As taxas de mineralização obtidas foram consideradas baixas, de
acordo com as normas internacionais para biodegradabilidade de materiais à
base de amido. Embora as taxas de mineralização tenham sido baixas,
pode-se observar que a fécula de mandioca degradou mais do que a bandeja
termoformada, em relação ao mesmo tempo. Isso pode ser explicado pela
composição de polímeros na fabricação das bandejas. Dessa maneira, pelos
resultados dos ensaios de biodegradação desenvolvidos neste trabalho, em
45 dias de processo em meio sólido inerte de vermiculita a 45ºC, com 45 mL de
inóculo, relatam para taxa de mineralização da bandeja termoformada de fécula
de mandioca, 66,44%, para a bandeja termoformada de fécula de mandioca
com revestimento de filme, a taxa de mineralização foi de 62,36% e para.
Nota-se que a composição qualitativa das bandejas à base de fécula de
mandioca é semelhante, no aspecto quantitativo dos resultados de
biodegradação em um mesmo período e com mesmo volume de inóculo,
variando-se somente a temperatura, que influenciou no desenvolvimento da
atividade bacteriana do inóculo e, consequentemente, na taxa de
mineralização, atingindo os padrões das normas internacionais para
biodegradabilidade de materiais à base de amido.
O equipamento utilizado no experimento (respirômetro), construído
artesanalmente, conforme modelo (Figura 5), pode ter ocasionado, em algum
momento, aeração inadequada ao sistema, causando interferência no
desempenho da atividade dos microrganismos, perda de CO
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, eventuais
vazamentos nas tampas das garrafas PET ou perdas no instante da troca das
soluções. Os ensaios descritos por GATTIN et al. (2002), foram conduzidos em
bioreator automatizado, específico para quantificação de dióxido de carbono.
Os polímeros naturais, tais como proteínas, amido e celulose, são
prontamente biodegradados por hidrólise seguida de oxidação. Para os
polímeros sintéticos, a susceptibilidade de degradação está diretamente
relacionada ao crescimento microbiano. O início da degradação pelos
microrganismos está relacionado à natureza do material e à habilidade de
clivagem enzimática das ligações hidrolizáveis das cadeias poliméricas, como
no caso das ligações éster, uréia e uretana. Fatores como pH, também afetam
à biodegradabilidade de polímeros sintéticos. Os poliuretanos contendo grupos
éster são afetados por microrganismos, mas não são os que apresentam