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De forma simplificada, os ventiladores mecânicos que trabalham com pressão
positiva são dotados de válvula de fluxo, aquecedor, umidificador, válvula de
exalação, transdutores de pressão e fluxo, painel de monitorização e circuito
de controle (BONASSA 2000). Além disso, possuem comandos, chamados
parâmetros ventilatórios, que permitem que o profissional ajuste a pressão
inspiratória (Pip), volume corrente (VC), limites de pressão, fluxo de ar,
pressão ao final da expiração, freqüência respiratória (FR) e tempo
inspiratório (T insp) (FIORETTO 2003).
A VM está em constante evolução e tem se tornado cada vez mais
sofisticada. A partir de 1980, houve grande salto tecnológico na VM quando
os aparelhos passaram a utilizar circuitos controlados por microprocessadores,
transdutores para captação dos sinais das variáveis respiratórias e válvulas
eletromecânicas capazes de gerar os mais diversos padrões de fluxo
inspiratório. Também, foram idealizados sistemas de realimentação de dados
que permitem que os parâmetros sejam reajustados de acordo com mudanças
na mecânica respiratória do paciente
(SALOMÃO NETO 1998; BOHN 2000).
O principal objetivo do suporte ventilatório mecânico é a manutenção
da função ventilatória e/ou oxigenação dos pacientes enquanto os mesmos não
têm condições de assumi-las integralmente.
O consenso sobre ventilação
mecânica
(SLUTSKY 1993) descreveu os objetivos do suporte ventilatório,
sendo apontados como objetivos fisiológicos a adequação da troca gasosa
pulmonar, o aumento do volume pulmonar e a redução do esforço respiratório.
Do ponto de vista clínico, os principais objetivos são reversão de hipoxemia e
de acidose respiratória aguda, alívio do desconforto respiratório, prevenção ou
reversão de atelectasias e reversão de fadiga da musculatura respiratória. Além
disso, a VM torna possível a utilização de sedação otimizada e/ou bloqueio
neuromuscular e pode diminuir o consumo de oxigênio sistêmico e/ou do
Introdução