Download PDF
ads:
MARCELO MATIDA HAMATA
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA EFETIVIDADE DAS
PLACAS OCLUSAIS CONFECCIONADAS
EM RELAÇÃO
CENTRAL OU MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO EM
PACIENTES COM DTM
ARAÇATUBA
2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
MARCELO MATIDA HAMATA
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA EFETIVIDADE DAS
PLACAS OCLUSAIS CONFECCIONADAS EM RELAÇÃO
CENTRAL OU MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO EM
PACIENTES COM DTM
Dissertação apresentada à
Faculdade de Odontologia da
Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho”, Câmpus de
Araçatuba, para a obtenção do título
de Mestre em Odontologia (Área de
Concentração: Prótese Dentária).
Orientador: Paulo Renato Junqueira
Zuim
ARAÇATUBA
2006
ads:
M ARCELO M ATID A
H AM ATA
N ASCIM EN TO :
N ASCIM EN TO :N ASCIM EN TO :
N ASCIM EN TO :
18.09.1981 ARAÇATU BA /SP
FIL IAÇÃO:
FIL IAÇÃO:FIL IAÇÃO:
FIL IAÇÃO:
SATA RO M ATID A HAM ATA
N O BU KO HAM A TA
1999/2002
1999/20021999/2002
1999/2002
Graduação
Faculdade de Odontologia de Bauru
U niversidade de São Paulo.
2003/2004
2003/20042003/2004
2003/2004
Estágio no D epartamento de Prótese da Faculdade
de Odontologia de Bauru
U niversidade de São
Paulo.
Pós-
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da
U niversidade de São Paulo.
2004/2006
2004/20062004/2006
2004/2006
Pós-
D entária, nível mestrado, na Faculdade de
Odontologia de Araçatuba U NESP.
D edicatória
D edicatóriaD edicatória
D edicatória
Dedicatória
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
A
D eus,
D eus,D eus,
D eus,
Que m e ilumina e está sempre presente em todos os mom entos
de minha vida.
Ao meu pai, Sataro, e à m inha m ãe, N obuko,
o m eu pai, Sataro, e à m inha mãe, N obuko,o m eu pai, Sataro, e à m inha mãe, N obuko,
o m eu pai, Sataro, e à m inha mãe, N obuko,
Que acreditaram neste sonho, sempre m e apoiaram em tudo que fiz e me
ensinaram os caminhos corretos a serem seguidos.
Dedicatória
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Aos m eus irm ãos, Pedro, Célia e Roberto,
Aos m eus irm ãos, Pedro, Célia e Roberto,Aos m eus irm ãos, Pedro, Célia e Roberto,
Aos m eus irm ãos, Pedro, Célia e Roberto,
Que sempre me orientaram e ajudaram muito nessa caminhada.
Ao m eu cunhado, R icardo, e minhas cunhadas, G láucia e Z ilda,
Ao m eu cunhado, R icardo, e minhas cunhadas, G láucia e Z ilda,Ao m eu cunhado, R icardo, e minhas cunhadas, G láucia e Z ilda,
Ao m eu cunhado, R icardo, e minhas cunhadas, G láucia e Z ilda,
Que sempre ajudaram nos m omentos difíceis e foram muito
importantes para minha formação.
Aos m eus sobrinhos,
Aos m eus sobrinhos, Aos m eus sobrinhos,
Aos m eus sobrinhos, Cristhiana, Fernando e
Cristhiana, Fernando e Cristhiana, Fernando e
Cristhiana, Fernando e João Pedro;
João Pedro;João Pedro;
João Pedro;
Pelos momentos de alegria e descontração.
À minha nam orada, Ligia,
À minha nam orada, Ligia,À minha nam orada, Ligia,
À minha nam orada, Ligia,
Pela compreensão, amor, carinho e incentivo em todos
os momentos.
À família N am iki;
À família N am iki; À família N am iki;
À família N am iki;
Que considero a minha segunda família.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Agradecimentos Especiais
Agradecimentos EspeciaisAgradecimentos Especiais
Agradecimentos Especiais
Agradecim entos E speciais
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Ao Prof. D r. Paulo R enato Junqueira Zuim ,
Ao Prof. D r. Paulo R enato Junqueira Zuim ,Ao Prof. D r. Paulo R enato Junqueira Zuim ,
Ao Prof. D r. Paulo R enato Junqueira Zuim ,
Pela orientação sábia, segura e criteriosa.
Pela grande amizade e confiança em mim depositada.
Por contribuir com sua sabedoria e experiência no
enriquecimento dos meus conhecimentos.
Agradeço o privilégio de tê-lo como orientador.
Agradecim entos E speciais
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Ao Prof. D r. Alicio R osalino Garcia,
Ao Prof. D r. Alicio R osalino Garcia,Ao Prof. D r. Alicio R osalino Garcia,
Ao Prof. D r. Alicio R osalino Garcia,
Pela participação e inestimável contribuição em todas as fases
deste trabalho.
Pelo incentivo e am izade.
Agradecim entos E speciais
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Ao Prof. D r. M arcelo Coelho Goiato,
Ao Prof. D r. M arcelo Coelho Goiato, Ao Prof. D r. M arcelo Coelho Goiato,
Ao Prof. D r. M arcelo Coelho Goiato,
Ao Prof. D r. Eduardo Passos Rocha,
Ao Prof. D r. Eduardo Passos Rocha,Ao Prof. D r. Eduardo Passos Rocha,
Ao Prof. D r. Eduardo Passos Rocha,
Ao Prof. D r. W irley G onçalves A ssunção,
Ao Prof. D r. W irley G onçalves A ssunção,Ao Prof. D r. W irley G onçalves A ssunção,
Ao Prof. D r. W irley G onçalves A ssunção,
Ao Prof. D r. Eduardo Piza Pellizzer, e
Ao Prof. D r. Eduardo Piza Pellizzer, eAo Prof. D r. Eduardo Piza Pellizzer, e
Ao Prof. D r. Eduardo Piza Pellizzer, e
A Profa. D ra.
A Profa. D ra. A Profa. D ra.
A Profa. D ra. Eulália M aria M artins da Silva,
Eulália M aria M artins da Silva,Eulália M aria M artins da Silva,
Eulália M aria M artins da Silva,
Pelos ensinamentos e respeito com os quais sempre me
presentearam.
Ao Técnico em Laboratório,
Ao Técnico em Laboratório,Ao Técnico em Laboratório,
Ao Técnico em Laboratório, José B aleeiro
José Baleeiro José Baleeiro
José Baleeiro,
,,
,
Que foi de fundam ental importância para o desenvolvimento
deste trabalho.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Agradecimentos
Agradecimentos Agradecimentos
Agradecimentos
Agradecim entos
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
À Faculdade de Odontologia do Cam pus de A raçatuba U N E SP, nas pessoas do D iretor,
Prof. Dr. Paulo Roberto Botacin e Vice-D iretor Prof. Dr. Célio Percinotto,
Pelas condições oferecidas para a realização deste trabalho.
Ao Program a de Pós-G raduação em Odontologia, em especial ao seu coodenador, Prof. D r.
W ilson Roberto Poi e todo corpo docente,
Pela dedicação e empenho com que conduzem todas as suas atividades.
A todos os professores do D epartamento de M ateriais Odontológicos e Prótese D entária,
Pelos ensinam entos e pelos bons momentos de convivência.
À psicóloga Luciana Ruas Esgalha,
Pelo auxílio no desenvolvimento deste trabalho e pela avaliação psicológica dos pacientes.
Agradecim entos
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Aos meus colegas de turma e amigos do curso de M estrado em Prótese D entária, Ana
Carolina, Carlos, Daniela, E duardo, José V itor, L ucas, M anoel e M ichele,
Pelo com panheirism o e amizade compartilhados.
Aos meus colegas do N úcleo de ATM , Ana K elly, F arley e Karina,
Pelos mom entos agradáveis e troca de experiências.
A todos os meus am igos e am igas, principalmente,
Às minhas amigas, Sueli Satomi M urata e Tatiana A renghi, e
Ao meu amigo da graduação, Fernando M aeda,
Pela amizade sincera e companheirism o.
Agradecim entos
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Aos meus amigos da Pós-graduação em Odontopediatria, Ana Carolina, Fernanda, Karina e
especialmente ao m eu grande am igo Juliano,
Pela amizade e conselhos decisivos.
Aos colegas de Pós-graduação em Cirurgia, Estomatologia, Ortodontia e Periodontia,
Pelos bons momentos de convivência.
Aos Professores Renato de F reitas e D aniel Rom eu B enchimol de Resende,
Pelos incentivos, oportunidades e ensinamentos.
Aos meus amigos da F aculdade de O dontologia de Bauru, em especial Alexandre Yunom ae,
Flávia M uniz, Renato Yaedú, Ricardo Rizzi, Ricardo Henrinque, Tiago Cruvinel.
Agradecim entos
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Aos meus am igos de pós-graduação do H ospital de Reabilitação de A nomalias Craniofaciais,
em especial A line, Celene, Fábio, Juliana, Kazuza, L igia, Tatiana, Profa. A na e Profa.
Sueli.
A todos os funcionários do D epartam ento de Prótese D entária, em especial à M aria Lúcia,
Ana L úcia, Ana M arcelino e Rosinha, pelo carinho, auxílio e convivência.
À funcionária do N úcleo de A TM , Rosem eire de Oliveira M achado Gon,
Pela amizade e colaboração na realização deste trabalho.
A todos os funcionários da Seção Técnica de Triagem ,
Pela colaboração durante a triagem dos pacientes.
Agradecim entos
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Odontologia do Câm pus de A raçatuba
U N E SP,
Pela gentileza e presteza com que sempre m e auxiliaram.
Às funcionárias da sessão de Pós-Graduação, M arina M idori Sakamoto H aw agoe e Valéria
de Queiroz M arcondes Zagatto,
Pelas orientações e pela sim patia.
À em presa Artigos Odontológicos Clássico L TD A ,
Pela doação da resina term o polim erizável incolor utilizada neste trabalho.
À em presa Polidental Indústria e Com ércio LTD A,
Pela doação da resina D uralay utilizada neste trabalho.
Agradecim entos
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
À em presa S. S. W hite,
Pela doação do isolante Cel-Lac utilizado neste trabalho.
À em presa Labordental,
Pela doação do m aterial de moldagem H ydrogum utilizado neste trabalho.
Aos pacientes,
Por contribuírem para o desenvolvimento da ciência.
A todos os que colaboraram direta e indiretamente na execução deste trabalho.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Epígrafe
EpígrafeEpígrafe
Epígrafe
E pígrafe
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
plante seu jardim e decore sua
alma, ao invés de esperar que
alguém lhe traga flores
W illiam Shakespeare
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Resumo
ResumoResumo
Resumo
Resumo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
HAMATA, M. M. Avaliação comparativa da efetividade das placas oclusais
confeccionadas em relação central ou máxima intercuspidação em pacientes
com DTM. 2006. 207f
. Dissertação (Mestrado em Prótese Dentária) Faculdade de
Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2006.
Resumo
A posição de relação central (RC) para a confecção de placas oclusais é muito
discutível. Dessa forma, quando existe estabilidade oclusal, a máxima
intercuspidação (MI) poderia ser utilizada como ponto de referência, eliminando a
necessidade de registro interoclusal. O presente trabalho tem por objetivo comparar
a efetividade de placas oclusais confeccionadas a partir de modelos articulados
nessas duas posições. Para isso, 20 pacientes com desordens
temporomandibulares (DTM) e dor de origem muscular foram divididos em dois
grupos de 10 e tratados com placas confeccionadas nas posições de MI ou RC.
Estes foram avaliados por meio de exame clínico, eletrognatográfico e
eletromiográfico, antes e após três meses de terapia. Os resultados permitiram
verificar que os dois tipos de placa atuaram de forma semelhante. Entretanto, a
confecção de placas oclusais a partir da MI mostrou ser uma cnica mais fácil e
menos onerosa do que a de RC.
Palavras-chave: Placas oclusais. Transtornos da articulação temporomandibular.
Relação central.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Abstract
AbstractAbstract
Abstract
Abstract
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
HAMATA, M. M. Comparative evaluation of the effectiveness of occlusal splints
fabricated in centric relation or intercuspal position in TMD patients. 2006. 207f.
Dissertação (Mestrado em Prótese Dentária) Faculdade de Odontologia de
Araçatuba, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2006.
Abstract
Centric relation (CR) position to fabricate occlusal splints is very
discussable. In this way, when there is occlusal stability, intercuspal position (IP)
could be used as a reference point, eliminating the interocculsal record necessity.
The purpose of the present study was to compare the effectiveness of occlusal
splints fabricated from models articulated in these two positions. Twenty patients with
temporomandibular disorders (TMD) of myogenous origin were divided in two groups
with 10 each, which were treated with splints fabricated in the CR or IP. The patients
were evaluated by clinical, electrognathographic and electromyographic
examinations, before and tree months after the therapy. Results showed similar
levels of effectiveness of both kinds of splint. However, the fabrication of the splints
from IP technique is easier and less onerous than the CR.
Keywords: Occlusal splints. Temporomandibular joint disorders. Centric relation.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Lista de Figuras
Lista de FigurasLista de Figuras
Lista de Figuras
Lista de Figuras
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Figura 1 Molde do arco maxilar (A) e mandibular (B)
93
Figura 2 Modelo maxilar (A) e mandibular (B) 93
Figura 3 Modelo co
m demarcações (setas) para promover
indexação
93
Figura 4 Placa oclusal miorrelaxante maxilar 95
Figura 5 Pontos de contato com os dentes mandibulares 95
Figura 6
Protrusão com desoclusão dos dentes posteriores pelos
dentes anteriores
96
Figura 7 L
ateralidade direita (A) e esquerda (B) com desoclusão
dos dentes posteriores pelos guias caninos
96
Figura 8
Montagem do modelo mandibular em articulador em MI
pela justaposição de modelos (A) e elevação do pino
incisal em 3mm para fornecer a espessura à placa (B)
99
Figura 9 Dispositivo anterior em resina acrílica (A) e a
daptação
de 2 lâminas de cera 7 sobre o modelo de gesso (B)
100
Figura 10 Registro em RC com o jig em posição 100
Figura 11
Cera 7 (A) com perfurações (setas pretas) e posterior
refinamento (B) com resina acrílica (setas brancas)
101
Figura 12
Montagem do modelo mandibular em articulador em RC
com o registro interposto
101
Figura 13 Distância interincisal (A) e protrusão máxima (B) 104
Figura 14 Demarcação de continuidade da
linha média maxilar
sobre o incisivo central mandibular
104
Lista de Figuras
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Figura 15 Máxima lateralidade direita (A) e esquerda (B) 104
Figura 16
Magneto fixado na região dos incisivos centrais
mandibulares por meio de uma cera adesiva
106
Figura 17 Sensor posicion
ado sobre a cabeça (A), paralelamente
a linha bipupilar com o auxílio de uma barra auxiliar
(seta) para alinhar o sensor com o magneto (B)
106
Figura 18
Registros eletrognatográficos durante máxima abertura
bucal (A) e protrusão máxima (B) avaliada no pl
ano
sagital
107
Figura 19
Registros eletrognatográficos durante lateralidade
máxima direita (A) e esquerda (B) avaliada no plano
horizontal
107
Figura 20
Eletrodos de superfície posicionados seguindo o longo
eixo das fibras musculares do masseter e te
mporal
anterior (A) e sobre a região do pescoço funcionando
como fio terra (seta branca).
Eletrodos conectados a
um amplificador (seta preta) que envia as informações
ao computador (B)
109
Figura 21
Registros eletromiográficos durante o repouso
mandibula
r dos músculos temporais anteriores direito
(TA-R) e esquerdo (TA-L) e masseteres direito (MM-
R)
e esquerdo (MM-
L). A média da atividade elétrica em
microvolts V) foi obtida a partir da mensuração
realizada aos 2, 4, 6 e 8 segundos
110
Figura 22 Regist
ros eletromiográficos dos sculos temporais
anteriores direito (TA-R) e esquerdo (TA-
L) e
111
Lista de Figuras
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
masseteres direito (MM-R) e esquerdo (MM-
L) durante
o máximo apertamento. A média da atividade elétrica
em µV foi obtida a partir da mensuração realizada
durante os três ciclos de apertamento
Figura 23
Registros eletromiográficos dos músculos temporais
anteriores direito (TA-R) e esquerdo (TA-
L) e
masseteres direito (MM-R) e esquerdo (MM-
L) durante
a mastigação. A média da atividade elétrica em µV foi
obtida a p
artir da mensuração realizada durante o
terceiro, quarto, quinto e sexto ciclo mastigatório
112
Figura 24 Pontos de contato após ajuste da placa 130
Figura 25 Padrão dos
pontos de contato observado nos controles
periódicos na maioria dos pacientes. Pode-
se observar
a ausência de contatos anteriores
130
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Lista de Tabelas
Lista de TabelasLista de Tabelas
Lista de Tabelas
Lista de Tabelas
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Tabela 1 Idade e gênero dos pacientes 118
Tabela 2 Amplitude dos movimentos mandibulares pelo método
direto antes e depois do tratamento dos pacientes do
grupo I
119
Tabela 3 Amplitude dos movimentos mandibulares pelo método
direto antes e depois do tratamento dos pacientes do
grupo II
119
Tabela 4 Amplitude dos movimentos mandibulares pelo método
indireto antes e depois do tratamento dos pacientes do
grupo I
120
Tabela 5 Amplitude dos movimentos mandibulares pelo método
indireto antes e depois do tratamento dos pacientes do
grupo II
120
Tabela 6 Atividade eletromiográfica em µV do músculo temporal
anterior direito durante repouso, máximo apertamento
dentário e mastigação do lado direito e esquerdo no
grupo I, antes e depois do tratamento
121
Tabela 7 Atividade eletromiográfica em µV do músculo temporal
anterior esquerdo durante repouso, máximo
apertamento dentário e mastigação do lado direito e
esquerdo no grupo I, antes e depois do tratamento
122
Tabela 8 Atividade eletromiográfica em µV do músculo masseter
direito durante repouso, máximo apertamento dentário
e mastigação do lado direito e esquerdo no grupo I,
antes e depois do tratamento
122
Tabela 9 Atividade eletromiográfica em µV do músculo masseter 123
Lista de Tabelas
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
esquerdo durante repouso, máximo apertamento
dentário e mastigação do lado direito e esquerdo no
grupo I, antes e depois do tratamento
Tabela 10 Atividade eletromiográfica em µV do músculo temporal
anterior direito durante repouso, máximo apertamento
dentário e mastigação do lado direito e esquerdo no
grupo II, antes e depois do tratamento
123
Tabela 11 Atividade eletromiográfica em µV do músculo temporal
anterior esquerdo durante repouso, máximo
apertamento dentário e mastigação do lado direito e
esquerdo no grupo II, antes e depois do tratamento
124
Tabela 12 Atividade eletromiográfica em µV do músculo masseter
direito durante repouso, máximo apertamento dentário
e mastigação do lado direito e esquerdo no grupo II,
antes e depois do tratamento
124
Tabela 13 Atividade eletromiográfica em µV do músculo masseter
esquerdo durante repouso, máximo apertamento
dentário e mastigação do lado direito e esquerdo no
grupo II, antes e depois do tratamento
125
Tabela 14 Percentual de redução da intensidade, freqüência e
duração dos sintomas de dor e tempo da dor no grupo
I (MI) e II (RC)
126
Tabela 15 Percentual de redução da dor à palpação nos
músculos temporais e masseteres direito e esquerdo
no grupo I (MI) e II (RC)
126
Tabela 16 Número de contatos iniciais sobre a placa no ato da 128
Lista de Tabelas
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
instalação no grupo I (MI) e II (RC)
Tabela 17 Estabilidade ou instabilidade dos contatos oclusais no
decorrer dos 6 controles no grupo I
129
Tabela 18 Estabilidade ou instabilidade dos contatos oclusais no
decorrer dos 6 controles no grupo II
129
Tabela 19 Características psicológicas dos pacientes do grupo I.
Níveis de depressão, ansiedade e estresse (fase e
predominância de sintomas)
131
Tabela 20 Características psicológicas dos pacientes do grupo II.
Níveis de depressão, ansiedade e estresse (fase e
predominância de sintomas)
131
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Lista de Anexos
Lista de AnexosLista de Anexos
Lista de Anexos
Lista de Anexos
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Anexo A
Termo de Consentimento Esclarecido
, conforme o
Comitê de Ética em Pesquisa Humana
171
Anexo B
Parecer
Favorável do Comitê de Ética em Pesquisa
Humana
175
Anexo C
Ficha Clínica
176
Anexo D
Inventários de Avaliação da Depressão (BAD),
Ansiedade (BAI) e Estresse (ISSL)
178
Anexo E
Análise Estatística
184
Anexo F
Sintomatologia Dolorosa em Números Absolutos (EAV)
Antes e Depois do Tratamento
206
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Lista de
Lista deLista de
Lista de Abreviaturas
Abreviaturas Abreviaturas
Abreviaturas
Lista de Abreviaturas
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
%C
= = porcentagem de dentes em contato antes do ajuste
oclusal em relação ao número de dentes em contato
após o ajuste
%R
= percentual de redução
µV
= microvolt
A
= antes
AA
= apertamento antes
AD
= apertamento depois
ATM
= articulação temporomandibular
C
= controle
CR
= centric relation
D
= depois
DTM
= desordens temporomandibulares
DVO
= dimensão vertical de oclusão
E
= estabilidade dos contatos
EAV
= escala analógica visual
EFL
= espaço funcional livre
EMG
= eletromiografia
Lista de Abreviaturas
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
I
= instabilidade dos contatos
Instal.
= instalação
IP
= intercuspal position
LD
= lateralidade direita
LE
= lateralidade esquerda
MAB
= máxima abertura bucal
MDA
= mastigação direita antes
MDD
= mastigação direita depois
MDI
= máxima distância interincisal
MDIC
= máxima distância interincisal confortável
MEA
= mastigação esquerda antes
MED
= mastigação esquerda depois
MI
= máxima intercuspidação
MIH
= máxima intercuspidação habitual
MM-L
= masseter esquerdo
MM-R
= masseter direito
NTI
= dispositivo de inibição trigeminal nociceptiva
Lista de Abreviaturas
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
OC
= oclusão cêntrica
ORC
= oclusão em relação cêntrica
Pac.
= paciente
RA
= repouso antes
RC
= relação central ou relação cêntrica
RD
= repouso depois
SNC
= sistema nervoso central
TA-L
= temporal anterior esquerdo
TA-R
= temporal anterior direito
TMD
= temporomandibular disorders
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Lista de M ateriais
Lista de M ateriaisLista de M ateriais
Lista de M ateriais
Lista de M ateriais
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Material
Empresa
Resina termo polimerizável incolor
Clássico
Artigos Odontológicos Clássico
LTDA, São Paulo, Brasil.
Resina acrílica Duralay vermelha e 69
Reliance Dental Mfg Co. Wort,
Illinois, E.U.A.
Isolante para resinas acrílicas Cel-Lac
S. S. White Artigos Dentários LTDA,
Rio de Janeiro, Brasil.
Carbono AccuFilm II
Parkell, Inc., Farmingdale, E.U.A.
Material de moldagem Hydrogum
(hidrocolóide irreversível)
Zhermack S.p.A., Badia Polesine,
Itália.
Gesso especial tipo IV Durone
Dentsply Indústria e Comércio LTDA,
Rio de Janeiro, Brasil.
Gesso pedra Herodent
Vigodent S.A. Indústria e Comércio,
Rio de Janeiro, Brasil.
Cera rosa 7 Wilson
Polidental Indústria e Comércio
LTDA, Cotia, Brasil.
Vaselina sólida branca Bioquímica
Indústria Farmacêutica Bioquímica
LTDA, São José do Rio Preto, Brasil.
Eletrodos Medi-Trace 200
Kendall LTP, Chicopee, E.U.A.
Uva passa Mr. Valley
Frutandina S.A., San Juan,
Argentina.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Sumário
SumárioSumário
Sumário
Sumário
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
1 Introdução 43
2 Revisão da Literatura 48
3 Proposição 89
4 Material e Método 91
5 Resultados 118
6 Discussão 133
7 Conclusão 151
Referências 154
Anexos 171
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
Introdução
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
43
1 INTRODUÇÃO
As desordens temporomandibulares (DTM) são alvo de muitas
controvérsias. Inicialmente foram descritas como “Síndrome de Costen” devido aos
primeiros relatos de James Costen, em 1934, que descreveu um grupo de sintomas
situados na região dos ouvidos e das articulações temporomandibulares (ATM).
Entretanto, em 1983, a American Dental Association adotou o termo “Desordens
Temporomandibulares” para padronizar e coordenar os esforços de pesquisa. Esse
é o termo mais popular por não abranger meramente problemas na ATM, mas
também os associados à função do aparelho mastigatório (GRIFFITHS, 1983;
RAMOS, 2002).
As DTM caracterizam-se como um quadro complexo que envolve
músculos mastigatórios, ATM e estruturas associadas; e pode apresentar: dor facial,
dor e ruído articular, dores na cabeça e de origem cervical, hipertrofia dos músculos
mastigatórios e limitação dos movimentos mandibulares. Além disso, podem ser
divididas em dois grandes subgrupos, dependendo de sua origem muscular ou
articular (BERTRAM et al., 2002; CONTI, 1998; FU et al., 2003; PEREIRA; CONTI,
2001; PRADHAM et al., 2001; RAMOS, 2002, YAVELOW et al., 1973). Segundo
Okeson (2000), a queixa mais comum de pacientes com distúrbios funcionais do
aparelho mastigatório é a dor muscular, associada com atividades funcionais e que é
agravada pela palpação manual ou manipulação funcional dos músculos.
A etiologia das DTM é multifatorial. Hábitos parafuncionais e oclusão
dentária são dois fatores freqüentemente mencionados. Por muito tempo as
Introdução
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
44
alterações oclusais foram consideradas como uma das principais causas das DTM,
popularizando procedimentos irreversíveis de correção oclusal como desgaste
seletivo, reabilitação oral, tratamento ortodôntico e cirurgia ortognática (CONTI,
1998; OKESON, 2000). Entretanto, com o surgimento de entidades voltadas para o
estudo das DTM, iniciou-se um novo período literário que considerou vários outros
fatores como a presença de hábitos parafuncionais, condições sistêmicas,
psicológicas e posturais (CARLSON et al., 1993). Este período caracterizou-se pela
ascensão das modalidades terapêuticas não invasivas e reversíveis como
fisioterapia, medicação, terapias para estresse emocional e, principalmente, as
placas oclusais (ALVAREZ-ARENAL et al., 2002; FERRARIO et al., 2002; HIYAMA
et al., 2003; OKESON, 2000; RAMOS, 2002).
As placas oclusais foram introduzidas na Odontologia há mais de
100 anos por Karolyi, em 1901, para o tratamento do bruxismo (GRAY; DAVIES,
2001; KOVALESKI; DE BOEVER, 1975; RAMFJORD; ASH, 1994; RAMOS, 2002).
Segundo Dylina (2001), a terapia por placas pode ser definida como a arte e ciência
de estabelecer uma harmonia neuromuscular no aparelho mastigatório e criar uma
desvantagem mecânica contra forças parafuncionais.
A placa oclusal é a terapia mais largamente aceita para o bruxismo
noturno e sinais e sintomas de DTM (HOLMGREN et al., 1993; KOVALESKI; DE
BOEVER, 1975; SINDELAR et al., 2003). Sua efetividade na redução dos sintomas
foi relatada entre 70 a 90% (CLARK, 1984; GREENE; LASKIN, 1972). Dessa forma,
é considerada como o primeiro passo para o diagnóstico e resolução das DTM
(DYLINA, 2001; LAU, 2004; OKESON, 2000; WILLIS, 1995).
Introdução
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
45
Seu mecanismo de ação sobre os sinais e sintomas de DTM o foi
totalmente elucidado na literatura. Entretanto, várias teorias que tentam explicar
sua efetividade como: 1) adequação oclusal, fornecendo uma condição mais estável;
2) relaxamento muscular pelo aumento da dimensão vertical de oclusão (DVO) ou
normalização da atividade muscular pelo restabelecimento da DVO; 3)
realinhamento maxilomandibular, pela liberdade de movimentos da mandíbula sobre
a placa plana e lisa, que faz com que a mandíbula se reposicione em uma posição
de equilíbrio neuromuscular; 4) alteração da posição condilar para uma posição
músculo-esquelética mais estável ou melhorando o relacionamento do complexo
côndilo-disco articular; 5) percepção cognitiva, conscientizando o paciente sobre
seus hábitos parafuncionais; 6) aumento de impulsos periféricos ao sistema nervoso
central (SNC), reduzindo a hiperatividade muscular noturna; 7) redução do nível de
hipóxia celular na ATM; e 8) efeito placebo (DYLINA, 2001; CLARK, 1984; FU et al.,
2003; GREENE; LASKIN, 1972; LOBBEZOO; NAEIJE, 2001; OKESON, 2000;
PEREIRA; CONTI, 2001).
Um dos fatores mais discutidos na literatura é a influência da
oclusão ótima fornecida pela placa sobre essas desordens. Os estudos são
controversos em garantir a real necessidade em se alterar o relacionamento
intermaxilar para se obter redução dos sintomas. Alguns trabalhos, utilizando placas
sem cobertura oclusal, mostraram que estas também são capazes de reduzir os
sintomas de DTM. Entretanto, as placas com cobertura oclusal total parecem obter
resultados mais favoráveis (EKBERG et al., 1998, 2003; GREENE; LASKIN, 1972;
KUTTILA et al., 2002; RAPHAEL et al., 2003; RUBINOFF et al., 1987)
Introdução
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
46
Considerando-se o papel da oclusão e do relacionamento
intermaxilar sobre a desordem, historicamente, a relação central (RC) é defendida
como posição de referência para uma placa oclusal. Entretanto, o uso da RC para
pacientes sintomáticos é sujeita a discussão, pois a mesma foi definida para um
aparelho estomatognático sadio. No caso das DTM, as articulações e/ou os
músculos estão comprometidos. Além desses comprometimentos, a presença de
dor, tensão emocional ou física, inabilidade do operador e falta de condicionamento
neuromuscular são outros fatores que podem influenciar negativamente no registro
dessa posição (CALAGNA et al., 1973; GILBOE, 1983; STEENKS et al., 2005).
Somado a essas argumentações, estudos clínicos mostraram o
reposicionamento mandibular durante o tratamento com placas oclusais. A posição
final da mandíbula (posição de equilíbrio neuromuscular), após os ajustes oclusais
posteriores das placas, difere da posição do início do tratamento (RC). Além disso,
esse reposicionamento para uma posição de equilíbrio neuromuscular é
acompanhado pela redução dos sinais e sintomas de DTM, parecendo ser esta uma
posição mais fisiológica (CAPP; CLAYTON, 1985; EKBERG et al., 1998; FU et al.,
2003; KOVALESKI; DE BOEVER, 1975; TORII; CHIWATA; 2005). Dessa forma, o
registro em RC pode ser um passo discutível para confecção de placas oclusais em
pacientes com DTM e estabilidade oclusal, que a posição neuromuscular parece
se localizar entre a máxima intercuspidação (MI) e a RC (TRIPODAKIS et al., 1995).
A posição de MI, portanto, pode ser uma opção viável, pois é mais fácil de localizar,
diminui custos e tempo clínico (THE et al., 2005).
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Revisão da Literatura
Revisão da LiteraturaRevisão da Literatura
Revisão da Literatura
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
48
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 PLACAS OCLUSAIS
2.1.1 Definição
É um dispositivo removível que cobre total ou parcialmente a
superfície oclusal da maxila ou mandíbula. Fornece uma oclusão funcional ótima e
estabilidade entre a posição oclusal e condilar, com contatos oclusais simultâneos,
bilaterais e desoclusão suave e imediata dos dentes posteriores pelos anteriores
durante os movimentos excursivos da mandíbula (DYLINA, 2001; GRAY; DAVIES,
2001; OKESON, 2000; ORII et al. 2002; TECCO et al., 2004). Está indicada no
tratamento de pacientes com hiperatividade muscular como o bruxismo de
apertamento e/ou atritamento (fatores de risco para DTM), pacientes com
desconforto muscular local, mialgia crônica mediada centralmente e retrodiscite
secundária a trauma (CARLSON et al., 1993; KUBOKI et al., 1997; MAGNUSSON et
al., 2004; OKESON, 2000; ROARK et al., 2003). Segundo Willis (1995), a terapia
conservativa por placas deveria ser a primeira abordagem no tratamento de DTM.
A placa oclusal também é referida como placa de mordida, protetor
de mordida, protetor noturno, aparelho ou placa interoclusal e aparelho ortopédico
ou ortótico (CARLSON et al., 1993; KOVALESKI; DE BOEVER, 1975; OKESON,
2000; RAMOS, 2002; SUVINEN et al., 2003; YAP, 1998;).
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
49
2.1.2 Tipos
Vários tipos de placas têm sido recomendados para o tratamento
das DTM. Estas variam quanto ao material, desenho e relacionamento intermaxilar
que determinam. Quanto ao material, podem ser rígidas ou resilientes. As primeiras
são geralmente confeccionadas em resina acrílica, porém existem também as placas
metálicas. Dentre os materiais resilientes, destaca-se o silicone. Em relação ao
desenho, podem diferir em muitos aspectos como espessura, extensão da cobertura
oclusal e configuração horizontal. Conforme a indicação, esses desenhos podem
estabelecer diferentes relacionamentos intermaxilares (GRAY; DAVIES, 2001;
GREENE; LASKIN, 1972; SINDELAR et al., 2003).
Okeson (2000) classificou-as em: placas de estabilização, de
reposicionamento anterior, de mordida anterior (“front-plateau”), de mordida
posterior, pivotante e resiliente. As duas primeiras o as mais importantes e
comumente usadas no tratamento das DTM (CANAY et al., 1998; OKESON, 2000;
YAP, 1998). O objetivo da placa de reposicionamento anterior ou reposicionamento
ortopédico é mudar a posição mandibular em relação ao crânio e promover um
melhor e imediato relacionamento côndilo-disco na fossa articular, de forma que os
tecidos tenham uma capacidade maior de adaptação e reparo (OKESON, 2000).
Tecco et al. (2004) relataram ainda que um de seus objetivos é a eliminação de
ruídos articulares pela recaptura do disco.
Segundo Clark (1984), em sua revisão de literatura: 1) as placas
resilientes indicadas à pacientes com bruxismo são menos duráveis e dificilmente
ajustáveis; 2) a placa de mordida anterior é usada para desarranjo oclusal,
relaxamento muscular, e estabelecimento de nova dimensão vertical, porém podem
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
50
causar extrusão dentária; 3) a placa de mordida parcial posterior é popular por
interferir pouco na fala e na estética; 4) as placas com cobertura total têm vantagem
sobre os aparelhos citados pela manutenção das posições dentárias e devem ser
ajustadas para fornecer contatos oclusais estáveis. A placa oclusal maxilar oferece
melhor estabilização que a mandibular e a confecção de guias também é facilitada.
Contudo, as mandibulares oferecem melhor estética e adaptação à fala; 5) as placas
pivotantes possuem uma elevação de acrílico na região de segundo molar que
funciona como um fulcro para promover distração condilar e gerar descompressão
dos tecidos retrodiscais da ATM. Podem ser usadas em conjunto com um aparelho
externo de tração do mento para tracionar a ATM para baixo; 6) em relação às
placas de reposicionamento anterior, muitas teorias sugerem que deveriam ser
utilizadas por 24 horas (incluindo refeições). Quando sucesso, os dentes
poderiam ser realinhados para essa nova posição por meio de procedimentos
protéticos, ortodônticos ou ortognáticos; 7) os aparelhos interoclusais também são
utilizados como proteção para atletas.
Willis (1995) relatou um tipo de placa com uma extrema guia canina.
Com esse desenho, redução nos movimentos laterais, bem como imediata
desoclusão em todos os movimentos mandibulares. Os possíveis mecanismos de
ação são: 1) a prevenção de movimento lateral, que reduz cargas excêntricas sobre
a ATM; 2) redução na atividade parafuncional, visto que o desgaste da placa não é
visto clinicamente, ao contrário de placas planas com guias caninas convencionais.
Gray e Davies (2001) citaram, ainda, uma placa com interferências
oclusais localizadas, que possui uma esfera metálica na região da crista marginal
mesial dos primeiros pré-molares e no cíngulo dos caninos maxilares. É indicada
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
51
para pacientes com bruxismo e tem a finalidade de desencorajar o hábito
parafuncional. Contudo, há a necessidade de controles periódicos desses pacientes.
Magnusson et al. (2004) relataram o uso de dispositivos de inibição
trigeminal nociceptiva (NTI). Este recobre os incisivos maxilares e tem um único
ponto de contato com os incisivos mandibulares. Acredita-se que o dispositivo NTI
reduz o bruxismo por meio da inibição trigeminal nociceptiva, que é um reflexo
hereditário de proteção dos dentes contra sobrecargas, pela prevenção da oclusão
parafuncional noturna dos caninos e molares (que é requerida para gerar contração
muscular e esforço articular de intensidade significante).
Devido à grande utilização e popularidade das placas de
estabilização e devido ao tema da presente dissertação, estas serão mais
amplamente abordadas. A placa de estabilização pode ser também chamada de
placa de relaxamento muscular ou miorrelaxante devido ao fato de, na maioria das
vezes, seu uso ser primariamente para reduzir a dor muscular (CANAY et al., 1998;
OKESON, 2000; STIESCH-SCHOLZ et al., 2005). Segundo Oliveira
e Duarte (2000),
a denominação depende do objetivo principal do tratamento. Quando o paciente não
apresenta estabilidade oclusal devido a desgastes dentários deletérios, perda da
anatomia oclusal ou falta de dentes, o intuito principal da terapia é restabelecer essa
estabilidade e, portanto, denomina-se placa de estabilização. Porém, se o paciente
possui estabilidade oclusal e o objetivo principal for o relaxamento e melhora da
fisiologia muscular, denomina-se placa miorrelaxante ou de relaxamento muscular. A
confusão de termos existe porque ambas promovem estabilização, relaxamento e
melhora da fisiologia muscular. No entanto, a maioria dos estudos utiliza os dois
termos como sinônimos.
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
52
Gray e Davies (2001) relataram que o termo “estabilização” sugere
que deve haver estabilização da mandíbula com a maxila e que, dessa maneira, a
placa de estabilização deve ser confeccionada no arco em que há menor número de
dentes.
Várias outras denominações são encontradas na literatura como
placa plana e lisa, aparelho ortótico neuromuscular, placa de Michigan, aparelho de
Tanner e aparelho de Fox (CARLSON et al., 1993; DYLINA, 2001; FU et al., 2003;
GAVISH et al., 2002; GRAY; DAVIES, 2001; KOVALESKI; DE BOEVER, 1975;
MARUYAMA et al., 1984; OKESON, 2000; RAMFJORD; ASH , 1994; RAMOS, 2002;
ROARK et al., 2003). A placa de Michigan possui uma pequena diferença por
apresentar uma oclusão com liberdade em cêntrica ou cêntrica longa de 0,5 a 1mm
e ausência de guia incisal, sendo a desoclusão nos movimentos excursivos da
mandíbula realizada pelos caninos (RAMJFORD; ASH, 1994).
Em relação à espessura da placa, vários valores são encontrados na
literatura. Segundo Lau (2004), se a variação normal do EFL é de 1 a 3 mm, a placa
oclusal não deveria ser mais espessa que isso. Assim, a mandíbula estaria em
repouso dentro do EFL. Se a espessura exceder o EFL do paciente, este poderá
sofrer efeitos adversos.
A maioria dos autores relata que a placa deve possuir uma
espessura de aproximadamente 2 a 3mm nos dentes posteriores (FERRARIO et al.,
2002; GREENE; LASKIN, 1972; ROARK et al., 2003; YAP, 1998). Outros autores
acreditam que a espessura deve promover um mínimo aumento da DVO (CAPP;
CLAYTON, 1985). Canay et al. (1998) relataram o uso de placas com 1mm a mais
que o espaço funcional livre (EFL). No estudo de Holmgren et al. (1993), a dimensão
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
53
vertical aumentada variou de 3 a 4,5mm na área incisal. Suvinen et al. (2003)
relataram o uso de placas de 4 a 8mm na região anterior. Apesar da variação
encontrada na literatura, todos esses estudos relataram sucesso da terapia sobre os
sinais e sintomas de DTM dentro da média de 70 a 90% relatada por Clark (1984).
2.1.3 Mecanismos de Ação
A proteção mecânica de dentes, próteses, restaurações e estruturas
de suporte contra forças anormais provocadas pelo bruxismo é uma das grandes
funções da placa oclusal (DYLINA, 2001; OKESON, 2000). Apesar da efetividade
das placas na redução dos sinais e sintomas de DTM, o princípio de funcionamento
das mesmas ainda não foi totalmente elucidado (BARKER, 2004; BERTRAM et al.,
2001, 2002; EKBERG et al. 1998; MAGNUSSON et al., 2004; OKESON et al., 1983;
ROARK et al., 2003; SINDELAR et al., 2003). O mais provável é uma combinação de
fatores que agem em conjunto (MAGNUSSON et al., 2004). Várias teorias são
propostas:
2.1.3.1 Adequação Oclusal
Alteram temporariamente a oclusão existente, resultando em uma
condição mais estável. É baseada no conceito de que fornecendo um esquema
oclusal ideal (contatos oclusais posteriores múltiplos bilaterais e simultâneos, e guias
excursivas sobre os dentes anteriores), haveria redução ou eliminação da atividade
muscular anormal e estabilização da ATM. A eliminação de desarmonias oclusais
poderia reduzir o feedback sensorial dos receptores periodontais auxiliando no
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
54
relaxamento muscular (BARKER, 2004; DYLINA, 2001; HIYAMA et al., 2003; LAU;
2004; MAGNUSSON et al., 2004; OKESON, 2000;).
O sucesso da terapia não é prova de que a má oclusão existe e nem
que essa teoria é correta. O efeito pode ser resultado de uma estabilização dentária
e redistribuição de forças (CLARK, 1984; EKBERG et al., 1998). Entretanto, se
insucesso, a oclusão provavelmente não é um fator etiológico e certamente a
necessidade de terapia oclusal irreversível deve ser questionada. Assim, a placa
funciona como um elemento de diagnóstico (OKESON, 2000).
A dicotomia entre os que acreditam que a oclusão tem um papel
primário para o desenvolvimento das DTM e os que não acreditam se deve ao fato
de alguns pacientes, que possuem discrepâncias oclusais, não terem sintomas
aparentes de DTM e outros, com desarmonias similares, desenvolverem sintomas
significantes. Além disso, pacientes com oclusão normal também podem
desenvolver o problema. Para os que apóiam o papel primário da oclusão, há uma
explicação. Barker (2004) relatou que os dentes geralmente não se tocam, exceto
durante a deglutição ou mastigação. Se o paciente possui hábitos parafuncionais
(bruxismo de apertamento e/ou atritamento), os mesmos aumentariam a atividade
muscular que já estaria elevada por causa das discrepâncias oclusais.
2.1.3.2 Restabelecimento ou Aumento da DVO
Em relação ao restabelecimento da DVO, é baseado no conceito de
que uma placa oclusal restaura a DVO previamente perdida, e todas as atividades
anormais dos músculos o eliminadas ou reduzidas (BADEL et al., 2004; CLARK,
1984, EKBERG et al., 1998). O aumento da DVO também pode ser benéfico, desde
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
55
que não ultrapasse o EFL. Isso é baseado no conceito de que esse aumento poderia
causar redução do feedback proprioceptivo dos fusos musculares, favorecendo o
relaxamento muscular (HIYAMA et al., 2003; MAGNUSSON et al., 2004).
2.1.3.3 Realinhamento Maxilomandibular
Um relacionamento mandibular fisiologicamente estável é o
resultado do balanceamento bilateral entre os sculos elevadores e depressores
da mandíbula. Após o fechamento, a maxila limita o posicionamento mandibular.
Quando um dente deflete a mandíbula para a máxima intercuspidação habitual
(MIH), a musculatura pode reagir com uma ação inconsistente e imprevisível. Desse
ponto de vista, um desvio no foco pode ser necessário, dos fatores oclusais locais a
posição tridimensional da mandíbula (FU et al., 2003).
As placas oclusais alteram o relacionamento maxilomandibular
quando comparado à MI. A interposição de uma placa oclusal interrompe a
informação proprioceptiva dos mecanoceptores localizados no ligamento periodontal,
permitindo aos músculos retomarem uma atividade balanceada (LANDULPHO et al.,
2004). Com a liberdade da mandíbula sobre a placa plana e lisa, a mandíbula pode
se reposicionar em uma posição mais equilibrada, sem influência dos fatores
oclusais. Essa teoria baseia-se no conceito de que a mandíbula em MIH tem um
posicionamento anormal e não adaptativo em relação à maxila. Somente com uma
mudança nesse relacionamento, para uma posição mandibular anatômica e
fisiologicamente mais correta, os sintomas desaparecerão ou melhorarão. O
principal foco dessa teoria é o alcance do balanceamento neuromuscular (CLARK,
1984).
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
56
Em conseqüência dessa alteração no relacionamento
maxilomandibular, os contatos oclusais são alterados (SINGH; BERRY, 1985).
Segundo Okeson (2000), na medida que os músculos relaxam e os sintomas
desaparecem, uma posição dos ndilos mais súpero-anterior pode ser assumida.
Essas mudanças devem ser acompanhadas por ajustes da placa até se conseguir
uma oclusão funcional estável.
2.1.3.4 Alteração da Posição Condilar
É baseada no conceito de que pela mudança de posição do côndilo
em relação à fossa mandibular, a função da ATM seja melhorada. duas teorias
diferentes. Uma tenta colocar o côndilo numa posição terapêutica na fossa. Segundo
Fu et al. (2003), é similar à teoria do realinhamento maxilomandibular. A segunda
tenta induzir uma mudança no relacionamento côndilo-disco com o posicionamento
anterior da mandíbula por meio de uma placa de reposicionamento anterior (CLARK,
1984, EKBERG et al., 1998).
2.1.3.5 Percepção Cognitiva
Conscientiza os pacientes quanto aos hábitos parafuncionais, agindo
como um “alerta” contra atividades que afetam na desordem (CLARK, 1984;
EKBERG et al., 1998). A consciência dos bitos parafuncionais auxilia o
posicionamento mandibular para uma posição mais relaxada (EKBERG et al., 1998).
Rubinoff et al. (1987) e Raphael et al. (2003) corroboram estas argumentações e
relatam que a placa altera a posição da língua e o volume oral e, portanto, aumenta
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
57
a consciência do paciente, possivelmente mediando uma alteração na
neuromusculatura.
2.1.3.6 Aumento de Impulsos Periféricos ao SNC
A origem da hiperatividade muscular noturna parece ser,
principalmente, no SNC. Esta poderia ser inibida quando houvesse qualquer
mudança nos impulsos periféricos (EKBERG et al., 1998; LOBBEZOO; NAEIJE,
2001; MAGNUSSON et al., 2004; OKESON, 2000).
Baseia-se no princípio de que o bruxismo é o principal fator de risco
para DTM. Porém, se o mecanismo da placa é a redução do bruxismo, estas
deveriam ter um maior benefício para pacientes com bruxismo severo, o que não
acontece (RAPHAEL et al., 2003).
Na literatura atual, encontra-se que apesar da efetividade contra os
sinais e sintomas da DTM, as placas oclusais não eliminam totalmente o bruxismo
(HOLMGREN et al., 1993; YAP, 1998; RAPHAEL et al., 2003; VAN DER ZAAG et
al.; 2005). Portanto, parece mais provável que o mecanismo terapêutico da placa
oclusal deve ser relacionado a fatores que modificam e reduzem a atividade
parafuncional e/ou redistribuam sua sobrecarga no aparelho mastigatório (HIYAMA
et al.; 2003; HOLMGREN et al., 1993; KUBOKI et al., 1997; MAGNUSSON et al.;
2004; OKKERSE et al. 2002; YAP, 1998).
2.1.3.7.Redução do Nível de Hipóxia Celular na ATM
Uma possível razão para o efeito positivo das placas oclusais
poderia ser a diminuição da carga e descompressão na ATM (EKBERG et al., 1998;
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
58
KUBOKI et al., 1997; LAU, 2004). As placas reduziriam a carga na ATM por
modificar a localização do apertamento ao longo do arco oclusal (FERRARIO et al.
2002).
2.1.3.8 Efeito Placebo
O efeito placebo pode estar presente em qualquer tratamento.
Atitudes positivas com relação à terapia podem diminuir os níveis de estresse e
ansiedade, estabilizando o estado emocional do paciente (EKBERG et al., 1998).
Em relação ao estresse, Lipp (2000) o classificou em quatro fases:
alerta, resistência, quase exaustão e exaustão. Segundo a autora, a fase de alerta é
a fase positiva do estresse, quando o ser humano automaticamente se prepara para
uma ação. É caracterizada pela produção e ação da adrenalina que torna a pessoa
mais atenta, mais forte e mais motivada. Se a fase de alerta é mantida por períodos
muito prolongados ou novos estressores se acumulam, o organismo entra em ação
para impedir o desgaste total de energia entrando na fase de resistência. É quando
se resiste aos estressores e se tenta, inconscientemente, restabelecer o equilíbrio
interior (chamado de homeostase) que foi quebrado na fase de alerta. A
produtividade cai dramaticamente. Caracteriza-se pela produção de cortisol. A
vulnerabilidade da pessoa a vírus e bactérias se acentua.
A fase de quase exaustão acontece quando a tensão excede o limite
do gerenciável e a resistência física e emocional começa a se quebrar.
momentos em que a pessoa consegue pensar lucidamente, tomar decisões, rir de
piadas e trabalhar. Porém, tudo isso é feito com esforço e esses momentos de
funcionamento normal se intercalam com momentos de total desconforto. Além
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
59
disso, muita ansiedade nessa fase e a pessoa experimenta uma gangorra
emocional. O cortisol é produzido em maior quantidade e começa a ter o efeito
negativo de destruir as defesas imunológicas. As doenças começam a surgir (Lipp,
2000).
A fase de exaustão é a fase mais negativa do estresse, a patológica.
É o momento em que um desequilíbrio interior muito grande ocorre. A pessoa entra
em depressão, não consegue se concentrar ou trabalhar. Suas decisões muitas
vezes são impensadas. Doenças graves podem ocorrer como úlceras, pressão alta,
psoríase e vitiligo (Lipp, 2000).
Estudos têm mostrado a relação positiva entre a presença de fatores
psicológicos e DTM. Wexler e Steed (1998) e Steed (1998) avaliaram os aspectos
psicológicos (ansiedade, depressão e frustração) e estresse antes e depois do
tratamento de pacientes sintomáticos com placas oclusais. Houve grande
relacionamento entre a maior presença desses fatores e um maior nível de sintomas
de DTM no período pré-tratamento. Entretanto, esses fatores não tiveram influência
no grau de melhora desses sintomas. Isto é, o grau de melhora dos pacientes
parece não depender do nível de estresse ou dos fatores psicológicos.
Sipilä et al. (2001) observaram que uma associação entre
depressão e sintomas de DTM, especialmente em relação à dor. Além disso,
relataram que a depressão pode ser considerada uma conseqüência da dor crônica
e não somente um fator etiológico das DTM.
Rantala et al. (2003) também observaram essa associação entre
sintomas de DTM e fatores psicológicos e, como no trabalho de Sipilä et al. (2001),
houve maior freqüência dessa associação em mulheres.
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
60
Na tentativa de estudar melhor a influência do fator placebo na
terapia por placas oclusais, alguns trabalhos compararam dois tipos de placas, com
cobertura oclusal e sem cobertura oclusal, com igual efeito placebo (EKBERG et al.,
1998, 2003; GREENE; LASKIN, 1972; RAPHAEL et al., 2003; RUBINOFF et al.;
1987). Entretanto, Gavish et al. (2002) relataram que para se tentar avaliar o efeito
placebo, nenhum tratamento deve ser realizado no grupo controle.
2.2 ASPECTOS CLÍNICOS
2.2.1 Efetividade das Placas
Vários estudos clínicos demonstraram a efetividade das placas
oclusais no tratamento de DTM.
Okeson et al. (1982) avaliaram a diferença na resposta de
tratamento com placas oclusais entre 20 pacientes com sintomas mais de 6
meses (crônicos) e 13 pacientes com sintomas 6 meses ou menos (agudos).
Após 4 semanas de terapia, os dois grupos não apresentaram diferenças estatísticas
quanto aos graus de melhora.
Okeson et al. (1983) compararam a efetividade da placa oclusal e
procedimentos de relaxamento em 24 pacientes com DTM. Após 4 semanas, houve
redução dos sintomas e aumento da amplitude de abertura bucal significantes
quando os pacientes utilizaram as placas oclusais, enquanto que com os
procedimentos de relaxamento os resultados não foram satisfatórios.
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
61
Willis (1995) estudou a efetividade de uma placa com extremo guia
canino e limitado movimento lateral em 50 pacientes com DTM e comparou com 11
pacientes do grupo controle não tratado. Após 6 meses, houve um significante grau
de melhora nos pacientes tratados em relação ao grupo controle. Os pacientes no
grupo de tratamento melhoraram o nível de estresse e os aspectos psicológicos,
mesmo sem nenhum tratamento feito nessa área. Isso sugere que a redução na dor
e disfunção tem uma importante função na melhora do estado psicológico do
paciente.
Wahlund et al. (2003) avaliaram 122 adolescentes com DTM
divididos em 3 grupos de tratamento: 1) aparelhos oclusais de estabilização e
informações breves, 2) terapia de relaxamento e informações breves, e 3)
informações breves. Após 6 meses, o grupo 1 foi superior aos outros grupos na
redução dos sintomas de dor, tanto em relação à freqüência quanto à intensidade.
No entanto, não foram encontradas diferenças significantes entre os grupos em
relação à dor à palpação e amplitude de abertura bucal.
Magnusson et al. (2004) compararam placas de estabilização e
dispositivos de inibição trigeminal nociceptiva (NTI) sobre os sinais e sintomas de
DTM em 30 pacientes, por 6 meses. Para todas as variáveis avaliadas, os resultados
foram em favor das placas de estabilização. Um paciente do grupo dos NTI exibiu
alteração prejudicial da oclusão, provavelmente por extrusão dentária.
Tecco et al. (2004) compararam placas de estabilização e placas de
reposicionamento anterior no tratamento de 40 pacientes com DTM de origem
articular. Um terceiro grupo com 10 pacientes foi utilizado como controle. Após 8
meses, as placas de reposicionamento anterior foram mais efetivas na diminuição da
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
62
dor, seguidos das placas de estabilização. Entretanto, não houve diferenças na
redução dos ruídos articulares entre os 3 grupos.
Stiesch-Scholz et al. (2005) compararam placas de estabilização e
placas pivotantes no tratamento de 40 pacientes com deslocamento de disco sem
redução. Após 3 meses, houve um aumento na máxima abertura bucal e uma
significante redução da dor subjetiva em ambos os grupos.
Um argumento aceito por todas as teorias que tentam explicar a
efetividade das placas é que uma oclusão defeituosa é interrompida pela placa
oclusal. Se a oclusão defeituosa é o fator etiológico predominante, uma placa oclusal
convencional deveria ser mais efetiva que uma placa sem cobertura oclusal no alívio
dos sinais e sintomas de DTM (RUBINOFF et al., 1987).
Greene e Laskin (1972) avaliaram a efetividade de placas sem
cobertura oclusal (1), com cobertura oclusal parcial anterior (2) e com cobertura
oclusal total (3) em 71 pacientes com sintomas de DTM. Todos os pacientes usaram
a placa 1 durante 24 horas por 2 semanas. Se não houvesse melhora, partiam para
o uso da placa 2 e da mesma maneira para a placa 3. Oitenta e sete por cento dos
pacientes relataram alguma melhora, com 74% sentindo-se significantemente melhor
no fim do estudo. Vinte e oito dos 71 pacientes relataram algum grau de melhora
com a placa 1; 11 deles estavam se sentindo bem o suficiente para encerrar o
tratamento. Dos 60 pacientes que usaram a placa 2, doze relataram sucesso da
terapia, enquanto 4 deixaram o estudo sentindo que sua condição havia melhorado
levemente ou não havia alterado. Dos 44 remanescentes que usaram a placa 3,
vinte e nove melhoraram bastante ou completamente, e 6 relataram menores taxas
de melhora. Seis dos 9 remanescentes não sentiram melhora com qualquer uma das
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
63
placas, e 3 relataram que sua condição havia piorado. O fato de 35 pacientes que
não melhoraram com a placa 2 melhorarem com a placa 3 parece confirmar a
superioridade da placa com cobertura oclusal total. Essa maior efetividade clínica
pode ser relatada à maior estabilidade na posição de repouso da mandíbula,
fornecida pela plataforma posterior bilateral.
Rubinoff et al. (1987) avaliaram os sinais e sintomas de 28 pacientes
com DTM após tratamento com placas de estabilização e placas sem cobertura
oclusal. Após 6 semanas, os resultados não demonstraram diferenças significantes
entre os grupos. Os autores concluíram que a placa de estabilização parece ser
mais efetiva no alívio dos sinais clínicos de disfunção, mas ambas as placas
aliviaram os sintomas igualmente.
Gavish et al. (2002) avaliaram a eficácia da placa de estabilização
na redução dos sinais e sintomas de 21 pacientes com dor miofascial e os
compararam a 16 pacientes não tratados. Após 8 semanas, o grupo experimental
mostrou uma redução significante na intensidade da dor. No grupo controle,
nenhuma mudança foi observada.
Kuttila et al. (2002) avaliaram a eficácia de uma placa de
estabilização e uma placa sem cobertura oclusal em 36 pacientes com otalgia
secundária recorrente e necessidade de tratamento de DTM. Após 10 semanas de
tratamento, os sinais e sintomas dos pacientes reduziram significantemente somente
no grupo das placas de estabilização. Porém, não houve diferenças estatisticamente
significantes entre os grupos.
Ekberg et al. (2003) compararam a eficácia da placa de estabilização
e uma placa sem cobertura oclusal em 60 pacientes com DTM de origem muscular.
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
64
Após 10 semanas de tratamento, os sintomas subjetivos (duração, freqüência e
intensidade da dor no repouso) melhoraram com significância estatística em ambos
os grupos, mas os sinais (dor à palpação e movimentos mandibulares) melhoraram
significantemente no grupo com placas de estabilização. Os resultados dessa
avaliação sugerem que a placa de estabilização é mais efetiva no alívio dos sinais e
sintomas de DTM de origem muscular que a placa sem cobertura oclusal.
Barker (2004) estudou o efeito de uma oclusão balanceada,
fornecida por uma placa oclusal, em 60 pacientes com sinais e sintomas de DTM
que apresentavam interferências oclusais durante manipulação bimanual da
mandíbula. Houve uma significante redução ou eliminação das queixas de DTM.
Efeitos adicionais como o efeito placebo e percepção cognitiva podem ter
influenciado, porém, 43% dos pacientes desse estudo tinham tido experiências
prévias negativas com as placas oclusais, e 95% mostraram sucesso após o estudo.
Em relação à integração entre oclusão e DTM, os contatos
funcionais e parafuncionais o influenciados pela atividade coletiva dos sculos
mandibulares e coordenados pelo sistema nervoso central e periférico. Qualquer
alteração na fisiologia neural ou muscular provavelmente terá algum efeito sobre os
contatos oclusais (BERRY; SINGH, 1983).
Singh e Berry (1985) registraram os contatos oclusais em MI antes e
depois de 3, 5 e 7 horas do uso de uma placa oclusal resiliente. Uma significante
redução no número dos dentes em contato após o uso das placas foi observada.
Quase todos os pacientes declararam que os dentes não “se encontravam bem” ou
que poucos dentes se encontravam antes que outros após o uso.
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
65
Pereira e Conti (2001) verificaram as alterações nos contatos
oclusais em 14 pacientes com DTM de origem muscular após terapia por placas
oclusais estabilizadoras. Houve um aumento no número de contatos dentários em MI
após a terapia. No grupo controle formado por 15 pacientes assintomáticos nos
quais nenhum tratamento foi realizado, não houve alteração nos contatos após 30
dias. Os autores observaram que o quadro de sinais e sintomas das DTM é
amenizado com a placa oclusal, ao mesmo tempo em que ocorre melhora na
distribuição dos contatos oclusais e um ligeiro aumento do número dos mesmos.
Houve correlação estatisticamente significante entre a redução dos níveis de dor e o
aumento dos contatos oclusais.
Essas alterações nos contatos oclusais podem ser explicadas de
duas maneiras. A primeira é relacionada às variações normais que podem ocorrer.
Berry e Singh (1983) avaliaram a oclusão em MI de manhã e à tarde em 10
pacientes. Houve maior número de contatos oclusais pela manhã sugerindo que há
uma variação durante todo o dia. Esta depende do estado físico dos músculos da
mastigação e do estado mental do paciente.
Outra explicação seria pela teoria do realinhamento
maxilomandibular. As placas oclusais parecem promover um relaxamento muscular
associado a um alívio da dor na maioria dos casos. Essa alteração no estado
muscular e/ou na condição da ATM, causada pela utilização das placas poderia
provocar mudanças nos contatos dentários, mesmo sem a utilização de
procedimentos irreversíveis. Esse fato confirmaria a hipótese de que alterações
oclusais podem também ser conseqüências de DTM (PEREIRA; CONTI, 2001).
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
66
Kovaleski e De Boever (1975) investigaram a influência da placa
oclusal sobre a posição mandibular e alívio dos sintomas musculares e das ATM em
11 pacientes. O reposicionamento da mandíbula sobre a placa após 72 horas foi
mais freqüente em direção ao lado da dor e anteriormente. Em 6 pacientes, a
movimentação foi para o lado da dor articular, em um foi para o lado oposto, e em
outro a mandíbula não se moveu. Dos 3 pacientes com dor em ambas as
articulações, em um a mandíbula se moveu reta e para frente e em 2 se moveu
lateral e anteriormente. Após um s, as mandíbulas de 5 pacientes ficaram na
mesma posição observada após 72 horas. Em 4 pacientes, as mandíbulas se
moveram um pouco mais na mesma direção. O paciente que moveu a mandíbula
para o lado oposto após 72 horas, a moveu para o lado da dor articular após um
mês. Em um paciente houve retrusão em relação à posição inicial. Em relação aos
sintomas, 9 dos 11 pacientes relataram alívio da dor e/ou do estalo após 72 horas.
No estudo de Capp e Clayton (1985), os contatos oclusais iniciais
em RC alteraram quando a disfunção desapareceu. O contato oclusal inicial após a
terapia foi encontrado no lado em que os sinais e sintomas clínicos ocorreram. O
côndilo do lado afetado pareceu ser reposicionado posteriormente e superiormente
em muitos casos. A terapia por placas oclusais foi mais efetiva na resolução da
desordem quando a placa foi ajustada semanalmente.
Ekberg et al. (1998) compararam, por meio de radiografias
transcranianas e tomografias, as mudanças no relacionamento côndilo-fossa em 58
pacientes com DTM de origem articular tratados com placas oclusais de
estabilização ou placas sem cobertura oclusal. Após 10 semanas, o relacionamento
côndilo-fossa foi alterado no grupo de tratamento (93%) mais significantemente que
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
67
no controle (48%). Em muitos casos, houve alteração bilateral ou unilateral em
direção anterior. Oitenta e três por cento dos pacientes no grupo de tratamento e
48% no controle relataram sucesso. Os pacientes do grupo de tratamento mostraram
mais alívio dos sintomas quando houve alteração do relacionamento côndilo-fossa.
Fu et al. (2003) avaliaram a migração mandibular e os sintomas de
20 pacientes com DTM tratados com placas oclusais planas e lisas. Os freios labiais
maxilares e mandibulares foram usados como referência para avaliar o
reposicionamento mandibular na posição de primeiro contato dentário. Três registros
interoclusais (logo antes da instalação das placas, 5 minutos após a instalação e 4
semanas após) foram feitos. Todos os pacientes exibiram desalinhamento do freio
mandibular em relação ao maxilar antes da terapia. Após 4 semanas, a posição
mandibular de todos os pacientes se alterou em direção ao alinhamento dos freios
(12 mostraram alinhamento dos freios, e os outros pacientes exibiram uma
aproximação para o alinhamento). Houve uma redução significante dos sintomas de
dor e dos ruídos articulares, e uma significativa correlação negativa entre a
quantidade de migração mandibular em direção a linha média e os sintomas de dor.
Além disso, houve uma maior tendência do côndilo do lado oposto à migração
mandibular posicionar-se para baixo e para frente.
Maruyama et al. (1984) avaliaram os movimentos mandibulares
durante abertura e fechamento com e sem o uso de uma placa plana de
estabilização. Os movimentos foram avaliados por um aparelho usado para registro
e mensuração das trajetórias mandibulares. A proporção de trajetórias de abertura e
fechamento coincidentes foi aumentada com a placa na boca, mostrando que a
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
68
posição conseguida com a utilização da placa pode ser mais balanceada e
fisiológica.
Kuboki et al. (1997) avaliaram, por meio de tomografias, as
alterações na posição condilar e no espaço articular durante apertamento sobre
placas de estabilização e de reposicionamento anterior em 7 pacientes
assintomáticos. Ambas promoveram reposicionamento condilar para cima
comparável ao que ocorreu durante o apertamento em MI e nenhuma das placas
aumentou o espaço articular. Se a analogia entre espaço articular e carga articular
for correta, então as placas não causam descompressão dos tecidos articulares.
Provavelmente, transferem a carga para uma diferente área dos tecidos articulares.
Contudo, clinicamente, uma descompressão pode ocorrer devido ao efeito das
placas sobre a função oral, alterando o comportamento do apertamento.
Devido ao relacionamento intermaxilar alterar com o uso da placa, a
extensão da musculatura pode ser afetada. Bertram et al. (2001) investigaram a
assimetria transversal dos músculos masseteres em 29 pacientes com sinais e
sintomas de DTM, por meio de escaneamento ultra-sonográfico. Os resultados após
2 meses sugerem que a terapia por placas de estabilização é associada com a
redução de assimetrias relacionadas aos lados (direito ou esquerdo) nos músculos
masseteres. Os achados podem confirmar o conceito de que a redução e
equalização da atividade muscular mastigatória associada com a inserção da placa
podem ser fatores importantes no sucesso do tratamento de DTM de origem
muscular.
Em 2002, Bertram et al., realizaram um estudo semelhante,
avaliando a assimetria dos músculos masseteres em 24 pacientes com sinais e
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
69
sintomas de DTM, por meio de escaneamento ultra-sonográfico. Nesse estudo, as
avaliações foram feitas imediatamente após a inserção da placa e durante o
apertamento máximo com e sem a mesma. Os resultados sugerem que as placas de
estabilização têm efeito imediato na redução das assimetrias musculares no
apertamento máximo.
A eletromiografia (EMG) é atualmente uma parte da avaliação
quantitativa para diagnosticar alterações do aparelho estomatognático e monitorar
os efeitos das terapias. Além disso, a necessidade de medidas objetivas, pois
exames clínicos subjetivos podem ser duvidosos (FERRARIO et al.; 2002;
LANDULPHO et al., 2004). No estudo de Kovaleski e De Boever (1975), a EMG
mostrou hiperatividade do músculo temporal posterior em pacientes com DTM. A
resposta imediata dos músculos mastigatórios à inserção da placa oclusal foi uma
diminuição na atividade elétrica no repouso.
Majewski e Gale (1984) compararam a atividade elétrica dos
músculos temporais anteriores durante o repouso entre 11 pacientes com dores
unilaterais nessa região e 11 assintomáticos. Além disso, os autores avaliaram a
influência do aumento da DVO sobre a atividade eletromiográfica de 1 a 16mm de
aumento. Não houve diferenças entre os dois grupos e entre os lados nos pacientes
sintomáticos unilaterais. O nível de atividade eletromiográfica diminuiu com o
aumento da DVO.
Wood e Tobias (1984) estudaram o efeito das placas oclusais sobre
a atividade eletromiográfica dos músculos temporais anteriores, posteriores e
masseteres. Um significante aumento na atividade total de 17% foi observado sobre
a placa com contatos oclusais equilibrados quando comparada ao apertamento em
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
70
MI. Uma significante diminuição de 13% na atividade elétrica total foi observada no
apertamento sobre a placa somente com contatos anteriores comparada à placa
oclusal equilibrada. Comparando-se a placa equilibrada com a placa com os
contatos do lado esquerdo removidos, exceto na região de segundo molar, nenhuma
diferença significante foi notada. Quando a atividade sobre a placa equilibrada foi
comparada àquela sobre a placa com todos os contatos do lado esquerdo
removidos, houve uma significante diminuição de 21% na atividade total, porém sem
diferenças significantes entre os lados. As alterações na atividade muscular foram
mais relacionadas às alterações na natureza e número dos contatos.
Manns et al. (1987) avaliaram a diferença entre a presença de guias
de desoclusão em grupo e guias pelos caninos, durante lateralidade esquerda e
direita, em placas oclusais. A desoclusão pelos caninos gerou uma atividade
eletromiográfica estatisticamente menor que a desoclusão em grupo. Dessa forma,
os autores sugerem a desoclusão pelos caninos para a confecção das placas.
Carlson et al. (1993) investigaram a diferença entre o apertamento
sobre roletes de algodão e sobre placas oclusais miorrelaxantes em 12 pacientes
com dor miofascial. Atividades eletromiográficas mais elevadas foram encontradas
no apertamento sobre os roletes de algodão.
Tsolka et al. (1994) avaliaram 35 pacientes com e 26 sem DTM por
meio de EMG e cinesiografia. A EMG dos músculos temporais anteriores e
masseteres demonstrou que a atividade de repouso foi significantemente maior nos
pacientes com DTM que nos controles. Entretanto, não houve diferença significante
entre os grupos em relação à EMG durante apertamento dentário. A cinesiografia
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
71
mostrou que não houve diferenças entre os grupos na máxima abertura bucal,
máximo movimento antero-posterior e desvios durante abertura e fechamento.
Canay et al. (1998) avaliaram o efeito da placa de relaxamento
muscular sobre a atividade eletromiográfica e sobre os sintomas de 14 pacientes,
cuja queixa principal era a dor nos músculos mastigatórios. Os exames foram feitos
durante máximo apertamento sem a placa, antes da instalação e após 6 semanas.
Não houve qualquer alteração da atividade elétrica dos músculos masseteres e
temporais anteriores após o tratamento. Mesmo assim, 12 dos 14 pacientes não
relataram mais dor.
Al Quran e Lyons (1999) compararam o efeito imediato de placas
rígidas e resilientes sobre a atividade eletromiográfica dos músculos masseteres e
temporais anteriores, durante apertamento sobre as mesmas, em 10 pacientes
assintomáticos. As placas rígidas diminuíram a atividade eletromiográfica de ambos
os músculos enquanto as placas resilientes produziram um aumento no músculo
masseter e uma pequena diminuição no temporal anterior. Gray e Davies (2001)
relataram que a consciência da presença de algo compressivo na boca aumenta a
atividade elétrica dos sculos. Além disso, enfatizaram que, em 10% dos casos,
esse tipo de placa piora os sintomas dos pacientes.
Ferrario et al. (2002) estudaram a atividade elétrica dos músculos
masseteres e temporais anteriores durante apertamento, em 14 pacientes com DTM,
antes e imediatamente após a instalação de placas de estabilização. A placa reduziu
a atividade elétrica nos músculos e trouxe equilíbrio entre os masseteres direito e
esquerdo e entre os masseteres e temporais. O apertamento com a placa foi
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
72
realizado com uma atividade do masseter maior que a do temporal, sendo que o
inverso foi observado sem seu uso.
Turcio et al. (2002) observaram a atividade eletromiográfica em 5
pacientes com DTM tratados com placas interoclusais estabilizadoras, medicação,
fisioterapia e ajustes oclusais quando necessário. Os resultados mostraram que as
atividades eletromiográficas dos músculos masseteres e temporais anteriores no
repouso, mastigação e apertamento dentário, sem a placa na boca, não
apresentaram diferenças significantes após o tratamento. Apesar disso, o sculo
masseter mostrou um aumento da atividade elétrica no apertamento dentário após o
tratamento, e o músculo temporal teve uma redução na atividade elétrica em 80%
dos casos.
Roark et al. (2003) avaliaram a atividade elétrica nos músculos
masseter e temporal anterior durante apertamento com e sem uma placa oclusal
plana e lisa em 20 indivíduos sem DTM. A placa reduziu significantemente a
atividade nos temporais direito e esquerdo no máximo apertamento.
Suvinen et al. (2003) avaliaram os efeitos da separação vertical da
mandíbula sobre a atividade eletromiográfica dos músculos masseteres em 15
pacientes assintomáticos e 18 com DTM, antes e após 4 meses de terapia por
placas interoclusais “altas” (8mm) e “baixas” (4mm) em relação à espessura. Nos
pacientes assintomáticos, a menor atividade elétrica durante o repouso foi registrada
quando a mandíbula se separou 15,4mm incluindo o trespasse vertical. A atividade
elétrica diminuiu com o aumento da separação mandibular até esse valor e depois
começou a aumentar. No grupo sintomático nenhuma diferença foi encontrada na
atividade elétrica aumentando-se a separação mandibular de 1 a 19mm. A atividade
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
73
elétrica no repouso não diferiu entre pacientes assintomáticos e sintomáticos, tanto
no início quanto após o tratamento. Em relação aos sinais e sintomas de DTM,
houve 78% de sucesso da terapia e não houve diferenças entre as duas placas.
Landulpho et al. (2004) avaliaram a eficiência da placa interoclusal
sobre a atividade eletromiográfica na posição de repouso mandibular em 22
pacientes com DTM, após 5 meses de terapia. Os registros foram feitos sem a placa
em posição. A atividade elétrica dos temporais anteriores reduziu significantemente
após o tratamento, enquanto que nos masseteres o houve diferenças
significantes. Consequentemente, houve balanceamento entre os músculos
masseteres e temporais anteriores, que os últimos estavam com atividade elétrica
mais elevada antes do tratamento. A terapia também contribuiu para um
balanceamento bilateral entre os temporais anteriores direitos e esquerdos. Além
disso, os sintomas foram totalmente eliminados.
O bruxismo é considerado um dos principais fatores de risco que
levam a DTM, por isso os efeitos das placas oclusais sobre esse comportamento
motor oral parafuncional é muito estudado. Holmgren et al. (1993) e Yap (1998)
investigaram esses efeitos observando-se as facetas de desgaste sobre a superfície
oclusal da placa. Os resultados revelaram que as placas não eliminam o bruxismo. A
extensão das facetas mostrou que, durante o bruxismo excêntrico, a mandíbula
moveu-se lateralmente além do relacionamento borda a borda de caninos. Apesar
disso, houve redução dos sinais e sintomas de DTM.
Okkerse et al. (2002) avaliaram a influência de uma placa plana
sobre a atividade muscular elétrica dos temporais anteriores e masseteres direito e
esquerdo de 21 pacientes com bruxismo. Os exames foram feitos durante o sono,
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
74
antes da instalação e após 3 a 4 semanas de uso da placa, com a mesma na boca.
O tratamento resultou em uma significante redução da parafunção dos músculos
mastigatórios. Uma alteração do padrão de contração dos músculos envolvidos foi
verificada após o tratamento. O mero de eventos em que os quatro músculos se
contraíram simultaneamente durante a parafunção diminuiu, mas o número de
eventos em que só um músculo se contraiu aumentou.
Hiyama et al. (2003) também examinaram o efeito da placa oclusal
sobre as atividades musculares noturnas em 6 pacientes sem DTM. Para eliminar a
influência da variação diária do bruxismo, as atividades elétricas dos músculos
mastigatórios com e sem a placa foram registradas na mesma noite. As atividades
eletromiográficas dos masseteres e temporais anteriores foram significantemente
reduzidas com a placa oclusal. O número de eventos de bruxismo também diminuiu,
assim como sua duração.
Raphael et al. (2003) analisaram se os efeitos terapêuticos das
placas eram maiores quanto maior fosse o bruxismo em 52 pacientes com dores
miofasciais. Estes usaram uma placa de cobertura oclusal total plana e lisa ou uma
placa sem cobertura oclusal durante a noite. O bruxismo foi avaliado pelo próprio
relato do paciente e por uma avaliação objetiva por meio de micro-desgastes
dentários (microscopia eletrônica). Após 6 semanas, os pacientes que receberam a
placa de cobertura oclusal total tiveram uma melhora significantemente maior na dor
à palpação em relação aos que receberam a placa sem cobertura oclusal. A
severidade do bruxismo não moderou o efeito terapêutico da placa.
Van der Zaag et al. (2005) avaliaram o bruxismo em 21 pacientes
assintomáticos tratados com placas oclusais de estabilização ou sem cobertura
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
75
oclusal por meio da polissonografia. Nenhuma das placas tiveram influência sobre o
bruxismo noturno e sobre o sono dos pacientes.
Em relação aos efeitos adversos das placas, é possível que estas
modifiquem o espaço entre os arcos dentários. A mandíbula poderia então ser
abaixada e retruída e o espaço para a língua ser reduzido. Assim, o uso da placa
poderia alterar a passagem de ar durante o sono. Isso é baseado na observação de
que no sono de um sujeito normal, a língua e o osso hióide tende a mover para trás
e o caminho de ar é reduzido na posição supina (GAGNON et al., 2004). Gagnon et
al. (2004) verificaram, por meio de polissonografia, a influência da placa oclusal
sobre o distúrbio respiratório de 10 pacientes com apnéia do sono. O estudo sugere
que o uso de uma placa oclusal é associado com um risco de agravação dos
distúrbios respiratórios. Pode ser, portanto, relevante para os clínicos questionar os
pacientes sobre o ronco e a apnéia do sono quando se recomenda uma placa
oclusal.
2.2.2 Relações Intermaxilares
As posições mandibulares são determinadas por vários
componentes do aparelho estomatognático. Dentre estes, podemos citar os
músculos, ossos, ligamentos e o sistema nervoso. A participação dos dentes pode
ocorrer ou não (CELENZA, 1973; GARCIA, 2003; GRAY; DAVIES, 2001; MOYERS,
1956; TRIPODAKIS et al., 1995). A postura também é um fator que deve ser levado
em consideração (PRADHAM et al., 2001).
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
76
2.2.2.1 Relação Central
O conceito de RC surgiu na busca de um ponto de referência no
relacionamento intermaxilar para a confecção de próteses totais. Dessa forma, uma
posição de reprodutibilidade confiável e teoricamente fisiológica foi definida como
RC. A RC passou por algumas modificações ao longo do tempo que acabaram, de
certa forma, confundindo a comunidade odontológica (BECKER et al., 2000;
GILBOE, 1983; KESHVAD; WINSTANLEY, 2000; KOGAWA et al., 2003; OKESON,
2000).
Em 1956, para padronizar os conceitos, a Academia de Prótese
Dentária publicou um Glossário de Termos no periódico The Journal of Prosthetic
Dentistry. A primeira definição de RC, em 1956, foi: “a relação mais retruída da
mandíbula com a maxila quando os côndilos estão na posição mais posterior na
fossa mandibular da qual movimentos laterais podem ser feitos, em qualquer grau de
separação mandibular”. Acreditava-se que a posição condilar era a mais posterior e
superior na fossa mandibular funcionando como uma dobradiça em um eixo terminal.
Assim, sinônimos foram vinculados a essa posição como: fechamento periférico
posterior, posição de travamento, posição de bisagra, posição ligamentosa, posição
de contato retruído e posição de eixo terminal (BECKER et al., 2000; BRILL et al.,
1959; GILBOE, 1983; JANKELSON, 1979; KESHVAD; WINSTANLEY, 2000). Na
terceira edição, em 1968, pequenas mudanças foram feitas. A RC foi definida como:
1) “a relação fisiológica mais retruída da mandíbula com a maxila da qual o indivíduo
pode realizar movimentos laterais. É uma condição que pode existir em vários graus
de separação da mandíbula e ocorre ao redor de um eixo de rotação terminal”; 2) “a
relação mais posterior da mandíbula com a maxila na relação vertical estabelecida”.
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
77
Na quinta edição do glossário, em 1987, houve uma grande
mudança, sendo definida como: “um relacionamento maxilomandibular no qual os
côndilos articulam com a porção avascular mais fina de seus respectivos discos com
o complexo na posição ântero-superior contra a vertente da eminência articular.
Essa posição é independente de contato dentário. Essa posição é identificada
clinicamente quando a mandíbula é direcionada superiormente e anteriormente e
restrita a movimentos puramente rotatórios sobre o eixo transverso horizontal”. Esse
conceito foi baseado em estudos que verificaram a anatomia do disco articular em
relação à cabeça do côndilo e a anatomia óssea da fossa mandibular. Estes
mostraram que a porção mais posterior e superior da fossa mandibular era
constituída de um tipo de osso frágil e fino que não suportaria as cargas impostas
pelo ndilo. Além disso, percebeu-se que a região superior e anterior possui
características ósseas mais favoráveis para suportar tais cargas (GILBOE, 1983).
Outro fator que corroborou foi a presença de cartilagem articular sobre a vertente
posterior da eminência articular localizado na porção anterior da fossa mandibular
(CELENZA, 1984). Esse conceito perdura aos dias de hoje e foi mantido na atual
publicação do glossário em 2005 (GLOSSARY..., 2005).
Dawson (1995) ainda sugeriu o termo “postura cêntrica adaptada”
para pacientes com desarranjos ou deformações intra-articulares. Segundo o autor,
pacientes com desarranjos intra-articulares são capazes de se adaptar e, dessa
forma, a articulação pode suportar confortavelmente as cargas funcionais. Ao se
manipular esses pacientes em RC, o disco articular não estará interposto entre o
côndilo e a eminência articular devido ao desarranjo. Assim, não se poderá dizer que
o paciente está em RC, mas em uma postura cêntrica adaptada.
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
78
Em relação à pressão de manipulação para se obter a RC, surgiu
uma controvérsia entre RC forçada e o forçada. Segundo Dawson (1993),
nenhuma ou leve pressão deve ser exercida. A RC é uma posição na qual os
músculos devem estar relaxados. Quando se aplica pressão sobre a mandíbula,
uma reação reflexa que tende a levá-la contra a pressão empregada. Isso acarretará
em uma posição de RC incorreta. Após alcançar-se o arco de abertura e fechamento
em RC é que se deve realizar pressão sobre a mandíbula empurrando-a para cima e
conferindo a posição obtida pela manipulação. Se o paciente relatar dor, tensão ou
sensibilidade, a mandíbula pode não estar em RC (DAWSON, 1993, 1995;
TARANTOLA et al., 1997). Além da manipulação bimanual, podemos lançar mão de
outras técnicas como o uso de dispositivos anteriores ou o posicionamento da ponta
da língua no palato mole (BISSASU, 1999; CAPP; CLAYTON, 1985; KOVALESKI;
DE BOEVER, 1975). Celenza (1973) observou diferenças quando comparou
técnicas de registro guiadas e não guiadas por manipulação e encontrou maior
reprodutibilidade nas técnicas guiadas.
2.2.2.2 Oclusão Cêntrica e Máxima Intercuspidação
A posição de oclusão ntrica (OC) foi citada no Glossário de
Termos em Prótese Dentária em sua terceira edição (GLOSSARY..., 1968), definida
como “posição de contato cêntrico da superfície oclusal inferior contra a superior;
uma posição de referência a partir da qual todas as outras seriam excêntricas”. Na
quinta edição (GLOSSARY..., 1987), sua definição sofreu uma alteração sendo
estabelecida como “a oclusão de dentes antagonistas quando a mandíbula está em
relação central. Esta poderia coincidir ou não com a posição de máxima
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
79
intercuspidação”. Na sexta edição (GLOSSARY..., 1994) do Glossário de Termos em
Prótese Dentária, a OC manteve a definição da quinta edição e a MI foi definida
como “a completa intercuspidação de dentes antagonistas independentemente da
posição condilar”. As mesmas definições permaneceram na última edição
(GLOSSARY..., 2005).
Entretanto, a OC tem sido definida como a posição de dente contra
dente em MI sem referência à posição condilar, e possui alguns sinônimos como
posição de intercuspidação, mordida de conveniência ou mordida habitual
(CELENZA, 1984; DAVIES; GRAY, 2001; DAWSON, 1993; KESHVAD;
WINSTANLEY, 2000; OKESON, 2000; TRIPODAKIS et al., 1995). Segundo
Tripodakis et al. (1995) a OC ou MI se localiza anteriormente a RC. A coincidência
entre RC e MI tem sido formalmente descrita como oclusão em RC ou ORC
(CALAGNA et al. 1973; CELENZA, 1984; CONTI, 1998; GLICKMAN et al., 1974;
JANKELSON, 1979; KESHVAD; WINSTANLEY, 2001).
2.2.2.3 Cêntrica Longa
Após a reabilitação de pacientes em RC, começou-se a perceber
que alguns destes relatavam uma dificuldade de engrenamento dentário. Glickman
et al. (1974) compararam duas próteses, uma em RC e outra em OC,
confeccionadas para a mesma paciente. Inicialmente, a paciente utilizou a prótese
em OC por 3 semanas e após esse período foi realizada a troca pela prótese em
RC. Foram observadas as características funcionais das próteses nas quais houve
dificuldade, por parte da paciente, em alcançar a MI quando utilizou a prótese em
RC.
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
80
Surgiram, então, duas linhas de pensamento. A primeira baseou-se
na RC como uma área e a segunda baseou-se na RC como um ponto exato, um
eixo de rotação único (KESHVAD; WINSTANLEY, 2000). Com a RC se localizando
em uma área, não haveria uma exatidão no eixo de rotação que se localizaria numa
faixa de variação de 0,5 a 1mm dentro da fossa mandibular. Dessa forma, a
dificuldade de engrenamento dentário dever-se-ia a esses fatores. Por outro lado, a
RC considerada como um ponto teria um eixo de rotação preciso. Assim, os dentes
deveriam se engrenar também precisamente. Então, começou-se a sugerir que
haveria dois arcos de fechamento distintos, um em RC e outro chamado de
fechamento postural. Segundo essa filosofia, quando o paciente fecha a boca com
maior força, o arco de fechamento seria em RC, ao passo que quando se fecha a
boca sem muita força, o paciente realizaria um arco de fechamento postural
localizado mais anteriormente. A diferença básica entre essas duas linhas de
pensamento seria a precisão da RC (DAWSON, 1993).
De qualquer forma, havendo dificuldade de engrenamento dentário
na RC estabelecida, deve-se realizar um aplainamento interligando os pontos de
contato, nas duas posições, de forma a se manter a mesma DVO (DAWSON, 1993).
2.2.2.4 Posição Ortopedicamente Estável
Esse conceito de posição ortopedicamente estável surgiu como um
posicionamento mais fisiológico da mandíbula. Essa posição mandibular é
conceituada como uma posição de equilíbrio ortopédico no qual o côndilo deve estar
bem posicionado sob o disco articular. Além disso, este complexo côndilo-disco deve
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
81
estar voltado para a parede posterior do osso temporal, conforme a resultante das
forças musculares impostas pelos músculos elevadores (GARCIA, 2003).
De acordo com Okeson (2000), essa resultante das forças
musculares tem direção superior e anterior, sendo que os músculos temporais
posicionam os ndilos superiormente e os masseteres e os pterigóideos mediais
posicionam os côndilos anterior e superiormente. O tônus muscular no pterigóideo
lateral inferior posiciona os côndilos anteriormente contra a vertente posterior da
eminência articular. Dessa forma, tal posição seria um tanto similar à RC. Quando
uma forte contração dos músculos ocorre (sem interferências oclusais), a
estabilidade articular ortopédica é mantida e essa posição é considerada a mais
musculoesqueleticamente estável da mandíbula. Como em qualquer articulação, a
estabilidade posicional é determinada pelos músculos que cruzam a articulação e
impedem o deslocamento das superfícies articulares.
Um importante fator para se manter um equilíbrio
musculoesquelético é a estabilidade oclusal. O tipo de contato oclusal influencia
muito no controle muscular da posição mandibular. A posição musculoesqueletal
estável das articulações pode ser mantida somente quando em harmonia com uma
condição oclusal estável. Dessa forma, deve-se haver coincidência entre tal posição
articular ortopedicamente estável promovida pelo equilíbrio neuromuscular e a MI do
paciente (OKESON, 2000). Uma discrepância entre a posição neuromuscular e a MI
pode causar distúrbios na função mastigatória (BRILL et al., 1959; TORII; CHIWATA;
2005).
Torii e Chiwata (2005) compararam a diferença entre a MI e a
posição oclusal induzida por uma placa plana anterior (posição neuromuscular) em
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
82
pacientes com ruídos articulares e pacientes controles. Os pacientes com sons
articulares tiveram diferenças estatisticamente maiores entre a MI e a posição
neuromuscular que os do grupo controle. Uma associação foi encontrada entre os
sons articulares e a diferença entre essas duas posições. Foi sugerido que os sons
da ATM o causados pelo deslocamento da mandíbula da posição neuromuscular
para a MI, acompanhada por uma distorção do próprio relacionamento entre o
côndilo e o disco.
2.2.3 Aspectos Clínicos para Confecção de Placas Oclusais
Muitos autores utilizam a RC como posição intermaxilar a ser
utilizada para a confecção e ajuste das placas oclusais (AL QURAN; LYONS, 1999;
ALVAREZ-ARENAL et al., 2002; BADEL et al., 2004; BARKER, 2004; BERTRAM et
al., 2001; CANAY et al., 1998; CAPP; CLAYTON, 1985; CARLSON et al., 1993;
DYLINA, 2001; EKBERG et al., 1998, 2003; HIYAMA et al., 2003; HOLMGREN et al.,
1993; KOVALESKI; DE BOEVER, 1975; KUTTILA et al., 2002; MAGNUSSON et al.,
2004; MARUYAMA et al., 1984; OKESON et al., 1982, 1983; ROARK et al., 2003;
RUBINOFF et al., 1987; SUVINEN et al., 2003; YAP, 1998). Carlson et al. (1993)
relataram um registro interoclusal com os músculos em mínima atividade
eletromiográfica, em uma posição miocêntrica ou neuromuscular. No trabalho de
Kuboki et al. (1997), os pacientes foram instruídos a fechar sua mandíbula
confortavelmente, sem pressão, para obtenção do registro interoclusal.
A consistência dos registros em RC pode ser afetada por vários
fatores como: a presença de dor, tensão emocional ou física, inabilidade do
operador e falta de condicionamento neuromuscular (CALAGNA et al., 1973).
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
83
Dessa forma, a utilização da RC no registro interoclusal para a
confecção das placas oclusais pode ser discutível (FU et al., 2003). Diferentes
técnicas de registro da RC podem ainda mostrar posições diferentes entre si, de
forma que a RC deve ser considerada com cautela como posição de preferência. A
imprecisão nas montagens dos modelos no articulador também deve ser levada em
consideração. Desvios mandibulares devido ao fechamento incorreto pode ser uma
causa de erro, independentemente do procedimento de registro ou material utilizado.
Erros também podem ser causados por deformação do material de registro e por
inabilidade do operador (BEZZON; ORSI, 1994; YAMASHITA et al., 2003).
Alguns estudos encontraram resultados satisfatórios em relação à
reprodutibilidade da RC (KOGAWA et al., 2003; TARANTOLA et al, 1997;
TRIPODAKIS et al., 1995; YAMASHITA et al. 2002). Tripodakis et al. (1995)
observaram maior reprodutibilidade da RC que da OC ou MI em pacientes
assintomáticos, sugerindo que a MI possui uma variação posicional de
aproximadamente 0,12mm.
Entretanto, a RC parece apresentar certa instabilidade. Calagna et
al. (1973) compararam registros da RC pelo método da manipulação bimanual,
modificando apenas o condicionamento neuromuscular previamente a este registro.
Os métodos de condicionamento utilizados foram por meio de: 1) um aparelho
denominado de Myo-Monitor que possui um circuito elétrico e tem a finalidade de
interromper espasmos e relaxar a musculatura; 2) um dispositivo anterior (jig); 3)
estimulação oclusal bilateral pela interposição de roletes de algodão entre os dentes
posteriores; e 4) placa de mordida plana. Além disso, comparou os registros em RC
com o fechamento livre da mandíbula e com a OC. Os registros em RC após 24
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
84
horas do uso da placa de mordida foram mais consistentes em relação aos outros
métodos e em uma posição mais retruída da mandíbula. A diferença antero-posterior
entre a RC obtida após o uso da placa oclusal e a OC foi de 0,7mm, e da OC para
RC obtida após os outros condicionamentos foi de cerca de 0,3mm. Em relação ao
livre fechamento mandibular, a distância deste à OC foi de apenas 0,1mm.
Shafagh et al. (1975) compararam a reprodutibilidade da RC em 13
pacientes assintomáticos em relação a diferentes períodos do dia (9:00, 15:00 e
21:00 horas). Houve variação da localização dos côndilos em relação ao período do
dia quando a mandíbula foi manipulada para RC.
Em relação aos registros em pacientes sintomáticos, Capp e Clayton
(1985) determinaram o efeito da disfunção no registro da RC. Esta foi registrada com
o auxílio de dispositivos oclusais anteriores e pela manipulação bimanual em
pacientes assintomáticos e, antes e depois da terapia por placas oclusais, em
pacientes com DTM. Os registros foram menos consistentes nos pacientes com
DTM que nos sem DTM. Esse estudo indica a necessidade de eliminar a DTM antes
de registrar a RC ou ajustar a oclusão, pois as interferências oclusais encontradas
com a DTM não são as mesmas quando a DTM está ausente.
Ramfjord e Ash (1994) relataram que na placa de Michigan deve
haver uma liberdade em cêntrica de 0,5 a 1mm devido a essa imprecisão da RC em
pacientes sintomáticos.
Kogawa et al. (2003) não encontraram diferenças significantes entre
a reprodutibilidade da RC entre pacientes assintomáticos e sintomáticos com
desarranjos articulares. Porém, os pacientes sintomáticos relataram dor durante a
manipulação. Se qualquer dor, sensibilidade ou tensão dos músculos ou
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
85
articulação durante obtenção do registro, a RC pode não estar correta (BARKER;
2004; DAWSON; 1993, 1995; TARANTOLA et al.; 1997). Dessa forma, quando uma
placa tem a finalidade de iniciar o tratamento para pacientes com DTM o registro da
RC pode não ser preciso devido à desordem (CAPP; CLAYTON, 1985; GARCIA,
2003; RAMFJORD; ASH, 1994; STEENKS et al., 2005). Mesmo assim, Tarantola et
al. (1997) relataram que a RC poderia ser uma tentativa ou um registro considerado
como um ponto de partida.
Badel et al. (2004) enfocaram, em um relato de caso clínico, a
necessidade de resolução dos sinais e sintomas de DTM antes de se confeccionar
uma reabilitação protética definitiva. A placa oclusal foi usada como um meio de
tratamento inicial para reprogramação neuromuscular e reposicionamento do côndilo
na fossa mandibular, permitindo assim uma oclusão estável e uma ótima posição
vertical e horizontal da mandíbula.
Segundo Tripodakis et al. (1995), a RC depende do estado de
atividade ou hiperatividade dos músculos. Após o uso de uma placa oclusal posterior
por 2 semanas, a localização da RC em pacientes assintomáticos foi mais posterior
(0,2mm) e sua reprodutibilidade foi aumentada. Após o uso da placa, a posição
neuromuscular, que foi o livre fechamento com a musculatura relaxada, foi
encontrada anteriormente à posição de RC e também se tornou mais reproduzível. O
autor relatou que essa posição neuromuscular pode ser considerada um ponto de
referência apropriado para o tratamento dentário. Essa posição permite aos
músculos recuperar seu ótimo alinhamento e extensão.
Torii e Chiwata (2005) definiram a posição neuromuscular como a
posição de fechamento mandibular voluntário, que é menos reproduzível que a RC.
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
86
Contudo, sua reprodutibilidade pode ser melhorada pela inserção de um aparelho
interoclusal.
Pode ser observado, de acordo com a literatura, que a posição de
equilíbrio neuromuscular obtida após o uso da placa difere da posição de registro
inicial em RC. Alguns estudos (CAPP; CLAYTON, 1985; EKBERG et al., 1998; FU et
al.; 2003; KOVALESKI; DE BOEVER, 1975; TORII; CHIWATA; 2005) mostraram a
tendência da mandíbula em se reposicionar sobre a placa a partir da RC registrada
até a posição de equilíbrio neuromuscular, quando a estabilização dos contatos
oclusais. Além disso, esse reposicionamento mandibular está relacionado à redução
dos sinais e sintomas de DTM, sugerindo que essa posição neuromuscular seja a
posição mais fisiológica da mandíbula (CAPP; CLAYTON, 1985; EKBERG et al.,
1998; FU et al.; 2003; KOVALESKI; DE BOEVER, 1975; TORII; CHIWATA; 2005)
Moyers, em 1956, relatou que a posição mandibular de qualquer
paciente é determinada pelos mecanismos neuromusculares dos mesmos e não
pelo Cirurgião-dentista. Segundo Jankelson (1979), o critério de se utilizar uma
posição pela sua reprodutibilidade pode ser entendido quando o paciente não possui
referência oclusal, em caso de pacientes edêntulos, ausência de muitos dentes ou
em casos cuja oclusão esteja causando desconforto ou disfunção. Entretanto, um
critério mais importante a se avaliar é seu efeito sobre o aparelho neuromuscular.
Venturelli (2005) avaliou o posicionamento condilar na fossa
mandibular em um grupo de indivíduos assintomáticos, comparando-se a posição
mandibular em RC, MI e com uma placa miorrelaxante. Foram feitas 3 análises: 1)
análise do eixo horizontal de rotação a partir de modelos montados em articulador;
2) por meio de imagens obtidas pela radiografia transcraniana; e 3) por meio de
Revisão da Literatura
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
87
imagens obtidas pela ressonância nuclear magnética. Os resultados mostraram que,
apesar de os pacientes possuírem deslizes mandibulares entre as posições de RC,
MI e com a placa, confirmados por meio da análise do eixo horizontal de rotação, as
imagens não mostraram diferenças estatisticamente significantes entre as posições
condilares.
Segundo Tripodakis et al. (1995) a posição neuromuscular obtida
após a utilização de uma placa posterior se localizou entre a RC e a OC ou MI.
Dessa forma, a posição de MI pode ser uma melhor opção como ponto de partida
para a confecção de placas oclusais, pois é mais fácil de localizar, diminui custos e
tempo clínico (THE et al., 2005). A montagem dos modelos em articulador em MI
pode ser conseguida utilizando-se registros interoclusais ou pela justaposição dos
modelos maxilares e mandibulares tátil e visualmente (BRILL et al., 1959; WALLS et
al., 1991). Um trabalho realizado por Walls et al. (1991) comparou essas duas
técnicas e verificou que o método tátil e visual da justaposição foi mais preciso que
os registros interoclusais com elastômero de baixa viscosidade. Portanto, quando há
estabilidade oclusal, a montagem em articulador em MI por justaposição de modelos
pode incorrer em menores riscos de erro que a montagem em RC, que elimina o
registro interoclusal. Além disso, este pode não ser obtido corretamente em
pacientes sintomáticos (DAWSON; 1993, 1995; TARANTOLA et al., 1997; BARKER,
2004).
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Proposição
ProposiçãoProposição
Proposição
Proposição
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
89
3 PROPOSIÇÃO
Avaliar comparativamente a efetividade de placas oclusais
confeccionadas a partir da MI e RC, em pacientes com DTM de origem muscular e
hábitos parafuncionais, quanto aos seguintes aspectos:
1) amplitude dos movimentos mandibulares;
2) atividade eletromiográfica dos músculos masseter e temporal
anterior;
3) sintomatologia dolorosa;
4) observações clínicas.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
M aterial e M étodo
M aterial e M étodoM aterial e M étodo
M aterial e M étodo
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
91
4 MATERIAL E MÉTODO
4.1 AMOSTRA
4.1.1 Pacientes
O trabalho foi composto por 20 pacientes com hábitos
parafuncionais (bruxismo de apertamento e/ou de atritamento) e sinais e sintomas
de DTM de origem muscular.
Após diagnóstico e enquadramento nos critérios de inclusão, os
pacientes foram convidados a participar do estudo. Estes leram e assinaram o
Termo de Consentimento Esclarecido, conforme recomendações do Comitê de Ética
em Pesquisa Humana (Anexo A), cujo parecer foi favorável (Anexo B). Os pacientes
foram tratados com placas oclusais miorrelaxantes e foram divididos aleatoriamente
em dois grupos, com 10 indivíduos cada:
Grupo I: Placas oclusais em MI
Grupo II: Placas oclusais em RC
4.1.2 Critérios de inclusão
a) Conhecimento ou consciência de seus hábitos parafuncionais
(bruxismo de apertamento e/ou de atritamento);
b) Presença de sinais e sintomas de DTM, caracterizando a dor
muscular localizada;
c) Relação molar classe I de Angle.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
92
4.1.3 Critérios de exclusão
a) Realização de tratamento dentário até três meses antes das
avaliações clínicas;
b) Qualquer patologia sistêmica;
c) Uso de próteses removíveis;
d) Mais de um dente ausente por quadrante;
e) Tratamento ortodôntico em andamento;
f) Pacientes que seriam submetidos a procedimentos
odontológicos que alterariam a oclusão, assim como próteses e restaurações,
durante o tratamento;
g) DTM de origem articular.
4.2 PLACAS OCLUSAIS
Os modelos de gesso utilizados para confecção das placas oclusais
foram obtidos a partir da moldagem do arco maxilar e mandibular com hidrocolóide
irreversível (Figura 1)
. Após a moldagem, vazou-se gesso especial tipo IV (Figura 2).
O modelo maxilar foi devidamente recortado e demarcado para
promover indexação do mesmo no articulador e possibilitar ajustes oclusais após a
termo-polimerização da placa oclusal (Figura 3). A base do modelo foi então isolada
com vaselina e a montagem em articulador foi realizada com o auxílio do arco facial.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
93
FIGURA 1 – Molde do arco maxilar (A) e mandibular (B).
FIGURA 2 – Modelo maxilar (A) e mandibular (B).
FIGURA 3 Modelo com demarcações (setas)
para promover indexação.
A
B
A
B
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
94
Após montagem dos modelos em articulador, as placas foram
confeccionadas pelo laboratório de prótese dentária do Departamento de Materiais
Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
Independente do tipo de relação intermaxilar utilizado, as placas
oclusais foram confeccionadas cobrindo totalmente os dentes da arcada maxilar,
com espessura de aproximadamente dois milímetros, contatos oclusais bilaterais
simultâneos e com desoclusão imediata dos dentes posteriores pelos anteriores nos
movimentos excursivos da mandíbula (BARKER, 2004; BERTRAM et al., 2001;
CANAY et al., 1998; CAPP; CLAYTON, 1985; EKBERG et al., 1998, 2003;
FERRARIO et al., 2002; KOVALESKI; DE BOEVER, 1975; KUBOKI et al., 1997;
KUTTILA et al., 2002; MANNS et al., 1987; OKESON et al., 1982, 1983; OKESON,
2000; ROARK et al., 2003; RUBINOFF et al., 1987; TECCO et al., 2004; YAP, 1998)
(Figura 4 a 7).
Inicialmente, as placas foram ajustadas quanto à adaptação e ao
conforto do paciente. Os ajustes oclusais foram realizados com o paciente em
posição supina, respeitando-se o livre fechamento mandibular decorrente do
equilíbrio neuromuscular (BERRY; SINGH, 1983; CARLSON et al., 1993; FU et al.,
2003).
Após o ajuste, não foi dado polimento sobre a superfície oclusal da
placa para preservar os contatos oclusais refinados (BARKER, 2004).
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
95
FIGURA 4 – Placa oclusal miorrelaxante maxilar.
FIGURA 5 - Pontos de contato com os dentes mandibulares.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
96
FIGURA 6 Protrusão com desoclusão dos
dentes posteriores pelos dentes
anteriores.
FIGURA 7 Lateralidade direita (A) e esquerda (B) com desoclusão dos dentes
posteriores pelos guias caninos.
A
B
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
97
4.2.1 Placas Oclusais em MI
Foram confeccionadas sem registros interoclusais, sendo a
montagem dos modelos de gesso no articulador feita pela justaposição dos mesmos
(Figura 8A). O pino incisal do articulador foi elevado 3mm para que houvesse espaço
interoclusal suficiente para a confecção da placa na espessura desejada (Figura 8B).
4.2.2 Placas Oclusais em RC
Foram confeccionadas após montagem dos modelos de gesso em
articulador por meio de um registro de cera 7 e resina acrílica Duralay na posição de
RC, semelhante à técnica relatada por Bezzon e Orsi (1994), e na espessura da
placa oclusal (Figuras 9 a 11). Essa técnica tem a vantagem de permitir com que se
faça pressão entre os modelos maxilares e mandibulares sem que haja deformação
do registro. A proposta do uso da cera é agir como um sistema de conexão entre os
pontos feitos em resina. Os modelos são, portanto, relacionados contra um material
rígido e estável com possibilidades mínimas de deformação ou distorção.
A RC foi localizada associando-se a técnica da manipulação
bimanual de Dawson e um dispositivo (jig ou guia de Lucia) anterior em resina
acrílica Duralay. Este ajuda a influenciar o sistema de controle neuromuscular que
coordena as atividades musculares relacionadas com as condições oclusais
existentes. Dessa forma, qualquer padrão neuromuscular (engrama) é evitado,
promovendo estabilização e permitindo um assentamento mais completo dos
côndilos em suas posições musculoesqueléticas estáveis (OKESON, 2000).
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
98
Após confecção e adaptação desse dispositivo na boca, realizou-se
a manipulação bimanual da mandíbula. A partir do ponto de contato único
estabelecido na superfície oclusal do dispositivo após a manipulação mandibular, o
paciente foi orientado a realizar movimentos excursivos da mandíbula (protrusão e
lateralidade direita e esquerda). O vértice da figura geométrica obtida sobre a
superfície oclusal do dispositivo indicou a posição de RC (Figura 9A).
O registro foi realizado em duas etapas. Na primeira, a cera 7 pré-
recortada no modelo (Figura 9B) foi aquecida e adaptada na boca, e o paciente
promoveu o fechamento em RC auxiliado pelo dispositivo anterior e pela
manipulação bimanual (Figura 10).
A segunda etapa consistiu na perfuração da cera 7 em quatro pontos
sobre as edentações na área de primeiros pré-molares e segundos molares, e
posterior refinamento do registro com resina acrílica Duralay, realizando-se o mesmo
procedimento anterior (Figura 11).
A montagem do modelo mandibular em articulador seguiu esse
registro. O pino incisal foi mantido na marca “0” e a espessura da placa foi
estabelecida pela espessura do registro (Figura 12).
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
99
FIGURA 8 Montagem do modelo mandibular em articulador em MI pela
justaposição de modelos (A) e elevação do pino incisal em 3mm
para fornecer a espessura à placa (B).
A
B
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
100
FIGURA 9 - Dispositivo anterior em resina acrílica (A) e adaptação
de 2 lâminas de cera 7 sobre o modelo de gesso (B).
FIGURA 10 – Registro em RC com o jig em posição.
A
B
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
101
FIGURA 11 Cera 7 (A) com perfurações (setas pretas) e posterior
refinamento (B) com resina acrílica (setas brancas).
FIGURA 12 - Montagem do modelo mandibular
em articulador em RC com o
registro interposto.
A
B
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
102
4.3 AVALIAÇÕES
Os dados dos pacientes foram anotados em uma ficha clínica
(Anexo C) onde constavam as informações gerais (nome, idade, sexo, endereço e
telefone) e informações obtidas durante as avaliações clínicas.
Os pacientes foram avaliados, antes e 3 meses após a terapia por
placas, quanto aos seguintes aspectos: amplitude dos movimentos mandibulares,
eletromiografia dos músculos mastigatórios e
sintomatologia dolorosa. Os aspectos
clínicos relacionados a cada grupo também foram observados. Em adição, uma
análise psicológica de cada paciente foi feita por uma psicóloga integrante do Núcleo
de ATM da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
4.3.1 Amplitude de Movimentos Mandibulares
As mensurações foram feitas por dois métodos (direto e indireto). O
direto, de acordo com Okeson et al. (1982) e Okeson (2000), com uma régua
milimetrada; e o indireto, de acordo com Carr et al. (1991), por meio da
eletrognatografia.
4.3.1.1 – Método Direto
A) Abertura Bucal
A avaliação da abertura bucal foi realizada pela medida das
distâncias entre as bordas incisais dos incisivos centrais maxilares e mandibulares
em duas situações (Figura 13A):
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
103
a) Máxima Distância Interincisal Confortável
Maior distância interincisal que o paciente de alcançar durante a
abertura bucal sem que ele sentisse qualquer dor ou desconforto.
b) Máxima Distância Interincisal
Maior distância interincisal que o paciente pôde alcançar na abertura
bucal mesmo na presença de dor ou desconforto.
B) Protrusão
As faces vestibulares dos incisivos centrais maxilares e
mandibulares foram os pontos de referência. Com o paciente protruindo a mandíbula
o máximo possível, a protrusão máxima foi mensurada em milímetros (Figura 13B).
C) Lateralidade Direita e Esquerda
A linha dia entre os incisivos centrais maxilares foi o ponto de
referência. Com a mandíbula em MI, foi realizada uma demarcação de continuidade
dessa linha sobre os incisivos mandibulares, quando não havia coincidência com a
linha média mandibular (Figura 14), e foi solicitado ao paciente movimentar a
mandíbula para a esquerda e direita o máximo possível (Figura 15). A distância
dessa demarcação à linha média foi anotada em milímetros.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
104
FIGURA 13 – Distância interincisal (A) e protrusão máxima (B).
FIGURA 14 - Demarcação de continuidade da linha média maxilar
sobre o incisivo central mandibular.
FIGURA 15 Máxima lateralidade direita (A) e esquerda (B).
A
B
A
B
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
105
4.3.1.2 – Método Indireto
A eletrognatografia foi realizada utilizando-se o software Bio EGN
(System - Bio-Research, INC, Milwaukee, E.U.A.). Um magneto foi fixado na região
dos incisivos centrais mandibulares por meio de uma cera adesiva de forma que o
mesmo ficasse paralelo a linha bipupilar e não interferisse com os dentes maxilares
antagonistas (Figura 16).
Um sensor foi posicionado sobre a cabeça dos pacientes também
paralelamente a linha bipupilar (Figura 17). Este foi posicionado com o auxílio de
uma barra auxiliar para alinhar o sensor com o magneto. O paciente permaneceu
sentado durante o exame, com uma postura ereta. Além disso, o mesmo foi
orientado a olhar para frente e manter a cabeça imóvel.
Em seguida, foram registradas a máxima abertura bucal (Figura
18A), protrusão máxima (Figura 18B) e lateralidade máxima direita (Figura 19A) e
esquerda (Figura 19B). Todos os registros foram iniciados a partir da posição de
máxima intercuspidação. O sensor captou os movimentos do magneto e transmitiu
as informações ao computador ao qual estava conectado, permitindo a análise dos
movimentos mandibulares.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
106
FIGURA 16 Magneto fixado na região dos incisivos
centrais mandibulares por meio de uma
cera adesiva.
FIGURA 17 - Sensor posicionado sobre a cabeça (A), paralelamente a linha
bipupilar com o auxílio de uma barra auxiliar (seta) para alinhar
o sensor com o magneto (B).
A
B
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
107
FIGURA 18 Registros eletrognatográficos durante xima abertura
bucal (A) e protrusão máxima (B) avaliada no plano
sagital.
FIGURA 19 Registros eletrognatográficos durante lateralidade máxima
direita (A) e esquerda (B) avaliada no plano horizontal.
A
B
A
B
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
108
4.3.2 Eletromiografia
Todos os pacientes foram submetidos ao exame eletromiográfico do
músculo masseter e da porção anterior do sculo temporal. Para isto, a remoção
da oleosidade da pele do paciente, nessas regiões e no pescoço, foi feita com água
e sabão e complementada com uma gaze embebida em álcool. Em seguida, foram
colados eletrodos de superfície seguindo o longo eixo das fibras musculares dos
músculos temporais anteriores e masseteres, e na região do pescoço para funcionar
como fio terra (Figura 20). Estes eletrodos foram conectados, por meio de cabos a
um amplificador que enviou as informações ao computador, permitindo a análise das
atividades musculares por meio do software Bio EMG (System - Bio-Research, INC,
Milwaukee, E.U.A.).
Os registros foram realizados durante o repouso mandibular (Figura
21), máximo apertamento dentário (Figura 22) e mastigação do lado direito e
esquerdo (Figura 23). Para o registro na posição de repouso mandibular, o paciente
permaneceu sentado em posição ortostática, olhando para o horizonte e mantendo
seus dentes ligeiramente separados.
Após o registro da atividade eletromiográfica na posição de repouso,
os pacientes foram orientados a apertarem seus dentes o máximo possível por cerca
de dois segundos. Em seguida, foram orientados a relaxarem seus músculos pelo
mesmo período, sempre controlado pelo operador. Este ciclo foi repetido por três
vezes.
O registro eletromiográfico também foi realizado durante a
mastigação de três uvas passas, tanto do lado direito quanto do lado esquerdo.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
109
FIGURA 20 - Eletrodos de superfície posicionados seguindo o longo eixo das
fibras musculares do masseter e temporal anterior (A) e sobre a
região do pescoço funcionando como fio terra (seta branca).
Eletrodos conectados a um amplificador (seta preta) que envia as
informações ao computador (B).
A
B
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
110
FIGURA 21 Registros eletromiográficos durante o repouso mandibular dos
músculos temporais anteriores direito (TA-R) e esquerdo (TA-L) e
masseteres direito (MM-R) e esquerdo (MM-L). A média da
atividade elétrica em microvolts V) foi obtida a partir da
mensuração realizada aos 2, 4, 6 e 8 segundos.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
111
FIGURA 22 - Registros eletromiográficos dos músculos temporais anteriores
direito (TA-R) e esquerdo (TA-L) e masseteres direito (MM-R) e
esquerdo (MM-L) durante o máximo apertamento. A média da
atividade elétrica em µV foi obtida a partir da mensuração
realizada durante os três ciclos de apertamento.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
112
FIGURA 23 - Registros eletromiográficos dos músculos temporais anteriores
direito (TA-R) e esquerdo (TA-L) e masseteres direito (MM-R) e
esquerdo (MM-L) durante a mastigação. A média da atividade
elétrica em µV foi obtida a partir da mensuração realizada durante
o terceiro, quarto, quinto e sexto ciclo mastigatório.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
113
4.3.3 Sintomatologia Dolorosa
Foram avaliados a intensidade da dor, sua duração (horas por dia),
freqüência (dias por semana) e tempo da dor em meses (EKBERG et al., 2003).
A mensuração da intensidade da dor foi realizada com o auxílio de
uma escala analógica visual (EAV) de “0” a “10”, onde “0” representou nenhuma dor
e “10” a dor mais forte sentida (EKBERG et al., 2003; FU et al., 2003; GAVISH et
al., 2002; KUTTILA et al., 2002; PEREIRA; CONTI, 2001; SUVINEN et al., 2003;
TURCIO et al., 2002; WAHLUND et al., 2003). Assim, o paciente relatou o mero
que melhor indicava sua dor nos dias de avaliação. Desta forma, avaliaram-se os
sintomas de dor e o nível de dor das regiões palpadas: origem, corpo e inserção dos
músculos masseteres e porções anterior, dia e posterior dos músculos temporais
(BERTRAM et al., 2001; EKBERG et al., 2003). A média de cada músculo foi
realizada somando-se o número relativo à dor de cada região palpada e dividindo-se
o valor obtido por 3, da seguinte maneira:
músculo temporal = porção anterior + média + posterior
3
músculo masseter = origem + corpo+ inserção
3
A sintomatologia dolorosa foi avaliada pelo percentual de redução da
freqüência, duração e intensidade dos sintomas de dor, e dor à palpação em relação
ao início do tratamento.
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
114
4.3.4 – Observações Clínicas
Foram realizadas observações clínicas para se comparar os dois
tipos de placas em relação a alguns aspectos: quantidade de dentes em contato
sobre a placa no ato da instalação, dificuldades clínicas, período para estabilização
dos contatos das mesmas representando equilíbrio neuromuscular e relatos dos
pacientes quanto ao conforto.
A avaliação do número de contatos iniciais sobre a placa foi
realizada comparando-se a porcentagem de dentes em contato antes do ajuste
oclusal em relação ao número de dentes em contato após o ajuste.
Após instalação das placas oclusais, os pacientes foram controlados
por 3 meses, sendo semanalmente no primeiro mês e mensalmente nos meses
seguintes. Ao todo, totalizou-se 6 controles em que foram checados os pontos de
contato oclusal sobre as placas. Estas foram ajustadas em todas as sessões de
forma a promover contatos simultâneos e bilaterais de todos os dentes mandibulares
com a superfície oclusal da placa. Os ajustes oclusais foram feitos na ausência de
um ou mais dentes em contato. A estabilidade oclusal sobre a placa foi considerada
quando nenhuma alteração fosse requerida por 2 consultas consecutivas
(RUBINOFF et al., 1987).
4.3.5 – Avaliação Psicológica
Três fatores foram avaliados nessa etapa por meio de inventários
(anexo D): 1) nível de depressão; 2) nível de ansiedade; e 3) nível de estresse. Os
dois primeiros utilizaram, respectivamente, o Inventário Beck de Depressão (BDI) e o
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
115
Inventário Beck de Ansiedade (BAI), e quando presentes foram classificados em
mínimo, leve, moderado e grave, de acordo com Cunha (2001).
O estresse foi avaliado pelo Inventário de Sintomas de Estresse para
Adultos de Lipp (ISSL). Quando presente, foi classificado de acordo com a
predominância dos sintomas, em físicos ou psicológicos, e de acordo com sua fase,
em fase de alerta, resistência, quase exaustão e exaustão, de acordo com Lipp
(2000).
4.4 INSTRUÇÕES AOS PACIENTES
Os pacientes foram orientados a usar a placa no período noturno.
Entretanto, poderiam complementar o uso durante o dia quando julgassem ser
necessário (BARKER, 2004).
Os pacientes foram informados sobre a natureza cíclica da DTM e o
relacionamento entre fadiga muscular, dor muscular e fatores psicológicos (EKBERG
et al., 2003; GAVISH et al., 2002; SUVINEN et al., 2003). Para aliviar o bito oral
nocivo durante o dia, todos os pacientes foram instruídos a selar seus lábios e
separar seus dentes, mantendo seus músculos relaxados (RUBINOFF et al., 1987).
M aterial e M étodo
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
116
4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS RESULTADOS
A análise estatística foi realizada com o auxílio do software GMC
(versão 2002). Os resultados referentes à amplitude dos movimentos mandibulares e
eletromiografia foram submetidos a uma análise estatística pelo teste t de student,
para amostras pareadas, com os dados obtidos antes e depois do tratamento.
A dor foi analisada pelo seu percentual de melhora para evitar a
influência da subjetividade da dor sobre os resultados. Os dados relacionados ao
grau (%) de redução da sintomatologia dolorosa e à quantidade (%) de contatos
iniciais sobre a placa oclusal no ato da instalação, em relação aos conseguidos após
o ajuste, foram analisados utilizando-se o teste t de student de amostras
independentes (não pareadas) para se verificar diferenças entre os dois grupos, MI e
RC.
Os testes estatísticos foram realizados a um nível de 5% de
significância.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Resultados
ResultadosResultados
Resultados
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
118
5 RESULTADOS
Os resultados estão dispostos em forma de tabelas. A Tabela 1
mostra as características dos pacientes quanto ao gênero e idade.
Tabela 1 – Idade e gênero dos pacientes
5.1 AMPLITUDE DE MOVIMENTOS MANDIBULARES
As análises estatísticas deste item foram realizadas avaliando-se os
valores obtidos antes e depois do tratamento. A presença de diferenças
estatisticamente significantes está indicada por asteriscos.
5.1.1 Método Direto
Os valores da amplitude dos movimentos mandibulares obtidos pelo
método direto estão dispostos na Tabela 2 (grupo I) e 3 (grupo II).
5.1.2 Método Indireto
Os valores da amplitude dos movimentos mandibulares obtidos pelo
método indireto estão dispostos na Tabela 4 (grupo I) e 5 (grupo II).
Pacientes Grupo I (MI) Grupo II (RC)
Gênero
Homem 3 1
Mulher 7 9
Idade (anos)
Média de Idade 23,9 23,8
Variação (13-39) (17–40)
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
119
Tabela 2 Amplitude dos movimentos mandibulares pelo todo direto
antes e depois do tratamento dos pacientes do grupo I
Pac. = paciente, MDIC = máxima distância interincisal confortável, MDI = máxima distância
interincisal, LD = lateralidade direita, LE = lateralidade esquerda, A = antes, D = depois, * =
estatisticamente significante a 5%.
Tabela 3 Amplitude dos movimentos mandibulares pelo método direto
antes e depois do tratamento dos pacientes do grupo II
Pac. = paciente, MDIC = máxima distância interincisal confortável, MDI = máxima distância
interincisal, LD = lateralidade direita, LE = lateralidade esquerda, A = antes, D = depois, * =
estatisticamente significante a 5%.
MDIC MDI Protrusão LD LE
Pac.
A D A D A D A D A D
1
48 49 51 50 7 6 10 12 8 11
2
47 57 57 57 8 9 11 11 10 11
3
45 42 47 46 5 6 9 9 7 8
4
55 53 56 50 5 7 3 3 2 5
5
44 46 49 50 2 8 4 7 8 11
6
63 63 66 66 6 8 11 11 11 10
7
39 43 48 50 7 7 10 10 11 11
8
52 53 58 60 4 5 9 9 10 9
9
40 44 44 46 5 6 9 10 9 10
10
35 53 55 55 8 7 10 13 10 12
Média
46,8 50,3 53,1 53 5,7 6,9 8,6 9,5 8,6 9,8*
MDIC MDI Protrusão LD LE
Pac
A D A D A D A D A D
1
46 46 52 52 3 3 8 9 6 7
2
57 63 62 63 4 4 9 11 9 11
3
51 53 60 61 7 8 9 11 9 11
4
49 50 51 51 4 5 10 10 7 9
5
37 38 39 38 3 3 9 9 7 8
6
33 40 51 50 4 4 10 10 10 10
7
65 71 65 74 10 12 15 15 14 15
8
36 50 50 55 4 6 4 9 9 10
9
51 53 55 56 4 5 10 11 9 11
10
37 38 47 45 6 6 7 10 10 10
Média
46,2 50,2* 53,2 54,5 4,9 5,6* 9,1 10,5*
9 10,2*
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
120
Tabela 4 Amplitude dos movimentos mandibulares pelo método
indireto antes e depois do tratamento dos pacientes do
grupo I
Pac. = paciente, MAB = máxima abertura bucal, LD = lateralidade direita, LE =
lateralidade esquerda, A = antes, D = depois, * = estatisticamente significante a 5%.
Tabela 5 Amplitude dos movimentos mandibulares pelo método
indireto antes e depois do tratamento dos pacientes do
grupo II
MAB Protrusão LD LE
Pac
A D A D A D A D
1
51,7 48,8 4,7 5,6 7,8 8,1 5,6 6,2
2
46,2 55,7 5,3 5,3 7,2 7,8 7,8 6,9
3
52 48,3 7,5 8,8 6,2 8,4 7,5 9,4
4
48,6 55,2 5,6 5,6 6,9 8,4 6,9 8,8
5
40,7 40,6 6,6 5,6 3,8 8,8 7,2 6,2
6
47,7 41,7 7,5 6,2 9,7 9,4 10 9,1
7
48,6 49,1 9,7 6,9 7,2 16,2 8,8 15,3
8
47,3 51,7 4,1 5,6 6,9 9,4 7,8 7,8
9
49,1 51,8 7,2 7,5 9,4 10,3 9,1 10,3
10
47,7 49,8 8,1 6,9 6,9 7,8 8,8 9,4
Média 47,99 49,27 6,63 6,4 7,2 9,46* 7,95 8,94
Pac. = paciente, MAB = máxima abertura bucal, LD = lateralidade direita, LE =
lateralidade esquerda, A = antes, D = depois, * = estatisticamente significante a 5%.
MAB Protrusão LD LE
Pac
A D A D A D A D
1
46,4 54,6 9,1 8,1 10,6 10,3 10 9,7
2
49,5 45,8 7,8 8,4 9,7 10,3 7,8 10,3
3
47,5 49,9 5,3 7,8 8,8 5,9 6,9 7,5
4
51,3 50,1 5,9 7,8 4,1 3,8 3,4 5,0
5
43,6 44,3 4,7 6,9 3,1 5,9 4,1 7,8
6
51,3 46 8,8 8,8 5,9 9,4 7,8 9,1
7
46,2 49,3 9,4 8,1 9,4 8,1 10 10
8
57,1 56,5 5,9 6,2 7,2 6,2 8,8 9,7
9
45 46,7 9,1 8,1 10 9,7 10 8,8
10
50,4 48,1 8,1 9,4 7,8 10 6,9 9,1
Média 48,83 49,13 7,41 7,96 7,66 7,96 7,57 8,7*
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
121
5.2 ELETROMIOGRAFIA
A atividade eletromiográfica durante o repouso, máximo apertamento
dentário e mastigação do lado direito e esquerdo, antes e depois do tratamento,
foram avaliados para cada um dos músculos masseter e temporal anterior do lado
direito e esquerdo no grupo I (Tabelas 6 a 9) e grupo II (Tabelas 10 a 13). As
análises estatísticas foram realizadas avaliando-se os valores obtidos antes e depois
do tratamento. A presença de diferenças estatisticamente significantes está indicada
por asteriscos.
Tabela 6 Atividade eletromiográfica em µV do músculo temporal anterior
direito durante repouso, ximo apertamento dentário e
mastigação do lado direito e esquerdo no grupo I, antes e
depois do tratamento
Pac. RA RD AA AD MDA MDD MEA MED
1
2,0 2,7 322,6 345 215,1 124 133,4 108,9
2
2,2 2,3 99,5 102,5 65,3 80,8 89,2 56,1
3
1,9 1,4 331,2 329,2 227,1 128,8 200,9 172,9
4
1,6 3,2 207,2 234,1 189,5 156 196,9 118,3
5
1,6 2,2 88 101,3 193,2 171,1 59,3 117,3
6
1,7 1,9 90,9 115,9 47,1 34,7 70,1 62,6
7
2,2 1,5 325,9 268,7 189,6 121,5 130,5 117,5
8
1,7 1,1 123,2 191,3 64,5 132,6 76,7 143,5
9
1,9 1,3 82,4 83,6 76,7 95,8 55,1 49,7
10
2,0 1,9 189,2 181,4 126,6 131,8 166,3 153,7
Média
1,88 1,95 186,01 195,3 139,47 117,71 117,84 110,05
RA = repouso antes, RD = repouso depois, AA = apertamento antes, AD = apertamento
depois, MDA = mastigação direita antes, MDD = mastigação direita depois, MEA =
mastigação esquerda antes, MED = mastigação esquerda depois.
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
122
Tabela 7 Atividade eletromiográfica em µV do músculo temporal anterior
esquerdo durante repouso, ximo apertamento dentário e
mastigação do lado direito e esquerdo no grupo I, antes e
depois do tratamento
Pac. RA RD AA AD MDA MDD MEA MED
1
1,9 2,1 232,2 289,6 117,9 110,3 128,1 134
2
1,3 1,4 123,1 130,7 81,6 86,7 115,3 80,5
3
2,1 1,6 285,6 252 194 93,7 173,3 100
4
2,0 2,8 152,3 129,1 138,6 107,1 111 107,6
5
1,7 2,3 94,7 141,1 108,6 98,5 101,8 148
6
1,0 1,3 75,5 108 42,1 48,4 49,1 47,1
7
1,2 1,3 267 294,4 87,5 147 132,4 175,5
8
2,6 2,7 112,2 185,2 71,3 89,8 50,9 70,2
9
1,2 1,8 54 92,4 33,4 47,4 92,8 80,5
10
1,7 1,2 104,8 133,3 72,9 110,1 72 140,1
Média
1,67 1,85 150,14 175,58* 94,79 93,9 102,67 108,35
RA = repouso antes, RD = repouso depois, AA = apertamento antes, AD = apertamento
depois, MDA = mastigação direita antes, MDD = mastigação direita depois, MEA =
mastigação esquerda antes, MED = mastigação esquerda depois, * = estatisticamente
significante a 5%.
Tabela 8 Atividade eletromiográfica em µV do músculo masseter direito
durante repouso, ximo apertamento dentário e mastigação
do lado direito e esquerdo no grupo I, antes e depois do
tratamento
Pac. RA RD AA AD MDA MDD MEA MED
1
2,2 1,8 261,6 331 141,3 155,3 112,9 103,6
2
1,6 1,0 115,1 123,7 166,2 126,3 57,3 37,6
3
1,4 1,4 368,4 330,7 184 206,4 115,2 73,7
4
1,2 1,2 157,5 154,8 162,7 93,3 138,8 108,1
5
1,3 1,8 67,8 120,1 166,7 146,8 24,9 102,3
6
1,1 1,5 149,5 144,3 57 61,3 48,5 38,9
7
1,4 1,8 318,7 331,6 130,5 163,8 117,2 132,8
8
2,2 1,5 141,6 143,8 90,2 50 60,4 79,4
9
1,8 1,3 96,8 98,9 100,9 101,1 38,8 34,4
10
1,7 1,4 102,2 68,8 106,5 114,8 35,8 67,8
Média
1,59 1,47 177,92 184,77 130,6 121,91 74,98 77,86
RA = repouso antes, RD = repouso depois, AA = apertamento antes, AD = apertamento
depois, MDA = mastigação direita antes, MDD = mastigação direita depois, MEA =
mastigação esquerda antes, MED = mastigação esquerda depois.
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
123
Tabela 9 Atividade eletromiográfica em µV do músculo masseter
esquerdo durante repouso, máximo apertamento dentário e
mastigação do lado direito e esquerdo no grupo I, antes e
depois do tratamento
Pac. RA RD AA AD MDA MDD MEA MED
1
1,3 2,1 215,2 289,3 113,6 86,4 130,1 151,3
2
1,3 1,4 190,1 158,1 90,6 50,3 194,7 216,2
3
2,2 2,0 355,1 403,4 149,9 101,7 170,4 194,8
4
1,0 0,9 161,7 146,7 92,3 97 157 109,9
5
1,4 2,9 58 125,3 25,8 41,1 41,4 229,2
6
1,3 1,7 124,1 123,1 49,2 35,9 71,3 67,2
7
1,1 1,5 284,8 232,2 124 124,8 265,6 127,8
8
1,8 1,3 169 170,1 124,5 52,2 131,1 83,7
9
2,2 1,0 68 54,4 26,2 13,2 123,7 64,0
10
1,3 1,1 98,4 84,9 68,6 52,9 108,3 135,3
Média
1,49 1,59 172,44 178,75 86,47 65,55* 139,36 137,94
RA = repouso antes, RD = repouso depois, AA = apertamento antes, AD = apertamento
depois, MDA = mastigação direita antes, MDD = mastigação direita depois, MEA =
mastigação esquerda antes, MED = mastigação esquerda depois, * = estatisticamente
significante a 5%.
Tabela 10 Atividade eletromiográfica em µV do músculo temporal
anterior direito durante repouso, ximo apertamento
dentário e mastigação do lado direito e esquerdo no grupo
II, antes e depois do tratamento
Pac. RA RD AA AD MDA MDD MEA MED
1
2,2 2,4 202,3 267,1 104,6 59,9 67,4 80,4
2
3,0 2,3 98,6 148,5 64,4 63,2 40,3 26,5
3
2,6 1,5 138,3 153,5 137,3 130,9 131,5 95,7
4
1,7 1,6 219,1 248,9 79,2 79,5 24 38,1
5
2,2 2,0 139 133,9 61,7 45,9 24 35,5
6
1,8 1,2 246,1 155 175,5 184,1 117,2 117,4
7
1,0 1,6 82,1 80,9 48 61,4 79,4 52
8
1,8 2,1 80,5 110,1 94,2 159,5 65,5 100,7
9
2,6 1,6 111,8 55,6 45,5 80,2 23,9 41,2
10
1,5 1,8 223,2 223,2 117,7 86,6 85,1 55
Média
2,04 1,81 154,1 157,67 92,81 95,12 65,83 64,25
RA = repouso antes, RD = repouso depois, AA = apertamento antes, AD = apertamento
depois, MDA = mastigação direita antes, MDD = mastigação direita depois, MEA =
mastigação esquerda antes, MED = mastigação esquerda depois.
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
124
Tabela 11 – Atividade eletromiográfica em µV do músculo temporal anterior
esquerdo durante repouso, máximo apertamento dentário e
mastigação do lado direito e esquerdo no grupo II, antes e
depois do tratamento
Pac. RA RD AA AD MDA MDD MEA MED
1
1,8 2,7 200,9 285 38,2 72,3 82,4 97,7
2
1,6 2,1 147,4 235,4 60,5 41,9 55,2 77,2
3
1,4 2,0 143,6 200,8 99,5 83,8 101,6 165,8
4
3,9 2,6 197,2 352,7 26 47,2 43,3 78,4
5
1,8 1,3 227,7 255,4 60,2 6,5 82,2 112,2
6
1,4 1,4 291,6 254,9 138,3 130 146,1 159,9
7
1,1 1,2 103 107,1 39,6 61,8 68,7 101
8
1,8 1,2 88,2 108,7 48,6 72,4 112,9 127,9
9
1,6 1,3 177,4 180,2 62,5 54 41,9 63,9
10
1,2 1,3 224,1 302,4 137,6 105,7 108,2 101,7
Média
1,76 1,71 180,11 228,26* 71,1 67,56 84,25 108,57*
RA = repouso antes, RD = repouso depois, AA = apertamento antes, AD = apertamento
depois, MDA = mastigação direita antes, MDD = mastigação direita depois, MEA =
mastigação esquerda antes, MED = mastigação esquerda depois, * = estatisticamente
significante a 5%.
Tabela 12 – Atividade eletromiográfica em µV do músculo masseter direito
durante repouso, máximo apertamento dentário e mastigação
do lado direito e esquerdo no grupo II, antes e depois do
tratamento
Pac. RA RD AA AD MDA MDD MEA MED
1
1,2 2,0 143,8 213 63 91,4 72,1 67,3
2
1,3 1,1 112,6 160,2 83,5 60,9 39,3 56
3
3,1 1,2 119,2 164,5 117,9 79,4 40,6 69,3
4
1,2 1,3 214,3 251,5 56,2 49,8 21,3 28,4
5
3,3 1,8 136,9 231,7 83,8 72,6 34,7 56,4
6
2,0 1,4 164,7 100 157,8 134,9 41,2 48,6
7
1,2 1,1 150,5 192,9 80,3 127,2 47 30,2
8
1,8 1,6 52 41,7 69,5 108,4 27,6 41,6
9
3,7 1,5 75,4 56,5 44,8 98,4 20,6 14
10
1,2 1,1 212,4 300,3 67 83,6 65,8 47,4
Média
2,0 1,41 138,18 171,23 82,38 90,66 41,02 45,92
RA = repouso antes, RD = repouso depois, AA = apertamento antes, AD = apertamento
depois, MDA = mastigação direita antes, MDD = mastigação direita depois, MEA =
mastigação esquerda antes, MED = mastigação esquerda depois.
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
125
Tabela 13 Atividade eletromiográfica em µV do músculo masseter
esquerdo durante repouso, máximo apertamento dentário e
mastigação do lado direito e esquerdo no grupo II, antes e
depois do tratamento
Pac. RA RD AA AD MDA MDD MEA MED
1
1,2 1,3 50,5 108,3 23,9 38,8 56,9 72,9
2
1,0 1,3 85,9 60,2 61,3 42,5 73,5 45,2
3
1,2 1,2 109,1 147,7 17,6 16,9 87,4 73,8
4
1,4 1,6 262,3 318,4 17,4 39,7 62,9 169,3
5
2,0 1,2 230,7 282,5 54,4 43,4 92,3 142,6
6
1,3 1,1 144,1 128 39,3 66,2 106,9 93,5
7
1,2 1,4 179,7 268,8 24,3 26,3 140,6 133,5
8
1,4 2,5 109,3 102,4 21,1 28 70,6 103,5
9
2,0 1,4 109,9 45,6 19 18,5 29,8 38,1
10
1,4 1,2 248,4 265,1 49,2 48,5 96,6 47,3
Média
1,41 1,42 152,99 172,7 32,75 36,88 81,75 91,97
RA = repouso antes, RD = repouso depois, AA = apertamento antes, AD = apertamento
depois, MDA = mastigação direita antes, MDD = mastigação direita depois, MEA =
mastigação esquerda antes, MED = mastigação esquerda depois.
5.3 SINTOMATOLOGIA DOLOROSA
A análise estatística desse item foi realizada comparando-se o grau
(%) de redução dos sintomas dor, freqüência e duração da dor entre o grupo I e o
grupo II (Tabela 14). O grau (%) de redução da dor à palpação dos músculos
temporais e masseteres também foi analisado da mesma forma, entre o grupo I e o
grupo II (Tabela 15). Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os
grupos em todos esses itens.
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
126
Tabela 14 Percentual de redução da intensidade, freqüência e duração dos
sintomas de dor e tempo da dor no grupo I (MI) e II (RC)
Intensidade
%R (EAV)
Freqüência
%R (dias/semana)
Duração
%R (horas/dia)
Tempo
(meses)
Pac.
MI RC MI
RC MI RC MI
RC
1
100
100 100
57,1 100 37,5 36
2
2
100
100 75
100 80 100 18
72
3
100
100 100
75 100 96,8 18
24
4
100
100 100
100 100 100 6
24
5
100
100 80
100 50 100 36
18
6
100
100 80
33,3 50 50 36
12
7
100
100 100
100 100 100 12
8
8
100
100 85,7
100 50 100 6
48
9
100
85,7 100
50 100 87,5 4
8
10
100
33,3 100
75 100 60 6
36
Média 100
91,9 92,07
79,04 83 83,18
17,8
25,2
Pac. = paciente, A = antes, D = depois, %R = percentual de redução, EAV = escala analógica
visual, MI = máxima intercuspidação, RC = relação central.
Tabela 15 Percentual de redução da dor à palpação nos músculos temporais e
masseteres direito e esquerdo no grupo I (MI) e II (RC)
Masseter
%R (EAV)
Temporal
%R (EAV)
Direito Esquerdo Direito Esquerdo
Pac.
MI
RC MI RC MI RC MI RC
1
84,3
72,2
78,3 72,2 100 83,1 94,7 68,2
2
100
89,2
88,8 91 100 100 90 94,3
3
63
94 49,3 93 100 100 100 100
4
100
100 100 100 87,5 100 100 100
5
80,5
72,2
77,1 47,6 93,6 100 94 100
6
77,9
57,1
85 54 100 74 100 43,3
7
100
100 100 100 100 100 100 100
8
71,4
60 71,4 61,1 88,3 70 83,3 76,9
9
89,6
84,1
100 87,7 100 100 100 100
10
100
55,2
100 74 100 87,7 100 67,9
Média 86,67
78,4
84,99
78,06 96,94
91,48
96,2 85,06
Pac. = paciente, A = antes, D = depois, %R = percentual de redução, EAV = escala analógica
visual, MI = máxima intercuspidação, RC = relação central.
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
127
5.4 OBSERVAÇÕES CLÍNICAS
Em relação ao número de contatos iniciais, a análise estatística foi
realizada comparando-se a porcentagem de dentes em contato antes do ajuste
oclusal em relação ao número de dentes em contato após o ajuste, entre o grupo I e
grupo II (Tabela 16). Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os
grupos.
Quando se observaram as dificuldades clínicas durante os ajustes
oclusais dos dois tipos de placas, houve semelhança entre as mesmas. A única
diferença clínica entre os grupos foi a confecção ou não do registro interoclusal,
sendo que no grupo II a necessidade de um registro demandou mais tempo clínico e
custos quando comparado ao grupo I.
Quanto ao período necessário para a estabilização dos contatos
oclusais, considerando-se a estabilidade oclusal sobre a placa quando nenhuma
alteração fosse requerida por 2 consultas consecutivas, pode-se observar que no
grupo I (Tabela 17), 4 pacientes obtiveram estabilidade no segundo controle, 3 no
terceiro, 1 no quarto, 1 no quinto e 1 no sexto controle. No grupo II (Tabela 18), 4
pacientes obtiveram estabilidade no segundo controle, 2 no terceiro, 2 no quarto e 2
pacientes não obtiveram estabilidade oclusal.
Entretanto, pode-se observar que 3 pacientes do grupo I e 2 do
grupo II mostraram instabilidade dos contatos após apresentarem estabilidade por
duas vezes consecutivas.
Em relação ao conforto das placas oclusais, somente houve queixa
de uma paciente (n° 10 do grupo II) que relatou que parecia que a placa “sufocava
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
128
um pouco”, já que respirava bastante pela boca. Contudo, os pacientes de ambos os
grupos relataram algumas experiências: 1) a oclusão sobre a placa havia alterado e
o paciente não sentia mais os contatos estabelecidos nos controles anteriores,
principalmente na região anterior da placa (Figura 24 e 25); 2) após remoção da
placa pela manhavia dificuldade de engrenamento dentário em MI; 3) com o uso
da placa havia maior percepção do apertamento sobre a mesma.
Tabela 16 Número de contatos iniciais sobre a placa no ato da
instalação no grupo I (MI) e II (RC)
MI
RC
Pac.
Instal. %C Instal. %C
1
10 (14) 71,4 2 (14) 14,2
2
5 (14) 35,7 7 (16) 43,7
3
5 (14) 35,7 5 (14) 35,7
4
9 (15) 60 10 (16) 62,5
5
10 (13) 76,9 8 (14) 57,1
6
5 (14) 35,7 8 (14) 57,1
7
2 (14) 14,2 2 (14) 14,2
8
9 (15) 60 11 (16) 68,7
9
5 (13) 38,4 3 (12) 25
10
4 (14) 28,5 6 (14) 42,8
Média 45,65 42,1
Pac. = paciente, Instal. = instalação. O primeiro indica a quantidade de de
dentes em contato antes do ajuste e o n° entre parê nteses indica a quantidade
de dentes em contato após o ajuste oclusal, %C = porcentagem de dentes em
contato antes do ajuste oclusal em relação ao número de dentes em contato
após o ajuste.
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
129
Tabela 17 Estabilidade ou instabilidade dos contatos oclusais no
decorrer dos 6 controles no grupo I
Pac. C1 C2 C3 C4 C5 C6
1
I I E E E E
2
I E E I I E
3
I E E I I I
4
E E E E E E
5
E E E E E E
6
I E E E I E
7
I E I I E E
8
E E E E E E
9
E E E E E E
10
I I I E E E
Pac. = paciente, C = controle, I = instabilidade dos contatos, E = estabilidade dos
contatos.
Tabela 18 Estabilidade ou instabilidade dos contatos oclusais no
decorrer dos 6 controles no grupo II
Pac. C1 C2 C3 C4 C5 C6
1
I I E E E E
2
I E E I E E
3
E E E E E E
4
E E E E E E
5
I I I E I E
6
E E E E I I
7
E E E E E E
8
I I I I I I
9
E I E E E E
10
I E E E E E
Pac. = paciente, C = controle, I = instabilidade dos contatos, E = estabilidade dos
contatos.
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
130
FIGURA 24 - Pontos de contato após ajuste da placa.
FIGURA 25 Padrão dos pontos de contato
observado nos controles periódicos
na maioria dos pacientes. Pode-se
observar a ausência de contatos
anteriores.
Resultados
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
131
5.5 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
As características psicológicas dos pacientes do grupo I e II estão
dispostas, respectivamente, nas Tabelas 19 e 20.
Tabela 19 Características psicológicas dos pacientes do grupo I. Níveis
de depressão, ansiedade e estresse (fase e predominância
de sintomas)
Pac. = paciente, BDI = nível de depressão pelo Inventário Beck de Depressão, BAI =
nível de ansiedade pelo Inventário Beck de Ansiedade, ISSL = nível de estresse pelo
Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp.
Tabela 20 Características psicológicas dos pacientes do grupo II. Níveis
de depressão, ansiedade e estresse (fase e predominância
de sintomas)
Pac. = paciente, BDI = nível de depressão pelo Inventário Beck de Depressão, BAI =
nível de ansiedade pelo Inventário Beck de Ansiedade, ISSL = nível de estresse pelo
Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp.
ISSL (Estresse)
Pac.
BDI
(Depressão)
BAI
(Ansiedade)
Fase
Predominância de
Sintomas
1
Mínimo Mínimo Resistência Psicológicos
2
Leve Grave Resistência Psicológicos
3
- Mínimo - -
4
Mínimo Mínimo Resistência Psicológicos
5
Leve Moderado Resistência Físicos
6
Mínimo Mínimo - -
7
Mínimo Mínimo - -
8
Mínimo Mínimo Resistência Psicológicos
9
Mínimo Leve Resistência Físicos
10
Leve Mínimo - -
ISSL (Estresse)
Pac.
BDI
(Depressão)
BAI
(Ansiedade)
Fase
Predominância de
Sintomas
1
Mínimo Mínimo - -
2
Mínimo Mínimo - -
3
Leve Moderado Resistência Psicológicos
4
Leve Leve Resistência Psicológicos
5
Mínimo Leve Resistência Físicos
6
Mínimo Mínimo - -
7
Leve Grave - -
8
Mínimo Leve Resistência Psicológicos
9
Mínimo Mínimo Resistência Psicológicos
10
Mínimo Mínimo - -
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
D iscussão
D iscussãoD iscussão
D iscussão
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
133
6 DISCUSSÃO
A maioria dos estudos utiliza a posição de RC como ponto de partida
na confecção de placas oclusais (AL QURAN; LYONS, 1999; ALVAREZ-ARENAL et
al., 2002; BADEL et al., 2004; BARKER, 2004; BERTRAM et al., 2001; CANAY et al.,
1998; CAPP; CLAYTON, 1985; CARLSON et al., 1993; DYLINA, 2001; EKBERG et
al., 1998, 2003; HIYAMA et al., 2003; HOLMGREN et al., 1993; KOVALESKI; DE
BOEVER, 1975; KUTTILA et al., 2002; MAGNUSSON et al., 2004; MARUYAMA et
al., 1984; OKESON et al., 1982, 1983; ROARK et al., 2003; RUBINOFF et al., 1987;
SUVINEN et al., 2003; YAP, 1998).
Entretanto, esse procedimento deve ser visto com cautela, pois a RC
foi definida para um aparelho estomatognático sadio. No caso das DTM, as
articulações e/ou os músculos estão comprometidos e a presença de dor pode
influenciar no estabelecimento de uma posição terapêutica (CALAGNA et al., 1973;
GILBOE, 1983; STEENKS et al., 2005). Além disso, tensão emocional ou física,
inabilidade do operador, técnica de registro e falta de condicionamento
neuromuscular são outros fatores a serem considerados (CALAGNA et al., 1973).
Estudos clínicos mostraram que a mandíbula tende a se reposicionar
no espaço após a terapia por placas diferindo da posição inicial do tratamento (RC).
Esse reposicionamento para uma posição de equilíbrio neuromuscular é
acompanhado pela redução dos sinais e sintomas de DTM, parecendo ser uma
posição mais fisiológica e balanceada dos sculos (CAPP; CLAYTON, 1985;
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
134
EKBERG et al., 1998; FU et al.; 2003; KOVALESKI; DE BOEVER, 1975, TORII;
CHIWATA; 2005).
O presente trabalho visou a confecção de placas oclusais
miorrelaxantes montando-se os modelos mandibulares em articulador em MI por
justaposição de modelos, visto que a posição neuromuscular parece se localizar
entre a RC e a MI (TRIPODAKIS et al., 1995). Diferenças clínicas em relação à
sintomatologia dolorosa, número de dentes em contato no ato da instalação,
dificuldades de ajuste e controles periódicos não foram observadas entre os dois
tipos de placa. Esses fatos viabilizaram a utilização da MI como ponto de referência
para a confecção de placas oclusais miorrelaxantes, que é uma técnica mais cil
e menos onerosa.
Contudo, um fator importante a ser enfatizado é que, no presente
trabalho, os pacientes selecionados não apresentavam grandes discrepâncias
oclusais bem como grandes diferenças entre RC e MIH. Além da estabilidade oclusal
necessária para a justaposição dos modelos maxilares e mandibulares, essa
diferença entre a RC e a MIH deve ser levada em consideração. Quando o paciente
apresenta grandes diferenças entre essas duas posições (3 a 4mm), a utilização da
RC pode ser mais favorável. Como exemplo, um paciente com falsa classe III
resultante de uma grande diferença entre RC e MIH pode apresentar estabilidade
oclusal, entretanto, o côndilo pode estar localizado inadequadamente, na crista da
eminência articular, e a mandíbula pode estar longe de sua posição de equilíbrio
neuromuscular.
Em relação à sintomatologia dolorosa, após a terapia por placas em
ambos os grupos, os resultados demonstraram concordância com os observados na
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
135
literatura com: 1) redução da intensidade dos sintomas de dor (EKBERG et al., 2003;
KUTTILA et al., 2002; MAGNUSSON et al., 2004; WAHLUND et al., 2003); 2)
redução da dor à palpação muscular (EKBERG et al., 2003; GAVISH et al., 2002;
KUTTILA et al., 2002; MAGNUSSON et al., 2004; OKESON et al., 1982, 1983;
RUBINOFF et al., 1987; YAP, 1998); 3) redução da freqüência e duração da dor
(EKBERG et al., 2003; MAGNUSSON et al., 2004; WAHLUND et al., 2003).
Entretanto, essa redução pode ocorrer independente do
relacionamento intermaxilar utilizado. Alguns trabalhos usaram placas palatais
controle, sem cobertura oclusal, não alterando o relacionamento intermaxilar
(EKBERG et al., 1998, 2003; GREENE; LASKIN, 1972; KUTTILA et al., 2002;
RAPHAEL et al., 2003; RUBINOFF et al.; 1987). Esses estudos indicam que as
mesmas também são efetivas, em menor grau, na melhora dos sintomas subjetivos,
como a dor durante o repouso. Contudo, a superioridade das placas com cobertura
oclusal total, nesses trabalhos, se ressalta em relação aos sinais clínicos de DTM,
principalmente na dor à palpação.
A ação desse tipo de placa sem cobertura oclusal se deve
teoricamente à consciência cognitiva em que a placa altera a posição da língua e o
volume oral e, portanto, aumenta a consciência do paciente de seus bitos orais
(RAPHAEL et al., 2003; RUBINOFF et al., 1987).
Apesar desse fator poder ter contribuído para a redução dos
sintomas subjetivos no presente estudo, outros fatores relacionados à presença da
cobertura oclusal parecem ter influenciado, que uma marcante redução na dor à
palpação também foi verificada em todos os pacientes de ambos os grupos.
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
136
No presente estudo, a amplitude de movimentos mandibulares foi
mensurada utilizando-se dois métodos. O primeiro método, o mais rotineiro no
exame clínico, foi a mensuração direta com uma régua milimetrada. O segundo foi
por meio de um método indireto (eletrognatografia), utilizando-se um magneto
posicionado nos incisivos mandibulares, cujo movimento era captado por um sensor
que enviava as informações para o computador onde os movimentos foram
analisados.
Em relação à abertura bucal, houve duas mensurações pelo método
direto (MDIC e MDI) e uma pelo método indireto (MAB). Não houve alterações
significantes na MDI e na MAB depois do tratamento em ambos os grupos,
confirmando os trabalhos de Okeson et al. (1982) e Rubinoff et al. (1987) e
contrariando os achados de Okeson et al. (1983), Ekberg et al. (2003) e Wahlund et
al. (2003).
A MDIC aumentou após a terapia nos dois grupos, porém foi
significante somente no grupo II. Esse resultado pode ter ocorrido pela subjetividade
do termo “confortável” que pode ter influenciado durante a abertura bucal.
Entretanto, também pode ser indicativo de sucesso da terapia. Nos estudos de
Okeson et al. (1982) e Okeson et al. (1983), houve aumento significante da MDIC e
os mesmos autores relataram que a MDIC é diretamente relacionada à dor muscular
e articular e, portanto, pode ser usada como uma medida confiável para avaliar
mudanças nos sintomas dos pacientes. A máxima distância interincisal, por outro
lado, pode não ser uma medida confiável de alteração dos sintomas (OKESON et
al., 1982).
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
137
A análise direta da protrusão e lateralidade revelaram que na
protrusão e lateralidade direita, houve aumento em ambos os grupos, mas com
significância de 5% apenas no grupo II. Na lateralidade direita, houve aumento
significante nos dois grupos. Em relação ao método indireto, houve aumento
estatisticamente significante após a terapia quando se observou a lateralidade direita
no grupo II e lateralidade esquerda no grupo I.
Os resultados demonstraram algumas diferenças na amplitude de
movimentos mandibulares entre os grupos. Entretanto, este fator parece não ter sido
de peso para verificação do sucesso do tratamento. Apesar de ser um sinal
interessante no diagnóstico das DTM, os valores iniciais não caracterizaram uma
limitação de movimentos e, também, a limitação não foi relatada como queixa
principal por nenhum paciente.
Segundo Okeson (2000), a limitação de abertura bucal é
caracterizada por valores inferiores a 40mm e a limitação na lateralidade é
caracterizada por valores menores que 8mm. Além disso, deve se levar em
consideração, quando se avalia a amplitude de movimentos, a idade e o tamanho
corporal dos pacientes. No presente trabalho, apenas uma paciente apresentou
abertura máxima inferior à 40mm, sendo de 39mm, muito próximo ao valor médio de
normalidade. Esses resultados estão de acordo com os trabalhos de Ekberg et al.
(2003) e Fu et al. (2003). No primeiro, só 10% de todos os pacientes tiveram
capacidade de abertura menor que 40mm em pacientes com dores de origem
muscular. No segundo, dos treze pacientes diagnosticados com dor miofascial, em
nenhum houve limitação de abertura bucal. Tsolka et al. (1994) mostraram que não
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
138
houve diferenças entre pacientes sintomáticos e assintomáticos na máxima abertura
bucal e máximo movimento antero-posterior.
Em relação às diferenças entre o método direto e indireto de
avaliação da amplitude dos movimentos mandibulares, somente houve discordância
entre os dois métodos quando se avaliou a protrusão e lateralidade esquerda no
grupo II, sendo que o método direto indicou aumento estatisticamente significante
desses quesitos e o método indireto não revelou diferença estatística após a terapia.
Entretanto, houve concordância de resultados na maioria dos casos, indicando que
ambos os métodos são semelhantes apesar da maior sensibilidade do método
indireto, que pode ter sido o fator responsável por essas disparidades observadas.
Além disso, no todo direto, não se levaram em conta os trespasses vertical e
horizontal.
muitos estudos prévios que mostraram a efetividade da placa
oclusal na redução da atividade elétrica muscular durante máximo apertamento em
relação ao apertamento em MI (AL QURAN; LYONS, 1999; CARLSON et al., 1993;
FERRARIO et al., 2002; ROARK et al., 2003). Outros avaliaram seu efeito sobre a
atividade parafuncional noturna, mostrando que há uma redução da atividade
elétrica dos músculos e dos eventos de bruxismo (HIYAMA et al., 2003; OKKERSE
et al., 2002). Essa diminuição da atividade mediante a colocação das placas pode
ocorrer devido a alterações na informação sensorial dos receptores periféricos das
ATM, dos músculos, dos ligamentos periodontais, da língua, dos lábios e da mucosa
oral (AL QURAN; LYONS, 1999). No estudo de Kovaleski e De Boever (1975), a
EMG mostrou uma hiperatividade do músculo temporal posterior em pacientes com
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
139
DTM. A resposta imediata dos músculos mastigatórios à inserção da placa oclusal
foi uma diminuição na atividade elétrica no repouso.
No presente estudo, a atividade eletromiográfica dos sculos
masseteres e temporais anteriores foi avaliada sem a interposição da placa oclusal
entre os dentes maxilares e mandibulares, com a finalidade de se verificar se haveria
uma permanente alteração na atividade muscular resultante do tratamento. Dessa
forma, a atividade muscular foi observada durante o repouso, máximo apertamento
dentário e mastigação direita e esquerda. Não foram encontradas diferenças
significantes entre a atividade eletromiográfica de repouso antes e após a terapia em
ambos os grupos. Esse fato demonstra que se a placa reduz a atividade elétrica
muscular, essa redução parece não ser permanente.
Poderia se esperar que pacientes com dores musculares, por
hiperatividade muscular, teriam uma atividade eletromiográfica maior que pacientes
assintomáticos. No entanto, se houvesse diferenças devido à sintomatologia
dolorosa, a atividade eletromiográfica deveria reduzir com o tratamento. Se isso
ocorre, parece ser durante o estado de estresse e o no repouso (MAJEWSKI;
GALE, 1984). Essas observações corroboram os estudos de Suvinen et al. (2003) e
Majewski e Gale (1984) que não observaram diferenças nas atividades
eletromiográficas entre pacientes sintomáticos e assintomáticos durante o repouso.
Em contrapartida, Tsolka et al. (1994) encontrou que a atividade de repouso nos
músculos temporais anteriores e masseteres foi significantemente maior nos
pacientes com DTM que nos controles. Entretanto, não houve diferença significante
entre os grupos em relação ao máximo apertamento dentário.
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
140
No presente estudo, houve um aumento significante da atividade
elétrica, no máximo apertamento dentário, somente dos músculos temporais
esquerdos em ambos os grupos. Esse fato pode ter ocorrido por dois motivos
principais. O primeiro é relacionado à melhoria da estado fisiológico desse músculo
com o tratamento que possibilitou uma maior potência quando requerido. O segundo
é relacionado à subjetividade do termo “máximo apertamento” para o paciente que
pode variar de acordo com seu limiar de tolerância no momento da avaliação.
Na mastigação, houve diminuição significante da atividade
eletromiográfica no músculo masseter esquerdo durante mastigação direita no grupo
I e aumento significante no músculo temporal esquerdo durante mastigação
esquerda no grupo II. Da mesma forma, sugere-se que a subjetividade do teste pode
ter influenciado nos resultados.
Contudo, se subjetividade, esperar-se-ia que todos os músculos
se alterassem em conjunto, que as análises dos traçados eletromiográficos foram
realizadas num mesmo momento. Dessa forma, somado a esse fator subjetivo, pode
estar ocorrendo um balanceamento entre os músculos mastigatórios resultante do
tratamento (FERRARIO et al., 2002; LANDULPHO et al., 2004).
Esses achados estão parcialmente de acordo com os estudos de
Canay et al. (1998), Turcio et al. (2002) e Landulpho et al. (2004). No primeiro, não
houve qualquer alteração da atividade elétrica dos músculos masseteres e temporais
anteriores antes e após o tratamento durante ximo apertamento. No segundo, os
resultados mostraram que as atividades eletromiográficas dos músculos masseteres
e temporais anteriores no repouso, mastigação e máximo apertamento dentário não
apresentaram diferenças significantes após o tratamento. No terceiro, somente os
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
141
temporais anteriores reduziram, significantemente, a atividade elétrica no repouso
após o tratamento, apesar da remissão total dos sintomas iniciais.
Independente do tipo de placa utilizado, durante os controles
periódicos da terapia, os pacientes relataram algumas experiências: 1) a oclusão
sobre a placa havia alterado e o paciente não sentia mais os contatos estabelecidos
nos controles anteriores, principalmente na região anterior da placa; 2) após
remoção da placa pela manhã havia dificuldade de engrenamento dentário em MI; 3)
com o uso da placa havia maior percepção do apertamento sobre a mesma.
Quanto ao primeiro item, no presente estudo houve um
reposicionamento mandibular e, paralelamente, uma melhora da sintomatologia
dolorosa em ambos os grupos. Esses resultados corroboram os trabalhos de Ekberg
et al. (1998), Capp e Clayton (1985), Kovaleski e De Boever (1975) e Fu et al. (2003)
e podem ser explicados pela teoria do realinhamento maxilomandibular. Esse fato
sugere que nem a posição de MI nem a RC obtida nos pacientes sintomáticos o
posições de equilíbrio neuromuscular, quando a mandíbula se posiciona mais
fisiologicamente e há redução dos sintomas.
O padrão de alteração do posicionamento mandibular após o uso da
placa não foi o objetivo deste trabalho. Entretanto, observou-se que na maioria dos
casos, a alteração dos contatos sobre a placa mostrou ausência de contatos
anteriores nos controles periódicos, sugerindo uma retrusão mandibular. Esse fato
pode ter ocorrido devido a um relaxamento dos sculos pterigóideos laterais
inferiores, responsáveis pelos movimentos anteriores dos côndilos.
No entanto, na literatura esse reposicionamento mandibular ainda
não foi bem elucidado. No estudo de Capp e Clayton (1985), os pacientes relataram
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
142
que a oclusão foi estável sobre a placa durante 5 a 6 dias somente. A oclusão sobre
a placa, então, parecia mudar e seus sintomas retornaram gradualmente até que a
oclusão fosse reajustada. Isso indica a necessidade de reajustes da placa para
acomodar as alterações oclusais que resultam do relaxamento muscular e
reposicionamento mandibular. Segundo esses autores, o côndilo do lado afetado
pareceu ser reposicionado posteriormente e superiormente em pacientes com
problemas musculares e/ou articulares. Esses resultados estão em contraste aos de
Kovaleski e De Boever (1975) que mensuraram o reposicionamento mandibular em
pacientes com problemas articulares e musculares, concluindo que a mesma
geralmente se movia em direção ao lado afetado e anteriormente. Somente um dos
pacientes movimentou a mandíbula distalmente sobre a placa oclusal após um mês.
Ekberg et al. (1998) também observaram, em muitos casos, uma alteração bilateral
ou unilateral em direção anterior após resolução de problemas articulares. No
trabalho de Fu et al. (2003), o realinhamento maxilomandibular após o uso da placa
tendeu em direção a posição de alinhamento dos freios maxilares e mandibulares. O
côndilo do lado do oposto à migração mandibular, após o tratamento, posicionou-se
para baixo e para frente. Segundo os autores, a tendência de alinhamento dos freios
e a mudança da posição condilar sugerem que a posição neuromuscular é uma
posição mais avançada na fossa articular. No estudo de Torii e Chiwata (2005), uma
direção especifica do posicionamento mandibular na posição de equilíbrio
neuromuscular não foi observada.
É difícil determinar, clinicamente, quando o paciente alcança o
equilíbrio neuromuscular sobre a placa e os ajustes devem ser encerrados. No
estudo de Rubinoff et al. (1987), as placas foram ajustadas semanalmente. Os
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
143
ajustes de cada placa continuaram até que nenhuma alteração fosse requerida por 2
consultas consecutivas, após controles semanais por até 6 semanas. No atual
estudo, o equilíbrio neuromuscular foi considerado da mesma maneira que no
estudo de Rubinoff et al. (1987). Entretanto, os ajustes oclusais foram checados
semanalmente no primeiro mês e uma vez ao mês no segundo e terceiro mês. Pôde
se observar que, em alguns pacientes (3 do grupo I e 2 do grupo II), esse critério
pode o ter grande valia já que houve flutuação da estabilidade dos contatos sobre
a placa, mesmo após a estabilização por duas consultas consecutivas. Além disso, 2
pacientes do grupo II não obtiveram estabilidade oclusal segundo o requisito de
Rubinoff et al. (1987) após os 6 controles. Esses achados podem ser explicados por
dois fatores. O primeiro é relacionado à variação normal do arco de fechamento.
Berry e Singh (1983) observaram que uma variação normal no número de
contatos oclusais que ocorre durante o dia. Segundo os autores, isso depende do
estado físico da musculatura que pode variar com estresse físico e mental. O
segundo fator, intimamente ligado ao primeiro, seria a presença da sensibilidade ou
dor à palpação que não foi eliminada totalmente nesses pacientes após os 3 meses
de terapia. A presença dessa sensibilidade remanescente demonstra um certo grau
de alteração no estado físico da musculatura, que pode resultar em instabilidade do
arco de fechamento mandibular.
A falta de engrenamento dentário ao remover a placa pela manhã é
um dado que está de acordo com o estudo de Singh e Berry (1985) no qual quase
todos os pacientes declararam que os dentes não “se encontravam bem” ou que
poucos dentes encontravam-se antes que outros após o uso de placas resilientes.
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
144
Segundo esses autores, os sculos mandibulares readaptam-se fisiologicamente
quando a oclusão se altera.
Entretanto, esses achados vão de encontro com os resultados de
Pereira e Conti (2001) que observaram um aumento do número de contatos oclusais
após a terapia por placas. Essa diferença é provavelmente devido ao método de
obtenção dessas informações. No estudo de Singh e Berry (1985), o registro dos
contatos oclusais foi obtido imediatamente após o uso das placas por 3, 5 e 7 horas,
enquanto que no estudo de Pereira e Conti (2001) os contatos não foram
verificados, aparentemente, de forma imediata à remoção da placa. No presente
estudo, os relatos de falta de engrenamento dentário foram feitos a partir da
observação do período imediato a remoção da placa, sendo que aos poucos os
pacientes relataram que foram readquirindo o engrenamento em MIH. Essa
diferença entre o momento imediato ou mediato se deve ao fato de que, com a placa
oclusal, o paciente não possui influência dos fatores oclusais. Assim, o mesmo pode
posicionar sua mandíbula em uma posição mais balanceada e fisiológica dos
músculos e promover um arco de fechamento diferente do arco em MIH
(MARUYAMA et al., 1984). Entretanto, em um curto período de tempo, o paciente vai
readquirindo o arco de fechamento em MIH, devido à influência de engramas
associados com a proteção das estruturas dentárias (DAWSON, 1993).
A maior percepção do apertamento pelo uso da placa pode ser
explicada pela teoria da percepção cognitiva, no qual a placa aumenta a consciência
dos pacientes quanto a seus hábitos parafuncionais. Dessa forma, parece que a
cobertura oclusal e o contato dentário sobre a mesma são fatores importantes que,
somados àqueles pelos quais atuam as placas sem cobertura oclusal (alteração da
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
145
posição da língua e do volume oral), fornecem consciência ao paciente (RAPHAEL
et al., 2003; RUBINOFF et al.; 1987).
Em relação às características dos pacientes, no presente estudo os
participantes foram predominantemente do sexo feminino. Isso está em acordo com
outros estudos realizados em pacientes sintomáticos (BERTRAM et al., 2001, 2002;
CANAY et al., 1998; CARLSON et al., 1993; EKBERG et al., 1998, 2003; FERRARIO
et al., 2002; FU et al., 2003; GAVISH et al., 2002; HOLMGREN et al., 1993;
KOVALESKI; DE BOEVER, 1975; KUTTILA et al., 2002; LANDULPHO et al., 2004;
OKESON et al., 1982, 1983; RAPHAEL et al., 2003; RUBINOFF et al., 1987;
STIESCH-SCHOLZ et al., 2005; SUVINEN et al., 2003; TORII; CHIWATA, 2005;
WAHLUND et al., 2003; WILLIS, 1995; YAP, 1998). Além disso, como no estudo de
Greene e Laskin (1972), os sintomas dos pacientes variaram largamente com
respeito ao início, duração e freqüência. No entanto, os resultados foram bastante
favoráveis mesmo havendo essas diferenças. Esses resultados corroboram o
trabalho de Okeson et al. (1982) que não encontraram diferenças na resposta ao
tratamento entre pacientes agudos, com sintomas há 6 meses ou menos, e crônicos,
com sintomas há mais de 6 meses.
No presente estudo, a grande maioria (75%) dos pacientes
apresentava suas queixas de dor mais de 6 meses. Esses achados estão de
acordo com Suvinen et al. (2003) e Okeson et al. (1982) que observaram que a
maioria de seus pacientes apresentava seus sintomas de DTM há mais de 6 meses.
Outro fator que poderia influenciar no sucesso da terapia é o período
de utilização da placa, somente noturno ou durante 24 horas. Entretanto, esse
parece não ser um fator preponderante no sucesso do tratamento e o uso noturno
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
146
tem se mostrado suficiente (EKBERG et al., 2003). Alguns estudos avaliaram a
utilização da placa durante 24 horas, sendo removidas apenas para alimentação e
higienização (ALVAREZ-ARENAL et al., 2002; CANAY et al., 1998; CAPP;
CLAYTON, 1985; FERRARIO et al., 2002; FU et al., 2003; GREENE; LASKIN, 1972;
OKESON et al., 1982, 1983; OKKERSE et al., 2002; RUBINOFF et al., 1987;
STIESCH-SCHOLZ et al., 2005; TECCO et al., 2004; WILLIS, 1995), e outros
somente durante a noite (BERTRAM et al., 2001; EKBERG et al., 1998, 2003;
GAVISH et al., 2002; HOLMGREN et al., 1993; SUVINEN et al., 2003; VAN DER
ZAAG et al., 2005; WAHLUND et al., 2003; YAP, 1998;). Em ambos os casos houve
eficácia do tratamento. No presente estudo, os pacientes foram instruídos a usar a
placa durante a noite, mas se sentissem necessidade, poderiam usar também
durante o dia. Apenas 1 paciente do grupo I e 2 do grupo II utilizaram a placa
algumas vezes durante o dia, quando sentiram dor.
O sucesso ou falha da terapia com placa oclusal depende da
cooperação do paciente. Como a terapia por placa oclusal é reversível, é efetiva
enquanto o paciente estiver usando (OKESON, 2000). No entanto, a melhora dos
sinais e sintomas não é necessariamente devido ao específico tratamento
terapêutico. A remissão espontânea, flutuação natural da condição e o efeito
placebo podem contribuir para um controle de tratamento positivo (EKBERG et al.,
2003; KUTTILA et al., 2002; OKESON et al., 1982; WILLIS, 1995).
Muitos efeitos psicológicos sutis podem ser exercidos pela placa.
Esses incluem alteração dos padrões neuromusculares habituais dentro dos
músculos mastigatórios e a ocupação do espaço da língua disponível que produz um
reflexo da posição de repouso mandibular. Essa combinação de efeitos físicos e
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
147
psicológicos obviamente contribui significantemente (GREENE; LASKIN, 1972).
Além disso, fatores como ansiedade, estresse e depressão podem estar associados
à presença de sinais e sintomas de DTM (RANTALA et al., 2003; SIPILÄ et al. 2001;
STEED, 1998; WEXLER; STEED, 1998; WILLIS, 1995).
Estudos têm mostrado a relação positiva entre a presença de fatores
psicológicos e DTM (BARKER, 2004; RANTALA et al., 2003; SIPILÄ et al., 2001;
STEED, 1998; WEXLER; STEED, 1998; WILLIS, 1995). No presente estudo, ambos
os grupos foram semelhantes no que diz respeito às características psicológicas dos
pacientes em relação a fatores como depressão, ansiedade e estresse. Pôde-se
observar que todos os pacientes apresentaram algum nível de depressão,
ansiedade ou estresse, ou os três fatores combinados, assim como observado na
literatura. Entretanto, esses fatores parecem o ter influência no grau de melhora
dos sintomas, não influenciando no tratamento (BARKER, 2004; STEED, 1998;
WEXLER; STEED, 1998). Por outro lado, tem se discutido também se esses fatores
não podem ser considerados conseqüências da dor crônica e não somente fatores
etiológicos da DTM (SIPILÄ et al., 2001; WILLIS, 1995).
Dessa forma, o período de avaliação do tratamento pode ser
importante, pois existe a possibilidade do efeito placebo atuar na estabilização do
estado emocional do paciente e influenciar nos resultados a curto prazo. Na
literatura, o período de avaliação variou de estudo para estudo sendo de 2 semanas
(GREENE; LASKIN, 1972), 4 semanas (FERRARIO et al., 2002; FU et al., 2003;
OKESON et al., 1982, 1983; PEREIRA; CONTI, 2001), 6 semanas (CANAY et al.,
1998; RAPHAEL et al., 2003; RUBINOFF et al., 1987) a meses de avaliação
(BERTRAM et al., 2001; CAPP; CLAYTON, 1985; EKBERG et al., 1998, 2003;
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
148
HOLMGREN et al., 1993; SUVINEN et al., 2003; TECCO et al., 2004; YAP, 1998;).
Pereira e Conti (2001) discutem se o tempo de avaliação de 30 dias é suficiente para
a análise, pois, normalmente, melhoras significantes são obtidas após 2 ou 3 meses
de tratamento. Ekberg et al. (1998) e Ekberg et al. (2003) avaliaram os pacientes por
10 semanas. Porém, os mesmos relataram que a DTM tende ser uma condição
crônica e recorrente e, portanto, o tratamento não pode ser avaliado após 10
semanas somente.
Holmgren et al. (1993) avaliaram os pacientes por 6 meses e
observaram que os sinais e sintomas de DTM nesses pacientes oscilaram dia a dia e
de período em período, e melhoraram sucessivamente ou foram eliminados com o
uso da placa. Quando os pacientes cujos sinais e sintomas haviam melhorado pelo
tratamento (78%) suspenderam o uso da placa, os sinais e sintomas flutuantes de
DTM recorreram em 80% dos mesmos dentro de 4 semanas. No presente estudo,
durante os 3 meses de avaliação, a flutuação dos sintomas também ocorreu mesmo
com o uso da placa. Além disso, os sintomas pioravam em períodos de tensão e
estresse físico ou emocional segundo os relatos dos pacientes. Dessa forma,
evidencia-se a importância em se mensurar além da intensidade da dor, a freqüência
e a duração em que a mesma ocorre.
Sugere-se, então, que a placa foi primariamente responsável pela
mudança dos sintomas, pois houve redução da intensidade, freqüência e a duração
da dor após um tempo considerável de 3 meses.
Os métodos de avaliação da dor e a interpretação da mesma pelo
paciente também devem ser levados em consideração nos trabalhos clínicos.
Segundo Okeson et al. (1982), pouco é conhecido sobre se as respostas subjetivas
Discussão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
149
do paciente refletem precisamente a dor muscular e a sensibilidade dolorosa. Alguns
trabalhos utilizaram todos subjetivos de avaliação de dor por meio de
questionários e escalas analógicas visuais de “0” a “10”, em que o paciente relata o
número que melhor representa sua dor no momento (EKBERG et al., 2003; FU et al.,
2003; GAVISH et al., 2002; KUTTILA et al., 2002; PEREIRA; CONTI, 2001; TURCIO
et al. 2002; WAHLUND et al., 2003). Outros, utilizaram todos ditos objetivos com
uma escala de “0a “3” que avalia a resposta apresentada pelos pacientes frente à
estimulação da dor (KUTTILA et al., 2002; OKESON et al., 1982, 1983; RUBINOFF
et al., 1987). Nesse caso, um valor de “0” é registrado se o paciente não apresenta
nenhuma dor ou sensibilidade à palpação; “1” se o paciente tiver uma sensibilidade
suave durante a palpação; “2” se o paciente sentir desconforto ou dor durante a
palpação com movimento facial como reflexo palpebral; e “3” se o paciente mostrar-
se evasivo ou tiver lacrimejamento ou verbalizar o desejo de o ter a área palpada
por causa da dor. Porém, quando tratamos de mensuração de dor, é difícil não haver
subjetividade. Dessa forma, é difícil se quantificar a dor em números e portanto,
difícil de se avaliar precisamente a influência do tratamento, já que inúmeros fatores
podem estar envolvidos na sensibilidade dolorosa do paciente. No presente estudo,
foi utilizada a escala analógica visual de “0” a “10”, tanto com o paciente em repouso
(sintoma) quanto após palpação muscular (sinal). A mesma escala foi utilizada
durante a palpação muscular para facilitar a avaliação e por se tratar de um método
mais sensível a alterações na sensibilidade do paciente que a escala de “0” a “3”,
pela presença de uma maior graduação (0-10).
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Conclusão
ConclusãoConclusão
Conclusão
Conclusão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
151
7 CONCLUSÃO
Com base na metodologia empregada, amostra avaliada e
resultados obtidos neste estudo, pôde-se concluir que a efetividade dos dois tipos de
placa foi bastante semelhante, sendo que:
1. Em relação à amplitude dos movimentos mandibulares, os dois grupos foram
similares na análise indireta, com um aumento significante da lateralidade
esquerda no grupo I e da lateralidade direita no grupo II. Na análise direta, o
grupo II apresentou aumento significante da MDIC, protrusão e lateralidade
direita e esquerda, enquanto o grupo I apenas apresentou aumento
significante da lateralidade esquerda;
2. Não houve diferenças entre a atividade eletromiográfica no repouso antes e
depois do tratamento em ambos os grupos. No máximo apertamento dentário,
houve aumento significante da atividade eletromiográfica dos músculos
temporais anteriores esquerdos em ambos os grupos. Na mastigação, houve
dimnuição significante da atividade elétrica do músculo masseter esquerdo
durante mastigação direita no grupo I, e aumento significante da atividade
elétrica dos músculos temporais esquerdos durante mastigação esquerda no
grupo II;
3. Em ambos os grupos, houve marcante redução da: a) intensidade dos
sintomas de dor; b) dor à palpação muscular; c) freqüência da dor; e d)
duração da dor. Não houve diferença entre os grupos.
Conclusão
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
152
4. Clinicamente, observou-se que: a) não houve diferenças significantes entre a
quantidade de contatos oclusais presentes no ato da instalação entre os dois
grupos; b) não houve diferenças aparentes em relação à dificuldade de ajuste
entre os dois tipos de placa; c) houve um reposicionamento mandibular na
maioria dos pacientes após o uso de ambas as placas; d) o período para a
estabilização dos contatos variou de paciente para paciente, porém houve
semelhança entre os grupos;
5. A confecção de placas oclusais a partir da MI (quando estabilidade oclusal
e pequenas diferenças entre RC e MIH) demonstrou ser uma técnica mais
fácil e menos onerosa que a utilização da RC, e com níveis de eficácia
semelhantes.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Referências
ReferênciasReferências
Referências
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
154
REFERÊNCIAS
AL QURAN, F. A. M.; LYONS, M. F. The immediate effect of hard and soft splints on
the EMG activity of the masseter and temporalis muscles. J. Oral Rehabil., Oxford,
v.26, n.7, p.559-563, Jul. 1999.
ALVAREZ-ARENAL, A.; JUNQUERA, L. M.; FERNÁNDEZ, J. P.; GONZÁLEZ, I.;
OLAY, S. Effect of occlusal splint and transcutaneous electric nerve stimulation on
the signs and symptoms of temporomandibular disorders in patients with bruxism. J.
Oral Rehabil., Oxford, v.29, n.9, p.858-863, Sep. 2002.
BADEL, T.; KRALJEVIÇ, S.; PANDURIÇ, J.; MAROTTI, M. Preprosthetic therapy
utilizing a temporary occlusal acrylic splint: a case report. Quintessence Int., Berlin,
v.35, n.5, p.401-405, May 2004.
BARKER, D. K. Occlusal interferences and temporomandibular dysfunction. Gen.
Dent., Chicago, v.52, n.1, p.56-61, Jan./Feb. 2004.
BECKER, C. M.; KAISER, D. A.; SCHWALM, C. Mandibular centricity: centric
relation. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.83, n.2, p.158-160, Feb. 2000.
BERRY, D. C.; SINGH, B. P. Daily variations in oclusal contacts. J. Prosthet. Dent.,
St. Louis, v.50, n.3, p.386-391, Sep. 1983.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
155
BERTRAM, S.; RUDISCH, A.; BODNER, G.; EMSHOFF, R. Effect of stabilization-
type splints on the asymmetry of masseter muscle sites during maximal clenching. J.
Oral Rehabil., Oxford, v.29, n.5, p.447-451, May 2002.
BERTRAM, S.; RUDISCH, A.; BODNER, G.; EMSHOFF, R. The short-term effect of
stabilization-type splints on the local asymmetry of masseter muscle sites. J. Oral
Rehabil., Oxford, v.28, n.12, p.1139-1143, Dec. 2001.
BEZZON, O. L.; ORSI, I. A. An interocclusal record made of a combination of wax
and acrylic resin. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.72, n.3, p.334-336, Sep. 1994.
BISSASU, M. Use of the tongue for recording centric relation for edentulous patients.
J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.82, n.3, p.369-370, Sep. 1999.
BRILL, N.; LAMMIE, G. A.; OSBORNE, J.; PERRY, H. T. Mandibular positions and
mandibular movements: a review. Brit. Dent. J., London, v. 106, n. 16, p. 391-
400, Jun. 1959.
CALAGNA, L. J.; SILVERMAN, S. I.; GARFINKEL, L. Influence of neuromuscular
conditioning on centric relation registrations. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.30, n.4,
p.598-604, Oct. 1973.
CANAY, S.; CINDAŞ, A.; UZUN, G.; HERSEK, N.; KUTSAL, G. Effect of muscle
relaxation splint therapy on the electromyographic activities of masseter and anterior
temporalis muscles. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod., St.
Louis, v.85, n.6, 674-679, Jun. 1998.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
156
CAPP, N. J.; CLAYTON, J. A. A technique for evaluation of centric relation tooth
contacts. Part II: following use of an occlusal splint for treatment of
temporomandibular joint dysfunction. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.54, n.5, p.697-
705, Nov. 1985.
CARLSON, N.; MOLINE, D.; HUBER, L.; JACOBSON, J. Comparison of muscle
activity between conventional and neuromuscular splints. J. Prosthet. Dent., St.
Louis, v.70, n.1, p.39-43, Jul. 1993.
CARR, A. B.; DONEGAN, S. J.; CHRISTENSEN, L. V.; ZIEBERT, G. J. An
electrognathographic study of aspects of “deprogramming” of human.jaw muscles. J.
Oral Rehabil., Oxford, v.18, n.2, p.143-148, Mar. 1991.
CELENZA, F. V. The centric position: replacement and character. J. Prosthet. Dent.,
St. Louis, v.30, n.4, p.591-598, Oct. 1973.
CELENZA, F. V. The theory and clinical management of centric positions: II. Centric
relation and centric relation occlusion. Int. J. Periodontics Restorative Dent.,
Chicago, v.4, n.6, p.62-86, 1984.
CLARK, G. T. A critical evaluation of orthopedic interocclusal appliance therapy:
design, theory, and overall effectiveness. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v.108, n.3,
p.359-364, Mar. 1984.
CONTI, P. C. R. Patologias oclusais e disfunções craniomandibulares:
considerações relacionadas à prótese fixa e reabilitação oral. In: PEGORARO, L. F.;
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
157
VALLE, A. L.; ARAÚJO, C. R. P.; BONFANTE, G.; CONTI, P. C.; BONACHELA, V.
Prótese fixa. São Paulo: Artes Médicas, 1998. Cap. 2, p.23-41.
CUNHA, J. A. Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo:
Casa do Psicólogo, 2001. 171p.
DAVIES, S.;GRAY, R. M. J. What is occlusion? Br. Dent. J., London, v.191, n.5,
p.235-245, Sep. 2001.
DAWSON, P. E. Avaliação, diagnóstico e tratamento dos problemas oclusais. 2.
ed. São Paulo: Artes Médicas, 1993. 686p.
DAWSON, P. E. New definition for relating occlusion to varying conditions of the
temporomandibular joint. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.74, n.6, p.619-627, Dec.
1995.
DYLINA, T. J. A common-sense approach to splint therapy. J. Prosthet. Dent., St.
Louis, v.86, n.5, p.539-545, Nov. 2001.
EKBERG, E.; SABET, M. E.; PETERSSON, A.; NILNER, M. Occlusal appliance
therapy in a short-term perspective in patients with temporomandibular disorders
correlated to condyle position. Int. J. Prosthodont., Lombard, v.11, n.3, p.263-268,
May/Jun. 1998.
EKBERG, E.; VALLON, D.; NILNER, M. The efficacy of appliance therapy in patients
with temporomandibular disorders of mainly myogenous origin. A randomized,
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
158
controlled, short-term trial. J. Orofac. Pain, Carol Stream, v.17, n.2, p.133-139,
2003.
FERRARIO, V. F.; SFORZA, C.; TARTAGLIA, G. M.; DELLAVIA, C. Immediate effect
of a stabilization splint on masticatory muscle activity in temporomandibular disorder
patients. J. Oral Rehabil., Oxford, v.29, n.9, p.810-815, Sep. 2002.
FU, A. S.; MEHTA, N. R.; FORGIONE, A. G.; AL-BADAWI, E. A.; ZAWAWI, K. H.
Maxillomandibular relationship in TMD patients before and after short-term flat plane
bite plate therapy. Cranio, Chattanooga, v.21, n.3, p.172-179, Jul. 2003.
GAGNON, Y.; MAYER, P.; MORISSON, F.; ROMPRÉ, P. H.; LAVIGNE, G. J.
Aggravation of respiratory disturbances by the use of an occlusal splint in apneic
patients: a pilot study. Int. J. Prosthodont., Lombard, v.17, n.4, p.447-453, Jul./Aug.
2004.
GARCIA, A. R. Fundamentos teóricos e práticos da oclusão. São Paulo: CID,
2003. 183 p.
GAVISH, A.; WINOCUR, E.; VENTURA, Y. S.; HALACHMI, M.; GAZIT, E. Effect of
stabilization splint therapy on pain during chewing in patients suffering from
myofascial pain. J. Oral Rehabil., Oxford, v.29, n.12, p.1181-1186, Dec. 2002.
GILBOE, D. B. Centric relation as the treatment position. J. Prosthet. Dent., St.
Louis, v.50, n.5, p.685-689, Nov. 1983.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
159
GLICKMAN, I; HADDAD, A. W.; MARTIGNONI, M.; MEHTA, N.; ROEBER, F. W.;
CLARK, R. E. Telemetric comparison of centric relation and centric occlusion
reconstructions. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.31, n.5, p.527-536, May 1974.
GLOSSARY OF PROSTHODONTIC TERMS. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.6, n.6,
p.1-35, Dec. 1956.
GLOSSARY OF PROSTHODONTIC TERMS. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.20,
n.5, p. 443-480, Nov. 1968.
GLOSSARY OF PROSTHODONTIC TERMS. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.58,
n.6, p. 713-762, Dec. 1987.
GLOSSARY OF PROSTHODONTIC TERMS. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.71,
n.1, p. 41-112, Jan. 1994.
GLOSSARY OF PROSTHODONTIC TERMS. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.94,
n.1, p.10-92, Jul. 2005.
GRAY, R. J. M.; DAVIES, S. J. Occlusal splints and temporomandibular disorders:
why, when, how? Dent. Update, London, v.28, n.4, p.194-199, May 2001.
GREENE, C. S.; LASKIN, D. M. Splint therapy for the myofascial pain-dysfunction
(MPD) syndrome: a comparative study. J. Am. Dent. Assoc., Chicago,, v.84, n.3,
p.624-628, Mar. 1972.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
160
GRIFFITHS, R. H. Report of the president’s conference on examination, diagnosis
and management of temporomandibular disorders. J. Am. Dent. Assoc., Chicago,
v.106, n.1, p.75-77, Jan. 1983.
HIYAMA, S.; ONO, T.; ISHIWATA, Y.; KATO, Y.; KURODA, T. First night effect of an
interocclusal appliance on nocturnal masticatory muscle activity. J. Oral Rehabil.,
Oxford, v.30, n.2, p.139-145, Feb. 2003.
HOLMGREN, K.; SHEIKHOLESLAM, A.; RIISE, C. Effect of a full-arch maxillary
occlusal splint on parafunctional activity during sleep in patients with nocturnal
bruxism and signs and symptoms of craniomandibular disorders. J. Prosthet. Dent.,
St. Louis, v.69, n.3, p.293-297, Mar. 1993.
JANKELSON, B. Neuromuscular aspects of occlusion: effects os occlusal position on
the physiology and dysfunction of the mandibular musculature. Dent. Clin. North
Am., Philadelphia, v.23, n.2, p.157-168, Apr. 1979.
KESHVAD, A.; WINSTANLEY, R. B. An appraisal of the literature on centric relation.
Part I. J. Oral Rehabil., Oxford, v.27, n.10, p.823-833, Oct. 2000.
KESHVAD, A.; WINSTANLEY, R. B. An appraisal of the literature on centric relation.
Part III, J. Oral Rehabil., Oxford, v.28, n.1, p.55-63, Jan. 2001.
KOGAWA, E. M.; LOPES, L.F.R.; KATO, M. T.; UENO, F. T.; SANTOS, C. N.;
LAURIS, J. R. P.; CONTI, P. C. R. Centric relation registration: intra- and
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
161
interexaminer agreement after a calibration program. Pesqui. Odontol. Bras., São
Paulo, v.17, n.3, p.286-291, Jul./Set. 2003.
KOVALESKI, W. C.; DE BOEVER, J. Influence of occlusal splints on jaw position and
musculature in patients with temporomandibular joint dysfunction. J. Prosthet. Dent.,
St. Louis, v.33, n.3, p.321-327, Mar. 1975.
KUBOKI, T.; AZUMA, Y.; ORSINI, M. G.; HIROOKA, T.; YATANI, H.; YAMASHITA,
A. The effect of occlusal appliances and clenching on the temporomandibular joint
space. J. Orofac. Pain, Carol Stream, v.11, n.1, p.67-77, 1997.
KUTTILA, M.; BELL, Y. L.; SAVOLAINEN-NIEMI, E.; KUTTILA, S.; ALANEN, P.
Efficiency of occlusal appliance therapy in secondary otalgia and temporomandibular
disorders. Acta Odontol. Scand., Stockholm, v.60, n.4, p.248-254, Aug. 2002.
LANDULPHO, A. B.; SILVA, W. A. B.; SILVA, F. A.; VITTI, M. Electromyographic
evaluation of masseter and anterior temporalis muscles in patients with
temporomandibular disorders following interocclusal appliance treatment. J. Oral
Rehabil., Oxford, v.31, n.2, p.95-98, Feb. 2004.
LAU, K. U. The effect of orthotic devices on freeway space. Cranio, Chattanooga,
v.22, n.4, p.320-324, Oct. 2004.
LIPP, M. N. Manual do inventário de sintomas de stress para Adultos de Lipp
(ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. 55p.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
162
LOBBEZOO, F.; NAEIJE, M. Bruxism is mainly regulated centrally, not peripherally.
J. Oral Rehabil., Oxford, v.28, n.12, p.1085-1091, Dec. 2001.
MAGNUSSON, T.; ADIELS, A. M.; NILSSON, H. L.; HELKIMO, M. Treatment effect
on signs symptoms of temporomandibular disorders comparison between
stabilisation splint and a new type of splint (NTI). A pilot study. Swed. Dent. J.,
Jönköping, v.28, n.1, p.11-20, Sep. 2004.
MAJEWSKI, R. F.; GALE, E. N. Electromyographic activity of anterior temporal area
pain patients and non-pain subjects. J. Dent. Res., Chicago, v.63, n.10, p.1228-
1231, Oct. 1984.
MANNS, A.; CHAN, C.; MIRALLES, R. Influence of group function and canine
guidance on electromyographic activity of elevator muscles. J. Prosthet. Dent., St.
Louis, v.57, n.4, p.494-501, Apr. 1987.
MARUYAMA, T.; NISHIO, K.; KOTANI, M.; MIYAUCHI, S.; KURODA, T. The effect of
changing the maxilomandibular relationship by a bite plane on the habitual
mandibular opening and closing movement. J. Oral Rehabil., Oxford, v.11, n.5, p.
455-465, Sep. 1984.
MOYERS, R. E. Some physiologic considerations of centric and other jaw relations.
J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.6, n.1, p.183-194, Jan. 1956.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
163
OKESON J. P.; KEMPER, J. T.; MOODY, P. M. A study of the use of occlusion
splints in the treatment of acute and chronic patients with craniomandibular disorders.
J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.48, n.6, p.708-712, Dec. 1982.
OKESON J. P.; MOODY, P. M.; KEMPER, J. T.; HALEY, J. V. Evaluation of occlusal
splint therapy and relaxation procedures in patients with temporomandibular
disorders. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v.107, n.3, p.420-424, Sep. 1983.
OKESON, J. P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. 4.
ed. São Paulo: Artes Médicas, 2000. 500p.
OKKERSE, W.; BREBELS, A.; DE DEYN, P. P.; NAGELS, G.; DE DEYN, B.; VAN
BOGAERT, P. P.; BRAEM, M. Influence of a bite-plane according to Jeanmonod, on
bruxism activity during sleep. J. Oral Rehabil., Oxford, v.29, n.10, p. 980-985, Oct.
2002.
OLIVEIRA, W.; DUARTE, M. S. R. Tratamento conservador em disfunção
craniomandibular. In: FELLER, C.; GORAB, R. Atualização na clínica
odontológica. São Paulo: Artes Médicas, 2000. Cap. 15, p.443-477.
ORII, T. C.; MISSAKA, R.; CONTIN, I. Placas oclusais e miorrelaxantes. In:
CARDOSO, R. J. A.; GONÇALVES, E. A. N. Oclusão/ATM/Prótese/Prótese sobre
implantes e Prótese Bucomaxilofacial. São Paulo: Artes Médicas, 2002. Cap. 6,
p.83-98.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
164
PEREIRA, J. R.; CONTI, P. C. R. Alterações oclusais e a sua relação com a
disfunção temporomandibular. Rev. Fac. Odontol. Bauru, Bauru, v.9, n.3/4, p.139-
144, Jul./Dez. 2001.
PRADHAM, N. S.; WHITE, G. E.; METHA, N.; FORGIONE A. Mandibular deviations
in TMD and non-TMD groups related to eye dominance and head posture. J. Clin.
Pediatr. Dent., Birmingham, v.25, n.2, p.147-155, 2001.
RAMFJORD, S. P.; ASH, M. M. Reflections on the Michigan occlusal splint. J. Oral
Rehabil., Oxford, v.21, n.5, p.491-500, Sep. 1994.
RAMOS, M. T. Avaliação da efetividade das placas oclusais no tratamento das
disfunções temporomandibulares. 2002. 30f. Monografia (Especialização em
Prótese Dentária) - Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo,
2002.
RANTALA, M. A. I.; AHLBERG, J.; SUVINEN, T. I.; NISSINEN, M.; LINDHOLM, H.;
SAVOLAINEN, A.; KÖNÖNEN, M. Temporomandibular joint related painless
symptoms, orofacial pain, neck pain, headache, and psychosocial factors among
non-patients. Acta Odontol. Scand., Stockholm, v.61, n.4, p.217-222, Aug. 2003.
RAPHAEL, K. G.; MARBACH, J. J.; KLAUSNER, J. J.; TEAFORD, M. F.; FISCHOFF,
D. K. Is bruxism severity a predictior of oral splint efficacy in patients with myofascial
face pain? J. Oral Rehabil., Oxford, v. 30, n.1, p.17-29, Jan. 2003.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
165
ROARK, A. L.; GLAROS, A. G.; O’MAHONY, A. M. Effects of interocclusal
appliances on EMG activity during parafuncional tooth contact. J. Oral Rehabil.,
Oxford, v.30, n.6, p.573-577, Jun. 2003.
RUBINOFF, M. S.; GROSS, A.; McCALL JUNIOR, W. D. Conventional and
nonoccluding splint therapy compared for patients with myofascial pain dysfunction
syndrome. Gen. Dent., Chicago, v.35, n.6, p.502-506, Nov./Dec. 1987.
SHAFAGH, I.; YODER, J. L.; THAYLER, K. E. Diurnal variance of centric relation
position. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.34, n.5, p.574-582, Nov. 1975.
SINDELAR, B. J.; HERRING, S. W.; ALONZO, T. A. The effects of intraoral splints on
the masticatory system of pigs. J. Oral Rehabil., Oxford, v.30, n.8, p.823-831, Aug.
2003.
SINGH, B. P.; BERRY, D. C. Occlusal changes following use of soft occlusal splints.
J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.54, n.5, p.711-715, Nov. 1985.
SIPILÄ, K.; VEIJOLA, J.; JOKELAINEN, J.; JÄRVELIN, M.; OIKARINEN, K. S.;
RAUSTIA, A. M.; JOUKAMAA, M. Association between symptoms of
temporomandibular disorders and depression: an epidemiological study of the
Northern Finland 1966 birth cohort. Cranio, Chattanooga, v.19, n.3, p.183-187, Jul.
2001.
STEED, P. A. TMD treatment outcomes: a statistical assessment of the effects of
psychological variables. Cranio, Chattanooga, v.16, n.3, p.138-142, Jul. 1998.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
166
STEENKS, M. H.; THE, G. L.; AAFTINK, H. M. Jaw position in stabilization splint
treatment of musculoskeletal disorders. Ned. Tijdschr. Tandheelkd., Utrecht,, v.112,
n.8, p.279-282, Aug. 2005.
STIESCH-SCHOLZ, M.; KEMPERT, J.; WOLTER, S.; TSCHERNITSCHECK, H.;
ROSSBACH, A. Comparative prospective study on splint therapy of anterior disc
displacement without reduction. J. Oral Rehabil., Oxford, v.32, n.7, p.474-479, Jul.
2005.
SUVINEN, T. I.; READE, P. C.; KÖNÖNEN, M.; KENPPAINEN, P. Vertical jaw
separation and masseter muscle electromyographic activity: a comparative study
between asymptomatic controls and patients with temporomandibular pain and
dysfunction. J. Oral Rehabil., Oxford, v.30, n.8, p.765-772, Aug. 2003.
TARANTOLA, G. J.; BECKER, I. M.; GREMILLION, H. The reproducibility of centric
relation: a clinical approach. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v.128, n.9, p.1245-1251,
Sep. 1997.
TECCO, S.; FESTA, F.; SALINI, V.; EPIFANIA, E.; D`ÀTTILIO, M. Treatment of joint
pain noises associated with a recent TMJ internal derangement: a comparison of an
anterior repositioning splint, a full-arch maxillary stabilization splint, and an untreated
control group. Cranio, Chattanooga, v.22, n.3, p.209-219, Jul. 2004.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
167
THE, G. L.; AAFTINK, H. M.; STEENKS, M. H. A clinical protocol for stabilization
splint construction. Ned. Tijdschr. Tandheelkd., Utrecht, v.112, n.9, p.318-321, Sep.
2005.
TORII, K.; CHIWATA, I. Relationship between habitual occlusal position and flat bite
plane induced occlusal position in volunteers with and without temporomandibular
joint sounds. Cranio, Chattanooga, v.23, n.1, p.16-21, Jan. 2005.
TRIPODAKIS, A. P.; SMULOW, J. B.; MEHTA; N. R.; CLARK, R. E. Clinical study of
location and reproducibility of three mandibular positions in relation to body posture
and muscle function. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.73, n.2, p.190-198, Feb. 1995.
TSOLKA, P.; FENLON, M. R.; McCULLOCK, A. J.; PREISKEL, H. W. A controlled
clinical, electromyographic, and kinesiographic assessment of craniomandibular
disorders in women. J. Orofac. Pain, Carol Stream, v.8, n.1, p.80-89, 1994.
TURCIO, K. H. L.; GARCIA, A. R.; DEROGIS, A. R.; ZUIM, P. R. J. Avaliação
eletromiográfica e eletrovibratográfica antes e após o tratamento da desordem
temporomandibular. PGRO-Pós-Grad. Rev. Odontol., o José dos Campos, v.5,
n.2, p.36-43, Maio/Ago. 2002.
VAN DER ZAAG, J.; LOBBEZOO, F.; WICKS, D. J.; VISCCHER, C. M.;
HAMBURGER, H. L.; NAEIJE, M. Controlled assessment of the efficacy of occlusal
stabilization splints on sleep bruxism. J. Orofac. Pain, Carol Stream, v.19, n.2,
p.151-158, 2005.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
168
VENTURELLI, F.A.S. Análise da Posição Mandibular por diferentes métodos de
localização. 2005. 110f. Dissertação (Mestrado em Prótese Dentária) Faculdade
de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”, Araçatuba, 2005.
WAHLUND, K.; LIST, T.; LARSSON, B. Treatment of temporomandibular disorders
among adolescents: a comparison between occlusal appliance, relaxation training,
and brief information. Acta Odontol. Scand., Stockholm, v.61, n.4, p.203-211, Aug.
2003.
WALLS, A. W. G.; WASSELL, R. W.; STEELE, J. G. A comparison of two methods
for locating the intercuspal position (ICP) whilst mounting casts on an articulator. J.
Oral Rehabil., Oxford, v.18, n.1, p.43-48, Jan. 1991.
WEXLER, G. B.; STEED, P. A. Psychological factors and temporomandibular
outcomes. Cranio, Chattanooga, v.16, n.2, p.72-77, Apr. 1998.
WILLIS, W. A. The effectiveness of an extreme canine-protected splint with limited
lateral movement in treatment of temporomandibular dysfunction. Am. J. Orthod.
Dentofacial Orthop., St. Louis, v.107, n.3, p.229-234, Mar. 1995.
WOOD, W. W.; TOBIAS, D. L. EMG response to alteration of tooth contacts on
occlusal splints during maximal clenching. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v.51, n.3,
p.394-396, Mar. 1984.
Referências
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
169
YAMASHITA, S.; IGARASHI, Y.; AI, M. Tooth contacts at the mandibular retruded
position, comparison of two different methods for bite registration. J. Oral Rehabil.,
Oxford, v.29, n.9, p.823-826, Sep. 2002.
YAMASHITA, S.; IGARASHI, Y.; AI, M. Tooth contacts at the mandibular retruded
position, influence of operator’s skill on bite registration. J. Oral Rehabil., Oxford,
v.30, n.3, p.318-323, Mar. 2003.
YAP, A. U. J. Effects of stabilization appliances on nocturnal parafunctional activities
in patients with and without signs of temporomandibular disorders. J. Oral Rehabil.,
Oxford, v.25, n.1, p.64-68, Jan. 1998.
YAVELOW, I. FORSTER, I; WININGER, M. Mandibular relearning. Oral Surg. Oral
Med. Oral Pathol., St. Louis, v.36, n.5, p.632-641, Nov. 1973.
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
Anexo A Termo de Consentim ento E sclarecido
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
171
ANEXO A
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP
(Resolução nº 01 de 13/06/98 – CNS)
TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL
1. Nome do Paciente:
Documento de Identidade nº
Sexo:
Data de Nascimento:
Endereço:
Cidade: U.F.
Telefone:
CEP:
1. Responsável Legal:
Documento de Identidade nº
Sexo: Data de Nascimento:
Endereço:
Cidade: U.F.
Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.):
Anexo A Termo de Consentim ento E sclarecido
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
172
II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA
1. Título do protocolo de pesquisa:
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA EFETIVIDADE DAS PLACAS OCLUSAIS CONFECCIONADAS
EM RELAÇÃO CENTRAL OU MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO EM PACIENTES COM DTM
2. Pesquisador responsável:
Paulo Renato Junqueira Zuim
Cargo/função: Prof.
Assistente Doutor
Inscr.Cons.Regional:
CROSP 34425
Unidade ou Departamento do Solicitante:
Materiais Odontológicos e Prótese
3. Avaliação do risco
da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano
como consequência imediata ou tardia do estudo).
SEM RISCO RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO RISCO MAIOR
4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar):
O presente trabalho será realizado para avaliar o tratamento de pacientes com Desordens
Temporomandibulares através de placas oclusais e tem como objetivo comparar dois tipos de
placa.
5. Procedimentos que serão utilizados e pro
pósitos, incluindo a identificação dos procedimentos
que são experimentais: (explicitar)
Os paciente será avaliado através de anamnese e exames clínicos, para averiguar a origem
muscular da desordem, sendo divididos em dois grupos nos quais procuraremos av
aliar
comparativamente a eficácia da terapia por dois tipos de placa semelhantes, porém com diferente
relação intermaxilar. Para tanto, serão realizados: 1) moldagens e registros de mordida com cera e
resina acrílica para a confecção da placa oclusal. 2) a
valiações dos sinais e sintomas da
Desordem Temporomandibular.
6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar)
Não se espera riscos com a metodologia empregada, uma vez que não utilizará procedimentos
irreversíveis.
7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar)
Espera-se que a maioria dos pacientes apresente melhora nos sintomas de dor.
8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo: (explicitar)
O tratamento com placas é reversível e vantajoso, os indivíduos podem ap
resentar melhora
significante ou até mesmo a remissão total dos sinais e sintomas oriundos de desordem
temporomandibular, evitando-se ou diminuindo-
se a necessidade de serem submetidos a
procedimentos invasivos e dispendiosos (ajustes oclusais, reabilitaçõ
es, ortodontia,
acompanhamento psicológico, etc). Além disso, se para algum paciente não houver eliminação da
dor muscular, ele deverá ser encaminhado para a aplicação de alternativas disponíveis na Clínica
do Núcleo de Tratamento das Disfunções Temporomandibulares desta Faculdade.
9. Duração da pesquisa: Aproximadamente 20 meses.
10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo comitê de ética para análise de projetos de
pesquisa em / /
Anexo A Termo de Consentim ento E sclarecido
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
173
III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU
REPRESENTANTE LEGAL
1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a qualquer dúvida
acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa e o
tratamento do indivíduo.
2. Recebi es
clarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e
deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação de meu tratamento.
3. Recebi esclarecimento sobre compromisso de que minha identificação se manter
á confidencial
tanto quanto a informação relacionada com a minha privacidade.
4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber informações obtidas
durante o estudo, quando solicitada, ainda que possa afetar minha vontade em continua
r
participando da pesquisa.
5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de complicações e danos
decorrentes da pesquisa.
Observações complementares.
Anexo A Termo de Consentim ento E sclarecido
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
174
IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador,
conforme registro nos ítens 1 a 6 do inciso III, consinto em participar, na qualidade
de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso II.
________________________________ Araçatuba, / / .
Assinatura
____________________________________
Testemunha
Nome .....:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. .......:
____________________________________
Testemunha
Nome .....:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. .......:
Anexo B - Parecer Favorável do Comitê de Ética em Pesquisa Humana
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
175
ANEXO B
PARECER FAVORÁVEL DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
HUMANA
Anexo C Ficha Clínica
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
176
ANEXO C
FICHA CLÍNICA
Nome:__________________________________________ ( )M ( )F Idade_____
End. (Rua, Av. etc.): ___________________________________________nº______,
Compl.________, Bairro ________ _____Cidade__________________, UF ______,
Tel. Res.(___)___________Tel. Trab. (___)____________, Profissão:_________
__.
1. Placa em: ( ) RC ( ) MI
2. Eletromiografia e Eletrognatografia Inicial ( ) Final ( )
3. Termo de Consentimento ( )
4. Sintomatologia Dolorosa:
Escala Analógica Visual
---------------------------------------------------------------
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D/E D/E D/E D/E D/E D/E
1º) Desconforto:____ Masseter: (O)__/__ (C)__/__ (I)__/__ Temporal: (A)__/__ (M)__/__ (P)__/__
2º) Desconforto:____ Masseter: (O)__/__ (C)__/__ (I)__/__ Temporal: (A)__/__ (M)__/__ (P)__/__
3º) Desconforto:____ Masseter: (O)__/__ (C)__/__ (I)__/__ Temporal: (A)__/__ (M)__/__ (P)__/__
4º) Desconforto:____ Masseter: (O)__/__ (C)__/__ (I)__/__ Temporal: (A)__/__ (M)__/__ (P)__/__
5º) Desconforto:____ Masseter: (O)__/__ (C)__/__ (I)__/__ Temporal: (A)__/__ (M)__/__ (P)__/__
6º) Desconforto:____ Masseter: (O)__/__ (C)__/__ (I)__/__ Temporal: (A)__/__ (M)__/__ (P)__/__
7º) Desconforto:____ Masseter: (O)__/__ (C)__/__ (I)__/__ Temporal: (A)__/__ (M)__/__ (P)__/__
Anexo C Ficha Clínica
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
177
5. Amplitude de Movimentos Mandibulares (em milímetros):
MDIC = Máxima Distância Interincisal Confortável
MDI = Máxima Distância Interincisal
LD = Lateralidade Direita
LE = Lateralidade Esquerda
MDIC
MDI Protrusão
LD LE
Anexo D - Inventários de Avaliação da D epressão (BA D ), Ansiedade (BA I) e E stresse (ISSL)
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
178
ANEXO D
INVENTÁRIOS DE AVALIAÇÃO DA DEPRESSÃO (BDI), ANSIEDADE
(BAI) E ESTRESSE (ILLS)
BDI
Nome:________________________________Estado Civil:________________Idade:____Sexo:____
Ocupação:____________________________________Escolaridade:_________________________
Este inventário consite em 21 grupos de afirmações. Depois de ler cuidadosamente cada grupo, faça
um circulo em torno do número (0,1,2 ou 3) próximo à afirmação, em cada grupo, que descreve
melhor a maneira que você tem se sentido na ultima semana, incluindo hoje. Se várias afirmações
num grupo parecerem se aplicar iualmente bem, faça um círculo em cada uma. Tome o cuidado de
ler todas as afiirmações, em cada grupo, antes de fazer a sua escolha.
1 0 Não me sinto triste.
1 Eu me sinto triste.
2 Estou sempre triste e não consigo sair disto.
3 Estou tão trsite ou infeliz que não consigo suportar.
2 0 Não estou especialmente desanimado quanto ao futuro.
1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro.
2 Acho que nada tenho a esperar.
3 Acho o futuro sem esperança e tenho a impressão de que
as coisas não podem melhorar.
3 0 Não me sinto um fracasso.
1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum.
2 Quando olho para trás, na minha vida,tudo o que posso
ver é um monte de fracassos.
3 Acho que, como pessoa, sou um completo fracasso.
4 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes.
1 Não sinto mais prazer nas coisas como antes.
2 Não encontro um prazer real em mais nada.
3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo.
5 0 Não me sinto especialmente culpado.
1 Eu me sinto culpado grande parte do tempo.
2 Eu me sinto culpado a maior parte do tempo.
3 Eu me sinto sempre culpado.
6 0 Não acho que esteja sendo punido.
1 Acho que posso ser punido.
2 Creio que vou ser punido.
3 Acho que estou sendo punido.
7 0 Não me sinto decepcionado comigo mesmo.
1 Estou decepcionado comigo mesmo.
2 Estou enojado de mim.
8 0 Não me sinto de qualquer modo pior que os outros.
1 Sou crítico em relação a mim por minhas fraquezas ou
erros.
2 Eu me culpo sempre por minhas falhas.
3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece.
9 0 Não tenho quaisquer idéias de me matar.
1 Tenho idéias de me matar, mas não as executaria.
2 Gostaria de me matar.
3 Eu me mataria se tivesse oportunidade.
10 0 Não choro mais que o habitual.
1 Choro mais agora do que costumava.
2 Agora, choro o tempo todo.
3 Costumava ser capaz de chorar, mas agora não consigo,
mesmo que o queira.
11 0 Não sou mais irritado agora do que já fui.
1 Fico aborrecido ou irritado mais facilmente do que
costumava.
2 Agora, eu me sinto irritado o tempo todo.
3 Não me irrito mais com coisas que costumavam me
irritar.
12 0 Não perdi o interesse pelas outras pessoas.
1 Estou menos interessado pelas outras pessoas do que
costumava estar.
2 Perdi a maior parte do meu interesse pelas outras
pessoas.
3 Perdi todo meu interesse pelas outras pessoas.
13 0 Tomo decisões tão bem quanto antes.
1 Adio as tomadas de decisões mais do que costumava.
2 Tenho mais dificuldades de tomar decisões do que
antes.
3 Absolutamente não consigo mais tomar decisões.
Anexo D - Inventários de Avaliação da D epressão (BA D ), Ansiedade (BA I) e E stresse (ISSL)
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
179
3 Eu me odeio.
14 0 Não acho que de qualquer modo pareço pior do que
antes.
1 Estou preocupado em estar parecendo velho ou sem
atrativo.
2 Acho que há mudanças permanentes na minha
aparência, que me fazem parecer sem atrativo.
3 Acredito que pareço feio.
15 0 Posso trabalhar tão bem quanto antes.
1 É preciso algum esforço extra para fazer alguma coisa.
2 Tenho que me esforçar muito para fazer alguma coisa.
3 Não consigo mais fazer qualquer trabalho.
16 0 Consigo dormir tão bem como o habitual.
1 Não durmo tão bem como costumava.
2 Acordo 1 a 2 horas mais cedo do que habitualmente e
acho difícil voltar a dormir.
3 Acordo várias horas mais cedo do que costumava e não
consigo voltar a dormir.
17 0 Não fico mais cansado do que o habitual.
1 Fico cansado mais facilmente do que costumava.
2 Fico cansado em fazer qualquer coisa.
3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa.
18 0 O meu apetite não está pior do que o habitual.
1 Meu apetite não é tão bom como costumava ser.
2 Meu apetite é muito pior agora.
3 Absolutamente não tenho mais apetite.
19 0 Não tenho perdido muito peso se é que perdi algum
recentemente.
1 Perdi mais do que 2 quilos e meio.
2 Perdi mais do que 5 quilos.
3 Perdi mais do que 7 quilos.
20 0 Não estou mais peocupado com a minha saúde do que
o habitual.
1 Estou preocupado com problemas físicos, tais como
dores, indisposição do estômago ou constipação.
2 Estou muito preocupado com problemas físicos é difícil
pensar em outra coisa.
3 Estou tão preocupado com problemas físicos que não
consigo pensar em qualquer outra coisa.
21 0 Não notei qualquer mudança recente no meu interesse
por sexo.
1 Estou menos interessado por sexo do que costumava.
2 Estou muito menos interessado por sexo agora.
3 Perdi completamente o interesse por sexo.
“Traduzido e adaptado por permissão de The Psychological Corporation, U.S.A. Direitos reservados
©
1991, a Aaron T. Beck.
Tradução para a língua portuguesa. Direitos reservados
©
1993 a Aaron T. Beck. Todos os direitos reservados.”
Tradução e adaptação brasileira, 2001, Casa do Psicólogo
®
Livraria e Editora Ltda. BDI é um logotipo da Psychological
Corporation.
___________________Subtotal da página 2
___________________Subtotal da pagina 1
______________________________________
______________Escore Total
Anexo D - Inventários de Avaliação da D epressão (BA D ), Ansiedade (BA I) e E stresse (ISSL)
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
180
BAI
Nome:________________________________Estado Civil:________________Idade:____Sexo:____
Ocupação:____________________________________Escolaridade:_________________________
Abaixo está uma lista de sintomas comuns de ansiedade. Por favor, leia cuidadosamente cada item
da lista. Identifique o quanto você tem sido incomodado por cada sintoma durante a ültima semana,
incluindo hoje, colocando um “x” no espaço correspondente, na mesma linha de cada sintoma.
Absolutamente
não
Levemente
Não me
incomodou
muito
Moderadamente
Foi muito
desagradável mas
pude suportar
Gravemente
Dificilmente
pude suportar
1. Dormência ou formigamento
2. Sensação de calor
3. Tremores nas pernas
4. Incapaz de relaxar
5. Medo que aconteça o pior
6. Atordoado ou tonto
7. Palpitação ou aceleração do
coração
8. Sem equilíbrio
9. Aterrorizado
10. Nervoso
11. Sensação de sufocação
12. Tremores nas mãos
13. Trêmulo
14. Medo de perder o controle
15. Dificuldade de respirar
16. Medo de morrer
17. Assustado
18. Indigestão ou desconforto no
abdômen
19. Sensação de desmaio
20. Rosto afogueado
21. Suor (não devido ao calor)
“Traduzido e adaptado por permissão de The Psychological Corporation, U.S.A. Direitos reservados
©
1991, a Aaron T. Beck.
Tradução para a língua portuguesa. Direitos reservados
©
1993 a Aaron T. Beck. Todos os direitos reservados.”
Tradução e adaptação brasileira, 2001, Casa do Psicólogo
®
Livraria e Editora Ltda. BAI é um logotipo da Psychological
Corporation.
Anexo D - Inventários de Avaliação da D epressão (BA D ), Ansiedade (BA I) e E stresse (ISSL)
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
181
ISSL
QUADRO 1
a) Marque com F1 os sintomas que tem experimentado nas ultimas 24 horas:
( ) 1. MÃOS (PÉS) FRIOS
( ) 2. BOCA SECA
( ) 3. NÓ NO ESTÔMAGO
( ) 4. AUMENTO DE SUDORESE
( ) 5. TENSÃO MUSCULAR
( ) 6. APERTO DA MANDÍBULA/RANGER OS DENTES
( ) 7. DIARRÉIA PASSAGEIRA
( ) 8. INSÔNIA
( ) 9. TAQUICARDIA
( ) 10. HIPERVENTILAÇÃO
( ) 11. HIPERTENSÃO ARTERIAL SÚBITA E PASSAGEIRA
( ) 12. MUDANÇA DE APETITE
Some 1 ponto para cada F1 que assinalou................... ( ) F1
b) Marque com um P1 os sintomas que tem experimentado nas últimas 24 horas:
( ) 13. AUMENTO SÚBITO DE MOTIVAÇÃO
( ) 14. ENTUSIASMO SÚBITO
( ) 15. VONTADE SÚBITA DE INICIAR NOVOS PROJETOS
Some 1 ponto para cada P1 que assinalou................... ( ) P1
QUADRO 2
a) Marque com um F2 os sintomas que tem experimentado na última semana:
( ) 1. PROBLEMAS COMA MEMÓRIA
( ) 2. MAL ESTAR GENERALIZADO, SEM CAUSA ESPECÍFICA
( ) 3. FORMIGAMENTO DAS EXTREMIDADES
( ) 4. SENSAÇÃO DE DESGASTE FÍSICO CONSTANTE
( ) 5. MUDANÇA DE APETITE
( ) 6. APARECIMENTO DE PROBLEMAS DERMATOLÓGICOS
( ) 7. HIPERTENSÃO ARTERIAL
( ) 8. CANSAÇO CONSTANTE
( ) 9. APARECIMENTO DE ÚLCERA
( ) 10. TONTURA, SENSAÇÃO DE ESTAR FLUTUANDO
Anexo D - Inventários de Avaliação da D epressão (BA D ), Ansiedade (BA I) e E stresse (ISSL)
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
182
Some 1 ponto para cada F2 que assinalou................... ( ) F2
b) Marque com um P2 os sintomas que tem experimentado na última semana:
( ) 11. SENSIBILIDADE EMOTIVA EXCESSIVA
( ) 12. DÚVIDA QUANTO A SI PRÓPRIO
( ) 13. PENSAR CONSTANTEMENTE EM UM SÓ ASSUNTO
( ) 14. IRRITABILIDADE EXCESSIVA
( ) 15. DIMINUIÇÃO DA LIBIDO
Some 1 ponto para cada P2 que assinalou................... ( ) P2
QUADRO 2
a) Marque com um F3 os sintomas que tem experimentado nos últimos meses:
( ) 1. DIARRÉIA FREQÜENTE
( ) 2. DIFICULDADES SEXUAIS
( ) 3. INSÔNIA
( ) 4. NÁUSEA
( ) 5. TIQUES
( ) 6. HIPERTENSÃO ARTERIAL CONTINUADA
( ) 7. PROBLEMAS DERMATOLÓGICOS PROLONGADOS
( ) 8. MUDANÇA EXTREMA DE APETITE
( ) 9. EXCESSO DE GAZES
( ) 10. TONTURA FREQÜENTE
( ) 11. ÚLCERA
( ) 12. ENFARTE
Some 1 ponto para cada F3 que assinalou................... ( ) F3
b) Marque com um P3 os sintomas que tem experimentado nos últimos meses:
( ) 13. IMPOSSIBILIDADE DE TRABALHAR
( ) 14. PESADELOS
( ) 15. SENSAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA EM TODAS AS ÁREAS
( ) 16. VONTADE DE FUGIR DE TUDO
( ) 17. APATIA DEPRESSÃO OU RAIVA PROLONGADA
( ) 18. CANSAÇO EXCESSIVO
( ) 19. PENSAR/FALAR CONSTANTEMENTE EM UM SÓ ASSUNTO
( ) 20. IRRITABILIDADE SEM CAUSA APARENTE
( ) 21. ANGUSTIA/ANSIEDADE DIÁRIA
( ) 22. HIPERSENSIBILIDADE EMOTIVA
( ) 23. PERDA DE SENSO DE HUMOR
Anexo D - Inventários de Avaliação da D epressão (BA D ), Ansiedade (BA I) e E stresse (ISSL)
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
183
Some 1 ponto para cada P3 que assinalou................... ( ) P3
AVALIAÇÃO
A) F1 ( ) P1 ( )
B) F2 ( ) P2 ( )
C) F3 ( ) P3 ( )
Total
(vertical) F ( ) P ( )
Linha A Sintomas F (físicos) e P (psicológicos) da fase do Alerta
Linha B Sintomas F (físicos) e P (psicológicos) da fase de Resistência
Linha A Sintomas F (físicos) e P (psicológicos) da fase de Exaustão
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
184
ANEXO E
ANÁLISE ESTATÍSTICA
AMPLITUDE DOS MOVIMENTOS MANDIBULARES
Análise estatística pelo teste t de student, para amostras pareadas, com os
dados obtidos antes (A) e depois (D) do tratamento.
Régua Milimetrada
Grupo I - MDIC
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – MDIC
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.77
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 46.80
Média da amostra (D) : 50.30
Probabilidade de igualdade : 10.82 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – MDI
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – MDI
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.13
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 53.10
Média da amostra (D) : 53.00
Probabilidade de igualdade : 86.56 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
185
Grupo I – Protrusão
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I - Protrusão
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.91
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 5.70
Média da amostra (D) : 6.90
Probabilidade de igualdade : 8.64 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Lateralidade Direita
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – Lateralidade Direita
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.21
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 8.60
Média da amostra (D) : 9.50
Probabilidade de igualdade : 5.24 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Lateralidade Esquerda
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – Lateralidade Esquerda
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.45
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 8.60
Média da amostra (D) : 9.80
Probabilidade de igualdade : 3.54 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.05 .
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
186
Grupo II – MDIC
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II - MDIC
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.93
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 46.20
Média da amostra (D) : 50.20
Probabilidade de igualdade : 1.62 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.05 .
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – MDI
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II - MDI
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.25
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 53.20
Média da amostra (D) : 54.50
Probabilidade de igualdade : 24.36 %
---------------------------------------------------
, alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Protrusão
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II - Protrusão
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.69
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 4.90
Média da amostra (D) : 5.60
Probabilidade de igualdade : 2.38 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.05 .
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
187
Grupo II – Lateralidade Direita
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II – Lateralidade Direita
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.69
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 9.10
Média da amostra (D) : 10.50
Probabilidade de igualdade : 2.38 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.05 .
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Lateralidade Esquerda
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:Grupo II – Lateralidade Esquerda
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 4.81
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 9.00
Média da amostra (D) : 10.20
Probabilidade de igualdade : 0.12 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.01 .
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
188
Eletrognatografia
Grupo I - MAB
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I - MAB
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.25
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 48.83
Média da amostra (D) : 49.13
Probabilidade de igualdade : 79.68 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I- Protrusão
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I - Protrusão
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.25
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 7.41
Média da amostra (D) : 7.96
Probabilidade de igualdade : 24.28 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
189
Grupo I- Lateralidade Direita
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – Lateralidade Direita
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.48
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 7.66
Média da amostra (D) : 7.96
Probabilidade de igualdade : 64.86 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I- Lateralidade Esquerda
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – Lateralidade Esquerda
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.46
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 7.57
Média da amostra (D) : 8.70
Probabilidade de igualdade : 3.46 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.05
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II - MAB
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II - MAB
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.85
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 47.99
Média da amostra (D) : 49.27
Probabilidade de igualdade : 57.80 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
190
Grupo II - Protrusão
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II - Protrusão
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.54
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 6.63
Média da amostra (D) : 6.40
Probabilidade de igualdade : 60.64 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I- Lateralidade Direita
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – Lateralidade Direita
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.55
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 7.20
Média da amostra (D) : 9.46
Probabilidade de igualdade : 2.98 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.05 .
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I- Lateralidade Esquerda
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – Lateralidade Esquerda
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.41
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 7.95
Média da amostra (D) : 8.94
Probabilidade de igualdade : 19.06 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
191
ELETROMIOGRAFIA
Análise estatística pelo teste t de student, para amostras pareadas, com os
dados obtidos antes (A) e depois (D) do tratamento.
Grupo I – Temporal Direito – Repouso
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:Grupo I – Temp. Direito-Repouso
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.30
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 1.88
Média da amostra (D) : 1.95
Probabilidade de igualdade : 76.24 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Temporal Direito – Máximo Apertamento
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:Grupo I – Temp. Dir.-Máx.Apert.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.92
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 186.01
Média da amostra (D) : 195.30
Probabilidade de igualdade : 61.60 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
192
Grupo I – Temporal Direito – Mastigação do Lado Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:Grupo I– Temp. Dir.-Mastig. Dir.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.31
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 139.47
Média da amostra (D) : 117.71
Probabilidade de igualdade : 22.18 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Temporal Direito – Mastigação do Lado Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:Grupo I-Temp. Dir.-Mastig. Esq.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.58
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 117.84
Média da amostra (D) : 110.05
Probabilidade de igualdade : 58.20 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Temporal Esquerdo – Repouso
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – Temp. Esq. - Repouso
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.31
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 1.67
Média da amostra (D) : 1.85
Probabilidade de igualdade : 22.08 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
193
Grupo I – Temporal Esquerdo – Máximo Apertamento
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I–Temp. Esq.–Max. Apert.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.40
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 150.14
Média da amostra (D) : 175.58
Probabilidade de igualdade : 3.84 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.05 .
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Temporal Esquerdo – Mastigação do Lado Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I–Temp. Esq.-Mastig. Dir.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.07
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 94.79
Média da amostra (D) : 93.90
Probabilidade de igualdade : 90.52 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Temporal Esquerdo – Mastigação do Lado Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I–Temp. Esq.-Mastig. Esq.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.43
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 102.67
Média da amostra (D) : 108.35
Probabilidade de igualdade : 67.64 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
194
Grupo I – Masseter Direito – Repouso
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I – Masseter Dir.-Repouso
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.85
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 1.59
Média da amostra (D) : 1.47
Probabilidade de igualdade : 58.06 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Masseter Direito – Máximo Apertamento
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoI–Masseter.Dir.-Máx. Apert.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.65
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 177.92
Média da amostra (D) : 184.77
Probabilidade de igualdade : 53.56 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Masseter Direito – Mastigação do Lado Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoI–Masseter Dir.-Mastig.Dir.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.84
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 130.60
Média da amostra (D) : 121.91
Probabilidade de igualdade : 57.46 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
195
Grupo I – Masseter Direito – Mastigação do Lado Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoI-Masseter Dir.-Mastig.Esq.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.26
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 74.98
Média da amostra (D) : 77.86
Probabilidade de igualdade : 78.60 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Masseter Esquerdo – Repouso
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo I-Masseter Esq. - Repouso
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.43
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 1.49
Média da amostra (D) : 1.59
Probabilidade de igualdade : 67.94 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Masseter Esquerdo – Máximo Apertamento
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoI–Masseter Esq.-Máx. Apert.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.47
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 172.44
Média da amostra (D) : 178.75
Probabilidade de igualdade : 65.36 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
196
Grupo I – Masseter Esquerdo – Mastigação do Lado Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:Grupo I Masseter Esq.-Mastig.Dir
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.48
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 86.47
Média da amostra (D) : 65.55
Probabilidade de igualdade : 3.34 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.05 .
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo I – Masseter Esquerdo – Mastigação do Lado Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoI-Masseter Esq.-Mastig.Esq.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.05
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 139.36
Média da amostra (D) : 137.94
Probabilidade de igualdade : 91.24 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Temporal Direito – Repouso
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II – Temp. Dir - Repouso
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.23
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 2.04
Média da amostra (D) : 1.81
Probabilidade de igualdade : 25.00 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
197
Grupo II – Temporal Direito – Máximo Apertamento
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoII –Temp. Dir.- Max. Apert.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.24
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 154.10
Média da amostra (D) : 157.67
Probabilidade de igualdade : 80.10 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Temporal Direito – Mastigação do Lado Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II-Temp. Dir.-Mastig.Dir
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.23
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 92.81
Média da amostra (D) : 95.12
Probabilidade de igualdade : 80.56 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Temporal Direito – Mastigação do Lado Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II-Temp.Dir.-Mastig.Esq.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.21
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 65.83
Média da amostra (D) : 64.25
Probabilidade de igualdade : 81.98 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
198
Grupo II – Temporal Esquerdo – Repouso
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: Grupo II - Temp.Esq. - Repouso
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.24
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 1.76
Média da amostra (D) : 1.71
Probabilidade de igualdade : 79.86 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Temporal Esquerdo – Máximo Apertamento
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:Grupo II– Temp. Esq.-Máx. Apert.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.74
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 180.11
Média da amostra (D) : 228.26
Probabilidade de igualdade : 2.20 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.05 .
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Temporal Esquerdo – Mastigação do Lado Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:Grupo II – Temp.Esq.-Mastig.Dir.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.40
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 71.10
Média da amostra (D) : 67.56
Probabilidade de igualdade : 70.06 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
199
Grupo II – Temporal Esquerdo – Mastigação do Lado Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: GrupoII-Temp.Esq.-Mastig.Esq.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 4.18
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 84.25
Média da amostra (D) : 108.57
Probabilidade de igualdade : 0.26 %
---------------------------------------------------
alfa = 0.01.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Masseter Direito – Repouso
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: GrupoII-Masseter Dir. - Repouso
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.94
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 2.00
Média da amostra (D) : 1.41
Probabilidade de igualdade : 8.20 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Masseter Direito – Máximo Apertamento
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoII-Masseter Dir.-Máx.Apert.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 2.08
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 138.18
Média da amostra (D) : 171.23
Probabilidade de igualdade : 6.52 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
200
Grupo II – Masseter Direito – Mastigação do Lado Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoII–Masseter Dir.-Mastig.Dir.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.80
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 82.38
Média da amostra (D) : 90.66
Probabilidade de igualdade : 55.00 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Masseter Direito – Mastigação do Lado Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoII-Masseter Dir.-Mastig.Esq.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.96
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 41.02
Média da amostra (D) : 45.92
Probabilidade de igualdade : 63.76 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Masseter Esquerdo – Repouso
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada: GrupoII-Masseter Esq.-Repouso
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.06
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 1.41
Média da amostra (D) : 1.42
Probabilidade de igualdade : 90.82 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
201
Grupo II – Masseter Esquerdo – Máximo Apertamento
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoII-Masseter Esq.-Máx.Apert.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.32
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 152.99
Média da amostra (D) : 172.70
Probabilidade de igualdade : 21.82 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Masseter Esquerdo – Mastigação do Lado Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoII-Masseter Esq.-Mastig.Dir.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.92
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 32.75
Média da amostra (D) : 36.88
Probabilidade de igualdade : 61.70 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Grupo II – Masseter Esquerdo – Mastigação do Lado Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra utilizada:GrupoII-Masseter Esq.-Mastig.Esq.
Dados vinculados : 10 pares
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.73
Graus de liberdade : 9
Média da amostra (A) : 81.75
Média da amostra (D) : 91.97
Probabilidade de igualdade : 50.78 %
---------------------------------------------------
alfa > 0,05.
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
202
SINTOMATOLOGIA DOLOROSA
Análise estatística pelo teste t de student de amostras independentes (não
pareadas) para se verificar diferenças entre os dois grupos, MI e RC.
Percentual de Redução da Intensidade dos Sintomas de Dor
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
Resultados do teste
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra A: RC ( 10 dados )
Amostra B: MI ( 10 dados )
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.22
Graus de liberdade : 18
Média da amostra (RC) : 91.90
Média da amostra (MI) : 100.00
Probabilidade de igualdade : 23.84 %
---------------------------------------------------
Näo-significante, amostras iguais, α>0,05
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Percentual de Redução da Freqüência da Dor
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
Resultados do teste
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra A: RC ( 10 dados )
Amostra B: MI ( 10 dados )
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.52
Graus de liberdade : 18
Média da amostra (RC) : 79.04
Média da amostra (MI) : 92.07
Probabilidade de igualdade : 14.36 %
---------------------------------------------------
Näo-significante, amostras iguais, α>0,05
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
203
Percentual de Redução da Duração da Dor
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
Resultados do teste
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra A: RC ( 10 dados )
Amostra B: MI ( 10 dados )
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.02
Graus de liberdade : 18
Média da amostra (RC) : 83.18
Média da amostra (MI) : 83.00
Probabilidade de igualdade : 93.48 %
---------------------------------------------------
Näo-significante, amostras iguais, α>0,05
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Percentual de redução da Intensidade da Dor à Palpação
Masseter Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
Resultados do teste
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra A: RC ( 10 dados )
Amostra B: MI ( 10 dados )
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.19
Graus de liberdade : 18
Média da amostra (RC) : 78.40
Média da amostra (MI) : 86.67
Probabilidade de igualdade : 24.94 %
---------------------------------------------------
Näo-significante, amostras iguais, α>0,05
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Masseter Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
Resultados do teste
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra A: RC ( 10 dados )
Amostra B: MI ( 10 dados )
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.87
Graus de liberdade : 18
Média da amostra (RC) : 78.06
Média da amostra (MI) : 84.99
Probabilidade de igualdade : 59.74 %
---------------------------------------------------
Näo-significante, amostras iguais, α>0,05
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
204
Temporal Direito
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
Resultados do teste
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra A: RC ( 10 dados )
Amostra B: MI ( 10 dados )
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.33
Graus de liberdade : 18
Média da amostra (RC) : 91.48
Média da amostra (MI) : 96.94
Probabilidade de igualdade : 19.92 %
---------------------------------------------------
Näo-significante, amostras iguais, α>0,05
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Temporal Esquerdo
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
Resultados do teste
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra A: RC ( 10 dados )
Amostra B: MI ( 10 dados )
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 1.69
Graus de liberdade : 18
Média da amostra (RC) : 85.06
Média da amostra (MI) : 96.20
Probabilidade de igualdade : 10.42 %
---------------------------------------------------
Näo-significante, amostras iguais, α>0,05
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
A nexo E A nálise Estatística
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
205
QUANTIDADE (%) DE CONTATOS INICIAIS SOBRE A PLACA OCLUSAL
Análise estatística pelo teste t de student de amostras independentes (não
pareadas) para se verificar diferenças entre os dois grupos, MI e RC.
╔═══════════════════════════════════════════════════╗
Resultados do teste
╠═══════════════════════════════════════════════════╣
Amostra A: MI ( 10 dados )
Amostra B: RC ( 10 dados )
---------------------------------------------------
Valor calculado de t : 0.4
Graus de liberdade : 18
Média da amostra (MI) : 45.65
Média da amostra (RC) : 42.10
Probabilidade de igualdade : 69.58 %
---------------------------------------------------
Näo-significante, amostras iguais, α>0,05
╚═══════════════════════════════════════════════════╝
Anexo F Sintom atologia D olorosa em Números Absolutos (EAV) Antes e D epois do Tratamento
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
206
ANEXO F
SINTOMATOLOGIA DOLOROSA EM NÚMEROS ABSOLUTOS (EAV)
ANTES E DEPOIS DO TRATAMENTO
INTENSIDADE, FREQÜÊNCIA, DURAÇÃO E TEMPO DA DOR
Grupo I
Grupo II
Intensidade
(0-10)
Freqüência
(dias/semana)
Duração
(horas/dia)
Pac.
A D %R
A D %R A D %R
Tempo
(meses)
1
5 0 100
7 3 57,1 8 5 37,5 2
2
3 0 100
2 0 100 8 0 100 72
3
5 0 100
4 1 75 16 0,5 96,8 24
4
6 0 100
3 0 100 16 0 100 24
5
2 0 100
7 0 100 8 0 100 18
6
2 0 100
3 2 33,3 1 0,5 50 12
7
6 0 100
7 0 100 16 0 100 8
8
7 0 100
7 0 100 16 0 100 48
9
7 1 85,7
4 2 50 16 2 87,5 8
10
3 2 33,3
4 1 75 5 2 60 36
Média 4,6 0,3 91,9
4,8 0,8 79,04
11 1,0 83,18
25,2
Intensidade
(0-10)
Freqüência
(dias/semana)
Duração
(horas/dia)
Pac.
A D %R
A D %R A D %R
Tempo
(meses)
1
2 0 100
3 0 100 16 0 100 36
2
2 0 100
4 1 75 5 1 80 18
3
7 0 100
4 0 100 16 0 100 18
4
8 0 100
7 0 100 16 0 100 6
5
6 0 100
5 1 80 6 3 50 36
6
4 0 100
5 1 80 2 1 50 36
7
8 0 100
7 0 100 16 0 100 12
8
6 0 100
7 1 85,7 4 2 50 6
9
4 0 100
6 0 100 5 0 100 4
10
2 0 100
2 0 100 2 0 100 6
Média 4,9 0 100
5 0,4 92,07
8,8 0,7 83 17,8
Anexo F Sintom atologia D olorosa em Números Absolutos (EAV) Antes e D epois do Tratamento
D issertação de M estrado M arcelo M atida Hamata
207
DOR À PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS MASSETERES E TEMPORAIS
Grupo I
Masseter Temporal
Direito
Esquerdo
Direito
Esquerdo
Pac.
A D %R
A D %R
A D %R
A D %R
1
8,3 1,3 84,3
6 1,3 78,3
5 0 100
5,7 0,3 94,7
2
4 0 100
6,3 0,7 88,8
3 0 100
3 0,3 90
3
7,3 2,7 63
7,3 3,7 49,3
2,7 0 100
3 0 100
4
9 0 100
5 0 100
8 1 87,5
5,7 0 100
5
6,7 1,3 80,5
5,7 1,3 77,1
4,7 0,3
93,6
5 0,3 94
6
7,7 1,7 77,9
6,7 1 85
0,3 0 100
2 0 100
7
8,7 0 100
8 0 100
7,3 0 100
8 0 100
8
7 2 71,4
7 2 71,4
6 0,7
88,3
6 1 83,3
9
9,7 1 89,6
8,7 0 100
8,3 0 100
8 0 100
10
3,7 0 100
3,3 0 100
0,3 0 100
0,6 0 100
Média 7,21
1,0 86,67
6,4 1,0 84,99
4,56
0,2
96,94
4,7 0,19
96,2
Grupo II
Masseter Temporal
Direito
Esquerdo
Direito
Esquerdo
Pac.
A D %R
A D %R
A D %R
A D %R
1
8,3 2,3 72,2
8,3 2,3 72,2
7,7 1,3
83,1
6,3 2 68,2
2
5,6 0,6 89,2
6,7 0,6 91
5,3 0 100
5,3 0,3 94,3
3
5 0,3 94
4,3 0,3 93
4 0 100
4,7 0 100
4
7 0 100
8 0 100
6 0 100
5 0 100
5
8,3 2,3 72,2
6,3 3,3 47,6
2 0 100
3 0 100
6
6,3 2,7 57,1
5 2,3 54
2,7 0,7
74
3 1,7 43,3
7
6 0 100
5,3 0 100
1 0 100
5 0 100
8
5 2 60
6,7 2,6 61,1
1 0,3
70
1,3 0,3 76,9
9
6,3 1 84,1
5,7 0,7 87,7
5 0 100
5 0 100
10
6,7 3 55,2
7,7 2 74
5,7 0,7
87,7
5,3 1,7 67,9
Média 6,45
1,42
78,4
6,33
1,41 78,06
4,04 0,3
91,48
4,39
0,6 85,06
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo