“Em 1957, (...) aceitei o convite de (...) para trabalhar no
Instituto Pestalozzi, que ela havia fundado em Salvador.
Algum tempo depois, para sua decepção e de todos os pais, o
Governador Antonio Balbino fechou o Instituto Pestalozzi,
talvez por considerar que gastar com excepcionais não valia a
pena. (...) Os pais das crianças tiveram que procurar escolas
particulares” (OLGA TANAJURA).
“No Instituto de Psicologia da Católica eu atendia
pessoas com problemas de comunicação em grupo e
individual. (...) Era um Instituto dirigido por Irmão Dubois, um
religioso muito idealista, que conseguiu dentro da UCSAL um
Instituto para cuidar das pessoas. Ele era um cuidador e se
cercava de gente em quem que acreditava e que também
acreditava nele também, mas a UCSAL parece que não
gostava muito destas iniciativas, porque custava dinheiro e
não sei se ele sabia lidar com essa parte de administração.
Houve algum problema de gestão, não de qualidade de
trabalho e a Instituição retirou o apoio as suas iniciativas” (LIA
MARA).
“A Educação Precoce caminhava, mas as crianças não
tinham como comprar aparelho e quando conseguiam não
havia condições de fazer a manutenção. (...) O Centro de
Educação Especial finalmente ficou pronto (...) e também
salas para atendimento fonoaudiológico, porque buscávamos
criar condições para que o fonoaudiólogo pudesse fazer parte
do quadro de profissionais do Estado. (...) mas o Estado não
assumiu esse compromisso e até hoje o Fonoaudiólogo não
está inserido neste quadro. (...) Eu fiquei muito desanimada
com o grupo de estudo, porque trabalhávamos e nos dávamos
conta que nada seria aplicado na prática. No Estado é muito
difícil trabalhar um projeto de longo prazo” (SONIA VELOSO).
“(...) em 1981, deixei a sua [Clínica Pinto Duarte] clínica
para trabalhar em consultório particular. A gente vai criando
asas. (...) O conhecimento fonoaudiológico que você oferece
aos pacientes através do seu trabalho, mesmo não se
misturando nas relações, tem repercussão pessoal, no destino
deles. Por exemplo, você faz um trabalho com o surdo, ele se
identifica, melhora, começa a falar e obtém suporte necessário
para suas relações interpessoais, tudo isto através da
comunicação que foi desenvolvida por este trabalho”
(CARMEN FERNANDES).
“(...) As crianças chegavam tarde e sem avaliação
auditiva; observando que não tinha quem fizesse essa
avaliação, eu comecei a chatear um pouco os médicos que
faziam nessa época avaliação audiológica usando uma
atendente. Foi nesta época que o Instituto Bahiano de
Otorrinolaringologia (IBO) me convidou para fazer avaliação
audiológica infantil usando o “Peep Show”” (SONIA VELOSO).
“No Centro Terapêutico Municipal Dr. Álvaro Rubim de
Pinho cheguei sem saber o que me esperava. Nunca havia
trabalhado na área de Saúde Mental. Lá sou fonoaudióloga
generalista, tenho que dar conta de uma grande demanda de
pacientes. O que eu não posso atender, como dislexias,