155
morango
, de 0,09 a 1,10 mg/kg. Em 2004 foram
encontrados resíduos de
ditiocarbamatos, em 135 (84%) das 161 amostras de
maçã
, em níveis que variaram
de 0,2 a 2,0 mg/kg; em 124 (77,5%) das 160 amostras de
mamão
, de 0,2 a 3,97
mg/kg) e em 9 (6%) das 151 amostras de
morango
, de 0,1 a 1,4 mg/kg (ANVISA
2005).
Os ditiocarbamatos têm sido encontrados também em outras frutas destinadas
à exportação. Em monitoramento de resíduos de agrotóxicos realizada por Araújo e
col. (2001), os ditiocarbamatos (CS
2
) foram encontrados em 5% das amostras de
manga e em 27% das de uva, em níveis de 0,06 a 0,07 mg/kg e de 0,06 a 0,90 mg/kg,
respectivamente. Os valores detectados nas mangas, quando comparados com a
legislação brasileira e o
Codex Alimentarius
(Tabela 4), estão dentro do LMR, porém
em desacordo com LMR estabelecido pela União Européia de 0,05 mg/kg.
Entretanto, para as uvas os valores encontrados estão abaixo dos LMR estabelecidos
pelos maiores países importadores que variam entre 2 e 5 mg/kg de (CS
2
), e também
do LMR estabelecido no Brasil de 3,0 mg/kg de (CS
2
).
A IDA para a classe dos EBDC (mancozebe, manebe, metiram e zinebe), para
cada princípio ou em qualquer combinação, estabelecida pelo JMPR, grupo assessor
do Codex Alimentarius e, também, pela legislação brasileira, é de 0,03 mg/kg/dia de
CS
2
(MINISTÉRIO DA SAÚDE 2003), e a de ETU é de 0,002 mg/kg/dia
(FAO/WHO 1994). Como apenas a partir de EBDC pode-se formar a ETU, limites
totais de ditiocarbamatos, em CS
2
não permitem avaliação em relação aos níveis de
ETU, pois o uso de qualquer ditiocarbamato gera CS
2
pelo método analítico. Porém,
quase a totalidade dos princípios ativos, com autorização de uso em frutas, é da
classe dos EBDC, o que permite traçar um indicativo dos resultados encontrados nos
estudos de monitoramento realizados nos últimos anos no Brasil.
Na Tabela 23 encontra-se a avaliação de risco de exposição a EBDC pelos
resultados obtidos nos alimentos (maçã, mamão, morango, alface, banana, cenoura,
laranja, tomate), analisados pelo PARA (2001-2004) (ANVISA 2005).
A Tabela 24 apresenta a estimativa do risco de exposição à ETU (calculada)
pelos resultados obtidos nos alimentos (maçã, mamão, morango, alface, banana,
cenoura, laranja, tomate), analisados no período de 2001 a 2004 no PARA (ANVISA
2005).