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Coordenação de Geofísica
Dissertação de Mestrado
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas
e da Crosta Subjacente, de Idade pós
Mesozóica na Região Sudeste.
Dissertação apresentada à
Coordenação de Pós-Graduação
do Observatório Nacional/MCT
como requisito para obtenção do
Grau de Mestre em Geofísica.
Aluno: Iran Ferreira Rodrigues
Orientador: Prof. Dr. Valiya M. Hamza
Setembro/2007
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Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
ii
Coordenação de Geofísica
Dissertação de Mestrado
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas
e da Crosta Subjacente, de Idade pós
Mesozóica na Região Sudeste
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Valiya M. Hamza (Orientador)
Observatório Nacional / MCT
Profª. Dra. Tereza Higashi Yamabe (Titular Externo)
Faculdade de Ciências e Tecnologia UNESP, Presidente
Prudente
Dr. Antonio Cosme Del Rey (Suplente Externo)
Petrobras
Dr. Fernando José Soares da Silva (Titular Interno)
Observatório Nacional / MCT
Prof. Dr. Jorge Leonardo Martins (Suplente Interno)
Observatório Nacional / MCT
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Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
iii
Resumo
Os trabalhos realizados nesta dissertação permitiram determinações
quantitativas da estrutura termal da crosta terrestre na área das Bacias
Tafrogênicas Continentais de idade Pós-Mesozóica na Região Sudeste do
Brasil.
Seu desenvolvimento ocorreu em duas etapas distintas: na primeira
foi efetuada a compilação de dados geotérmicos obtidos nos estudos
anteriores e medições complementares, visando a determinação da estrutura
atual da crosta sob as bacias tafrogênicas. Os trabalhos da segunda etapa
tiveram como enfoque a avaliação de recursos geotermais associados. As
bases de dados reunidas neste trabalho incluem medições geotérmicas de 82
localidades (em 29 municípios), distribuídas em quatro bacias. Os
resultados obtidos indicam a existência de anomalias térmicas na parte
central da bacia Taubaté, caracterizados por gradientes térmicos na faixa de
30 à 50
o
C/km e fluxo geotérmico com valores acima de 100mW/m
2
. Há
indícios de que contrastes térmicos desta natureza existem também na
porção oeste da bacia de Resende. A falta de dados de poços profundos
dificultou avaliações regionais de fluxo térmico nas demais bacias.
A presença de zonas de alto fluxo geotérmico aponta para a existência
de recursos de águas termais em profundidades acessíveis. As avaliações de
recursos geotermais indicam que o recurso base geotermal é de ordem de
10
11
Joules das quais cerca de 5% é passível para explotação. A existência
de zonas passíveis de explotação de águas termais foram identificadas em
pelo menos três municípios da bacia Taubaté.
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Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
iv
Abstract
The activities carried out in this thesis work have allowed
quantitative determination of the thermal structure of the crust beneath the
tafrogenic basins of post-Mesozoic age in the continental area of Southeast
Brazil.
The thesis work was carried out in two distinct stages, the first of
which was aimed at compilation of pre-existing geothermal data and
acquisition of complementary data, for determining the crustal thermal
structure. Assessment of geothermal resources were carried out in the
second stage. Geothermal and hydrogeologic data gathered from 82
localities (in 29 cities), distributed over four different basins, were
employed in determining the regional distributions of geothermal gradients
and heat flow. The results obtained have allowed identification of
prominent thermal anomalies, with gradients in the range of 30 to 50
o
C/km
and heat flow in excess of 100mW/m
2
, in the central parts of the Taubaté
basin. The lack of suitable data from deep wells have not allowed
identification of similar thermal anomalies in other smaller basins as well.
The identification of high heat flow zones point to the existence of
low enthalpy geothermal resources at accessible depths. Detailed
assessments indicate that geothermal resource base is of the order of 10
11
Joules, of which about 5% may be classified as recoverable resources. The
study has allowed identification of three distinct zones for exploitation of
geothermal resources in the Taubaté basin.
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Agradecimentos
Em primeiro lugar ao Professor Dr. Valiya M. Hamza, pelas lições de conhecimento
e de como agir e pensar cientificamente, pela colaboração nos momentos de dificuldade,
pelo exemplo de profissionalismo, pelo incentivo, e por saber reconhecer e conviver com o
meu ritmo 20 na execução das tarefas ao longo dessa trajetória.
Aos professores do Departamento de Geofísica do Observatório Nacional pela
contribuição para que mais essa etapa fosse vencida.
A todos os meus colegas e em particular ao Antonio, Carlos, Roberta e Roberto pela
troca de informações relativas à Geotermia e pela contribuição nessa busca de
conhecimento, em especial ao Roberto pela amizade, incentivo, companheirismo e auxilio
na elaboração das rotinas computacionais utilizadas neste trabalho.
A todos os funcionários do Observatório Nacional, que direta ou indiretamente
contribuíram para que este projeto fosse concluído, Em especial a Vera e Yara pela presteza
com que sempre fui atendido.
A minha grande amiga Maguinha por toda ajuda, por suas colocações ponderadas,
pelo grande incentivo e pelo valioso auxílio na revisão deste texto.
Aos meus pais D. Ivete e Sr. Rodrigues e aos meus filhos Elaine e Bernardo pela
compreensão do distanciamento e todos da família pelo apoio, carinho e compreensão.
Iran Ferreira Rodrigues
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Sumário
Resumo .................................................................................................................................iii
Abstract .................................................................................................................................iv
Agradecimentos ......................................................................................................................v
Lista de Figuras ...................................................................................................................viii
Lista de Tabelas ......................................................................................................................x
Capitulo 1 – Introdução ..........................................................................................................1
1.1 – Comentários Iniciais .....................................................................................1
1.2 – Contexto Termo-Tectônico ..........................................................................3
1.3 – Objetivos ......................................................................................................4
1.4 – Desenvolvimento do Projeto ........................................................................5
1.5 – Implicações da evolução geológica para a Crosta e para os Recursos
Geotermais ...................................................................................................6
1.6 – Organização da Dissertação .........................................................................8
Capitulo 2 – Aspectos Geológicos e Geofísicos ....................................................................9
2.1 – Evolução Geológica Regional ......................................................................9
2.2 – Evolução Tectono-Sedimentar ...................................................................14
2.2.1 – Bacia de São Paulo ...................................................................15
2.2.2 – Bacia de Taubaté ......................................................................17
2.2.3 – Bacia de Resende ......................................................................18
2.2.4 – Bacia de Volta Redonda ...........................................................19
2.3 – Características Hidrogeológicas .................................................................20
2.4 – Características Geofísicas ...........................................................................23
2.4.1 – Estudos Gravimétricos .............................................................23
2.4.2 – Estudos Sísmicos ......................................................................27
Capitulo 3 – Metodologias Utilizadas nos Estudos Geotérmicos ........................................30
3.1 – Natureza dos Estudos Realizados ...............................................................30
3.2 – Determinações de Temperaturas ................................................................30
3.2.1 – Perfilagens Térmicas ................................................................33
3.3 – Estimativas Indiretas de Temperaturas .......................................................35
3.4 – Condutividade Térmica ..............................................................................37
3.4.1 – Método da Barra Dividida ........................................................38
3.4.2 – Sondas Térmicas Lineares ........................................................39
3.4.3 – Sondas Cilíndricas ....................................................................43
3.5 – Gradiente Geotérmico.................................................................................45
3.5.1 – Método Convencional (CVL)...................................................45
3.5.2 – Método da Resistência Térmica Cumulativa ...........................46
3.5.3 – Temperatura Estável de Fundo de Poço (CBT) .......................47
3.5.4 – Método Geoquímico (GCL) .....................................................48
3.6 – Fluxo Geotérmico ......................................................................................48
3.7 – Modelos Térmicos da Crosta .....................................................................51
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Capítulo 4 - Bases de Dados Utilizados ...............................................................................54
4.1 – Dados de Temperaturas ..............................................................................54
4.2 – Gradientes Geotérmicos .............................................................................54
4.3 – Condutividade Térmica ..............................................................................57
4.4 – Fluxo Geotérmico .......................................................................................61
4.5 – Dados Hidroquímicos .................................................................................63
4.6 – Dados Hidrogeológicos ..............................................................................66
Capitulo 5 – Estrutura Termal das Bacias ............................................................................68
5.1 – Estimativas de Temperaturas de Reservatórios Geotermais ......................68
5.2 – Variações Regionais no Gradiente e no Fluxo Geotérmico .......................73
5.2.1 – Bacia de São Paulo ...................................................................73
5.2.2 – Bacia de Taubaté ......................................................................75
5.2.3 – Bacia de Resende .....................................................................76
5.2.4 – Bacia de Volta Redonda ...........................................................77
5.2.5 – Rifte Paraíba do Sul ..................................................................78
5.3 – Estrutura Termal da Crosta na Região das Bacias Tafrogênicas ...............79
Capitulo 6 – Avaliação de Recursos Geotermais ................................................................80
6.1 – Manifestações Hidrotermais ......................................................................80
6.2 – Utilização de Recursos Geotermais ...........................................................82
6.3 – Terminologia de Recursos .........................................................................84
6.4 – Método Volumétrico na Avaliação de Recursos Geotermais ....................87
6.5 – Temperaturas Crustais ...............................................................................88
6.6 – Estimativas do Recurso Base Geotermal ...................................................91
6.6.1 – Resultados Obtidos ..................................................................91
6.6.2 – Distribuição Regional do Recurso Base ..................................94
6.6.3 – Estimativas do Recurso Recuperável .......................................95
Capitulo 7 – Conclusões ......................................................................................................96
7.1 – Desenvolvimento dos Trabalhos ................................................................96
7.2 – Resultados Alcançados ..............................................................................98
7.3 – Relevância dos Processos Tectonotermais para Ocorrência de Recursos ..99
7.4 – Perspectivas para Exploração dos Recursos Geotermais .........................100
7.5 – Incidência de Hidrotermalismo na região ................................................100
7.6 – Sugestões para Trabalhos Futuros.............................................................102
Apêndices ...........................................................................................................................103
Apêndice A – Dados de Perfilagem Térmica ...................................................103
Apêndice B – Perfis Termolitológicos .............................................................146
Apêndice C – Dados de Condutividade Térmica .............................................153
Apêndice D – Dados de Fluxo .........................................................................205
Apêndice E Rotina para calcular o parâmetro D e a temperatura do
reservatório .................................................................................209
Apêndice F – Temperaturas na Crosta .............................................................211
Referências Bibliográficas .................................................................................................212
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Lista de Figuras
Número
Descrição Página
1.1 Mapa de fluxo geotérmico do Brasil. 2
1.2 Mapa de localização de conjunto de bacias tafrogênicas continentais
da região Sudeste. (Adaptado de Sant´Anna e Riccomini, 2001).
3
2.1 Contexto geológico regional do Rift Continental do Sudeste
Brasileiro (RCSB). (Adaptado de Ferrari & Silva, 1997 e Riccomini,
2004).
9
2.2 Mapa tectônico da região sudeste do Brasil. (Adaptado Riccomini et
al., 2004).
11
2.3A Desenvolvimento do rift, fase principal (Eoceno). (Adaptado
Riccomini et al., 2004).
12
2.3B Desenvolvimento do rift, primeiro evento deformador (Mioceno).
(Adaptado Riccomini et al., 2004).
12
2.4A Desenvolvimento do rifte segundo evento deformador (Neógeno-
Quaternário). (Adaptado Riccomini et al., 2004).
13
2.4B Desenvolvimento do rifte terceiro evento (Pleistoceno tardio a
Holoceno). (Adaptado Riccomini et al., 2004).
13
2.5 Quadro litoestratigráfico e evolução tectono-sedimentar do segmento
central do RCSB. (Adaptado Riccomini, 1989; Mancini, 1995;
Salvador & Riccomini, 1995 e Riccomini et al., 1996 ).
14
2.6 Mapa geológico da Bacia de São Paulo. (Adaptado de Riccomini &
Coimbra, 1992).
16
2.7 Mapa geológico da Bacia de Taubaté. (Adaptado de Riccomini,
1989).
17
2.8 Mapa geológico da Bacia de Resende e Volta Redonda. (Adaptado de
Riccomini, 1989).
19
2.9 Recarga e descarga do Rifte do Paraíba do Sul. (Adaptado de Zalán &
Oliveira, 2005)
21
2.10 Localização dos perfis gravimétricos da bacia de Taubaté (Adaptado
de Fernandes & Chang, 2001).
24
2.11 Perfil gravimétrico modelado para a região de Taubaté. (Adaptado de
Fernandes & Chang, 2001).
25
2.12 Perfil gravimétrico modelado para a região de Jacareí. (Adaptado de
Fernandes & Chang, 2001).
25
2.13 Perfil gravimétrico modelado para a região de Caçapava. (Adaptado
de Fernandes & Chang, 2001).
26
2.14 Perfil gravimétrico modelado para a região de Roseira. (Adaptado de
Fernandes & Chang, 2001).
26
2.15 Mapa estrutural sísmico em profundidade da Bacia de Taubaté.
(Adaptado de Marques, 1990).
27
2.16 Seção smica B-B´ (Sub-bacia de Eugênio de Melo). (Adaptado de
Marques, 1990).
28
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ix
Número Descrição Página
2.17 Seção smica C-C´ (Sub-bacia de Quiririm). (Adaptado de Marques,
1990).
28
2.18 Seção sísmica D-D´ (Sub-bacia de Roseira). (Adaptado de Marques,
1990).
29
2.19 Seção sísmica E-E´ (Sub-bacia de Lorena). (Adaptado de Marques,
1990).
29
3.1 Curva de calibração da sonda térmica. 32
3.2 Esquema da sonda de perfilagem térmica. 32
3.3 Representação esquemática do equipamento de perfilagem térmica. 33
3.4 Ponte de Wheatstone utilizado nas medidas de resistência elétrica do
termistor.
34
3.5 Esquema do Equipamento de Barra Dividida 38
3.5.1 Esquema da sonda tipo agulha para medidas de Condutividade
Térmica.
40
3.6 Resultados de teste de calibração com padrão PSR-3 42
4.1 Distribuição geográfica de dados de Gradiente Geotermico na região
do Rifte Paraíba do Sul. (Adaptado de Zalán & Oliveira, 2005).
57
4.2 Mapa de condutividade térmica ilustrando a variação regional. 60
4.3 Distribuição geográfica dos dados químicos. (Adaptado de Zalán &
Oliveira, 2005).
65
5.1 Curvas para determinação do fator de correção alfa 70
5.2 Curvas para determinação do fator de correção beta 71
5.3 Gradiente geotérmico da bacia de São Paulo. 74
5.4 Fluxo geotérmico da bacia de São Paulo. 74
5.5 Gradiente geotérmico da bacia de Taubaté 75
5.6 Fluxo geotérmico da bacia de Taubaté 75
5.7 Gradiente geotérmico da bacia de Resende. 76
5.8 Fluxo geotérmico da bacia de Resende. 76
5.9 Gradiente geotérmico da bacia de Volta Redonda. 77
5.10 Fluxo geotérmico da bacia de Volta Redonda. 77
5.11 Gradiente geotérmico do Rifte Paraíba do Sul. 78
5.12 Fluxo geotérmico do Rifte Paraíba do Sul. 78
5.13 Distribuição de temperaturas para a área do Rifte Paraíba do Sul. Em
profundidade de 1 km
79
6.1 Diagrama proposto por McKelvey para Recursos Minerais 84
6.2 Terminologia adotada na classificação de Recursos Geotermais,
conforme esquema de McKelvey
85
6.3 Variação das temperaturas in-situ e de excesso de temperaturas até
35km de profundidade
90
6.4 Mapa do recurso base geotermal do Rifte do Paraíba do Sul. 94
6.5 Mapa do recurso recuperável do Rifte do Paraíba do Sul. 95
7.1 Localização das fontes geotermais na bacia Taubaté 101
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x
Lista de Tabelas
Número
Descrição Página
3.1 Relação entre a temperatura (T) e a concentração dos elementos em
alguns dos Termômetros Geoquímicos comuns.
36
4.1 Gradientes Geotérmicos da Bacia de Taubaté. 55
4.2 Gradientes Geotérmicos da Bacia de Resende. 56
4.3 Gradientes Geotérmicos da Bacia de São Paulo. 56
4.4 Gradientes Geotérmicos da Bacia de Volta Redonda. 56
4.5 Gradiente Geotérmico no Rifte Paraíba do Sul e áreas vizinhas. 56
4.6 Condutividade térmica do embasamento da bacia de São Paulo e das
áreas vizinhas.
58
4.7 Valores médios de condutividade térmica dos sedimentos das bacias de
Volta Redonda e Resende.
58
4.8 Condutividade térmica da Formação Caçapava. 59
4.9 Valores médios de condutividade térmica obtida para o poço Tekno
localizado no município de Guaratinguetá.
59
4.10 Condutividade térmica média de sedimentos das formações da Bacia de
Taubaté.
60
4.11 Fluxo Geotérmico da Bacia de Taubaté. 61
4.12 Fluxo geotérmico da Bacia de Resende. 62
4.13 Fluxo geotérmico da Bacia de São Paulo. 62
4.14 Fluxo geotérmico da Bacia de Volta Redonda. 62
4.15 Fluxo geotérmico no Rifte Paraíba do Sul e áreas vizinhas. 62
4.16 Dados Hidroquímicos do Rifte do Paraíba do Sul. 63
4.17 Dados Hidroquímicos do Rifte do Paraíba do Sul 64
4.18 Dados de vazão 67
5.1 Determinação de alfa para a bacia de Taubaté. 70
5.2 Determinação de beta para a bacia de Taubaté 71
5.3 Temperaturas estimadas dos aqüíferos da bacia de Taubaté 72
6.1 Valores in-situ e diferencial de temperaturas na crosta 90
6.2 Valores dos parâmetros utilizados nas estimativas de recurso base 91
6.3 Valores de Recurso Base e Recurso Recuperável nos locais em que foram
realizadas medidas e estimativas de fluxo térmico.
92
6.3 Valores de Recurso Base e Recurso Recuperável nos locais em que foram
realizadas medidas e estimativas de fluxo térmico. (continuação)
93
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1
Capítulo 1
Introdução
1.1 – Comentários Iniciais
O ramo da ciência geofísica relacionado com as investigações sobre o estado
térmico do interior da Terra é denominado geotermia. Os resultados das pesquisas
geotérmicas globais das últimas décadas indicam que a Terra é um planeta quente, com
temperaturas superiores a 1.000
0
C em 99% de seu interior, temperaturas inferiores a essas
são encontradas somente em uma casca externa fina do planeta, com cerca de 80 km de
espessura. Grande parte do centro da Terra encontra-se em estado fundido, com
temperaturas superiores a 5.000
0
C.
O calor interno da Terra influencia significativamente diversos fenômenos que
ocorrem no planeta, tanto em seu interior quanto em seu exterior. Por exemplo, a dinâmica
das camadas externas, incluindo a evolução das formas atuais dos continentes e do assoalho
oceânico, bem como a ocorrência das atividades smicas e vulcânicas, são conseqüências
dos processos térmicos interiores.
Na camada externa da Terra a transferência de calor geotérmico ocorre por
condução. A intensidade deste fluxo é variável dependendo das condições geológicas e
tectônicas locais. A medida desta grandeza permite inferências sobre o estado térmico do
interior da Terra.
O histórico das investigações geotérmicas no Brasil iniciou-se com a descoberta da
Lagoa de Pirapetinga, no município de Caldas Novas (Goiás), por Sebastião Marinho, em
1545. O ribeirão das Caldas Velhas no município de Rio Quente, (Goiás), foi descoberto,
em 1722, por outro bandeirante, Bartolomeu Bueno da Silva, filho de Anhangüera. No
entanto, as investigações sistemáticas sobre a natureza científica dessas e de outras fontes
geotérmicas no país foram iniciadas somente a partir da década de 1960.
No Brasil, grande parte dos dados geotérmicos foi obtida nas últimas três décadas,
como parte de projetos de pesquisas geofísicas e exploração de recursos minerais realizados
por empresas estatais, universidades e institutos de pesquisa. Podemos citar os dados
coletados, por exemplo, pela Petrobras, Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais,
Universidade de São Paulo, Universidade Federal da Bahia, Instituto Nacional de Pesquisas
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2
Espaciais, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e pelo Observatório
Nacional. O acervo atual de dados compilados pelo Laboratório de Geotermia do
Observatório Nacional indica medidas geotérmicas em cerca de 400 localidades no país.
Esses dados permitiram a elaboração do mapa de fluxo geotérmico do país (figura 1.1).
Figura (1.1) Mapa de fluxo geotérmico do Brasil (Fonte: Laboratório de Geotermia do
Observatório Nacional).
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3
1.2. Contexto Termo-Tectônico
Uma das feições tectônicas marcantes da crosta continental na região Sudeste é o
conjunto de bacias sedimentares de pequeno porte que se estende desde a cidade de
Curitiba (PR) até Barra de São João (RJ), passando pela região sul do estado de São Paulo.
Essas bacias receberam a denominação de tafrogênicas em função de suas formações que
são originárias de movimentos crustais caracterizadas por imensas falhas de elevada
angulação, devido a processos tectônicos ocorridos na fase de desenvolvimento do rifte. De
acordo com os estudos geológicos (Almeida, 1983; Hasui, et al, 1975; Riccomini, 1989;
entre outros) essas bacias são originárias de processos tafrogênicos ocorridos na parte
continental da região sudeste do Brasil. Do ponto de vista morfológico, esse conjunto de
bacias constitui-se de uma faixa arqueada, paralela a área costeira e com extensão
aproximada de 900 km, conforme ilustrado no mapa da figura (1.2). Nesta figura, os
números em itálico referem-se ao conjunto de bacias (1- Itaboraí, 2- Barra de São João, 3-
Macacu, 4- Volta Redonda, 5- Resende, 6- Taubaté, 7- São Paulo, 8- Sete Barras, 9-
Pariquera-Açu, 10- Guaraqueçaba, 11- Curitiba e 12- Cananéia).
Figura (1.2) Mapa de localização de conjunto de bacias tafrogênicas continentais da região
Sudeste (Adaptado de Santanna e Riccomini, 2001).
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4
Os primeiros estudos geotérmicos foram realizados por Hamza et al (1978) na
bacia de São Paulo e Hamza et al (1986) na bacia de Taubaté. Posteriormente, foram
efetuadas perfilagens térmicas nas bacias de Resende, Volta Redonda e nas proximidades
das bacias de Itaboraí e Barra de São João (Gomes, 2003). Contudo, os resultados obtidos
nesses estudos se limitaram, principalmente, à determinação de gradientes geotérmicos. A
estrutura termal e os recursos geotermais desta região não foram avaliados até o momento.
É neste contexto que este projeto foi proposto.
A área de estudo está inserida no conjunto de Riftes de idade cenozóica que ocorre
na área continental do sudeste brasileiro cujas denominações são: Sistema de Riftes da
Serra do Mar (Almeida, 1976), Sistema de Bacias Tafrogênicas do Sudeste Brasileiro
(Melo, et al., 1989), Rift Continental do Sudeste do Brasil (Riccomini, op. cit.) e Sistema
de Riftes Cenozóicos do Sudeste do Brasil (Zalán & Oliveira, 2005). Esse conjunto abrange
mais de uma dezena de bacias e/ou grabens sedimentares, possui uma feição tectônica
desenvolvida ao longo de uma faixa arqueada entre os municípios de Curitiba (PR) e Barra
de São João (RJ), constituindo-se, morfologicamente, de uma depressão alongada de
direção geral ENE, com extensão aproximada de 900 km (Riccomini, op. cit.). Este sistema
foi divido em quatro subsistemas: Rift do Paraíba do Sul, Litorâneo, Ribeira e Marítimo
(Zalán & Oliveira, op. cit.).
O projeto inicial incluía todas as Bacias do Rift Continental do Sudeste Brasileiro
(Riccomini, op. cit.) como área de estudo. Todavia, limitações práticas e de recursos
dificultaram os levantamentos e a compilação sistemática dos dados geotermais acarretando
uma delimitação em nosso projeto inicial. Portanto, nossa área de estudo se restringiu ao
Rifte do Paraíba do Sul, onde se localizam as Bacias de São Paulo, Taubaté, Resende e
Volta Redonda.
1.3 - Objetivos
Este projeto tem como objetivo analisar a estrutura termal da crosta terrestre na área
das Bacias Tafrogênicas Continentais de Idade Pós-Mesozóica na Região Sudeste do Brasil.
O projeto visa especificamente, determinar o campo térmico da crosta terrestre na área das
bacias tafrogênicas e também mapear as áreas com possibilidade de aproveitamento de
recursos geotermais.
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5
O desenvolvimento do trabalho terá enfoques em aspectos básicos e aplicados.
Quanto aos aspectos básicos, prevê-se a análise dos dados geotérmicos existentes na área de
estudo e aquisição de dados complementares. Os dados geotérmicos adquiridos, junto às
informações existentes sobre a geologia e geofísica, permitirão o desenvolvimento de
modelos térmicos da crosta. Quanto ao aspecto aplicado, pretende-se avaliar os recursos de
energia geotérmica.
Modelos de circulação hidrotermal, desenvolvidos na fase pré-projeto (Rodrigues
e Hamza, 2004), apontam para a existência de recursos de águas termais no município de
Taubaté. O trabalho ora proposto visa discutir estes recursos, apontados através dos
modelos térmicos, possibilitando o seu aproveitamento.
1.4 – Desenvolvimento do Projeto
O desenvolvimento do projeto desta dissertação ocorreu em seis fases distintas,
descritas, seqüencialmente, a seguir:
Fase 1 Geofísica Regional e Cadastro de Dados: Nesta fase foram efetuadas
compilações de dados existentes referentes às ocorrências de fontes termais e a geofísica
regional, que serviu como referencial básico para o planejamento de pesquisas nas etapas
seguintes do projeto, análise dos dados geológicos e hidrogeológicos disponíveis e
preparação de uma síntese atualizada do contexto tectônico e estrutural.
Fase 2 Coleta de dados de Fontes Termais e Hidroquímicos: Esta fase incluiu
inicialmente uma revisão dos dados geotérmicos existentes. Em seguida, foram coletados
dados físico-químicos das fontes termo-minerais, incluindo medidas de vazão, temperaturas
nos locais de ocorrência, pH e condutividade elétrica, junto com informações sobre o
contexto geológico local.
Fase 3 – Perfilagens Térmicas: Nesta fase foram executadas perfilagens térmicas em furos
e poços, com objetivo de determinar a distribuição local e regional de gradientes
geotérmicos, complementando a fase anterior. Também, foram coletados dados climáticos
sobre as temperaturas médias anuais da superfície, esses dados de temperaturas foram
utilizados na determinação dos gradientes térmicos.
Fase 4 Medidas das Propriedades Termofísicas: Dados de amostras das principais
formações geológicas foram utilizados para a determinação da condutividade térmica,
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6
difusividade térmica e calor específico. As medições experimentais foram realizadas no
Laboratório de Geotermia do Observatório Nacional. Os resultados obtidos foram
utilizados no mapeamento regional das propriedades térmicas, relevantes no
desenvolvimento de modelos térmicos da crosta.
Fase 5 Fluxo Geotérmico e Elaboração de Modelos Térmicos da Crosta: As
atividades previstas nesta fase incluíram a determinação de fluxo geotérmico e
desenvolvimento de modelos térmicos da crosta. Elaboraram-se ainda, mapas temáticos em
escalas apropriadas à compreensão dos regimes térmicos das bacias.
Fase 6 Avaliação de Recursos Geotermais: Nesta fase do projeto foram realizadas as
avaliações dos recursos geotermais (Muffler e Cataldi, 1978) com as estimativas do recurso
base do recurso recuperável utilizando o procedimento proposto por McKelvey (1968) e
mapeamento regional dos recursos geotermais.
1.5 – Implicações da evolução geológica para a Crosta e para os Recursos Geotermais
O segmento continental do território brasileiro situado na parte leste da Plataforma
Sul-Americana é uma região considerada como relativamente inativa, do ponto de vista
tectônico. Durante os períodos Paleozóico e Mesozóico, essa região foi afetada por intensos
movimentos verticais e horizontais dos blocos crustais, contribuindo assim para a formação
de várias bacias sedimentares, tanto na área interior como nas áreas costeiras. Ocorreram
ainda derrames de lavas basálticas no final do período Mesozóico e atividades magmáticas
intrusivas no período Terciário, principalmente nas regiões sul e sudeste. Essas
características de evolução geológica m implicações marcantes no regime térmico das
camadas crustais e nas ocorrências de recursos geotermais.
Estudos sistemáticos do regime térmico da crosta terrestre no território brasileiro
tiveram início na década de 1970. Desde então, foram efetuadas medidas de gradientes
térmicos, condutividade térmica e calor radiogênico em cerca de 600 locais no país. Esses
dados foram úteis na avaliação do regime térmico das principais unidades geotectônicas
(Eston e Hamza, 1984; Hamza e Muñoz, 1996) e na avaliação regional dos recursos
geotermais (Hamza e Eston, 1983). Desde a década de 80, também foram levantados dados
referentes à ocorrência das manifestações hidrotermais naturais e de suas características
físico - químicas. Atualmente, o Laboratório de Geotermia do Observatório Nacional está
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7
empenhado na aquisição e coleta de dados sobre a explotação dos recursos geotermais em
todo território nacional. Com base nos dados coletados foi possível elaborar o mapa de
fluxo geotérmico do país, apresentado na Figura (1.1). Em grande parte da área continental
os valores de fluxo geotérmico são normais (isso é: na faixa de 40 a 60 mW/m
2
), mas
também diversos locais com valores acima de 80 mW/m
2
, considerados “anômalos”. As
principais áreas geotermais ocorrem ao longo de uma faixa estreita na parte central dos
estados de Mato Grosso e Goiás, no nordeste no estado de Ceará e na região sul nos estados
de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Os dados de fluxo geotérmico e as informações sobre as características geológicas e
geoquímicas da crosta superior são utilizados na avaliação regional dos recursos
geotermais. As estimativas atuais, obtidas com base no método volumétrico (Muffler e
Cataldi, 1978), indicaram valores de recurso base totais relativamente elevados (10
22
joules) na parte centro-sul, nos estados de Goiás e Mato Grosso (Ferreira e Hamza 2003),
incluindo ainda as partes sul do estado de Minas Gerais. O recurso base indica o valor total
da energia térmica, contudo, não fornece as estimativas de reservas (isso é, a parcela
recuperável). Recentemente, Ferreira e Hamza (op. cit.) apresentaram um método para
avaliar as reservas geotermais com base em esquemas heurísticos e em simulação
randômica sob condicionantes geológicos. De acordo com essa metodologia, as principais
reservas geotermais estão situadas nas regiões caracterizadas por tectônica de empurrão e
nas bacias sedimentares interiores.
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8
1.6 – Organização da Dissertação
Quanto à organização, este trabalho se compõe de sete capítulos, cujos conteúdos
são descritos sucintamente a seguir:
O Capítulo 2 trata dos aspectos geológicos e geofísicos da região, bem como de uma
breve discussão dos métodos geofísicos, que definem as possíveis estruturas geológicas e as
diferentes litologias que compõem as bacias sedimentares da área em estudo.
O Capítulo 3 apresenta a metodologia experimental aplicada para a aquisição dos dados
geotérmicos e ainda, os equipamentos e procedimentos experimentais utilizados para
obtenção desses dados.
No Capítulo 4 enfocamos a base de dados geotérmicos, geoquímicos e hidrogeológicos.
O Capítulo 5 faz uma estimativa da estrutura termal das bacias sedimentares
pertencentes ao Rifte do Paraíba do Sul.
No Capítulo 6 avaliamos os recursos geotermais.
O Capítulo 7 apresenta as conclusões obtidas, considerações finais e sugestões para
trabalhos futuros.
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9
Capítulo 2
Aspectos Geológicos e Geofísicos
2.1 – Evolução Geológica Regional
O conjunto de riftes de idade cenozóica que ocorre na região sudeste é uma das
feições tectônicas marcantes da Plataforma continental brasileira e abrange mais de uma
dezena de bacias e/ou grabens sedimentares (Figura 2.1), desenvolvidos ao longo de uma
faixa entre os municípios de Curitiba (PR) e Barra de São João (RJ). Constitui-se,
morfologicamente, de uma depressão alongada de direção geral ENE, com extensão
aproximada de 900 km.
Figura (2.1) – Contexto geológico regional do Rift Continental do Sudeste Brasileiro (RCSB) – A)
embasamento pré-cambriano; B) Rochas sedimentares paleozóicas da bacia do Paraná; C) Rochas
vulcânicas toleíticas eocretáceas da Formação Serra Geral; D) rochas relacionadas ao magamatismo
alcalino mesozóico-cenozóico; E) bacias cenozóicas do rift (1-bacia de Itaboraí, 2-gráben de Barra
de São João, 3-Bacia do Macacu, 4-bacia de Volta Redonda, 5-bacia de Resende, 6-bacia de
Taubaté, 7-bacia de São Paulo, 8-gráben de Sete Barras, 9-Formação Pariquera-Açu, 10-Formação
Alexandra e gráben Gruaraqueçaba, 11-bacia de Curitiba, 12-gráben de Cananéia); F) zonas de
cisalhamento pré-cambrianas, em parte reativadas durante o mesozóico e cenozóico. Adaptado de
Ferrari & Silva 1997 e Riccomini et al. 2004.
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10
Esse conjunto tem recebido diversas denominações na literatura, tais como: Sistema
de Rifts da Serra do Mar (Almeida, 1976), Sistema de Bacias Tafrogênicas do Sudeste
Brasileiro (Melo, et al., 1985), Rift Continental do Sudeste do Brasil (Riccomini, 1989) e
Sistema de Riftes Cenozóicos do Sudeste do Brasil (Zalán & Oliveira, 2005). Segundo
Riccomini, (op.cit.), o RCSB está dividido em três segmentos:
1- o ocidental inclui a Bacia de Curitiba, a área de ocorrência da Formação Alexandra,
os grábens de Guaraqueçaba, Sete Barras e Cananéia e a área de ocorrência da
Formação Pariquera Açu;
2- o segmento central compreende as bacias de São Paulo, Taubaté, Resende e Volta
Redonda, além das ocorrências menores de Bonfim e do Cafundó;
3- o segmento oriental encerrando o Gráben da Guanabara, que aloja as bacias de
Macacu, Itaboraí e o Gráben de Barra de São João.
O mapa tectônico da região sudeste é ilustrado na Figura (2.2). O embasamento do
sistema de rifts, faz parte do Cinturão de Dobramentos Ribeira, denominação dada por
Hasui et al., (1975), é constituído por gnaisses, migmatitos e rochas metamórficas de baixo
a médio graus com idade arqueana a neoproterozóica. Ocorrem também suítes de rochas
granitóides intrusivas, de idade neoproterozóica (Janasi & Ulbrich, 1991). Numerosas
zonas de cisalhamento recortam regionalmente este sistema, orientadas segundo as direções
ENE a E-W (Sadowski & Motidome, 1987).
Uma característica marcante deste cinturão é a presença de intrusões alcalinas de
idade mesozóico-cenozóicas, destacadas em verde na (Figura 2.2), pertencentes à província
Serra do Mar (Almeida 1983). Segundo Morbidelli et al. (1995), há cerca de trinta intrusões
isoladas. Os maciços de Itatiaia (idade média K-Ar de 73 Ma; Lauar, 1988) e Passa Quatro
(idade K-Ar de 67 Ma; Sonoki & Garda, 1988) se destacam pelas suas dimensões.
A formação da depressão original do RCSB, condicionada por campos de esforços
trativos de direção NNW-SSE, possivelmente relacionada com o basculamento mecânico
da Bacia de Santos, em decorrência da abertura do Oceano Atlântico (Riccomini op cit).
Este evento extensional promoveu a reativação normal de zonas de cisalhamento
preexistentes de direção ENE a NE e teve início provavelmente no Paleoceno.
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11
Figura (2.2) – Mapa tectônico da região sudeste do Brasil – Rift Continental do Sudeste do
Brasil (RCSB): A – Bacia de São Paulo; B - Bacia de Taubaté; C - Bacia de Resende; D -
Bacia de Volta Redonda; E - Bacia de Macacu; F - Bacia de Itaboraí; G – Graben de Barra
de São João. Fonte: Riccomini et al., 2004.
De acordo com Riccomini (op. cit.) a fase principal de desenvolvimento do RCSB,
parece ter ocorrido no período Eoceno, tendo se iniciado com a formação de um
hemigráben (Figura 2.3A). A direção geral é ENE, contínuo no segmento central do rift
(bacias de São Paulo, Taubaté, Resende e Volta Redonda), ainda sob o campo de esforços
extensionais de direção NNW-SSE. Ao primeiro evento deformador ocorrido no Mioceno
(Figura 2.3B) estão relacionadas falhas transcorrentes ou de empurrão, estas por vezes
depositam blocos de rochas do embasamento sobre os depósitos sedimentares. Este evento,
responsável pela geração de dobras cônicas de amplitudes quilométricas na porção central
da Bacia de Taubaté, evidenciadas pela deformação imposta aos folhelhos e argilitos
lacustres da Formação Tremembé.
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Figura (2.3) – Desenvolvimento do rift, fase principal (Eoceno) e primeiro evento
deformador (Mioceno). Fonte: Riccomini et al., 2004.
As seqüências de deformações ocorridas no segundo e no terceiro evento são
ilustradas na Figura (2.4). As falhas das bordas das bacias (Figura 2.4A), ativas na fase de
instalação do rifte, foram reativadas durante o segundo evento deformador (Neógeno-
Quaternário) com caráter transcorrente, inverso e/ou de empurrão, localmente cavalgando
depósitos sedimentares paleogênicos. Neste evento evidenciaram-se os altos estruturais que
atualmente separam o registro sedimentar paleogênico em bacias isoladas. O terceiro
evento deformador (Pleistoceno tardio a Holoceno), de caráter distensivo (Figura 2.4B),
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13
possivelmente responsável pelo contorno atual da distribuição dos sedimentos. O último
evento deformador (Holoceno), compressivo, causou a reativação inversa de falhas de
direções proximais de N-S e a geração de famílias de juntas conjugadas de cisalhamento em
depósitos colúvio-aluviais (Salvador & Riccomini, 1995).
Figura (2.4) – Segundo evento deformador com reativação das falhas de borda das bacias
(Neógeno-Quaternário) e terceiro evento de caráter distensivo parece ter dado o contorno
atual da distribuição dos sedimentos (Pleistoceno tardio a Holoceno).
Fonte: Riccomini et al. 2004.
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2.2. Evolução Tectono-Sedimentar
O quadro litoestratigráfico das bacias do RCSB é ilustrado na Figura (2.5). O
principal preenchimento sedimentar sintectônico recebe a denominação de Formação
Resende, usada nas bacias de São Paulo, Taubaté, Resende e Volta Redonda (Riccomini
1989). A formação Resende é a unidade basal e lateral do Grupo Taubaté (Figura 2.5), seus
depósitos sedimentares em outras bacias, são denominados por: Formação Guabirotuba na
Bacia de Curitiba (Bigarella & Salamuni 1962; Coimbra et al 1996); e Formação Sete
Barras (Melo l990) e Macacu (Ferrari & Silva 1997) nas bacias homônimas. Nos trabalhos
geológicos, a denominação Formação Macacu é estendida também aos depósitos
fanglomeráticos paleocênicos-eocênicos que recobrem os calcários paleocênicos da Bacia
de ltaboraí (Sant`Anna & Riccomini, 2001).
Figura (2.5) – Quadro litoestratigráfico e evolução tectono-sedimentar do segmento central do
RCSB – Letras: p – leques aluviais proximais; m-d – leques aluviais medianos a distais associados a
planície aluvial de rios entrelaçados; t – depósitos de tálus; c – depósitos coluviais; ca – depósitos
coluvio-aluviais; a – depósitos aluviais. Fontes: Riccomini (op. cit.), Mancini (1995), Salvador &
Riccomini (1995), Riccomini et al. (1996).
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A Formação Resende integra o Grupo Taubaté (Ricommní op. cit.), juntamente com
os sistemas lacustre da Formação Tremembé e fluvial meandrante da Formação São Paulo,
ambas de idade oligocênica (Lima et al. 1985 e 1985a,b; Yamamoto 1995).
Derrames de lavas ankaramíticas ocorrem intercalados na Formação Resende, na
Bacia de Volta Redonda. Também ocorrem derrames de lavas quando em contato com
depósitos sedimentares das Formações ltaboraí e Macacu, na Bacia de ltaboraí. Datações
pelo método K-Ar de duas amostras do derrame da Bacia de Volta Redonda forneceram
idades de 43,8 +/– 6,2 e 41,7 +/– 5,7 Ma (Riccomini et al 1983). Riccomini & Rodrigues-
Francisco (1992) obtiveram idade K-Ar de 52,6 +/– 2,4 Ma para o derrame de ltaboraí.
Apesar da discrepância nessas datações, devido aos erros analíticos e as imprecisões do
método é possível que exista um vínculo entre as duas ocorrências a um mesmo evento
magmático eocênico, conforme propõem Klein & Valença (1984).
No neógeno, o segmento central do RCSB sofreu mudança no campo de esforços,
passando a atuar em regime transcorrente sinistral, mantendo a extensão NW-SE, mas com
a vincia de compressão NE-SW local, que acarretou o soerguimento de altos estruturais
(por exemplo; soleiras de Arujá, Queluz e Floriano-Barra Mansa), com a conseqüente
separação das bacias de São Paulo, Taubaté, Resende e Volta Redonda (Riccomini 1989).
Estas bacias foram denominadas como Rifte do Paraíba do Sul, por Zalán & Oliveira
(2005). Seguem descrições resumidas de evolução geológica das bacias.
2.2.1. Bacia de São Paulo
O arcabouço da Bacia de São Paulo pôde ser delineado graças ao grande volume de
dados dos poços de água subterrânea (Takiya, 1991). A bacia (Figura 2.6 ) foi retalhada por
falhas pós-sedimentares que causaram soerguimentos e abatimentos locais de seu substrato.
A julgar pelo seu formato e distribuição de fácies sedimentares, a bacia pode ser
considerada originalmente um hemigraben, controlado por falhas normais, reativadas ao
longo das zonas de cisalhamento proterozóicas de Taxaquara e Jaguari, dispostas ao longo
de sua borda norte (Riccomini & Coimbra, 1992). Os sedimentos distribuem-se
irregularmente numa área pouco superior a 1000 km
2
, com eixo maior de 75 km, entre
Arujá, a leste, e Embu-Guaçu, a oeste, e menor de 25 km, entre Santana, ao norte, e Santo
André, ao sul (Riccomini & Coimbra, 1992). Dados de sondagens indicam que a maior
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16
espessura contínua preservada de sedimentos atinge 290 m, no Bairro da Moóca (Takiya,
op. cit.). O Gráben do Baquirivu-Guaçu, na porção nordeste da Bacia de São Paulo, região
de Guarulhos, apresenta espessura máxima de 255 m de sedimentos (Diniz, 1996).
Figura (2.6) – Mapa geológico da Bacia de São Paulo – 1) embasamento pré-cambriano, 2)
Formação Resende (leques aluviais proximais), 3) Formação Resende (leques aluviais medianos a
distais), 4) Formação Tremembé, 5) Formação São Paulo, 6) Formação Itaquaquecetuba, 7)
Sedimentos quaternários, 8) Falhas cenozóicas (Riccomini & Coimbra (1992).
Segundo Riccomini (op. cit.), na Bacia de São Paulo ocorrem quatro sistemas
deposicionais: 1) leques aluviais; 2) lacustres; 3) fluvial meandrante e 4) fluvial
entrelaçado. A Formação Resende é constituída predominantemente por depósitos rudáceos
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e lamíticos de leques aluviais, cuja espessura pode ultrapassar 200m, o sistema lacustre,
correlacionado a Formação Tremembé, é constituído por sedimentos argilo siltosos
alternados com argila rica em matéria orgânica, possuem até 60m de espessura. O fluvial
meandrante correspondente à formação São Paulo, constitui-se em sua maior parte de
depósitos arenosos e argilosos, com mais de 100m de espessura, na Formação
Itaquaquecetuba o pacote sedimentar areno-conglomerático do sistema fluvial entrelaçado
possui até 130m de espessura.
2.2.2. Bacia de Taubaté
A bacia de Taubaté (Figura 2.7) é a maior depressão tectônica do rift com
aproximadamente 170 km de comprimento e 20 km de largura máxima, uma área de
aproximadamente 3200 km
2
e profundidade máxima do embasamento em torno de 800 m.
Figura (2.7) - Mapa geológico da Bacia de Taubaté (Riccomini, 1989). 1) Embasamento Pré-
cambriano; 2) Formação Resende (leques aluviais proximais); 3) Formação Resende (leques
aluviais distais); 4) Formação Tremembé; 5) Formação São Paulo; 6) Formação Pindamonhangaba;
7) Sedimentos Quaternários; 8) Falhas Cenozóicas; 9) Eixos de dobras principais.
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Estudos de sondagens (Hasui & Ponçano, 1978), mapas de distribuição das
litofacies (Riccomini op. cit.), dados sísmicos (Marques, 1990) e dados gravimétricos
(Fernandes, 1993, Fernandes & Chang, 2001) indicam que a bacia possui alto interno que
delimitam segmentos com alternância de depocentros ao longo do seu eixo. Os altos
estruturais de Caçapava, em que se encontram exposições de rochas do embasamento
(Carneiro et al.,1976; Hasui & Ponçano, 1978; Riccomini, op. cit.), e de Pindamonhangaba,
recoberto por sedimentos (Fernandes, 1993), são considerados zonas de transferência que
subdividem a bacia em três compartimentos alongados segundo a direção NE, denominados
de sudoeste para nordeste, de São José dos Campos, Taubaté e Aparecida (Fernandes &
Chang 2001; 2003). O Compartimento São José dos Campos é a porção mais rasa da bacia,
formado por um hemigraben, relativamente assimétrico, com assoalho inclinado para NW
(Marques, 1990) contra a falha mestra de São José, atinge a espessura máxima de 300m de
sedimentos (Fernandes & Chang, 2003). O Compartimento Taubaté representa a feição
mais próxima a um meio-gráben, este compartimento possui uma forma triangular, sendo
limitado pelos altos de Caçapava a oeste, e de Pindamonhangaba a leste, apresenta
basculamento para SE controlado pela Falha de Quiririm e possui cerca de 600m de
espessura máxima de sedimentos (Fernandes & Chang, 2003). O Compartimento Aparecida
é um gráben, assimétrico na sua porção sudoeste, em que onde o embasamento mergulha
para NW controlado pela Falha do Ribeirão da Serra, e com tendência a simetria para
nordeste, que é delimitado pelas falhas de Piedade e do Ronco ao longo da borda noroeste,
e falha de Aparecida na borda sul. Nas proximidades da Falha de Piedade, na porção central
deste compartimento, a espessura do preenchimento sedimentar atinge 800m (Riccomini,
op. cit.; Fernandes & Chang, 2003).
2.2.3. Bacia de Resende
A Bacia de Resende é uma depressão alongada na direção ENE (Figura 2.8), com
pouco mais de 43km de comprimento e largura dia entre 5 e 6km, perfazendo cerca de
230 km
2
de área. A bacia possui compartimentação transversal imposta pelo Alto Estrutural
de Resende, de direção NE (Melo et al.,1983; 1985b; Riccomini, op. cit.). Este alto atuou
como fonte de sedimentos fanglomeráticos, mas também guarda remanescentes de
sedimentos paleonicos no seu topo. Dados de sondagem distribuídos de maneira irregular
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na bacia indicam espessura de sedimentos superior a 220m no compartimento situado a
oeste do alto transversal, assim como um espessamento dos depósitos de sul para norte
(Melo et al.,1983). A disposição das falhas mestras de direção ENE e a inclinação do seu
assoalho no rumo NNW, permitem caracterizar a bacia como um hemigraben.
Figura (2.8) – Mapa geológico das bacias de Resende e Volta Redonda - 1) embasamento
pré-cambriano; 2) maciços alcalinos (IT- Itatiaia, PQ - Passa Quatro, MR - Morro
Redondo); 3) Formação Resende (sistema de leques aluviais proximais); 4) Formação
Resende (sistema de leques aluviais medianos a distais); 5) Formação São Paulo; 6)
derrames de ankaramito; 7) sedimentos quaternários; 8) falhas cenozóicas, em parte
reativadas do embasamento pré-cambriano; 9) falhas mesozóico-cenozóicas brechadas e
silicificadas (Riccomini, 1989).
2.2.4. Bacia de Volta Redonda
Na Bacia de Volta Redonda são reconhecidas duas áreas como principais áreas de
preservação dos depósitos sedimentares cenozóicos (Melo et al.,1983; Riccomini, op. cit.).
A primeira área abrange ocorrências isoladas em topos de elevações a norte e nordeste de
Barra Mansa em uma faixa de direção NE, situada à sudeste da Cidade de Volta Redonda
(Figura 2.8). A segunda é o Gráben de Casa de Pedra, uma depressão tectônica de direção
NE. Esta se desenvolve entre as localidades de Casa de Pedra e Pinheiral, com
aproximadamente 13 km² de área, controladas pelas falhas normais da Água Limpa e das
Palmeiras, reativadas de zonas de cisalhamento pré-cambrianas. No Gráben de Casa de
Pedra os sedimentos cenozóicos superam 100m de espessura e incluem intercalação de
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derrames de rochas vulcânicas (Riccomini et al.,1983). As duas áreas tiveram ligações, a
julgar pela ocorrência de sedimentos no horst que as separam, evidenciando o caráter pós-
sedimentar deste (Melo et al. 1983).
2.3 - Características Hidrogeológicas
O Sistema de aqüífero sedimentar do vale do Paraíba do Sul é formado pelas rochas
do Grupo Taubaté (Formação Resende e Tremembé, IPT op. cit.) e da Formação
Pindamonhangaba (Riccomini, op. cit.) de idade terciária, além de sedimentos Quaternários
do Vale do Paraíba.
Esta área compreende dois sistemas aqüíferos: o das coberturas sedimentares
cenozóicas (Formações Caçapava e Tremembé, de IPT 1981, e sedimentos quartenários), e
o cristalino. Com características não uniformes, variam segundo a litologia do pacote
sedimentar. Os terrenos sedimentares cenozóicos formam o principal e melhor aqüífero da
região, portanto o mais explorado.
O contorno isopotenciométrico do sistema aqüífero Taubaté e o contorno estrutural
do topo do embasamento cristalino da bacia sedimentar, foram compilados por DAEE
(1977), e refletem as condições aqüíferas de NE (nível estático) da época de coleta de dados
desta referência.
As rochas cristalinas ígneas e metamórficas do pré-Cambriano apresentam
localmente condições aqüíferas e por conseqüência são explotadas por algumas dezenas de
poços tubulares.
A porção sedimentar onde se localiza a cidade de São José dos Campos, tem
apresentado as melhores características hidrogeológicas da região para fins de captação
segundo DAEE (op. cit.). Sendo sua capacidade especifica superior se comparada a outros
poços localizados no vale do rio Paraíba do Sul.
Os sedimentos do ambiente fluvial e do ambiente lacustre formam um aqüífero do
tipo livre localmente semiconfinado apresentando, na porção centro-oeste do vale, zona de
artesianismo (DAEE, op. cit.).
As curvas equipotenciais acompanham os traços da topografia, descendo de ambos
os lados das serras para o centro do vale. A Figura (2.9) mostra com as setas em laranja a
zona de recarga dos aqüíferos que ocorrem em toda a extensão do rifte e a área de descarga
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21
que está associada ao rio Paraíba do Sul, em que seus afluentes comportam-se como áreas
de descarga local. Os gradientes hidráulicos variam de 2 a 20 por mil, são função da
topografia e da permeabilidade do material (DAEE, op. cit.).
Figura (2.9) – Recarga e descarga dos aqüíferos do Rifte do Paraíba do Sul. Fonte: Zálan &
Oliveira (2005).
Este sistema aqüífero apresenta forma alongada (SW-NE), em que suas duas áreas
principais são: a porção sudoeste e incluem a região de Santa Isabel, Jacareí, São José dos
Campos e Caçapava e a área que abrange a região de Lorena e Guaratinguetá na parte
nordeste, estendendo-se até Cruzeiro na margem noroeste da bacia.
Localiza-se entre essas duas áreas, uma região intermediária que forma um aqüífero
pouco permeável, uma zona bastante extensa que inclui os municípios de Taubaté,
Tremembé e Pindamonhangaba, com subsolo preenchido por sedimentos finos, argilitos e
folhelhos, com poucas camadas arenosas.
Nas regiões aqüíferas o material arenoso diminui com a profundidade. Poços muito
profundos mostram, geralmente, uma predominância de material mais fino, e em
conseqüência, menor permeabilidade.
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22
As diferenças litológicas foram provocadas pelas variações do ambiente de
deposição. Sendo assim, a predominância da fácies lacustre é responsável pela ocorrência
de preenchimento de material fino, formada por argilitos e folhelhos na região de Taubaté e
Pindamonhangaba e nas partes mais profundas das regiões mais aqüíferas.
A interdigitação entre camadas aqüíferas e confinantes de diferentes
permeabilidades é uma das características marcantes deste aqüífero sedimentar conseqüente
dessas diferenciações litológicas e a outra, é a forma lenticular das camadas aqüíferas.
O sentido dos fluxos subterrâneos é predominantemente efluente, isto é, dos
aqüíferos para rios e córregos. Segundo DAEE (1977), de Jacareí até São José dos Campos,
o fluxo é influente, devido à topografia que controla este fenômeno. A maior parte da
região está sob condições freáticas ou poucos confinados, enquanto algumas áreas limitadas
ficam sob pressão.
Devido à falta de informações hidrológicas nas vizinhanças do rio Paraíba e de seus
afluentes, a taxa de fluxo de água subterrânea para o rio é desconhecida. Portanto, é
possível que as transmissividades sejam mais altas e os gradientes hidráulicos sejam mais
suaves, nos aluviões próximos facilitando, o escoamento de água subterrânea aos rios.
Grandes falhas regionais atravessam a área na direção NE-SW. Existe um sistema
de juntas e alinhamentos em direções diagonais, dos quais predominam os sistemas W-NW,
N-NW e N-NE. Em zonas de falhamento de juntas e em zonas meteorizadas estão as
melhores condições para a circulação das águas subterrâneas existindo alguns poços
profundos nestas condições.
Segundo (DAEE, 1977), em estudos do levantamento de águas subterrâneas no
Estado de São Paulo, (06/1972), junto às companhias perfuradoras, foram obtidas as
seguintes informações: na região administrativa 3 existem 157 poços, sendo que 149 poços
nos sedimentos terciários e 8 poços nos cristalinos. No levantamento de campo iniciado em
abril de 1976, a partir dos dados obtidos, 392 poços foram cadastrados sendo 353
profundos e 39 entre rasos e cacimbas.
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23
2.4 – Características Geofísicas
Alguns métodos geofísicos são utilizados com o objetivo de avaliar estruturas em
subsuperfície. Os estudos realizados, dependendo das escalas de investigação, podem ser
agrupados em regional e local. Os estudos regionais contribuíram para importantes
esclarecimentos relativos as porções mais profundas da crosta na região em estudo, por
outro lado, os estudos em escala local enfocam a avaliação do arcabouço estrutural das
bacias sedimentares na região, o que é fundamental para o entendimento de sua origem e
evolução.
2.4.1. Estudos Gravimétricos
Na bacia de Taubaté, estudos integrados de gravimetria (Fernandes & Chang, 2001)
e sísmica (Marques, 1990) possibilitaram melhor entendimento do arcabouço tectônico e da
interpretação da espessura sedimentar.
Os estudos gravimétricos efetuados nas décadas de 1970 a 1990, na região Sudeste,
utilizaram as bases de dados adquiridos por diversas instituições, entre elas o Observatório
Nacional (Rio de Janeiro), IBGE e IAG (USP). Gali et al (1988) apresentaram compilações
de dados gravimétricos da região de RCSB. Posteriormente, compilações mais detalhadas
foram apresentadas para região da Bacia de Taubaté por Fernandes e Chang (2001), que na
modelagem gravimétrica, obtiveram 4 perfis, adotando o valor médio de –0,34 kg/m³ para o
contraste de densidade entre os sedimentos da bacia e seu embasamento cristalino, valor
calibrado para a porção central da bacia de Taubaté. Este valor para alguns perfis sofreu
ajustes de no máximo 0,03 kg/m³.
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24
Figura (2.10) – Localização dos perfis gravimétricos na Bacia de Taubaté. Adaptado de
Fernandes & Chang, (2001)..
Os quatro perfis gravimétricos, conforme indicado na Figura (2.10) pelas setas em
vermelho, estão situados nos municípios de Taubaté (A), Jacareí (B), Caçapava (C) e
Roseira (D). Respectivamente, as figuras (2.11), (2.12), (2.13) e (2.14) mostram o modelo
geométrico interno da Bacia de Taubaté.
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25
Figura (2.11) – Perfil modelado para a região de Taubaté (Fernandes & Chang, 2001).
Figura (2.12) – Perfil modelado para a região de Jacareí (Fernandes & Chang, 2001).
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Figura (2.13) – Perfil modelado para a região de Caçapava (Fernandes & Chang, 2001).
Figura (2.14) – Perfil modelado para a região de Roseira (Fernandes & Chang, 2001).
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27
2.4.2 – Estudos Sísmicos
Em meados de 1988 a PETROBRAS efetuou sondagem sísmica vertical para
mapeamentos de estruturas sedimentares da Bacia Taubaté. Os resultados indicam que o
arcabouço da bacia é definido por duas classes principais de feições estruturais: as falhas
transcorrentes dextrógiras que atingem toda seção sedimentar, orientadas no sentido
longitudinal da bacia e as falhas normais transversais à bacia que a compartimenta em seis
sub-bacias denominadas: Parateí, Jacareí, Eugênio de Melo, Quiririm, Roseira e Lorena
(Marques, 1990). A deposição de camadas sedimentares é condicionada pela estruturação
pré-cambriana impressa no embasamento. As seções sísmicas obtidas em parte dos 178 km
de linhas sísmicas levantadas são mostradas na figura (2.15) indicando a localização dos
perfis. Nas figuras (2.16), (2.17), (2.18) e (2.19) apresentam-se os perfis propriamente
ditos.
Figura (2.15) – Mapa estrutural sísmico em profundidade da Bacia de Taubaté.
Adaptado de Marques (1990).
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28
Figura (2.16) - Seção sísmica B-B´ mostrando a assimetria do graben com basculamento
para noroeste da Sub-bacia de Eugênio de Melo (Marques, 1990)
Figura (2.17) – Seção sísmica C-C’ mostrando a assimetria do graben com basculamento
para sudeste da sub-bacia de Quiririm (Marques, 1990).
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29
Figura (2.18) – Seção sísmica D-D’ mostrando a assimetria do graben com basculamento
para noroeste da sub-bacia de Roseira (Marques, 1990)
Figura (2.19) – Seção sísmica E-E’ mostrando todas as unidades litoestratigráficas da bacia
de Taubaté da sub-bacia de Roseira (Marques, 1990).
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30
Capítulo 3
Metodologias Utilizadas nos Estudos Geotérmicos
3.1. Natureza dos Estudos Realizados
Neste capítulo abordaremos os métodos para obtenção dos dados geotérmicos desta
dissertação. Uma parte desses dados pertence ao acervo do laboratório de Geotermia do
Observatório Nacional e outra foi coletada em trabalhos de campo realizados durante o
desenvolvimento do projeto e na literatura.
Para este trabalho, medidas diretas de temperatura foram executadas em
subsuperfície, através da perfilagem de poços. Também foram obtidos, por métodos
indiretos, valores estimados de temperatura dos reservatórios, dados hidrogeológicos,
medidas e estimativas de propriedades termofísicas de algumas formações geológicas.
3.2. Determinações de Temperaturas
Apesar do grande interesse, os estudos dos fenômenos geotérmicos só tiveram
início no século XVI. Os primeiros dispositivos experimentais desenvolvidos eram
primitivos e foram utilizados na investigação do desconforto térmico em minas
subterrâneas. No início do século XIX foram desenvolvidos termômetros precisos para as
medições de temperatura em minas e túneis.
Nas pesquisas geotérmicas utilizam-se, de forma extensiva, os sensores térmicos
convencionais para medições de temperaturas em poços, furos e minas subterrâneas. Os
sensores térmicos são ainda utilizados no monitoramento contínuo de regimes térmicos em
subsuperfície e na determinação de propriedades térmicas, tanto no campo como no
laboratório. Na escolha de um sensor para estudos geotérmicos levamos em consideração as
seguintes características:
Necessidade de medições remotas em furos e poços.
Sensibilidade e robustez adequadas às condições de campo.
Tempo de resposta curto.
Estabilidade compatível com os trabalhos de campo.
Custo de aquisição e manutenção.
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31
Os termômetros tradicionais utilizados nas medições de temperatura recebem as
seguintes denominações: in-vitro, sistema de fluidos, bimetálicos, termopares e de
resistência elétrica. Devido à baixa sensibilidade se tornam inadequados quando
necessitamos de precisão nas medições.
Os termômetros de maior sensibilidade que permitem a obtenção de temperaturas
mais precisas são os seguintes:
Termômetros com sensores de radiação infravermelha. São empregados
freqüentemente em medições a distância (sem contato direto) e em medições de
temperaturas elevadas.
Termômetros de termistor desenvolvidos nas últimas décadas a partir dos avanços
tecnológicos relacionados aos semicondutores. Atendem a todos os requisitos citados
anteriormente, com precisão em torno de uma ordem de grandeza maior do que a dos
termômetros de radiação infravermelha, por esses motivos são largamente utilizados em
estudos geotérmicos.
Termômetros de quartzo possuem precisão da ordem de algumas dezenas de micro
Kelvin, para medidas em condições de campo e sensibilidade superiores aos de termistor.
Entretanto, sua utilização é restrita devido ao custo relativamente elevado.
Nos trabalhos de campo realizados neste projeto foram utilizados os termômetros
com sensor de radiação infravermelha e com sensor de termistor, cuja instrumentação
necessária é de manuseio relativamente simples e o tempo de resposta inferior aos
termômetros convencionais.
Os termistores são semicondutores cuja resistência elétrica R diminui com o
aumento da temperatura segundo a relação:
=
0
11
0
TT
B
eRR
, (3.1)
onde
R
o
é a resistência na temperatura
T
o
e
B
constante característica do material. O
coeficiente de temperatura do termistor é portanto:
2
T
B
dTR
dR
==
α
. (3.2)
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32
Os termistores não são termômetros absolutos e em função disso é necessário que sejam
calibrados freqüentemente, devido à deriva nas suas características elétricas,
utilizando-se para este procedimento um termômetro padrão e a relação empírica a seguir:
2
)(ln
T
C
T
B
AR ++=
, (3.3)
onde ln(R) é o logaritmo natural da resistência e A, B e C são as constantes de calibração do
termistor. A figura (3.1) apresenta um exemplo da curva de calibração de uma das sondas
térmicas do laboratório de Geotermia do Observatório Nacional.
Figura (3.1) – Curva de calibração da sonda térmica ON-2, com ajuste linear.
A sonda utilizada nas medições de temperatura é mostrada esquematicamente na
Figura (3.2). Ela foi confeccionada em latão, com formato cilíndrico e dimensões
aproximadas de 200mm de comprimento e 25mm de diâmetro. Em sua parte inferior fica
abrigado o sensor (termistor) e na parte central se encontram as conexões elétricas entre o
sensor e o cabo com vedação hermética para evitar a infiltração de fluídos dos poços. O
acoplamento entre a sonda e o cabo é feito na parte superior através de um tampão que
também tem como função melhorar a proteção mecânica.
Figura (3.2) – Esquema da sonda utilizada na medição de temperatura
SONDA TÉRMICA
Cabo Tampão Ligação Elétrica Sensor
Elétrico (Proteção mecânica) Cabo-Sensor
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33
3.2.1 – Perfilagens Térmicas
A perfilagem rmica consiste na obtenção de valores de temperatura em intervalos
de comprimentos regulares, sendo obtida pela sonda que desce em um furo ou poço. Os
dados obtidos são registrados na superfície. O procedimento adotado nesta operação que dá
origem aos perfis térmicos consiste em:
Verificação das condições do local para perfilagem do poço.
Preenchimento da ficha de identificação do poço na qual devem constar todas as
informações disponíveis, tais como, histórico de perfuração, bombeamento, vazão,
localização (com croqui indicando as vias de acesso ao local), localização geográfica com
indicação de suas coordenadas (latitude e longitude) e sua altitude, para tal, utilizamos o
GPS (Global Positioning System) que possibilita o acesso a Rede de Radioposicionamento
por Satélites, definindo os pontos em tempo real.
Preenchimento de uma planilha que acompanha a ficha de identificação, em que são
anotados os dados de resistência elétrica obtidos pela sonda em intervalos de profundidade
pré-definidos (geralmente de 2m).
A figura (3.3) mostra o esquema do equipamento de perfilagem térmica do ON,
utilizado nos trabalhos de campo para medições de temperatura.
Figura (3.3) – Representação esquemática do equipamento de perfilagem térmica.
Tripé de sustentação
Cabo
Carretel com manivela
Sonda
Poço
Multímetro
Inversor
DC-AC
Bateria de
12V
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34
No equipamento, a bateria fornece tensão ao inversor que por sua vez alimenta o
multímetro ligado à sonda através de um cabo múltiplo com três condutores, que fica
enrolado a um carretel. Um tripé sustenta o cabo e a sonda possibilitando sua descida no
poço.
A confiabilidade dos dados está ligada à precisão das medições, quanto mais
precisas, mais confiáveis. Dois fatores influenciam diretamente a precisão das medições;
aumento da intensidade da corrente e aumento do comprimento do cabo. O primeiro
melhora a sensibilidade, entretanto, provoca auto-aquecimento do sensor. O segundo
permite que a sonda seja utilizada em poços com profundidades variadas, porém, sua
resistência aumenta em função do aumento do seu comprimento. Tais ajustes são
minimizados por um circuito elétrico mais sensível, a ponte de Wheatstone, ilustrada na
Figura (3.4) e pela utilização de um cabo múltiplo conectado ao sensor.
Figura (3.4) – Ponte de Wheatstone utilizada nas medidas de resistência elétrica do
termistor.
Neste circuito R
1
e R
2
são resistores de referência, R
3
uma resistência variável, R
T
a
resistência do termistor e G um galvanômetro (braço central). Quando equilíbrio nas
correntes que circulam nos braços externos, o valor lido no galvanômetro é zero indicando
o equilíbrio da ponte, sendo assim, o valor da resistência do termistor é dado pela relação:
T
R
R
R
R
3
2
1
= . (3.4)
R
1
R
2
R
3
R
T
E
G
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35
Para perfilagem térmica de poços profundos, que consiste na obtenção de valores de
temperatura em intervalos regulares, é necessário adaptar o arranjo nos equipamentos, pois,
a resistência elétrica nos cabos de conexão aumenta com o comprimento, em função disso a
relação (3.4) se torna:
(
)
( )
cT
c
RR
RR
R
R
+
+
=
3
2
1
(3.5)
onde R
c
é a resistência do cabo.
3.3. – Estimativas Indiretas de Temperaturas
A geoquímica é definida por Goldschimdt (1954) como o estudo da distribuição da
quantidade de elementos químicos nos minerais, minérios, rochas, solos e água; com base
nas propriedades dos seus átomos e íons.
Os estudos geoquímicos na geotermia indicam que a dissolução de alguns elementos
químicos nas águas subterrâneas depende, em grande parte, da temperatura vigente. Assim,
análises químicas são utilizadas para a determinação de temperaturas dos reservatórios
profundos. Este procedimento é denominado na literatura geofísica como geotermometria
química.
Diversos termômetros químicos foram desenvolvidos para estimar tais temperaturas,
sendo que os mais comuns são o de sílica, sódio-potássio e de sódio-potássio-cálcio.
Apresenta-se na tabela (3.1) a relação entre a temperatura e a concentração de elementos
em alguns dos termômetros geoquímicos.
O método supõe que as temperaturas calculadas com base nos resultados de análises
químicas são diretamente relacionadas com a temperatura do reservatório geotermal em
profundidade, ou seja, o equilíbrio químico é mantido durante o percurso ascendente de
fluidos termais. Supõe-se também, que não haja mistura das águas termais com as águas
das camadas superiores. Essa suposição é equivalente a dizer que a permeabilidade
hidráulica da rede de falhas e fraturas entre a superfície e o reservatório geotermal é
extremamente baixa.
Apesar dessas limitações o método geoquímico tem fornecido resultados
compatíveis com os dos métodos diretos em diversos locais.
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36
A profundidade do reservatório geotermal é geralmente estimada com base em
dados geofísicos da superfície e levantamentos complementares da geologia estrutural do
local. O valor do gradiente térmico é então calculado utilizando a relação:
RES
RES
GCL
Z
TT
0
=Γ
, (3.6)
onde Z
RES
e T
RES
representam respectivamente a profundidade e a temperatura
do
reservatório geotermal e T
0
a temperatura média anual da superfície.
Tabela (3.1) Relação entre a temperatura (T) e a concentração dos elementos em alguns
termômetros geoquímicos.
Identificação
Relação entre a
temperatura e a concentração
Comentário
Quartzo
)(log19.5
1309
Si
T
=
Sem perda de vapor. Válido para 0 < T <
250
o
C
Calcedônia
)(log69.4
1032
Si
T
=
Válido para 0< T < 250
o
C
α- Cristobalita
)(log78.4
1000
Si
T
=
Válido para 0< T < 250
o
C
β - Cristobalita
)(log51.4
781
Si
T
=
Válido para 0< T < 250
o
C
Sílica Amorfa
)(log52.4
731
Si
T
=
Válido para 0< T < 250
o
C
Na – K
)/(log483.1
1217
KNa
T
+
=
T > 250
o
C
Em que, Si, Na e K são respectivamente as concentrações de sílica, sódio e potássio.
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37
3.4. – Condutividade Térmica
As técnicas experimentais utilizadas nas medições de condutividade térmica
sofreram modificações nas últimas décadas. Grande parte das medições obtidas na década
de 1970 foi realizada utilizando o método tradicional de Barra Dividida (DBM). Nas
décadas de 1980 e 1990 as medições foram efetuadas utilizando-se o método de fonte linear
(LSM), que oferece maior agilidade nos ensaios experimentais. A partir de 2000, o método
mais utilizado é da fonte planar de calor (PSM) desenvolvido inicialmente por Mongeli
(1968), cujos resultados são freqüentemente considerados como mais representativos do
que os do LSM. Cabe salientar que no método DBM as medições são efetuadas sob regime
térmico estacionário, enquanto que nos métodos LSM e PSM o regime térmico é transiente.
Os procedimentos e as técnicas experimentais do método DBM foram detalhadas e
comparadas com as do todo LSM por Marangoni (1986). Os detalhes de procedimentos
do método PSM foram descritos por Gomes e Hamza (2004).
Essas técnicas experimentais são geralmente agrupadas em classes de acordo com o
regime térmico que a amostra é submetida durante o ensaio. Na classe estacionária,
destaca-se a técnica tradicional da barra dividida. Na classe transiente, destacam-se as
técnicas das sondas térmicas, classificadas conforme a geometria (linear, cilíndrica, anel e
plana) do fluxo de calor entre a sonda e a amostra. Muitas vezes a escolha da técnica
experimental depende das características físicas da amostra. Assim, as técnicas empregadas
para medidas em testemunhos de sondagem (amostras cilíndricas sólidas) são diferentes
daquelas empregadas para medidas em sedimentos não consolidados e em amostras de
calha. A escolha da técnica depende também das condições operacionais para realização
das medidas. Por exemplo, as medidas em áreas oceânicas são realizadas, atualmente, em
condições in-situ, utilizando sondas térmicas que penetram os sedimentos do fundo
oceânico. Nas áreas continentais as medidas são geralmente realizadas em laboratório,
utilizando testemunhos de sondagem obtidos em perfurações ou amostras de rochas
representativas extraídas de afloramentos das formações geológicas. As amostras devem ser
selecionadas de tal forma que o conjunto de resultados obtidos tenha significado estatístico
e represente as condutividades térmicas dos principais tipos litológicos locais. Apresentam-
se, a seguir, descrições resumidas dessas técnicas experimentais.
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38
3.4.1. Método da Barra Dividida
O princípio dessa técnica se baseia na comparação da condutividade térmica de uma
amostra com a de um material padrão. A amostra da rocha, preparada em forma de um
disco com as faces polidas e paralelas, é colocada entre dois discos padrão de
condutividade térmica conhecida e com características físicas idênticas. O conjunto dos três
discos é então inserido entre duas barras metálicas. Nas extremidades dessas barras
encontram-se reservatórios, mantidos em temperaturas constantes, através de circulação de
águas provenientes de banhos termostáticos, conforme ilustrado no esquema da figura (3.5).
Na condição em que a barra superior é mantida numa temperatura maior que a
temperatura da barra inferior ocorre um fluxo de calor através do conjunto de discos. Sob
regime térmico estacionário e na ausência de perdas laterais o fluxo de calor torna-se
constante através do conjunto de discos. Sensores térmicos, indicados na figura por T
1
, T
2
,
T
3
e T
4
, o instalados nos contatos entre os discos e utilizados para as medições das
temperaturas nas interfaces. Essas medidas permitem as determinações dos gradientes
térmicos no padrão e na amostra, induzidos pelo fluxo de calor. Assim, torna-se possível
comparar o gradiente térmico através do disco padrão com o da amostra.
Figura (3.5) - Esquema do equipamento de Barra Dividida.
T
1
T
2
T
3
T
4
Barra superior
Padrão superior
Amostra
Padrão inferior
Barra inferior
Reservatório Inferior
Reservatório Superior
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39
Referindo-se à figura (3.5) o fluxo vertical de calor (q) através de sistema de discos
é dado por:
P
P
a
A
P
P
E
TT
E
TT
E
TT
q
λλλ
4332
21
=
=
= , (3.7)
onde T
1
, T
2
, T
3
e T
4
são as temperaturas nas interfaces entre os discos, E
P
e E
A
as espessuras
dos discos padrão e amostra respectivamente e λ
P
e λ
A
as suas condutividades térmicas
respectivas. O valor conhecido da λ
P
permite determinação de λ
A
, que os valores dos
demais termos são conhecidos nos ensaios experimentais.
3.4.2. Sondas Térmicas Lineares
O princípio deste método é baseado na observação de que nas proximidades de uma
fonte linear de calor, a variação de temperatura depende da taxa de dissipação da energia
térmica no meio por condução. De acordo com a solução da equação de condução de calor
num meio infinito, a variação da temperatura de uma fonte linear (T) com o tempo (t), após
o início de um aquecimento contínuo, é dada pela relação:
Ct
Q
T += ln
4
λπ
, (3.8)
onde Q é a taxa de liberação de calor na fonte, λ a condutividade térmica do meio em volta
da fonte e C uma constante. Se a taxa de aquecimento for constante, a relação entre a
temperatura e o logaritmo de tempo é linear e o coeficiente angular desta relação é
inversamente proporcional à condutividade térmica da amostra. Assim, o conhecimento da
variação temporal da temperatura da sonda permite a determinação da condutividade
térmica do meio em contato. A relação para determinação da condutividade térmica pode
ser escrita na forma:
)ln/(
)4/(
tddT
Q
π
λ
=
, (3.8a)
onde dT é a variação de temperatura ocorrida no intervalo logarítmico de tempo (dln(t)).
O esquema experimental de uma sonda térmica tipo agulha é ilustrado na figura
(3.5.1). A sonda é constituída de um tubo fino de aço inoxidável no interior do qual um
fio aquecedor e um sensor de termistor. Os terminais do fio aquecedor são conectados a
uma fonte de corrente contínua enquanto o sensor de termistor é ligado a um medidor de
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40
resistência elétrica. Geralmente, o diâmetro da sonda térmica é cerca de 30 vezes menor em
relação ao seu comprimento e o sensor é instalado no meio da sonda. Nessas condições a
sonda comporta-se como uma fonte linear de calor, durante o período de aquecimento.
Figura (3.5.1) – Esquema da sonda tipo agulha para medidas de Condutividade Térmica.
No procedimento experimental a agulha é inserida num recipiente que contém a
amostra de material não consolidado, por exemplo sedimentos. Ao acionar a fonte de
corrente inicia-se a liberação de calor na agulha e conseqüente aumento da sua temperatura.
As medidas de resistência elétrica do termistor permitem monitoramento na temperatura da
agulha. De acordo com a equação (3.9) a relação entre a temperatura e o logaritmo do
tempo é linear e o coeficiente angular é inversamente proporcional à condutividade térmica
da amostra. O dispositivo experimental é calibrado utilizando um material de referência, de
condutividade térmica conhecida. A grande vantagem deste método é a rapidez, sendo
necessário apenas alguns minutos para a realização dos ensaios.
FIO SENSOR
TERMISTOR
FIO AQUECEDOR
3,0 cm 6,3 cm
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41
Ct
Q
T += ln
4
λπ
. (3.9)
O método também pode ser adaptado para medições de materiais sólidos. Neste
caso, a sonda é colada à superfície lisa de uma placa de isolante térmico e este conjunto é
colocado em contato com uma fase polida da amostra sólida. Neste arranjo, grande parte do
calor gerado na agulha flui para a amostra. Em outras palavras, a geração de calor pela
agulha se assemelha a uma fonte linear num meio semi-infinito. A solução da equação de
condução de calor apropriada para este método é semelhante à equação (3.9):
t
B
Q
TT ln
0
λπ
+=
(3.10)
onde B é uma constante cujo valor depende do contraste nas condutividades térmicas entre
a placa base e a amostra.
O significado físico do parâmetro B pode ser compreendido considerando a
geometria do fluxo de calor. Quando a placa base e a amostra possuem valores idênticos de
condutividade térmica a dissipação de calor é uniforme em todas as direções. Em outras
palavras, a geometria do fluxo de calor é de 4π, que é o caso tratado na derivação da
equação (3.9). Considerando agora que a placa base é de material com isolamento térmico
perfeito, neste caso, todo calor gerado na sonda flui para a amostra. Ou seja, o fluxo de
calor ocorre em geometria 2π. É obvio então que a faixa da variação do valor efetivo do B
seria entre 2 e 4, dependendo do contraste na condutividade térmica entre a placa base e a
amostra.
Testes de calibração, utilizando amostras padrão, de condutividades térmicas
conhecidas, são necessárias para determinar o valor efetivo de B. A vantagem neste caso é a
facilidade na preparação da amostra, que necessita apenas ser serrada de forma a obter uma
superfície plana.
Como exemplo ilustrativo, apresenta-se na figura (3.6) os resultados experimentais
ilustrando a relação linear entre a temperatura e logaritmo do tempo obtido para um
material padrão utilizado no Laboratório de Geotermia (ON). Neste exemplo a taxa efetiva
de aquecimento utilizado foi de 5,5 J/m.s e o valor do coeficiente angular é 0,29, o que
indica uma condutividade térmica de 3,0 W/m K para a amostra.
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42
2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5
ln [ t (segundos)]
27.4
27.6
27.8
28.0
28.2
Temperatura (oC)
Parâmetros de Ajuste Linear
To = 26,924 +/- 0,002
B = 0,2943 +/- 0,0006
Sonda Tipo Agulha
Amostra : PSR-3
Figura (3.6) - Resultados de teste de calibração com padrão PSR-3.
De acordo com a equação (3.8a) o valor experimental da condutividade térmica é
diretamente proporcional á taxa de liberação de calor na fonte (Q) e inversamente
proporcional á taxa de variação de temperatura com o logaritmo do tempo [dT/dln(t)]. A
relação apropriada para avaliação da incerteza é então:
2
2
2
+
=
b
b
Q
Q
λ
λ
, (3.11)
onde b representa o coeficiente angular da relação linear entre a temperatura e o logaritmo
do tempo. A incerteza no valor de Q depende das incertezas na tensão (
V) e na corrente do
sistema de aquecimento e também da incerteza na resistência (
R) do fio aquecedor, ou
seja:
22
2
2
+
=
R
R
V
V
Q
Q
. (3.12)
Os instrumentos modernos permitem medições de tensão e de resistência com
precisão da ordem de 10
-3
, o que torna a incerteza no valor de Q quase desprezível.
A incerteza no valor de b pode ser determinada pela relação estatística para limites
de 95% de confiança:
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43
±=
22
2
)ln(
1
)(ln
96,1
t
n
t
s
b
y
, (3.13)
onde s
y
é dada por:
[
]
[ ]
=
22
2
22
)ln()(ln
)()ln()(ln
)(
)2(
1
ttn
TtTtn
TTn
nn
s
y
. (3.14)
3.4.3. Sondas Cilíndricas:
De acordo com a teoria desenvolvida por Jaeger (1956) a variação de temperatura
(T) com o tempo (t) da sonda cilíndrica sujeita ao aquecimento contínuo é dada por:
=
0
3
2
3
2
)(
)]exp(1[2
)/( dv
vv
v
QT
τ
π
α
λ
, (3.15)
onde τ representa o tempo adimensional (
τ
=
κ
t / a
2
), sendo que κ é a difusividade térmica,
t o tempo e a o raio da sonda. Na parte entre as chaves α é duas vezes a razão entre a
capacidade calorífica do sedimento e do material da sonda, dada por:
S
ca
ρπ
α
2
2
=
, (3.16)
e o termo
)(v
na integral é dado por:
2
10
2
10
)]()([)]()([)( vYvYvvJvJvv
αα
+=
, (3.17)
sendo J
n
(v) e Y
n
(v) funções Bessel de ordem n de primeira e segunda espécie. Uma
aproximação para grandes valores de τ é dada por:
.....]
2
1
)246.2(ln)
2
2
1[(
4
++
+=
τ
τ
τα
α
λπ
Q
T
. (3.18)
Conhecendo-se o valor de Q pode-se determinar a condutividade térmica da amostra
utilizando a relação entre T e ln (
τ
) na equação (3.18).
Quando o aquecimento da sonda não é continuo, mas limitado a um intervalo de
tempo curto, a propagação de calor se assemelha a um pulso térmico. Neste caso a variação
de temperatura é dada por:
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44
=
0
2
2
0
)(
)][exp(4
dv
vv
v
TT
τ
π
α
. (3.19)
Para os valores elevados de τ é possível ter a seguinte aproximação:
])1
7811.1
4
(ln
4
)2(
4
1
2
1
[
222
0
=
τ
τα
α
τα
τα
TT
. (3.20)
Este método é utilizado na determinação in-situ de condutividade térmica de sedimentos do
fundo oceânico. (este método não foi utilizado neste trabalho). Na operação para medidas
térmicas ltiplas, o tubo contendo os sensores térmicos é utilizado como uma sonda
cilíndrica, permitindo a determinação in-situ de condutividade térmica dos sedimentos.
Neste caso, a fase de medidas de condutividade térmica é iniciada após a conclusão da fase
de determinação de gradiente térmico. O módulo de controle eletrônico aciona, por um
período curto, o circuito elétrico ligado a um fio aquecedor que se encontra dentro do tubo
de sensores. O resultado é a geração de um pulso térmico nos sedimentos em volta da
sonda. A evolução de temperaturas registradas pelos sensores permite a determinação de
condutividade térmica dos sedimentos.
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45
3.5 – Gradiente Geotérmico
Os gradientes térmicos são determinados com base nos dados experimentais
contudo, o método adotado para isto depende muitas vezes da natureza desses dados. Nos
itens a seguir apresentaremos breves descrições dos todos utilizados no presente
trabalho.
3.5.1- Método Convencional (CVL)
Este método é utilizado para determinação do gradiente geotérmico (Γ
ΓΓ
Γ), através de
ajuste linear dos dados de perfilagem para um intervalo selecionado. O seu uso é adotado
quando as camadas geológicas são lateralmente homogêneas, de propriedades térmicas
constantes e possuem dimensões físicas bem definidas em relação aos intervalos das
medidas.
A escolha do intervalo em profundidade para a determinação do gradiente térmico
baseia-se nas informações do perfil litológico do poço. O intervalo deve ser
preferencialmente livre de qualquer processo de perturbação, capaz de afetar o regime
geotérmico local. Após a escolha do intervalo de profundidade, determina-se o valor do
gradiente pelo método de ajuste linear aos dados de profundidade (z
i
) e temperatura (T
i
),
obtidos em perfilagens térmicas.
O método dos mínimos quadrados permite estimativas dos coeficientes de ajuste
linear. Geralmente a incerteza na determinação da profundidade é pequena em relação a da
temperatura. Desta forma a profundidade é considerada como variável independente e a
temperatura como variável dependente. Nesse caso, para um conjunto de N pares de dados
(z
i
, T
i
) os coeficientes são o gradiente térmico (Γ
ΓΓ
Γ) e o intercepto (T
0
):
=Γ
22
)(
i
i
iiii
zzN
TzTzN
, (3.21)
e
=
22
2
0
)(
i
i
iiiii
zzN
TzzTz
T
. (3.22)
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46
As estimativas de erro nos coeficientes e o grau de correlação linear foram obtidos
utilizando as relações de correlação estatística. Por exemplo, os valores de variância (σ
2
) de
T
0
e Γ
ΓΓ
Γ são dados por:
Γ
=
22
222
0
2
)(
)(
2
1
0
i
i
iii
T
zzN
zzTT
N
σ
, (3.23)
e
Γ
Γ
=
22
22
0
2
)(
)(
2
1
i
i
ii
zzN
zTT
N
N
σ
. (3.24)
3.5.2 – Método da Resistência Térmica Cumulativa
Também conhecido como método de “Bullard” é utilizado para determinação do
gradiente geotérmico nos locais em que as seqüências estratigráficas das formações
geológicas são compostas de diversas camadas, com pequenas espessuras e de propriedades
termofísicas distintas. Nesses casos, os dados de perfis térmicos não permitem a
determinação de gradiente térmico representativo das camadas individuais, pois, os
intervalos de medição estão limitados pela precisão dos sensores. O procedimento nestes
casos é determinar a resistência térmica cumulativa das camadas, com base nos dados de
condutividade térmica e das espessuras dos tipos litológicos. A relação entre a temperatura
(T) e a resistência térmica cumulativa (R
c
) é dada por:
(
)
c
RqTzT +=
0
, (3.25)
em que
=
=
N
i
iic
ZRR
1
Na equação (3.25)
T
0
é a temperatura na profundidade de referência,
N
o número de
camadas,
q
o fluxo geotérmico e
R
i
e Z
i
são respectivamente resistência e espessura da
camada
i
.
O gradiente térmico neste método é determinado pela equação (3.26), em que
λ
é a
condutividade térmica:
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47
)(
)(
1
0
=
N
ii
RTC
ZR
TzT
g
λ
. (3.26)
3.5.3 - Temperatura Estável do Fundo do Poço (CBT)
É o método utilizado para casos em que os fluxos de fluidos no interior do poço
perturbam o regime térmico condutivo, impossibilitando desta forma a determinação de
gradiente térmico pelo método convencional. Nesses casos, uma variante do procedimento
conhecido como ‘método de fundo do poço’ (BHT), proposto por Carvalho e Vacquiers
(1977) e Carvalho (1981), é o método CBT que foi adaptado para a determinação do
gradiente térmico. O princípio deste método supõe que as perturbações térmicas geradas
pelos movimentos de fluidos induzidos pelo próprio poço tornam-se praticamente nulas na
parte mais profunda. Conseqüentemente, as medidas de temperaturas estáveis no fundo do
poço podem ser utilizadas na determinação do gradiente rmico, desde que temperatura
média anual da superfície seja conhecida. Neste caso, a diferença entre a temperatura do
fundo do poço (T
CBT
) e a temperatura da superfície (T
0
) é determinada pela relação:
i
N
i
iCBT
hdzdTTT
=
=
1
0
)/(
, (3.27)
onde (dT/dz)
i
é o gradiente térmico da camada i, h
i
a espessura da camada e N o número de
camadas. Caso o fluxo térmico (q) seja constante, a equação (3.27) pode ser escrita na
forma:
i
N
i
iCBT
hRqTT
=
+=
1
0
, (3.28)
em que R
i
é a resistividade térmica da camada i. O termo do somatório se refere à
resistência térmica cumulativa das camadas em que foram efetuadas as medidas de
temperatura, do início até o fundo do poço.
O gradiente térmico pelo método CBT é dado pela relação:
CBT
CBT
CBT
Z
TT
0
=Γ . (3.29)
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48
3.5.4 - Método Geoquímico (GCL)
Conforme Swanberg e Morgan (1978), o conteúdo de sílica das águas subterrâneas
pode ser usado quantitativamente para estimar o fluxo de calor regional e, portanto,
predizer o regime termal para qualquer ambiente geológico onde os dados de sílica-água
subterrânea forem disponíveis. As estimativas de temperaturas pelo método de termometria
geoquímica em fontes termais também são utilizadas nas determinações dos gradientes
térmicos. Um Reservatório Geotermal é definido como qualquer fonte de calor do interior
da Terra, susceptível de aproveitamento econômico. A sua profundidade para determinação
do gradiente geotérmico é estimada com base em dados de sondagem sísmica profunda ou
modelos de estruturas geológicas locais. Na inexistência destes dados, recorre-se aos
esquemas encontrados na literatura, por exemplo, Swanberg e Morgan (1985) que sugerem
como ordem de grandeza o valor médio de 1,4 km para profundidade dos reservatórios de
fontes localizadas em bacias sedimentares e 2,4 km para fontes situadas em áreas de rochas
ígneas e metamórficas.
O valor do gradiente térmico é então calculado utilizando a relação:
RES
RES
GCL
Z
TT
0
=Γ , (3.30)
no qual Z
RES
e T
RES
representam respectivamente a profundidade e a temperatura do
reservatório geotermal e T
0
a temperatura média anual da superfície.
3.6. – Fluxo Geotérmico
As medidas do fluxo geotérmico são obtidas a partir de dados primários, cuja
aquisição é dificultada devido às impossibilidades práticas. O acesso direto às
profundidades da crosta terrestre é possível através de minas, túneis subterrâneos ou
através da perfuração dos poços. Conseqüentemente, a aquisição de dados geotérmicos nas
áreas continentais fica restrita aos locais das perfurações. A maior parte dos dados
geotérmicos nas áreas continentais tem sido adquirida através do aproveitamento das
perfurações para exploração mineral, água subterrânea e petróleo, o que acarreta em grande
redução de custos.
As características técnicas dos poços e de furos e as suas disponibilidades para
operações de perfilagem térmica determinam, em grande parte, a natureza de aquisição dos
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49
dados primários. Na prática, as operações de perfilagem térmica são realizadas com maior
facilidade nos furos de exploração mineral e nos poços rasos de água subterrânea. Por outro
lado, os poços profundos de exploração de petróleo, por questões operacionais e técnicas,
limitam as medições geotérmicas. Na grande maioria dos poços de petróleo, a
disponibilidade de dados de temperatura limita-se geralmente a apenas uma medida no
fundo do poço. Sobrepostas a essas peculiaridades estão as complexidades oriundas da
variedade, tanto dos sensores térmicos como dos equipamentos utilizados.
Conseqüentemente, a avaliação qualitativa da confiabilidade dos métodos é uma tarefa
difícil, apesar da simplicidade aparente do princípio básico.
A densidade de fluxo de calor é a transmissão de energia por unidade de área e por
unidade de tempo. No caso de variação unidimensional de temperaturas, o fluxo de calor é
determinado pela relação de Fourier:
=Γ=
zd
Td
q
λλ
, (3.31)
onde
λ
é a condutividade térmica, e
Γ
o gradiente térmico. O sinal negativo indica fluxo de
calor na direção oposta a do gradiente térmico. A equação para o caso de fluxo em três
dimensões é determinada pela seguinte relação:
TλTgradλq
=
=
)(
.
(3.32)
Apesar da simplicidade da relação (3.32), a sua utilização para determinação de fluxo
geotérmico depende das características dos dados de gradiente e de condutividade térmica.
No método CVL a dia harmônica de condutividade térmica é multiplicada pelo
gradiente térmico do intervalo em questão, para obter o valor do fluxo geotérmico (q):
qm
q
σλ
±Γ=
. (3.33)
O erro na determinação de fluxo geotérmico é dado pela relação:
2222
Γ
+Γ=
σλσσ
λ
q
. (3.34)
No método CBT o valor do fluxo geotérmico é dado pela relação:
i
N
i
iCBT
hRTTq
=
=
1
0
/)(
, (3.35)
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50
onde
T
CBT
é a temperatura estável do fundo do poço,
T
0
a de superfície,
R
a resistência
térmica e
h
a espessura da camada em questão. A equação (3.35) pode ser escrita na forma:
( )
=
=
i
N
i
iCBT
CBT
CBT
hRZZ
ZZ
TT
q
1
0
0
0
)(
)(
. (3.36)
Na equação (3.36) o primeiro termo do lado direito representa o gradiente térmico
aparente das camadas que se encontram no intervalo (Z
CBT
-Z
0
), freqüentemente, designado
como gradiente CBT. O segundo termo do lado direito da equação representa condutividade
térmica efetiva das camadas que se encontram no intervalo (Z
CBT
-Z
0
). A desvantagem do
método está na dificuldade em determinar a temperatura da superfície (T
0
)
com precisão, o
que induz erros significativos nas estimativas do gradiente térmico. Devido à
incompatibilidade de (T
0
) com o valor da temperatura do fundo do poço (T
CBT
), neste
método os valores de T
0
são obtidos a partir de informações das estações meteorológicas
locais.
No método de termometria geoquímica (GCL) utiliza-se a relação empírica proposta
por Swanberg e Morgan (1985) na determinação do fluxo geotérmico:
0
TqmT
ZQ
+= , (3.37)
em que, T
QZ
representa temperatura de sílica, T
0
a temperatura dia anual da superfície e
m uma constante cujo valor é 680 °C m
2
/ W.
Observa-se que os valores obtidos pelo método GCL são sistematicamente
superiores aos obtidos por outros métodos. Esta diferença pode ser oriunda das
características do método ou indicativa da existência de campos térmicos anômalos em
profundidade.
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51
3.7. Modelos Térmicos da Crosta
Este tópico aborda os modelos térmicos utilizados neste trabalho que possibilitaram,
através dos dados disponíveis, a obtenção de valores estimados de temperaturas na crosta.
Uma descrição sucinta desses modelos, bem como as condições impostas para
utilização dos mesmos é exposta a seguir:
Modelo 1: Para fins de cálculo de temperaturas crustais é comum desprezar a curvatura da
superfície da Terra, que a espessura da crosta é duas ordens de grandeza inferior ao raio
da Terra. Os modelos se baseiam na solução de equação diferencial parcial de calor:
ATT
t
T
c ++=
2
λλρ
, (3.38)
onde
ρ
é a densidade, c o calor específico, T a temperatura, t o tempo, λ a condutividade
térmica e A a produção de calor. Assim,
λ
representa a diverncia de
λ
,
T o gradiente
de campo de temperatura e
2
T a divergência de gradiente. Sendo o meio homogêneo e
isotrópico (
λ
independente das coordenadas espaciais),
∇λ
torna-se zero, e (3.38)
simplifica-se para:
c
A
T
t
T
ρ
κ
+=
2
, (3.39)
onde
κ
é a difusividade térmica (
κ
= λ/ρc).
Em grande parte da crosta terrestre o regime térmico é estacionário (isto é: T/t =
0), que variações no campo térmico crustal ocorrem em escalas de tempo da ordem de
milhões de anos. Assim, a equação (3.39) reduz-se à equação de Poisson. Temos então:
0
2
=+ AT
λ
. (3.40)
Geralmente as variações laterais no campo de temperaturas são pequenas em
comparação as variações verticais, o que permite tratar o problema de fluxo de calor como
sendo unidimensional. Neste caso a equação (3.40) simplificada é:
0=+
A
zd
Td
zd
d
λ
, (3.41)
onde z representa a direção vertical.
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52
Para prosseguir com o desenvolvimento dos modelos térmicos, com base na
equação (3.41), devemos especificar as distribuições verticais da condutividade térmica (λ)
e da produção de calor (A). Medições experimentais em amostras permitem a determinação
direta dos valores desses parâmetros (λ
0
e A
0
) nas camadas superficiais. Numa primeira
aproximação podemos tratá-los como representativos de toda crosta, ou seja, como
constantes. Neste caso, as distribuições verticais de temperaturas (T) e fluxo de calor (q)
são dadas pelas relações:
+=
2
1
)(
2
0
0
0
0
zA
zqTzT
λ
, (3.42)
[ ]
zAq
zd
Td
q
000
=
=
λ
. (3.43)
Nas equações (3.42) e (3.43) T
0
e q
0
representam respectivamente a temperatura e o fluxo
de calor na superfície, ou seja, em z = 0.
Modelo 2: Uma das desvantagens do modelo anterior é a suposição de que a condutividade
térmica permanece constante em toda crosta. No entanto, a condutividade térmica dos
materiais geológicos depende do tipo litológico e apresenta variações relacionadas com as
condições ambientais, de pressão e de temperatura. Nas condições prevalecentes na crosta e
na litosfera subcrustal, a variação da condutividade térmica com a temperatura é muito
superior em comparação àquela da pressão, para as rochas ígneas e metamórficas. Desta
forma, numa primeira aproximação, podemos considerar somente a variação relacionada
com a temperatura. Para a grande maioria das rochas crustais esta relação é dada por:
T
T
α
λ
λ
+
=
1
)(
0
, (3.44)
em que
λ
0
é o valor de condutividade térmica na temperatura de referência
T
0
e
α
o
coeficiente de variação de
λ
com a temperatura. A solução da equação (3.7.4) sujeita as
condições de (3.44) é dada por:
2/)/(ln)/(
2
0000
zAzquu =
αλ
, (3.45)
onde
u = 1 +
α
T
.
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53
Modelo 3:
A principal fonte de calor na crosta e na litosfera é aquela oriunda da
radioatividade natural. Estudos geoquímicos indicam que as abundâncias dos elementos
urânio, tório e potássio são relativamente maiores nas rochas ácidas da crosta superior em
comparação àquelas das rochas básicas da crosta inferior. As rochas ultrabásicas da
litosfera subcrustal são praticamente isentas de elementos radioativos. Assim, a natureza da
distribuição de calor radiogênico na crosta é complexa. Contudo, para fins de estimativas
de primeira ordem, as suas variações com a profundidade podem ser representadas por uma
relação tipo:
D
z
eAzA
=
0
)( , (3.46)
onde A
o
é a produção de calor na superfície e D representa o seu decréscimo logarítmico
com a profundidade. A solução da equação (3.41) sujeita às condições (3.45) e (3.46) é
dada por:
[
]
DZ
eDAZDAquu
/2
00000
1)()/(ln)/(
+=
αλ
, (3.47)
onde u = 1 +
α
T. A variação de fluxo térmico com a profundidade é dada por:
[
]
[
]
DZ
eDAqudzd
/
000
1)(ln)/()/(
=
αλ
, (3.48)
Neste caso, a distribuição de temperaturas depende tanto do calor radiogênico da
superfície como também do valor do decréscimo logarítmico.
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54
Capítulo 4
Bases de Dados Utilizados
Apresentam-se neste capítulo os dados adquiridos durante o desenvolvimento do
projeto. Referem-se aos dados de perfilagem de poços, parâmetros hidroquímicos utilizados
na estimativa de temperatura dos aqüíferos com base em resultados de medidas
experimentais das propriedades termofísicas.
4.1 – Dados de Temperaturas
Os perfis térmicos obtidos em 42 poços localizados no Rifte do Paraíba do Sul e na
sua vizinhança, distribuídos em 22 municípios (12 no Estado do Rio de Janeiro e 10 no
Estado de São Paulo), são apresentados no apêndice A.
Temos ainda complementando os 48 dados utilizados neste trabalho, temperaturas
obtidas em 6 locais, 4 poços e 2 nascentes, nos municípios de Taubaté e Pindamonhangaba
onde não foram realizadas perfilagens térmicas. Nesses locais os valores de temperatura
foram obtidos com termômetro infravermelho.
4.2 – Gradientes Geotérmicos
Apresentam-se a seguir os dados geotérmicos coletados durante o desenvolvimento
deste trabalho. Estes acervos incluem resultados de medidas diretas de temperatura em
subsuperfície (perfis térmicos), perfis litológicos dos poços e estimativas indiretas de
temperaturas baseadas em parâmetros químicos. Nos itens a seguir estão as informações
relativas a estes dados.
No apêndice A apresentamos as planilhas relativas aos dados de perfilagens
térmicas e no apêndice B os perfis termolitológicos.
As tabelas (4.1), (4.2), (4.3) (4.4) e (4.5) apresentam as coordenadas geográficas e
os gradientes geotérmicos determinados pelos métodos CVL e CBT, conforme
procedimento descrito no capítulo 3 (subitens 3.5.1 e 3.5.3). Nas tabelas, o símbolo σ
representa desvio padrão.
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55
Tabela (4.1) – Gradientes Geotérmicos da Bacia de Taubaté.
Gradiente (ºC/km)
Município Poço Método
Long./Lat.
(°)
Intervalo de
Profundidade
(m)
Calculado
σ
σσ
σ
Caçapava SC-16-SP CBT -45,72 / -23,10 0 - 197 25,23 2,7
ZAG-1-SP CVL -45,17 / -22,78 60 - 84 16,14 1,3
GUA-P97 CVL -45,25 / -22,84 120 - 152 24,66 0,5
SFG-1-SP CVL -45,17 / -22,80 0 - 76 16,11 2,8
Gua-teknoAntigo
CVL -45,16 / -22,76 0 - 76 22,90 3,3
Gua-teknoP21 CVL -45,16 / -22,76 58 - 130 25,71 1,9
Guaratinguetá
BPA-1-SP CVL -45,22 / -22,80 0 - 196 27,11 0,7
IUJ-1-SP CVL -45,96 / -23,30 200 - 268 23,19 0,1
IRH-1-SP CBT -45,98 / -23,28 30 - 54 20,67 4,2
BNJ-1-SP CVL -46,01 / -23,30 78 - 84 31,45 6,9
Jacareí
ICJ-1-SP CBT -45,95 / -23,28 0 - 46 48,91 5,4
Piquete FPS-1-SP CVL -45,16 / -22,62 72 - 88 8,88 0,1
Santa Izabel STI-P50 CVL -46,24 / -23,15 108 - 114 15,20 3,6
BSR-1-SP CBT -45,13 / -22,74 0 - 338 28,96 0,7
BC-II-1-SP CVL -45,05 / -22,71 118 - 125 20,50 0,9
Lorena
BML-1-SP CBT -45,11 / -22,77 0 - 214 26,98 1,2
SAB-23-SP CVL -45,78 / -22,97 70 - 83 23,19 1,5
SJC45-SP CVL -45,78 / -22,97 0 - 88 7,50 1,4
SJC-22-SP CVL -45,78 / -22,97 30 - 40 34,86 3,3
SJC38 CVL -45,84 / -23,18 0 - 88 27,42 2,8
São José dos Campos
SJC69 CVL -45,87 / -23,22 0 - 166 22,14 1,5
SLP-37-1 Perf1 CVL -45,31 / -23,22 0 - 122 14,94 2,9
SLP-37-1 Perf2 CVL -45,31 / -23,22 0 - 87 13,19 2,0
São Luis do Paraitinga
SLP-P01 CVL -45,31 / -23,22 0 - 132 10,77 2,7
Onsen Termas CBT -45,56 / -23,03 0 - 490 55,10 0,5
Ciro CBT -45,55 / -23,04 0 - 400 50,00 0,8
Ford CBT -45,53 / -23,01 0 – 300 50,00 0,8
Taubaté
Água Quente CBT -45,50 / -23,00 0 - 300 37,50 0,6
Água Preta CBT -45,42 / -22,91 0 – 400 37,50 0,6
Pindamonhangaba
Santa Helena CBT -45,49 / -22,89 0 - 400 37,50 0,6
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56
Tabela (4.2) – Gradientes Geotérmicos da Bacia de Resende.
Gradiente (ºC/km)
Município Poço Método
Long./Lat.
(°)
Intervalo de
Profundidade
(m)
Calculado
σ
σσ
σ
Cooperativa P01 CBT -44,45 / -22,46 0 – 50 32,7 5,0
Cooperativa P02 CBT -44,45 / -22,46 0 - 36 39,8 6,9
Resende
Dona Maria CVL -44,47 / -22,48 0 - 50 39,1 5,0
Itatiaia XeroxP2 CBT -44,58 / -22,50 0 - 90 16,5 2,8
Tabela (4.3) – Gradientes Geotérmicos da Bacia de São Paulo.
Gradiente (ºC/km)
Município Poço Método
Long./Lat.
(°)
Intervalo de
Profundidade
(m)
Calculado
σ
σσ
σ
Jundiaí JUN-P01 CVL -46,87 / -23,17 64 - 172 19,82 1,5
Santa Izabel STI-P50 CVL -46,24 / -23,15 108 - 114 15,20 3,6
SP-P01 CVL -46,62 / -23,65 130 - 250 21,99 1,0
SP-P02 CVL -46,67 / -23,53 120 - 243 24,98 1,0
São Paulo
SP-HU-1 CVL -46,74 / -23,57 80 - 202 18,90 1,3
Tabela (4.4) – Gradientes Geotérmicos da Bacia de Volta Redonda.
Gradiente (ºC/km)
Município Poço Método
Long./ Lat.
(°)
Intervalo de
Profundidade
(m)
Calculado
σ
Volta Redonda Padre Josino CBT -44,13 / -22,53 20 - 70 27,24 3,6
Tabela (4.5) – Gradientes Geotérmicos no Rifte Paraíba do Sul e áreas vizinhas.
Gradiente (ºC/km)
Município Poço Método
Long./ Lat.
(°)
Intervalo de
Profundidade
(m)
Calculado
σ
Cambuci Monte Verde CBT -41,92 / -21,47 0 – 84 25,0 3,0
Itaocara Cel. Teixeira CBT -41,97 / -21,71 0 - 76 19,0 3,3
Miguel Pereira Centro CBT -43,47 / -22,47 0 - 80 15,0 3,1
Miracema Centro CVL -42,20 / -21,42 0 - 78 20,0 3,2
Paraíba do Sul Salutaris CVL -43,28 / -22,15 0 - 100 17,0 2,5
Aparecida CBT -42,80 / -22,03 0 - 78 14,0 3,2
Sapucaia
Jamapara CBT -42,71 / -21,89 0 - 80 21,0 3,1
S.Seb.do Alto V.Barro-Centro CVL -42,10 / -21,82 96 - 116 12,0 2,2
Teresópolis FVM CVL -42,75 / -22,18 122 - 136 13,0 1,3
Vassouras Massambará CVL -43,53 / -22,35 0 - 80 14,0 3,0
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57
A distribuição geográfica dos locais onde foram realizadas as medidas geotérmicas
é indicada na Figura (4.1). A área do Rifte do Paraíba do Sul está indicada em cor branca,
enquanto os triângulos em azul escuro identificam os poços perfilados. Os locais de cor
vermelha indicam intrusões alcalinas de idade Terciária.
Figura (4.1) – Distribuição geográfica de dados de gradiente geotérmico na região do Rifte
do Paraíba do Sul – Adaptado de Zálan & Oliveira (2005).
4.3 – Condutividade Térmica
Os dados de condutividade térmica foram obtidos a partir das técnicas descritas no
capítulo 3. No trabalho de Vitorello et al (1980), os valores de condutividade térmica do
embasamento da bacia de São Paulo, foram obtidos com o método DBM. Del Rey e Hamza
(1989) apresentaram valores de condutividade térmica das formações geológicas das áreas
vizinhas à mesma bacia, utilizando o método LSM conforme mostra a Tabela (4.6).
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58
Tabela (4.6) – Condutividade térmica do embasamento da bacia de São Paulo e das áreas
vizinhas – Vitorello et al. (1980) e Del Rey e Hamza (1989).
Coordenadas Condutividade
Local / Município
Litotipo
Predominante
Lat. (°) Long. (°) (W/mK)
σ
São Paulo
(Água Branca)
Sedimentos
Formação Resende
-23,53 -46,67 2,5 0,5
Jundiaí
Embasamento
Metamórfico
-23,17 -46,87 3,1 0,6
São Paulo
(Água Funda)
Embasamento
Metamórfico
-23,65 -46,62 2,5 0,5
Santa Izabel
Embasamento
Metamórfico
-23,15 -46,24 3,0 0,5
São Luis de
Paraitinga
Seqüências
Metamórficas (Gnaisses)
-23,22 -45,31 3,1 0,6
Gomes (2003) e Gomes e Hamza (2004) apresentaram os valores de condutividade
térmica das bacias de Volta Redonda e Resende, mostrados na Tabela (4.7).
Tabela (4.7) – Valores médios de condutividade térmica dos sedimentos das bacias de
Volta Redonda e Resende – Gomes (2003) e Gomes e Hamza (2004).
Coordenadas Condutividade
Local / Município
Litotipo
Predominante
Lat. (°) Long. (°) (W/mK)
σ
Volta Redonda Silte e Gnaisse -22,53 -44,13 2,8 1,2
Resende Arenito e Siltito -22,46 -44,45 2,7 0,8
Itatiaia
Sedimentos
da Formação Resende
-22,5 -44,58 2,2 0,8
Medições de condutividade térmica foram realizadas por Ribeiro (1987) na bacia de
Taubaté utilizando método de barra dividida (DBM) a partir de medidas feitas em amostras
de calha. Os resultados deste trabalho, apresentados na Tabela (4.8), permitiram determinar
a condutividade térmica nos sedimentos da formação Caçapava na bacia de Taubaté.
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59
Tabela (4.8) – Condutividade térmica da Formação Caçapava – Ribeiro (1987).
Intervalo de profundidade
Condutividade Térmica
Camada
(m) (W/mk)
(σ)
Litologia predominante
1 0 – 2 4,9 0,3 Arenito
2 2 – 4 2,3 0,3 Argila
3 4 – 6 3,5 0,2 Conglomerado e quartzo
4 6 – 62 1,2 0,2 Folhelho e argila
5 62 – 86 2,1 0,1 Arenito e argila
6 86 – 112 1,2 0,2 Argila, arenito e areia
7 112 – 138 2,3 0,2 Argila
8 138 – 152 1,7 0,1 Arenito e argila
Paula Neto (1987) realizou medições de condutividade térmica pelo método LSM,
adaptado para amostras de calha obtidas no município de Guaratinguetá. Neste trabalho os
valores de condutividade térmica das amostras sólidas foram calculados com base nos
métodos geométrico e volumétrico. Os valores médios das condutividades e os respectivos
desvios padrão calculados por Paula Neto (1987) estão ilustrados na Tabela (4.9).
Tabela (4.9) - Valores médios de condutividade térmica obtida para o poço Tekno
localizado no município de Guaratinguetá - Paula Neto, (1987).
Método Geométrico
Método Volumétrico
Tipo litológico
N° de camadas
Condutividade
Média (W/mK)
(
σ
)
Condutividade
Média (W/mK)
(
σ
)
Solo arenoso a arenito-quartzo 2 2,78 0,1
3,08 0,1
Argilito 4 1,29 0,1
1,59 0,3
Arenito-quartzo 2 2,42 0,4
2,99 0,3
Argilito 13 1,28 0,2
1,32 0,2
Argilito-arenoso 3 2,06 0,1
2,22 0,2
Arenito-quartzo 5 2,75 0,6
2,67 0,2
Argilito 6 1,34 1,2
1,38 0,1
Argilito-arenoso 4 2,09 0,4
2,14 0,4
Arenito-quartzo 8 2,28 0,3
2,36 0,4
Valores Médios 2,02 0,4
2,19 0,3
Estimativas complementares de condutividade térmica para a Bacia de Taubaté
foram obtidas neste trabalho, considerando os valores de Paula Neto (1987) como
representativos para a região. A partir de perfis litológicos de outros poços da bacia foi
efetuado o cálculo da condutividade pelo método da resistência térmica cumulativa (Rc),
descrito no capítulo 3 (subitem 3.5.2). O apêndice C mostra esses cálculos, tais resultados
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60
permitiram a obtenção dos valores médios que são apresentados em síntese na tabela (4.10),
para as formações da Bacia de Taubaté.
Tabela (4.10) – Condutividade térmica média de sedimentos das formações da Bacia de
Taubaté.
Condutividade Térmica
Formação Geológica
Tipo Litológico
Predominante
(W/m K) (σ)
Caçapava Arenito Argiloso 2,55 0,4
Resende Argilito Arenito 1,87 0,5
Resende e Pindamonhangaba Arenito e Argilito 2,07 0,5
Resende e Pindamonhangaba Arenito Argilito 2,12 0,6
Tremembé e Pindamonhangaba
Argilito e Folhelho 3,07 0,6
Pindamonhangaba e Resende Argilito e Folhelho 2,5 0,4
A Figura (4.2) ilustra a distribuição da condutividade térmica do Rifte Paraíba do
Sul, referenciada a superfície. O mapa revela que a região nordeste é caracterizada por
condutividades térmicas na faixa de 3,0 a 3,8W/m°K, possivelmente, devido a
predominância de rochas do embasamento. Nas demais áreas a condutividade térmica é
relativamente baixa, na faixa de 1,8 a 2,8 W/m°K, existindo ainda algumas variações
pontuais.
-47.0 -46.2 -45.4 -44.6 -43.8 -43.0 -42.2
Longitude Oeste (°)
-24.0
-23.5
-23.0
-22.5
-22.0
-21.5
L
a
t
i
t
u
d
e
S
u
l
(
°
)
1.6
1.9
2.2
2.5
2.8
3.1
3.4
3.7
W/m.K
Figura (4.2) – Mapa de condutividade térmica ilustrando a variação regional.
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61
4.4. Fluxo Geotérmico
Os valores do fluxo geotérmico foram obtidos, conforme procedimentos descritos
no capítulo 3 (seção 3.6). Os resultados são apresentados nas Tabelas (4.11), (4.12),
(4.13), (4.14) e (4.15).
Tabela (4.11) – Fluxo Geotérmico da Bacia de Taubaté.
Gradiente Condutividade Fluxo Térmico (mW/m
2
)
Município Poço
(°C/km) (W/mK) Calculado (
σ
)
Caçapava SC-16-SP 25,23 2,6 64 12
ZAG1-SP 16,14 1,9 30 10
GUA-P97 24,66 1,9 46 15
SFG-1-SP 16,11 1,9 30 11
Tek Antigo
22,90 1,8 40 15
Tek noP21 25,71 2,0 52 13
Guara
BPA-1-SP 27,11 1,9 51 16
IUJ-1-SP 23,19 2,1 48 12
IRH-1-SP 20,67 2,1 43 13
BNJ-1-SP 31,45 2,3 71 22
Jacareí
ICJ-1-SP 48,91 1,9 92 31
Piquete FPS-1-SP 8,88 1,9 17 5
BSR-1-SP 28,96 1,9 54 17
BCII-1-SP 20,50 1,9 38 12
Lorena
BML-1-SP
26,98 1,9 50 16
SAB23-SP 23,19 1,9 45 16
SJC45-SP 7,50 2,0 15 6
SJC22-SP 34,86 1,9 66 29
SJC38 27,42 2,5 68 18
S. José dos
Campos
SJC69 22,14 2,3 50 9
SLP-37-1 14,94 3,1 46 13
S. Luiz do
Paraitinga
SLP-P01 10,77 3,1 33 10
O. Termas 55,1 2,1 113 28
Ciro 50,0 2,1 103 25
Ford 50,0 2,1 103 25
Taubaté
A. Quente 37,5 2,1 77 19
A Preta 37,5 3,1 115 23
Pinda.
Sta Helena 37,5 3,1 115 23
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Tabela (4.12) – Fluxo geotérmico da Bacia de Resende.
Gradiente Condutividade Fluxo Térmico (mW/m
2
)
Município
Poço
(°C/km) (W/mK) Calculado (σ)
Coop. P01
32,7 2,7 88,4 26
Coop. P02
39,8 2,7 107,5 30
Resende
D. Maria 39,1 2,7 105,6 23
Itatiaia Xerox P2 16,5 2,2 36,3 18
Tabela (4.13) – Fluxo geotérmico da Bacia de São Paulo.
Gradiente Condutividade Fluxo Térmico (mW/m
2
)
Município
Poço
(°C/km) (W/mK) Calculado (σ)
Jundi JUN-P01 19,82 3,1 61,4 12
Santa Izabel
STI-P50 15,20 3,0 45,6 13
SP-P01 21,99 2,5 55,0 11
SP-P02 24,98 2,5 62,5 13
São Paulo
SP-HU-1 18,90 2,5 47,3 10
Tabela (4.14) – Fluxo geotérmico da Bacia de Volta Redonda.
Gradiente Condutividade Fluxo Térmico (mW/m
2
)
Município
Poço
(°C/km) (W/mK) Calculado (σ)
V. Redonda
Padre Josino
27,24 2,8 76,3 34
Tabela (4.15) – Fluxo geotérmico no rifte Paraíba do Sul e áreas vizinhas.
Gradiente Condutividade Fluxo Térmico (mW/m
2
)
Município
Poço
(°C/km) (W/mK) Calculado (σ)
Cambuci M. Verde 25 3,0 75,0 15
Itaocara C. Teixeira
19 3,0 57,0 13
M.Pereira Centro 15 3,1 46,5 13
Miracema Centro 20 3,0 60,0 14
P. do Sul Salutaris 17 3,1 52,7 13
Sapucaia Aparecida 14 3,5 49,0 15
Sapucaia Jamapara 21 3,5 73,5 18
S.S.do Alto
V.Barro 12 3,5 42,0 11
Teresópolis
FVM 13 3,1 40,3 9
Vassouras Massambará
14 3,9 54,6 16
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63
4.5 – Dados Hidroquímicos
Os dados hidroquímicos foram obtidos de 33 poços localizados no Rifte do Paraíba
do Sul, distribuídos em 13 municípios do Estado de São Paulo. Tais dados que constam na
publicação (DAEE, 1977) foram agrupados nas tabelas (4.16 e 4.17).
Tabela (4.16) – Dados Hidroquímicos do Rifte do Paraíba do Sul (DAEE, 1977).
Concentração (mg/l)
N° Poço Município
Fe
+++
SiO
2
SO
4
Ca Na K
25 Jacareí 0,16 27,0 5 33,5 27,0 4,2
14 Jacareí 0,08 39,0 1 22,3 28,0 4,0
15 Jacareí 0,01 60,0 4 7,5 32,0 6,8
16 Jacareí 0,69 63,0 6 5,9 20,8 5,3
12 Jacareí 0,88 33,0 3 6,5 14,8 4,0
11 Jacareí 1,10 24,0 1 13,2 8,7 3,4
9 Jacareí 0,47 29,0 2 16,9 5,7 3,5
7 S J Campos 0,09 23,0 1 0,9 2,3 2,2
108 S J Campos 0,01 23,0 1 0,6 1,2 2,8
28 Santa Branca 0,27 23,0 2 30,0 19,6 4,1
112 S J Campos 0,01 27,0 2 38,9 31,5 5,3
61 S J Campos 0,03 13,4 1 0,0 0,2 2,3
68 S J Campos 0,02 15,8 1 0,8 1,8 2,5
86 S J Campos 1,10 19,0 3 1,2 1,3 2,0
59 S J Campos 0,67 29,0 1 3,7 2,8 3,5
62 S J Campos 0,41 17,5 1 3,8 4,4 3,2
9 Caçapava 0,03 55,5 3 37,8 16,0 4,2
55 Caçapava 1,00 15,0 2 1,2 1,1 2,2
24 Caçapava 0,45 55,5 6 23,1 13,2 5,6
26 Caçapava 0,30 45,0 2 24,8 7,6 4,3
1 Taubaté 0,05 23,5 1 4,3 0,0 5,2
10 Tremembé 0,06 75,0 4 12,4 9,8 3,6
6 Taubaté 0,97 16,5 1 2,6 1,4 2,6
7 Taubaté 0,06 26,0 1 4,5 2,4 2,5
22 Pindamonhangaba
0,30 37,0 1 25,9 280,0 11,2
20 Roseira 23,5 2 38,8 24,8 4,8
28 Aparecida 0,39 36,0 1 15,5 41,5 4,8
27 Guaratinguetá 2,34 62,0 2 14,8 5,1 4,3
14 Guaratinguetá 0,34 57,0 4 5,7 11,0 5,0
29 Guaratinguetá 0,01 25,0 2 0,2 0,7 2,5
6 Lorena 0,25 43,5 2 5,4 16,4 2,4
8 Lavrinhas 0,04 41,0 4 34,9 15,6 3,7
1 Silveiras 0,65 23,0 3 9,6 63,0 3,9
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64
Tabela (4.17) – Dados Hidroquímicos do Rifte do Paraíba do Sul (DAEE, 1977).
Concentração (mg/l)
N° Poço Município
HCO
3
CO
3
NO
3
Cl F Mg
25 Jacareí 145 0 0,03 1,50 0,08 3,7
14 Jacareí 143 0 0,02 1,00 0,20 5,3
15 Jacareí 74 0 0,06 0,50 0,22 0,7
16 Jacareí 58 0 0,02 0,50 0,18 1,4
12 Jacareí 56 0 0,08 0,10 0,92 1,6
11 Jacareí 68 0 0,02 1,50 0,16 2,6
9 Jacareí 71 0 0,07 1,00 0,37 2,5
7 S J Campos 9 0 0,08 0,50 0,08 0,3
108 S J Campos 5 0 0,40 0,50 0,10 0,0
28 Santa Branca 129 0 0,06 0,50 0,50 5,6
112 S J Campos 63 0 2,00 80,00 0,49 4,1
61 S J Campos 4 0 0,07 0,20 0,10 0,0
68 S J Campos 8 0 0,14 0,80 0,19 0,1
86 S J Campos 11 0 0,36 0,80 0,20 0,6
59 S J Campos 20 0 0,12 1,00 0,19 0,7
62 S J Campos 22 0 0,06 0,50 0,15 0,3
9 Caçapava 116 0 2,00 6,00 0,16 0,1
24 Caçapava 89 0 0,23 1,00 0,66 1,1
26 Caçapava 96 0 0,04 0,50 0,30 5,0
55 Caçapava 8 0 0,07 0,50 0,04 0,3
1 Taubaté 0,518 22 0,01 3,00 2,50 0,5
10 Tremembé 56 0 0,03 0,20 0,09 0,6
6 Taubaté 11 0 0,48 1,00 0,20 0,0
7 Taubaté 20 0 0,18 0,50 0,10 1,1
22 Pindamonhangaba
760 22 0,02 1,00 0,40 3,2
20 Roseira 145 0 0,01 41,00 0,60 8,9
28 Aparecida 176 0 0,00 0,50 0,20 2,7
27 Guaratinguetá 67 0 0,02 0,70 0,28 1,5
14 Guaratinguetá 50 0 0,00 0,50 0,30 1,1
29 Guaratinguetá 5 0 0,17 0,10 0,10 0,0
6 Lorena 52 0 0,48 1,00 0,20 0,4
8 Lavrinhas 178 0 0,08 3,00 0,30 10,3
1 Silveiras 41 0 0,23 2,00 0,12 2,2
Na figura (4.3) o Rifte do Paraíba do Sul está identificado em branco e os triângulos
verdes mostram a distribuição geográfica dos dados químicos relativos às tabelas anteriores
e utilizados neste trabalho.
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Figura (4.3) – Distribuição geográfica dos dados químicos – Mapa adaptado de Zálan &
Oliveira (2005).
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66
4.6 – Dados Hidrogeológicos
O sistema de aqüíferos da região possui características hidrogeológicas que estão
intimamente relacionadas aos ambientes de deposição da bacia. Neste sentido, pode-se
distinguir, regionalmente, duas unidades com diferentes comportamentos hidráulicos. Uma
nas porções sudeste e noroeste da bacia de Taubaté, associada ao ambiente fluvial, com
vazões superiores a 200m
3
/h em alguns poços tubulares, com valores médios em torno de
40 m
3
/h, e transmissividades médias em torno de 100 m
2
/dia. A outra unidade na região
entre Taubaté e Pindamonhangaba, no centro da bacia, está associada ao ambiente lacustre,
apresentando valores menores de vazão, da ordem de 20 a 30 m
3
/h, e transmissividades
variando de 10 a 50 m
2
/dia.
Segundo o DAEE a espessura do aqüífero está entre 200 e 500 metros no eixo da
bacia, a partir deste ponto, o aqüífero ganha um afinamento para as margens e para noroeste
ganhando também nova característica, as camadas arenosas desaparecem em contato com
os argilitos e folhelhos da região de Taubaté e Pindamonhangaba.
Esta região dispõe de muitos poços bem localizados, perfurados e construídos com
profundidades em torno de 150 a 200 m e com vazões comparativamente altas, podendo
chegar a mais de 100 m³/h. Podemos citar os poços do projeto DAEE perfurados em São
José dos Campos, que podem chegar a 250 m³/h. se alterado em seu diâmetro pode-se
chegar a vazões maiores.
Na região de Lorena e Guaratinguetá, o aqüífero pode chegar a espessuras de até
350 metros a noroeste, no eixo da bacia. A espessura diminui para as margens da bacia o
aqüífero a sudoeste está em contato com as camadas impermeáveis da fácies lacustre de
Pindamonhangaba e Taubaté.
O aqüífero na região de Lorena é de permeabilidade relativamente alta e já é
explorado por numerosos poços de alta vazão. Em um poço experimental o DAEE mediu
vazão de 220 m³/h podendo atingir 250 m³/h. O aqüífero se afina e suas características
sofrem alterações à medida que se aproxima da região de Guaratinguetá e Aparecida.
A região de Pindamonhangaba–Taubaté possui poços que exploram lentes de areia
dentro do pacote sedimentar, apesar do subsolo tipicamente argiloso da região. As vazões
obtidas são pequenas, em alguns poços alcançam até 10 metros cúbicos por hora, em outros
até 20 a 30m³/h.
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67
A tabela (4.18) apresenta as vazões relativas aos poços cujos dados geoquímicos
foram utilizados neste trabalho.
Tabela (4.18) – Dados de vazão.
N° poço Município
Longitude
(°)
Latitude
(°)
Vazão
(m
3
/h)
25 Jacareí -45,99 -23,35 15,12
14 Jacareí -45,98 -23,29 72
15 Jacareí -45,98 -23,29 30,04
16 Jacareí -45,98 -23,29
12 Jacareí -45,98 -23,28 33
11 Jacareí -45,98 -23,27
9 Jacareí -45,97 -23,30 13
7 S J Campos -45,92 -23,22 52,8
108 S J Campos -45,90 -23,20 24,1
28 Santa Branca -45,89 -23,38
112 S J Campos -45,89 -23,16 90
61 S J Campos -45,87 -23,25 6
68 S J Campos -45,86 -23,18 52,3
86 S J Campos -45,86 -23,18 36
59 S J Campos -45,84 -23,22 12,5
62 S J Campos -45,78 -23,15 41
9 Caçapava -45,73 -23,19 5
55 Caçapava -45,73 -23,16 6
24 Caçapava -45,70 -23,07 2
26 Caçapava -45,69 -23,13 32
1 Tauba -45,60 -23,04 18,7
10 Tremembé -45,60 -22,94 1,5
6 Tauba -45,59 -23,11
7 Tauba -45,53 -22,86
22 Pindamonhangaba -45,50 -22,87
20 Roseira -45,30 -22,90 6,8
28 Aparecida -45,28 -22,81 10
27 Guaratinguetá -45,24 -22,81 39,4
14 Guaratinguetá -45,17 -22,80 15
29 Guaratinguetá -45,16 -22,79 47
6 Lorena -45,05 -22,71 22
8 Lavrinhas -44,88 -22,53 4,8
1 Silveiras -44,85 -22,66 6
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68
Capítulo 5
Estrutura Termal das Bacias
Neste capítulo utilizaremos uma nova metodologia, Levet et al (2006), para estimar
as temperaturas dos reservatórios geotermais através de termômetro geoquímico. Tais
estimativas serão obtidas a partir dos dados geotérmicos apresentados no capítulo 4, serão
apresentados ainda, os mapas de gradiente e fluxo geotérmico.
5.1. – Estimativas de Temperaturas de Reservatórios Geotermais
Métodos indiretos são geralmente utilizados para obter informações
complementares sobre as temperaturas em profundidades que se encontram fora do alcance
de perfurações. Entre os métodos que permitem estimativas indiretas de temperaturas em
profundidade configuram-se, com destaque, aqueles baseados nas características
geoquímicas de fluidos subterrâneos (Fournier e Truesdell, 1973; Truesdell, 1975; Fournier
e Potter, 1982), denominados “termômetros geoquímicos”. Resultados de estudos
geoquímicos indicam que a dissolução de elementos em fluidos hidrotermais é
determinada, em grande parte, pelas temperaturas vigentes nas camadas subsuperficiais.
Em outras palavras, o conhecimento de teor do elemento dissolvido nos fluidos emergentes
permite a determinação da temperatura do reservatório geotermal em subsuperfície. Neste
trabalho será utilizado na estimativa da temperatura dos aqüíferos o método proposto por
Levet et al. (2006) para sistemas geotermais de baixa entalpia. Os autores propõem uma
solução numérica adaptada a baixas temperaturas (40 a 100 °C) em ambientes evaporito-
carbonato. No método proposto o líquido termal é suposto em equilíbrio com relação ao
anidrito (CaSO
4
) e a calcedônia (SiO
2
), e a temperatura do reservatório estimada a partir
das concentrações de SO
4
e SiO
2
medidas no líquido.
Considerando o caso ideal, isto é, não mistura de SO
4
e SiO
2
no liquido
ascendente, as expressões empíricas para estimativa de temperatura para as concentrações
de SiO
2
e SO
4
são:
(
)
[
]
[
]
0939,507,111105,31
2
2
2
++=°
teoteo
SiOSiOCT , (5.1)
e
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69
(
)
[
]
[
]
45,1303489,71176,0
4
2
4
+=°
teoteo
SOSOCT , (5.2)
em que [SiO
2
]
teo
e [SO
4
]
teo
são os valores de concentração teóricos.
Os dados medidos diferem bastante das condições ideais, Levet, (op cit) propõem a
utilização dos fatores de correção, α e β, que serão utilizados para corrigir todo o conjunto
de dados de uma região. Os fatores α e β são obtidos pelo ajuste da curva temperatura-
concentração para a condição ideal, comparada com dados de campo. As tabelas (5.1) e
(5.2) e as figuras (5.1) e (5.2) foram utilizadas na obtenção de α e β para a região do rift
Paraíba do Sul. Numericamente, isto consiste em substituir as concentrações de [SiO
2
]
teo
e
[SO
4
]
teo
nas equações (5.1) e (5.2) por 1/α[SiO
2
]
medido
e 1/β[SO
4
]
medido
, obtendo:
( )
0939,5
1
07,111
1
105,31
2
2
2
+
+
=°
medidomedido
SiOSiOCT
αα
, (5.3)
e
( )
45,130
1
3489,7
1
1176,0
4
2
4
+
=°
medidomedido
SOSOCT
ββ
. (5.4)
A mistura conduz a estimativas errôneas de temperatura, superestimando os valores
para concentrações de SO
4
e subestimando para as concentrações de SiO
2
. A metodologia
corrige esses erros de estimativa através do cálculo de um fator de diluição (d) para líquidos
misturados. Este parâmetro será calculado a partir das equações (5.5) e (5.6) tendo um valor
para cada fonte hidrotermal:
( )
0939,507,111105,31
2
2
2
+
+
=°
medidomedido
SiO
d
SiO
d
CT
αα
, (5.5)
e
( )
45,1303489,71176,0
4
2
4
+
=°
medidomedido
SO
d
SO
d
CT
ββ
. (5.6)
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70
Tabela (5.1) - Determinação de alfa para a bacia de Taubaté
Teórica Medida Ajuste de alfa
SiO2
Eq 5.1 campo Eq 5.3
0,00 5,1 5,1
0,39 43,9 49,4 49,4
0,5 52,9 59,4
1,00 85,1 92,4
1,50 101,7 104,2
2,00 102,8 94,8
2,50 88,4 64,2
Alfa 0,856
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
0,00 1,00 2,00 3,00
Concentração de SiO2
Temperatura (ºC)
Curva Teórica
Dado de campo
Parâmetro de ajuste
(alfa)
Figura (5.1) – Curvas para determinação do fator de correção (α).
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71
Tabela (5.2) - Determinação de beta para a bacia de Taubaté
Teórica Medida Ajuste de beta
SO4
Eq 5.2 Campo Eq 5.4
0,00 130,5 130,5
5,00 96,6 85,6
10,40 66,7 49,4 49,6
16,00 43,0 25,9
23,00 23,6 15,6
29,00 16,2 24,1
35,00 17,3 48,4
Beta 0,73
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00
Concentração de SO4
Temperatura (ºC)
Curva teórica
Dado de campo
Parâmetro de ajuste
(beta)
Figura 5.2 – Curvas para determinação do fator de correção (β).
Os fatores de correção α e β juntamente com o fator de diluição d (parâmetro que
corrige a mistura do líquido ascendente com líquidos mais superficiais), são necessários
para estimarmos a temperatura pelo método geoquímico utilizado por Levet (op. cit.).
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72
O parâmetro d e a temperatura foram calculados com a utilização da rotina Fortran
denominada “Paramd” que se encontra no apêndice E. Estes valores calculados com base
nos dados químicos apresentados nas Tabelas (4.16) e (4.17), encontram-se na tabela (5.3).
Tabela (5.3) - Temperaturas estimadas dos aqüíferos da bacia de Taubaté.
Coordenadas Valores (mmol/kg)
Temperatura
(ºC)
Município
poço Long (°)
Lat (°)
Teor de
SiO2
Teor de
SO4
d
SiO2 SO4
Jacareí 25 -45,99 -23,35 0,4500 52,0833 0,3256 23,2 23,2
Jacareí (Sta. Isabel) 14 -45,98 -23,29 0,6500 10,4167 0,8065 61,4 61,5
Jacareí 15 -45,98 -23,29 1,0000 41,6667 0,2963 39,8 39,8
Jacareí 16 -45,98 -23,29 1,0500 62,5000 0,2226 33,1 33,1
Jacareí 12 -45,98 -23,28 0,5500 31,2500 0,4386 33,9 33,9
Jacareí (Sta. Isabel) 11 -45,98 -23,27 0,4000 10,4167 0,9930 49,9 49,9
Jacareí (Sta. Isabel) 9 -45,97 -23,30 0,4833 20,8333 0,5996 39,1 39,1
S J Campos 7 -45,92 -23,22 0,3833 10,4167 1,0100 49,0 49,0
S J Campos 108 -45,90 -23,20 0,3833 10,4167 1,0100 49,0 49,0
Santa Branca 28 -45,89 -23,38 0,3833 20,8333 0,6485 34,7 34,7
S J Campos 112 -45,89 -23,16 0,4500 20,8333 0,6146 37,7 37,7
S J Campos 61 -45,87 -23,25 0,2233 10,4167 1,2325 37,6 37,6
S J Campos 68 -45,86 -23,18 0,2633 10,4167 1,1635 40,9 40,9
S J Campos 86 -45,86 -23,18 0,3167 31,2500 0,5185 25,3 25,3
S J Campos 59 -45,84 -23,22 0,4833 10,4167 0,9186 54,3 54,3
S J Campos 62 -45,78 -23,15 0,2917 10,4167 1,1210 43,0 43,0
Caçapava 9 -45,73 -23,19 0,9250 31,2500 0,3661 44,2 44,2
Caçapava 55 -45,73 -23,16 0,2500 20,8333 0,7408 27,7 27,6
Caçapava 24 -45,70 -23,07 0,9250 62,5000 0,2317 31,0 30,9
Caçapava 26 -45,69 -23,13 0,7500 20,8333 0,5094 48,5 48,5
Taubaté 1 -45,60 -23,04 0,3917 10,4167 1,0015 49,5 49,4
Tremem 10 -45,60 -22,94 1,2500 41,6667 0,2732 44,5 44,4
Taubaté 6 -45,59 -23,11 0,2750 10,4167 1,1455 41,8 41,7
Taubaté 7 -45,53 -22,86 0,4333 10,4167 0,9614 51,8 51,8
Pindamonhangaba 22 -45,50 -22,87 0,6167 10,4167 0,8260 60,2 60,2
Roseira 20 -45,30 -22,90 0,3917 20,8333 0,6440 35,1 35,1
Aparecida 28 -45,28 -22,81 0,6000 10,4167 0,8363 59,5 59,5
Guaratinguetá 27 -45,24 -22,81 1,0333 20,8333 0,4464 55,9 55,9
Guaratinguetá 14 -45,17 -22,80 0,9500 41,6667 0,3016 38,8 38,8
Guaratinguetá 29 -45,16 -22,79 0,4167 20,8333 0,6310 36,3 36,2
Lorena 6 -45,05 -22,71 0,7250 20,8333 0,5162 47,7 47,7
Lavrinhas (Cruzeiro) 8 -44,88 -22,53 0,6833 41,6667 0,3365 32,7 32,7
Silveiras (Cruzeiro) 1 -44,85 -22,66 0,3833 31,2500 0,4905 28,0 28,0
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Além dos resultados de gradiente e de fluxo térmico obtidos a partir dos dados
térmicos, foram utilizados dados de temperatura obtidos a partir da termometria
geoquímica, conforme consta no apêndice D.
5.2 – Variações Regionais no Gradiente e no Fluxo Geotérmico
A elaboração de mapas em escalas apropriadas é a forma mais indicada para
visualizar e examinar as variações regionais, tais mapas são gerados por softwares. A
maioria dos softwares gráficos gera mapas com base em valores interpolados em uma
malha de pontos equi-espaçados e projetados sobre a área selecionada, permitindo ainda,
que o usuário escolha o método de interpolação, do espaçamento nodal e do tipo de
suavização.
Com base nos resultados obtidos foram elaborados mapas de gradiente e de fluxo
geotérmico utilizando métodos de interpolação e suavização. Este mapeamento foi efetuado
a partir dos valores de gradiente e fluxo geotérmicos apresentados no capítulo 4, a partir
desses valores foi possível com o uso do software Surfer 8, elaborar os mapas geotérmicos
que permitiram a análise visual da distribuição geotermal das bacias.
5.2.1 – Bacia de São Paulo
Na bacia de São Paulo, os valores de gradiente estão na faixa de 18 a 28°C/km na
maior parte da bacia, tendo valores mais elevados na porção sudeste da bacia como pode
ser observado na figura (5.3), atingindo valores da ordem de 30°C/km.
Na figura (5.4), o fluxo da Bacia de São Paulo, revela valores elevados na porção
sudeste, na faixa de 70mW/m
2
, e na maior parte da bacia o fluxo fica na faixa de 47 a
65mW/m
2
.
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74
Figura (5.3) - Gradiente geotérmico da bacia de São Paulo.
Figura (5.4) - Fluxo geotérmico da bacia de São Paulo
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75
5.2.2 – Bacia de Taubaté
Nas figuras (5.5 e 5.6) observamos uma anomalia térmica, gradiente de 52ºC / km,
na parte central da bacia que aponta para a possível existência de recursos de água termais
na porção basal desta bacia, em profundidades maiores que 400 metros, o que é confirmado
pela ocorrência de águas termais no município (Onsen Termas).
Figura (5.5) – Gradiente Geotérmico da Bacia de Taubaté
Figura (5.6) – Fluxo Geotérmico da Bacia de Taubaté
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76
5.2.3 – Bacia de Resende
Os valores de gradiente da bacia de Resende estão na faixa de 12 a 36 °C/km, a
figura (5.7) nos mostra valores elevados na porção central mais ao sul da bacia.
Figura (5.7) - Gradiente geotérmico da bacia de Resende.
Figura (5.8) - Fluxo geotérmico da bacia de Resende.
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Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
77
5.2.4 Bacia de Volta Redonda
Figura (5.9) - Gradiente geotérmico da bacia de Volta Redonda.
Figura (5.10) - Fluxo geotérmico da bacia de Volta Redonda
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
78
5.2.5 – Rift Paraíba do Sul
-47.0 -46.5 -46.0 -45.5 -45.0 -44.5 -44.0 -43.5 -43.0 -42.5 -42.0
Longitude Oeste (°)
-24.0
-23.5
-23.0
-22.5
-22.0
-21.5
L
a
t
i
t
u
d
e
S
u
l
(
°
)
10
16
22
28
34
40
46
52
58
64
70
°C/km
Figura (5.11) – Gradiente do Rifte Paraíba do Sul
-47.0 -46.5 -46.0 -45.5 -45.0 -44.5 -44.0 -43.5 -43.0 -42.5 -42.0
Longitude Oeste (°)
-24.0
-23.5
-23.0
-22.5
-22.0
-21.5
L
a
t
i
t
u
d
e
S
u
l
(
°
)
15
25
35
45
55
65
75
85
95
105
115
mW/m²
Figura (5.12) – Fluxo do Rifte Paraíba do Sul
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79
5.3 – Estrutura Termal da Crosta na Região das Bacias Tafrogênicas
Estudos recentes revelam que a avaliação das temperaturas atuais na crosta da
região das bacias tafrogênicas fundamenta-se na suposição de que a condução é o modo
principal de transferência de calor, visto que a curvatura de superfície da terra é
desconsiderada e o fluxo de calor é unidimensional. Sendo assim, o conhecimento da
estrutura crustal somado a distribuição vertical de condutividade térmica e de calor
radiogênico permite determinar temperaturas crustais.
Em algumas áreas, tais como; as bacias sedimentares e zonas de fraturas intensas
parte do calor é transportado por convecção, porém, este tipo de transferência de calor é
infinitamente inferior ao anteriormente citado, pois, as variações laterais são muito menores
que as variações verticais.
Esta área se caracteriza pela estabilidade tectônica que é indicativo de regime
térmico estacionário.
Apresenta-se na figura (5.13) distribuição de temperaturas estimadas, com base nos
modelos 1, 2 e 3, para a área do Rifte Paraíba do Sul. As temperaturas calculadas indicam
valores na faixa de 32 a 92
0
C em profundidade de 1 km.
No apêndice F encontram-se as figuras representativas das temperaturas para as
profundidades de 2, 3, 4, 5, 10, 15, 20, 25, 30 e 35 km.
-47.0 -46.2 -45.4 -44.6 -43.8 -43.0 -42.2
Longitude Oeste (°)
-24.0
-23.5
-23.0
-22.5
-22.0
-21.5
L
a
t
i
t
u
d
e
S
u
l
(
°
)
24
28
32
36
40
44
48
52
°C
Temperatura na
Profundidade de 1 km
Figura (5.13) - Distribuição de temperaturas para a área do Rifte Paraíba do Sul. Em
profundidade de 1 km.
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
80
Capítulo 6
Avaliação dos Recursos Geotermais
O enfoque principal deste capítulo é a avaliação de recursos de energia geotérmica
do Rifte do Paraíba do Sul. A avaliação fundamenta-se nos dados geotérmicos apresentados
nos capítulos 4 e 5, e também nas características geológicas e geofísicas regionais
abordadas no capítulo 2. Apresentam-se, inicialmente, descrições resumidas da
terminologia adotada e dos todos utilizados na avaliação de recursos. Em seguida
abordam-se as características do campo térmico da crosta na área de estudo com base nos
dados geotérmicos (fluxo geotérmico, condutividade térmica e calor radiogênico) e nos
modelos de estrutura crustal, este último inferido a partir de dados geofísicos regionais.
Resultados dos cálculos de recurso base geotermal, obtidos pelo método volumétrico
(Muffler e Cataldi, 1978), são apresentados nesta seção. Mapas de recursos geotermais
foram elaborados a fim de avaliar as características da sua distribuição espacial.
6.1 - Manifestações Hidrotermais
De acordo com os resultados das compilações anteriores, (Hurter et al, 1983;
Furumoto, 1990) as manifestações das fontes termais na superfície ocorrem em mais de 400
localidades no país. Na maioria dos casos os fluidos geotermais emergem com temperaturas
acima da temperatura média anual da superfície. Os estudos geoquímicos apontam para a
possibilidade de que pelo menos uma parte desses fluidos se origina de reservatórios
profundos. A maioria das fontes são radioativas e ricas em sais minerais dissolvidos.
Acredita-se que as misturas das águas termais e meteóricas em profundidades rasas são
responsáveis pelo surgimento de um mero significativo de fontes minerais não termais.
Contudo, não foram encontrados até o momento indícios da existência de reservatórios
geotermais de alta entalpia em profundidades rasas, considerados como acessíveis à
perfuração.
A distribuição geográfica das fontes termais indica ocorrências significativas nas
faixas de dobramento metamórfico de idade Proterozóico, nas regiões centro e leste. As
taxas de fluxo de algumas dessas fontes indicam valores elevados de permeabilidade e
porosidade das formações geológicas locais. Por exemplo, no município de Rio Quente, no
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Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
81
estado de Goiás, o fluxo natural das águas termais nas formações quartzíticas é estimado
em cerca de 6000 m
3
/h, com temperaturas variando entre 36 a 42
0
C. Na cidade próxima de
Caldas Novas, também no estado de Goiás, águas termais com temperaturas entre 36 a
60
0
C estão sendo bombeadas em cerca de 90 poços, a uma taxa de extração de 1200m
3
/h.
Neste contexto, também deve ser citada a área de Cachoeira Dourada, na divisa dos estados
de Goiás e Minas Gerais, onde foram encontradas águas salinas com temperaturas de 36 a
40
0
C e o córrego termal com vazão de 14.500 m
3
/h no município de Itajá, na parte sudoeste
do estado de Goiás. Fontes termais com vazões significativas ocorrem também em várias
localidades ao longo da faixa denominada “Faixa Quente do Brasil Central” entre sul de
Goiás e leste do Mato Grosso e que se estende também para a região sul do estado de Minas
Gerais. Nesta faixa são encontradas várias áreas geotermais ao longo de uma linha entre
Cuiabá e Barra do Garças no estado do Mato Grosso. Surgimento de águas termais ocorre
também no nordeste do estado da Bahia (nos municípios de Cipó e Itapicurú) e sudoeste de
Santa Catarina (nos municípios de Chapecó, Gravatal, Imperatriz e Piratuba, entre outros).
De acordo com Hamza e Eston (1983) a energia térmica associada às fontes termais está em
torno de 10
19
J.
Além das fontes termais ocorrem também depósitos gigantescos de águas termais
em algumas das bacias sedimentares. Por exemplo, na bacia do Paraná as perfurações
profundas para exploração de petróleo têm revelado existência de reservatórios de águas
termais em profundidade de um a três km. A área de abrangência desses reservatórios, que
incluem a região oeste do Uruguai e nordeste da Argentina, está estimada em cerca de um
milhão de quilômetros quadrados. Na maioria dos casos os aqüíferos são artesianos, com
temperaturas variando entre 40 a 80
0
C. Testes de bombeamento indicam que é possível
extrair águas termais com taxas de 100 a 400 m
3
/h em poços de diâmetros maiores,
podendo alcançar vazões ainda maiores com perfuração de poços direcionais
subhorizontais. Outros aqüíferos onde ocorrem águas termais incluem Parnaíba no Norte,
Potiguar e Recôncavo no nordeste, e Taubaté no sudeste. Os recursos geotermais das bacias
sedimentares são estimados em 10
21
J (Hamza e Eston, 1983).
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82
6.2 – Utilização de Recursos Geotermais
O Laboratório de Geotermia do Observatório Nacional tem efetuado compilação das
informações sobre sistemas geotermais que estão sendo explorados comercialmente no
país. Esta compilação inclui dados sobre vazão, faixa de temperaturas de utilização e
características químicas dos fluidos termais. Assim, são reunidas em grupos distintos as
informações sobre as fontes termais, baseadas em fatores tais como, perspectivas de uso
direto, proximidade de grandes centros urbanos e condições climáticas locais. Os grupos
formados são designados pelas siglas BRT (Banhos de lazer, Recreação e Turismo), PIC
(Potencial para uso Industrial incluindo calefação de ambientes) e TBM (Terapia, Bebidas e
banhos Medicinais.
As estimativas indicam que a capacidade termal dos sistemas geotermais de grupo
BRT é de aproximadamente 16 MWt e seu uso anual é cerca de 189 TJ. As localidades
dessas fontes termais tornarem-se nas últimas décadas centros de atração turística. As
atividades de explotação comercial dessas pequenas manifestações são efetuadas por
pequenos grupos ou indivíduos, sendo que não atualmente incentivos específicos para
desenvolvimento de recursos geotermais. As estimativas indicam que os locais de
manifestações geotermais são visitados por cerca de 1,5 milhão de turistas por ano. A
demanda crescente de turismo tem motivado atividades econômicas diretas e indiretas em
diversos municípios. A ênfase principal das atividades de desenvolvimento está na
instalação de facilidades que contribuam para ambientes de recreação e lazer. A maioria
dos programas enfatiza como resultado positivo redução de estresse e obesidade.
Sistemas geotermais de grande porte, pertencentes ao grupo PIC, possui capacidade
térmica total de 343 MWt e uso anual de energia de 6291 TJ. Atualmente os recursos
termais nesses locais são utilizados exclusivamente para banhos e recreação, apesar do seu
potencial para uso industrial e de calefação de ambientes. Tentativas de uso industrial m
sido efetuadas apenas em alguns locais. No município de Taubaté (no estado de São Paulo)
as águas termais de 48
0
C provenientes de um poço profundo foram utilizadas nas décadas
de 80 e 90 em processos de tratamento térmico de troncos de madeira (pré-aquecimento em
tanques térmicos) para facilitar operações de tiragem de chapas. Em Cornélio Procópio (no
estado de Paraná), as águas termais de 50
0
C têm sido utilizadas como água pré-aquecida
para caldeiras de vapor, em processos industriais de produção de café solúvel. A
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83
viabilidade econômica de uso de águas termais em processos de lavagem nas indústrias de
curtume foi avaliada por Hamza et al (1990a) num estudo específico na região de
Presidente Prudente (SP). Num trabalho posterior Hamza (1990) avaliou os custos de
utilização de águas termais. De acordo com esses resultados o uso industrial de águas
termais é economicamente viável apenas em empreendimentos de grande porte. A
vantagem para os usuários de pequeno porte torna-se apenas marginal, na estrutura atual de
custos. Informações adicionais são necessárias para avaliar as cadeias de produção e
distribuição das fontes convencionais de energia (elétrica e recursos de hidrocarbonetos).
De acordo com os resultados desses estudos somente empreendimentos de grande
porte conseguem manter vantagens competitivas contra sistemas energéticos convencionais
tais como sistemas elétricos e combustíveis de hidrocarbonetos. Sistemas desta natureza
deverão ter vazões maiores que 100 m
3
/h e intervalo de utilização de temperaturas de 20
0
C.
O tempo de retorno para investimento é estimado em 10 anos, para indústrias localizadas
em distâncias não superiores a quatro quilômetros de distância do poço produtor. Este
período foi considerado como não atrativo na década de 1980, mas torna-se interessante nas
condições atuais de estabilidade econômica e de inflação baixa. O principal obstáculo
continua sendo altos custos na fase inicial de perfuração de poços e implantação de sistema
de distribuição.
As fontes termais pertencentes ao grupo TBM possuem capacidade rmica de 3
MWt e uso anual de energia de 56 TJ. Uso de águas minerais não termais para fins
terapêuticos é bastante ampla. De acordo com estimativas recentes as receitas geradas pelas
indústrias de extração e distribuição de águas minerais é um componente significativo de
economia em diversos municípios.
A capacidade total dos sistemas geotermais é estimada em 362 MWt e uso anual de
energia em 6536 TJ. A grande parte desses recursos é constituída por cerca de uma dúzia de
sistemas. A maioria das áreas geotermais se encontra localizada na região central (nos
estado de Goiás) e no sul (no estado de Santa Catarina). Segundo Hamza (1990) somente
uma pequena parcela dos recursos geotermais (estimada em 10
22
J) está sendo utilizada. O
potencial para explotação para fins industriais e para calefação é significativo nas regiões
sul e sudeste.
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84
6.3 – Terminologia de Recursos
Os Recursos geotermais consistem fundamentalmente de energia termal, então a sua
avaliação é a estimativa dessa energia na subsuperfície de uma região de interesse
econômico, tendo como referência à diferença entre temperatura média anual da superfície
do local e a temperatura do reservatório geotermal em profundidade. A avaliação de
recursos geotermais também poderá incluir estimativas da quantidade de produtos tais
como metais ou sais dissolvidos em fluidos geotermais. Contudo, a terminologia deve ser
coerente e compatível com aquelas usadas para recursos minerais, tais como as de petróleo,
urânio e carvão e outras fontes de energia (Netschert, 1958, Schurr e Netschert, 1960).
As avaliações de recursos são freqüentemente baseadas num esquema universal
proposto por McKelvey (1968). Este esquema permite representar recursos, reservas, e
termos similares através de diagramas que ilustram as relações entre o grau de viabilidade
econômica e o grau de segurança geológica. A Figura (6.1) ilustra o diagrama de McKelvey
para Recursos Minerais.
IDENTIFICADO NÃO IDENTIFICADO
DEMONSTRADO
RECURSO
MEDIDO
INDICADO
INFERIDO
HIPOTÉTICO
ESPECULATIVO
ECONÔMICO RESERVAS
PARAMARGINAL
SUBECONÔMICO
IMPRODUTIVO
RECURSOS
Figura (6.1) – Diagrama proposto por McKelvey (1968) para Recursos Minerais.
Este diagrama foi adotado pelo Departamento de Mineração (Bureau of Mines) e
pelo serviço geológico (USGS) dos Estados Unidos desde 1976.
De acordo com o esquema de McKelvey o termo recurso base refere-se à soma dos
recursos e reservas existentes em uma região específica, que pode ser depósito mineral,
fonte energética ou material bruto presente numa área geográfica da crosta terrestre, sem
levar em consideração o custo e a tecnologia disponível para a extração. O recurso é
definido como a parte do recurso base, que se torna disponível sob certas condições
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85
tecnológicas e econômicas. O termo reserva é designado para indicar a quantidade
existente em estoque e que são explotáveis com as condições de tecnológicas e econômicas
disponíveis atualmente.
A adaptação do esquema McKelvey para avaliações dos recursos geotermais,
ilustrada na Figura (6.2), leva em consideração as definições propostas por Muffler e
Cataldi, (1978). O diagrama enfatiza que o recurso é somente a parte acessível
(recuperável) do recurso base e classifica as reservas como recursos que hoje são
identificados como econômicos. Como a avaliação de recursos é uma demonstração feita
para um determinado intervalo de tempo usando dados ajustados e suposições de interesses
econômicos e tecnológicos, Muffler e Cataldi, (1978), recomendaram que o termo
“recursos geotermais” ficasse restrito à energia termal em subsuperfície. Assim, torna-se
possível uma avaliação comparativa dos recursos geotermais com os demais recursos
energéticos.
IDENTIFICADO NÃO IDENTIFICADO
DEMONSTRADO
RECURSO
GEOTÉRMICO
MEDIDO INDICADO
INFERIDO HIPOTÉTICO ESPECULATIVO
ECÔNOMICO
RESERVAS
ATUALMENTE
ÚTIL
SUBECÔNOMICO
RECURSOS
ACESSÍVEL
RESIDUAL
ECONÔMICO EM UM TEMPO FUTURO
RECURSO BASE
INACESSÍVEL PROFUNDIDADE INDETERMINADA
Figura (6.2) – Terminologia adotada na classificação de Recursos Geotermais, conforme
esquema de McKelvey (1968).
Assim, o recurso base geotermal (RB) é definido como todo o calor presente na
crosta terrestre de uma área específica havendo um diferencial entre a temperatura do
recurso e a da superfície. O Recurso Geotermal (RG) é a parte desta base, incluindo as
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86
reservas, o qual pode tornar-se viável para exploração sob certas condições tecnológicas e
econômicas. O recurso base acessível (ou recuperável) refere-se á energia termal em
profundidades suficientemente rasas para que possa ser extraída por perfuração. A fração
dessa parcela, que pode ser extraída economicamente em um tempo futuro razoável é
denominada recurso geotermal (ou recurso geotermal útil). Similarmente à explicação
anterior, a parte deste recurso que pode ser extraída hoje a custos competitivos com outras
fontes de energia é identificada como a reserva geotermal. Tratando de jazidas de petróleo
Miller et al. (1975) propõe que o petróleo recuperável pode ser 60% do petróleo
acumulado. Os cálculos de reserva assumidos para o percentual da parte que pode ser
recuperada no local em relação ao recurso é denominado fator de recuperação”. Tal fator
pode ser definido em relação ao recurso ou à reserva, dependendo da nomenclatura
utilizada.
No presente trabalho usa-se o termo recurso base geotermal (RB) significando toda
a energia presente na crosta. O recurso recuperável (RR) é à parte do recurso base, que
pode ser extraída com a tecnologia atual. O recurso útil (RU) é à parte do recurso
recuperável, que ao ser extraída, poderá ser explorada economicamente.
Os principais métodos utilizados para a avaliação de recursos geotermais são
divididos em quatro categorias principais por Muffler e Cataldi (1978), respectivamente,
são: (1) fluxo termal na superfície, (2) fratura planar, (3) calor magmático e (4)
volumétrico.
(1) - O método de fluxo termal na superfície consiste na medida da razão de energia
termal perdida em subsuperfície por condução, fumarolas e descargas de fluidos termais
diretamente em riachos.
(2) - O método de fratura planar (Bodvarsson, 1970, 1972, 1974) envolve um
modelo de energia termal que é extraído de rochas impermeáveis através do fluxo d’água
ao longo de uma fratura planar. Os cálculos baseiam-se na condutividade térmica e
transferência de calor e requer a estimativa da área da fratura, espaço das fraturas,
temperatura inicial da rocha, etc.
(3) - O método de calor magmático envolve o cálculo da energia geotermal
remanescente de intrusões ígneas jovens e das rochas adjacentes em função da temperatura,
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87
tamanho, idade e mecanismo de resfriamento. O método mostra-se muito útil na indicação
da ordem de grandeza da energia geotermal esperada em terrenos vulcânicos jovens.
(4) - O método volumétrico envolve o cálculo da energia termal contida num dado
volume de rocha e água e a estimativa depende de alguns fatores da recuperação de energia.
A energia termal no solo é calculada pelo produto envolvendo o volume do reservatório
geotermal, a temperatura e o calor específico da rocha e da água. Os cálculos de
recuperação de energia termal são complexos e requerem o conhecimento das propriedades
do reservatório. Em muitos casos, utiliza-se um valor aproximado para o fator de
recuperação. O recurso baseia-se nas estimativas sobre a distribuição de temperatura na
crosta. A temperatura em subsuperfície aumenta com a profundidade (excetuando, em
geral, as “primeiras dezenas” de metros, dada a variação clitico-sazonal), dependendo do
fluxo térmico basal, das propriedades térmicas do meio, do calor radiogênico e das
características geológicas das formações crustais. Apresentam-se, portanto, as inferências
sobre as temperaturas da crosta na região de estudo e em seguida os resultados das
estimativas de recursos.
6.4 – Método Volumétrico na Avaliação de Recursos Geotermais
Um dos procedimentos de ampla utilização nas avaliações de recursos geotermais é
o método volumétrico, devido a sua facilidade na implementação de cálculos, sendo
adotado também no presente trabalho. Neste método no cálculo do Recurso Base (Q)
utiliza-se a seguinte relação:
)(
0
TTdAcQ
pRB
=
ρ
, (6.1)
onde
ρ
é a densidade média da crosta superior, c
p
o calor específico, A a área, T a
temperatura na profundidade Z e T
0
a temperatura anual média da região. Como a
temperatura varia com a profundidade é necessário integrar a equação (6.1) para cálculo do
recurso base:
[ ]
dzTzTdAcQ
d
PRB
=
0
0
)(
ρ
. (6.2)
No caso de regime térmico estacionário e de produção de calor constante o excesso de
temperatura (T = T – T
0
) pode ser estimado usando a seguinte relação:
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88
=
=
+=
dz
z
dzz
k
A
z
k
Q
TddTzTd
0
2
00
0
2
)(
, (6.3)
em que q
0
é a densidade de fluxo de calor, k a condutividade térmica e A
0
taxa de produção
de calor. Desta forma o recurso total associado ao excesso (ou diferencial) de temperatura
(T) é dado pela seguinte relação:
=
k
zA
k
zq
ZAcQ
p
62
3
0
2
0
ρ
. (6.4)
O uso da equação acima implica no conhecimento das temperaturas crustais que,
por sua vez, dependem da distribuição vertical do fluxo térmico na crosta. Desta forma, o
primeiro passo para avaliação dos recursos é determinar o campo térmico crustal sob a área
do estudo.
6.5 –Temperaturas Crustais
Uma das características marcantes da área de estudo é a estabilidade tectônica, (a
área é predominantemente pré-cambriana), indicando que o regime térmico atual é
estacionário. Assim, as informações, da estrutura crustal, da distribuição vertical de
condutividade térmica e do calor radiogênico permitem a determinação de temperaturas
crustais. Uma vez que o regime térmico é estacionário, a equação de condução de calor que
descreve a variação de temperatura (T) com a profundidade (z) é dada por:
0=+
A
z
T
λ
z
. (6.5)
diversas soluções analíticas desta equação diferencial dependendo das condições de
contorno adotadas. Na ausência de informações detalhadas convêm supor que a
condutividade térmica é constante. A forma de variação de calor radiogênico é fortemente
influenciada pelas características dos processos geoquímicos (Hamza, 1980). No presente
caso foi adotada uma variação exponencial da produção de calor (A(z)) tipo:
DZ
eAzA
/
0
)(
=
, (6.6)
onde A
0
é a produção de calor na superfície e D é a taxa do seu decréscimo logarítmico.
Neste caso a solução da equação (6.5) é dada por:
[ ]
DZ
e
DA
z
DAq
TzT
/
2
000
0
1)(
+
+=
λ
λ
, (6.7)
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89
em que, T
0
é a temperatura da superfície, λ a condutividade térmica e q
0
o fluxo geotérmico
na camada próxima a superfície. O termo (q
0
–A
0
D) é freqüentemente interpretado como o
fluxo proveniente na base da camada que sofreu a diferenciação geoquímica. O uso da
equação (6.7) exige conhecimento prévio da distribuição vertical da condutividade e do
calor radiogênico na crosta superior. Os resultados das medidas de condutividade térmica
servem como indicadores dos valores médios da camada crustal. No presente estudo,
adotou-se um valor médio de 3,0W/m.K e 2,5W/m.K respectivamente, para as crostas
superior e inferior. Estimativas baseadas em modelos geoquímicos indicam que a variação
vertical de calor radiogênico é pequena em comparação com àquelas observadas em rochas
plutônicas. Ainda, as rochas de alto grau metamórfico são relativamente deficientes em
elementos radioativos. Conseqüentemente, os campos térmicos das áreas de metamorfismo
regional e das raízes cratônicas são determinados em grande parte pela componente
mantélica do fluxo de calor. Adotou-se no presente caso um valor médio de 1 µW/m
3
como
representativo de calor radiogênico das camadas metamórficas. De acordo com Hamza
(1982) o valor de decréscimo logarítmico de produção de calor (D) na área de dobramentos
brasilianos está na faixa de 8 a 14 km. Adotou-se no presente caso um valor médio de 10
km. Estudos sísmicos realizados por França (2003) apontam para uma espessura média
crustal na Bacia do Paraná de 44 Km. Na Faixa Ribeira, foi de 37 km. Próximo ao Cráton
do São Francisco, a espessura média foi de 40 km e na crosta 34 km. Na Faixa Brasília e
adjacências, a crosta é mais heterogênea, com espessura variando de 32 a 42 km.
Assumimos o valor médio de 35 km para a área do Rifte do Paraíba do Sul.
Consta na Tabela (6.1) um exemplo típico de temperaturas crustais calculadas com
base na equação (6.7), para fluxo geotérmico de 51 mW/m
2
. Os resultados indicam valores
de cerca de 180ºC a 10 km de profundidade (profundidade máxima explorável com a
tecnologia atual) e 560ºC a 35 km, que seria a base média da descontinuidade de
Mohorovicic (MOHO) do Rifte do Paraíba do Sul. Ilustra-se na Figura (6.5) a distribuição
vertical de temperaturas crustais deste exemplo. Consta também nesta tabela, o excesso de
temperatura calculada como o diferencial entre a temperatura in-situ e a temperatura da
superfície. O excesso de temperatura é apenas 20
0
C a um quilômetro de profundidade, mas
alcança valores acima de 100
0
C na profundidade de 10 km.
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90
Tabela (6.1) – Valores in-situ e diferencial de temperaturas na crosta.
Temperatura (°C)
Profundidade (km)
In-Situ
Diferencial
Representativo
0 22,00 0
0,5 33,79 5,90
1,0 42,15 10,08
1,5 50,45 14,23
2,0 58,66 18,33
3,0 74,90 26,45
5,0 106,66 42,33
10,0 182,82 80,41
35,0 561,06 269,53
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 100 200 300 400 500 600
Temperatura C)
Profundidade (km)
Temperatura In-Situ Diferencial Representativo
Figura (6.3) – Variação das temperaturas in-situ e de excesso de temperaturas até 35km de
profundidade.
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91
6.6 – Estimativas do Recurso Base Geotermal
De acordo com a prática recomendada por Muffler e Cataldi (1978) adotou-se 10
km como sendo a profundidade de referência para cálculos de recurso base, foram
utilizados ainda, os valores de temperatura média anual da superfície e do fluxo
geotérmico. Os demais parâmetros utilizados na avaliação do recurso base são apresentados
na Tabela (6.2).
Tabela (6.2) – Valores dos parâmetros utilizados nas estimativas de recurso base.
Parâmetros Valor Unidade
Profundidade acessível de recursos geotermais na atualidade
10000 m
Densidade média da crosta superior 2650 kg/m³
Calor específico médio 836 J/kg/°C
Taxa de produção de calor radiogênico 0,000001
W/m³
A distribuição de temperaturas na crosta depende do valor do fluxo geotérmico
local. Portanto, a avaliação do recurso base geotermal, por meio da equação (6.4), depende
da distribuição espacial do fluxo geotérmico. No presente caso, os dados utilizados para
elaboração do mapa de fluxo geotérmico apresentado no capítulo 5 foram também
utilizados na avaliação do recurso base.
6.6.1. Resultados Obtidos
Os cálculos do recurso base foram efetuados para os locais onde foram realizadas
medidas ou estimativas do fluxo geotérmico. Os resultados finais são apresentados na
Tabela (6.3) junto com as estimativas de diferencial de temperaturas. Convém notar que os
valores constantes, na quinta coluna desta tabela, referem-se ao recurso base. Na maioria
dos locais o valor de recurso base se encontra na faixa de 1.6 a 9x10
10
joules. Valores
acima desta faixa são encontrados somente nos locais onde existem fontes termais,
atingindo valores da ordem de 10
11
joules no Rifte do Paraíba do Sul.
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92
Tabela (6.3) – Valores de Recurso Base e Recurso Recuperável nos locais em que foram
realizadas medidas e estimativas de fluxo térmico.
R base R recup
Município Poço
Longitude
)
Latitude
)
J J
CooperativaP01 -44,4500 -22,4600 3,28E+10 1,64E+09
CooperativaP02 -44,4500 -22,4600 2,88E+10 1,44E+09
Resende
DonaMaria -44,4700 -22,4800 3,92E+10 1,96E+09
Itatiaia XeroxP2 -44,5800 -22,5000 2,98E+10 1,49E+09
V.Redonda
Padre Josino -44,1300 -22,5300 3,83E+10 1,91E+09
Caçapava
SC-16-SP -45,7167 -23,1000 9,97E+10 4,99E+09
ZAG-1-SP -45,1667 -22,7817 2,75E+10 1,38E+09
GUA-P97 -45,2500 -22,8410 7,52E+10 3,76E+09
SFG-1-SP -45,1739 -22,8017 2,46E+10 1,23E+09
Gua-teknoAntigo -45,1600 -22,7600 3,31E+10 1,65E+09
GUA-teknoP21 -45,1600 -22,7600 6,71E+10 3,35E+09
Guaratinguetá
BPA-1-SP -45,2233 -22,7964 1,07E+11 5,33E+09
IUJ-1-SP -45,9556 -23,2956 1,25E+11 6,24E+09
IRH-1-SP -45,9758 -23,2814 2,49E+10 1,24E+09
BNJ-1-SP -46,0092 -23,3042 5,30E+10 2,65E+09
Jacareí
ICJ-1-SP -45,9500 -23,2833 4,51E+10 2,26E+09
Piquete
FPS-1-SP -45,1600 -22,6200 1,57E+10 7,84E+08
BSR-1-SP -45,1261 -22,7428 1,96E+11 9,82E+09
BC-II-1-SP -45,0539 -22,7131 5,14E+10 2,57E+09
Lorena
BML-1-SP -45,1097 -22,7692 1,16E+11 5,79E+09
SAB-23-SP -45,7833 -22,9667 3,86E+10 1,93E+09
SJC45-SP -45,7833 -22,9667 1,32E+10 6,62E+08
SJC-22-SP -45,7833 -22,9667 2,80E+10 1,40E+09
SJC38 -45,8358 -23,1803 4,84E+10 2,42E+09
São José dos Campos
SJC69 -45,8700 -23,2200 7,37E+10 3,69E+09
SLP-37-1 Perf1 -45,3090 -23,2170 2,61E+10 1,30E+09
SLP-37-1 Perf2 -45,3090 -23,2170 3,49E+10 1,75E+09
S Luis Paraitinga
SLP-P01 -45,3090 -23,2170 2,66E+10 1,33E+09
Taubaté-P1-O Termas
-45,5555 -23,0250 5,42E+11 2,71E+10
Ciro -45,5500 -23,0400 3,01E+11 1,50E+10
Ford -45,5300 -23,0100 3,01E+11 1,50E+10
Taubaté
Água Quente -45,5000 -23,0000 3,01E+11 1,50E+10
Água Preta -45,4200 -22,9100 3,01E+11 1,50E+10
Pindamonhongaba
Santa Helena -45,4900 -22,8900 3,01E+11 1,50E+10
Jundiaí
JUN-P01 -46,8667 -23,1667 6,84E+10 3,42E+09
Sta. Izabel
STI-P50 -46,2394 -23,1475 3,48E+10 1,74E+09
SP-P01 -46,6167 -23,6500 1,10E+11 5,52E+09
SP-P02 -46,6700 -23,5300 1,22E+11 6,09E+09
São Paulo
SP-HU-1 -46,7400 -23,5700 7,74E+10 3,87E+09
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93
Continuação da Tabela (6.3).
R base R recup
Município Poço
Longitude
)
Latitude
)
J J
Jacareí 25 -45,9944 -23,3468 1,09E+10 5,45E+08
Jacarei (S Isabel) 14 -45,9812 -23,2869 9,93E+10 4,97E+09
Jacareí 15 -45,9827 -23,2918 7,71E+10 3,85E+09
Jacareí 16 -45,9812 -23,2900 5,60E+10 2,80E+09
Jacareí 12 -45,9768 -23,2819 6,24E+10 3,12E+09
Jacarei (S Isabel) 11 -45,9752 -23,2725 4,99E+10 2,49E+09
Jacarei (S Isabel) 9 -45,9715 -23,2964 1,47E+11 7,35E+09
S J Campos 7 -45,9192 -23,2204 1,95E+11 9,77E+09
S J Campos 108 -45,8985 -23,2016 1,83E+11 9,14E+09
Santa Branca 28 -45,8889 -23,3755 1,35E+11 6,77E+09
S J Campos 112 -45,8914 -23,1610 1,11E+11 5,54E+09
S J Campos 61 -45,8714 -23,2469 1,08E+11 5,39E+09
S J Campos 68 -45,8564 -23,1815 1,54E+11 7,71E+09
S J Campos 86 -45,8637 -23,1819 3,04E+10 1,52E+09
S J Campos 59 -45,8366 -23,2168 1,61E+11 8,03E+09
S J Campos 62 -45,7795 -23,1480 1,28E+11 6,39E+09
Caçapava 9 -45,7304 -23,1875 3,47E+10 1,73E+09
Caçapava 55 -45,7341 -23,1563 2,11E+10 1,06E+09
Caçapava 24 -45,7019 -23,0671 1,08E+10 5,40E+08
Caçapava 26 -45,6920 -23,1276 9,62E+10 4,81E+09
Taubaté 1 -45,5973 -23,0449 5,10E+11 2,55E+10
Tremembé 10 -45,5959 -22,9401 8,54E+10 4,27E+09
Taubaté 6 -45,5908 -23,1104 6,46E+10 3,23E+09
Taubaté 7 -45,5273 -22,8636 1,62E+11 8,12E+09
Pindamonhongaba 22 -45,4962 -22,8718 9,75E+10 4,87E+09
Roseira (Pinda 20 -45,3027 -22,8981 7,90E+10 3,95E+09
Aparecida 28 -45,2762 -22,8096 9,95E+10 4,98E+09
Guaratinguetá 27 -45,2412 -22,8096 2,26E+11 1,13E+10
Guaratinguetá 14 -45,1686 -22,7953 1,12E+11 5,60E+09
Guará 29 -45,1569 -22,7885 1,18E+11 5,91E+09
Lorena 6 -45,0540 -22,7113 1,73E+11 8,67E+09
Lavrinhas (Cruz) 8 -44,8784 -22,5311 5,70E+10 2,85E+09
Silveiras (Cruz) 1 -44,8511 -22,6634 3,54E+10 1,77E+09
Cambuci
Monte Verde -41,9197 -21,4664 4,21E+10 2,11E+09
Itaocara
Cel. Teixeira -41,9667 -21,7133 2,90E+10 1,45E+09
Miguel Pereira
Centro -43,4667 -22,4667 2,38E+10 1,19E+09
Miracema Centro -42,2000 -21,4167 3,13E+10 1,56E+09
Paraíba do Sul Salutaris -43,2833 -22,1500 5,42E+10 2,71E+09
Sapucaia
Aparecida -42,7950 -22,0322 1,56E+10 7,82E+08
Sapucaia
Jamapara -42,7106 -21,8947 3,12E+10 1,56E+09
S. A.
Pádua
Iodetada -42,1833 -21,5333 4,59E+10 2,30E+09
S.Seb.do Alto
V.Barro-Centro -42,0994 -21,8231 3,96E+10 1,98E+09
Teresópolis FVM -42,7525 -22,1786 5,65E+10 2,82E+09
Vassouras
Massambará -43,5333 -22,3500 2,25E+10 1,12E+09
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94
6.6.2. – Distribuição Regional do Recurso Base
A fim de avaliar a distribuição espacial dos recursos geotermais e identificar zonas
de interesse para exploração geotérmica foram elaborados mapas de recurso em escala
regional. Apresenta-se na Figura (6.4) o mapa do recurso base do Rifte do Paraíba do Sul.
Nota-se que os contornos foram traçados na escala de 10
10
a 10
11
joules. Referindo-se a este
mapa observa-se que a maior parte do Rifte é caracterizada por recurso base na faixa de 1 a
4x10
10
Joules.
-47.0 -46.2 -45.4 -44.6 -43.8 -43.0 -42.2
Longitude Oeste (°)
-24.0
-23.5
-23.0
-22.5
-22.0
-21.5
L
a
t
i
t
u
d
e
S
u
l
(
°
)
4.0E+010
7.0E+010
1.0E+011
1.3E+011
1.6E+011
1.9E+011
2.2E+011
2.5E+011
2.8E+011
J
Figura (6.4) - Mapa do recurso base geotermal do Rifte do Paraíba do Sul.
Valores acima de 2,5x10
11
J são indicativos de locais com fontes termais. O mapa
também revela que a região de interesse para exploração de energia geotérmica se encontra
na área central da Bacia de Taubaté. Contudo, é importante ressaltar que esse resultado é
baseado na suposição de que os dados de termometria geoquímica são representativos das
condições térmicas em subsuperfície.
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95
6.6.3 – Estimativas do Recurso Recuperável
A parcela do recurso base que pode ser extraída por meios tecnológicos atuais é
definida como recurso recuperável. A extração de calor geotérmico é geralmente efetuada
por meio da circulação dos fluidos subterrâneos. Conseqüentemente, a fração recuperável
está intimamente relacionada com as características de porosidade e permeabilidade do
meio. Geralmente, a ausência de dados hidrogeológicos apropriados dificultam a
determinação da distribuição vertical desses parâmetros.
Apresenta-se na Figura (6.5) o mapa do recurso recuperável do Rifte do Paraíba do
Sul. Nota-se que os contornos foram traçados na escala de 10
8
a 10
10
joules e que a maior
parte do Rifte é caracterizada por recurso recuperável na faixa de 3x10
9
Joules.
-47.0 -46.2 -45.4 -44.6 -43.8 -43.0 -42.2
Longitude Oeste (°)
-24.0
-23.5
-23.0
-22.5
-22.0
-21.5
L
a
t
i
t
u
d
e
S
u
l
(
°
)
2.5E+009
4.5E+009
6.5E+009
8.5E+009
1.1E+010
1.3E+010
1.5E+010
1.7E+010
1.9E+010
2.1E+010
2.3E+010
J
Figura (6.5) - Mapa do recurso recuperável do Rifte do Paraíba do Sul.
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96
Capítulo 7
Conclusões
Os resultados apresentados nesta dissertação representam a primeira avaliação
quantitativa da estrutura e dos recursos geotermais do Rifte do Paraíba do Sul. Estes
resultados foram obtidos a partir de levantamentos de diversos dados geotérmicos, a
maioria deles de caráter pioneiro, na área de estudo. Foram efetuadas perfilagens de poços
profundos, determinações de gradientes térmicos, medidas experimentais de propriedades
térmicas das formações geológicas locais, mapeamento do fluxo geotérmico e o cálculo de
recursos geotermais. Também foram reunidos dados geológicos e geofísicos regionais, que
serviram de base para as propostas apresentadas neste e trabalho.
7.1 - Desenvolvimento dos Trabalhos
Considerando o escopo do trabalho, cujo foco principal é a avaliação da estrutura
termal, buscou-se fazer uma compilação dos assuntos relevantes à compreensão do regime
térmico da crosta terrestre sob a área de estudo. Desta forma, apresentou-se no capítulo
inicial uma breve introdução sobre a energia geotérmica com destaque para a sua utilização
no cenário mundial.
Abordou-se, no capítulo 2, a geologia e a geofísica regional do Rifte do Paraíba do
Sul. As informações coletadas foram utilizadas no planejamento dos trabalhos de campo e
na identificação de pesquisas complementares que foram realizadas nas etapas seguintes do
projeto. Com base em dados de levantamentos geofísicos e geológicos disponíveis,
elaborou-se uma síntese do contexto tectônico das áreas em que ocorrem as manifestações
geotermais. Nesta linha, executou-se uma compilação sistemática de dados e informações
complementares. Por exemplo, os dados sísmicos e gravimétricos contribuíram para
caracterização da estrutura da crosta local, principalmente nas regiões pré-cambrianas do
Rifte. Os diferentes valores de temperatura na superfície indicam que a região apresenta um
clima influenciado pela altitude, caracterizado por média amplitude térmica. Em média, ao
longo dos anos as temperaturas mínimas são de 5ºC, enquanto as máximas chegam a 30ºC.
Tipicamente o clima da região é tropical e na classificação mais específica encontram-se
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97
três tipos de clima, a saber: Cwa (com temperaturas moderadas, verões quentes e chuvosos)
se estende por grande parte de São Paulo, exceto o oeste, todo o centro sul de Minas Gerais
e a parte serrana ocidental do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, Cwb (inverno frio e verão
brando) compreendendo apenas as partes mais altas da serra da Mantiqueira no nordeste
paulista e sudeste mineiro e o Aw (temperaturas elevadas, chuva no verão e seca no
inverno) se encontra no oeste paulista, oeste mineiro e com exceção das áreas serranas, todo
o Rio de Janeiro e do Espírito Santo. As informações sobre as variações climáticas foram
utilizadas na determinação de energia térmica efetivamente útil para avaliação de recursos.
Da mesma forma a análise dos dados de altimetria permitiu a identificação de prováveis
zonas de recarga e descarga de aqüíferos geotermais.
A aquisição de dados geotérmicos na área de estudo foi o enfoque principal do
capítulo 4. Neste contexto, houve também uma breve descrição sobre os aspectos das
medidas obtidas em laboratório e nas operações de campo. Passamos em seguida a uma
exposição dos principais métodos de coleta de dados de temperatura dos poços,
determinação de gradiente e medidas das propriedades térmicas, em seguida uma síntese
sobre condutividade térmica, gradiente térmico, calor radiogênico e fontes termais. Um
breve aspecto concernente às fontes minerais, as características hidroquímicas e
informações compiladas, também estiveram na pauta deste capítulo.
Trata-se no capítulo 5 das questões relacionadas com a análise dos dados coletados.
Isso incluiu procedimentos adotados para as determinações de gradiente e de fluxo
geotérmico e mapeamento desses parâmetros em escala regional. Como resultado dessas
análises, foi possível a determinação de gradiente e fluxo geotérmico em 83 locais,
distribuídos num total de 32 municípios. A análise também se estendeu para elaboração dos
mapas geotermais em escala regional e sua correlação com os dados de calor radiogênico.
A avaliação dos recursos geotermais é tema principal do capítulo 6, o qual se iniciou
com uma abordagem geral da terminologia utilizada na avaliação de recursos geotermais.
Em seguida foi tratada a questão do campo térmico da crosta local, que tem como objetivo
a determinação das temperaturas na crosta. Os dados perfilados de 24 municípios em
conjunto com dados geoquímicos obtidos em 13 municípios conduziram a avaliação do
campo térmico das camadas crustais. Utilizou-se o método volumétrico para a avaliação do
recurso base geotermal.
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98
Os dados utilizados indicam que apenas uma parte, relativamente pequena (cerca de
cinco por cento), desse total pode ser considerada como “recuperável”. A avaliação desta
fração foi efetuada com base em dados de perfilagem (Laboratório de Geotermia do
Observatório Nacional) e hidroquímicos (Relatório de Estudo de Águas Subterrâneas de
1977 do DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo).
7.2 - Resultados Alcançados
Quanto aos resultados obtidos deve-se destacar que os trabalhos realizados neste
projeto contribuíram para realização das medidas pioneiras de fluxo geotérmico no Rifte
Paraíba do Sul. A densidade dos dados utilizada neste trabalho foi obtida, em média, a cada
400 km
2
. Significativamente superior à média nacional que é de uma medida a cada
20000km
2
. O valor médio do fluxo geotérmico alcançado pelos métodos convencionais é
de 62 mW/m
2
mas, a inclusão de dados obtidos por métodos de termometria geoquímica
eleva este valor para 74 mW/m
2
.
A ausência de poços profundos para aquisição de dados inviabilizou uma avaliação
segura do significado dos altos valores de fluxo geotérmico obtidos pelo método
geoquímico.
A avaliação de recursos efetuada com base no método volumétrico indica que o
recurso base geotermal do Rifte do Paraíba do Sul em profundidades de até dez quilômetros
é em média de 2,4 x 10
10
J, estes valores aumentam uma ordem de grandeza nos locais em
que indício de fonte termal. A distribuição espacial dos recursos geotermais indica
feições semelhantes às que foram observadas nos mapas de gradiente geotérmico. Supondo
que os dados de termometria geoquímica sejam representativos das condições térmicas em
subsuperfície, verificamos que a maior concentração de recursos geotermais localiza-se na
área central da bacia de Taubaté, no município homônimo e áreas adjacentes.
Os perfis gravimétricos das figuras 2.11, 2.12, 2.13 e 2.14 e os altos estruturais de
Caçapava e Capela N. Sra. do Socorro mostrados no mapa estrutural sísmico da figura 2.15,
delimitam a porção central da Bacia de Taubaté. Esta região coincide com a área em que
foram encontrados os valores mais elevados para os recursos geotermais (figuras 6.4 e 6.5).
Possivelmente, a maior incidência de recursos geotermais nesta área deve-se ao
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99
confinamento dos reservatórios pelos altos estruturais e a sua localização entre as zonas de
cisalhamento.
Resultados de análises dos dados indicam que a parcela dos recursos que pode ser
recuperada economicamente por métodos simples de extração direta é inferior a 5% do
recurso base. Essa é uma conseqüência do fato de que os locais com potencial geotérmico
se encontram localizados em áreas de rochas metamórficas de baixa porosidade e
permeabilidade. Por outro lado, a parcela que pode ser recuperada por todos conhecidos
como, sistemas geotermais ativados (Engineered Geothermal Systems), pode alcançar
valores superiores a 20% do recurso base.
7.3 - Relevância dos Processos Tectonotermais para a ocorrência dos Recursos
Devido às características distintas dos locais geotermais sob a área de investigação
propusemos um estudo de modelagem geotérmica em paralelo às investigações
experimentais. O objetivo principal é a avaliação dos processos tectonotermais que podem
ter contribuído para a formação das características regionais identificadas nos mapas de
fluxo geotérmico e de recursos geotermais. Neste contexto, foram considerados dois
mecanismos:
1- Mudanças sistemáticas na condutividade térmica da crosta;
2- Calor remanescente na crosta devido à passagem de plumas mantélicas.
O efeito do contraste na condutividade térmica geralmente induz refração de calor
em escalas locais, que pode ser detectado como variação de fluxo térmico nas bordas do
corpo em questão. Em escalas maiores, os baixos valores de condutividade térmica
contribuem para elevação de gradiente térmico no interior do corpo. Altos valores de
gradientes térmicos induzem movimentos convectivos, contribuindo desta forma para o
surgimento de fontes termais. Na realidade, este processo é um mecanismo natural que
atenua os efeitos das anomalias térmicas. Em outras palavras, a baixa condutividade
térmica propicia ocorrências de fontes termais. A fim de verificar a possível relevância
deste mecanismo foram elaborados mapas de propriedades térmicas da área de estudo.
Na investigação do segundo mecanismo utilizou-se o modelo simples de anomalias
térmicas geradas por um ponto quente em movimento. O modelo baseia-se numa solução
analítica na qual são impostas as seguintes condições:
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Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
100
1- A velocidade relativa do movimento é constante;
2- A condução de calor ocorre em regime térmico estacionário;
3- As propriedades térmicas são constantes.
7.4 – Perspectivas para Exploração dos Recursos Geotermais
Os resultados obtidos neste trabalho indicam que os recursos geotermais com
contraste de temperaturas maiores que 30
0
C ocorrem, na grande parte da área de estudo, em
profundidades maiores que 3000 metros, que é geralmente considerada como limite
econômico para a extração de recursos geotermais para as condições tecnológicas de
exploração atuais. A recente técnica de sistemas geotermais ativados (“Engineered
Geothermal Systems”) é indicada para a extração de recursos deste tipo.
Em grande parte do Rifte Paraíba do Sul o diferencial de temperatura é maior em
profundidades além de 3000 metros. Contudo, nessas profundidades, a fração recuperável
se torna menor que 5%. Essas limitações devem ser levadas em consideração no futuro
quanto ao planejamento de exploração de recursos geotermais no Rifte.
7.5 – Incidência de Hidrotermalismo na Região
A existência de fontes hidrotermais foi identificada em quatro localidades no
município de Taubaté e em duas outras localidades no município de Pindamonhangaba,
ambas situadas na bacia de Taubaté. A ocorrência mais antiga está localizada na área
urbana de Taubaté no bairro de Água Quente. No local conhecido como Onsen Termas as
águas termais são extraídas desde a década de 1980, por bombeamento de um poço tubular.
De acordo com as informações disponíveis o poço interceptou um aqüífero termal no
intervalo de profundidades de 450 490 metros. As medições de temperatura da água
bombeada (utilizando um termômetro infravermelho) indicaram temperatura de 49
o
C.
Águas termais também foram encontradas em novos poços tubulares perfurados, pela
iniciativa privada, nos locais próximos de Onsen Termas. De acordo com as informações de
terceiros, manifestações hidrotermais ocorrem também em dois locais próximos, situados
no município vizinho de Pindamonhangaba.
A anomalia térmica observada em poços e fontes na porção central da bacia de
Taubaté, nos locais identificados na figura (7.1), é um indicativo de que a parte central da
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Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
101
Bacia de Taubaté possui potencial para aproveitamento de recursos geotermais Rodrigues
& Hamza (2004).
Figura (7.1) – Localização das fontes geotermais na Bacia de Taubaté.
Nas bacias de Resende e Volta Redonda há registros de ocorrências de águas
minerais, contudo, não há indícios que permitam comprovação da existência de uma origem
termal, nessas águas minerais.
Na Bacia de São Paulo, na área do Parque D. Pedro II, Riccomini et al. (1988)
apontam evidências de hidrotermalismo nos sedimentos da parte central da Bacia de São
Paulo. Esta área está localizada, possivelmente, na junção dos falhamentos de Caucaia e
Taxaquara, na qual foram observados diamictitos litificados de coloração verde acinzentada
com fragmentos centimétricos de milonitos, feldspato (microclínio) e agregados quartzo-
feldspáticos e quartzíticos, ambos derivados de milonitos. O cimento desta rocha é
composto de limonita amorfa e argilo-mineral do grupo da caulinita (dicktita), envolvendo
vazios ou cristalizando-se em placas centimétricas intersticiais; a barita é encontrada no
preenchimento das fraturas. Os autores assumem a hipótese de percolação por soluções
ácidas aquecidas a 250°C +/- 150°C, para a formação do caulim hidrotermal e da barita. A
água poderia ser de origem meteórica ou juvenil, neste caso advinda do resfriamento de
lavas. A acidez seria resultante da dissolução de sulfetos, que originariam os vazios
atualmente observados e explicaria a presença de limonita e barita.
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Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
102
Apesar dessas informações, os resultados obtidos neste trabalho (possivelmente
devido à baixa densidade de dados nesta região) não apontam indícios de anomalia térmica
na bacia de São Paulo, é possível que os parâmetros observados pelos autores tenham
mostrado evidências de hidrotermalismo inativo.
7.6 – Sugestões para Trabalhos Futuros
Continuidade do trabalho, ou seja, estender esta investigação em um trabalho de
pesquisa que englobe as demais bacias sedimentares da região sudeste;
Investigação comprobatória da existência de anomalia térmica, na área do parque D.
Pedro II, precisamente na bacia de São Paulo.
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Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
103
Apêndice A – Dados de Perfilagem Térmica
Poço SC-16-SP – Caçapava
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 33,37
4 33,23
8 32,84
12 32,69
16 32,57
20 32,44
24 32,26
26 32,11
28 32,03
30 31,94
32 31,82
34 31,72
36 31,64
38 31,52
40 22,24
42 22,02
44 22,06
46 22,13
48 22,22
50 22,33
52 22,44
54 22,54
56 22,66
58 22,66
60 22,73
62 22,84
64 22,92
66 22,99
68 23,06
70 23,11
72 23,16
74 23,26
76 23,32
78 23,34
80 23,38
82 23,46
84 23,59
86 23,55
88 23,51
90 23,52
92 23,59
92 23,62
96 23,63
98 23,69
100 23,72
102 23,76
104 23,65
106 23,65
108 23,71
110 23,73
112 23,82
114 23,88
116 23,85
118 23,85
120 23,94
122 23,96
124 24,05
126 24,12
128 24,20
130 24,25
132 24,30
134 24,37
136 24,38
138 25,00
140 24,18
142 25,31
144 28,64
146 29,10
148 29,32
150 29,36
152 29,37
154 29,37
156 29,37
158 29,37
160 29,39
162 29,42
164 29,42
166 29,43
168 29,43
170 29,43
172 29,43
174 29,43
176 29,43
178 29,44
180 29,44
182 29,44
184 29,44
186 29,44
188 29,44
190 29,44
192 29,43
194 29,45
196 29,45
197 29,46
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Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
104
Poço BPA-1-SP – Guaratinguetá
Profundidade
Temperatura
(m) (
0
C)
0 18,66
4 19,53
12 22,26
20 22,01
28 22,06
36 22,26
44 22,38
52 22,43
60 22,48
68 22,60
76 22,71
84 22,75
92 22,78
100 22,82
108 22,86
116 22,92
124 22,93
132 22,96
140 23,03
148 23,06
150 23,06
152 23,13
154 23,20
156 23,22
158 23,26
160 23,31
162 23,33
164 23,33
166 23,33
170 23,33
172 23,34
174 23,54
176 23,74
178 23,87
180 24,15
182 24,41
184 24,84
186 25,19
188 25,43
190 25,63
196 25,85
196,5 25,93
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
105
Poço GUA-P97 - Guaratinguetá
Prof. Temp.
(m) (
0
C)
0 23,17
1 23,47
2 26,53
3 27,45
4 28,23
5 28,65
6 28,94
7 29,10
8 29,14
9 29,17
10 29,20
11 29,20
12 29,14
13 29,05
14 28,98
15 28,90
16 28,84
17 28,84
18 28,85
19 28,89
20 28,91
21 28,85
22 28,63
23 28,52
24 28,37
25 28,28
26 28,23
27 28,21
28 28,20
29 28,16
30 28,12
31 28,09
32 28,07
33 28,06
34 28,05
35 28,03
36 27,99
37 27,95
38 27,92
39 27,89
40 27,86
41 27,84
42 27,82
43 27,81
44 27,82
45 27,83
46 27,86
47 27,88
48 27,89
49 27,87
50 27,84
51 27,82
52 27,81
53 27,78
54 27,75
55 27,75
56 27,75
57 27,75
58 27,77
59 27,79
60 27,82
61 27,84
62 27,75
63 27,77
64 27,76
65 27,71
66 27,66
67 27,70
68 27,75
69 27,76
70 27,58
71 27,55
72 27,58
73 27,61
74 27,66
75 27,69
76 27,68
77 27,67
78 27,66
79 27,67
80 27,73
81 27,80
82 27,83
83 27,85
84 27,90
85 27,93
86 27,94
87 27,96
88 27,96
89 27,96
90 27,96
91 27,96
92 27,97
93 27,98
94 28,00
95 28,02
96 28,04
97 28,06
98 28,09
99 28,10
100 28,13
101 28,14
102 28,15
103 28,18
104 28,20
105 28,21
106 28,21
107 28,22
108 28,24
109 28,26
110 28,28
111 28,29
112 28,30
113 28,31
114 28,31
115 28,30
116 28,30
117 28,25
118 28,22
119 28,22
120 28,23
121 28,33
122 28,36
123 28,37
124 28,36
125 28,36
126 28,44
127 28,49
128 28,52
129 28,55
130 28,59
131 28,60
132 28,60
133 28,60
134 28,62
135 28,63
136 28,65
137 28,68
138 28,72
139 28,75
140 28,78
141 28,79
142 28,80
143 28,83
144 28,86
145 28,88
146 28,91
147 28,96
148 28,97
149 28,98
150 29,04
151 29,11
152 29,11
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
106
Poço GUA-TekP21 novo – Guaratinguetá
Profundidade
Temperatura
(m) (°C)
0 15,14
4 15,47
8 22,77
12 24,78
16 25,15
20 25,21
24 25,22
28 25,10
32 25,03
36 24,97
40 24,94
44 24,90
48 24,88
52 24,86
54 24,86
56 24,83
58 24,86
60 24,89
62 24,91
64 24,91
66 24,88
68 24,94
70 24,92
72 25,03
74 24,97
76 24,95
78 24,96
80 24,96
82 24,99
84 25,01
86 25,09
88 25,00
90 24,99
92 25,06
94 25,13
96 25,08
98 25,16
100 25,15
102 25,13
104 25,14
106 25,13
108 25,17
110 25,18
112 25,19
114 25,19
116 25,21
118 25,25
120 25,27
122 25,24
124 25,28
126 25,32
128 25,34
129,5 25,34
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
107
Poço GUA-TekP21 antigo - Guaratinguetá
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 31,71
2 31,57
4 31,34
6 31,19
8 31,08
10 30,91
12 30,78
14 30,62
16 30,41
18 30,29
20 30,22
22 30,15
24 30,05
26 29,97
28 29,87
30 23,09
32 22,85
34 22,81
36 22,78
38 22,73
40 22,70
42 22,67
44 22,64
46 22,61
48 22,61
50 22,60
52 22,59
54 22,60
56 22,62
58 22,64
60 22,65
62 22,68
64 22,68
68 22,70
70 22,73
72 22,74
74 22,74
76,5 22,75
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
108
Poço SFG-1-SP - Guaratinguetá
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 18,00
2 18,06
4 18,23
6 21,79
8 22,89
10 23,04
12 23,05
14 23,04
16 23,00
18 22,99
20 22,98
22 22,98
24 22,98
26 22,99
28 23,00
30 23,01
32 23,02
34 23,04
36 23,05
38 23,06
40 23,08
42 23,10
44 23,11
46 23,12
48 23,15
50 23,16
52 23,17
54 23,19
56 23,21
58 23,23
60 23,26
62 23,27
64 23,29
66 23,32
68 23,35
70 23,37
72 23,41
74 23,43
76 23,45
76,5 23,50
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
109
Poço ZAG-1-SP - Guaratinguetá
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 28,58
2 28,53
4 28,47
6 28,41
8 28,41
10 28,35
12 28,35
14 28,27
16 28,27
18 23,77
20 23,77
22 23,08
24 22,48
26 22,38
28 22,34
30 22,32
32 22,30
34 22,30
36 22,28
38 22,27
40 22,25
42 22,25
44 22,25
46 22,25
48 22,25
50 22,26
52 22,27
54 22,28
56 22,31
58 22,33
60 22,35
62 22,39
64 22,41
66 22,45
68 22,48
70 22,52
72 22,56
74 22,59
76 22,62
78 22,66
80 22,69
82 22,73
84 22,76
84,8 22,75
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
110
Poço BNJ-1 – Jacareí
Profundidade
Temperatura
(m)
(°C)
0
15,95
2
16,05
4
16,02
6
16,92
8
17,40
10
18,34
12
18,82
14
19,28
16
19,49
18
19,67
20
19,78
22
19,88
24
19,98
26
20,93
28
21,04
30
21,04
32
21,05
34
21,04
36
20,99
38
20,98
40
20,98
42
20,98
44
20,98
46
20,98
48
20,98
50
20,98
52
20,98
54
20,98
56
20,99
58
20,99
60
21,01
62
21,03
64
21,04
66
21,06
68
21,07
70
21,09
72
21,11
74
21,15
76
21,19
78
21,34
80
21,39
82
21,42
84
21,46
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
111
Poço IRH-1 – Jacareí
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 34,04
2 33,75
4 33,50
6 33,31
8 32,99
10 32,76
12 32,58
14 32,38
16 32,15
18 31,90
20 31,58
22 30,90
24 21,66
26 21,20
28 20,97
30 20,91
32 20,90
34 20,89
36 20,91
38 20,92
40 20,93
42 20,95
44 21,01
46 21,03
48 21,08
50 21,18
52 21,31
54 21,50
56 21,75
58 21,75
60 21,74
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
112
Poço ICJ-1 – Jacareí
Profundidade Temperatura
(m) C)
0 28,43
2 28,36
4 28,18
6 28,02
8 27,59
10 27,49
12 27,34
14 27,23
16 26,98
18 26,86
20 21,62
22 21,31
24 21,26
26 21,24
28 21,24
30 21,24
32 21,23
34 21,22
36 21,22
38 21,22
40 21,22
42 21,22
44 21,23
46 21,25
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
113
Poço IUJ-1 – Jacareí
Profundidade
Temperatura
(m) (
0
C)
0 29,11
2 29,06
4 22,93
6 22,38
8 22,36
10 22,44
12 22,44
14 22,37
16 22,30
18 22,26
20 22,23
22 22,21
24 22,18
26 22,16
28 22,15
30 22,14
32 22,13
34 22,12
36 22,11
38 22,10
40 22,10
42 22,10
44 22,09
46 22,09
48 22,09
50 22,09
52 22,10
54 22,10
56 22,11
58 22,12
60 22,13
62 22,13
64 22,15
66 22,16
68 22,17
70 22,21
72 22,21
74 22,22
76 22,23
78 22,24
80 22,27
82 22,29
84 22,31
86 22,33
88 22,35
90 22,37
92 22,39
94 22,41
96 22,43
98 22,46
100 22,48
102 22,51
104 22,54
106 22,57
108 22,60
110 22,63
112 22,66
114 22,69
116 22,72
118 22,76
120 22,79
122 22,82
124 22,86
126 22,89
128 22,93
130 22,95
132 22,98
134 23,03
136 23,07
138 23,11
140 23,14
142 23,18
144 23,22
146 23,26
148 23,29
150 23,34
152 23,37
154 23,41
156 23,45
158 23,49
160 23,52
162 23,57
164 23,61
166 23,65
168 23,69
170 23,73
172 23,78
174 23,82
176 23,86
178 23,91
180 23,96
182 24,01
184 24,05
186 24,09
188 24,14
190 24,18
192 24,21
194 24,26
196 24,30
198 24,34
200 24,38
202 24,43
204 24,47
206 24,52
208 24,57
210 24,61
212 24,65
214 24,71
216 24,75
218 24,80
220 24,84
222 24,89
224 24,94
226 24,99
228 25,02
230 25,08
232 25,12
234 25,16
236 25,21
238 25,24
240 25,29
242 25,34
244 25,39
246 25,44
248 25,49
250 25,54
252 25,59
254 25,64
256 25,69
258 25,73
260 25,76
262 25,83
264 25,87
266 25,91
268 25,95
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
114
Poço BC-II-1 – Lorena
Profundidade Temperatura
(m) (°C)
0 30,61
4 30,39
8 30,29
12 30,15
16 30,00
20 29,80
24 29,63
28 29,48
32 29,34
36 29,17
40 29,00
42 28,89
44 28,40
46 22,57
48 22,29
50 22,20
52 22,18
54 22,21
56 22,34
58 22,68
60 22,80
62 22,91
64 22,96
66 22,98
68 23,00
70 23,03
72 23,01
74 23,04
76 23,05
78 23,05
80 23,04
82 23,06
84 23,07
86 23,08
88 23,07
90 23,07
92 23,08
94 23,09
96 23,11
98 23,12
100 23,13
102 23,12
104 23,14
106 23,15
108 23,18
110 23,22
112 23,25
114 23,25
116 23,27
118 23,29
120 23,33
122 23,37
124 23,41
125 23,44
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
115
Poço BML – 1 – Lorena
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 16,48
4 16,54
8 16,70
12 16,93
16 17,24
20 17,47
24 17,71
28 17,93
32 18,30
36 18,59
40 18,82
44 22,14
46 22,62
48 22,71
50 22,72
52 22,72
54 22,72
56 22,71
58 22,71
60 22,72
62 22,72
64 22,72
66 22,72
68 22,72
70 22,72
72 22,72
74 22,72
76 22,72
78 22,73
80 22,73
82 22,73
84 22,74
86 22,74
88 22,74
90 22,74
92 22,74
94 22,78
96 22,82
98 22,91
100 23,03
102 23,05
104 23,05
106 23,07
108 23,08
110 23,09
112 23,10
114 23,11
116 23,12
118 23,14
120 23,15
122 23,16
124 23,15
126 23,15
128 23,15
130 23,16
132 23,16
134 23,19
136 23,19
138 23,20
140 23,22
142 23,25
144 23,29
146 23,31
148 23,32
150 23,34
152 23,39
154 23,44
156 23,47
158 23,53
160 23,58
162 23,65
164 23,72
166 23,78
168 23,82
170 23,87
172 23,88
174 23,88
176 23,96
178 24,05
180 24,11
182 24,13
184 24,15
186 24,29
188 24,46
190 24,64
192 24,80
194 24,92
196 25,02
198 25,13
200 25,31
202 25,53
204 25,84
206 26,08
208 26,28
210 26,43
212 26,97
214 27,27
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
116
Poço BSR – 1 – Lorena
Prof. Temp.
(m) (
0
C)
0 27,18
4 27,21
8 27,14
12 27,08
16 27,01
20 26,95
22 26,89
24 26,83
26 26,61
28 26,49
30 22,99
32 22,81
34 22,78
36 22,77
38 22,76
40 22,77
42 22,78
44 22,79
46 22,79
48 22,80
50 22,80
52 22,80
54 22,81
56 22,81
58 22,81
60 22,82
62 22,84
64 22,87
66 22,89
68 22,91
70 22,92
72 22,93
74 22,95
76 22,99
78 23,05
80 23,16
82 23,34
84 23,65
86 23,73
88 23,78
90 23,80
92 23,81
94 23,81
96 23,94
98 24,09
100 24,10
102 24,10
104 24,10
106 24,10
108 24,11
110 24,11
112 24,19
114 24,16
116 24,14
118 24,14
120 24,14
122 24,13
124 24,13
126 24,14
128 24,14
130 24,13
132 24,14
134 24,13
136 24,13
138 24,13
140 24,13
142 24,13
144 24,13
146 24,13
148 24,14
150 24,13
152 24,13
154 24,13
156 24,13
158 24,13
160 24,14
162 24,14
164 24,14
166 24,14
168 24,14
170 24,14
172 24,14
174 24,14
176 24,14
178 24,14
180 24,14
182 24,14
184 24,15
186 24,15
188 24,15
190 24,15
192 24,15
194 24,15
196 24,15
198 24,15
200 24,15
202 24,15
204 24,15
206 24,15
208 24,16
210 24,16
212 24,16
214 24,17
216 24,16
218 24,16
220 24,16
222 24,16
224 24,16
226 24,16
228 24,16
230 24,17
232 24,17
234 24,17
236 24,56
238 25,40
240 32,51
242 33,02
244 33,07
246 33,09
248 33,09
250 33,09
252 33,08
254 33,08
256 33,08
258 33,09
260 33,09
262 33,09
264 33,09
266 33,09
268 33,10
270 33,10
272 33,11
274 33,11
276 33,11
278 33,11
280 33,11
282 33,11
284 33,11
286 33,13
288 33,12
290 33,13
292 33,13
294 33,14
296 33,16
298 33,22
300 33,26
302 33,33
304 33,33
306 33,34
308 33,44
310 33,55
312 33,57
314 33,57
316 33,59
318 33,58
320 33,59
322 33,59
324 33,59
326 33,61
328 33,72
330 33,76
332 33,78
334 33,79
336 33,79
338 33,79
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
117
Poço FPS – 1 - Piquete
Profundidade Temperatura
(m) (ºC)
0 18,16
2 18,16
4 21,23
6 21,84
8 22,19
10 22,39
12 22,46
14 22,39
16 22,21
18 22,00
20 21,84
22 21,80
24 21,78
26 21,76
28 21,75
30 21,75
32 21,74
34 21,74
36 21,74
38 21,74
40 21,74
42 21,73
44 21,73
46 21,74
48 21,74
50 21,74
52 21,75
54 21,75
56 21,75
58 21,75
60 21,75
62 21,75
64 21,76
66 21,78
68 21,78
70 21,80
72 21,81
74 21,83
76 21,85
78 21,87
80 21,88
82 21,90
84 21,92
86 21,93
88 21,96
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
118
Poço SAB 23 – S. J. Campos
Profundidade Temperatura
(m) °C
0 24,06
2 23,84
4 23,63
6 23,50
8 23,38
10 23,28
12 23,25
14 23,22
16 23,22
18 23,21
20 23,21
22 22,89
24 22,82
26 22,80
28 22,79
30 22,77
32 22,76
34 22,76
36 22,75
38 22,75
40 22,76
42 22,76
44 22,76
46 22,76
48 22,76
50 22,75
52 22,76
54 22,76
56 22,76
58 22,77
60 22,77
62 22,77
64 22,77
66 22,78
68 22,78
70 22,83
72 22,90
74 22,95
76 23,00
78 23,06
80 23,10
82 23,12
83 23,13
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
119
Poço SJC 45 – S. J. Campos
Profundidade Temperatura
(m) °C
0 33,11
2 33,01
4 32,91
6 32,82
8 32,74
10 32,62
12 32,56
14 32,47
16 32,39
18 32,33
20 32,21
22 32,13
24 31,97
26 30,91
28 29,87
30 28,64
32 27,63
34 26,99
36 26,60
38 25,66
40 25,08
42 25,58
44 22,28
46 22,25
48 22,23
50 22,20
52 22,18
54 22,17
56 22,16
58 22,15
60 22,15
62 22,14
64 22,14
66 22,14
68 22,15
70 22,17
72 22,20
74 22,22
76 22,25
78 22,25
80 22,25
82 22,26
84 22,26
86 22,27
88 22,29
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
120
Poço SJC 38 – S. J. Campos
Profundidade
Temperatura
(m) (°C)
0 27,18
2 27,07
4 27,02
6 26,95
8 26,92
10 26,87
12 26,77
14 26,71
16 26,68
18 26,63
20 26,60
22 26,56
24 26,54
26 26,52
28 26,50
30 26,48
32 26,45
34 26,43
36 26,38
38 24,52
40 23,44
42 23,39
44 23,26
46 23,22
48 23,22
50 23,23
52 23,23
54 23,23
56 23,22
58 23,23
60 23,23
62 23,22
64 23,23
66 23,23
68 23,23
70 23,23
72 23,23
74 23,24
76 23,25
78 23,26
80 23,27
82 23,29
84 23,31
86 23,38
88 23,41
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
121
Poço SJC 22 – S. J. Campos
Profundidade Temperatura
(m) °C
0 25,65
2 25,52
4 25,49
6 25,46
8 25,40
10 25,34
12 25,29
14 25,24
16 25,20
18 25,16
20 24,97
22 22,20
24 22,15
26 22,14
28 22,13
30 22,14
32 22,17
34 22,23
36 22,34
38 22,43
40 22,45
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
122
Poço SJC 69 – S. J. Campos
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 23,87
2 23,85
4 23,81
6 23,80
8 23,78
10 23,78
12 23,77
14 23,77
16 23,76
18 23,76
20 23,75
22 23,75
24 23,72
26 23,71
28 23,69
30 23,65
32 23,63
34 23,60
36 23,57
38 23,54
40 23,49
42 23,46
44 23,41
46 22,71
48 22,61
50 22,60
52 22,60
54 22,61
56 22,61
58 22,61
60 22,61
62 22,62
64 22,62
66 22,62
68 22,61
70 22,62
72 22,61
74 22,62
76 22,63
78 22,63
80 22,62
82 22,63
84 22,63
86 22,64
88 22,65
90 22,65
92 22,65
94 22,65
96 22,65
98 22,65
100 22,65
102 22,66
104 22,66
106 22,66
108 22,68
110 22,68
112 22,68
114 22,68
116 22,68
118 22,69
120 22,70
122 22,70
124 22,71
126 22,70
128 22,70
130 22,70
132 22,72
134 22,74
136 22,75
138 22,76
140 22,75
142 22,76
144 22,76
146 22,78
148 22,78
150 22,80
152 22,81
154 22,81
156 22,80
158 22,81
160 23,58
162 23,65
164 23,67
166 23,68
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
123
Poço SLP-P01 – Perfilagem 2 – S. L. Paraitinga
Profundidade
Temperatura
(m) (°C)
0 20,74
5 20,43
10 16,67
15 15,93
20 15,64
25 15,52
30 15,44
35 15,40
40 15,38
45 15,40
50 15,45
55 15,47
60 15,68
65 16,08
70 16,24
75 16,35
80 16,46
85 16,57
90 16,66
95 16,75
100 16,86
105 16,97
110 17,01
115 17,05
120 17,81
125 17,39
130 17,43
132 17,47
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
124
Poço SLP-P01 – Perfilagem 1 – S. L. Paraitinga
Profundidade
Temperatura
(m) (
0
C)
0 28,16
5 27,55
10 17,72
15 16,25
20 15,58
25 15,51
30 15,39
35 15,37
40 15,37
45 15,39
50 15,42
55 15,46
60 15,53
65 15,76
70 15,90
75 16,04
80 16,20
85 16,27
87 16,30
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
125
Poço SLP-37 – S. L. Paraitinga
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 33,47
2 33,24
4 33,14
6 32,86
8 21,25
10 20,79
12 20,70
14 20,74
16 20,80
18 20,89
20 20,94
22 20,97
24 20,99
26 21,00
28 21,00
30 21,00
32 21,00
34 20,99
36 20,97
38 20,95
40 20,87
42 20,87
44 20,79
46 20,78
48 20,77
50 20,77
52 20,79
54 20,80
56 20,80
58 20,81
60 20,81
62 20,84
64 20,89
66 20,93
68 20,98
70 21,02
72 21,05
74 21,09
76 21,13
78 21,17
80 21,20
82 21,24
84 21,27
86 21,30
88 21,32
90 21,37
92 21,38
94 21,41
96 21,44
98 21,46
100 21,49
102 21,52
104 21,55
106 21,56
108 21,58
110 21,60
112 21,61
114 21,61
116 21,62
118 21,62
120 21,62
122,6 21,62
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
126
Poço D. Maria - Resende
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 23,31
2 24,92
4 25,19
6 24,93
8 24,64
10 24,37
12 24,23
14 24,16
16 24,14
18 24,13
20 24,11
22 24,10
24 24,09
26 24,06
28 24,02
30 23,99
32 23,98
34 24,02
36 24,01
38 23,98
40 23,96
42 23,92
44 23,92
46 23,89
48 23,89
50 23,94
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
127
Poço Cooperativa P2 - Resende
Profundidade Temperatura
(m) (º C)
0
24,25
2
24,95
4
25,44
6
26,84
8
26,75
10
23,56
12
25,86
14
25,52
16
25,52
18
25,15
20
25,26
22
25,36
24
25,25
26
25,11
28
25,11
30
25,19
32
25,25
34
25,19
36
25,22
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
128
Poço Cooperativa P1 - Resende
Profundidade Temperatura
(m) C)
0 22,50
2 23,74
4 24,23
6 24,86
8 25,05
10 25,03
12 25,01
14 25,00
16 24,96
18 24,91
20 24,84
22 24,74
24 24,69
26 24,60
28 24,59
30 24,65
32 24,65
34 24,68
36 24,69
38 24,69
40 24,69
42 24,70
44 24,69
46 24,68
48 24,65
50 24,64
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
129
Poço Xerox P2 - Itatiaia
Profundidade Temperatura
(m) (°C)
0 26,23
2 26,27
4 26,37
6 26,31
8 26,08
10 25,55
12 25,31
14 25,16
16 25,06
18 24,95
20 24,68
22 24,61
24 24,10
26 23,59
28 23,43
30 23,33
32 23,28
34 23,25
36 23,25
38 23,26
40 23,26
42 23,26
44 23,27
46 23,27
48 23,28
50 23,30
52 23,31
54 23,32
56 23,33
58 23,37
60 23,39
62 23,40
64 23,41
66 23,42
68 23,42
70 23,43
72 23,44
74 23,44
76 23,45
78 23,46
80 23,47
82 23,48
84 23,48
86 23,48
88 23,48
90 23,48
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
130
Poço Padre Josino – Volta Redonda
Profundidade Temperatura
(m)
(0C)
20
22,91
30
22,75
32
22,70
34
22,64
36
22,57
38
22,51
40
22,46
42
22,43
44
22,39
46
22,37
48
22,34
50
22,32
52
22,30
54
22,30
56
22,28
58
22,29
60
22,31
62
22,33
64
22,33
66
22,35
68
22,35
70
22,41
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
131
Poço STI P50 – Santa Isabel
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 28,82
4 28,68
8 28,50
12 28,35
16 28,13
20 28,01
24 27,87
28 27,74
32 27,55
36 27,37
40 27,24
44 27,12
46 26,96
48 26,75
50 26,66
52 26,50
54 26,36
56 26,24
58 26,08
60 25,77
62 25,62
64 25,43
66 25,04
68 24,72
70 20,93
72 20,54
74 20,48
76 20,53
78 20,55
80 20,58
82 20,62
84 20,62
86 20,63
88 20,63
90 20,63
92 20,63
94 20,64
96 20,63
98 20,63
100 20,62
102 20,61
104 20,58
106 20,56
108 20,57
110 20,58
112 20,60
114 20,66
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
132
Poço P02 – São Paulo
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 22,54
10 22,53
20 22,48
30 22,46
40 22,42
50 22,38
60 22,36
70 22,35
80 22,37
90 22,42
100 22,46
110 22,97
120 23,80
130 24,23
140 24,52
150 24,71
160 24,93
170 25,15
180 25,33
190 25,53
200 25,88
210 26,16
220 26,43
230 26,74
240 26,93
243 26,88
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
133
Poço P01 – São Paulo
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 20,01
10 20,24
20 20,32
30 20,39
40 20,45
50 20,55
60 20,63
70 20,69
80 20,75
90 20,81
100 20,98
110 21,07
120 21,17
130 21,29
140 21,44
150 21,68
160 21,92
170 22,18
180 22,38
190 22,61
200 22,82
210 23,01
220 23,22
230 23,46
240 24,04
250 24,44
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
134
Poço SP HU1 – São Paulo
Profundidade Temperatura
(m) (°C)
0
29,34
2
28,85
4
28,31
6
28,06
8
27,69
10
27,32
12
27,13
14
26,81
16
26,40
18
26,04
20
25,73
22
25,31
24
22,31
26
21,84
28
21,50
30
21,74
32
21,64
34
21,57
36
21,51
38
21,40
40
21,41
42
21,33
44
21,33
46
21,31
48
21,26
50
21,24
52
21,22
54
21,14
56
21,15
58
21,22
60
21,29
62
21,22
64
21,07
66
21,16
68
21,15
70
21,23
72
21,31
74
21,26
76
21,21
78
21,06
80
21,17
82
21,30
84
21,34
86
21,41
88
21,28
90
21,39
92
21,49
94
21,51
96
21,54
98
21,58
100
21,59
102
21,65
104
21,64
106
21,72
108
21,71
110
21,71
112
21,76
114
21,80
116
21,82
118
21,87
120
21,81
122
21,95
124
21,96
126
22,04
128
22,08
130
22,07
132
22,16
134
22,17
136
22,18
138
22,22
140
22,25
142
22,28
144
22,30
146
22,36
148
22,40
150
22,41
152
22,46
154
22,52
156
22,56
158
22,58
160
22,61
162
22,66
164
22,71
166
22,73
168
22,78
170
22,80
172
22,87
174
22,88
176
22,93
178
22,97
180
23,01
182
23,05
184
23,11
186
23,14
188
23,17
190
23,22
192
23,26
194
23,28
196
23,32
198
23,37
200
23,38
202
23,41
204
23,42
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
135
Poço JUN P01 - Jundiaí
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
8 20,75
10 20,64
12 20,48
14 20,29
16 20,14
18 20,03
20 19,95
22 19,90
24 19,86
26 19,83
30 19,80
32 19,80
34 19,79
36 19,80
38 19,80
40 19,81
42 19,83
44 19,84
46 19,86
48 19,87
50 19,89
52 19,91
54 19,94
56 19,97
60 20,00
62 20,03
64 20,06
66 20,09
68 20,12
70 20,16
72 20,19
74 20,22
76 20,25
78 20,28
80 20,32
82 20,36
84 20,40
86 20,44
88 20,48
90 20,52
92 20,56
94 20,60
96 20,64
98 20,68
100 20,71
102 20,75
104 20,78
106 20,82
108 20,87
110 20,90
112 20,94
114 20,98
116 21,02
118 21,05
120 21,09
122 21,13
124 21,17
126 21,21
128 21,25
130 21,29
132 21,34
134 21,38
136 21,42
138 21,46
140 21,50
142 21,54
144 21,58
146 21,62
148 21,66
150 21,71
152 21,77
154 21,81
156 21,85
158 21,90
160 21,94
162 21,99
164 22,03
166 22,03
168 22,10
170 22,14
172 22,15
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
136
Poço Jamapara P4 - Sapucaia
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 29,82
2 24,76
4 24,92
6 25,15
8 25,44
10 25,58
12 25,59
14 25,55
16 25,51
18 25,46
20 25,43
22 25,38
24 25,33
26 25,29
28 25,25
30 25,20
32 25,16
34 25,12
36 25,08
38 25,04
40 25,00
42 24,97
44 24,94
46 24,91
48 24,88
50 24,85
52 24,83
54 24,80
56 24,78
58 24,77
60 24,75
62 24,74
64 24,72
66 24,71
68 24,70
70 24,69
72 24,69
74 24,68
76 24,68
78 24,68
80 24,68
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
137
Poço Aparecida – Sapucaia
Profundidade Temperatura
(m) (
0
C)
0 33,10
2 31,80
4 31,39
6 31,03
8 30,73
10 21,74
12 21,66
14 21,65
16 21,74
18 21,75
20 21,75
22 21,72
24 21,76
26 21,76
28 21,76
30 21,72
32 21,78
34 21,79
36 21,79
38 21,80
40 21,81
42 21,82
44 21,83
46 21,82
48 21,86
50 21,87
52 21,89
54 21,91
56 21,92
58 21,94
60 21,95
62 21,98
64 21,99
66 22,01
68 22,03
70 22,05
72 22,07
74 22,08
76 22,09
78 22,11
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
138
Poço Massambara - Vassouras
Profundidade
Temperatura
(m)
(
0
C)
4 22,23
6 22,28
8 22,20
10 22,67
12 22,72
14 22,76
16 22,76
18 22,73
20 22,69
22 22,66
24 22,61
26 22,59
28 22,56
30 22,56
32 22,54
34 22,52
38 22,52
40 22,51
42 22,49
46 22,48
50 22,48
52 22,47
54 22,47
56 22,46
58 22,47
60 22,47
62 22,49
64 22,49
66 22,50
68 22,50
70 22,52
72 22,53
74 22,56
76 22,57
78 22,60
80 22,62
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
139
Poço Monte Verde - Cambuci
Profundidade
Temperatura
(m) (°C)
0 21,08
2 22,45
4 22,45
6 24,80
8 24,80
10 24,95
12 23,50
14 23,51
16 23,52
18 23,45
20 23,50
22 23,49
24 23,47
26 23,45
28 23,44
30 23,42
32 23,40
34 23,39
36 23,37
38 23,36
40 23,34
42 23,32
44 23,31
46 23,30
48 23,28
50 23,27
52 23,26
54 23,24
56 23,26
58 23,22
60 23,21
62 23,20
64 23,19
66 23,19
68 23,18
70 23,17
72 23,17
74 23,17
76 23,16
78 23,16
80 23,16
82 23,16
84 23,16
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
140
Poço Teixeira - Itaocara
Profundidade
Temperatura
(m)
(°C)
0
24,20
2
25,19
4
25,37
6
25,25
8
25,72
10
25,71
12
25,69
14
25,66
16
25,60
18
25,54
20
25,50
22
25,46
24
25,41
26
25,38
28
25,33
30
25,30
32
25,27
34
25,23
36
25,21
38
25,18
40
25,16
42
25,14
44
25,11
46
25,09
48
25,07
50
25,06
52
25,04
54
25,02
56
25,01
58
24,99
60
24,98
62
24,97
64
24,95
66
24,95
68
24,94
70
24,94
72
24,94
74
24,94
76
24,94
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
141
Poço Miguel Pereira – Miguel Pereira
Profundidade
Temperatura
(m) (°C)
0 21,81
2 21,81
4 21,84
6 21,91
8 22,17
10 22,21
12 22,28
16 22,19
18 22,36
22 22,28
24 22,24
28 22,28
30 22,28
32 22,29
34 22,21
38 22,20
40 22,17
42 22,17
44 22,15
46 22,15
48 22,15
50 22,14
52 22,13
54 22,11
56 22,15
58 22,18
60 22,13
62 22,17
64 22,18
66 22,16
68 22,16
70 22,16
72 22,17
74 22,19
76 22,18
78 22,21
80 22,19
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
142
Poço Oficina – Miracema
Profundidade
Temperatura
(m)
(°C)
0 24,06
2 24,07
4 24,17
6 24,46
8 24,69
10 24,83
12 24,86
18 24,95
20 24,99
22 24,94
24 24,91
26 24,86
28 24,81
30 24,69
32 24,64
34 24,58
36 24,54
38 24,52
40 24,50
42 24,48
44 24,46
46 24,46
48 24,44
50 24,42
52 24,44
54 24,44
56 24,45
58 24,46
60 24,48
62 24,48
64 24,49
66 24,49
68 24,50
70 24,50
72 24,52
74 24,53
76 24,53
78 24,57
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
143
Poço Cruz da Almas – Paraíba do Sul
Profundidade Temperatura
(m) (°C)
0 17,17
2 16,80
4 17,92
6 23,04
8 23,66
10 23,71
12 23,66
14 23,61
16 23,59
18 23,60
20 23,60
22 23,65
24 23,67
26 23,67
28 23,68
30 23,69
32 23,69
34 23,70
36 23,70
38 23,71
40 23,71
42 23,71
44 23,75
46 23,76
48 23,78
50 23,79
52 23,80
54 23,84
56 23,85
58 23,86
60 23,89
62 23,89
64 23,90
66 23,90
68 23,90
70 23,90
72 23,91
74 23,92
76 23,99
78 23,97
80 23,99
82 24,02
84 24,03
86 24,05
88 24,07
90 24,10
92 24,11
94 24,14
96 24,16
98 24,18
100 24,21
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
144
Poço VPB1 – S. Sebastião do Alto
Profundidade
Temperatura
(m) (°C)
0 20,65
2 20,71
4 20,68
6 23,69
8 23,94
10 24,13
12 24,29
14 24,40
16 24,47
18 24,50
20 24,51
22 24,49
24 24,45
26 24,41
28 24,38
30 24,34
32 24,32
34 24,30
36 24,27
38 24,26
40 24,23
42 24,22
44 24,21
46 24,19
48 24,18
50 24,17
52 24,17
54 24,16
56 24,16
58 24,16
60 24,15
62 24,15
64 24,14
66 24,15
68 24,15
70 24,15
72 24,16
74 24,16
76 24,16
78 24,17
80 24,17
82 24,18
84 24,19
86 24,19
88 24,20
90 24,21
92 24,22
94 24,23
96 24,24
98 24,25
100 24,26
102 24,28
104 24,29
106 24,31
108 24,32
110 24,34
112 24,35
114 24,37
116 24,37
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
145
Poço FVM – Teresópolis
Profundidade
Temperatura
(m)
(°C)
0
19,86
2
19,50
4
19,31
6
19,38
8
19,38
10
19,38
12
19,36
14
19,84
16
19,17
18
19,17
20
19,15
22
19,15
24
19,14
26
19,12
28
19,90
30
19,80
32
19,70
34
19,50
36
19,30
38
19,10
40
18,99
42
18,97
44
18,98
46
18,97
48
18,96
50
18,95
52
18,96
54
18,95
56
18,94
58
18,94
60
18,94
62
18,94
64
18,94
66
18,94
68
18,94
70
18,95
72
18,95
74
18,96
76
18,97
78
18,99
80
18,99
82
19,00
84
19,20
86
19,40
88
19,50
90
19,70
92
19,80
94
19,90
96
19,10
98
19,14
100
19,16
102
19,19
104
19,22
106
19,24
108
19,26
110
19,29
112
19,30
114
19,36
116
19,37
118
19,38
120
19,41
122
19,45
124
19,47
126
19,49
128
19,50
130
19,55
132
19,59
134
19,63
136
19,61
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
146
Apêndice B – Perfis Termolitológicos
Poços perfilados pelo método CVL com dados de perfilagem térmica plotados,
ajuste do gradiente térmico e litologia.
Siltito
LEGENDA
solo
Arenito
Conglomerado
Po D. Maria - Resende
0
20
40
60
21 22 23 24 25
Temperatura C)
Profundidade (m)
Poço Padre Josino - Volta Redonda
0
10
20
30
40
50
60
70
80
20,0 21,0 22,0 23,0 24,0
Temperatura C)
Profundidade (m)
Rocha decomposta
Siltito
LEGENDA
Gnaisse fraturado
Gnaisse Fresco
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
147
Poço Sfg-1-SP - Guaratingue
0
20
40
60
80
16 18 20 22 24
Temperatura (°C)
Profundidade (m)
Siltito
Areia e cascalho
Argilito
LEGENDA
Argilito arenoso
Poço Zag-1-SP - Guaratinguetá
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
18 20 22 24 26 28 30
TemperaturaC)
Profundidade (m)
Argilito
Solo
Arenito
LEGENDA
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
148
Po Gua-P97 - Guaratinguetá
0
40
80
120
160
21 23 25 27 29 31
Temperatura C)
Profundidade (m)
LEGENDA
Arenito
Arenito argiloso
Folhelho
Areia e cascalho
Arenito
Argilito
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Po Bpa-1-SP - Guaratinguetá
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
16 18 20 22 24 26 28
Temperatura (°C)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
149
Argilito
Arenito argiloso
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Po Gua-Tekno - Guaratinguetá
0
20
40
60
80
100
120
14 16 18 20 22 24 26
Temperatura (°C)
Profundidade (m)
LEGENDA
Argilito arenoso
Arenito
Argilito
Poço Bnj-SP - Jacareí
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
13 17 21
Temperatura (°C)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
150
Poço Iuj-1-SP - Jacar
0
70
140
210
280
17 22 27 32
Temperatura (°C)
Profundidade (m)
Argilito
Cascalho
Areia e cascalho
Folhelho
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Poço BC-II-SP Lorena
0
20
40
60
80
100
120
15 20 25 30 35
Temperatura C)
Profundidade (m)
Argilito arenoso
Embasamento
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
151
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Po SJC45-SP - S. J. Campos
0
30
60
90
15 20 25 30 35
TemperaturaC)
Profundidade (m)
Poço SAB-23-SP - S. J. Campos
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
21 22 23 24 25
Temperatura (°C)
Profundidade (m)
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
152
Argilito
Argilito arenoso
LEGENDA
Solo
Arenito
Po SJC-38-SP - S. J. Campos
0
30
60
90
20 22 24 26 28
Temperatura (°C)
Profundidade (m)
Solo
Arenito
Argilito
LEGENDA
Po SJC-22-SP - S. J. Campos
0
10
20
30
40
20 21 22 23 24 25 26
Temperatura C)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
153
Apêndice C – Dados de Condutividade Térmica
Poço SC 16 - Caçapava
Topo Base Condutividade Resistividade
0 0 2,17
0 6 2,17 2,76
6 6 3,10 0,00
6 12 3,10 1,94
12 12 2,70 0,00
12 74 2,70 22,96
74 74 1,49 0,00
74 84 1,49 6,71
84 84 2,70 0,00
84 197 2,70 41,85
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo arenoso
Arenito
Argilito
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K )
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
154
Poço ZAG-1 - Guaratinguetá
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077
0 5 3,077 1,62
5 5 1,487 0,00
5 7 1,487 1,34
7 7 2,697 0,00
7 9 2,697 0,74
9 9 1,487 0,00
9 31 1,487 14,79
31 31 2,697 0,00
31 35 2,697 1,48
35 35 1,487 0,00
35 37 1,487 1,34
37 37 2,697 0,00
37 40 2,697 1,11
40 40 1,487 0,00
40 43 1,487 2,02
43 43 2,697 0,00
43 47 2,697 1,48
47 47 1,487 0,00
47 49 1,487 1,34
49 49 2,697 0,00
49 55 2,697 2,22
55 55 1,487 0,00
55 60 1,487 3,36
60 60 2,70 0,00
60 62 2,697 0,74
62 62 1,487 0,00
62 70 1,487 5,38
70 70 2,697 0,00
70 75 2,697 1,85
75 75 1,487 0,00
75 77 1,487 1,34
77 77 2,697 0,00
77 81 2,697 1,48
81 81 1,487 0,00
81 83 1,487 1,34
83 83 2,697 0,00
83 85 2,697 0,74
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 1,5 2 2,5 3 3,5
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
155
Poço SFG-1 - Guaratinguetá
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,6
0 3 1,6 1,88
3 3 1,6 0,00
3 40 1,6 23,13
40 40 1,6 0,00
40 43 1,6 1,88
43 43 2,165 0,00
43 74 2,165 14,32
74 74 1,487 0,00
74 76,5 1,487 1,68
LEGENDA
Argilito arenoso
Argilito
Areia e cascalho
Solo argiloso
Siltito
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1 1,5 2 2,5
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
156
Poço Gua-Tekno Novo - Guaratinguetá
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077
0 4 3,077 1,30
4 4 1,487 0,00
4 12 1,487 5,38
12 12 2,697 0,00
12 16 2,697 1,48
16 16 1,487 0,00
16 44 1,487 18,83
44 44 2,165 0,00
44 50 2,165 2,77
50 50 2,697 0,00
50 60 2,697 3,71
60 60 1,487 0,00
60 72 1,487 8,07
72 72 2,165 0,00
72 80 2,165 3,70
80 80 2,697 0,00
80 110 2,697 11,12
110 110 2,511 0,00
110 124 2,511 5,58
124 124 2,165 0,00
124 132 2,165 3,70
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
Arenito argiloso
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
1 2 3
Condutividade (W/m°K
)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
157
Poço Gua-TeknoP21Antigo - Guaratinguetá
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077
0 4 3,077 1,30
4 4 1,487 0,00
4 12 1,487 5,38
12 12 2,697 0,00
12 16 2,697 1,48
16 16 1,487 0,00
16 44 1,487 18,83
44 44 2,165 0,00
44 50 2,165 2,77
50 50 2,697 0,00
50 60 2,697 3,71
60 60 1,487 0,00
60 72 1,487 8,07
72 72 2,165 0,00
72 76,5 2,165 2,08
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
0
20
40
60
80
1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
158
Poço Gua-P97- Guaratinguetá
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 2,697
0 5 2,697 1,85
5 5 1,8 0,00
5 35 1,8 16,67
35 35 2,697 0,00
35 73 2,697 14,09
73 73 1,8 0,00
73 108 1,8 19,44
108 108 2,697 0,00
108 115 2,697 2,60
115 115 1,8 0,00
115 120 1,8 2,78
120 120 2,697 0,00
120 122 2,697 0,74
122 122 1,8 0,00
122 130 1,8 4,44
130 130 2,697 0,00
130 135 2,697 1,85
135 135 1,800 0,00
135 152 1,800 9,44
LEGENDA
Arenito
Argilito arenoso
0
20
40
60
80
100
120
140
160
1 1,5 2 2,5 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
159
Poço BNJ-1 – Jacareí
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 2,165
0 6 2,165 2,77
6 6 2,697 0
6 20 2,697 5,19
20 20 1,487 0
20 38 1,487 12,10
38 38 2,697 0
38 84 2,697 17,06
LEGENDA
Argilito arenoso
Arenito
Argilito
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 1,5 2 2,5 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
160
Poço IRH-1 – Jacareí
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,6
0 7 1,6 4,38
7 7 2,165 0,00
7 58 2,165 23,56
58 58 2,697 0,00
58 60 2,697 0,74
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
0
10
20
30
40
50
60
70
1 1,5 2 2,5 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
161
Poço ICJ-1 - Jacareí
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,487
0 6 1,487 4,03
6 6 2,697 0,00
6 20 2,697 5,19
20 20 1,487 0,00
20 38 1,487 12,10
38 38 2,697 0,00
38 46 2,697 2,97
LEGENDA
Argilito arenoso
Arenito
Argilito
0
10
20
30
40
50
1 1,5 2 2,5 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
162
Poço IUJ-1 - Jacareí
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077
0 4 3,077 1,30
4 4 2,165 0,00
4 24 2,165 9,24
24 24 2,2 0,00
24 34 2,2 4,55
34 34 1,6 0,00
34 38 1,6 2,50
38 38 1,487 0,00
38 97 1,487 39,68
97 97 2,697 0,00
97 110 2,697 4,82
110 110 1,487 0,00
110 111 1,487 0,67
111 111 3 0,00
111 268 3 52,33
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
Areia e cascalho
Embasamento
Cascalho
0
50
100
150
200
250
1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
163
Poço BC-II-1 - Lorena
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077
0 2 3,077 0,65
2 2 1,487 0,00
2 12 1,487 6,72
12 12 2,165 0,00
12 19 2,165 3,23
19 19 1,487 0,00
19 25 1,487 4,03
25 25 1,8 0,00
25 30 1,8 2,78
30 30 1,487 0,00
30 33 1,487 2,02
33 33 1,8 0,00
33 48 1,8 8,33
48 48 1,487 0,00
48 50 1,487 1,34
50 50 2,165 0,00
50 53 2,165 1,39
53 53 1,487 0,00
53 55 1,487 1,34
55 55 2,165 0,00
55 56,5 2,165 0,69
56,5 56,5 1,487 0,00
56,5 58 1,487 1,01
58 58 1,8 0,00
58 60 1,8 1,11
60 60 1,487 0,00
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Arenito argiloso
Folhelho
Topo Base Condutividade Resistência
60 69 1,487 6,05
69 69 2,165 0,00
69 73 2,165 1,85
73 73 1,487 0,00
73 75 1,487 1,34
75 75 2,165 0,00
75 80 2,165 2,31
80 80 1,487 0,00
80 82 1,487 1,34
82 82 2,165 0,00
82 87 2,165 2,31
87 87 1,487 0,00
87 89 1,487 1,34
89 89 2,165 0,00
89 92 2,165 1,39
92 92 1,487 0,00
92 110 1,487 12,10
110 110 2,165 0,00
110 113 2,165 1,39
113 113 1,487 0,00
113 115 1,487 1,34
115 115 2,165 0,00
115 118 2,165 1,39
118 118 1,487 0,00
118 121 1,487 2,02
121 121 2,165 0,00
121 125 2,165 1,85
0
25
50
75
100
125
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
164
Poço BML-1 - Lorena
Topo Base Condutividade
Resistência
0 0 3,077
0 5 3,077 1,62
5 5 2,697 0,00
5 13 2,697 2,97
13 13 1,487 0,00
13 18 1,487 3,36
18 18 1,8 0,00
18 38 1,8 11,11
31 38 2,165 0,00
38 40 2,165 0,92
40 40 2,697 0,00
40 41 2,697 0,37
41 41 2,165 0,00
41 42 2,165 0,46
42 42 1,8 0,00
42 43 1,8 0,56
43 43 1,487 0,00
43 45 1,487 1,34
45 45 2,697 0,00
45 48 2,697 1,11
48 48 2,165 0,00
48 53 2,165 2,31
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
Arenito argiloso
Argila
Embasamento
Topo Base Condutividade
Resistência
53 53 1,487 0,00
53 92 1,487 26,23
92 92 2,697 0,00
92 94 2,697 0,74
94 94 1,800 0,00
94 119 1,800 13,89
119 119 2,697 0,00
119 120,5 2,697 0,56
120,5 120,5 1,800 0,00
120,5 124 1,800 1,94
124 124 2,697 0,00
124 127 2,697 1,11
127 127 1,800 0,00
127 156 1,800 16,11
156 156 2,697 0,00
156 157 2,697 0,37
157 157 1,487 0,00
157 165 1,487 5,38
165 165 2,165 0,00
165 172 2,165 3,23
172 172 3,000 0,00
172 214 3,000 14,00
0
50
100
150
200
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
165
Poço SAB-23 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077
0 8 3,077 2,60
8 8 1,487 0,00
8 29 1,487 14,12
29 29 2,697 0,00
29 39 2,697 3,71
39 39 1,487 0,00
39 43 1,487 2,69
43 43 2,697 0,00
43 52 2,697 3,34
52 52 1,487 0,00
52 64 1,487 8,07
64 64 2,697 0,00
64 68 2,697 1,48
68 68 1,487 0,00
68 72 1,487 2,69
72 72 2,697 0,00
72 83 2,697 4,08
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
0
15
30
45
60
75
90
1,0 2,0 3,0 4,0
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
166
Poço SJC-45 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077
0 13 3,077 4,22
13 13 2,697 0,00
13 39 2,697 9,64
39 39 1,487 0,00
39 71 1,487 21,52
71 71 2,697 0,00
71 80 2,697 3,34
80 80 1,487 0,00
80 85 1,487 3,36
85 85 2,697 0,00
85 88 2,697 1,11
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
0
15
30
45
60
75
90
1 1,5 2 2,5 3 3,5
Condutividade (W/m°K
)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
167
Poço SJC-38 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077
0 3 3,077 0,97
3 3 2,165 0,00
3 15 2,165 5,54
15 15 1,487 0,00
15 21 1,487 4,03
21 21 2,697 0,00
21 88 2,697 24,84
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 1,5 2 2,5 3 3,5
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
168
Poço SJC-22 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077
0 8 3,077 2,60
8 8 1,487 0,00
8 29 1,487 14,12
29 29 2,697 0,00
29 39 2,697 3,71
39 39 1,487 0,00
39 40 1,487 0,67
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
0
15
30
45
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
Condutividade (W/m°K
)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
169
Poço SJC-69 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 2,61
0 27 2,61 10,34
27 27 1,88 0,00
27 47 1,88 10,64
47 47 2,61 0,00
47 70 2,61 8,81
70 70 1,88 0,00
70 90 1,88 10,64
90 90 2,61 0,00
90 122 2,61 12,26
122 122 1,88 0,00
122 148 1,88 13,83
148 148 2,61 0,00
148 166 2,61 6,90
166 166 1,88 0,00
LEGENDA
Arenito
Argilito
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
170
Poço Cooperativa P1 - Resende
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,2
0 9 1,2 7,50
9 9 2,7 0,00
9 25 2,7 5,93
25 25 1,6 0,00
25 29 1,6 2,50
29 29 2,7 0,00
29 39 2,7 3,70
39 39 2,7 0,00
39 45 2,7 2,22
45 45 2,7 0,00
45 50 2,7 1,85
LEGENDA
Solo
Arenito
Siltito
0
10
20
30
40
50
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K
)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
171
Poço Xerox-P2 - Itatiaia
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,2
0 16 1,2 13,33
16 16 2,7 0,00
0 90 2,7 27,41
LEGENDA
Solo
Arenito
0
20
40
60
80
100
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
172
Poço Cooperativa-P2 – Resende
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,2
0 6 1,2 5,00
6 6 2,7 0,00
9 22 2,7 5,93
22 22 1,6 0,00
22 25 1,6 1,88
25 25 2,7 0,00
25 34 2,7 3,33
34 34 1,6 0,00
36 36 1,6 1,25
LEGENDA
Solo
Arenito
Siltito
0
10
20
30
40
0 1 2 3
Condutividade (W/m K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
173
Poço D. Maria - Resende
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,2 0
0 6 1,2 5
6 6 2,7 0
6 25 2,7 7,0
25 25 1,6 0
25 29 1,6 2,5
29 29 2,7 0
29 39 2,7 3,7
39 39 1,6 0
39 43 1,6 2,5
43 43 2,7 0
43 50 2,7 2,6
LEGENDA
Solo
Arenito
Siltito
0
10
20
30
40
50
0 1 2 3
Condutividade (W/m K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
174
Poço Padre Josino – Volta Redonda
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,2 0
0 7 1,2 5,83
7 7 2,2 0,00
7 22 2,2 6,82
22 22 2,7 0,00
22 70 2,7 17,78
LEGENDA
Rocha decomposta
Silte argiloso
Gnaisse
0
10
20
30
40
50
60
70
0 1 2 3
Condutividade (W/m K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
175
Poço SP-HU1 – São Paulo
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,2 0
0 4 1,2 3,33
4 4 2,165 0,00
4 11 2,165 3,23
11 11 2,697 0,00
11 14,5 2,697 1,30
14,5 14,5 2,165 0,00
14,5 17 2,165 1,15
17 17 2,697 0,00
17 37 2,697 7,42
37 37 2,165 0,00
37 52 2,165 6,93
52 52 3 0,00
52 204 3 50,67
LEGENDA
Argilito arenoso
Arenito
Arenito argiloso
Embasamento
0
35
70
105
140
175
210
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
176
Poço 28 - Aparecida
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,6
0 30 1,6 18,75
30 30 2,5 0,00
30 120 2,5 36,00
LEGENDA
Solo
Embasamento
0
20
40
60
80
100
120
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K
)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
177
Poço 55 - Caçapava
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 4 3,077 1,30
4 4 1,487 0,00
4 17 1,487 8,74
17 17 2,697 0,00
17 23 2,697 2,22
23 23 2,165 0,00
23 40 2,165 7,85
40 40 1,487 0,00
40 70 1,487 20,17
70 70 2,165 0,00
70 112 2,165 19,40
112 112 2,697 0,00
112 121 2,697 3,34
121 121 2,165 0,00
121 135 2,165 6,47
135 135 2,165 0,00
135 135 2,165 0,00
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
0
20
40
60
80
100
120
140
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
178
Poço 24 - Caçapava
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 8 3,077 2,60
8 8 1,8 0,00
8 12 1,8 2,22
12 12 2,697 0,00
12 16 2,697 1,48
16 16 2,165 0,00
16 42 2,165 12,01
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argila
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 1 2 3 4
Condutividade
Profundidade
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
179
Poço 26 - Caçapava
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 8 3,077 2,60
8 8 1,8 0,00
8 12 1,8 2,22
12 12 2,697 0,00
12 16 2,697 1,48
16 16 2,165 0,00
16 51 2,165 16,17
51 51 1,487 0,00
51 53 1,487 1,34
53 53 2,697 0,00
53 64 2,697 4,08
64 64 1,487 0,00
64 70 1,487 4,03
70 70 1,8 0,00
70 86 1,8 8,89
86 86 2,165 0,00
86 116 2,165 13,86
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
Argila
0
20
40
60
80
100
120
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
180
Poço 9 - Caçapava
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 4 3,077 1,30
4 4 1,487 0,00
4 17 1,487 8,74
17 17 2,697 0,00
17 23 2,697 2,22
23 23 2,165 0,00
23 40 2,165 7,85
40 40 1,487 0,00
40 49,5 1,487 6,39
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 1 2 3 4
Condutividade
Profundidade
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
181
Poço 29 - Guaratinguetá
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,8 0,00
0 4 1,8 2,22
4 4 2,697 0,00
4 9 2,697 1,85
9 9 1,487 0,00
9 20 1,487 7,40
20 20 2,697 0,00
20 30 2,697 3,71
30 30 2,165 0,00
30 63 2,165 15,24
63 63 2,697 0,00
63 64 2,697 0,37
64 64 2,165 0,00
64 80 2,165 7,39
80 80 1,487 0,00
80 105 1,487 16,81
105 105 2,165 0,00
105 126 2,165 9,70
126 126 3,0 0,00
126 132,5 3,0 2,17
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
Areia e cascalho
0
20
40
60
80
100
120
140
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
182
Poço 14 - Guaratinguetá
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 5 3,077 1,62
5 5 2,697 0,00
5 11 2,697 2,22
11 11 2,165 0,00
11 23 2,165 5,54
23 23 2,697 0,00
23 85 2,697 22,99
85 85 2,511 0,00
85 91 2,511 2,39
91 91 3,0 0,00
91 103 3,0 4,00
103 103 3,0 0,00
103 153 3,0 16,67
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Arenito argiloso
Areia e cascalho
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
183
Poço 27 - Guaratinguetá
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 2,697 0,00
0 5 2,697 1,85
5 5 1,8 0,00
5 35 1,8 16,67
35 35 2,697 0,00
35 73 2,697 14,09
73 73 1,8 0,00
73 108 1,8 19,44
108 108 2,697 0,00
108 115 2,697 2,60
115 115 1,8 0,00
115 120 1,8 2,78
120 120 2,697 0,00
120 122 2,697 0,74
122 122 1,8 0,00
122 130 1,8 4,44
130 130 2,697 0,00
130 135 2,697 1,85
135 135 1,8 0,00
135 150 1,8 8,33
LEGENDA
Arenito
Argila
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
184
Poço 11 – Jacareí
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,487 0,00
0 15 1,487 10,09
15 15 2,697 0,00
15 27 2,697 4,45
27 27 1,487 0,00
27 38 1,487 7,40
38 38 2,697 0,00
38 44 2,697 2,22
44 44 1,487 0,00
44 58 1,487 9,41
58 58 1,6 0,00
58 59 1,6 0,63
59 59 1,487 0,00
59 60 1,487 0,67
60 60 3 0,00
60 61 3 0,33
LEGENDA
Arenito
Argilito
Areia
Cascalho
0
10
20
30
40
50
60
70
0 1 2 3 4
Condutividade (W/K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
185
Poço 25 - Jacareí
Topo Base Condutividade
Resistência
0 0 1,487 0,00
0 15 1,487 10,09
15 15 2,697 0,00
15 16 2,697 0,37
16 16 1,487 0,00
16 17 1,487 0,67
17 17 2,697 0,00
17 19 2,697 0,74
19 19 1,487 0,00
19 27 1,487 5,38
27 27 2,697 0,00
27 31 2,697 1,48
31 31 1,487 0,00
31 34 1,487 2,02
34 34 2,697 0,00
34 36 2,697 0,74
36 36 1,487 0,00
LEGENDA
Arenito
Argilito
Topo Base Condutividade
Resistência
36 43 1,487 4,71
43 43 2,697 0,00
43 46 2,697 1,11
46 46 1,487 0,00
46 52 1,487 4,03
52 52 2,697 0,00
52 60 2,697 2,97
60 60 1,487 0,00
60 66 1,487 4,03
66 66 2,697 0,00
66 70 2,697 1,48
70 70 1,487 0,00
70 74 1,487 2,69
74 74 2,697 0,00
74 76 2,697 0,74
76 76 1,487 0,00
76 80 1,487 2,69
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 1 2 3
Condutividade
Profundidade
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
186
Poço 16 - Jacareí
Topo Base Condutividade
Resistência
0 0 1,487 0,00
0 15 1,487 10,09
15 15 2,697 0,00
15 16 2,697 0,37
16 16 1,487 0,00
16 17 1,487 0,67
17 17 2,697 0,00
17 19 2,697 0,74
19 19 1,487 0,00
19 27 1,487 5,38
27 27 2,697 0,00
27 31 2,697 1,48
31 31 1,487 0,00
31 34 1,487 2,02
34 34 2,697 0,00
34 36 2,697 0,74
36 36 1,487 0,00
LEGENDA
Arenito
Argilito
Topo Base Condutividade
Resistência
36 43 1,487 4,71
43 43 2,697 0,00
43 46 2,697 1,11
46 46 1,487 0,00
46 52 1,487 4,03
52 52 2,697 0,00
52 60 2,697 2,97
60 60 1,487 0,00
60 66 1,487 4,03
66 66 2,697 0,00
66 70 2,697 1,48
70 70 1,487 0,00
70 74 1,487 2,69
74 74 2,697 0,00
74 76 2,697 0,74
76 76 1,487 0,00
76 87 1,487 7,40
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0 1 2 3
Condutividade (W/K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
187
Poço 15 - Jacareí
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 2,165 0,00
0 94 2,165 43,42
94 94 3 0,00
94 96 3 0,67
LEGENDA
Argilito arenoso
Embasamento
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 1 2 3 4
Condutividade (W/K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
188
Poço 14 - Jacareí
Topo Base Condutividade
Resistência
0 0 1,487 0,00
0 15 1,487 10,09
15 15 2,697 0,00
15 16 2,697 0,37
16 16 1,487 0,00
16 17 1,487 0,67
17 17 2,697 0,00
17 19 2,697 0,74
19 19 1,487 0,00
19 27 1,487 5,38
27 27 2,697 0,00
27 31 2,697 1,48
31 31 1,487 0,00
31 34 1,487 2,02
34 34 2,697 0,00
34 36 2,697 0,74
36 36 1,487 0,00
LEGENDA
Arenito
Argilito
Topo Base Condutividade
Resistência
36 43 1,487 4,71
43 43 2,697 0,00
43 46 2,697 1,11
46 46 1,487 0,00
46 52 1,487 4,03
52 52 2,697 0,00
52 60 2,697 2,97
60 60 1,487 0,00
60 66 1,487 4,03
66 66 2,697 0,00
66 70 2,697 1,48
70 70 1,487 0,00
70 74 1,487 2,69
74 74 2,697 0,00
74 76 2,697 0,74
76 76 1,487 0,00
76 87 1,487 7,40
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0 1 2 3
Condutividade(W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
189
Poço 12 - Jacareí
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,6 0,00
0 7 1,6 4,38
7 7 2,165 0,00
7 58 2,165 23,56
58 58 3 0,00
58 112 3 18,00
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Embasamento
0
20
40
60
80
100
120
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
190
Poço 9 - Jacareí
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,6 0,00
0 22 1,6 13,75
22 22 2,165 0,00
22 115 2,165 42,96
115 115 3 0,00
115 280 3 55,00
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Embasamento
0
50
100
150
200
250
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
191
Poço 8 - Lavrinhas
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 2 3,077 0,65
2 2 2,165 0,00
2 4 2,165 0,92
4 4 2,697 0,00
4 8 2,697 1,48
8 8 3 0,00
8 12 3 1,33
12 12 3 0,00
12 81 3 23,00
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Areia
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
192
Poço 6 - Lorena
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 2 3,077 0,65
2 2 1,487 0,00
2 12 1,487 6,72
12 12 2,165 0,00
12 19 2,165 3,23
19 19 1,487 0,00
19 25 1,487 4,03
25 25 1,8 0,00
25 30 1,8 2,78
30 30 1,487 0,00
30 33 1,487 2,02
33 33 1,8 0,00
33 48 1,8 8,33
48 48 1,487 0,00
48 50 1,487 1,34
50 50 2,165 0,00
50 53 2,165 1,39
53 53 1,487 0,00
53 55 1,487 1,34
55 55 2,165 0,00
55 56,5 2,165 0,69
56,5 56,5 1,487 0,00
56,5 58 1,487 1,01
58 58 1,8 0,00
58 60 1,8 1,11
60 60 1,487 0,00
60 69 1,487 6,05
69 69 2,165 0,00
69 73 2,165 1,85
73 73 1,487 0,00
73 75 1,487 1,34
75 75 2,165 0,00
75 80 2,165 2,31
LEGENDA
Arenito
Argilito
Folhelho
Topo Base Condutividade Resistência
80 80 1,487 0,00
80 82 1,487 1,34
82 82 2,165 0,00
82 87 2,165 2,31
87 87 1,487 0,00
87 89 1,487 1,34
89 89 2,165 0,00
89 92 2,165 1,39
92 92 1,487 0,00
92 110 1,487 12,10
110 110 2,165 0,00
110 113 2,165 1,39
113 113 1,487 0,00
113 115 1,487 1,34
115 115 2,165 0,00
115 118 2,165 1,39
118 118 1,487 0,00
118 121 1,487 2,02
121 121 2,165 0,00
121 123 2,165 0,92
123 123 1,487 0,00
123 139 1,487 10,76
139 139 2,165 0,00
139 141 2,165 0,92
141 141 1,487 0,00
141 143 1,487 1,34
143 143 2,165 0,00
143 146 2,165 1,39
146 146 1,487 0,00
146 148 1,487 1,34
148 148 2,165 0,00
148 154 2,165 2,77
154 154 1,487 0,00
154 174 1,487 13,45
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
193
Poço 2 - Pindamonhangaba
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 6 3,077 1,95
6 6 1,487 0,00
6 12 1,487 4,03
12 12 1,8 0,00
12 24 1,8 6,67
24 24 1,8 0,00
24 38 1,8 7,78
38 38 1,487 0,00
38 42 1,487 2,69
42 42 1,8 0,00
42 62 1,8 11,11
62 62 1,487 0,00
62 74 1,487 8,07
74 74 1,8 0,00
74 94 1,8 11,11
94 94 1,487 0,00
94 100 1,487 4,03
LEGENDA
Solo
Argilito
Argila
Folhelho
0
20
40
60
80
100
0 1 2 3 4
Condutividade (Wm°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
194
Poço 1 - Silveiras
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,6 0,00
0 12 1,6 7,50
12 12 2,5 0,00
12 101 2,5 35,60
LEGENDA
Solo
Embasamento
0
20
40
60
80
100
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
195
Poço 20 - Roseira
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 6 3,077 1,95
6 6 1,487 0,00
6 12 1,487 4,03
12 12 1,8 0,00
12 24 1,8 6,67
24 24 1,8 0,00
24 38 1,8 7,78
38 38 1,487 0,00
38 42 1,487 2,69
42 42 1,8 0,00
42 62 1,8 11,11
62 62 1,487 0,00
62 74 1,487 8,07
74 74 1,8 0,00
74 94 1,8 11,11
94 94 1,487 0,00
94 106 1,487 8,07
106 106 1,8 0,00
106 126 1,8 11,11
126 126 1,487 0,00
126 128 1,487 1,34
128 128 1,8 0,00
128 135 1,8 3,89
LEGENDA
Solo
Argilito
Argila
Folhelho
0
20
40
60
80
100
120
140
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
196
Poço 7 - Taubaté
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,6 0,00
0 7 1,6 4,38
7 7 2,697 0,00
7 10 2,697 1,11
10 10 1,8 0,00
10 20 1,8 5,56
20 20 2,697 0,00
20 24 2,697 1,48
24 24 2,165 0,00
24 37 2,165 6,00
37 37 2,697 0,00
37 41 2,697 1,48
41 41 1,487 0,00
41 68 1,487 18,16
68 68 2,165 0,00
68 128 2,165 27,71
128 128 2,511 0,00
128 146 2,511 7,17
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
Arenito argiloso
0
25
50
75
100
125
150
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
197
Poço 108 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade
Resistência
0 0 3,077 0,00
0 3 3,077 0,97
3 3 1,487 0,00
3 21 1,487 12,10
21 21 2,697 0,00
21 29 2,697 2,97
29 29 1,487 0,00
29 39 1,487 6,72
39 39 2,697 0,00
39 46 2,697 2,60
46 46 1,487 0,00
46 56 1,487 6,72
56 56 2,697 0,00
56 65 2,697 3,34
65 65 1,487 0,00
65 70 1,487 3,36
70 70 2,697 0,00
70 75 2,697 1,85
75 75 1,487 0,00
75 85 1,487 6,72
85 85 2,697 0,00
85 89 2,697 1,48
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Topo Base Condutividade
Resistência
89 89 1,487 0,00
89 96 1,487 4,71
96 96 2,697 0,00
96 100 2,697 1,48
100 100 1,487 0,00
100 110 1,487 6,72
110 110 2,697 0,00
110 119 2,697 3,34
119 119 1,487 0,00
119 124 1,487 3,36
124 124 2,697 0,00
124 135 2,697 4,08
135 135 1,487 0,00
135 138 1,487 2,02
138 138 2,697 0,00
138 145 2,697 2,60
145 145 1,487 0,00
145 150 1,487 3,36
150 150 2,697 0,00
150 155 2,697 1,85
155 155 1,487 0,00
155 168,5 1,487 9,08
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
198
Poço 86 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,487 0,00
0 2 1,487 1,34
2 2 2,697 0,00
2 6 2,697 1,48
6 6 2,165 0,00
6 20 2,165 6,47
20 20 1,487 0,00
20 22 1,487 1,34
22 22 2,697 0,00
22 24 2,697 0,74
24 24 1,487 0,00
24 26 1,487 1,34
26 26 2,697 0,00
26 32 2,697 2,22
32 32 2,165 0,00
32 34 2,165 0,92
34 34 2,697 0,00
34 36 2,697 0,74
36 36 1,487 0,00
36 46 1,487 6,72
46 46 2,697 0,00
46 48 2,697 0,74
48 48 1,487 0,00
48 60 1,487 8,07
60 60 2,697 0,00
60 64 2,697 1,48
64 64 1,487 0,00
64 70 1,487 4,03
70 70 2,697 0,00
70 78 2,697 2,97
78 78 1,487 0,00
78 80 1,487 1,34
80 80 1,8 0,00
LEGENDA
Argilito arenoso
Solo
Arenito
Argilito
Argila
Topo Base Condutividade Resistência
80 86 1,8 3,33
86 86 2,697 0,00
86 90 2,697 1,48
90 90 1,487 0,00
90 92 1,487 1,34
92 92 1,8 0,00
92 98 1,8 3,33
98 98 2,697 0,00
98 112 2,697 5,19
112 112 1,8 0,00
112 114 1,8 1,11
114 114 2,697 0,00
114 128 2,697 5,19
128 128 1,487 0,00
128 130 1,487 1,34
130 130 2,697 0,00
130 132 2,697 0,74
132 132 1,487 0,00
132 134 1,487 1,34
134 134 2,165 0,00
134 146 2,165 5,54
146 146 2,697 0,00
146 154 2,697 2,97
154 154 1,487 0,00
154 164 1,487 6,72
164 164 2,697 0,00
164 168 2,697 1,48
168 168 1,487 0,00
168 170 1,487 1,34
170 170 2,697 0,00
170 180 2,697 3,71
180 180 1,487 0,00
180 182 1,487 1,34
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
199
Poço 7 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade
Resistência
0 0 3,077 0,00
0 8 3,077 2,60
8 8 1,487 0,00
8 29 1,487 14,12
29 29 2,697 0,00
29 39 2,697 3,71
39 39 1,487 0,00
39 43 1,487 2,69
43 43 2,697 0,00
43 52 2,697 3,34
52 52 1,487 0,00
52 64 1,487 8,07
64 64 2,697 0,00
64 68 2,697 1,48
68 68 1,487 0,00
68 72 1,487 2,69
72 72 2,697 0,00
72 83 2,697 4,08
83 83 1,487 0,00
83 90 1,487 4,71
90 90 2,697 0,00
90 93 2,697 1,11
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Topo Base Condutividade
Resistência
93 93 1,487 0,00
93 96 1,487 2,02
96 96 2,697 0,00
96 101 2,697 1,85
101 101 1,487 0,00
101 105 1,487 2,69
105 105 2,697 0,00
105 109 2,697 1,48
109 109 1,487 0,00
109 113 1,487 2,69
113 113 2,697 0,00
113 122 2,697 3,34
122 122 1,487 0,00
122 128 1,487 4,03
128 128 2,697 0,00
128 140 2,697 4,45
140 140 1,487 0,00
140 151 1,487 7,40
151 151 2,697 0,00
151 154 2,697 1,11
154 154 1,487 0,00
154 180 1,487 17,48
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
200
Poço 112 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 3,077 0,00
0 5 3,077 1,62
5 5 1,487 0,00
5 11 1,487 4,03
11 11 2,697 0,00
11 16 2,697 1,85
16 16 1,487 0,00
16 38 1,487 14,79
38 38 2,697 0,00
38 43 2,697 1,85
43 43 1,487 0,00
43 77 1,487 22,86
77 77 2,697 0,00
77 85 2,697 2,97
85 85 1,487 0,00
85 90 1,487 3,36
90 90 2,697 0,00
90 93 2,697 1,11
93 93 1,487 0,00
93 110 1,487 11,43
110 110 3 0,00
110 118 3 2,67
118 118 3 0,00
118 173 3 18,33
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Areia
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
201
Poço 68 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade
Resistência
0 0 3,077 0,00
0 13 3,077 4,22
13 13 2,697 0,00
13 39 2,697 9,64
39 39 1,487 0,00
39 71 1,487 21,52
71 71 2,697 0,00
71 80 2,697 3,34
80 80 1,487 0,00
80 85 1,487 3,36
85 85 2,697 0,00
85 88 2,697 1,11
88 88 1,487 0,00
88 98 1,487 6,72
98 98 2,697 0,00
98 105 2,697 2,60
105 105 1,487 0,00
105 110 1,487 3,36
110 110 2,697 0,00
110 119 2,697 3,34
119 119 1,487 0,00
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Areia e cascalho
Topo Base Condutividade
Resistência
119 129 1,487 6,72
129 129 2,697 0,00
129 132 2,697 1,11
132 132 1,487 0,00
132 139 1,487 4,71
139 139 2,2 0,00
139 144 2,2 2,27
144 144 1,487 0,00
144 148 1,487 2,69
148 148 2,2 0,00
148 155 2,2 3,18
155 155 1,487 0,00
155 160 1,487 3,36
160 160 2,697 0,00
160 164 2,697 1,48
164 164 1,487 0,00
164 170 1,487 4,03
170 170 2,697 0,00
170 175 2,697 1,85
175 175 1,487 0,00
175 201 1,487 17,48
0
50
100
150
200
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
202
Poço 62 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade
Resistência
0 0 3,077 0,00
0 6 3,077 1,95
6 6 1,487 0,00
6 26 1,487 13,45
26 26 2,697 0,00
26 28 2,697 0,74
28 28 1,487 0,00
28 34 1,487 4,03
34 34 2,697 0,00
34 36 2,697 0,74
36 36 1,487 0,00
36 44 1,487 5,38
44 44 2,697 0,00
44 50 2,697 2,22
50 50 1,487 0,00
50 65 1,487 10,09
65 65 2,697 0,00
65 69 2,697 1,48
69 69 1,487 0,00
69 71 1,487 1,34
71 71 2,697 0,00
71 73 2,697 0,74
73 73 1,487 0,00
73 79 1,487 4,03
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Topo Base Condutividade
Resistência
79 79 2,697 0,00
79 83 2,697 1,48
83 83 1,487 0,00
83 92 1,487 6,05
92 92 2,697 0,00
92 94 2,697 0,74
94 94 1,487 0,00
94 99 1,487 3,36
99 99 2,697 0,00
99 101 2,697 0,74
101 101 1,487 0,00
101 105 1,487 2,69
105 105 2,697 0,00
105 111 2,697 2,22
111 111 1,487 0,00
111 120 1,487 6,05
120 120 2,697 0,00
120 126 2,697 2,22
126 126 1,487 0,00
126 136 1,487 6,72
136 136 2,697 0,00
136 141 2,697 1,85
141 141 1,487 0,00
141 150 1,487 6,05
0
20
40
60
80
100
120
140
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
203
Poço 61 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade
Resistência
0 0 3,077 0,00
0 6 3,077 1,95
6 6 1,487 0,00
6 26 1,487 13,45
26 26 2,697 0,00
26 28 2,697 0,74
28 28 1,487 0,00
28 34 1,487 4,03
34 34 2,697 0,00
34 36 2,697 0,74
36 36 1,487 0,00
36 44 1,487 5,38
44 44 2,697 0,00
44 50 2,697 2,22
50 50 1,487 0,00
50 65 1,487 10,09
65 65 2,697 0,00
65 69 2,697 1,48
69 69 1,487 0,00
69 71 1,487 1,34
71 71 2,697 0,00
71 73 2,697 0,74
73 73 1,487 0,00
73 79 1,487 4,03
LEGENDA
Solo
Arenito
Argilito
Topo Base Condutividade
Resistência
79 79 2,697 0,00
79 83 2,697 1,48
83 83 1,487 0,00
83 92 1,487 6,05
92 92 2,697 0,00
92 94 2,697 0,74
94 94 1,487 0,00
94 99 1,487 3,36
99 99 2,697 0,00
99 101 2,697 0,74
101 101 1,487 0,00
101 105 1,487 2,69
105 105 2,697 0,00
105 111 2,697 2,22
111 111 1,487 0,00
111 120 1,487 6,05
120 120 2,697 0,00
120 126 2,697 2,22
126 126 1,487 0,00
126 136 1,487 6,72
136 136 2,697 0,00
136 141 2,697 1,85
141 141 1,487 0,00
141 168 1,487 18,16
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 1 2 3 4
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
204
Poço 59 – S. J. Campos
Topo Base Condutividade Resistência
0 0 1,487 0,00
0 90 1,487 60,52
90 90 2,165 0,00
90 114 2,165 11,09
114 114 2,697 0,00
114 124 2,697 3,71
LEGENDA
Argilito arenoso
Arenito
Argilito
0
20
40
60
80
100
120
0 1 2 3
Condutividade (W/m°K)
Profundidade (m)
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
205
Apêndice D – Dados de Fluxo
Poço 28 - Aparecida
Rct = Σ Resist.
=
406,75 m²K/W
k = Z / Rct = 2,46 W/mK
To =
22,00 °C
Tz =
59,51 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
92,22 mW/m²
Poço 55 - Caçapava
Rct = Σ Resist =
69,50 m²K/W
k = Z / Rct = 1,94 W/mK
To =
22,80 °C
Tz =
27,70 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
70,51 mW/m²
Poço 26 - Caçapava
Rct = Σ Resist =
328,28 m²K/W
k = Z / Rct = 2,44 W/mK
To =
22,80 °C
Tz =
48,47 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
78,20 mW/m²
Poço 24 – Caçapava
Rct = Σ Resist =
304,31 m²K/W
k = Z / Rct
=
2,96 W/mK
To =
22,80 °C
Tz =
31,00 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
26,95 mW/m²
Poço 9 - Caçapava
Rct = Σ Resist =
406,71 m²K/W
k = Z / Rct = 2,46 W/mK
To =
22,80 °C
Tz =
44,17 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
52,54 mW/m²
Poço 27 - Guaratinguetá
Rct = Σ Resist =
372,80 m²K/W
k = Z / Rct = 2,41 W/mK
To =
22,00 °C
Tz =
55,91 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
90,96 mW/m²
Poço 14 - Guaratinguetá
Rct = Σ Resist =
304,44 m²K/W
k = Z / Rct = 2,96 W/mK
To =
22,00 °C
Tz =
38,79 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
55,15 mW/m²
Poço 29 Guaratinguetá
Rct = Σ Resist =
373,86 m²K/W
k = Z / Rct = 2,41 W/mK
To =
22,00 °C
Tz =
36,27 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
38,17 mW/m²
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
206
Poço 25 - Jacareí
Rct = Σ Resist = 333,96 m²K/W
k = Z / Rct = 2,40 W/mK
To =
20,00 °C
Tz =
38,70 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
56,00 mW/m²
Poço 16 - Jacareí
Rct = Σ Resist = 375,86 m²K/W
k = Z / Rct = 2,39 W/mK
To =
20,00 °C
Tz =
33,10 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
34,85 mW/m²
Poço 15 - Jacareí
Rct = Σ Resist = 365,68 m²K/W
k = Z / Rct = 2,46 W/mK
To =
20,00 °C
Tz =
39,81 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
54,17 mW/m²
Poço 14 - Jacareí
Rct = Σ Resist = 415,86 m²K/W
k = Z / Rct = 2,40 W/mK
To =
20,00 °C
Tz =
61,45 °C
q = (Tz-To) / R
ct =
99,67 mW/m²
Poço 12 Jacareí
Rct = Σ Resist = 321,13 m²K/W
k = Z / Rct = 2,49 W/mK
To =
20,00 °C
Tz =
33,92 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
43,35 mW/m²
Poço 8 - Lavrinhas
Rct = Σ Resist =
394,99 m²K/W
k = Z / Rct = 2,53 W/mK
To
=
20,00 °C
Tz =
32,69 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
32,13 mW/m²
Poço 6 - Lorena
Rct = Σ Resist = 394,14 m²K/W
k = Z / Rct = 2,28 W/mK
To =
22,00 °C
Tz =
47,71 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
65,23 mW/m²
Poço 22 - Pindamonhangaba
Rct = Σ Res
ist =
377,45 m²K/W
k = Z / Rct = 2,38 W/mK
To =
24,00 °C
Tz =
60,17 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
95,83 mW/m²
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
207
Poço 20 - Roseira
Rct = Σ Resist =
423,83 m²K/W
k = Z / Rct = 2,36 W/mK
To =
21,00 °C
Tz =
35,12 °C
q = (Tz-To) / R
ct =
33,32 mW/m²
Poço 28 – Santa Branca
Rct = Σ Resist =
393,47 m²K/W
k = Z / Rct = 2,54 W/mK
To =
20,00 °C
Tz =
34,73 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
37,44 mW/m²
Poço 108 – S. J. Campos
Rct = Σ Resist = 304,05 m²K/W
k = Z / Rct = 2,30 W/mK
To =
20,80 °C
Tz =
48,97 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
92,65 mW/m²
Poço 68 – S.J. Campos
Rct = Σ Resist = 227,73 m²K/W
k = Z / Rct = 2,20 W/mK
To =
20,80 °C
Tz =
40,86 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
88,09 mW/m²
Poço 61 - S.J. Campos
Rct = Σ Resist = 311,32 m²K/W
k = Z / Rct = 2,25 W/mK
To =
20,80 °C
Tz =
37,59 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
53,93 mW/m²
Poço 7 - S.J. Campos
Rct = Σ Resist = 345,15 m²K/W
k = Z / Rct = 2,32 W/mK
To =
20,80 °C
Tz =
48,97 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
81,62 mW/m²
Poço 10 - Tremembé
Rct = Σ Resist = 360,00 m²K/W
k = Z / Rct = 2,50 W/mK
To =
24,70 °C
Tz =
44,45 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
54,86 mW/m²
Poço7 - Taubaté
Rct = Σ Resist =
414,65 m²K/W
k = Z / Rct = 2,41 W/mK
To =
24,00 °C
Tz =
51,78 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
67,00 mW/m²
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
208
Poço 6 - Taubaté
Rct = Σ Resist =
397,62 m²K/W
k = Z / Rct = 2,51 W/mK
To =
24,00 °C
Tz =
41,75 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
44,64 mW/m²
Poço 1 - Taubaté
Rct = Σ Resist =
200 m²K/W
k = Z / Rct =
2,5 W/mK
To =
24,00 °C
Tz =
49,46°C
q = (Tz-
To) / Rct =
50,92 mW/m²
Poço 1 - Silveira
Rct = Σ Resist =
397,62 m²K/W
k = Z / Rct =
2,51 W/mK
To =
24,00 °C
Tz =
41,75 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
44,64 mW/m²
Poço 112 - S. J. Campos
Rct = Σ Resist =
297,70 m²K/W
k = Z / Rct =
2,35 W/mK
To =
20,80 °C
Tz =
37,73 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
56,87 mW/m²
Poço 86 - S. J. Campos
Rct = Σ Resist =
296,72 m²K/W
k = Z / Rct =
2,36 W/mK
To =
20,80 °C
Tz =
45,10 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
81,90 mW/m²
Poço 62 - S. J. Campos Poço
Rct = Σ Resist = 266,42 m²K/W
k = Z / Rct = 2,25 W/mK
To =
20,80 °C
Tz =
42,98 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
83,25 mW/m²
Poço 59 - S.J. Campos
Rct = Σ Resist = 385,72 m²K/W
k = Z / Rct = 2,33 W/mK
To =
20,80 °C
Tz =
54,34 °C
q = (Tz-
To) / Rct =
86,95 mW/m²
Observatório Nacional – ON/MCT
Estrutura Termal das Bacias Tafrogênicas e da Crosta Subjacente, de Idade pós Mesozóica na Região Sudeste
209
Apêndice - E – Rotina para calcular do parâmetro D e a temperatura do
reservatório
* Cálculo do Fator de Diluição d
*
program Paramd
*
* d = Fator de Diluição
* alfa = Fator de correção para sílica
* beta = Fator de correção para sulfato
* SiO2 = Concentração de sílica medida
* SO4 = Concentração de sulfato medida
*
dimension Sio2(500), So4(500)
real(8) Sio2, So4, alfa, beta, c, delta, d1, d2, a, b, d, x, y
Integer i, nd
*
character *60 Input, Output
write (*,10)
10 format (//,22x, 'Arquivo de entrada de dados ?')
read (*, '(A)') input
open (3,file = Input, status = 'OLD')
write (*,20)
20 format (//, 24x, 'Arquivo de saída de dados ?')
read (*,'(A)') output
open (11, file = Output)
write (*,25)
25 format (//, 24x, 'Numero de dados Químicos')
read *, nd
*
* Leitura dos Dados de Entrada
*
alfa = .856
beta = .73
c = 125.36
Do 50 i = 1, nd
read (3,30) x, y
30 format (f10.4, f10.4)
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210
Sio2(i) = x
So4(i) = y
a = 0.1176 * ((So4(i)/beta)**2) + 31.105 * ((Sio2(i)/alfa)**2)
b = -(7.3489 * (So4(i)/beta) + 111.07 * (Sio2(i)/alfa))
*
* Solução da Equação do Segundo Grau
*
delta = b*b - 4 * a * c
if ( delta .lt. 0.0) then
go to 50
c write (11,35) Sio2(i), So4(i)
c 35 format (f10.4, 4x, f10.4, 8x,'Delta < 0',/)
else
d2 = (-b - sqrt(delta)) / (2 * a)
d1 = (-b + sqrt(delta)) / (2 * a)
if ( d1 .le. d2) then
d = d1
else
d = d2
endif
write (11,40) x, y, d
40 format (f10.4, 4x, f10.4, 4x, f10.2)
c write (11,40) d
c 40 format (1x, f10.2)
endif
50 Continue
stop
end
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211
Apêndice F – Temperaturas na Crosta
1 km
2 km
3 km
4 km
5 km
10 km
15 km
20 km
25 km
30 km
35 km
°C
20
80
140
200
260
320
380
440
500
560
620
680
740
800
860
920
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