era da Igreja Santa Efigênia, um grupo de jovens na verdade,
tinha discussões, estávamos em plena Ditadura, 68, 69 e a
gente fazia encontro de jovens debatia questões da
sociedade, essa foi minha primeira experiência; uma
sensibilização para questões sociais.
Ou seja, ele começou a ter algum tipo de participação a partir de um
grupo religioso que não tinha função política. Nele houve uma 'sensibilização'
para questões políticas da época (a ditadura no caso).
Quando ele ingressa na PUC/SP ocorre o seguinte:
Eu fiquei muito infeliz, não gostava da PUC, minha classe era
uma classe de pessoas muito mais velhas, eu tinha dezessete
anos, a turma era de gente formadas em outras áreas, tinham
um grupo muito intelectualizado, muito elitizado, diferente da
minha origem, eu vinha de escola pública, vinha de família
baiana que tinha mudado para São Paulo, não éramos uma
camada média intelectualizada, então eu estranhei muito a
universidade, eu tinha horror da universidade e era muito
infeliz.
Então quando chegou em 71, 72 minha mãe via a minha
infelicidade, eu ia arrastada para a escola, parecia que eu era
criança pequena que não gosta de ir a escola, que chora e
quer voltar para casa, apesar de já ter feito algumas amizades
dentro da minha classe eu não gostava da universidade.
Minha mãe dizia “Não tem um coral? Alguma coisa lá para
você fazer?” E ela sempre falava isso. Até que um dia eu vi lá
um anúncio do CUCA, 1972. E eu a X. procuramos o CUCA e
fomos cantar no CUCA e cantamos bastante tempo,e e de
dentro do CUCA nasceu um grupo de Teatro, o Diretório
Acadêmico de Filosofia São Bento se uniu ao Diretório de
Economia, e juntos procuraram reconstruir o movimento
estudantil dentro da universidade, só que era um momento de
ditadura, todos tinha medo de Centro Acadêmico, então eles
resolveram construir um grupo de coral e de teatro que foi o