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Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
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JANE AUXILIADORA AMORIM
Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção
dural em pacientes submetidos à raquianestesia
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento do Centro de
Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco,
como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em
Neurociências.
Orientador
Prof. Dr. Marcelo Moraes Valença
RECIFE
2007
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Livros Grátis
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Milhares de livros grátis para download.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
REITOR
Prof. Amaro Henrique Pessoa Lins
VICE-REITOR
Prof. Gilson Edmar Gonçalves e Silva
PRÓ-REITOR PARA ASSUNTOS DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Prof. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DIRETOR
Prof. José Thadeu Pinheiro
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DIRETORA SUPERINTENDENTE
Prof
a
. Heloísa Mendonça de Morais
DEPARTAMENTO DE NEUROPSIQUIATRIA E CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO
Prof. Alex Caetano de Barros
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
NEUROPSIQUIATRIA
COORDENADOR
Prof. Marcelo Moraes Valença
VICE-COORDENADOR
Prof. Murilo Duarte Costa Lima
CORPO DOCENTE
Prof
a
. Belmira Lara da Silveira Andrade da Costa
Prof. Everton Botelho Sougey
Prof. Gilson Edmar Gonçalves e Silva
Prof. Hildo Rocha Cirne Azevedo Filho
Prof. João Ricardo de Oliveira
Prof. Luiz Ataíde Júnior
Prof. Marcelo Moraes Valença
Prof
a
. Maria Carolina Martins Lima
Prof
a
. Maria Lúcia Simas
Prof. Murilo Duarte Costa Lima
Prof. Othon Bastos Filho
Prof. Raul Manhães de Castro
Prof
a
. Sheva Maia da Nóbrega
Prof. Wilson Farias Silva
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“É melhor tentar e falhar,
que preocupar-se e ver a vida passar;
é melhor tentar, ainda que em vão,
que sentar-se fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar,
que em dias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco,
que em conformidade viver ..."
Martin Luther King
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Manoel e Eunice, pela inesgotável fonte de amor,
incentivo e dedicação à família.
Ao meu esposo Marcos e a meus filhos Marquinhos e Júlia,
pela solidariedade, carinho e compreensão nos momentos de ausência.
Aos amigos e colegas de trabalho que acreditaram neste projeto.
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AGRADECIMENTOS
Minha gratidão e admiração ao Prof. Dr. Marcelo Moraes Valença, orientador desta
dissertação, pela dedicação, disponibilidade e incentivo. Sempre pronto a dividir
conhecimentos, discutir resultados, ajudar. Nele coexistem duas das mais belas artes: curar e
ensinar.
Ao Corpo Docente do Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciências
do Comportamento, pela oportunidade de dividir conhecimentos, propiciando-me realizar um
sonho tão antigo.
Ao Prof. Dr. Wilson Farias da Silva, pela oportunidade de aprender e conviver com
uma das maiores autoridades em cefaléia do Brasil.
Ao Prof. Mauro Barros, não somente pela análise dos dados, mas, pela atenção e
atalhos ao conhecimento, imprescindíveis na construção do artigo original 2.
Aos meus mestres Dr. Otávio Damázio Filho e Dra. Carmem Maria Carício
Maciel, por acreditarem em mim e pelo apoio, incentivo e ajuda, que tornaram menos difícil
minha chegada...
Ao Dr. Antônio Carlos Alcoforado chefe do serviço de anestesiologia do Hospital
Getúlio Vargas, pela confiança e amizade construída nestes últimos anos.
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Às Dras. Givanete Henrique de Almeida e Josenilda Almeida Mergulhão
responsáveis pelo Serviço de Anestesiologia do Hospital Maria Lucinda, pela indispensável
contribuição na coleta de dados.
Aos colegas Aldemir, Ribas, Ana Cristina Taunay, Fátima Aragão e Gutemberg,
minha gratidão e admiração pelo espírito de amizade, solidariedade e doação.
Aos Médicos Residentes do Centro de Ensino e Treinamento em Anestesiologia dos
Hospitais da Restauração e Getúlio Vargas.
À minha querida irmã Fátima, e ao Prof. de língua portuguesa Edvaldo Ferreira,
pela ajuda na revisão gramatical. Ao meu cunhado Maurício, pela paciência e
disponibilidade...
Ao Dr. Abenildo José Bezerra da Silva que me despertou a magia de ser
anestesiologista.
À Solange Lima Martins, secretária do Programa de Pós-Graduação, pelo exemplo
de profissional que trabalha com competência e dedicação.
À minha família, obrigada por tornar a minha vida muito mais feliz...
A todos os pacientes que participaram deste estudo.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS....................................................
.............
LISTA DE TABELAS...........................................................................
...
.
.....................
i
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................
ii
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............
..................................................................
01
1.1 Introdução
.............................................................................................................
02
1.2
Apresentação.........................................................................................................
2 ARTIGO DE REVISÃO...............
...
...........................................................................
06
Cefaléia pós
-
punção dural: fisiopatologia, diagnóstico e fatores de risco
..........
07
Resumo.......................................
................................................................
.
...............
07
Abstract....................................................................................................
.................
07
Introdução.............................
...................................................................
.................
07
Aspectos históricos...
................
.......
.........................................................
..................
08
Fisi
patologia................
...
.......
.....................................................................
.......
........
08
Critérios para o diagnóstico....................................................................
......
..............
10
Fatores de risco de cefaléia pós
-
punção dural
.
.....................
......
...................
.
............
12
Fatores relacionados ao paciente................................................................
..........
12
Fatores relacionados à técnica de punção
.......................................
..............
.......
15
Considerações finais.....................................................................................
.
.............
17
Referências.............................................................................................
..........
.
.........
17
3 ARTIGO ORIGINAL
............
...
...............................................................................
21
Postdural puncture headache
is a risk factor for new postdural puncture
headache………………………………………..……………………………...…..
22
Abstract…………………………………………………………………………….
23
Introduction…………………………………………………………………………
24
Method………………………………………………………………………………
25
Results……………………………………………………………………………….
27
Discussion…………………………………………………………………………..
28
References……………………………………
…………………………………….
31
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
4 ARTIGO ORIGINAL
.....................
.......................................................................
36
Incidência e fatores associados à cefaléia pós
-
punção dural em pacientes
submetidos à raquianestesia....................................................................................
37
Resumo.......................................................................................................................
38
Abstract..............................................
........................................................................
39
Introdução...................................................................................................................
40
Método
s
..........................................
.............................................................................
41
Resultados...................................................................................................................
44
Discussão...................................
.................................................................................
46
Referências
.................................................................................................................
52
ANEXOS
................................
....................................................................
.
....................
65
Anexo
I
Parecer
do
Editor
-
Chefe
da Revista
Cephalalgia
..............
....
.................
66
Anexo
II
Norma
s
para publicação
da Revista
Cephalalgia
.....
...
.........................
68
Anexo
I
II
Abstract
do Artigo Original 2 publicado
na
Revista “
Cephalalgia
2007; 27:716..........................................................................................
73
Anexo
I
V
Parecer
do Comitê de Éti
ca em Pesquisa do
Hospital da Restauração
..
74
Anexo
V
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
......................................
75
Anexo
VI
Ficha de coleta de dados
........................................................................
76
Anexo
VII
Banco de dados dos 640 pacientes analisados
.........................
.
.............
77
Anexo
VIII
Banco de dados com as características da cefaléia nos paciente que
desenvolveram cefaléia pós-punção dural.............................................
87
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ASA Sociedade Americana de Anestesiologia
CCS Centro de Ciências da Saúde
CPPD Cefaléia pós-punção dural
CSF Cerebrospinal fluid
IC Intervalo de Confiança
ICHD-II Critérios Diagnósticos da International Headache Society-II
LCR Líquido cefalorraquidiano
LP Lumbar puncture
MRI Magnetic ressonance imaging
OR Odds Ratio
PDPH Postdural puncture headache
UFPE Universidade Federal de Pernambuco
VAS Escala analógica visual
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LISTA DE TABELAS
Artigo Original 1
Table 1
Demographic data and needle size
for patients with previously
experienced postdural puncture headache (PDPH) history and for those
without…………………………………………………………………..
34
Table 2.
Postdural puncture headache (PDPH)
inc
idence
in patients with and
without a previous history of PDPH…………………………………….
35
Artigo Original 2
Tabela 1
Características físicas e demográficas dos 640 pacientes submetidos à
raquianestesia.............................................................................................
57
Tabela 2
Incidência de cefaléia pós
-
punção dural (CPPD) para cada uma das
variáveis consideradas no estudo e suas respectivas categorias................
58
Tabela 3
Análise de regressão logística binária das var
iáveis consideradas no
estudo........................................................................................................
59
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LISTA DE FIGURAS
Artigo Original 2
Figura 1
Intervalo de tempo entre a punção da dura
-
máter e o início d
a
cefaléia nos 48 pacientes que desenvolveram cefaléia pós-punção dural
(CPPD).......................................................................................................
60
Figura 2
Classificação da intensidade da dor nos 48 pacientes que d
esenvolveram
cefaléia pós-punção dural (CPPD)............................................................
61
Figura 3
Freqüência dos sintomas associados à cefaléia pós
-
punção dural
(CPPD).......................................................................................................
62
Figura
4
Intervalo de tempo entre o início e a remissão da cefaléia nos 48
pacientes que desenvolveram cefaléia pós-punção dural (CPPD).............
63
Figura 5
Distribuição do número de casos de
cefaléia pós
-
punção dural (CPPD) e
do número de raquianestesias por faixa etária (anos)................................
64
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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1.1 Introdução
Cefaléia é a complicação mais freqüentemente observada após uma punção da dura-
máter/aracnóide intencional com fins diagnóstico, terapêutico e para raquianestesia ou
inadvertidamente durante a realização de uma anestesia epidural.
August Karl Gustav Bier, pioneiro da anestesia espinhal, descreveu o primeiro caso de
cefaléia pós-punção dural (CPPD) em 1898, após a realização de uma raquianestesia com
cocaína. Naquela época, Bier atribuiu à cefaléia a excessiva perda de líquido
cefalorraquidiano (LCR) pelo orifício de perfuração na dura-máter/aracnóide. Nas décadas
subseqüentes, vários estudos foram publicados da anestesia espinhal com agulhas de grosso
calibre, nos quais a CPPD foi relatada como uma complicação em 50% a 80% dos casos,
ficando a raquianestesia relegada ao segundo plano em relação à anestesia epidural.
Os estudos continuaram pelo fato da raquianestesia proporcionar excelente analgesia,
relaxamento muscular, facilidade técnica e baixo custo. Em meados do século passado, com o
advento de agulhas descartáveis, de fino calibre e bisel atraumático, a incidência de CPPD
reduziu significativamente, o que fez ressurgir o interesse pela raquianestesia, no entanto, esta
desagradável complicação ainda persiste de forma imprevisível.
Após mais de 100 anos da primeira descrição de CPPD, as dúvidas ainda persistem
sobre o exato mecanismo da CPPD. A hipótese que a CPPD é causada simplesmente pela
hipotensão liqüórica não é suficiente para explicar o fato de somente alguns pacientes
desenvolverem CPPD.
O diagnóstico de CPPD é relativamente simples e a característica patognomônica é o
caráter postural da cefaléia, que a distingue de outras cefaléias. Os pacientes que já foram
acometidos por esta desagradável e incapacitante complicação não esquecem o acontecido e,
na exposição à uma nova punção da dura-máter, questionarão o médico sobre a possibilidade
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
de um novo episódio de CPPD. Na revisão da literatura constatamos que a ocorrência de
CPPD é influenciada por fatores relacionados ao paciente (gênero, idade e estado gestacional)
e fatores relacionados à técnica de punção (calibre da agulha, desenho do bisel e direção do
bisel em relação ao eixo da coluna vertebral), no entanto, história prévia de CPPD como fator
de risco para um novo episódio de CPPD foi considerada em único artigo, baseado em dois de
três pacientes com CPPD, que ocorreram em duas raquianestesias consecutivas.
Os objetivos deste estudo foram avaliar a incidência e identificar os fatores associados
à ocorrência de cefaléia pós-punção dural em pacientes submetidos à raquianestesia, com
particular ênfase naqueles com história prévia de CPPD. Neste caso avaliando se história
prévia de CPPD representa um fator de risco para um novo episódio de CPPD.
O interesse pelo assunto surgiu pelo fato da raquianestesia ser uma técnica anestésica
habitual na prática diária e pela observação da ocorrência relativamente freqüente de CPPD
em pacientes submetidos à raquianestesia em três hospitais públicos da cidade do Recife:
Restauração, Getúlio Vargas e Maria Lucinda. A viabilidade do projeto foi garantida pela
própria rotina dos Serviços de anestesiologia dos referidos hospitais, respeito aos
procedimentos e a dinâmica de cada serviço, não implicando em intervenções adicionais ou
procedimentos invasivos de outra ordem, que não aqueles já adotados, além da presença da
pesquisadora como Co-responsável pelo Centro de Ensino e Treinamento em Anestesiologia
dos Hospitais da Restauração e Getúlio Vargas.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
1.2 Apresentação
Esta dissertação foi elaborada sob a forma de artigos científicos, conforme “Proposta
para apresentação de Dissertação/Tese nos Programas de Pós-Graduação do Centro de
Ciências da Saúde (CCS) da UFPE”, baseada em Souza MSL. Guia para redação e
apresentação de teses. Editora Coopmed, 2ª ed., 2002. Assim, a estrutura está
composta de quatro seções: Considerações Iniciais; Artigo de Revisão; Artigo Original 1 e
Artigo Original 2.
O Artigo de Revisão, intitulado “Cefaléia pós-punção dural: fisiopatologia,
diagnóstico e fatores de risco”, foi escrito sob a forma de artigo de atualização, uma revisão
da literatura nacional e internacional sobre a fisiopatologia, critérios para o diagnóstico e os
fatores de risco que influenciam a ocorrência de cefaléia pós-punção dural. Foi elaborado
conforme as normas da Revista Dor Pesquisa Clínica e Terapêutica e publicado na edição
abril/maio/junho 2007; 8(2): 1014-27.
O Artigo Original 1, intitulado “Postdural puncture headache is a risk factor for new
postdural puncture headache”, é o primeiro estudo na literatura envolvendo um número
considerável de pacientes com história prévia de CPPD, onde os autores avaliaram
prospectivamente o risco de um novo episódio de CPPD. Foi aceito para
publicação na Revista Cephalalgia como artigo original, ID CHA – 00386 – 2006. R2
(http://mc.manuscriptcentral.com/cephalalgia) (Anexo I).
O Artigo Original 2, intitulado “Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção
dural em pacientes submetidos à raquianestesia”, foi escrito conforme as normas da Revista
Cephalalgia, sendo o Abstract publicado nos Anais do XIII Congress of the International
Headache Society/13th IHC 2007 Stockholm, Sweden 28 June 1 July 2007 (Cephalalgia
2007; 27:716-7) (Anexos II e III). Neste estudo, os autores determinaram após análise de
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
regressão logística quais os fatores de risco associados à ocorrência de CPPD, em 640
pacientes submetidos à raquianestesia, em três hospitais públicos da cidade do Recife .
Este estudo faz parte da linha de pesquisa “Cefaléias em Geral” do Programa de
Pós-graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento da UFPE Níveis
Mestrado e Doutorado, que tem como coordenador o Prof. Dr. Marcelo Moraes Valença,
orientador desta dissertação. O assunto tem despertado grande interesse na população médica,
especialmente entre os anestesiologistas, e tem sido motivo de inúmeros convites à autora
para proferir palestras e participar de discussões sobre o assunto.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital da
Restauração Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) 0007.1.102.172-
05 em 28/02/2005 (Anexo IV), conforme determina a Resolução 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde e a Declaração de Helsinque VI, promulgada em
Edimburgo, Escócia, em outubro de 2000. O termo de consentimento livre e esclarecido foi
assinado por todos os pacientes ou seus responsáveis legais (Anexo V). A ficha de coleta de
dados e os bancos de dados dos pacientes analisados e das características da cefaléia nos
pacientes que desenvolveram CPPD estão nos anexos VI, VII e VIII.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
ARTIGO DE REVISÃO
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
ARTIGO ORIGINAL 1
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Postdural puncture headache is a risk factor for new postdural puncture
headache
Jane Auxiliadora Amorim
1,2
, Marcelo Moraes Valença
2
1
Service of Anaesthesiology, Hospital da Restauração and Hospital Getúlio Vargas, Recife,
Brazil.
2
Service of Neurology and Neurosurgery, Department of Neuropsychiatry, Federal University
of Pernambuco, 50670-420 Recife, Brazil.
Correspondence: Marcelo M. Valença, Departamento de Neuropsiquiatria, CCS,
Universidade Federal de Pernambuco, Cidade Universitária, 50670-420 Recife, PE, Brazil.
Fax: 55 81 21268539
__________________________________________________________________________________________
*Artigo Original aceito para publicação na Revista Cephalalgia (ANEXO I). Disponível na página
http://mc.manuscriptcentral.com/cephalalgia
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Abstract
This study aims to evaluate if patients with a previous history of postdural puncture headache
(PDPH) might be prone to a new episode after a spinal anesthesia. 258 consecutive patients
with a previous surgery under spinal anesthesia were studied. Out of 42 patients with a
previous history of PDPH, 8 (19.0%) developed a new PDPH episode; while out of 216
without a previous history of PDPH, only 15 (6.9%) patients presented PDPH. In conclusion,
this study demonstrated that previous PDPH history indicates a higher chance of a new
episode of PDPH after spinal anesthesia. In this concern, women were more susceptible to
recurrences of PDPH.
Key words: spinal anesthesia, postdural puncture headache, spinal puncture, risk factor,
physiopathology.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Introduction
Headache is a common complication after a spinal puncture performed for diagnostic,
therapeutic or spinal anesthesia purposes (1). The meninges may also be perforated
inadvertently during peridural anesthesia (0.19-4.4% of the time) and cause headache in 50-
70% of the patients (2).
There are multiple factors that influence the incidence of postdural puncture headache
(PDPH): age (more frequent in young people); sex (it predominates in women); puncture with
sharp and thick caliber needle; and insertion of the needle bezel perpendicularly to dural
fibers (3-10).
PDPH may be incapacitating and unpleasant (11-13), and may generate concern for both the
patient and the doctor. If the patient should be submitted to a second puncture, he or she might
understandably fear that a new PDPH episode might occur. In other words, are persons, who
have experienced PDPH once, predisposed to a new PDPH episode if undergoing a second
lumbar puncture (LP)?
Thus, this study aims to evaluate if patients with PDPH previous history might be prone to a
new episode after a dural puncture for spinal anesthesia.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Method
In the period between May 2005 and May 2006, 258 consecutive patients of both sexes were
prospectively studied. All of them had a previous surgery, which had occurred more than
twelve months previously under spinal anesthesia, and in which spinal anesthesia was used as
an anesthetic technique. All patients were submitted to a new surgical procedure (abdominal,
urological, gynaecological, vascular or orthopaedic surgery), under spinal anesthesia, with
Quincke 25G or 27G needles with the bezel parallelly to the longitudinal axis of the dural
sack. Patients with neurological disease, obstetrical surgery and gestation in course were
excluded.
Two groups of patients were studied: 42 with a previous history of PDPH and 216 without a
previous history of PDPH.
PDPH was diagnosed when the headache was postural, i.e. worsening in the upright position
and relieved in the horizontal position, and appearing within the first five days after an LP.
This is in accordance to the revised classification criteria of the International Headache
Society (ICHD-II)(14). The study was prospective regarding the outcome, namely PDPH or
no PDPH after a second LP. The interviewer was blinded regarding the outcome of the first
LP. The patients were asked if they had experienced headaches with the characteristics of
PDPH at the first LP.
The patients were visited at the first postoperative day and the presence of headache with
PDPH characteristic was investigated. A personal phone contact was kept until the fifth day
after the dural puncture, or longer if PDPH was present. In those patients where PDPH was
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
diagnosed, the following was registered: age, sex, needle caliber, number of puncture
attempts, time interval between LP and the beginning of symptoms, the duration, location and
the intensity of the pain in conformity to visual analogical scale (0-10) criteria, associated
symptoms and signals and the interval in-between spinal anesthesia in years.
All patients gave written consent to participate in the study, which was approved by the Ethics
Committee of the respective Institutions.
Data are shown as mean ± standard deviation. The chi square test and Student t-test were
used, when applicable, to analyze the results and a significant difference in the statistical test
was considered when p < 0.05.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Results
The demographic data are shown in Table 1. As expected, in the group with positive history
of PDPH there was a predominance of women, since women have a higher chance to develop
this particular type of headache (7). There were no significant differences in age. Likewise,
there was no difference in the type of needle used between the studied groups - both sizes of
needles (caliber 27G and caliber 25G needle) - were used in both groups. However, the
former was used with a slightly higher frequency compared to the latter in the PDPH group
(64% vs. 54%; p > 0.05, ?
2
test). Surely, the use of that smaller size needle made patients less
susceptible to PDPH.
This study showed that patients with a past history of PDPH are statistically more prone to the
development of a new PHDH after a second spinal anesthesia. So much so that there was a
PDPH expressive difference between both groups studied (p = 0.0118; ?
2
test). It has
observed that out of 42 patients with a previous history of PDPH, 8 (19.0%) developed a new
PDPH episode; whilst out of 216 without a previous history of PDPH, only 15 (6.9%) patients
presented PDPH (Table 2). The risk for a new PDPH episode in patients with a previous
history was 2.7 times higher than in those without. The male group was too small to be
analyzed separately, but it could be shown that women with a past history of PDPH were
more prone to develop a new PDPH than those without (24.2% vs. 10.6%; p = 0.045). The
eight patients with a previous history of PDPH developing a new episode of PDPH after a
second LP were all women with age raging between 31 and 61 years old (45.3 ± 10.5 years).
The referred time interval between the last PDPH episode and the current one varied from 2 to
21 years (11.5 ± 7.4 years). Two patients experienced PDPH in three consecutive spinal
anesthesia procedures.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Discussion
This study demonstrates that a previous history of PDPH is a risk factor for a new episode of
PDPH. The previous history of PDPH as a risk factor for a new PDPH episode has been
addressed in one article by Lybecker and collaborators (15). In this context, in a prospective
study (15) with 1.021 spinal anesthesias 117 patients were identified to have already been
submitted to spinal anesthesia. In the first intervention, three patients out of the 117 had had
previous history of PDPH; whereas, after the second intervention, two of three (66.6%)
suffered a new PDPH. In contrast, just 3 out of 114 (2.8%), who did not present PDPH after
the first intervention, presented PDPH for the first time after the second spinal anesthesia.
Despite the relatively small number of patients, these authors considered PDPH previous
history as a prognosis factor for a new episode of PDPH (15). This has also been claimed in
casuistic reports (16-18), but no controlled studies have been conducted.
In the physiopathology of postural headache, it is likely that mechanical factors induced by
altered cerebrospinal fluid (CSF) hydrodynamics take place. One of the major functions of the
CSF is the mechanical protection of the brain and the spinal cord from (a) potentially
injurious blows to the internal structure of the skull and spinal column, and (b) acute changes
in the venous pressure. Because of the buoyancy phenomena, a 1.500 g brain would weigh
only 50 g when suspended in CSF (19). Hence, a relatively constant relationship between the
volume and pressure of the CSF compartment is imperative for the integrity of the central
nervous system. As a result, when the individual assumes an upright posture, in a situation of
significant low volume, the CSF migrates, by gravity, into the spinal dural sack. This, in turn,
causes a loss of buoyancy supporting the brain. Consequently, the brain sags, and tension on
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
the meninges and other intracranial structures (i.e., vessels and nerves) triggers the pain
observed in PDPH.
Furthermore, in an attempt to compensate for the loss of intracranial CSF volume, venous
vasodilatation occurs. That compensatory venodilatation, consequences from the loss of CSF,
is explained by the Monro-Kellie hypothesis i.e. in consequence of the decrease in intracranial
CSF volume, there is a compensatory increase in blood volume, since the intracranial content
CSF plus blood plus nervous parenchyma must be constant in volume. Thus, much of the
pain in a PDPH would then be related to vascular distention. This process reversed itself when
a supine posture is assumed. In this regard, perivascular sensory nerves surrounding the
intracranial veins and sinus react to vascular distention with increased firing. Experimental
evidence had shown that activation of the trigeminovascular system was induced by
mechanical distention of the superior sagittal sinus in cats (20).
Another interesting point to be commented is the fact that recurrent episodes of PDPH have
been present only in women in our series, despite the presence of 112 men enrolled in the
study. The usual hypotheses for the increased susceptibility of women to PDPH are: 1- young
women may be at greater risk because of increased dural fiber elasticity which could maintain
a patent dural defect better than a less elastic dura (1); and 2- estrogens might increase
substance P receptor sensitivity (21). One also may speculate that besides the psychological
and hormonal aspects (22), one of the reasons we could postulate to explain the female
susceptibility to recurrent PDPH would be gender difference in the brain-skull-vertebral canal
morphology (23), particularly at the craniospinal junction.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
In conclusion, this study demonstrated that a previous PDPH history indicates a higher chance
of a new episode of PDPH after spinal anesthesia. In this concern, our data and the above
comments suggest that certain individuals are predisposed to PDPH and women are more
susceptible to recurrences of PDPH.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
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Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Table 1. Demographic data and needle size for patients with previously experienced postdural
puncture headache (PDPH) history and for those without.
Previous
PDPH
(n = 42)
No previous PDPH
(n = 216)
p
Age (years)
44 ± 6
41 ± 11
> 0.05
*
Women/men
33/9
113/103
0.0017
Quincke 27/25G
27/15
118/98
> 0.05
(% of 27G needle)
(64%)
(54%)
*
Student t-test;
?
2
test.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Table 2. Postdural puncture headache (PDPH) prevalence in patients with and without
previous history of PDPH.
New PDPH episodes
PDPH History
n
%
Without previous PDPH history
Women
12/113
10.6
Men
/103
.9
Both genders
15/216
6.9
With previous PDPH history
Women
8/33
*
24.2
Men
0/9
0.0
Both genders
8/42
19.0
*
p = 0.0452 in the ?
2
test versus the group of women without PDPH previous history.
p = 0.0118 in the ?
2
test versus the group of both gender without PDPH previous history.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
ARTIGO ORIGINAL 2
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção dural em pacientes submetidos à
raquianestesia
Jane Auxiliadora Amorim
1, 2
, Mauro Virgílio Gomes de Barros
3
, Marcelo Moraes Valença
1
.
1
Serviço de Neurologia e Neurocirurgia, Departamento de Neuropsiquiatria, Universidade
Federal de Pernambuco, 50670-420, Recife, Pernambuco.
2
Serviço de Anestesiologia dos Hospitais da Restauração e Getúlio Vargas, Recife,
Pernambuco.
3
Universidade de Pernambuco, Recife, Pernambuco.
Correspondência: Jane A. Amorim, Departamento de Neuropsiquiatria, CCS, Universidade
Federal de Pernambuco, Cidade Universitária, 50670-420 Recife, PE, Brazil.
Fax: 55 81 21268539 E-mail: [email protected]
_________________________________________________________________________________
* Artigo Original 2 escrito conforme as normas da Revista Cephalalgia (Anexo II). Abstract publicado nos anais
do XIII Congress of the International Headache Society/13th IHC 2007 - Cephalalgia 2007; 27:716-7 (Anexo
III).
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Resumo
Os objetivos deste estudo prospectivo foram avaliar a incidência e identificar os fatores
associados à cefaléia pós-punção dural (CPPD) em 640 (332 mulheres) pacientes (865 anos
de idade), submetidos à raquianestesia com agulha Quincke 25G ou 27G, no período de um
ano. Quarenta e oito (7,5%) pacientes desenvolveram CPPD. A análise de regressão logística
binária identificou como fatores associados à ocorrência de CPPD: gênero [11,1% feminno vs
3,6% masculino OR 3,39 (1,70–6,77); p<0,01], história prévia de CPPD [26,4% positiva vs
6,2% negativa OR 5,84 (2,9011,79); p<0,01], calibre da agulha [10,9% 25G vs 5,5% 27G
OR 2,10 (1,163,80); p=0,01] e a direção do bisel [16,1% perpendicular vs 5,7% paralelo OR
3,18 (1,70–5,94); p<0,01]. O OR ajustado na análise multivariada foi [2,28 (1,09–4,80);
p=0,03] para o gênero, [4,23 (1,99–8,99); p<0,01] para história prévia de CPPD, [1,49 (0,77–
2,89); p=0,24] para o calibre da agulha e [2,16 (1,07–4,37); p=0.03] para a direção do bisel.
Não representaram fatores associados: idade, antecedente de cefaléia, ângulo de inserção da
agulha, número de tentativas de punção e o tipo de cirurgia. Neste estudo, os fatores
associados à ocorrência de CPPD foram: gênero, história prévia de CPPD e a direção do bisel
da agulha.
Palavras chave: cefaléia pós-punção dural, cefaléia, anestesia espinhal, fatores de risco,
fisiopatologia.
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Abstract
This study aims to evaluate the incidence and associated factors of postdural puncture
headache in 640 (332 female) patients (865 years of age), submitted to spinal anesthesia with
needles Quincke 25G or 27G, in the period one year. Forty-eight (7.5%) of the patients
developed PDPH. The binary logistic regression analysis identified as associated factors for
PDPH: gender [11.1% female vs 3.6% male OR 3.39 (1.706.77); p<0.01], previous history
of PDPH [26.4% positive vs 6.2% negative OR 5.84 (2.9011.79); p<0.01], needle caliber
[10.9% 25G vs 5.5% 27G OR 2.10 (1.163.80); p=0.01], direction of the needle bevel [16.1%
perpendicular vs 5.7% parallel OR 3.18 (1.705.94); p<0.01]. The odds ratio adjusted by
multivariate regression was [2.28 (1.094.80); p=0.03] to gender, [4.23 (1.998.99); p<0,01]
to previous history of PDPH, [1.49 (0.772.89); p=0,24] to needle caliber and [2.16 (1.07
4.37); p=0.03] to direction of the needle bevel. Did not represent associated factors for PDPH:
age, previous history of headache, angle of the needle insertion, number puncture of attempt
and type of surgery. The associated factors of PDPH in this study were: gender, previous
history of PDPH and direction of the needle bevel.
Key words: postdural puncture headache, headache, spinal anesthesia, risk factors,
physiopathology.
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Introdução
Cefaléia pós-punção dural (CPPD) é uma imprevisível complicação após uma punção da
dura-máter/aracnóide. A incidência de CPPD em pacientes submetidos à raquianestesia varia
de menos de 1% até aproximadamente 20% (1-4).
A característica patognomônica da CPPD é o caráter postural da cefaléia. De acordo com os
critérios diagnósticos da International Headache Society (2004, ICHD-II), a dor piora ou
surge dentro de 15 minutos após o indivíduo sentar-se ou ficar de pé, e melhora em tempo
similar após deitar-se. É acompanhada de pelo menos um dos seguintes sintomas: rigidez de
nuca, zumbido, hipoacusia, fotofobia e náuseas. Aparece até o quinto dia após a punção e
desaparece espontaneamente dentro de uma semana, ou até 48 horas pós-tampão sangüíneo
peridural (5).
O motivo pelo qual somente alguns pacientes desenvolvem cefaléia após uma punção da dura-
máter/aracnóide ainda é matéria de discussão. Na fisiopatogenia da CPPD algumas hipóteses
são aventadas, tais como (6-11): (a) extravamento do líquido cefalorraquiadiano (LCR) pelo
orifício de perfuração na dura-máter/aracnóide, (b) hipovolemia liquórica com perda do
coxim líquido de proteção cerebral, (c) vasodilatação venosa compensatória e (d) fatores
relacionados ao paciente e à técnica de punção.
Entre os fatores relacionados ao paciente e a técnica de punção destacam-se como
contribuintes a ocorrência de CPPD: idade, gênero, estado gestacional, calibre e desenho do
bisel da agulha e a direção do bisel em relação ao eixo da coluna vertebral (12-20). História
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
prévia de CPPD como fator de risco para um novo episódio de CPPD foi considerada em
apenas dois estudos, segundo revisão da literatura (21, 22).
Os objetivos deste estudo foram avaliar a incidência e identificar os fatores associados à
ocorrência de cefaléia pós-punção dural, em pacientes submetidos à raquianestesia.
Métodos
Durante o período de maio de 2005 a maio de 2006, a ocorrência de CPPD foi observada em
663 pacientes submetidos à raquianestesia, para a realização de procedimentos cirúrgicos
eletivos (urológicos, ortopédicos, abdominais, ginecológicos, vasculares e cirurgias plásticas
reparadoras), em três hospitais públicos da cidade do Recife (Hospital da Restauração,
Hospital Getúlio Vargas e Hospital e Casa de Saúde Maria Lucinda).
Como critério de inclusão apenas aqueles pacientes com estado físico ASA I (saudáveis) e
ASA II (pacientes com doença sistêmica controlada e sem repercussões em órgãos alvo),
foram considerados elegíveis e convidados a participar do estudo. Pacientes com doença
neurológica ou psiquiátrica, idade superior a 65 anos e gestantes, não participaram do estudo.
As orientações para o preenchimento da ficha de coleta de dados foram previamente
apresentadas aos anestesiologistas e médicos residentes em anestesiologia, em cada um dos
hospitais onde o estudo foi conduzido. A supervisão da coleta de dados foi efetuada mediante
visita diária aos serviços.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Durante a visita pré-anestésica foram coletados dados referentes às variáveis relacionadas ao
paciente: gênero, idade (anos), massa corporal (Kg), estatura (m), antecedente de cefaléia,
história prévia de CPPD e a especialidade cirúrgica envolvida. Para a avaliação de história
prévia de CPPD foram considerados os pacientes com história de cirurgia anterior, há mais de
12 meses, sob raquianestesia, e relato de cefaléia com caráter postural, nos primeiros cinco
dias após a anestesia.
No momento da punção da dura-máter para a realização da raquianestesia foram coletados os
dados referentes às variáveis relacionadas à técnica de punção: calibre da agulha Quincke
(25G ou 27G), ângulo de inserção (mediano ou paramediano), direção do bisel em relação ao
eixo da coluna vertebral (paralelo ou perpendicular), número de tentativas para o sucesso da
punção e a graduação do profissional que realizou a punção (anestesiologista especialista ou
médico residente em anestesiologia).
Na sala de cirurgia, os pacientes foram monitorizados, sedados com benzodiazepínico
intravenoso e hidratados com solução cristalóide. A raquianestesia foi realizada na região
lombar, no espaço intervertebral L2-3, L3-L4, ou L4-L5, em posição sentada. Não houve
interferência na rotina dos anestesiologistas, em relação aos aspectos técnicos, para a
realização da raquianestesia. O anestésico local utilizado foi a bupivacaína 0,5% com ou sem
adição de glicose, associada ou não a sulfato de morfina. Foram registrados os casos em que
houve falha da anestesia e uma segunda raquianestesia foi realizada, subseqüentemente à
primeira. No período pós-operatório os pacientes foram orientados a sentar e deambular, logo
que as condições clínicas permitissem.
Nos primeiros cinco dias após a punção, cefaléia postural, i.e. a dor piora ou surge após o
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
indivíduo sentar-se ou ficar de pé e alivia ou desaparece após deitar-se, foi investigada por um
único pesquisador (JAA), médica anestesiologista, a fim de reduzir a possibilidade de viés de
classificação. Visitas diárias aos pacientes foram realizadas durante o período de internamento
e, após a alta hospitalar foi mantido contato telefônico até o sétimo dia após o procedimento
anestésico.
O tratamento clínico consistiu em: repouso ao leito, aumento da oferta diária de líquidos,
cafeína oral (300mg/dia), e antieméticos nos casos acompanhados de náusea e vômito.
Tampão sangüíneo peridural foi indicado quando a intensidade da cefaléia era forte ou
insuportável, 24 horas após o início do tratamento clínico. Os pacientes foram acompanhados
até a remissão completa dos sintomas, e a consulta de um neurologista foi solicitada nos casos
que apresentaram quadro clínico duvidoso ou evolução prolongada.
Para a precisão da amostra foi considerado o número de raquianestesias realizadas anualmente
nos referidos hospitais (ano referência 2004), para a realização de procedimentos cirúrgicos
eletivos, em pacientes com características físicas e demográficas semelhantes à população
deste estudo. Com o tamanho de amostra obtido, foi possível estimar a incidência de CPPD
em 8%, com uma margem de erro inferior a 1,5 pontos percentuais, utilizando-se um nível de
confiança de 95%. Na análise de associação entre as variáveis consideradas e a ocorrência de
CPPD, foi possível detectar como significativas razões de odds de 2,20 ou superiores,
utilizando-se nível de confiança de 95% e poder do teste de 80%.
Procedimentos de estatística descritiva empregados foram medidas de tendência central
(média), dispersão (desvio-padrão e amplitude de variação) e distribuição de freqüências. A
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incidência de CPPD foi estimada em valores percentuais para a amostra total, estratificando-
se os coeficientes para cada uma das variáveis consideradas no estudo e suas respectivas
categorias. Comparações entre as incidências foram efetuadas pelo teste do Qui-quadrado
com aplicação da correção de Yates.
Recorreu-se à análise de regressão logística binária para a identificação dos fatores associados
à ocorrência de CPPD. Resultados estatisticamente significativos (p<0,05), nas análises
bivariadas, foram incluídos no modelo de regressão final (multivariada). Todas as análises
estatísticas foram realizadas mediante a utilização do programa SPSS para Windows,
adotando-se em 5% o nível crítico para rejeição da hipótese de nulidade.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa das respectivas instituições e o
consentimento livre e esclarecido foi obtido dos pacientes ou de seus responsáveis legais.
Resultados
Foram excluídos 23 pacientes em função de alta hospitalar precoce (menos de 24 horas após o
procedimento cirúrgico) e informações pessoais incorretas, impossibilitando contato posterior.
Foram analisados 640 sujeitos (332 mulheres e 308 homens), na faixa etária de 8 a 65 anos,
ASA I (n = 540) e ASA II (n = 100). As características físicas e demográficas dos pacientes
estão apresentadas na Tabela 1.
Quarenta e oito (48/7,5%) pacientes desenvolveram CPPD. O intervalo de tempo entre a
punção e o início da cefaléia variou entre 6 e 72 horas (33,3 ± 15,4 horas) (Figura 1). A
cefaléia foi referida nas regiões: occipital em 26 (54%) pacientes, frontal em 19 (40%), e
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
como holocraniana em 3 (6%). Na maioria dos pacientes a intensidade da dor, nas primeiras
24 horas, foi classificada como moderada ou forte (Figura 2). Os sintomas vestibulares e
oculares foram os mais frequentemente associados à cefaléia (Figura 3) e alguns pacientes
apresentaram mais de um sintoma. Dezesseis pacientes referiram apenas a cefaléia. Foram
tratados clinicamente 47/48 (98%) pacientes e tampão sangüíneo peridural foi realizado em
uma paciente, por duas vezes consecutivas. O tempo necessário para a remissão completa dos
sintomas variou entre 2 e 15 dias (4 ± 2 dias) (Figura 4).
A maior incidência de CPPD ocorreu nos pacientes do gênero feminino, na faixa etária entre
31 e 50 anos (Figura 5), entre os pacientes com história prévia positiva de CPPD, com
antecedente de cefaléia, nas punções realizadas com a agulha 25G, com o ângulo de inserção
mediano, na direção do bisel perpendicular e naqueles submetidos a cirurgias ginecológicas
(Tabela 2). Trezentos e quarenta e dois pacientes tinham história de raquianestesia anterior e
53 deles relataram história prévia de CPPD. Todos os pacientes que desenvolveram um novo
episódio de CPPD eram do gênero feminino, apesar de 10 homens apresentarem história
prévia positiva.
A realização de duas ou mais tentativas para o sucesso da punção foi significativamente (p <
0,01) mais freqüente entre os médicos residentes (46,9%), em comparação aos
anestesiologistas especialistas (23,9%). No entanto, verificou-se que o número de tentativas,
não influenciou a ocorrência de CPPD (Tabela 2). Houve falha da anestesia em dois pacientes
(2/640), uma segunda punção dural foi realizada subseqüentemente à primeira, um dos
pacientes desenvolveu CPPD.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Na análise de regressão bivariada apresentaram associação significativa com a ocorrência de
CPPD: gênero, idade, história prévia de CPPD, calibre da agulha e a direção do bisel da
agulha. Estas variáveis foram incluídas na análise de regressão multivariada e mantiveram
associação significativa com a ocorrência de CPPD: gênero, história prévia de CPPD e a
direção do bisel. As razões de chance (odds ratio, bruto e ajustado), os respectivos intervalos
de confiança e os valores de p estão apresentados na Tabela 3.
Discussão
Este estudo identificou como fatores associados à ocorrência de CPPD: gênero, história prévia
de CPPD e a direção do bisel da agulha, após análise de regressão multivariada.
O gênero como fator associado à ocorrência de CPPD foi considerado previamente em inúmeros
estudos (13, 14, 22-25). Wu e colaboradores (13), em recente metanálise, avaliaram o gênero
como fator de risco à ocorrência de CPPD, em pacientes adultos (homens e mulheres não-
grávidas), e encontraram que os homens apresentam um risco aproximadamente duas vezes
menor de CPPD comparados às mulheres (OR 0,55; 95% IC 0,44–0,67), independente da
idade, calibre ou desenho do bisel da agulha. Neste estudo, a probabilidade das mulheres
desenvolverem CPPD foi 2,28 vezes maior, comparadas aos homens. A maior incidência de
CPPD ocorreu na quarta e quinta décadas de vida.
Alterações fisiológicas, anatômicas e fatores psicossociais, inerentes ao gênero feminino, são
possíveis explicações para as mulheres apresentarem maior incidência de CPPD. Os níveis
elevados de estrógeno parecem interferir no tônus das artérias cerebrais, provavelmente
aumentando a resposta vasodilatadora compensatória à hipotensão liquórica (26),
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
especialmente no período pré-menopausa (27). A esse respeito, neurotransmissores
excitatórios são liberados e nervos sensitivos perivasculares que evolvem veias e seios
intracranianos estimulados, dando suporte à hipótese da vasodilatação venosa intracraniana
como causa da dor de cabeça (28). Neste contexto, Solomon e colaboradores (29) em estudo
envolvendo 37 pacientes submetidos à punção lombar diagnóstica encontraram uma
hipersensibilidade à sustância P, nos pacientes que desenvolveram CPPD. Adicionalmente, as
mulheres parecem processar a informação nociceptiva diferentemente dos homens, exibindo
maior sensibilidade aos estímulos dolorosos, facilitando o processo de sensibilização central
(30, 31).
Outras hipóteses seriam diferenças na morfologia do canal vertebral, particularmente na
junção crânio-espinal, com a presença de variações anatômicas, tais como: a constituição
óssea do canal vertebral cervical, volume menor da fossa posterior e diferenças morfológicas
do cerebelo, particularmente no que se refere à relação anatômica das amígdalas cerebelares
com o forame magno. Adicionalmente, a presença de anormalidades subclínicas como
malformação de Chiari tipo I, platibasia e impressão basilar poderiam, talvez,
conceitualmente, facilitar o desenvolvimento de CPPD (33). A esse respeito, malformação de
Chiari reversível foi identificada em uma mulher com cefaléia postural intratável, devido
hipotensão liqüórica espontânea, atribuída a uma fístula liquórica oculta. Nesse caso a tonsila
cerebelar retornou à posição anatômica após o tratamento da fístula (34).
História prévia de CPPD como fator associado à ocorrência de um novo episódio de CPPD foi
considerada por Lybercker e colaboradores (21) em estudo prospectivo de 1.021 anestesias
espinhais, 117 pacientes tinham se submetido à anestesia espinhal anteriormente e três deles
tinham história prévia de CPPD. Esses três pacientes foram submetidos a uma segunda
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
punção dural e dois deles (66%) desenvolveram um novo episódio, enquanto dos 114 que não
apresentavam história prévia, apenas três (2,8%) desenvolveram CPPD. Em estudo nosso (22)
envolvendo 258 pacientes com história de punção dural anterior para raquianestesia, 42
pacientes tinham história prévia positiva de CPPD enquanto 216 não tinham história prévia.
Esses pacientes foram submetidos à nova punção dural e a incidência de CPPD no grupo com
história prévia positiva foi significativamente maior [8/42 (19,0%) vs. 15/216 (6,9%); p =
0,0118)]. Duas pacientes referiram três episódios consecutivos de CPPD, pós-raquianestesia.
Neste estudo, a probabilidade dos pacientes com história prévia positiva desenvolverem um
novo episódio de CPPD foi 4 vezes maior, comparados aos com história prévia negativa.
Apesar da escassa literatura acerca do assunto, variações na espessura da dura-máter é uma
hipótese a ser considerada, que talvez possa explicar em parte a susceptibilidade de alguns
pacientes, particularmente do gênero feminino, a episódios repetitivos de CPPD . Angle e
colaboradores (32) avaliaram o volume perdido de LCR, em modelos com dura-máter de
cadáveres, após punção com agulhas para anestesia epidural e observaram variações na
espessura da dura-máter em um mesmo espécime e entre indivíduos. O extravasamento de
LCR foi 50% maior quando a dura-máter era mais translúcida (i.e., espessura delgada),
portanto mais susceptível à dilatação e tração, comparada com aquelas de aparência normal.
Estudos controlados poderão esclarecer se a espessura da dura-máter é de fato diferente entre
os gêneros.
A perda de LCR após uma perfuração da dura-máter/aracnóide depende do calibre da agulha,
que é considerado um importante fator associado à ocorrência de CPPD (15). No entanto, a
direção que o bisel da agulha perfura essas meninges influencia a magnitude da perda (35). As
diretrizes da American Academy of Neurology (36) estabeleceram como nível de evidência
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
classe I a inserção do bisel de agulhas cortantes paralelo às fibras durais, para a redução da
freqüência de CPPD. Neste contexto, Richman e colaboradores (16), em recente metanálise
avaliaram a influência da direção do bisel das agulhas cortantes tipo Quincke e Tuohy, na
incidência de CPPD, em pacientes adultos. Esses autores demonstraram que o bisel paralelo
(longitudinal) diminuiu significativamente a incidência de CPPD, comparado ao
perpendicular (transversal) [10,9% vs. 25,8%; OR 0,29 (95% IC = 0,17-0,50)].
Neste estudo, a direção do bisel perpendicular foi mais importante na ocorrência de CPPD do
que o calibre da agulha, na análise multivariada, e a probabilidade de CPPD com o bisel
perpendicular foi duas vezes maior, comparado ao paralelo. Nossos resultados são
semelhantes aos de Lybecker e colaboradores (21), em estudo prospectivo de 1021
raquianestesias, no qual os autores demonstraram após análise de regressão multivariada que a
direção do bisel foi o fator relacionado à técnica de punção de maior importância na
ocorrência de CPPD (p = 0,022), comparado ao calibre da agulha (p = 0,105) e às múltiplas
punções (p = 0,091). Também Mihic (37), em estudo com as agulhas 22 G e 25 G encontrou
uma redução significativa na incidência de CPPD com o bisel paralelo comparado ao
perpendicular e não observou significativa diferença na incidência de CPPD entre as agulhas,
quando o bisel foi inserido paralelo ao eixo da coluna vertebral.
Durante muito tempo, a explicação mais aceita era que as fibras constituintes da dura-máter
orientavam-se principalmente no sentido longitudinal e, portanto, o bisel paralelo
divulsionaria as fibras sem seccioná-las, formando um orifício menor e de cicatrização mais
rápida (38). No entanto, estudos mais recentes revelaram que as fibras orientam-se nas três
direções: longitudinal, horizontal e transversal, individualmente ou em grupos, e varia entre
indivíduos e no mesmo indivíduo (39, 40). Essas contradições levantam a possibilidade da
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
aracnóide, e não a dura-máter, está implicada na ocorrência de CPPD. Posteriormente,
Zetlaoui (41) sugeriu que as variações no diâmetro do orifício de perfuração na dura-máter é
devido aos movimentos e às trações exercidas no saco dural, que é imóvel no canal vertebral.
Com o bisel paralelo ao neuroeixo, a tração que acontece quando o paciente assume a posição
sentada ou ereta tende a fechar o orifício e com o bisel perpendicular essa tração aumenta o
orifício e a perda de LCR. Outra hipótese descrita por Kempen e Mocek (35) em estudo
experimental é que na punção com o bisel paralelo, os folhetos da dura-máter e aracnóide se
superpõem, especialmente com a abordagem paramediana, possivelmente diminuindo o
extravasamento de LCR.
Uma maior incidência de CPPD foi observada com o ângulo de inserção mediano, comparado
ao paramediano, no entanto, os resultados não foram estatisticamente significativos. Nossos
resultados são semelhantes aos de outros autores (19), no entanto, as evidências em relação a
influência dessa variável na incidência de CPPD são contraditórias.
Duas ou mais tentativas para o sucesso da punção não significa que ocorrerá múltiplas
perfurações na dura-máter e conseqüentemente uma maior probabilidade de CPPD (19). Neste
estudo, a curva de aprendizado necessária para os médicos residentes atingirem proficiência
com a punção da dura-máter, para a realização de uma raquianestesia, não influenciou a
ocorrência de CPPD.
Os pacientes com antecedente de cefaléia apresentaram maior incidência de CPPD
comparados aos sem antecedente, no entanto não houve diferença estatística significativa
entre eles. Nossos resultados são semelhantes aos de outros autores (17), no entanto, Kuntz e
colaboradores (42) em estudo com 501 pacientes submetidos a punção lombar diagnóstica
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
constataram que as mulheres portadoras de cefaléia crônica são uma população de elevado
risco de CPPD. Essas pacientes, após uma situação de estresse ou estímulo doloroso
apresentam uma hipersensibilidade aos neurotransmissores envolvidos no processamento da
informação nociceptiva, particularmente à substância P, que facilitariam o desenvolvimento
de cefaléia após uma punção dural. Neste contexto, Solomon e colaboradores (29)
encontraram uma hipersensibilidade à substância P, nos pacientes que desenvolveram CPPD.
A maior incidência de CPPD nas cirurgias ginecológicas, provavelmente ocorreu em virtude
desta especialidade cirúrgica envolver apenas a população feminina. Alguns autores aventam
a possibilidade da maior ocorrência de CPPD estar relacionada à dilatação dos vasos pélvicos
no pós-operatório levando a conseqüente colapso compensatório das veias do espaço peridural
e dilatação do saco dural, facilitando o acúmulo de LCR no espaço extra-dural (20).
Alguns de nossos pacientes não apresentaram sintomas associados à cefaléia. Vilming e
Kloster (43), em estudo avaliando as características da dor nos pacientes com CPPD, também
não encontraram sintomas associados em 15% dos pacientes. O espaço perilinfático do ouvido
interno está conectado com o espaço subaracnóideo pelo aqueduto coclear e o tamanho do
aqueduto coclear varia muito entre os indivíduos, e mesmo naqueles que têm um aqueduto
grande, tecido aracnóideo pode obstruí-lo completamente. Alterações da pressão do LCR,
circulante no espaço subaracnóideo, podem ser comunicadas para estruturas do ouvido interno
em alguns indivíduos, explicando sintomatologia vestíbulo-coclear presente em apenas uma
parcela dos pacientes que desenvolvem CPPD.
Concluindo, este estudo demonstrou que o gênero feminino, história prévia de CPPD e a
direção do bisel da agulha perpendicular são fatores de risco para CPPD, após raquianestesia.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Alguns indivíduos são predispostos à CPPD, por razões ainda não muito claras, e as mulheres
são mais susceptíveis a episódios repetitivos de CPPD.
Referências
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Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Tabela 1. Características físicas e demográficas dos 640 pacientes submetidos à raquianestesia.
Variável Homens
n = 308
Mulheres
n = 332
Todos
n = 640
Idade (anos)
34,1 ? 14,4*
(8 65)
40,3 ? 12,8
(8 65)
37,3 ? 13,9
(8 - 65)
Massa corporal (kg)
67,6 ? 14,2
(25 - 123)
63,1 ? 12,3
(27 140)
65,3 ? 13,4
(25 - 140)
Estatura (m)
1,67 ? 0,08
(1,29 1,89)
1,60 ? 0,60
(1,34 1,80)
1,63 ? 0,08
(1,29 1,89)
IMC
(kg/m
2
)
23,9 ? 3,9
(12,2 39,0)
24,6 ? 4,50
(14,4 58,3)
24,3 ? 4,2
(12,2 - 58,3)
*os dados numéricos representam a média ? desvio-padrão (amplitude de variação);
índice de massa corporal.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Tabela 2. Incidência de cefaléia pós-punção dural (CPPD) para cada uma das variáveis consideradas no estudo
e suas respectivas categorias.
Variável Categorias n Incidência de CPPD (%)
Gênero Masculino
Feminino
308
332
3,6
11,1
Idade (anos) 8 30
31 - 50
51 65
204
324
112
3,9
10,8
4,5
Antecedente de cefaléia o
Sim
528
112
6,8
10,7
História prévia de CPPD Negativa
Positiva
289
53
6,2
26,4
Calibre da agulha 27G
25G
401
239
5,5
10,9
Ângulo de inserção Paramediano
Mediano
219
421
5,5
8,6
Direção do bisel Paralelo
Perpendicular
528
112
5,7
16,1
Tentativas de punção Única
Duas ou mais
453
187
8,4
5,3
Especialidade cirúrgica Urologia
Ortopedia
Abdominal
Ginecologia
Vascular
Plástica
69
234
214
66
46
11
1,4
4,7
10,7
12,1
8,7
9,1
n = número de raquianestesias.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Tabela 3. Análise de regressão logística binária das variáveis consideradas no estudo.
OR
Variável Categorias bruto* (IC) p ajustado*(IC) p
Gênero Masculino
Feminino
1
3,39 (1,70- 6,77)
< 0,01
1
2,28 (1,09- 4,80)
0,03
Idade (anos) 8 30
31 - 50
51 65
1
2,97 (1,35-6,53)
1,15 (0,37-3,59)
0,01 1
1,94 (0,84-4,52)
0,71 (0,21-2,36)
0,06
Cefaléia anterior Não
Sim
1
1,64 (0,82-3,26)
0,16 Não incluído
História prévia de CPPD Negativa
Positiva
1
5,84 (2,90-1,79)
< 0,01 1
4,23 (1,99-8,99)
< 0,01
Calibre da agulha 27 G
25 G
1
2,10 (1,16-3,80)
0,01 1
1,49 (0,77-2,89)
0,24
Ângulo de inserção Paramediano
Mediano
1
1,61 (0,82-3,16)
0,17 Não incluído
Direção do bisel Paralelo
Perpendicular
1
3,18 (1,70-5,94)
< 0,01 1
2,16 (1,07-4,37)
0,03
Número de tentativas Única
Duas ou mais
1
0,62 (0,30-1,27)
0,19 Não incluído
Especialidade cirúrgica Urologia
Ortopedia
Abdominal
Ginecologia
Vascular
Plástica
1
3,34 (0,43-26,16)
8,14 (1,09-61,11)
9,33 (1,14-76,38)
6,44 (0,70-59,28)
6,76 (0,34-116,46)
0,07 Não incluído
*OR = Odds Ratio; IC = Intervalo de Confiança.
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
26
4
15
3
0
5
10
15
20
25
30
06-24 horas 25-36 horas 37-48 horas 49-72 horas
Intervalo de tempo
Números de pacientes (n)
Figura 1. Intervalo de tempo entre a punção da dura-máter e o início da cefaléia nos 48 pacientes
que desenvolveram cefaléia pós-punção dural (CPPD).
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
2,1%
43,7%
41,7%
12,5%
0
5
10
15
20
25
Leve Moderada Forte Insurportável
Intensidade da dor
Número de pacientes (n)
Figura 2. Classificação da intensidade da dor nos 48 pacientes que desenvolveram
cefaléia pós-punção dural (CPPD).
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
40%
19%
17%
4,8%
1,2%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Náusea e
vômito
Diplopia Tontura Zumbido Hipoacusia
Sintomas associados à CPPD
Freqüência dos sintomas associados
Figura 3. Freqüência dos sintomas associados à cefaléia pós-punção dural (CPPD).
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
19
21
7
1
0
5
10
15
20
25
2-3 dias 4-5 dias 6-7 dias > 7 dias
Intervalo de tempo
Números de pacientes (n)
Figura 4. Intervalo de tempo entre o início e a remissão da cefaléia nos 48 pacientes
que desenvolveram cefaléia pós-punção dural (CPPD).
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
4,4%
4,8%
3,2%
4,5%
13,6%
8,5% 9,8%
12,3%
8,1%
2,0%
4,2%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
08-15
16-20
21-25
26-30
31-35
36-40
41-45
46-50
51-55
56-60
61-65
Número de casos
Faixa etária (em anos)
Número de casos de CPPD
Número de raquianestesias
Figura 5. Distribuição do número de casos de cefaléia pós-punção dural (CPPD) e do número
de raquianestesias por faixa etária (anos).
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
ANEXOS
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Anexo I
Carta do Editor Chefe da Revista Cephalalgia, com parecer do Artigo Original 1
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Re: Postdural puncture headache is a risk factor for new
postdural puncture headache
I am pleased to inform you that your paper has been accepted
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Sincerely yours,
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Editor-in-Chief
Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
Anexo II
Normas de publicação da Revista Cephalalgia
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Cephalalgia
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Peter Goadsby
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Amorim, Jane Auxiliadora Incidência e fatores associados à cefaléia pós-punção...
All articles must be accompanied by a completed copyright assignment form. The senior author
must sign the form, acting on behalf of all authors. Until this form is received by the editorial office
the manuscript will not be put into production.
PREPARATION OF MANUSCRIPTS
All submissions should be clearly written in English. The text should normally be divided into
Instructions, Methods, Results, Discussion, and References. No specific format is required for
Letters to the Editor.
Papers based on clinical investigation must satisfy the Editorial Board that they conform to ethical
standards as described in the Declaration of Helsinki. Acceptance of an investigational study by the
appropriate ethical committee should be confirmed. Any form of registration that may identify a
patient must be excluded from the content of the paper. When clinical photographs of patients are
submitted, consent by the patient must be obtained prior to submission of the article and is the
responsibility of the author.
All materials should comply with the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to
Biomedical Journals, prepared by the International Committee of Medical Journal Edtiors.
Use standard abbreviations. Any non-standard abbreviations (to be avoided if possible) should be
explained in the text the first time they are used. Avoid abbreviations in the title. Quantities and
units should be expressed in accordance with the recommendations of the International System of
Units (Système International d'Unités).
Reports of clinical trials should adhere to the tenets of the CONSORT statement (JAMA 2001; 285:
1987-1991). A flow chart should be provided describing the progress of patients through the trial.
A checklist of CONSORT requirements must also be completed. Both forms should be sent to the
Editorial Office by post or fax. Alternatively, scanned copies of the hand-signed forms can be e-
mailed.
All materials should comply with the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to
Biomedical Journals, prepared by the International Committee of Medical Journal Editors
(http://www.icmje.org).
Title Page
The title page shall contain: (1) A short, concise but informative title (2) The full names of the
author(s) and the respective affiliations. (3) Name and full address of the author to whom galley
proofs and reprint requests should be sent. Include a telephone number, a fax number and an e-
mail address.
Abstract
An abstract not exceeding 150 words should be presented on the second page. The abstract should
state briefly the objective of the investigation, basic procedures, main findings, and principal
conclusions. List no more than five key words.
References
References should be included in the file for upload or, for postal submission, be typed double-
spaced on a separate sheet(s), numbered consecutively in the order in which they appear in the
text (Vancouver style). Accuracy of the reference list must be verified before submission of the
manuscript. Identify references in the text, tables and legends by arabic numerals in parentheses.
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For papers with up to seven authors, the names of all authors should be listed. For papers with
eight or more authors, the first six names should be listed, followed by et al. The titles of journals
should be abbreviated in accordance with the style of the Index Medicus. Use the following format
for journal articles and book references.
Book Chapter
1. Kaada B. Neurophysiology and acupuncture: a review. In: Bonica JJ, Albe-Fessard D, editors.
Advances in pain research and therapy. Vol 1. New York: Raven Press, 1976:733-41.
Journal Article (less than seven authors)
2. Dahlof CGH, Dimenas E. Migraine patients experience poorer subjective well being/quality of life
even between attacks. Cephalalgia 1995; 15:31-6
Journal Article (more than seven authors)
3. Trillat AC, Malagie I, Scearce K, Pons D, Anmella MC, Jacquot C, et al. Regulation of serotonin
release in the frontal cortex and ventricular hippocampus of homozygous mice lacking 5-HT1B
receptors: in vivo microdialysis studies. J Neurochem 1997;69:2019-25
Journal Supplement Article
4. Headache Classification Committee of the International Headache Society. Classification and
diagnostic criteria for headache disorders, cranial neuralgia, and facial pain. Cephalalgia 1988;8
Suppl 7:1-96
References to material available on the World Wide Web can be given, but only if the information is
available without charge to readers on an official site. Authors will be asked to provide electronic
copies of the cited material for inclusion on the Cephalalgia web page at the discretion of the
Editor. The format for citations is as follows.
Beckleheimer, J. (1994). How do you cite URLs in bibliography? [WWW document]. URL
http://www.nrlssc.navy.mil/meta/bibliography.html
References in Articles
We recommend the use of a tool such as EndNote or Reference Manager for reference management
and formatting.
EndNote reference styles can be searched for here: http://www.endnote.com/support.enstyles.asp
Reference Manager reference styles can be searched for here:
http://www.refman.com/support/rmstyles.asp
Tables
Include tables in the file for upload. Use the table function of a word processor rather than tab and
space. For postal submission type each table, double-spaced on a separate page. Do not submit
tables as photographs. Number tables consecutively with arabic numerals and give each a short,
descriptive heading. Give each column a short or abbreviated heading. Place explanatory matter in
footnotes to the table, not in the heading. Explain in the footnotes all non-standard abbreviations
used in the table. Omit internal horizontal and vertical lines. If data from another published or
unpublished source are used, obtain permission and acknowledge fully. Tables should be self-
explanatory and understandable without reference to the text of the article.
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Figure Legends
Each figure should have a legend containing sufficient information to make the figure intelligible
without reference to the text. Figure legends should be included in the file for upload. For postal
submission, all the legends must be typed double-spaced on a separate page(s). If a figure has
been published previously, acknowledge the original source and submit written permission from the
copyright holder to reproduce it.
Figures
If submission of digital illustrations is not possible (see section below) then to ensure clear
reproduction, it is preferred that illustrations are submitted as 11 x 17cm (5 x 7 inch) glossy prints
unmounted and untrimmed. Prepare drawings and graphs with black India ink on white
background, using no typewriting or computer print. Letters, numbers and symbols should be clear
and even throughout and large enough to be legible when reduced for publication. Do not attempt
to hand-letter line drawings and photographs.
If submitting by post, all figures must be submitted in triplicate and have a label pasted on the
back indicating the figure number, the top of the figure, and the first author's name. Do not write
directly on the back of the photographs or damage them by using paper clips. If photographs of
persons are used, either the subjects must not be identifiable or written permission to use the
photographs must accompany the manuscript.
It is the policy of Cephalagia for authors to pay the full cost for the reproduction of their colour
artwork. If colour figures are requested, Blackwell Publishing require you to complete and return a
colour work agreement form to the editorial office (address as above)before your paper can be
published. This form can be downloaded as a PDF. If you are unable to download the form, please
contact the editorial office.
The Editor will not return manuscripts. If the author(s) wishes to have the figure(s) from a rejected
article returned, a self-addressed, stamped envelope must be provided.
ON ACCEPTANCE: MANUSCRIPT SUBMISSION
On acceptance, an eletronic version of the manuscript must be provided. Accepted manuscripts will
be published from the Word file (not PDF) wherever practicable and therefore must be provided in
this form. This reduces typesetting errors and speeds up publication. Authors must ensure that all
sections of their paper, excluding figures, are presented in a single file, updated to incorporate all
revisions. For postal submissions, a disk and hardcopy of the manuscript must be provided. The
version on the disk must match the final hard copy. All accepted manuscripts must be accompanied
by a signed copyright assignment form.
Text
Files should be formatted double-spaced with no hyphenation and automatic word-wrap (no hard
returns within paragraphs). Please type your text consistently, e.g. take care to distinguish
between '1' (one) and 'l' (lower-case L) and '0' (zero) and 'O' (capital O), etc.
Tables
Tables should be created using the table editor function of word processing software. Do not use
graphics software to create tables.
Mathematics
In-line equations should be typed as text were possible. Graphics programs and 'equation editors'
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can also be used, and the output will be used were possible but displayed equations may
occasionally be rekeyed by out typesetters.
Figures
On acceptance of a paper, please send us digital versions of your figures if at all possible. EPS and
TIFF files are preferable for print reproduction. Please note that your paper will go through
production more quickly if the figures do not have to be relabelled or redrawn.
Please ensure that electronic artwork is prepared such that, after reduction to fit across one or two
columns or two-thirds width (80mm, 169mm or 110mm respectively) as required, all lettering will
be clear and easy to read, i.e. no labels should be too large or too small. Avoid using tints if
possible; if they are essential to the understanding of the figure, try to make them coarse. Always
enclose hard copies of digitally supplied figures. No artwork for publication should be incorporated
into the final accepted text files. Original drawings or photographs should be supplied for
reproduction.
Full details of submission of manuscripts and artwork are available at
http://www.blackwellpublishing.com/authors/prep_illust.asp.
PROOFS
After the manuscript has been prepared for publication, the proofs will be sent via e-mail as an
Acrobat PDF (portable document format) file. The e-mail server must be able to accept
attachments up to 4 MB in size. Acrobat Reader will be required in order to read this file. This
software can be downloaded (free of charge) from
http://www.adobe.com/products/acrobat/readstep2.html. This will enable the file to be opened,
read on screen, and printed out in order for any corrections to be added. Further instructions will
be sent with the proof. Proofs will be posted if no e-mail address is available; author who may be
absent should arrange for a colleague to access their e-mail to retrieve the proofs.
OFFPRINTS
Authors will be provided with electronic offprints of their article. Paper offprints may be ordered at
prices quoted on the order form, which accompanies proofs, provided that the form is returned to
the address indicated on the form. Offprints are normally dispatched within 2 weeks of publication
of the issue in which the paper appears. Please contact the publisher if offprints do not arrive:
however, please note that offprints are sent by surface mail, so overseas orders may take up to 6
weeks to arrive. Electronic offprints are sent to the first author at his or her e-mail address on the
title page of the paper, unless advised otherwise; therefore please ensure that the name, address
and e-mail of the receiving author are clearly indicated on the manuscript title page if he or she is
not the first author of the paper.
ONLINEEARLY
Cephalalgia is covered by Blackwell Publishing's OnlineEarly service. OnlineEarly articles are
complete full-text articles published online in advance of their publication in a printed issue. Articles
are therefore available as soon as they are ready, rather than having to wait for the next scheduled
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cited in the traditional way. They are therefore given a Digital Object Indentifier (DOI), which
allows the article to be cited and tracked before it is allocated to an issue. After print publication,
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Please note that, unless specifically requested, Blackwell Publishing will dispose of all hard copy or
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Anexo III
Abstract do Artigo Original 2
E089
Risk factors for postdural puncture headache: experience with spinal anesthesia
J.A.Amorim
1
, M.V.G.Barros
2
, Marcelo Valença
1
1
Neuropsychiatry, Federal University of Pernambuco,
2
University of Pernambuco, Brazil
Objective: To evaluate the risk factors of postdural puncture headache (PDPH, ICHD-II) in
patients submitted to spinal anesthesia. Methods: In the period between 2005 and 2006,
640 (332 female) consecutive patients (865 years of age) were prospectively studied. All
patients were submitted to a lumbar spinal anesthesia, with needles type Quincke, caliber
25G or 27G. Patients with obstetrical surgery and gestation in course were excluded. The
chi square test was used to statistic analysis. Results: 48 (7.5%) of the patients developed
PDPH. The binary regression analysis identified as a risk factor for PDPH: female sex
[3.6% vs 11.1% odds ratio (OR) 3.39 (1.706.77); p ??0.01 ], previous history of PDPH
[5.8% vs 26.4% OR 5.84 (2.8911.78); p ??0.01 ], 25G needle caliber [5.5% vs 10.9% OR
2.10 (1.163.80); p ??0.01 ], perpendicular orientation insertion of the needle bevel [OR
3.18 (1.705.94); p ??0.01 ], and gynecological surgery [OR 3.19 (1.268.06);
p ??0.03]. Did not represent risk factor for PDPH: age [OR 1.00 (0.991.03); p ??0.37) BMI
[OR 1.01 (0.941.08); p ??0.97), previous history of headache [6.8% vs 10.7% OR 1.64
(0.823.26); p ??0.16] and position of the needle insertion [OR paramedian 0.64 (0.33
1.22); p ??0.16]. The odds ratio adjusted by logistic regression was 2.61 (1.285.34) to
female gender, 4.02 (1.928.41) to previous history of PDPH, 0.42 (0.240.76) to 27G
caliber of the needle, and 2.25 (1.134.51) to perpendicular insertion of the needle.
Conclusion: The risk factors of PDPH in this study were: female gender, previous history
of PDPH, the bigger 25G caliber, and perpendicular insertion of the bezel.
© Blackwell Publishing Ltd Cephalalgia 2007; 27:575 759
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Anexo IV
Parecer do Comitê de Ética
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Anexo V
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
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Anexo VI
Ficha de coleta de dados
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Anexo VII
Banco de dados dos 640 pacientes analisados
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Anexo VIII
Banco de dados com as características da cefaléia
nos pacientes que desenvolveram cefaléia pós-punção dural
Livros Grátis
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