Laveran, Eberth e Hansen.
12
Mas no meio de tantas agruras espera, confiante, a
hora da redenção (grifo meu).
13
Ao longo de sua carreira, Djalma Batista escreveu diversos estudos sobre a
história da região, daí pode-se compreender o caráter “heróico” da correspondência.
14
Em resposta à missiva, a Secretaria da Presidência da República divulgou que nada
poderia fazer, mas as boas relações de Evandro Chagas com Getúlio Vargas e Gustavo
Capanema propiciaram a continuação dos estudos na região.
15
Em 1938, o governo federal concedeu ao SEGE dotação orçamentária
extraordinária, possibilitando a ampliação do leque de doenças estudadas.
16
Até os anos
40, Evandro Chagas, com o apoio de profissionais recém-formados, como Felipe Nery
Guimarães e Leônidas Deane realizou viagens de investigação e de inspeção em
municípios do Pará, como Igarapé-Mirim e Urubupuata. Evandro procurou administrar
o SEGE como um órgão autônomo dentro da estrutura do IOC. Para compreender este
fato, é necessário apontar a grave crise financeira que a instituição atravessou nos anos
30, em especial, durante a administração de Cardoso Fontes (1934-1941). Nesta época,
Gustavo Capanema, Ministro da Educação e Saúde, incorporou a renda do IOC à receita
12
Identificaram os seguintes agentes patogênicos:
a) R.Koch – Identificou o germe patogênico da tuberculose (Alemanha/1882).
b) Laveran – Identificou o germe patogênico da malária (França/1880).
c) Eberth – Identificou o germe patogênico da febre tifóide (Alemanha/1880).
d) Hansen – Identificou o agente causador da lepra. (Noruega/1873).
Fonte: Kiple, Frederik (Editor). The Cambridge World History of Human Disease. Cambridge,
Cambridge University Press, 1999.
13
GCPR, lata 276, pacote 1.
14
Djalma da Cunha Batista nasceu em Tarauacá, no Estado do Acre, no dia 20 de fevereiro de 1916. Filho
de Gualter Marques Batista e D. Francisca Acioli da Cunha Batista, fez o curso primário no Grupo
Escolar João Ribeiro e Colégio São José em Tarauacá, e o secundário em Manaus, no Colégio Dom
Bosco. Formou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1935. Voltou a Manaus em
1939, abrindo, no ano seguinte seu consultório de patologia clínica. Foi médico assistente da Santa Casa
de Misericórdia, analista da Casa Dr. Fajardo, tisiólogo do Dispensário Cardoso Fontes, da Liga
Amazonense contra a Tuberculose, médico da Escola Técnica de Manaus, capitão comissionado da
Polícia Militar do Amazonas. Foi também diretor do Sanatório Adriano Jorge; do Departamento de
Educação e Cultura do Amazonas, e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Foi eleito
em 18 de janeiro de 1942 para a Academia Amazonense de Letras, cadeira 11, de José Veríssimo, vaga de
Coriolano Durand, tendo sido empossado somente em 1948, sendo recebido na Academia pelo imortal
André Araújo. Presidiu a Academia três vezes, a última no período de 1972 a 1973. Publicou os seguintes
livros: O Complexo da Amazônia, Paludismo na Amazônia, Codajás – Comunidade Amazônica, Letras
da Amazônia, Da Habitabilidade da Amazônia. Faleceu em Manaus, no dia 20 de agosto de 1979.
Fonte: Fundação Djalma Batista:
http://www.manausnet.com.br/fdb/patrono.asp. Último acesso: 27/10/2006 20:56
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Para relação Entre Evandro Chagas e Getúlio Vargas, ver Romaña, op. cit., p.3; para relação entre
Evandro Chagas e Gustavo Capanema ver Paraense, Wladimir Lobato. (depoimentos, 1987, 1988, 1989).
Rio de Janeiro, Fiocruz/COC, Programa de História Oral, 1991; Chagas Filho, Carlos. Depoimento Rio
de Janeiro, Fiocruz/COC Programa de História Oral, 1991.
16
Kropf, op.cit., p.270.