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casos - 54,6%). Em apenas 5 (5,2%) casos houve relato de contato com outras crianças
com doença semelhante e todos esses contatos ocorreram no domicílio.
4.1.3 Manifestações clínicas
Em relação às manifestações clínicas dos casos de infecção primária pelo HHV-6,
constatou-se que a febre ocorreu em 91 dos 97 (93,8%) dos casos estudados, sendo
elevada ou maior que 38,5
o
C em mais da metade dos casos (62,6%). O exantema foi
generalizado na grande maioria dos casos (90,7%), iniciando-se na face ou pescoço em
42,3% dos casos. Outras manifestações clínicas que se destacaram foram: tosse
(61,9%), coriza (60,8%) e presença de linfonodos retro-auriculares e suboccipitais
(34,0%). Nove (9,3%) casos apresentaram complicações, sendo a otite média aguda a
mais encontrada (8 casos – 8,1%), seguida pela convulsão febril (1 caso – 1,0%). Em
três (2,9%) casos o exantema foi diagnosticado durante a internação hospitalar devido
às seguintes causas: pneumonia e hemorragia digestiva aguda (1 caso), pneumonia com
derrame pleural e otite (um caso) e vômitos, diarréia e desidratação (1 caso).
O estudo comparativo das manifestações clínicas da infecção primária pelo HHV-
6 com outras doenças exantemáticas estudadas demonstrou que a febre também ocorreu
na grande maioria dos casos estudados, exceto nas crianças com parvovirose humana,
nas quais a febre esteve presente em 45,1% (14/31) dos casos (Tabela 1). Os resultados
do teste do qui-quadrado
demonstraram que as diferenças encontradas na ocorrência de
febre eram significativas quando os casos de HHV-6 foram comparados com os de
parvovirose humana (x
2
= 34,50; p < 0,001) e de dengue (x
2
= 4,48; p= 0,021), e não
significativas quando comparados com os de rubéola (x
2
= 1,09; p= 0,147) e os
inconclusivos (x
2
= 1,48; p= 0,223). Os cálculos estatísticos não foram realizados para os
casos de sarampo e de escarlatina devido à baixa ocorrência dessas doenças no período.
Quanto à intensidade da febre, verificou-se que os casos de dengue também
apresentaram febre elevada ou maior que 38,5
o
C (72,9%), e em menor proporção os
inconclusivos (59,5%) e os de paravovirose humana (42,9%), embora as diferenças
encontradas não tenham sido significativas em relação à infecção primária pelo HHV-6
(HHV-6 versus dengue: x
2
= 0,41; p= 0,269; HHV-6 versus inconclusivos: x
2
= 0,71; p=
0,399; HHV-6 versus parvovirose humana: x
2
= 2,25; p= 0,072). Os cálculos estatísticos