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Diego Boschetti Musskopf. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS, 2006
A temperatura média do ar externo foi de 24,5ºC, na Sala A foi de 25,4ºC e na Sala B foi de
26,7ºC. A diferença de 1,28ºC entre as médias registradas no período, não representa perdas
ou ganhos significativos se comparada aos resultados obtidos durante a comparação dos am-
bientes (a diferença registrada, para dias de sol, foi de 1,0ºC).
Comparando os gráficos 74 e 76, vemos que, nos dias de sol, ocorre grande amplitude térmica
do ar externo, diferente dos dias nublados, que apresentaram baixas variações.
Percebe-se também que o número de horas de desconforto por calor, no ambiente externo, é
maior do que o ocorrido no interior da sala. Sob esse aspecto, observa-se que a edificação
conseguiu amortecer os efeitos das amplitudes externas, já que a maior parte da curva com a
oscilação dos valores internos permaneceu dentro da faixa de conforto (entre 20ºC e 29ºC).
No dia 15 de janeiro, ocorreu o registro das maiores amplitudes da temperatura do ar externo:
17,0ºC de variação. No mesmo dia, porém, a Sala A variou apenas 3,05ºC e a Sala B 2,5ºC.
O retardo térmico médio durante todo o período, na Sala A, foi de 2 horas, enquanto, na Sala
B, foi de 4 horas. Essa diminuição do tempo de retardo térmico da Sala A em relação à Sala
B, e em relação ao verificado nos estudos anteriores, era esperada, uma vez que estamos ven-
tilando a sala com ar externo.
Essa característica da edificação, de apresentar boa inércia térmica e um bom retardo térmico,
se demonstrou recomendável para edificações que utilizam ventilação por dutos, pois no mo-
mento crítico de temperatura do ar interior (como, por exemplo, às 17 horas, que representa o
horário na qual é registrada as maiores temperaturas interna na Sala A) está sendo captado do
exterior um ar com temperaturas mais amenas, já com o início do entardecer.
Tabela 13: diferença de temperatura do ar nas extremidades dos tubos
interna e externa em graus Celsius
Temp. interna < Temp. externa
Temp. interna > Temp. externa
INFØ100 INF Ø200
SUPØ100
SUPØ200
INFØ100 INF Ø200
SUPØ100
SUPØ200
Mínima
-0,90 -0,20 -5,00 -4,20 -9,80 -7,30 -11,00 -9,50
Média
4,08 4,09 1,52 0,69 -2,27 -1,95 -3,19 -2,56
Máxima
9,30 8,20 5,10 5,10 2,50 1,90 1,30 1,10
Para efeitos comparativos entre a temperatura do ar interior e exterior, porém, este retardo
pode trazer má interpretação dos resultados de variação de temperatura, pois não pode ser