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Localizou isso, nós vamos buscar um prestador de serviços, uma empresa ou uma
instituição de ensino, uma instituição de pesquisa que desenvolva esse produto em conjunto
com a gente. Não temos a pretensão de ter uma área de desenvolvimento de produtos
interno.
P30: Entrevistador: Vocês não têm um P&D na Usina 6 para esse processo?
P31: Usina 6 - E8: Não temos, claro que a gente interage em algumas coisas, temos uma
área industrial e na área industrial tem engenheiros químicos, engenheiros, faz sentido isso,
aparentemente faz. Precisa estabilizar, precisa testar os produtos (...) e etc., aí não faz
sentido a gente desenvolver isso internamente, nós não temos essa pretensão.
P32: Entrevistador: Então vocês buscam prestadores no mercado interno...a Unicamp ...
eles vendem para vocês ou vocês trabalham em parceria?
P33: Usina 6 - E8: Trabalha em parceria. Você vai trabalhar essa idéia e fala “olha, isso faz
sentido para a instituição?”, muitas vezes faz, pode até ser tese de mestrado ou doutorado,
alguma coisa de alguma pessoa lá que se interesse por trabalhar esse conceito. E outras
vezes fala “olha, não tem nenhuma linha de pesquisa exatamente nessa direção”, porque
talvez seja uma coisa mais imediata, mistura de açúcares com fibra, produto contendo
fibras. Aí usa alguns laboratórios, alguma área que tenha condições de testar essa (mescla),
testar essa estabilidade de produto para fazer esse trabalho em conjunto e às vezes nem é
uma instituição de pesquisa, muitas vezes é uma empresa que trabalha com esses
ingredientes. (...) Bom, interessa que você vai desenvolver um produto com essas
características, vocês têm esses ingredientes? Temos, então vamos testar isso. Ele pode
fazer a mescla no laboratoriozinho dele, pode fazer a mescla no laboratório que eu tenho lá
na usina em pequena escala, fez sentido? Fez. Chegamos em uma proporção de produtos
que ficou homogêneo, tem o custo benefício interessante? Chegamos? Ok, vamos buscar
um teste mais de escala, um envelhecimento acelerado em estufa, eventualmente para ver se
o produto de fato em prateleira é estável.
P34: Entrevistador: E o CTC, o Centro de Tecnologia Canavieira?
P35: Usina 6 - E8: O CTC, ele não faz trabalhos tão específicos, ess[a] é uma característica
que eu acho que está corretíssima. O CTC representa os interesses macro setoriais dos seus
associados, então tem lá, sei lá, noventa unidades associadas ao CTC, então tudo o que diz
respeito a desenvolvimento, processo tecnológico na obtenção de açúcares ou álcool ou
melhoria de eficiência no processo faz muito sentido e nós estamos inseridos nele...
P163: Usina 4 - E5: Nós visitamos, vamos para fora do país, o pessoal nosso industrial,
agrícola vai para fora do país também para conhecer novas tecnologias.
P164: Entrevistado: Quem no exterior traz essa referência para vocês?
P165: Usina 4 - E5: A Índia é um grande, grande produtor de açúcar, a Rússia é muito forte.
P165: Entrevistador: Vocês têm alguma área aqui, por exemplo, pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos?
P166: Usina 3 - E4: Olha na parte da indústria, na parte do açúcar eu acho que não, não se
atentou a isso. A gente vê, por exemplo, a usina da Usina 4b: hoje ela faz achocolatado, ela
faz suco, faz alguns outros produtos, a Cerradinho tem alguns outros segmentos que faz lá
os (...) aqui ainda não se atentou a...
P167: Entrevistador: Nem na parte do álcool?
P168: Usina 3 - E4: Nem na parte do álcool. Houve assim já um comentário de fazer o
álcool gel, mas ainda está nada assim definido, já demos uma analisada em questão de
mercado e tudo, mas ainda não, na verdade não tem nada definido de falar “nós temos área
de desenvolvimento para”, tem uns estudos muito formais, mais pesquisas de mercado, se é
possível fazer, é, isso já foi analisado, mas não se testou cem por cento desenvolvendo o
produto.
P173: Mas, por exemplo, se existe um cliente que solicita um produto novo, açúcar líquido,
por exemplo, sei lá o cliente chega e “vocês podem produzir tal coisa?”
P174: Usina 3 - E4: Aí sim seria no caso [de] o pessoal fazer um estudo para fazer assim
algumas (...), o custo que isso implicaria em fazer uma mudança no processo. Hoje, por
exemplo, o açúcar líquido a gente não está preparado para fazer, então a gente teria que ir
em indústrias, assessoria em empresas, para ver o que teria que fazer de modificações na
planta para poder fazer a instalação, para poder fabricar o açúcar porque ele tem um
processo um pouquinho diferenciado do que é o de rotina hoje. Ele trabalha também com a
questão da diluição e aí tem que ter outros equipamentos para manter a qualidade.