenção de mini-
implantes.
Não há correlação entre torque de inserção e espessura da cortical óssea inicial.
Existe correlação regular entre a força de arrancamento axial e a espessura da
cortical óssea final.
Os autores agradecem à Neodent Implante Osteointegrável pela doação dos
mini-implantes, à Renato Cavanha pelo desenvolvimento dos dispositivos e assistência
durante a realização do teste de arrancamento, à Alexsander Golin pela confecção da
garra para apreensão do mini-implante e ao Prof. Dr. Sérgio Aparecido Ignácio pela
análise estatística.
46
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52
FIGURAS
T0
T60
T15
Fig 1. Desenho indicando os locais de inserção dos
MI no lado direito da mandíbula do cão. Os círculos
representam as cabeças dos MI em T0, T15 e T60.
a
b
g
arra
anel metálico
g
arra
corpo de
prova
bloco ósseo
Fig 2. (a) Desenho do dispositivo A utilizado para embebição do bloco ósseo
na resina acrílica. (b) Desenho do dispositivo B utilizado para a realização do
teste de arrancamento axial.
53
b
a
Fig 3. Corpo de prova contendo MI e bloco ósseo inserido em
resina acrílica, (a) vista lateral e (b) vista superior.
a b
Fig 4. Mensuração da cortical óssea (CO). (a) As setas representam a
ECi e ECf para T0. (b) As setas longas representam ECi e as setas
curtas ECf para T15 e T60. MO = medular óssea.
.
54
TABELAS
Tabela I.
Estatísticas descritivas das variáveis nos três períodos estudados
Limite
inferior
Limite
su
p
erior
T0
TI (N.cm)
20 24,71 24,70 1,91 23,81 25,60
FA (N)
20 331,15 340,03 136,15 267,52 394,78
ECi (mm)
20 2,55 2,60 0,29 2,42 2,69
ECf (mm)
20 2,55 2,60 0,29 2,42 2,69
T15
TI (N.cm)
20 23,74 23,95 1,47 23,05 24,42
FA (N)
20 242,18 252,34 83,71 203,06 281,30
ECi (mm)
20 2,71 2,68 0,45 2,50 2,92
ECf (mm)
20 2,38 2,35 0,43 2,18 2,58
T60
TI (N.cm)
20 25,20 24,45 3,92 23,37 27,03
FA (N)
20 224,95 224,95 91,33 182,27 267,63
ECi (mm)
20 2,72 2,72 0,34 2,56 2,88
ECf (mm)
20 1,57 1,58 0,63 1,27 1,86
LEGENDA: (T0) imediato, (T15) 15 dias, (T60) 60 dias, (TI) torque de inserção, (FA) força de
arrancamento, (ECi) espessura da cortical inicial e (ECf) espessura da cortical final.
Intervalo de confiança
(95%)
Mediana
Desvio
padrão
Períodos Variável n Média
Tabela II.
Comparações múltiplas de Tukey HSD para a variável força de arrancamento (FA)
Variável Média FA (T0) FA (T15) FA (T60)
FA (T0) 331,15
0,0146* 0,0032*
F
A (T15) 242,18
0,0146* 0,8359
FA (T60) 224,95
0,0032* 0,8359
ENDA: (T0) imediato, (T15) 15 dias, (T60) 60 dias, (FA) força de arrancamento
NOTA: * Existe diferença significante para p<0,05.
LEG
Tabela III.
Comparações múltiplas de Tukey HSD para a variável espessura da cortical óssea final (ECf)
Variável Média ECf (T0) ECf (T15) ECf (T60)
ECf
(T0) 2,55
0,4302 0,0001*
ECf (T15) 2,38
0,4302 0,0001*
(T60) 1,57
0,0001* 0,0001*
ENDA: (T0) imediato, (T15) 15 dias, (T60) 60 dias, (ECf) espessura da cortical óssea final
TA: * Existe diferença significante para p<0,001.
ECf
LEG
NO
55
TERMO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM ANIMAIS
3. ANEXOS
56
3. ANEXOS
57
ANEXO I – Fundamentos Teóricos
Reparo ósseo
Roberts et al. (1987) numa revisão da literatura sobre mecanismo e tempo para a
cicatrização, maturação e adaptação óssea, afirmaram que a remodelação pode ser
definida como a reestruturação interna de um osso previamente existente. A ativação
de células precursoras do osso resulta numa seqüência de reabsorção ativa, latência e
formação do tecido ósseo. A duração desse ciclo, chamado de sigma, é por volta de 6
semanas nos coelhos, 12 semanas em cachorros e 17 semanas no homem. A
remodelação óssea inclui todas as alterações localizadas no ósteon ou na trabécula, a
saber, renovação, hipertrofia, atrofia e reorientação. O osso pode se formar ou
reabsorver em qualquer superfície endosteal ou periosteal. A remodelação óssea no
osso cortical ocorre através dos ósteons secundários. O ciclo sigma começa com uma
fase de ativação que dura horas ou dias, quando os osteoclastos formam uma frente de
reabsorção. Os precursores dos osteoclastos derivam dos monócitos, originalmente
formados por pré-monócitos na medula óssea. Essa reabsorção óssea progride através
da cortical óssea numa velocidade de 27 a 39 µm/dia. Durante esta fase, cones de
reabsorção de aproximadamente 120-180 µm de diâmetro são formados. Após a
formação de uma cavidade óssea, inicia-se a fase de latência que é variável: poucos
dias nos coelhos, uma semana nos cachorros e de uma a duas semanas no homem. A
fase de latência é também uma fase reversa, pois os osteoclastos são substituídos por
osteoblastos, derivados das células fibroblásticas perivasculares. A fase de formação
óssea é a que mais varia entre as espécies. A cavidade resultante da reabsorção, é
preenchida dentro de 4 ½ semanas nos coelhos, 10 semanas nos cachorros e 13
58
semanas no homem. Assim sendo, a média da duração do ciclo sigma (ativação,
reabsorção, latência e formação óssea) aumenta de forma diretamente proporcional ao
tamanho do animal. Usando o coelho como modelo (X), os fatores para os eventos
fisiológicos similares no cachorro e nos humanos, são 2(X) e 3(X), respectivamente,
conforme mostrado na Tabela 1. Neste trabalho, os autores concluíram que em
coelhos, a matriz osteóide alcança a superfície do implante por volta de 2 semanas.
Para humanos adultos, esse tempo é por volta de 6 semanas, uma vez que a taxa
metabólica da cortical óssea do coelho é aproximadamente três vezes maior do que a
taxa para o ser humano.
TABELA 1 – DURAÇÃO DAS FASES DO CICLO DE REMODELAÇÃO ÓSSEA
FASES DA REMODELAÇÃO COELHO CACHORRO HOMEM
Ativação ½ ½ 1
Reabsorção 1 1 ½ 2
Latência (reversão) ½ 1 1 ½
Formação 4 ½ 10 13
Ciclo sigma 6 12 17
Fator X 2X 3X
FONTE: Dados do trabalho de Roberts et al. (1987)
NOTA: Período de tempo em semanas.
Estocagem do tecido ósseo
Roe, Pijanowski e Johnson (1988) avaliaram os efeitos dos vários procedimentos
de preparação e períodos de estocagem de enxertos de osso canino. Os blocos
ósseos receberam diferentes tratamentos químicos, foram armazenados a -20° C e
avaliados por testes biomecânicos após 1, 16 e 32 semanas. O grupo controle foi
resfriado à 4°C e testado após 4 horas da eutanásia dos cães. Após uma semana de
estocagem, os blocos ósseos congelados de maneira asséptica e que não receberam
nenhum tratamento químico, somente embebidos em solução salina 0,9%, não
59
apresentaram diferença em relação ao teste de arrancamento, quando comparados ao
grupo controle.
Inflamação peri-implantar
Ericsson et al. (1992) estudaram os efeitos a longo prazo da placa bacteriana na
gengiva e mucosa peri-implantar de 5 cães beagle. Três implantes de titânio foram
inseridos na região de pré-molares inferiores de cada cão. O controle da placa
bacteriana na região dos implantes e nos dentes do lado contralateral foi realizado por 4
meses, até o início do experimento propriamente dito. No dia zero, os dentes e as
regiões com os implantes foram examinadas clinicamente com relação à placa
bacteriana e gengivite. O controle da placa não foi mais realizado e os cães foram
submetidos a uma dieta específica para propiciar o acúmulo de placa. Após 90 dias, os
cães foram re-examinados. Todos os dentes e implantes apresentavam grande
quantidade de placa bacteriana e o tecido mole ao redor estava edemaciado, vermelho
e com sangramento à sondagem. A análise histológica da gengiva e da mucosa peri-
implantar demonstrou que ambos tecidos continham células inflamatórias, que a
extensão apical do infiltrado inflamatório era maior na mucosa peri-implantar do que na
gengiva e que a composição das duas lesões possuía muitas características em
comum. Concluíram que o acúmulo de placa bacteriana na região de implantes pode
causar mucosite peri-implantar.
Lambert, Morris e Ochi (1997) avaliaram o efeito do bochecho com solução de
clorexidina para evitar infecções peri-implantares no período pós-operatório. A
clorexidina 0,12% foi usada no pós-operatório de 54,6% dos 595 pacientes que
60
receberam um total de 2641 implantes. Houve uma redução significante no número de
complicações infecciosas no grupo que realizou o bochecho. Foram perdidos somente
2% dos implantes deste grupo, sendo que esse implantes não apresentavam infecção.
Entretanto, 12% dos implantes do grupo dos pacientes que não utilizaram clorexidina,
foram perdidos devido à infecção. Concluíram que a clorexidina pode reduzir as
complicações microbianas quando usada no pós-operatório imediato, aumentando
assim o índice de sucesso dos implantes.
Zitzmann et al. (2004) estudaram a presença e a progressão das lesões
inflamatórias nos tecidos circundantes aos implantes expostos à "peri-implantite
experimental". Para isso, utilizaram 5 cães labrador e em cada animal, 2 ou 3 implantes
foram instalados nos lados direito e esquerdo das regiões de pré-molares inferiores. A
colocação dos pilares foi realizada somente após 4 meses e o regime de controle da
placa bacteriana foi iniciado nessa época e mantido por 5 meses. A "peri-implantite
experimental" foi induzida subseqüentemente através da colocação de ligaduras
causando o acúmulo de placa, sendo permitido progredir até que cerca de 40% da
altura do osso de suporte fosse perdida. As ligaduras foram removidas, porém a
formação da placa foi permitida que continuasse por mais 12 meses. Radiografias de
todos os sítios dos implantes foram obtidas antes e depois do início da "peri-implantite
experimental", bem como ao final do experimento. Foram realizadas biópsias dos sítios
dos implantes em 3 animais. As amostras foram preparadas para microscopia de luz e
as secções foram usadas para exame histométrico e morfométrico. Foram perdidos 1
implante durante os dois primeiros meses da "peri-implantite experimental" e outros
dois, durante os 12 meses que se seguiram após a remoção da ligadura. Os exames
61
radiográficos indicaram que uma variada quantidade de perda óssea adicional ocorreu
na maioria dos sítios dos implantes após a remoção da ligadura. A mucosa de todos os
sítios dos implantes continha lesões inflamatórias que se extendiam apicalmente à
bolsa do epitélio. As lesões foram separadas do osso marginal por uma zona de tecido
conectivo aparentemente normal. A conclusão que os autores chegaram é que a lesão
inflamatória destrutiva nos tecidos peri-implantares cessou em alguns sítios somente
depois da remoção da ligadura, mas na maioria, uma perda óssea adicional do tecido
de suporte (osso) ocorreu.
Mini-implantes e parafusos para ancoragem ortodôntica
Costa, Raffaini e Melsen (1998) apresentaram o mini-parafuso como uma
alternativa para ancoragem ortodôntica. Utilizou-se para o estudo uma amostra de 14
pacientes, nos quais foram inseridos 16 mini-parafusos de titânio de 2 mm de diâmetro
e 9 mm de comprimento. Foram selecionados vários locais na maxila e mandíbula para
a inserção dos mini-parafusos, que foram previamente analisados em um crânio seco.
Sob anestesia local, foi realizada uma perfuração de 1,5 mm de diâmetro, com uma
peça de mão à baixa velocidade e irrigação constante. Os mini-parafusos foram
inseridos diretamente através da mucosa, sem qualquer incisão prévia, utilizando uma
chave de parafuso manual. Os mini-parafusos receberam carga imediata e foram
utilizados como ancoragem para intrusão, mesialização e retrusão de dentes. Após o
tratamento, sob anestesia local, os mini-parafusos foram removidos sem dificuldade
com a mesma chave manual utilizada para a inserção. Durante este estudo clínico
foram perdidos 2 mini-parafusos antes do término do tratamento, e provavelmente foi
62
devido à direção da aplicação da carga, que criou um momento, desrosqueando o mini-
parafuso. Os autores fizeram as seguintes considerações referentes a este sistema de
ancoragem: os mini-parafusos podem ser facilmente inseridos e removidos pelo próprio
ortodontista, sendo possível submetê-los a cargas imediatamente após a sua inserção,
diminuindo o tempo de tratamento; a irritação local mostra-se limitada e, se presente,
pode ser controlada com aplicação local de clorexidina; existe o risco de infecção,
perfuração do seio maxilar e contato com raízes e nervos.
Deguchi et al. (2003) quantificaram as propriedades histomorfométricas da
interface osso-parafuso e estabeleceram um adequado período de cicatrização antes
da aplicação de carga ortodôntica. Para isso, foram utilizados 96 parafusos de titânio (5
mm de comprimento e 1 mm de diâmetro) inseridos na maxila e na mandíbula de cães,
divididos em parafusos que receberam aplicação de força após 3, 6 e 12 semanas de
cicatrização e parafusos que não receberam aplicação de força durante os mesmos
períodos. Três implantes da mandíbula que ainda não haviam recebido carga foram
perdidos, um após 3 semanas e os outros dois após 6 semanas da inserção, resultando
numa taxa de sucesso de 97%. Nenhum implante foi perdido após a aplicação de
carga. Em ambas as arcadas os parafusos de 3 semanas do grupo que não recebeu
carga, apresentaram uma porcentagem maior de contato ósseo e um maior volume de
osso medular do que os de 6 e 12 semanas, o que pode ser explicado pelos eventos de
cicatrização. Após a análise das informações obtidas, os autores concluíram que
parafusos de titânio podem ser usados como ancoragem óssea e que 3 semanas é um
período de espera suficiente para o início da aplicação de forças ortodônticas em cães.
63
Miyawaki et al. (2003) avaliaram as taxas de sucesso e encontraram fatores
associados à estabilidade de parafusos de titânio utilizados como ancoragem
ortodôntica na região posterior da maxila e da mandíbula. Cinqüenta e um pacientes
receberam um total de 134 parafusos de titânio de 3 tipos (1 x 6; 1,5 x 11 e 2,3 x 14
mm) para ancoragem ortodôntica, sendo então examinados retrospectivamente em
relação a algumas características clínicas. Todos os mini-implantes de 1 mm de
diâmetro foram perdidos. A taxa de sucesso após 1 ano da inserção dos parafusos de
1,5 e 2,3 mm foi 83,9 e 85%, respectivamente. Foram considerados fatores de risco
para a mobilidade do parafuso, cortical óssea fina e inflamação do tecido peri-implantar.
Não foi encontrada associação significativa entre a taxa de sucesso e as seguintes
variáveis: comprimento do parafuso, técnica de inserção, carga imediata, localização,
idade, gênero, apinhamento dentário, relacionamento ântero-posterior das bases
ósseas, periodontite controlada e sintomas de desordens temporomandibulares.
Concluíram que parafusos de 1 mm de diâmetro ou menores, inflamação dos tecidos
peri-implantares e cortical óssea fina, estão associados à perda de parafusos de titânio
para ancoragem ortodôntica inseridos no osso alveolar vestibular.
Cheng et al. (2004) verificaram os fatores de risco associados com a perda de
mini-implantes utilizados como ancoragem ortodôntica. Um total de 92 mini-implantes (2
e 2,3 mm de diâmetro e 9 a 15 mm de comprimento) foram inseridos em pacientes. Os
mini-implantes permaneceram de 2 a 4 semanas sem aplicação de carga, a força
utilizada após este período foi de 100 a 200 g. A taxa de sucesso foi de 89%. Dentre
outros resultados, observou-se que dois terços das perdas ocorreram antes ou após 1
mês da aplicação de carga e que os diferentes comprimentos dos mini-implantes não
64
afetaram a taxa de sucesso. Foi observado que a ausência de mucosa ceratinizada ao
redor dos mini-implantes aumentou significativamente o risco de infecção, e a infecção
peri-implantar foi fortemente associada com a taxa de perda (71%).
Garfinkle (2005) avaliou a taxa de sucesso dos mini-implantes para ancoragem
ortodôntica, em relação ao período de latência, à técnica e aos locais de inserção. Um
total de 82 mini-implantes (1,6 mm de diâmetro e 6 mm de comprimento) foram
utilizados como ancoragem no fechamento do espaço de extração de premolares em
13 pacientes, com idade média de 14 anos e 10 meses. O lado direito ou esquerdo foi
selecionado de maneira randomizada para receber carga recente (em média 1,6 dias
após a inserção) e o lado contralateral recebeu carga tardia (em média 34 dias após a
inserção). Uma força de 450 g foi aplicada nos dois lados. Foram realizadas
manutenções ortodônticas e feitas observações clínicas até que ocorresse o completo
fechamento do espaço. A taxa total de sucesso dos mini-implantes foi de 70,73%. Não
houve diferença significativa entre os mini-implantes que receberam carga recente
(80%) e os que receberam carga tardia (80,95%). Os mini-implantes na maxila tiveram
uma taxa maior de sucesso (72,92%) quando comparados com os da mandíbula
(67,65%); e os mini-implantes inseridos pela técnica transmucosa obtiveram uma taxa
de sucesso menor (56,67%) do que os inseridos com incisão prévia (78,85%). Os
autores concluíram que nem o tempo de espera para aplicação da força, nem a força
propriamente dita precipitaram a perda de mini-implantes e que as forças ortodônticas
podem ser aplicadas imediatamente nos mini-implantes.
Huja et al. (2005) registraram a força de remoção por arrancamento de parafusos
inseridos em vários locais da maxila e da mandíbula de cães e relacionaram esta força
65
com a espessura da cortical óssea. Cinqüenta e seis parafusos de 6 mm de
comprimento e 2 mm de diâmetro (Synthes, USA) foram inseridos em quatro beagles
adultos, 30 minutos após eles terem sido mortos. Os parafusos foram inseridos em
locais específicos na maxila, na mandíbula e no palato, obtendo-se uma ancoragem
monocortical. As maxilas e mandíbulas foram então removidas dos animais e
congeladas. No dia do teste, os espécimes foram descongelados e seccionados em
pequenos blocos, contendo 1 parafuso circundado por pelo menos 4 mm de tecido
ósseo. Uma garra customizada foi utilizada durante a embebição dos blocos ósseos na
resina acrílica, para alinhar os parafusos com o eixo da máquina de teste (Bionix 858,
MTS Systems, Eden Prairie, Minn). Desta forma nenhum momento foi criado durante o
teste, e apenas a força máxima de arrancamento axial (F
max
) foi registrada. O teste foi
realizado a uma velocidade de 0,05 mm/s. Após a remoção dos parafusos os blocos
ósseos foram seccionados e examinados em um microscópio esterioscópico para
mensuração da espessura da cortical óssea. O teste de arrancamento foi realizado com
sucesso em 54 parafusos. Uma diferença significativa (p<0,05) foi encontrada nas
diferentes áreas avaliadas em relação à F
max
e espessura da cortical óssea. Os
parafusos inseridos na região anterior da mandíbula apresentaram a menor média de
F
max
(134,5 ± 24 N) e na região posterior mandibular a maior média (388,3 ± 23,1 N). As
regiões anteriores de ambas arcadas dentárias apresentaram as menores espessuras
da cortical óssea, aproximadamente 1,3 mm e a maior espessura encontrada foi na
região posterior da mandíbula, aproximadamente 2,41 mm. Existiu uma correlação
fraca, porém significativa (r = 0,39, p = 0,02) entre força de arrancamento e espessura
da cortical óssea. Os autores concluíram que existe diferença significativa na força de
66
arrancamento e na espessura da cortical óssea nas diferentes regiões da maxila e da
mandíbula.
Struckhoff et al. (2006) avaliaram a força de arrancamento de parafusos após 6
semanas (T6) em diferentes locais de inserção. Relacionaram com a espessura da
cortical óssea e com a força obtida imediatamente após a inserção (T0). Seis cães
machos adultos receberam um total de 88 parafusos para ancoragem ortodôntica de 2
mm de diâmetro e 6 ou 8 mm de comprimento (Syntes USA) na região anterior, média e
posterior da maxila e da mandíbula. Os parafusos não receberam carga. Dezessete
parafusos foram perdidos durante o período de cicatrização. Dos 71 parafusos
remanescentes, 48 foram selecionados de maneira randomizada para o teste
mecânico. Os blocos ósseos contendo os parafusos foram preparados para o teste e
alinhados à máquina de ensaios (Bionix 858, MTS Systems, Eden Prairie, Minn) para
obtenção da força máxima de arrancamento. A média da força máxima de
arrancamento variou nos diferentes locais de inserção de 153,5 ± 37,6 N a 389,3 ± 32,5
N, com maior média (p<0,05) na região posterior da mandíbula. Houve correlação entre
força de arrancamento e espessura da cortical óssea nas diferentes regiões (r = 0,59,
p<0,0001). Não houve diferença entre T0 e T6 (p<0,05).
Deguchi et al. (2006) avaliaram quantitativamente a espessura da cortical óssea
da pré-maxila, e da região posterior da maxila e mandíbula de pacientes, com o intuito
de determinar localizações e angulações ideais para mini-implantes usados como
ancoragem nos tratamentos ortodônticos. Foram mensuradas as espessuras da cortical
óssea de 10 pacientes, utilizando imagens de tomografia computadorizada
tridimensional. As imagens sagitais foram construídas mesial e distal ao primeiro molar
67
e distal ao segundo molar, através de cortes tomográficos paralelos ao longo eixo dos
dentes adjacentes. A cortical óssea foi mensurada em dois diferentes níveis, 3 a 4 mm
da margem gengival (crista alveolar) e 6 a 7 mm da margem gengival (nível apical),
numa angulação de 30, 45 e 90°. As duas áreas mensuradas na pré-maxila foram: o
ponto A e próximo à espinha nasal anterior. Dentre outros resultados, eles obtiveram
que a média da espessura da cortical óssea da região posterior da mandíbula, à nível
apical, é de 1,8 ± 0,5 mm, não diferindo da espessura à nível da crista alveolar. Uma
angulação de 30° aumenta o contato ósseo em 1,5 vezes (2,6 ± 0,8 mm), quando
comparado à inserção perpendicular ao longo eixo dos dentes (1,5 ± 0,5 mm). A
espessura da cortical mandibular é maior do que a maxilar na região posterior. Quanto
menor o ângulo, maior é o contato ósseo no mini-implante em ambas as arcadas.
Park, Jeong e Kwon (2006) examinaram os fatores que afetam o sucesso clínico
de mini-implantes usados para ancoragem ortodôntica. Foram avaliados 87 pacientes,
de ambos os sexos com média de idade de 15,5 ± 8,3 anos. A amostra consistiu em
227 mini-implantes de quatro tipos diferentes, de 1,2 e 2 mm de diâmetro, variando de 4
a 15 mm de comprimento. Dezoito variáveis clínicas, divididas em 3 categorias foram
analisadas pelo mesmo operador: fatores do mini-implante, fatores do paciente e
fatores da conduta clínica. A taxa de sucesso foi de 91,6%, com um período médio de
aplicação de força de 15 meses. Não houve diferença estatisticamente significante
entre os diferentes tipos, diâmetro e comprimento de mini-implantes, idade e sexo do
paciente, nem com relação ao início da aplicação de força. Os mini-implantes inseridos
na maxila tiveram taxa de sucesso maior, estatisticamente significante, do que os da
mandíbula. Mini-implantes recobertos pela mucosa apresentaram uma taxa maior de
68
sucesso, embora não tenha sido estatisticamente significante. Não houve correlação
entre taxa de sucesso e método de aplicação de força ou angulação de inserção. Os
mini-implantes com inflamação da mucosa ao redor e mobilidade apresentaram
menores taxas de sucesso. Os autores concluíram que mini-implantes podem ser
usados como ancoragem na ortodontia e que para minimizar a perda, os ortodontistas
devem ficar atentos à inflamação ao redor do mini-implante, principalmente naqueles
inseridos na mandíbula.
Wilmes et al. (2006) analisaram quantitativamente os fatores que influenciam a
estabilidade primária de mini-implantes, entre eles, qualidade óssea, desenho do
implante, diâmetro e profundidade da perfuração. Para determinação da estabilidade
primária, foi aferido o torque de inserção e remoção de cinco tipos de mini-implantes:
Tomas
®
– pin (Dentaurum, Germany) de 1,6 x 8 e 1,6 x 10 mm, e Dual Top (Jeil Medical
Corporation, Korea) de 1,6 x 8, 1,6 x 10 mm e 2 x 10 mm. Estes mini-implantes foram
inseridos em trinta e seis segmentos ósseos pélvicos de suínos, sendo que cada
segmento recebeu um total de trinta mini-implantes. Vinte e cinco mini-implantes foram
inseridos utilizando diferentes combinações de tipo de implante e de preparo dos sítios
de inserção, utilizando para isso, fresas de 1,0; 1,1; 1,2 e 1,3 mm de diâmetro e 1, 2, 3,
6 e 10 mm de profundidade. Os cinco mini-implantes restantes foram utilizados como
grupo controle. Após a remoção dos mini-implantes, seis dos segmentos ósseos foram
selecionados de forma randomizada e examinados por micro-tomografia
computadorizada para medição da espessura da cortical óssea. Os torques de
inserção e remoção apresentaram grande variação dependendo da qualidade óssea, do
desenho do mini-implante e de como o sítio de inserção foi preparado. O torque de
69
inserção variou de 4,5 a 413,5 Nmm e demonstrou forte correlação com a espessura da
cortical óssea. Os torques de inserção e remoção aumentaram com a diminuição do
diâmetro da perfuração em todos os tipos de mini-implantes exceto no Dual Top 2,0 x
10 mm. Analisando a profundidade da perfuração, as mais profundas apresentaram os
menores torques de inserção. Apesar de apresentarem as mesmas dimensões (1,6 x 8
e 10 mm), o Tomas
®
– pin demonstrou uma estabilidade primária menor que o Dual
Top, esta diferença provavelmente está relacionada com o desenho dos dois mini-
implantes. Concluíram que a espessura da cortical óssea, o desenho do mini-implante e
a preparação do sítio de inserção têm um forte impacto na estabilidade primária do
mini-implante.
Motoyoshi et al. (2006) investigaram o relacionamento entre a taxa de sucesso e
o torque de inserção (IPT) de mini-implantes para ancoragem ortodôntica inseridos no
osso alveolar vestibular da região posterior (de segundo premolar a segundo molar) de
ambas as arcadas. A amostra consistiu de 124 mini-implantes de titânio, de 1,6 mm de
diâmetro e 8 mm de comprimento, inseridos em 41 pacientes. Foi realizada uma
perfuração de 1,3 mm de diâmetro e 8 mm de comprimento, sem a realização de uma
incisão prévia. Os mini-implantes foram inseridos e o torque máximo foi aferido. Foi
aplicada uma força menor que 2N imediatamente após a inserção dos mini-implantes
para retração dos dentes anteriores em pacientes submetidos à extração de pré-
molares. O taxa de sucesso ou insucesso (perda) dos mini-implantes foi decidida após
6 meses ou mais da inserção. A taxa de sucesso neste estudo foi de 85,5%. O local de
inserção, a idade e o sexo dos pacientes não afetaram a taxa de sucesso. Nenhum
mini-implante foi perdido após 6 meses de aplicação de carga. A média de IPT variou
70
de 7,2 a 13,5 Ncm, dependendo da localização. Houve uma diferença significativa entre
o IPT da maxila e da mandíbula. O IPT dos mini-implantes inseridos na mandíbula foi,
inesperadamente, menor para o grupo de sucesso do que para o grupo de insucesso. A
taxa de sucesso de mini-implantes com IPT entre 5 e 10 Ncm foi maior do que mini-
implantes com IPT menor que 5 e maior que 10 Ncm. De acordo com os autores, para
mini-implantes de 1,6 mm de diâmetro, o recomendado é que o IPT seja de 5 a 10Ncm,
aumentando assim, a taxa de sucesso.
Parafusos de fixação óssea rígida
Boyle III et al. (1993a) investigaram a capacidade retentiva dos parafusos auto-
rosqueáveis de 2,0 mm de diâmetro em 12 costelas de suínos recém-sacrificados.
Foram realizados testes de arrancamento axial, mensurações do torque de inserção e
espanamento, bem como suas correlações. Para os testes de torque, foi utilizada uma
chave de fenda adaptada a um sistema de aferição do torque. O teste de arrancamento
foi realizado numa velocidade constante, registrando-se o ponto de falha. A média do
torque de inserção para 100 testes seguidos foi de 18,88 in/oz
1
, a média do torque de
espanamento foi de 48,38 in/oz e a média da força de arrancamento foi de 20,78 Kg. O
coeficiente de correlação entre torque de inserção e força de arrancamento foi de 0,13,
enquanto que a correlação entre torque de arrancamento e espanamento foi de 0,21.
Embora a espessura da costela óssea somente tenha variado de 0,5 a 2,0 mm, essa
espessura de osso afetou os valores de torque e de arrancamento. À medida que a
1
in/oz = inches/ounces. Medida norte-americana cujos valores são: 1 inch é igual a 2,54 cm, e 1 ounce é
igual a 28,34 g.
71
espessura óssea aumentava os valores de torque e de arrancamento também
aumentavam. Não houve diferença estatisticamente significante entre o torque de
inserção e a força de arrancamento dos parafusos, apesar do teste de espanamento
versus arrancamento ter sido significante. Portanto, o torque de inserção pode ser
usado como uma técnica alternativa para a análise da retenção do parafuso.
Boyle III et al. (1993b) avaliaram o torque de inserção, o torque de espanamento
e a força de arrancamento uniaxial de seis diferentes tipos de parafusos (Wurzburg,
Techmedica, Synthes, Timesh, Steinhouser e Luhr) em costelas ósseas de suínos
recém-abatidos. Após a medição do torque de inserção, uma força adicional era
realizada para se obter o espanamento da superfície óssea (decorticação da perfuração
óssea), que correspondia ao giro livre do parafuso no osso. Os parafusos auto-
rosqueáveis Timesh de 2,2 mm de diâmetro obtiveram maior torque de inserção (média
de 26 in/oz) e de espanamento, e produziram a maior diferença entre esses dois
torques. No teste de arrancamento uniaxial, os parafusos Timesh foram os mais
retentivos (média de 24,4 Kg). Para esses autores, a magnitude do torque desenvolvido
durante a inserção está diretamente relacionada e pode ser influenciada por alguns
fatores: propriedades do osso; tamanho da perfuração inicial em relação ao diâmetro
interno do parafuso; as propriedades inerentes do parafuso; parafuso inserido em uma
cortical ou bicortical; se a inserção do parafuso é feita com rotação contínua ou
intermitente, uma vez que a rotação contínua dá menos torque; e se o parafuso é
inserido num material seco ou molhado. Concluíram que o parafuso ideal deve ser de
fácil inserção, ter a menor possibilidade de espanar, ser o mais bem tolerado pelo
hospedeiro, ter a maior diferença possível entre o tamanho da perfuração criada pela
72
fresa e o diâmetro externo do parafuso e conter no mínimo 3 roscas. O parafuso Timesh
é desenhado com as características ideais para um parafuso auto-rosqueável e
demonstrou a maior força de arrancamento que significa diretamente maior retenção no
osso.
Zdeblick et al. (1993) estudaram alguns parâmetros acerca da interface osso-
parafuso utilizados para fixação rígida. O torque de inserção foi correlacionado com
densidade óssea vertebral, dimensões do pedículo vertebral, método de inserção,
quantidade de carga aplicada e número de ciclos para a falência da interface osso-
metal. Trinta vértebras de cadáveres humanos receberam parafusos de 6,5 mm de
diâmetro e 45 mm de comprimento. Foi mensurado digitalmente o torque máximo de
inserção e registrada a força de arrancamento dos parafusos, com aplicação de carga
cíclica. Existiu correlação linear entre o torque de inserção e o número de ciclos para a
força máxima de arrancamento. Uma relação linear inversa foi encontrada quando
comparou-se o diâmetro do pedículo vertebral com o número de ciclos para a falência.
Não houve correlação linear entre o número de ciclos para a falência e a densidade
óssea. Dentre outras conclusões, estes achados demonstram que o torque de inserção
é eficaz para predizer a falência na interface osso-metal.
Lawson e Brems (2001) avaliaram o efeito do torque de inserção na capacidade
de retenção do parafuso de 4,5 mm de diâmetro (Synthes Ltd, Paoli, Pa) in vitro. A força
de retenção do parafuso foi determinada usando uma máquina para teste de materiais
Instron, em 55 fêmures e 30 secções tibiocorticais de humanos. A força de retenção foi
definida como o estresse tensional para o arrancamento. Os torques de inserção foram
mensurados e caracterizados como baixo, intermediário, alto e de dano à rosca do
73
parafuso. Todos os parafusos inseridos com o torque de dano à rosca ou com torque
alto, mostraram força de arrancamento diminuída. Essa perda de resistência foi de 40 a
50% em relação aos parafusos inseridos com menos torque. Através deste estudo,
sugeriram que a força de arrancamento não está na dependência direta do torque de
inserção para os parafusos bicorticais ou monocorticais. Concluíram que um parafuso
para fixação rígida bicortical com torque alto, perde aproximadamente 40% da sua força
de arrancamento e os parafusos monocorticais são ainda mais sensitivos ao torque alto
de inserção. Esses parafusos monocorticais inseridos com torque maior do que 65% da
força de inserção máxima terão uma perda mensurável da sua força de arrancamento.
Isto sugere que em situações clínicas os parafusos inseridos bicorticalmente podem ser
apertados com um firme torque de inserção, já por outro lado, os monocorticais devem
ser apertados cuidadosamente, prevenindo o enfraquecimento inadvertido do osso ou
da osteossíntese.
Inceoglu, Ferrara e McLain (2004) investigaram a correlação entre torque de
inserção e força de arrancamento de 3 diferentes tipos de parafusos para fixação de
fratura vertebral. Cinqüenta e quatro parafusos foram inseridos em 27 vértebras
lombares bovinas, nas quais foi realizada uma perfuração prévia padronizada. Os
parafusos inseridos foram: (1) 7,5 x 40 mm, cônico com roscas progressivas (Xia,
Stryker Spine); (2) 7,5 x 40 mm, cônico com formato tradicional em “V” das roscas
(Osteonics, Stryker Spine) e (3) 6,5 x 40 mm, cilíndrico com roscas em “V” (Osteonics,
Stryker Spine). O torque de cada parafuso foi aferido após a inserção completa da
rosca por um torquímetro analógico, obtendo-se assim o torque máximo de inserção. O
teste de arrancamento foi realizado com uma velocidade de 1 mm/min e a aplicação da
74
força foi interrompida após o ponto de ruptura. A média do torque máximo de inserção e
da força máxima de arrancamento nos três tipos de parafusos foi, respectivamente: (1)
6,7 ± 1,9 N.m e 1.783 ± 589,1 N; (2) 4,5 ± 1,1 N.m e 1.943 ± 625,8 N; (3) 2,6 ± 0,7 N.m
e 1.641 ± 356,7 N. Não houve correlação significativa entre torque de inserção e força
axial de arrancamento.
Qualidade óssea
Kido et al. (1997) compararam a força de arrancamento de implantes de 3,25 e
4,5 mm de diâmetro por 12 mm de comprimento e sua correlação com a densidade
óssea. Dois grupos de 18 implantes de cada diâmetro, foram inseridos em mandíbulas
de cadáveres humanos. A densidade óssea da área que circundava o sítio de inserção
dos implantes foi mensurada por tomografia computadorizada quantitativa. A
estabilidade primária de todos os implantes foi testada com um instrumento de
diagnóstico periodontal (Periostest) e a máxima força de arrancamento axial foi obtida
através de uma máquina de ensaios. A mesma estabilidade primária foi obtida para os
dois diâmetros de implantes. Foi necessária uma força de arrancamento 15% maior
para os implantes de maior diâmetro do que para os de menor diâmetro, porém não foi
estatisticamente significante. Houve correlação positiva estatisticamente significante
entre força de arrancamento e densidade óssea. Isto sugere que a qualidade óssea ao
redor do implante interfere na sua força de arrancamento e na estabilidade primária.
Uma avaliação pré cirúrgica da densidade óssea na região em que será inserido um
implante é importante para se obter uma estimativa da retenção e da estabilidade
primária.
75
ANEXO II – Material e Métodos
Seleção dos animais
A amostra foi obtida à partir de 10 cães sem raça definida, machos, adultos
jovens saudáveis, pesando entre 14,5 e 18,2 Kg. A determinação do estado de saúde e
da idade biológica aproximada dos animais foi realizada pelo médico veterinário do
Biotério da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Esses animais foram
obtidos por meio do Departamento de Zoonose da Prefeitura Municipal de Curitiba e
mantidos no canil do Biotério da PUCPR.
O projeto desta pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com
Animais, e aprovado no dia 13 de fevereiro de 2006 sob o registro no CEPA/PUCPR n
o
119 (Anexo IV).
A opção pela pesquisa em cães, foi feita por se tratarem de animais de pequeno
porte, de cuidado simples e que permitem fácil execução de procedimentos na sua
cavidade bucal, quando adequadamente anestesiados (NATIELLA, 1988
2
e
FELDMANN, 1995
3
).
Amostra
A amostra consistiu em sessenta mini-implantes (n=60), autorosqueáveis, de
titânio grau 5 (90% titânio, 6% alumínio, 4% vanádio), medindo 1,6 mm de diâmetro e
6,0 mm de comprimento, cinta alta (Figura 1, página 75), da marca Neodent
®
(Neodent
Implante Osteointegrável, Curitiba, Brasil).
2
NATIELLA, J.R. The use of animal Models in Research on Dental Implants. J Dent Educ, v. 52, n. 12, p.
792-797, 1988.
3
FELDMANN, B. M. Use of animals in research. J Am Vet Med Assoc, v. 206, n.7, p.941, Apr. 1995.
76
Figura 1- Mini-implante autorosqueável (1,6 x 6 mm)
Neodent
®
.
Os MI foram inseridos na região posterior da mandíbula dos cães em períodos
regressivos: 60 dias (T60), 15 dias (T15) e imediato (T0), sendo 20 MI (n=20) para cada
grupo. Foram instalados três MI bilateralmente, portanto, cada animal recebeu no total
seis MI. Esses intervalos, dizem respeito ao tempo decorrido entre a inserção do mini-
implante (MI) e o dia da eutanásia do animal. Durante o experimento os MI não
receberam aplicação de carga.
Os MI do Grupo T60 foram inseridos entre a raiz distal do quarto pré-molar
inferior e a raiz mesial do primeiro molar inferior. Os MI do Grupo T15 foram inseridos
entre as raízes mesial e distal do quarto pré-molar inferior. Os MI do Grupo T0 foram
inseridos entre as raízes mesial e distal do terceiro pré-molar inferior (Figura 2).
Figura 2 - Desenho indicando os locais de inserção dos MI do
lado direito da mandíbula do cão. Os círculos pretos
representam as cabeças dos MI dos grupos T0, T15 e T60.
T0
T60
T15
77
Tratamentos e condutas pré-operatórias
Os cuidados com os animais seguiram as recomendações e orientações éticas
do Canadian Council on Animal Care (1993
4
e 1997
5
) e do Guide for the Care and Use
of Laboratory Animals
6
, as normas do Código de Ética do COBEA (Colégio Brasileiro de
Experimentação Animal) e também as normas para a prática didático-científica da
vivissecção de animais, de acordo com a Lei Federal 6638, de 08 de maio de 1979,
publicada em Diário Oficial da União.
Todos os animais permaneceram por no mínimo 15 dias em canis individuais
para ambientação, antes que qualquer procedimento da pesquisa fosse executado.
Nesse período foram vacinados com Duramune
®
Max 5-CvK/4L e vermifugados.
Durante todo o período da pesquisa, os animais foram alimentados com ração
canina padronizada, amolecida em leite integral, ficando sempre disponível água fresca
nos canis. Os cuidados com a alimentação, higiene dos cães e canis foram realizados
diariamente por técnicos qualificados do Biotério da PUCPR, acompanhados pelo
médico veterinário, proporcionando assim, condições favoráveis de saúde, conforto e
bem-estar aos animais.
Antes que qualquer procedimento fosse executado na cavidade bucal dos
animais, os mesmos eram anestesiados por meio de sedação endovenosa. Para que os
4
CCAC. Guide to the Care and Use of Experimental Animals. v. 1, 2. ed. Ontario, Canada: Canadian
Council on Animal Care, 1993, 211 p. Disponível em:
http://www.ccac.ca/. Acesso em: 25 nov. 2005.
5
CCAC. Guidelines on: animal use protocol review. Ontario, Canada: Canadian Council on Animal
Care, 1997. Disponível em:
http://www.ccac.ca/. Acesso em: 25 nov. 2005.
6
National Research Committee. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals. Disponível em:
http://www.nap.edu/readingroom/books/labrats . Acesso em: 25 nov. 2005.
78
animais pudessem ser submetidos à anestesia, era mantido jejum de seis horas, a fim
de evitar o refluxo gastro-esofágico.
Os pré-anestésicos empregados via intra-muscular foram ketamina (2 mg/Kg) e
xilazina (1 mg/Kg). Após quinze minutos realizava-se a tricotomia e o acesso venoso. A
anestesia endovenosa foi obtida com tiopental sódico (2,5 mg/Kg), não ultrapassando
20 minutos. Manteve-se o acesso venoso com solução fisiológica em gotejamento
contínuo, para novas administrações do tiopental sódico conforme a necessidade. Os
animais não receberam entubação orotraqueal.
Foi realizado um tratamento prévio na cavidade bucal que consistiu em remoção
da placa bacteriana por meio de profilaxia com escovas de Robson e pedra-pomes,
acopladas em um micromotor e contra-ângulo (KaVo do Brasil
®
, Joinvile). Para a
remoção do cálculo dentário, foi utilizado ultra-som (SONICborden 2000, KaVo do
Brasil
®
, Joinvile) sob irrigação constante.
Para determinar o exato local da futura inserção dos MI, bem como o espaço
existente entre as raízes dos terceiros e quartos pré-molares e primeiros molares
inferiores, foram realizadas radiografias periapicais pré-operatórias. As tomadas
radiográficas foram realizadas com aparelho de raio-x Siemens
®
empregando-se a
técnica do paralelismo, películas Kodak
®
e posicionadores para humanos da marca
Indusbello
®
(Figura 3, página 78).
79
Figura 3 - Execução de radiografias periapicais,
utilizando posicionadores radiográficos para humanos.
Os procedimentos anestésicos, a higienização bucal e as tomadas radiográficas
foram executados no Laboratório de Técnica Operatória e Experimental da PUCPR.
Técnica operatória
No Laboratório de Técnica Operatória e Experimental da PUCPR, após a
anestesia dos cães, foi borrifada clorexidina a 0,2% dentro de toda cavidade bucal para
assepsia e foram mantidos os cuidados da cadeia asséptica.
A inserção dos MI seguiu a técnica transmucosa, também denominada
transepitelial, sem incisão prévia, conforme descrita por Costa, Raffaini e Melsen
(1998).
7 ®
Com uma fresa de 1,3 mm de diâmetro e 15 mm de comprimento da Neodent
(Figura 4, página 79), previamente demarcada em 7 mm, foi executada uma perfuração
perpendicular à superfície óssea vestibular mandibular, cerca de 7 mm cervical ao
término da gengiva inserida, a 600 rpm, sob constante refrigeração através de soro
7
COSTA, A.; RAFFAINI, M.; MELSEN, B. Miniscrew as orthodontic anchorage: a preliminary report. Int J
Adult Orthodon Orthognath Surg, v. 13, n. 3, p. 201-209, May 1998.
80
8
fisiológico 0,9%, conforme recomendações de Kyung et al. (2003). Foi empregado
para executar essa perfuração contra-ângulo Microdent
®
(Ribeirão Preto, Brasil) com
redução 16:1, acoplado ao micro-motor e motor Driller
®
BLM 600 PLUS (São Paulo,
Brasil) (Figura 5).
Figura 4 – Kit cirúrgico Neodent
®
,
contendo a fresa (1,3 x 15 mm) e a
chave manual.
Figura 5 - Contra-ângulo Microdent
®
e
motor Driller
®
BLM 600 PLUS.
®
O MI foi inserido na perfuração passivamente com chave manual Neodent
, até
que o início da porção cônica da cinta do MI atingisse a mucosa. O seu rosqueamento
final foi executado com o torquímetro digital Instrutherm
®
TQ-680 (WA Equipamentos
Eletrônicos, São Paulo, Brasil), até que a porção cilíndrica da cinta alcançasse a
mucosa, obtendo-se uma ancoragem monocortical. Com esse instrumento foi aferido o
torque de inserção máximo (TI) para cada MI, medido em Ncm. A seqüência da
inserção do MI está demonstrada nas Figuras 6 a 10 (página 80).
8
KYUNG, H. M.; PARK, H. S.; BAE, S. M., SUNG, J. H.; KIM, I. B. Development of orthodontic micro-
implants for intraoral anchorage. J Clin Orthod, v. 37, n. 6, p. 321-328, June 2003.
81
Figura 8 – Inserção do
MI com chave manual.
Figura 6 – Medição do
local para inserção do
MI.
Figura 7 – Início da
perfuração.
Figura 9 – Aferição do torque de inserção máximo
de um dos MI (25,6 Ncm).
Figura 10 – MI inseridos nos três
períodos, no lado esquerdo da
mandíbula de um dos cães.
T0
T15
T60
82
Condutas pós-operatórias
Após a inserção de cada MI, foram realizadas radiografias periapicais para
descartar a possibilidade de injúria às raízes dentárias (Figura 11).
Figura 11 – Radiografia periapical
do lado direito da mandíbula de um
dos cães, com os MI.
®
A analgesia pós-operatória imediata foi obtida com Banamini , na dose de 1,1
mg/Kg e a antibioticoterapia, com dose única de 2 ml de Tribrissen
®
, por via sub-
cutânea. Foi realizada a higiene ao redor dos MI e o controle da placa bacteriana, duas
vezes por semana, com auxílio de escovas dentais macias, gaze e solução de
clorexidina a 0,2% recomendada por Lambert, Morris e Ochi (1997)
9
e Costa, Raffaini e
Melsen(1998).
10
Eutanásia dos cães
Para executar a eutanásia, foi utilizada uma medicação pré-anestésica com
ketamina (2 mg/Kg) e xilazina (1 mg/Kg), via intra-muscular. A inconsciência foi induzida
9
LAMBERT, P.M.; MORRIS, H. F.; OCHI, S. The influence of 0,12% chlorhexidine digluconate rinses on
the incidence of infections complications and implant success. J Oral Maxillofac Surg, v. 55 (12 Suppl 5),
p. 25-30, 1997.
10
COSTA, A.; RAFFAINI, M.; MELSEN, B. Miniscrew as orthodontic anchorage: a preliminary report. Int J
Adult Orthodon Orthognath Surg, v. 13, n. 3, p. 201-209, May 1998.
83
com a aplicação endovenosa de 12,5 mg/Kg de tiopental sódico e logo após, 1 ml/Kg de
cloreto de potássio à 18,1% foi aplicado para indução de parada cardíaca.
Preparo e estocagem dos blocos ósseos
Após constatada a morte dos animais, as mandíbulas foram removidas
cirurgicamente, dissecadas e seccionadas axial e transversalmente em pequenos
blocos (Figura 12), com serras específicas para corte de osso e discos de carburundum
acoplados na peça de mão reta (KaVo do Brasil
®
, Joinvile). Cada bloco ósseo continha
um mini-implante, sendo que cada mini-implante ficou circundado por aproximadamente
4 mm de tecido ósseo, conforme descrito por Huja et al. (2005).
11
Os blocos ósseos
foram enrolados individualmente em compressas de gaze embebidas em soro
fisiológico 0,9%, congelados a -20° C (ROE, PIJANOWSKI e JOHNSON, 2005),
12
e
assim permaneceram de 24 a 48 horas, até o momento da confecção dos corpos de
prova.
Figura 12 – (a) Vista lateral e (b) vista superior
do bloco ósseo contendo o MI.
b
a
11
HUJA, S. S., LITSKY, A. S., BECK, F. M., JOHNSON, K. A., LARSEN, P. E. Pull-out strength of
monocortical screws placed in maxillae and mandibles of dogs. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.
127, n. 3, p. 307-13, Mar. 2005.
12
ROE, S. C., PIJANOWSKI, G. J.; JOHNSON, A. L. Biomechanical properties of canine cortical bone
allografts: effects of preparation and storage. Am J Vet Res, v. 49, p. 873-877, June 1988.
84
Dispositivos
®
Uma garra para apreensão do MI foi desenvolvida pela Neodent , em titânio,
com uma rosca padrão M6 na sua porção superior para ser rosqueada na máquina de
ensaios mecânicos. Esta mesma garra foi utilizada para a embebição do bloco ósseo
na resina acrílica. O contorno interno da garra possui o mesmo perfil e dimensões da
cabeça do MI (Figura 13 e 14).
Figura 13 – Vista inferior
da garra utilizada para
apreensão do MI.
Figura 14 – MI inserido no bloco ósseo,
apreendido pela garra.
O Departamento de Engenharia Mecânica da PUCPR criou os dispositivos A e B.
O dispositivo A (Figura 15, página 84) foi desenvolvido para posicionar o bloco
ósseo na resina acrílica durante o processo de embebição, de tal forma que o MI,
ficasse alinhado com o eixo da máquina de ensaios mecânicos. Esse alinhamento,
conforme normativa da ASTM F1691-96 (1997),
13
é preconizado para que durante o
arrancamento do dispositivo somente a força no sentido axial seja registrada. O
dispositivo A é composto por dois blocos (superior e inferior) de secção retangular em
aço inox, de 80 mm de comprimento por 40 mm de largura por 25 mm de espessura,
posicionados paralelamente ao solo, com duas hastes de secção circular, constituídas
13
ALLEN, R. F.; BALDINI, N. C.; DONOFRIO, P. E.; GUTMAN, E. L.; KEEFE, E.; KRAMER, J. G.
Standard teste method for determining axial pull-out strength of medical screws (F1691-96). Annual Book
of ASTM - Standards medical devices and services, v. 13.01, Easton, USA: West Conshohocken, 1997.
85
de aço inox de 10 mm de diâmetro por 100 mm de comprimento, servindo como pilares.
O bloco inferior (base) desse dispositivo contém um rebaixe para adaptação de um anel
de aço inox de 29 mm de diâmetro por 4 mm de espessura por 40 mm de comprimento,
com um orifício de 11,02 mm de diâmetro, para passagem transversal de uma haste de
secção circular em aço inox, de 11 mm de diâmetro por 130 mm de comprimento. O
bloco superior contém uma rosca padrão M6 no centro, para rosqueamento da garrra.
Os pilares parafusados à esse bloco superior são encaixados na base do dispositivo A.
O dispositivo B (Figura 16) foi criado para a realização do teste de arrancamento
axial do MI. Esse dispositivo, consiste de dois blocos verticais paralelos entre si, de
secção retangular em aço inox, de 100 mm de comprimento por 40 mm de largura por
25 mm de espessura, rosqueados perpendicularmente à base da máquina de ensaios
mecânicos. Estes blocos apresentam um orifício de 11,02 mm de diâmetro pelos quais
passa a haste transversal do dispositivo A.
Figura 15 – Dispositivo A
utilizado para embebição do
bloco ósseo em resina
acrílica.
Figura 16 – Dispositivo B utilizado
durante o teste de arrancamento axial.
86
Confecção dos corpos de prova
Para a confecção dos corpos de prova, os blocos ósseos foram descongelados à
temperatura ambiente, de forma coordenada para não causar deterioração dos
mesmos.
Após vaselinar o anel, a base e a haste transversal do dispositivo A, esses
componentes foram montados com a haste transversal passando pelo orifício do anel.
A resina acrílica auto-polimerizável incolor (Jet Clássico
®
) foi preparada conforme
orientação do fabricante e dispensada dentro do anel. Com a garra rosqueada no bloco
superior do dispositivo A, a cabeça do MI era apreendida por ela e o bloco ósseo
contendo o MI submerso na resina acrílica, de forma que suas margens ficassem no
mesmo nível da superfície da resina. O dispositivo A, agora contendo o anel com a
resina, o bloco ósseo e o MI, foi colocado em um recipiente com água fria, para dissipar
a reação exotérmica da resina, evitando a possibilidade de qualquer alteração do tecido
ósseo.
Após a presa da resina acrílica (aproximadamente 20 minutos), o MI era solto da
garra e o bloco com os pilares do dispositivo A eram removidos. A haste metálica
retirada do anel e o corpo de prova, era então extraído (Figura 17, página 86). O orifício
deixado na resina acrílica pela haste transversal, foi polido com lixa para madeira n
o
400, através de mandril acoplado na peça de mão reta (KaVo do Brasil
®
, Joinvile). O
intuito desse polimento foi facilitar o deslizamento do corpo de prova através da haste
de aço inox no momento do seu posicionamento, durante o teste de arrancamento.
87
Figura 17 – Corpo de prova contendo
bloco ósseo e MI inserido em resina
acrílica (a) Vista lateral e (b) vista
superior.
b
a
Teste de arrancamento
O teste de arrancamento no sentido axial do MI (Figuras 18 e 19) foi realizado na
máquina de ensaios EMIC
®
DL 500 (Emic Equipamentos e Sistemas de Ensaio Ltda.,
São José dos Pinhais – PR, Brasil), utilizando uma célula de carga de 100 Kg/f a uma
velocidade constante de 0,05 mm/min.
Figura 18 – Máquina de ensaios EMIC
®
DL
500 com o dispositivo B.
Figura 19 – Dispositivo
B com corpo de prova e
garra apreendendo o MI.
88
A força de arrancamento máxima (FA), que segundo Inceoglu, Ferrara e McLain
(2004)
14
é a máxima força que a interface osso-parafuso pode resistir antes da falência,
foi registrada para cada MI em Newton (N) no arquivo do programa MTest versão 3.00.
Medição da cortical óssea
Após o teste de arrancamento, os corpos de prova foram seccionados
transversalmente às raízes dentárias, passando pelo centro da loja óssea do MI. Os
cortes dos corpos de prova foram realizados numa Cortadeira Metalográfica de
Precisão (Struers Miniton
TM
, Frankfurt, Alemanha) a 400 rpm, sob irrigação constante
com água, por um disco diamantado de 127 mm de diâmetro e 0,4 mm de espessura
(Figuras 20 e 21).
Figura 20 – Cortadeira metalográfica
de precisão, seccionando um corpo
de prova.
Figura 21 – Corpo de prova
seccionado transversalmente às
raízes dentárias .
A metade desta secção na qual a cortical óssea era melhor visualizada, foi
examinada através de um microscópio esterioscópico Leica Zoom 2000
TM
(Fisher
Scientific, EUA) com um aumento de 15 vezes, para sua medição com um paquímetro
14
INCEOGLU, S.; FERRARA, L.; MCLAIN, R. F. Pedicle screw fixation strength: pullout versus insertional
torque. The Spine J, v. 4, p. 513-518, 2004.
89
®
digital Mitutoyo (CD-15C, Mitutoyo, Japão). A mensuração da espessura da cortical
óssea foi repetida 2 vezes para cada lado do sítio de descontinuidade criado pela
remoção do MI. A média obtida entre as medidas dos dois lados do sítio de inserção do
parafuso representou a espessura da cortical óssea inicial (ECi). Para T15 e T60 foi
também mensurada a espessura da cortical final (ECf), uma vez que ocorreu
reabsorção óssea da cortical destes dois grupos. A ECi, foi mensurada onde existia
integridade da mesma e a ECf, foi mensurada na região mais próxima ao sítio de
arrancamento do MI (Figura 22). Como não ocorreu reabsorção óssea em T0, a ECi foi
igual a ECf.
a b
Figura 22 – Mensuração da cortical óssea (CO). (a) As setas
representam a ECi e ECf para T0. (b) As setas longas representam
ECi e as setas curtas ECf para T15 e T60. MO = medular óssea.
90
ANEXO III – Análise Estatística
Após a obtenção dos dados, foram realizadas as estatísticas descritivas das
variáveis TI, FA, ECi e ECf, nos períodos T0, T15 e T60 (Tabela I). As Figuras 1 a 4
demonstram as médias das variáveis em relação aos três períodos estudados.
Foram analisados os pressupostos de normalidade por meio do teste de
Kolmogorov-Smirnov (Tabela II). Como todas as variáveis apresentaram distribuição
normal (p>0,05), foi possível utilizar o teste ANOVA com medidas repetidas para
detectar se havia diferença estatisticamente significante entre os períodos, para as
médias das variáveis.
As variáveis que apresentaram diferença estatisticamente significante (p<0,01)
em relação aos diferentes períodos (FA e ECf), foram submetidas ao teste para
comparações múltiplas de Tukey HSD (Tabelas III e IV) para verificar diferenças entre
T0, T15 e T60 (p<0,05).
Para analisar possíveis correlações entre os pares de variáveis TI e FA, TI e ECi,
FA e ECf em cada período, foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson (p0,05)
(Tabela V).
Toda a análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS versão 13.0.
91
TABELA I
- ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DAS VARIÁVEIS ESTUDADAS NOS TRÊS
Limite
inferior
Limite
su
p
erio
r
T0
TI (N.cm)
20 24,71 24,70 1,91 7,71 23,81 25,60
FA (N)
20 331,15 340,03 136,15 41,11 267,52 394,78
ECi (mm)
20 2,55 2,60 0,29 11,43 2,42 2,69
ECf (mm)
20 2,55 2,60 0,29 11,43 2,42 2,69
T15
TI (N.cm)
20 23,74 23,95 1,47 6,21 23,05 24,42
FA (N)
20 242,18 252,34 83,71 34,56 203,06 281,30
ECi (mm)
20 2,71 2,68 0,45 16,64 2,50 2,92
ECf (mm)
20 2,38 2,35 0,43 18,07 2,18 2,58
T60
TI (N.cm)
20 25,20 24,45 3,92 15,57 23,37 27,03
FA (N)
20 224,95 224,95 91,33 40,60 182,27 267,63
ECi (mm)
20 2,72 2,72 0,34 12,69 2,56 2,88
ECf (mm)
20 1,57 1,58 0,63 40,41 1,27 1,86
FONTE: Dados da pesquisa
LEGENDA: (T0) imediato, (T15) 15 dias, (T60) 60 dias, (TI) torque de inserção, (FA) força de
arrancamento, (ECi) espessura da cortical inicial e (ECf) espessura da cortical final.
INTERVALO DE
CONFIANÇA (95%)
PERÍODOS, PUCPR - 2006
PERÍODOS VARIÁVEL n MÉDIA MEDIANA
DESVIO
PADRÃO
COEF. DE
VARIAÇÃO
(%)
VARIÁVEIS PERÍODOS ESTATÍSTICA n VALOR p
TI
T0
0,091 20 0,200
T15
0,098 20 0,200
T60
0,130 20 0,200
FA
T0
0,118 20 0,200
T15
0,115 20 0,200
T60
0,135 20 0,200
ECi
T0
0,150 20 0,200
T15
0,150 20 0,200
T60
0,077 20 0,200
ECf
T0
0,150 20 0,200
T15
0,141 20 0,200
T60
0,105 20 0,200
FONTE: Dados da pesquisa
LEGENDA: (T0) imediato, (T15) 15 dias, (T60) 60 dias, (TI) torque de inserção, (FA) força de
arrancamento, (ECf) espessura da cortical final, (ECi) espessura da cortical inicial
NOTA: Distribuição normal para p>0,05.
TABELA II
- TESTE DE NORMALIDADE KOLMOGOROV-SMIRVOV PARA TODAS AS
VARIÁVEIS ESTUDADAS, PUCPR - 2006
92
TABELA III
- COMPARAÇÕES MÚLTIPLAS DE TUKEY HSD PARA A VARIÁVEL FORÇA DE
ARRANCAMENTO (FA), PARA OS TRÊS PERÍODOS, PUCPR - 2006
VARIÁVEL MÉDIA FA (T0) FA (T15) FA (T60)
FA (T0) 331,15
0,0146* 0,0032*
FA (T15) 242,18
0,0146* 0,8359
FA (T60) 224,95
0,0032* 0,8359
FONTE: Dados da pesquisa
LEGENDA: (T0) imediato, (T15) 15 dias, (T60) 60 dias, (FA) força de arrancamento
NOTA: * Existe diferença significante para p<0,05.
TABELA I
V
- COMPARAÇÕES MÚLTIPLAS DE TUKEY HSD PARA A VARIÁVEL ESPESSURA
DA CORTICAL ÓSSEA FINAL (ECf), PARA OS TRÊS PERÍODOS, PUCPR - 2006
VARIÁVEL MÉDIA ECf (T0) ECf (T15) ECf (T60)
ECf (T0) 2,55
0,4302 0,0001*
ECf (T15) 2,38
0,4302 0,0001*
ECf (T60) 1,57
0,0001* 0,0001*
FONTE: Dados da pesquisa
LEGENDA: (T0) imediato, (T15) 15 dias, (T60) 60 dias, (ECf) espessura da cortical óssea final
NOTA: * Existe diferença significante para p<0,001.
PERÍODOS PARES DE VARIÁVEIS n r VALOR p
T0 TI e FA 20 -0,22 0,35
FA e ECf 20 0,44 0,05*
TI e ECi 20 -0,09 0,71
T15 TI e FA 20 0,23 0,32
FA e ECf 20 -0,20 0,41
TI e ECi 20 0,04 0,86
T60 TI e FA 20 -0,11 0,64
FA e ECf 20 0,26 0,28
TI e ECi 20 0,02 0,94
FONTE: Dados da pesquisa
LEGENDA: (T0) imediato, (T15) 15 dias, (T60) 60 dias, (TI) torque de inserção, (FA) força de
arrancamento, (ECf) espessura da cortical final, (ECi) espessura da cortical inicial
NOTA: * Existe correlação significante para p0,05.
TABELA V
- ANÁLISE DA CORRELAÇÃO DE PEARSON PARA AMOSTRAS EMPARELHADAS
EM T0, T15 E T60, UTILIZANDO AS MÉDIAS DAS VARIÁVEIS, PUCPR - 2006
93
GRÁFICO 1 - FORÇA DE ARRANCAMENTO MÉDIA NOS
TRÊS PERÍODOS, PUCPR - 2006.
Imediato 15 dias 60 dias
Tem
p
os
220,00
240,00
260,00
280,00
300,00
320,00
340,00
Força de Arrancamento Média (N)
GRÁFICO 2 - TORQUE DE INSERÇÃO MÉDIO NOS TRÊS
PERÍODOS, PUCPR - 2006.
Imediato 15 dias 60 dias
Tempos
23,70
24,00
24,30
24,60
24,90
25,20
Torque de Inserção Médio (N.cm)
94
GRÁFICO 3: ESPESSURA DA CORTICAL ÓSSEA INICIAL
MÉDIA NOS TRÊS PERÍODOS, PUCPR - 2006.
Imediato 15 dias 60 dias
Tempos
2,55
2,60
2,65
2,70
2,75
Espessura Cortical Óssea Inicial Média (mm)
GRÁFICO 4: ESPESSURA DA CORTICAL ÓSSEA FINAL
MÉDIA NOS TRÊS PERÍODOS, PUCPR - 2006.
Imediato 15 dias 60 dias
Tempos
1,40
1,60
1,80
2,00
2,20
2,40
2,60
Espessura Cortical Óssea Final Média (mm)
95
ANEXO IV – Termo de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Animais
96
ANEXO V – Normas do American Journal Of Orthodontics and Dentofacial
Orthopedics
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American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics
University of Washington
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HSC Box 357446
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Telephone (206)221-5413
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2. Abstract. Structured abstracts of 200 words or less are preferred. A structured abstract contains the
following sections: Introduction, describing the problem; Methods, describing how the study was
performed; Results, describing the primary results; and Conclusions, reporting what the authors conclude
from the findings and any clinical implications. .
3. Manuscript. The manuscript proper should be organized in the following sections: Introduction and
literature review, Material and Methods, Results, Discussion, Conclusions, References, and figure
captions. Express measurements in metric units whenever practical. Refer to teeth by their full name or
their FDI tooth number. For style questions, refer to the AMA Manual of Style, 9th edition. Cite references
selectively, and number them in the order cited. Make sure that all references have been mentioned in the
97
text. Follow the format for references in "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical
Journals" (Ann Intern Med 1997;126:36-47);
http://www.icmje.org . Include the list of references with the
manuscript proper. Submit figures and tables separately (see below); do not embed figures in the word
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4. Figures. Digital images should be in TIF or EPS format, CMYK or grayscale, at least 5 inches wide and
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published, images could be reduced to 1 column width (about 3 inches), so authors should ensure that
figures will remain legible at that scale. For best results, avoid screening, shading, and colored
backgrounds; use the simplest patterns available to indicate differences in charts. If a figure has been
previously published, the legend (included in the manuscript proper) must give full credit to the original
source, and written permisson from the original publisher must be included. Be sure you have mentioned
each figure, in order, in the text.
5. Tables. Tables should be self-explanatory and should supplement, not duplicate, the text. Number them
with Roman numerals, in the order they are mentioned in the text. Provide a brief title for each. If a table
has been previously published, include a footnote in the table giving full credit to the original source.
6. Model release and permission forms. Photographs of identifiable persons must be accompanied by a
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Other Articles
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Case Reports will be evaluated for completeness and quality of records, quality of treatment, uniqueness
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introduction; diagnosis; etiology; treatment objectives, alternatives, progress, and results; and discussion.
The submitted figures should include extraoral and intraoral photographs and dental models, panoramic
radiographs and tracings from both pretreatment and posttreatment, and progress or retention figures as
appropriate.
Short Communications should not exceed 2000 words, including the bibliography, and should include a
minimal number of figures or tables. Priority will be given to communications relating to primary research
data, preferably clinical but also basic. This section permits time-sensitive material to be published within 6
months of submission.
Techno Bytes items report on emerging technological developments and products for use by
orthodontists.
Litigation, Legislation, and Ethics items report legal and ethical issues of interest to orthodontists.
Miscellaneous Submissions
Letters to the Editor and Ask Us questions and answers appear in the Readers' Forum section and are
encouraged to stimulate healthy discourse concerning the profession. Send letters or questions directly to
98
the editor, via e-mail: dlturpin@aol.com. Submit a signed copyright release with the letter, or fax or mail
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Brief, substantiated commentary on subjects of interest to the orthodontic profession is occasionally
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School of Dentistry, 1919 7th Ave S, Box 23, Birmingham, AL 35294. They will not be returned.
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