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chamado atenção para isso internamente, ás vezes, não sou bem compreendida,
porque eu acho que eu também tenho de estudar mais um pouco, acompanhar mais
os grupos, porque eu não tenho conseguido fazer em 2005, como eu me envolvi
muito, principalmente em 2006. Porque essas coisas das publicações absorvem muito,
mesmo quando não sou eu a pessoa responsável pela organização. Eu encaminho
para a gráfica a diagramação, e isso eu comecei, eu acompanhava mais o grupo de
educadores, as reuniões que eles faziam de avaliação e que é uma obrigação minha,
como coordenação pedagógica. Desde esse ano, eu deixei a desejar, uma avaliação
que eu já fiz comigo mesma e em alguns momentos, eu fico até constrangida de
apontar algumas coisas que eu estou vendo como falhas, que podem não ser a gente;
teria que discutir isso coletivamente, porque eu teria que ter um pouco mais... teria
que estar contribuindo um pouco mais, porque eles estão fazendo. Então assim, eu
acho que a gente tem um pouco de dificuldades ainda, e isso também, um estudo de
gestão nos apontou isso, uma dificuldade de amarrar mais concretamente todas as
áreas do CEFURIA. Então eu acho que também não está bem compreendida a
importância do CEDOC e das publicações. Teoricamente está compreendido, mas eu
acho que, na prática do dia a dia isso não está incorporado. Porque o próprio desafio
da Assembléia Popular... como é que a Assembléia Popular se articula com os
grupos de base? Então essas coisas ainda aparecem como algo a mais que demanda
uma mobilização. Em alguns momentos, a gente não conseguiu como um grupo,
como um todo, incorporar isso, como parte de um projeto político, que articula o
micro e o macro, que ajuda a qualificar e a superar essa coisa da fragmentação do
micro. Porque é assim, nós temos “status” de importância, de exercício, inclusive da
democracia e da autogestão que são esses espaços do conselho gestor das padarias
comunitárias... o encontro dos animadores dos clubes de troca, que são espaços onde
se escutam os problemas em comum dos grupos, que tentam.: Mas eu sinto que
ainda tem uma coisa faltando, só que a gente tinha que estar mais junto com o grupo,
para ir refletindo junto com eles, e inclusive ir, de vez em quando, junto com eles, os
grupos. Este ano, eu não fui nem uma vez aos grupos, eu tenho contato com as
pessoas dos grupos por conta da Escolinha, porque em nossa história, na primeira
etapa. Eu faço assessoria da Escolinha, e assim na primeira turma da Escolinha, eu
acompanhei todas as etapas. E isso foi muito importante. Eu lembro que, no final do
ano, teve, assim... teve uma outra qualidade, tanto é que nós discutimos; não porque
eu acho que assim... eu tenho minhas deficiências e é o Antônio, a Gabriela quem
fazem o trabalho de base, e eles talvez tenham deficiências que eu não tenha. Então,
se nós trabalhamos juntos. Eu acho que, em 2004, nós fizemos isso muito bem. Eu
acho que foi um ano importante, assim 2004, 2005. Este ano, porque se acumulou
tudo, o que nós já fazíamos aos vinte cinco anos do CEFURIA, que nós montamos
uma atividade paralela ainda mais intensa, e isso foi muito doido, está sendo muito
doido este ano. Para o ano que vem, eu já estou falando para eles, que no ano que
vem, nós vamos sentar; eu vou, eu quero, pelo menos uma vez, acompanhar com
vocês e com eles, acompanhar os grupos, porque aí a gente pode fazer a troca.
Porque eu ouço os relatos e tudo, mas até para aprontar, ajudar concretamente, dar
um apoio mesmo concreto, com auxílio pedagógico. Então eu acho que, mesmo
assim, nós fizemos muitas coisas legais e é porque as publicações começam também a
sair dos nossos espaços. Os nossos espaços que a gente não consegue alcançar de