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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO
VLAMIR ALVES DA SILVA
QUALIDADE DE VIDA NA IDADE MADURA
BAURU
2007
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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO
VLAMIR ALVES DA SILVA
QUALIDADE DE VIDA NA IDADE MADURA
Dissertação apresentada á Pró-Reitoria de
Pesquisa de Pós-Graduação como parte dos
requisitos para obtenção do título de Mestre em
Odontologia, Área de concentração: Saúde
Coletiva, sob a orientação Prof° Dr. Marcos da
Cunha Lopes Virmond
BAURU
2007
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Silva, Vlamir Alves da
S5861q
Qualidade de vida na idade madura/ Vlamir Alves da
Silva -- 2007.
75f.
Orientador: Prof. Dr. Marcos da Cunha Lopes Virmond
Dissertação de Mestrado (Odontologia - Saúde coletiva) -
Universidade do Sagrado Coração - Bauru - SP.
1.Envelhecimento 2. Idade madura 3. Idoso 4. Qualidade
d
e vida 5. Terceira idade I. Virmond, Marcos da Cunha Lopes
II.Título.
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VLAMIR ALVES DA SILVA
QUALIDADE DE VIDA NA IDADE MADURA
Dissertação apresentada á Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós-Graduação como parte dos requisitos
para obtenção do tulo de Mestre em Odontologia, Área de concentração: Saúde Coletiva, sob a
orientação Prof° Dr. Marcos da Cunha Lopes Virmond
Banca examinadora:
___________________________________________
Prof° Dr. Marcus da Cunha Lopes Virmond
__________________________________________________
Profª Dra. Maria Helena Borgato Cappo Bianco
______________________________________________________________
ProDra. Heloisa Cristina Quatrini Carvalho Passos Guimarães
Bauru, 26 de junho de 2007
5
Dedicatória
Este trabalho é dedicado em especial, aos meus quatro Avós, e a
minha tia avó Francisca Benedicta, estejam eles onde estiverem.
À todos aqueles cujo
Passado vive presente
nas experiências contidas
num coração consciente da
beleza das coisas da vida.
Suas vidas cheias de histórias,
e essas rugas, marcadas pelo tempo,
lembranças de antigas vitórias
ou lágrimas choradas ao vento.
(Roberto Carlos Braga)
6
Agradecimentos
Ao Senhor meu Deus, grande Deus de Abrahão, pelas condições e oportunidade
que colocara e colocará em meus caminhos orientando-me como arquitetar meu
destino, conforme sua vontade. (SILVA, 2007)
A minha companheira HATAH, que durante todas as horas dividiu
as tarefas e propiciou meu empenho neste trabalho, conseguindo despertar em mim
um interesse todo especial; sem seu apoio e persistência eu jamais teria
conseguido.
Ao Prof. Dr. Marcos da Cunha Lopes Virmond, pela sabedoria,
dedicação e paciência com que me orientou durante o desenvolvimento deste
trabalho.
A todos aqueles que de diversas formas, contribuíram para a
realização deste trabalho.
7
É preciso aprender com a prática, pois,
embora você pense que sabe,
terá certeza depois de experimentar.”
(Sófocles)
Pior que a certeza de não ter vencido,
é a vergonha de não ter lutado.
(Ruy Barbosa)
A luta contra o erro tipográfico tem
algo de homérico. Durante a revisão os erros
se escondem, fazem-se positivamente
invisíveis. Mas assim que o trabalho sai
tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a
nos botar a língua em todas as páginas.
Trata-se de um mistério que a ciência não
conseguiu decifrar...
(Gilson Volpato)
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RESUMO
A longevidade humana é um novo desafio. Não só pelo crescente número de
pessoas que envelhecem, mas, muito mais pelas novas necessidades que essa
população tem apresentado, e também, pelo fato de a sociedade idolatrar o novo,
menosprezando a experiência dos mais velhos bem como tudo o que se refere a eles.
Este trabalho tem como objetivo caracterizar um grupo de idosos em relação à sua
condição de vida. Os dados foram obtidos a partir de um estudo exploratório realizado
através da aplicação de um questionário à uma amostra de idosos escolhidos
aleatoriamente e residentes em Bauru-SP. Os resultados mostraram que é possível ter
um envelhecimento com mais qualidade de vida e que essa qualidade está associada
aos padrões sócio-econômicos, culturais, psico-fisiológicos e educacionais.
9
RESUME
La longévité humaine est un nouveau défi. Non seulement en raison du nombre de
personnes qui vieillissent mais, surtout, en raison des besoins de cette population et
aussi parce que notre société a le culte du nouveau, méprisant lexpérience des plus
agés et tout ce qui a un rapport avec eux. Lobjectif de ce travail est de caractériser un
groupe de personnes agées par rapport à leurs moyens dexistence. Les données ont
été obtenues à partir dune étude exploratoire effectuée par laplication dun
questionnaire à un échantillon de personnes agées choisies de manière aléatoire et
habitant à Bauru-SP. Les résultats démontrent quil est possible davoir un vieillissement
avec plus de qualité de vie et que cette qualité est associée aux niveaux socio-
économiques, culturels, psychophysiologiques et éducationnels.
Mot de passe: Vieillissement, Age mûr, Persones agées, Qualité de vie, Troisiême âge
ABSTRACT
Human longevity presents itself as a new challenge. One problem is the growing
number of elders with their own needs; another problem is society's idolatry of the
young and the isolation of older people. This work is aimed at characterizing a group of
old people and their lifestyle. Data were obtained from exploratory research conducted
in Bauru with the aid of a questionnaire. Results indicated that it is possible to grow old
and at the same time keep good living standards, which in turn are associated with
socieconomic, cultural, psychophysiological and educational standards.
Palavras-chave: Envelhecimento, Idade madura, Idoso, Qualidade-de-vida,
terceira idade
LISTA DE ABREVIATURAS
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
SESC
Serviço Social do Comércio
SUS
Sistema Único de Saúde
UATI
Universidade Aberta A Terceira Idade
USC
Universidade do Sagrado Coração
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Distribuição dos casos estudados por faixa etária...................................................
38
Tabela 2 Distribuição dos casos estudados por sexo (gênero)...............................................
39
Tabela 3 Distribuição dos casos estudados por nível de escolaridade....................................
39
Tabela 4 Distribuição dos casos estudados por estado civil...................................................
40
Tabela 5 Distribuição dos casos estudados por religiosidade.................................................
40
Tabela 6 Distribuição dos casos estudados por atividade em grupo......................................
41
Tabela 7 Distribuição dos casos estudados por passeios ou viagens......................................
42
Tabela 8 Distribuição dos casos estudados por freqüência de consultas médicas..................
43
Tabela 9 Distribuição dos casos estudados por mudanças na saúde e na capacidade sica
nos últimos 5 anos....................................................................................................
43
Tabela 10 Distribuição dos casos estudados por qualidade da alimentação ............................
44
Tabela 11 Distribuição dos casos estudados por freqüência de atividades físicas...................
45
Tabela 12 Distribuição dos casos estudados por planos de saúde/convênios...........................
46
Tabela 13 Distribuição dos casos estudados por suficiência de renda para medicamentos ....
46
Tabela 14 Distribuição dos casos estudados por suficiência de renda para alimentação.........
47
Tabela 15 Distribuição dos casos estudados por atividade profissional ..................................
48
Tabela 16 Distribuição dos casos estudados por participação na vida econômica da família .
49
Tabela 17 Distribuição dos casos estudados por relacionamento com os filhos .....................
50
Tabela 18 Distribuição dos casos estudados por relacionamento social..................................
50
Tabela 19 Distribuição dos casos estudados por integração com a família .............................
51
Tabela 20 Distribuição dos casos estudados por dificuldade com novas tecnologia ..............
52
Tabela 21 Distribuição dos casos estudados por conhecimento do estatuto do idoso .............
53
Tabela 22 Distribuição dos casos estudados por discriminação dos idosos ............................
53
Tabela 23 Distribuição dos casos estudados por ocupação do tempo livre .............................
54
Tabela 24 Distribuição dos casos estudados por aspectos positivos da terceira idade ............
55
Tabela 25 Distribuição dos casos estudados por aspectos negativos da terceira idade ...........
56
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................
12
1.1 Situação Problema....................................................................................
12
1.2 Objetivos................................................................................................... 13
1.3 Justificativa................................................................................ ................
13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................. 14
2.1 O Processo do Envelhecimento e Longevidade....................................... 14
2.1.1 O Idoso na Perspectiva Mundial..................................................
15
2.1.2 Alterações Fisiológicas na Senilidade..........................................
16
2.1.3 Saúde, Nutrição e alimentação do Idoso.....................................
17
2.2 Aspectos Fisiológicos.............................................................................. 19
2.2.1 A Chegada da Menopausa............................................................ 19
2.2.2 Os Efeitos da Andropausa............................................................
21
2.2.3 Sexualidade na Idade Madura e Envelhecimento.........................
21
2.3 Políticas Públicas e Envelhecimento....................................................... 23
2.3.1 Sistema de Saúde e Atendimento ao Idoso.................................. 23
2.3.2 A marginalização da pessoa do Idoso.......................................... 24
2.3.3 Aposentadoria e seus efeitos........................................................
25
2.4 Aspectos relevantes no processo de envelhecimento...............................
26
2.4.1 Doença e Terceira Idade..............................................................
26
2.4.2 Religiosidade.............................................................. 26
2.4.3 Lazer e Cultura para Idade Madura............................. 28
2.4.4 O Estatuto do Idoso e sua inclusão social................... 29
2.4.5 Melhor idade ou Utopia : o outro lado do envelhecimento....... 30
2.5 O Espelho do idoso e as questões psicológicas.......................................
31
2.5.1 O Idoso e a representação de si.................................................. 31
2.5.2 O Estigma da velhice e a influência na identidade do idoso........
32
2.6 Qualidade de vida na terceira idade......................................................... 33
2.6.1 Conceito de qualidade de vida...................................................
33
3 METODOLOGIA....................................................................................................... 36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................... 38
5 CONCLUSÃO........................................................................................................... 58
REFERÊNCIAS...........................................................................................................
61
APÊNDICE 1 Carta convite aos participantes.......................................................... 68
APÊNDICE 2 rmo de consentimento...................................................................
69
APÊNDICE 3 Modêlo de questionário aplicado....................................................... 70
1 - INTRODUÇÃO
1.1 - Situação Problema
Atualmente, o Brasil é o sexto país do mundo em taxa de envelhecimento com
um crescimento de 3,2% ao ano.
Na década de 1980 o total de pessoas até 24 anos representava cerca de 60%
dos 118 milhões de brasileiros. Já os que tinham mais de 60 anos eram 6% (um décimo
da população jovem).
Passados vinte anos e com uma população maior em 53 milhões de habitantes,
o censo do IBGE em 2000, indicava haver 50% dos brasileiros menores de 24 anos e
8,1% com mais de 60 anos, demonstrando uma redução na proporção entre jovens e
idosos.
Segundo suas projeções, o IBGE acredita numa consolidação dessa tendência
nos próximos 15 a 25 anos. Assim em 2020 dos 220 milhões de brasileiros estimados,
40% terão menos de 24 anos e quase 13% mais de 60 anos, e em 2040, 32% dos 251
milhões de habitantes previstos estarão entre os mais jovens, enquanto a população
idosa deverá chegar a 20% (GIMENEZ, 2006).
A longevidade é uma conquista da Humanidade e aconteceu devido a melhoria
das condições de economia e saúde, que trouxeram um aumento na expectativa de
vida em praticamente todo o mundo. Além disso, as novas tecnologias, os avanços do
conhecimento sobre o processo de envelhecimento humano, as novas terapias, as
dietas balanceadas, os programas de atividades físicas, as terapias ocupacionais e
emocionais etc., têm proporcionado, um envelhecer significativamente mais lento.
Dessa forma, um tratamento digno, com condições adequadas, é fator determinante
para favorecer uma melhor qualidade de vida às pessoas nessa faixa etária,
constituindo-se em desafio de máxima importância para a sociedade.
1.2 OBJETIVO
Caracterizar um grupo de idosos em relação a sua condição de vida.
1.3 - Justificativa
Uma boa qualidade de vida na idade madura não depende apenas do indivíduo,
e deve ser encarada principalmente como um investimento sócio-cultural.
Nessa faixa etária ocorrem mudanças fisiológicas (WEINECK, 1991), psíquicas e
sociais que influenciam o comportamento do indivíduo. Há um declínio gradual das
aptidões físicas, distúrbios orgânicos, e algumas modificações fisiológicas tais como:
aparecimento de rugas, embranquecimento dos cabelos, diminuição das capacidades
auditivas e visuais além de lentidão nos movimentos.
Um envelhecer satisfatório não é um atributo biológico, psicológico ou social,
mas resultado da adequada interação entre os fatores citados.
Assim, a população de idosos tem crescido tanto quanto a concepção de que a
velhice é um período de decadência física e mental, de que o idoso é completamente
dependente e improdutivo e causa transtornos tanto para a família quanto para os que
o cercam. Isto prejudica seu convívio social, limitando suas possibilidades de ação na
busca de uma vida digna.
Tais questões demonstraram que o evento do envelhecimento e as demandas
sociais específicas decorrentes tornaram a maturidade e a terceira idade um tema
privilegiado para pesquisa (PENA e SANTO ,2006).
O presente estudo pretende caracterizar a qualidade de vida de um grupo de
pessoas na idade madura detectando suas principais queixas, dificuldades e
reivindicações, além dos aspectos positivos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 - O Processo do Envelhecimento e Longevidade
De acordo com dados do IBGE, em 1996 a população de idosos já se
aproximava dos 9 milhões de habitantes. A expectativa de vida para as mulheres era de
63 anos e para os homens de 58 anos. Segundo a Organização Pan-americana de
Saúde (OPAS), esse quadro tem se modificado continuamente, sendo o
envelhecimento reconhecido como uma das mais importantes modificações na estrutura
da população mundial (DUARTE, 2000).
Aponta a mesma autora que as estimativas para 2025 prevêem uma população
próxima à 31,8 milhões de idosos, onde a quantidade de problemas gerados será
maior, já que a sociedade não está preparada para receber este contingente.
Conforme cita Kalache (1987), o Brasil deverá passar, entre 1960 e 2025, da 16º
para a 6º posição mundial em têrmos de número absolutos de indivíduos com 60 anos
ou mais. A velocidade com a qual este processo vem ocorrendo deverá determinar
grandes dificuldades ao Estado para lidar com o novo perfil epidemiológico que aos
poucos se sobrepõe, sem substituir, completamente, o perfil anteriormente
predominante.
Tal envelhecimento da população brasileira teve inicio da década de 60, quando
a queda das taxas de fecundidade começou a alterar sua estrutura etária, estreitando
progressivamente a base da pirâmide populacional (CHAIMOWICZ, 1997).
Conforme Litvak (1990): Os problemas sociais, econômicos e de saúde dos
idosos são, em grande parte, os das mulheres idosas", pois vivem mais que os homens;
têm maiores queixas de saúde; são mais solitárias; quando se tornam viuvas encontram
maior dificuldade para contraírem um novo casamento e geralmente possuem um
menor nível de instrução e renda.
No Brasil, em 1995, para cada 100 mulheres maiores de 60 anos existiam 81
homens da mesma idade (na região Sudeste, naquele ano, 10% da população feminina
era maior de 60 anos). No mesmo ano, dentre as pessoas acima de 60 anos, 48,5%
dos homens trabalhavam, contra apenas 20,2% das mulheres (IBGE, 1997). A
proporção de idosas que vivem sozinhas, vem aumentando nas últimas décadas e
alcançou o patamar de 14,9% em 1989 (BERQUÓ, 1992). Destas 60% possuíam renda
inferior ou igual a um salário-mínimo, sendo 84% na região Nordeste (BERCOVICH,
1992).
Uma das principais características da população idosa brasileira é a pobreza. A
aposentadoria e pensões constituem sua principal fonte de renda. O número de
benefícios concedidos é crescente, e as despesas médias com pagamentos desses
benefícios pela Previdência vêm, na maioria dos casos, diminuindo. Em virtude disto 1/3
dos brasileiros com 60 anos ou mais se mantinham em atividades produtivas em 1995.
O retorno ou a permanência no mercado de trabalho se dá, sobretudo, no mercado
informal, sem as garantias trabalhistas, em atividades mal remuneradas e com longas
jornadas. Essa desvalorização profissional decorre do baixo grau de instrução desse
público (IBGE, 1997).
2.1.1 - O idoso na perspectiva mundial
Em recente artigo publicado pela Revista Época (Março/2006), em todo o
mundo, nunca a população viveu tanto tempo. No Brasil a expectativa de vida é em
média 71 anos, enquanto que na década de 40, mal passava dos 45 anos.
O norte-americano vive em média 78 anos, o habitante de Singapura, 81. No
Principado de Andorra, pequeno país entre Espanha e França a média de vida é de 83
anos e cinco meses.
A sociedade tem o dever de criar meios que propiciem a superação deste quadro
e que garantam ao idoso uma vida melhor. Para isto, além, de superar os preconceitos,
seria preciso criar condições para o idoso usufruir o tempo disponível, com dignidade,
beneficiando-se por meio de: alimentação saudável, lazer, atividade física compatível
com sua condição, bom relacionamento social, liberdade de expressão e criação. Além
disso, o amor, carinho, reconhecimento de suas contribuições para a sociedade, e da
sua capacidade de amar, tudo isso pode impulsionar a felicidade, o bem-estar e,
consequentemente, a longevidade desse cidadão que tem direitos pessoais e sociais
que não podem ser negados.
Várias pesquisas demonstram que a participação em atividades físicas e
recreativas são indispensáveis para um bom desempenho físico do idoso, gerando
autoconfiança, satisfação e bem-estar, além de propiciar a sua inclusão social a partir
de mudanças no seu estilo de vida.
Para isso, deve ser levado em conta que o equilíbrio entre as limitações e
potencialidades do idoso contribuem para que o mesmo lide melhor com as inevitáveis
perdas decorrentes do processo de envelhecimento (LEITE,1990; YASBEK e
BATISTELLA,1994; FEDERIGHI,1995; MATSUDO e MATSUDO,1992).
2.1.2 Alterações fisiológicas na senilidade
Um fato que aumenta a vulnerabilidade do idoso é que com o avançar da idade o
indivíduo apresenta mudanças fisiológicas interferindo na eficácia dos medicamentos.
De acordo com Melo e Silva (2003), a eficácia terapêutica e a toxidade dos
medicamentos também estão relacionadas à sua interação com os alimentos. Tanto um
quanto o outro devem passar através das células para chegar ao local de atuação. A
falta de eficácia dos medicamentos e nutrientes poderia ser previsível e evitada caso
houvesse maior conhecimento do assunto por todos os membros da equipe de saúde.
Percebe-se tamm o crescimento significativo do uso de medicamentos,
levando a um aumento das reações adversas quanto à interação das drogas e
nutrientes (SIMÕES e FALVO, 2000).
A grande maioria dos remédios é produzida com base em estudos realizados em
pessoas jovens e tanto a absorção quanto a distribuição dessas substâncias pelo
organismo difere quando comparados ao organismo de um idoso. Isso faz com que os
problemas de polifarmacologia se tornem cada vez mais graves em relação à saúde
pública, pois os idosos estão ingerindo em média 2,4 medicamentos diariamente,
muitas vezes administrados inadequadamente, levando a internações ou até à morte
dependendo do caso (SIMÕES e FALVO, 2000).
Não obstante, tamm é comum a utilização de remédios caseiros, o que pode
levar a conseqüências indesejáveis se associados a outros medicamentos sem o
conhecimento médico. Há de se ter cautela na sua utilização, pois fitoterápicos podem
ser tóxicos e ter efeitos farmacológicos que ainda não foram totalmente esclarecidos,
embora atualmente as prescrições destes produtos já sejam aceitas pela classe
médica, mas com certas restrições (MELO e SILVA, 2003).
Além dos remédios, a boa alimentação tem um papel importante para a
longevidade. De acordo com Salgado (2003), diversos estudos mostram que dentre os
fatores que podem condicionar a qualidade de vida e a longevidade do ser humano, a
nutrição é um dos principais.
As condições nutricionais da população idosa brasileira são preocupantes.
Estima-se que no Brasil exista cerca de 300.000 idosos com baixo peso já que a
desnutrição representa atualmente mais de 35% nos registros de mortes de idosos
brasileiros nas regiões metropolitanas.
2.1.3 Saúde, Nutrição e Alimentação do Idoso
Dentre as principais causas que levam o idoso a perda de peso e a desnutrição
estão: a falta de informação sobre uma nutrição adequada, limitações financeiras,
incapacidades físicas, que interferem com a compra e preparo do alimento, isolamento
social e distúrbios mentais (SALGADO, 2003).
Os alimentos consumidos são importantes para suprir as necessidades calóricas
e nutritivas do organismo e para envelhecermos com saúde. Uma velhice prematura é
causada, na maioria das vezes, pela má alimentação. Se homens e mulheres
soubessem se alimentar desde a infância certamente poderiam viver mais e melhor
(MELO e SILVA, 2003).
Na vida moderna, adquirimos diversos hábitos que contribuem para acentuação
do envelhecimento: uma alimentação desbalanceada, rica em radicais livres e gordura
saturada, excesso de bebida alcoólica, estresse e outros aspectos do nosso dia-a-dia
(MARUCCI, 2000).
O envelhecimento acarreta alterações que dificultam a absorção de nutrientes
pelo organismo. Tais alterações ficam mais acentuadas à medida que a pessoa
envelhece e, por esta razão, o idoso tem necessidades nutricionais particulares,
relacionadas ao processo de envelhecimento (SALGADO, 2002).
Além disso, dependendo do grau de atividade física, que pode ser menor nesse
período de vida, a proporção de gordura do corpo pode começar a aumentar, o que
especialmente se verifica nas mulheres que passam pela pós-menopausa.
Conforme aponta Lehr (1990), jovens diferem dos idosos na maneira em que
absorvem alguns nutrientes, em seu uso geral, na acidez gástrica, nas respostas aos
estímulos físicos, nas variações da composição do corpo com a idade e na forma com
que essas mudanças influenciam as necessidades nutricionais.
O mesmo autor, comparando as necessidades entre os jovens e idosos, afirma
que estes últimos, provavelmente, têm necessidade, em maior ou menor quantidade de
vários nutrientes, como por exemplo:
Menos vitaminas A, pois armazenam mais e utilizam-na de maneira menos
eficiente;
Mais vitamina D, por se exporem menos tempo ao sol;
Mais piridoxina (B6), porque sua maior sensibilidade à depressão afeta a função
do sistema nervoso e sistema imunológico;
Mais cobalamina (B12), porque sua capacidade reduzida de produzir ácidos
gástricos limita sua absorção.
Vários estudos enfatizam que os efeitos provenientes da ação dos radicais livres
das células, influenciam o processo de envelhecimento, causando danos que podem
ser responsáveis por déficits comportamentais nesse período da vida (FLOYD, 1991).
O declínio funcional geral no envelhecimento envolve uma perda gradativa de
células e um metabolismo celular reduzido, com diminuição lenta associada à
capacidade da maioria dos sistemas e órgãos, porém variando muito na proporção e na
seqüência em que ocorrem tais mudanças. Em suas funções, os rins, pulmões, fígado,
musculatura esquelética e a capacidade de reserva do organismo diminuem cerca de
40% em relação aos jovens ( OLSHAMSKY, 1990, apud GOYAZ, 2003)
A menor mobilidade do sistema gastrointestinal leva a uma absorção inferior, as
percepções sensoriais de paladar, olfato e visão também diminuem. Estes sentidos
influenciam o apetite e a quantidade de alimentos consumidos, de modo que, no caso
dos idosos, os alimentos necessitam de uma intensificação de temperos. Aliado às
mudanças biológicas, também o estresse costuma causar uma maior preocupação com
as funções do organismo. Além disso, as perdas pessoais e a redução de
oportunidades sociais para a manutenção da auto-estima podem afetar a ingestão
alimentar, evidenciando uma ampla variedade de reações individuais. (CHAIMOWICZ,
1997).
Assim, um papel importante da nutrição situa-se na fase de crescimento e nos
anos intermediários, preparando cada indivíduo para atender eficientemente aos
processos metabólicos e ao declínio gradativo próprios dos anos de envelhecimento.
Uma dieta limitada, menos rica, mas bem balanceada pode, realmente, prolongar
a vida (WEINDRUCH, 1991, apud GOYAZ, 2003).
De acordo com Willians (1997), alguns sinais podem nos alertar para o início de
uma desnutrição em uma pessoa idosa. São eles:
Sinais físicos: perda de peso não intencional, talvez associada a
problemas como perda de dentes, dificuldade para engolir ou reduções de
percepções sensoriais.
Sinais psicossociais: perda de familiares, amigos, depressões e falta de
dinheiro.
Outro fator contributivo para a desnutrição nos idosos é a sua incapacitação para
o preparo dos alimentos e até no ato de se alimentar (WILLIANS, 1997).
2.2 Aspectos fisiológicos
2.2.1 - A Chegada da Menopausa
Para algumas mulheres a ausência de menstruação pode traduzir apenas a
existência ou não do risco de uma gravidez, porém para outras representa um sinal
claro do fim de sua feminilidade e o começo do envelhecimento, por se depararem com
o inicio da segunda metade do ciclo da vida. (FERREIRA, 2006).
Nesse estágio da vida, a mulher sofre várias transformações vivenciando um
estado de transição onde o corpo já se prepara para o envelhecer. O nível do
estrógeno sofre uma diminuição tornando o metabolismo feminino mais lento,
facilitando o acúmulo de gordura e em conseqüência o aumento de peso.
A redução progressiva desse hormônio, pode promover ainda efeitos marcantes
no organismo todo, como demência, doenças cardiovasculares e osteoporose
(MONTGONERY, 1991).
O mesmo autor tamm afirma que a deficiência estrogênica pode ser observada
desde o principio do processo da menopausa através de sintomas tais como: ondas de
calor, sudorese noturna, cefaléias e vertigens, depressão, instabilidade, fadiga e perda
da libido, atrofia do tecido genital e aumento de peso.
Em relação às mudanças psíquicas não é a diminuição do estrógeno a causa de
tudo o que ocorre. Deve-se considerar todo um contexto da pessoa menopausada, sua
vida social, emocional, biológica e as condições atuais.
Archer (1999), estudou o possível efeito do estrogênio sobre as concentrações
de neurotransmissores do sistema nervoso central, especificamente da serotonina, bem
como seu impacto no comportamento das mulheres pré e pós menopausadas, e
conclui que as mulheres tornam-se mais depressivas que os homens com a idade e que
essa diferença parece ser devida às mudanças nos níveis de estrogênio.
Outro fator determinante é a diminuição do metabolismo e aumento da gordura
levando a um aumento da medida da cintura, do abdome e dos seios.
Para controlar estas mudanças deve-se seguir uma dieta balanceada, praticar
exercícios físicos, controlar a ingestão de açucares e restringir as bebidas alcoólicas.
Estudos atuais revelam que o estrogênio propicia melhora da função cognitiva
(JOFF, 1998); funciona como coadjuvante aos antidepressivos (STAHL, 1998); e
sugerem ainda resultados promissores para mulheres portadoras de Alzheimer; porém,
a TRH (Terapia de Reposição Hormonal), ainda é polêmica e controversa.
2.2.2 - Os Efeitos da Andropausa
Após os 50 anos de idade os homens passam por uma diminuição da
testosterona, hormônio masculino responsável pelo desempenho sexual.
Os problemas de ereção, concentração, calor excessivo, osteoporose e cansaço
caracterizam esta fase, que é conhecida como andropausa. Da mesma forma que entre
as mulheres, a reposição hormonal ainda é vista com ressalva e precisa ser avaliada
individualmente. No entanto, em boa parte dos casos, basta exercer algumas atividades
físicas e tomar alguns cuidados com a dieta.
A diferença mais marcante entre menopausa e andropausa é que os homens
não perdem a fertilidade, a quantidade de esperamtozóides diminui mas não cessa,
porém há uma amornada na libido.
Com o avanço dos conhecimentos sobre este assunto, as novas terapias, dietas
balanceadas e programas de atividades físicas o envelhecimento passa a ser
harmonioso, lento e compatível com uma melhor qualidade de vida.
Deve-se atentar que o envelhecimento é uma condição inerente ao ser humano e
por isso, todos deveriam atinar para a melhora desta fase da vida (BALLONE, 2007.b).
2.2.3 - Sexualidade na Idade Madura
Segundo Azevedo (2006) os aspectos psicológicos e emocionais afetam de
maneira acentuada o comportamento sexual das pessoas. Assim, os processos
biológicos que se iniciam com a concepção prosseguem na maturidade. As influências
variam de cultura para cultura de acordo com valores próprios, estereótipos de
masculino e feminino e tabus sobre o comportamento sexual.
A função sexual continua por toda vida como importante meio de expansão
emocional, de acordo com os valores culturais. Porém, com o avanço da idade, há
uma tendência à diminuição da função sexual havendo uma queda na freqüência das
relações sexuais.
O climatério para algumas mulheres é um período de problemas psicológicos
onde o fato de não poder mais procriar, propicia sentimento de desvalorização pessoal,
ainda que outras mulheres nesta fase descubram uma nova liberdade (AZEVEDO,
2006).
O homem não tem problema na fertilidade, mas pode experimentar crises
emocionais que refletem no seu vigor sexual. A impotência masculina tem como causa
problemas circulatórios e a diminuição da sensibilidade na região peniana, porém na
maioria dos casos se deve a fatores emocionais.
Mesmo assim, tanto o homem quanto a mulher continuam a apreciar as relações
sexuais. A sexualidade na velhice é um tema comumente pouco conhecido e até
mesmo ignorado pela sociedade, pelos próprios idosos e negligenciado pelos
profissionais da saúde (STEINKE, 1997).
A atividade sexual depende de características físicas, psicológicas, e biológicas
do indivíduo, da existência de uma companheira e de suas características, além de
depender também do contexto sócio-cultural.
Devido ao desconhecimento e à pressão cultural, numerosas pessoas de idade
avançada, nas quais ainda é intenso o desejo sexual, experimentam um sentimento de
culpa e de vergonha, chegando a crer-se anormais pelo simples fato de se perceberem
com vontade do prazer. Os idosos se distanciam e esquecem de seu próprio corpo e,
tanto quanto ou mais que na infância, a sociedade impõe que a sexualidade deva ser
totalmente ignorada na velhice (LIMENTANI, 1995).
Ainda existe o problema da literatura médica, que mesmo repleta de estudos
sobre atividade sexual, ainda tende a exaltar a sexualidade exclusivamente calcada no
coito, não compreendendo ou concebendo outras atitudes, condutas e práticas
igualmente prazerosas ( SCHIAVI, 1995).
O mesmo autor tamm afirma que nas últimas décadas, algumas mudanças
com respeito à sexualidade têm permitido um aumento do número de idosos que
buscam conselho e tratamento para suas eventuais disfunções sexuais.
Estudos médicos têm demonstrado que a maior parte das pessoas de idade
avançada é perfeitamente capaz de ter relações sexuais e de sentir prazer nas
mesmas atividades que se entregam as pessoas mais jovens.
Kaiser (1996) realizou uma revisão dos diferentes trabalhos publicados até então
sobre atividade sexual em pessoas de mais idade. Entre estes se sobressai o de
Pfeiffer, que encontrou em 95% dos homens com idade entre 46 e 50 anos, uma
freqüência semanal de relações sexuais, caindo para 28% nos homens de 66 a 71
anos. No caso de pessoas regularmente casadas, 56% delas com idade na casa dos 60
anos e 24% dos maiores de 76 anos, eram sexualmente ativos.
2.3 - Políticas Públicas e Envelhecimento
2.3.1- Sistema de Saúde e o atendimento ao idoso
Com o crescimento acelerado dos idosos no Brasil, os governos federal, estadual
e municipal, criaram medidas de defesa para os idosos; direitos que ainda não são bem
conhecidos por eles, tampouco pelos profissionais que deles cuidam. (PAPALEO,
1996).
Apesar de a atual legislação redimensionar a questão saúde/doença, enfatizando
a promoção da saúde, o sistema público ainda caracteriza-se, em geral, por um
funcionamento fragmentado onde cada unidade de saúde atua individualmente, dentro
das normas de acordo com seus recursos.
Nos casos de encaminhamento para exames, cirurgias, indicação de
medicamentos ou próteses, o sistema tem uma estrutura que prevê o percurso do
usuário, de suas consultas e de seus retornos, porém, essa estrutura, na maior parte
das vezes, não tem garantido o atendimento à população idosa, cujas necessidades
extrapolam o encaminhamento previsto no atual sistema.
Como resultado, o idoso tem que realizar infinitos retornos para exames e
consultas que contemporizam o atendimento de suas reais necessidades (MELO e
SILVA, 2003).
Apesar da crescente demanda de serviços públicos de saúde da população
idosa, não tem sido dada a atenção necessária à legislação em vigor. Não há uma
clareza das dimensões que este trabalho deve ter, provavelmente, pela escassez de
discussões mais aprofundadas a respeito das implicações da velhice (CARLOS, 1994).
2.3.2 A marginalização da pessoa do idoso
A forma como a sociedade define e diferencia os jovens dos idosos propicia uma
relação de poder onde aos idosos resta a posição de serem dominados pelos jovens.
(BEAUVOIR, 1970).
De acordo com Canoas (1985), é a dominação em nome do amor onde a
opressão é mascarada em forma de proteção. Tratam os idosos como se fossem
crianças que nada podem fazer sem auxílio e deste modo exercem o controle e o
poder.
Em nome da suposta fraqueza do corpo velho e da necessidade de descanso
estipula-se uma idade para a aposentadoria. Esta torna-se um atestado de
incapacidade e invalidez. Poderíamos até pensar nesta aposentadoria como uma fase
feliz, de descanso; mas quais as condições oferecidas para esse descanso?
Na realidade, o padrão de vida imposto à maioria dos idosos é tão miserável que
a expressão velho e pobre quase chega a ser pleonasmo (BEAUVOIR, 1970).
O valor mensal da aposentadoria, na grande maioria dos casos, não para a
sobrevivência, o que faz com que o idoso necessite da ajuda dos filhos e até passe a
morar com estes, esquecendo-se de sua individualidade em nome da necessidade.
Uma vez na casa dos filhos, reaviva-se a vontade de ser útil; passa a intervir
instintivamente na vida destes e na educação dos netos, procurando ensinar o que
aprendeu, mas geralmente não lhe dão a devida atenção. Assim, como conseqüência
da aposentadoria, uma nova reestruturação da vida é necessária, acarretando, muitas
vezes, danos psicológicos importantes. Como meio de sobrevivência, na tentativa de
defender e superar aquilo que lhe é imposto e permitido pela sociedade, muitas vezes o
próprio idoso acaba por negar sua condição (SILVA 1983).
Através do relato de vida de idosos, o autor aponta que essa negação é
encontrada de duas formas: no isolamento e na transformação da velhice em doença.
De acordo com a mesma autora, a doença teria três sentidos: um deles seria o
fato de existir a possibilidade de cura para a velhice assim como existem curas para as
doenças; um segundo seria a doença como um elo de reintegração social no momento
em que é concedido um número ou nome ao ingressar em um sistema de saúde como
para qualquer pessoa e, por fim, a doença como diferenciadora, já que, apesar de todos
serem vistos como velhos, cada qual tem uma doença particular.
2.3.3 - Aposentadoria e Seus Efeitos
De acordo com o estudo dos consultores americanos Dycktwald e Flowers,
(1990), a expectativa da aposentadoria bem como sua consumação, causa nas
pessoas, diversos efeitos psicológicos; a saber:
Imaginação: Caracteriza-se por um estado de excitação que aumenta à medida
que se aproxima a data prevista para a aposentadoria. O futuro é encarado com
entusiasmo pela maioria absoluta, porém, para muitos o assunto não é
prioridade. 70% vêem na aposentadoria a oportunidade da realização de
antigos sonhos.
Antecipação: Esse período inicia-se aproximadamente cinco anos antes da
aposentadoria. É um período de esperança e ansiedade. O indivíduo volta-se
para a família e os hobbies. Algumas pessoas procuram um conselheiro para
entender os desafios que virão adiante. As pessoas estão otimistas, mas os
sinais de preocupação começam a aparecer.
Liberação:uma excitação com a liberdade e ausência de responsabilidade
do trabalho. No dia da aposentadoria, as pessoas se sentem aliviadas e
confiantes. Mas admitem a perda de contato com os amigos do trabalho. A
maioria vê nesse estágio um momento para ficar mais com a família ou viajar. O
problema: a lua-de-mel dura apenas um ano.
Reorientação: É quando as pessoas percebem que a aposentadoria não é o
paraíso que se sonhava. Em geral essa fase surge um ano após pararem de
trabalhar. Começam a preocupar-se com a saúde e finanças, até reclamam da
depressão e tédio. Para alguns é tamm um momento de revisão de planos e
crescimento pessoal. Uma segunda carreira pode surgir aqui. Esse estágio pode
durar 15 anos.
Reconciliação: É a fase da aceitação. Alguns planejam mudar de casa ou de
cidade. Querem descansar e relaxar. Outros recuperam o interesse por Hobbies
e mostram preocupação em deixar um legado. O otimismo volta. Os níveis de
depressão diminuem. Mas a maioria se diz triste com o inevitável fim da vida.
Nesse estágio, os indivíduos já estão com mais de 70 anos.
2.4 Aspectos relevantes no processo de envelhecimento
2.4.1 - Doença e Terceira Idade
A busca por tratamento médico torna-se mais freqüente na terceira idade.
Normalmente começa a preocupação com a saúde na maturidade. Nesta etapa, por
exemplo, uma situação que nos leva ao médico é a pressão alta, relacionada a uma
série de fatores muito diferentes e que inspira cuidados que vão alterar nosso cotidiano.
Na terceira idade há tendência a uma série de doenças, na sua grande maioria
fáceis de serem controladas. A artrose, por exemplo, acomete com muita freqüência o
idoso e pode se somar a outras como a pressão alta ou o diabetes. O médico deve
administrar a doença com a participação do idoso e dos seus familiares, passando-lhes
o máximo de informações possíveis, distinguindo os sintomas próprios da idade,
daqueles devido à doença, tendo especial cuidado com as características da
personalidade do paciente e aspectos próprios de seu meio. (AZEVEDO, 2006)
2.4.2 - Religiosidade
A religião é, para algumas pessoas, um importante quadro de referência pessoal
e isso parece ser mais verdadeiro para os adultos na segunda metade de suas vidas.
uma tendência entre os estudiosos em concordar que, a partir da meia idade,
os indivíduos passam a valorizar os aspectos internos do self, o que abre caminho aos
sentimentos e comportamentos religiosos (NERY, 1993).
De acordo com (WEI-MING, 1978, apud NERY, 1993), em 500 a.C., Confúcio já
descrevia a espiritualidade como própria da velhice. Para ele
O homem de 30 anos deve estar envolvido com responsabilidades sociais e
familiares. Aos 40 ele deve ter adquirido a certeza da direção e do valor de
seus empreendimentos e não ter mais a dúvida que assalta os jovens no
inicio da carreira e da vida familiar. Aos 50 o indivíduo torna-se atento aos
desígnios dos céus e assim transcende as preocupações materiais e
individuais. Com 60 anos ele aceita a vida como ela é, abandonando uma
perspectiva restrita e pessoal e percebendo o grande plano divino. Aos 70
anos ocorre uma total transcendência, os desejos dele e os do céu se
unificam, não havendo separação entre suas ambições pessoais e os
comandos divinos (NERY, 1993).
Embora haja consenso entre os estudiosos e evidência empírica sobre a relação
entre religiosidade e vida adulta, existem algumas opiniões divergentes, no que diz
respeito à religião ser ou não facilitadora da adaptação e do bem-estar do homem
(NERY, 1993).
Freud destaca-se como um dos maiores opositores da religião. Entendia que a
psicologia e a ciência seriam as maiores benfeitoras da humanidade e a religião a pior
inimiga. Acreditava na religião como uma maneira primitiva de entender o mundo, que
tenderia a ser substituída pela ciência e pelas ideologias políticas. Freud considerava-a
ainda como infantil e alheia à realidade, uma neurose coletiva (FREUD, 1974).
Entre os psicólogos contemporâneos, Ellis (1980) é provavelmente um dos
maiores representantes da visão da religião relacionada a distúrbios emocionais.
Afirma que a religiosidade é, em muitos aspectos, equivalente a pensamentos
irracionais e que a religião até pode ser compatível com a saúde mental, desde que não
seja absolutista, ortodoxa ou dogmática. Assim sendo, quanto menos religiosa for a
pessoa, mais saudável emocionalmente ela tenderá a ser (ELLIS, 1990).
Em posição contrária, estão alguns psicólogos que têm uma visão positiva sobre
o valor da religiosidade para a pessoa. Jung (1971), entendia que o indivíduo religioso
tem maior facilidade para enfrentar as dificuldades de ordem moral, social e política do
nosso tempo e que
O indivíduo que não está ancorado em Deus não tem recursos pessoais para
oferecer resistências às tentações físicas e morais do mundo. Para isso ele
precisa de evidência íntima, transcendente, e somente ela poderá protegê-lo
da, de outra forma inevitável, imersão na massa (p.34) .
Conforme relata Nery (1993), a maior parte dos psicólogos neo-freudianos e
humanistas-teistas (MASLOW, 1973; ALLPORT, 1950; ADLER, 1987; E BERGIN, 1980)
têm opiniões igualmente favoráveis sobre o papel da religião na vida do homem,
reconhecendo sua importância em facilitar o entendimento à pessoa, para melhorar sua
sensação de bem-estar e satisfação com a vida.
2.4.3 - Lazer e Cultura para Idade Madura
Nos últimos anos, temos presenciado o crescimento de atividades culturais,
artísticas e físico-esportivas que valorizam a recreação, o lazer, a integração e a
identificação entre freqüentadores dos grupos de idosos. Equipes especializadas têm
assumido a responsabilidade social com idosos, desenvolvendo regularmente
programas voltados à melhoria da qualidade de vida dessas comunidades.
Esses programas proporcionam ocasiões para que os participantes conheçam
pessoas e grupos com interesses em comum e desenvolvam novas relações
interpessoais.
Nesses encontros as turmas de terceira idade participam de oficinas e feiras de
artesanato, palestras sobre saúde, cidadania, beleza e dos mais variados assuntos.
(FERNANDES, 2006) .
Por outro lado, em qualquer sociedade e, mesmo considerando os casos em que
a velhice trás consigo respeito e certa dose de influência, ela representa a renúncia a
muitas coisas consideradas socialmente agradáveis. (LINTON, 1981, apud
JUNQUEIRA, 1998)
2.4.4 O Estatuto do Idoso e a inclusão social
Após muitos anos de discussão e pressão do clamor da população idosa, o
Poder Legislativo, em 2003 editou o Estatuto do Idoso.
Apesar da falta de aplicabilidade prática, se vislumbra, o Estatuto como um
grande marco na evolução dos direitos das pessoas idosas do país.
Alguns direitos têm beneficiado os idosos, tais como: utilização de transportes
públicos, entradas francas em determinados locais de entretenimentos e diversão,
prioridade em filas bancárias e em tramitações processuais na justiça, entre outros até
então marginalizados pelas autoridades públicas.
O Estatuto não foi capaz de erradicar as disparidades existentes entre as classes
sociais, mas ainda que de forma tímida, melhorou a qualidade de vida para todos os
idosos independentemente da classe social e do estado de saúde.
Além do aspecto jurídico, o atual cenário social tem proporcionado à vida do
idoso uma melhora substancial e poderá ser muito maior nos próximos dez ou vinte
anos (MELO e SILVA, 2003).
Ademais, o crescimento econômico levou algumas empresas a adotarem
posições altruístas como forma de marketing, incentivando a adoção de programas que
visam apenas pessoas da terceira idade.
O grupo Pão de Açúcar e a rede Pizza Hut, por exemplo têm o programa
Terceira Idade voltado para a contratação de pessoas com mais de 55 anos.
Além destas empresas, atualmente, assistimos a diversas ONG´s e
Universidades que cada vez mais investem suas energias em projetos voltados à
recolocação de idosos em atividades, melhorando a sua auto-estima e a qualidade de
vida. Entre as iniciativas de destaque estão as da Universidade Aberta a Terceira Idade
(UATI), projeto realizado pela Universidade do Sagrado Coração de Bauru, e as do
Prêmio Talentos da Maturidade, do Banco Real.
O Banco realiza atividades culturais com premiações aos melhores participantes,
como forma de incentivo, na área musical, literatura, artes plásticas e monografias
sobre a questão do idoso e Talentos da Maturidade. Projeto nascido para ser uma
iniciativa pontual e que entrou no calendário fixo de atividades do ABN Amro Real
graças à repercussão inclusive institucional.
O prêmio é uma ação que atingiu todas as classes sociais e não apenas a classe
média. As Universidades Metodista e a do Sagrado Coração de Bauru resolveram
trazer as pessoas de mais idade para a escola, não apenas para propiciar educação
escolar, mas também para integrar pessoas que antes estavam afastadas do círculo de
amizades.
Outra ferramenta importante é a informática, e ao contrário de muitas opiniões,
as pessoas da terceira idade vêm se dando bem com a tecnologia: por meio da
informática, é possível desencadear no aluno idoso novas descobertas sobre si mesmo
e seu potencial em aprender. Am de tudo isso, o mundo do idoso se amplia com a
Internet, o que provoca avanços nas relações virtuais ou não com filhos, sobrinhos,
netos, parentes e amigos distantes (FANTINI, 2004).
Esses projetos destinam-se aos idosos saudáveis, mas tamm há os
dependentes e semi-dependentes, e atendê-los adequadamente representa um enorme
desafio para o país.
Os trabalhos sociais para o idoso cresceram nos últimos tempos, mas com
ênfase no idoso que tem boa saúde. São programas de lazer, de atividade física, dança
e encontros sociais de grupos de convivência que são freqüentados por idosos felizes.
Quanto aos chamados idosos dependentes, mesmo com o Estatuto Nacional do
Idoso, estão muito mal. Faltam instituições intermediárias de cuidados onde o idoso
dependente ou semi-dependente possa ser atendido sem deixar de viver ou morar com
a sua família.
Desse modo tem-se ótimos programas voltados para os saudáveis de um lado e
de outro instituições de internação, os chamados asilos, que em grande parte são locais
de má qualidade .
2.4.5 Melhor idade ou utopia: o outro lado do envelhecimento
Apesar do crescente número de programas sociais voltados à terceira idade,
pode-se deparar tamm com uma realidade diferente, à margem da ideal. Há idosos
que, não contam com atividades propícias para uma melhoria em sua qualidade de vida
e bem estar físico. Vivem na ausência total de atividades recreativas e de programas
que os estimulem ao lazer, levando uma vida sedentária, monótona e desinteressante.
Além disso, na idade avançada há perdas biológicas e sociais. O idoso começa a
sofrer preconceitos, dentre êles a exclusão do meio produtivo, e também as perdas
afetivas. A rejeição na maioria das vezes vem da própria família que o considera um
estorvo no lar, solucionando prática e sumariamente tal situação com internação em
casa de repouso, asilos e afins (GOYAZ, 2003).
Esses asilos, na maioria dos casos, não oferecem atividades suficientes para
suprir as necessidades dos idosos, proporcionando-lhes uma vida vazia e destituída de
prazeres.
As atividades recreativas, quando existentes, estimulam o organismo a produzir
substâncias como, endorfina e andrógenos, que são responsáveis pela sensação de
bem estar induzindo a recuperação da auto-estima. Estas sensações são inibidas pelo
sedentarismo que somado ao stress provoca patologias fisiológicas e psíquicas.
A velhice é vista como etapa de decadência física e mental, conceito equivocado,
pois cidadãos aos 65 anos, idade oficializada pela Organização das Nações Unidas,
ainda são completamente independentes e produtivos.
Decadência sim, mas da sociedade que perde, não dando valor ou procurando
suprir as necessidades dos idosos.
A população idosa cresce a cada dia e com ela as dificuldades e a necessidade
de soluções eficientes, junto aos órgãos públicos, com o objetivo de tornar digna a vida
dos idosos.
2.5 O espelho do idoso e as questões psicológicas
2.5.1 - O idoso e a Representação de si
Em mim, o idoso é o outro, isto é, aquilo que eu sou para os outros: e este outro
sou eu. (BEAUVOIR,1990).
Para Medrado (1996), o corpo é o elemento referencial das relações
interpessoais, pois é através dele que o indivíduo demonstra a sua subjetividade em
uma interação, constituindo a base das relações sociais.
Segundo o referido autor, é através do corpo que o homem desenvolve suas
percepções e capacidades, dentre estas a linguagem, e a expressão que o diferencia
das outras espécies.
Assim sendo, o envelhecimento causa alguns transtornos no referencial das
relações interpessoais e na construção da própria identidade, dependendo da cultura e
do momento histórico.
Podemos então compreender que, a representação social da velhice é apreender
os significados atribuídos a essa etapa da vida e suas conseqüências. É entender o seu
espaço no meio em que está inserido (MEDRADO, 1996).
2.5.2 - O Estigma da Velhice e a Influência na identidade do Idoso
Friedman (1992), afirma que o homem influencia e é influenciado pelo seu meio,
construindo-se através das experiências adquiridas, pelas atividades praticadas e pela
própria comunicação. De acordo com este autor, a linguagem é um produto histórico-
social e um fator essencial para a formação da consciência do indivíduo, estabelecendo
uma relação entre o seu próprio desenvolvimento e o da sua consciência.
Para Goffman (1988), a sociedade estabelece meios e atributos para categorizar
as pessoas, o que faz com que se trace um juízo prévio de cada indivíduo que a ela
pertence. O autor destaca ainda que isso reduz as chances de se perceber as
características próprias de um indivíduo, evidenciando só o que lhe é atribuído. Desta
forma, o próprio indivíduo começa a basear suas decisões não no que acredita ser, mas
de acordo com a categoria na qual está inserido, acreditando nos atributos impostos
pela sociedade.
Canoas (1985) relata que a juventude encara os idosos como sendo fracos,
aborrecidos e incapazes. Afirma que os próprios velhos, por serem discriminados,
muitas vezes negam sua velhice e para igualar-se ao jovem, frente a determinadas
circunstâncias, esforçam-se para mostrar uma alegria e um dinamismo que não lhes
são peculiares.
Como conclui Ciampa (1995) interiorizamos aquilo que os outros nos atribuem
de tal forma que se torna nosso.
2.6 Qualidade de vida na terceira idade
2.6.1 Conceito de qualidade de vida
Qualidade de vida é um têrmo de difícil conceituação, tanto que o debate sobre
seu significado nas últimas décadas, não chega a um consenso satisfatório.
Para Minayo (2000), qualidade de vida é um têrmo que abrange muitos
significados, refletindo os conhecimentos, as experiências e os valores dos indivíduos e
da coletividade. Reporta-se a várias épocas, espaços e histórias diferentes, sendo uma
construção social, com a marca da relatividade cultural.
Para Bowling (1995), qualidade de vida é um conceito amorfo, vago,
multidimensional que incorpora teoricamente, todos os aspectos da vida humana,
podendo ser utilizado por muitas disciplinas geografia, psicologia, ciências médicas e
sociais, etc.
Segundo Okuma (1998), estudos em gerontologia têm demonstrado que a
atividade física aliada a outros aspectos tais como hereditariedade, alimentação
adequada e hábitos de vida apropriados, podem melhorar em muito a qualidade de vida
dos idosos. Embora existam questionamentos em relação ao papel da atividade física
no processo de envelhecimento, há muitos dados que configuram seu benefício
incontestável para aqueles que a praticam, em relação à saúde física, mental,
psicológica e social.
Assim, de forma geral, podemos afirmar que o conceito de qualidade de vida
está relacionado à auto-estima e bem-estar pessoal e social, abrangendo uma série de
aspectos como: a capacidade funcional, o nível sócio-econômico, o estado emocional, a
interação social, a atividade intelectual, o auto-cuidado, o suporte familiar, o próprio
estado de saúde, os valores culturais, éticos e religiosos, o estilo de vida, a satisfação
com o emprego e/ou com atividades drias e o ambiente em que se vive. É um
conceito subjetivo dependente do nível sócio-cultural, da faixa etária e das aspirações
pessoais do indivíduo.
Diante da realidade inquestionável das transformações demográficas iniciadas
no último século com uma população cada vez mais envelhecida, evidencia-se a
importância de garantir às pessoas maduras e aos idosos não só uma sobrevida maior,
mas também uma boa qualidade de vida.
Essa preocupação surgiu na década de 60, na Europa, com atividades voltadas
aos indivíduos aposentados visando ocupar seu tempo livre. No Brasil, o SESC, em
1964, foi o pioneiro em desenvolvimento e implantação de atividades voltadas aos
indivíduos da terceira idade. Em 1977, o SESC implementou a Universidade da Terceira
idade como forma de trazer conhecimento, através de palestras, cursos de atualização,
debates de questões voltadas ao envelhecimento, convivência com outras pessoas,
lazer e divertimento, com suporte institucional jurídico, médico, etc.; aumentando
qualidade de vida dessa população.
Na década de 90, houve um aumento considerável de programas voltados aos
idosos no Brasil com o PAME Plano de Ação Mundial sobre Envelhecimento. Porém,
somente quase uma década depois foram essas ações traduzidas sob a forma de
legislação, objetivando atender as necessidades da população idosa, com a PNI
Política Nacional do Idoso; regulamentada pelo decreto lei 1948, de 03 de julho de
1996.
Com o advento da lei, algumas empresas passaram a desenvolver interessantes
PPA - Programas de Preparação para Aposentadoria, proporcionando aos seus
funcionários que estavam prestes a se aposentar, um espaço de reflexão sobre os
possíveis danos e perdas relativos ao afastamento do trabalho, ajudando-os a fazerem
o planejamento dos anos posteriores ao seu desligamento da empresa. Também
reforçando as relações com a família, com amigos, projetos de vida futuros de lazer e
diversão, projetos também voltados para manter as faculdades mentais ativas com
capacidade de projetar e realizar desejos - que em alguma etapa de nossas vidas não
passam de sonhos, e em outra etapa podem ser projetos, dando-se uma dinâmica
diferente a vida, que é o fato de transformar os sonhos em projetos e os projetos em
realidade.
Várias pesquisas têm demonstrado que a participação em atividades físicas,
recreativas e de lazer; atenção e carinho da família, aproximação pessoal, cursos e
palestras são fundamentais para um bom desempenho físico e mental do idoso
(LEITE,1990; YASBEK E BATISTELLA,1994; FEDERIGHI,1995; MATSUDO
MATSUDO,1992), tornando-se ponto de referência ao aumento da auto-estima e
autoconfiança, gerando satisfação e bem estar, incluindo-o socialmente a partir de
mudanças no seu estilo de vida. Para isso, deve-se levar em conta que o equilíbrio
entre as limitações e potencialidades do idoso contribuem para que o mesmo lide com
as inevitáveis perdas decorrentes do processo de envelhecimento; pois um estilo de
vida ativo traz efeitos benéficos para a manutenção da capacidade funcional e da
autonomia física durante o processo de envelhecimento.
3 METODOLOGIA
O presente estudo teve seu foco principal concentrado em pessoas de idade
madura.
Para amparar teoricamente o tema estudado, foram realizadas pesquisas em
revistas, sites, artigos e livros científicos nacionais e internacionais, publicados durante
as últimas décadas. Em seguida procedeu-se à leitura seletiva/interpretativa,
elaboração de questionário e resumos.
O questionário foi elaborado e aplicado pelo próprio pesquisador em locais e
datas diversas.
Em primeira instância foi realizado um pré teste para o questionário com 10
pessoas acima de 50 anos de idade, com o intuito de investigar a clareza das questões,
em relação ao seu entendimento por parte dos entrevistados. Os dados obtidos no pré
teste não foram considerados ou computados no estudo.
Após esta fase o questionário foi aplicado de forma definitiva em locais onde
havia uma maior freqüência de pessoas maduras, como por exemplo: feira-livre
dominical, bairros da periferia, clubes de 3ª idade, bingos beneficentes, vizinhança do
pesquisador, posto de saúde de Agudos, UATI-USC Universidade Aberta à Terceira
Idade USC-Bauru.
Fizeram parte da amostra analisada 138 pessoas com idade acima de 50 anos,
escolhidas aleatoriamente pelo pesquisador.
Não houve nenhum contato prévio com os entrevistados. As explicações
relativas ao objetivo da pesquisa, bem como os esclarecimentos sobre o preenchimento
do questionário foram efetuados verbalmente imediatamente após a abordagem.
Foi explicado ainda, que a participação na coleta de dados era de caráter
individual e voluntário, portanto cada participante poderia sentir-se a vontade para
responder ou não ao questionário proposto. Encontrava-se em folha anexa a carta
convite (apêndice 1) e o têrmo de consentimento (apêndice 2).
Os participantes não foram identificados, porém foi possível ao pesquisador
identificar os grupos, pois em cada um dos locais a pesquisa foi realizada em datas
distintas. Em todas as oportunidades o pesquisador aguardou pela resposta e entrega
do questionário.
Quanto ao instrumento de coleta de dados, (apêndice 3), optou-se pelo
questionário, pois Gil (1994), relata que tal instrumento compõe-se de questões
apresentadas por escrito e que têm por objetivo, o conhecimento de opiniões, crenças,
sentimentos, expectativas, situações vivenciadas, etc., além de oferecer a possibilidade
de quantificação de fenômenos sociais, como opiniões. Além disso, exige pouco tempo
para aplicação e oferece a garantia do anonimato para os participantes. (GIL, 1994,
apud PARRÉ, 2001)
Cada item teve como pretensão abordar um aspecto diferente da realidade da
vida das pessoas na idade madura possibilitando uma melhor visão de tais
circunstâncias.
Os resultados foram analisados por estatística descritiva.
Após essa etapa elaborou-se a analise e a interpretação dos dados, tendo em
vista o referencial teórico anteriormente exposto.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos com a coleta de dados referente à pesquisa de campo,
bem como suas respectivas respostas encontram-se representados a seguir.
A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Pergunta 1 - Qual é a sua idade?
TABELA 1 - Distribuição dos casos estudados por faixa etária em Bauru-SP, (absoluto e relativo),
Categorias N %
50 a 65 anos 61 44
66 a 75 anos 52 38
76 a 80 anos 22 16
Acima de 80 anos 3 2
Totais 138 100
Os dados obtidos na pesquisa mostraram que 44% dos entrevistados encontram-
se na faixa etária entre 50 e 65 anos; 38% estão entre 66 e 75 anos e 16% entre 76 e
80 anos. Apenas 2% possuem mais de 80 anos.
Assim pode-se verificar que a distribuição nas três primeiras faixas etárias é
maior, havendo mínima participação de pessoas com mais de oitenta (80) anos neste
trabalho. Uma explicação para tais resultados pode ser o fato de que pessoas com
mais de 80 anos costumam sair com menos freqüência devido às alterações naturais
advindas do envelhecimento, que vão restringindo aos poucos sua autonomia para as
mais diversas atividades (MEDRADO, 1996)
Pergunta 2 Qual seu Sexo ?
TABELA 2 - Distribuição dos casos estudados por sexo (gênero), em Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Masculino 74 54
Feminino 64 46
Totais
138 100
Quanto ao sexo dos entrevistados, 54% são do sexo masculino e 46% são do
sexo feminino.
Em relação a esses percentuais é interessante ressaltar que houve uma certa
resistência por parte das mulheres em responder ao questionário, quando aplicado em
locais públicos, sendo que o percentual de participação feminina só cresceu após a
realização da pesquisa na UATI - Universidade Aberta à Terceira Idade USC-Bauru,
onde, por haver um maior contingente feminino no corpo discente aumentou a
quantidade de respostas deste público ao questionário proposto.
Pergunta 3 Qual seu nível de escolaridade?
TABELA 3 - Distribuição dos casos estudados por nível de escolaridade, em Bauru-SP,
(absoluto e relativo).
Categorias N %
Analfabeto 0 0
Alfabetizado 16 11
1º Grau completo 40 29
2º Grau completo 44 32
Superior completo 38 28
Totais 138 100
Em relação ao grau de escolaridade, 11% dos entrevistados alegaram ser
apenas alfabetizados; 29% disseram ter concluído o primeiro grau, 32 % o segundo
grau, (normal, científico, clássico ou técnico em contabilidade) e 28% fizeram curso
superior.
Verificou-se que os entrevistados que concluíram o primeiro grau, se somados
aos que concluíram o segundo grau compõem mais da metade da amostra. Verificou-se
ainda que 28% possuem grau universitário, fato esse que pode ser explicado pela
participação de integrantes da UATI* - Universidade Aberta à Terceira Idade USC-
Bauru, na pesquisa, pois os integrantes da UATI, em sua maioria, possuem curso
superior completo.
Dentre os entrevistados não foi encontrado nenhum analfabeto, isto é, que não
tivesse condição de ler e interpretar o questionário proposto.
Vários dos entrevistados relataram ter freqüentado escolas com idade mais
avançada, ou mesmo depois de casado.
Pergunta 4 - Qual seu estado civil?
TABELA.4 - Distribuição dos casos estudados por estado civil, em Bauru-SP, (absoluto
e relativo).
Categorias N %
Solteiro 11 8
Casado 74 54
Viuvo 25 18
Outros 28 20
Totais 138 100
Em relação ao estado civil dos participantes, os resultados mostram que 54%, o casados. Os
viúvos somam 18% e os solteiros 8%. Os demais pesquisados (20%), declararam ter “outro” estado civil.
Esse resultado mostra que a maior parte das pessoas que constituem a amostra possuem um companheiro,
fato esse que por si só já pode amenizar em parte a suposta solidão da idade madura.
Pergunta 5 Você é praticante de alguma religião?
TABELA 5 Distribuição dos casos estudados por religiosidade, em Bauru-SP,
(absoluto e relativo).
Categorias N %
Sim 120 87
Não 18 13
Totais 138 100
Pode-se observar no tabela acima que apenas 13% dos entrevistados não são
religiosos praticantes, embora isto o signifique que não tenham uma religião. A maior
parte da amostra (87%), declarou-se praticante de uma religião, o que faz supor que:
a) a religiosidade seja um importante valor pessoal na maturidade, contribuindo
para o seu bem estar;
b) as pessoas religiosas possuem melhores condições para enfrentar as
turbulências morais, sociais e políticas. O indivíduo que não está ancorado
em Deus não tem recursos pessoais para oferecer resistências às tentações
físicas e morais do mundo (JUNG, 1971)..
Pergunta 6 Você participa de alguma atividade em grupo?
TABELA 6 - Distribuição dos casos estudados por atividade em grupo, em Bauru-SP,
(absoluto e relativo).
Categorias N %
Sim 83 60
Não 55 40
Totais 138 100
O tabela acima mostra que 60% dos idosos participam de atividades em grupo.
Tem-se presenciado hoje em dia, o crescimento de atividades culturais. Equipes
especializadas vêm desenvolvendo regularmente programas voltados à melhoria da
qualidade de vida dessas comunidades, onde. os participantes conhecem pessoas com
interesses em comum e desenvolvem novas relações interpessoais. Nesses encontros
as turmas de terceira idade participam de oficinas e feiras de artesanato, palestras
sobre saúde, cidadania, beleza, etc., o que contribui significativamente para a
construção de um cotidiano mais prazeroso, bem como para o desenvolvimento de
novas relações e oportunidades, independentemente da sua idade cronológica.
A participação em projetos educativos integracionais pode levar ao idoso a
possibilidade de desenvolver seus potenciais, e agir de forma diferenciada, passando
também a exigir tratamento diferenciado.
Dos 40% que não praticam nenhuma atividade em grupo, vários alegaram
dificuldade em chegar aos locais onde acontecem as reuniões e até mesmo certa
timidez. Nesses casos, pode-se supor que a falta de atividades em grupo e/ou a
freqüência reduzida de relacionamento interpessoal, possa trazer efeitos negativos
decorrentes do isolamento social.
Pergunta 7 Você costuma passear ou viajar ?
TABELA 7 Distribuição dos casos estudados por passeios / viagens, em Bauru-SP,
(absoluto e relativo).
Categorias N %
Freqüentemente 28 20%
As vezes 66 48%
Quase nunca 44 32
Totais 138 100
O tabela acima mostra que apenas 20% do universo entrevistado passeia ou
viaja freqüentemente; 48% viaja ou passeia eventualmente e 32% quase nunca.
Assim, pode-se supor que 80% dos entrevistados tem poucas possibilidades de
viajar ou fazer passeios, o que, provavelmente, decorre da dificuldade financeira em
que vive boa parte da população idosa no Brasil, que tem como principal fonte de renda
o dinheiro da aposentadoria ou da pensão.
Uma outra hipótese para explicar esse percentual reduzido de indivíduos que
realizam viagens e/ou passeios pode ser a necessidade de retornar ou permanecer no
mercado de trabalho, em que muitas vezes, as atividades mal remuneradas e as longas
jornadas deixam pouco espaço para o descanso/lazer.
Além disso, tamm razões de cunho particular, como por exemplo não abrir
mão de certas regalias que possa ter em sua casa; ou ainda dificuldades de locomoção
no destino e até falta de companhia, podem contribuir para manter esse percentual.
Pergunta 8 Com que freqüência você faz uma consulta médica?
TABELA 8 - Distribuição dos casos estudados por freqüência de consultas médicas,
em Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Até 6 meses 53 38
de 6 a 12 meses 49 36
de 12 a 24 meses 36 26
Resultados
138 100
Na tabela acima, pode-se verificar que 74% dos entrevistados passam por
consulta médica num espaço de tempo inferior a um ano e 26%, consultam médicos
em períodos maiores que 12 meses.
Tais resultados podem decorrer do fato de que na idade madura comecem a
surgir alguns distúrbios naturais que necessitam de acompanhamento médico.
Além disso, nessa faixa etária tamm é comum o aparecimento de certas
enfermidades que requerem prevenção e acompanhamento periódico.
Pergunta 9 Comparando sua saúde e capacidade física com a que você
tinha há 5 anos atrás você se sente ?
TABELA 9 - Distribuição dos casos estudados por mudanças na saúde e na
capacidade física nos últimos 5 anos, em Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Satisfeito 75 54
Igual 33 24
Insatisfeito 30 22
Totais 138 100
O tabela acima mostra que 54% estão satisfeitos com sua saúde e capacidade
física; 24% julgam-se sem alterações e apenas 22% dizem estarem insatisfeitos.
Em relação a esses resultados, pode-se citar o fato de que 44% da amostra
possui menos de 65 anos de idade, (questão nº01), não tendo atingido ainda a idade
mais avançada, onde há maiores perdas biológicas e de capacidade física (AZEVEDO,
2006).
Além disso, levando-se em conta os percentuais obtidos na questão anterior
pode-se supor, que esses resultados também sejam decorrentes da alta freqüência
com que os entrevistados submetem-se a consultas e ou exames clínicos, não
descuidando na verificação periódica de sua saúde.
Pergunta 10 Você costuma comer nas refeições:
TABELA 10 Distribuição dos casos estudados por qualidade da alimentação, em
Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Frutas 89 17
Verduras 121 23
Carnes 119 22
Queijos e leite 70 13
Cereais e massas 135 25
Totais 534 100
Os dados acima mostram que a maior parte dos participantes da pesquisa
(25%), possuem o hábito de ingerir massas e cereais durante as refeições; as verduras
foram citadas por 23% do universo pesquisado e as carnes foram apontadas como
integrantes da alimentação de 22% da amostra. As frutas são ingeridas por 17% dos
participantes e os laticínios por apenas 13%.
Tais resultados vem ao encontro do hábito comum do brasileiro de ingerir
massas e cereais como base da alimentação (arroz, feijão, macarrão); acompanhados
de verduras, legumes e carnes (mistura) e das frutas que podem ser consumidas tanto
como sobremesa quanto como merenda.
Verificou-se que os laticínios são menos consumidos pela amostra em questão.
Isto pode ser devido ao alto preço dos derivados do leite, bem como ao fato de que
após os 40 anos, 70% da população ocidental desenvolve intolerância a lactose,
(TATASH, 2007)
Pergunta 11 Com que freqüência você pratica atividades físicas?
TABELA 11 - Distribuição dos casos estudados por freqüência de atividades físicas, em
Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Diariamente 23 17
3 a 4 vezes por semana 20 14
1 a 2 vezes por semana 23 17
Não pratico 72 52
Totais
138 100
Os resultados obtidos mostram que 17% do universo pesquisado, pratica
atividades físicas diariamente; 14% de 3 a 4 vezes por semana e 17% de uma a duas
vezes na semana. A maioria dos entrevistados (52%), não pratica atividades físicas.
Desse modo, se considerarmos os diversos estudos que demonstram os
benefícios da prática de atividades físicas para a saúde das pessoas (LEITE, 1990;
MATSUDO e MATSUDO, 1992; YASBECK e BATISTELLA, 1994; FREDERIGHI, 1995),
pode-se dizer que os resultados acima verificados estão bastante aquém do que se
poderia chamar de ideal.
Pode-se constatar, a partir dos cruzamentos dos dados obtidos neste item com
os dados relativos aos itens sexo e atividades praticadas no tempo livre, que a maior
parcela entre os que praticam algum tipo de atividade física pertence ao sexo feminino,
ao passo que os indivíduos do sexo masculino são mais propensos a atividades
sedentárias como jogos de mesa (dama, dominó, baralho, sinuca); jardinagem; leitura
(jornais, revistas etc.), e conversa com amigos.
Além disso, muitas mulheres tamm declararam praticar atividades físicas por
obrigação, como por ex., levar/buscar netos na escola à pé, e ou executar tarefas
domésticas (varrer, lavar roupas, etc.). Esse tipo de prática pode não ser a ideal, mas
acaba atenuando alguns efeitos do sedentarismo nessas mulheres.
Manter-se em atividade constante, praticar exercícios físicos e participar de
atividades recreativas é indispensável à manutenção da saúde e do bom desempenho
físico do idoso. Além disso costuma gerar auto-confiança, satisfação e bem estar,
propiciando ainda sua inclusão social a partir das práticas relativas ao seu estilo de vida
(OKUMA, 1988; GOYAZ, 2003; AZEVEDO, 2006).
Pergunta 12 Você tem algum plano de saúde/convênio?
TABELA 12 - Distribuição dos casos estudados por plano de saúde/convênio, em
Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Sim 78 57
Não 60 43
Totais 138 100
No tabela 12 , pode-se observar que a maioria dos participantes da pesquisa
(57%), recebe assistência de saúde através de planos particulares.
Esses dados parecem confirmar uma certa tendência nacional à preferência pela
modalidade de assistência particular à saúde, o que nas palavras dos próprios
entrevistados, ocorre devido à ineficiência do sistema público de saúde em atender às
necessidades do cidadão.
O Sistema Único de Saúde (SUS), é utilizado por 43% da amostra,
provavelmente pela dificuldade dessas pessoas em poder pagar os altos custos dos
planos de saúde particulares.
Além disso, quanto mais idosa fica uma pessoa, maior fica o valor da
mensalidade desses convênios, o que acaba acarretando uma fuga da população
idosa de menor poder aquisitivo que se vê forçada a abdicar do seu plano de saúde por
falta de condições de continuar pagando as mensalidades.
Assim, nas precárias condições em que se encontra a assistência à saúde
oferecida pelo Estado, quem ainda pode pagar por um plano particular de saúde, tem
optado por isso, inclusive economizando em outras áreas/atividades cotidianas.
Pergunta 13 A sua renda mensal é suficiente para comprar todos os
medicamentos que porventura use ?
TABELA 13 Distribuição dos casos estudados por suficiência da renda para compra
de medicamentos, em Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Sim 96 70
Não 42 30
Totais 138 100
Os dados obtidos mostram que 70% dos pesquisados consideram que sua renda
mensal é suficiente para adquirir os medicamentos de que necessitam. Os demais 30%
afirmam que o dinheiro que ganham o é o suficiente para a aquisição dos
medicamentos que devem comprar.
Tais dados podem ter sido verificados por diversos motivos, dentre os quais a
situação econômica e financeira da amostra pesquisada, que apesar de não ser
confortável tamm não é das mais criticas. Muitas são pessoas de classe média,
freqüentadores da UATI (USC), 51% prestam ajuda financeira aos filhos (vide questão
n.º 16); outros 36% apesar de aposentados ainda possuem um trabalho cujo salário
complementa a renda mensal (vide questão n.º 15). Alguns (18%) tamm recebem
auxilio financeiro de seus filhos (vide questão nº16).
Um outro motivo que pode justificar esses resultados, é o de que dentre a
população pesquisada não há portadores de doenças cujo tratamento exige
medicamentos de alto custo.
Além disso, ainda há o fato de que os que utilizam o atendimento médico nos
postos públicos de saúde, na maioria das vezes, recebem gratuitamente a maior parte
dos medicamentos de que necessitam.
Pergunta 14 A sua renda mensal é suficiente para pagar suas despesas
com alimentação ?
TABELA 14 Distribuição dos casos estudados por suficiência da renda para
alimentação, em Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Sim 114 83
Não 24 17
Totais 138 100
No tabela relativo a renda mensal e despesas com alimentação 83% afirmam ser
suficiente e apenas 17% afirmam que sua renda não é suficiente para a alimentação
básica.
Pode se supor que esses resultados sejam decorrentes do perfil sócio-
econômico da amostra pesquisada (que em sua maior parte ainda consegue suprir
suas necessidades básicas), não refletindo, porém, a situação econômica e financeira
de toda a amostra e tampouco a situação da grande parcela de idosos neste país, que
vivem em precárias condições de subsistência.
Além disso, conforme verificado no item 19, 13% da amostra mora com os filhos.
Pergunta 15 Qual sua atividade profissional ?
TABELA 15 - Distribuição dos casos estudados por atividade profissional, em Bauru-SP,
(absoluto e relativo).
Categorias N %
Aposentado, não trabalho 64 46
Aposentado e trabalho 50 36
Ainda não me aposentei 23 17
Desempregado 1 1
Totais 138 100
Podemos observar no tabela acima que 46% da população analisada é
aposentada e não trabalha; 36% é aposentada e trabalha; 17% ainda não se aposentou
e 1% está desempregada.
Assim, pode-se verificar que 54% desse público ainda é produtivo. A idéia do
velho aposentado, descansando em sua poltrona preferida, faz parte de um imaginário
que havia no país, e que está acabando. Cada vez menos as pessoas podem sonhar
com a aposentadoria para poder viajar ou descansar a vontade.
Os aposentados que trabalham (36%), afirmaram que se faz necessário manter o
emprego para complementar a renda, pois o dinheiro da aposentadoria é insuficiente
para uma sobrevivência digna.
Pergunta 16 Qual sua participação na vida econômica de sua família?
TABELA 16 Distribuição dos casos estudados por participação na vida
econômica da família, em Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Não colaboro financeiramente 43 31
Recebo ajuda financeira dos filhos 25 18
Auxilio na renda financeira dos filhos 70 51
Totais
138 100
Os dados obtidos revelam que 51% da população pesquisada auxilia
financeiramente seus filhos. Analisando esse resultado em conjunto com outros
verificados ao longo da pesquisa, (como por exemplo questões (13 e 14)), pode-se
inferir que a situação sócio-econômico-financeira dessa parcela da amostra não
compromete sua qualidade de vida, pelo menos não de modo significativo.
Nesses casos, a renda do idoso torna-se parte integrante do orçamento
doméstico, o que pode chegar a colocá-lo em posição de patriarca, mas não pelo fato
de ter adquirido experiência e conhecimento no decorrer da vida, e sim, pela
dependência financeira que a família criou em relação aos recursos que disponibiliza.
Pode-se verificar tamm que 31% da amostra não colabora nas despesas
gerais da casa, o que pode ocorrer devido ao fato de a família não precisar da ajuda
financeira do idoso ou ainda pelo fato deste ganhar pouco e não poder mesmo
colaborar nas despesas familiares, utilizando seus recursos apenas para os gastos
pessoais.
Os dados revelam ainda que 18% do universo pesquisado recebe ajuda
financeira dos filhos. Em relação a esses resultados, é sempre bom lembrar que de
acordo com o artigo 229 da Constituição Federal do Brasil de 1.988, os pais tem o
dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores tem o dever de
ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Pergunta 17 Você visita ou é visitado sempre pelos filhos ?
TABELA 17 Distribuição dos casos estudados por relacionamento com os filhos, em
Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Sim 104 75
Não 8 6
Moro Junto 18 13
Não tenho filhos 8 6
Totais 138 100
Os dados obtidos mostram que a maior parte da população pesquisada (75%)
visita ou é visitado pelos filhos com freqüência; 13% moram junto com os filhos e
apenas 6% dos entrevistados não mantém o hábito de visitar ou ser visitado pelos
filhos. Há 6% de solteiros sem filhos.
Esse resultado vem confirmar a importância atribuída à manutenção dos laços
familiares e à proximidade entre pais e filhos (LEITE, 1990; MATSUDO e MATSUDO,
1992; YASBECK e BATISTELLA, 1994; FREDERIGHI, 1995), mesmo quando essa
convivência não é tão prazerosa.
Tal costume também pode ser conseqüência de uma tradição religiosa que
enfatiza a necessidade de se honrar pai e mãe.
Pergunta 18 Você possui algum familiar ou amigo com quem possa conversar
abertamente, dividindo suas alegrias e tristezas?
TABELA 18 Distribuição dos casos estudados por relacionamento social, em Bauru-
SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Sim 122 88
Não 16 12
Totais 138 100
A tabela acima demonstra que apenas 12% dos entrevistados disseram não ter
alguém para conversar abertamente. A maioria dos idosos (88%), tem pelo menos uma
pessoa para confidenciar seus problemas e dificuldades,.
Esses dados sugerem que a maioria dos idosos entrevistados não tem um
grande problema de solidão, ou seja, suprem suas necessidades sociais de
entrosamento de alguma forma, encontrando sempre alguém com quem possam
conversar.
De acordo com Fantini (2004), a interação pessoal, especialmente fora do
ambiente familiar, favorece a satisfação individual e é fonte de significado para uma
vida saudável.
Pergunta 19 Você se julga amado pelos seus familiares ?
TABELA 19 Distribuição dos casos estudados por integração com a família, em
Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias
N
%
Sim 127 92
Não 11 8
Totais 138 100
Os dados revelam que 92% do universo pesquisado julga-se amado por seus
entes queridos.
Sentir-se amado pelos familiares é de fundamental importância para a
manutenção de uma auto-estima elevada. Ademais a valorização do idoso faz com que
se sinta mais feliz; com que possa redescobrir seu potencial.
A afetividade é parte integrante da vida humana, sentir-se amado e querido gera
vontade de viver, de contribuir, e de melhorar como pessoa, passando inclusive a
acreditar mais em si mesmo.
Quanto ao menor percentual (8%) dos idosos que afirmaram não ser amados
pelos seus, Ramos(1987), explica que os domicílios familiares parecem assegurar
guarida, mas não necessariamente apoio afetivo aos idosos. Assim sendo muitas vezes
o idoso pode sentir-se só, embora conviva com outras pessoas.
Pergunta 20 Você já sentiu dificuldades em operar equipamentos como por
exemplo caixa eletrônico, telefone celular, computador ou internet ?
TABELA 20 Distribuição dos casos estudados por dificuldades com novas tecnologia,
em Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias
N %
Sim 74 54
Não 64 46
Totais 138 100
Como se observa no tabela acima, 54% das pessoas idosas sentem dificuldade
em lidar com novos equipamentos. Tal dificuldade pode ser decorrente da
complexidade de alguns desses equipamentos, bem como da velocidade com que se
processam as inovações tecnológicas
Isso, tamm pode decorrer das poucas condições de aprendizado e uso dos
equipamentos eletrônicos, ou da própria linguagem técnica utilizada por eles.
O manuseio dos mouses, e a visualização dos monitores tamm são queixas
dos mais idosos; fato esse que pode estar relacionado a um déficit na saúde visual e no
controle motor. Em agências bancárias só conseguem operar caixas eletrônicos com a
ajuda de um funcionário.
Quanto aos 46%, que referiram não ter dificuldades no manuseio de tais
equipamentos, alguns relataram que procuram manter-se atualizados em relação às
inovações tecnológicas que os cercam no mundo atual. Mesmo assim, a enorme
quantidade de mudanças e a rapidez com que acontecem, muitas vezes exige dos
mais velhos um elevado dispêndio de tempo e sacrifício para assimilar as inovações.
Pergunta 21 Você conhece os direitos dos idosos?
TABELA 21 Distribuição dos casos estudados por conhecimento do estatuto dos em
Bauru-SP, idosos, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Sim
87
63
Não
51
37
Totais 138 100
O tabela acima mostra que 63% dos entrevistados disseram conhecer o estatuto
dos idosos e 37% ainda não.
O Estatuto do Idoso foi editado pelo Poder Legislativo, em 2003, e representou
um grande marco na evolução dos direitos das pessoas idosas do país.
Apesar do problema da falta de aplicabilidade prática, os beneficiados contam
com gratuidade na utilização de transportes públicos, entradas francas em locais de
entretenimentos e diversão, prioridade em filas bancárias e em tramitações processuais
na justiça, entre outros direitos até então negligenciados pelas autoridades públicas.
O estatuto não eliminou as divergências entre as classes sociais, porém,
melhorou a qualidade de vida para os idosos das classes mais populares.
Falta ainda uma divulgação mais intensa por parte das autoridades, bem como o
cumprimento integral de todas as cláusulas do código.
Pergunta 22 Alguma vez você se sentiu discriminado por ser idoso?
TABELA 22 Distribuição dos casos estudados por discriminação dos idosos, em
Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias
N %
Sim
57
41
Não
81
59
Totais 138 100
O tabela acima mostra que 41% dos entrevistados já se sentiu discriminado e
que 59% ainda não passou por tal constrangimento.
Canoas (1985) relata que a juventude encara os idosos como sendo fracos,
aborrecidos e incapazes. Afirma que os próprios velhos, por serem discriminados,
muitas vezes negam sua velhice e para igualar-se ao jovem, frente a determinadas
circunstâncias, esforçam-se para mostrar uma alegria e um dinamismo que não lhes
são peculiares.
Juntamente com a longevidade, a sociedade ainda cultua a concepção de que a
velhice é um período de decadência física e mental, e de que o idoso é dependente e
improdutivo e pode causar transtornos tanto para a família quanto para os que o
cercam. Isto prejudica seu convívio social, limitando suas possibilidades de ação na
busca de uma vida digna.
Deve ser levado em conta o equilíbrio entre as limitações e potencialidades do
idoso, contribuindo para que o mesmo lide melhor com as inevitáveis perdas
decorrentes do processo de envelhecimento (LEITE,1990; YASBEK e
BATISTELLA,1994; FEDERIGHI,1995; MATSUDO MATSUDO,1992),
Pergunta 23 O que você faz para ocupar seu tempo livre?
TABELA 23 Distribuição dos casos estudados por ocupação do tempo livre, em
Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Lazer, Jogos de mesa, Jardinagem 45 16,4
Atividades Individuais/Familiares 26 9,5
Atividades Físicas 23 8,4
Leitura livros, jornais e revistas 22 8,0
Atividades Sociais 20 7,3
Atividades Relativas a Trabalhos 19 6,9
Atividades Culturais 18 6,5
Artesanato 13 4,7
Assistir TV 13 4,7
Atividades Religiosa 13 4,7
Converso com Amigos 10 3,6
Visitas 10 3,6
Passeio 9 3,3
UATI 9 3,3
Trab. Comunitário 8 2,9
Trabalho manual p/Complementar renda 5 1,8
Atividades Domésticas 4 1,5
Não tem tempo livre 2 0,7
Compras 1 0,4
Sexo 1 0,4
Não responderam 1 0,4
Não fazem nada 3 1,1
Totais 275 100,0
Somando-se as opções das atividades respondidas pelos entrevistados
verificamos que 98,9%, se mantém inseridos na sociedade e no convívio familiar,
atualizando-se culturalmente e mantendo uma existência saudável com certa qualidade
de vida, enquanto que uma pequena parcela de 1,1% ficam distantes, à margem da
vida social preferindo o sedentarismo e até mesmo a solidão.
Pergunta 24 Cite três aspectos positivos em relação a sua idade:
TABELA 24 Distribuição dos casos estudados por aspectos positivos da idade, em
Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Experiência e sabedoria 59 21,7
Mais liberdade 50 18,4
Vida boa, Disposição física 39 14,3
Ser Respeitado/ser querido 38 14,0
Disponibilidade (tempo livre) 21 7,7
Bom relacionamento familiar 24 8,8
Prioridade em Filas e Passe livre
12 4,4
Harmonia e equilíbrio 8 2,9
Amizades 4 1,5
Atividades Religiosa 2 0,7
Estabilidade
2 0,7
Nenhum aspecto positivo 5 1,8
Não opinaram 8 2,9
Totais 272 100,0
Em relação aos aspectos positivos da idade madura, verificou-se que a maior
freqüência de respostas recai sobre o item experiência e sabedoria, (21.7%). A
maior liberdade foi apontada como ponto positivo em 18,4% das respostas obtidas,
seguida pela boa disposição física, que foi citada 39 vezes, (14,3% das respostas).
Ser respeitado/querido foi lembrado 38 vezes (14% das respostas) e o bom
entrosamento com a família foi citado 24 vezes (8,8%). A disponibilidade (tempo
livre) obteve 21 citações (7,7%). Outros pontos positivos, tais como prioridade em
filas; passe livre, harmonia, equilíbrio, etc., foram citados com menor freqüência.
Pergunta 25 Cite três aspectos negativos em relação a sua idade:
TABELA 25 Distribuição dos casos estudados por aspectos negativos da idade, em
Bauru-SP, (absoluto e relativo).
Categorias N %
Desrespeito 27 15,8
Atendimento de Saúde precário 23 13,5
Ociosidade 19 11,1
Precisar de ajuda 17 9,9
Discriminação 12 7,0
Falta de Objetivos 10 5,8
Indisposição 9 5,3
Aspecto físico (aparência) 8 4,7
Saúde frágil 8 4,7
Falta de Dinheiro 5 2,9
Negativismo 5 2,9
Falta de Integração 3 1,8
Solidão monotonia 3 1,8
A própria idade 2 1,2
Falta de Oportunidade de trabalho 2 1,2
Insegurança 1 0,6
Não opinaram 17 9,9
Totais 171 100,0
Em relação aos aspectos negativos da idade madura, verificou-se que a maior
freqüência de respostas recai sobre o item Desrespeito, (15,8%). O atendimento
precário de saúde foi apontado como segundo ponto negativo com percentual de
13,5% das respostas obtidas, seguida pela Ociosidade, que foi citada 19 vezes,
(11,1% das respostas). Precisar de ajuda foi lembrado 17 vezes (9,9% das
respostas) e a Discriminação foi citada 12 vezes (7,0%). A Falta de objetivos,
Indisposição, aspecto físico (aparência), falta de dinheiro, saúde frágil, negativismo,
falta de integração, solidão, monotonia, a própria idade, falta de oportunidade de
trabalho, e insegurança, são outros pontos negativos, que foram citados com menor
freqüência.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO
A análise dos resultados obtidos nesta pesquisa permite-nos concluir que, se
comparada aos dados apresentados nos estudos expostos ao longo da mesma, bem
como aos elementos divulgados através da mídia, a amostra pesquisada usufrui não
de mais recursos, mas também de melhores condições ou possibilidades de viver com
mais qualidade.
Assim, pode-se constatar que 88% da amostra possui pelo menos o primeiro
grau completo; 88% contam com no mínimo uma pessoa com quem possam conversar
abertamente, confidenciando inclusive seus problemas e dificuldades; 92% julgam-se
amados pelos familiares, sendo que 75% possuem relações interpessoais continuas
com seus filhos. Em relação à saúde, 75% da amostra está satisfeita, sendo que, 74%
realizam pelo menos uma consulta médica ao ano e 70% possuem recursos para
subsidiar seus próprios medicamentos. Alem disso, 57% possuem convênio médico,
não precisando depender exclusivamente do Estado para a realização de suas
consultas, exames ou outros procedimentos médicos. No que diz respeito à vida social,
60% dos idosos pesquisados realizam atividades educativas e sócio-culturais em grupo
e 36%, apesar de já aposentados, ainda trabalham, o que possibilita além de uma
renda adicional, também a diminuição do isolamento característico dessa faixa etária,
.
Assim sendo, pode-se verificar que entre os fatores relacionados a um
envelhecer com qualidade, tais como, acesso à educação e cuidados com a saúde;
participação em atividades recreativas e de lazer; atenção e carinho da família e
inclusão social, além de um programa de atividades físicas, o único fator que não
obteve um percentual elevado de respostas em relação à amostra pesquisada foi o
relativo a prática de atividades físicas. De fato, 52% da amostra declararam que não
praticam tais atividades.
Levando-se em conta a importância da prática de atividades físicas para a saúde
e o bem estar do ser humano, o resultado obtido nesse item pode até ser considerado
preocupante; ainda mais se levarmos em consideração o perfil geral dos idosos
pesquisados que, pelo menos teoricamente, nos faz crer que gozam de boas
condições para realizar algum tipo de atividade física. Se isso não tem ocorrido, faz-
se necessário que, além de se detectar as causas, possa-se tamm realizar um
trabalho no sentido de reverter essa situação.
Deve-se destacar ainda, que se esta pesquisa tivesse sido feita a partir de uma
amostra mais heterogênea, com pessoas provenientes da periferia ou de regiões mais
carentes, os resultados obtidos, provavelmente, mostrariam um perfil bem diferenciado
do atual.
Diferenças nos resultados tamm poderiam ser observadas se houvesse na
amostra, pessoas residentes em asilos ou em casas de repouso para idosos; pessoas
acamadas ou com doenças crônicas.
Na realidade, é preciso ressaltar que, ainda que a amostra pesquisada possa
apresentar maior possibilidade de possuir uma vida com melhor qualidade, trata-se
apenas de uma pequena parcela da população idosa.
Nesse sentido, não se pode deixar de enfatizar a importância dos diversos
estudos utilizados como referências ao longo deste trabalho, que mesmo tendo
chegado a conclusões diferentes das aqui obtidas, evidenciaram várias das dificuldades
pelas quais tem passado os idosos, como a discriminação, o isolamento social, as
dificuldades financeiras e os problemas de saúde, entre outros.
De qualquer forma, o estudo em questão, mostra que é possível sim ter um
envelhecimento com mais qualidade de vida; e tamm que essa qualidade parece
estar associada a fatores sócio-econômicos, culturais, psicológicos e educacionais que
nem sempre estão presentes na vida de grande parte da população.
Resta-nos então, um árduo trabalho de conscientização da população, além da
realização de ações que possam estender às pessoas mais carentes as condições
necessárias para se poder viver com mais qualidade, abrangendo desde a adequação
das políticas públicas ao novo perfil da população brasileira, que vem envelhecendo
ano após ano, até ações mais pontuais em relação à educação, saúde e assistência ao
idoso.
Finalmente, faz-se necessário um redimensionamento na visão e nos
procedimentos individuais e coletivos em relação ao envelhecer, sendo também
indispensável um trabalho multidisciplinar efetivo de prevenção e orientação à
população, que possa envolver não só as áreas da educação e saúde, mas tamm a
realização de trabalhos que visem a preservação da auto-imagem do idoso bem como
de sua autonomia.
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Apêndice 1 CARTA CONVITE AOS PARTICIPANTES
Prezado(a) Senhor(a):
Estou realizando uma pesquisa para minha dissertação de mestrado,
intitulada QUALIDADE DE VIDA NA IDADE MADURA: UM ESTUDO”;
que estou desenvolvendo no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da
Universidade do Sagrado Coração em Bauru.
Por se tratar do estudo de um tema bastante significativo, solicito sua
cooperação para o alcance do sucesso de meu trabalho.
O preenchimento deste questionário fornecerá importantes informações para
bom desempenho de minha pesquisa. Sua participação não é obrigatória, Não se faz
necessário sua identificação, e a qualquer momento poderá solicitar-me qualquer
informação sobre o preenchimento deste.
Agradecendo a atenção que me fora dispensada, agradeço sua preciosa
colaboração e coloco-me a seu inteiro dispor para quaisquer outros esclarecimento
pertinente a esta pesquisa
Atenciosamente
VLAMIR ALVES DA SILVA
Aluno do Programa de Pós-Graduação
Saúde Coletiva USC em Bauru - SP
Apêndice 2 TÊRMO DE CONSENTIMENTO
Titulo do Projeto: QUALIDADE DE VIDA NA IDADE MADURA
Pesquisador Responsável: VLAMIR ALVES DA SILVA
Local Realização da Pesquisa: BAURU – SP
Declaro para os devidos fins, que tenho conhecimento de que a presente pesquisa,
envolve somente o fornecimento de respostas às perguntas do questionário em
anexo, sendo que a participação na pesquisa não implica em custo ou pagamento de
valor financeiro ao participante e ao pesquisador, bem como, também tenho
conhecimento de que qualquer informação obtida sobre minha pessoa é
confidencial, tratando-se de propósito meramente científico, estando também ciente
de que posso recusar ou desistir de participar desta pesquisa de estudos a qualquer
momento.
Declaro ainda que, o conteúdo deste têrmo de consentimento me foi explicado
corretamente e que entendi tudo que dele consta, concordando em participar
livremente desta pesquisa de estudo.
Certifico que informei e expliquei ao acima qualificado a natureza e propósito desta
pesquisa de estudo, sendo ainda, que esclareci todas as dúvidas dos participantes,
testemunhando a assinatura aposta acima.
Por ser verdade firmo o presente.
Apêndice 3 QUESTIONÁRIO APLICADO
1º) Qual é a sua idade?
50 a 65 anos 66 a75 anos 75 a 80 Acima de 80
2º) Qual seu Sexo ?
Masculino Feminino
3º) Qual seu nível de escolaridade?
Analfabeto Alfabetizado 1º Grau completo
2º Grau completo Superior completo
4º) Qual seu estado civil?
Solteiro Casado Viuvo Outros
5º) Você é praticante de alguma religião?
Sim Não
6º) Você participa de alguma atividade em grupo?
Sim Não
7º) Você costuma passear ou viajar ?
Freqüentemente As vezes Quase nunca
8º) Com que freqüência você faz uma consulta médica?
Até 6 meses de 6 a 12 meses de 12 a 24 meses
9º) Comparando sua saúde e capacidade física com a que você tinha há 5 anos atrás
você se sente:
Satisfeito Igual Insatisfeito
10º) Você costuma comer nas refeições:
Frutas Verduras/legumes Carnes Queijos e leite
Cereais e massas
11º) Com que freqüência você pratica atividades físicas?
Diariamente 3 a 4 vezes por semana 1 a 2 vezes por semana
Não pratico
12º) Você tem algum plano de saúde/convênio?
Sim Não
13º) A sua renda mensal é suficiente para pagar suas despesas com alimentação?
Sim Não
14º) A sua renda mensal é suficiente para comprar todos os medicamentos que
porventura use?
Sim Não
15º) Qual sua atividade profissional?
Aposentado, não trabalho Aposentado e trabalho
Ainda não me aposentei Desempregado
16º) Qual sua participação na vida econômica de sua família?
Não colaboro Recebo ajuda dos filhos Auxilio na renda dos filhos
17º) Você visita ou é visitado sempre pelos filhos ?
Sim Não Moro Junto
18º) Você possui algum familiar ou amigo com quem possa conversar abertamente,
dividindo suas alegrias e tristezas?
Sim Não
19º) Você se julga amado pelos seus familiares ?
Sim Não
20º) Você já sentiu dificuldades em operara equipamentos como por exemplo caixa
eletrônico, telefone celular, computador ou internet ?
Sim Não
21º) Você conhece os direitos dos idosos?
Sim Não
22º) Alguma vez você se sentiu discriminado por ser idoso?
Sim Não
23º) O que você faz para ocupar seu tempo livre?
._______________________________________________________________________________________
._______________________________________________________________________________________
._______________________________________________________________________________________
24º) Cite três aspectos positivos em relação a sua idade:
1º______________________________________________________________________________________
2º______________________________________________________________________________________
3º______________________________________________________________________________________
25º) Cite três aspectos negativos em relação a sua idade:
1º________________________________________________________________
2º________________________________________________________________
3º________________________________________________________________
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