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no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, possui uma população
de baixa renda
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e sofre de deficiências infra-estruturais e falta de investimento em políticas
públicas.
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Cortado pela estrada de ferro Central do Brasil, o bairro de Santa Cruz possui uma
paisagem bastante diversificada, com áreas rurais, comerciais e residenciais. Porém, o
bairro destaca-se pela grande concentração de indústrias, o que faz do mesmo uma Zona
Industrial. Nessa região estão localizados dois importantes distritos industriais, o de
Paciência e o de Palmares, onde se encontram, em pleno funcionamento, a Casa da Moeda
do Brasil, a FCC S/A - Fábrica Carioca de Catalisadores, a COSIGUA (Companhia
Siderúrgica da Guanabara), a VALESUL Alumínio S.A, a White Martins, a Glasurit, a
Continac, a Latasa, etc.Vale ressaltar que o Porto de Sepetiba, localizado em Itaguaí, foi
concebido para escoar a carga da produção do Distrito Industrial de Santa Cruz.
No Distrito Industrial de Santa Cruz existe ainda um projeto de implantação do
PTSC (Parque Tecnológico de Santa Cruz), em terreno de propriedade da FCC S/A -
Fábrica Carioca de Catalisadores, cujo gerenciamento será realizado pelo Centro para
Inovação e Competitividade – CIC, com projeto de financiamento junto ao FINEP-
Financiadora de Estudos e Projetos, órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia que traria
mais indústrias para a região
19
.
17
A renda per capita da população do bairro de Santa Cruz é R$ 206,23, em contraste com renda do bairro da Gávea,
primeira no ranking, de R$ 2139,56. A renda domiciliar per capita média do 1º quinto mais pobre de Santa Cruz é de R$
27,62.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - Censo Demográfico 2000.
18
Ver GOMES DA GAMA, Sonia Vidal. “Mapeamento digital de (in)compatibilidades do uso dos solos na XIX RA
Santa Cruz – Município do Rio de Janeiro”. Nessa dissertação de mestrado em Geografia, UFRJ, 1998, a autora mostra os
problemas ambientais de Santa Cruz relacionados à incompatibilidade de uso do solo. Para ela, a negligência de
organismos competentes em considerar o meio físico e suas restrições, atendendo prioritariamente às "necessidades"
econômicas e políticas geram problemas ambientais mais graves que comprometem as áreas urbanas e agrícolas, onde
solos adequados ao cultivo (gley e orgânico) são ocupados com assentamentos de grande porte (Distrito Industrial de
Santa Cruz) e população de baixa renda (conjuntos habitacionais; loteamentos irregulares; favelas e invasões). Nos solos
adequados à ocupação urbana (podzólicos e planossolos) a degradação é principalmente devido à falta de infra-estrutura
sanitária e serviços oferecidos.
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Fonte: Centro para Inovação e Competitividade – CIC. Disponível em www.cic.org.br