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Avaliação da estabilidade de cor após o
envelhecimento acelerado de dois silicones
pigmentados ou não para uso em próteses
faciais
Daniela Nardi Mancuso
Araçatuba
2005
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DANIELA NARDI
DANIELA NARDI DANIELA NARDI
DANIELA NARDI
MANCUSO
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MANCUSO
AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE COR APÓS O
ENVELHECIMENTO ACELERADO DE DOIS
SILICONES PIGMENTADOS OU NÃO PARA USO EM
PRÓTESES FACIAIS
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia da Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
Campus de Araçatuba, para obtenção do
título de MESTRE em Odontologia, pelo
programa de Pós-Graduação em
Odontologia (Área de Concentração em
Prótese Dentária).
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Coelho
Goiato
Co-orientador: Prof. Dr. Stefan Fiuza de
Carvalho Dekon
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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da FOA / UNESP
Mancuso, Daniela Nardi
M269a Avaliação da estabilidade de cor após o envelhecimento
acelerado de dois silicones pigmentados ou não para uso em
próteses faciais / Daniela Nardi Mancuso. -- Araçatuba : [s.n.],
2005.
150 f. : il.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Odontologia, Araçatuba, 2005
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Coelho Goiato
Co-orientador: Prof. Dr. Stefan Fiúza de Carvalho Dekon
1.Prótese maxilofacial. 2.Silcone. 3.Pigmentação em prótese.
Black D72
CDD 617.601
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NOME : DANIELA NARDI MANCUSO
NASCIMENTO : 03/09/1978
NATURALIDADE : São Bernardo do Campo-SP
FILIAÇÃO : Luiz Carlos Sanchez Mancuso
Marisa Concetta Nardi Mancuso
1999/2002 : Graduação
Faculdade de Odontologia de Araçatuba-
UNESP
2001/2003..................: Estágio no Serviço de Prótese Buco-maxilo-
facial, do Centro de Oncologia Bucal, Unidade
Auxiliar da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP (718 horas).
2003/2003 : Estágio junto à Disciplina de Prótese Parcial
Removível do Departamento de Materiais
Odontológicos e Prótese da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP.
2004/2005..................: Curso de Pós-Graduação em Odontologia na
Faculdade de Odontologia de Araçatuba -
UNESP - nível Mestrado.
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Dedico este trabalho aos meus queridos
pais, Luiz Carlos Sanchez Mancuso e Marisa Concetta
Nardi Mancuso, por todo apoio carinhoso que me foi
dado para que fosse possível a concretização desta
etapa tão importante de minha vida.
Ao meu irmão, Sandro, que embora distante,
sempre me ajudou, de uma forma ou de outra na
realização deste trabalho, tendo grande importância em
minha vida.
Ao Edgar, meu noivo, pelo incentivo e por
toda a confiança que sempre depositou em mim,
mantendo-se sempre ao meu lado.
Aos grandes amigos que sempre
compreenderam a necessidade da minha ausência.
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A Deus, por abençoar meus passos,
permitindo que eu chegasse à conquista de um grande
sonho.
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Especialmente ao Prof. Dr. Marcelo Coelho
Goiato, meu orientador, pela amizade e pela confiança
depositada em mim desde o início de minha graduação.
Por estar sempre ao meu lado, oferecendo-me as
oportunidades, guiando-me de uma forma brilhante
para que eu conseguisse chegar até aqui.
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Especialmente ao Prof. Dr. Stefan Fiuza de
Carvalho Dekon, co-orientador da minha tese, por todo
o carinho e ajuda que me foi prestada.
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À Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” e especialmente à Faculdade de Odontologia
do Campus de Araçatuba UNESP, por ter me acolhido e
proporcionado meu aprendizado.
Ao Departamento de Materiais Odontológicos e
Prótese da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP,
professores e funcionários, por todos estes anos de convívio.
Aos professores do Curso de Pós-Graduação em
Prótese Dentária, da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
- UNESP, Prof. Dr. Eduardo Piza Pellizzer, Prof. Dr. Paulo
Renato Junqueira Zuim, Prof. Dr. Eduardo Passos Rocha,
Prof. Dr. Wirley Gonçalves Assunção, Prof. Dr. Alício
Rosalino Garcia, e Profª Dra. Eulália Maria Martins da Silva,
que diretamente participaram da minha formação intelectual
e profissional.
Ao Centro de Oncologia Bucal COB da Faculdade
de Odontologia de Araçatuba UNESP, em nome dos
professores, funcionários e voluntários, por todo o carinho e
atenção que sempre tiveram comigo e com o meu trabalho.
Especialmente aos professores Wilson Roberto
Poi, Sandra Rahal Mestrener, Mara Antônio Monteiro de
Castro, Cléa Adas Saliba Garbin, Elói Dezan Júnior e Idelmo
Rangel Garcia Júnior que sempre acreditaram em mim e me
incentivaram a seguir a carreira acadêmica.
Aos meus colegas de curso de pós-graduação, Ana
Carolina, Michele, José Vitor, Eduardo, Lucas, Marcelo,
Manoel e Carlos, pela amizade, convivência e grandes
ensinamentos.
13
Às secretárias Ana e Maria Lúcia do
Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese e aos
técnicos de laboratório, em especial ao Jânder, por toda a
ajuda.
À Empresa Tekno S/A Divisão de Tintas Kroma,
em especial agradecimento ao Diretor Sr. Airton Carrasco
Rodrigues e aos técnicos de laboratório Ana Maria e
Jéferson, pelo uso dos equipamentos necessários, além da
colaboração e atenção oferecidas no desenvolvimento deste
projeto.
Às bibliotecárias Ana e Izamar e aos funcionários
da biblioteca da Faculdade de Odontologia de Araçatuba -
UNESP, pela orientação e dedicação à correção estrutural
deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Mário Alexandre Coelho Sinhoreti, da
Disciplina de Materiais Dentários da Faculdade de
Odontologia de Piracicaba - UNICAMP, pela atenção e
execução da análise estatística.
Às demais pessoas que contribuíram ou
participaram direta ou indiretamente da elaboração deste
trabalho e que, por ventura, eu tenha me esquecido de
agradecer.
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MANCUSO, D. N. Avaliação da estabilidade de cor após o envelhecimento acelerado de
dois silicones pigmentados ou não para uso em próteses faciais, 2005. 150f. Dissertação
(Mestrado) Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”, Araçatuba, 2005.
RESUMO
O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar a estabilidade de cor dos silicones
faciais pigmentados e não pigmentados após o envelhecimento acelerado. Foram
utilizados dois silicones, sendo um de fabricação estrangeira, próprio para
próteses faciais, e um silicone acético de fabricação nacional, de uso industrial.
Foram confeccionados 24 corpos-de-prova para cada silicone, divididos em
grupos incolor e pigmentados intrinsecamente com: cerâmica; maquiagem;
óxido de ferro. Os grupos foram submetidos ao sistema acelerado de
envelhecimento para não-metálicos ultravioleta B / condensação (Comexim,
Brasil). Foi feita leitura inicial e após períodos correspondentes a 163, 351, 692
e 1000 horas de envelhecimento, através do método visual de comparação e da
análise por espectrofotômetro de reflexão Color-Eye (MacBeth, USA),
utilizando o Sistema CIE L*a*b*. Os valores foram submetidos à análise de
variância e teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade. Todos os grupos
apresentaram estabilidade de cor no método visual de comparação. Mas, com
relação à espectrofotometria de reflexão, após as 1000 horas de envelhecimento
acelerado, tanto o 732 RTV, quanto o MDX, pigmentados com maquiagem,
18
apresentaram alteração de cor. Para o grupo incolor, em 351 horas de
envelhecimento, tanto o 732 RTV, quanto o MDX, apresentaram alteração.
Conclui-se então que os dois silicones possuem boa estabilidade de cor em todos
os grupos estudados, com exceção da maquiagem que foi considerada a mais
instável dentre os pigmentos para os dois silicones.
Palavras-chave: Prótese maxilofacial. Silicone. Pigmentação em prótese.
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MANCUSO, D. N. Evaluation of color stability after accelerated aging of two silicone
pigmented or not for use in facial prostheses, 2005. 150f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade
de Odontologia, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araçatuba, 2005.
ABSTRACT
The objective of this research was evaluating the color stability of the facial
silicones pigmented and without pigmentation after the accelerated aging. A
foreign silicone created specifically for facial prostheses and a national acetic
silicon for industrial use were used in research. 20 bodies-of-proof were made
for each silicone, divided in colorless and intrinsically pigmented groups with:
ceramic; make-up; oxide of iron. The groups were submitted to the accelerated
System of aging for no-metallic - Ultraviolet B / condensation (Comexim,
Brazil). An initial evaluation and evaluations after 163, 351, 692 and 1000 hours
of aging were made. The visual method of comparison and the analysis for
reflection spectrophotometer Color-Eye (MacBeth, USES) were used with the
CIE L*a*b * System. The values were submitted to the variance analysis and
Tukey´s test in level of 5% of probability. All groups presented color stability in
visual method. After 1000 hours of accelerated aging, Silastic 732 RTV and
MDX, both pigmented with make-up presented color change in
spectrophotometer analysis. The Silastic 732 RTV and MDX colorless groups
presented color change in 351 hours of aging. It was concluded that all groups of
21
both silicones had good color stability, except make-up group that was
considered the most unstable pigment for both silicones.
Keywords: Maxillofacial prosthesis. Silicones. Prosthesis coloring.
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Figura 1 -
Silastic 732 RTV (Dow Corning do Brasil Ltda,SP, Brasil)
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Figura 2 -
Silastic MDX 4-4210 (Dow Corning Corporation, Mi,
EUA)
76
Figura 3 -
Maquiagem (Payot, SP, Brasil)
77
Figura 4 -
Cerâmica (Corin Corantes Industriais, SP, Brasil)
78
Figura 5 -
Óxido de ferro (Bayer S.A., SP, Brasil)
78
Figura 6 -
Matriz metálica retangular composta por gesso ortodôntico
branco (Orto-Rio Produtos Odontológicos, SP, Brasil).
79
Figura 7 -
Moldes em cera rosa 7 Wilson (Polidental Indústria e
Comércio Ltda, SP, Brasil) com comprimento de 7mm,
largura de 5mm e 2mm de espessura, empregados na
confecção das matrizes de gesso.
80
Figura 8 -
Balança de precisão (BEL Equipamentos Analítico, SP,
Brasil)
82
Figura 9 -
Silicone na matriz após passada a espátula para manter a
regularização da espessura.
82
Figura 10 -
Corpos-de-prova Silastic MDX 4-4210
83
Figura 11 -
Corpos-de-prova Silastic 732 RTV
83
Figura 12 -
Equipamento empregado para o envelhecimento acelerado
para não-metálicos Ultravioleta B / condensação
(Matérias Primas Ind. Com. Ltda., SP, Brasil).
84
Figura 13 -
Corpos-de-prova presos com clipes plásticos na placa
metálica.
85
Figura 14 -
Verso da placa metálica contendo a identificação dos 5
corpos-de-prova de cada subgrupo.
85
Figura 15 -
Corpos-de-prova colocados em dupla, lado a lado, em cima
de uma placa metálica branca para comparação visual.
90
Figura 16 -
Espectrofotômetro Color Eye (MacBeth
Divisão da
Kollmorgan, USA).
92
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Figura 17 -
Princípio de um espectrofotômetro
93
Figura 18 -
Cores no sistema L, a, b (Hunter Associates Laboratory
Inc, Faifers, Virginia, USA).
94
Figura 19 -
Leitura sendo realizada sobre a placa metálica branca no
Espectrofotômetro Color Eye..
96
Figura 20 -
Resultados da leitura dos subgrupos incolor e cerâmica
realizada sobre a placa metálica no Espectrofotômetro
Color Eye
96
Figura 21 -
Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic
MDX 4-4210 incolor antes (A) e após (B) as 1000 horas de
envelhecimento acelerado.
107
Figura 22 -
Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic
732 RTV incolor antes (A) e após (B) as 1000 horas de
envelhecimento acelerado.
107
Figura 23 -
Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic
MDX 4-4210 pigmentado com cerâmica antes (A) e após
(B) as 1000 horas de envelhecimento acelerado.
108
Figura 24 -
Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic
732 RTV pigmentado com cerâmica antes (A) e após (B)
as 1000 horas de envelhecimento acelerado.
108
Figura 25 -
Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic
MDX 4-4210 pigmentado com maquiagem antes (A) e
após (B) as 1000 horas de envelhecimento acelerado.
109
Figura 26 -
Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic
732 RTV pigmentado com maquiagem antes (A) e após (B)
as 1000 horas de envelhecimento acelerado.
109
Figura 27 -
Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic
MDX 4-4210 pigmentado com óxido de ferro antes (A) e
após (B) as 1000 horas de envelhecimento acelerado
110
Figura 28 -
Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic
732 RTV pigmentado com óxido de ferro antes (A) e após
(B) as 1000 horas de envelhecimento acelerado.
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Tabela 1 -
Subgrupos de corpos-de-prova para os dois silicones para
uso facial
81
Tabela 2 -
Valores médios das derivadas das leituras dos corpos-de-
prova do Silastic 732 RTV: incolor com os três tipos de
pigmentos.
98
Tabela 3 -
Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do
Silastic MDX 4-4210: incolor e com os três tipos de
pigmentos.
100
Tabela 4 -
Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do 732
RTV incolor e do MDX 4-4210 incolor.
102
Tabela 5 -
Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do 732
RTV e do MDX pigmentados com óxido de ferro.
103
Tabela 6 -
Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do 732
RTV e do MDX pigmentados com cerâmica.
104
Tabela 7 -
Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do 732
RTV e do MDX pigmentados com maquiagem.
105
Tabela 8 -
Comparação visual entre os corpos-de-prova
confeccionados em Silastic MDX 4-4210 incolor após os
períodos de envelhecimento acelerado em relação ao grupo
controle.
106
Tabela 9 -
Comparação visual entre os corpos-de-prova
confeccionados em Silastic 732 RTV incolor após os
períodos de envelhecimento acelerado em relação ao grupo
controle.
107
Tabela 10 -
Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados
em Silastic MDX 4-4210 pigmentado com cerâmica após
os períodos de envelhecimento acelerado em relação ao
grupo controle.
107
Tabela 11 -
Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados
em Silastic 732 RTV pigmentado com cerâmica após os
períodos de envelhecimento acelerado em relação ao grupo
controle.
108
Tabela 12 -
Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados
em Silastic MDX 4-4210 pigmentado com maquiagem
após os períodos de envelhecimento acelerado em relação
108
26
ao grupo controle.
Tabela 13 -
Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados
em Silastic 732 RTV pigmentado com maquiagem após os
períodos de envelhecimento acelerado em relação ao grupo
controle.
109
Tabela 14 -
Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados
em Silastic MDX 4-4210 pigmentado com óxido de ferro
após os períodos de envelhecimento acelerado em relação
ao grupo controle.
110
Tabela 15 -
Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados
em Silastic 732 RTV pigmentado com óxido de ferro após
os períodos de envelhecimento acelerado em relação ao
grupo controle.
110
Tabela 16 -
Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do
MDX incolores e pigmentados com cerâmica após 163
horas de envelhecimento acelerado.
137
Tabela 17 -
Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do
MDX pigmentados com maquiagem e óxido de ferro após
163 horas de envelhecimento acelerado.
138
Tabela 18 -
Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do
MDX incolores e pigmentados com cerâmica após 351
horas de envelhecimento acelerado.
139
Tabela 19 -
Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do
MDX pigmentados com maquiagem e óxido de ferro após
351 horas de envelhecimento acelerado.
140
Tabela 20 -
Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do
MDX incolores e pigmentados com cerâmica após 692
horas de envelhecimento acelerado.
141
Tabela 21 -
Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do
MDX pigmentados com maquiagem e óxido de ferro após
692 horas de envelhecimento acelerado.
142
Tabela 22 -
Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do
MDX incolores e pigmentados com cerâmica após 1000
horas de envelhecimento acelerado.
143
Tabela 23 -
Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do
MDX pigmentados com maquiagem e óxido de ferro após
1000 horas de envelhecimento acelerado.
144
Tabela 24 -
Teste de Tukey para médias de tempo dentro de MDX do
145
27
fator material e incolor do fator corante.
Tabela 25 -
Teste de Tukey para médias de tempo dentro de MDX do
fator material e cerâmica do fator corante.
145
Tabela 26 -
Teste de Tukey para médias de tempo dentro de MDX do
fator material e maquiagem do fator corante.
145
Tabela 27 -
Teste de Tukey para médias de tempo dentro de MDX do
fator material e óxido de ferro do fator corante.
146
Tabela 28 -
Teste de Tukey para médias de tempo dentro de 732 RTV
do fator material e incolor do fator corante.
146
Tabela 29 -
Teste de Tukey para médias de tempo dentro de 732 RTV
do fator material e cerâmica do fator corante.
146
Tabela 30 -
Teste de Tukey para médias de tempo dentro de 732 RTV
do fator material e maquiagem do fator corante.
147
Tabela 31 -
Teste de Tukey para médias de tempo dentro de 732 RTV
do fator material e óxido de ferro do fator corante.
147
Tabela 32 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 163 hs
do fator tempo e incolor do fator corante.
147
Tabela 33 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 163 hs
do fator tempo e cerâmica do fator corante.
147
Tabela 34 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 163 hs
do fator tempo e maquiagem do fator corante.
148
Tabela 35 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 163 hs
do fator tempo e óxido de ferro do fator corante.
148
Tabela 36 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 351 hs
do fator tempo e incolor do fator corante.
148
Tabela 37 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 351 hs
do fator tempo e cerâmica do fator corante.
148
Tabela 38 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 351 hs
do fator tempo e maquiagem do fator corante.
148
Tabela 39 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 351 hs
do fator tempo e óxido de ferro do fator corante.
149
Tabela 40 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 692 hs
do fator tempo e incolor do fator corante.
149
28
Tabela 41 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 692 hs
do fator tempo e cerâmica do fator corante.
149
Tabela 42 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 692 hs
do fator tempo e maquiagem do fator corante.
149
Tabela 43 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 692 hs
do fator tempo e óxido de ferro do fator corante.
149
Tabela 44 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 1000 hs
do fator tempo e incolor do fator corante.
150
Tabela 45 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 1000 hs
do fator tempo e cerâmica do fator corante.
150
Tabela 46 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 1000 hs
do fator tempo e maquiagem do fator corante.
150
Tabela 47 -
Teste de Tukey para médias de material dentro de 1000 hs
do fator tempo e óxido de ferro do fator corante.
150
29
L
LL
L
L
LL
L
I
II
I
I
II
I
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S
S
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CC
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O
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S
SS
S
S
SS
S
Gráfico 1 -
Valores espectrais padrões em função do comprimento de
onda.
93
Gráfico 2 -
Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova
confeccionados em Silastic 732 RTV pigmentados com
maquiagem, óxido de ferro, cerâmica e incolor.
99
Gráfico 3 -
Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova
confeccionados em MDX pigmentados com maquiagem,
óxido de ferro, cerâmica e incolor.
101
Gráfico 4 -
Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova
confeccionados em 732 RTV incolor e MDX 4-4210
incolor.
102
Gráfico 5 -
Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova
confeccionados em 732 RTV e MDX pigmentados com
óxido de ferro
103
Gráfico 6 -
Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova
confeccionados em 732 RTV e MDX pigmentados com
cerâmica.
104
Gráfico 7 -
Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova
confeccionados em 732 RTV e MDX pigmentados com
maquiagem.
105
30
L
LL
L
L
LL
L
I
II
I
I
II
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S
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S
SS
S
S
SS
S
Quadro 1 -
Nome comercial, fabricante e lote dos tipos de silicone
utilizados
75
Quadro 2 -
Sistemas de coloração dos silicones
77
31
L
LL
L
L
LL
L
I
II
I
I
II
I
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S
S
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S
S
SS
S
R.T.V.
=
Room Temperature Vulcanizing (Polimerizado à
temperatura ambiente)
H.T.V. =
Heat Temperature Vulcanizing (Polimerizado pelo calor)
°C =
Graus Celsius
µm =
Micrometro
mm =
Milímetro (unidade de medida equivalente a 10
-3
m)
% =
Porcentagem
UV =
Radiação ultravioleta
UVA =
Radiação ultravioleta A
UVB =
Radiação ultravioleta B
n° =
Número
nm =
Nanômetro
h =
Horas
W =
Watts
32
S
SS
S
S
SS
S
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m
m
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33
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SS
S
S
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S
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M
M
MM
M
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RR
R
R
RR
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I
II
I
I
II
I
O
OO
O
O
OO
O
1 INTRODUÇÃO
31
2 REVISÃO DA LITERATURA
39
3 PROPOSIÇÃO
72
4 MATERIAL E MÉTODO
74
4.1 Material
4.2 Método
4.2.1 Confecção da matriz
4.2.2 Confecção dos corpos-de-prova
4.2.3 Processo de envelhecimento das amostras
4.2.4 Processo de leitura das amostras
a) Método visual de comparação
b) Processo de leitura por espectrofotômetro de reflexão
75
79
79
80
84
88
88
90
5 RESULTADO
97
5.1 Processo de leitura por espectrofotômetro de reflexão
5.2 Método visual de comparação
98
106
6 DISCUSSÃO
112
6.1 Processo de leitura por espectrofotômetro de reflexão
6.1.1 Silastic 732 RTV
6.1.2 Silastic MDX 4-4210
6.1.3 Silastic 732 RTV X Silastic MDX 4-4210
6.2 Método visual de comparação
6.3 Método de exposição dos corpos de prova
114
114
117
121
123
124
34
7 CONCLUSÃO
126
REFERÊNCIAS
129
ANEXOS
136
35
I
II
I
I
II
I
n
nn
n
n
nn
n
t
tt
t
t
tt
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11
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O
OO
O
oda deformidade seja ela em local de
maior exposição social, como a face, ou não,
desencadeia no paciente problemas de ordem
psicológica, relacionados ao convívio social
(REZENDE et al.,1986;
REZENDE, 1997). No
entanto, essa deformidade pode ter causa
congênita, assim como ser causada por traumas ou
oncocirurgias, mas em qualquer destas
circunstâncias um mesmo efeito relacionado ao
comportamento humano como traumas, complexos
e isolamento social.
Porém, existem alguns tratamentos que podem melhorar esta
condição do paciente como o plástico-cirúrgico, que é a reposição de um tecido
ou órgão perdido por meio da cirurgia plástica, ou a aloplastia, que no caso
realiza a reposição de um tecido ou órgão perdido por meio de próteses
artificiais. Mas, de acordo com Rezende et al. (1986), numerosas condições e
circunstâncias podem contra-indicar o tratamento plástico-cirúrgico, como: as
T
TT
T
T
TT
T
37
condições locais do tecido, quanto ao aspecto de possível recidiva do tumor
maligno que causou a deformidade facial; as condições vasculares precárias
circunvizinhas à lesão, devido ao tratamento radioterápico prévio, no caso de
tumores malignos; a extensão da perda; o estado geral e a idade do paciente; as
limitações econômicas; as relutâncias do paciente em se submeter às diversas
intervenções plástico-cirúrgicas de retoque.
Quando da contra-indicação ou impossibilidade do tratamento
plástico-cirúrgico, o único recurso para a recuperação estética e funcional do
mutilado da face é o tratamento protético (GUIOTTI; GOIATO, 2004;
MEKAYARAJJANANONTH et al., 2000). Quando indicada a reabilitação
desses pacientes por meio da aloplastia ou restauração protética, esta oferece
condições bastante satisfatórias na recuperação da estética e do bem estar
pessoal, tornando possível a reintegração desses indivíduos em seu meio social e
familiar, agindo como terapia psicológica e, assim, tornando-os mais felizes e
seguros.
No entanto, são consideradas desvantagens da reconstrução
protética: a) a possibilidade de deslocamento da prótese; b) a cor da prótese não
se alterar com as mudanças climáticas como faz o tecido adjacente; c) o exame
da deformidade no ato de colocação e retirada da prótese lembrar o paciente de
sua deformidade; d) a alteração cromática da prótese observada após poucos
meses de uso (JANI; SHAFF, 1978). Por outro lado, são vantagens
inquestionáveis deste tipo de tratamento: a) não necessitar de procedimento
38
cirúrgico; b) reduzir o tempo de permanência do paciente no hospital; c) ter
custo baixo; d) permitir a inspeção da área lesada (BRENNER; BERGER,
1992).
Bulbulian (1965) definiu a prótese maxilofacial como a arte e a
ciência da reconstrução anatômica, funcional e cosmética através da substituição
artificial das regiões da maxila, mandíbula e face perdidas por cirurgia, injúria
ou malformações congênitas.
Dentro deste contexto, as próteses faciais são fundamentais na
reabilitação estética, funcional e psíquica dos pacientes com deformidades
faciais (FONSECA, 1966). Elas têm como objetivos principais restaurar a
aparência (estética ou cosmética) do paciente, restaurar a função, proteger os
tecidos expostos e cruentos e agir como terapia psicológica. No entanto,
Karayazgan et al. (2003) afirmaram que embora o objetivo de uma prótese facial
seja satisfazer as necessidades estéticas dos pacientes e melhorar a sua qualidade
de vida, é importante que o paciente seja informado a respeito da estética que
pode ser conseguida com a prótese, bem como a limitação dos materiais, para
que não haja desapontamento quando a prótese for finalizada.
Atualmente, vários materiais têm sido desenvolvidos com o
intuito de se aproximar às características naturais dos tecidos como as resinas
acrílicas, poliuretanos, cloretos polivinílicos, polietilenos e os silicones
(AZAMBUJA et al., 1994; LEWIS; CASTLEBERRY, 1980). No entanto, a
39
tentativa do ser humano de restaurar aloplasticamente o tecido é tão antiga
quanto à formação das civilizações (CARVALHO et al., 1998).
Mas embora esses materiais tenham sido desenvolvidos após
vários estudos, ainda não um material considerado ideal que preencha todos
os requisitos listados por Bulbulian (1945) e ainda complementados por outros
autores (ANDRES et al., 1992; GRAZIANI, 1950; LEWIS; CASTLEBERRY,
1980;
MOORE et al., 1977; REZENDE; MARINGONI FILHO, 1979),
considerados necessários para se confeccionar uma prótese perfeita que imite
fielmente a pele em qualquer condição de variação desta e que seja durável
(ACKERMAN, 1955).
Dentre os materiais disponíveis para a confecção das próteses
maxilofaciais, os mais utilizados são a resina acrílica termicamente ativada e os
silicones, polimerizados pelo calor (H.T.V.) e à temperatura ambiente (R.T.V.)
(BULBULIAN, 1965; HANSON et al., 1983; POLYZOIS, 1999).
Embora o silicone estivesse comercialmente disponível após a
Segunda Guerra Mundial, seu uso médico iniciou-se em 1953, sendo o primeiro
produto o S-7911 (ABDELNNABI et al., 1984; CHALIAN; PHILLIPS, 1974).
Segundo Ishigami et al. (1997), o silicone tem uma maior
alteração de cor e deterioração das margens e por isso, requer trocas periódicas
de 6 meses a 1 ano. Além disso, é mais difícil de ser pigmentado e menos
duradouro pela instabilidade de cor quando expostos aos raios ultravioletas, à
poluição do ar e às mudanças de temperatura e umidade (GARY et al., 2001;
40
LEMON et al., 1995). No entanto, o silicone apresenta uma boa flexibilidade, é
mais confortável ao paciente (BENOIST, 1962) e, além disso, oferece à prótese
facial uma textura semelhante à pele humana (ORIBE, 1965).
Mas, apesar do uso crescente dos silicones, Roberts (1957)
reforçou a defesa do uso de materiais rígidos como materiais reconstrutores,
citando as seguintes vantagens: estabilidade de forma, tonalidade básica de pele
satisfatória, facilmente modificados por tintas e corantes, fáceis de limpar e de
se ligar quimicamente a outros plásticos. No entanto, por serem rígidos tornam-
se, na maioria das vezes, indesejáveis pelo paciente devido ao desconforto.
A dificuldade do protesista esem conseguir confeccionar uma
prótese que segurança ao paciente permitindo que ele a use sem medo. Para
isso, o material que a constitui deve ter boas propriedades físicas e mecânicas,
ter uma vida útil satisfatória em termos de resistência e de deterioração das
bordas e, principalmente, deve manter seu padrão estético de cor com o uso por
um determinado tempo.
Segundo Cantor et al. (1969), os resultados de tratamento
protético são influenciados pela natureza do defeito, a habilidade do protesista, e
as propriedades dos materiais utilizados. Para eles, as propriedades mais críticas
são estética, durabilidade e facilidade no manuseio. Sobre isso, Chen et al.
(1981) disseram que os pacientes se preocupam mais com a durabilidade e
estética da prótese e afirmaram, ainda, que a prótese deva ser durável, estética e
estável em relação à cor.
41
Portanto, para a confecção de próteses maxilofaciais, deve haver
um respeito em relação à forma, volume, posição, textura e translucidez. Mas,
apesar da necessidade da escolha de um bom material, percebe-se que a cor vem
sendo uma das maiores dificuldades encontradas pelo protesista uma vez que
devido à ação de agentes externos há uma alteração de cor que compromete a
dissimulação do defeito facial. Mas, o mais importante para que uma prótese
seja considerada esteticamente agradável é que haja a reprodução da cor da parte
perdida e que esta se misture com os tecidos circunvizinhos a ponto de ser quase
que imperceptível àqueles que observam o seu portador (NEVES; VILELA,
1998; TURNER et al. 1984). Entretanto, a correta coloração das próteses faciais,
de forma que se iguale à cor da pele do paciente, tem sido um desafio para os
protesistas, constituindo um dos passos mais delicados da confecção dessas
aloplastias.
Dentro deste contexto, vários métodos de pigmentação foram
testados no intuito de se alcançar a estabilidade de cor tanto para pigmentações
intrínsecas quanto extrínsecas frente à exposição aos fatores ambientais
(HANSON et al., 1983; KIAT-AMNUAY et al., 2002; LEOW et al., 2002 ).
No entanto, na revisão de literatura de Gary e Smith, 1998
encontrou-se uma variedade de métodos de testes de estabilidade de cor, mas
poucas investigações relacionando a estabilidade de cor dos pigmentos com a
dos elastomeros maxilofaciais (GARY et al. 2001).
Diante do exposto, considerando a diversidade de materiais,
42
pigmentos e métodos para avaliar a estabilidade de cor das próteses
maxilofaciais, julgamos conveniente avaliar a estabilidade de cor de silicones
para uso facial pigmentados ou não após o envelhecimento acelerado.
43
R
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RR
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AA
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azendo uma revisão da literatura, tem-se que os silicones
surgiram comercialmente após a Segunda Guerra Mundial, ao redor de 1946,
mas começaram a ser pesquisados e utilizados na área médica a partir de
1953 (ABDELNNABI et al., 1984). No entanto, a prótese bucomaxilofacial é
bem mais antiga, que se encontram em escavações arqueológicas múmias
egípcias com olhos, narizes e orelhas artificiais confeccionados em couro, tela e
cera (CARVALHO et al., 1998).
Inicialmente, Bulbulian (1945) considerou como
requisitos necessários para os materiais para prótese bucomaxilofacial
os seguintes itens: biocompatibilidade; flexibilidade; leveza; baixa
condutibilidade térmica; durabilidade; translucidez e amoldabilidade;
fácil duplicação; boa caracterização e fácil higiene.
Em seguida, Graziani (1950) incluiu os seguintes
requisitos: resistência à flexão, ao choque e à tração; inalterabilidade
quanto à forma e ao volume. O autor definiu ainda que a elasticidade e
a flexibilidade do material protético deveriam se aproximar à textura
da pele, para que a prótese facial não permanecesse sem vida, por
F
FF
F
F
FF
F
45
mais perfeita que fosse sua escultura e adaptação.
No entanto, Ackerman, (1955), afirmou que infelizmente
não existe um material que preencha todos os requisitos necessários
para se confeccionar uma prótese perfeita que imite fielmente a pele
em qualquer condição de variação desta e que seja durável.
Diante disso, Roberts (1957)
relatou que sua experiência
na especialidade mostrou que o insucesso das próteses faciais foi
causado principalmente pelas limitações das propriedades dos
materiais existentes. Concordou com o fato de que, infelizmente, não
existe um material que preencha todos os requisitos necessários para
se confeccionar uma prótese perfeita. Dentre os requisitos por ele
citados, destacamos: a flexibilidade - o material deve ser mole e
flexível como o tecido e acompanhar as expressões faciais; a
durabilidade - o material deve ter vida indefinida, conservando sua
textura sem sofrer os efeitos do sol, da umidade e de substâncias
químicas presentes no ar. Considerou que os materiais utilizados para
restaurações faciais podem ser rígidos e flexíveis. Os flexíveis são
mais adaptáveis a estas reparações, pois acompanham as expressões
faciais e conferem maior naturalidade às próteses. Sabe-se que são
46
menos duráveis que os materiais rígidos, pois a umidade e as
substâncias químicas, presentes no ar, afetam sua vida, e as epíteses,
construídas com certos materiais flexíveis, têm de ser refeitas
constantemente.
Dentro deste contexto, Benoist (1962) citou as qualidades
exigidas para a confecção de epíteses. Ele destacou a maciez e a
leveza, além de defender que devido à mobilidade que a face imprime
a estas próteses e as deformações constantes, um material bastante
flexível e elástico seria capaz de conservar uma adaptação satisfatória
e perfeita. Mas, infelizmente, segundo o autor, estas substâncias
apresentam porosidade, facilitando a impregnação de poeira, fumaça
de cigarro e outros agentes.
Em 1965, Bulbulian fez uma citação de novos materiais
introduzidos na especialidade, dando destaque aos silicones, dentre
eles, o R.T.V. que é um silicone polimerizado à temperatura ambiente.
Neste mesmo ano, Oribe (1965) afirmou que a grande
elasticidade e resiliência das borrachas de silicone dão à prótese facial
uma textura semelhante a da pele humana e permitem o
aproveitamento das irregularidades ou ângulos mortos para a perfeita
47
retenção, não produzindo irritações ou ferimentos em suas bordas por
amortizar as pressões causadas pelos movimentos musculares. Eles
afirmaram ainda que os silicones são elastômeros, compostos por
macromoléculas, formados pela união de 2000 a 10000 unidades
moleculares, unidas por ligações siloxano e que tecnicamente sua
denominação é um poliorgano siloxano.
Fonseca (1966) afirmou que as próteses faciais podem ser tão ou
mais grotescas que a própria deformidade. Dessa forma, a estética das próteses é
de fundamental importância na redução do problema dos pacientes com
deformidades faciais.
Pensando nisso, Cantor et al. (1969) fizeram o estudo sobre
métodos para avaliar materiais protéticos de próteses maxilofaciais, avaliando
estética e cor. Eles afirmaram que o sucesso do resultado estético e a
reconstrução protética facial imperceptível são determinados primariamente pela
natureza do defeito físico, pela habilidade e experiência do profissional e pelas
propriedades dos materiais empregados. O espectrofotômetro de reflexão foi o
indicado para avaliar, medir e registrar a quantidade de luz refletida no espectro
visível para cada comprimento de onda, e a partir daí tornou-se, então, possível
caracterizar os pigmentos que contribuem quantitativamente a uma certa cor.
Com isso, eles conseguiram considerar que após poucos meses de uso, houve
mudanças de cor e distorção das margens nas próteses, tornando-as
48
desagradáveis e angustiantes.
Kanter (1970) analisou o uso dos silicones R.T.V. em
próteses faciais e concluiu que eles podem ser usados em qualquer
caso. Diante disso, classificou as vantagens desse material em relação
às propriedades físicas e mecânicas, quanto à estabilidade dimensional
e térmica, elasticidade, flexibilidade e a textura de pele normal.
Afirmou ainda que esse material pode ser facilmente pigmentado,
moldado e polimerizado em temperatura ambiente, tendo uma efetiva
aparência estética. Além disso, as técnicas de processamento são
comparativamente mais simples e mais precisas do que as dos outros
materiais. No entanto, as principais desvantagens do silicone são: a
sua baixa resistência à tração e ao rasgamento nas finas bordas da
prótese.
Sweeney et al. (1972) avaliaram as propriedades dos
materiais bucomaxilofaciais e concluíram que uma das áreas críticas é
a margem onde a restauração entra em contato com o tecido
remanescente. Eles afirmaram que essa margem deve ser muito fina
para responder aos movimentos dos tecidos da face e
conseqüentemente manter o padrão estético. No entanto, o material
49
deve também ser bastante flexível e estável quando exposto às
mudanças de temperatura e à irradiação solar e ainda, não deve ser
afetado pelas secreções da pele. Segundo os autores, um ano é o
tempo máximo de vida útil da prótese, e a maioria dos pacientes
necessita de uma substituição em aproximadamente seis a oito meses.
Dentro deste contexto, Chalian e Phillips (1974)
estudando os materiais empregados em prótese bucomaxilofacial,
destacaram para as próteses extra-orais, os silicones R.T.V. e H.T.V.
Os silicones R.T.V. são compostos de polímeros de cadeias de
silicones relativamente curtas, sendo bloqueadas parcialmente pelos
grupos hidroxila. Neste grupo, destacam os silicones: Silastic 382 e
399 (Dow Corning Corporation), sendo que, as próteses podem ser
confeccionadas, utilizando-se de moldes de gesso. os silicones
H.T.V. foram especialmente desenvolvidos para prótese
bucomaxilofacial pela Dow Corning Corporation (Silastic MDX 4-
4514, MDX 4-4515, MDX 4-4516) e pela General Eletric, que criou
um silicone com finalidades protéticas. As próteses confeccionadas
com silicones H.T.V. são processadas em moldes metálicos e
polimerizadas à temperatura de 17 C em calor seco, por
50
aproximadamente 20 minutos.
Sendo assim, Lewis et al., em 1977, avaliaram alguns materiais
para uso em próteses maxilofaciais e afirmaram que o silicone RTV Silastic 4-
4210 era na época promissor nestas aplicações com excelentes propriedades
mecânicas, de fácil processamento e baixo custo.
Neste mesmo ano, Yu et al. (1977) definiram que o Silastic 4-
4210 é processado em temperatura ambiente, é simples e conveniente para ser
processado, quando polimerizado possui excelentes propriedades físicas e
mecânicas e que estas características não são alteradas pelo envelhecimento
acelerado.
No entanto, Moore et al. (1977), avaliando os materiais
poliméricos para próteses faciais, concluíram que as propriedades mais
desejáveis nesses materiais são: facilidade de moldagem inicial e duplicação;
facilidade de coloração intrínseca e extrínseca; flexibilidade semelhante à da
pele humana; estabilidade; facilidade de aderência aos tecidos vivos; resistência
à ruptura das bordas muito finas; facilidade de limpeza sem perda dos detalhes
superficiais ou marginais; e ausência de citotoxidade e sensibilidade do tecido
receptor.
Craig et al.
(1978) testaram a estabilidade de cor de um polivinil
não pigmentado, uma poliuretana, e 4 silicones (Silastic 382, Silastic 399,
Silastic 4-4210, Silastic 4-4515). Antes e depois do envelhecimento acelerado de
900 horas, todos os materiais foram avaliados com um espectrofotômetro e as
51
amostras foram colocadas em uma câmara com uma fonte luminosa de xenônio
de 2500-W. No entanto, todos os silicones mostraram estabilidade de cor boa,
embora o Silastic 4-4210 pareceu ter as melhores propriedades globais.
Em 1978, Jani e Schaaf realizaram uma pesquisa através de
questionários para avaliar as razões dos pacientes para não usarem suas próteses
faciais confeccionadas no Instituto Memorial Roswell Park (EUA). Foram
entrevistados 143 pacientes, apenas 76 responderam aos questionários, dos quais
38 estavam usando suas próteses e outros 38 não estavam. Dentre as explicações
para os pacientes não utilizarem suas próteses, foram selecionadas a falta de
retenção, recorrência da lesão cancerígena, insatisfação com a forma e com a
caracterização das restaurações, irritação dos tecidos pelo uso de adesivos ou
mesmo pela prótese, peso excessivo da prótese e fragilidade dos tecidos
subjacentes. Além disso, a maioria das próteses que foram refeitas dentro de um
ano sofreu mudanças de cor; deterioração do material e ruptura das margens.
Rezende e Maringoni Filho (1979) realizaram uma análise de
diversos materiais rígidos e flexíveis de fabricação nacional e estrangeira, e
observaram que as propriedades que esses materiais deveriam apresentar para
serem utilizados em próteses faciais eram: compatibilidade; flexibilidade;
leveza; translucidez; amoldabilidade; baixa condutibilidade térmica;
durabilidade; cil duplicação; fácil aquisição; fácil higienização; estabilidade
dimensional; resistência à tração e ao rasgamento e possibilidade de colagem
aos tecidos.
52
Em seguida, Koran et al. (1979) afirmaram que o Silastic 4-4210
era indicado como material para uso em próteses maxilofaciais porque: o
polímero é um líquido viscoso moderado; em trabalhos recentes demonstraram
ser estável em cor e fácil de ser pigmentado.
Partiu-se então para estudos que avaliassem ao mesmo tempo o
material de escolha com e sem pigmento. Desta forma, Koran et al. (1979)
testaram 11 pigmentos minerais de terra secos com o Silastic 4-4210. As cores
foram identificadas como branco, amarelo, laranja amarronzado, preto,
vermelho, azul, marrom claro, marrom avermelhado, amarelo claro, médio e
escuro, e amarelo alaranjado. Antes e depois do envelhecimento acelerado com
uma fonte luminosa de xenônio de 2500-W, todos os materiais foram avaliados
com um espectrofotômetro. Foram descobertas mudanças muito pequenas em
cor, mas este achado não explicou o grau de degradação de cor que é vista
clinicamente.
Em seguida, Yu et al. (1980a) avaliaram a estabilidade das
propriedades físicas de vários materiais elastoméricos maxilofaciais sob
condições de envelhecimento acelerado equivalente a três anos de uso clínico. A
resistência à tração, a máxima porcentagem de alongamento, a resistência ao
cisalhamento, a energia de ruptura e a dureza Shore A foram determinadas antes
e após o envelhecimento. Os materiais utilizados neste estudo foram: um cloreto
polivinílico (Prototype III); um poliuretano (Epithane 3); três silicones R.T.V.
(Silastic 382, 399 e o 4-4210) e um silicone H.T.V. (Silastic 4-4515). Os autores
53
concluíram que o poliuretano foi o único material altamente afetado pelo
envelhecimento, apresentando uma severa degradação após 600 horas de teste.
O material que exibiu a melhor estabilidade, foi o Silastic 4-4515. Porém,
quando outras propriedades foram avaliadas, como a facilidade de
processamento, baixa viscosidade e a temperatura com a qual o silicone é
polimerizado, o Silastic R.T.V. 4-4210 foi considerado o melhor material de
escolha para próteses entre os produtos avaliados neste estudo.
No mesmo ano, Yu et al., (1980b) avaliaram as propriedades
físicas dos silicones para prótese maxilofaciais pigmentados em função do
envelhecimento acelerado por 900 horas utilizando o Silastic 4-4210 e 11
pigmentos minerais de terra secos. Foi medido o poder de ruptura, a máxima
percentual de alongamento, resistência ao cisalhamento, dureza Shore A,
deformação permanente e as amostras duplicadas foram colocadas em câmara de
envelhecimento acelerado com luz de xenônio de 2500-W com filtro de
borosilicato, que produz um espectro similar ao do sol. Neste estudo os autores
concluíram que as propriedades físicas e mecânicas do material podem variar de
acordo com a adição dos pigmentos, mas que estas alterações são muito
pequenas e por isso insuficientes para condenar o uso em clínica.
Outros trabalhos a seguir passaram a utilizar os mesmos recursos
como o de Weins (1980) que investigou a estabilidade de cor em elastômeros
faciais usando fontes luminosas artificiais, câmaras artificiais de exposição ao
tempo por 900 horas, e espectrofotômetro de reflexão.
54
Em seguida, Lewis e Castleberry (1980) avaliaram os recentes
avanços dos materiais para próteses bucomaxilofaciais e dividiram os critérios
para um material ideal em duas categorias: características de processamento e
características de performance. Com relação às características de processamento,
a matéria-prima de um material deveria ser facilmente produzida e barata. Além
disso, o material não deveria sofrer contração, a viscosidade deveria ser baixa o
suficiente para permitir a reprodução fiel da superfície do molde e o tempo de
trabalho deveria ser longo o suficiente. Já com relação à performance, o material
deveria ser forte e consistente, porém macio e flexível o suficiente para
responder aos movimentos faciais do paciente. No entanto, os autores
concluíram que muita pesquisa ainda deve ser feita sobre os materiais, pois, o
tempo de processamento ainda é muito longo para muitos materiais e a
coloração extrínseca é extremamente difícil de ser conseguida. A adaptação e
fixação das próteses ao paciente continuam necessitando de muita melhora, pois
as margens são difíceis de mascarar mesmo com os melhores materiais. Além
disso, as próteses grandes, confeccionadas pela maioria dos materiais, são muito
pesadas e pobremente retidas e o manchamento das próteses pelas comidas,
cosméticos e tabaco é um sério problema. Assim, Lewis e Castleberry (1980)
declararam que as propriedades de cor ideais exigidas em um material protético
para prótese maxilofacial têm de aceitar e reter a coloração intrínseca e
extrínseca. Além disso, a aparência e a força mecânica da prótese não devem ser
alteradas por luz solar ou outros fatores ambientais.
55
Ainda neste ano, McCabe e Storer (1980), em estudo sobre a
estabilidade dimensional dos materiais de moldagem elastoméricos, observaram
que a contração de polimerização dos silicones por condensação é influenciada
pela evaporação de produtos voláteis, como o álcool.
Chen et al. (1981) afirmaram que a instabilidade de cor da prótese
pode ser atribuída à exposição à luz ultravioleta (UV), poluição de ar, mudanças
de temperatura e umidade. Além disso, o modo de segurar a prótese para limpar
e a aplicação de adesivos e aditivos cosméticos podem também alterar as
propriedades sicas e a estabilidade de cor do material. Pesquisas informaram
ainda que o desvanecimento de cor é a razão mais freqüente do pacientes de
repugnar suas próteses.
Hanson et al., (1983) afirmaram que, dentre os materiais, os mais
utilizados para a confecção de próteses faciais são: resinas acrílicas
termicamente ativadas; poliuretanos; polietilenos; silicones polimerizados pelo
calor (H.T.V.) e à temperatura ambiente (R.T.V.). Além disso, acreditam
também que a instabilidade de cor da prótese possa ser atribuída à exposição à
luz ultravioleta (UV), poluição de ar, mudanças de temperatura e umidade. Além
disso, a observação de Hanson et al. (1983) de que a compleição natural da pele
pode ser alterada pelo uso de cosméticos e substâncias matizantes, levou-os a
empregar esses cosméticos para a coloração intrínseca das próteses, com
excelentes resultados quando se empregavam alguns tipos de cosméticos, como
os fabricados por Elizabeth Arden Inc. Outros, de outras fórmulas e
56
procedências, não apresentavam resultados excelentes por conterem veículos
diluentes que se alteravam em contato com o silicone MDX-4-4210, empregado
na confecção das próteses. Entretanto, o uso de cosméticos à base de pigmentos
óxidos provou ser eficiente e prático, eliminando a necessidade de um estoque
grande de cores para silicones.
Em seguida, Turner et al. (1984) avaliaram o poliuretano com 4
sistemas de coloração: tinta óleo, pigmentos de terra seco, Kaolin modificado
com pigmento de terra seco a 7% a 10% em peso e pigmentos de pele da Daro
produzidos para uso em Epithane. As amostras foram submetidas à câmara de
envelhecimento acelerado Weather Ometer por 900h e a análise de estabilidade
de cor de cada sistema de coloração foi feita pelo método visual de comparação
e pelo espectrofotômetro de reflexão. Os sistemas de coloração, pigmentos de
terra secos e tinta a óleo, mostraram-se similares na estabilidade de cor e foram
recomendados para uso em clínica. O Kaolin teve a maior alteração de cor e o
Daro embora tenha tido a menor alteração de cor, teve o maior decréscimo em
resistência após o envelhecimento. Os autores não encontraram alterações
significantes entre os grupos, em ambos os métodos de avaliação.
Por outro lado, McElroy et al. (1985) avaliaram os níveis
de vapor de ácido acético liberado durante o manuseio do Silastic
Medical Adhesive Type A (Dow Corning - USA). Os autores
afirmaram que, de acordo com as instruções de uso dos fabricantes,
57
aproximadamente 6,4% do produto são emitidos na forma de vapor de
ácido acético durante a polimerização. Este vapor, em concentração
suficiente, é um risco à saúde e pode causar irritação e injúrias à pele,
aos olhos, à mucosa e aos pulmões. Os autores verificaram, durante
seus experimentos, que uma pequena quantidade de ácido era emitida
quando o Silastic era usado, não havendo um acúmulo significante de
vapor na área de trabalho. Entretanto, a pequena proximidade do
operador e do paciente da fonte de emissão do vapor pode resultar em
irritação da mucosa nasal e dos olhos. O Instituto Nacional de
Segurança e Saúde Ocupacional (EUA) recomenda que, para combater
os riscos potenciais, deve-se utilizar um pequeno ventilador para
dispersar e diluir os vapores de ácido acético da área de trabalho e
evitar colocar o material antes da polimerização, diretamente sobre a
pele do paciente.
Rezende et al. (1986) e Rezende (1997)
defenderam que a
cirurgia plástica é o tratamento de escolha, quando houver
circunstâncias favoráveis, pois certamente a reparação autoplástica, ou
seja, aquela realizada em tecido vivo é muito mais desejável do que a
reparação aloplástica ou artificial.
58
Seluk et al. (1987) avaliaram a estabilidade de cor do Silastic
44210 com pigmentos de de cerâmica antes e após o envelhecimento
acelerado em câmara por 900 horas. As amostras foram avaliadas em
espectrofotômetro de duplo feixe de luz e as cores foram determinadas por curva
de reflexão obtida em espectro visível entre 400 e 700 nm. Os autores
perceberam que os pigmentos sintetizados em matriz de porcelana geralmente
apresentam melhor estabilidade de cor comparados com os mesmos pigmentos
que não foram incorporados na matriz de porcelana o que afirma que
provavelmente os pigmentos sintetizados têm potencial para produzirem
próteses para reconstruções maxilofaciais estáveis.
Questionou-se então a possibilidade de haver diferenças entre a
alteração de cor devido à exposição à câmaras de envelhecimento acelerado e à
exposição direta à luz solar e condições ambientais. Foi pensando nisso que
Takamata et al. (1989) avaliaram a alteração de cor de dois silicones de uso em
prótese maxilofacial (MDX 4-4210 RTV e o MDX 4-4515 HTV) expondo-
os a luz solar. Os espécimes foram expostos ao sol de Indianápolis durante 6
meses e analisados pela comparação visual e pela comparação feita no medidor
de Croma. Verificaram-se diferenças relativas na cromaticidade após 6 meses
quando examinadas contra fundo branco e cinza. Além disso, o HTV mostrou
maior diferença de cor do que o RTV quando examinados contra os 3 fundos.
Por outro lado, no grupo controle, o HTV teve diferença significativa em relação
ao RTV apenas contra o fundo branco. Os resultados indicaram então que o sol e
59
as condições ambientais podem não ser responsáveis pelas mudanças de cor e
sugere que o envelhecimento ao invés da exposição solar resultam na maioria
das mudanças de cor observadas nas bases dos polímeros estudados (RTV e
HTV).
Carvalho (1989), em sua tese de livre-docência, fez uma
avaliação das propriedades físicas dos dois primeiros silicones
nacionais R.T.V., para uso em prótese facial, o Facsil L (lenta
polimerização) e o Facsil R (rápida polimerização), desenvolvidos na
Disciplina de Prótese Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia
da Universidade de São Paulo, além do silicone MDX 4-4210,
fabricado nos Estados Unidos e do Rapidaflex, resina resiliente de
fabricação nacional. Os materiais, estudados em seu estado original,
bem como submetidos ao envelhecimento artificial por 70 horas a 70°
C, foram avaliados com relação às seguintes propriedades: alteração
dimensional, alongamento de ruptura, resistência à tração ou tensão de
ruptura; dureza Shore A e resistência ao rasgamento. O autor
constatou que não houve alterações dimensionais nos três silicones
estudados, ou seja, obteve a comprovação de que os silicones
apresentaram uma excelente estabilidade dimensional.
Em seguida, Saboya (1990), em sua tese de mestrado,
60
realizou uma pesquisa visando conhecer melhor o comportamento de
três silicones acéticos fabricados no Brasil quanto à liberação de ácido
acético presente na formulação dos mesmos. O autor encontrou
valores muito próximos entre si nos três silicones e constatou que,
após 24 horas, os produtos se estabilizavam quanto à liberação de
ácido acético. Comentou ainda, que novas pesquisas devem ser
realizadas para permitir o uso dos referidos produtos (Silastic 732
R.T.V., Rhodoastic 151 e TH 213) dentro da especialidade da Prótese
Bucomaxilofacial.
Têm sido destacados muitos tipos de pigmentos no mercado,
disponíveis tanto para pigmentações intrínsecas quanto extrínsecas dos diversos
tipos de materiais utilizados para confecção das próteses faciais. Segundo Mayer
(1991) os pigmentos podem ser classificados de acordo com a cor e origem
deles, como o elemento de seu componente principal. O termo "orgânico" pode
ser aplicado a pigmento animal, vegetal, ou pigmentos orgânicos sintéticos,
sendo derivados de átomos de hidrogênio e carbono. Por outro lado, o termo
"inorgânico" pode ser aplicado a pigmentos de terra natural, de terra natural
calcinada ou de origem sintética, contendo átomos de metal.
Andres et al. (1992) estudando os efeitos dos fatores ambientais
sobre os elastômeros maxilofaciais, realizaram um levantamento internacional
61
que consistia em seis questões enviadas à Associação da Academia Americana
de Prótese Maxilofacial, aos diretores dos Programas de Prótese da graduação e
pós-graduação e aos membros da Associação Americana de Aloplastia (uma
organização de protéticos) com o propósito de determinar quais eram os
materiais mais freqüentemente utilizados por eles na fabricação de próteses
faciais, as vantagens e desvantagens desses materiais, os métodos de coloração
adotados por eles, e as propriedades que eles consideravam ideais em um
material. Os resultados desse levantamento indicaram que a maioria dos
protesistas e protéticos estavam usando um silicone R.T.V., sendo o MDX 4-
4210, o mais popular; a coloração era feita intrinsecamente com pigmentos
secos terrestres ou pigmentos artísticos; as maiores vantagens, listadas pelos
entrevistados, foram o uso de modelos de gesso, facilidade de manipulação, de
coloração e de limpeza e possibilidade de margens finas; as maiores
desvantagens citadas foram a baixa resistência das margens, a descoloração com
o tempo, a sensibilidade da técnica, pobre compatibilidade com adesivos, o peso
de próteses grandes, dureza e insuficiente elasticidade. As características
consideradas ideais a um material foram: a presença de propriedades sicas e
mecânicas similares aos tecidos vivos que estão sendo substituídos,
apresentando estabilidade dimensional, reprodução de detalhes, alta resistência
das margens, alta elasticidade e baixo peso. O material deveria ser compatível
com os tecidos vivos, não-tóxicos, antialérgicos e de fácil limpeza.
Em 1992, Brenner e Berger defendem a escolha pela restauração
62
aloplástica afirmando que além de todos os benefícios encontrados na
reabilitação protética em relação à cirurgia plástica, há ainda a redução do tempo
de permanência do paciente no hospital, além da diminuição do custo.
De acordo com Phillips (1993), os silicones por condensação são
polímeros que consistem em um polidimetil siloxano. Segundo o autor, todas as
borrachas contraem-se ligeiramente durante a polimerização, como resultado da
redução do volume devido às ligações cruzadas e, durante a presa, os silicones
por condensação perdem álcool etílico (subproduto da reação de polimerização)
e isto é acompanhado por uma contração. Como a reação de polimerização
continua mesmo após a presa clínica, a contração de polimerização também
continua.
Embora haja uma diversidade de materiais, Azambuja et
al. (1994) afirmaram que, a escolha destes baseia-se, principalmente,
na habilidade técnica do profissional, na condição econômica do
paciente e nas necessidades clínicas de cada caso.
Em 1995, Lemon et al. avaliaram a efetividade de uma
luz absorvedora de UV (adicionada intrinsecamente) na estabilidade
de cor de um silicone RTV pigmentado (mistura de MDX 4-4210 e
adesivo médico tipo A). A Concentração normal deste composto de
benzotriazola na indústria é de 0.5% a 1% de peso; neste estudo, a luz
63
absorvedora de UV foi acrescentada acima de 0.25% de peso para as
amostras. As combinações de pigmentos testadas foram ocre
amarelado, cádmio vermelho e siena queimada em uma base média de
óleo. A cor foi avaliada com temperatura artificial, usando uma fonte
luminosa de xenônio e direta exposição ao ar livre. A análise do
espectrofotômetro foi executada para avaliar mudanças de cor. Os
autores concluíram que ocorreram mudanças de cor e que o
envelhecimento artificial causou uma maior mudança que o
envelhecimento ao ar livre. A luz absorvedora de UV neste estudo não
protegeu as amostras das mudanças.
No mesmo ano, Beatty et al. (1995) avaliaram a alteração de cor
expondo o elastômero A-2186 e 5 pigmentos de terra secos a 2 tipos de luz
ultravioleta (UVA e UVB). A mudança de cor foi medida com um
espectrofotômetro de reflexão e calculada. Os autores concluíram que é
considerável a estabilidade de cor dos pigmentos e do elastômero. As alterações
de cor que ocorrem logo que a prótese é confeccionada podem ser causadas por
mudanças químicas que acontecem dentro do elastômero ou por perda de cor
que acontece com certos pigmentos sensíveis à ação da luz ultravioleta.
Entretanto, a alteração de longa duração pode ser causada por mudança de cor
dentro do elastômero em resposta a exposição à luz ultravioleta.
64
Na tentativa de aumentar o tempo de vida útil das próteses
maxilofaciais, Ishigami et al. (1997) confeccionaram uma prótese facial em
porcelana unida ao metal. As características da prótese confeccionada em
porcelana foram comparadas com uma confeccionada em silicone. Os autores
citaram que um dos problemas do silicone é a sua rápida deterioração,
principalmente a mudança de cor, atribuída aos efeitos dos raios ultravioletas e à
deposição de resíduos microscópicos nas porosidades do material. Outro
problema é a deterioração das margens da prótese devido ao uso de adesivos e
ao manuseamento diário pelo paciente. A porcelana é um material que mantém
indefinidamente a estabilidade de cor, além de possuir melhor resistência
marginal. Entretanto, a adaptação marginal e a textura de superfície das próteses
confeccionadas com silicone as tornam mais aceitáveis esteticamente.
Em seguida, Neves e Villela (1998) desenvolveram uma escala
de tonalidades de pele humana em silicone acético (Silastic 732 R.T.V.). Foram
confeccionados vinte e sete corpos-de-prova, pigmentados com óxidos de ferro e
dióxido de titânio. A quantidade de silicone acético manteve-se constante em
todos os corpos-de-prova, e os pigmentos foram misturados a ela em várias
proporções até a obtenção de vinte e sete diferentes tonalidades. Através da
comparação da cor dos corpos-de-prova com a cor da pele de quarenta e um
indivíduos, foram selecionados os cinco corpos-de-prova com as tonalidades que
mais se igualavam à cor da pele dos pacientes.
65
Portanto, a partir da revisão destes e de outros trabalhos, Gary e
Smith (1998) deduziram que o silicone RTV e os pigmentos exibem uma
mudança de cor esperada e os pigmentos internos podem resultar em menor
perda de cor, porque haveria menos chance dos pigmentos serem dissolvidos
durante a limpeza da prótese. Eles sugeriram instruir o paciente no cuidado das
próteses faciais, prolongando assim a longevidade da prótese. Os pacientes
deveriam ainda ser encorajados, segundo eles a evitar exposição prolongada a
luz solar, usar chapéus e óculos de sol. Eles deveriam evitar usar cosméticos na
prótese; até mesmo se fosse maquilagem à base de água, pois a lavagem repetida
poderia dissolver e remover alguns pigmentos da superfície externa. Os
pacientes não deveriam usar nenhum solvente como álcool de isopropil para
limpar a prótese porque poderia causar dissolução dos pigmentos e ainda
deveriam evitar fumar porque poderiam manchar a prótese nasal, por exemplo.
Anusavice (1998) afirmou que, devido ao fato de os polímeros de
silicone serem líquidos, a sílica coloidal ou as micropartículas de óxidos
metálicos são adicionadas como carga para formar uma pasta. A seleção e o pré-
tratamento dispensado às cargas são de extrema importância, uma vez que os
silicones têm um baixo nível de energia coesiva e, portanto, uma interação
molecular fraca. O tamanho das partículas de carga deve estar dentro de certos
limites, entre 5 e 10 µm. As partículas pequenas tendem a se agregar, mas as
maiores se separam do polímero, não contribuindo como agente de reforço do
material.
66
Assim, Polyzois (1999) relatou que os silicones são os materiais
mais populares para a confecção de próteses faciais, existindo duas
variedades: os silicones polimerizados à temperatura ambiente (R.T.V.) e os
polimerizados pelo calor (H.T.V.). Segundo o autor, a preferência pelo
silicone, especialmente o tipo R.T.V. tem sido esmagadora.
Haug et al., em 1999, avaliaram a estabilidade de cor de
elastômeros pigmentados, com exposição ao tempo. Foram fabricados 15
espécimes para cada um dos elastômeros (Silastic Adesivo Médico tipo A,
Silastic 4-4210, e Silicone A-2186) e 6 pigmentos (pigmentos de terra seca,
fibras de raiom, tintas a óleo, kaolin, cosméticos líquidos e sem pigmentação),
formando um total de 270 espécimes (18 grupos de 15 espécimes cada). Os 15
espécimes de cada combinação elastômero-pigmento foram separados em 3
subgrupos (controle, envelhecimento e exposição natural), tendo cada um desses
subgrupos 5 espécimes. Os autores notaram alterações na cor, como resultado do
envelhecimento, em muitos dos elastômeros pigmentados, assim como nos
materiais elastoméricos sem pigmentação e sem exposição natural. Concluíram
então que a adição de corantes nos silicones alteraram o efeito do tempo tanto na
coloração como nas propriedades do material, pois os pigmentos tendem a
“proteger” os silicones da ação do tempo, possivelmente por bloquear a radiação
de luz no elastômero, e que os pigmentos inorgânicos (pigmentos de terra secos,
kaolin, tintas óleo e cosméticos líquidos) são mais estáveis com a ação do tempo
do que os corantes orgânicos (fibras de raiom).
67
Segundo Mekayarajjananonth et al. (2000),
apesar de os recursos
técnico-cirúrgicos terem progredido muito nos últimos tempos, há casos de
defeitos congênitos e adquiridos em que ainda é aconselhável a restauração por
próteses.
Em 2001, Gary et al. declararam que apesar de muitos pigmentos
serem testados a cada dia, uma falta de informação sobre eles, sendo
impossível comparar um estudo com o outro, já que as nomenclaturas são
confusas por não serem padronizadas. Os autores fizeram um estudo com um
elastômero RTV, um pigmento inorgânico natural e dois pigmentos orgânicos
sintéticos. Os grupos foram expostos à luz solar em diferentes lugares como
Flórida e Arizona. Antes e depois da exposição o parâmetro de cor de cada
espécime foi determinado espectrofotometricamente. Contudo, as mudanças de
cor que aconteceram no Arizona foram maior do que as produzidas na Flórida.
Além disso, os autores afirmaram que a aceleração da alteração de cor foi
alcançada através de radiação solar em associação a outros fatores como
temperatura de ar, umidade relativa, umidade causada por precipitação
meteorológica, e possíveis poluentes de ar. Pelo fato da radiação ultravioleta
variar substancialmente em função da estação do ano, a exposição ao ar livre de
acordo com cada estação pode causar discordância relativa à taxa aparente de
degradação em polímeros sintéticos e agentes de coloração.
Recentemente, Kiat-Amnuay et al. (2002) procuraram avaliar o
efeito dos opacificadores usados em diferentes quantidades na estabilidade de
68
cor do silicone A-2186 antes e depois do envelhecimento. Sessenta grupos
experimentais compostos de silicone foram usados em várias concentrações
(5%, 10% e 15%) de opacificadores (pó calcinado, branco e pigmento seco de
titânio branco) com um dos cinco grupos de pigmentos cosméticos de terras
secos (sem pigmentação controle, vermelho, amarelo ocre, siena queimada, e
uma mistura de todos os pigmentos). Todos os espécimes foram colocados em
uma câmera de envelhecimento expostos à luz, spray de água, temperaturas
flutuantes e umidade. Os autores concluíram que a mistura de pigmentos
cosméticos de terra secos com opacificadores não protegem o silicone A-2186
dos efeitos da degradação de cor, especialmente no caso de pigmentos
vermelhos.
No experimento de Leow et al. (2002), sete cores de pigmentos,
consideradas essenciais para alcançar uma coloração satisfatória em próteses
maxilofaciais, foram comparadas pela sua estabilidade de cor por três
formulações selecionadas. No total, 21 pigmentos foram testados. Os pigmentos
presentes em suspensões, pastas ou pigmentos secos, foram expostos por 9
meses à luz ultravioleta, temperaturas elevadas e várias concentrações de
salinidade. Como resultado, obteve-se que a descoloração dos pigmentos foi
atribuída à luz ultravioleta. as amostras de silicone pigmentado e sem
pigmentação mostraram uma tendência ao “amarelamento” e os pigmentos
claros tornaram-se mais escuros. As amostras que foram expostas a uma
temperatura elevada de 50ºC mostraram-se significante, porém com uma
69
pequena alteração de cor. Em uma temperatura moderada de 35ºC, ambas
amostras (pigmentadas e sem pigmentação) permaneceram com uma relativa
estabilidade na coloração. Os pigmentos continuaram estáveis quando colocados
em soluções salinas de concentrações 0,15M e 5,0M. Além disso, os pigmentos
em suspensões tiveram menor alteração de cor do que os pigmentos em pastas.
Em seguida, Guiotti e Goiato (2003) avaliaram a influência do
tempo de exposição ao meio ambiente e de pigmentos sobre a estabilidade
dimensional e a manutenção de detalhes de dois silicones para uso facial. Os
corpos-de-prova foram divididos em 3 grupos para cada silicone utilizado:
controle (incolor), pigmentado com maquiagem, e, pigmentado com óxido de
ferro. Em seguida foram avaliados sem e com a desinfecção química,
imediatamente, 30 e 60 dias após a polimerização em microscópio comparador e
lupa esteroscópica. Os autores concluíram que ambos os silicones apresentaram
contração. O fator tempo influenciou estatisticamente a estabilidade dimensional
do Silastic, após 60 dias, em todos os grupos. Para o Brascoved, o fator tempo
influenciou estatisticamente em todos os períodos e em todos os grupos. O uso
de pigmentos contribuiu para melhor estabilidade dimensional do Silastic,
quando comparado com o grupo incolor. Entretanto, para o Brascoved, o grupo
pigmentado com óxido de ferro foi o que mais contraiu estatisticamente.
Concluiu-se então que o Silastic 732 RTV é um bom material para a prótese
facial, não sendo afetado significativamente pelo tempo de exposição ao meio
ambiente, e a pigmentação melhorou o seu comportamento.
70
Atualmente, as possibilidades de reconstrução protética
encontram-se aumentadas pelo freqüente surgimento de materiais capazes de
substituir componentes faciais e/ou bucais ausentes. No entanto, Karayazgan et
al. (2003) afirmaram que embora o objetivo de uma prótese facial seja satisfazer
as necessidades estéticas dos pacientes e melhorar a sua qualidade de vida, é
importante que o paciente seja informado a respeito da estética que pode ser
conseguida com a prótese, bem como a limitação dos materiais, para que não
haja desapontamento quando a prótese for finalizada.
Sendo assim, Botelho et al (2003) estudaram os aspectos
psicológicos de trinta pacientes portadores de anoftalmia adquiridas, usuários de
prótese ocular, e os aspectos envolvidos na recuperação e reintegração
psicossocial destes pacientes. Os autores avaliaram tais variáveis através de um
questionário padronizado, concluindo, após a análise dos resultados, que a
integração entre os vários elementos da equipe multidisciplinar constituída por
cirurgiões, protesistas, psicólogos e o apoio da família seria fundamental durante
todo o processo de luto instalado pela perda. A prótese exerceria dupla função,
pois de um lado devolveria ao paciente sua auto-estima, possibilitando sua
reintegração psicossocial, enquanto por outro lado, poderia se tornar um
instrumento que afastaria a possibilidade da perda ser vivenciada.
Tran et al., em 2004, avaliaram a estabilidade de cor de um
elastômero usado na confecção de próteses maxilofaciais quando uma luz
ultravioleta absorvente (UVA) e um estabilizador de luz (HALS) foram
71
aplicados ao elastômero contendo pigmentos orgânicos e inorgânicos. Os
materiais usados foram um silicone RTV, um pigmento inorgânico natural e dois
pigmentos orgânicos sintéticos, uma luz ultravioleta absorvente (UVA) e um
estabilizador de luz (HALS). Os espécimes foram fabricados a partir de um
molde, nomeados e expostos ao ar livre em Miami e Phoenix por
aproximadamente três meses. Oito grupos (dois de cada um dos quatro tipos de
materiais com ou sem aditivos) com 10 espécimes cada foram colocados em
cada cidade. Os elastômeros sem pigmentação serviram como grupo controle.
Os resultados mostraram que alterações de cor diminuíram significativamente
nos espécimes com os aditivos (UVA e HALS) e que os grupos com pigmento
vermelho não foram afetados pelos aditivos. Os autores concluíram ainda que
UVA e HALS mostraram-se efetivos no retardo de alterações de cor em muitas
circunstâncias.
No mesmo ano, Guiotti e Goiato (2004) avaliaram a influência da
desinfecção química sobre a estabilidade dimensional e a manutenção de
detalhes de um silicone para uso facial. Os corpos-de-prova foram divididos em
3 grupos: controle (incolor), pigmentado com maquiagem, e, pigmentado com
óxido de ferro. Em seguida foram avaliados sem e com a desinfecção química,
imediatamente, 30 e 60 dias após a polimerização em microscópio comparador e
lupa esteroscópica. Os autores concluíram que a desinfecção química apenas
alterou dimensionalmente o grupo Silastic com maquiagem. No entanto, a
clorexidina não promoveu alterações significativas ao material e a fidelidade e
72
manutenção da reprodução dos detalhes obtida para todos os grupos não foi
influenciada pela ação da desinfecção química. Além disso, pode-se verificar
que o Silastic 732 RTV apresentou propriedades satisfatórias, não sendo afetado
significativamente pelo tempo de exposição ao meio ambiente, além da
pigmentação ter melhorado o seu comportamento.
Fernandes (2004) avaliou a alteração de cor de tintas utilizadas
na pintura de íris de próteses oculares polimerizadas por energia de microondas,
variando a cor e o método de secagem. Após a confecção dos corpos-de-prova,
estes foram submetidos a uma câmara de envelhecimento acelerado sob radiação
ultravioleta por 1008 horas. Para avaliar as variações de cor foi usado um
espectrofotômetro de reflexão. Todas a tintas sofreram alteração cromática. A
tinta óleo apresentou a maior resistência frente ao envelhecimento acelerado,
independente da cor e do método de secagem.
73
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Objetivo deste estudo foi o de avaliar a estabilidade de cor dos
silicones faciais pigmentados e não pigmentados após o envelhecimento
acelerado, variando-se os fatores:
a) Silicone: importado (próprio para uso em prótese bucomaxilofacial) e
nacional (experimental).
b) Sem pigmento (incolor-controle) e pigmentado com: maquiagem,
cerâmica e óxido de ferro.
c) Fator tempo de envelhecimento acelerado, nos seguintes intervalos:
inicial, 163, 351, 692 e 1000 horas.
d) Métodos de avaliação: pelo método visual de comparação e através do
método de espectrofotometria de reflexão.
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75
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4.1 Material
ara a realização deste estudo, utilizou-se na confecção dos corpos-
de-prova dois tipos de silicone, sendo um de fabricação estrangeira, próprio para
uso em próteses faciais, e um silicone acético de fabricação nacional,
desenvolvido para uso industrial, conforme descrição no Quadro 1 - Figuras 1 e
2.
Quadro 1 – Nome comercial, fabricante e lote dos tipos de silicone utilizados
MATERIAL FABRICANTE LOTE
SILAST
IC 732 R.T.V.
DOW CORNING DO BRASIL LTDA
0001798623
SP, Brasil
SILASTIC MDX 4-4210 DOW CORNING CORPORATION 0001967818
MI, EUA
P
PP
P
P
PP
P
77
FIGURA 1Silastic 732
RTV (Dow Corning do Brasil Ltda,SP,
Brasil)
78
FIGURA 2 – Silastic MDX 4-4210 (Dow Corning Corporation, Mi, EUA)
Para a pigmentação intrínseca dos silicones foram utilizados três
sistemas de coloração: pigmentos de maquiagem, pigmentos de cerâmica e
pigmentos de óxido de ferro (Quadro 2 - Figuras 3, 4 e 5).
Quadro 2 – Sistemas de coloração dos silicones
PIGMENTO COR FABRICANTE Nº LOTE
MAQUIAGEM Bege
PAYOT , SP, Brasil
BC8
CERÂMICA Vermelho CORIN Corantes 171062
Industriais, SP, Brasil
ÓXIDO DE FERRO Marrom BAYER S.A., SP, Brasil 4505096
79
FIGURA 3 – Maquiagem (Payot, SP, Brasil)
FIGURA 4 – Cerâmica (Corin Corantes Industriais, SP, Brasil)
80
FIGURA 5 – Óxido de ferro (Bayer S.A., SP, Brasil)
4.2 Método
4.2.1 Confecção da matriz
Para a confecção da matriz, foi utilizada uma caixa de inox
previamente vaselinada e gesso ortodôntico branco (Orto-Rio Produtos
Odontológicos, SP, Brasil) (Figura 6). Foi escolhido o gesso ortodôntico, pois,
na hora da manipulação do silicone, no projeto piloto, houve menor
incorporação de partículas de gesso na sua superfície. Além disso, optou-se pelo
de cor branca, pois segundo princípio físico a cor branca reflete todas as cores e
por isto não causa interferência na leitura destas cores, mesmo havendo pequena
incorporação de pigmentos nos corpos-de-prova.
81
FIGURA 6 Matriz metálica retangular preenchida por gesso ortodôntico branco (Orto-Rio
Produtos Odontológicos, SP, Brasil).
4.2.2 Confecção dos corpos-de-prova
Para obtenção dos corpos-de-prova, foram
confeccionadas matrizes em gesso a partir de moldes em
cera rosa 7 Wilson (Polidental Indústria e Comércio Ltda.,
SP, Brasil) (figura 7) com comprimento de 7cm, largura
de 5cm e 2mm de espessura.
82
FIGURA 7 Moldes em cera rosa 7 Wilson (Polidental Indústria e Comércio Ltda, SP,
Brasil) com comprimento de 7mm, largura de 5mm e 2mm de espessura,
empregados na confecção das matrizes de gesso.
Os grupos foram divididos em 2 tipos de silicone: Silastic 732
RTV (nacional) e Silastic MDX 4-4210 (importado). Estes grupos foram
divididos em 4 subgrupos: sem pigmentação (incolor - controle); pigmentados
com de cerâmica; pigmentados com de maquiagem; pigmentados com
óxido de ferro. Portanto, cada grupo foi dividido em 4 subgrupos de 6 corpos-
de-prova cada um, totalizando, assim, em 48 corpos-de-prova (Tabela 1). Tanto
os pigmentos quanto os silicones foram pesados em balança digital de precisão
(BEL Equipamentos Analítico, SP, Brasil) (Figura 8), sendo os pigmentos
equivalentes a 0,2% (YU et al., 1980b) do peso do silicone. Os silicones foram
manuseados de acordo com as instruções do fabricante, em temperatura
ambiente de 23 ± 2ºC e umidade relativa de 50 ± 10%. Cada pigmento foi
misturado ao silicone sobre uma placa de vidro com o auxílio de uma espátula
de aço inoxidável, até a obtenção de uma mistura homogênea. Após o manuseio,
83
o silicone foi inserido na matriz e o excesso foi removido com uma espátula para
manter a regularização da espessura (Figura 9).
Tabela 1 - Subgrupos de corpos-de-prova para os dois silicones para uso facial
GRUPOS SUBGRUPOS % EM PESO QUANTIDADE
INCOLOR 0% 6 corpos-de-prova
SILASTIC
MAQUIAGEM 0,2% 6 corpos-de-prova
732 RTV
ÓXIDO DE FERRO 0,2% 6 corpos-de-prova
CERÂMICA 0,2% 6 corpos-de-prova
INCOLOR 0% 6 corpos-de-prova
SILASTIC
MAQUIAGEM 0,2% 6 corpos-de-prova
MDX 4-4210
ÓXIDO DE FERRO 0,2% 6 corpos-de-prova
CERÂMICA 0,2% 6 corpos-de-prova
FIGURA 8 – Balança de precisão (BEL Equipamentos Analítico, SP, Brasil)
84
FIGURA 9 – Silicone na matriz após passada a espátula para manter a regularização da
espessura.
O silicone Silastic 732 RTV ficou confinado no interior da matriz
com a superfície externa exposta ao meio ambiente durante 24 horas, pois a
liberação de ácido acético deste silicone é estabilizada 24 horas após o início do
processo de polimerização (SABOYA, 1990). Com relação ao Silastic MDX 4-
4210, este ficou confinado no interior da matriz com a superfície externa
exposta ao meio ambiente durante 3 dias, pois, conforme as recomendações dos
fabricantes em 24 horas ele está com a polimerização parcial que permite o
manuseio, mas somente em 3 dias à 24ºC que tem a polimerização final. Após
esse período, cada corpo-de-prova foi separado cuidadosamente da matriz
metálica e a espessura de 2mm foi confirmada por meio de um espessímetro
(Figuras 10 e 11).
85
FIGURA 10 - Corpos-de-prova Silastic
MDX 4-4210
FIGURA 11 - Corpos-de-prova Silastic 732
RTV
4.2.3 Processo de envelhecimento das amostras
Após a confecção dos corpos-de-prova, 5
corpos de cada subgrupo foram submetidos ao processo
de envelhecimento acelerado por meio do Sistema
Acelerado de Envelhecimento para Não-metálicos
86
Ultravioleta B / condensação de água (Comexim Matérias
Primas Ind. Com. Ltda., SP, Brasil) (Figura 12) no
Laboratório de Testes Especiais da Indústria Tekno S.A.
(Guaratinguetá, SP, Brasil), conforme Fernandes (2004).
No entanto, 1 corpo de cada subgrupo não foi submetido
ao processo de envelhecimento acelerado, sendo
armazenado dentro de uma caixa fechada em local arejado
e sem interferência de luz direta ou indireta, para posterior
análise pelo método visual de comparação, realizado entre
os corpos-de-prova que foram submetidos ao processo de
envelhecimento acelerado e o corpo de prova que não
sofreu este envelhecimento.
FIGURA 12 Equipamento empregado para o envelhecimento
acelerado para não-metálicos Ultravioleta B /
condensação (Matérias Primas Ind. Com. Ltda., SP,
Brasil).
87
Os corpos-de-prova foram presos em placas
metálicas de 74 x 326 mm por meio de clipes plásticos
(Figura 13), e em seguida levados à câmara de
envelhecimento acelerado.
FIGURA 13 Corpos-de-prova presos com clipes
plásticos na placa metálica
Cada placa metálica foi identificada em seu
verso, o que permitiu também identificar os 5 corpos-de-
prova para cada subgrupo (figura 14).
88
FIGURA 14 Verso da placa metálica contendo a identificação dos 5
corpos-de-prova de cada subgrupo.
Após as medições iniciais de cor, os
corpos-de-prova foram posicionados na câmara de
envelhecimento acelerado (figura 12), onde foram
submetidos a períodos alternados de luz ultravioleta e
condensação de água destilada saturada de oxigênio, sob
condições de calor e umidade de 100%.
Com relação à câmara de envelhecimento
acelerado, esta é composta por oito lâmpadas
fluorescentes UV, uma panela com água aquecida, duas
prateleiras para amostras de testes e condições para
controlar e indicar os tempos e temperaturas de operação.
Todas as lâmpadas são UVB trabalhando com um pico de
emissão de 313 nm e estão dispostas em dois bancos de
quatro lâmpadas cada, paralelas entre si, com distância de
70 mm dos centros. as placas metálicas são montadas
em uma prateleira estacionária com o plano de superfície
de teste paralelo ao plano das lâmpadas, a uma distância
de 50 mm da superfície da lâmpada mais próxima. Tanto
as prateleiras das amostras, quanto as placas metálicas
constituem as próprias paredes da câmara.
89
Com relação às condições do ambiente as
quais os corpos-de-prova são submetidos, o vapor de água
é gerado pelo aquecimento de uma panela com
profundidade mínima de água de 25 mm, que se estende
por toda a área da amostra. O calor de transferência
resultante propicia à água uma condensação que incide
sobre a superfície dos corpos-de-prova a serem testados.
Já os versos das amostras ficam expostos aos efeitos do ar
ambiente. Ao longo da parte inferior da câmara de testes
a formação de ventos, permitindo que ocorra troca de
ar ambiente e do vapor de água para evitar o esgotamento
do oxigênio do condensado.
As posições das placas metálicas dentro da
câmara de teste sofrem rotação manual horizontal uma
vez por dia do extremo esquerdo e do extremo direito para
o centro em rotação vertical, de modo que cada um tenha
a mesma quantidade de tempo de exposição em cada
posição vertical no prendedor das amostras.
Cada ciclo de envelhecimento foi realizado
por doze horas. Nas primeiras oito horas, incidia luz
ultravioleta à temperatura de 60 ± 3°C. Já nas quatro
horas seguintes, ocorria um período de condensação sem
90
luz, com temperatura de 45 ± 3°C. Desta forma, o
envelhecimento foi realizado até 1000 horas, equivalente
à 83 ciclos e à 42 dias, simulando a deterioração causada
tanto pela água da chuva como do orvalho e a energia do
ultravioleta da luz do sol (tanto energia solar direta quanto
indireta), perfazendo por volta de 1 ano de uso contínuo
da prótese pelo paciente. Após o período de 1 ano de uso
da prótese, ocorre com maior freqüência a alteração de
cor visível (ISHIGAMI et al., 1997; JANI e SCHAAF,
1978; LEMON et al., 1995; POLYZOIS, 1999).
Após cada um dos períodos de
envelhecimento acelerado, 163, 351 e 692 horas, períodos
estes estipulados de acordo com o Laboratório de Testes
Especiais da Indústria Tekno S.A. (Guaratinguetá, SP,
Brasil), os corpos-de-prova foram removidos e
submetidos à leitura em espectrofotômetro de reflexão
Color-Eye (MacBeth
Divisão da Kollmorgan, USA),
sendo posteriormente recolocados na câmara para novo
período de envelhecimento até completar 1000 horas de
ciclo.
4.2.4 Processo de leitura das amostras
91
a) Método visual de comparação
O método visual de comparação foi realizado entre os corpos-de-
prova que foram submetidos ao processo de envelhecimento acelerado e um
corpo-de-prova que não sofreu este envelhecimento.
Para a avaliação deste método, foi criada uma tabela com escores
variando de -5 à 5:
-5 -4 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 +5
-5 = muito escuro
-4 = mais escuro
-3 = escuro
-2 = pouco escuro
-1 = um pouco mais escuro
0 = corpo-de-prova que não sofreu envelhecimento
+1 = um pouco mais claro
+2 = pouco claro
+3 = claro
+4 = mais claro
+5 = muito claro
92
Os corpos-de-prova de cada grupo foram colocados em dupla
(controle e envelhecido), lado a lado, em cima de uma placa metálica branca e
analisados por dois observadores em cada período de tempo de leitura (inicial,
163, 351, 692 e 1000 horas) (figura 15), sendo anotados os resultados de acordo
com a tabela de escores.
A leitura visual foi realizada entre os corpos-de-prova de um
mesmo silicone e não entre os dois silicones porque mesmo no período inicial
não havia como comparar visualmente os dois silicones devido à pequena
diferença de textura e conseqüentemente de tonalidade.
O processo de envelhecimento acelerado durou ao todo 42 dias
até o seu fim e, portanto, os corpos-de-prova que não foram submetidos ao
envelhecimento acelerado, foram armazenados dentro de uma caixa fechada em
local arejado e sem interferência de luz direta ou indireta durante todo o período
de envelhecimento acelerado dos outros corpos-de-prova.
FIGURA 15 Corpos-de-prova colocados em dupla, lado a lado, em cima de uma placa
metálica branca para comparação visual.
93
b)Processo de leitura por espectrofotômetro de reflexão
Após a confecção dos corpos-de-prova, estes foram submetidos à
leitura inicial pelo espectrofotômetro de reflexão Color-Eye (MacBeth
Divisão
da Kollmorgan, USA), (Figura 16), conforme método utilizado por Lemon et al.
(1995), Beatty et al. (1995) e Fernandes (2004), para avaliação das alterações de
croma e luminosidade, antes de serem submetidos ao envelhecimento acelerado.
Com isso, foram obtidos os resultados iniciais relacionados à coloração dos
corpos-de-prova, de acordo com a axial “L” (preto-branco), a coordenada a”
(verde-vermelho) e a coordenada “b” (azul-amarelo), conforme o sistema
computacional (ProPalette Optiview Gold Color Quality Control System v. 3.1 –
Kollmorgan Corporation). As alterações de cor foram calculadas por meio do
Sistema CIE L*a*b*, estabelecido pela Comission Internacionale de I’Eclairage
CIE (Comissão Internacional sobre Iluminação). Os valores iniciais da axial
“Le das coordenadas “a” e b” foram analisados estatisticamente por meio da
inserção na fórmula de E, nos diferentes períodos de envelhecimento
analisados. A derivada de cor inicial (E inicial) corresponderia, portanto, a
“zero”, considerando a aplicação da fórmula da derivada de cor
.
Após a leitura inicial, os corpos-de-prova foram submetidos ao
envelhecimento acelerado e então realizadas as leituras em espectrofotômetro
após 163, 351, 692 e 1000 horas, obtendo com isso, os valores médios
94
resultantes do efeito do envelhecimento em relação à variação de cor,
representados pelos valores de L, a, b, E, e calculados em programa
Microsoft Excel (Microsoft Windows XP Professional), conforme Tabelas 8 a
15 apresentados nos Anexos.
A análise estatística foi realizada dentre os valores de L, a, b,
E, de cada grupo para a verificação das diferenças estaticamente significantes
da estabilidade cromática entre os dois tipos de silicone, três tipos de pigmentos,
entre os períodos de envelhecimento acelerado e para verificar se existiu ou não
interação entre esses fatores. Para isso, as médias obtidas através do programa
CIElab, foram analisadas através da Análise de Variância (ANOVA), e em
seguida pelo teste de Tukey com 5% de probabilidade, conforme Tabelas 16 a
39 apresentados nos Anexos.
FIGURA 16 Espectrofotômetro Color Eye
(MacBeth
Divisão da Kollmorgan, USA).
95
O espectrofotômetro é um equipamento utilizado para as medidas
de cores. Nele, o efeito das variáveis (composição química, temperatura e
atmosfera) na variação de cor dos corpos-de-prova obtidos pode ser analisado
por meio de Espectroscopia na região do UV-visível e por meio de coordenadas
colorimétricas CIELab. A Figura 17 ilustra o princípio do espectrofotômetro, no
qual, por meio de um monocromador, uma luz branca é usada para irradiar o
corpo de prova. Em seguida, a célula fotoelétrica capta a luz refletida e esta é
então medida pelo galvanômetro. Com isso, a intensidade da radiação em toda a
faixa visível pode ser medida com precisão por meio de espectrofotômetros
disponíveis comercialmente.
FIGURA 17 - Princípio de um espectrofotômetro.
O espectrofotômetro é um equipamento que procura imitar o olho
humano na percepção das cores. No entanto, o olho humano possui três
estímulos de cores diferentes (vermelho, verde e azul), que correspondem a
valores espectrais padrões (Gráfico 1). Neste gráfico, os símbolos X, Y e Z da
96
CIE (Commission Internationale d'Eclairage) representam as frações das três
cores: X (vermelho), Y (verde), Z (azul).
GRÁFICO 1 - Valores espectrais padrões em função do comprimento de onda.
o equipamento de espectrofotometria utiliza sistemas de
percepção de luz, similar ao do olho humano, que são chamados de sistemas de
cor CIELab e Hunter Lab. Estes são os mais conhecidos da indústria cerâmica e
permitem a especificação de percepções de cores em termos de um espaço
tridimensional (Figura 18), comparando a cor da superfície dos corpos-de-prova
com a cor da superfície do grupo controle correspondente, através do
comprimento de onda versus reflexão. Desta forma, a axial “L” é conhecida
como luminosidade e se estende de 0 (preto) a 100 (branco perfeito). A
coordenada “a” representa a quantidade de vermelho (valores positivos) e de
verde (valores negativos), enquanto a coordenada “b” representa a quantidade de
amarelo (valores positivos) e de azul (valores negativos). As coordenadas “a” e
“b” coexistem no mesmo plano dentro deste espaço tridimensional.
X
Y
Z
97
FIGURA 18 Cores no sistema L, a, b (Hunter Associates Laboratory Inc, Faifers, Virginia,
USA).
Utilizando este método, o valor E (diferença de cor, ou variação
de tonalidade) pode ser medido, calculando, através do sistema CIELab, a
distância de cor entre dois pontos através da fórmula:
Desta forma, pode-se utilizar padrões numéricos de cor, definindo
tolerâncias nestes padrões.
Portanto, o espectrofotômetro possui uma fonte de emissão
cerâmica, de onde partem feixes de luz em direção à amostra, que é colocada
sobre uma placa metálica branca (Figura 19). Quando o feixe de luz atinge a
amostra, parte deste feixe é absorvida e parte é refletida. Sendo assim, a
quantidade de luz refletida é captada pela fotocélula, que traduz o seu
comprimento de onda em sinais elétricos captados por um sistema
98
computacional (ProPalette Optiview Gold Color Quality Control System v. 3.1 –
Kollmorgan Corporation) (Figura 20). Com isso, o equipamento realiza cinco
leituras de cada superfície, apresentando uma média das leituras da área
avaliada.
Após cada período de envelhecimento, os dados obtidos foram
registrados em ficha específica para cada subgrupo. os valores de E foram
submetidos à análise de variância e teste de Tukey em vel de 5% de
probabilidade.
FIGURA 19 Leitura sendo realizada sobre a placa metálica branca
no Espectrofotômetro Color Eye.
99
FIGURA 20 Resultados da leitura dos subgrupos incolor e cerâmica
realizada sobre a placa metálica no Espectrofotômetro
Color Eye.
100
R
RR
R
R
RR
R
e
ee
e
e
ee
e
s
ss
s
s
ss
s
u
uu
u
u
uu
u
l
ll
l
l
ll
l
t
tt
t
t
tt
t
a
aa
a
a
aa
a
d
dd
d
d
dd
d
o
oo
o
o
oo
o
101
5
55
5
5
55
5
R
RR
R
R
RR
R
E
EE
E
E
EE
E
S
SS
S
S
SS
S
U
UU
U
U
UU
U
L
LL
L
L
LL
L
T
TT
T
T
TT
T
A
AA
A
A
AA
A
D
DD
D
D
DD
D
O
OO
O
O
OO
O
5.1 Processo de leitura por espectrofotômetro de reflexão
s dados foram representados nas Tabelas 2 a 7 e nos Gráficos 2 a
7.
Tabela 2 Valores médios das derivadas das leituras dos corpos-de-prova do Silastic 732
RTV: incolor com os três tipos de pigmentos.
732 RTV 163 H 351 H 692 H 1000 H
Maquiagem 0,283 A,b 0,292 B,b 0,513 A,a 0,545 A,a
Óxido de Ferro 0,445 A,ab 0,235 B,b 0,614 A,a 0,373 AB,ab
Cerâmica 0,225 A,a 0,246 B,a 0,381 AB,a 0,282 AB,a
Incolor 0,407 A,ab 0,605 A,a 0,236 B,b 0,205 B,b
Nota: Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna e letra minúscula na linha não diferem
estatisticamente entre si em nível de 5% de probabilidade (p < 0,05), pelo teste de Tukey.
O
OO
O
O
OO
O
102
GRÁFICO 2 Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova confeccionados em
Silastic 732 RTV pigmentados com maquiagem, óxido de ferro, cerâmica e
incolor.
Após a análise dos resultados do silicone Silastic 732 R.T.V.,
pôde-se observar que o grupo pigmentado com maquiagem sofreu alteração
cromática estatisticamente significativa em 692 horas e continuou alterando até
1000 horas. quando pigmentado com óxido de ferro, houve alterações
estatisticamente significante entre os períodos de 315 e 692 horas. Para o grupo
pigmentado com cerâmica, este foi considerado o mais estável, não tendo
alteração significante estatisticamente entre nenhum dos períodos. com
relação ao grupo incolor, este apresentou alteração estatisticamente significativa
apenas em 351 horas com relação aos períodos de 692 e 1000 horas.
Fazendo uma análise entre os 4 grupos (maquiagem, óxido de
ferro, cerâmica e incolor), pôde-se verificar que o grupo incolor foi o que
apresentou maior alteração cromática entre os grupos no decorrer do tempo. Em
351 horas apresentou alteração cromática com diferença estatisticamente
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
163 H 351 H 692 H 1000 H
Maquiagem
Óxido de
Ferro
Cerâmica
Incolor
Alteração de cor do 732 RTV
103
significante entre os outros grupos, em 692 horas, com relação aos grupos
maquiagem e óxido de ferro e em 1000 horas, com relação ao grupo
maquiagem. No entanto, a cerâmica teve alteração em 692 horas e tanto a
cerâmica quanto o óxido de ferro tiveram alteração em 1000 horas, mas estas
alterações não foram consideradas estatisticamente significativas entre os
demais grupos.
Tabela 3 – Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do Silastic MDX 4-4210:
incolor e com os três tipos de pigmentos.
MDX 163 H 351 H 692 H 1000 H
Maquiagem 0,267 A,c 0,365 B,bc 0,705 A,a 0,623 A,ab
Óxido de Ferro 0,316 A,a 0,389 B,a 0,460 AB,a 0,350 AB,a
Cerâmica 0,298 A,a 0,359 B,a 0,311 B,a 0,354 AB,a
Incolor 0,294 A,bc 0,911 A,a 0,460 AB,b 0,156 B,c
Nota: Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna e letra minúscula na linha não diferem
estatisticamente entre si em nível de 5% de probabilidade (p < 0,05), pelo teste de Tukey.
104
GRÁFICO 3 Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova confeccionados em
MDX pigmentados com maquiagem, óxido de ferro, cerâmica e incolor.
Após a análise dos resultados do silicone Silastic MDX 4-4210,
pôde-se observar que o grupo pigmentado com maquiagem sofreu alteração
cromática estatisticamente significativa em 692 horas com relação aos períodos
de 163 e 351 horas, e em 1000 horas com relação ao período de 163 horas. No
entanto, quando pigmentado com óxido de ferro e com cerâmica, foi
considerado estável, mantendo praticamente o mesmo padrão de cor, não
apresentando alteração estatisticamente significativa. com relação ao grupo
incolor, este apresentou alteração estatisticamente significativa em 351 horas
(com relação aos outros períodos) e em 692 e 1000 horas, em relação apenas ao
período de 351 horas.
Fazendo uma análise entre os 4 grupos (maquiagem, óxido de
ferro, cerâmica e incolor), de-se verificar que o incolor foi o que apresentou
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
163 H 351 H 692 H 1000 H
Maquiagem
Óxido de
Ferro
Cerâmica
Incolor
Alteração de cor do MDX
105
maior alteração cromática estatisticamente significativa em 351 em relação aos
demais grupos e em 1000 horas, em relação ao grupo maquiagem. Em 692
horas, houve alteração estatisticamente significativa entre os grupos maquiagem
e cerâmica.
Tabela 4 Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do 732 RTV incolor e do MDX
4-4210 incolor.
INCOLOR 163 H 351 H 692 H 1000 H
732 RTV 0,407 A ± 0,605 0,236 B ± 0,205 A ±
MDX 0,294 A ± 0,911 A ± 0,460 A ± 0,156 A ±
Nota: Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si em nível de 5%
de probabilidade (p < 0,05), pelo teste de Tukey.
GRÁFICO 4 Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova confeccionados em
732 RTV incolor e MDX 4-4210 incolor.
Após a análise dos resultados entre os dois silicones incolores,
pôde-se observar que o MDX teve alterações estatisticamente significativas
apenas nos períodos de 351 e 692 horas em relação ao 732 RTV. No entanto, em
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
163 H 351 H 692 H 1000 H
732 RTV
incolor
MDX incolor
Alteração de cor
106
1000 horas, os dois silicones não apresentaram diferença estatisticamente
significativa.
Tabela 5 – Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX
pigmentados com óxido de ferro.
ÓXIDO DE FERRO 163 H 351 H 692 H 1000 H
732 RTV 0,445 A ± 0,235 A ± 0,614 A ± 0,373 A ±
MDX 0,316 A ± 0,389 A ± 0,460 A ± 0,350 A ±
Nota: Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si em nível de 5%
de probabilidade (p < 0,05), pelo teste de Tukey.
GRÁFICO 5 Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova confeccionados em
732 RTV e MDX pigmentados com óxido de ferro.
Com relação aos resultados entre os dois silicones pigmentados
com óxido de ferro, pôde-se observar que os dois sofreram a maior diferença em
692 horas, no entanto, esta diferença e as outras nos demais períodos não foram
consideradas estatisticamente significantes apenas numéricas.
Tabela 6 – Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX
pigmentados com cerâmica.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
163 H 351 H 692 H 1000 H
732 RTV
óxido de
ferro
MDX óxido
de ferro
Alteração de cor
107
CERÂMICA 163 H 351 H 692 H 1000 H
732 RTV 0,225 A ± 0,246A ± 0,381 A ± 0,282 A ±
MDX 0,298 A ± 0,359A ± 0,311 A ± 0,354 A ±
Nota: Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si em nível de 5%
de probabilidade (p < 0,05), pelo teste de Tukey.
GRÁFICO 6 Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova confeccionados em
732 RTV e MDX pigmentados com cerâmica.
com relação aos resultados entre os dois silicones pigmentados
com cerâmica, pôde-se observar que os dois grupos mantiveram-se praticamente
estáveis em relação à cor, mantendo-se sem alterações estatisticamente
significativas em todas as leituras das diversas horas.
Tabela 7 – Valores médios das derivadas dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX
pigmentados com maquiagem.
MAQUIAGEM 163 H 351 H 692 H 1000 H
732 RTV 0,283 A ± 0,292 A ± 0,513 A ± 0,545 A ±
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
163 H 351 H 692 H 1000 H
732 RTV
cerâmica
MDX
cerâmica
Alteração de cor
108
MDX 0,267 A ± 0,365 A ± 0,705 A ± 0,623 A ±
Nota: Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si em nível de 5%
de probabilidade (p < 0,05), pelo teste de Tukey.
GRÁFICO 7 Média da variação de cor exibida pelos corpos-de-prova confeccionados em
732 RTV e MDX pigmentados com maquiagem.
Com relação aos resultados entre os dois silicones pigmentados
com maquiagem, pôde-se observar que os dois sofreram a maior diferença
numérica em 692 e 1000 horas, mas em todas as leituras estas alterações não
foram consideradas estatisticamente significantes, entre os silicones.
5.2 Método visual de comparação
Os dados foram representados nas Tabelas 8 a 15 comparando o
corpo-de-prova que não foi submetido ao envelhecimento acelerado (0) com os
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
163 H 351 H 692 H 1000 H
732 RTV
maquiagem
MDX
maquiagem
Alteração de cor
109
corpos-de-prova que foram submetidos ao envelhecimento acelerado (1,2,3,4 e
5), de acordo com a tabela de escores (-5 a +5) descrita na página 88.
Tabela 8 Comparação visual entre os corpos-de-prova confeccionados em Silastic MDX 4-
4210 incolor após os períodos de envelhecimento acelerado em relação ao grupo
controle.
INCOLOR 163 H 351 H 692 H 1000 H
corpo-de-prova 0 - - - -
corpo-de-prova 1 0 0 0 0
corpo-de-prova 2 0 +1 0 +1
corpo-de-prova 3 0 +1 +1 - 1
corpo-de-prova 4 0 0 0 0
corpo-de-prova 5 0 +1 0 0
FIGURA 21 – Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic MDX 4-4210
incolor antes (A) e após (B) 1000 h de envelhecimento acelerado.
Tabela 9 Comparação visual entre os corpos-de-prova confeccionados em Silastic 732 RTV
incolor após os períodos de envelhecimento acelerado em relação ao grupo
controle.
INCOLOR 163 H 351 H 692 H 1000 H
corpo-de-prova 0 - - - -
corpo-de-prova 1 0 +1 0 +1
corpo-de-prova 2 0 0 0 0
corpo-de-prova 3 0 +1 +1 0
corpo-de-prova 4 0 +1 - 1 +1
corpo-de-prova 5 0 0 0 0
A
B
A
B
110
FIGURA 22 Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic 732 RTV incolor
antes (A) e após (B) 1000 h de envelhecimento acelerado.
Tabela 10 Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic MDX 4-
4210 pigmentado com cerâmica após os períodos de envelhecimento acelerado em
relação ao grupo controle.
CERÂMICA 163 H 351 H 692 H 1000 H
corpo-de-prova 0 - - - -
corpo-de-prova 1 0 0 0 0
corpo-de-prova 2 0 0 0 0
corpo-de-prova 3 0 0 +1 0
corpo-de-prova 4 0 0 0 0
corpo-de-prova 5 0 0 0 0
FIGURA 23 – Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic MDX 4-4210
pigmentado com cerâmica antes (A) e após (B) as 1000 horas de
envelhecimento acelerado.
Tabela 11 Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic 732 RTV
pigmentado com cerâmica após os períodos de envelhecimento acelerado em
relação ao grupo controle.
CERÂMICA 163 H 351 H 692 H 1000 H
corpo-de-prova 0 - - - -
corpo-de-prova 1 0 0 0 0
corpo-de-prova 2 0 0 0 0
corpo-de-prova 3 0 0 0 0
corpo-de-prova 4 0 0 - 1 0
corpo-de-prova 5 0 0 0 0
A
B
111
FIGURA 24 Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic 732 RTV
pigmentado com cerâmica antes (A) e após (B) as 1000 horas de
envelhecimento acelerado.
Tabela 12 Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic MDX 4-
4210 pigmentado com maquiagem após os períodos de envelhecimento acelerado
em relação ao grupo controle.
MAQUIAGEM 163 H 351 H 692 H 1000 H
corpo-de-prova 0 - - - -
corpo-de-prova 1 0 0 0 0
corpo-de-prova 2 0 +1 +1 +1
corpo-de-prova 3 0 0 0 +1
corpo-de-prova 4 0 0 +1 0
corpo-de-prova 5 0 0 - 1 0
FIGURA 25 - Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic MDX 4-4210
pigmentado com maquiagem antes (A) e após (B) as 1000 horas de
envelhecimento acelerado.
Tabela 13 Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic 732 RTV
pigmentado com maquiagem após os períodos de envelhecimento acelerado em
relação ao grupo controle.
MAQUIAGEM 163 H 351 H 692 H 1000 H
corpo-de-prova 0 - - - -
corpo-de-prova 1 0 0 0 0
corpo-de-prova 2 0 0 0 +1
corpo-de-prova 3 0 0 +1 +1
corpo-de-prova 4 0 +1 0 - 1
A
B
A
B
112
corpo-de-prova 5 0 0 +1 0
FIGURA 26 - Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic 732 RTV
pigmentado com maquiagem antes (A) e após (B) as 1000 horas de
envelhecimento acelerado.
Tabela 14 Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic MDX 4-
4210 pigmentado com óxido de ferro após os períodos de envelhecimento
acelerado em relação ao grupo controle.
ÓXIDO DE FERRO 163 H 351 H 692 H 1000 H
corpo-de-prova 0 - - - -
corpo-de-prova 1 0 0 0 0
corpo-de-prova 2 0 0 0 +1
corpo-de-prova 3 0 0 +1 0
corpo-de-prova 4 0 0 0 0
corpo-de-prova 5 0 0 0 0
FIGURA 27 – Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic MDX 4-4210
pigmentado com óxido de ferro antes (A) e após (B) as 1000 horas de
envelhecimento acelerado
Tabela 15 Comparação visual dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic 732 RTV
pigmentado com óxido de ferro após os períodos de envelhecimento acelerado em
relação ao grupo controle.
ÓXIDO DE FERRO 163 H 351 H 692 H 1000 H
A
B
A
B
113
corpo-de-prova 0 - - - -
corpo-de-prova 1 0 0 0 0
corpo-de-prova 2 0 0 0 0
corpo-de-prova 3 0 0 +1 0
corpo-de-prova 4 0 - 1 0 +1
corpo-de-prova 5 0 0 0 0
FIGURA 28 Fotografia dos corpos-de-prova confeccionados em Silastic 732 RTV
pigmentado com óxido de ferro antes (A) e após (B) as 1000 horas de
envelhecimento acelerado.
Fazendo a comparação visual de todos os grupos, pôde-se
verificar que nenhum grupo teve alteração visualmente perceptível após todos os
períodos de envelhecimento acelerado.
A
B
114
D
DD
D
D
DD
D
i
ii
i
i
ii
i
s
ss
s
s
ss
s
c
cc
c
c
cc
c
u
uu
u
u
uu
u
s
ss
s
s
ss
s
s
ss
s
s
ss
s
ã
ãã
ã
ã
ãã
ã
o
oo
o
o
oo
o
115
6
66
6
6
66
6
D
DD
D
D
DD
D
I
II
I
I
II
I
S
SS
S
S
SS
S
C
CC
C
C
CC
C
U
UU
U
U
UU
U
S
SS
S
S
SS
S
S
SS
S
S
SS
S
Ã
ÃÃ
Ã
Ã
ÃÃ
Ã
O
OO
O
O
OO
O
D
DD
D
D
DD
D
O
OO
O
O
OO
O
S
SS
S
S
SS
S
R
RR
R
R
RR
R
E
EE
E
E
EE
E
S
SS
S
S
SS
S
U
UU
U
U
UU
U
L
LL
L
L
LL
L
T
TT
T
T
TT
T
A
AA
A
A
AA
A
D
DD
D
D
DD
D
O
OO
O
O
OO
O
S
SS
S
S
SS
S
esfera psicológica do paciente mutilado passou a ser
motivo de pesquisa, e a reabilitação protética tem sido considerada
tratamento auxiliar para sua recuperação física e mental (BOTELHO
et al., 2003). No entanto, embora o objetivo de uma prótese facial seja
satisfazer as necessidades estéticas dos pacientes e melhorar a sua
qualidade de vida, é importante que o paciente seja informado a
respeito da estética que pode ser conseguida com a prótese, bem como
a limitação dos materiais, para que não haja desapontamento quando a
prótese for finalizada (KARAYAZGAN et al., 2003).
Diante disso, surgiram muitos trabalhos sobre diversos
materiais e pigmentos, tentando buscar a maior reprodução estética e a
maior estabilidade em cor. No entanto, diante da falta de informação
sobre os pigmentos, torna-se impossível comparar um estudo com o
outro que as nomenclaturas não são padronizadas e por isso,
confusas. (GARY et al., 2001). Além disso, os silicones desenvolvidos
especificamente para uso em prótese facial são normalmente de
A
AA
A
A
AA
A
116
fabricação estrangeira e por isso, há uma dificuldade em sua
aquisição, além de seu custo ser elevado.
6.1 Processo de leitura por espectrofotômetro de reflexão
Muitos autores afirmam que as limitações do emprego do
silicone como material para a confecção das próteses faciais são a sua
rápida degradação e sua instabilidade de cor, causadas pela exposição
aos raios ultravioletas, à poluição do ar e às mudanças de temperatura
e umidade (ISHIGAMI et al., 1997; LEMON et al., 1995). Sendo
assim, há a necessidade de se analisar a alteração no silicone e no
pigmento.
6.1.1 Silastic 732 RTV
Conforme dados mostrados na Tabela 2 e Gráfico 2, do
Silastic 732 RTV, observou-se que o fator tempo de exposição ao
envelhecimento acelerado teve influência estatisticamente
significativa para o grupo incolor nos períodos mensurados. Houve
alteração estatisticamente significativa em 351 horas em relação aos
períodos subseqüentes, mas, em seguida, retornou a uma condição,
que, embora houvesse alteração numérica em 692 horas e ao final do
117
envelhecimento acelerado (1000 horas) em relação ao inicial, esta não
foi considerada estatisticamente significativa.
O silicone Silastic 732 é um polímero conhecido pelo termo
genérico de polidimetilsiloxano (ORIBE, 1965), também chamado de silicone
R.T.V., porque polimeriza à temperatura ambiente (CARVALHO, 1989).
Durante a polimerização deste tipo de silicone, ocorre a formação de um sub-
produto volátil, o ácido acético (McELROY et al., 1985; SABOYA, 1990). Sua
evaporação subseqüente é responsável pela contração que ocorre neste tipo de
silicone após a presa (polimerização contínua ou residual), assim como ocorre
nos silicones por condensação, cujo subproduto volátil é o álcool etílico
(McCABE e STORER, 1980).
No entanto, de acordo com Phillips (1993) a reação de
polimerização dos silicones por condensação continua mesmo após a presa
clínica, havendo uma contração de polimerização contínua. Diante disso,
acredita-se que possa haver, assim como nos silicones de condensação, uma
liberação pequena, mas contínua de ácido acético por um período de tempo
maior do que as 24 horas observadas por Saboya, 1990, causando assim não
somente a alteração dimensional do silicone (contração), como também a
alteração no seu padrão cromático.
Quando este silicone sofreu a pigmentação da maquiagem, houve
uma alteração estatisticamente significativa no período de 692 horas e esta
118
alteração continuou no período de 1000 horas (Tabela 2). Segundo Mayer
(1991), este pigmento é classificado como "orgânico" e considerado mais
instável frente às alterações cromáticas com o passar do tempo. Diante disso,
frente ao envelhecimento acelerado, o pigmento orgânico (maquiagem) sofre
degradação e acaba se dissolvendo quando em contato com a luz UV, que é um
fator forte para degradação de elementos orgânicos. Por outro lado, os
pigmentos inorgânicos (óxido de ferro e cerâmica) são mais estáveis com a ação
do tempo do que os corantes orgânicos (maquiagem) (HAUG et al., 1999).
No entanto, quando este silicone foi pigmentado com óxido de
ferro, houve uma alteração estatisticamente significativa apenas entre os
períodos de 351 e 692 horas. Já quando pigmentado com cerâmica, houve
alteração apenas numérica e não estatisticamente considerável. Hanson et al.,
(1983) verificaram que o uso de cosméticos à base de pigmentos óxidos provou
ter maior estabilidade em cor, enquanto que outras rmulas e procedências,
não apresentavam resultados excelentes por conterem veículos diluentes que se
alteravam em contato com o silicone.
Fazendo uma análise entre os 4 grupos (maquiagem, óxido de
ferro, cerâmica e incolor), pôde-se verificar que entre o grupo incolor e a
maquiagem apresentaram-se as maiores alterações cromáticas.
Segundo Phillips (1993) e Anusavice (1998), devido ao fato de os
polímeros de silicone serem líquidos, a sílica coloidal ou as micro-partículas de
óxidos metálicos são adicionadas como carga para formar uma pasta. A seleção
119
e o pré-tratamento dispensado às cargas são de extrema importância, uma vez
que os silicones têm um baixo nível de energia coesiva e, portanto, uma
interação molecular fraca (carga-polímero). O tamanho das partículas de carga
deve estar dentro de certos limites, entre 5 e 10 µm. Partículas pequenas tendem
a se agregar, mas as maiores se separam do polímero, não contribuindo como
agente de reforço do material. Provavelmente, as partículas dos constituintes do
de maquiagem sejam maiores do que as partículas de óxido de ferro e dessa
forma, são mais facilmente separadas do polímero (GUITTI; GOIATO, 2003),
podendo causar alguma variação no padrão cromático.
6.1.2 Silastic MDX 4-4210
Conforme dados mostrados na Tabela 3 e Gráfico 3, do
Silastic MDX 4-4210, observou-se que, da mesma forma que
resultados encontrados no grupo Silastic 732 RTV, o fator tempo de
exposição ao envelhecimento acelerado teve influência
estatisticamente significativa para o grupo incolor nos períodos
mensurados. Houve alteração estatisticamente significativa em 351
horas em relação aos períodos subseqüentes, mas, em seguida,
retornou a uma condição, que, embora houvesse alteração numérica
em 692 horas e ao final do envelhecimento acelerado (1000 horas) em
120
relação ao inicial, esta não foi considerada estatisticamente
significativa.
O Silastic MDX 4-4210 é indicado como material para uso em
próteses maxilofaciais porque: o polímero é um quido viscoso moderado e em
trabalhos recentes demonstraram ser estável em cor e fácil de ser pigmentado
(CRAIG et al., 1978; KORAN et al. 1979). No estudo de Craig et al.
(1978)
dentre o polivinil não pigmentado, uma poliuretana, e 4 silicones (Silastic 382,
Silastic 399, Silastic 4-4210, Silastic 4-4515), após o envelhecimento acelerado
e leitura em espectrofotometria de reflexão, todos os silicones mostraram
estabilidade de cor boa, embora o Silastic 4-4210 pareceu ter as melhores
propriedades globais.
Quando este silicone sofreu a pigmentação da maquiagem, houve
uma alteração estatisticamente significativa no período de 692 horas e no
período de 100 horas em relação ao inicial.
Dentro deste contexto, Hanson et al. (1983) afirmaram que
algumas maquiagens possuem em sua formulação veículos diluentes que entram
em contato com o silicone MDX 4-4210, como ocorreu no nosso estudo. Além
disso, Yu et al., (1980b) concluíram que as propriedades físicas e mecânicas do
MDX 4-4210 podem variar de acordo com a adição dos pigmentos.
No entanto, quando este silicone foi pigmentado com óxido de
ferro e com cerâmica, houve alteração apenas numérica e não estatisticamente
121
considerável nos períodos mensurados. Segundo Mayer (1991) o óxido de ferro
e a cerâmica são classificados como pigmentos "inorgânicos", que na maioria
das vezes são considerados estáveis.
Seluk et al. (1987) avaliando a estabilidade de cor do Silastic
44210 com pigmentos de de cerâmica antes e após o envelhecimento
acelerado em câmara, perceberam que os pigmentos sintetizados em matriz de
porcelana geralmente apresentam melhor estabilidade de cor comparados com
os mesmos pigmentos que não foram incorporados na matriz de porcelana o que
afirma que provavelmente os pigmentos sintetizados têm potencial para
produzirem próteses para reconstruções maxilofaciais estáveis. Ishigami et al.
(1997) confirmaram que a porcelana é um material que mantém indefinidamente
a estabilidade de cor, além de possuir melhor resistência marginal.
Fazendo uma análise entre os 4 grupos (maquiagem, óxido de
ferro, cerâmica e incolor), pode-se verificar que o grupo incolor foi
estatisticamente diferente de todos os outros grupos no período de 351 horas
(Tabela 3). no período de 692 horas, houve diferença estatisticamente
significativa entre os grupos maquiagem e cerâmica, devido ao fato da
maquiagem ser orgânica e a cerâmica inorgânica (MAYER, 1991). No entanto,
em 1000 horas, entre os grupos incolor e maquiagem houve alteração cromática
estatisticamente significativa.
Em levantamento realizado por Andres et al. (1992) verificou-se
que a maioria dos protesistas estava usando um silicone R.T.V., sendo o MDX
122
4-4210, o mais popular; a coloração era feita intrinsecamente com pigmentos
secos terrestres (dentre eles o óxido de ferro) ou pigmentos artísticos (dentre eles
a maquiagem); com relação às maiores vantagens, destacou-se a facilidade de
coloração; com relação às maiores desvantagens, destacou-se a descoloração
com o tempo.
Em 1977, o silicone RTV Silastic 44210 foi considerado
na época promissor nas aplicações para próteses maxilofaciais, com
excelentes propriedades mecânicas, de fácil processamento e baixo
custo para o mercado norte americano (LEWIS et al., 1977). Neste
mesmo ano, Yu et al. (1977) ressaltaram o uso do Silastic 44210 por
ser processado em temperatura ambiente de maneira simples e
conveniente; possuir excelentes propriedades físicas e mecânicas
quando polimerizado e por estas características não serem alteradas
pelo envelhecimento acelerado. Em estudos posteriores, foi
considerado o melhor material de escolha para próteses (YU et al.,
1980a).
6.1.3 Silastic 732 RTV X Silastic MDX 4-4210
Conforme dados mostrados na Tabela 4 e Gráfico 4, entre os dois
silicones incolores, observou-se que houve alterações estatisticamente
123
significativas apenas nos períodos de 351 e 692 horas. No entanto, em 1000
horas, os dois não apresentaram diferença estatisticamente significativa, sendo
recuperada a cor em ambos os silicones com relação ao período inicial. Portanto,
de acordo com a recuperação dos vetores (E) para os dois silicones incolores,
houve ao final do envelhecimento (1000 horas) o retorno dos corpos-de-prova à
situação original (162 horas) em caráter estatístico (Tabela 4).
nas Tabelas 5, 6 e 7 e Gráficos 5, 6 e 7 houveram alterações
numéricas, mas não estatisticamente significantes entre os dois silicones
pigmentados com óxido de ferro, cerâmica e maquiagem, em relação ao período
inicial. Com isso, pode-se verificar que nem o fator tempo, nem a pigmentação
influenciaram estatisticamente na alteração de cor.
A adição de corantes nos silicones alterou o efeito do tempo tanto
na coloração como nas propriedades do material, pois os pigmentos tendem a
“proteger” os silicones da ação do tempo, possivelmente por bloquear a radiação
de luz no elastômero (HAUG et al., 1999).
É considerável a estabilidade de cor dos pigmentos e do
elastômero. As alterações de cor que ocorrem logo que a prótese é
confeccionada pode ser causada por mudanças químicas que acontecem dentro
do elastômero ou por perda de cor que acontece com certos pigmentos sensíveis
à ação da luz ultravioleta. Entretanto, a alteração de longa duração pode ser
causada por mudança de cor dentro do elastômero em resposta a exposição à luz
ultravioleta (BEATTY et al., 1995).
124
Dentro deste contexto, os silicones R.T.V. em próteses
faciais podem ser usados em qualquer caso, pois além de boas
condições físicas, esse material pode ser facilmente pigmentado,
moldado e polimerizado em temperatura ambiente, tendo uma efetiva
aparência estética (KANTER, 1970). Além disso, os silicones são bem
tolerados pela mucosa e pele, relativamente duráveis e resistentes ao
atrito, de fácil limpeza, flexíveis e não condutores de calor
(GRAZIANI, 1950).
6.2. Método visual de comparação
Muitos autores estudaram o tempo de substituição das próteses e
encontraram vários períodos diferentes devido à diversidade de materiais
estudados. Mas a maioria concordou em substituir as próteses em um período
máximo de 1 ano devido à alteração de cor das mesmas detectada em
espectofotometria de reflexão. (ISHIGAMI et al., 1997; JANI e SCHAAF, 1978;
LEMON et al., 1995)
No entanto a verificação visual da alteração de cor dos silicones
faciais expostos ao meio ambiente foi definida por Polyzois (1999) como um
período máximo de um ano.
125
Dentro deste contexto, um dos fatores que contribui para que as
próteses faciais sejam refeitas constantemente é justamente a instabilidade de
cor provocada pelos efeitos dos raios ultravioletas em determinados silicones
faciais e pigmentos. No entanto, neste estudo, mesmo os corpos-de-prova terem
sofrido alteração de cor verificada na espectofotometria de reflexão,
clinicamente esta alteração não foi considerada visualmente detectável nos
grupos estudados, independentemente do tempo de exposição ao
envelhecimento acelerado ou da adição ou não de pigmentos. Fato este que
comprova o sucesso em relação à estabilidade de cor das próteses faciais em uso
clínico no prazo aproximado de um ano.
6.3. Método de exposição dos corpos de prova
Outro importante fator é o método de exposição utilizado, sendo
este responsável pelo processo de envelhecimento das amostras. Alguns autores
sugeriram fontes luminosas artificiais, câmaras de exposição ao tempo artificial
por 900 horas (CRAIG et al.,
1978; SELUK et al., 1987; TURNER et al., 1984;
WEINS, 1980; YU et al., 1980b) a 2000 horas (SWEENEY et al., 1972),
enquanto outros preconizaram o envelhecimento das amostras à exposição direta
à luz solar e condições ambientais durante 3 meses (GARY et al., 2001; .TRAN
et al., 2004) a 6 meses (TAKAMATA et al., 1989).
126
Questionou-se então a possibilidade de haver diferenças entre a
alteração de cor devido à exposição à câmaras de envelhecimento acelerado e à
exposição direta à luz solar e condições ambientais. Foi pensando nisso que
Takamata et al. (1989) e Lemon et al. (1995) concluíram, através de seus
trabalhos, que ocorreram mudanças de cor nas bases dos polímeros e que o
envelhecimento artificial causa uma maior alteração na cor do que o
envelhecimento ao ar livre. Lemon et al. (1995) afirmaram ainda que o tempo de
uso de uma prótese varia em média de 3 meses a 1 ano, resultando em
degradação do elastômero e na instabilidade da cor. Sweeney et al. (1972)
ressaltou ainda que a maioria dos pacientes necessita de uma substituição da
prótese no período de seis a oito meses.
Sendo assim, utilizamos neste estudo câmaras de envelhecimento
acelerado para não metálicos por ser o método mais utilizado na literatura
segundo trabalhos de Sweeney et al. (1972), Yu et al. (1977), Craig et al.
(1978),
Koran et al. (1979), Weins (1980), Yu et al. (1980a, 1980b), Turner et al.
(1984), Seluk et al. (1987), Fernandes (2004). Além disso, estas câmaras
proporcionam uma semelhança ao uso das próteses faciais durante o período
mínimo de 1 ano.
Contudo, para este estudo realizado, verificou-se que os
dois silicones tanto o importado (Silastic MDX 4-4210), quanto o
nacional (Silastic 732 RTV), pigmentados e não pigmentados,
127
obtiveram comportamentos semelhantes, tanto estatisticamente quanto
visualmente. Sendo assim, o silicone nacional que possui um custo
extremamente inferior ao importado, pode ser igualmente utilizado em
clínica quanto ao teste de alteração de cor, sendo praticamente estável
em cor em tempo aproximado de 1 de uso da prótese pelo paciente.
128
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O
OO
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e acordo com os resultados obtidos e analisados neste estudo,
podemos concluir que:
Os dois silicones tiveram comportamento similar, podendo os dois ser
indicados para uso em próteses bucomaxilofaciais para o teste de
espectrofotometria.
Os dois silicones incolores tiveram alterações estatisticamente
significativas, no entanto, o pigmento maquiagem apresentou as
maiores alterações estatisticamente significativas, para os tempos e
para os silicones. os pigmentos óxido de ferro e cerâmica,
apresentaram boa estabilidade de cor para os dois silicones.
O fator tempo de envelhecimento influenciou negativamente,
independente da pigmentação, ou da ausência desta, e independente
dos silicones.
Nenhum grupo teve alteração visualmente perceptível em nenhum dos
tempos de envelhecimento acelerado, independentemente do adição ou
não de pigmentos.
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D
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130
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137
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ss
s
138
A
AA
A
A
AA
A
N
NN
N
N
NN
N
E
EE
E
E
EE
E
X
XX
X
X
XX
X
O
OO
O
O
OO
O
S
SS
S
S
SS
S
alores originais obtidos durante a realização deste estudo.
Tabela 16 Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX incolores e
pigmentados com cerâmica após 163 horas de envelhecimento acelerado.
CORPOS-DE-PROVA L* a* b*
L*
a*
b*
E*
N1-MDX/Incolor
86,515 -1,379 2,240 0,210 -0,096 -0,165 0,284
N2-MDX/Incolor
87,274 -1,296 2,,648 0,062 0,018 -0,077 0,100
N3-MDX/Incolor
86,500 -1,276 2,664 0,325 -0,051 0,168 0,370
N4-MDX/Incolor
86,692 -1,346 2,328 0,335 -0,099 0,087 0,359
N5-MDX/Incolor
86,500 -1,276 2,664 0,325 -0,051 0,168 0,370
N1-732 RTV/Incolor
88,505 -1,297 1,152 0,350 0,094 -0,098 0,375
N2-732 RTV/Incolor
87,933 -1,281 2,177 0,507 -0,140 0,216 0,569
N3-732 RTV/Incolor
87,982 -1,375 1,565 0,371 -0,182 0,098 0,425
N4-732 RTV/Incolor
88,487 -1,386 1,263 0,276 -0,014 0,089 0,291
N5-732 RTV/Incolor
87,982 -1,375 1,565 0,371 -0,182 0,098 0,425
N1-MDX/Cerâmica
68,839 12,936 8,993 -0,107 -0,178 0,015 0,208
N2-MDX/Cerâmica
70,024 11,921 8,580 -0,169 -0,153 -0,211 0,310
N3-MDX/Cerâmica
73,025 9,674 7,824 -0,423 0,062 0,202 0,473
N4-MDX/Cerâmica
68,813 12,981 8,940 -0,038 -0,183 -0,032 0,189
N5-MDX/Cerâmica
70,024 11,921 8,580 -0,169 -0,153 -0,211 0,310
N1-732 RTV/Cerâmica
72,364 10,927 8,394 0,136 -0,289 0,085 0,331
N2-732 RTV/Cerâmica
72,985 10,727 8,058 -0,334 0,136 0,134 0,385
N3-732 RTV/Cerâmica
70,923 11,948 8,731 -0,042 -0,107 0,055 0,128
N4-732 RTV/Cerâmica
72,435 10,945 8,215 -0,041 -0,127 0,044 0,141
N5-732 RTV/Cerâmica
72,364 10,927 8,394 0,136 -0,289 0,085 0,331
Tabela 17 Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX pigmentados
com maquiagem e óxido de ferro após 163 horas de envelhecimento acelerado.
V
VV
V
V
VV
V
139
CORPOS-DE-PROVA L* a* b*
L*
a*
b*
E*
N1-MDX/Maquiagem
83,639 1,166 8,129 0,006 -0,076 0,143 0,162
N2-MDX/Maquiagem
83,450 1,333 8,321 -0,078 -0,015 0,329 0,338
N3-MDX/Maquiagem
83,687 1,103 7,730 -0,252 -0,062 0,150 0,300
N4-MDX/Maquiagem
84,121 1,140 7,998 -0,014 0,029 0,236 0,238
N5-MDX/Maquiagem
83,687 1,103 7,730 -0,252 -0,062 0,150 0,300
N1-732 RTV/Maquiagem
84,727 1,203 7,669 0,136 -0,070 0,141 0,208
N2-732 RTV/Maquiagem
84,136 1,368 8,147 0,158 -0,174 0,201 0,309
N3-732 RTV/Maquiagem
84,792 1,132 7,610 0,226 -0,033 0,293 0,372
N4-732 RTV/Maquiagem
84,069 1,430 8,317 -0,034 -0,042 0,213 0,219
N5-732 RTV/Maquiagem
84,136 1,368 8,147 0,158 -0,174 0,201 0,309
N1-MDX/Óx. de Ferro
67,222 7,127 10,172 -0,160 -0,094 0,314 0,365
N2-MDX/Óx. de Ferro
66,729 7,270 9,567 -0,079 0,187 0,130 0,241
N3-MDX/Óx. de Ferro
64,921 7,914 9,983 -0,048 0,030 0,152 0,163
N4-MDX/Óx. de Ferro
65,383 7,899 10,083 -0,295 0,296 0,388 0,570
N5-MDX/Óx. de Ferro
66,729 7,270 9,567 -0,079 0,187 0,130 0,241
N1-732 RTV/Óx. de Ferro
65,956 8,768 11,507 -0,514 0,292 0,247 0,641
N2-732 RTV/Óx. de Ferro
66,441 8,253 11,112 -0,168 0,157 0,114 0,257
N3-732 RTV/Óx. de Ferro
62,845 9,434 12,072 -0,746 0,219 0,313 0,838
N4-732 RTV/Óx. de Ferro
64,720 9,029 11,741 0,216 0,033 -0,088 0,235
N5-732 RTV/Óx. de Ferro
66,441 8,253 11,112 -0,168 0,157 0,114 0,257
Tabela 18 – Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX incolores e
pigmentados com cerâmica após 351 horas de envelhecimento acelerado.
140
CORPOS-DE-PROVA L* a* b*
L*
a*
b*
E*
N1-MDX/Incolor
86,647 -0,682 1,723 0,342 0,601 -0,682 0,971
N2-MDX/Incolor
87,115 -0,517 2,145 -0,097 0,797 -0,580 0,991
N3-MDX/Incolor
85,965 -0,465 2,186 -0,210 0,760 -0,310 0,847
N4-MDX/Incolor
86,590 -0,699 1,739 0,233 0,548 -0,502 0,779
N5-MDX/Incolor
86,647 -0,682 1,723 0,342 0,601 -0,682 0,971
N1-732 RTV/Incolor
88,271 -1,370 1,043 0,116 0,021 -0,207 0,238
N2-732 RTV/Incolor
88,191 -1,227 1,827 0,765 -0,086 -0,134 0,781
N3-732 RTV/Incolor
87,701 -0,829 0,895 0,090 0,364 -0,572 0,684
N4-732 RTV/Incolor
88,369 -0,881 0,761 0,158 0,491 -0,413 0,661
N5-732 RTV/Incolor
88,271 -1,370 1,043 0,116 0,021 -0,207 0,238
N1-MDX/Cerâmica
68,857 13,105 9,083 -0,089 -0,009 0,105 0,138
N2-MDX/Cerâmica
70,879 11,681 8,645 0,686 -0,393 -0,146 0,804
N3-MDX/Cerâmica
73,754 9,642 7,651 0,306 0,030 0,029 0,309
N4-MDX/Cerâmica
68,678 13,286 9,083 -0,173 0,122 0,111 0,239
N5-MDX/Cerâmica
70,879 11,681 8,645 0,686 -0,393 -0,146 0,804
N1-732 RTV/Cerâmica
72,253 11,178 8,451 0,025 -0,038 0,142 0,149
N2-732 RTV/Cerâmica
73,240 10,722 8,094 -0,079 0,131 0,170 0,228
N3-732 RTV/Cerâmica
72,203 11,352 8,412 -0,273 0,208 0,241 0,459
N4-732 RTV/Cerâmica
71,116 12,109 8,719 0,151 0,054 0,043 0,166
N5-732 RTV/Cerâmica
72,203 11,352 8,412 -0,273 0,208 0,241 0,459
Tabela 19 – Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX pigmentados
com maquiagem e óxido de ferro após 351 horas de envelhecimento acelerado.
141
CORPOS-DE-PROVA L* a* b*
L*
a*
b*
E*
N1-MDX/Maquiagem
83,632 1,320 8,235 -0,001 0,078 0,249 0,261
N2-MDX/Maquiagem
83,743 1,277 8,024 0,215 -0,071 0,032 0,229
N3-MDX/Maquiagem
83,399 1,243 7,765 -0,540 0,078 0,185 0,576
N4-MDX/Maquiagem
83,798 1,202 7,916 -0,337 0,091 0,157 0,381
N5-MDX/Maquiagem
83,743 1,277 8,024 0,215 -0,071 0,032 0,229
N1-732 RTV/Maquiagem
84,655 1,200 7,710 0,064 -0,073 0,182 0,207
N2-732 RTV/Maquiagem
83,729 1,434 8,295 -0,249 -0,108 0,349 0,442
N3-732 RTV/Maquiagem
84,502 1,099 7,593 -0,064 -0,066 0,276 0,291
N4-732 RTV/Maquiagem
83,991 1,381 8,284 -0,112 -0,091 0,180 0,230
N5-732 RTV/Maquiagem
84,502 1,099 7,593 -0,064 -0,066 0,276 0,291
N1-MDX/Óx. de Ferro
67,694 7,128 10,162 0,312 -0,093 0,304 0,445
N2-MDX/Óx. de Ferro
66,749 7,101 9,535 -0,059 0,018 0,098 0,116
N3-MDX/Óx. de Ferro
64,743 7,857 9,995 -0,226 -0,027 0,164 0,281
N4-MDX/Óx. de Ferro
65,109 7,758 9,988 -0,569 0,155 0,293 0,658
N5-MDX/Óx. de Ferro
66,749 7,101 9,535 -0,059 0,018 0,098 0,116
N1-732 RTV/Óx. de Ferro
66,423 8,552 11,361 -0,050 0,076 0,101 0,136
N2-732 RTV/Óx. de Ferro
66,459 8,003 10,978 -0,150 -0,093 -0,020
0,177
N3-732 RTV/Óx. de Ferro
63,580 9,124 11,973 -0,011 -0,091 0,214 0,233
N4-732 RTV/Óx. de Ferro
64,167 9,117 11,998 -0,337 0,121 0,169 0,396
N5-732 RTV/Óx. de Ferro
66,423 8,552 11,361 -0,050 0,076 0,101 0,136
Tabela 20 – Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX incolores e
pigmentados com cerâmica após 692 horas de envelhecimento acelerado.
142
CORPOS-DE-PROVA L* a* b*
L*
a*
b*
E*
N1-MDX/Incolor
86,417 -1,301 2,199 0,112 -0,018 -0,206 0,235
N2-MDX/Incolor
87,270 -1,234 2,326 0,058 0,080 -0,399 0,411
N3-MDX/Incolor
85,739 -1,234 2,484 -0,436 -0,009 -0,012 0,436
N4-MDX/Incolor
86,591 -1,359 2,113 -0,766 -0,112 -0,128 0,784
N5-MDX/Incolor
86,417 -1,301 2,199 0,112 -0,018 -0,206 0,235
N1-732 RTV/Incolor
88,355 -1,368 1,210 0,200 0,023 -0,040 0,205
N2-732 RTV/Incolor
87,893 -1,267 20,110 0,467 -0,126 0,050 0,486
N3-732 RTV/Incolor
87,459 -1,316 1,388 -0,152 -0,123 -0,079 0,210
N4-732 RTV/Incolor
88,270 -1,358 1,213 0,059 0,014 0,039 0,073
N5-732 RTV/Incolor
87,893 -1,267 20,110 0,467 -0,126 0,050 0,486
N1-MDX/Cerâmica
68,820 12,969 8,922 -0,126 -0,145 -0,056 0,200
N2-MDX/Cerâmica
70,634 11,473 8,432 0,441 -0,601 -0,359 0,827
N3-MDX/Cerâmica
73,436 9,604 7,657 -0,012 -0,008 0,035 0,038
N4-MDX/Cerâmica
68,730 13,003 8,811 -0,121 -0,138 -0,161 0,245
N5-MDX/Cerâmica
70,634 11,473 8,432 0,441 -0,601 -0,359 0,827
N1-732 RTV/Cerâmica
72,365 11,039 8,381 0,137 -0,177 0,072 0,235
N2-732 RTV/Cerâmica
72,981 10,691 8,075 -0,338 0,100 0,151 0,383
N3-732 RTV/Cerâmica
71,955 11,315 8,443 -0,521 0,243 0,272 0,636
N4-732 RTV/Cerâmica
70,748 12,086 8,835 -0,217 0,031 0,159 0,271
N5-732 RTV/Cerâmica
72,365 11,039 8,381 0,137 -0,177 0,072 0,235
Tabela 21 – Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX pigmentados
com maquiagem e óxido de ferro após 692 horas de envelhecimento acelerado.
143
CORPOS-DE-PROVA L* a* b*
L*
a*
b*
E*
N1-MDX/Maquiagem
83,383 1,165 7,908 -0,250
-0,077 -0,078
0,273
N2-MDX/Maquiagem
82,785 1,503 8,514 -0,743
0,155 0,522 0,921
N3-MDX/Maquiagem
83,333 1,319 8,109 -0,606
0,154 0,529 0,819
N4-MDX/Maquiagem
83,468 1,271 8,083 -0,667
0,160 0,321 0,757
N5-MDX/Maquiagem
83,333 1,319 8,109 -0,606
0,154 0,529 0,819
N1-732 RTV/Maquiagem
84,263 1,299 7,889 -0,328
0,026 0,361 0,488
N2-732 RTV/Maquiagem
83,579 1,400 8,313 -0,399
-0,142 0,367 0,561
N3-732 RTV/Maquiagem
84,740 1,152 7,706 0,174 -0,013 0,389 0,427
N4-732 RTV/Maquiagem
83,917 1,460 8,369 -0,186
0,418 0,265 0,529
N5-732 RTV/Maquiagem
84,263 1,299 7,889 -0,328
0,026 0,361 0,488
N1-MDX/Óx. De Ferro
67,371 7,480 10,156 -0,011
0,259 0,298 0,395
N2-MDX/Óx. De Ferro
66,426 7,330 9,684 -0,382
0,247 0,247 0,517
N3-MDX/Óx. De Ferro
64,462 8,024 10,099 -0,507
0,140 0,268 0,590
N4-MDX/Óx. De Ferro
65,439 7,695 9,810 -0,239
0,092 0,115 0,281
N5-MDX/Óx. De Ferro
66,426 7,330 9,684 -0,382
0,247 0,247 0,517
N1-732 RTV/Óx. De Ferro
66,108 8,512 11,376 -0,365
0,036 0,116 0,385
N2-732 RTV/Óx. De Ferro
65,375 8,163 11,139 -0,874
0,067 0,141 0,888
N3-732 RTV/Óx. De Ferro
63,251 9,259 11,982 -0,340
0,044 0,223 0,409
N4-732 RTV/Óx. De Ferro
63,937 9,282 12,114 -0,567
0,286 0,285 0,696
N5-732 RTV/Óx. De Ferro
65,375 8,163 11,139 -0,874
0,067 0,141 0,888
Tabela 22 – Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX incolores e
pigmentados com cerâmica após 1000 horas de envelhecimento acelerado.
144
CORPOS-DE-PROVA L* a* b*
L*
a*
b*
E*
N1-MDX/Incolor
86,258 -1,390 2,299 -0,047 -0,111 -0,106 0,160
N2-MDX/Incolor
86,951 -1,274 2,631 -0,261 0,040 -0,094 0,260
N3-MDX/Incolor
86,200 -1,196 2,571 0,025 0,029 0,075 0,084
N4-MDX/Incolor
86,356 -1,338 2,166 -0,001 -0,091 -0,075 0,118
N5-MDX/Incolor
86,258 -1,390 2,299 -0,047 -0,111 -0,106 0,160
N1-732 RTV/Incolor
88,037 -1,357 1,222 -0,118 0,034 -0,028 0,126
N2-732 RTV/Incolor
87,499 -1,186 2,087 0,073 -0,045 0,126 0,152
N3-732 RTV/Incolor
87,636 -1,249 1,919 0,025 -0,056 0,452 0,456
N4-732 RTV/Incolor
88,089 -1,368 1,244 -0,122 0,004 0,070 0,141
N5-732 RTV/Incolor
87,636 -1,249 1,919 0,025 -0,056 0,452 0,456
N1-MDX/Cerâmica
68,590 13,225 9,004 -0,356 0,111 0,026 0,374
N2-MDX/Cerâmica
70,124 11,819 8,683 -0,069 -0,255 -0,108 0,285
N3-MDX/Cerâmica
72,834 9,601 7,650 -0,614 -0,011 0,028 0,615
N4-MDX/Cerâmica
68,653 13,095 8,927 -0,198 -0,069 -0,045 0,215
N5-MDX/Cerâmica
68,590 13,225 9,004 -0,356 0,111 0,026 0,374
N1-732 RTV/Cerâmica
72,429 11,045 8,302 0,201 -0,171 -0,007 0,264
N2-732 RTV/Cerâmica
73,123 10,719 8,059 -0,196 0,128 0,135 0,271
N3-732 RTV/Cerâmica
72,200 11,351 8,393 -0,276 0,279 0,222 0,451
N4-732 RTV/Cerâmica
70,865 12,026 8,792 -0,100 -0,029 0,116 0,156
N5-732 RTV/Cerâmica
72,429 11,045 8,302 0,201 -0,171 -0,007 0,264
Tabela 23 – Valores das leituras dos corpos-de-prova do 732 RTV e do MDX pigmentados
com maquiagem e óxido de ferro após 1000 horas de envelhecimento acelerado.
145
CORPOS-DE-PROVA L* a* b*
L*
a*
b*
E*
N1-MDX/Maquiagem
83,277 1,385 8,136 -0,356 0,143 0,150 0,412
N2-MDX/Maquiagem
82,764 1,550 8,512 -0,764 0,202 0,520 0,946
N3-MDX/Maquiagem
83,647 1,167 7,786 -0,292 0,002 0,206 0,358
N4-MDX/Maquiagem
83,331 1,390 8,266 -0,804 0,279 0,504 0,989
N5-MDX/Maquiagem
83,277 1,385 8,136 -0,356 0,143 0,150 0,412
N1-732 RTV/Maquiagem
84,226 1,317 7,937 -0,365 0,044 0,409 0,550
N2-732 RTV/Maquiagem
83,610 1,579 8,638 -0,368 0,037 0,692 0,784
N3-732 RTV/Maquiagem
85,040 1,138 7,655 0,474 -0,027 0,338 0,583
N4-732 RTV/Maquiagem
83,915 1,412 8,220 -0,188 -0,060 0,116 0,229
N5-732 RTV/Maquiagem
83,610 1,579 8,638 -0,368 0,037 0,692 0,784
N1-MDX/Óx. De Ferro
67,172 7,722 10,168 -0,210 0,501 0,310 0,625
N2-MDX/Óx. De Ferro
66,706 7,206 9,586 -0,102 0,123 0,149 0,219
N3-MDX/Óx. De Ferro
64,690 7,967 9,980 -0,279 0,083 0,149 0,327
N4-MDX/Óx. De Ferro
65,426 7,599 9,728 -0,252 -0,004 0,033 0,255
N5-MDX/Óx. De Ferro
66,706 7,206 9,586 -0,102 0,123 0,149 0,219
N1-732 RTV/Óx. De Ferro
66,111 8,541 11,319 -0,362 0,065 0,059 0,372
N2-732 RTV/Óx. De Ferro
66,661 7,955 10,927 0,052 -0,141 -0,071
0,167
N3-732 RTV/Óx. De Ferro
63,210 9,307 12,129 -0,381 0,092 0,370 0,539
N4-732 RTV/Óx. De Ferro
64,155 9,153 11,992 -0,349 0,157 0,163 0,416
N5-732 RTV/Óx. De Ferro
66,111 8,541 11,319 -0,362 0,065 0,059 0,372
Tabela 24 - Teste de Tukey para médias de tempo dentro de MDX do fator material e incolor
do fator corante
HORAS NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
146
163 5 0.294400 0.294400 bc A
351 5 0.911800 0.911800 a B
692 5 0.460400 0.460400 b AB
1000 5 0.156400 0.156400 c B
Tabela 25 - Teste de Tukey para médias de tempo dentro de MDX do fator material e
cerâmica do fator corante
HORAS NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
163 5 0.298000 0.298000 a A
351 5 0.359800 0.359800 a A
692 5 0.311000 0.311000 a B
1000 5 0.354800 0.354800 a AB
Tabela 26 - Teste de Tukey para médias de tempo dentro de MDX do fator material e
maquiagem do fator corante
HORAS NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
163 5 0.267600 0.267600 c A
351 5 0.365600 0.365600 bc A
692 5 0.705400 0.705400 a A
1000 5 0.623400 0.623400 ab A
Tabela 27 - Teste de Tukey para médias de tempo dentro de MDX do fator material e óxido
de ferro do fator corante
HORAS NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
163 5 0.316000 0.316000 a A
351 5 0.389000 0.389000 a A
692 5 0.460000 0.460000 a AB
147
1000 5 0.350600 0.350600 a AB
Tabela 28 - Teste de Tukey para médias de tempo dentro de 732 RTV do fator material e
incolor do fator corante
HORAS NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
163 5 0.407000 0.407000 ab A
351 5 0.650500 0.650500 a B
692 5 0.236800 0.236800 b B
1000 5 0.205400 0.205400 b B
Tabela 29 - Teste de Tukey para médias de tempo dentro de 732 RTV do fator material e
cerâmica do fator corante
HORAS NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
163 5 0.225200 0.225200 a A
351 5 0.246000 0.246000 a A
692 5 0.381600 0.381600 a AB
1000 5 0.282600 0.282600 a AB
Tabela 30 - Teste de Tukey para médias de tempo dentro de 732 RTV do fator material e
maquiagem do fator corante
HORAS NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
163 5 0.283400 0.283400 a A
351 5 0.292200 0.292200 a A
692 5 0.513200 0.513200 b A
1000 5 0.545800 0.545800 b A
Tabela 31 - Teste de Tukey para médias de tempo dentro de 732 RTV do fator material e
óxido de ferro do fator corante
148
HORAS NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
163 5 0.445600 0.445600 ab A
351 5 0.235000 0.235000 b A
692 5 0.614800 0.614800 a A
1000 5 0.373200 0.373200 ab AB
Tabela 32 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 163 hs do fator tempo e incolor
do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.407000 0.407000 a A
MDX 5 0.294400 0.294400 a A
Tabela 33- Teste de Tukey para médias de material dentro de 163 hs do fator tempo e
cerâmica do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.225200 0.225200 a A
MDX 5 0.298000 0.298000 a A
Tabela 34 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 163 hs do fator tempo e
maquiagem do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.283400 0.283400 a A
MDX 5 0.267600 0.267600 a A
Tabela 35 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 163 hs do fator tempo e óxido
de ferro do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.445600 0.445600 a A
MDX 5 0.316000 0.316000 a A
149
Tabela 36 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 351 hs do fator tempo e incolor
do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.605000 0.605000 a A
MDX 5 0.911800 0.911800 a B
Tabela 37 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 351 hs do fator tempo e
cerâmica do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.246000 0.246000 a A
MDX 5 0.359800 0.359800 a A
Tabela 38 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 351 hs do fator tempo e
maquiagem do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.292200 0.292200 a A
MDX 5 0.365600 0.365600 a A
Tabela 39 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 351 hs do fator tempo e óxido
de ferro do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.235000 0.235000 a A
MDX 5 0.389000 0.389000 a A
Tabela 40 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 692 hs do fator tempo e incolor
do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.236800 0.236800 a A
MDX 5 0.460400 0.460400 a B
Tabela 41 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 692 hs do fator tempo e
cerâmica do fator corante
150
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.381600 0.381600 a A
MDX 5 0.311000 0.311000 a A
Tabela 42 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 692 hs do fator tempo e
maquiagem do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.513200 0.513200 a A
MDX 5 0.705400 0.705400 a A
Tabela 43 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 692 hs do fator tempo e óxido
de ferro do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.614800 0.614800 a A
MDX 5 0.460000 0.460000 a A
Tabela 44 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 1000 hs do fator tempo e
incolor do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.205400 0.205400 a A
MDX 5 0.156400 0.156400 a A
Tabela 45 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 1000 hs do fator tempo e
cerâmica do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.282600 0.282600 a A
MDX 5 0.354800 0.354800 a A
Tabela 46 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 1000 hs do fator tempo e
maquiagem do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.545800 0.545800 a A
151
MDX 5 0.623400 0.623400 a A
Tabela 47 - Teste de Tukey para médias de material dentro de 1000 hs do fator tempo e óxido
de ferro do fator corante
NOME NUM. REPT. MÉDIAS MÉDIAS ORIGINAIS 5% 1%
SILASTIC 5 0.373200 0.373200 a A
MDX 5 0.350600 0.350600 a A
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