Download PDF
ads:
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Naturais e Exatas
Programa de Pós-Graduação em Bioquímica Toxicológica
ESTUDOS DOS MECANISMOS ENVOLVIDOS NA
AÇÃO ANTINOCICEPTIVA CAUSADA PELO
DISSELENETO DE DIFENILA EM CAMUNDONGOS
TESE DE DOUTORADO
Lucielli Savegnago
Santa Maria, RS, Brasil
2007
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ESTUDOS DOS MECANISMOS ENVOLVIDOS NA AÇÃO
ANTINOCICEPTIVA CAUSADA PELO DISSELENETO DE
DIFENILA EM CAMUNDONGOS
por
Lucielli Savegnago
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Bioquímica
Toxicológica, Área de Concentração em Bioquímica Toxicológica, da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito
parcial para obtenção do grau de
Doutor em Bioquímica Toxicológica.
Orientador: Prof. Dr. Gilson Zeni
Santa Maria, RS, Brasil
2007
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
ads:
i
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Naturais e Exatas
Programa de s-Graduação em Bioquímica Toxicológica
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Tese de
Doutorado
ESTUDOS DOS MECANISMOS ENVOLVIDOS NA AÇÃO
ANTINOCICEPTIVA CAUSADA PELO DISSELENETO DE DIFENILA
EM CAMUNDONGOS
Elaborada por
Lucielli Savegnago
como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor em
Bioqmica Toxicológica
COMISSÃO EXAMINADORA:
_________________________________________
Prof. Dr. Gilson Zeni (Orientador)
_________________________________________
Prof. Dr. Félix Antunes Soares (UFSM)
________________________________________
Prof. Dr. João Batista Teixeira da Rocha (UFSM)
_________________________________________
Prof
a
. Dr
a
. Maria Matha Campos (PUC/POA)
_________________________________________
Prof. Dr. Diogo Onofre Gomes de Souza (UFRGS)
Santa Maria, agosto de 2007.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
ii
É melhor tentar e falhar,
que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda em vão,
que sentar-se fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar,
que em dias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco,
que em conformidade viver”
(Martin Luther King)
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, por sempre me guiar com a sua luz divina.
A minha família, em especial, minha mãe e aos meus irmãos, meus maiores
exemplos, pelo apoio incessante e incentivo constante na busca dos meus objetivos.
Ao Diego (“Schumi”), meu amorzinho, por ser tão especial em minha vida e
me fazer acreditar que amar vale a pena. Te amo muito !!!
Aos meus orientadores Cristina e Gilson, agradeço pela confiança em mim
depositada e pelo exemplo de perseverança incansável ao ensino e a ciência.
Saibam que levarei comigo mais que um aprendizado científico, aprendi em seus
grupos de pesquisa que o companheirismo e a união tornam a nossa trajetória
melhor e com maior número de conquistas. Cris e GZ, muito obrigada!
Ao professor João Batista por todos os ensinamentos que contribuíram para o
meu crescimento pessoal e profissional. Obrigada!
Aos meus queridos IC’s, Cristiano e Larissa, pela ajuda incondicional, pela
dedicação, pela lealdade, pela amizade e por contribuírem muito para a minha
formação profissional. Obrigada, por tornarem tão agradável a realização deste
trabalho. Acredito que não existam palavras para expressar a minha gratidão a
vocês. Adoro vocês!
A minha segunda família, pessoal do lab: Marina, Vanessa, Lysandro,
Alexandre, Simone W, Eluza, Cristiane, Fran, Nilda, Ricardo, pela amizade, por um
olhar de apoio, um gesto de compreensão e paciência, um ombro amigo, uma
palavra de incentivo. A todos vocês, que compartilharam dos meus ideais a minha
gratidão e respeito. Obrigada!
Em especial à Marina e a Vanessa, pela amizade, ajuda incondicional,
companheirismo, desabafos e incentivo. Obrigada!
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
À Simone P, Gabi, Ethel, César, Carina, Liomara, Raquel, Aninha, Bibi,
Carine, Renata, Marlon, Carmine, pela amizade, e aos vários momentos de
desconcentração. Foi muito bom trabalhar na companhia de vcs!
Ao pessoal do lab. da Química: Schumakinho, Jesus, Maneco, Juliano, Flávia,
Carol, Alison, Zé, Elvis, Benhur, Tuane, Dani, Paty, obrigada pela parceria, festas, e
pela síntese dos compostos. Obrigada!!
Ao pessoal do Lab. do prof. João pelo companherismo. Obrigada!
Aos colegas que tomaram outros rumos, Flávia, Ana Paula Ardais, Dionéia,
Tati, Gisele, Jozi, rcio, Carlos Eduardo, Eduardo, Dionei, Fabrício e Guilherme,
pelo companheirismo e amizade.
Ao Rinaldo por cuidar tão bem dos animais.
À Anlica e a Márcia, secretárias da Pós-graduação pela paciência e
solicitude com que resolvem todos os nossos problemas.
Aos docentes do curso de pós-graduação em Bioquímica Toxicológica da
UFSM pelos ensinamentos.
Agradeço, enfim, à Universidade Federal de Santa Maria, pela oportunidade,
e ao CNPq pelo auxílio financeiro.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
v
RESUMO
Tese de Doutorado
Programa de Pós-Graduação em Bioqmica Toxicológica
Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil
ESTUDOS DOS MECANISMOS ENVOLVIDOS NA AÇÃO ANTINOCICEPTIVA
CAUSADA PELO DISSELENETO DE DIFENILA EM CAMUNDONGOS
AUTORA: Lucielli Savegnago
ORIENTADOR: Gilson Zeni
CO-ORIENTADORA: Cristina Wayne Nogueira
DATA E LOCAL DA DEFESA: Santa Maria, agosto de 2007.
Nos últimos anos, os compostos orgânicos de selênio têm sido alvos de
interesse em síntese orgânica em virtude da descoberta de suas aplicações
sintéticas e de suas propriedades farmacológicas. O disseleneto de difenila é um
composto orgânico de selênio que apresenta baixa toxicidade quando administrado
pela via subcutânea em camundongos, nas doses em que exerce ação
antinociceptiva e antiinflamatória. Assim, a pesquisa dos mecanismos pelos quais
esse composto exerce seus efeitos é importante para a sua aplicação biológica.
Desta forma, no presente trabalho investigou-se a toxicidade aguda induzida pelo
disseleneto de difenila quando administrado pela via oral em camundongos e as
propriedades antinociceptiva e antiinflamatória desse composto, bem como os
possíveis mecanismos envolvidos em tal processo. A administração oral do
disseleneto de difenila causou baixa toxicidade o que foi evidenciado pelo índice de
mortalidade (dose letal > 312 mg/kg). Apesar do disseleneto de difenila não ter
apresentado evincias de toxicidade renal e hepática, o ganho de peso corporal
dos camundongos foi reduzido, o que pode indicar toxicidade sistêmica causada por
esse composto. A administração oral do disseleneto de difenila reduziu omero de
contorções abdominais induzidas pelo ácido acético, bem como, preveniu a
nocicepção induzida pela injeção intraplantar (i.pl.) de glutamato, capsaicina,
formalina, bradicinina (BK) e acetato de forbol miristato (PMA). A administração oral
do disseleneto de difenila foi capaz de prevenir a nocicepção térmica, no modelo da
imersão da cauda a 55°C. O disseleneto de difenila co-injetado intraplantar com o
glutamato causou redução significante na reposta nociceptiva induzida pelo
glutamato, sendo que esse efeito antinociceptivo local foi bloqueado pelo pré-
tratamento local com a L-arginina e com o ditiotreitol (DTT). Além disso, a
administração oral do disseleneto de difenila preveniu a nocicepção induzida pela
injeção intratecal (i.t.) de glutamato, ácido N-metil-D-aspártico (NMDA), capsaicina,
BK, substância P (SP), fator de necrose alfa (TNF-α) e interleucina 1β (IL-1β), mas
não bloqueou significativamente a nocicepção causada pela injeção i.t. do ácido α-
amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolopropionico (AMPA), cainato e ácido (±)-1-
aminociclopentano-trans-1,3-dicarboxílico (trans-ACPD). A antinocicepção causada
pela administração oral do disseleneto de difenila no teste da formalina foi revertida
pelo pré-tratamento com cloreto de cálcio (CaCl
2
), N
ω
-nitro-L-arginina (L-NOARG,
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
inibidor da enzima óxido nítrico sintase - NOS), 1H-[1,2,4]oxadiazolo[4,3-
a]quinoxalin-1-ona (ODQ, inibidor da guanilato ciclase), azul de metileno (inibidor
inespecífico da guanilato ciclase), tetraetilamônio (TEA; bloqueador de diferentes
tipos de canais de potássio, inclusive os dependentes de voltagem), apamina
(bloqueador de canais de potássio de baixa condutância ativados por cálcio) e
caribidotoxina (bloqueador de canais de potássio de alta condutância ativados por
cálcio), mas não foi significativamente revertida pelo pré-tratamento dos animais com
glibenclamida (bloqueador de canais de K
+
dependente de ATP) e com o inativador
da proteína G
i/o
(toxina pertussis). O tratamento oral com disseleneto de difenila
reduziu a alodínia mecânica induzida pela ligadura parcial de nervo ciático (dor
neuropática) e pela injeção i.pl. de FCA (dor inflamatória crônica) e preveniu a
hiperalgesia térmica induzida pela BK, prostaglandina E
2
(PGE
2)
, glutamato e NMDA.
De acordo com o presente trabalho pode-se sugerir que os mecanismos
responsáveis pela ação antinociceptiva causada pelo disseleneto de difenila em
camundongos envolvem a participação da via do óxido nítrico/ guanosina
monofosfato cíclica (GMPc) /canais Ca
2+
e K
+
, inibão da PKC e PKA, além da
participação dos sistemas glutamatérgicos, peptirgicos e vanilóides.
Palavras-chave: disseleneto de difenila, selênio, dor aguda, dor crônica,
nocicepção, inflamação.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
vii
ABSTRACT
Thesis of Doctors Degree
Federal University of Santa Maria, RS, Brazil
Studies of mechanisms involved in the antinociceptive action
caused by diphenyl diselenide in mice
AUTHOR: Lucielli Savegnago
ADVISOR: Gilson Zeni
CO-ADVISER: Cristina Wayne Nogueira
DATE AND PLACE OF THE DEFENSE: Santa Maria, august 2007
The interest in organoselenium biochemistry and pharmacology has increased
in the last two decades due to a variety of organoselenium compounds that possess
biological activity. Accordingly, diphenyl diselenide, a simple diaryl diselenide, is
known as a safety drug when administered acutely to mice at doses that have
antiinflammatory and antinociceptive activities. Therefore, the research of the
mechanisms by which this compound exerts its effects is extremely important for the
therapeutic application. Based on the considerations above, the aims of the present
study were to evaluate the acute toxicity induced by diphenyl diselenide in mice using
oral route of administration with the purpose of offering safety in the use of this
compound and to verify the antinociceptive and antiinflammatory activities caused by
diphenyl diselenide as well as its mechanisms of action. Diphenyl diselenide
administered orally produced minor toxicological effects which were evidenced by the
index of mortality (lethal-dose > 312 mg/kg). Although diphenyl diselenide did not
provide evidence for renal or hepatic toxicity, the body weight gain in mice exposed
to this compound was reduced, which might indicate systemic toxicity. The oral
administration (p.o.) of diphenyl diselenide inhibited acetic acid-induced abdominal
constriction as well as capsaicin-, glutamate- bradykinin (BK)- phorbol myristate
acetate (PMA)- and formalin induced nociception and caused a significant increase in
tail-immersion response latency time. In addition, diphenyl diselenide co-injected
intraplantarly (i.pl.) in association with glutamate induced a significant reduction of
the licking and in the paw oedema formation induced by glutamate. The local pre-
treatment of mice with L-arginine and dithiothreitol (DTT; i.pl.) restored local
antinociception caused by diphenyl diselenide when analyzed against glutamate-
induced nociception. Moreover, diphenyl diselenide, given orally, caused significant
inhibition of the biting behavior induced by intrathecal (i.t.) injection of glutamate, N-
methyl-D-aspartate (NMDA), substance P (SP), interleukin 1β (IL-1β), tumor necrosis
factor-α (TNF-α), BK and capsaicin, but completely failed to affect the nociception
induced by α-amino-3-hydroxy-5-mehtyl-4-isoxazolepropionic acid (AMPA), kainate
and (±)-1-aminocyclopentane-trans-1,3-dicarboxylic acid (trans-ACPD). The
antinociceptive effect caused by diphenyl diselenide in the formalin test was reversed
by i.t. injection of several K
+
channel blockers such as apamin and charybdotoxin
(large- and small-conductance Ca
2+-
activated K
+
channel inhibitors, respectively),
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
viii
tetraethylammonium (TEA, non-selective voltage-dependent K
+
channel inhibitor),
but not glibenclamide (ATP-sensitive K
+
channel inhibitor). Injection of mice with
inhibitor of nitric oxide (NO) synthase (N
ω
-nitro-L-arginine; L-NOARG), guanylyl
cyclase inhibitors (1H-[1,2,4]oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-one - ODQ; and
methylene blue) and calcium chloride (CaCl
2
) significantly blocked the antinociceptive
effect caused by diphenyl diselenide when assessed on the formalin test. In contrast,
i.t. injection of pertussis toxin, an inactivator of G
i/0
protein, did not antagonize the
antinociceptive action caused by diphenyl diselenide in the formalin test. Diphenyl
diselenide increased nociceptive threshold in mechanical allodynia induced by both
partial sciatic nerve ligation (neuropathic pain) and ACF i.pl. injection (inflammatory
chronic pain) as well as attenuated acute thermal hyperalgesia induced by i.t.
injection of glutamate, NMDA, BK and prostaglandin E
2
(PGE
2
). Together these
results suggested the participation of nitric oxide/cyclic GMP/Ca
2+
and K
+
channel,
pathways, inhibition PKA e PKC, as well as glutamatergic, peptidergic and vanilloid
systems in the antinociceptive action caused by diphenyl diselenide in mice.
Key words: diphenyl diselenide, selenium, acute pain, chronic pain, nociception,
inflammation.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
LISTA DE FIGURAS
Revisão Bibliográfica
Figura 1: Representação esquemática dos diferentes tipos de neurônios
sensoriais primários responsáveis pela condução do sinal nociceptivo da
periferia ao SNC.....................................................................................................
9
Figura 2: Representação esquemática dos fatores responsáveis pela ativação
de nociceptores periféricos....................................................................................
11
Figura 3: Representação esquemática demonstrando a transmissão e o
processamento da dor da periferia ao SNC...........................................................
12
Figura 4: Diagrama esquemático mostrando a localização das lâminas do
corno dorsal da medula espinhal que recebem as informações sensoriais
oriundas dos terminais periféricos de fibras nervosas nociceptivas
aferentes................................................................................................................
13
Figura 5: Estrutura química do ebselen................................................................
31
Figura 6: Estrutura química do disseleneto de difenila.........................................
31
Artigo 1
Figura 1: Effect of diphenyl diselenide administered orally against acetic-acid
induced writhing movements in mice.....................................................................
41
Figura 2: Effect of diphenyl diselenide administered orally against capsaicin-
induced licking in mice...........................................................................................
42
Figura 3: Effect of diphenyl diselenide administered orally on the tail-immersion
test in mice.............................................................................................................
42
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
x
Figura 4: Effect of pre-treatment of animals with L-arginine on the
antinociceptive profiles of diphenyl diselenide and N
G
-nitro-L-Arginine methyl
ester against the glutamate -induced licking (A) and paw oedema (B) in
mice.......................................................................................................................
43
Figura 5: Effect of pre-treatment of animals with dithiothreitol on the
antinociceptive profiles of diphenyl diselenide and 5,5-dithio-bis-(2-nitrobenzoic
acid) against the glutamate -induced licking (A) and paw oedema (B) in
mice........................................................................................................................
43
Artigo 2
Figura 1: Effect of diphenyl diselenide administered orally against glutamate
(A), NMDA (B), AMPA (C), kainite (D) or trans-ACPD (E)- induced biting in
mice........................................................................................................................
51
Figura 2: Effect of diphenyl diselenide administered orally on the nociceptive
behavior induced by substance P (A), IL-1β (B) -or TNF-α
(C)...........................................................................................................................
52
Figura 3: Effect of diphenyl diselenide on the biting response caused by
injection of BK (A) or capsaicin (B).........................................................................
52
Artigo 3
Figura 1: Effect of diphenyl diselenide given by oral route on the licking (A, B)
and oedema (C) induced by formalin in mice. The total time spent licking the
hindpaw was measured in the first (0 - 5 min, panel A) and the second (15 - 30
min, panel B) phase after intraplantar injection of formalin. The oedema (panel
C) was measured at the end of second phase of formalin test. The effect of
diphenyl diselenide (10 mg/kg, p.o) given 5 min after the formalin injection in
mice has been demonstrated in panel D................................................................
80
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
xi
Figura 2: Effect of pretreatment of mice with L-NOARG (panels A and B), ODQ
(panels C and D) and methylene blue (panels E and F) 10 min before injection
of diphenyl diselenide against the first and the second phase of formalin-
induced licking in mice ..........................................................................................
81
Figura 3: Effect of pretreatment of mice with tetraethylammonium (panels A and
B), charybdotoxin (panels C and D), apamin (panels E and F) and glibenclamide
(panels G and H) on the antinociceptive profiles by diphenyl diselenide and
morphine and morphine against formalin-induced nociception in mice..................
82
Artigo 4
Figura 1: Effect of diphenyl diselenide administered orally on mechanical
allodynia induced by sciatic nerve injury in response to 10 applications of 0.6 g
VFH……………………………………………………………………………………….
101
Figura 2: Effect of diphenyl diselenide administered orally on mechanical
allodynia in response to 10 applications of 0.6 g VFH induced by CFA in
mice………………..................................................................................................
102
Figura 3: Effect of diphenyl diselenide administered orally on the glutamate
(panel A)-, NMDA (panel B)-, PGE
2
(panel C) or BK (panel D)- induced
nociceptive response in mice.................................................................................
103
Discussão
Figura 7: Possíveis sítios de ação do disseleneto de difenila...............................
114
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Effect of diphenyl diselenide, administered orally, on the body weight
gain in mice..............................................................................................................
41
Tabela 2- Effect of diphenyl diselenide administered orally on biochemical
parameters in mice...................................................................................................
41
Tabela 3- Effect of diphenyl diselenide administered orally on the licking and
oedema induced by glutamate in mice.....................................................................
42
Tabela 4- Effect of diphenyl diselenide administered orally on the licking and paw
oedema induced by bradykinin in mice………………………………………………
43
Tabela 5- Effect of diphenyl diselenide administered orally on the licking and paw
oedema induced by PMA in mice……………………………………………………….
44
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS
µg microgramas
µmol/kg micromol por quilograma
ACF adjuvante complete de Freund
ADP adenosina difosfato
ALT alanina amino transferase
AMPA ácido α-amino-3-hidróxi-5-metil-4-isoxazolopropiônico
AMPc adenosina monofosfato-cíclico
AST aspartato amino transferase
ATP adenosina trifosfato
BK bradicinina
CaCl
2
cloreto de cálcio
CAL calidina
CCK colecistocinina
CCDVs canais de cálcio dependente de voltagem
CGRP peptídeo relacionado ao gene da calcitonina
COX ciclooxigenase
DAG diacilglicerol
DI
50
dose que inibe a resposta em 50%
DL
50
dose que causa 50% de morte
DTNB ácido 5,5-ditio-bis-(2-nitrobenzóico)
DTT ditiotreitol
eNOS sintase do óxido nítrico endotelial
Eros espécies reativas de oxigênio
GC guanilato ciclase
GMPc guanosina monofosfato-3-5-cíclico
GTP guanosina trifosfato
i.c.v. intracerebroventricular
i
GluRs receptores glutamatérgicos ionotrópicos
IL-1β
interleucina-1 beta
IL-6 interleucina-6
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
xiv
IL-8 interleucina-8
IM inibição máxima
iNOS sintase do óxido nítrico induzida
i.p. intraperitoneal
IP
3
inositol trifosfato
i.pl. intraplantar
i.t. intratecal
L-NAME N
G
-nitro-L-arginina metil éster
L-NOARG N
ω-
nitro-L-arginina
LOX lipoxigenase
m/s metros por segundo
mg/Kg miligramas por quilogramas
MAPKs proteínas quinases ativada por mitógenos
m
GluRs receptores glutamatérgicos metabotrópicos
mm milimetros
NADPH nicotinamida adenina dinucleodeo fosfato
NGF fator de crescimento neuronal
NK neurocinina
NK1 neurocinina 1
NK2 neurocinina 2
NK3 neurocinina 3
NKA neurocinina A
NMDA ácido N-metil-D-aspártico
NO óxido nítrico
NOS sintase do óxido nítrico
nNOS sintase de óxido nítrico neuronal
NPY neuropepdeo Y
ODQ 1H-[1,2,4]oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-ona
P2X3 receptor purirgico ionotrópico 3
PAF fator de agregação plaquetária
PAG substância cinzenta periaquedutal
PG prostaglandina
PGD
2
prostaglandina D
2
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
xv
PGE
2
prostaglandina E
2
PGF
2α
prostaglandina F
2α
PGI
2
prostaglandina I
2
PI-3K fosfoinositol 3-quinase
PKA proteína quinase A
PKC proteína quinase C
PL
A2
fosfolipase A
2
PLC fosfolipase C
PMA acetato forbol miristato
p.o per via oral
PTZ pentilenotetrazol
RVM medula rostroventromedial
s.c. subcutânea
SNC sistema nervoso central
SNP sistema nervosa periférico
SP substância P
TNF-α
fator de necrose tumoral-alfa
trans-ACPD ácido (±)-1-aminociclopentano-trans-1,3-dicarboxílico
TEA Tetraetilamônio
TRPV1 receptor vanilóide transiente do tipo 1
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
xvi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................
1
2. REVISÃO BIBLIOGFICA .................................................................................
4
2.1 Dor...............................................................................................................
4
2.1.1Transmissão da dor..............................................................................
6
2.1.2 Processamento central da dor.............................................................
11
2.1.3 Mediadores químicos...........................................................................
15
2.1.3.1 Glutamato....................................................................................
16
2.1.3.2 Óxido nítrico.................................................................................
18
2.1.3.3 Substância P ...............................................................................
19
2.1.3.4 Cininas ........................................................................................
20
2.1.3.5 Prostaglandinas ..........................................................................
21
2.2 Dor inflamaria..........................................................................................
22
2.3 Dor neuropática..........................................................................................
24
2.4 Selênio.........................................................................................................
26
2.4.1 Características químicas .....................................................................
26
2.4.2 Biodisponibilidade do selênio...............................................................
26
2.4.3 Atividade biológica................................................................................
27
2.5 Compostos orgânicos de selênio.............................................................
29
2.5.1.Ebselen................................................................................................
29
2.5.2 Disseleneto de difenila.........................................................................
31
2.5.2.1 Propriedades farmacológicas......................................................
31
2.5.2.2 Propriedades toxicológicas..........................................................
32
3. OBJETIVOS...........................................................................................................
35
4. ARTIGOS CIENTÍFICOS........................................................................................
36
4.1 Propriedades antinociceptivas do diseleneto de difenila: Evidências
de mecanismos de ação..................................................................................
37
4.1.1 Artigo 1: Antinociceptive properties of diphenyl diselenide:
Evidences for the mechanism of action........................................................
37
4.2 Mecanismos espinhas na ação antinociceptiva causada pelo
disseleneto de difenila.....................................................................................
48
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
xvii
4.2.1 Artigo 2: Spinal mechanisms of antinociceptive action caused by
diphenyl diselenide........................................................................................
48
4.3 Envolvimento da via do óxido nítrico/GMP cíclico/canais de Ca
2+
e K
+
na ação antinociceptiva causada pelo disseleneto de difenila no teste da
formalina...........................................................................................................
55
4.3.1 Artigo 3: Involvement of nitric oxide/cyclic GMP/ and - channels
pathway in the antinociception caused by diphenyl diselenide in the
formalin test...................................................................................................
55
4.4 Disseleneto de difenila atenua a hiperalgesia térmica e o
comportamento de dor inflamatória persistente e neuropática em
camundongos...................................................................................................
83
4.4.1 Artigo 4: Diphenyl diselenide attenuates acute thermal hyperalgesia
and persistent inflammatory and neuropathic pain behavior in
mice..............................................................................................................
83
5. DISCUSSÃO..........................................................................................................
104
6. CONCLUSÕES......................................................................................................
115
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGFICAS......................................................................
117
8. DEMAIS TRABALHOS REALIZADOS DURANTE O PEODO DE
DOUTORAMENTO.....................................................................................................
151
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
xviii
APRESENTAÇÃO
Os resultados que fazem parte desta tese estão apresentados sob a forma de
artigos, os quais se encontram no item ARTIGOS CIENTÍFICOS. As seções
Materiais e todos, Resultados, Discussão dos Resultados e Referências
Bibliográficas, encontram-se nos próprios artigos e representam na íntegra o
presente estudo.
Os itens, DISCUSSÃO E CONCLUSÕES encontradas no final desta tese
apresentam interpretações e comentários gerais sobre todos os artigos científicos
contidos neste trabalho.
As REFERÊNCIAS BIBLIOGFICAS referem-se somente às citações que
aparecem nos itens INTRODUÇÃO, REVISÃO BIBLIOGRÁFICA e DISCUSSÃO
desta tese.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
1
1- INTRODUÇÃO
Dentre os diversos sistemas de vigilância da homeostase do organismo, a
dor tem papel de destaque por despertar nossa atenção imediatamente. Além de
despertar, retém nossa atenção até que o ponto sensível tenha sido identificado e o
evento que está desencadeando a lesão, ou represente risco, tenha sido afastado
(Wall, 1999). Desse modo, o primeiro propósito da dor aguda é alertar sobre
esmulos que podem provocar lesão tecidual (esmulos nocivos), permitindo que
mecanismos de defesa ou de fuga sejam adotados (Millan, 1999).
Ao contrário destes propósitos claramente protetores, a dor pode se tornar
crônica quando o organismo não é capaz de produzir resolução da lesão ou quando
a plasticidade neuronal que ocorre durante a doença mantém a dor, mesmo após a
resolução da lesão. É o que acontece, por exemplo, em doenças inflamatórias ou
após a lesão nervosa (neuropatias). Nesses quadros patológicos, o processamento
sensorial é anormal (Besson, 1999). Estímulos ambientais que normalmente são
icuos, tais como leve toque ou pequenas alterações na temperatura ambiente,
produzem a sensação de dor, isto é, alodínia. Esmulos que normalmente são
percebidos como dolorosos produzem percepção exagerada de dor, isto é,
hiperalgesia. A dor crônica difere substancialmente da dor aguda não somente em
relação ao seu caráter persistente, mas principalmente, está associada com
alterações adaptativas, tais como à neuroplasticidade em vários níveis do sistema
nervoso, sendo de difícil tratamento (Besson, 1999; Woolf e Mannion, 1999).
A dor, além de uma sensação, é uma experiência. Sensações possuem vias
neuroanatômicas importantes com receptores específicos que permitem a deteão
e medida de um estímulo. Experiências incorporam os componentes sensoriais com
influências pessoais e ambientais importantes. O componente sensorial da dor é
denominado nocicepção, ou seja, a sensação determinada pela estimulação das
fibras aferentes primárias, sem levar em consideração os aspectos psicológicos que
tamm influenciam a percepção final da dor (Millan, 1999).
De uma forma geral, o esmulo nociceptivo depende da ação de mediadores
que são comuns ao processo inflamatório, principalmente, em casos de dor crônica
(Ferreira e Nakamura, 1979; Clatworthy et al., 1995; Khasar et al., 1999; Bennett et
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
2
al., 2000; Ji e Strichartz, 2004). Neste contexto, substâncias capazes de diminuir a
condição inflamatória são empregadas no tratamento contra a dor. Na verdade, a
grande maioria dos fármacos presentes no mercado que são utilizados para o
controle da dor, possuem um cunho antiinflamatório (Mendell e Sahenk, 2003).
Estudos farmacológicos, eletrofisiológicos e anatômicos têm contribuído para
o descobrimento de múltiplos mediadores químicos envolvidos na dor, o que facilita
o entendimento dos mecanismos de ação dos neurotransmissores e das drogas
envolvidas na modulação central e periférica da dor (Levine e Taiwo, 1994; Wood e
Docherty, 1997; Millan, 1999). Por isso, muitos esforços têm sido dedicados,
buscando compreender os mecanismos celulares e moleculares envolvidos na
origem da dor, com o objetivo de encontrar drogas eficazes, com baixos efeitos
colaterais e que possam ser empregadas nestas circunstâncias. De fato, atualmente,
não existe tratamento satisfatório e nem medidas adequadas e específicas para o
controle da dor (Kingery, 1997; Woolf e Mannion, 1999; Mendell e Sahenk, 2003).
Os compostos orgânicos do selênio, os quais possuem síntese simples e
atividades farmacológicas relevantes, têm sido alvo de interesse e estudo (Muller et
al., 1984; Nogueira et al., 2003a, b; Meotti et al., 2004; Nogueira et al., 2004; Zasso
et al., 2005). O ebselen, composto orgânico que contém selênio, é conhecido como
um antioxidante e importante agente capaz de mimetizar a atividade da enzima
glutationa peroxidase (Muller et al., 1984). Além dessas propriedades, o ebselen
possui atividade antinociceptiva e antiinflamatória, as quais podem ser resultanted
da sua capacidade de neutralizar o peroxinitrito e inibir a proteína quinase C (PKC),
a óxido nítrico sintase (NOS) e a 5-lipoxigenase (LOX) (Parnhan e Graf, 1987;
Cotgreave et al., 1989; Schewe, 1995; Walther et al., 1999; Mugesh et al., 2001).
Estudos recentes do nosso grupo de pesquisa demonstraram que o
disseleneto de difenila apresenta maior atividade em mimetizar a enzima glutationa
peroxidase e menor toxicidade quando comparado ao ebselen (Meotti et al., 2004).
Além disso, o disseleneto de difenila, quando administrado pela via subcutânea (s.c)
e intraperitoneal (i.p.) apresenta várias propriedades farmacológicas como:
antinociceptiva, antiinflamatória, antioxidante, anti-úlcera, neuroprotetora
hepatoprotetora, anti-hiperglicemiante e tamm protege contra a discinesia
orofacial induzida por reserpina e haloperidol (Nogueira et al., 2003a, b, 2004;
Ghisleni et al, 2003, Borges et al., 2005a, 2006; Savegnago et al., 2006; Burger et al,
2004, 2006). Além disso, Rosa et al (2006) demonstraram que o disseleneto de
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
3
difenila administrado em camundongos induz facilitação da formação da memória,
sem causar neurotoxicidade comportamental.
Tendo em vista que até o momento as atividades farmacológicas atribuídas
ao disseleneto de difenila foram obtidas a partir da sua administração pela via
subcutânea ou intraperitonal, tornou-se importante investigar a toxicidade aguda
induzida pelo disseleneto de difenila quando administrado pela via oral, com o
propósito de estender o estudo farmacológico e/ou toxicológico sobre esse
composto. Além disso, no presente estudo, foram investigadas as possíveis ações
antinociceptivas e antiinflamatórias causadas pelo disseleneto de difenila quando
administrado pela via oral, bem como, foram esclarecidos alguns mecanismos pelos
quais esse composto esteja exercendo tal efeito. Para isso, foram avaliados os
efeitos causados pelo disseleneto de difenila em modelos de nocicepção aguda e
crônica (através de modelos de nocicepção neuropática e inflamatória) em
camundongos.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
4
2- REVISÃO BIBLIOGFICA
2.1 Dor
O organismo possui diversos sistemas responsáveis pelo controle da
homeostasia, dentre eles a dor tem papel de destaque, pois atua como um
mecanismo de alerta do corpo, pois informa que algo está ameaçando o bem-estar
e retém a atenção até que a causa tenha sido identificada e afastada (Wall, 1999).
Neste sentido, a dor é um sintoma clinicamente importante para a detecção e
avaliação de muitas doenças. Porém, quando persistente, a dor provoca reações
emocionais negativas, tornando-se debilitante e causadora de sofrimento (Chapman
e Gavrin, 1999; Julius e Basbaum, 2001; Griffis et al., 2006).
A dor foi definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor como
sendo uma experiência emocional e sensorial desagradável associada com uma
lesão tecidual real ou potencial ou descrita em termos de tal lesão (Loeser e
Melzack, 1999). Entretanto, sua percepção é complexa e não envolve apenas a
transdução de um esmulo nocivo, mas também processos emocionais e cognitivos
em nosso cérebro (Julius e Basbaum, 2001). Neste sentido, a dor parece ser
influenciada por fatores tanto fisiológicos (sensoriais) quanto psicológicos, e a
nocicepção refere-se apenas a parte fisiológica da dor, sem levar em consideração
os aspectos psicológicos que também influenciam na percepção final da dor. De
fato, o componente sensorial da dor é denominado nocicepção, ou seja, a sensação
determinada pela estimulação das fibras aferentes primárias. Assim, enquanto a dor
envolve a percepção de um estímulo aversivo, a nocicepção refere-se às
manifestações neurofisiológicas geradas pelo esmulo nocivo. Neste sentido, em
animais, a dor é avaliada indiretamente através da observação comportamental
evidenciada, desta maneira, modelos animais de dor são de fato modelos de
nocicepção (Tjølsen e Hole, 1997).
Em termos de duração, uma sensação dolorosa pode ser transitória, aguda
ou crônica. Na dor transitória, a ativação dos nociceptores (receptores responsáveis
em detectar um estímulo doloroso) acontece na ausência de qualquer dano tecidual,
e, neste caso, desempenha função protetora do organismo contra possíveis danos
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
5
teciduais. Em contrapartida, a dor aguda é uma resposta normal causada por uma
lesão de tecido com conseqüente ativação dos nociceptores no local da lesão,
sendo que a dor desaparece até mesmo antes do restabelecimento do tecido
lesado. Este tipo de dor geralmente aparece após cirurgias ou situações traumáticas
e persiste menos que um mês, possuindo tamm caráter protetor. Por fim, a dor
crônica é causada por uma lesão tecidual ou doença que geralmente ultrapassa o
tempo de recuperação do organismo, ou seja, este tipo de dor não desaparece
mesmo quando o trauma inicial (lesão) foi resolvido, podendo durar meses ou anos,
sendo um importante fator de incapacidade e sofrimento (Lotsch e Geisslinger, 2001;
Loeser e Melzack, 1999).
Não é apenas a duração que distingue a dor aguda da dor crônica, mas a
capacidade do organismo de reparar o sítio da lesão e restaurar os disparos
aferentes e o processamento central normal (Loeser, 2000). Pode-se destacar ainda,
alterações adaptativas como a neuroplasticidade em vários níveis do sistema
nervoso, tais como sensibilização, desinibição dos neurônios inibitórios do corno
dorsal, reorganização do circuito neuronal do corno dorsal e alterações na facilitação
e inibição descendente da dor. Tendo em vista que estes eventos são dependentes
da intensidade e da duração do estímulo, quanto mais persistente for o processo
doloroso, mais difícil se torna o tratamento do quadro patológico (Besson, 1999;
Woolf e Salter, 2000; Zimmermann, 2001; Wang e Wang, 2003).
Tanto a dor aguda quanto a dor crônica estão freqüentemente associadas a
processos inflamatórios, como resultado da lesão tecidual, reatividade imune
anormal ou lesão nervosa (Stein et al., 2003). Na dor crônica, muitos eventos
ocorrem em associação com os eventos básicos da nocicepção, que alteram a
relação entre o estímulo e a resposta nociceptiva e afetam a modulação do estado
doloroso resultante. Além disso, alterações centrais crônicas na neuroquímica da
sinalização da dor produzem hipersensibilidade, aumentando a freência e duração
dos impulsos aferentes. Ademais, mudanças estruturais secundárias à lesão
nervosa periférica incluem a perda de interneurônios espinhais, rearranjos não
apropriados de processos neurais aferentes na medula espinhal e a proliferação de
fibras simpáticas no nglio sensorial. Essas mudanças não são uniformes e
dependem do tipo de lesão tecidual, do envolvimento de tipos específicos de fibras e
da participação do sistema imune (Dray et al., 1994; Perkins e Tracey, 2000; Watkins
e Maier, 2002; Dogrul et al., 2003). Especificamente, ainda não foi esclarecido até
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
6
que ponto os mecanismos envolvidos nestas síndromes diferem daqueles
implicados em processos de dor aguda, no qual reside o ponto crítico para o
desenvolvimento de terapias racionais (Aley et al., 2000).
Quanto a sua origem, existem quatro tipos principais de dor: 1) a dor
nociceptiva, que se origina devido à estimulação excessiva dos nociceptores
localizados na pele, vísceras e outros órgãos; 2) a dor neurogênica, que reflete o
dano de tecido neuronal na periferia ou no sistema nervoso central (dor central); 3)
a dor neurotica, que acontece devido a uma disfunção ou dano de um nervo ou
grupo de nervos e 4) a dor psicogênica, que não é oriunda de uma fonte somática
identificável e que pode refletir fatores psicológicos (Millan, 1999).
No entanto, quando ocorre um significativo dano tecidual, a dor é geralmente
mais persistente e acompanhada de inflamação. Nestas circunstâncias, pode ocorrer
um quadro de hipersensibilidade causado pela ativação e sensibilização dos
nociceptores periféricos por mediadores qmicos produzidos pela lesão tecidual e
pela inflamação (Dray, 1997). Dentre as desordens que comumente ocorrem em
pacientes que apresentam dor com quadros de hipersensibilidade, pode-se citar a
hiperalgesia (resposta aumentada a um esmulo doloroso) e a alodínia (dor
resultante de um esmulo que é normalmente não nocivo) (Millan, 1999). Todavia,
estudos recentes relatam que embora a distinção entre hiperalgesia e alodínia em
humanos possa apresentar valor clínico, a base molecular desta diferença
permanece obscura. Além disso, tem sido sugerido que a utilização do termo
hipernocicepção é mais apropriada quando se trata de resultados obtidos com
técnicas de avaliação da sensibilidade mecânica em animais (Parada et al, 2003).
2.1.1 Transmissão da dor
A percepção do estímulo nociceptivo na periferia se dá por estruturas
específicas localizadas na porção distal dos neurônios aferentes sensoriais,
denominadas nociceptores (ou receptores da dor), os quais são amplamente
distribuídos na pele, vasos, músculos, articulações e vísceras. O tecido que recebe a
maior parte dos estímulos nociceptivos é a pele; é ela que fornece a maioria das
informações nociceptivas (dolorosas, que são resultantes de lesões ou que
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
7
poderiam causar lesões) periféricas ao sistema nervoso central (SNC) (Julius e
Basbaum, 2001).
A sensibilização dos nociceptores se deve a diferentes estímulos, tais como,
mudança de temperatura (estímulo nocivo térmico), diferença osmótica ou distensão
do tecido (estímulo nocivo mecânico), hixia ou lesão tecidual seguida de
inflamação (esmulo nocivo químico). Existem ainda os chamados nociceptores
silenciosos (silent ou sleeping), que são uma pequena proporção das fibras
aferentes, os quais normalmente não são responsivos a esmulos. Entretanto,
quando influenciados por mediadores inflamatórios, ou após a administração de
agentes flogísticos, apresentam atividade espontânea ou tornam-se sensibilizados e
respondem a esmulos sensoriais (Julius e Basbaum, 2001).
A estimulação dos nociceptores periféricos faz com que a informação
nociceptiva seja levada através das fibras aferentes primárias (neurônios de primeira
ordem) ao SNC. Essas fibras são classificadas, de acordo com seu diâmetro,
estrutura e velocidade de condução, essencialmente em três tipos: 1) fibras C: finas
(0,4 a 1,2 mm de diâmetro), não mielinizadas e de condução lenta (0,5 a 2,0 m/s); 2)
fibras Aδ: médias (2 a 6 mm de diâmetro), mielinizadas e de condução intermediária
(12 a 30 m/s) e 3) fibras Aβ: espessas (mais de 10 mm de diâmetro), mielinizadas e
de condução rápida (30 a 100 m/s) (Millan, 1999) (Figura 1). Na pele, a proporção
entre esses três tipos de fibras é de 70, 10 e 20% respectivamente, mas esses
valores podem variar de acordo com a espécie e região do corpo analisada.
As fibras descritas acima respondem de maneira diferente aos esmulos
icuos e agressivos. As fibras Aβ respondem somente ao toque, vibração, pressão
e outros tipos de estimulação sensorial que não sejam nociceptivos, como esmulos
mecânicos de baixa intensidade (Millan, 1999). No entanto, a estimulação dessas
fibras pode aliviar a dor, é o que ocorre quando elas são ativadas por fricção da pele
pela mão após alguma lesão.
A maioria das fibras C são polimodais, isto é, são ativadas por esmulos
nocivos mecânicos ou térmicos e ainda por esmulos nocivos de origem química
como ácidos e a capsaicina. Algumas fibras do tipo C são insensíveis a esmulos
mecânicos, mas respondem a esmulos térmicos de alta ou baixa intensidade
(Julius e Basbaum, 2001). Essas fibras são classificadas em dois grupos, de acordo
com o seu contdo de peptídeos e a localização de seus terminais sinápticos no
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
8
corno dorsal da medula espinhal (Hunt e Rossi, 1985). As fibras C o-peptirgicas
expressam o receptor purinérgico P
2
X
3
, o receptor para o fator neurotrófico derivado
da glia Ret e sítios de ligação para a isolecitina B
4
, cujos terminais sinápticos
localizam-se mais internamente na substância gelatinosa da medula espinhal
(especialmente na lâmina II). O outro grupo de fibras C denominadas peptidérgicas
sintetiza peptídeos como a substância P (SP) e o pepdeo relacionado ao gene da
calcitonina (CGRP) e expressa receptores de alta afinidade para o fator de
crescimento do nervo. Essas fibras fazem conexões com neurônios da lâmina mais
externa do corno dorsal da medula (especialmente na lâmina I) (Cuello et al., 1993;
Averil et al., 1995).
Por sua vez, as fibras Aδ, são conhecidas como mecanotermo nociceptores,
ou seja, fibras responsivas às estimulações nociceptivas mecânicas e térmicas.
Além disso, essas fibras podem ser classificadas em fibras Aδ do tipo I, respondem a
esmulos de calor intenso (até 53 °C) e fibras Aδ do tipo II que respondem a
temperaturas menores que 43°C (Shelley e Cross, 1994; Millan, 1999; Julius e
Basbaum, 2001).
Sob circunstâncias normais, apenas as fibras C e Aδ transmitem as
informações nociceptivas da periferia à medula espinhal, porém estudos recentes
utilizando animais transnicos em conjunto com informações fisiológicas,
farmacológicas e bioquímicas, têm demonstrado o papel das três categorias de
fibras sensoriais nos processos de dor persistente (Dray e Perkins, 1997; Grubb,
1998; Besson, 1999).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
9
Figura 1: Representação esquemática dos diferentes tipos de neurônio sensoriais
primários responsáveis pela condução do sinal nociceptivo da periferia ao SNC.
Adaptado a partir de Julius e Basbaum, 2001.
Dentro deste contexto, a sensibilização dos nociceptores pode ocorrer em
decorrência de estímulos térmicos, mecânicos e /ou químicos, o que ocasiona na
liberação local de diversos mediadores químicos, que medeiam ou facilitam a
transmissão da informação ao SNC (Figura 2). Esses mediadores podem ser
liberados pelos neurônios sensoriais e simpáticos e por células não neuronais como
plaquetas, células sangüíneas, mastócitos, células endoteliais, fibroblastos e células
de Schwann. Quando é considerado um quadro crônico, tamm participam da
transmissão nociceptiva mediadores liberados a partir de células inflamatórias
(Besson, 1999).
Diversos mediadores têm sido propostos na gênese e na transmissão da dor,
destacando-se entre eles, os metabólitos derivados do ácido araquinico
(prostaglandinas e leucotrienos), peptídeos (bradicinina, taquicininas, pepdeo
relacionado ao gene da calcitonina, substância P (SP), colecistocinina, pepdeo
intestinal vasoativo, serotonina, citocinas, óxido nítrico (NO), adenosina trifosfato
(ATP), adenosina difosfato (ADP), prótons, entre outros. Além desse, outros
mediadores químicos, tais como os aminoácidos excitatórios (glutamato, aspartato),
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
10
acetilcolina, e outros, que podem ser produzidos ou liberados após lesão tecidual ou
ainda por irritantes exógenos (formalina, capsaicina, ácido acético), são também
responsáveis pela multiplicidade de eventos que ocorrem durante a transmissão da
dor, tanto no sistema nervoso periférico quanto central. Alguns mediadores atuam
através da interação com receptores acoplados a proteínas G, desencadeando a
formação de segundos mensageiros, como o adenosina monofosfato-cíclico (AMPc),
guanosina monofosfato-cíclico (GMPc), várias classes de proteínas quinase, inositol
trifosfato (IP
3
), diacilglicerol (DAG), aumento de cálcio intracelular e ativação de
canais iônicos. Estes eventos iniciais induzem a ativação secundária de quinases
intracelulares tais como a proteína quinase A (PKA) e PKC. Outros mediadores da
nocicepção ativam diretamente canais iônicos, os quais são capazes de alterar a
permeabilidade da membrana a íons (Pleuvry e Lauretti, 1996; Millan, 1999; Calixto
et al., 2000; Petersen-Zeitz e Basbaum, 1999; Woolf e Salter, 2000; Julius e
Basbaum, 2001; Parada et al., 2003).
Em processos dolorosos mais persistentes observam-se descargas ectópicas
espontâneas nas fibras aferentes primárias relacionadas a alterações nos canais
iônicos regulados por voltagem, desencadeando dor espontânea de origem nervosa
(Sah et al., 2003; Lai et al., 2003; Lograsso e Mckelvy, 2003). Estes canais estão
localizados na membrana plasmática de axônios lesados ou próximos ao local da
lesão, e/ou no gânglio da raiz dorsal (Holden e Pizzi, 2003; Lograsso e Mckelvy,
2003).
Os canais de sódio ativados por voltagem, os quais produzem um influxo de
íons Na
+
necessário para a produção de um potencial de ação regenerativo, estão
expressos em neurônios sensoriais primários e são alvos importantes no estudo da
patofisiologia molecular da dor e na procura de novas terapias (Waxman et al., 1999;
Petersen e Rowbothan, 2000; Veneroni et al., 2003).
Atualmente, vem crescendo o interesse pelo esclarecimento da possível
participação dos canais de cálcio nos processos de dor crônica. O íon Ca
2+
entra nas
terminações nervosas através de canais e regula muitas funções, incluindo proteínas
relacionadas ao crescimento. Os canais de cálcio do tipo L e N estão diretamente
implicados na liberação de neurotransmissores e de neuromoduladores, como o
CGRP, nos neurônios sensoriais da medula espinhal. O bloqueio dos canais de
cálcio sensíveis à voltagem do tipo N e P/Q, mas não do tipo L, reduz os sinais
comportamentais da dor de origem neuropática em modelos animais de lesão
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
11
nervosa, porém, a ausência de antagonistas seletivos para os diferentes tipos de
canais de Ca
2+
torna difícil o entendimento de suas ações nos processos de dor
crônica (Matthews e Dickenson, 2001; Sekizawa et al., 2000; Dogrul et al, 2003).
Figura 2: Representação esquemática dos fatores responsáveis pela ativação de nociceptores
periféricos. + significa estimula e significa inibe. Adaptado a partir de Hill, 2001.
2.1.2 Processamento central da dor
Os mediadores químicos liberados após diferentes esmulos fazem com que
a informação nociceptiva seja levada através das fibras aferentes ao SNC, para que
este a processe e responda adequadamente em cada situação (Figura 3).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
12
Figura 3 - Representação esquemática demonstrando a transmissão e o
processamento da dor da periferia ao SNC. First order: neurônio de primeira ordem;
dorsa root ganglion: nglio da raiz dorsal; second order: neurônio de segunda ordem;
third order: neurônio de terceira ordem; thalamus: tálamo. Adaptado de Hill, 2001.
Inicialmente, os impulsos nociceptivos chegam através dos aferentes
primários na medula espinhal, mais precisamente no corno dorsal, área primária de
recebimento da maioria das informações somato-sensoriais (Coggeshall e Carlton,
1997). O corno dorsal da medula (Figura 4) é uma estrutura dividida em lâminas com
base em sua citoarquitetura, sendo que cada lâmina se caracteriza por receber tipos
diferentes de informações. As fibras aferentes primárias C e Aδ têm suas
terminações principalmente nas lâminas superficiais, mas também em lâminas mais
profundas do corno dorsal da medula espinhal, onde liberam diversos
neurotransmissores. Vários estudos mostram que as maiorias das fibras associadas
com a transmissão nociceptiva terminam na lâmina I (zona marginal) e II (substância
gelatinosa). Alguns estímulos somato-sensoriais provenientes da pele, músculos ou
vísceras tamm são capazes de chegar à medula espinhal através do corno ventral
(Besson e Chaouch, 1987).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
13
Figura 4 Diagrama esquemático mostrando a localização das lâminas do corno dorsal da medula
espinhal que recebem as informações sensoriais oriundas dos terminais periféricos de fibras
nervosas nociceptivas aferentes. Adaptado a partir de Craig e Dostrovsky et al., 1999.
A partir da integração dos impulsos no corno dorsal, as vias nociceptivas
aferentes dão origem a diferentes modelos de projeção nas estruturas corticais e
supra-corticais. Neste estágio, os componentes sensoriais; discriminativos e afetivos,
bem como os componentes cognitivos, são atribuídos ao impulso nociceptivo
(Almeida et al., 2004).
Os diferentes feixes ascendentes que se formam devido à interação de
neurônios de primeira ordem com neurônios de segunda ordem no corno dorsal da
medula espinhal dão origem a diversas vias ascendentes que podem ser
classificadas em dois grupos: monossipticas e polissinápticas (Millan, 1999;
Almeida et al., 2004)
As vias de projeção monossinápticas projetam-se diretamente a estruturas
cerebrais superiores e incluem os feixes: espinotalâmico, espinoreticular,
espinomesencefálico, espinoparabraquio-amigdalóide, espinoparabraquio-
hipotalâmico, espinohipotalâmico e neoespinotalâmico. O outro sistema, o
polissináptico, apresenta uma estação de retransmissão a neurônios de segunda
ordem que conduzem a informação nociceptiva aos centros superiores cerebrais e
consistem nos feixes paleoespinotalâmico, espinocervical e coluna dorsal
polissináptica (Millan, 1999, 2002; Almeida et al., 2004).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
14
Muitas destas vias ascendentes fazem conexões com neurônios de terceira
ordem no tálamo, que projetam seus axônios pela cápsula interna do córtex
somatosensorial até o giro pós-central, onde a localização do esmulo nociceptivo é
realizada; e giro anterior do cingulado, relacionado à interpretação emocional da dor
(Russo e Brode, 1998).
O organismo também possui mecanismos intrínsecos para o controle da dor,
pois após a estimulação de diferentes cleos do tálamo, os sinais são transmitidos
para diversas estruturas cerebrais, onde a informação do presente contexto é
integrada com experiências do passado e processada para produzir a percepção da
dor e promover a resposta adequada que é enviada para a medula espinhal através
dos neurônios descendentes (Millan, 1999). Portanto, além de desempenhar
importante papel na interpretação da informação nociceptiva ascendente, as
estruturas supra-espinhais também estão fortemente envolvidas na modulação de
circuitos descendentes que controlam a dor.
Desde a descoberta, por Wall (1967), de que os neurônios presentes nas
lâminas (I, II e IV-VI) da medula espinhal estão sujeitos à modulação por estruturas
supra-espinhais, o entendimento do circuito modulatório descendente da dor tem
progredido drasticamente (Fields e Basbaum, 1999). A modulação e integração
descendente da informação nociceptiva é processada nesse circuito pelas vias
descendentes que se originam no tronco cerebral e outras estruturas como
hipotálamo, córtex, tálamo, núcleo magno da rafe, substância cinzenta periaquedutal
(PAG) e estruturas adjacentes da medula rostroventromedial (RVM) (Millan, 1999,
2002; Vanegas e Schaible, 2004). Os mecanismos descendentes modulam a
resposta nociceptiva por exercer suas ações em nociceptores presentes nas fibras
primárias aferentes, bem como em neurônios do corno dorsal, como interneurônios
excitatórios, interneurônios inibitórios e neurônios de projeção (Millan, 1999, 2002).
Uma das descobertas mais interessantes a respeito do circuito modulatório da
dor é que esse pode tanto facilitar quanto inibir a transmissão nociceptiva
(Liebeskind et al., 1973; Urban e Nagy, 1997; Porreca et al., 2002). Por exemplo, na
medula rostroventromedial estão presentes dois tipos de neurônios, as chamadas
células liga (on) e as células desliga (off), as quais estão envolvidas na
modulação nociceptiva (Fields e Basbaum, 1999). Postulou-se que as células
desliga (off), exercem inibão da nocicepção nas vias descendentes uma vez que
quando sua atividade está aumentada uma inibão da transmissão nociceptiva.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
15
Por outro lado, as propriedades das células liga(on) tornam-se incompatíveis com
o conceito de sistema inibitório descendente, uma vez que parecem facilitar os
mecanismos nociceptivos no corno dorsal quando estão ativas (Fields e Basbaum,
1999). De maneira geral, a substância cinzenta periaquedutal deve excitar as
células-off e inibir as células-on na medula rostroventromedial (Fields et al., 1991).
Logo, o balanço entre a ativação dessas duas subpopulações de neurônios
determina a resposta a um esmulo nociceptivo periférico. No entanto, cada forma
de lesão induz um tipo diferente de neuroplasticidade sobre o sistema, femeno
que acontece, principalmente, em casos de dores persistentes.
Além da modulação descendente da informação nociceptiva envolver uma
série de estruturas cerebrais, como mencionado anteriormente, os sistemas de
neurotransmissores também estão envolvidos nesta conexão, como por exemplo, os
sistemas opióide, neuropeptídérgico, serotoninérgico, noradrenérgico, gabaérgico,
glutamatérgico, além de canabinóides endógenos entre outras substâncias (Millan,
2002).
É importante mencionar que tanto na dor clínica quanto na dor induzida em
modelos experimentais, não , a princípio, um mediador ou uma via (ascendente
ou descendente) dominante que contribua para a condução e perpetuação do
esmulo nociceptivo. Dependendo do local, tipo e duração do estímulo e levando-se
em consideração componentes afetivos e emocionais, ocorre à ativação de múltiplos
canais sensoriais, que irão convergir e interagir com estruturas supra-espinhais,
promovendo a sensação global de dor (Millan, 1999).
2.1.3 Mediadores químicos
A ação direta ou indireta de mediadores químicos, tais como metabólitos do
ácido araquinico (prostaglandinas e leucotrienos), amincidos ou seus derivados
(glutamato, noradrenalina, serotonina, dopamina e óxido nítrico), peptídeos (cininas,
taquicininas, CGRP, galanina, colecistocinina, peptídeo intestinal vasoativo),
proteínas (citocinas, fator de crescimento do nervo), entre outros, são responsáveis
pela multiplicidade de eventos que ocorrem durante a transmissão da dor, tanto no
sistema nervoso periférico quanto no central (Besson, 1999; Fürst, 1999; Millan,
1999; Calixto et al., 2000). Dentre os vários mediadores químicos da dor e/ou
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
16
inflamação, o glutamato, o óxido nítrico, a substância P, as cininas, as
prostagladinas, desempenham papéis importantes.
2.1.3.1 Glutamato
O glutamato e seus receptores compreendem o sistema de
neurotransmissores excitatórios mais importante do sistema nervoso de mamíferos,
onde participam de diversos eventos fisiológicos e patológicos, como aprendizado,
meria, epilepsia, depressão, lesão cerebral causada por isquemia e outros
(Coderre, 1993; Dingledine e McBain, 1994; Lipton e Rosenberg, 1994; Thomas,
1995; Dickenson, 1997; Hudspith, 1997). As funções do glutamato foram descritas
inicialmente no sistema nervoso central, mas este neurotransmissor também exerce
um papel importante na sinalização de tecidos como ossos, pele, astrócitos, coração,
pâncreas e medula óssea (Skerry e Genever, 2001).
As ações desencadeadas pelo glutamato são mediadas através da ativação de
receptores localizados nas membranas neuronais pré e pós-sipticas, bem como
nas membranas das células gliais (Meldrum et al., 1999). Os receptores
glutamatérgicos podem ser classificados de acordo com estudos farmacológicos e
moleculares, em duas classes distintas, os receptores glutamatérgicos ionotrópicos
(
i
GluRs) e os receptores glutamatérgicos metabotrópicos (
m
GluRs). Os
i
GluRs são
acoplados a canais iônicos, podendo ainda ser subdivididos em três tipos distintos
conforme sua permeabilidade a íons e ativação por ligantes, são eles: N-metil-D-
aspartato (NMDA), α-amino-3-hidroxi-5-metil-4- isoxazolpropionato (AMPA) e cainato.
Os receptores NMDA medeiam a transmissão excitatória lenta e são permeáveis
principalmente ao Ca
2+
, com menor condutância ao Na
+
. Os receptores AMPA
medeiam a neurotransmissão excitatória rápida e são canais com grande
permeabilidade a cátions monovalentes (Na
+
e K
+
) e com baixa permeabilidade ao
Ca
2+
(Dichter e Wilcox, 1997). Os receptores cainato diferem da maioria dos
receptores AMPA por serem relativamente permveis aos íons Ca
2+
(Ozawa et al.,
1998).
Por outro lado, os
m
GluRs dividem-se em oito subtipos classificados em três
subgrupos de acordo com a sua homologia: o grupo I (
m
GluR 1 e 5), grupo II (
m
GluR 2
e 3) e grupo III (
m
GluR 4, 6, 7 e 8). Os
m
GluRs pertencem a uma família de receptores
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
17
que estão acoplados às proteínas ligantes de nucleotídeos da guanina (proteínas G),
promovendo então a modulação de efetores intracelulares que por sua vez ativam
e/ou inibem diversos eventos de transdução de sinal (Osawa et al., 1998; Fundytus,
2001).
O glutamato, após ser liberado para o espaço extracelular e realizar sua ação
via seus receptores, é removido da fenda sináptica principalmente por sistemas de
transporte que são dependentes de sódio, localizados nos neurônios e principalmente
nas células gliais (Danbolt, 2001). A atividade de alguns receptores de glutamato, em
especial o receptor ionotrópico do tipo NMDA e alguns mecanismos de captação de
neurotransmissores são regulados pelo seu estado redox (Goslan e Ben-Ari, 1995;
Trotti et al., 1997; Tang e Aizenman, 1993). Um aumento nas concentrações de
glutamato na fenda sináptica leva à estimulação excessiva dos receptores
glutamatérgicos, desencadeando uma cascata de eventos intracelulares que incluem
aumento na produção de espécies reativas de oxinio, diminuão nos níveis de
enzimas antioxidantes e maior influxo de cálcio e sódio (Lafon-Cazal et al., 1993;
Reynolds e Hastings, 1995; Singh et al., 2003; Lipton e Rosenberg, 1994). Alguns
estudos têm demonstrado que o tratamento com compostos de selênio restabelece a
atividade de enzimas antioxidantes, reduz a peroxidação de lipídeos e previne a
morte celular em modelos de toxicidade pelo glutamato e seus agonistas (Porciúncula
et al., 2001; Savaskan et al., 2003).
Diversos estudos têm demonstrado que os receptores glutamatérgicos estão
diretamente envolvidos na transmissão nociceptiva aferente primária, tanto no
desenvolvimento quanto na manutenção da resposta nociceptiva (Aanonsen e
Wilcox, 1987, 1990; Mao et al., 1992; Coggeshall e Carlton, 1997). Neste sentido,
dados da literatura demonstram que substâncias capazes de bloquear os receptores
glutamatérgicos, tanto ionotrópicos quanto metabotrópicos, apresentam importante
efeito antinociceptivo em diferentes espécies de mamíferos, inclusive em humanos
(Lutfy et al., 1997; Neugebauer, 2002; Wiech et al., 2004).
Além disso, os antagonistas de receptores glutamatérgicos do tipo NMDA
inibem tanto a produção como a manutenção do estado de hipersensibilidade
dolorosa em diversos modelos pré-clínicos de dores crônicas, e têm mostrado
eficácia em pacientes com estas patologias. Contudo, o mais potente e eficaz
agente disponível na clínica, a quetamina, produz efeitos colaterais importantes, tais
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
18
como sedação, disforia e alucinação, que limitam sua utilização (Martin e Eisenach,
2001).
2.1.3.2 Óxido nítrico
O óxido nítrico (NO) é um importante mensageiro biológico que está envolvido
na trasmissão siptica, tanto no sistema nervoso central quanto no periférico
(Ferreira et al., 1999). O NO é sintetizado enzimaticamente a partir do aminoácido L-
arginina através de três isoformas da sintase de óxido nítrico (NOS): a neuronal
(nNOS), a endotelial (eNOS) e a induzida (iNOS). As enzimas nNOS e eNOS são
constitutivas, enquanto a iNOS é induzida por vários esmulos. Contrariamente as
NOS constitutivas, que dependem do Ca
2+
, a atividade da iNOS não depende do
influxo de cálcio na célula e a sua expressão está aumentada por esmulos
inflamatórios (Meller e Gebhar, 1993).
Depois de sintetizado, o NO ativa a enzima guanilato ciclase (GC), tida como
seu receptor fisiológico, que por sua vez converte a guanosina-5-trifosfato em
guanosina-3-5-monofosfato cíclico (GMPc). O GMPc como segundo mensageiro,
pode ativar proteínas quinases, canais iônicos e fosfodiesterases (Moore et al.,
1991).
Por ser uma molécula gasosa pequena, muito reativa e que passa através de
membranas celulares facilmente, o NO é considerado um transmissor retrógrado,
isto é, a ativação de algum receptor (NMDA, por exemplo) no neurônio pós-siptico
induz a produção de NO, que se difunde rapidamente e entra no neurônio pré-
sináptico, para modular sua atividade. O NO pode ser liberado após a estimulação
direta de fibras aferentes primárias de pequeno diâmetro, contribuindo para sua
excitabilidade após o esmulo nociceptivo, além de sensibilizar nociceptores (Moore
et al., 1991; Haley et al., 1992; Babbedge et al., 1993; Meller e Gebhart, 1993;
Yamamoto et al., 1993). Tem sido sugerido o uso de inibidores da síntese de NO em
casos nos qual a dor ou hiperalgesia são mediadas por receptores NMDA, já que o
NO é um dos principais mediadores produzidos após o aumento da concentração de
cálcio intracelular causada pela ativação desse receptor (Malmberg e Yaksh, 1993;
Rivot et al., 1999). Alguns estudos demonstraram que o ebselen e o disselento de
difenila, compostos orgânicos de selênio, inibem a iNOS, isoforma da óxido nítrico
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
19
sintase que se torna ativa nos processos inflamatórios (Hattori et al., 1994; Ghisleni
et al., 2003; Porciúncula et al., 2003).
Uma característica marcante do NO é sua dualidade, ou seja, sua capacidade
de apresentar efeitos antagônicos em estados patológicos diversos, como por
exemplo, na dor. De fato, quando se utiliza ativadores ou inibidores da cascata L-
arginina/NO/GMPc, o NO pode agir como um agente pronociceptivo ou
antinociceptivo tanto em sítios periféricos quanto em supra-espinhais (Aley et al.,
1998). Por exemplo, tanto inibidores da NOS e/ou da guanilato ciclase solúvel (GCs)
quanto substrato da NOS exibem atividade antinociceptiva (Duarte et al., 1990;
Moore et al., 1991; Kawabata et al., 1993; Abacioglu et al., 2000; Souza e Prado,
2001). Contribuindo para a controvérsia sobre a dualidade de efeitos do NO,
diversos estudos demonstram que a administração de um inibidor da NOS e da
guanilato ciclase reduzem o efeito antinociceptivo causado por várias drogas, como
por exemplo, a dipirona, o sildenafil, o diclofenaco, a nimesulida, o meloxican, a
morfina, entre outras, possivelmente esse efeito ocorre por ativar a via do NO/GMPc
(Lorenzetti e Ferreira, 1996; Granados-Soto et al., 1997; Islas-Cadena et al., 1999;
Aguirre-Bañuelos e Granado-Soto, 2000; Jain et al., 2001; Ortiz et al., 2003; 2006).
Por outro lado, existem drogas com atividade antinociceptiva, provavelmente por
inibir a síntese de NO, pois quando é administrado em animais um precursor do NO,
a atividade dessas drogas é revertida (Meotti et al., 2006; Santos et al., 2005).
Uma explicação para esses efeitos contraditórios do NO podem ser devido a
diferenças dos modelos de dor experimental utilizados, pois diferentes tipos de
neurônios sensoriais primários podem estar envolvidos, como também dos níveis de
NO teciduais, o conteúdo intracelular de GMPc, as diferenças de drogas e dosagens
utilizadas e tamm ao uso de diferentes espécies animais.
2.1.3.3 Substância P
A substância P (SP) é um neuropepdeo amplamente distribuído no
organismo, onde atua como neurotransmissor e neuromodulador. Recentemente,
receptores da SP (principalmente o subtipo NK
1
) foram observados não somente em
neurônios e células imunes como também em outras células periféricas, incluindo
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
20
células ósseas (Goto et al., 2007). Porém, é no sistema nervoso central e periférico
que a SP atua como neurotransmissor das mensagens nociceptivas.
Este neuropepdeo é sintetizado pelos neurônios do gânglio da raiz dorsal e
liberado nas fibras do tipo C em resposta a agressões ou a estimulações intensas
dos nervos periféricos (Basbaum e Jessell, 2000; Goto et al., 2007). Ela atua sobre
os receptores de neurocininas (NK
1
, NK
2
e NK
3
), preferencialmente no subtipo de
receptor NK
1
, o qual se localiza preferencialmente na lamina I do corno dorsal da
medula espinhal em uma variedade de espécies, incluindo humanos, macacos e
ratos (Regoli et al., 1994; Campos e Calixto, 2000; Harrison e Geppetti, 2001).
Dados da literatura demonstram a interação que existe entre a SP e o
glutamato na medula espinhal, de fato, os receptores NMDA pré-sinápticos
localizados nas terminações de fibras C facilitam e prolongam a transmissão da
mensagem nociceptiva, através da liberação de SP e glutamato (Malcangio et al.,
1998; Benoliel et al., 2000; Sakurada et al., 2002). Além disso, é importante salientar
que antagonistas seletivos de receptores NK1 e NMDA bloqueiam a hiperalgesia e
alodínia, sugerindo que estes receptores contribuem para a alteração da
transmissão nociceptiva (McLeod et al., 1999).
2.1.3.4 Cininas
As cininas, bradicinina (BK) e calidina (CAL) são peptídeos formados em
resposta a esmulos fisiológicos ou durante o processo inflamatório, a partir de
precursores chamados cininogênios, através da ação de enzimas denominadas de
cininogenases. O grupo mais importante de cininogenases é representado pelas
calicreínas, um grupo de proteases encontradas no sangue (calicreína plasmática) e
na maioria das glândulas exócrinas (calicreína tecidual) (Murray et al., 1990;
Beaubien et al., 1991; Okuse, 2007). A ação da calicreína plasmática sobre o
cininogênio resulta na formação do nonapepdeo bradicinina. A calicreína tecidual
atuando sobre os cininogênios origina o decapeptídeo calidina (Lys-bradicinina)
(Okuse, 2007).
A ativação dos receptores B
1
e B
2
estimula a fosfolipase C e conseqüente
formação de IP
3
e diacilglicerol (DAG). O aumento dos níveis de IP
3
resulta em
aumento dos níveis intracelulares de cálcio (Lee et al., 1993), enquanto que a
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
21
formação de DAG resulta na ativação de isoformas específicas de PKC (Tippmer et
al., 1994). Por sua vez, a PKC, tamm promove o aumento da concentração de
cálcio intracelular e ativa a fosfolipase A
2
(PL
A2
) citosólica, enzima fundamental para
a produção de derivados do ácido araquinico. A estimulação dos receptores para
cininas pode, ainda, ativar a adenilato ciclase, modular canais de potássio sensíveis
ao cálcio, estimular o transporte de íons cloreto e promover a formação de óxido
nítrico (Burch e Axelrod, 1987; Bhoola et al., 1992; Hall, 1992; Okuse, 2007).
Atuando nos receptores B
1
e B
2
, acoplados à proteína G, as cininas estão
implicadas em várias condições fisiopatológicas, especialmente nos processos
inflamatórios e na indução da nocicepção (Calixto et al., 2000; Marceau e Regoli,
2004; Okuse, 2007, Campos et al., 2007). Os receptores B
1
são considerados
relevantes no estágio crônico da inflamação e na hiperalgesia (Campos et al., 1998;
Calixto et al., 2000) e estão envolvidos nas respostas nociceptivas de origem
inflamatória e neuronica (Corrêa e Calixto, 1993; Pesquero et al., 2000; Ferreira et
al., 2001; Marceau e Regoli, 2004).
Durante os últimos anos, muitos estudos surgiram na literatura na tentativa de
encontrar antagonistas dos receptores da bradicinina, especialmente antagonista B
1,
para uma possível aplicação terapêutica no tratamento da dor (Wirth et al., 1991;
Sufka e Roach, 1996; Campos et al., 1999; Bock and Longmore, 2000; Fox et al.,
2005; Mattos et al., 2006; Campos et al., 2007).
2.1.3.5 Prostaglandinas
As prostaglandinas, produzidas tanto por células o neuronais quanto por
neurônios aferentes primários, são substâncias geradas a partir do ácido
araquidônico liberado dos fosfolipídeos de membrana pela ação da enzima PL
A2
.
Uma vez formado, o ácido araquinico é convertido nos prostanóides:
prostaglandinas e tromboxanos pela via da ciclooxigenase, leucotrienos e ácidos
hidroxieicosatetraenóicos pela via da lipoxigenase ou epóxidos lipídicos e dióis
através da via da epoxigenase (Cashman, 1996; Appleton, 1997; Zeilhofer, 2007).
Os produtos das ciclooxigenases, principalmente as prostaglandinas (PGE
2
,
PGD
2
, PGI
2
, PGF
2a
), provocam comportamento nocifensivo e alodinia quando
administradas espinhalmente quando geradas após o esmulo nociceptivo têm a
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
22
propriedade de aumentar a sensibilidade dos nociceptores à dor causada por
substâncias como histamina ou bradicinina (Ferreira, 1972; Minami et al., 1994;
Zeilhofer, 2007).
Dentre as prostaglandinas, a PGE
2
se destaca por ser uma das principais
prostaglandinas pró-nociceptivas liberadas perifericamente (Vanegas e Schaible,
2001). A PGE
2
exerce suas ações através da interação com receptores de
membrana específicos, que podem ser divididos em quatro subtipos: EP1, EP2, EP3
e EP4 (Coleman et al., 1994). Estes receptores pertencem à superfamília de
receptores acoplados à proteína G e ativam a adenilato ciclase ou a fosfolipase C
(PLC) (Machwate et al., 2001; Zeilhofer, 2007).
Foi demonstrado que a PGE
2
é liberada espinhalmente nos primeiros minutos
após a injeção intraplantar de formalina em ratos, o que mostra que, além de
sensibilizar neurônios, este prostanóide tamm pode participar do estabelecimento
da dor aguda (Malmberg e Yaksh, 1995). Nesse mesmo estudo, foi também
elucidado que, ao mesmo tempo em que a PGE
2
é liberada (0 - 10 min após a
injeção de formalina), ocorre à liberação de diversos aminoácidos excitatórios como
glutamato, aspartato, taurina e glicina e um indicador da produção de NO (citrulina)
que sabidamente estão envolvidos com a transmissão da nocicepção periférica
(Malmberg e Yaksh, 1995).
2.2 Dor inflamaria
Na maioria das situações, o processo inflamatório pode estar relacionado aos
mecanismos que envolvem a nocicepção (Levine e Reichling, 1999).
A inflamação caracteriza-se por um fenômeno complexo multimediado. Ela é
uma resposta desencadeada por traumas, lesões teciduais e invasão por agentes
infecciosos, com a finalidade de eliminar microorganismos ou outros agentes irritantes
e potencializar o reparo tecidual (Sherwood e Toliver-Kinsky, 2004). Os sinais clínicos
da inflamação, eritema, calor, inchaço e dor, foram descritos no início da era clássica
pelos gregos e romanos (Fantone e Ward, 1990). O quinto sinal da inflamação, lesão
aguda dos tecidos, com perda da função dos órgãos foi mencionado mais tarde por
Virchow, no século XIX (Rocha e Silva, 1978).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
23
Neste contexto, a inflamação pode ser classificada como aguda e crônica, de
acordo com o tempo de duração e características patológicas (Sherwood e Toliver-
kinsky, 2004). A inflamação aguda apresenta curta duração (horas a meses), durante
o processo inflamatório agudo, muitos mediadores como o NO e prostaglandinas,
como a PGI
2
, PGD
2
, PGE
2
e a PGF
2α
promovem principalmente a vasodilatação, um
dos sinais clássicos do processo inflamatório agudo, representado pelo calor e rubor
característicos da reação inflamatória (Sherwood e Toliver-Kinsky, 2004). Outro sinal
precoce da inflamação aguda é a formação do edema, que ocorre devido ao fluxo
transvascular de fluido rico em proteínas (plasma) dos compartimentos
intravasculares para o interstício devido ao aumento de permeabilidade vascular de
capilares e vênulas, como resultado da liberação de histamina, bradicinina,
leucotrienos, fatores do complemento, substância P e fator de agregação plaquetária
(PAF) no sítio inflamatório (Sherwood e Toliver-Kinsky, 2004). A vasodilatação e
formação de exsudato são geralmente acompanhadas da marginação, adesão e
migração de leucócitos, principalmente neutrófilos. Na fase aguda da resposta
inflamatória, ocorre a liberação de vários mediadores em especial componentes do
complemento como os fragmentos C3a e C5a, leucotrienos, quimiocinas como a IL-8
e ainda bioprodutos bacterianos como peptídeos N-formilados, que promovem a
quimiotaxia de leucócitos e outras células fagocíticas para o sítio da reação
inflamatória (Sherwood e Toliver-Kinsky, 2004; Aderem e Smith, 2004). A inflamação
aguda pode ser finalizada com a resolução de todos os eventos característicos da
reação inflamatória e retorno do tecido lesionado à normalidade ou sua substituição
por tecido conjuntivo (Gilroy et al., 2004; Aderem e Smith, 2004). A progressão da
resposta tecidual para inflamação crônica caracteriza-se por infiltração de células
mononucleares, que incluem macrófagos, linfócitos e plasmócitos. Os processos
inflamatórios crônicos são de duração prolongada estendendo-se de semanas a
meses. Durante a inflamação crônica ocorrem simultaneamente: a presença de
processo inflamatório ativo, tentativas de reparo tecidual com conseqüente destruição
do tecido e formação de fibrose (Gilroy et al., 2004; Sherwood e Toliver-Kinsky,
2004).
Tanto a liberação de mediadores primários quanto a síntese de novos
mediadores são responsáveis pela ativação e/ou sensibilização de nociceptores
adjacentes à lesão. A sensibilização dos nociceptores diminui o limiar de ativação e
aumenta a probabilidade de que estes disparem com esmulos de menor
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
24
intensidade (Khasar et al., 1999; Coutaux et al., 2005; Holden e Pizzi, 2003). Desta
forma, estes nociceptores são ativados por esmulos que em condições normais
seriam inócuos (Finnerup e Jensen, 2004; Millan, 1999). Isto é bem evidenciado
através de modelos experimentais, onde a injeção de um agente pró-inflamatório
como o ACF sensibiliza os locais injetados, tornando estes animais responsivos a
esmulos térmicos e mecânicos icuos a um animal não injetado (Larson et al.,
1986). De fato, a dor é uma característica peculiar da inflamação e a dor inflamatória
é o maior problema clínico em vários distúrbios inflamatórios, como, por exemplo, a
artrite reumatóide (MacMahon et al., 2005).
Portanto, nestas situações encontra-se um quadro de estimulação constante
dos nociceptores, a qual é responsável por alterações plásticas, não somente no
tecido nervoso periférico, mas também em nível central; isto é muito comum em
casos de neuropatia periférica, onde a lesão nervosa gera um processo inflamatório
crônico, com alterações plásticas no SNP e SNC (MacFarlane et al., 1997; Ji e
Woolf, 2001; Woolf e Salter, 2000; Coderre et al., 1993; Ji e Strichartz, 2004). De
fato, do ponto de vista clínico, um dos aspectos mais problemáticos da dor de
origem inflamatória é a possibilidade da progressão de um estado agudo para um
estado prolongado, podendo desta forma, aumentar a susceptibilidade de instalação
de um quadro de dor inflamatória crônica (Woolf e Mannion, 1999; Mendell e
Sahenk, 2003).
Nestas condições, a inflamação perde sua característica de proteção ao
organismo e torna-se uma patologia. A grande preocupação na busca dos
mecanismos que envolvem a inflamação é devido ao seu envolvimento em doenças
crônicas, incluindo câncer, diabetes, doença neurodegenerativas, cardiovasculares e
reumáticas (Kamiya et al., 2003; MacMhon et al., 2005; Garcia, 2005).
2.3 Dor neuropática
A dor neuropática foi definida em 1994 pela Associação internacional para o
do Estudo da Dor como a dor iniciada ou causada por lesão primária ou disfunção
do sistema nervoso.
A etiologia da dor neurotica é heterogênea e pode ser ocasionada a um
insulto primário ao sistema nervoso periférico ou central (Zimmermann, 2001).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
25
As neuropatias originam-se quando ocorre uma lesão nos nervos ou nas
demais estruturas que transmitem a sensação dolorosa e podem resultar de trauma
mecânico, lesão nervosa (amputação ou compressão), efeitos tóxicos de drogas,
doenças como diabetes ou síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV/AIDS)
(Mendell e Sahenk, 2003).
A lesão de nervos periféricos é frequentemente acompanhada de inflamação
local transitória, a qual contribui para o início da sensação de dor. Neste sentido,
assim como na dor inflamatória, na dor neuropática estão envolvidos múltiplos
mediadores inflamatórios (Ji e Strichartz, 2004). Corroborando com isso, estudos
mostram que a extensão da hiperalgesia está diretamente relacionada com a
extensão da resposta inflamatória ao sítio da lesão do nervo (Clatworthy et al.,
1995). Além disso, drogas antiinflamatórias aliviam a hiperalgesia em modelos
animais de injúria do nervo (Clatworthy et al., 1995; Bennett et al., 2000).
Os mecanismos exatos da instalação do quadro de dor neuropática ainda não
são inteiramente compreendidos. No entanto, MacFarlane e colaboradores (1997)
sugerem que o desenvolvimento de dor crônica após lesão de nervo ocorra através
de alterações na medula espinhal, como excitabilidade aumentada, inibição
diminuída, restruturação organizacional das células e, eventualmente, mudança no
fetipo. Estas alterações ocorrem principalmente devido a uma estimulação
excessiva dos nociceptores, uma vez que estes estão com limiar de ativação mais
baixo (hipersensibilidade) (Coutaux et al., 2005).
Na dor neuropática, assim como acontece no processo inflamatório, a ação
dos mediadores sobre seus receptores, tanto em nervos periféricos quanto centrais,
inicia uma cascata de sinalização que culmina na manutenção do potencial de ação.
Por ser um evento crônico, a principal característica desta patologia são mudanças
plásticas causadas por alterações na expressão gênica de receptores, canais
iônicos, proteínas intracelulares, neuromoduladores, mediadores de sinalização
extracelular, entre outros (Woolf e Mannion, 1999; Xiao et al., 2002; Ji e Strichartz,
2004; Quintão et al., 2006).
Assim, os mecanismos patofisiológicos da dor neurotica refletem, em
grande parte, aqueles ocorridos na inflamação, embora, alguns autores relatem que
a lesão de nervo produz, em neurônios aferentes primários, alterações
neuroquímicas ligeiramente distintas daquelas produzidas na inflamação (Woolf e
Mannion, 1999; Yajima et al., 2003).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
26
2.4 Selênio
2.4.1 Características químicas
O elemento selênio foi descoberto em 1817, pelo químico sueco Jöns Jacob
Berzelius. Esse elemento químico é um calcogênio do grupo 16 da tabela periódica,
que pode se apresentar sob quatro estados de oxidação: selenato (Se
+6
), selenito
(Se
+4
), selênio elementar (Se
0
) e seleneto (Se
-2
). O Se compartilha propriedades
químicas e físicas com o enxofre (S). Esta similaridade permite que o Se substitua o
S, promovendo interações Se-S nos sistemas biológicos. Por outro lado, as
diferenças nas propriedades físico-químicas entre Se e S constituem a base de seus
papéis biológicos específicos (Stadtman, 1980). Os selenóis (R-SeH) são as formas
correspondentes aos tióis (R-SH), onde ocorre a substituição do átomo de S pelo
átomo de Se (Klayman e Günther,1973).
2.4.2 Biodisponibilidade do selênio
Nos mamíferos, o selênio parece ser rapidamente absorvido no duodeno,
seguido pelo jejuno e íleo. Além do trato gastrintestinal, o selênio pode ser absorvido
por tecidos cutâneos e inalação. Estas duas últimas vias de absorção de selênio
estão relacionadas com a exposição e intoxicação ocupacional por compostos de
selênio (Whanger et al.,1976).
Após a absorção, os maiores níveis de selênio estão localizados nos
eritrócitos, fígado, baço, coração, unha e esmalte de dentes (Martin e Gerlack,
1972). Em animais intoxicados cronicamente, o selênio é depositado principalmente
nos rins e gado, seguido pelo pâncreas, baço e pulmões (Wilber, 1980). A primeira
evidência de que os compostos de selênio são metabolizados em animais foi
determinada após um longo período de tratamento com selenito de sódio. Os
animais apresentavam odor gárlico característico, que posteriormente demonstrou
ter sido causado pelo seleneto de dimetila (Klayman e Gunther, 1973). Esse
composto pode ser resultado da detoxicação metabólica de muitos compostos de
selênio, a qual envolve uma série de metilações dependentes da S-
adenosilmetionina (Hoffman e McConnell, 1986).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
27
O selênio pode ser eliminado por três vias excretoras: urina, fezes e ar
expelido. Por ser excretado na urina essa pode ser usada como indicadora em
casos de intoxicações ou de exposição a altos níveis do elemento (Valentine et al.,
1978). Recentemente, foi demonstrado que dentro dos níveis normais de selênio, ou
seja, não tóxicos, a principal forma encontrada na urina é como seleno-açúcar,
entretanto, nos caso de doses tóxicas de selênio, o marcador biológico encontrado
na urina é o trimetilselenônio (Suzuki et al., 2006). A excreção de selênio pelo ar
expirado é realizada basicamente pelo composto volátil seleneto de dimetila e tem
sido detectado na respiração de indivíduos expostos acidentalmente a níveis altos
desse elemento (Mozier et al, 1988).
2.4.3 Atividade biológica
O interesse em relação ao selênio tem crescido nos últimos anos, devido à
descoberta do selênio como um elemento traço essencial (Schwartz e Foltz, 1957)
cuja concentração pode ocasionar deficiência ou toxicidade. De fato, quando a
ingesta diária excede a capacidade corporal de eliminação, algum tipo de
intoxicação e/ou patologia pode surgir.
No ano de 1930, o selênio foi reconhecido como uma substância tóxica
quando cavalos do oeste da China que se alimentaram de plantas com grande
potencial de acumular este elemento apresentaram sintomas de envenenamento,
como perda de cascos, pêlos e anemia (Spallholz, 1993). As patologias mais
comuns associadas à toxicidade do selênio são: a doença alcalina (alkali disease),
uma doença de caráter crônico, e o falso cambalear (blind staggers), uma doença de
caráter agudo que compromete o SNC (Martin e Gerlack, 1972). O homem é
suscetível a intoxicação por selênio, principalmente pelo amplo uso na indústria,
particularmente na síntese de compostos, uma vez que este elemento constitui um
importante intermediário em síntese orgânica (Wilber, 1980). Como não existe um
tratamento adequado para as intoxicações de selênio (selenoses), pode-se utilizar
compostos que reduzam a sua toxicidade, tais como o ácido ascórbico (Svirbely,
1938), o arsênio (capaz de aumentar a excreção biliar); a metionina (administrada
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
28
com a vitamina E, as quais protegem o tecido hepático de necroses causadas por
selenoses crônicas) (Okamoto e Günther, 1972; Wilber, 1980).
Por outro lado, a importância do selênio como elemento traço essencial na
dieta foi reconhecida após a descoberta da doença de Keshan, uma cardiopatia
infantil com alta incidência em algumas regiões da China onde o solo é
extremamente pobre em selênio (Ge e Yang, 1993).
Nos últimos anos, têm sido descrito que baixos níveis de selênio podem levar
à predisposição para o desenvolvimento de algumas doenças, tais como câncer,
esclerose, doença cardiovascular, cirrose e diabetes (Navarro-Alarcón e López-
Martinez, 2000). Outras patologias associadas à deficiência de selênio, encontradas
em humanos são: problemas musculares, alterações digestivas, doenças
cardiovasculares e alterações reumáticas (Neve et al., 1987; Orto et al., 1996).
O selênio também exerce influência em patologias associadas aos
transtornos de humor, uma vez que a carência de selênio parece levar a um estado
de humor mais deprimido (Hawkes e Hornbostel, 1996) e o aumento no consumo
deste elemento estabiliza o humor e diminui o estado depressivo e outros sintomas
negativos do humor como ansiedade, confusão e hostilidade (Benton e Cook, 1991,
Finley e Penland, 1998). Neste contexto, a suplementação de dietas com selênio,
tanto para animais quanto para humanos, tem sido aceita pela comunidade
científica. Para humanos, a Junta de Alimentação e Nutrição da Academia de
Ciências dos Estados Unidos propõe uma ingestão diária de 50 - 200 µg, podendo
ser encontrado nos seguintes alimentos: castanha-do-pará, alho, cebola, brócolis,
cogumelos, cereais, pescados, ovos e carnes (Dumont et al., 2006; Reilly, 1996).
Este calcogênio apresenta um grande mero de funções biológicas, sendo a
mais importante como antioxidante. Além disso, o Se está presente como resíduo de
selenocisteína no sítio ativo das enzimas glutationa peroxidase (Flohé et al., 1973),
tioredoxina redutase (Holmgren, 1985), 5-deiodinase (Behne e Kyriakopoulos, 1990)
e selenoproteina P (Ursini et al., 1990), sendo que a atividade redox do Se tem
fundamental importância para o sítio catalítico dessas enzimas.
Portanto, a partir da descoberta do papel essencial do selênio nos sítio ativo
de enzimas e do conceito de que moléculas contendo selênio podem ser melhores
nucleófilos (e, portanto antioxidantes) que os clássicos antioxidantes, (Arteel e Sies,
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
29
2001) se intensificou a síntese e o interesse em compostos orgânicos contendo
selênio.
2.5 Compostos orgânicos de selênio
Nos últimos anos, os compostos orgânicos de selênio têm sido alvos de
interesse em síntese orgânica em virtude da descoberta de suas aplicações
sintéticas de suas propriedades farmacológicas e por apresentar menor toxicidade
em relação às espécies inorgânicas (Parnham e Graf, 1991; Kanda et al., 1999;
Nogueira et al., 2004). Dentre os compostos orgânicos de selênio estudados no
nosso grupo de pesquisa se destacam o ebselen e o disseleneto de difenila.
2.5.1 Ebselen
O ebselen (2-fenil-1,2-benzilsoselenazol-3(2H)-ona) (Figura 5) é um
composto orgânico de selênio que apresenta propriedade antioxidante similar à
selenoenzima glutationa peroxidase (Parnhan e Graf, 1991). Esse composto possui
baixa toxicidade, pois ele não libera selênio de sua molécula (Parnhan e Graff,
1987). De fato, Wendel e colaboradores (1984) demonstraram que em animais
deficientes de selênio, a atividade da enzima glutationa peroxidase não aumentava
pela suplementação com ebselen.
O ebselen apresentou importantes efeitos como antioxidante na redução da
peroxidação lipídica e pelas reações com grupos sulfidrílicos (-SH) em diferentes
tecidos (Sies e Arteel, 2000; Rossato et al., 2002; Davis et al., 2004; Nowak et al.,
2006). Além disso, esse composto apresenta efeitos protetores em diversos
modelos de isquemia tais como: cerebral, cardíaca, hepática e em um modelo in
vitro, pela privação de glicose e oxigênio (Osaki et al., 1997; Tan et al., 1997;
Takasago et al., 1997; Kondoh et al., 1999; Imai et al., 2001; Porciúncula et al.,
2003). Neste contexto, o ebselen causou neuroproteção em pacientes que sofreram
acidente vascular cerebral isquêmico em um ensaio clínico de fase III (Yamaguchi et
al., 1998), e, além disso, quando administrado em humanos, diminuiu os ficits
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
30
neurológicos provocados por hemorragia de aneurisma subaracide (Saito et al.,
1998). Devido aos diversos indicativos clínicos de redução de danos cerebrais após
aneurisma, este composto aponta como um promissor agente neuroprotetor (Saito
et al., 1998; Porciúncula et al., 2001; 2003). Em modelos de primatas, o Ebselen
reduz os sintomas da doença de Parkinson induzidos pelo íon 1- metil - 4-
fenilpiridina (MPP
+
) (Moussaoui et al., 2000).
Além dessas propriedades, o ebselen possui atividades antiinflamatórias, as
quais podem ser devido a sua capacidade de inibir algumas enzimas envolvidas no
processo inflamatório e por reduzir a síntese e a liberação de citocinas pró-
inflamatórias (Parnhan e Graf, 1987; 1991; Haddad et al., 2002; Walther et al.,
1999). O ebselen também inibe a formação de leucotrienos sintetizados pela via da
lipoxigenase 5, e em granulócitos inibe a atividade da PKC e da NADPH oxidase
(Schewe et al., 1995; Cotgreave et al., 1989; Mugesh et al., 2001). Além disso, o
ebselen inibe in vivo e in vitro a enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS),
isoforma da óxido nítrico sintase que se torna ativa nos processos inflamatórios
(Hattori et al., 1994; Porciúncula et al., 2003).
Recentemente, estudos têm investigado a habilidade deste composto na
supressão de enzimas envolvidas no processo apoptótico e vias de sinalização,
colaborando para a elucidação de outros mecanismos que possam estar envolvidos
nas propriedades farmacológicas do ebselen (Yoshizumi et al., 2002, 2004; Xu et al,
2006). Em estudos in vitro com tecidos e células do SNC o ebselen apresentou
efeito protetor contra a excitotoxidade provocada pelo glutamato, bem como
demonstrou alterar alguns parâmetros do sistema glutamatérgico (Porciúncula et al.,
2001, 2004; Nogueira et al., 2002). Além disso, Herin et al (2001) sugeriram que o
efeito neuroprotetor do ebselen em injúrias provocadas pelo glutamato e seus
agonistas, pode ser em parte devido a sua direta interação com o sítio modulatório
redox do receptor de glutamato do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA). No entanto,
este composto quando administrado por infusão direta na região CA1 do hipocampo
prejudica a perfomance dos animais na tarefa de esquiva inibitória, sugerindo que o
ebselen pode prejudicar os processos de aquisição, consolidação e evocação da
meria (Porciúncula et al., 2002).
A toxicidade do ebselen envolve principalmente, a oxidação de gruposSH de
moléculas biologicamente ativas (Young et al., 1981). De fato, diversos trabalhos
demonstraram que esse composto, inibe a atividade de enzimas sulfidrílicas,
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
31
incluindo, a Na
+
/K
+
-ATPase (Borges et al., 2005b), δ-aminolevulinato desidratase
(Nogueira et al., 2003c) e a 5-lipoxigenase (Schewe, 1995).
Se
N
O
Figura 6 - Estrutura química do ebselen
2.5.2 Disseleneto de difenila
O disseleneto de difenila (figura 6) é um composto orgânico que contém Se,
portanto um organocalcogênio. Nos últimos anos, na tentativa de buscar novos
fármacos que poderão representar uma nova alternativa terapêutica no combate
e/ou controle de patologias, o nosso grupo de pesquisa tem investigado amplamente
as propriedades farmacológicas e /ou toxicológicas do disseleneto de difenila.
Se
Se
Figura 6 - Estrutura química do disseleneto de difenila
2.5.2.1 Propriedades farmacológicas
O composto disseleneto de difenila é conhecido por ser mais ativo como
mimético da selenoenzima glutationa peroxidase (Meotti et al., 2004) que o ebselen.
De acordo com isso, em diversos trabalhos o disseleneto de difenila tem-se
apresentado como um bom agente antioxidante na redução da peroxidação de
lipídeos provocada por diversos agentes e em diferentes tecidos (Meotti et al., 2004;
Santos et al., 2004; 2005; Posser et al., 2006)
Dados da literatura também indicam que esse composto ornico de selênio
apresenta várias propriedades farmacológicas, tais como anti-úlcera (Savegnago et
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
32
al., 2006), neuroprotetor (Ghislene et al., 2003), hepatoprotetor (Borges et al., 2005;
2006), anti-hiperglicemiante (Barbosa et al., 2006) e tamm protege contra a
discinesia orofacial induzida por reserpina e haloperidol (Burger et al., 2004, 2006).
Além disso, Rosa et al (2006) demonstraram que o disseleneto de difenila
administrado em camundongos induz facilitação da formação da memória, sem
causar neurotoxicidade comportamental.
Estudos recentes do nosso grupo relataram que o disseleneto de difenila
quando administrado pela via subcutânea apresenta ação antinociceptiva e
antiinflamatória mais potente que ebselen, em camundongos e ratos (Nogueira et al.,
2003b; Zasso et al., 2005). Sendo que, o possível mecanismo envolvido na ação
antinociceptiva do disseleneto de difenila parece envolver a via serotonirgica, mas
não os sistemas opióide, dopaminérgico, colirgico muscarínico e o adrenérgico
(Zasso et al., 2005). Semelhante ao ebselen, o disseleneto de difenila tamm inibe
a enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS), isoforma da óxido nítrico sintase que
se torna ativa nos processos inflamatórios (Ghisleni et al., 2003).
É importante salientar que nas doses nas quais o disseleneto de difenila
apresenta atividade farmacológica ele não apresenta toxicidade.
2.5.2.2 Propriedades toxicológicas
Além das propriedades farmacológicas, alguns estudos, entretanto, descrevem
que o disseleneto de difenila induz efeitos toxicológicos.
Estudo do nosso laboratório demonstrou que a toxicidade do disseleneto de
difenila depende tanto da via de administração quanto da espécie animal avaliada
(ratos ou camundongos). De fato, quando o disseleneto de difenila foi administrado
em diferentes doses pela via subcutânea (s.c.) em ratos e camundongos, esse
composto não causou nenhum sinal de neurotoxicidade e morte dentro de um
período de observação de 72 horas, isso pode ser atribuído a uma baixa taxa de
absorção e perda de metabolização do composto. A DL
50
obtida tanto para ratos
quanto para camundongos foi > 500 µmol/Kg (156 mg/Kg). Por outro lado, quando o
disseleneto de difenila foi administrado em diferentes doses pela via intraperitoneal
(i.p.) em ratos e camundongos, os parâmetros toxicológicos foram alterados. Por
exemplo, a administração i.p. desse composto em camundongos alterou os níveis de
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
33
creatinina e induziu morte e convulsão, o que poder ser devido à rápida absorção e
ao metabolismo de primeira passagem no fígado, a DL
50
obtida foi de 210 µmol/kg
(65 mg/kg). Entretanto, em ratos a administração intraperitoneal do disseleneto de
difenila o alterou os parâmetros hepáticos (aspartato amino transferase - AST; e
alanina amino transferase - ALT) e renais (uréia e creatinina) e a DL
50
obtida foi de
1200 µmol/kg (374 mg/kg). A partir desses dados, pode-se sugerir que o disseleneto
de difenila é mais tóxico em camundongos que em ratos (Nogueira et al., 2003a).
Neste contexto, é importante mencionar que o disseleneto de difenila é
conhecido por ser menos tóxico que o ebselen. Isso é comprovado, quando ratos
são tratados com esses dois compostos pela via intraperitoneal, o valor da DL
50
para
o disseleneto de difenila é cerca de três vezes maior que o ebselen (valores da DL
50
= 1200 e 400 µmol/kg, respectivamente) (Nogueira et al., 2003a; Meotti et al., 2003).
Além disso, o ebselen apresenta potência letal semelhante em ratos e camundongos
quando administrado pela via i.p. (valores da DL
50
: 400 e 340 µmol/kg,
respectivamente). Por outro lado, quando o ebselen é administrado pela via
subcutânea, ele não induz efeitos tóxicos, tanto para camundongos como para ratos,
semelhante como acontece para o disseleneto de difenila.
Alguns estudos demonstraram que após a exposição crônica ou aguda a altas
doses do disseleneto de difenila em camundongos, este composto ocasiona a
deposição de selênio no fígado, rim e cérebro, demonstrando o potencial tóxico
desse composto (Jacques-Silva et al., 2001; Maciel et al., 2003). Esses resultados
suportam a idéia que o disseleneto de difenila atravessa a barreira cérebro-sangue
sendo o cérebro um dos óros alvo de toxicidade desse composto. De acordo com
isso, Brito et al. (2006) demonstraram que a administração do disseleneto de difenila
antes do tratamento com pentilenotetrazol (PTZ; um antagonista GABA
A
) causa
neurotoxicidade em camundongos, o qual foi verificado pelo aumento na
suscetibilidade para a convulsão química induzida pelo PTZ e pelo aumento da
incidência de morte nestes animais. Além disso, outros estudos relatam que a
administração do disseleneto de difenila causa danos cerebraisl tanto in vitro quanto
in vivo em ratos e camundongos (Maciel et al., 2000; Nogueira et al., 2001)
O composto disseleneto de difenila demonstrou ainda afetar alguns
parâmetros do sistema glutamatérgico em cérebro de ratos in vivo e in vitro
(Nogueira et al., 2001) e em ensaios in vitro com plaquetas humanas (Borges et al.,
2004). Outros estudos relatam que o disseleneto de difenila inibe a atividade de
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
34
enzimas sulfidrílicas, incluindo a δ-aminolevulinato desidratase (Nogueira et al.,
2003c; Maciel et al., 2000) e a Na
+
/K
+
-ATPase (Borges et al., 2005b), provavelmente
devido à interação com os grupos -SH da enzima.
Conforme estudos realizados em nosso grupo de pesquisa, o disseleneto de
difenila tamm altera alguns parâmetros reprodutivos, como por exemplo: causa
mal-formação óssea e outras anomalias em fetos de ratas tratadas com este
composto (Favero et al., 2005); induz alterações no desenvolvimento e em
parâmetros comportamentais nos filhotes de ratas expostas a esse composto no
período lactacional (Favero et al., 2006); e administrações repetidas desse
composto em ratas grávidas no período da organogênese induzem um retardo no
desenvolvimento do esqueleto fetal (Weis et al., 2007). Por outro lado, mais
recentemente, Favero et al (2007) demonstraram que ratos adultos machos
expostos por um período sub-crônico ao disseleneto de difenila não apresentaram
alterações nos fetos de ratas não expostas a esse composto.
Assim, devido às imeras propriedades descritas para o disseleneto de
difenila, o nosso objetivo geral foi avaliar o potencial antinociceptivo e biológico do
disseleneto de difenila administrado pela via oral em camundongos, bem como
estender o nosso estudo sobre esse composto ornico de selênio, uma vez que,
existe uma intensa busca por fármacos que poderão representar uma nova
alternativa terapêutica no combate e/ou controle de patologias.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
35
3- OBJETIVOS
Considerando que:
- É de fundamental importância estender o nosso estudo sobre o disseleneto de
difenila, uma vez que, este apresenta inúmeras propriedades farmacológicas,
sendo que estas foram obtidas a partir da sua administração pela via s.c. ou i.p.;
- O disseleneto de difenila apresenta atividade antinociceptiva e antiinflamatória
quando administrado pela via s.c. em ratos e camundongos.
Os objetivos do presente estudo foram:
(1) Investigar a toxicidade aguda induzida pelo disseleneto de difenila quando
administrado pela via oral em camundongos com o propósito de oferecer
segurança no uso desse composto, bem como estender o nosso estudo sobre
esse composto orgânico de selênio. Para avaliar a toxicidade foram utilizados
dois parâmetros de estudo: curva dose-resposta, onde se observou o índice de
letalidade dos animais que receberam o composto e tamm foram realizadas
dosagens bioquímicas, a fim de avaliar a funcionalidade hepática e renal dos
camundongos.
(2) Avaliar a ação do disseleneto de difenila, administrado pela via oral, no controle
da nocicepção aguda e crônica através de estudos farmacológicos in vivo,
utilizando diferentes protocolos experimentais de dor em camundongos, assim
como avaliar os possíveis mecanismos de ação envolvidos nesta atividade
antinociceptiva. As ações do disseleneto de difenila sobre a nocicepção aguda
foram investigadas utilizando modelos químicos e térmicos de nocicepção em
camundongos. Por sua vez, os efeitos do disseleneto de difenila sobre a
nocicepção crônica foram avaliados através da administração intraplantar de
ACF (modelo de nocicepção inflamatória crônica) e ligadura parcial do nervo
ciático (modelo de nocicepção neurotica) em camundongos.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
36
4- ARTIGOS CIENTÍFICOS
Os resultados que fazem parte desta tese estão apresentados sob a forma de
artigos científicos, os quais se encontram aqui organizados. Os itens Materiais e
todos, Resultados, Discussão dos Resultados e Referências Bibliográficas,
encontram-se nos próprios artigos.
Os Artigos 1 e 2 estão dispostos da mesma forma que foram publicados na
edição das revistas científicas. O Artigo 3 está submetido e o Artigo 4 recentemente
foi aceito e ainda não se encontra no formato da revista.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
37
4.1 Propriedades antinociceptivas do diseleneto de difenila: Evidências de
mecanismos de ação
4.1.1 Artigo 1
Antinociceptive properties of diphenyl diselenide: Evidences for the mechanism
of action
Lucielli Savegnago, Larissa G. Pinto, Cristiano R. Jesse, Diego Alves,
Joao B.T. Rocha, Cristina W. Nogueira, Gilson Zeni
European Journal of Pharmacology
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
38
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
39
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
40
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
41
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
42
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
43
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
44
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
45
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
46
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
47
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
48
4.2 Mecanismos espinhas na ação antinociceptiva causada pelo disseleneto de
difenila
4.2.1 Artigo 2
Spinal mechanisms of antinociceptive action caused by diphenyl diselenide
Lucielli Savegnago, Larissa G. Pinto, Cristiano R. Jesse, João B. T. Rocha, Cristina W.
Nogueira, Gilson Zeni
Brain research
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
49
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
50
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
51
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
52
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
53
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
54
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
55
4.3 Envolvimento da via do óxido nítrico/GMP cíclico/canais de Ca
2+
e K
+
na
ação antinociceptiva causada pelo disseleneto de difenila no teste da
formalina
4.3.1 Artigo 3
Involvement of nitric oxide/cyclic GMP/ Ca
2+
and K
+
- channels pathway in the
antinociception caused by diphenyl diselenide in the formalin test
Lucielli Savegnago, Cristiano R. Jesse, Larissa G. Pinto, Adair R.S. Santos
João B. T. Rocha, Cristina W. Nogueira, Gilson Zeni*
Submetido a Brain Research
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
56
Involvement of nitric oxide/cyclic GMP/ Ca
2+
and K
+
- channels
pathway in the antinociception caused by diphenyl diselenide in the
formalin test
Lucielli Savegnago
a
, Cristiano R. Jesse
a
, Larissa G. Pinto
a
, Adair R.S. Santos
b
João B. T. Rocha
a
, Cristina W. Nogueira
a
, Gilson Zeni
a
*
a
Departamento de Química, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade
Federal de Santa Maria, SM, RS, CEP 97105-900 Santa Maria, Brazil
b
Departamento de Ciências Fisiológicas, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis 88040-900, SC, Brazil
Abbreviated title: Diphenyl diselenide exerts antinociceptive properties
- The manuscript whole containing 29 pages
- The manuscript containing 3 figures
*Correspondence should be sent to:
Gilson Zeni
Laboratório de Síntese, Reatividade e Avaliação Farmacológica e Toxicológica de
Organocalcogênios, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de
Santa Maria, 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil.
Phone: 55-55-32208140
FAX: 55-55-32208978
E-mail: gzeni@quimica.ufsm.br
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
57
Abstract
Diphenyl diselenide (PhSe)
2
injected orally (p.o.) into the mouse caused
antinociception against the first and second phase of formalin test, with mean ID
50
values of 25.55 (9.52 - 68.58) and 6.45 (1.75 - 23.8) mg/kg, respectively. This
compound also significantly inhibited (43 ± 4%) the mice paw oedema induced by
intraplantar injection (i.pl.) of formalin. (PhSe)
2
(10 mg/kg), given 5 min after the
formalin injection, revealed a significant inhibition (71 ± 6%) in the second phase of
the formalin-induced pain, whereas the prophylactic treatment caused more intense
inhibition (89 ± 3%). The antinociceptive effect caused by (PhSe)
2
(10 mg/kg, p.o.) in
the formalin test was prevented by intrathecal (i.t.) injection of several K
+
channels
blockers such as apamin and charybdotoxin (small - and large -conductance Ca
2+-
activated K
+
channel inhibitors, respectively), tetraethylammonium (TEA, non-
selective voltage-dependent K
+
channel inhibitor), but not glibenclamide (ATP-
sensitive K
+
channel inhibitor). The antinociceptive action caused by diphenyl
diselenide (10 mg/kg, p.o.) in the formalin test was also blocked by a nitric oxide (NO)
inhibitor (N
ω
-nitro-L-arginine; L-NOARG) and guanylate cyclase inhibitors (1H-
[1,2,4]oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-one, ODQ and methylene blue. These results
suggested the participation of nitric oxide/cyclic GMP/Ca
2+
and K
+
channel pathways
on the antinociceptive effect caused by diphenyl diselenide, but its precise site of
action remains unclear.
Keywords: Diphenyl diselenide, selenium, antinociceptive, nitric oxide system, K
+
channels
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
58
1. Introduction
Nitric oxide (NO) is an important messenger in the central nervous system. It
has been suggested that NO may be involved in the pathophysiology of Alzheimers
disease, cerebral ischemia, alcohol-induced brain damage, long-term potentiation,
learning, memory, wakefulness, circadian rhythm, nociception, olfaction, food intake,
drinking, regulation of neurotransmitter release, and anxiety (Dawson and Dawson,
1996). Some reports have indicated that NO affects many functions such as pain
(Kawabata et al., 1993; Sousa and Prado, 2001; Prado et al., 2002), synaptic
plasticity (Li and Wieraszko, 1994) and neuronal damage (Nara et al., 1999;
Weissman et al., 1992) biphasically. In agreement, there is evidence that L-
arginine/nitric oxide/cGMP pathway may be involved in peripheral and central
nociceptive processing (Duarte et al., 1990; Souza and Prado, 2001). It has been
reported that increased NO production induces hyperalgesia and that NOS-inhibitors
can suppress pain. Paradoxically, results from recent research have also implicated
NO as a mediator or modulator in analgesic drug function (Souza and Prado, 2001).
Selenium compounds display antioxidant, neuroprotective, antihypertensive,
anticancer, antiviral, immunosuppressive, antimicrobial and anti-inflammatory
properties (Sies, 1993; Schewe, 1995; May, 1999; Nogueira et al., 2003; Meotti et al.,
2004; Zasso et al., 2005; Savegnago et al., 2007a, b, c). Because of these, a great
number of novel pharmaceutical agents which are selenium-based or which target
specific aspects of selenium metabolism are under development (May, 1999;
Nogueira et al., 2003; Meotti et al., 2004).
The organic selenium compound, ebselen, is a classical antioxidant and well
known as the most important glutathione peroxidase mimetic agent (Daiber et al.,
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
59
2000). Furthermore to its peroxidase-like activity, ebselen has anti-inflammatory
activity in different models of inflammation (Parnhan and Graf, 1987; Schewe, 1995),
which may be related at least in part to its capability to scavenge peroxynitrite, a
potent inflammatory mediator (Sies and Arteel, 2000). The mechanism(s) underlying
the anti-inflammatory activity of ebselen is still not completely understood but is
linked to inhibition of NADPH-oxidase, protein kinase C, nitric oxide synthase and
lipoxygenases most likely by interacting with critical thiol/disulfide groups in these
enzymes (Cotgreave et al., 1989; Walther et al., 1999; Mugesh et al., 2001).
Similarly, diphenyl diselenide, a simple diaryl diselenide, is known as a drug
which induces minor toxic effects when administered acutely to mice at doses that
has antinociceptive and anti-inflammatory activities when assessed against chemical
and thermal behavioral tests (Nogueira et al., 2003; Zasso et al., 2005; Savegnago et
al., 2007a). We have previously reported that diphenyl diselenide produces
antinociception in several models of pain through a complex mechanism that likely
involves an interaction with the serotoninergic, glutamatergic and nitrergic pathways,
as well as peptidergic and vanilloid systems (Savegnago et al., 2007a, b). More
recently, we demonstrated that diphenyl diselenide also produces systemic anti-
allodynic action in two models of persistent inflammation and neuropathic pain and
attenuates acute hyperalgesia induced by glutamate, NMDA, bradykinin and PGE
2
in
mice (Savegnago et al., 2007c).
Nowadays, few drugs are effective in treating pathological (acute and chronic)
pain, and in general, these drugs present low efficacy and numerous side effects
(Woolf and Mannion, 1999; Mendell and Sahenk, 2003). For that reason, the search
for new compounds that could be applied in acute and chronic pain therapy has been
essential.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
60
Thus, despite the growing amount of experimental data the precise
mechanisms through which diphenyl diselenide causes systemic antinociception in
rodents still remain elusive. Therefore, the goal of the present study was to further
investigate the mechanisms involved in the antinociceptive action caused by diphenyl
diselenide. To this end, we carried out experiments to determine the possible
participation of the nitric oxide/cyclic GMP/ Ca
++
and K
+
- channels pathway in the
antinociception induced by diphenyl diselenide in the formalin test.
2. Results
2.1. Effect of diphenyl diselenide on formalin-induced nociception
The result in Fig. 1 (A) show that diphenyl diselenide (10-100 mg/kg, p.o.)
caused a significant inhibition in the first phase (0 - 5 min) of the formalin-induced
licking. Furthermore, diphenyl diselenide administered, p.o., at the doses of 1 -100
mg/kg, elicited significant inhibition in the second (15 - 30 min) phase of formalin test
(Fig. 1B). The calculated mean ID
50
for these effects were: 25.55 (9.52 - 68.58) for
the first phase and 6.45 (1.75 - 23.8) mg/kg for the second phase, and the
percentage of inhibition observed was 76 ± 3 and 97 ± 1%, respectively.
Furthermore, diphenyl diselenide (0.1 - 100 mg/kg, p.o.) was significantly
effective in inhibiting the mouse paw oedema induced by i.pl. injection of formalin
(percentage of inhibition of 43 ± 4%)(Fig. 1C).
The p.o. administration of the mice with diphenyl diselenide (10 mg/kg), given
5 min after the formalin injection (post-administered diphenyl diselenide), revealed a
significant inhibition (71 ± 6%) in the second (inflammatory nociception) phase of the
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
61
formalin-induced pain, whereas the prophylactic treatment (pre-administered
diphenyl diselenide) caused an inhibition of 89 ± 3% (Fig. 1D).
2.1.1. Antagonism of diphenyl diselenide-induced antinociception by L-NOARG, ODQ
and methylene blue in the formalin test
The i.c.v. administration of an inhibitor of NO synthase, L-NOARG (456
nmol/site), significantly reduced the antinociceptive action induced by diphenyl
diselenide (10 mg/kg, p.o.) in the first (0 - 5 min) and in the second (15 - 30 min)
phases of the formalin test (Figs. 2A and B).
Figs. 2C and D show that the i.c.v. injection of an inhibitor of guanylate
cyclase, ODQ (0.3 nmol/site), inhibited significantly the diphenyl diselenide-induced
antinociceptive effect in the second (but not the first) phase of the formalin test.
Methylene blue (1 mg/kg, i.p.), attenuated significantly the diphenyl diselenide-
induced antinociceptive effect in the second phase of formalin test (Figs. 2E and F).
2.1.2. Involvement of K
+
channels in the antinociceptive action caused by diphenyl
diselenide in the formalin test
Intrathecal administration of TEA (1 µg/site) (Figs. 3A and B), charybdotoxin
(250 pg/site) (Figs. 3C and D) and apamin (50 ng/site) (Figs. 3E and F), given 15 min
beforehand, prevented the antinociception caused by diphenyl diselenide (10 mg/kg),
in the second (but not the first) phase of formalin test.
Conversely, glibenclamide (100 µg/site) (Figs. 3G and H) failed to affect the
antinociceptive action of diphenyl diselenide (10 mg/kg), against both phases of
formalin test. The treatment with apamin, charybdotoxin, TEA and glibenclamide
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
62
significantly reversed the antinociceptive effect of morphine when assessed against
the first and second phases of the formalin test (Figs. 3A - H).
3. Discussion
The results of the present study demonstrated that diphenyl diselenide
administered orally elicited a significant antinociception action in mice, when
assessed in the formalin model. In fact, this compound produces graded inhibition
against neurogenic (first phase, 0 - 5 min) (76 ± 3) and inflammatory (second phase,
15 - 30 min) (97 ± 1%) pain response caused by formalin injection in mice. Indeed,
diphenyl diselenide also was significantly effective in inhibiting (43 ± 4%) the mouse
paw oedema induced by i.pl. injection of formalin. Thus, these results suggest that
diphenyl diselenide was more effective in the inflammatory pain on the formalin test
and demonstrated that antinociception caused by diphenyl diselenide seems to be
associated with its anti-inflammatory action, as revealed by inhibition of paw oedema
formation in the mice treated with formalin. The reduction in pain sensitivity of the
inflammatory pain (second phase) and paw oedema caused by diphenyl diselenide
could be related to inhibition of prostaglandin synthesis at the level of
cyclooxygenases (COX). In agreement, it has been demonstrated that nociceptive
response caused by the intraplantar injection of formalin together with formation of
oedema has been associated with release of several inflammatory mediators,
including prostaglandins (Tjφlsen et al., 1992). These results are consistent with our
early study in which diphenyl diselenide subcutaneous injected caused an
antinociceptive action using formalin test (Nogueira et al., 2003). Moreover, our
research group has reported that systemic administration (into contra lateral paw)
and local (ipsilateral) of diphenyl diselenide reduced the pain-licking response in the
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
63
second phase of formalin test, thus confirming that it possesses antinociceptive
properties. The systemic effect of diphenyl diselenide suggests the involvement of a
central action in the antinociceptive property of this organoselenium compound
(Zasso et al., 2005).
The formalin test in mice is a valid and reliable model of nociception and is
sensitive for various classes of analgesic drugs. The noxious stimulus is an injection
of dilute formalin under the skin of the surface of the right hindpaw. The response is
the amount of time the animals spend licking the injected paw. Two distinct periods of
high licking activity can be identified, an early phase lasting the first 5 min and a late
phase lasting from 15 to 30 min after the injection of formalin. It is suggested that the
early phase is due to a direct effect on nociceptors and that prostaglandins do not
play an important role during this phase. The late phase seems to be an
inflammatory response with inflammatory pain that can be inhibited by anti-
inflammatory drugs (Hunskaar and Hole, 1987; Tjφlsen et al., 1992). It has been
demonstrated that intraplantar injection of formalin in rodents produces significant
increase in spinal levels of different mediators, such as excitatory amino acids,
prostaglandin E
2
, substance P (SP), serotonin (5-HT) and histamine, among other
peptides (Tjølsen et al., 1992).
The results of the current study also demonstrated that diphenyl diselenide,
when examined in the formalin test, produced not only prophylactic effect (i.e.
producing pre-emptive antinociception when it was pre-administered), but also
therapeutic (i.e. effective when post-administered) effect. Thus, these findings might
have additional therapeutic implications for the development of a new drug to treat
inflammatory pain.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
64
Another important objective of the present study was to characterize further
some of the mechanisms through which diphenyl diselenide exerts its antinociceptive
action in the formalin test.
We reported here, for the first time, that Ca
2+-
activated and non-selective
voltage-dependent K
+
channel inhibitors caused a significant inhibition of the
antinociception induced by systemic administration of diphenyl diselenide when
analyzed in the second phase of the formalin model of pain. However, the opening of
ATP-sensitive K
+
channels does not appear to play a major role in diphenyl
diselenide-induced antinociception because treatment of animals with glibenclamide
had not effect on diphenyl diselenide action when assessed against either phase of
the formalin test. Our data are in agreement with other authors who have
demonstrated the peripheral antinociceptive effects produced by metamizol,
meloxican and resveratrol were blocked by the administration of Ca
2+-
activated and
non-selective voltage-dependent K
+
channels inhibitors, but not by the ATP-sensitive
K
+
channel blocker, glibenclamide (Granados-Soto et al., 2002; Ortiz et al., 2003a, b,
2005.). Interestingly, analyzing the results obtained here it appears that morphine, a
potent analgesic drug, is much more potent than diphenyl diselenide in this
behavioral of pain. Moreover, we can not discharge the possibility that the observed
effect by diphenyl diselenide could be due to the action on other K
+
channels. The
fact that tetraethylammonium (TEA, inhibitor non-selective of voltage-dependent K
+
channels) is also able to block Ca
2+-
activated K
+
channels (Cook and Quast, 1990)
further suggest the participation of these channels in the mechanism of diphenyl
diselenide action. The opening of K
+
channels, causing hyperpolarization of the cell
membrane, is a physiological means of decreasing cell excitability. Thus, drugs with
this property have a broad clinical potential. The identification of synthetic molecules
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
65
that evoke physiological responses by opening K
+
channels has led to a new
direction in the pharmacology of ion channels (Lawson, 2000).
Another notable piece was the results provide pharmacological evidence for
the involvement of nitric oxide/cyclic GMP pathway in the antinociceptive effect
caused by diphenyl diselenide in the formalin test. This assertion is supported by
following evidences. First, the i.c.v. administration of L-NOARG (NO synthesis
inhibitor) significantly reversed the antinociception caused by diphenyl diselenide in
both phases in the formalin test. NO is generated from L-arginine by the catalytic
action of NO synthase (NOS). Physiologically, NO actions are believed to be
mediated by locally produced NO and in most instances by the subsequently
generated second messenger molecule guanosine 3,5 cyclic monophosphate
(cGMP). The second piece of evidence is the fact that the pretreatment of mice with
guanylate cyclase inhibitors (methylene blue and ODQ), significantly reversed the
antinociceptive effect induced by diphenyl diselenide (Ferreira et al., 1991; Mixcoatl-
Zecuatl et al., 2000). Although methylene blue (inhibited both NOS and sGC) is
apparently not specific for soluble guanylate cyclase inhibition it has been used as a
pharmacological tool to inhibit this enzyme (Jain et al., 2001; Patil et al., 2004).
Moreover, the data on ODQ reinforce the possible involvement of NO-cGMP pathway
in the antinociceptive action caused by diphenyl diselenide, since ODQ is a highly
NO-sensitive inhibitor of soluble guanylate cyclase (sGC).
Several other studies point to antinociceptive effect, via activation of the L-
arginine/NO/cGMP (Germany et al., 1996). However, studies in the literature indicate
that the NO/cyclic GMP pathway can have pronociceptive rather than antinociceptive
effects (Aley et al., 1998). It discrepancy may be due to the different experimental
pain model used, diverse tissue level and the variant NO and cyclic GMP intracellular
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
66
content (Kawabata et al., 1994; Tegeder et al., 2002). Nevertheless, it is important to
point out that in the rat formalin and the rat paw pressure models, the production of
NO and cyclic GMP in subcutaneous tissue is involved in antinociceptive states
(Duarte et al., 1990; Soares et al., 2000; Soares and Duarte, 2001; zaro-Ibánez et
al., 2001; Ortiz et al., 2003 a, b ; Alves et al., 2004).
It is very important mentioned that in this study the effect caused by diphenyl
diselenide in the mice motor coordination was not evaluated. Zasso et al. (2005)
have reported that diphenyl diselenide caused no alteration on locomotion behaviour
in the open field test, suggesting that the antinociceptive action of this compound was
not due to motor disturbances.
Therefore, based on the results we can speculate that diphenyl diselenide
could exert antinociceptive effect due to activate: (a) K
+
channels at spinal level; (b)
NO/cGMP at supraspinal level and (c) cGMP at systemic level. Thus, collectively
these results suggest a major participation of the NO/cyclic GMP pathway and
Ca
++
/K
+
channels in the antinociceptive effect caused by diphenyl diselenide in the
formalin test. Although, it precise site of action remains unclear. Thus, the present
results suggest that diphenyl diselenide might be of potential interest in the
development of new clinically relevant drugs for the management of pain.
4. Experimental procedures
4.1. Animals
The behavioral experiments were conducted using male Swiss mice (25 - 35g)
from our own breeding colony. The mice were kept in separate animal rooms, on a
12 h light/dark cycle (with lights on at 6:00 a.m.), at air- temperature room (23 -
25°C), with free access to food and water. Animals were acclimatized to the
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
67
laboratory for at least 1 h before testing and were used only once throughout the
experiments. The experimenters were blinded to the drugs given to mice.In each
experimental condition the number of animals used was of 7-10. At the end of the
experiments, animals were euthanized by cervical displacement.
The animals were used according to the guidelines of the Committee on Care
and Use of Experimental Animal Resources, the Federal University of Santa Maria,
Brazil and the ethical guidelines for investigations of experimental pain in conscious
animals (Zimmermann, 1983). The number of animals and intensities of noxious
stimuli used were minimum necessary to demonstrate the consistent effects of the
drugs treatments.
4.2. Intracerebroventricular (i.c.v) and intrathecal (i.t.) injections
For i.c.v. injections, animals were lightly anaesthetized with ether, and a
volume of 5 µl of sterile saline or the drugs were directly injected into the lateral
ventricle (i.c.v.; coordinates from bregma: 1 mm lateral, 1 mm rostral, 3 mm vertical)
as described previously (Vaz et al., 1996).
The i.t. injections were made in conscious mice using the method described by
Hylden and Wilcox (1980). The animals received, using a microsyringe connected to
polyethylene tubing, a volume of 5 µl of sterile saline (control) or drugs which were
injected directly between the subdural space of the L5-L6 spinal segments. Injections
were given over a period of 5 s (Vaz et al., 1996).
4.3. Effect of diphenyl diselenide on formalin-induced nociception and oedema
The formalin test was carried out as described by Hunskaar and Hole (1987).
Animals received 20 µl of 2.5 % formalin solution (0.92 % of formaldehyde), injected
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
68
intraplantarly (i.pl.) in the ventral right hindpaw. Animals were pretreated with diphenyl
diselenide by oral route (p.o.; 0.1 - 100 mg/kg; 10 ml/kg), 30 min before formalin
injection. Control animals received a similar volume of vehicle (canola oil; 10 ml/kg;
p.o.). After i.pl. injection of formalin, the time spent licking the injected paw was
recorded with a chronometer during the periods of 0 - 5 min (neurogenic phase) and
15 - 30 min (inflammatory phase) and considered as indicative of nociception.
In order to assess whether the antinociceptive activity produced by diphenyl
diselenide in formalin-induced nociception was associated with development of anti-
oedematogenic activity, we measured the paw oedema by comparing the difference
between the weight of the formalin-treated paw and the weight of the contralateral
paw (non-treated paw). For this purpose, animals were sacrificed 30 min after formalin
injection by cervical dislocation, and both paws were cut at the ankle joint and
weighed on an analytical balance. This procedure was similar to that decribed
previously (Beirith et al., 1998).
In a separate series of experiments, we also investigated the possible
antinociceptive effect of diphenyl diselenide given after formalin injection. For this
purpose, mice were intraplantarly injected with formalin, and after 5 minutes they
received diphenyl diselenide (10 mg/kg, p.o.) or vehicle (canola oil, p.o.) for
evaluation against the second phase of the nociception caused by the formalin.
4.4. Analysis of the possible mechanism of action of diphenyl diselenide in the
formalin test
To address some of the mechanisms by which diphenyl diselenide inhibits
formalin-induced nociception, mice were treated with different drugs. The choice of
the doses of each drug was based on previous data the literature. The formalin was
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
69
chosen for this purpose because of the specificity and sensitivity in nociception
transmission that this model provides (Le Bars et al., 2001).
4.4.1. Involvement of nitric oxide/cyclic GMP pathway in the antinociceptive action
caused by diphenyl diselenide in the formalin test
The mice were pre-treated with L-NOARG (NO synthase inhibitor; 456
nmol/site, i.c.v.), ODQ (soluble guanylate cyclase inhibitor; 0.3 nmol/site, i.c.v.) and
methylene blue ((inhibited NO synthase and soluble guanylate cyclase; 1 mg/kg, i.p.)
10 min before of diphenyl diselenide (10 mg/kg, p.o.) injection. Other groups of
animals received only diphenyl diselenide (10 mg/kg, p.o.) or vehicle (canola oil, 10
ml/kg, p.o. or sterile saline 5 µl/site; i.c.v.) 30 min before formalin injection. The
nociceptive response in the first and second phases of the formalin test was recorded
30 min after administration of diphenyl diselenide or vehicle. The dose of methylene
blue was based in study described by Jain et al. (2001) and dose of L-NOARG and
ODQ were based in Ferreira et al. (1999)
4.4.2. Possible involvement of K
+
channels in the antinociceptive effect of diphenyl
diselenide in the formalin test.
For this purpose, mice were pre-treated with glibenclamide (100 µg/site,
intrathecal,(i.t.); a blocker of ATP-sensitive K
+
channels), apamin (50 ng/site, i.t.; a
blocker of small (or low)-conductance Ca
2+
-sensitive K
+
channels), charybdotoxin
(250 pg/site, i.t.; a blocker of large (or fast)-conductance Ca
2+
-sensitive K
+
channels)
or with tetraethylammonium (TEA; 1 µg/site, i.t.; a non selective blocker of voltage-
sensitive K
+
channels), and after 15 min they received diphenyl diselenide (10 mg/kg,
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
70
p.o.) or morphine (2.5 mg/kg, subcutaneous route (s.c.)), used as a positive control, or
vehicle. Other groups of animals received saline (5 µl/site) by i.t. route, 15 min prior to
the administration of diphenyl diselenide, morphine or vehicle. The nociceptive
responses to formalin were recorded 30 or 20 min after the administration the
diphenyl diselenide or morphine, respectively. The procedure and doses used was
essentially similar to that described previously (Strong, 1990; Aronson, 1992; Welch
and Dunlow, 1993; Santos et al., 1999).
4.5. Drugs
Diphenyl diselenide (PhSe)
2
was prepared and characterized in our
laboratory by the method previously described (Paulmier, 1986). Analysis of the
1
H
NMR and
13
C NMR spectra showed analytical and spectroscopic data in full
agreement with its assigned structure. The chemical purity of diphenyl diselenide
(99.9%) was determined by GC/HPLC. Diphenyl diselenide was dissolved in canola
oil. All other chemicals were of analytical grade and obtained from standard
commercial suppliers. All drugs were dissolved in saline, with the exception of ODQ
and glibenclamide, which were dissolved in 10% DMSO (dimethyl sulfoxide). The
final concentration of DMSO did not exceed 0.5 % and had no detectable effect per
se when assessed in control animals.
4.6. Statistical analysis
The results are presented as the mean ± S.E.M., except the ID
50
values (i.e.
the dose of diphenyl diselenide reducing the pain response by 50% in relation to
control group values) were determined by linear regression from individual
experiments using GraphPad Software (GraphPad software, San Diego, CA) and
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
71
are reported as geometric means accompanied by their respective 95% confidence
limits. Maximal inhibition values were calculated at the more effective dose used. The
statistical significance of differences between groups was performed by ANOVA
followed by Newman-Keuls test. Probability values less than 0.05 (P < 0.05) were
considered as statistically significant.
Acknowledgements
The financial support by UFSM (FIPE), FAPERGS, CAPES and CNPq is
gratefully acknowledged. J.B.T.R., L.S., C.R.J., C.W.N., A.R.S.S. and G.Z. are the
recipients of CNPq fellowships.
References
Aley, K.O., McCarter, G., Levine, J.D., 1998. Nitric oxide signalling in pain and
nociceptor sensitisation in the rat. J. Neurosci. 18, 7008 - 7014.
Alves, D.P., Tatsuo, M.A., Leite, R., Duarte, I.D., 2004. Diclofenac-induced peripheral
antinociception is associated with ATP-sensitive K
+
channels activation. Life Sci.
74, 2577 - 2591.
Aronson, J.K., 1992. Potassium channels in nervous tissue. Biochem. Pharmacol.
43, 11 - 14.
Beirith, A., Santos, A.R., Rodrigues, A.L., Creczynski-Pasa, T.B., Calixto, J.B., 1998.
Spinal and supraspinal antinociceptive action of dipyrone in formalin, capsaicin
and glutamate tests. Study of the mechanism of action. Eur. J. Pharmacol 345,
233 - 245.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
72
Cook, N.S., Quast, U., 1990. Potassium channel pharmacology. In: Cook NS, editor.
Potassium channels: structure, classification, function and therapeutic potential.
Chichester, UK Ellis Horwood Limited; p: 181 - 255.
Cotgreave, I.A., Duddy, S.K., Kass, G.E.N., Thompson, D., Moldeus, P., 1989.
Studies on the anti-inflammatory activity of Ebselen. Ebselen interferes with
granulocyte oxidative burst by dual inhibition of NADPH oxidase and protein
kinase C? Biochem. Pharmacol. 38, 649 - 656.
Daiber, A., Zou, M., Bachschmid, M., Ullrich, V., 2000. Ebselen as a peroxynitrite
scavenger in vitro and ex vivo. Biochem. Pharmacol. 59, 153 - 160.
Dawson, L., Dawson, T. M., 1996. Nitric oxide actions in neurochemistry.
Neurochem. Int. 29, 97 - 110.
Duarte, I.D.G., Lorenzetti, B.B., Ferreira, S.H., 1990. Peripheral analgesia and
activation of the nitric oxide cyclic GMP pathway. Eur. J. Pharmacol. 186, 289 -
293.
Ferreira, J., Santos, A.R.S., Calixto, J.B., 1999. The role of systemic, spinal and
supraspinal L-arginine-nitric oxide-cGMP pathway in the thermal hyperalgesia
caused by intrathecal injection of glutamate in mice. Neuropharmacology 38, 835 -
842.
Ferreira, S.H., Duarte, I.D., Lorenzetti, B.B., 1991. The molecular mechanism of
action of peripheral morphine analgesia: stimulation of the cGMP system via nitric
oxide release. Eur. J. Pharmacol. 201, 121 - 122.
Germany, A., Gonzales, P., Contreras, E., 1996. Possible role of nitric oxide in the
antinociceptive action of intraventricular bradykinin in mice. Eur. J. Pharmacol.
310, 123 - 127.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
73
Granados-Soto, V., Arguelles, C.F., Ortiz, M.I., 2002. The peripheral antinociceptive
effect of resveratrol is associated with activation of potassium channels.
Neuropharmacology 43, 917 - 923.
Hylden, J.L., Wilcox, G.L., 1980. Intrathecal morphine in mice: a new technique. Eur.
J. Pharmacol. 67, 313 - 316.
Hunskaar, S., Hole, K., 1987. The formalin test in mice: dissociation between
inflammatory and non-inflammatory pain. Pain 30, 103 - 114.
Jain, NK., Patil, C.S., Singh A., Kulkarni K.S., 2001. Sildenfil-induced peripheral
analgesia and activation of the nitric oxide-cyclic GMP pathway. Brain Res. 909,
170 - 178.
Kawabata, A., Umeda, N., Takagi H., 1993. L-arginine exerts a dual role in
nociceptive processing in the brain: involvement of the kyotorphin-Met-enkephalin
pathway and NO-cyclic GMP pathway. Br. J. Pharmacol. 109, 73 - 79.
Kawabata, A., Manabe, S., Manabe, Y., Takagi, H., 1994. Effect of topical
administration of L-arginine on formalin-induced nociception in the mouse: a dual
role of peripherally formed NO in pain modulation. Br. J. Pharmacol. 112, 547 -
550.
Lawson, K., 2000. Potassium channel openers as potential therapeutic weapons in
ion channel disease. Kidney Int. 57, 838 - 845.
Lázaro-Ibáñez, G., Torres-López, J.E., Granados-Soto, V., 2001. Participation of the
nitric oxide cyclic GMPATP-sensitive K
+
channel pathway in the antinociceptive
action of ketorolac. Eur. J. Pharmacol. 426, 39 - 44.
Le Bars, D., Gozariu, M., Cadden, S.W., 2001. Animals model of nociception.
Pharmacol. Rev. 53, 597 - 652.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
74
Li, G., Wieranszko, A., 1994. Dual effect of sodium nitroprusside on potentials
recorded from mouse hippocampal slices. Brain Res. 667, 33 - 38.
May, S.W.,1999. Selenium-based drug design: rationale and therapeutic potential.
Exp. Opin. Invest. Drugs 8, 1017 - 1030.
Mendell, J.R., Sahenk, Z., 2003. Clinical practive. Painful sensory neuropathy. N.
Engl. J. Med. 348, 1243 - 1255.
Meotti, F.C., Stangherlin, E.C., Zeni, G., Nogueira, C.W., Rocha, J.B.T., 2004.
Protective role of aryl and alkyl diselenides on lipid peroxidation. Environ. Res. 94,
276 - 282.
Mixcoatl-Zecuatl, T., Aguirre-Banuelos, P., Granados-Soto, V., 2000. Sildenafil
produces antinociception and increases morphine antinociception in the formalin
test. Eur. J. Pharmacol. 400, 81 - 87.
Mugesh, G., du Mont, W.W., Sies, H., 2001. Chemistry of biologically important
Organoselenium compounds. Chem. Rev. 101, 2125 - 2179.
Nara, K., Konno, D., Uchida, J., Kiuchi, Y., Oguchi, K., 1999. Protective effect of nitric
oxide against iron-induced neuronal damage. J. Neural Transm. 106, 835 - 848.
Nogueira, C.W., Quinhones, E.B., Jung, E.A.C., Zeni, G., Rocha, J.B.T., 2003. Anti-
inflammatory and antinociceptive activity of diphenyl diselenide. Inflamm. Res. 52,
56 - 63.
Ortiz, M.I., Castañeda-Hernández, G., Granados-Soto, V., 2003a. Possible
involvement of potassium channels in peripheral antinociception induced by
metamizol: lack of participation of ATP-sensitive K
+
channels. Pharmacol.
Biochem. Behav. 74, 465 - 470.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
75
Ortiz, M.I., Granados-Soto,V., Castañeda-Hernández, G., 2003b. The NO-cGMP- K
+
channel pathway participates in the antinociceptive effect of diclofenac, but not of
indomethacin, Pharmacol. Biochem. Behav. 76, 187 - 195.
Ortiz, M.I., Castañeda-Hernández, G., Granados-Soto, V., 2005. Pharmacological
evidence for the activation of Ca
2+
activated K
+
channels by meloxicam in the
formalin test. Pharmacol. Biochem. Behav. 81, 725 - 731.
Parnham, M.J., Graf, E., 1987. Seleno-organic compounds and the therapy of
hydroperoxide-linked pathological conditions. Biochem. Pharmacol. 36, 3095 -
30102.
Patil, C.S., Jain, N.K., Singh, V.P., Kulkarni, S.K., 2004. CholinergicNO cGMP
mediation of sildenafil-induced antinociception. Indian J. Exp. Biol. 42, 361 - 367.
Paulmier, C., 1986. Selenoorganic functional groups. In: Paulmier C. Selenium
reagents and intermediates in organic synthesis. 1 ed. Pergamon Press, Oxford
25 - 51.
Prado, W.A., Schiavon, V.F., Cunha F.Q., 2002. Dual effect of local application of
nitric oxide donors in a model of incision pain in rats. Eur. J. Pharmacol. 441, 57 -
65.
Santos, ARS, De Campos, ROP., Miguel, OG., Cechinel Filho, V., Yunes, RA.,
Calixto, JB.,1999. The involvement of K
+
channels and G
i/0
protein in the
antinociceptive action of the gallic acid ethyl ester. Eur. J. Pharmacol. 379, 7 - 17.
Savegnago, L., Pinto, L.G., Jesse, C. R., Alves, D., Rocha, J.B.T., Nogueira, C.W.,
Zeni, G., 2007a. Antinociceptive properties of diphenyl diselenide: Evidences for
the mechanism of action. Eur. J. Pharmacol. 555, 129 - 138.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
76
Savegnago, L., Pinto, L. G., Jesse, C. R., Rocha, J. B.T., Nogueira, C. W. Zeni, G.,
2007b. Spinal mechanisms of antinociceptive action caused by diphenyl
diselenide. Brain Research, 1162, 32 - 37.
Savegnago, L., Jesse, C. R., Pinto, L. G., Rocha, J. B.T., Nogueira, C. W., 2007c.
Diphenyl diselenide attenuates acute thermal hyperalgesia and persistent
inflammatory and neuropathic pain behavior in mice. Brain Research, in press.
Schewe, T., 1995. Molecular actions of ebselen- an anti-inflammatory antioxidant.
Gen. Pharmacol. 26, 1153 - 1169.
Sies, H.,1993. Ebselen, a "seleneorganic".compounds as glutathione peroxidase
mimic. Free Radic. Biol. Med. 14, 313 - 323.
Sies, H., Arteel, G.E., 2000. Interaction of peroxynitrite with selenoproteins and
glutathione peroxidase mimics. Free Radic. Biol. Med. 28, 1451 - 1455.
Soares, A.C., Leite, R., Tatsuo , M.A.K.F., Duarte, I.D.G., 2000. Activation of ATP-
sensitive K+ channels: mechanism of peripheral antinociceptive action of the nitric
oxide donor, sodium nitroprusside. Eur. J. Pharmacol. 400, 67 - 71.
Soares, A.C., Duarte, I.D.G., 2001. Dibutyryl-cyclic GMP induces peripheral
antinociception via activation of ATP-sensitive K+ channels in the rat PGE2-
induced hyperalgesic paw. Br. J. Pharmacol. 134, 127 - 131.
Souza A.M., Prado, W.A., 2001. The dual effect of a nitric oxide donor in nociception.
Brain Res. 897, 9 - 19.
Strong, P.N., 1990. Potassium channel toxins. Pharmacol. Ther. 46, 137 - 162.
Tegeder, I., Schmidtko, A., Niederberger, E., Ruth, P., Geisslinger, G., 2002. Dual
effects of spinally delivered 8-bromo-cyclic guanosine mono-phosphate (8-bromo
cGMP) in formalin-induced nociception in rats. Neurosci. Lett. 332, 146 - 150.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
77
Tjølsen, A., Berge, O.G., Hunskaar, S., Rosland, J.H., Hole, K., 1992. The formalin
test: an evaluation of the method. Pain 51, 5 - 17.
Vaz, Z.R., Cechinel Filho, V., Yunes, R.A., Calixto, J.B., 1996. Antinociceptive action
of 2- 4-bromobenzoyl -3-methyl-4,6-dimethoxy benzofuran, a novel xanthoxyline
derivative, on chemical and thermal models of nociception in mice. J. Phamacol.
Exp. Ther. 278, 304 - 312.
Walther, M., Holzhutter, H., Kuban, R.J., Wiesner, R., Rathmann, J., Kuhn, H., 1999.
The inhibition of mammalian 15-lipoxygenase by the anti-inflammatory drug
Ebselen: Dual type mechanism involving covalent linkage and alteration of the iron
ligand sphere. J. Pharmac. Exp. Therap. 56, 196 - 203.
Weissman, B.A., Kadar, T., Brandeis, R., Shapira, S., 1992. NG-nitro-L-arginine
enhances neuronal death following transient forebrain ischemia in gerbils.
Neurosci. Lett. 146, 139 - 142.
Welch, S.P., Dunlow, L.D., 1993. Antinociceptive activity of intrathecally administered
potassium channel openers and opioid agonists: a common mechanism of action?
J. Pharmacol. Exp. Ther. 267, 390 - 399.
Woolf, C.J., Mannion, R.J., 1999. Neuropathic pain: aetiology, symptoms,
mechanisms, and management. Lancet 353, 1959 - 1964.
Zasso, F.B., Gonçales, C.E.P., Jung, E.AC., Araldi, D., Zeni, G., Rocha, J.B.T.,
Nogueira, C.W., 2005. On the mechanisms involved in antinociception induced by
diphenyl diselenide. Environ. Toxicol. Pharmacol. 19, 283 - 289.
Zimmermann, M., 1983. Ethical guidelines for investigations of experimental pain in
conscious animals. Pain 16, 109 - 110.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
78
Legends
Fig.1. Effect of diphenyl diselenide given by oral route (0.1 - 100 mg/kg, p.o) on the
licking (A, B) and oedema (C) induced by formalin in mice. The total time spent
licking the hindpaw was measured in the first (0 - 5 min, panel A) and the second (15
- 30 min, panel B) phase after intraplantar injection of formalin. The oedema (panel
C) was measured at the end of second phase of formalin test. The effect of diphenyl
diselenide (10 mg/kg, p.o) given 5 min after the formalin injection in mice has been
demonstrated in panel D. To this end, total time spent licking the hindpaw was
measured in the second (15 - 30 min) phase after intraplantar injection of formalin.
Control value indicates the animals injected with vehicle (canola oil). Each column
represents the mean of 7 to 10 animals and vertical lines indicate the S.E.M. Control
value C indicates the animals injected with vehicle (canola oil). The asterisks
denote the significance levels when compared to the control group (one-way ANOVA
followed by Newman-Keuls test): * p < 0.05; ** p < 0.01; and *** p < 0.001.
ns
denote
did not significant difference between mice pre-administered with diphenyl diselenide
when compared to post administered.
.
Fig.2. Effect of pretreatment of mice with L-NOARG (456 nmol/site, i.c.v., panels A
and B), ODQ (0.3 nmol/site, i.c.v., panels C and D) and methylene blue (1mg/kg, i.p.,
panels E and F) 10 min before injection of diphenyl diselenide (10 mg/kg, p.o.)
against the first and the second phase of formalin-induced licking in mice. The total
time spent licking the hindpaw was measured in the first (0 - 5 min, panel A and C)
and in the second phase (15 - 30 min, panel B and D) after intraplantar injection of
formalin. Each column represents the mean of 7 to 10 animals and vertical lines
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
79
indicate the S.E.M. The symbols denote significance levels:
*** p < 0.001 when
compared to the vehicle group;
#
p < 0.05 compared to diphenyl diselenide alone
(one-way ANOVA followed by Newman-Keuls test).
Fig.3. Effect of pretreatment of mice with tetraethylammonium (TEA; 1 µg/site, i.t.;
panels A and B), charybdotoxin (250 pg/site, i.t., panels C and D), apamin (50
ng/site, i.t.; panels E and F) and glibenclamide (100 µg/site, i.t.; panels G and H) on
the antinociceptive profiles by diphenyl diselenide (10 mg/kg, p.o) and morphine (2.5
mg/kg) against formalin-induced nociception in mice. The total time spent licking the
hindpaw was measured in the first (0 - 5 min) and the second phases (15 - 30 min)
after intraplantar injection of formalin. Each column represents the mean of 7 to 10
animals and vertical lines indicate the S.E.M. The symbols denote significance
levels:
** p < 0.01; and *** p < 0.001 when compared to the vehicle group;
#
p < 0.05
compared to diphenyl diselenide or morphine alone (one-way ANOVA followed by
Newman-Keuls test).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
80
Fig.1
C 0.1 0.5 1 10 50 100
0
25
50
75
100
First phase
A
Diphenyl diselenide
(mg/Kg, p.o.)
***
***
***
Licking (s)
Second phase
C 0.1 0.5 1 10 50 100
0
100
200
B
Diphenyl diselenide
(mg/Kg, p.o.)
***
***
***
***
***
Licking (s)
C 0.1 0.5 1 10 50 100
40
50
60
70
80
Diphenyl diselenide
(mg/Kg, p.o.)
***
***
**
*
*
C
***
Oedema (mg)
Control 10 30
0
100
200
***
***
ns
post-administered
pre-administered
D
Time before
second phase (min)
Licking (s)
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
81
Fig 2
0
25
50
75
100
First phase
A
***
#
Vehicle + + + -
L-NOARG - + - +
Diphenyl diselenide - - + +
Licking (s)
Second phase
0
50
100
150
200
B
***
#
Vehicle + + + -
L-NOARG - + - +
Diphenyl diselenide - - + +
Licking (s)
First phase
0
25
50
75
100
125
C
***
***
Vehicle + + + -
ODQ - + - +
Diphenyl diselenide - - + +
Licking (s)
Second phase
0
50
100
150
200
D
Vehicle + + + -
ODQ - + - +
Diphenyl diselenide - - + +
**
#
Licking (s)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
***
**
First phase
E
Vehicle + + + -
Methylene blue - + - +
Diphenyl diselenide - - + +
Licking (s)
0
100
200
***
#
Vehicle + + + -
Methylene blue - + - +
Diphenyl diselenide - - + +
Second phase
F
Licking (s)
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
82
Fig.3.
0
25
50
75
100
125
Vehicle + - + - + -
TEA - + - + - +
Morphine - - + + - -
Diphenyl diselenide - - - - + +
***
***
#
***
First phase
A
Licking (s)
0
100
200
300
Vehicle + - + - + -
TEA - + - + - +
Morphine - - + + - -
Diphenyl diselenide - - - - + +
***
***
#
#
B
Second phase
Licking (s)
First phase
0
25
50
75
100
125
***
#
***
Vehicle + - + - + -
Charybdotoxin - + - + - +
Morphine - - + + - -
Diphenyl diselenide - - - - + +
***
C
Licking (s)
Second phase
0
50
100
150
200
250
***
***
#
#
Vehicle + - + - + -
Charybdotoxin - + - + - +
Morphine - - + + - -
Diphenyl diselenide - - - - + +
D
Licking (s)
0
25
50
75
100
125
***
***
#
Vehicle + - + - + -
Apamin - + - + - +
Morphine - - + + - -
Diphenyl diselenide - - - - + +
**
E
First phase
Licking (s)
0
50
100
150
200
250
***
***
#
Vehicle + - + - + -
Apamin - + - + - +
Morphine - - + + - -
Diphenyl diselenide - - - - + +
#
F
Second phase
Licking (s)
0
25
50
75
100
125
First phase
G
Vehicle + - + - + -
Glibenclamide - + - + - +
Morphine - - + + - -
Diphenyl diselenide - - - - + +
***
***
#
***
Vehicle + - + - + -
Glibenclamide - + - + - +
Morphine - - + + - -
Diphenyl diselenide - - - - + +
Licking (s)
0
50
100
150
Vehicle + - + - + -
Glibenclamide - + - + - +
Morphine - - + + - -
Diphenyl diselenide - - - - + +
***
#
***
***
Second phase
H
Licking (s)
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
83
4.4 Disseleneto de difenila atenua a hiperalgesia térmica e o comportamento de
dor inflamaria persistente e neuropática em camundongos.
4.4.1 Artigo 4
Diphenyl diselenide attenuates acute thermal hyperalgesia and
persistent inflammatory and neuropathic pain behavior in mice
Lucielli Savegnago, Cristiano R. Jesse, Larissa G. Pinto, Joao B. T. Rocha,
Cristina W. Nogueira*
Aceito na Revista Brain Research
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
84
Diphenyl diselenide attenuates acute thermal hyperalgesia and
persistent inflammatory and neuropathic pain behavior in mice
Lucielli Savegnago, Cristiano R. Jesse, Larissa G. Pinto, Joao B. T. Rocha,
Cristina W. Nogueira*
Laboratório de Síntese, Reatividade e Avaliação Farmacológica e Toxicológica de
Organocalcogênios, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de
Santa Maria, Santa Maria, CEP 97105-900, RS, Brazil
Abbreviated title: Diphenyl diselenide exerts antinociceptive properties
number of text pages: 17
number of figures: 06
number of tables: 00
*Correspondence should be sent to:
Cristina Nogueira
Laboratório de Síntese, Reatividade e Avaliação Farmacológica e Toxicológica de
Organocalcogênios, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de
Santa Maria, 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil.
Phone: 55-55-32208140
FAX: 55-55-32208978
E-mail: criswn@quimica.ufsm.br
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
85
Abstract
Experiments were designed to address whether diphenyl diselenide (PhSe)
2
has antiallodynic and antihyperalgesic properties. The neuropathic pain was caused
by a partial tying (2/3) of sciatic nerve and the inflammatory pain was induced by an
intraplantar (i.pl.) injection of 20 µl of Freunds Complete Adjuvant (CFA) in mice.
Seven days after sciatic nerve constriction and 24 h after CFA intra-plantar (i.pl.)
injection, mouse pain threshold was evaluated through tactile allodynia, using Von
Frey Hair (VHF) filaments. The acute thermal hyperalgesia was induced by intra-
thecal (i.t.) injection of glutamate, N-methyl-D-aspartate (NMDA), bradykinin (BK) and
prostaglandin E
2
(PGE
2
), and the nociceptive response was assessed using hot-plate
test. (PhSe)
2
administered by oral route (p.o.) (10 mg/kg) decreased the paw
withdrawal response on the ipsilateral side of the partial sciatic nerve ligation 30 min
after drug administration (64 ± 7%) and this effect was kept for 1h after treatment.
(PhSe)
2
(10 mg/kg, p.o.) produced a reduction in mechanical allodynia induced by
CFA started 30 min after (PhSe)
2
administration (71 ± 5%) and this effect was
maintained for up 4 hours. (PhSe)
2
(0.1 50 mg/Kg, p.o.) caused a significant
inhibition of glutamate-, NMDA-, BK- (PGE
2
)- induced acute thermal hyperalgesia in
mice. Together, the present results indicate that (PhSe)
2
produces systemic anti-
allodynic action when assessed in mechanical stimulus (VHF) in the hindpaw and
also attenuates acute thermal hyperalgesia. Thus, this compound might be
potentially interesting in the development of new clinically relevant drugs for the
management of pain.
Key words: selenium, diphenyl diselenide, neuropathic pain, inflammatory pain,
hyperalgesia
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
86
1. Introduction
Pain is a condition that will affect everyone at some point in their lifetime. For
most of us, the pain has been temporary. However, for patients with pathological
pain, the hurt experience is unending, with little hope for therapeutic relief. On a
coarse scale, four major forms of pain can be distinguished. The nociceptive pain
(physiological pain) requires intense, high-threshold stimulation and is typically
transient, pathological pain (clinical pain), associated with inflammation of peripheral
tissue that arises from the initial damage (inflammatory pain) or from lesions to the
nervous system (neuropathic pain), is often persistent (Woolf and Mannion, 1999;
Zimmermann, 2001; Ji and Strichartz, 2004). Although considerable effort has been
devoted to understanding of the cellular and molecular mechanisms involved in the
genesis of acute and chronic pain syndromes, there is not much improvement
observed. Because of these, there has a global interest to develop safer and more
effective drugs to treat of pain.
Taking this into account, our group of research has reported the powerful
antiinflammatory and antinociceptive activities of diphenyl diselenide, an
organoselenium compound (Nogueira et al., 2003; Savegnago et al., 2007a). We
recent demonstrated that the antinociceptive effect caused by diphenyl diselenide on
the peripheral sites have been mainly attributed to its interaction with redox
modulatory sites of glutamate receptors, nitrergic system and protein kinase C (PKC)
(Savegnago et al., 2007a). Additionally, data from our group have shown that
diphenyl diselenide elicits antiinflammatory effect when assessed in models of
inflammation in rats such as carrageenin-, arachidonic acid-induced paw oedema
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
87
(Nogueira et al., 2003). Interestingly, there are no data reporting the antinociceptive
effect caused by diphenyl diselenide on the central sites.
Moreover, this compound is also known by its antioxidant, neuroprotetive, anti-
hyperglycemic, hepatoprotective, antidepressant-like and anti-ulcer actions (Rossato
et al., 2002; Santos et al., 2006; Borges et al., 2006; Savegnago et al., 2006;
Barbosa et al., 2006, Savegnago et al., 2007b).
Considering the previous findings reporting that diphenyl diselenide has
antiinflammatory and antinociceptive properties, we might suggest this compound as
a good candidate for relieve of neuropathic and inflammatory pain and acute thermal
hyperalgesia. In this concern, the present study was designed to determine whether
diphenyl diselenide has oral anti-allodynic property in two models of persistent pain,
the inflammatory pain caused by Complete Freunds Adjuvant (CFA) and the
neurophatic pain caused by partial ligation of the sciatic nerve. Additionally, we
evaluated antihyperalgesic effects of diphenyl diselenide in a model of acute thermal
hyperalgesia using hot-plate test.
2. Results
To evaluate the effect caused by diphenyl diselenide on neurophatic pain
model, we made a partial sciatic nerve ligation in mice. This injury produced a
marked development of allodynia on the ipsilateral side seven days after nerve injury
procedure (Fig. 1). The acute treatment with diphenyl diselenide (10 mg/kg, p.o.)
significantly decreased the paw withdrawal response on the ipsilateral side of the
partial sciatic nerve ligation 30 min after drug administration (64 ± 7%) and this effect
was kept for 1 h after diphenyl diselenide treatment (Fig. 1).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
88
We also investigated the effect caused by diphenyl diselenide on inflammatory
pain model, through immunological reaction induced by i.pl. injection of CFA. The i.pl.
injection of CFA produced a profound mechanical allodynia, which were kept during
all test. The animals that received diphenyl diselenide (10 mg/kg, p.o.) demonstrated
a reduction on mechanical allodynia induced by CFA. This hypersensitivity reduction
started 30 min after diphenyl diselenide administration (71 ± 5%) and was maintained
for up 4 hours (Fig. 2).
The results of fig.3A show that diphenyl diselenide (10 and 50 mg/Kg, p.o.)
caused a significant inhibition of glutamate (100 nmol/site) induced acute thermal
hyperalgesia in mice. The latency (%) value caused by glutamate was - 43.5 and
mice treated with diphenyl diselenide 10 and 50 mg/Kg by oral route presented
values of latency (%) of - 13.5 and - 5.0 respectively. The calculated mean ID
50
value (and its respective 95% confidence limits) was 1.22 (0.3 - 5) mg/kg.
As can be seen in fig. 3B, the acute hyperalgesic effect caused by NMDA
(1ng/site) was significantly inhibited by diphenyl diselenide at the doses of 1, 10 and
50 mg/kg, the mean ID
50
value (and its respective 95% confidence limits) was 8.35
(2.2 - 31.1) mg/kg. The latency (%) value of NMDA was - 35.9 and mice treated
with diphenyl diselenide 1, 10 and 50 mg/Kg presented values of latency (%) of -
17, -7 and - 4, respectively.
In addition, the hyperalgesia induced by intra-techal administration of PGE
2
(0.3 µg/site) was significantly inhibited by diphenyl diselenide (1 and 10 mg/kg, p.o.)
with a mean ID
50
value (and its respective 95% confidence limits) was 4.81 (2.0 -
11.4) mg/kg. The latency (%) value of PGE
2
was 38 and mice treated with
diphenyl diselenide 1 and 10 mg/Kg presented values of latency (%) of - 16 and -
10, respectively (Fig. 3C).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
89
Moreover, oral administration (by gavage) of diphenyl diselenide (1 and 10
mg/kg, p.o.) significantly reduced the duration of nociceptive response induced by i.t
injection of bradykinin (5 nmol/site), the calculated mean ID
50
value (and its
respective 95% confidence limits) was 1.39 (0.5 - 3.2) mg/Kg. The latency (%)
value of bradykinin was - 39 and mice treated with diphenyl diselenide 1 and 10
mg/Kg presented values of latency (%) of - 11 and - 2, respectively (Fig. 3D).
3. Discussion
This study presents, for the first time, that diphenyl diselenide orally
administered attenuates acute thermal hyperalgesia and inhibits of tactile allodynia
induced by both persistent pain models: sciatic nerve partial constriction and
chemical ACF-induced inflammation in mice.
Peripheral injection of CFA or sciatic nerve partial constriction causes
persistent pain, which leads to the release of multiple inflammatory and nociceptive
mediators. These mediators increase long-lasting discharge of primary sensory fibers
that modifies neuronal, neuro-glial and neuro-immune cell phenotype and function in
the central nervous system. These alterations can occur at translational or post-
translational levels and achieve receptors, ion channels, soluble mediators and
molecules played in cell signalling (Woolf and Mannion, 1999; Ji and Strichartz,
2004; Li et al., 2005). Therefore, we can speculate that effects caused by diphenyl
diselenide on the nerve injury and CFA-induced inflammation are probably
associated to its possible ability to interfere in cell signalling, particularly that related
to PKC and NO. This assertion is supported by the fact that antinociceptive action
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
90
caused by diphenyl diselenide in models of acute pain is related to PKC and L-
arginine -nitric oxide pathways (Savegnago et al., 2007a).
Another interesting finding in the present study is the demonstration that acute
thermal hyperalgesia induced by glutamate, NMDA, bradykinin and PGE
2
in the hot-
plate test was significant attenuated by oral injection of diphenyl diselenide.
Hyperalgesia is a complex cascade of events, which induces the spinal release of
substance P and glutamate causing activation of spinal neurokinins-1 and NMDA
receptors. The activation of these receptors stimulated spinal phospholipases and
cyclooxygenases activities leading to the synthesis and release of spinal prostanoids
(Esbersberger et al., 1999). Moreover, Meller et al. (1996) have reported that the
acute thermal hyperalgesia is produced by activation of PKC, NMDA and
neuropeptides receptors, and production of NO. In fact, excitatory amino acids and
neuropeptides play a crucial role in the transmission of pain signals in the spinal cord
and their spinal applications elicit behaviors which resemble the hyperalgesia and
allodynia that characterize several states of spinal hyperexcitability (central
sensitization). In this context, recent study of our research group reported that
antinociceptive action caused by diphenyl diselenide in models of acute pain is
related to PKC, L-arginine - nitric oxide pathways and via interaction with redox
modulatory sites of glutamate receptors (Savegnago et al., 2007a). Savegnago and
collaborators (2007c) have also reported that antinociception caused by diphenyl
diselenide at spinal sites involves NMDA receptors, peptidergic or vanilloid systems.
Thus, based on these results, we can strongly suggest that antinociception induced
by diphenyl diselenide may account for an inhibitory effect on the nociceptive
transmission which is related to inflammatory mediators, such as prostaglandins, BK,
excitatory amino acids, PKC and/or NO.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
91
Collectively, these results support convincing evidence that diphenyl
diselenide, an organoselenium compound, produces systemic anti-allodynic action in
two models of persistent inflammatory (CFA-i.pl. injected) and neuropathic (sciatic
nerve injured) pain, when assessed in mechanical stimulus (VHF) in the hindpaw.
Besides, diphenyl diselenide attenuates acute hyperalgesia induced by glutamate,
NMDA, bradykinin and PGE
2
in mice. The beneficial effects of diphenyl diselenide
seem to involve molecular mechanisms such as the inhibition of PKC and NO cell
signalling, and inflammatory mediators, such as prostaglandins, bradykinin and
excitatory amino acids. Together, the present results indicate that diphenyl diselenide
might be of potential interest in the development of new clinically relevant drugs for
the management of pain. Additional studies are, however, necessary to confirm this
hypothesis.
4. Experimental procedures
4.1 Animals
Male Swiss mice (25 - 35g) maintained at 2225°C with free access to water
and food, under a 12:12 h light/dark cycle (lights on at 6:00). The animals were used
according to the guidelines of the Committee on Care and Use of Experimental
Animal Resources, the Federal University of Santa Maria, Brazil and the ethical
guidelines for investigations of experimental pain in conscious animals
(Zimmermann, 1983). The number of animals and intensities of noxius stimuli used
were minimum necessary to demonstrate the consistent effects of the drug
treatments.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
92
4.2 Intrathecal (i.t.) injection
I.t. injections were made in conscious mice using the method described by
Hylden and Wilcox (1980). The lumbar puncture was made through the intact skin
between the lumbar 5 and lumbar 6 vertebra, using a 30-gauge needle connected to
a 25-ml Hamilton syringe with polyethylene tubing, and a volume of 5 µl of vehicle
(phosphate buffer saline: PBS; mmol/l: NaCl 137, KCl 2.7 and phosphate buffer 10)
or drugs was injected. Injections were given over a period of 5 s. The accurate
placement of the needle was evidenced by a quick flick’ of the mouses tail.
4.3 Mechanical allodynia induced by partial sciatic nerve injury
To evaluate (PhSe)
2
effects on neurophatic pain model, we made a partial
sciatic nerve ligation in mice. To this end, mice were anaesthetized with 7% chloral
hydrate (6 ml/kg, i.p.). A partial ligation of the sciatic nerve was performed by tying
the distal (2/3) of the sciatic nerve, according to the procedure described for rats
(Seltzer et al, 1990) and adapted to mice (Malmberg and Basbaum, 1998).
The mechanical allodynia was measured as described before (Bortolanza et
al., 2002). Mice were further acclimatized in individual clear Plexiglas boxes (9 × 7 ×
11 cm) on an elevated wire mesh platform to allow access to the ventral surface of
the hind paw. To assess the nerve injury in each animal, basal withdrawal response
frequency of the right hindpaw was measured following 10 applications (duration of 1
s each) of 0.6g von Frey hair Filaments (VFH, Stoelting, Chicago, USA), that
produces a mean withdrawal frequency of about 15%, which is considered to be an
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
93
adequate value for the measurement of mechanical allodynia. The mice that
presented mean withdrawal frequency >15% were excluded of the study. After this
selection, the animals were operated and the development of injury to the sciatic
nerve was verified after seven days of surgery, as the withdrawal response frequency
of the right hindpaw following 10 applications (duration of 1 s each) of 0.6 g von Frey
hairs. The animals that produced a mean withdrawal of the right hindpaw frequency
of about 70% were considered adequate for this experiment. Mice with injured nerve
did not present paw drooping or autotomy. Therefore, mice that presented injury in
the sciatic nerve received vehicle or compound (10 mg/kg; p.o.) and the withdrawal
response frequency was recorded after (0.5, 1, 2, 4, and 6 h) diphenyl diselenide
treatment. In sham-operated mice, the nerve was exposed using the same
procedure, but without ligation. The frequency of withdrawal was determined before
nerve injury (baseline), in order to obtain data purely derived from nerve injury-
induced allodynia.
4.4 CFA-induced inflammation and mechanical allodynia
We also investigated the effect caused by (PhSe)
2
on inflammatory pain
model, through immunologic reaction induced by intraplantar (i.pl.) injection of CFA-
complete Freunds adjuvant. Briefly, mice were lightly anaesthetized with ether (by
inhalation) and received 20 µL of CFA (1 mg/ml of heat killed Mycobacterium
tuberculosis in 85% paraffin oil and 15% mannide monoleate) subcutaneously in the
intraplantar surface of the right hind paw.
The mechanical allodynia was measured as described by Bortolanza et al.,
2002 and detailed in 4.3. section. Excepting that, the inflammatory response was
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
94
verified 24 hours after CFA injection in the intraplantar surface of the right hind paw
in mice. Therefore, mice that presented allodynia received vehicle or compound (10
mg/kg; p.o.) and the withdrawal response frequency in VHF was recorded after (0.5,
1, 2, 4, and 6 h) diphenyl diselenide treatment. The frequency of withdrawal was
determined before (baseline) CFA injection, in order to obtain data purely derived
from the treatments in CFA allodynia.
4.5 Acute thermal hyperalgesia
The acute thermal hyperalgesia response was assessed using hot-plate test
(Ugo Basile, model-DS 37) maintained at 50 ± C. Animals were placed in a glass
cylinder of 24-cm diameter on the heated surface, and the time between placement
and shaking or licking of the paws, or jumping, were recorded as the index of
response latency. A cut-off of 45 s was used to prevent paw damage. Each animal
was tested before administration of drugs in order to obtain baseline. Mice received
(PhSe)
2
(p.o.) (dose range: 0.1 50 mg/Kg) 30 min before i.t. injection of 5 µl of
glutamate (an excitatory amino acid, 100 nmol/site), NMDA (a selective agonist of
NMDA-subtype of glutamatergic ionotropic receptors, 1 ng/site), bradykinin (BK; 5
nmol/site) and prostaglandin E
2
(PGE
2;
0.3 µg/site). Following i.t. injections of each
agonist the nociceptive response was measured at 5, 15, 10 and 15 min after
glutamate, NMDA, BK and PGE
2
, respectively. Thermal withdrawal latencies are
expressed as a percentage difference from time 0 (pre-drug) according to the
formula:
latency (%)= postdrug baseline x 100
baseline
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
95
The latency (%) was estimated for each mouse. The doses of each agonist
used in the hot plate test were based on Ferreira et al. (1999), Mendez et al (2002)
and Santos et al. (2005).
4.6 Drugs
The following substances were used: L-glutamic acid hydrochloride
(glutamate), N-methyl-D-aspartic acid (NMDA), Freunds complete adjuvant (CFA),
prostaglandin E
2
(PGE
2
) and bradikinin (Sigma, St. Louis, USA).
Diphenyl diselenide, (PhSe)
2
, was prepared and characterized in our
laboratory by the method previously described (Paulmier, 1986). Analysis of the
1
H
NMR and
13
C NMR spectra showed analytical and spectroscopic data in full
agreement with its assigned structure. The chemical purity of diphenyl diselenide
(99.9%) was determined by GC/HPLC. Diphenyl was dissolved in canola oil and
administered by gavage [oral route (p.o.)]. The mice received diphenyl diselenide in a
constant volume of 10 ml/kg body weight.
4.7 Statistical analysis
The results are presented as mean ± S.E.M., except the ID
50
values (i.e., the
dose of diphenyl diselenide necessary to reduce the nociceptive response by 50%
relative to the control value), which are reported as geometric means accompanied
by their respective 95% confidence limits. The ID
50
value was determined by linear
regression from individual experiments using linear regression GraphPad software
(GraphPad software, San Diego, CA, USA). Comparisons between experimental and
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
96
control groups were performed by one-way analysis of variance (ANOVA) followed by
Newman- Keuls' test when appropriated. P values less than 0.05 (P < 0.05) were
considered as indicative of significance.
Acknowledgements
The financial support by UFSM (FIPE), FAPERGS, CAPES and CNPq is
gratefully acknowledged. J.B.T.R., L.S., C.R.J. and C.W.N. are the recipients of
CNPq fellowships.
References
Barbosa, N.B.C., Rocha, J.B.T., Wondracek, D.C., Perottoni, J., Zeni, G., Nogueira,
C.W., 2006. Diphenyl diselenide reduces temporarily hyperglycemia: possible
relationship with oxidative stress. Chemical Biological Interactions 163, 230 - 238.
Borges, L.P., Nogueira, C.W., Panatieri, R.B., Rocha, J.B.T., Zeni,
G., 2006. Acute liver damage induced by 2-nitropropane in rats: Effect of diphenyl
diselenide on antioxidant defenses. Chemical Biological Interactions 160, 99 -
107.
Bortolanza, L.B., Ferreira, J., Hess, S.C., Delle Monache, F., Yunes, R.A., Calixto,
J.B., 2002. Anti-allodynic action of the tormentic acid, a triterpene isolated from
plant, against neuropathic and inflammatory persistent pain in mice. European
Journal of Pharmacology 453, 203 - 208.
Esbersberger, A., Grubb, B.D., Willingale, H.I., Gardiner, N.J., Nebe, I., Schaible,
H.G., 1999. The intraspinal release of prostaglandin E
2
in a model of acute arthritis
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
97
is accompanied by an up-regulation of cyclooxygenases-2 in the spinal cord.
Neuroscience 93, 1080 - 1087.
Ferreira, J., Santos, A.R.S., Calixto, J.B., 1999. The role of systemic, spinal and
supraspinal L-arginine-nitric oxide-Cgmp pathway in thermal hyperalgesia caused
by intrathecal injection of glutamate in mice. Neuropharmacology 38, 835 - 842.
Hylden, J.L., Wilcox, G.L., 1980. Intrathecal morphine in mice: a new technique.
European Journal of Pharmacology 67, 313 - 316.
Ji, R.R., Strichartz, G., 2004. Cell signaling and the Genesis of Neuropathic Pain.
Science 252, 1-19.
Li, M., Shi, J., Tang, J., Chen, D., Ai, B., Chen, J., Wang, L., Cao, F., Li, L., Lin, C.,
Guan, X., 2005. Effects of complete Freund's adjuvant on immunohistochemical
distribution of IL-1β and IL-1R I in neurons and glia cells of dorsal root ganglion.
Acta Pharmacol Sin. 26, 192 -198.
Malmberg, A.B., Basbaum, A.I., 1998. Partial sciatic nerve injury in the mouse as a
model of neuropathic pain: behavioral and neuroanatomical correlates. Pain 76,
215 - 222.
Meller, S. T., Dykstra, C., Gebhart, G. F., 1996. Acute thermal hyperalgesia in the
rat is produced by activation of N-methyl- -aspartate receptors and protein kinase
c and productionofnitricoxide. Neuroscience 71, 327 - 335.
Menéndez, L., Lastra, A., Hidalgo, A., Baamonde, A., 2002. Unilateral hot plate test:
a simple and sensitive method for detecting central and peripheral hyperalgesia in
mice. Journal of Neuroscience Methods 113, 91 - 97.
Nogueira, C.W., Quinhones, E.B., Jung, E.A.C., Zeni, G., Rocha, J.B.T., 2003. Anti-
inflammatory and antinociceptive activity of diphenyl diselenide.
Inflammation Research 52, 56 - 63.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
98
Paulmier, C., 1986. Selenoorganic functional groups, In: Paulmier, C. (Ed.), Selenium
Reagents and Intermediates in Organic Synthesis, 1 ed. Pergamon Press, Oxford,
25–51.
Rossato, J.I., Ketzer, L.A., Centuriao, F.B., Silva, S.J.N., dtke,D.S., Zeni, G.
Braga, A.L., Rubin, M.A., Rocha, J.B.T., 2002. Antioxidant properties of new
chalcogenides against lipid peroxidation in rat brain. Neurochemical Research 27,
297- 303.
Santos, A.R.S., Trentin, A.P., Ferreira, J., Yunes, R.A., Calixto, J.B., 2003.
Mechanisms involved in the antinociceptive caused by compound MV8612 isolated
from Mandevilla velutina in mice. Brain Research 96, 269 - 276.
Santos, F.W., Graca, D.L., Zeni, G., Rocha, J.B.T., Weis, S. N., Favero, A. M.,
Nogueira, C.W., 2006. Sub-chronic administration of diphenyl diselenide
potentiates cadmium-induced testicular damage in mice.
Reproductive Toxicology 22, 546 - 550.
Savegnago, L., Trevisan, M., Alves, D., Rocha, J. B. T., Nogueira, C. W., Zeni, G.,
2006. Antisecretory and antiulcer effects of diphenyl diselenide. Envirommental
Toxicology and Pharmacology 21, 86 - 92.
Savegnago, L., Pinto, L. G., Jesse, C. R., Alves, D., Rocha, J. B.T., Nogueira, C. W.
Zeni, G., 2007a. Antinociceptive properties of diphenyl diselenide: Evidences for
the mechanism of action. European Journal of Pharmacology 555, 129 - 138.
Savegnago, L., Jesse, C. R., Pinto, L. G., Rocha, J. B.T., Nogueira, C. W. Zeni, G.,
2007b. Monoaminergic agents modulate antidepressant-like effect caused by
diphenyl diselenide in rats. Progresss Neuro-Psichopharmacology & Biological
Psychiatry , in press.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
99
Savegnago, L., Pinto, L. G., Jesse, C. R., Rocha, J. B.T., Nogueira, C. W. Zeni, G.,
2007c. Spinal mechanisms of antinociceptive action caused by diphenyl
diselenide. Brain Research, in press.
Seltzer, Z., Dubner, R., Shir, Y., 1990. A novel behavioural model of neuropathic
pain disorders produced in rats by partial nerve injury. Pain 43, 205 - 218.
Woolf, C., Mannion, R., 1999. Neuropathic pain, The Lancet 354, 953 - 954.
Zimmermann, M., 1983. Ethical guidelines for investigations of experimental pain in
conscious animals. Pain 16, 109 -110.
Zimmermann, M., 2001. Pathobiology of neuropathic pain. European Journal
Pharmacology 429, 23 - 37.
Legends
Fig.1. Effect of diphenyl diselenide administered orally (10 mg/kg) on mechanical
allodynia induced by sciatic nerve injury in response to 10 applications of 0.6 g VFH.
The assessment was carried out in mice sham-operated (), operated and treated
with vehicle () operated and treated with diphenyl diselenide (). The baseline ()
was recorded before nerve injury. The results represent the mean ± S.E.M. of eight
animals. The symbols denote significant difference *p < 0.05 between operated mice
plus vehicle and operated mice plus diphenyl diselenide by one-way analysis of
variance (ANOVA), followed by Student-Newman-Keuls test.
Fig.2. Effect of diphenyl diselenide administered orally (10 mg/kg) on mechanical
allodynia in response to 10 applications of 0.6 g VFH induced by CFA in mice. The
animals received vehicle () or diphenyl diselenide () 24h after CFA injection. The
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
100
baseline () was recorded before CFA injection. The measure following was 24 hours
after ACF-injection (0) and (0.5, 1, 2, 4, 6h) subsequent to diphenyl diselenide (10
mg/kg, p.o.) treatment. The results represent the mean ± S.E.M. of eight animals.
The symbols denote significant difference ***p <0.001 and *p <0.05 between vehicle
treated and diphenyl diselenide treated mice by one-way analysis of variance
(ANOVA), followed by Student-Newman-Keuls test.
Fig.3. Effect of diphenyl diselenide administered orally (0.1 - 50 mg/Kg) on the
glutamate (100 nmol/site, panel A)-, NMDA (1ng/site, panel B)-, PGE
2
(0.3 µg/site,
panel C) or BK (5 nmol/site, panel D)- induced nociceptive response in mice. The
changes in thermal withdrawal latencies are represented on the y-axis as percentage
change calculated by the formula (trial latency baseline latency)/ (baseline latency)
x 100 expressed as a percentage. Each column represents the mean ± S.E.M. for
six to eight animals. PBS means phosphate buffer saline. Asterisks denote the
significance levels *p < 0.05, ** p < 0.01 and *** p < 0.001 compared to the control
group values (C) (one-way ANOVA followed by Newman-Keuls test).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
101
Fig. 1
7B 0 0.5 1 2 4
0
20
40
60
80
100
Time after treatment (h)
*
*
Response frequence of
VFH stimulation (%)
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
102
Fig. 2.
8B 0 0.5 1 2 4 6
0
25
50
75
100
***
***
*
*
Time after treatment (h)
Response frequency of
VHF stimulation (%)
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
103
Fig. 3.
-50
-40
-30
-20
-10
0
1 10 50
Diphenyl diselenide (mg/kg)
Glutamate (100 nmol/site, i.t.)
PBS C
(A)
*
*
latency (%)
-50
-40
-30
-20
-10
0
PBS C 0.1 1 10 50
Diphenyl diselenide (mg/kg)
NMDA (1ng/ site, i.t.)
(B)
***
***
*
latency (%)
-50
-40
-30
-20
-10
0
PBS C 0.1 1 10
Diphenyl diselenide (mg/kg)
Prostaglandin E
2
(0.3 µg/site, i.t.)
(C)
**
*
latency (%)
-50
-40
-30
-20
-10
0
PBS C 0.1 1 10
Diphenyl diselenide (mg/kg)
Bradykinin ( 5nmol/ site, i.t.)
(D)
***
**
latency (%)
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
104
5- DISCUSSÃO
O interesse em identificar novos alvos para o tratamento da dor tem
aumentado expressivamente nos últimos anos. Apesar dos avanços recentes
ocorridos na compreensão dos mecanismos envolvidos na gênese e manutenção da
dor, as terapias disponíveis atualmente possuem apenas resultados parciais e a
maior parte das drogas analsicas apresenta importantes efeitos colaterais, o que
dificulta o uso contínuo. Diante deste contexto, vários modelos de nocicepção em
animais de laboratório têm sido propostos, a fim de avaliar a ação antinociceptiva de
várias drogas. No entanto, de maneira geral, esses modelos possuem
características próprias que devem ser consideradas, tais como sua simplicidade,
reprodutibilidade e validade dos resultados obtidos e principalmente, a possibilidade
de serem correlacionados com estudos clínicos. Deve-se ressaltar ainda, que os
modelos de dor inflamatória e neurotica podem ser extremamente úteis para a
identificação de drogas potentes e efetivas, que possam vir a ser utilizadas na clínica
(Walker et al., 1999).
O presente estudo demonstrou pela primeira vez, que a administração
sistêmica, pela via oral, do disseleneto de difenila apresentou baixa toxicidade e
produziu efeitos antinociceptivos e antiinflamatórios nos diferentes modelos de
nocicepção e inflamação em camundongos.
Os resultados obtidos no ARTIGO 1 indicaram que o disseleneto de difenila
quando administrado pela via oral, pois apresentou mínimos efeitos tóxicológicos e
causou antinocicepção em vários modelos de dor em camundongos. A ausência de
toxicidade do disseleneto de difenila, administrado pela via oral, foi evidenciada pelo
índice de mortalidade, de fato, a DL
50
obtida foi > 312 mg/Kg (ou 1000 µmol/Kg).
Embora, a administração desse composto, o tenha alterado os parâmetros
hepáticos (AST e ALT) e renais (uréia e creatinina) dos animais, o ganho de peso
dos camundongos foi reduzido, o qual pode indicar toxicidade sistêmica.
Neste estudo, foi demonstrado que a administração oral do disseleneto de
difenila causou uma inibição significativa nas contorções abdominais induzidas pelo
ácido acético em camundongos. O efeito antinociceptivo do disseleneto oral iniciou
30 minutos após sua administração e permaneceu por duas horas (dados não
mostrados). O modelo de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético em
camundongos é descrito como um modelo pico de nocicepção inflamatória visceral,
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
105
sendo amplamente utilizado como ferramenta para detecção e avaliação de novos
agentes com propriedades analgésicas e antiinflamatórias (Collier et al., 1968). Os
prótons oriundos da dissociação do ácido acético podem ativar diretamente canais
de cátion não seletivos localizados nas fibras aferentes primárias (Julius e Basbaum,
2001). Além disso, a injeção de ácido acético na cavidade peritoneal de
camundongos promove a liberação de diversos mediadores inflamatórios como PG,
BK, SP, TNF-α, IL-1β e IL-8 entre outros (Collier et al., 1968; Vinegar et al., 1979;
Ribeiro et al., 2000; Ikeda et al., 2001), os quais estimulam neurônios aferentes
primários, aumentando a liberação de aspartato e glutamato no fluido
cerebroespinhal (Feng et al., 2003).
Com o intuito de avaliar o efeito do disseleneto de difenila frente a diferentes
esmulos nociceptivos, foi utilizado como modelo de nocicepção térmica, o teste da
imersão da cauda a 55 °C (Tail-immersion). Os nossos dados mostram claramente
que o disseleneto de difenila foi capaz de aumentar a latência dos animais ao
estimulo térmico, mas, esse efeito não foi prevenido pelo naloxona. Isso demonstra
que não há envolvimento do sistema opióide no efeito antinociceptivo causado pelo
disseleneto de difenila no teste da imersão da cauda a 55 °C. Este modelo é
verdadeiramente eficiente para predizer o efeito analgésico em humanos
(Grumbach, 1966).
Outro fato interessante do presente estudo (ARTIGO 1) foi a demonstração
que o disseleneto de difenila administrado pela via oral, causou redução significativa
da nocicepção neuronica induzida pela ativação de receptores vanilóides por
utilização da capsaicina na pata de camundongos (Caterina e Julius, 2001). A
capsaicina (8-metil-N-vanillil-6-nonenamida) é uma substância álgica obtida da
pimenta vermelha,chilli pepper, dispovel como ferramenta farmacológica para o
estudo dos subtipos de fibras sensoriais primárias do tipo C e Aδ, incluindo os
nociceptores polimodais e termoceptores (Holzer, 1991; Jancso, 1992). Além disso,
tem sido proposto que a nocicepção induzida pela capsaicina é mediada pela
ativação de seu receptor específico, conhecido como receptor vanilóide (VR)
(TRPV1), um canal catiônico não seletivo ativado por ligante encontrado em
neurônios sensoriais primários e a ativação deste receptor induz a despolarização
da membrana com aumento do influxo de cátions, levando ao esmulo nocivo (Julius
e Basbaum, 2001; Szallasi e Blumberg,1993; Caterina et al., 1997). Estudos têm
demonstrado que a capsaicina libera neuropepdeos, aminoácidos excitatórios, NO
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
106
e outros mediadores pró-inflamatórios a partir das fibras C, transmitindo a
informação nociceptiva aos neurônios do corno dorsal, sendo que a sensilização
central, ocorre, entre outros meios, através da ativação de proteínas quinase A e C
(Calixto et al., 2005). Além disso, inibidores de PKC previnem a fosforilação do
TRPV1, reduzindo a sensibilização deste receptor, tornando-o menos responsivo à
ação do agonista (Prekumar e Ahern, 2000, Ferreira et al., 2004, Calixto et al.,
2005). Corroborando com isso, os resultados do presente estudo também sugerem o
envolvimento da PKC na ação antinociceptiva causada pelo disseleneto de difenila.
Isto se deve ao fato que a administração sistêmica do disseleneto de difenila inibiu
eficientemente a nocicepção e o edema induzido pela administração i.pl. de PMA
(ativador de PKC) e da bradicinina (BK). Estudos prévios sugerem que a BK, ao se
ligar nos seus receptores leva a uma ativação direta da PKC, porém, indireta da
PKA, sendo esta última, ativada após a síntese de prostaglandinas, a qual acontece
em decorrência da ativação de PKC (Ferreira et al., 2004).
Nossos resultados tamm evidenciaram o envolvimento do sistema
glutamatérgico na antinocicepção causada pelo disseleneto de difenila. De fato, a
administração oral do disseleneto de difenila produziu uma inibição significativa no
tempo de lambida e no edema causado pela injeção intraplantar de glutamato em
camundongos. A nocicepção induzida pelo glutamato parece envolver sítios de ação
periférica, espinhal e supra-espinhal. Além disso, a ação do glutamato sobre seus
receptores aumenta a produção de NO e substâncias relacionadas à ativação deste
mediador (Beirith et al., 2002). Somando-se a isso, a administração local de
disseleneto de difenila induziu antinocicepção e inibiu a formação de edema quando
co-injetado com glutamato na pata de camundongos. De acordo com esses
resultados, nosso grupo anteriormente demonstrou que o disseleneto de difenila
causou efeito antinociceptivo local na segunda fase do teste da formalina (Zasso et
al., 2005) em camundongos.
Outro objetivo do ARTIGO 1 foi demonstrar os mecanismos pelos quais o
disseleneto de difenila exerce antinocicepção local. O presente estudo confirmou
que a via da L-arginina-óxido nítrico está envolvida na ação antinociceptiva local do
disseleneto de difenila. Esta conclusão deriva do fato que o pré-tratamento dos
animais com o substrato para a NOS, a L-arginina, em uma dose na qual não
produziu nenhum efeito per se no modelo do glutamato, mas que reverte
significantemente a antinocicepção causada pelo inibidor da sintase do NO, L-
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
107
NAME, tamm inibiu significativamente a atividade antinociceptiva causada pelo
disseleneto de difenila. Por isso, considerando esses resultados pode-se sugerir que
o disseleneto de difenila exerce seu efeito antinociceptivo local, provavelmente por
inibir a atividade da NOS. Alguns estudos sugerem que o óxido nítrico aumenta a
síntese e/ou a liberação de mediadores pró-inflamatórios como as citocinas, as
EROs e os prostanóides, o que resulta na formação de uma reposta inflamatória.
Além disso, a liberação periférica de NO contribui para o desenvolvimento do edema
e da hiperalgesia no tecido lesado com inflamação (Marcinkiewicz et al., 1995;
Sautebin et al., 1995; Peana et al., 2006).
Além do envolvimento da via L-arginina-óxido nítrico, a ação antinociceptiva
local causada pelo disseleneto de difenila parece também envolver uma interação
com os sítios redox modulatórios dos receptores glutamatérgicos, principalmente o
receptor NMDA. Essa conclusão deriva do fato de que, o pré-tratamento dos animais
com o DTT, um agente redutor, preveniu significantemente a antinocicepção local
causada pelo DTNB, um agente oxidante, e pelo disseleneto de difenila no teste da
injeção de glutamato na pata de camundongos. Neste contexto, Reynolds et al
(1990) elucidaram que agentes redutores potencializam o aumento de cálcio
induzido pelo receptor NMDA, e esse efeito é bloqueado pelo DTNB. De fato, o a
função do receptor NMDA é altamente regulada por vários sítios incluindo o sítio
redox (Rock e McDonald, 1995; Laughlin et al, 1998). Portanto, esses resultados
indicam que o disseleneto de difenila causou antinocicepção local por atuar
modulando os receptores glutamatérgicos, principalmente NMDA e inibindo a sintase
do óxido nítrico (ARTIGO 1).
Observando os resultados do ARTIGO 1 surgiu a seguinte questão: será que
o disseleneto de difenila pode exercer seu efeito antinociceptivo por interagir com o
sistema nervoso central? Baseando-se nessa hipótese desenvolveu-se o ARTIGO 2.
Segundo os resultados obtidos nesse artigo (ARTIGO 2) a administração oral
do disseleneto de difenila foi capaz de reduzir de forma significativa a resposta
nociceptiva causada pela injeção intratecal de glutamato (agonista não seletivo de
receptores glutamatérgicos) e do NMDA (agonista seletivo de receptores
ionotrópicos glutamatérgicos do subtipo NMDA). Porém, o disseleneto de difenila
não inibiu a nocicepção induzida pelo AMPA e cainato (agonistas seletivos de
receptores ionotrópicos glutamatérgicos do subtipo AMPA e cainato) e pelo trans-
ACPD (agonista de receptores metabotrópicos glutamatérgicos). Esses resultados
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
108
confirmam que a atividade antinociceptiva do disseleneto de difenila ocorre em nível
central e mostram que os receptores NMDA, em nível espinhal, estão envolvidos no
efeito antinociceptivo desse composto. Esses resultados estão de acordo com os
obtidos no artigo 1, que demonstram que o disseleneto de difenila induz
antinocicepção local via interação com os sítios modulatórios de receptores
glutamatérgicos, principalmente NMDA. Portanto, tendo em vista os dados obtidos
no ARTIGO 1, em conjunto com o presente resultado, pode-se sugerir fortemente
que a ação antinociceptiva causada pelo disseleneto de difenila depende de sua
seletiva interação com o receptor NMDA. Somando-se a isso, o tratamento prévio
com disseleneto de difenila administrado pela via oral inibiu eficientemente a
nocicepção induzida pela administração i.t. da SP e capsaicina. De fato, a SP,
capsacina e glutamato interagem sinergisticamente durante a ativação de neurônios
sensoriais no corno dorsal da medula para processarem a sensação de dor, a qual
acontece, dentre outros mecanismos, através da produção de NO (Sakurada et al.,
1996; Liu e Sandkuhler , 1997; Caruso et al., 2005).
Outro importante resultado obtido nesse artigo, foi a demonstração que o
disseleneto de difenila reduziu significativamente a resposta nociceptiva causada
pela injeção intratecal da bradicinina. Esses resultados, juntamente com os obtidos
no artigo 1, sugerem a participação da PKC na ação antinociceptiva do disseleneto
de difenila.
No ARTIGO 2, tamm foi demonstrado que a administração oral do
disseleneto de difenila produziu inibição sobre o comportamento de biting causado
pela injeção intratecal de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β e TNF-α). Interessante,
está bem estabelecido que a ligação da IL-1β ao seu receptor IL-1RI ativa a PKC
independentemente de cálcio (Obreja et al., 2002), efeito o que justifica a ação
inibitória do disseleneto de difenila sobre a nocicepção induzida pela IL-1β. O
disseleneto de difenila tamm inibiu nocicepção induzida pela injeção intratecal de
TNF-α. Schäfers e colaboradores (2003) descrevem que a nocicepção induzida pelo
TNF-α envolve a fosforilação de MAPKs como a p38. De acordo com estes
resultados, o efeito antinociceptivo obtido pelo disseleneto de difenila pode estar
associado a um decréscimo na fosforilação das MAPKs.
Portanto, com base nos resultados obtidos no artigo 2, conclui-se que o
disseleneto de difenila pode exercer sua ação antinociceptiva por interagir com o
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
109
sistema nervoso central modulando de forma direta ou indireta o sistema
glutamatérgico, os receptores vanilóides e os peptidérgicos e as citocinas pró-
inflamatórias
Tendo em vista os resultados do ARTIGO 2, no qual o disseleneto de difenila
administrado pela via oral exerce efeito antinociceptivo por modular alguns sistemas
em nível central, sentiu-se a necessidade de investigar outros mecanismos centrais
que podem estar envolvidos no efeito antinociceptivo do disseleneto de difenila.
Dessa forma, desenvolveu-se o ARTIGO 3.
Os resultados obtidos no artigo 3 demonstraram que o disseleneto de difenila,
quando administrado pela via oral, foi capaz de reduzir de forma significativa a
nocicepção de origem neuronica e inflamatória causada pela injeção i.pl. de
formalina. Porém, o disseleneto de difenila foi mais efetivo em inibir a dor de origem
inflamatória do que a de origem neurogênica. Estas observações estão de acordo
com dados prévios obtidos no nosso laborario (Nogueira et al., 2003, Zasso et al.,
2005). A dor de origem neurogênica é causada pela ativação direta dos terminais
nervosos nociceptivos, enquanto a dor de origem inflamatória é mediada por uma
combinação de mecanismos periféricos e mecanismos de sensibilização central na
medula espinhal (Hunskaar e Hole, 1987; Tjølsen et al., 1992). Tem sido
demonstrado que a injeção intraplantar de formalina em roedores produz aumento
significativo nos níveis espinais de diferentes mediadores como amincidos
excitatórios, taquicininas, PGE
2
, óxido nítrico, cininas e outros pepdeos (Tjølsen et
al., 1992; Malmberg e Yaksh 1995, Santos e Calixto, 1997). Além disso, a
administração sistêmica, espinhal e supraespinhal de antagonistas dos receptores
NMDA, inibidores da NOS, antagonistas de receptores para as cininas, opióides,
agonistas α
2
-adrergicos e antinflamatórios não-esteroidais foram eficazes em
inibir a nocicepção induzida pela formalina (Tjølsen et al., 1992; Malmberg e Yaksh,
1993, 1995; Moore et al., 1993; Chaplan et al., 1997; Sawamura et al., 1999; Santos
e Calixto, 1997). Adicionalmente, o disseleneto de difenila inibiu o edema causado
pela injeção i.pl, de formalina, confirmando assim que o disseleneto de difenila foi
mais efetivo em inibir a dor de origem inflamatória.
Os resultados do ARTIGO 3 também demonstraram que a disseleneto de
difenila causou o apenas efeito profilático (tratamento antes do estímulo nocivo),
mas também efeito terapêutico (administrada depois da injeção de formalina) neste
modelo de nocicepção. Uma possível explicação para tal efeito vem do fato que, o
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
110
disseleneto de difenila por ser lipossolúvel alcança rapidamente o SNC, modulando
assim a dor inflamatória causada pela injeção de formalina via neurônios aferentes
do tipo C. Assim, estes resultados fornecem dados adicionais para uma possível
aplicação do disseleneto de difenila no desenvolvimento de novas drogas para o
tratamento das dores inflamatórias.
O presente artigo tamm demonstrou que não participação da proteína
Gi/o na ação antinociceptiva do disseleneto de difenila, isso é confirmado pelo fato
que o pré-tratamento dos animais com toxina pertussis, em dose capaz de inibir a
proteína Gi/o, não foi capaz de reverter o efeito antinociceptivo causado pelo
disseleneto de difenila no modelo da formalina em camundongos. Dados da
literatura mostram claramente que toxina pertussis causa inativação da proteína Gi/o
por ribosilação da sua subunidade catalítica (De Bock et al., 2003; Wen et al., 2003
Savinainen e Laitinen, 2004). A ativação da proteína Gi/o esta associada ao
bloqueio dos canais de cálcio dependente de voltagem e ativação dos canais de
potássio, resultando em hiperpolarização da membrana neuronal (Pertwee, 1999;
Schultz e Gross, 2001).
Nos últimos anos, estudos na literatura têm dado destaque à importância dos
canais de cálcio dependente de voltagem (CCDVs) no controle e transmissão da dor
(Saegusa et al., 2002). Além disso, bloqueadores de diferentes tipos de CCDVs
foram eficazes em inibir a nocicepção em modelos de dor inflamatória e neuropática
(Vanegas e Schaible, 2000; Saegusa et al., 2001; 2002). O influxo de íons Ca
2+
através dos CCVDs, controla imeras funções celulares, pois é capaz de converter
sinais elétricos em sinais bioquímicos intracelulares responsáveis pelo controle de
imeras atividades neuronais, tais como a liberação de neurotransmissores, a
modulação da excitabilidade da membrana, a ativação de proteínas intracelulares e
expressão gênica (Hofmann et al., 1999; Catterall, 2000; Ward, 2004). Desta forma,
este íon é um dos principais envolvidos na transmissão nociceptiva (Prado, 2001;
Cervero e Laird, 2003) e drogas que evitam essa transmissão possuem efeito
antinociceptivo. Neste sentido, o presente estudo confirmou que os canais de cálcio
estão envolvidos, pelo menos em parte, na ação antinociceptiva induzida pelo
disseleneto de difenila, pois o pré-tratamento dos animais com cloreto de cálcio foi
capaz de prevenir a antinocicepção induzida pelo disseleneto de difenila em ambas
as fases do teste da formalina. Esses dados são fortalecidos com os resultados que
demonstram a ação antinociceptiva causada pelo disseleneto de difenila na
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
111
nocicepção induzida pelo TNF-α (artigo 2), uma vez que, o TNF-α causa mobilização
de Ca
2+
em cultura de neurônios sensoriais e substâncias que inibem a nocicepção
induzida pelo TNF-α, pode ser devido a uma inibão dos canais de cálcio (Pollock et
al., 2002). Somando-se a isso, no artigo 3, também foi elucidado a participação dos
canais de K
+
no efeito antinociceptivo causado pelo disseleneto de difenila. Os
resultados indicaram que o efeito antinociceptivo do disseleneto de difenila na
segunda fase do teste de formalina foi prevenido pela injeção intratecal de TEA
(bloqueador de diferentes tipos de canais de potássio, inclusive os dependentes de
voltagem), de apamina (bloqueador de canais de potássio de baixa condutância
ativados por cálcio) e de caribidotoxina (bloqueador de canais de potássio de alta
condutância ativados por cálcio), mas o foi revertido pela glibenclamida
(bloqueador de canais de K
+
dependente de ATP). Desta forma, o efeito
antinociceptivo causado pelo do disseleneto de difenila parece envolver abertura de
canais de potássio e bloqueio dos canais de cálcio.
Além disso, os resultados apresentados no artigo 3 demonstraram evidências
farmacológicas do envolvimento da via da L-arginina/óxido nítrico/GMPc no efeito
antinociceptivo do disseleneto de difenila no teste da formalina. De fato, a
administração de L-NOARG (inibidor da NOS), de azul de metileno e de ODQ
(inibidores da guanilato ciclase) significantemente bloquearam a antinocicepção
causada pelo disseleneto de difenila, o que pode ser atribuído a ativação da via L-
arginina/oxido nítrico/GMPc. Esses resultados foram surpreendentes, uma vez que
no ARTIGO 1, a ação antinociceptiva local do disseleneto de difenila foi atribuída a
inibição na formação do NO. Essa diverncia pode estar relacionada à diferença no
modelo de dor experimental, como também quanto do nível de NO tecidual, ao
contdo intracelular de GMPc, as diferentes vias de administração e dosagens de
drogas. Corroborando com isso, as ações antagônicas do NO em situações
patológicas, como na dor, são atualmente, bem discutidas na literatura. Assim,
coletivamente, os dados do artigo 3 sugerem a participação da via da L-
arginina/óxido nítrico/cGMP e canais de Ca
++
/K
+
no efeito antinociceptivo causado
pelo disseleneto de difenila no teste da formalina.
Considerando as atividades até aqui descritas para o disseleneto de difenila,
o último objetivo dessa tese foi investigar uma possível ação deste composto sobre
a nocicepção crônica, uma vez que, esta última, se diferencia substancialmente da
nocicepção aguda em termos de persistência e alterações adaptativas (Besson,
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
112
1997; Woolf e Mannion, 1999; Zimmermann, 2001). Além disso, as drogas
disponíveis até o momento com o intuito de aliviar as dores crônicas são efetivas
somente em uma pequena parcela dos pacientes e grande parte delas apresentam
baixa eficácia e muitos efeitos colaterais (Woolf e Mannion, 1999; Mendell e Sahenk,
2003).
O estudo da dor crônica tem sido amplamente investigado através do uso de
animais de laboratório, os quais podem ser submetidos a lesões de nervo, tanto
periférico, quanto central; estes modelos mimetizam a sensibilização e alterações
plásticas ocorridas na dor neuropática (Zimmermann, 2001). Outro modelo de dor
persistente consiste, por exemplo, em um modelo de dor inflamatória induzida pela
administração periférica de agentes indutores de reposta imunológica como o ACF
(Mycobacterium tuberculosis morta e ressuspendida em óleo mineral) (Larson et al.,
1986).
Neste trabalho, a ligadura parcial de nervo ciático e a injeção i.pl. de ACF
tornaram os animais hipersensíveis e responsivos frente a esmulos icuos aos
animais falso-operados ou não injetados (alodínia) (Seltzer et al., 1990). Apesar
disso, o tratamento com disseleneto de difenila após sete dias da ligadura do nervo
ou vinte quatro horas após a administração de ACF inibiu a alodínia tátil em ambos
os modelos.
A dor persistente, resultante da injeção periférica de ACF ou da constrição
parcial do nervo ciático, resulta em liberação de múltiplos mediadores inflamatórios e
nociceptivos, causando um aumento na duração e intensidade do potencial de ação
em fibras sensoriais primárias. Esta atividade leva a alterações no fenótipo de
células neuronais, neurogliais e neuroimunes no SNC. Estas mudançs podem
ocorrer em nível transcripcional ou pós transcripcional e atingem receptores, canais
iônicos, mediadores solúveis e outras moléculas envolvidas na sinalização celular
(Woolf e Mannion, 1999; Ji e Strichartz, 2004; Li et al., 2005). Além disso, a dor
persistente de origem inflamatória apresenta mecanismos de sensibilização
periférica e central, predominantemente distinto da dor persistente de origem
neuropática (Scholz e Woolf, 2002). Yajima e colaboradores (2003) evidenciaram em
seu estudo, papéis distintos da PKC e PKA na dor de origem inflamatória e
neuropática em camundongos. Em outro trabalho realizado por Zhang et al (2003)
observou-se o aumento na expressão de receptores canabinóides CB2 na medula
espinhal em modelos de lesão nervosa, porém, não em modelos de inflamação
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
113
periférica persistente induzida pelo ACF, apontando novamente mecanismos
distintos.
Neste contexto, o efeito causado pelo disseleneto de difenila contra a lesão
do nervo e a inflamação induzida pelo ACF estão, provavelmente, associados à
capacidade deste composto em interferir com a sinalização celular, particularmente,
as vias relacionadas com PKC, PKA, NO, Ca
2+
e K
+
.
Nesse estudo foi também elucidado que o disseleneto de difenila atenua a
hiperalgesia térmica induzida pelo glutamato, NMDA e BK. Esses dados estão de
acordo com os artigos 1 e 2 que demonstram um envolvimento do sistema
glutamatérgico e da PKC no efeito antinociceptivo causado pelo disseleneto de
difenila em camundongps. Adicionalmente a esses resultados, pode-se sugerir o
envolvimento da PKA na ação do disseleneto de difenila, uma vez que a
administração sistêmica do disseleneto de difenila inibiu a hiperalgesia térmica
causada pela injeção i.t. de PGE
2
.
Em conclusão, o presente trabalho demostra que o disseleneto de difenila
causou atividade antinociceptiva e antiinflamatória quando avaliado em modelos de
nocicepção aguda e crônica e alguns dos mecanismos envolvidos na ação
antinociceptiva e antiinflamatória também foram elucidados e estão demonstrados
na figura 7.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
114
Ca
2+
P
G
PLC
IP
3
DAG
Ca
+2
NOS
Ca
+2
Na
+
K
+
H
+
B
2
PKC
PLA
2
TRPV
AA
NMDA
PGE
2
COX
EP
PLC
G
PKC
IL-1 β
NK-1
PKA
p38
DD
DD
DD
DD
DD
DD
DD
DD
GMPc
GC
DD
DD
DD
DD
?
?
citocinas
COX
EROs
DD
DD
TNF-α
GTP
DD
DD
PKA
DD
DD
DD
DD
DD
DD
NO
Figura 7: Prováveis sítios de ação do disseleneto de difenila com conseqüente
redução na nocicepção e inflamação. DD (disseleneto de difenila); IL-1β (receptor
para interleucina 1β); TNF-α (receptor para o fator de necrose tumoral α); NK-1
(receptor para neurocinina 1); K
+
(canal de potássio); EP (receptor para
prostaglandina E
2
); TRPV (receptor vanilóide); B
2
(receptor metabotrópico para a
bradicinina - B
2
); H
+
(canal catiônico sensível a ácidos); PLC (fosfolipase C); PLA
2
(fosfolipase A
2
); AA (ácido araquidônico); COX (ciclooxigenase); PGE
2
(prostaglandina
E
2
); PKC (proteína quinase C); PKA (proteína quinase A); AMPc (adenosina
monofosfato cíclico); DAG (diacilglicerol); NOS (óxido nítrico sintase); NO (óxido
nítrico); GC (guanilato ciclase); GMP
C
(guanosina-35-monofosfato cíclico); GTP (
guanosina-5-trifosfato); EROs (espécies reativas de oxigênio); p38 (proteína quinase
ativadas por mitógenos).
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
115
6- CONCLUSÕES
De acordo com os resultados apresentados nesta tese podemos inferir que:
ü A administração oral do disseleneto de difenila apresentou baixa toxicidade
apresentando segurança no uso desse composto em camundongos.
ü A administração oral do disseleneto de difenila causou antinocicepção no modelo
das contorções abdominais induzidas pela injeção i.p. do ácido acético em
camundongos.
ü A administração oral do disseleneto de difenila foi capaz de prevenir a nocicepção
induzida pela injeção i.pl. de capsaicina, glutamato, formalina, PMA e bradicinina;
e a nocicepção induzida pela injeção i.t. de glutamato, NMDA, SP, capsaicina,
bradicinina e citocinas pró-inflamatórias em camundongos.
ü A administração oral do disseleneto de difenila foi capaz de prevenir a nocicepção
térmica, no modelo da imersão da cauda a 55 °C (Tail-immersion) em
camundongos.
ü A administração oral do disseleneto de difenila foi capaz de diminuir o efeito
hiperalgésico induzido pela BK, PGE
2
, pelo glutamato e NMDA no teste da placa
quente (“Hot plate) em camundongos.
ü A administração oral do disseleneto de difenila reduziu a alodínia causada pela
ligadura parcial do nervo ciático e pela injeção i.pl. de ACF em camundongos.
ü Os mecanismos de ação envolvidos na ação antinociceptiva do disseleneto de
difenila envolvem: interação com os sistemas glutamatérgicos, peptidérgicos e
vanilóides; inibição da PKC e PKA; modulação da atividade das enzimas óxido
nítrico sintase e guanilato ciclase solúvel; aumento do influxo de K
+
e alterações
no transporte de Ca
2+
.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
116
ü Os mecanismos de ação que parecem não estarem relacionados com a atividade
antinociceptiva do disseleneto de difenila incluem o sistema opióide; os
mecanismos dependentes da proteína G
i/o
e receptores glutamatérgicos
metabotrópicos e os ionotrópicos do tipo cainato e AMPA.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
117
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGFICAS
Aanonsen, L.M., Wilcox, G.L. 1987. Nociceptive action of excitatory amino acids in
the mouse: effects of spinally administered opioids, phencyclidine and sigma
agonists. J. Pharmacol. Exp. Ther. 1: 9 - 19.
Aanonsen, L.M., Wilcox, G.L. 1990. Excitatory amino acid receptors and nociceptive
neurotransmission in rat spinal cord. Pain 41: 309 - 321.
Abacioglu, N., Tunçtan, B., Akbulut, E., Çakici, I. 2000. Participation of the
components of L-arginine/nitric oxide/ cGMP cascade by chemically-induced
abdominal constriction in the mouse. Life Sciences 67: 1127 - 1137.
Aderem, A., Smith, K.D. 2004. A systems approach to dissecting immunity and
inflammation. Sem. Immunol.16: 55 - 67.
Aguirre-Bañuelos, P., Granados - Soto, V. 2000. Evidence for the participation of the
nitric oxide-cyclic GMP pathway in the antinociceptive action of meloxican in the
formalin test. Eur. J. Pharmacol. 395: 9 - 13.
Aley, K.O., McCarter, G., Levine, J.D. 1998. Nitric oxide signaling in pain and
nociceptor sensitization in the rat. J. Neuroscience 18: 7008 - 7014.
Aley, K.O., Messing, R.O., Mochly-Rosen, D., Levini, J.D. 2000. Chronic
hypersentitivity for inflammatory nociceptor sensitization mediated by the epsilon
isoenzyme of protein kinase C. J. Neurosci. 20: 4680 - 4685.
Almeida, T.F., Roizenblatt, S., Tufik, S. 2004. Afferent pain pathways: a
neuroanatomical review. Brain Res. 1000: 40 - 56.
Appleton, I. 1997. Non-steroidal anti-inflammatory drugs and pain. In: Dickenson, A.;
Besson, J. M. The pharmacology of pain, Germany: Springer, 43 - 54.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
118
Arteel, G.E., Sies, H. 2001.The biochemistry of selenium and the glutathione system.
Environ.Toxicol. Pharmacol. 10: 153 - 158.
Averil, S., Mcmahon, S.B., Clarly, D.O.L., Reichardt, L.F., Priestley, J.V. 1995.
Immunocytochemical localization of trkA receptors in chemically identified
subgroups of adult rat sensory neurons. Eur. J. Neurosci. 7: 1484 - 1494.
Babbedge, R.C., Hart, S.L., Moore, P.K. 1993. Anti-nociceptive activity of nitric oxide
inhibitors in the mouse: dissociation between the effect of L-NAME and L-NMMA.
J. Pharm. Pharmacol. 45: 77 - 79.
Barbosa, N.B.C., Rocha, J.B.T., Wondracek, D.C., Perottoni, J., Zeni, G., Nogueira,
C.W. 2006. Diphenyl diselenide reduces temporarily hyperglycemia: possible
relationship with oxidative stress. Chem. Biol. Interact. 163: 230 - 238.
Basbaum, A., Jessel, T.M. 2000. The perception of pain. In Principles of neural
science 4ª ed, Kandel, Schwartz e Jessel; McGraw Hill. 472 - 491.
Beaubien, G., Rosinski-Chupin, I., Mattei, M.G., Mbikay, M., Chretien, M., Saidah,
N.G. 1991. Gene structure and chromosomal localization of plasma kallikrein.
Biochemistry 30: 1628 - 1635.
Behne, D., Kyriakopoulos, A. 1990. Identification of type I iodothyronine 5’-
deiodinase as a selenoenzyme. Biochem. Biophys. Res. Co. 173: 1143 - 1149.
Beirith, A., Santos, A.R., Calixto, J.B. 2002. Mechanisms underlying the nociception
and paw oedema caused by injection of glutamate into the mouse paw. Brain
Res. 924: 219 - 228.
Bennet, A.D., Everhart, A.W., Hulsebasch, C.E. 2000. Intrathecal administration of
NMDA or non-NMDA receptor antagonist reduces mechanical but not thermal
alodínia in a rodent model of chronic central pain after spinal cord injury. Brain
Res. 859: 72 - 82.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
119
Benoliel, R., Tanaka, M., Caudle R.M., Iadarola, M.J. 2000. Co-localization of N-
methyl-D-aspartate receptors and substance P (neurokinin-1) receptors in rat
spinal cord. Neurosci. Lett. 291: 61 - 64.
Benton, D., Cook, R. 1991. The impact of selenium supplementation on mood. Biol
Psychiatry 29: 1092 - 1098.
Berzelius, J.J. 1818. Afhandl. Fys. Krmi Mineralogi 6: 42.
Besson, J.M., Chaouch, A. 1987. Peripheral and spinal mechanisms of nociception.
Physiol. Rev. 67: 67 - 85.
Besson, J.M. 1997. The complexity of physiopharmacologic aspects of pain. Drugs
53: 1 - 9.
Besson, J.M. 1999. The neurobiology of pain. Lancet 353: 1610 - 1615.
Bhoola, K.D., Fugreroa, C.D., Worthy, K. 1992. Bioregulation of kinins: kalikreins,
kininogens, and kininases. Pharmacol. Rev. 44: 1 - 44.
Bock, M.G., Longmore, J. 2000. Bradykinin antagonists: new opportunities. Curr.
Opin. Chem. Biol. 4: 401 - 406.
Borges, V.C., Nogueira, C.W., Zeni, G., Rocha, J.B.T. 2004. Organochalcogens
affect the glutamatergic neurotransmission in human platelets. Neurochem. Res.
29: 1505 - 1509.
Borges, L.P., Borges, V.C., Moro, A.V., Nogueira, C.W., Rocha, J.B.T., Zeni, G.
2005a. Protective effect of diphenyl diselenide on acute liver damage induced by
2-nitropropane in rats. Toxicology 210: 1 - 8.
Borges, V.C., Rocha, J.B.T., Nogueira, C.W. 2005b. Effect of diphenyl diselenide,
diphenyl ditelluride and ebselen on cerebral Na
+
/K
+
-ATPase activity in rats.
Toxicology 215: 191 - 197.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
120
Borges, L.P., Nogueira, C.W., Panatieri, R.B., Rocha, J.B.T., Zeni, G. 2006. Acute
liver damage induced by 2-nitropropane in rats: Effect of diphenyl diselenide on
antioxidant defenses. Chem. Biol. Inter. 160: 99 - 107.
Brito, V.B., Folmer, V., Puntel, G.O., Fachinetto, R., Soares, J.C.M., Zeni, G.,
Nogueira, C.W., Rocha, J.BT. 2006. Diphenyl diselenide and 2,3-
dimercaptopropanol increase PTZ-induced chemical seizure and mortality in
mice. Brain Res. Bull. 68: 414 - 418.
Burch, R.M., Axelrod, J. 1987. Dissociation of bradykinin-stimulated arachidonic acid
and release of inositol phosphate in Swiss 3T3 fibroblasts. Evidence for G-protein
coupled phospholipase A2. Proc Natl Acad Sci USA 85: 6374 - 6378.
Burger, M.E., Fachinetto, R., Calegari, L., Paixão, M.W., Braga, A.L., Rocha, J.B.T.
2004. Effects of age on reserpine-induced orofacial dyskinesia and possible
protection of diphenyl diselenide. Brain Res. Bull. 64: 339 - 345.
Burger, M.E., Fachinetto, R., Wagner, C., Perottoni, J., Pereira, R.P., Zeni, G.,
Rocha, J.B.T. 2006. Effects of diphenyl-diselenide on orofacial dyskinesia model
in rats. Brain Res. Bull. 70: 165 - 170.
Calixto, J.B., Cabrini, D.A., Ferreira, J., Campos, M.M. 2000. Kinins in pain and
inflammation. Pain 87: 15.
Calixto, J.B., Kassuya, C.A.L., André, E., Ferreira, J. 2005. Contribution of natural
products to the discovery of the transient receptor potential (TRP) channels family
and their functions. Pharmacol. Ther. 106: 179 - 208.
Campos, M. M., Calixto J. B. 2000. Neurokinin mediation of edema and inflammation.
Neuropeptides 34: 314 - 322.
Campos, M.M., Leal P. C., Yunes, R. A., Calixto, J.B. 2007. Non-peptide antagonists
for kinin B1 receptors: new insights into their therapeutic potential for the
management of inflammation and pain. Trends Pharmacol. Sci. 27: 646 - 651.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
121
Campos, R.O.P., Alves, R.V., Ferreira, J., Kyle, D.J., Chakravarty, S., Mavunkel,
B.J., Calixto, J.B. 1999. Oral antinociception and oedema inhibition produced by
NPC 18884, a non-peptidic bradykinin B
2
receptor antagonist. Naunyn-
Schmiedebergs Arch. Pharmacol. 360: 278 - 286.
Campos, R.O.P., Henriques, M.G.M.O., Calixto, J.B. 1998. Systemic treatment with
Mycobacterium bovis bacillus calmette-guérin (BCG) potentiates kinin B1 receptor
agonist-induced nociception and oedema formation in the formalin test in mice.
Neuropeptides 32: 393 - 403.
Caruso, C., Durand, D., Watanobe, H., Lasaga, M. 2005. NMDA and group I
metabotropic glutamate receptors activation modulates substance P release from
the arcuate nucleus and median eminence. Neurosci. Lett. 393: 60 - 64.
Cashman, J.N. 1996. The mechanisms of action of NSAIDS in analgesia. Drugs 52:
13 - 23.
Caterina, M.J., Schumacher, M.A., Tominaga, M., Rosen, T.A., Levine, J.D., Julius,
D. 1997. The capsaicin receptor: a heat-activated ion channel in the pain
pathway. Nature. 389: 816 - 824.
Caterina, M.J., Julius D. 2001. The vanilloid receptor: a molecular gateway to the
pain pathway. Annu Rev. Neurosci. 24: 487 - 517.
Catterall, W.A. 2000. Structure and function of neuronal Ca
2+
channels and their role
in neurotransmitter release. Cell. Calcium 24: 307 - 323.
Cervero, F., Laird, J.M.A. 2003. Role of ions channels in mechanisms controlling
gastrointestinal pain pathways. Curr. Opin. Pharmacol. 3: 608 - 612.
Chaplan, S.R., Malmberg, A.B., Yaksh, T.L. 1997. Efficacy of spinal NMDA receptor
antagonism in formalin hyperalgesia and nerve injury evoked allodynia in the rat.
J. Pharmacol. Exp. Ther. 280: 829 - 838.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
122
Chapman, C.R., Gavrin, J. 1999. Suffering: the contributions of persistent pain. The
Lancet. 353: 2233 - 2237.
Clatworthy, A.L., Illich, P.A., Castro, G.A., Walters, E.T. 1995. Role of peri-axonal
inflammation in the development of thermal hyperalgesia and guarding behavior
in a rat model of neuropathic pain. Neurosci. Lett. 184: 5 - 8.
Coderre, T.J. 1993. The role of excitatory amino acid receptors and intracellular
messengers in persistent nociception after tissue injury in rats. Mol. Neurobiol. 7:
229 - 246.
Coderre, T.J., Katz, J., Vaccarino, A.L., Melzack, R. 1993. Contribution of central
neuroplasticity to pathological pain: review of clinical and experimental evidence.
Pain 52: 259 - 285.
Coggeshall, R.E., Carlton, S.M. 1997. Receptor localization in the mammalian dorsal
horn and primary afferent neurons. Brain Res. Rev. 24: 28 - 66.
Coleman, R.A., Smith, W.L., Narumiya, S. 1994. International Union of Pharmacology
classification of prostanoid receptors: properties, distribution, and structure of the
receptors and their subtypes. Pharmacol. Rev. 46: 205 - 229.
Collier, H.O.J., Dinneen, J.C., Johnson, C.A. Schneider, C. 1968. The abdominal
constriction response and its suppression by analgesic drugs in the mouse. Br. J.
Pharmacol. Chemother. 32: 295 - 310.
Corrêa, C.R.; Calixto, J.B. 1993. Evidence for participation of B
1
and B
2
kinin
receptors in formalin-induced nociceptive response in the mouse. Br. J.
Pharmacol. 110: 193 - 198.
Cotgreave, I.A., Duddy, S.K., Kass, G.E.N., Thompson, D., Moldeus, P. 1989.
Studies on the anti-inflammatory activity of Ebselen. Ebselen interferes with
granulocyte oxidative burst by dual inhibition of NADPH oxidase and protein
kinase C? Biochem. Pharmacol. 38: 649 - 656.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
123
Coutaux, A., Adam, F., Willer, J.C., Le Bars, D. 2005. Hyperalgesia and allodynia:
peripheral mechanisms. Joint Bone Spine 72: 359 - 371.
Craig, A.D., Dostrovsky, J.O. 1999. Medulla to thalamus. In: Wall, P.D.; Melzack, R.
Textbook of pain. Churchill Livingstone : Londres, 1 - 8.
Cuello, A.C., Ribeiro-da-Silva, A., Ma, W., De koninck, Y., Henry, J.L. 1993.
Organization of substance P primary sensory neurons: ultrastructural and
physiological correlates. Regul. Pept. 46: 155 - 164.
Danbolt, N.C. 2001. Glutamate uptake. Prog. Neurobiol. 65: 1 - 105.
Davis, M.T., Bartay, W.J. 2004. Ebselen decrease oxygen free radical production and
iron concentrations in the hearts of chronically iron-overloaded mice. Biol. Res.
Nursing 6: 37 - 45.
De Bock, F., Kurz, J., Azad, S.C., Parsons, C.G., Hapfelmeier, G., Zieglgansberger,
W., Rammes, G. 2003. Alpha2-adrenoreceptor activation inhibits LTP and LTD in
the basolateral amygdala: involvement of Gi/o-protein-mediated modulation of
Ca
2+-
channels and inwardly rectifying K
+
-channels in LTD. Eur. J. Neurosci. 17:
1411 - 1424.
Dichter, M.A., Wilcox, K.S. 1997. Excitatory synaptic transmission. Epilepsy: A
comprehensive Textbook. J. Engel, Jr. and T.A. Pedley. Eds. Lippincott-Raven
Publishers, Philadelphia.
Dickenson, A. 1997. Mechanisms of central hypersensitivity: excitatory amino acid
mechanisms and their control. In: Dickenson, A.; Besson, J.M. The pharmacology
of pain. Springer: Berlin 167 - 209.
Dingledine, R.; Mcbain, C.J. 1994. Excitatory amino acid transmitters. In: Siegel,
G.J., Agranoff, B.W., Albers, R.W., Molinoff, P.B. Basic neurochemistry. Raven
Press: New York, p. 367 - 387.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
124
Dogrul, A., Gardell, L.R., Ossipov, M.H., Tulunay, F.C., Lai, J., Porreca, F. 2003.
Reversal of experimental neuropathic pain by T-type calcium channel blockers.
Pain 105: 159 - 168.
Dray, A., Urban, L., Dickenson, A. 1994. Pharmacology of chronic pain. Trends
Pharmacol. Sci. 15: 190 - 197.
Dray, A., Perkins, M. 1997. Kinins and pain. In: Farmer SG. The handbook of
immunopharmacology: the kinin system. Academic press: London, p. 157 - 172.
Dray, A. 1997. Peripheral Mediators of Pain. In: Dickenson, A., Besson, J., M.,
editors. The Pharmacology of Pain. Vol.130/I., Springer: Verlag, Berlin, p. 21 -
41.
Duarte, I., Lorenzetti, B., Ferreira, S. 1990. Peripheral analgesia and activation of the
nitric oxide-cyclic GMP pathway. Eur. J. Pharmacol. 186: 289 - 293.
Dumont, E., Vanhaecke, F., Cornelis, R. 2006. Selenium speciation from food source
to metabolites: a critical review. Anal. Bioanal. Chem. 385: 1304 - 1343.
Fantone, J.C., Ward, P.A. 1990. Inflamação. In: RUBIN, E.; FARBER, J. L. Patologia.
Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara Koogan 34 - 58.
Favero, A.M., Weis, S.N., Stangherlin, E.C., Zeni, G., Rocha, J.B.T., Nogueira, C.W.
2005.Teratogenic effects of diphenyl diselenide in Wistar rats. Reprod. Toxicol.
20: 561 - 568.
Favero, A.M., Weis, S.N., Zeni, G., Rocha, J.B.T., Nogueira, C.W. 2006. Diphenyl
diselenide changes behavior in female pups. Neurotoxicol. Teratol. 28: 607 - 616.
Favero, A.M., Weis, S.N., Stangherlin, E.C., Zeni, G., Rocha, J.B.T., Nogueira, C.W.
2007. Adult male rats sub-chronically exposed to diphenyl diselenide: Effects on
their progeny. Reprod. Toxicol. 23: 119 - 123.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
125
Feng, Y., Cui, M., Willis, W. 2003. Gabapentin markedly reduces acetic acidinduced
visceral nociception. Anesthesiol. 98: 729 - 733.
Ferreira, J., Santos, A.R.S., Calixto, J.B. 1999. The role of systemic, spinal and
supraspinal L-arginine-nitric oxide-cGMP pathway in thermal hyperalgesia caused
by intratechal injection of glutamate in mice. Neuropharmacology 38: 835 - 842.
Ferreira, J., Campos, M.M., Pesquero, J.B., Araujo, R.C., Bader, M., Calixto, J.B.
2001. Evidence for the participation of kinins in Freund's adjuvant induced
inflammatory and nociceptive responses in kinin B
1
and B
2
receptor knockout
mice. Neuropharmacology 41: 1006 - 1012.
Ferreira, J., Silva, G.L., Calixto, J.B. 2004. Contribution of vanilloid receptors to the
overt nociception induced by B2 kinin receptor activation in mice. Br. J.
Pharmacol. 141: 787 - 794.
Ferreira, S.H. Prostaglandins, aspirin-like drugs and analgesia. 1972. Nature 240:
200 - 203.
Ferreira, S.H., Nakamura, M.I. 1979. Prostaglandin hyperalgesia, a cAMP/Ca
2+
dependent process. Prostaglandins 18: 179 - 190.
Fields, H.L., Heinricher, M.M., Mason, P. 1991. Neurotransmitters in nociceptive
modulatory circuits. Annu. Rev. Neurosci. 14: 219 - 245.
Fields, H.L., Basbaum, A.I. 1999. Central nervous system mechanism of pain
modulation. In: Wall, P.D.; Melzack, R.(eds). Textbook of pain. 4 th ed., Ediburgh,
Churchill Livingstone, 243 - 257.
Finley, J.W., Penland, J.G. 1998. Adequacy or deprivation of selenium in healthy
men: Clinical and psychological findings. J. Trace Elem. Experim. Med. 11: 11 -
27.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
126
Finnerup, N.B., Jensen, T.S. 2004. Spinal Cord Injury Pain - Mechanisms and
Treatment. Eur. J. Neurol. 11: 73 - 82.
Flohé, L., Gunzler, W.A., Schock, H.H. 1973. Glutathione peroxidase: a selenium
enzyme. FEBS Lett. 32: 132 - 134.
Fox, A., Kaur, S., Li, B., Panesar, M., Saha, U., Davis, C., Dragoni, I., Colley, S.,
Ritchie, T., Bevan, S., Burgess, G., McIntyre, P. 2005 Antihyperalgesic activity of
a novel nonpeptide bradykinin B1 receptor antagonist in transgenic mice
expressing the human B1 receptor. Br. J. Pharmacol. 144: 889 - 899.
Fundytus, M.E. 2001. Glutamate receptors and nociception: implications for the drug
treatment of pain. CNS Drugs. 15: 29 - 58.
Fürst, S. 1999. Transmitters involved in antinociception in the spinal cord. Brain Res.
Bull. 48: 129 - 141.
Garcia, T.J. 2005. Inflammation, atherosclerosis, and coronary artery disease. N.
Engl. J. Med. 353: 429 - 430.
Ge, K., Yang. G. 1993. The epidemiology of selenium deficiency in the etiological
study of endemic diseases in China. Am. J. Clin. Nutr. Suppl. 57: 259S - 263S.
Ghisleni, G., Porciúncula, L. O., Cimarosti, H., Rocha, J.B.T., Salbego, C.G., Souza,
D.O. 2003. Diphenyl diselenide protects rat hippocampal slices submitted to
oxygen–glucose deprivation and diminishes inducible nitric oxide synthase
immunocontent. Brain Res. 986: 196 - 199.
Gilroy, D. W.; Lawnce, T.; Perretti, M.; Rossi, A. G. 2004. Inflammatory solution: new
opportunities for drug discovery. Nat. Rev. 3: 104 - 416.
Goslan, H., Ben-Ari, Y. 1995. NMDA receptor redox sites: are they targets for
selective neuronal protection? Trends Pharmacol. Sci. 16: 368 - 374.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
127
Goto, T., Nakao, K., Gunjigake, K.K., Kido, M.A.., Kobayashi, S., Tanaka, T. 2007.
Substance P stimulates late-stage rat osteoblastic bone formation through
neurokinin-1 receptors. Neuropeptides 41: 25 - 31.
Granados-Soto, V.; Rufino, M.O.; Lopes, L.D.G.; Ferreira, S.H. 1997. Evidence for
the involvement of the nitric oxide-cGMP pathway in the antinociception of
morphine in the formalin test. Eur. J. Pharmacol. 340: 177 - 180.
Griffis, C.A., Compton, P., Doering, L. 2006. The effect of pain on leucocyte cellular
adhesion molecules. Biol. Res. Nurs. 7: 297 - 312.
Grubb, B.D. 1998. Peripheral and central mechanisms of pain. Br. J. Anaesth. 81, 1:
8 - 11.
Grumbach, L., 1966. The prediction of analgesic activity in man by animal testing. In:
Knighton RS, Dumke PR, editors. Pain. Boston: Little Brown and Co. 163 - 182.
Haddad, E-B., Mccluskie, K., Birrell, M.A., Dabrowski, D., Pecoraro, M., Underwood,
S., Chen, B., Sanctis, G.T., Webber, S.E., Foster, M.L., Belvisi, M.G. 2002.
Differential effects of ebselen on neutrophil recruitment, chemokine, and
inflammatory mediator expression in a rat model of lipopolysaccharide-induced
pulmonary inflammation. J. Immun. 169: 974 - 982.
Haley, J.E., Dickenson, A.H., Schachter, M. 1992. Electrophysiological evidence for a
role of nitric oxide in prolonged chemical nociception in the rat. Neuropharmacol.
31: 251 - 258.
Hall, J.M. 1992. Bradykinin receptors: pharmacological properties and biological
roles. Pharmacol. Ther. 56: 131 - 190.
Harrison, S., Geppetti, P. 2001. Substance P. Int. J. Biochem. Cel. Biol. 33: 555 -
575.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
128
Hattori R., Inoue R., Sase K., Eizawa H., Kosuga K., Aoyama T., Masayasu H.,
Kawai C., Sasayama S., Yui Y. 1994. Preferential inhibition of inducible nitric
oxide synthase by ebselen. Eur. J. Pharmacol. 267: R1 - R2.
Hawkes, W.C., Hornbostel, L. 1996. Effects of dietary selenium on mood in healthy
men living in a metabolic research unit. Biol. Psych. 39: 121 - 128.
Herin, G.A., Du, S., Aizenman, E. 2001. The neuroprotective agent ebselen modifies
NMDA receptor function via the redox modulatory site. J. Neurochem. 78: 1307 -
1314.
Hill, R.G. 2001. Molecular basis for the perception of pain. Neuroscientist. 7: 282 -
292.
Hoffman, J.L., McConnell, K.P. 1986. Periodate-oxidized adenosine inhibits the
formation of dimethylselenid and trimethylselenium ion in mice treated with
selenite. Arch. Biochem. Biophys. 254: 534 - 540.
Hofmann, F., Lacinova, L., Klugbauer, N. 1999. Voltage-dependent calcium channel:
from struture to function. Rev. Physiol. Biochem. Pharmacol. 139: 33 - 87.
Holden, J.E., Pizzi, J.A. 2003. The Challenge of Chronic Pain. Adv. Drug Deliv. Rev.
55: 935 - 948.
Holmgren, A. 1985. Thioredoxin. Annu. Rev. Biochem. 54: 237 - 271.
Holzer, P. 1991. Capsaicin as a tool for studying sensory neuron functions.
Adv. Exp. Med. Biol. 298: 3 - 16.
Hudspith, M.J. 1997. Glutamate: a role in normal brain function, anaesthesia,
analgesia and CNS injury. Br. J. Anaesth. 78: 731 - 747.
Hunskaar, S., Hole, K. 1987. The formalin test in mice: dissociation between
inflammatory and non-inflammatory pain. Pain 30: 103.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
129
Hunt, S.P., Rossi, J. 1985. Peptide- and non-peptide-containing unmyelinated
primary afferents: the parallel processing of nociceptive information. Philos.
Trans. R. Soc. Lond. B. Biol. Sci. 308: 283 - 289.
Ikeda, Y., Ueno, A., Naraba, H., Ohishi, S. 2001. Involvement of vanilloid receptor
VR1 and prostanoids in the acid-induced writhing responses of mice. Life Sci. 69:
2911 - 2919.
Imai, H., Masyasu, H., Dewar, D., Graham, D.I., Macrae, I.M. 2001. Ebselen protects
both gray and White matter in a rodent model of focal cerebral ischemia. Stroke
32: 2149 - 2154.
Islas-Cadena, M., Aguirre-Bañuelos, P., Granados-Soto, V. 1999. Evidence for the
participation of the nitric oxidecyclic GMP pathway in the antinociceptive effect of
nimesulide. J. Pharmacol. Toxicol. 42: 87 - 92.
Jacques-Silva, M.C., Nogueira, C.W., Broch, L.C., Flores, E.M., Rocha, J.B.T. 2001.
Diphenyl diselenide and ascorbic changes deposition of selenium and ascorbic in
liver and brain of mice. 2001. Pharmacol. Toxicol. 88: 119 - 125.
Jain, N.K., Patil, C.S., Singh, A., Kulkarni S.K. 2001. Sildenafil-induced peripheral
analgesia and activation of the nitric oxide-cyclic GMP pathway. Brain Res. 909:
170 - 178.
Jancso, G. 1992. Pathobiological reactions of C-fibre primary sensory neurones to
peripheral nerve injury. Exp. Physiol. 77: 405 - 431.
Ji, R.R., Woolf, C.J. 2001. Neuronal plasticity and signal transduction in nociceptive
neurons: implications for the initiation and maintenance of pathological pain.
Neurobiol. Dis. 8: 1 - 10.
Ji, R.R., Strichartz, G. 2004. Cell signaling and the Genesis of Neuropathic Pain.
Science 252: 1 - 19.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
130
Julius, D., Basbaum, A.I. 2001. Molecular mechanisms of nociception. Nature 413:
203 - 210.
Kamiya, H., Nakamura, J., Hamada, Y., Nakashima, E., Naruse, K., Kato, K.,
Yasuda, Y., Hotta, N. 2003. Polyol pathway and protein kinase C activity of rat
Schwannoma cells. Diabetes Metab. Res. Rev. 19: 131 - 139.
Kanda, T., Engman, L., Cotgreave, I.A., Powis, G. 1999. Novel water-soluble
diorganyl tellurides with thiol peroxidase and antioxidant activity. J. Org. Chem.
64: 8161 - 8169.
Kawabata, A., Umeda, N., Takagi, H. 1993. L-Arginine exerts a dual role in
nociceptive processing in the brain: involvement of the kyotorphin-met-enkephalin
pathway and NO-cyclic GMP pathway. Br. J. Pharmacol. 109: 73 - 79.
Khasar, S.G., Mccarter, G., Levine, J.D. 1999. Epinephrine produces a beta-
adrenergic receptor-mediated mechanical hyperalgesia and in vitro sensitization
of rat nociceptors. J. Neurophysiol. 81: 1104 - 1112.
Kingery, W.S. 1997. A critical review of controlled clinical trials for peripheral
neuropathic pain and complex regional pain syndromes. Pain 73: 123 - 139.
Klayman, D.L., Günther, W.H. (eds.). 1973. Organic selenium compounds: their
chemistry and biology. New York: John Wiley and sons, 68 - 157.
Kondoh, S., Negasawa, S., Kawabishi, M., Yamagushi, K., Kajimoto, S., Ohta, T.
1999. Effects of ebselen on cerebral ischemis and reperfusion evaluated by
microdialysis. Neurol. Res. 21: 682 - 686.
Lafon-Cazal, M., Pietri, S., Culcasi, M., Bockaert, J. 1993. NMDA-dependent
superoxide production and neurotoxicity. Nature 364: 535 - 537.
Lai, J., Hunter, J.C., Porreca, F. 2003. The role of voltage-gated sodium channels in
neuropathic pain. Curr. Opin. Neurobiol. 13: 291 - 297.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
131
Larson, A.A., Brown, D.R., El-Atrash, S., Walser, M.M. 1986. Pain threshold changes
in adjuvant-induced inflammation: a possible model of chronic pain in the mouse.
Pharmacol. Biochem. Behav. 24: 49 - 53.
Laughlin, T.M., Kitto, K.F., Wilcox, G.L. 1998. Redox manipulation of NMDA
receptors in vivo: alteration of acute pain transmission and dynorphin-induced
allodynia. Pain 80: 37 - 43.
Lee, K.M, Toscas, K., Villereal, M.L. 1993. Inhibition of bradykinin- and thapsigargin-
induced Ca
2+
entry by tyrosine kinase inhibitors. J. Biol. Chem. 268: 9945 - 9948.
Levine, J.D., Reichling, D.B. 1999. Peripheral mechanisms of inflammatory pain. Em:
Wall, P.D., Melzack, R. (eds) Textbook of pain; Fourth edition, London: Churchill
Livingstone, 59 - 84.
Levine, J.D., Taiwo, Y. 1994. Inflammatory Pain. Em: Wall, P.D., Melzack, R.
Textbook of Pain, 3
a
Ed, Edinburgh, Churchill Livingtone, 45 - 56.
Li, M., Shi, J., Tang, J., Chen, D., Ai, B., Chen, J., Wang, L., Cao, F., Li, L., Lin, C.,
Guan, X. 2005. Effects of complete Freund's adjuvant on immunohistochemical
distribution of IL-1β and IL-1R I in neurons and glia cells of dorsal root ganglion.
Acta Pharmacol. Sin. 26: 192 - 198.
Liebeskind, J.C., Guilbaud, G., Besson, J.M., Oliveiras, J.L. 1973. Analgesia from
electrical stimulation of the periaqueductal gray matter in the cat: behavioral
observation and inhibitory effects on spinal cord interneurons. Brain Res. 50: 441
- 446.
Lipton, S.A., Rosenberg, P.A. 1994. Excitatory amino acids as a final common
pathway for neurologic disorders. New Eng. J. Med. 330: 613 - 622.
Liu, X., Sandkuhler, J. 1997. Characterization of long-term potentiation of C-fiber-
evoked potentials in spinal dorsal horn of adult rat: essential role of NK1 and NK2
receptors. J. Neurophysiol. 78: 1973 - 1982.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
132
Loeser, J.D., Melzack, R. 1999. Pain: an overview. Lancet 353: 1607 - 1609.
Loeser, J.D. 2000. Pain and suffering. Clin. J. Pain 16: S2 - S6.
Lograsso, P., Mckelvy, J. 2003. Advances in pain therapeutics. Curr. Opin. Chem.
Biol. 7: 452 - 456.
Lorenzetti, B.B., Ferreira, S.H. 1996. Activation of the arginine-nitric oxide pathway in
primary sensory neurons contributes to dipyrone-induced spinal and peripheral
analgesia. Inflammation Research 45: 308 - 311.
Lotsch, J., Geisslinger, G. 2001. Morphine-6-glucuronide: an analgesic of the future?
Clin. Pharmacokinet. 40: 485 - 499.
Lutfy, K., Cai, S.X., Woodward, R.M., Weber, E. 1997. Antinociceptive effects of
NMDA and non- NMDA receptor antagonists in the tail flick test in mice. Pain. 70:
31 - 40.
Macfarlane, B.V., Wright, A., O'Callaghan, J., Benson, H.A. 1997. Chronic
neuropathic pain and its control by drugs. Pharmacol. Ther. 75: 1 - 19.
Machwate, M., Harada, S., Leu, C. T., Seedor, G., Labelle, M., Gallant, M., Hutchins,
S., Lachance, N., Sawyer, N., Slipetz, D., Metters, K. M., Rodan, S. B., Young, R.,
Rodan, G. A. 2001. Prostaglandin receptor EP4 mediates the bone anabolic
effects of PGE
2
. Mol. Pharmacol., 60: 36-41, 2001. Erratum in: Mol. Pharmacol.
64: 192.
Maciel, E.N., Bolzan, R.C., Braga, A.L., Rocha, J.B.T. 2000. Diphenyl diselenide and
diphenyl ditelluride differentially affect delta-aminolevulinate dehydratase from
liver, kidney and brain of mice. J. Biochem. Mol. Toxicol. 14: 310 - 319.
Maciel, E. N., Flores, E. M. M., Rocha, J. B.T. Folmer V. 2003. Comparative
deposition of diphenyl diselenide in liver, kidney, and brain of mice. Bull. Environ.
Contam. Toxicol. 70: 470 - 476.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
133
MacMahon, S.B., Cafferty, W.B.J., Marchand, F. 2005. Immune and glial cell factors
as pain mediators and modulators. Exp. Neurol. 192: 444 - 462.
Malcangio, M., Fernandes, K., Tomlinson, D.R. 1998. NMDA receptor activation
modulates evoked release of substance P from rat spinal cord. Br. J. Pharmacol.
125: 1625 - 1626.
Malmberg, A.B., Yaksh, T.L. 1993. Spinal nitric oxide synthesis inhibition blocks
NMDA-induced thermal hyperalgesia and produces antinociception in the formalin
test in rats. Pain 54: 291 - 300.
Malmberg, A.B., Yaksh, T.L. 1995. Cyclooxygenase inhibition and the spinal release
of prostaglandin E2 and amino acid evoked by paw formalin injection: a
microdialysis study in unanesthetized rats. J. Neurosc. 14: 2768 - 2776.
Mao, J., Price, D.D., Hayes, R.L., Lu, J., Mayer, D.J. 1992. Differential roles of NMDA
and non-NMDA receptor activation in induction and maintenance of thermal
hyperalgesia in rats with painful peripheral mononeuropathy. Brain Res. 598: 271
- 278.
Marceau, F, Regoli, D. 2004. Bradykinin receptor ligands: therapeutic perspectives.
Nat. Rev. Drug Discov. 3: 845 - 852.
Marcinkiewicz, J., Grabowska, A., Chain, B. 1995. Nitric oxide up-regulates the
release of inflammatory mediators by mouse macrophages. Eur. J. Pharmacol.
25: 947 - 951.
Martin, J.L., Gerlack, M.L. 1972. Selenium metabolism in animals. Ann. NY Acad.
Sci. 192: 193 - 199.
Martin, T.J., Eisenach, J.C. 2001. Pharmacology of opioid and nonopioid analgesics
in chronic pain states. J. Pharmacol. Exp. Ther. 299: 811 - 817.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
134
Mattos, W.M., Campos, M.M., Fernandes, E.S., Richetti, G.P., Niero R., Yunes R.,
Calixto, J.B. 2006 Anti-edematogenic effects of velutinol A isolated from
Mandevilla velutina: Evidence for a selective inhibition of kinin B1 receptor-
mediated responses. Regul. Pept. 136: 98 - 104
Matthews, E.A., Dickenson, A.H. 2001. Effects of ethosuximide, a T-type Ca
(2+)
channel blocker, on dorsal horn neuronal responses in rats. Eur. J. Pharmacol.
415: 141 - 149.
McLeod, A.L., Ritchie, J., Cuello, A.C., Julien, J.P., Ribeiro-da-Silva, A., Henry, J.L.
1999. Transgenic mice over-expressing substance P exhibit allodynia and
hyperalgesia which are reversed by substance P and N-methyl-D-aspartate
receptor antagonists. Neuroscince 89: 891 - 899.
Meldrum, B.S., Akbar, M.T., Chapman, A.G. 1999. Glutamate receptors and
transporters in genetic an acquired modles of epilepsy. Epilepsy Res. 36: 189 -
204.
Meller, S.T., Gebhart, G.F. 1993. Nitric oxide (NO) and nociceptive processing in the
spinal cord. Pain 52: 127 - 136.
Mendell, J.R., Sahenk, Z. 2003. Painful sensory neuropathy. N. Engl. J. Med. 348:
1243 - 1255.
Meotti, F.C., Borges, V.C., Zeni, G., Rocha, J.B.T. and Nogueira, C.W. 2003.
Potential renal and hepatic toxicity of diphenyl diselenide, diphenyl ditelluride and
ebselen for rats and mice. Toxicol. Lett. 143: 9 - 16.
Meotti, F.C., Stangherlin, E., Zeni, G., Nogueira, C.W., Rocha, J.B.T. 2004.
Protective role of aryl and alkyl diselenide on lipid peroxidation. Environ. Res. 94:
276 - 282.
Meotti, F.C., Luiz, A., Pizzolatti, M. G., Kassuya, C.A.L., Calixto, J.B., Santos, A.R.S.
2006. Analysis of the antinociceptive effect of the flavonoid myricitrin: evidence for
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
135
a role of the l-arginine-nitric oxide and protein kinase c pathways. Journal of
Pharmacology and experimental therapeutics 316: 780 - 796.
Millan, M.J. 1999.The induction of pain: an integrative review. Prog. Neurobiol. 57: 1 -
164.
Millan, M.J. 2002. Descending control of pain. Prog. Neurobiol. 66: 355 - 474.
Minami, T., Nishihara, I., Uda, R., Ito, S., Hyoto, M., Hayaishi, O. 1994.
Characterization of EP receptor subtypes involved in allodynia and hyperalgesia
induced by intrathecal administration of prostaglandin to mice. Br. J. Pharmacol.
112: 735 - 740.
Moore, P.K., Oluyomi, A.O., Babbedge, R.C., Wallace, P., Hart, S.L. 1991. L-N
G
-
nitro arginine methyl ester exhibits antinociceptive activity in the mouse. Br. J.
Pharmacol. 102: 198 - 202.
Moore, P.K., Wallace, P., Gaffen, Z., Hart, S.L., Babbedge, R.C. 1993.
Characterization of the novel nitric oxide synthase inhibitor 7-nitro indazole and
related indazoles: antinociceptive and cardiovascular effects. Br. J. Pharmacol.
110: 219 - 224.
Mozier, N.M., McConnell, K.P., Hoffman, J.L. 1988. S-adenosyl-L-methionine:
thioether S-methyltransferase, a new enzyme in sulfur and selenium metabolism.
J. Biol. Chem. 263: 4527 - 4531.
Moussaoui, S., Obinu, M.C., Daniel, N., Reibaud, M., Blanchard, V., Imperato, A.
2000. The antioxidant ebselen prevents neurotoxicity and clinical symptoms in a
primate model of Parkinson’s disease. Experimental Neurobiology 166: 235 - 245.
Mugesh, G., Du Mont, W.W., Sies, H. 2001. Chemistry of biologically important
Organoselenium compounds. Chem. Rev. 101: 2125 - 2179.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
136
Muller, A., Cadenas, E., Graf, P., Sies, H. 1984. A novel biologically active seleno-
organic compound I. Glutathione peroxidase-like activity in vitro and antioxidant
capacity of PZ51 (Ebselen). Biochem. Pharmacol. 33: 3235 - 3239.
Murray, S.R., Chao, J., Lin, F., Chao, L. 1990. Kallikrein multigenes families and the
regulation of their expression. J. Cardiovasc. Pharmacol. 15: 7 - 15.
Navarro-Alarcón, M., pez-Martinez, M.C. 2000. Essentiality of selenium in the
human body: relationship with different diseases. Sci. Tot. Environ. 249: 347 - 371.
Neugebauer, V. 2002. Metabotropic glutamate receptors important modulators of
nociception and pain behavioral. Pain. 98: 1 - 8.
Neve, J., Henry, M., Peretz, A., Mareschi, J.P. 1987. Limportance nutrionalle du
sélénium. Cach. Nutr. Diet. 22: 145 - 162.
Nogueira, C.W., Rotta, L.N., Perry, M.L., Souza, D.O., Rocha, J.B.T. 2001. Diphenyl
diselenide and diphenyl ditelluride affect the rat glutamatergic system in vitro and
in vivo. Brain Res. 906: 157 - 163.
Nogueira, C.W., Rotta, L.N., Zeni, G., Souza, D.O., Rocha, J.B.T. 2002. Exposure to
ebselen changes glutamate uptake and release by rat brain synaptosomes.
Neurochem. Res. 27: 283 - 288.
Nogueira, C.W., Meotti, F.C., Curte, E., Pilissão, C., Zeni, G., Rocha, J.B.T. 2003a.
Investigations into the potential neurotoxicity induced by diselenides in mice and
rats. Toxicology 183: 29 - 37.
Nogueira, C.W., Quinhones, E.B., Jung., E.A.C., Zeni, G., Rocha, J.B.T. 2003b. Anti-
inflammatory and antinociceptive activity of diphenyl diselenide. Inflamm. Res. 52:
56 - 63.
Nogueira, C.W., Borges, V.C., Zeni, G., and Rocha, J.B.T. 2003c. Organochalcogens
affect on delta-aminolevulinate dehydratase activity from human erythrocytic cells
in vitro. Toxicology 191: 169 - 178.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
137
Nogueira, C.W., Zeni, G., Rocha, J.B.T. 2004. Organoselenium and organotellurium
compounds: Toxicology and pharmacology. Chem. Rev. 104: 6255 - 6285.
Nowak, P.M, Saluk-Juszczak, J., Olas, B., Kolodziekczyk, J., Wachowicz, B. 2006.
The protective effects of selenoorganic compounds against peroxynitrite-induced
changes in plasma proteins and lipids. Cel. Mol. Biol. Lett. 11: 1 - 11.
Obreja, O., Rathee, P.K., Lips, K.S., Distler, C., Kress, M. 2002. 1IL-1β potentiates
heat-activated currents in rat sensory neurons: involvement of IL-1RI, tyrosine
kinase and protein kinase C. FASEB J. 16: 1497 - 1503.
Okamoto, Y., Günther, W.H. 1972. Organic selenium and tellurium chemistry. Ann.
NY Acad Sci Part lIii. Biological aspects of organic selenium and tellurium
compounds metabolic interrelationship and adaptations in selenium toxicity.
Okuse, K. 2007. Pain signaling pathways: from cytokines to ion channels. Intern. J.
Biochem. Cel. Biol. 39: 490 - 496.
Ortiz, M.I., Granados-Soto, V., Castañeda-Hernández, G. 2003 The NO-cGMP- K
+
channel pathway participates in the antinociceptive effect of diclofenaco, but not
of indomethacin. Pharmacol. Biochem. Behav. 76: 187 - 195.
Ortiz, M.I., Tato, D.A.M., Sarmiento-Heredia, D., Palma-Martínez, J., Granados-Soto,
V. 2006. Possible activation of the NO-cyclic GMP protein kinase G- K
+
channels
pathway by gabapentin on the formalin test. Pharmacology, Biochemistry and
Behavior 83: 420 - 427.
Ortunõ, J., Ros, G., Priago, M., Martinez, C., Lopez, G. 1996. Selenium bioavailability
and methods of evaluation. Food Sci. Technol. Intern. 2: 135 - 150.
Ozaki, M., Nakamura, M., Teraoka, S., Ota, K. 1997. Ebselen, a novel anti-oxidant
compound, protects the rat liver from ischemia-reperfusion injury. Transpl. Int. 10:
96 - 102.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
138
Ozawa, S., Kamiya, H., Tsuzuki, K. 1998. Glutamate receptors in the mammalian
central nervous system. Prog. Neurobiol. 54: 581 - 18.
Parada, C.A., Yeh, J.J., Reichling, D.B., Levine, J.D. 2003. Transient attenuation of
protein kinase Cε can terminate a chronic hyperalgesia state in the rat.
Neuroscience 120: 219 - 226.
Parnham, M.J., Graf, E. 1987. Seleno-organic compounds and the therapy of
hydroperoxide-linked pathological conditions. Biochem. Pharmacol. 36: 3095 -
3102.
Parnham, M.J., Graf, E. 1991. Pharmacology of synthetic organic selenium
compounds. Prog. Drug. Res. 36: 10 - 47.
Peana, A.T., Marzocco S., Popolo, A., Pinto, A. 2006. (-)Linalool inhibits in vitro NO
formation: Probable involvement in the antinociceptive activity of this monoterpene
compound. Life Sci. 78: 718 - 723.
Perkins, N.M., Tracey, D.J. 2000. Hyperalgesia due to nerve injury: role of
neutrophils. Neurosci. 101: 745 - 757.
Pertwee, R.G. 1999. Pharmacology of cannabinoid receptor ligantds. Curr. Med.
Cehm. 6: 635 - 664.
Pesquero, J.B., Araujo, R.C., Heppenstall, P.A., Stucky, C.L., Silva, J.A. Jr., Walter,
T., Oliveira, S.M., Pesquero, J.L., Paiva, A.C., Calixto, J.B., Lewin, G.R., Bader,
M. 2000. Hypoalgesia and altered inflammatory responses in mice lacking kinin
B1 receptors. Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 97: 8140 - 8145.
Petersen, K.L., Rowbothan, M.C. 2000. Will íon-channel blockers Br useful for
management of nonneuropathic pain? J. Pain 1: 23 - 34.
Petersen-Zeitz, K.R., Basbaum, A.I. 1999. Second messengers, the substantia
gelatinosa and injury-induced persistent pain. Pain. 6: 5 - 12.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
139
Pleuvry, B.J., Lauretti, G.R. 1996. Biochemical aspects of chronic pain and its
relationship to treatment. Pharmacol. Ther. 71: 313 - 324.
Pollock, J., Macfarlane, S.M., Connell, M.C., Zehavi, U., Vandenabeele, P.,
Macewan, D.J., Scott, R.H. 2002. TNF-α receptors simultaneously activate Ca
2+
mobilisation and stress kinases in cultured sensory neurons. Neuropharmacology
42: 93 - 106.
Porciúncula, L., Rocha, J.B.T., Boeck, C.R., Vendite, D.A., Souza, D.O.G. 2001.
Ebselen prevents excitotoxicity provoked by glutamate in rat cerebellar granule
neurons. Neurosci. Lett. 299: 217 - 220.
Porciúncula, L.O., Schmidt, A.P., Coitinho, A.S., Vinade, L., Izquierdo, I., Rocha, J.B.,
Souza, D.O. 2002. Intrahippocampal infusion of ebselen impairs retention of an
inhibitory avoidance task in rats. Eur. J. Pharmacol. 451: 165 - 169.
Porciúncula, L., Rocha, J.B.T., Cimarosti, H., Vina, L., Ghisleni, G., Salbego, C.G.,
Souza, D.O.G. 2003. Neuroprotective effect of ebselen on rat hippocampal slices
submitted to oxygen-glucose deprivation: correlation with immunocontent of
inducible nitric oxide synthase. Neurosci. Let. 346: 101 - 104.
Porciúncula, L.O., Rocha, J.B.T., Ghisleni, G., Tavares, R.G., Souza, D.O. 2004. The
effects of ebselen on [
3
H] glutamate uptake by synaptic vesicles from rat brain.
Brain Res. 1027:192 - 195.
Porreca, F., Ossipov, M.H, Gebhart, G.F. 2002. Chronic pain and medullary
descending facilitation. Trends Neurosci. 25: 319 - 325.
Posser, T., Moretto, M. B., Dafre, A. L., Farina, M., Rocha, J. B., Nogueira, C. W.,
Zeni, G., Ferreira, J. D., Leal, R. B., Franco, J. L. 2006. Antioxidant effect of
diphenyl diselenide against sodium nitroprusside (SNP) induced lipid peroxidation
in human platelets and erythrocyte membranes: An in vitro evaluation. Chem.
Biol. Inter. 164: 126 - 135.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
140
Prado, W.A. 2001. Involvement of calcium in pain and antinociception. Braz. J. Med.
Biol. Res. 34: 449 - 461.
Premkumar, L.S., Ahern, G.P. 2000. Induction of vanilloid receptor channel activity by
protein kinase C. Nature 408: 985 - 989.
Quintao, N.L., Balz, D., Santos, A.R., Campos, M.M., Calixto, J.B. 2006. Long-lasting
neuropathic pain induced by brachial plexus injury in mice: Role triggered by the
pro-inflammatory cytokine, tumour necrosis factor alpha. Neuropharmacology 50:
614 - 620.
Regoli D, Boudon A, Fauchere JL. 1994. Receptors and antagonists for substance P
and related peptides. Pharmacol. Rev. 46: 551 - 599.
Reilly C. 1996. Too much of a good thing? The problem of trace element fortification
of foods. Trends Food Sci. Technol. 7: 139 - 142.
Reynolds, I.J., Rush, E.A., Aizernman, E. 1990. Reduction of NMDA receptors with
dithiothreitol increases [
3
H] MK-801 binding and NMDA-induced Ca
2+
fluxes. Br. J.
Pharmacol. 101: 178 - 182.
Reynolds, I.J., Hastings, T.G. 1995. Glutamate induces the production of reactive
oxygen species in cultured forebrain neurons following NMDA receptor actication.
J. Neurosci. 15: 3318 - 3327.
Ribeiro, R.A., Vale, M.V., Thomazzi, S.M, Paschoalato, A.B.P., Poole S., Ferreira,
S.H., Cunha, F.Q. 2000. Involvement of resident macrophages and mast cells in
the writhing nociceptive response induced by zymosan and acetic acid in mice.
Eur. J. Pharmacol. 387: 111 - 118.
Rivot, J.P., Sousa, A.; Montagne-Clavel, J.; Besson, J.M. 1999. Nitric oxide (NO)
release by glutamate and NMDA in the dorsal horn of the spinal cord: na in vivo
electrochemical approach in the rat. Brain Res. 821: 101 - 110.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
141
Rocha and Silva, M.O. Brief history of inflammation. 1978. In: VANE, J.R.; Ferreira,
S.H.. Handbook of Experimental Pharmacology. New York: Springer-Verlag, 6 -
25.
Rock, D.M., MacDonald, R.L. 1995. Polyamine regulation of N-mehtyl-D-aspartate
receptor channels. Annu. Rev. Pharmacol. Toxicol. 35: 463 - 482.
Rosa, R.M., Flores, D.G., Appelt, H.R., Braga, A.L., Henriques, J.A.P., Roesler, R.
2003. Facilitation of long-term object recognition memory by pretraining
administration of diphenyl diselenide in mice. Neurosci. Lett. 341: 217 - 220.
Rossato, J., Keltzer, L. A., Centurião, F. B. 2002. Antioxidant properties of new
chalcogenides against lipid peroxidation in rat brain. Neurochem. Res. 318: 137 -
140.
Russo, C.M, Brose, W.G., 1998. Chronic pain. Annu. Rev. Med. 49: 123 - 133.
Saegusa, H., Kurihara, T., Zong, S., Kazuno, A., Matsumada, Y., Nonaka, T., Han,
W., Toriyama, H., Tanabe, T. 2001. Suppression of inflammatory and neuropathic
pain symptoms in mice lacking N-type Ca
2+
channel. Embo J. 20: 2349 - 2356.
Saegusa, H., Matsuda, Y., Tanabe, T. 2002. Effects of ablation of N- and R-type Ca
2+
channels on pain transmission. Neurosci. Res. 43: 1 - 7.
Sah, D.W., Ossipo, M.H., Porreca, F. 2003. Neurotrophic factors as novel
therapeutics for neuropathic pain. Nat. Rev. Drug. Discov. 2: 460 - 472.
Saito, Y., Hashimoto, T., Sasaki, M., Hanaoka, S., Sugai, K. 1998. Effect of selenium
deficiency on cardiac of individuals with severe disabilities under long-term tube
feeding. Devel. Med. Child. Neurol. 40: 743 - 748.
Sakurada, S., Orito, T., Sakurada, C., Sato, T., Hayashi, T., Mobarakeh, J.I., Yanai,
K., Onodera, K., Watanabe, T., Sakurada, T. 2002. Possible involvement of
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
142
tachykinin NK1 and NMDA receptors in histamine-induced hyperalgesia in mice.
Eur. J. Pharmacol. 434: 29 - 34.
Sakurada, T., Sugiyama, A., Sakurada, C., Tanno, K., Sakurada, S., Kisara, K., Hara,
A., Abiko, Y. 1996. Involvement of nitric oxide in spinally mediated capsaicin- and
glutamate-induced behavioural response in the mouse. Neurochem. Int. 29: 271 -
278.
Santos, A.R.S., Calixto, J.B. 1997. Further evidence for the involvement of tachykinin
receptor subtypes in formalin and capsaicin models of pain in mice.
Neuropeptides 31: 381 - 389.
Santos, A.R.S., Gadotti, V.M., Oliveira, G.L., Tibola, D., Paszcuk, A.F., Neto, A.,
Spindola, A.M., Souza, M.M., Rodrigues, A.L.S., Calixto, J.B. 2005. Mechanisms
involved in the antinociception caused by agmatine in mice. Neuropharmacology
48: 1021 - 1034.
Santos, F.W., Oro, T., Zeni, G., Rocha, J.B.T., Nascimento, P.C., Nogueira, C.W.
2004. Cadmium induced testicular damage and its response to administration of
succimer and diphenyl diselenide in mice. Toxicol. Lett. 152: 255 - 263.
Santos, F.W., Zeni, G., Rocha, J.B.T., Nascimento, P.C., Marques, M.S., Nogueira,
C.W. 2005. Efficacy of 2,3-dimercapto-1-propanesulfonic acid (DMPS) and
diphenyl diselenide on cadmium induced testicular damage in mice. Food Chem.
Toxicol. 43: 1723 - 1730.
Sautebin, L., Lalenti, A., Ianaro, A., Di Rosa, M. 1995. Modulation by nitric oxide of
prostaglandin biosynthesis in the rat. Br. J. Pharmacol. 114: 323 - 328.
Savaskan, N.E., Bräuer, A.U., Kühbacher, M., Eyüpoglu, I.Y., Kyriakopoulos, A.,
Ninnemann, O., Behne, D., Nitsch, R. 2003. Selenium deficiency increases
susceptibility to glutamate-induced excitotoxicity. Faseb J. 17: 112 - 114.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
143
Savegnago, L., Trevisan, M., Alves, D., Rocha, J.B.T., Nogueira, C.W., Zeni, G.
2006. Antisecretory and antiulcer effects of diphenyl diselenide. Environ. Toxicol.
Pharmacol. 21: 86 - 92.
Savinainen, J.R., Laitinen, J.T. 2004. Detection of cannabinoid CB1, adenosine A1,
muscarinic acetylcholine, and GABA(B) receptor-dependent G protein activity in
transducinde activated membranes and autoradiography sections of rat retina.
Cell. Mol. Neurobiol. 24: 243 - 256.
Sawamura, S., Fujinaga, M., Kingery, W.S., Belanger, N., Davies, M.F., Maze, M.
1999. Opioidergic and adrenergic modulation of formalin-evoked spinal c-fos
mRNA expression and nocifensive behavior in the rat. Eur. J. Pharmacol. 379:
141 - 149.
Scfers, M., Svensson, Ci., Sommer, C., Sorkin, L.S. 2003. Tumor necrosis factor-α
induces mechanical allodynia after spinal nerve ligation by activation of p38
MAPK in primary sensory neurons. J. Neurosc. 23: 2517 - 2521.
Schewe, T. 1995. Molecular actions of ebselen an anti-inflammatory antioxidant.
Gen. Pharmac. 26: 1153 - 1169.
Scholz, J., Woolf, C.J. 2002. Can we conquer pain? Nat. Neurosci. Suppl. 5; 1062 -
1067.
Schultz, J.J., Gross, G.J. 2001. Opioids and cardioprotection. Pharmacol. Ther. 89:
123 - 137.
Schwartz, K., Foltsz, P.J. 1957. Selenium as an integral part of factor 3 against dietary
necrotic liver degeneration. J. Am. Chem. Soc. 79: 200 - 214.
Sekizawa, S.I., French, A.S., Torkkeli, P.H. 2000. Low-voltage-activated calcium
current does not regulate the firing behavior in paired mechanosensory neurons
with different adaptation properties. J. Neurophysiol. 83: 746 - 753.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
144
Seltzer, Z., Dubner, R. Shir, Y. 1990. A novel behavioural model of neuropathic pain
disorders produced in rats by partial nerve injury. Pain 43: 205 - 218.
Shelley, A., Cross, M.D. 1994. Pathophysiology of pain. Mayo. Clin. Proc. 69: 375 -
383.
Sherwood, E.R.; Toliver-Kinsky, T. 2004. Mechanisms of the inflammation response.
Best Pract. Res. Clin Anaesthesiol. 18: 385 - 405.
Sies, H., Arteel, G.E. 2000. Interaction of peroxynitrite with selenoproteins and
glutathione peroxidase mimics. Free Radic. Biol. Med. 28: 1451 - 1455.
Singh, P., Mann, K.A., Mangat, H.K., Kaur, G. 2003. Prolonged glutamate
excitotoxicity: effects on mitochondrial antioxidants and antioxidant enzymes. Mol.
Cell. Biochem. 243: 139 - 145.
Skerry, T.M., Genever, P.G. 2001. Glutamate signalling in non-neuronal tissues.
Trends Pharmacol. Sci. 22: 174 - 181.
Souza, A.M., Prado, W.A. 2001. The dual effect of nitric oxide donor in nociception.
Brain Res. 897: 9 - 19.
Spallholz, J. E. 1993. On the nature of selenium toxicity and carcinostatic activity.
Free Rad Biol. Med 20: 131 - 143.
Stadtman, T.C. 1980. Selenium-dependent enzymes. Annu. Rev. Biochem. 49: 93 -
110.
Stein, C., Scfer, M., Machelska, H. 2003. Attacking pain at its source: new
perspectives on opioids. Nature Med. 9: 1003 - 1008.
Sufka, K.J., Roach, J.T. 1996. Stimulus properties and antinociceptive effects of
selective bradykinin B
1
and B
2
receptor antagonists in rats. Pain 66: 99 - 103.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
145
Suzuki, K.T., Somekawa, L., Suzuki, N. 2006. Distribution and reuse of 76 Se-
selenoaçúcar in selenium-deficient rats. Toxicol. Appl. Pharmacol. 216: 303 - 308.
Svirbely, J.L. 1938. Vitamin C studies in the rat. The effect of selenium dioxide,
sodium selenate and tellurate. Biochem. J. 32: 467.
Szallasi, A., Blumberg, P.M. 1993. Mechanisms and therapeutic potential of
vanilloids (capsaicin-like molecules). Adv. Pharmacol. 24: 123 - 155.
Takasago, T., Peters, E.E., Graham, D.L., Masayasu H., Macrae I.M. 1997.
Neuroprotective efficacy of ebselen, an anti-oxidant with anti-inflammatory
actions, in a rodent model of permanent middle cerebral artery occlusion. Br. J.
Pharmacol. 122: 1251 - 1256.
Tan, Y.X., Li, W.H., Tao, X.B., Jiang, Y.Y., Chen, W.P., Zhou, B. 1997. Protection of
ebselen against anoxic damage of culture neurons of cerebral cortex. Chung.
KuoYao Li Hsueh. Pao. 18: 201 - 203.
Tang, L.H., Aizenman E. 1993. The modulation of N-methyl-D-aspartate receptors by
redox and alkylating reagents in rat cortical neurons in vitro. J. Physiol. 465: 303 -
323.
Thomas, R.J. 1995. Excitatory amino acids in health and disease. J. Am. Geriatr.
Soc. 43: 1279 - 1289.
Tippmer, S., Quitterer, U., Kolm, V., Faussener, A., Roscher, A.A., Mosthaf, L.,
Müller-Esterl, W., Häring, H. 1994. Bradykinin induces translocation of the protein
kinase C isoforms a, e, and z. Eur. J. Biochem. 225: 297 - 304.
Tjφlsen, A., Berge, O.G., Hunskaar, S., Rosland, J.H., Hole, K. 1992. The formalin
test: an evaluation of the method. Pain 51: 5 - 17.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
146
Tjølsen, A., Hole, K. 1997. Animal Models of Analgesia. In: Dickenson, A., Besson,
J., M., editors. The Pharmacology of Pain. Vol.130/I., Springer: Verlag, Berlin. 1 -
20.
Trotti, D., Rizzini, B.L., Rossi, D., Haugeto, O., Racagni, G., Danbolt, N.C., Volterra,
A. 1997. Neuronal and glial glutamate transporters possess an SH-based redox
regulatory mechanism. Eur. J. Neurosci. 9: 1236 - 1243.
Urban, L., Nagy, I. 1997. Is there a nociceptive carousel? Trends Pharmacol. Sci. 18:
223 - 224.
Ursini, F., Heim, S., Kiess, M., Maiorino, M., Roveri, A., Wissing, J., Flohé, L. 1990.
Dual function of the seleno-protein PHGPx during sperm maturation. Science
285: 1393 - 1396.
Valentine, J.L., Kang, H.K., Spivey, G.H. 1978. Selenium levels in human blood,
urine and hair in response to exposure via drinking water. Environ. Res. 17: 347 -
355.
Vanegas, H., Schaible, H.G. 2000. Effects of antagonists to high-threshold calcium
channels upon spinal mechanisms of pain, hiperalgesia and allodynia. Pain 85: 8
- 19.
Vanegas, H.; Schaible, H.G. 2001. Prostaglandins and cycloxygenases in the spinal
cord. Progr. Neurobiol., 64: 327 - 363.
Vanegas, H., Schaible, H.G. 2004. Descending control of persistent pain: inhibitory or
facilitatory? Brain Res. Rev. 46: 295 - 309.
Veneroni, O., Maj, R., Calabresi, M., Faravelli, L., Fariello, R.G., Salvati, P. 2003.
Anti-allodynic effect of NW-1029, a novel Na
(+)
channel blocker, in experimental
animal models of inflammatory and neuropathic pain. Pain 102: 17 - 25.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
147
Vinegar, R., Truax, J.F., Selph, J.L., Jonhston, P.R. 1979. Antagonism of pain and
Hyperalgesia. Anti-inflammatory Drugs. Em: Vane, J.R., Ferreira, S.H. (eds).
Handbook of Experimental Pharmacology. Vol. 50/II, Springer: Verlag, Berlin. Pp.
208 - 222.
Walker, K., Fox, A.J., Urban, L.A. 1999. Animal models for pain research. Mol. Méd.
Today. 5: 319 - 321.
Wall, P.D. 1967. The laminar organization of dorsal horn and effects of descending
impulses. J. Physiol. (Lond) 188: 403 - 423.
Wall, P.D. 1999. Introduction to the fourth edition. In: Wall PD, Melzack R. Textbook
of pain. Churchill Livingstone: Londres. 1 - 8.
Walther, M., Holzhutter, H., Kuban, R.J., Wiesner, R., Rathmann, J., Kuhn, H. 1999.
The inhibition of mammalian 15-lipoxygenase by the anti-imflammatory drug
Ebselen: Dual type mechanism involving covalent linkage and alteration of the
iron ligand sphere. J. Pharmac. Exp. Therap. 56: 196 - 203.
Wang, L.X., Wang, Z.J. 2003. Animal and cellular models of chronic pain. Adv. Drug
Deliv. Rev. 55: 949 - 965.
Wanger, P.D., Pedersen, N.D., Hatfield, J., Weswing, P.H. Absortion of selenite and
selenomethionine from ligated digestive tract segments in rats. 1976. Proc. Soc.
Exp. Biol. Med. 153: 295 - 295.
Ward, D.T. 2004. Calcium receptor-mediated intracellular signalling. Cell Calcium 35:
217 - 228.
Watkins, L.R., Maier, S.F. 2002. Beyond neurons: evidence that immune and glial
cells contribute to pathological pain states. Physiol. Rev 82: 981 - 1011.
Waxman, S.G., Dib-Hajj, S., Cummins, T.R., Black, J.A. 1999. Sodium channels and
pain. Proc. Natl. Acad. Sci. 96: 7635 - 7639.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
148
Weis, S.N., Favero, A.M., Stangherlin, E.C., Manarin, F.G., Rocha, J.B.T., Nogueira,
C.W., Zeni, G. 2007. Repeated administration of diphenyl diselenide to pregnant
rats induces adverse effects on embryonic/fetal development. Reprod. Toxicol.
23: 175 - 181.
Wen, Z.H., Chang, Y.C., Wong, C.S. 2003. Implications of intrathecal pertussis toxin
animal model on the cellular mechanisms of neuropathic pain syndrome. Acta
Anaesthesiol. Sin. 41: 187 - 196.
Wendel, A., Fausel, M., Safayi, H., Otter, R. 1984. A novel biologically active
seleno-organic compound II. Activity of PZ 51 in relation to glutathione
peroxidase. Biochem. Pharmacol. 33: 3241 - 3245.
Wiech, K., Kiefer, R.T., Topfner, S., Preissl, H., Braun, C., Unertl, K., Flor, H.,
Birbaumer, N. 2004. A placebo-controlled randomized crossover trial of the N-
methyl-Daspartic acid receptor antagonist, memantine, in patients with chronic
phantom limb pain. Anesth. Analg. 98: 408 - 413.
Wilber, C.G. 1980. Toxicology of selenium: a review. Clinical Toxicology 17: 171 -
230.
Wirth, K., Breipohl, G., Stechl, J., Knolle, J., Henke, S., Scholkens, B. 1991.
DesArg9-D-Arg[Hyp3,Thi5,D-Tic7,Oic8]- bradykinin (desArg10-[Hoe140]) is a
potent bradykinin B1 receptor antagonist. Eur. J. Pharmacol. 205: 217 - 218.
Wood, J.N., Docherty, R. 1997. Chemical activators of sensory neurons. Ann. Rev.
Physiol. 59: 457 - 482.
Woolf, C.J., Mannion, R.J. 1999. Neuropathic pain: aetiology, symptoms,
mechanisms and management. Pain 353: 1959 - 1964.
Woolf, C.J., Salter, M.W. 2000. Neuronal plasticity: increasing the gain in pain.
Science 288: 1765 - 1769.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
149
Xiao, H.S., Huang, Q.H., Zhang, F.X., Bao, L., Lu, Y.J., Guo, C., Yang, L., Huang,
W.J., Fu, G., Xu, S.H., Cheng, X.P., Yan, Q., Zhu, Z.D., Zhang, X., Chen, Z., Han,
Z.G., Zhang, X. 2002. Identification of gene expression profile of dorsal root
ganglion in the rat peripheral axotomy model of neuropathic pain. Proc. Natl.
Acad. Sci. USA 99: 8360 - 8365.
Xu, J.H, Hu, H.T., Liu, Y., Qian, Y.H., Liu, Z.H., Tan, Q.R., Zhang, Z.J. 2006.
Neuroprotective effects of ebselen are associated with the regulation of Bcl-2 and
Bax proteins in cultured mouse cortical neurons. Neurosci. Lett. 399: 210 - 214.
Yajima, Y., Narita, M., Shimamura, M., Narita, M., Kubota, C., Suzuki, T. 2003.
Differential involvement of spinal protein kinase C and protein kinase A in
neuropathic and inflammatory pain in mice. Brain Res. 992: 288 - 293.
Yamaguchi, T., Sano, K., Takakura, K., Saito, I., Shinohara, Y., Asano, T., Yasuhara,
H. 1998. Ebselen in acute ischemic stroke. A placebo-controlled, doublé-blind
clinical trial. Stroke 29: 12 - 17.
Yamamoto, T.; Shimoyama, N; Mizuguchi, T. 1993. Nitric oxide synthase inhibitor
blocks spinal sensitization induced by formalin injection into the rat paw. Anesth.
Anal. 77: 886 - 890.
Yoshizumi, M., Kogame, T., Suzaki, Y., Fujita, Y., Kyaw, M., Kirima, K., Ishizawa, K.,
Tsuchiya, K., Kagami, S., Tamaki, T. 2002. Ebselen attenuates oxidative stress-
induced apoptosis via the inhibition of the c-Jun N-terminal kinase and activator
protein-1 signalling pathway in PC12 cells. Br. J. Pharmacol. 136: 1023 - 1032.
Yoshizumi, M., Fujita, Y., Izawa, I., Suzaki, Y., Kyaw, M., Ali N., Tsuchiya, K.,
Kagami, S., Yano, S., Sone, S., Tamaki, T. 2004. Ebselen inhibits tumor necrosis
factor-alpha-induced c-Jun N-terminal kinase activation and adhesion molecule
expression in endothelial cells. Exp. Cell Res. 292: 1 - 10.
Young, V.R., Nahapetiau, A., Jonghorboni, M. 1981. Selenium bioavailability with
reference to human nutrition. Am. J. Clin. Nutr. 35: 1076 - 1088.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
150
Zasso, F.B., Gonçales, C.E.P., Jung, E.A.C., Araldi, D., Zeni, G., Rocha, J.B.T.,
Nogueira, C.W. 2005. On the mechanisms involved in antinociception induced by
diphenyl diselenide. Environm. Toxicol. Pharmacol. 19: 283 - 289.
Zeilhofer, U.H. 2007. Prostanoids in nociception and pain. Biochem. Pharmacol. 73:
165 - 174.
Zhang, J.Z., Hoffert, C., Vu, H.K., Groblewski, T., Ahmad, S., Odonnell, D. 2003.
Induction of CB2 receptor expression in the rat spinal cord of neuropathic but not
inflammatoru chronic pain models. Eur. J. Neurosci. 17: 2750 - 2754.
Zimmermann, M. 2001.Pathobiology of neuropathic pain. Eur. J. Pharmacol. 429: 23
- 37.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
151
8- DEMAIS TRABALHOS REALIZADOS DURANTE O PERÍODO DE
DOUTORAMENTO (07/05 08/07)
- Savegnago, L., Pinto, L.G., Jesse, C.R., Rocha, J.B.T., Nogueira, C.W., Zeni, G.
Monoaminergic agents modulate antidepressant-like effect caused by diphenyl
diselenide in rats. Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry,
31, 1261 - 1269, 2007.
- Savegnago, L., Pinto, L.G., Jesse, C.R., Rocha, J.B.T., Nogueira, C.W., Zeni, G.
Diphenyl Diselenide exerts antidepressantlike and anxiolytic-like effects in
mice: Involvement of L-arginine-nitric oxide-soluble guanylate cyclase pathway
in its antidepressant-like action. Pharmacology, Biochemistry and Behavior,
submetido.
- Jesse, C.R., Savegnago, L., Nogueira, C.W. Role of Nitric Oxide/cyclic GMP/K
+
Channel Pathways in the Antinociceptive Effect Caused by 2, 3-
Bis(mesitylseleno)propenol . Life Sciences, submetido.
- Borges, V.C., Rocha, J.B.T., Savegnago. L., Nogueira, C.W.
Repeated
Administration of Diphenyl Ditelluride Induces Hematological Disorders in
Rats. Food and Chem. Toxicol. 45, 1453 - 1458, 2007.
- Savegnago, L., Jesse, Cristiano Ricardo, Moro, Anlica Venturine, Borges,
Vanessa Corralo, Santos, Francielli Weber, Rocha, Jo Teixeira da, Nogueira,
Cristina Wayne. Bis -Selenide Alkene Derivatives: A Class of Potential
Antioxidant and Antinociceptive Agents. Pharmacology, Biochemistry and
Behavior 83, 221 - 229, 2006.
- Borges, Vanessa C., Dadalt G, Savegnago, L., Moro, Angélica, Rocha, João B. T.,
Nogueira, Cristina W. 1,1,2-Tris-organoselenide alkene derivatives, but not 1,2-
bis-organoselenide alkene derivatives, inhibited delta-aminolevulinate
dehidratase activity from human erythrocytic cells in vitro. Toxicology in Vitro, 3,
387 - 391, 2007.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
152
- Savegnago, L., Borges, Vanessa C., Alves, Diego, Jesse, Cristiano R., ROCHA,
Joao B. T., Nogueira, Cristina W. Evaluation of Antioxidant Activity and Potential
Toxicity of 1-Buthyltelurenyl-2-methylthioheptene. Life Sciences. 79, 1546 -
1552, 2006.
- Stefani, H.A., Oliveira, C.B., Almeida, R.B., Pereira, C.M.P., Braga, R.C., Cella, R.,
Borges, V.C., Savegnago, L., Nogueira, C.W. Dihydropyrimidin-(2H)-ones obtained
by ultrasound irradiation: a new class of potential antioxidant agents. European
Journal of Medical Chemistry. 41, 513 - 518, 2006.
- Prediger, Patrícia, Moro, Angélica V, Nogueira, Cristina W, Savegnago, L., Menezes,
Paulo Henrique, Rocha, Jo B T, Zeni, Gilson. Palladium-Catalyzed Suzuki Cross-
Coupling of 2-Haloselenophenes: Synthesis of 2-Arylselenophenes, 2,5-
Diarylselenophenes and 2-Arylselenophenyl Ketones. Journal of Organic
Chemistry., 71, 3786 - 3792, 2006.
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo