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LEILY MACEDO FIROOZMAND
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA SUPERFICIAL DA RESINA
COMPOSTA FOTOPOLIMERIZADA POR APARELHO DE LUZ
HALÓGENA E DE DIODO (LED) EM FUNÇÃO DE OPACIDADE E
AÇÃO DO FLÚOR FOSFATO ACIDULADO
Dissertação apresentada à Faculdade
de Odontologia de São José dos
Campos, Universidade Estadual
Paulista, como parte dos requisitos para
a obtenção do título de MESTRE, pelo
Programa de Pós-Graduação em
ODONTOLOGIA RESTAURADORA,
Especialidade em Dentística.
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LEILY MACEDO FIROOZMAND
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA SUPERFICIAL DA RESINA
COMPOSTA FOTOPOLIMERIZADA POR APARELHO DE LUZ
HALÓGENA E DE DIODO (LED) EM FUNÇÃO DE OPACIDADE E
AÇÃO DO FLÚOR FOSFATO ACIDULADO
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de São José dos
Campos Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para a
obtenção do título de MESTRE, pelo Programa de Pós-Graduação em
ODONTOLOGIA RESTAURADORA, Especialidade em Dentística.
Orientadora: Prof
a
Titular Maria Amélia Máximo de Araújo
São José dos Campos
2005
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“Que cada manhã seja melhor do que sua
véspera, e cada novo dia mais rico que o
dia anterior.”
Bahá’u’lláh
“Sois as árvores de Meu jardim; deveis dar frutos belos e
maravilhosos, para que vós e outros sejam por eles
beneficiados. Assim compete a cada um ocupar-se em
ofícios ou profissões, pois o segredo da riqueza está nisso, ó
homens de compreensão! Resultados dependem de meios e
a graça de Deus vos será toda-suficiente. Árvores infrutíferas
sempre foram e serão destinadas ao fogo”
Bahá’u’lláh
DEDICATÓRIA
À Deus, Todo-Poderoso,
que é “suficiente para todas as coisas e acima todas de as coisas”
Báb
Aos meus Pais,
Farhad e Izaura cujos esforços dispenderam para a minha educação
intelectual, moral e espiritual. Acreditando ser eu e minhas irmãs
potêncialmente capazes de progredirmos e fazermos algo de bom para a
humanidade. Sacrificaram-se e tiveram como objetivo de suas vidas, nos
dar o melhor para o nosso desenvolvimento como seres humanos.
A eles o meu mais sincero obrigado!
À minhas irmãs,
Lília e Leila que acompanham a minha trajetória, dividindo os momentos
de nossas vidas. Pela admiração e carinho com que têm demonstrado.
Obrigado por tudo que vocês têm me ensinado e ajudado.
AGRADECIMENTO ESPECIAL
À ProfessoraTitular
Maria Amélia Máximo de Araújo
O meu profundo agradecimento, pela orientação precisa,
disponibilidade e dedicação na condução deste trabalho; pelo
exemplo de capacidade, iniciativa e organização. Agradeço
pelo carinho recebido, e pela contribuição na minha vida
pessoal e profissional.
AGRADECIMENTOS
À grande amiga Andressa Pereira Kuwana, pelo companherismo,
constante apoio, e sobre tudo pela inestimável amizade.
Ao querido Giovani Meinez, pelo apoio e auxílio em todas as horas,
carinho, incentivo e compreensão. Obrigada por ter dividido todos estes
momentos comigo.
À querida amiga Márcia Okamoto Patriota que dividiu muito dos
momentos, acompanhando minhas dificuldades, os obstáculos a serem
vencidos bem como as alegrias. Muito obrigada pela sua amizade.
À querida amiga Márcia Maciel Menezes, que apesar destes últimos
anos não termos tido um contato tão assíduo como era no passado,
muito me apoiou. Tenho muito a agradecer por tudo que aprendi com a
tua amizade e a tua pessoa.
Ao amigo cirurgião dentista Antônio Carlos Longo pelo seu incentivo,
sua compreensão, sua admiração e torcida pelo meu êxito profissional.
Ao amigo Alexandre Rodrigues Silva, pelo auxílio nas inúmeras horas
em que surgiram problemas no computador durante a redação deste
trabalho.
À todos os meus colegas e amigos da Pós-Graduação, Lia, Janaína,
Patrícia Marra, Maristela, Teresa, Renato Palo, Paula Elaine, Carol,
Samira pela amizade auxílio e carinho com que compartilhamos diversos
momentos durante este período, bem como Cristiani, Valdeci, Patrícia
Itocaso, Rodrigo, Thaís, por todos os momentos de apreensão e
descontração que passamos juntos.
À querida Érica Cristina que prestou a sua ajuda e demostrou o seu
constante carinho e admiração.
Aos amigos Samira Afonso e Renato Palo, sendo solidários, amigos e
generosos auxilliando no empréstimo de suas máquinas fotográficas,
para que diversas pesquisas e até mesmo este trabalho pudesse ser
ilustrado.
Aos meus tios e tias que admiram o meu trabalho, me apoiam e
demostram o seu singelo carinho e atenção.
Aos meus queridos avós, que mesmo morando distante nunca deixaram
de demostrar o seu amor, acreditando no meu potencial sempre
incentivando e torcendo pelo meu progresso.
A todos os meus amigos que direta ou indiretamente colaboraram com a
execução desse trabalho e/ou acompanham a minha trajetória, tendo a
sua importante influência em minha vida.
OUTROS AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, na pessoa do
Diretor Paulo Vilela Santos Júnior, pela oportunidade em continuar os
meus estudos nesta faculdade que tanto admiro.
À FAPESP pelo apoio, incentivo à pesquisa e auxílio financeiro para a
realização deste trabalho.
Aos todos os docentes desta Universidade, que acompanharam meu
desempenho na graduação e agora estiveram presentes nesta etapa do
meu desenvolvimento acadêmico, pela dedicação e pelos valiosos
ensinamentos.
Ao Sr. Nilton, representante da Gnatus pela sua constante gentileza e
disponibilidade, fornecendo o aparelho de LED da (Gnatus) e recursos
para a realização desta pesquisa.
À Sra. Ângela de Brito Bellini, Diretora dos Serviços de Biblioteca e
Documentação, pelo auxílio na revisão das normas de apresentção deste
trabalho.
Ao Professor Ivan Balducci, pela paciência e pronta colaboração para a
análise estatística dos dados deste trabalho.
Às funcionárias da secretaria de Pós Graduação, Rosemary, Erena e
Maria Aparecida pela atenção e constantes esclarecimentos durante
todo o curso.
9
Às funcionárias do Departamento de Odontologia Restauradora, em
especial Josi, Michelle e Rosângela, por todos os auxílios prestados
durante a execução de pesquisas.
Às todas funcionárias da Biblioteca “Profa. Leila Novaes”, que tanto
auxiliaram durante a aquisição de materiais literários, a fim de que sempre
pudéssemos realizar pesquisas com um alto nível de qualidade.
A todos os funcionários e pacientes da Faculdade de Odontologia de
São José dos Campos da UNESP por terem auxiliado na minha formação
como cirurgiã-dentista, colaborando para que, a cada dia, eu pudesse me
tornar uma profissional melhor.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ............................................................................... 12
LISTA DE ABREVIATURAS................................................................... 13
LISTA DE TABELAS............................................................................... 14
RESUMO................................................................................................. 16
1 INTRODUÇÃO ................................................................................. 17
2 REVISÃO DA LITERATURA............................................................ 22
2.1 As resinas compostas...................................................................... 22
2.2 Polimerização e fontes fotopolimerizadoras .................................... 29
2.3 O efeito tópico dos fluoretos ............................................................ 67
3 PROPOSIÇÃO ................................................................................. 77
4 MATERIAL E MÉTODO................................................................... 78
4.1 Descrição da matriz......................................................................... 78
4.2 Confecção das pastilhas de resina composta.................................. 79
4.3 Armazenagem e embutimento dos corpos-de-prova....................... 83
4.4 Polimento dos corpos-de-prova....................................................... 83
4.5 Leitura em microdurômetro.............................................................. 84
4.6 Aplicação de FFA sobre a superfície e leitura final em microdurômetro
...................................................................................................................86
4.7 Análise estatística............................................................................ 87
5 RESULTADOS................................................................................. 88
5.1 Análise estatística: profundidade de polimerização......................... 88
5.2 Análise estatística: ação do flúor ..................................................... 94
6 DISCUSSÃO .................................................................................. 100
6.1 Discussão da metodologia............................................................. 100
6.2 Discussão dos resultados.............................................................. 113
7 CONCLUSÕES .............................................................................. 121
8 REFERÊNCIAS.............................................................................. 122
ABSTRACT........................................................................................... 137
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Matriz de aço inoxidável....................................................... 79
FIGURA 2 - Aparelho fotopolimerizador de luz halógena XL 3000 (3M) 80
FIGURA 3 - Aparelho fotopolimerizador de LED Optilight LD II (Gnatus) 81
FIGURA 4 - Resinas compostas Esthet-X (Dentsply) nas cores A2 e A2-O
................................................................................................. 81
FIGURA 5 - Esquema do delineamento experimental da metodologia.... 82
FIGURA 6 - Pastilhas de resina composta embutidas em RAAQ............ 84
FIGURA 7 - Leitura em microdurômetro.................................................. 85
FIGURA 8 - Desenho esquemático da pastilha de resina composta,
divisão em quadrantes e indentações realizadas .................... 85
FIGURA 9 - Representação do ensaio de microdureza Vickers e diagrama
esquemático da indentação..................................................... 86
FIGURA 10 - Gráfico das médias de microdureza para as oito condições
experimentais estabelecidas pelas variáveis: aparelho,
opacidade e profundidade de polimerização ........................... 91
FIGURA 11 - Gráfico das médias de microdureza para as quatro
condições experimentais estabelecidas pelas variáveis aparelho
e opacidade............................................................................. 93
FIGURA 12- Gráfico das médias de microdureza para as oito diferentes
condições experimentais estabelecidas pelas variáveis:
aparelho, opacidade e ação do FFA........................................ 97
FIGURA 13 - Gráfico das médias de microdureza para as quatro
diferentes condições experimentais estabelecidas pelas
variáveis: opacidade e ação do FFA........................................ 98
LISTA DE ABREVIATURAS
ANOVA
Análise de variância
B/S
Base / Superfície
BISGMA
Bisfenol A glicidil metacrilato
BME
Benjoin-metiler
CIV
Cimento de Ionômero de Vidro
FFA
Flúor Fosfato Acidulado
IL
Intensidade de luz
LED
Diodo emissor de luz
MEV
Microscopia Eletrônica de Varredura
QTH
Quartzo Tungstênio Halogênio
RAAQ
Resina Acrílica Ativada Quimicamente
TEGDMA
Trietilenoglicolmetacrilato
TMPTMA
Trimetilopropano-trimetacrilato
UV
Ultravioleta
°C
Grau Celsius
h
Horas
HV
Dureza Vickers
HK
Dureza Knoop
g
Gramas
min
Minutos
mm
Milímetros
Mpa
Mega Pascal
mW/ cm
2
Miliwatts por centímetro quadrado
N
Newton
nm
Nanômetro
rpm
Rotações por minuto
s
Segundos
Tp
Pico de temperatura de polimerização
V
Volts
W
Watts
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - LUZ HALÓGENA. Média (±desvio padrão) dos dados de
microdureza sob as condições experimentais de opacidade e
profundidade de polimerização................................................ 88
Tabela 2 - LED. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob
as condições experimentais de opacidade e profundidade de
polimerização........................................................................... 89
Tabela 3 - Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as
condições experimentais de opacidade e utilização de
aparelhos fotopolimerizadores................................................. 89
Tabela 4 - ANOVA para os dados de microdureza Vickers obtidos .... 90
Tabela 5 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais
referentes às variáveis: opacidade e profundidade de
polimerização sob ação do aparelho de luz halógena............. 92
Tabela 6 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais
referentes às variáveis: opacidade e profundidade de
polimerização sob ação do aparelho de LED .......................... 93
Tabela 7 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais
referentes às variáveis: opacidade e aparelho polimerizador..94
Tabela 8 - LUZ HALÓGENA. Média (±desvio padrão) dos dados de
microdureza sob as condições experimentais de opacidade e
ação do flúor............................................................................ 95
Tabela 9 - LED. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob
as condições experimentais de opacidade e ação do flúor...... 95
Tabela 10 - Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as
condições experimentais de opacidade e de utilização de
aparelhos polimerizadores....................................................... 96
Tabela 11 - ANOVA para os dados de microdureza (HV) obtidos.......... 97
Tabela 12 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais
referentes às variáveis opacidade e flúor ................................ 99
FIROOZMAND, L. M. Avaliação da microdureza superficial da resina
composta fotopolimerizada por aparelho de luz halógena e de diodo
(LED) em função de opacidade e ação do flúor fosfato acidulado.
2005, 137f. Dissertação (Mestrado em Odontologia Restauradora,
Especialidade em Dentística) – Faculdade de Odontologia de São José
dos Campos, Universidade Estadual, São José dos Campos, 2005.
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi verificar a influência da opacidade de cor, tipos de
aparelhos fotopolimerizadores (luz halogena X led azul) e aplicação tópica do
FFA 1,23% na microdureza da resina composta. A resina composta Esthet-X
(Dentisply), nas cores A2 e A2-O foram inseridas em uma matriz de aço-
inoxidável em cavidades de 5mm de diâmetro e 2mm de profundidade e
fotopolimerizadas por aparelhos; de luz halogena, XL 3000 (3M) ou de LED azul,
Optilight LD II (Gnatus), por 40s. Formaram-se 4 grupos com trinta amostras,
sendo analisadas a superfície e a base das amostras. Estas foram armazenadas
em água destilada, por 24h e posteriormente embutidas em RAAQ. Realizou-se
a leitura da microdureza inicial em Microdurômetro Digital Vickers, utilizando 50g
de carga por 30s de permanência. A seguir, foi aplicado o FFA 1,23% por 48 min
e uma segunda leitura da microdureza foi realizada. O teste estatístico de
ANOVA e Tukey (5%) demonstrou que a microdureza da superfície foi sempre
maior que a da base. O aparelho de luz halógena apresentou maiores valores
médios de microdureza da resina (57,61 HV) que o aparelho de LED (42,53 HV).
Foram encontradas diferenças significantes entre os valores médios de
microdureza ao se variar a opacidade, sendo que em profundidade, a resina A2-
O apresentou os menores valores. A aplicação do FFA 1,23% promoveu
menores valores de microdureza na resina. A opacidade da resina composta, o
tipo e fonte polimerizadora, bem como a utilização tópica do FFA 1,23%
influenciam no grau de microdureza resina.
PALAVRAS-CHAVES: Resinas compostas; dureza; flúor; instrumentos
odontológicos, aparelho fotopolimerizador; análise de variância.
1 INTRODUÇÃO
A estética tem conquistado um importante papel em nossa
sociedade, assim sendo, podemos observar uma grande valorização na
utilização das resinas compostas visando satisfazer as necessidades
estéticas no tratamento restaurador. Entretanto, para obtermos êxito neste
procedimento, diversos requisitos devem ser observados a fim de
garantirmos a longevidade da restauração e o sucesso clínico do
tratamento restaurador adesivo direto.
A introdução das resinas fotopolimerizáveis foi um marco
na dentística restauradora por apresentar vantagens como: maior tempo
de trabalho, maior resistência ao desgaste, estabilidade de cor e menor
grau de porosidade, quando comparadas às resinas autopolimerizáveis.
Os materiais fotopolimerizáveis apresentam maior estabilidade de cor em
relação aos quimicamente polimerizados, sendo que as resinas
quimicamente ativadas, não atingem a grande demanda de longevidade
estética (SCHULZE et al.
56
, 2003).
Entretanto, a qualidade da polimerização das resinas
compostas constitui um importante fator, influenciando diretamente as
características finais do material restaurador. Assim, as propriedades
mecânicas podem ser reduzidas, e a exposição a grandes intensidades
de luz pode aumentar a microinfiltração marginal (ARAUJO et al.
1
, 1997).
A polimerização insuficiente das resinas compostas está entre uma das
principais causas de insucesso clínico (PEREIRA
48
, 1999), promovendo
uma maior tendência ao manchamento e maior possibilidade de infiltração
marginal pela incompleta polimerização das camadas mais profundas da
18
cavidade e o teor aumentado de monômeros residuais (ASMUSSEN
2
,
1982; CORRER SOBRINHO et al.
12
, 2000). É necessário que o material
seja devidamente polimerizado, pois uma polimerização inadequada
promove maior sorpção e solubilidade, diminuindo a microdureza do
material, promovendo redução na longevidade e durabilidade da
restauração (PEARSON & LONGMAN
50
, 1989)
Desta forma, a polimerização incompleta pode ser
atribuída a fatores tais como; penetração insuficiente da luz incidente,
distância entre a fonte de luz e a superfície da resina composta (ARAUJO
et al.
1
, 1997; MOSELEY et al.
43
, 1986), direcionamento da luz, condições
do aparelho fotopolimerizador (ARAUJO et al.
1
, 1997; MOSELEY et al.
43
,
1986), tempo de exposição à luz halógena, espessura das porções de
resina (ATMADJA & BRYANT
4
, 1990; PIRES et al.
51
, 1993;
RUEGGEBERG et al.
53
,1994; VICENTINI et al.
69
, 1996), cor da resina
(FRIEDMAN & HASSAN
20
, 1984; PEREIRA
48
, 1999), tempo de
polimerização (PIRES et al.
51
, 1993), assim como o tipo de carga da
resina composta (CUNHA et al.
14
, 2001; LEONARD et al.
33
, 2002;
KOUPIS et al.
28
, 2004).
Aparelhos fotoativadores, indispensáveis para a realização
de restaurações com resina composta, são freqüentemente introduzidos
no mercado oferecendo a vantagem da redução do tempo clínico na
fotoativação. Desta forma, torna-se necessária a realização de estudos a
fim de avaliar a técnica utilizada e a diminuição do tempo de fotoativação,
verificando se estas variações não acarretariam mudanças nas
propriedades físico-mecânicas do material (CUNHA et al.
14
, 2001).
Por este motivo, Friedman & Hassan
20
, em 1984 e Pires et
al.
51
, em 1993 investigaram a relação existente entre os diferentes valores
de intensidade de luz dos aparelhos fotoativadores e os valores de
microdureza, verificando a existência de uma relação direta, entre a
intensidade de luz e a dureza superficial da resina composta. De acordo
19
com Hansen & Asmussen
23
, em 1993 a dureza superficial não é um
indicativo adequado de perfeita polimerização da resina, porque mesmo
diante da pouca intensidade de luz, a superfície da restauração poderá
apresentar-se dura, porém na região mais profunda poderá restar resina
não polimerizada.
Com a crescente exigência estética, os materiais
restauradores vêm ganhando novas características a fim de reproduzir a
estrutura dental com maior riqueza de detalhes. Existem alterações
ópticas que ocorrem em materiais restauradores estéticos após a sua
fotopolimerização e imersão em água, devendo estas alterações serem
consideradas na seleção do material antes dos procedimentos clínicos
(JOHNSTON & REISBICK
27
, em 1997). Além do matiz, croma e valor que
caracterizam a cor da resina composta, estas podem ser encontradas
com tons de opacidade para melhor reprodução das estruturas de
dentina.
Friedman & Hassan
20
, em 1984 observaram que as
resinas com cores mais escuras tiveram menores valores de microdureza.
Ribeiro et al.
52
, em 2004 observaram que as resinas compostas opacas
apresentaram menores valores de microdureza com o aumento da
profundidade em relação às resinas translúcidas. De acordo com os
resultados observados, é possível que os pigmentos de cor usados nos
materiais possam agir filtrando seletivamente certos comprimentos de
onda de luz emitida.
Quanto aos tipos de aparelhos fotopolimerizadores, os
convencionais possuem uma lâmpada, usualmente halógena, que emite
luz branca. Essa luz passa por um filtro para remover regiões do espectro
que não contribuem com o processo de polimerização. Se toda luz branca
fosse liberada, seria absorvida, causando excessivo aquecimento do
material e do elemento dental, podendo levar a uma agressão do tecido
20
pulpar e uma maior contração de polimerização da resina composta. O
filtro promove a seleção da faixa de comprimento de onda desejado.
A lâmpada convencional possui um filamento que, ao ser
aquecido, emite uma luz branca de alta intensidade, promovendo uma
grande emissão de radiação infravermelha. Grande parte da energia
elétrica utilizada é convertida em calor e o efetivo rendimento diminui com
o uso da lâmpada que precisa ser trocada de tempos em tempos. A
lâmpada, refletor e filtro degradam devido às altas temperaturas e
quantidades de calor produzido durante os ciclos de polimerização,
resultando em redução da efetividade de polimerização em longo prazo
(BARGHI et al.
6
, 1994), comprometendo as propriedades físicas e
aumentando o risco de falhas nas restaurações.
Para contornar os problemas inerentes às lâmpadas
halógenas, diodos emissores de luz (LEDs) vêm sendo estudados como
fonte alternativa para a polimerização de materiais odontológicos
(MILLS
41
, 1995). O LED é constituído por uma junção formada por
materiais semicondutores que determinam o tipo de luz emitida. O
semicondutor a base de nitrito gálio emite uma luz específica de coloração
azul quando a corrente elétrica é fornecida ao material. O LED é um tipo
de luz divergente e não coerente como a luz halógena, porém, apesar de
não ser monocromático, o seu espectro de emissão é bem mais estreito
que o da luz comum.
O fabricante afirma ser este um aparelho de boa utilidade
clínica, pois apresenta vantagens em relação aos aparelhos de luz
halógena, como: luz espectralmente mais seletiva que as lâmpadas
convencionais; luz fria, não aquece a resina e o dente; equipamento
compacto e simples; baixo consumo de energia; maior tempo de vida útil;
não utiliza filtro; mantém constante a potência durante toda vida útil do
LED. Porém, diversos trabalhos na literatura apontam divergência nos
resultados de polimerização, variando de acordo com o modelo do
aparelho utilizado.
21
Atualmente os aparelhos de LED já podem ser
classificados através de gerações, como é citado nos trabalhos de Ernst
et al.
18
, em 2004 e Wiggins et al.
73
, em 2004. Recentemente foram
introduzidos aparelhos fotopolimerizadores híbridos, que combinam as
fontes LED e quartzo tungstênio halogênio (QHT). Com esses aparelhos,
a polimerização é iniciada por uma fonte de LED e depois completada por
uma combinação de luz de ambas as fontes (CRAIG
13
, 2004). A utilização
de uma fonte de luz mais eficiente, com menor consumo de energia,
induzindo menor aquecimento da resina e do remanescente dental, é uma
alternativa extremamente atrativa.
Outra variável que pode interferir na microdureza das
resinas compostas é a aplicação tópica do flúor, empregado como auxiliar
na prevenção de cáries e remineralização do esmalte (MEDEIROS &
BRUM
40
, 1998; WEI & YIU
72
, 1993; PEREIRA
47
, 2003) após
condicionamento ácido, necessário na técnica adesiva de restauração.
Nestes casos, restaurações de resina composta merecem maiores
investigações já que a porosidade superficial destes materiais facilita a
penetração de corantes, ácidos, acúmulo de placa dental e
conseqüentemente a hidrólise. Papagiannoulis et al.
46
, 1997 verificaram
alterações nas características morfológicas na superfície da resina
composta após o uso tópico de flúor e Yap et al.
77
, em 2002 observaram
uma redução significativa na microdureza da superfície da resina (TPH
Spectrum), compômero (Dyract AP) e Giomer (Reactmer) quando tratadas
com gel de flúor fosfato acidulado (FFA).
Os fatores citados nos motivaram a elaborar uma pesquisa
avaliando a microdureza da resina composta variando a opacidade, o
aparelho fotopolimerizador e a ação do FFA.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Para melhor compreensão do assunto abordado,
dividimos este capítulo em subitens, enfocando; as resinas compostas,
polimerização e fontes fotopolimerizadoras, e o efeito tópico dos fluoretos
sobre a resina composta.
2.1 As resinas compostas
Asmussen
2
, em 1982, estudou os fatores que afetam a
dureza dos polímeros, em adição a resistência à tensão das resinas
compostas foi medida e relacionada ao sistema catalítico do polímero.
Foram realizados os testes de dureza Wallace e análise da força
compressiva diametral. Para o teste de microdureza foram utilizadas as
resinas quimicamente ativadas que formaram os grupos A1, A2 e A3 e as
resinas fotoativadas formando os grupos A4 e A5. Os materiais das cinco
séries apresentavam as seguintes composições. O grupo A1; o
monômero consistia de 50 mol% BISGMA (Bisfenol A glicidil metacrilato)
e 50 mol% TEGDMA (trietilenoglicolmetacrilato); no grupo A2; as misturas
de monômero BISGMA – TEGDMA continham 20, 30, 40, 50 ou 70 mol%
TEGDMA; no grupo A3 o monômero consistia de 50 mol% BISGMA e
variando a quantidade de TEGDMA e TMPTMA (Trimetilopropano-
trimetacrilato); no grupo A4 o monômero consistia de 50 mol% BISGMA e
50 mol% TEGDMA, havia adição da canforoquinona; no grupo A5 também
50 mol% de BISGMA e TEGDMA e o monômero continha BME (benjoin-
metileter), sendo que neste grupo havia uma alteração na quantidade e
23
tipo de aminas, peróxidos e inibidores. Foram confeccionadas amostras
em forma de discos. As resinas quimicamente ativadas foram misturadas
por 25s e inseridas no molde formando amostras com 1,5mm de diâmetro
e 1,8mm de altura, já as resinas fotoativadas foram irradiadas por 1min
com os aparelhos Translux (Kulzer) de luz visível ou Duralux UV-20
(Kulzer) de luz ultravioleta (UV) formando amostras com 5mm de diâmetro
e 0,9mm de altura. Para cada amostra dez medidas da microdureza foram
realizadas. A força compressiva diametral foi medida quanto ao número
de resina composta quimicamente polimerizada. Estes dados foram
determinados como descrito na Especificação n.27 da American Dental
Association. Para cada combinação das pastas, cinco medidas foram
realizadas e um valor médio foi registrado. Verificou-se que para uma
determinada composição de monômero o valor de dureza Wallace
aumentou com o acréscimo de inibidor, diminuindo com o aumento de
peróxido, e não houve alterações com a mudança do conteúdo de amina.
A dureza foi correlacionada com a quantidade de ligações duplas
remanescentes no polímero. Os polímeros com base em BISGMA não
mostraram variação na dureza quando o monômero originado variava em
relação ao conteúdo monômero bi ou trifuncional diluído. Os polímeros
fotopolimerizados apresentaram-se relativamente duros quando
comparados com os materiais quimicamente polimerizados. A resistência
à tração foi correlacionada com a quantidade de ligações duplas
remanescentes na constituição do polímero.
Watts et al.
71
, em 1987, investigaram o desenvolvimento
da dureza superficial em função do tempo de armazenamento em cinco
resinas compostas fotopolimerizáveis para dentes anteriores. Foram
confeccionadas amostras em moldes de politetrafluoroetileno que
possuíam cavidades com 4mm de diâmetro e 2,5mm de profundidade. As
resinas Silux (3M), Durafill (Kulzer), Visiodispers (ESPE), Prismafil
(Caulk), Experimental (ICI Dental) foram utilizadas para a confecção das
amostras que foram fotopolimerizadas por 20s seguindo instruções do
24
fabricante. Posteriormente, três grupos, contendo cinco amostras cada
um, foram formados. Foram realizadas as cinco mensurações da dureza
Knoop para cada amostra, utilizando uma carga de 2N com 20s de
permanência, imediatamente após a confecção das amostras, após 15,
30, e 60min, 6h, 24h, uma semana e um mês. Cada um dos três grupos
foi armazenado nas seguintes condições; 23
o
C e 37
o
C em ambiente seco
e 37
o
C em água destilada. Foram deteminadas a microdureza Knoop e
calculadas as médias que foram analisadas estatisticamente. Foi
verificado que a microdureza aumenta com o tempo, tendendo a atingir
um máximo, geralmente após uma semana. A taxa de aumento da
microdureza foi substancial após uma hora, em todos os casos e foi maior
para as amostras armazenadas a 37
o
C quando comparada com 23
o
C.
Estes resultados refletem a progressiva reação em cadeia cruzada da
resina que continua após a fotoativação. As superfícies das amostras
armazenadas em água apresentavam-se mais moles quando comparadas
com as amostras secas. Diferenças entre os materiais devem ser
atribuídas a diferenças composicionais e a quantidade de polimerização.
Mandarino et al.
36
, em 1992, analisaram através de testes
de microdureza Vickers, a capacidade de polimerização de resinas
compostas fotopolimerizáveis nas tonalidades de cor clara e escura.
Foram utilizadas as resinas compostas de micropartículas Durafil (Kulzer),
Heliosit (Vivadent) e uma resina de carga híbrida Herculite (Kerr), nas
tonalidades de cor clara e escura. As amostras foram confeccionadas em
uma matriz cilíndrica de aço inoxidável com 10mm de comprimento e
5mm de diâmetro. As resinas compostas foram polimerizadas com os
aparelhos de luz visível, Translux (Kulzer), Heliosit (Vivadent) e Primelite
(Dentsply) a 20, 40 e 60s de exposição. O material não polimerizado foi
removido e desprezado. As amostras foram seccionadas no sentido do
seu longo eixo para a realização das medidas de microdureza na porção
interna da amostra. Foram realizadas três medidas de microdureza
Vickers a cada milímetro de profundidade da porção interna da resina
25
composta. As indentações foram medidas e posteriormente calculada a
média de microdureza a cada milímetro de profundidade. Quando
comparada as médias de microdureza Vickers, as tonalidades de cor
escuras de todas as resinas analisadas mostraram menor grau de
microdureza que as tonalidades claras, quando testadas sob as mesmas
condições. Foi possível concluir que os materiais com tonalidades de cor
clara apresentaram maiores valores de microdureza que os de tonalidade
escura, porém no primeiro milímetro de profundidade não houve diferença
significativa entre as tonalidades de cor. Os melhores níveis de
polimerização foram conseguidos no primeiro milímetro de profundidade,
pois os próximos milímetros apresentaram uma relação indireta entre
dureza e profundidade.
Em 1995, Shortall et al.
57
, utilizaram um penetrômetro
para avaliar a profundidade de polimerização de uma gama de resinas
compostas ‘universal’ e analisar a influência da cor e opacidade na
profundidade de polimerização. Foram analisadas as resinas Prisma
AP.H. (Dentsply); Brilliant Enamel (Coltene); Brilliant Dentin (Coltene);
Charisma (Kulzer); Herculite XRV Enamel (Kerr); Herculite XRV Dentin
(Kerr); Pertac-Hybrid (ESPE); Z100 (3M) nas cores (A2, A3,5, C2), sendo
que em alguns materiais foi possível encontrar variações de opacidade,
onde foram testadas as variações para o esmalte e a dentina. As resinas
compostas foram inseridas em um molde cilíndrico de aço inoxidável e
fotopolimerizadas em sua superfície. Posteriormente, o molde foi invertido
e posicionado centralmente abaixo do edentador de um penetrômetro
digital para avaliar o nível de polimerização do cilindro. Cinco indentações
foram realizadas para cada cor e produto testados. Foi verificado que para
a cor C2 houve diferença significante entre todos os grupos, a não ser
Brilliant Enamel x Prisma AP.H. e Herculite enamel, AP.H. x Herculite
Enamel e Charisma, Herculite Enamel x Charisma (p>0,05). Para cada
material e opacidade a profundidade de polimerização de A2 foi maior que
A3,5. A não ser da resina Brilliant Dentin, Herculite XRV Enamel e Z100
26
onde a diferença da profundidade média entre a cor A2 e as outras duas
cores foram sempre menores que 10%. Para os materiais com opacidade
diferentes de esmalte e dentina, houve uma profundidade de
polimerização estatisticamente significante maior para as resinas com
opacidade para o esmalte em todas as cores testadas. A profundidade de
polimerização dos materiais de opacidade para o esmalte foi sempre
maior para as mesmas cores de dentina para os materiais dos mesmos
fabricantes.
Inokoshi et al.
25
, em 1996, se propuseram a analisar a
opacidade intrínseca e alteração de cor de três tipos de materiais
restauradores utilizando um teste de aceleração. Foram utilizadas cinco
resinas compostas polimerizadas quimicamente, Clearfil F (Kuraray),
Clearfill FII (Kuraray), Concise (3M), Microrest AP (GC), Silar (3M), sete
resinas fotopolimerizáveis APX (Kuraray), Charisma (Kulzer), Estio Lc
(GC), Herculite XR (Kerr), Palfique Estelite (Tokuyama), Silux Plus (3M),
Z100 (3M) e três cimentos de ionômero de vidro modificados por resina
Fuji IILC (GC), Fuji II LC capsula (GC); Vitremer (3M) que foram dispostos
em aneis acrílicos com 6mm de diâmetro e 1mm de espessura. Depois da
polimerização, eles foram mantidos a 37°C por uma semana antes da
mensuração. Foi realizado o teste de aceleração, que permite a
determinação da alteração de opacidade e cor dos materiais
restauradores, proposto por Asmussen (1981), onde as amostras são
armazenadas a 60°C em água destilada por quatro semanas. Alterações
de cor foram determinadas através de um analisador de cor e a proporção
representando a opacidade foi calculada. Todas as resinas quimicamente
polimerizadas testadas descoloriram a amarelo escuro ou marrom escuro
após quatro semanas. A opacidade diminuiu em duas resinas de
macropartículas. As resinas fotopolimerizadas descoloriram suavemente,
mas sua alteração de opacidade foi insignificante. Todos os cimentos de
ionômero de vidro modificados por resina testados mostraram um abrupto
decréscimo na opacidade no seu estágio inicial, acompanhando de um
27
escurecimento do material. A diminuição na opacidade foi encontrada
como sendo um fator de descoloração para os materiais restauradores
estéticos, podendo ser causado por uma mudança no índice de refração
na matriz destes materiais.
Em 1997, Johnston & Reisbick
27
, conduziram um estudo a
fim de avaliar nove tipos de resinas compostas e três materiais
restauradores de cimento de ionômero de vidro (CIV), verificando as
diferenças de cores que ocorrem durante a fotopolimerização e após a
imersão em água. Adicionalmente, a translucidez foi avaliada através do
uso de um parâmetro de translucidez para cada um destes materiais. O
parâmetro de translucidez foi calculado a partir da observação das cores
em camadas de 2mm de espessura nas cores clara, média e escura dos
materiais restauradores em fundos preto e branco. As cores destes
materiais foram também calculadas, para camadas em um fundo de cor
B2. O teste ANOVA foi usado para identificar fatores estatisticamente
significantes para as diferentes cores e parâmetros de translucidez.
Interação estatisticamente significante foi encontrada entre os produtos,
cores e intervalos de tempo ou tempos estudados para ambas, diferença
de cor e parâmetros de translucidez. Há relativamente uma alta
variabilidade na alteração de luminosidade e translucidez, entre estes
produtos, com o aumento de alguns materiais e a redução de outros, com
fotopolimerização e subseqüente imersão em água.
Hosoya
24
, em 1999 estudou a influência dos tempos de
fotopolimerização na alteração de cor de resinas compostas
fotopolimerizaveis, acima de períodos de tempo especificados. Discos da
resina composta fotopolimerizada, Silux Plus (3M) nas cores (U, Y, DY, L,
G, UO, YO) com 10mm de diâmetro e 1mm de espessura foram
preparados com 20, 40 e 120s de exposição de luz através de uma placa
de vidro de 1mm espessura. As amostras foram armazenadas em saliva
artificial a 37°C. Valores colorimétricos das amostras foram medidos
imediatamente após a fotopolimerização e após seis meses por cinco
28
anos por um coletor de luz, e uma placa branca usando um
espectofotometro rápido. O sistema de cor CIE 1976 L* a* b* foi utilizado
para a determinação da diferença de cor. Para as amostras que ao
analisar, possuiam um fundo branco, o E*ab de todas as cores
aumentaram em três anos e seis meses por cinco anos, no tempo
decorrido durante todos os tempos de polimerização. Entretanto, os
valores a* b* para o tempo decorrido diferiu entre as cores e os tempos de
fotopolimerização. Nos grupos em que o período de fotopolimerização foi
de 20 a 120s, a porcentagem de opacidade de todas as cores aumentou
em quatro ou cinco anos do tempo decorrido.
A influência da intensidade de luz e cor de uma resina
composta quanto ao grau de dureza Knoop foram analisados por Martins
et al.
38
, em 2002. Corpos-de-prova foram confeccionados utilizando-se
matrizes de poliéster envoltas por um anel de cobre contendo uma
cavidade padronizada de 6mm de diâmetro por 2mm de espessura. As
cavidades foram preenchidas com a resina composta Fill Magic (Vigodent)
nas cores A3, B3, C3, D3 e I, fotopolimerizadas através do
fotopolimerizador Elipar Trilight (ESPE), calibrado para produzir três
intensidades de luz diferentes: 450mW/cm
2
, 800mW/cm
2
e uma
intensidade de luz crescente de 100 a 800mW/cm
2
. Foram
confeccionados 90 corpos-de-prova com o tempo de exposição da resina
à luz halógena de 40s. Os corpos-de-prova foram armazenados em tubos
de ensaio com água destilada a 37 ± 1°C. Após este período, foram
realizados os testes de dureza Knoop utilizando uma carga de 100g por
10s de permanência, na região de superfície e fundo. Os resultados
mostraram que houve diferença estatística em relação a intensidade de
luz, entretanto em relação a cor, não houve diferença estatística. Os
autores concluíram que a cor da resina composta não influencia a dureza
Knoop e que a intensidade progressiva promoveu os maiores resultados
de dureza Knoop.
29
Em 2003, Schulze et al.
56
, investigaram as alterações na
cor e microdureza de cinco resinas, nas cores A2 e U, quimicamente
ativadas, Isopast Variant (Vivadent), Alfacomp (Voco), Bisfil II (Bisco),
Superlux P/Anterior (DMG), Permalute (Ultradent) e cinco resinas
fotoativadas Helioprogress (Vivadent), Polofil (Voco), Pyramid Enamel
(Bisco), Superlux Solar (DMG), Vitalescence (Ultradent) em função da
aceleração do tempo a partir da exposição à luz. De cada material
utilizado cinco amostras de resina foram embebidas em resina epóxia
anteriormente a determinação da microdureza Knoop da superfície do
espécime. Para a análise da cor com espectofotometro, três discos por
resina foram preparados. Após a mensuração do valor inicial da cor da
dureza Knoop, onde foi utilizada a carga de 500g, as mesmas amostras
foram expostas a uma luz de arco de xenônio e água em uma máquina
Weather-Ometer com energia radiante de 150KJ/m
2
por 122h. A
microdureza e a cor foram novamente determinadas seguindo o
tratamento de envelhecimento. Cada material apresentou um significante
aumento na microdureza após o tratamento de envelhecimento (p< 0,05).
Comparando as alterações na microdureza (em %) dos materiais
fotoativados com os materiais quimicamente ativados, não foi encontrada
diferença estatística. Perceptíveis diferenças de cor puderam ser
observadas em todos os materiais. Três marcas mostraram pequenas
diferenças E* = 1,6-2,2, enquanto quatro resinas tiveram E* variando
de 6,2 a 15,5. Uma correlação significante entre os valores de
microdureza e alteração de cor não pode ser estabelecida.
2.2 Polimerização e fontes fotopolimerizadoras
Swartz et al.
64
, em 1983, estudaram o efeito das variáveis;
cor da resina, tempo de exposição à luz, distância da fonte emissora de
luz da superfície da resina e a quantidade de polimerização através do
30
esmalte, na profundidade de polimerização de resinas compostas
fotopolimerizáveis. As resinas compostas Prisma-Fil (Caulk/ Dentsply) e
Visio-Dispers (3M) foram utilizadas para a confecção das amostras que
foram inseridas em moldes cilíndricos de teflon com 7mm de diâmetro
com alturas de 1, 2 e 3mm. Após a fotopolimerização de 20 e 40s com os
respectivos aparelhos Prisma Light (Dentsply) e Elipar Light (3M) foi
realizada a leitura da dureza Knoop da superfície e da base das amostras.
Foram realizadas três indentações em cada região, utilizando-se a carga
de 200g. Estas amostras foram posteriormente armazenadas em um
recipiente a prova de luz à temperatura ambiente, e novas medidas de
dureza Knoop foram feitas após 24h e sete dias. O efeito da distância da
fonte de luz à superfície foi realizado colocando-se anéis de plástico com
a espessura adequada sobre o molde que serviram de espaçadores entre
a fonte de luz e a superfície da resina. Foram utilizadas as superfícies de
esmalte, de dentes extraídos, e posicionados sobre os anéis de resina. As
amostras foram seccionadas longitudinalmente e foram feitas indentações
em incrementos de 0,5mm, a partir da interface de resina. Foi possível
verificar que as resinas alcançaram o máximo de polimerização após 24h.
A superfície da amostras em todos os casos apresentou maior dureza que
a base sendo que com o aumento da espessura de resina houve uma
diminuição da dureza da amostra. A resina Visio-Dispers
(microparticulada) apresentou menores valores de dureza que Prisma-Fil
(> 5µm). As cores mais claras apresentaram maior profundidade de
polimerização que as mais escuras. Quando utilizado tempo de 40s de
fotopolimerização houve um ligeiro aumento na dureza a 1 e 2mm, mas a
polimerização da resina não foi atingida aos 3mm. A alteração da
distância da fonte de luz à superfície da resina, nas cores mais claras, não
afetou a polimerização da resina em distâncias inferiores a 3mm, porém
nas cores escuras houve uma redução da dureza com o acréscimo da
distância.
31
Friedman & Hassan
20
, em 1984, elaboraram um estudo
para avaliar a dureza da superfície e da base de resinas compostas,
utilizando cinco diferentes aparelhos fotopolimerizadores. Foram utilizados
os aparelhos Command (Kerr), Elipar (Premier Dental), Trans-Lux
(Kulzer), Optilux (Demetron), e Prisma-Lite (Caulk) para fotopolimerizar as
resinas Silux (3M) microparticulada nas cores universal e cinza e Prisma-
Fil (Caulk) nas cores clara e cinza-marrom. As amostras foram
confeccionadas em uma matriz de teflon quadrada com 2,5mm de
espessura e com uma cavidade de 6,3mm de diâmetro. A fonte de luz foi
posicionada, por 20s, diretamente sobre a resina. Após 2 min, foi
realizado o teste de dureza Barcol, realizando-se três medições de dureza
na superfície e na base das amostras. Os aparelhos com maior
intensidade de luz proporcionaram maiores valores de dureza da resina
composta. O aparelho Optilux que apresentava a maior intensidade de luz
promoveu maiores valores de dureza para todas as cores de resinas
utilizadas. Para ambos materiais as cores mais escuras resultaram em
menores valores de dureza. Os aparelhos com maior intensidade de luz e
ampla área de transmissão promoveram um aumento da dureza na base
das amostras.
Backer et al.
5
, em 1985, estudaram seis aparelhos
fotopolimerizadores e dez resinas compostas fotopolimerizáveis. O
comprimento de onda dos aparelhos fotopolimerizadores 3M/LC System
3505 (3M), Translux (Kulzer), Heliomat (Vivadent), PR Lux 200 (Pierre
Roland Prod Dent), Elipar (ESPE), Command II (Kerr), foi analisado
espectroscopicamente e a intensidade de luz foi medida. Para a avaliação
da profundidade de polimerização foi determinado o método em que era
removido todo o material que podia ser removido após a
fotopolimerização e medida a porção remanescente. Foi utilizado um
molde com 6mm de espessura, formado por duas partes, que quando
unidas formam quatro cilindros de 4mm de diâmetro. Antes da inserção da
resina composta, foi posicionada uma matriz de poliéster entre as partes
32
do molde a fim de facilitar a posterior mensuração da profundidade de
polimerização. As resinas Silux (3M), Durafil (Kulzer), Heliosit (Vivadent),
Scintilux (Pierre Roland Prod Dent), Visio-Dispers (ESPE), Command
Ultrafine (Kerr), Aurafill (Johnson & Johnson), Estilux Posterior (kulzer),
Amalux (Pierre Roland Prod Dent), Heliomolar (Vivadent) em diversas
cores foram inseridas no molde e fotopolimerizadas por 20, 40, 60 e 120s.
Após a polimerização, as duas partes do molde foram separadas e as
metades de cada amostra analisadas com o uso de uma sonda dental
afiada a fim de limitar a área transicional entre a resina completa e
incompletamente polimerizada. A parte não polimerizada foi removida e a
porção remanescente medida com um paquímetro. Verificou-se que
quatro dos aparelhos fotopolimerizadores possuíam filtros de transmissão
o que explica a brusca queda na intensidade de luz em altos
comprimentos de onda (aproximadamente 500nm). O pico dos
comprimentos de onda variaram entre 459 a 496nm. O aparelho 3M/LC
System 3505 apresentou a melhor intensidade de luz, apesar de ser
equipado com uma lâmpada de 20W. Todos os produtos testados
polimerizaram em profundidades de 3 a 6mm após 60s de exposição. A
profundidade de polimerização variou conforme a cor, ou seja, mesmo
tempo de irradiação para as resinas de cores mais claras polimerizou
mais do que as mais escuras. Após 20s de exposição a resina Aurafill
apresentou a maior profundidade de polimerização variando de 4 a 6mm.
O mesmo foi notado com a resina para dentes posteriores, Estilux
Posterior.
Yearn
78
, em 1985, fez um estudo de revisão dos principais
fatores que determinam as características da polimerização e o
comportamento das resinas compostas fotopolimerizáveis. Vários fatores
envolvidos no processo precisam ser avaliados para que o método mais
adequado de avaliação da profundidade de polimerização seja realizado,
pois ai parece surgir as maiores diferenças nos valores mencionados
pelos fabricantes. O que é necessário é um método que reproduza
33
fielmente in vitro, o que ocorre clinicamente. Os testes de raspagem,
dureza e mensuração do grau de conversão da resina podem ser
descritos na literatura. No teste de raspagem o material não polimerizado
é removido, sendo medida a porção remanescente polimerizada, que foi
tomada como a medida da profundidade de polimerização. Este teste não
fornece a indicação da quantidade de polimerização o que é de grande
importância nas áreas mais profundas próximas ao local onde foi
removido o material não polimerizado. Observa-se que o material de que
é feito o molde (metal, teflon e polipropileno) interferem na quantidade de
polimerização do material. A medida da dureza Barcol, Knoop e Vickers
nas várias profundidades da resina tem sido utilizada por diversos
autores. Verifica-se que amostras confeccionadas em moldes de plástico
apresentam valores de dureza maiores do que em moldes de metal, e por
isso a qualidade da polimerização diminui rapidamente antes de se
alcançar às profundidades indicadas pelo teste de raspagem. Verificou-se
que o perfil obtido, usando-se moldes de metal indica uma próxima
correlação do que ocorre na estrutura dental. A mensuração do grau de
conversão fornece quantitativamente os níveis de conversão alcançados.
Na literatura são apontados os métodos Espectroscopia Refletiva Interna
Multipla e Espectroscopia Laser. Há porém, fatores que afetam a
polimerização das resinas compostas, tais como, variação na composição
do material, a quantidade de incidência de luz e manuseio pelo operador
(tempo de exposição e distância da fonte de luz do material).
Ferracane et al.
19
, em 1986 estudaram a profundidade de
polimerização de resinas compostas fotopolimerizáveis em relação a cor e
translucidez usando o teste de microdureza e análise infravermelha.
Foram utilizadas as resinas Prisma-Fine e Prisma-Fil (Caulk) nas cores L,
LY, LG, LYG e Aura-Fill (Johnson & Johnson) nas cores L,Y, G, GB para a
confecção das amostras. A resina foi inserida em moldes cilíndricos de
alumínio com 4mm de diâmetro e 5mm de espessura e fotopolimerizados
por 40s com o aparelho Prisma-lite (Caulk). As amostras foram
34
armazenadas a 37
o
C por 24h em um recipiente a prova de luz. Três
amostras de cada cor foram incluídas em resina epóxia e polidas antes da
aferição da dureza Knoop, com a carga de 500g. O grau de conversão
das ligações duplas de carbono para ligação simples foi analisado por um
espectrômetro infravermelho. A translucidez foi determinada
espectofotometricamente pela medida da transmissão (%T) de luz (λ =
470nm). A profundidade de polimerização foi determinada pelo teste de
microdureza e grau de conversão, comparados favoravelmente com os
resultados preditos através da comparação visual do guia de cores para a
resina Prisma. A cor mais clara obteve maior profundidade de
polimerização que as cores mais escuras. Entretanto, a cor mais escura
da resina Aurafill teve uma profundidade de polimerização equivalente
aquela, determinada pela dureza, para a cor mais clara. Os autores
concluíram que a profundidade de polimerização das resinas pode ser
menos dependente sobre a cor do que sobre outros fatores, tais como
translucidez.
Em 1986, Moseley et al.
43
, realizaram um estudo com o
objetivo de comparar as propriedades de cinco aparelhos
fotopolimerizadores disponíveis comercialmente. Os aparelhos Elipar
(ESPE), Heliomat (Vivadent), Prisma-Lite (L.D. Caulk), Translux (Kulzer),
Ultra Novar (Demetron) foram analisados quanto à: a) emissão espectral;
b) cronômetro de tempo, c) potência da luz x tempo; d) potência da luz x
distância; e) intensidade de distribuição; f) avaliação do risco ultravioleta
(UV). A irradiação espectral (mW/m
2
nm
-1
), a) - foi determinada usando
dois espectroradiometros que cobriram completamente o espectro visível
e ultravioleta. As leituras foram feitas com intervalos de 1nm na região
visível de (400-800nm). Os valores de irradiação (W/m
2
) foram calculados
a partir de medidas espectrais, ou seja a soma dos componentes UV e
visíveis, não incluindo os componentes infravermelhos. A exatidão do
tempo de exposição, b) - indicado pelos aparelhos foi verificada pelo uso
de um cronômetro. A variação da emissão de luz x tempo, c) - foi avaliada
35
pela mensuração da irradiação no comprimento de luz correspondendo à
máxima intensidade. A potência da luz x tempo, d) - foi medida pelo
comprimento de onda correspondendo a intensidade máxima com as
distâncias de 2, 5, 10 e 20mm da fonte emissora de luz, sendo que três
medidas foram realizadas e a médias dos valores foram analisadas. A
intensidade de distribuição, e) – foi analisada para detectar qualquer não
homogeneidade na intensidade de luz através do guia de luz. Foram
realizadas medidas, com o uso de uma tela de alumínio posicionada
sobre uma fotocélula sensível à luz azul, numa distância de 1mm dos
lados do guia de luz. A avaliação do risco de exposição UV, f) - foi
realizada utilizando-se um radiômetro de Luz Actínica, que possui uma
resposta espectral que iguala aproximadamente ao “espectro de risco”,
definido pela American Conference of Governamental Hygienists - ACGI
(1976). Verificou-se que todos os picos de emissão ficaram entre 400 e
500nm. Os cronômetros dos aparelhos apresentaram 20% de erro. A
potência da luz foi traçada em função do tempo, e após 60s, variou de -
15 % a +38% a partir do tempo inicial. A diminuição na irradiação com
distância, do final do guia de luz foi tal, que a irradiação a 20mm foi entre
20% a 40% daquela encontrada a 2mm. Foi encontrada uma significante
falta de homogeneidade na distribuição de luz e o risco de exposição UV
foi avaliado concluindo-se que nenhuma das fontes de luz apresentaram
risco ao operador na utilização convencional.
Takamizu et al.
65
, em 1988, testaram fotopolimerizadores
disponíveis comercialmente para avaliar a variação de intensidade de luz
com diferentes linhas de voltagem e determinar a influência desta
variação na profundidade de polimerização. Oito aparelhos
fotopolimerizadores, tais como, Prismetics Lite (L D Caulk Co), VCL 300
(Demetron), Visilux (3M), Visilux-2 (3M), Elipar-2 (ESPE/Premier), Focus
ACTIVATOR (Teledyne Getz), de emissão de luz por pistola e COE-Lite
(Coe Lab.) e Heliomat-MF (Vivadent) de fio flexível de fibra óptica foram
utilizados com bulbos e fios novos de fibra óptica. Previamente foi
36
realizada a mensuração da intensidade de luz em um radiômetro. Os
aparelhos fotopolimerizadores foram ligados em um transformador com
voltagem variável e a voltagem foi medida. A potência de cada aparelho
foi medida após dez ciclos consecutivos de 20s, com 5s de intervalo entre
eles e com três voltagens diferentes; 108V (-10%), 120V (normal), 132V
(+10%). A resina composta Prisma Fill (Dentsply) nas cores (cinza-
marrom, cinza escuro, amarelo escuro, amarelo-cinza claro, amarelo
claro) foi utilizada para a realização das amostras, confeccionadas em
moldes cilíndricos de metal com 8mm de diâmetro e com alturas de 2, 3 e
4mm. Os tempos de polimerização de 20 e 40s foram utilizados e três
amostras foram feitas para cada grupo. As amostras foram armazenadas
em um recipiente a prova de luz e armazenadas em temperatura
ambiente. A profundidade de polimerização foi analisada após 1h, 24h e 1
semana, através da mensuração da dureza Knoop utilizando-se a carga
de 200g. Três indentações foram feitas na superfície e na base de cada
amostra. Puderam ser observados dois padrões comportamentais; um
grupo foi sensível à variação de voltagem e o outro foi relativamente
independente à variação de voltagem. Houve considerável diferença de
intensidade entre os aparelhos polimerizadores. A dureza da base
diminuiu com o aumento da espessura da amostra, e isto foi pronunciado
quando utilizada uma menor voltagem e menor tempo de polimerização.
As cores mais escuras da resina composta mostraram uma redução na
profundidade de polimerização. Estes achados indicaram que melhores
resultados de polimerização serão obtidos com máxima intensidade e
uma voltagem regulada.
Mandarino & Porto
37
, em 1989 pesquisaram a
microdureza Vickers de resinas compostas fotoativadas, bem como o uso
de três lâmpadas, verificando o comprimento de onda e intensidade
luminosa de cada um dos sistemas ópticos dos aparelhos. Foram
analisados três aparelhos de luz visível, Translux (Kulzer), Heliomat
(Vivadent), Primelite (Caulk/ Dentisply) com o tempo de exposição de 40s,
37
sendo que foi medido o comprimento de onda e intensidade luminosa de
cada um dos sistemas ópticos. Foram empregadas três resinas
compostas fotoativadas de tonalidade clara, sendo duas delas de
micropartículas Durafill (Kulzer) e Heliosit (Vivadent) e uma com
característica de carga híbrida Herculite (Sybron/ Kerr). Para a confecção
das amostras, foi utilizada uma matriz metálica cilíndrica com uma
cavidade de 10mm de comprimento por 5mm de diâmetro, que após a
inserção, polimerização e remoção da resina do interior da matriz, o
material não polimerizado foi desprezado. A amostra foi seccionada ao
meio no sentido do seu longo eixo e incluída em uma barra de gesso. A
avaliação foi realizada através do teste de dureza Vickers com carga de
50g e tempo de permanência de 30s, a cada milímetro de profundidade,
na superfície interna dos corpos-de-prova. Foram realizados 45 corpos-
de-prova, com um total de 810 medidas de dureza. Os dados obtidos
foram submetidos ao modelo estatístico ANOVA, formando uma amostra
com distribuição normal. Foi possível concluir até os 3mm de
profundidade a dureza da resina composta não se alterou, sendo que a
partir deste ponto houve uma relação inversa entre a dureza e
profundidade. As resinas compostas apresentaram valores de dureza
diferentes entre si e os três aparelhos empregados propiciaram o mesmo
nível de dureza para todos os materiais.
Alguns fatores que influenciam na profundidade de
polimerização das resinas compostas fotopolimerizáveis, foram estudados
por Atmadja & Bryant
4
, em 1990, através da mensuração da dureza
Knoop. As resinas P-30 (3M) híbrida, Prisma-Fil (Dentsply) fina
macroparticulada, Heliomolar Radiopaca (Vivadent) microparticulada,
Durafil (Kulzer) microparticulada foram utilizadas para a confecção das
amostras que foram preparadas em moldes cilíndricos com 4mm de
diâmetro e 1, 2, 3, 4 e 6mm de altura. A fonte de luz polimerizadora foi
utilizada por 20, 40 e 60s. Posteriormente, foi realizado o teste de dureza
Knoop utilizando-se uma carga de 200g. Três indentações foram
38
realizadas na superfície e na base das amostras que variaram de 1, 2, 3,
4 e 6mm de espessura. Após a obtenção dos dados, as amostras foram
armazenadas em água num recipiente a prova de luz, em temperatura
ambiente por 24h e uma semana. Os valores obtidos sugerem que 40s de
exposição da luz fotopolimerizadora são preferíveis, clinicamente, que
20s. Em todas as resinas utilizadas a dureza diminuiu com o aumento da
profundidade. A resina microparticulada foi a mais afetada pelo declínio
da dureza com o aumento da profundidade, já a resina híbrida apresentou
um declínio mais gradual. A redução da espessura do incremento foi o
meio mais adequado de se obter uma adequada polimerização do que o
aumento do tempo de exposição à luz. As resinas fotoativadas continuam
a sua polimerização mesmo após a remoção da fonte de luz. As resinas
compostas possuem diferentes valores de dureza superficial, variando de
acordo com a composição do material.
Vinha et al.
70
, em 1990 verificaram a efetividade de cinco
aparelhos fotopolimerizadores, em função das variações de voltagem e de
cor de uma resina composta. A resina Silux (3M), nas cores L (clara) e DY
(escura), foi utilizada para a confecção dos corpos-de-prova. Esta foi
inserida em uma matriz de nylon onde foi possível obter-se corpos-de-
prova medindo 3 x 3 mm em cada lado por 6mm de altura. Os aparelhos
Fibralux (Dabi Atlante), Primilite (Dentsply), Resilux (3M), Starlight (Funk),
Translux (Kulzer) foram utilizados para a fotopolimerização da resina
composta obedecendo ao tempo de 40s. Foi utilizado um transformador
de voltagem para variar a voltagem de todos os aparelhos, para V
1
100V; V
2
– 105V; V
3
– 110V; V
4
– 115V; V
5
– 120V; V
6
– 125V; V
7
– 130V,
e para estas medidas foi empregado um medidor de voltagem digital. A
matriz internamente era milimetrada o que permitia, ao abrí-la, a
demarcação de cada milímetro. Com estes corpos-de-prova foram
realizados testes de microdureza Vickers, realizando-se três indentações
a cada milímetro da amostra. Foi empregada a carga de 50g por 1min. Os
valores encontrados mostram que houve diferença estatisticamente
39
significante entre os aparelhos testados, porém não se pôde afirmar que
haja, estatisticamente, diferença significante entre as voltagens. Houve
interferência da cor da resina nos resultados finais sendo que, os corpos-
de-prova da cor L mostraram-se mais profundamente polimerizados do
que aqueles da cor DY.
Turbino et al.
67
, em 1992, estudaram as variações de
dureza Vickers de várias resinas fotopolimerizáveis, expostas por 20 e
40s e avaliaram se existem diferenças entre a dureza superficial obtida
imediatamente após a polimerização e a obtida após 24h. As resinas
compostas Silux (3M), U,Y,G, DY, L, UO; P-30 (3M) U, G, Y, EL; Heliosit
(Vivadent) 30, 36, 22; Estilux P (Kulzer), L,YO, XR1; Durafill (Kulzer) L, B,
G, S, U, YO, BO, GO, UO, LO; Herculite XR (Sybron/Kulzer) YS, DG, GS,
DY, LS; Prisma-Fil (Denstply) LG, L,GB, LYG, LY, DG, DY; Ful-Fil
(Dentsply) One; nas suas respectivas cores foram utilizadas. A partir de
cada cor de resina, três amostras experimentais foram polimerizadas por
20s e outras três por 40s. A resina foi inserida em uma matriz de
poliacetato com a dimensão de 3 x 4 x 3,5. Foram realizadas três medidas
de dureza Vickers, utilizando uma carga de 50g por 30s de permanência,
imediatamente após a polimerização. Posteriomente as amostras foram
armazenadas em um recipiente à prova de luz, em temperatura ambiente
por 24h. Decorrido este período novas mensurações de dureza Vickers
foram realizadas. Os resultados mostraram uma diferença
estatisticamente significante entre a dureza da resina imediatamente após
a sua polimerização e após 24h, atingindo maiores valores após 24h de
polimerização. Um significante aumento da dureza foi observado aos 40s
quando comparado com 20s de exposição à luz polimerizadora.
Hansen & Asmussen
23
, em 1993, analisaram a relação
entre a dureza superficial da resina composta fotopolimerizável e a
profundidade de polimerização, utilizando vários aparelhos
fotopolimerizadores. Os aparelhos novos Translux EC sem ponta (Kulzer),
Visilux 2 (3M), Translux CL (Kulzer), Translux com ponta (Kulzer),
40
aparelhos velhos ou muito usados Visilux 2, Luxor n. 05074, Luxor n.
05081 e aparelhos propositalmente danificados Command II, Heliomat
foram utilizados neste estudo. Para cada aparelho 15 amostras foram
confeccionadas com a resina Silux (3M) cor universal, utilizando-se um
molde de Teflon de 3,6mm de diâmetro. A base dos espécimes
permaneceu em íntimo contato com uma porção plana de dentina
humana. As amostras foram irradiadas por 40s e armazenadas a 36,5 ±
0,5
o
C por 7dias. Decorrido este período, foi realizada a mensuração da
dureza Wallace, usando 1N de carga com o tempo de permanência de
60s, na superfície e na base. Foram realizadas cinco medidas para o
cálculo da média de dureza Wallace da amostra. A profundidade de
polimerização foi testada em cavidades preparadas em molares humanos
extraídos. As cavidades cilíndricas que possuíam o diâmetro de 4,5mm e
profundidade de 8 a 10mm foram preenchidas com a resina Silux (3M) e
fotopolimerizadas por 40s com todos os aparelhos fotopolimerizadores.
Após 5min, a superfície dental foi desgastada até expor a resina
composta. O material não polimerizado foi removido e a resina
remanescente foi medida com um paquímetro. Para cada aparelho
fotopolimerizador estudado, quatro amostras foram examinadas. Foi
verificado que não houve correlação entre a dureza superficial e a
profundidade de polimerização. Mesmo os aparelhos de qualidade inferior
foram capazes de polimerizar a superfície, com a mesma eficiência que
os aparelhos com boa intensidade de luz.
Pires et al.
51
, em 1993, avaliaram a relação entre a
intensidade de luz, a distância da fonte de luz e a resina composta, e a
polimerização da resina indicada pela análise da microdureza. Amostras
de 6mm de diâmetro e 2mm de espessura foram realizadas em um molde
contendo em sua base discos polidos de dentina que foram utilizados
para simular clinicamente o contato da resina com a parede dentinária do
preparo cavitário. A resina Silux Plus (3M) foi utilizada sendo coberta com
uma tira de poliéster e polimerizada por 40s pelo aparelho
41
fotopolimerizador Optilux 401 (Demetron). A fonte de luz foi posicionada
em quatro distâncias: 0, 2, 6, e 12mm da superfície da resina. A
intensidade de luz foi medida antes das amostras serem polimerizadas e
a cada distância, por três radiômetros. Após 24h de armazenagem a
superfície e a base das amostras foram polidas e três indentações para a
avaliação da dureza Knoop foram realizadas utilizando a carga de 10g por
12s de permanência. Os resultados mostraram que as medidas de
intensidade de luz, que diminuíram com o aumento da distância da fonte
de luz à superfície do material, foram fortemente relacionadas com a
dureza da resina, porém a dureza da superfície das amostras pareceu
não ser afetada pela distância ou intensidade da fonte de luz. A
intensidade de luz reduzida resultou em resinas com menor dureza,
principalmente na base das amostras (2mm de profundidade). Os
diferentes radiômetros utilizados promoveram indicações similares de
mudanças de intensidade de luz nas diferentes distâncias de
polimerização.
Rueggeberg et al.
54
, em 1993, analisaram o impacto
relativo do tipo de partículas, cor da resina, tempo de exposição e a
intensidade de luz na profundidade de polimerização de resinas
fotopolimerizáveis nas profundidades previamente estabelecidas
(superfície, 1, 2 e 3mm). Foram confeccionadas finas amostras com as
resinas P-50 (3M) híbrida e Silux Plus (3M) microparticulada, nas cores
universal e cinza. As amostras foram confeccionadas entre uma resina
polimerizada posicionada na base e uma resina polimerizada acima, a fim
de reproduzir o ambiente de polimerização dentro de um cilindro de
resina, sendo que esta variava de posição promovendo espessuras
diferentes da amostra. As amostras foram polimerizadas com o aparelho
fotopolimerizador Optilux 401 (Demetron). Foi utilizado um transformador
de voltagem e utilizadas as intensidades de luz de 800, 578, 400 e
233mW/cm
2
.
Estas amostras foram fotopolimerizadas por 20, 40, 60 e
80s e posteriormente armazenadas em um ambiente a prova de luz, por
42
24h. A conversão do monômero de cada amostra foi obtida por técnica de
Espectroscopia Infravermelha. A análise de variância foi utilizada para
determinar os fatores significantes que influenciaram a polimerização da
resina em cada espessura estabelecida. Na superfície, o tipo de carga, o
tempo de exposição e a cor da resina predominaram, respectivamente,
como fatores de maior influência. A 1mm de profundidade, a ordem dos
fatores de influência foram tempo de exposição, tipo da carga e
intensidade luz. Aos 2mm ou mais, a grande influência na polimerização
foi dada à intensidade de luz e tempo de exposição. A cor da resina e o
tipo de carga exerceram mínima influência nestas profundidades. Ao
polimerizar a resina composta, a diferença da cor (universal e cinza) não
promoveu grande influência na polimerização da resina.
Rueggeberg et al.
53
, em 1994, analisaram o impacto da
variação da intensidade de luz e tempo de exposição sobre a resina
composta nas diferentes profundidades. Finas amostras de resina foram
obtidas a partir de um dispositivo cilíndrico em que a amostra pôde ser
confeccionada com 1, 2 e 3mm de profundidade a partir da superfície.
Foram utilizadas as resinas P-50 (3M) híbrida e Silux Plus (3M)
microparticulada nas cores universal e cinza. As amostras foram
polimerizadas com o aparelho Optilux 401 (Demetron) utilizando-se as
intensidades de luz de 800, 578, 400 e 233mW/cm
2
.
Estas amostras
foram fotopolimerizadas por 20, 40, 60 e 80s e posteriormente
armazenadas em um ambiente a prova de luz, por 24h. A polimerização
das amostras nas diferentes condições estudadas foi determinada através
da utilização de Esterescopia Infravermelha. Os resultados mostraram um
evidente efeito na profundidade de polimerização da resina. Em
profundidades maiores que 2mm, pobres resultados de polimerização
foram encontrados, e a polimerização foi muito susceptível às mudanças
na intensidade de luz e tempo de exposição. A partir destes resultados,
tempo de exposição de 60s é recomendado quando utilizada a
intensidade de luz de até 400mW/cm
2
. Camadas incrementais de resina
43
não devem exceder a 2mm, sendo ideal 1mm. Intensidade de luz com
valores inferiores a 233mW/cm
2
não devem ser usados por causa de suas
pobres características de polimerização.
Vicentini et al.
69
, em 1996, estudaram a influência da
intensidade de luz/tempo de exposição, sobre o grau de polimerização da
resina composta, em vários níveis de profundidade da restauração.
Amostras com 5mm de diâmetro por 2mm de espessura foram
confeccionadas em matriz de cobre, com as resinas compostas Silux Plus
U e Z 100 A3 (3M) cobertas com tira de poliéster e polimerizadas por 30,
60, 90 e 120s. Foi utilizado o aparelho fotopolimerizador Visilux 2 (3M),
com 120mW/cm
2
. Foram confeccionadas três amostras para cada tipo de
material e tempo de exposição, totalizando 24 amostras. Estas foram
armazenadas em umidade relativa de 100% a 37
o
C, por 24h. Foi
realizado o polimento das amostras, e a microdureza Knoop nas regiões
de superfície e fundo das amostras foi determinada, sob carga de 50g por
30s de permanência. Foram realizadas cinco indentações na região de
superfície e fundo das amostras. Os resultados foram submetidos ao teste
de Tukey (p<0,05) e demonstraram que a dureza na região de superfície
foi superior em relação a região de fundo para as duas resinas
compostas, em todos os tempos de exposição. A resina Z100 (híbrida)
apresentou valores de microdureza superiores ao Silux Plus
(micropartículas), tanto na região de superfície como na base.
Araújo et al.
1
, em 1997, elaboraram um estudo cujo
objetivo foi o de medir a intensidade de luz (IL) (mW/cm
2
) e o calor
desprendido de fotopolimerizadores, e verificar o tempo de uso dos
aparelhos. Foram avaliados 105 aparelhos fotopolimerizadores de 16
diferentes modelos, sendo 60 considerados novos (menos de cinco anos)
e 45 antigos. Para medir a IL dos aparelhos foi empregado o Radiômetro
(Demetron Research Corp.) e para medir o calor gerado pelos aparelhos,
empregamos o Calorímetro (Demetron Research Corp.) Os aparelhos
foram ligados por 1min e feita as medidas de IL e calor por três vezes,
44
sendo considerada a média obtida entre elas. Foi realizada a análise
estatística do qui-quadrado (c
2
) sobre os dados obtidos. Houve uma
relação favorável entre a alta intensidade de luz e aparelhos novos. Para
os aparelhos com IL 300mW/cm
2
ou mais os percentuais de tempo de uso
foram estatisticamente diferentes, ou seja, para os aparelhos novos, 75%
apresentaram-se adequados e para os antigos apenas 11,1%. Houve
relação favorável entre baixa irradiação de calor e alta intensidade de luz
nos aparelhos novos.
Pereira et al.
49
, em 1997, avaliaram a capacidade de
polimerização, por meio de testes de dureza Vickers, de uma única resina
composta fotopolimerizável, em função de diferentes intensidades de luz e
profundidades de polimerização. Foram selecionados 120 aparelhos
fotopolimerizadores, de diferentes modelos e marcas comerciais, dos
quais foram registrados os valores de intensidade de luz emitida,
utilizando um radiômetro (Curing Radiometer- Demetron). Posteriormente,
os aparelhos foram classificados em 12 grupos distintos, de acordo com o
valor de intensidade de luz encontrado. Para a confecção das amostras,
foi utilizada a resina Herculite XR (cor L – Enamel) que foi inserida em um
único incremento em uma matriz de poliacetato bipartida, com uma
cavidade de 7mm de comprimento, 4mm de largura e 3mm de
profundidade. Cinco repetições foram confeccionadas, para cada
aparelho apresentando um determinado valor de intensidade de luz. As
amostras foram polimerizadas por 40s e armazenadas à temperatura de
37±2
o
C por 24h. Decorrido este período foi realizado o teste de dureza
Vickers, realizando-se três impressões a cada milímetro de profundidade,
totalizando-se a profundidade padrão de 4mm. Os resultados foram
analisados estatisticamente pelo método não paramétrico de Kruskal-
Wallis e de comparações múltiplas com nível de significância de 5%. Foi
verificado que os aparelhos com maior intensidade de luz proporcionaram
maior capacidade de polimerização da resina composta e que somente os
aparelhos com 800mW/cm
2
de intensidade de luz proporcionaram
45
uniformidade de polimerização em até 4mm. Os valores máximos de
dureza puderam ser obtidos com valores de intensidade de luz de 564,54;
628,21; 692,64 e 756,67mW/cm
2
para os 1
o
, 2
o
, 3
o
e 4
o
mm
respectivamente. Foi possível comprovar a existência da relação direta
entre a intensidade de luz e profundidade de polimerização.
Mills et al.
42
, em 1999, se propuseram a avaliar se um
aparelho de LED pode produzir uma semelhante profundidade de
polimerização que um aparelho de luz halógena ajustado para fornecer
uma intensidade de luz de 300mWcm
-2
e caracterizar a potência dos
aparelhos fotopolimerizadores. Foi utilizado o aparelho de luz halógena
Coltolux 4 (Coltene) e o aparelho de LED (Nichia Chemical Industries)
contendo 25 LEDs azuis. Três tipos e resinas compostas indicadas para
dentes anteriores e posteriores foram utilizadas, Silux Plus cor U, P50 cor
U e Z100 MP cor A3,5 (3M). Um molde de aço inoxidável com 4mm de
diâmetro e 6mm de profundidade foi preenchido com resina composta
para a confecção das amostras que foram polimerizadas seguindo o
tempo de exposição preconizado pelo fabricante. Seis amostras foram
confeccionadas para cada aparelho utilizado. A profundidade de
polimerização foi medida com o auxílio de um penetrômetro que consiste
em uma agulha de 0,5mm conectada rigidamente a um peso de 1250g e
a profundidade de polimerização pode ser diretamente lida através de um
medidor. Os resultados mostraram que houve uma grande diferença entre
a distribuição espectral dos aparelhos. A irradiação do aparelho de LED e
do aparelho de luz halógena foi de 290mWcm
-2
e 455mWcm
-2
respectivamente. O aparelho de LED polimerizou todas as resinas
compostas com uma significante profundidade de polimerização maior (p
< 0,05) que o aparelho de luz halógena. O aparelho de LED com a
irradiação de 64% do aparelho de luz halógena atingiu uma profundidade
de polimerização significativamente maior. A distribuição espectral dos
aparelhos de luz emitida deve ser considerada em adição a irradiação,
bem como a performace indicada. Os autores concluíram que os
46
aparelhos de LED podem ter um potencial para o uso odontológico, pois
sua performace não reduz significantemente com o tempo como ocorre
com os aparelhos de luz halógena convencionais.
Correr Sobrinho et al.
12
, em 2000, realizaram um estudo a
fim de avaliar a correlação entre a intensidade de luz emitida por
aparelhos fotopolimerizadores e o tempo de exposição, no grau de
polimerização de resinas compostas pela mensuração da dureza Knoop.
Foram confeccionadas amostras com a resina composta Herculite XRV
(Kerr), A3 de 5mm de diâmetro e 2mm de altura que foram preparadas em
moldes de cobre, cobertas com tiras de poliester e polimerizadas por 30s
com 50, 130, 180, 220, 280 e 520mW/cm
2
de intensidade de luz,
utilizando os aparelhos Heliomat (Vivadent), Fibralux (Dabi-Atlante) e
Visilux 2 (3M). A potência de todos os aparelhos foi medida utilizando-se
um radiômetro (Demetron). As demais amostras foram fotopolimerizadas
por 45, 60, 75, 90, 105, 120, 135, 150, 165 e 180s utilizando 130, 220 e
280mW/ cm
2
. Os valores de dureza Knoop da superfície e da base das
amostras foram medidas após 24h, utilizando 50g de carga e tempo de
permanência de 30s. Foram realizadas cinco medidas em cada superfície
e estabelecida a média da amostra. Os dados foram submetidos à análise
estatística empregando o teste de Tukey. Os resultados indicaram que os
aparelhos fotopolimerizadores com maior intensidade de luz
apresentaram melhores valores de dureza Knoop tanto na superfície
como na base das amostras, sendo que a superfície sempre apresentou
melhores valores de dureza em relação à base, após 30s de exposição.
Os valores obtidos na superfície foram estatisticamente superiores
comparados com os valores da base (p< 0,05) para a intensidade de 130,
220 e 280mW/ cm
2
depois de 30, 45 e 60s de exposição.
Em 2000, Jandt et al.
26
, avaliaram a profundidade de
polimerização e força compressiva de resinas compostas polimerizadas
com aparelhos de LED ou aparelhos convencionais de luz halógena. As
resinas compostas TPH Spectrum (Dentsply) nas cores A2 e A4 foram
47
fotopolimerizadas por 40s com o aparelho de luz halógena Spectrum
(Dentsply) e um aparelho com 27 LEDs azuis (Nichia Chem. Ind.). A
profundidade de polimerização foi medida a partir de dez amostras de
4mm de diâmetro e 8mm de profundidade com o uso de um penetrômetro.
Os resultados foram comparados usando o teste estatístico t-Student.
Forças compressivas foram determinadas após 6 e 72h, para 6 amostras
de 4mm de diâmetro e 6mm de profundidade para cada cor depois de ser
polimerizada por 40s. Os grupos foram comparados estatísticamente
usando o teste de ANOVA. O aparelho de luz halógena promoveu uma
profundidade de polimerização significantemente maior (A2- 6,40mm, A4-
5,19mm) que o aparelho de LED (A2- 5,33mm, A4- 4,27mm). Ambos os
aparelhos polimerizaram a resina composta mais profundamente do que o
proposto pela ISO 4049 e o fabricante. O teste ANOVA mostrou que não
houve diferença significante na força compressiva das amostras
produzidas tanto com o aparelho de LED como de para o de luz halógena.
Diferenças significantes na força compressiva das amostras armazenadas
por 6 e 72h e amostras com diferentes cores foram confirmadas no teste
estatístico. O espectro de luz de ambas as unidades diferiram fortemente.
Enquanto o aparelho de luz halógena mostrou uma larga distribuição do
comprimento de onda comum com pico de energia de 497nm, o aparelho
de LED emitiu a maior quantidade de luz produzida a 465nm. O aparelho
de LED produziu um total de 350mW/ cm
2
enquanto o aparelho de luz
halógena produziu um total de irradiação de 755mW/ cm
2
. Os resultados
mostraram que ambos os aparelhos promoveram suficiente potência para
ultrapassar as necessidades mínimas em relação às resinas compostas
(profundidade de polimerização de acordo com ISO 4049 e força
compressiva indicada pelo fabricante). A força compressiva das resinas
compostas polimerizadas em condições laboratoriais com um aparelho de
LED foram estatisticamente equivalentes àquelas polimerizadas com o
aparelho de luz halógena convencional. Sendo que o aparelho de LED
possui vantagens inerentes, tais como potência constante durante a vida
48
útil dos diodos e um grande potencial para alcançar uma qualidade de
polimerização da resina satisfatória clinicamente.
Santos et al.
55
, em 2000, avaliaram a eficácia de dois
aparelhos fotopolimerizadores do tipo pistola, de alta intensidade de luz,
comparando com a de um aparelho a cabo, de baixa intensidade de luz,
com tempo de exposição de 20 e de 40s em profundidades de 1 a 4mm.
Foram utilizados os aparelhos tipo pistola, Optilight II (Gnatus) e XL 1500
(3M) e o Fibralux (Dabi Atlante) tipo cabo a 110V. A resina Z100 (3M) na
cor A2 foi inserida em uma matriz bipartida de poliacetato que continha
uma cavidade retangular de 6mm de profundidade, 4mm de largura e
3mm de altura. A hemimatriz foi preenchida com o material, coberta com
uma lamínula de vidro e sobreposta com a outra metade da matriz,
ficando apenas uma extremidade por onde se fazia a incidência da luz.
Foram utilizados 20 e 40s de polimerização nas profundidades de 1, 2, 3
e 4mm, sendo realizada três repetições com três medidas para cada
região. A parte a ser examinada foi aquela que havia estado em contato
com a lamínula. Esta superfície foi milimetrada e levada ao
microdurômetro Knoop utilizando-se uma carga de 50g pelo tempo de
45s. A cada milímetro foram realizados três ensaios de dureza nos 2mm
centrais. Os resultados mostraram haver diferença estatísticamente
significante entre os tempos, sendo que com 40s a dureza foi maior que a
20s, para as quatro diferentes profundidades. Para o fator aparelho, os
dois aparelhos tipo pistola se comportaram superiores ao tipo cabo
Fibralux, e entre eles, o XL 1500 promoveu dureza maior que Optilight II
no tempo de polimerização de 40s. As profundidades de 1, 2, 3 e 4mm
mostraram diferença estatística entre si, tendo sido encontrado maior
dureza para as menores profundidades (p< 0,05).
As propriedades flexurais de resinas compostas com três
diferentes cores, polimerizadas com aparelhos de LED e de luz halógena,
foram analisadas por Stahl et al.
63
, 2000, tendo como objetivo explicar a
efetividade dos aparelhos de LED em relação aos aparelhos de luz
49
halógena. Foi utilizado o aparelho de luz halógena Spectrum 201 R
(Denstply) com 755mW/cm
2
e um aparelho contendo 27 LEDs (Nichia
Chem. Ind.) com 350mW/cm
2
. As resinas; TPH Spectrum (Denstply),
Z100 (3M) nas cores A2 e A4 e Solitaire (Heraeus Kulzer) nas cores A2 e
A3 foram utilizadas. As propriedades flexurais foram testadas de acordo
com as normas ISO 4049. As amostras foram confeccionadas em moldes
de aço inoxidável de 25 x 2 x 2mm de tamanho. Foram armazenadas por
24h em água antes dos testes mecânicos. Os resultados foram analisados
utilizando o teste estatístico ANOVA. Na maioria dos casos não foram
encontradas diferenças estatisticamente diferentes na força e módulo
flexural entre as resinas compostas polimerizadas com o aparelho de luz
halógena ou LED.
Em 2000, Yap
76
estudou, através do teste de
microdureza, o impacto da variação da profundidade da cavidade e o
tempo da exposição de luz na efetividade de polimerização de duas
resinas compostas. Analisou também, a afirmação dos fabricantes de que
os seus materiais restauradores polimerizariam eficientemente em até 4 e
5mm quando expostos à luz por 40s. Foram utilizadas as resinas Ariston
pHc (Vivadent) e Surefil (Dentsply) na cor A2 que foram inseridas em
moldes cilindricos de plástico com cavidades de 2 a 4mm de profundidade
e 5mm de diâmetro. Cada amostra foi fotopolimerizada por 40s pelo
fotopolimerizador Spectrum (Dentsply). Posteriormente, as amostras
foram posicionadas para a análise da dureza Knoop, com a carga de
500g por 15s, empregada na superfície e base. As amostras foram
complementarmente fotopolimerizadas em incrementos de 20s até que
atingissem 120s de irradiação. A mensuração da dureza da superfície e
base foi realizada a cada período de irradiação. Os resultados mostraram
que a eficácia da polimerização diminuiu significativamente com o
aumento da profundidade da cavidade em todos os tempos de exposição
avaliados. Aumentando o tempo de exposição, aumenta-se a extensão de
polimerização nas cavidades com 3 e 4mm. Os incrementos de resina
50
composta avaliados não devem ser maiores que 2mm para promover
uniforme e máxima polimerização.
Cunha et al.
14
, em 2001 pesquisaram a influência de
quatro métodos de fotoativação sobre a dureza Knoop de cinco resinas
compostas Z100 (3M), TPH (Dentsply), Solitaire (Heraeus – Kulzer), Alert
(Jeneric - Pentron) e Wave (SDI). Cinco amostras cilindricas de 3mm de
diâmetro por 5mm de altura foram preparadas em uma matriz bipartida
para cada resina composta e cada método de ativação utilizado. A
fotoativação foi realizada empregando-se quatro diferentes métodos: luz
contínua (520mW/cm
2
por 40s); dupla intensidade de luz (150mW/cm
2
durante 30s); luz pulsátil (520mW/cm
2
por 60s) e por arco de plasma de
Xenônio (2300 mW/cm
2
por 3 s), sendo posteriormente armazenadas por
24h a 37
o
C. Foi realizada a mensuração da dureza Knoop utilizando-se
uma carga de 50g por 30s. Os dados obtidos foram submetidos à análise
de variância e ao teste de Tukey (5%). Os resultados indicaram que a
dureza na região de superfície foi maior do que a dureza nas
profundidades de 1,5; 2,5 e 4mm e região de fundo, independentemente
do tipo de resina e de método de fotoativação. O método de fotoativação
por luz contínua e por dupla intensidade de luz não diferiu entre si, porém
foram superiores aos métodos de fotoativação por luz pulsátil e por arco
de plasma de Xenônio, independentemente da profundidade e do tipo de
compósito. O compósito Z100 obteve o mais alto valor de dureza, seguido
pelas resinas compostas Alert, TPH, Solitaire e Wave.
Em 2001, Kurachi et al.
32
, avaliaram a microdureza de
uma resina composta polimerizada por cinco aparelhos de LED e uma
comparação com aparelho fotopolimerizador convencional de luz
halógena K&M (200R). O teste de microdureza foi usado para comparar a
eficácia de ambos os tipos de fontes de luz. Nos aparelhos de LED
utilizados foram empregados: (L2) dois LEDs, (L3) três LEDs, (L4) quatro
LEDs, (L5) cinco LEDs ou (L6) seis LEDs azuis, estas séries de LEDs
(Nichia Chem. Ind.) emitiam um pico de luz de 470 nm. A resina composta
51
Z100 (3M) na cor A3 foi polimerizada por 20, 40, 60, 120 e 180s com os
aparelhos a base de LED e por 40s com o aparelho de luz halógena. As
amostras de resina foram preparadas com 0,35; 1,25 e 1,8mm de
espessura. Cinco amostras de cada grupo foram realizadas. A avaliação
da microdureza Vickers foi realizada com três indentações para cada
amostra, utilizando 50g de carga com 30s de tempo de permanência.
Todas as amostras polimerizadas com os aparelhos a base de LED
mostraram menores valores de microdureza quando comparadas as de
luz halógena no tempo de polimerização de 40s. O aparelho com seis
LEDs mostrou-se o mais eficiente dos aparelhos. Este apresentava a
intensidade de luz de 79mW/ cm
2
, enquanto o de luz halógena obteve a
intensidade de luz de 475mW/cm
2
. Para todos os aparelhos
apresentados, maiores tempos de exposição ou uma camada mais fina de
resina são necessários para se alcançar razoáveis valores de
microdureza. Apesar das diferenças de irradiação quando comparada
com a luz halógena, aparelhos a base de LED mostraram ser um
promissor instrumento de polimerização.
Lim et al.
34
, em 2001, realizaram um estudo considerando
a profundidade de polimerização de quatro resinas compostas usando
três diferentes aparelhos fotopolimerizadores. Preparos circulares de
classe I, com 5mm de profundidade e 4mm de diâmetro foram realizados
em 120 molares extraídos. As resinas compostas Synergy (Coltene)
resina compactável, Revolution (Kerr) resina flow, Vitalescence (Ultradent)
resina microhíbrida, Z 100 (3M) resina híbrida foram utilizadas para a
confecção dos corpos-de-prova. Todos os materiais foram
fotopolimerizados seguindo as orientações do fabricante, com três
diferentes aparelhos; VIP (Bisco) aparelho fotopolimerizador, Virtuoso
(Dent Mat) arco de xenônio, Henry Schein Visible aparelho
fotopolimerizador. As resinas foram fotopolimerizadas em incrementos de
5mm. Depois de inserida a resina e fotopolimerizada, o dente foi
seccionado verticalmente e submetido ao teste de profundidade de
52
polimerização usando uma sonda periodontal, e dureza à penetração,
utilizando uma sonda exploradora aplicando uma força penetrante à
resina, registrando assim, onde a indentação ocorreu. Os resultados
mostraram que a resina Synergy apresentou melhor profundidade de
polimerização (4,4mm) e a resina Revolution apresentou a menor
profundidade de polimerização (3mm) utilizando-se todos os aparelhos
testados. Os aparelhos fotopolimerizadores VIP e Schein Visible
apresentaram-se semelhantemente bons, na polimerização de todas as
resinas, atingindo a média de 4,5mm de profundidade de polimerização.
O aparelho fotopolimerizador Virtuoso apresentou os piores resultados
obtendo, como média total, 2,4mm de profundidade de polimerização.
A eficiência de polimerização de três aparelhos de LED
com aparelhos de quartzo tungstênio halogênio (QTH) foi comparada por
Leonard et al.
33
, em 2002, através do teste de microdureza. A potência da
densidade (intensidade) e emissão espectral de cada aparelho de LED foi
comparado com o aparelho de QTH em ambas variações espectrais 380 a
520nm e 450 a 500nm. Moldes de politetrafluoretileno com 2mm de altura
e 8mm de diâmetro foram usados para a confecção de cinco amostras,
para cada combinação; tempo de exposição, tipo de resina composta;
(microparticulada Silux Plus e híbrida Z 100 (3M)) e fotopolimerizadores
de LED - Luma Cure (LumaLite), VersaLux (Centrix) com 7 LEDs,
combinação de LED com luz halógena - ZAP Dual Curing (CMS) com 12
LEDs e o aparelho de luz halógena - Optilux 401 (Kerr/ Demetron). As
amostras foram armazenadas a seco, em um recipiente a prova de luz,
por 24h. Decorrido este período, realizou-se três medidas de dureza
Knoop, utilizando 100g de carga com um tempo de permanência de 10s,
na superfície e base das amostras, e calculou-se a média entre
base/superfície (B/S). O valor de 80% foi indicado como satisfatório para a
polimerização. A porcentagem da regressão linear versus tempo de
exposição foi realizada e a equação resultante foi utilizada para predizer a
exposição de tempo necessária para produzir uma porcentagem de 80%
53
entre B/S. A potência de densidade (potência/ unidade de área) dos
aparelhos de LED e de QTH foi medida por um medidor de potência a
laser em ambas as variações de espectro de luz (380-780nm) e a
variação do espectro (entre 450 e 500nm) usando a combinação de filtros
de ondas curtas e longas. Os resultados demostraram que a emissão do
espectro dos aparelhos de LED refletiram mais a absorção do espectro do
fotoiniciador comumente utilizado, canforoquinona. Especificamente, 95%
do espectro de emissão VersaLux, 87% do LumaCure, 84% do ZAP LED,
e 78% do ZAP combinação LED e QTH esteve entre 450 e 500nm. Em
contraste, apenas 56% do espectro de emissão do aparelho de luz
halógena Optilux 401 esteve dentro desta variação. Entretanto a
densidade de potência entre 450 e 500nm foi ao menos quatro vezes
maior para a luz halógena que o aparelho exclusivamente de LED. Como
resultado, os aparelhos de LED necessitaram de 39 a 61s para
polimerizar 2mm de espessura de resina híbrida e entre 83 a 131s para
adequadamente polimerizar a resina de micropartículas. Por comparação,
o aparelho QTH necessitou de apenas 21 e 42s para polimerizar a resina
híbrida e de micropartículas, respectivamente. Os aparelhos de LED de
primeira geração, neste estudo necessitaram de consideravelmente maior
tempo de exposição que os aparelhos QTH para polimerizar
adequadamente a resina composta híbrida e de micropartículas.
Asmussen & Peutzfeldt
3
, em 2003 avaliaram a dureza de
uma resina composta em função da subsuperfície polimerizada, em
amostras cilíndricas de vários diâmetros. A resina composta Charisma
(Kulzer) foi inserida em um molde metálico de 6mm de altura, para a
confecção de amostras, com 3, 4 e 6mm de diâmetro. Foi utilizado o
aparelho fotopolimerizador XL 3000 (3M) por 20s para a fotopolimerização
das amostras que foram armazenadas por 24h. Estas foram incluídas em
uma resina autopolimerizável e realizou-se o teste de dureza Wallace,
imprimindo 1N de força. A dureza Wallace mede a profundidade da
penetração do diamante Vickers sobre determinada força. A dureza foi
54
determinada com intervalos de 0,5mm da superfície até a profundidade de
4mm. Para cada amostra uma série de medidas foi realizada e para cada
diâmetro, 10 amostras foram analisadas. O teste de dureza na resina
composta foi realizado em função da profundidade da subsuperfície de
amostras cilíndricas de 3, 4 e 6mm de diâmetro. Verificou-se que a resina
composta apresentava-se com menor dureza a 0,5mm de profundidade
que a 1,0 e 1,5mm de profundidade, independente do diâmetro das
amostras. As possíveis explicações seriam a inibição do oxigênio de
polimerização e alta taxa de polimerização do material em pequenas
profundidades de subsuperfícies. Pode-se também observar que,
correspondendo com o aumento do diâmetro, as amostras ficavam
significativamente com menor dureza nas profundidades de 3,0; 3,5 e
4,0mm respectivamente.
Besnault et al.
7
, em 2003 avaliaram o efeito, in vitro, da
polimerização com LED versus Luz halógena nas propriedades
mecânicas de três resinas compostas microhíbridas. As resinas
compostas Tetric Ceram (Ivoclar/ Vivadent), Charisma (Kulzer), Z100 (3M)
e dois aparelhos, Astralis 7 (Ivoclar/ Vivadent) de luz halógena e GC E
Light (GC) de LED, contendo 64 LEDs, foram analisados. Seis modos de
polimerização foram usados; a) Luz halógena, padrão 40s - 750mW/cm
2
;
b) LED, padrão 40s - 200mW/cm
2
; c) LED, polimerização rápida 6s -
400mW/cm
2
; d) LED, polimerização rápida 12s - 400 mW/cm
2
; e) LED,
polimerização gradual a 39s (20s de 0 – 350 e 20s – 350mW/cm
2
); f) LED,
turbo 10s – 350 mW/cm
2
. Foram confeccionadas amostras utilizando-se
um molde de teflon com 6mm de diâmetro por 2mm de altura, perfazendo
um total de trinta amostras por resina utilizada, divididas entre os seis
grupos experimentais (n = 5). As amostras foram polidas e foram
avaliadas a microdureza da superfície/ base e a força flexural. Foi
utilizado um microdurômetro com indentador de diamante Vickers, com a
carga de 200g por 30s de permanência, para a mensuração da
microdureza na superfície e base das amostras. O teste de flexão foi
55
realizado através da mensuração da altura e largura das amostras. A
comparação estatística foi feita usando o teste ANOVA e o teste de Fisher
(p < 0,05). A resina Z100 apresentou as melhores propriedades em
ambos os testes. Quanto a microdureza da superfície o aparelho de luz
halógena apresentou valor semelhante àqueles obtidos com a
polimerização gradual e os modelos padrão de polimerização do aparelho
de LED para as resinas Tetric Ceram e Charisma. Para a resina Z100 os
maiores valores foram obtidos com o aparelho de luz halógena. Em
qualquer um dos materiais, curtos períodos de exposição (polimerização
rápida 6s e turbo) exibiram pobres resultados. Em relação a microdureza
da base, as amostras fotopolimerizadas com o aparelho de luz halógena
apresentaram maiores resultados, mas com propriedades mecânicas
bastante semelhante as alcançadas com a rápida polimerização (12s)
com o aparelho de LED. A polimerização rápida (6s e turbo) forneceu os
menores resultados. Quanto à força flexural, os resultados foram
comparáveis àqueles obtidos pela microdureza da base. Os autores
concluíram que a polimerização rápida a 12s, proposto pelo novo
aparelho de LED parece ser um limiar entre 40s de polimerização e o
modo de polimerização rápida, resultando em algumas interessantes
propriedades mecânicas da resina em comparação com o aparelho de luz
halógena, economizando, também, um considerável tempo gasto quando
se usa a técnica incremental.
Soh et al.
61
, em 2003, analisaram a efetividade de
polimerização de dois aparelhos de LED; Elipar FreeLight (FL) (3M)
contendo 19 LEDs e GC e-Light (EL) (GC) contendo 64 LEDs; um
aparelho convencional de luz halógena Max (MX) (Dentsply); aparelho de
luz halógena de alta intensidade Elipar TriLight (TL) (3M); e um de luz
halógena de altíssima intensidade Astralis (AS) (Ivoclar-Vivadent) em
variadas profundidades de cavidades. Dez modos de fotopolimerização
foram estudados, entre eles: a) FLI- 400mW/cm
2
, em 40s; b) FL2- 0-
400mW/cm
2
, 12s e 400 mW/cm
2
, 28s; c) EL1- 750mW/cm
2
, 10 pulsos x
56
2s; d) EL2- 350mW/cm
2
, 40s; e) EL3- 600mW/cm
2
, 20 s; f) EL4- 0-
600mW/cm
2
, 20s e 600mW/cm
2
, 20s; g) TL1- 800mW/cm
2
, 40s; h) TL2-
100-800mW/cm
2
, 15s e 800 mW/cm
2
, 25 s; i) AS1- 1200mW/cm
2
, 10s, j)
MX- 400mW/cm
2
, 40s. A resina Z100 (3M) na cor A2 foi utilizada para a
confecção das amostras, em moldes com cavidades de 2 a 4mm de
profundidade e 4mm de largura. A efetividade de polimerização de cada
um dos modos de ativação foi determinada pela medida Knoop da
superfície e da base das amostras com 2, 3 e 4mm, utilizando uma carga
de 500g pelo tempo de permanência de 15s. Os resultados foram
analisados usando o teste estatístico de ANOVA e Scheffe (p< 0,05). Na
superfície, a média de dureza Knoop observada com os aparelhos de
LED variaram de 55,42 ± 1,47 a 68,54 ± 1,46, enquanto que para a luz
halógena estes valores variaram de 62,64 ± 1,87 a 73,14 ± 0,97. Na base,
a média de dureza Knoop observada com LED e luz halógena variaram
de 46,90 ± 1,73 a 66,46 ± 1,18 e 62,26 ± 1,93 a 70,50 ± 0,87,
respectivamente. Diferença significante entre os valores de dureza da
superfície e da base foi observada entre diferentes aparelhos de LED e de
luz halógena. Embora a polimerização com a maioria dos modos de EL
resultaram em dureza Knoop da superfície e da base significativamente
menores dos aparelhos convencionais de luz halógena, não foi
encontrada diferença estatisticamente significante entre os modos de
ativação de FL. Por isso, a efetividade da polimerização com aparelhos de
LED é produto dependente.
Soh et al.
60
, em 2003, continuando seus estudos,
elaboraram um estudo onde compararam a efetividade de polimerização
de dois aparelhos de LED; Elipar FreeLight (FL) (3M) contendo 19 LEDs e
GC e-Light (EL) (GC) contendo 64 LEDs; um aparelho convencional de
luz halógena Max (MX) (Dentsply); aparelho de luz halógena de alta
intensidade Elipar TriLight (TL) (3M); e um aparelho de luz halógena de
muito altíssima intensidade Astralis (AS) (Ivoclar-Vivadent) em variadas
profundidades de cavidades. Dez modos de fotopolimerização foram
57
analisados, entre eles: a) FLI- 400mW/cm
2
, em 40s; b) FL2- 0-
400mW/cm
2
, 12s e 400mW/cm
2
, 28s; c) EL1- 750mW/cm
2
, 10 pulsos x 2s;
d) EL2- 350mW/cm
2
, 40s; e) EL3- 600mW/cm
2
, 20 s; f) EL4- 0-
600mW/cm
2
, 20s e 600mW/cm
2
, 20s; g) TL1- 800mW/cm
2
, 40s; h) TL2-
100-800mW/cm
2
, 15s e 800 mW/cm
2
, 25s; i) AS1- 1200mW/cm
2
, 10s, j)
MX- 400mW/cm
2
, 40s. A resina Z100 (3M) na cor A2 foi inserida em
moldes com cavidades de 2 a 4mm de profundidade e 4mm de largura
para a confecção das amostras. A efetividade de polimerização de cada
um dos modos de ativação foi determinada pela medida Knoop da
superfície e da base das amostras com 2, 3 e 4mm, utilizando-se uma
carga de 500g pelo tempo de permanência de 15s. Os resultados foram
analisados usando o teste estatístico de ANOVA e Scheffe (p< 0,05).
Verificou-se para todos os aparelhos que a efetividade de polimerização
diminuiu com o aumento da profundidade da cavidade. A média da dureza
para todos os aparelhos na profundidade de 2mm pareceu ser maior que
a proporção 0,80 (base/ superfície). Os incrementos de resina avaliados
não devem ser maiores que 2mm para obter efetiva polimerização para
GC e-Light. Aos 3mm, todos os aparelhos de luz halógena produziram
uma dureza maior que 0,80 mas isto não ocorreu em alguns aparelhos de
LED, e a 4mm a dureza média observada em todos os aparelhos
polimerizadores foi menor que 0,80. Diferenças significantes nos valores
de dureza Knoop da superfície e da base foram observadas entre
diferentes modos de polimerização para o mesmo aparelho e aparelhos
de LED e luz halógena. Enquanto a polimerização com a maioria dos
modos de EL resultou em valores significantemente menores de dureza
superficial e de base que o controle (MX) em todas as profundidades, o
modo padrão do FL resultou em dureza Knoop maior na superfície e
base, na profundidade de 3 e 4mm. A profundidade de polimerização com
os aparelhos de LED foi, portanto, produto e modo dependente.
Bennett & Watts
8
, em 2004, avaliaram a performace de
dois aparelhos de LED, em relação a sua potência espectral, irradiação e
58
profundidade de polimerização sobre resinas compostas, comparados a
um aparelho convencional de QTH. Os aparelhos de LED Elipar Freelight
1 (3M) (LED 1), Ultralume 2 (Optident) (LED 2) e aparelho de luz halógena
Optilux- 500 (Sybron-Kerr) (QTH 1) foram utilizados e para cada aparelho,
usado um espectofotometro visível UV. A potência do espectro foi medida
e a irradiação da luz emitida em função do detector de distância da luz. As
resinas compostas Tetric Ceram (Vivadent), na cor A3, Tetric Ceram HB
(Vivadent), cor A3, contendo um fotoiniciador adicional respondendo a
aproximadamente 435nm, e Tetric Ceram Bleach L (Vivadent) foram
utilizadas. Estas resinas compostas apresentam fórmula semelhante, mas
diferem na concentração de seus iniciadores e/ ou opacidade. As
amostras foram confeccionadas em moldes de aço inoxidável com 4mm
de diâmetro e 6mm de altura e a luz polimerizadora foi fixada nas
distâncias específicas de 0, 4 e 8mm com períodos de irradiação de 10,
20 e 40s. A profundidade de polimerização foi medida usando um
calibrado penetrômetro digital em função da distância da fonte para os
períodos ativação. Os resultados mostraram que cada aparelho liberou
um pico no espectro visível da luz. O comprimento de onda máximo para
o LED 1, LED 2 e QTH 1 foram 486,4; 458,2 e 495,2nm, respectivamente.
Os valores de profundidade de polimerização variaram significativamente
(p<0,001) com tempo de irradiação e distância da fonte à amostra para
ambos os aparelhos de LED e QTH. A porcentagem de redução nos
valores de profundidade de polimerização resultantes do LED versus
irradiação pelo QTH aumentou com a distância da fonte/amostra. Os
autores concluíram que os aparelhos de LED tiveram uma potência
espectral de energia eficiente para as resinas convencionais, mas tiveram
uma distância menor comparado com o aparelho de QTH, levando a uma
redução na performace nas profundidades de polimerização. Os dados
sugerem que os aparelhos de LED podem beneficiar grandemente um
futuro desenvolvimento para promover um aumento na irradiação da luz
emitida, permitindo um aumento nos valores de profundidade de
59
polimerização, especialmente quando polimerizados a partir de uma certa
distância.
Braga et al.
9
, em 2004, avaliaram a microdureza da
superfície e da base da resina composta Filtek Z250 (3M) fotoativada com
dois tipos de fontes de luz (halógena e LED), variando também a potência
oferecida pelo aparelho de LED. Foram confeccionados 15 corpos-de-
prova nas dimensões de 2mm de espessura por 6mm de diâmetro. O
grupo G1 foi fotoativado com o aparelho de luz LED, Ultra Blue IS (DMS)
com potência ajustada para 200mW/cm
2
. O grupo G2 foi fotoativado com
o aparelho de LED Ultra Blue IS (DMS) com potência de 600mW/cm
2
.
Para a fotoativação do grupo G3 utilizou-se o aparelho de luz halógena
Optilight 600 (Gnatus) com potência aferida de 400mW/cm
2
. Os corpo-de-
prova foram fotopolimerizados por 20s, e cada um deles teve as
superfícies de topo e de base divididos em quatro quadrantes. Foi
realizado o teste de microdureza com três impressões por quadrante,
sendo os resultados submetidos a análise de variância. Os autores
verificaram que o grupo G2 apresentou as maiores médias de
microdureza (90,0HV na superfície e 79,0HV na base), sendo
significativamente maior que os grupos G1 (71,9HV na superfície e
67,1HV na base) e G3 (62,3HV na superfície e 56,5HV na base).
Observaram diferença estatisticamente significante na microdureza entre
os grupos G1 e G3 e na superfície e base dos corpos-de-prova testados.
Concluiram que o emprego de um aparelho de LED de alta potência
implicou em valores de microdureza significativamente maiores quando
comparados à fonte de luz halógena.
Ciccone et al.
11
, em 2004, avaliaram a influência de
sistemas de fotopolimerização de LED Ultraled (Dabi Atlante) e de luz
halógena XL 3000 (3M) na pesquisa superficial e profunda de resinas
compostas Z 250 e P60 (3M); Charisma e Durafill (Heraeus Kulzer) em
relação ao tempo de 0 e 24h e sete dias. Foram confeccionadas 80
amostras, empregando uma matriz de poliuretano preta com 2mm de
60
espessura e 3mm de diâmetro. As resinas foram inseridas na matriz em
uma única porção, e ativadas por 40s. Realizaram-se os testes de
microdureza (Knoop) e as amostras foram acopladas em placas palatais
utilizadas por dez voluntários, os quais foram instruídos quanto ao regime
de uso e higiene bucal destas. Outras medidas de microdureza foram
feitas após 24h e sete dias da confecção das amostras. Os resultados
obtidos foram submetidos à ANOVA e teste de Tukey (p< 0,05). A resina
composta Z250 e a P60 apresentaram os melhores resultados, enquanto
a Durafil as piores médias, sendo que para todas as amostras houve um
aumento significativo após 24h. Em relação à profundidade de
polimerização observou-se que microdureza do topo das amostras foi
estatisticamente superior à base. Para os fotopolimerizadores, o sistema
halógeno apresentou-se estatisticamente superior à base. Os autores
concluíram que a microdureza foi influenciada pelo sistema de
fotoativação e pela região avaliada, tendo o LED e a base apresentado os
menores valores. Um aumento significativo na microdureza foi verificado
após 24h para todos os materiais, sendo que as resinas compostas Z250
e P60 apresentaram os melhores resultados, independente do tipo de
fotopolimerizador empregado.
Ernst et al.
18
, em 2004 analisaram a profundidade de
polimerização de cinco aparelhos de LED azul comparando-os a três
aparelhos de quartzo tungstênio halôgenio (QTH). Foram utilizados os
aparelhos de LED de primeira geração: a) E-Light (GC) com 64 LEDs, a
40s; b) Elipar FreeLight (3M) com 19 LEDs, 40s; aparelhos de LED de alta
potência; c) Elipar FreeLight 2 (3M), 20s e 40s; d) Ultra-Lume LED 2
(Ultradent), 20s e 40s; e) LEDemetron 1 (Kerr), 20s e 40s. Já os
aparelhos de QTH convencionais testados foram: a) Optilux 501 (Kerr),
modo padrão 20 e 40s, turbo 20 s; b) Elipar TriLight (3M), 40s; c) Astralis
(Vivadent), 10 e 20s. Moldes de aço inoxidável com 5mm de diâmetro e
altura variando de 1 a 5mm foram preenchidos com a resina composta
híbrida Tetric Ceram (Vivadent) na cor A3. As amostras foram
61
polimerizadas com a distância de 7mm da base e as amostras que
serviram de referência para a análise da microdureza foram polimerizadas
em contato direto. As amostras de referência com a maior dureza
superficial para todos os aparelhos medidos serviram de controle. A
microdureza foi medida decorridos os 10min de exposição na superfície e
base das amostras. A dureza superficial e de base na proporção 80%
das amostras controle, polimerizadas à distância zero, foram definidas
como clinicamente aceitáveis para polimerização segura. Os resultados
mostraram que com as lâmpadas de QTH, a média máxima das amostras
de resina composta que fotopolimerizaram-se suficientemente (proporção
relativa da superfície 80%) foi: 3mm de espessura para o aparelho
Optilux 501 modo padrão, 40s; 2,5mm para o Trilight, 40s e 1,5mm para
Australis 10, 20s. A primeira geração dos aparelhos de LED FreeLight e
GC e-Light, ambos aplicados por 40s, e o Optilux 501 operado por 20s no
modo padrão e turbo não puderam polimerizar suficientemente amostras
com 1mm de espessura na distância de 7mm. Os aparelhos FreeLight 2 e
o Ultra-Lume LED 2 polimerizaram amostras de resina até 2,5mm de
espessura em 40s a proporção relativa de superfície 80%, enquanto que
uma profundidade de polimerização não suficiente foi encontrada após
20s de tempo de exposição para o FreeLight 2. O LEDemetron 1
equipado com um guia de luz de 13/8mm alcançou a profundidade de
polimerização de 2,0mm. Não foi achada diferença estatisticamente
diferente entre Elipar FreeLight 2, Ultra-Lume LED 2, e LEDemetron 1 em
seu potencial de polimerização a 40s ou 20s de exposição. Os autores
concluíram que os aparelhos de LED de primeira geração FreeLight e E-
Light não promovem clinicamente, suficiente profundidade de
polimerização, enquanto que os aparelhos de LED de alta potência
FreeLight 2, Ultra-Lume LED 2 e LEDemetron 1 mostraram um potencial
de polimerização igual ao Optilux 501, aos 40s de exposição.
Em 2004, Koupis et al.
28
, compararam a profundidade de
polimerização de resinas compostas modificadas por poliácidos
62
(compômeros) e de algumas resinas compostas em função da cor usando
o método de raspagem e um penetrômetro. A profundidade de
polimerização dos compômeros Hytac (3M), F2000 (3M), Glasiosite
(VOCO), Dyract (Dentsply), Dyract AP (Dentsply), Compoglass F
(Dentsply) e das resinas Durafill VS (Kulzer), Z100 (3M) nas cores A2 e
A4 foram determinadas usando o método de raspagem baseado nas
normas da ISO 4049:2000 e um penetrômetro digital. As amostras foram
fotopolimerizadas (800mW/cm
2
por 40s) em uma matriz de aço inoxidável
com 4mm de diâmetro e 10mm de espessura. Cinco amostras foram
analisadas imediatamente após a polimerização e cinco armazenadas a
seco à 22
o
C e analisadas após 24h. A análise foi realizada através do
teste de raspagem e com a utilização de um penetrômetro. Para ambos
os métodos, a profundidade de polimerização foi independente após a
polimerização (imediatamente e após 24h) (P 0,05), mas diferiram
significativamente entre os materiais e as cores (P< 0,001), sendo que
para todos os materiais a cor A2 apresentou maiores valores quando
comparados com a cor A4. A análise de regressão demonstrou que não
houve diferença significante sistemática ou proporcional entre os métodos
de análise. A profundidade de polimerização, dos compômeros F2000 e
Glasiosite, foi comparável à resina híbrida Z100, mas maiores que a
profundidade de polimerização da resina microparticulada Durafill VS. Os
compômeros Dyract AP, Dyract, Compoglass F e Hytac tiveram a
profundidade de polimerização menor que a resina microparticulada.
Machado et al.
35
, em 2004, avaliaram a profundidade de
polimerização em função do tipo de unidade de luz e tempo de exposição.
As amostras foram preparadas usando uma resina composta micro-
híbrida Charisma (Kulzer) em matrizes cilíndricas com 4mm de diâmetro e
5mm de profundidade. Os valores de microdureza foram mensurados em
1, 2 e 3mm. Três unidades de luz foram usadas: dois LEDs (A) Elipar Free
Light (3M) e (B) Ultraled (Dabi Atlante) e uma luz halógena (C) KL 3000
(3M). Para as três unidades de luz, cinco amostras foram fotoativadas por
63
40s. Amostras adicionais foram preparadas e fotoativadas por 20s, para
as unidades de luz A e C. As amostras foram armazenadas em
recipientes isentos de luz, por 24h a 37 ± 2°C. O teste de dureza Vickers
foi realizado usando uma carga de 300g por 15s com o microdurômetro
HMV- 2 Series Shimatzur Corporation. Seis impressões foram feitas para
cada profundidade. Os dados foram estatisticamente analisados pelo
ANOVA e teste de Tukey (p< 0,05). Para todas as profundidades, não
houve diferenças entre as unidades de luz quando o tempo de 20s foi
utilizado. O tempo de exposição de 40s produziu maiores valores de
microdureza que 20s. Independente da unidade de luz e tempo de
exposição, a microdureza diminuiu em função da profundidade (3 < 2< 1
mm). A unidade de luz halógena apresentou os maiores valores de
microdureza se comparando as duas à base de LEDs. Os resultados
permitiram concluir que a polimerização da resina composta não foi
adequada a profundidades superiores a 2mm e que a unidade de luz
halógena produziu maior dureza que as unidades à base de LEDs.
Nomoto et al.
44
, em 2004, avaliaram as características de
dois tipos de aparelhos polimerizadores recentemente desenvolvidos;
arco de plasma e LED, em comparação com o aparelho convencional de
tungstênio-halôgenio. A intensidade de luz e a distribuição espectral da
luz destes aparelhos, o aumento de temperatura do esmalte bovino e a
profundidade de polimerização da resina exposta, em cada aparelho, foi
investigada. Os aparelhos de luz halógena New Light- VL II (GC), plasma
Apollo 95 E, Apollo 95 E Elite, Arc Light IIM, Credi II, Flipo, e de LED
Elipar Free Light, LUXOMAX foram utilizados para polimerizar as resinas
Clearfil AP-X (Kuraray), Z100 (3M), Z 250 (3M) nas cores A2 e C4 para a
confecção de amostras. As resinas foram inseridas em moldes de aço
inoxidável com cavidades cilíndricas de 4mm de diâmetro e 8mm de
profundidade. O aparelho de LED polimerizou as amostras por 20, 40 ou
60s, o aparelho de arco de plasma por 3, 6 ou 9s e o de tungstênio-
halogênio por 20s. Após as amostras serem armazenadas a 23
o
C em
64
recipiente a prova de luz, o material não polimerizado foi removido e o
restante foi medido com um micrômetro. A intensidade de luz e a
profundidade de polimerização foram determinadas de acordo com os
padrões da ISO. A distribuição espectral foi medida por um
espectroradiômetro. O aumento da temperatura induzido pela irradiação
foi medido usando um termopar. A intensidade de luz na faixa de 400-
515nm emitidas pelo arco de plasma foi maior do que aquela de outros
tipos de aparelhos. Luz na região UV-A foi emitida a partir de alguns
aparelhos de arco de plasma. Os tempos de irradiação requeridos foram
de 6 a 9s para os aparelhos de arco de plasma e 40 a 60s para os
aparelhos de LED a fim de criar uma profundidade de polimerização igual
àquela produzida pelos aparelhos de luz de tungstênio-halogênio com 20s
de irradiação. A temperatura elevou-se com o aumento do tempo de
irradiação para o aparelho polimerizador. O aumento de temperatura foi
de 15
o
C a 60
o
C para o aparelho de arco de plasma, por volta de 15
o
C
para o aparelho convencional de luz halógena e abaixo de 10
o
C para os
aparelhos de LED. Ambos os aparelhos arco de plasma e aparelho de
LED requerem maior tempo de irradiação que aqueles recomendados
pelos seus respectivos fabricantes. Os profissionais devem ficar atentos
ao aumento térmico potencial e o risco dos raios UV-A quando usado os
aparelhos de arco de plasma.
Em 2004, Ribeiro et al.
52
, avaliaram a microdureza Knoop
de resinas compostas em diferentes cores e profundidade usando luz LED
e halógena. Foram confeccionadas 320 amostras com 2 x 3 x 6mm
(largura X comprimento X altura) utilizando cinco resinas compostas de
diferentes cores Esthet-X A2, A2O, WE E XL (Dentsply); Filtek Supreme
A2E, A2B, A2D, VT/Z1OO – A2 (3M); Point 4 – A2, A2-Opaque, XL1, T1
(Kerr); Vitalescence – A2, PF, TM (Ultradent). Para a fotopolimerização
destas amostras foram utilizados os aparelhos de LED L.E.Demetron 1
(Kerr) e Elipar Free Light (3M) e os aparelhos de luz halógena Optilux 501
(Demetron) e VIP (Bisco). Foram realizadas mensurações da microdureza
65
nas profundidades de 0,2; 1; 2; 4 e 5mm (n=5). Através do teste
estatístico ANOVA observou-se que os fatores profundidade, resina
composta, fonte de luz e a interação resina composta/fonte de luz foram
significativos (p< 0,001). A resina composta Z100 (controle) apresentou
alta microdureza (média ± DP) a 0,2mm (74,65 ± 3,53), seguido por
Supreme da dentina (49,8 ± 3,41 ao corpo 47,4 ± 5,77) e Esthet-X A2
(46,65 ± 6,6). A 5mm a resina Z100 apresentou maior dureza (48,3 ±
6,29), seguido por Supreme VT (42,1 ± 3,26). Vitalescence TM (33,2 ±
5,8), Point 4 XL1 (34,25 ± 4,83) e A2- Opaque (35,5 ± 3,65) apresentaram
baixos valores de microdureza a 0,2mm. A 0,2mm, Optilux 501
apresentou maiores valores de microdureza, seguido pelo L.E.Demetron 1
e VIP. Em 5mm o L. E. Demetron e Optilux 501 foram superiores, o teste
estatístico ANOVA da porcentagem dos valores de microdureza entre
0,2mm e 5mm revelaram todos os fatores significativos (p<0,001). Os
autores concluíram que L.E.Demetron 1 apresentou melhores resultados
a 5mm, seguido pelo Optilux 501, VIP e Free Light. As cores translúcidas
tiveram menor perda de dureza a 5mm. Os LEDs foram eficazes na
polimerização das resinas compostas a 2mm, mas a 5mm todos
aparelhos foram deficientes. Cores opacas resultaram em baixos valores
de microdureza a 5mm.
Tsai et al.
66
, em 2004, examinaram a profundidade de
polimerização e microdureza superficial da resina composta Filtek Z250
(3M), quando polimerizadas com três aparelhos de LED, comparados com
um aparelho de quartzo tungstênio halogênio (QTH) de alta intensidade e
um aparelho convencional de quartzo tungstênio halogênio. Foram
utilizados os aparelhos de LED, E-light (GC) com 64 LEDs; Elipar
Freelight LED light (3M) com 19 LEDs e LED azul 475H (RF) com 7
LEDs, o aparelho de luz halógena de alta intensidade Optilux 501 (Kerr) e
um aparelho convencional de luz halógena Sirona (SS). A resina
composta híbrida Filtek Z250 (3M), nas cores B1, A3 e C4 foi inserida em
um molde cilíndrico bipartido com 2,5mm de diâmetro e 10mm de
66
profundidade e polimerizada por 40s. Foram realizadas três medidas de
dureza Vickers à distância de 1,0mm, nas dez amostras, para cada cor de
resina composta utilizada. Verificou-se que os aparelhos QTH de alta
intensidade e os aparelhos QTH tiveram maior profundidade de
polimerização. Os três aparelhos de LED mostraram um desempenho
similar em todos os parâmetros, e cada unidade ultrapassou os padrões
da ISO 4049:2000 para profundidade de polimerização exceto pelo
aparelho GC Elight e cor B1. Em relação à cor, os aparelhos de LED
deram maior profundidade de polimerização para a cor A3, enquanto os
aparelhos QTH e QTH de alta intensidade deram maior profundidade de
polimerização com a cor C4. A microdureza superficial não foi
significantemente diferente entre os aparelhos de LED e aparelhos
convencionais de luz halógena, entretanto com o aumento da
profundidade a microdureza reduziu mais rapidamente para os aparelhos
de LED, especialmente em profundidades maiores que 3mm. Os autores
concluíram que devido ao comportamento dos três aparelhos de LED,
estes sistemas parecem apropriados para a aplicação clínica na
polimerização de resinas compostas.
Wiggins et al.
73
, em 2004, analisaram a eficiência de
polimerização e o pico de temperatura de polimerização (T
p
) de um novo
aparelho de luz emitida por diodo de alta potência HP LED. Os aparelhos
de polimerização Elipar Free Light 2 - LED de alta potência com 1 LED,
Elipar Free Light (3M) com 19 LEDs - LED de primeira geração, Elipar
TriLight (3M) - convencional de luz halógena e Optilux 501 - luz halógena
de alta intensidade, foram estudados. As resinas compostas;
microparticulada Filtek A110 (3M), híbrida Filtek 250 (3M) e
nanoparticulada Filtek Supreme (3M) foram inseridas em um molde
cilíndrico metálico com 4mm de diâmetro e 6mm de comprimento e
polimerizadas com o tempo recomendado pelo fabricante. Posteriormente,
as amostras foram removidas do molde, a porção não polimerizada foi
raspada com um instrumento plástico e a porção polimerizada
67
remanescente foi medida. Foram utilizadas cinco amostras de cada resina
para cada aparelho estudado. A adesão da resina ao esmalte bovino foi
avaliada pela mensuração da força de cisalhamento usando a técnica do
condicionamento ácido. O pico da temperatura de polimerização (T
p
) foi
medido através de um termopar localizado na base da cavidade onde
foram confeccionadas as amostras. Este registrou o aumento de
temperatura durante a irradiação pelos aparelhos polimerizadores com o
auxílio de um sistema de aquisição computadorizado, sendo considerado
o pico da temperatura a máxima temperatura atingida. A densidade de
energia do aparelho de LED de alta potência foi de 1000mW/cm
2
que foi
comparável com aquela conseguida pelo aparelho de luz halógena de alta
potência. A profundidade de polimerização e a adesão das três resinas
após a polimerização pelo aparelho de LED de alta potência com 10s de
exposição, foi equivalente ao valor obtido ao utilizar o aparelho de luz
halógena de alta potência a 10s e os aparelhos de LED de primeira
geração e convencional de luz halógena com 20s de exposição. As
resinas polimerizadas com o aparelho LED de alta potência atingiram
significativamente menores valores de T
p
do que o aparelho luz halógena
de alta potência em equivalente grau de polimerização e exposição. Os
autores concluíram que o aparelho de LED de alta potência (Elipar Free
Light 2) polimerizou efetivamente a resina na metade do tempo de
polimerização dos aparelhos de LED de primeira geração e convencional
de luz halógena, e no mesmo tempo de exposição que o aparelho de luz
halógena de alta potência, mantendo uma baixa T
p
.
2.3 O efeito tópico dos fluoretos
O efeito da solução de FFA em restaurações de resina
composta foi estudado por Yaffe & Zalkind
75
, em 1981, através da
68
observação em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Foram
preparadas cavidades de classe V em 160 dentes extraídos que foram
divididos em quatro grupos. Os grupos foram restaurados com as
seguintes resinas compostas; Grupo-1 Restodent (Lee Pharmaceuticals),
Grupo-2 Estilux (Kulzer), Grupo-3 Estilux com glaze (Kulzer), Grupo-4
Adaptic (Johnson & Johnson). As resinas quimicamente ativadas foram
manipuladas, inseridas nas cavidades de classe V, sendo utilizada uma
matriz de celulóide durante a polimerização. Não foi utilizado nenhum
instrumento rotatório para o acabamento da restauração. Após a
restauração cada grupo foi subdividido a fim de prover 20 amostras para o
grupo experimental, que foi imerso por 10min em uma solução de fluoreto
(2% NaF ± 0,1M H
3
PO
4
pH 4,5), e 20 amostras para o grupo controle que
foi imerso em solução salina por 10min. Todas as amostras foram
enxaguadas e armazenadas em solução salina até serem examinadas em
MEV. As superfícies das restaurações de resinas compostas imersas na
solução fluoretada apresentaram-se consideravelmente mais rugosas que
aquelas imersas em solução salina. Concluíram que o fluoreto acidulado,
aplicado sobre restaurações de resinas compostas produziu rugosidade
irregular na superfície.
Kula et al.
30
, em 1983 analisaram o efeito in vitro do gel de
FFA 1,23% sobre resinas compostas variando o tipo, a porcentagem e o
tamanho das partículas de resina. Foram selecionadas as resinas
compostas Silar e Concise (3M), Profile (SSWhite) baseando-se no tipo,
porcentagem e tamanho das partículas. Todas as resinas foram
manipuladas seguindo as orientações do fabricante. As resinas foram
inseridas em blocos com 20mm de diâmetro e 2mm de espessura que
ficaram dispostos entre placas de vidro. As amostras foram polidas com
discos abrasivos em ambos os lados e armazenadas em água destilada
em temperatura ambiente. Todas as amostras foram parcialmente
cobertas com uma dupla camada de verniz. Dez amostras de cada resina
utilizada foram secas, pesadas e imersas em 20ml de gel de FFA 1,23%
69
por 4min. As amostras foram enxaguadas com água destilada, limpas
com ultra-som por 5min, secas e pesadas novamente. O processo de
imersão foi repetido por cinco vezes. O grupo controle foi imerso em água
destilada e também foram feitas as mensurações do peso das amostras.
Amostras adicionais de cada resina foram realizadas para serem
analisadas em MEV. A perda total de peso foi significativamente maior
para todas as resinas quando imersas em FFA comparado com os seus
grupos controle (p < 0,01). A perda de peso entre as resinas também foi
estatisticamente significante (p < 0,01) sendo as de carga de vidro de
estrôncio> quartzo> sílica. Ao MEV a resina com carga de sílica
apresentou pequena alteração da superfície, a resina com carga de
quartzo apresentou uma menor alteração associada com discretas áreas
com perdas de partículas, e a resina com carga de estrôncio exibiu
extensas alterações quando expostas ao FFA 1,23%. Concluíram que o
gel de FFA 1,23% in vitro causou significativa perda de peso nas resinas
analisadas comparadas com os seus grupos controle e uma maior
rugosidade superficial foi encontrada na resina com carga de estrôncio do
que as resinas com carga de quartzo ou sílica. Estas diferenças devem
ser devido a variação de tamanho, tipo e porcentagem de partículas de
carga.
Em 1986, Kula et al.
31
, analisaram através de inspeção
visual e MEV a degradação da resina composta com diferentes partículas
de carga. As resinas compostas contendo diferentes partículas de carga,
P-30 (3M), Prisma-Fil (Caulk/ Dentsply), Ful-Fil (Caulk), Command
Ultrafine (Kerr), Visar-Fil (Den-Mat, Inc.), Command (Kerr), Estilux (3M),
Profile, Silar (3M), Silux (3M), Durafill (Kulzer), Heliosit (Vivadent), Aura-
Fill (Johnson & Johnson), seguindo as orientações do fabricante, foram
inseridas em blocos metálicos de 20mm de diâmetro por 2mm de altura
ou 6mm de diâmetro por 2mm de altura. As resinas compostas de
polimerização quimica, permaneceram sobre pressão entre 2 placas de
vidro em temperatura de 22 a 24
o
C, pelo tempo preconizado pelo
70
fabricante e as resinas fotopolimerizáveis foram fotoativadas por 40s em
cada lado. As amostras foram polidas após 24h, para expor as partículas
de carga e permitir uma melhor avaliação das superfícies pelo
microscópio. A metade da superfície de cada amostra foi vedada com
esmalte de unha. Duas amostras de cada material foram imersas em FFA
gel 1,23% por 4min para simular clinicamente a aplicação tópica do
fluoreto, irrigadas com água e limpas com ultra-som por 5min. Este
procedimento foi realizado por cinco vezes e posteriormente as amostras
foram analisadas em MEV. Amostras de estudos anteriores foram
selecionadas para estabelecer o grau das variações visuais, sendo
estabelecidas como; a) sem alteração, b) questionável alteração, c) visível
alteração porém menos que d), e d) visível alteração. Verificaram que
após a imersão em FFA 1,23% houve alterações na refletividade da
resina composta que variaram de acordo com as partículas de carga
presentes nas resinas compostas. As resinas com partículas de vidro de
zinco, vidro de bário boroaluminiosilicato, e misturas de vidro bário
boroaluminiosilicato e sílica ou lítio alumínio silicato e vidro de bário
revelaram as maiores alterações visuais. Enquanto as resinas com sílica,
lítio alumínio silicato, vidro de estrôncio e uma mistura de bário alumínio
silicato e lítio alumínio silicato mostraram visível, porém mais limitada,
alteração superficial. Concluíram que 4min de imersão em gel de FFA
1,23% causou perceptível alteração na refletividade superficial das
resinas compostas testadas, sendo que o grau de alteração visual esteve
aparentemente relacionado com o tipo e tamanho de partículas de carga
da resina.
Papagiannoulis & Tzoutzas
46
, em 1997, propuseram-se a
avaliar o efeito da aplicação tópica de agentes fluoretados, utilizados em
consultório ou em tratamento caseiro, nas características morfológicas
superficiais e de composição das resinas compostas. Foram utilizados os
fluoretos: a) Act (Johnson & Johnson) - 0,05% NaF; b) Phosflur (Colgate) -
0,44% NaF; c) Gel II (Colgate) - 0,5% NaF + 0,75% H
3
PO
3
; d) Prevident
71
(Oral-B) - 1,1% NaF; e) Stop (Oral-B) - 0,4% SnF
2
; f) Butler APF (Butler) -
1,23% FFA; g) Nupro (Johnson & Johnson) - 2,0% NaF; h) Omni Gel &
Rinse (Omni Prod.) - 0,31% FFA + 1,64% SnF
2
. As resinas compostas
testadas foram Brilhant DI (Coltene), Heliomolar Ro (Vivadent), Herculite
XRV (Kerr) e P-50 (3M). O pH dos fluoretos foi mensurado quando
recebido e depois da diluição em água na proporção de volume de 1:3. As
resinas compostas foram submetidas ao tratamento com fluoretos até um
número total de aplicações, simulando o equivalente a quatro anos de
tratamento. As mudanças produzidas nas características morfológicas da
superfície e composição das restaurações foram avaliadas pela
Reflectância Espectroscopica Infravermelha, MEV e Microanálise
Radiográfica. Verificaram que todos os fluoretos apresentavam pH acídico
que não foi significamente alterado após a diluição, exceto o Stop, que
exibiu uma significante redução no pH. Todos os fluoretos aumentaram a
quantidade de água frouxamente ligada a matriz da resina composta. O
gel de FFA Butler foi o mais agressivo para as resinas compostas Brilliant
DI e Herculite XRV, levando a excessiva degradação da superfície,
porosidade, destruição da interface da matriz/ carga, dissolução da carga
e desaglutinação. Uma redução na extensão das ligações remanescentes
C=C foram observadas em Herculite XRV depois do tratamento com o
FFA Butler, já Phosflur, Gel II, e Prevident apresentaram um leve efeito. O
tratamento do Brillant DI e Herculite XRV com Omni Gel & Rince
resultaram na formação de uma estável camada precipitada rica em bário,
fósforo, estanho, oxigênio e flúor. A resina P-50 foi severamente afetada
na interface matriz-resina depois do tratamento com Stop, enquanto Omni
Gel & Rinse induziram menores alterações na superfície. Heliomolar Ro
foi o material menos afetado independente do tipo de fluoreto utilizado.
Kula et al.
29
, em 1997 realizaram um estudo in vitro a fim
de comparar o efeito profissional e da aplicação caseira tópica de
fluoretos, no peso, resistência ao desgaste e aparência superficial de uma
resina composta contendo partículas de carga de bário,
72
boroaluminiosilicato e vidro. Foram realizadas cinqüenta amostras com a
resina Ful-Fil (Caulk) que possui partículas de vidro de bário
boroaluminiosilicato e sílica. A resina foi inserida em um molde metálico
com 2,5mm de altura e 18mm de diâmetro e fotopolimerizada por 40s com
o aparelho Elipar (ESPE). As amostras foram polidas e armazenadas em
água destilada, a 22-24
o
C. Foram formados cinco grupos controle
contendo dez amostras cada, que foram secas pesadas individualmente e
imersas em 0,5% FFA; 1,1% NaF; 0,4% SnF
2
; 1,23% FFA ou água por
6min, lavadas com água destilada, secas e re-pesadas. Este
procedimento foi repetido por dez vezes. As amostras foram armazenadas
em água destilada até que fossem analisadas. Foram realizados estudos
de desgaste utilizando um aparelho automático formado por pino/ disco,
agindo por aproximadamente 30h em cada amostra. O pino agia em
média com uma carga de 10Mpa e os discos rotacionavam a 27rpm. A
profundidade do desgaste foi medida por duas sondas de pontas de rubi
ligadas a transformadores. Seguindo os estudos de desgaste, as
superfícies das amostras foram visualmente avaliadas usando MEV. As
mudanças no peso foram analisadas para as diferenças significantes
utilizando o teste estatístico ANOVA e teste de variação múltipla de Ducan
(p= 0,01). Em seus resultados observaram significante diferença na perda
de peso das amostras tratadas com diferentes agentes fluoretados. FFA
1,23% = FFA 0,5% > SnF
2
0,4% > NaF 1,1% = água (p 0,0001).
Diferença significante na profundidade de desgaste inicial (S
1
) ocorreu
nas seguintes amostras: FFA 1,23% > NaF 1,1% = FFA 0,5% (p = 0,04).
Através de MEV observaram variáveis trajetórias de desgaste na
superfície das amostras. Nas superfícies das amostras fora da trajetória
de desgaste foi suave para aqueles tratados com água ou com NaF; nas
superfícies fora da trajetória de desgaste das amostras tratadas com FFA
1,23% mostraram extensiva perda de partículas de carga. Aplicação
tópica de FFA 1,23% causou extensa perda de partículas da resina,
enquanto NaF 1,1% causou menores perdas. Embora diferenças
73
estatisticamente significante foram detectadas na resistência ao desgaste,
estudos clínicos fazem-se necessários para determinar o efeito dos
fluoretos tópicos nas propriedades da resina.
Soeno et al.
59
, em 2000 investigaram as alterações na
superfície de resinas compostas quando exposta ao FFA. Uma resina de
micropartículas, Silux Plus (3M), e quatro híbridas, Clearfil AP-X (J.
Morita); Lite-Fil IIA (Shofu); Palfique Estelite (Tokuyama); Progress
(Kanebo) foram separadamente tratadas com dois agentes de FFA,
Fluorident Gel (Premier Dental) e Floden A (Sunstar Corp.). Foram obtidas
75 amostras, sendo que para cada material foram realizadas 15 amostras.
Um terço das amostras foram tratadas com Fluordent Gel o outro terço
com Floden por 30min e o terço restante foi considerado como controle.
Alterações superficiais da rugosidade foram determinadas com um
analisador de superfície, e padrões de relevo foram observados usando
um MEV. Os valores obtidos foram comparados utilizando o teste de
ANOVA e de Ducan. Nas superfícies dos materiais resinosos híbridos
contendo carga de macropartículas inorgânicas foram encontradas,
geralmente, maiores rugosidades do que nas resinas microparticuladas
apesar do tratamento com FFA, materiais de macropartículas inorgânicas
em dois dos compósitos híbridos demonstraram visível padrão de
condicionamento gerados pela utilização do FFA.
Em 2001, Turssi et al.
68
, preocupados com a alteração
morfológica da superfície dos cimentos ionômero de vidro modificados por
resina e das resinas modificadas por poliácidos frente à aplicação tópica
do flúor, analisaram a influência da aplicação tópica do fluoreto de sódio
(NaF) neutro e do gel de flúor fosfato acidulado (FFA), por 4 min, sobre
estes materiais. Trinta amostras cilíndricas padronizadas foram
aleatoriamente obtidas de dois cimentos de ionômero de vidro
modificados por resina, Fuji II LC Improved (GC) e Photac-Fill Aplicap
(ESPE) e de duas resinas modificadas por poliácidos Dyract (Dentsply/
Caulk) e F2000 (3M), resultando num total de 120 amostras. Foi realizado
74
o acabamento e polimento das amostras com discos de óxido de
alumínio, após uma semana e realizado o tratamento da superfície com
os géis de fluoreto, ou água destilada como controle. Estas manobras
foram realizadas por quatro vezes, intercalados com oito ciclos de pH, ou
seja, ciclos de desmineralização e remineralização, simulando elevados
desafios cariogênicos. A avaliação micromorfológica da superfície foi
realizada através de fotomicrografias realizadas por cinco avaliadores
previamente calibrados. O teste de Kruskal-Wallis não mostrou diferença
significante entre o grupo controle e o grupo experimental do Fuji II LC
Improved e Dyract. Já o Photac-Fil Aplicap mostrou menor alteração
micromorfológica do que o grupo tratado com água destilada, ao contrário
dos tratados com NaF neutro e FFA que não revelaram diferenças
estatísticas entre si. Para F2000, não houve diferença estatística entre as
superfícies tratadas com NaF neutro e água destilada, a maior
degradação ocorreu com a aplicação do FFA. Os autores concluíram que
ambos, os cimentos de ionômero de vidro modificados por resina e as
resinas modificadas por poliácidos mostraram comportamento irregular
em relação a sua micromorfologia, quando submetidos à aplicação do
FFA.
Os efeitos da aplicação tópica de fluoretos na
microdureza da resina TPH Spectrum (Dentsply), de um compômero
Dyract AP (Dentsply) e um CIV-MR Reactmer (Shofu) foram estudados
por Yap & Mok
76
, em 2002. Trinta amostras de cada material foram
confeccionadas e armazenadas em água destilada a 37°C por uma
semana. Estas foram aleatoriamente divididas em cinco grupos formados
por seis amostras e tratados por 36h a 37°C com um dos seguintes
materiais; água destilada, espuma de FFA 1,23%, gel de FFA 1,23% e gel
de fluoreto estanhoso 0,4%. As amostras tratadas foram
subseqüentemente submetidas ao teste de microdureza Knoop com carga
de 500g por 15s de permanência. Os resultados foram analisados usando
o teste de ANOVA e teste de Scheffe (p< 0,05). Os efeitos da aplicação
75
tópica do flúor na dureza superfícial foi material dependente. Para todos
os materiais, tratados com gel e espuma de FFA, foi encontrada
significante redução na microdureza da superfície quando comparado
com o grupo controle. Valores de dureza Knoop (HK) após exposição ao
gel de FFA foram consistentemente menores e variaram de 4,53 a
15,97HK comparados aos valores de dureza Knoop do grupo controle que
variaram de 32,88 a 47,47HK. A dureza superficial do compômero foi
também significantemente reduzida após a exposição da espuma de flúor
neutro. As resinas contendo bário boroalumínio silicato parecem ser mais
susceptíveis ao efeito do FFA. Portanto, o uso da aplicação profissional
tópica dos fluoretos, especialmente espuma e gel de FFA, podem
deteriorar em longo prazo a durabilidade de materiais restauradores a
base de resina composta.
Outros estudos passaram a ser conduzido a fim de avaliar
a efetiva ação dos agentes fluoretados na estrutura do esmalte. Delbem
et al.
15
, em 2002, avaliaram o efeito in vitro do tempo da aplicação do flúor
gel, acidulado ou neutro, na resistência do esmalte a desmineralização e
absorção do flúor. Cento e noventa e dois blocos de esmalte humano
foram usados neste estudo e 144 foram tratados com flúor gel, acidulado
ou neutro, por 1 ou 4min. Noventa e seis blocos tratados com flúor e 24
blocos de controle foram submetidos a um alto desafio cariogênico
atráves da utilização de soluções des-remineralizantes com pHs
diferentes. Depois de serem submetidos ao ciclo de pH, a
desmineralização do esmalte foi avaliada por um microdurômetro com 50g
de carga aplicada e 30s de permanência, na superfície e em corte
transversal da amostra. A concentração do flúor nos blocos de esmalte
foram também determinados depois da remoção de uma camada de
esmalte através do condicionamento ácido. Em seus resultados
verificaram que o flúor acidulado em gel formou mais flúor no esmalte que
o gel neutro (p<0,05), e foi mais eficiente na redução da desmineralização
dos blocos de resina submetidos ao desafio cariogênico que o gel neutro
76
(p<0,05). Concluíram que o tempo de aplicação foi significante em relação
à absorção do flúor, mas isto não se traduziu em maior resistência do
esmalte em relação à desmineralização.
3 PROPOSIÇÃO
Avaliar a microdureza da resina composta variando-se os
seguintes fatores:
a) opacidade da resina composta;
b) equipamento de fotopolimerização; e
c) ação do flúor tópico na superfície da resina composta.
4 MATERIAL E MÉTODO
Foram confeccionados 120 corpos-de-prova em forma de
pastilhas, utilizando a resina composta com ou sem agente opacificador,
fotopolimerizados por fonte de luz halógena ou LED azul conforme
passaremos a descrever a seguir detalhadamente.
4.1 Descrição da matriz
Foi utilizada uma matriz de aço inoxidável para a
confecção dos corpos-de-prova (Figura 1). Esta matriz bipartida possuía
uma divisão central que permitia a movimentação das duas porções e que
quando unidas formavam na superfície seis pequenas cavidades
circulares com 5mm de diâmetro por 2mm de profundidade. Em sua base,
existia uma gaveta que permitia a colocação de uma lâmina de vidro para
microscopia, utilizada com o objetivo de obtermos pastilhas de resina
composta com base plana e polida.
79
FIGURA 1 - Matriz de aço inoxidável
4.2 Confecção das pastilhas de resina composta
Preparada a matriz, a resina composta microhíbrida
Esthet-X (Dentsply) foi inserida no interior das cavidades, em uma única
porção (CUNHA et al.
14
, 2001; PEREIRA
48
, 1999), com auxílio de uma
espátula antiaderente. Uma lâmina de vidro foi posicionada com leve
pressão sobre a cavidade preenchida pela resina composta. Todos os
cuidados foram tomados para evitar a inclusão de bolhas de ar durante a
inserção do material na cavidade a fim de obtermos uma superfície plana
e uniforme do material, facilitando o registro da microdureza superficial.
Foram utilizados dois aparelhos, para a polimerização das
pastilhas de resina composta, sendo um de luz halógena e outro de luz
emitida por diodo (LED). O aparelho de luz halógena utilizado foi o XL
3000 (3M Dental Materials) (Figura 2), com 550mW/cm
2
, medido pelo
radiômetro Curing Radiometer Model 100 (Demetron Research
Corporation – USA). Foi utilizado também, o aparelho de LED Optilight
LD II (Gnatus) (Figura 3) formado por 1 LED que produz a intensidade de
80
luz de 95,5mW/cm
2
e potência de 48,0m/W medido através de um
medidor de potência, modelo Melles Griot-Broadband Power/ Energy
(Meter 13PE M001).
Após a seleção do aparelho polimerizador, a cavidade foi
preenchida com a resina composta Esthet-X (Dentsply) nas cores A2 e
A2-O (Figura 4). O aparelho de luz halógena fotopolimerizou sessenta
corpos-de-prova, sendo trinta na cor A2 e 30 na cor A2-O e o aparelho de
LED azul polimerizou, também, trinta amostras na cor A2 e 30 na cor A2-
O. Desta forma, obteve-se quatro grupos que foram posteriormente
analisados isoladamente (Figura 5).
FIGURA 2 - Aparelho fotopolimerizador de luz halógena XL 3000 (3M)
81
FIGURA 3 - Aparelho fotopolimerizador de LED Optilight LD II (Gnatus)
FIGURA 4 - Resinas compostas Esthet-X (Dentsply) nas cores A2 e A2-O
82
,
FIGURA 5 - Esquema do delineamento experimental da metodologia
15 AMOSTRAS – SUPERFÍCIE
15 AMOSTRAS - BASE
RC
A2
LED
(
30
)
RC
A2
halogena
(
30
)
RC
A2-O
halogena
(
30
)
RC
A2-O
LED
(
30
)
120 AMOSTRAS
TOTAL DE AMOSTRAS: 120
TOTAL DE LEITURAS: 2160
LEITURA EM
MICRODURÔMETRO
RC
A2-O
halogena
(15)
RC
A2
halogena
(15)
RC
A2-O
LED
(15)
RC
A2
LED
(15)
FFA 1.23%
2ª LEITURA NO
MICRODURÔMETRO
83
A fotopolimerização da resina composta foi realizada
aplicando-se a ponta ativa do aparelho fotopolimerizador sobre a lâmina
de vidro. Os tempos de exposição à luz foram de 40s de irradiação,
monitorados sempre com o auxílio de um cronômetro.
As pastilhas confeccionadas com a resina composta
Esthet-X (Dentsply) apresentavam dimensões finais de 5mm de diâmetro
e 2mm de profundidade.
4.3 Armazenagem e embutimento dos corpos-de-prova
Os corpos-de-prova foram mantidos em água destilada à
temperatura ambiente, por 24h (CUNHA et al.
14
, 2001; PEREIRA
48
, 1999)
em um recipiente envolto por papel de alumínio a fim de evitar uma sobre
polimerização do material pela iluminação ambiente (PEREIRA
48
, 1999).
Decorrido este período os corpos-de-prova foram embutidos em Resina
Acrílica Ativada Quimicamente (RAAQ) incolor. Metade dos corpos-de-
prova de cada grupo, ou seja, 15 pastilhas ficaram com a superfície, que
recebeu incidência direta da luz, exposta na superfície dos blocos de
resina acrílica e as demais com a base voltada para o observador. A
leitura da microdureza foi realizada após o período de 24h de
armazenamento.
4.4 Polimento dos corpos-de-prova
Os corpos-de-prova receberam acabamento e polimento
com lixas d’água seqüênciais de granulação 400, 600, 800, 1200 e 4000
por 30s em cada amostra, em politriz a 600rpm com refrigeração, a fim de
corrigir as imperfeições deixadas ao embutir o material e promover uma
lisura superficial adequada para a leitura da microdureza.
84
4.5 Leitura em microdurômetro
Os blocos de resina acrílica contendo os corpos-de-prova
devidamente identificados (Figura 6) foram levados ao aparelho
Microdurômetro Digital Vickers, modelo FM – Future Tech, equipado com
diamante Vickers de forma piramidal (Figura 7). Para cada impressão
utilizou-se uma carga de 50g, associada ao tempo de 30s de
permanência (MANDARINO & PORTO
37
, 1989; TURBINO et al.
67
, 1992),
tempo e carga também utilizado por autores que utilizaram o teste de
dureza Knoop (VICENTINI et al.
69
, 1996; CORRER SOBRINHO et al.
12
,
2000; CUNHA et al.
14
, 2001). Foi medida a microdureza da superfície da
resina, onde houve incidência direta da luz e na base do corpo-de-prova,
isto é, a 2mm de profundidade.
FIGURA 6 - Pastilhas de resina composta embutidas em RAAQ
85
M2
M1
M4 M3
M
FINAL
= M1+M2+M3+M4
FIGURA 7 - Leitura em microdurômetro
Os corpos-de-prova foram divididos em quatro
quadrantes, delimitados com o auxílio de uma lâmina de bisturi. Em cada
quadrante foram realizadas três indentações e obtida a média referente
ao quadrante analisado (Figura 8).
FIGURA 8 - Desenho esquemático da pastilha de resina composta, divisão em
quadrantes e indentações realizadas
86
Pirâmide de diamante
de base quadrada
Diagonal
da
indentação
136 °
Desta forma, a partir de doze indentações realizadas, foi
obtida a média da microdureza do corpo-de-prova. Os resultados de
microdureza registrados (Figura 9) foram analisados estatisticamente e as
médias calculadas para cada grupo estudado.
FIGURA 9 - Representação do ensaio de microdureza Vickers e diagrama
esquemático da indentação
4.6 Aplicação de FFA sobre a superfície e leitura final em
microdurômetro
Após a leitura inicial da microdureza, os corpos-de-prova
receberam a aplicação tópica do flúor fosfato acidulado 1,23%, Flúor-Gel
Odahcam (Dentsply), por 48 min, sobre a superfície das pastilhas, onde
houve exposição direta da luz halógena ou LED. O período de 48 min foi
estipulado, simulando a condição de uso do FFA 1,23% num tratamento
intensivo de prevenção durante um ano, ou seja, aplicações de 4min por
sessão, ao longo de três semanas com intervalos de três em três meses
(GUEDES-PINTO, et al.
22
, 2000; CAMERON & WILMER
10
, 2001; Mc
DONALD & AVERY
39
, 2001), resultando em um período final de 48min/
ano. Desta forma, uma segunda leitura foi realizada a fim de obtermos os
dados referentes à superfície tratada com o FFA 1,23%.
87
4.7 Análise estatística
Foi realizada a média das três leituras em cada quadrante
e posteriormente a média do corpo-de-prova, nas diferentes condições
experimentais propostas para o cálculo da análise estatística, efetuada
em duas partes. Na primeira, foi considerada a influência da profundidade
de polimerização (superfície e base) e, na segunda, a influência da
aplicação tópica do flúor fosfato acidulado (ausência e presença). Em
ambas realizou-se o teste estatístico da análise de variância de medidas
repetidas (ANOVA); onde a profundidade de polimerização e ação do flúor
foram os fatores repetidos. A influência do aparelho polimerizador (Luz
Halógena e LED) e da opacidade (A2 e A2-O) foi considerada, juntamente
com o fator repetido, em ambas as partes.
O estudo do efeito interação foi conduzido por meio do
gráfico de médias e pelo teste de comparação múltipla de médias (teste
de Tukey).
Neste experimento, cuja unidade experimental é o corpo-
de-prova de resina, obteve-se em cada parte 120 dados a serem
analisados sob o esquema fatorial tipo 2 x 2 x 2. Ou seja, oito condições
experimentais sob 15 repetições. O nível de significância escolhido foi o
valor convencional de 5%.
5 RESULTADOS
5.1 Análise estatística: profundidade de polimerização
Nesta primeira parte, vamos considerar a influência da
posição sob a ação dos aparelhos utilizados sob condição de ausência
(resina A2) e de presença (resina A2-O) da opacidade do material.
A estatística descritiva dos dados obtidos nessas
condições experimentais estão apresentados nas tabelas mostradas a
seguir (Tabelas 1, 2 e 3).
Tabela 1 - LUZ HALÓGENA. Média (±desvio padrão) dos dados de
microdureza sob as condições experimentais de opacidade e
profundidade de polimerização
Opacidade
Posição
A2 A2-O
(média±dp)
Superfície 61,50±2,34* 66,28±3,43 63,89±3,78
Base 54,18±3,24 48,51±4,90 51,34±4,99
(média±dp)
57,84±4,65 57,39±9,94
* n =15 por célula
89
Tabela 2 - LED. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob
as condições experimentais de opacidade e profundidade de
polimerização
Opacidade
(média±dp)
Posição
A2 A2-O
Superfície 61,56±3,05* 61,57±3,82 61,56±3,40
Base 33,97±7,54 13,01±6,99 23,49±12,83
(média±dp) 47,77±15,12 37,29±25,31
* n =15 por célula
Tabela 3 - Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as
condições experimentais de opacidade e utilização de
aparelhos fotopolimerizadores
Aparelho
Opacidade
HALÓGENA LED
(média±dp)
A2 57,84±4,65* 47,77±15,12 52,80±12,20
A2-O 57,39±9,95 37,29±25,31 47,34±21,59
(média±dp) 57,61±7,70 42,51±21,33
n* =15 por célula
Verifica-se, com as informações acima, que as condições
experimentais apresentam mesma dispersão; valores próximos de desvio
padrão. E, também, que os valores médios de microdureza para a
superfície são superiores aos valores obtidos na base,
independentemente do aparelho utilizado.
Quando se aplica o teste ANOVA para estudarmos a
influência das variáveis: aparelho polimerizador, opacidade do material e
90
da profundidade de polimerização na resina composta verifica-se que o
efeito conjunto dessas três variáveis é estatisticamente significante,
Tabela 4.
Tabela 4 - ANOVA para os dados de microdureza Vickers obtidos
Fonte de variação gl SQ QM F p
Aparelho (A) 1 6828,80 6828,80 322,57 0,0001*
Opacidade (O) 1 894,20 894,20 42,24 0,0001*
A x O 1 754,90 754,90 35,66 0,0001*
Resíduo I 56 1185,50 21,20
Posição (P) 1 19214,80 19214,80 793,18 0,0001*
A x P 1 4887,60 4887,60 201,76 0,0001*
O x P 1 1850,70 1850,70 76,40 0,0001*
A x O x P 1 207,90 207,90 8,58 0,0049*
Resíduo II 56 1356,60 24,20
Total 119 3781,10
*p<0,05
O relacionamento entre a opacidade e a profundidade de
polimerização depende do tipo de aparelho utilizado. Para o aparelho
fotopolimerizador de luz halógena, observa-se na Figura 10, que a
profundidade de polimerização indicada pela diferença (valor da superfície
- valor da base) para a resina A2 (61,50 - 54,18 = 7,32HV) é menor que
para a A2-O (66,28 - 48,51 = 17,77 HV). Para o aparelho polimerizador de
LED, essa discrepância dos valores encontrados para as resinas A2
(61,56 - 33,97 = 27,59 HV) e A2-O (61,57 - 13,01 = 48,56 HV) ocorrem de
forma mais acentuada.
91
FIGURA 10 - Gráfico das médias de microdureza para as oito condições
experimentais estabelecidas pelas variáveis: aparelho, opacidade e
profundidade de polimerização
Para o aparelho de luz halógena, o relacionamento entre
a opacidade e a profundidade de polimerização, é considerado numa
comparação entre as médias das quatro condições experimentais por
meio do teste de comparação múltipla de Tukey (5%).
O resultado do teste de Tukey (5%), Tabela 5, indica que
(i) os valores médios obtidos nas superfícies e nas bases das resinas A2
e A2-O diferem entre si; (ii) os valores médios obtidos nas superfícies
para as resinas A2 e A2-O diferem dos valores médios obtidos nas bases.
92
Tabela 5 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais
referentes às variáveis: opacidade e profundidade de
polimerização sob ação do aparelho de luz halógena
Resina
Profundidade de
polimerização
Média Grupos Homogêneos
A2-O base 48,51 A
A2 base 54,18 B
A2 superfície 61,50 C
A2-O superfície 66,28 D
Para o aparelho de LED, o relacionamento entre a
opacidade e a profundidade de polimerização, é considerado numa
comparação entre as médias das quatro condições experimentais. O teste
de Tukey (5%) indica que (i) os valores médios obtidos nas superfícies
das duas diferentes resinas, quanto à opacidade, não diferem entre si; (ii)
os valores médios obtidos nas bases das duas diferentes resinas, quanto
à opacidade diferem entre si; (iii) o valor médio obtido na superfície para a
resina A2 difere do valor médio obtido na base; (iv) o valor médio obtido
na superfície para a resina opaca A2-O difere do valor médio obtido na
base. De modo esquemático essas comparações são apresentadas na
Tabela 6.
93
Tabela 6 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais
referentes às variáveis: opacidade e profundidade de
polimerização sob ação do aparelho de LED
Resina
Profundidade de
polimerização
Média Grupos Homogêneos
A2-O base 13,01 A
A2 base 33,97 B
A2 superfície 61,56 C
A2-O superfície 61,57 C
O relacionamento entre o aparelho e a opacidade,
independentemente da influência da profundidade de polimerização, é
considerado numa comparação entre as médias das quatro condições
experimentais, Figura 11.
FIGURA 11 - Gráfico das médias de microdureza para as quatro condições
experimentais estabelecidas pelas variáveis aparelho e opacidade.
94
Por meio do teste de comparação múltipla de Tukey (5%),
Tabela 7, verifica-se que as condições experimentais onde houve a
influência da luz halógena o comportamento foi semelhante. O mesmo
comportamento não pode ser verificado quando utilizado o aparelho de
LED.
Tabela 7 -Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais
referentes às variáveis: opacidade e aparelho polimerizador
Aparelho Resina Média Grupos Homogêneos
Led A2-O 37,29 A
Led A2 47,77 B
Halógena A2-O 57,39 C
Halógena A2 57,84 C
5.2 Análise estatística: ação do flúor
Nesta segunda parte, iremos considerar a influência do
flúor sobre a resina composta conforme a ação dos aparelhos utilizados
sob condição de ausência e de presença da opacidade do material.
A estatística descritiva dos dados nessas condições
experimentais é apresentada nas tabelas 8, 9 e 10, mostradas a seguir.
95
Tabela 8 - LUZ HALÓGENA. Média (±desvio padrão) dos dados de
microdureza sob as condições experimentais de opacidade
e ação do flúor
Opacidade
Flúor
A2 A2-O
(média±dp)
Ausência 61,50±2,34* 66,28±3,43 63,89±3,77
Presença 50,70±2,51 53,06±4,78 51,88±3,94
(média±dp) 56,10±5,98 59,67±7,87
* n =15 por célula
Tabela 9 - LED. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob
as condições experimentais de opacidade e ação do flúor
Opacidade
Flúor
A2 A2-O
(média±dp)
Ausência 61,53±3,05* 61,57±3,82 61,56±3,40
Presença 54,07±2,45 52,47±2,78 53,27±2,69
(média±dp) 57,81±4,68 57,02±5,67
* n =15 por célula
96
Tabela 10 - Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as
condições experimentais de opacidade e de utilização de
aparelhos polimerizadores
Aparelho
Opacidade
HALÓGENA LED
(média±dp)
A2 56,10±5,98* 57,81±4,67 56,95±5,39
A2-O 59,67±7,86 57,02±5,67 58,34±6,93
(média±dp) 57,88±7,16 57,42±5,17
n* =15 por célula
Verifica-se, com as informações acima, que as condições
experimentais apresentam mesma dispersão; valores próximos de desvio
padrão. E, também, que os valores médios de microdureza na ausência
do flúor fosfato acidulado são superiores aos valores obtidos sob ação do
flúor, independentemente do aparelho utilizado.
Quando se aplica o teste ANOVA para estudarmos a
influência das variáveis: aparelho polimerizador, opacidade do material e
ação do flúor na resina composta verifica-se, Tabela 11, que o efeito
conjunto dessas três variáveis não é estatisticamente significante; porém,
foi estatisticamente significante o efeito conjunto de duas variáveis.
97
Tabela 11 - ANOVA para os dados de microdureza (HV) obtidos
Fonte de variação gl SQ QM F p
Aparelho (A) 1 6,50 6,50 0,41 0,5247
Opacidade (O) 1 57,88 57,88 3,65 0,0612
A x O 1 142,79 142,79 9,01 0,0040*
Resíduo I 56 887,87 15,85
Flúor (F) 1 3089,86 3089,86 596,63 0,0001*
A x F 1 103,56 103,56 20,00 0,0001*
O x F 1 30,34 30,34 5,86 0,0188*
A x O x F 1 1,23 1,23 0,24 0,6282
Resíduo II 56 290,02 5,18
Total 119 4610,05
*p<0,05
FIGURA 12- Gráfico das médias de microdureza para as oito diferentes
condições experimentais estabelecidas pelas variáveis: aparelho,
opacidade e ação do FFA.
98
O relacionamento entre a opacidade e a ação do flúor
independe do tipo de aparelho utilizado. Para o aparelho
fotopolimerizador de luz halógena, observa-se na Figura 12, que a
redução da microdureza devido à ação do flúor (FFA) (diferença dos
valores: ausência - presença) para a resina A2 (61,50 - 50,70 = 10,80HV)
é próxima daquela encontrada para a resina A2-O (66,28 - 53,06 = 13,32
HV). Um comportamento semelhante é verificado para o aparelho
polimerizador de LED; resina A2 (61,53 - 54,07 = 7,46 HV) e A2-O (61,57-
52,47 = 9,10 HV).
Tendo em vista que o efeito interação das três variáveis é
estatisticamente não significante considera-se, agora, o relacionamento
da opacidade sob a ação do flúor (FFA) que está representado pelo
gráfico de médias, Figura 13.
FIGURA 13 - Gráfico das médias de microdureza para as quatro diferentes
condições experimentais estabelecidas pelas variáveis opacidade e
ação do FFA.
99
Observa-se na figura acima que os valores médios que
correspondem à ausência do FFA são superiores aos valores obtidos na
presença do FFA, independentemente da resina utilizada.
Independentemente da influência do aparelho, por meio
do teste de Tukey (5%), Tabela 12, pode-se dizer que as resinas A2 ou
A2-O sob ausência de flúor (FFA) diferem estatisticamente dos valores
médios de microdureza nas resinas que receberam o tratamento com o
flúor (FFA).
Tabela 12 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais
referentes às variáveis opacidade e flúor
Resina Flúor Média Grupos Homogêneos
A2 com 52,38 A
A2-O com 52,77 A
A2 sem 61,53 B
A2-O sem 63,92 B
Verifica-se que dois grupos homogêneos são formados,
representando que houve diminuição da microdureza quando a resina
composta é exposta ao FFA 1,23%.
6 DISCUSSÃO
6.1 Discussão da metodologia
Como a resina composta é um material que
progressivamente têm tido grande aceitação, sendo amplamente utilizada
em tratamentos restauradores, alguns fatores devem ser observados a fim
de garantirmos uma maior longevidade das restaurações. Neste estudo,
verificamos a influência dos aparelhos de luz halógena e de LED,
opacidade da resina composta e efeito da aplicação tópica do flúor sobre
a resina composta empregando o teste de microdureza.
O’ Brien
45
, em 1997, relata que a dureza pode ser
definida como a resistência de um material a um endentador ou
penetrador. A avaliação da microdureza foi o teste de ensaio escolhido
por se admitir que ela possa representar indiretamente a capacidade de
polimerização das resinas fotopolimerizáveis (MANDARINO et al.
36
,
1992), sendo que o teste de microdureza permite avaliar pequenas
alterações de superfície.
Diversos testes de microdureza têm sido adotados a fim
de se avaliar a polimerização da resina composta. Dentre estes, podemos
apontar estudos utilizando-se a dureza Vickers (MANDARINO &
PORTO
37
, 1989; VINHA et al.
70
, 1990; TURBINO et al.
67
, 1992; PEREIRA
et al.
49
, 1997; BESNAULT et al.
7
, 2003; BRAGA et al.
9
, 2004; TSAI et al.
66
,
2004), dureza Knoop (DENYER & SHAW, 1982; SWARTZ et al.
64
, 1983;
FERRACANE et al.
19
, 1986; TAKAMIZU et al.
65
, 1988; ATMADJA &
BRYANT
4
, 1990; PIRES et al.
51
, 1993; VICENTINI et al.
69
, 1996;
CORRER SOBRINHO et al.
12
, 2000; SANTOS et al.
55
, 2000; YAP
76
, 2000;
101
CUNHA et al.
14
, 2001; SOH et al.
60-1
, 2003), dureza Barcol (FRIEDMAN
& HASSAN
20
, 1984) e dureza Wallace (ASMUSSEN
2
,1982; HANSEN &
ASMUSSEN
23
, 1993; ASMUSSEN & PEUTZFELDT
3
, 2003)
Segundo Souza
62
, em 1974 o ensaio de dureza pode ser
dividido em três tipos principais, dependendo da maneira com o que o
ensaio é conduzido; a) por penetração; b) por choque; c) por risco.
Quanto ao penetrador usado, há dois tipos de microdureza: Vickers e
Knoop, e neste estudo, adotamos o teste de microdureza Vickers.
Desta forma, quando a dureza do material é afetada, a
dissolução da matriz orgânica pode expor as partículas de carga
inorgânicas do material resinoso, provocando a deterioração do material,
aumento da rugosidade superficial e conseqüente acúmulo de placa
bacteriana o que poderá contribuir para alteração de cor da resina
composta (SCHULZE et al.
56
, 2003).
Willershausen et al.
74
, em 1999 verificaram que
microorganismos, tais como, S. mutans, S. oralis e A. naeslundii aderem
firmemente a materiais restauradores resinosos. Como conseqüência da
colonização bacteriana e uma higienização deficiente, podem se
desenvolver falhas que levarão ao insucesso da restauração. Este fator
pode ser agravado com a diminuição da microdureza e/ou alteração da
rugosidade superficial da resina composta.
Craig
13
, em 2004 aponta ainda que os valores de dureza
Knoop para as resinas compostas (22 a 80Kg/mm
2
) são baixos,
comparados aos valores de 343Kg/ mm
2
para o esmalte humano, e
110Kg/ mm
2
para o amálgama dental. A inadequada profundidade de
polimerização pode reduzir a longevidade das restaurações de resina
composta (SHORTALL et al.
57
, 1995) e interferir com a microdureza da
resina composta.
Além da avaliação da microdureza, outros trabalhos
também são descritos na literatura a fim de avaliar o grau de
polimerização da resina composta, tais como, o uso de penetrômetro
102
(SHORTALL et al.
57
, 1995; MILLS et al.
42
, 1999; KOUPIS et al.
28
, 2004),
teste de raspagem e medição com paquímetro ou sonda (BACKER et al.
5
,
1985; LIM et al.
34
, 2001; KOUPIS et al.
28
, 2004) e avaliação do grau de
conversão do monômero (FERRACANE et al.
19
, 1986; RUEGGEBERG et
al.
54
, 1993; RUEGGEBERG et al.
53
, 1994).
Em relação ao grau de conversão do monômero, Craig
13
,
em 2004 relata que a resina polimerizada possui muitas ligações cruzadas
devido a presença das ligações duplas difuncionais de carbono. O grau
de polimerização varia, dependendo da sua localização ser interna ou na
superfície inibida pelo ar. A porcentagem de ligações duplas, que reagem,
pode variar de 35 a 80%.
Koupis et al.
28
, em 2004 através da análise de regressão
verificaram que não houve diferença significante entre os métodos de
raspagem e com a utilização do penetrômetro. Porém o teste de
microdureza tem sido o mais popular método para a investigação de
fatores que podem influenciar a profundidade de polimerização
(SHORTALL et al.
57
, 1995).
As características peculiares de cada resina composta,
podem interferir no grau de microdureza do material restaurador. Neste
estudo, a resina escolhida foi a microhíbrida Esthet-X indicada tanto para
restaurações de dentes posteriores como anteriores. Esta resina
composta consiste da combinação de BisGMA, BisEMA e TEGDMA. O
fabricante afirma que este material apresenta grande durabilidade,
estabilidade hidrolítica e resistência à propagação de fraturas, com alta
resistência ao desgaste combinada com a facilidade de se alcançar uma
superfície lisa e de alto brilho.
Há relatos na literatura que comprovam que a quantidade
de carga da resina composta interfere na profundidade de polimerização e
microdureza do material (RUEGGEBERG et al.
54
, 1993; RUEGGEBERG
et al.
53
, 1994; VICENTINI et al.
69
, 1996; CUNHA et al.
14
, 2001; KOUPIS et
al.
28
, 2004; LEONARD et al.
33
, 2002). Atmadja & Bryant
4
, em 1990 ao
103
estudarem alguns fatores que poderiam vir a influenciar na profundidade
de polimerização de resinas compostas, verificaram que a resina
microparticulada foi a mais afetada pelo declínio da microdureza com o
aumento da profundidade e que as resinas compostas possuem
diferentes valores de microdureza superficial, variando de acordo com a
composição do material.
Craig
13
, em 2004 afirma que a microdureza Knoop para
as resinas compostas de partículas finas é maior que os valores para as
resinas compostas de micropartículas devido a fração de volume das
partículas de carga. Esses valores indicam uma resistência moderada à
indentação sob tensões funcionais para as resinas com muita carga, mas
essas diferenças não parecem ser o fator principal da resistência
funcional ao desgaste.
Rueggeberg et al.
54
, em 1993 analisaram o impacto do
tipo de partículas na profundidade de polimerização da resina composta
P-50 (3M) híbrida e Silux Plus (3M) microparticulada, através da técnica
de Espectroscopia Infravermelha e verificaram que na superfície e à 1mm
de profundidade das amostras o tipo de carga promoveu uma significativa
influência na polimerização da resina, porém aos 2mm de profundidade, o
tipo de carga exerceu mínima influência. Vicentini et al.
69
, em 1996
concluíram que a resina híbrida Z 100 (3M) apresentou valores de
microdureza Knoop superiores à resina de micropartículas Silux Plus
(3M), tanto na superfície como na base da amostra.
As exigências estéticas levaram os fabricantes e
pesquisadores a desenvolverem materiais restauradores diretos com
grande variedade de cores. Pesquisas visando à alteração da cor das
resinas compostas; em longo prazo foram desenvolvidas por Inokoshi et
al.
25
, em 1996; Hosoya
24
, em 1999 e Schulze et al.
56
, em 2003, e logo
após a fotopolimerização por Johnston & Reisbick
27
, em 1997
demonstrando a preocupação na obtenção de melhores resultados
estéticos.
104
Desta forma, autores como, Friedman & Hassan
20
, em
1984; Takamizu et al.
65
, em 1988; Mandarino et al.
36
, em 1992; Turbino et
al.
67
, em 1992; Rueggeberg et al.
54
, em 1993; Shortall et al.
57
, em 1995;
Johnston & Rusbick
27
, em 1997; Hosoya
24
, em 1999; Jandt et al.
26
, em
2000; Koupis et al.
28
, em 2004 estudaram a interferência da variação das
cores na fotopolimerização das resinas compostas.
Foi verificado por Takamizu et al.
65
, em 1988 através da
análise da microdureza Knoop uma redução na profundidade de
polimerização nas cores mais escuras da resina composta Prisma Fill
(Dentsply), quando testadas as cores; cinza-marrom, cinza escuro,
amarelo escuro, amarelo-cinza claro, amarelo claro. Já Jandt et al.
26
, em
2000 e Koupis et al.
28
, em 2004 ao analisarem amostras pelo teste de
raspagem e utilizando um penetrômetro, verificaram que as cores A2 de
algumas resinas compostas apresentaram maiores valores de
polimerização quando comparados com a cor A4.
Mandarino et al.
36
, em 1992 utilizando resinas compostas
de cores escuras e claras, observaram que as claras apresentavam
maiores valores de microdureza que as de tonalidade escura, porém no
primeiro milímetro não houve diferença significativa entre as tonalidades
de cor. Uma das possíveis hipóteses pode ser devido à presença dos
pigmentos utilizados para propiciar tonalidades escuras aos materiais
restauradores que possivelmente absorvem a luz que passa através da
resina e prejudicam sua polimerização, atuando como filtros seletivos para
certos comprimentos de onda de luz.
Desta forma, Friedman & Hassan
20
, em 1984; Backer et
al.
5
, em 1985; Ferracane et al.
19
, em 1986; Takamizu et al.
65
, em 1988;
Koupis et al.
28
, em 2004 concluíram que as cores mais escuras possuem
uma menor dureza superficial que as cores mais claras, quando utilizado
um mesmo tempo de polimerização, pré-estabelecido pelo fabricante.
Martins et al.
38
, em 2002 verificaram diferença estatística
entre a intensidade de luz utilizada nas amostras de resina, entretanto em
105
relação à cor não houve diferença estatisticamente significante em 2mm
de profundidade. Os autores concluíram que a cor da resina composta
não influencia a dureza Knoop. Santos et al.
55
, em 2000 avaliando a
microdureza, também afirmaram não haver diferença estatisticamente
significante nos dois primeiros milímetros da resina composta quando
utilizado o tempo de exposição de 40s para as diferentes cores.
Na presente pesquisa empregamos a resina composta
com uma coloração mediana, porém variamos a opacidade uma vez que
na literatura observa-se escassez no estudo da influência da opacidade
na polimerização das resinas compostas. O uso crescente de resinas
opacas a fim de promover uma melhor reprodução estética justifica a
necessidade da realização de estudos desta natureza.
No mercado diversos aparelhos são apontados como
sendo capazes de promover a polimerização da resina, tais como, os
aparelhos de luz halógena (quartzo tungstênio halogênio - QTH), plasma
de xenônio, argônio, arco de plasma e os de luz emitida por diodo (LED).
Os aparelhos de luz halógena possuem um pico de
comprimento de onda que varia entre 450 a 490 nm e a intensidade
(densidade de potência) varia de 400 a 800 mW/cm
2
, sendo que é
possível encontrar também unidades com alta intensidade de luz
(CRAIG
13
, 2004) Estes aparelhos têm sido bastante estudados quanto ao
poder de polimerização, sendo que para que se obtenha um resultado
satisfatório é necessário que o aparelho esteja nas devidas condições de
uso. (MOSELEY et al.
43
, 1986)
Os aparelhos fotopolimerizadores de QTH possuem luz
incandescente, sendo que muita desta energia elétrica é convertida em
calor e o efetivo rendimento diminui com o uso da lâmpada que precisa
ser trocada de tempos em tempos (BARGHI et al.
6
, 1994). Moseley et
al.
43
, em 1986 realizando um estudo com os aparelhos fotopolimerizáveis
constataram falhas nos aparelhos que podem interferir na qualidade de
polimerização do material. Verificou erros em 20% dos cronômetros, uma
106
significante falta de homogeneidade na distribuição da luz e diminuição na
irradiação conforme a distância. A qualidade da luz polimerizadora em
muitos casos não é objeto de preocupação do clínico, porém algumas
deficiências destes aparelhos podem interferir no sucesso do tratamento
final. Barghi et al.
6
, em 1994 e Araújo et al.
1
, em 1997 ao estudarem
aparelhos fotopolimerizadores de luz halógena verificaram que alguns
aparelhos novos não se apresentavam adequados para o uso e dos
antigos poucos apresentavam uma relação favorável entre irradiação de
calor e intensidade de luz dos aparelhos novos.
Desta forma, foram introduzidos os aparelhos de LED
com o intuíto de suprir as debilidades dos aparelhos de luz halógena. A
emissão espectral do LED azul se enquadra entre 450 a 490nm, sendo,
desta forma, efetivo para a polimerização de materiais com fotoiniciadores
de canforoquinona (CRAIG
13
, 2004). Trabalhos como o de Mills et al.
42
,
em 1999; Leonard et al.
33
, em 2002; Besnault et al.
7
, em 2003; Soh et
al.
60
, em 2003; Bennett & Watts
8
, em 2004; Ernst et al.
18
, em 2004;
Nomoto et al.
44
, em 2004; Tsai et al.
66
, em 2004; Wiggins et al.
73
, em 2004
verificaram a superioridade em eficiência dos aparelhos de LED em
relação aos aparelhos de luz halógena.
As resinas compostas fotopolimerizáveis são ativadas
com a luz azul, com o pico de comprimento de onda de aproximadamente
470nm, o qual é geralmente absorvido por um fotoativador, como a
canforoquinona, adicionado pelo fabricante em quantidades que variam
de 0,2 a 1,0%. A reação é acelerada pela presença de uma amina
orgânica que contém uma ligação dupla de carbono. Embora a
canforoquinona seja o fotoativador mais comum, outros também são
usados para condições especiais de polimerização, como o uso de luz de
arco de plasma com resinas compostas de polimerização rápida
(CRAIG
13
, 2004).
O LED azul emite luz no intervalo adequado para a
excitação do fotoiniciador, coincidindo com o pico de absorção da
107
canforoquinona. No caso da lâmpada halógena, grande parte da energia
luminosa não está no intervalo adequado (450-490nm) para a
fotopolimerização, por isso a necessidade do uso do filtro. Praticamente
toda a luz emitida pelo LED é eficiente neste processo, por aproveitar
praticamente 100% de sua densidade espectral.
Resultados de estudos in vitro indicam que muitos fatores
influenciam na profundidade de polimerização de uma resina composta.
Além dos fatores estudados e descritos acima (cor/opacidade e
tipo/composição do material restaurador) podemos incluir; o material do
molde utilizado para confecção das amostras (YEARN
78
, 1985), o tempo
de exposição (SWARTZ et al.
64
, 1983; BACKER et al.
5
, 1985; ATMADJA
& BRYANT
4
, 1990; TURBINO et al.
67
, 1992; RUEGGEBERG et al.
53
,
1993), a intensidade da fonte de luz (FRIEDMAN & HASSAN
20
, 1984;
TAKAMIZU et al.
64
, 1988; PIRES et al., 1993; RUEGGEBERG et al.
54
,
1993; PEREIRA et al.
49
, 1997; MARTINS et al.
38
, 2002) a distância da
fonte emissora de luz (SWARTZ et al.
64
, 1983; PIRES et al.
51
, 1993) e
período de mensuração da microdureza após a polimerização (SWARTZ
et al.
64
, 1983; ATMADJA & BRYANT
4
, 1990; TURBINO et al.
67
, 1992;
KOUPIS et al.
28
, 2004).
Com o surgimento dos aparelhos de LED um dos grandes
requisitos estudados para verificar a eficácia destes aparelhos foi a
profundidade de polimerização da resina composta, em relação aos
aparelhos de luz halógena (MILLS et al.
42
, 1999; JANDT et al.
26
, 2000;
KURACHI et al.
32
, 2001, SOH et al.
60
, 2003, BENNETT & WATTS
8
, 2004;
ERNEST et al.
18
, 2004; TSAI et al.
66
, 2004; WIGGINS et al.
73
, 2004).
Mills et al.
42
, em 1999 concluíram que os aparelhos de
LED podem ter um potencial para o uso odontológico, pois a sua
performance não reduz significativamente com o tempo como ocorre com
os aparelhos de luz halógena convencionais. Leonard et al.
33
, em 2002
verificaram que a emissão do espectro dos aparelhos de LED refletiram
108
mais a absorção do espectro do fotoiniciador comumente utilizado,
canforoquinona.
Jandt et al.
26
, em 2000 verificaram que o espectro de luz
dos aparelhos de luz halógena e LED diferiu fortemente, sendo que o
aparelho de luz halógena mostrou uma larga distribuição do comprimento
de onda com pico de energia de 497nm e o aparelho de LED emitiu a
maior quantidade de luz produzida a 465nm. Jandt et al.
26
, em 2000 e
Stahl et al.
63
, em 2000 encontraram resultados satisfatórios em relação a
força compressiva e força flexural das resinas compostas,
respectivamente, polimerizadas com aparelhos de LED. O pico de
absorção da canforoquinona na resina é de 467nm que aproximadamente
coincide com o pico de emissão do aparelho de LED com 465nm. Este
fator pode explicar a boa relação entre o espectro de absorção da
canforoquinona e o espectro de emissão do aparelho de LED.
Estudando diversos métodos e aparelhos de LED em
relação aos aparelhos de luz halógena, Besnault et al.
7
, em 2003
observaram que as amostras fotopolimerizadas com aparelhos de luz
halógena apresentaram melhores resultados, mas com propriedades
mecânicas bastante semelhantes às alcançadas com o aparelho de LED
utilizando a polimerização rápida (12s), porém a polimerização rápida com
aparelho de LED (6s e turbo) forneceu os menores resultados.
Bennett & Watts
8
, em 2004 concluíram que os aparelhos
de LED tiveram uma potência espectral de energia eficiente para as
resinas convencionais, mas numa distância menor comparado com o
aparelho de QTH, levando a uma redução na performance nas diferentes
profundidades de polimerização. Analisando o calor dispendido pelos
aparelhos polimerizadores, Nomoto et al.
44
, em 2004 verificaram que a
temperatura elevou-se com o aumento do tempo de irradiação do
aparelho polimerizador, atingindo os maiores valores para o aparelho de
arco de plasma, seguido pela fonte de luz halógena, sendo que os
aparelhos de LED não apresentaram aumento de temperatura. Ambos os
109
aparelhos, arco de plasma e aparelho de LED, requerem maior tempo de
irradiação do que o recomendado pelo fabricante.
A luz halógena e o LED são tipos de luz divergente e não
coerente que quando distância-se da fonte de emissão a intensidade
luminosa diminui. Desta forma, realizamos a polimerização da resina
composta com a utilização da ponteira do aparelho fotopolimerizador
próxima a superfície das amostras.
Alguns fatores precisam ser observados para que o
método de avaliação da profundidade de polimerização seja estabelecido.
Yearn
78
, em 1985 observou dentro dos testes de raspagem, microdureza
e mensuração do grau de conversão, fatores que poderiam interferir na
obtenção dos valores durante a realização de um estudo de pesquisa.
Observou que o material de que é feito o molde (metal, teflon e
polipropileno) para a confecção das amostras, interfere no grau de
polimerização da resina. Amostras confeccionadas em moldes de plástico
apresentam valores de dureza maiores do que em moldes de metal, e por
isso a qualidade da polimerização diminui rapidamente antes de se
alcançar as profundidades indicadas pelo teste de raspagem. Em nosso
estudo, utilizamos para a confecção das amostras um molde metálico,
pois o perfil obtido usando-se moldes de metal indica uma próxima
correlação do que ocorre na estrutura dental.
Realizou-se a armazenagem das amostras por 24h em
um recipiente a prova de luz corroborando com os trabalhos de Swartz et
al.
64
, em 1983; Takamizu et al.
65
, em 1988; Atmadja e Bryant
4
, em 1990;
Turbino et al.
67
, 1992; Rueggeberg et al.
54
, em 1993; Rueggeberg et al.
53
,
em 1994; Vicentini et al.
69
, em 1996; Pereira et al.
49
, em 1997; Correr
Sobrinho et al.
12
, em 2000; Cunha et al.
14
, em 2001 a fim de permitir a
completa polimerização da resina composta mesmo após a remoção da
fonte de luz polimerizadora. Como realizado no trabalho de Pereira
48
, em
1999, utilizou-se um recipiente contendo água destilada, envolto por papel
alumínio evitando assim, a passagem de luz, uma vez que Dlugokinski et
110
al.
17
, em 1998 verificaram que a luz ambiente interfere significativamente
na polimerização da resina composta.
Diversos períodos de armazenagem das amostras foram
estudados na literatura, para a obtenção de uma maior fidelidade dos
dados de microdureza superficial. Tempo este, também preconizado para
a realização do acabamento e polimento da resina composta. Swartz et
al.
64
, em 1983, demonstram que um máximo de polimerização foi
alcançado após 24h, porém observaram que amostras de cor clara, com
1mm de espessura apresentaram um acréscimo de 16% na microdureza
superficial após sete dias. Atmadja & Bryant
4
, em 1990, concluíram que
as resinas fotoativadas continuam a sua polimerização mesmo após a
remoção da fonte de luz, sendo que não foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes entre um dia e uma semana. De acordo com
estes resultados, Ciccone et al.
11
, em 2004 estudando a armazenagem
das amostras imediatamente, 24h e sete dias após a polimerização,
verificaram um aumento significativo da microdureza após 24h.
Entretanto, Watts et al.
71
, em 1987 verificaram que a
microdureza aumenta com o tempo e tende a atingir o valor máximo, após
uma semana. Evidentemente radicais livres persistiram, em alguns casos,
após um mês de avaliação. A taxa de aumento da microdureza foi
substancial após uma hora, em todos os casos, e maior para as amostras
armazenadas a 37
o
C quando comparada com 23
o
C.
Há uma progressiva reação em cadeia cruzada da resina
que continua após a fotoativação (WATTS et al.
71
, 1987). Acredita-se que
a expansão associada a sorpção de água dos fluídos orais pode aliviar as
tensões de polimerização (CRAIG
13
, 2004)
Como no estudo de Braga et al.
9
, em 2004 as amostras
deste estudo, tiveram a sua superfície e base divididas em quatro
quadrantes, onde foi realizado o teste de microdureza Vickers com três
111
impressões por quadrante, sendo os resultados submetidos a análise de
variância.
A mensuração da microdureza Vickers (MANDARINO et
al.
36
, 1992; MANDARINO & PORTO
37
, 1989; VINHA et al.
70
, 1990;
TURBINO et al.
67
, 1992, PEREIRA et al.
47
, 1997, BESNAULT et al.
7
, em
2003) foi utilizada para verificar a profundidade de polimerização da
resina composta, sendo utilizada a carga de 50g com tempo de
permanência de 30s (MANDARINO & PORTO
37
, 1989; TURBINO et al.
67
,
1992; VICENTINI et al.
69
, em 1996; CORRER SOBRINHO et al.
12
, 2000;
CUNHA et al.
14
, 2001) o que vem ao encontro dos parâmetros utilizados
nesta pesquisa. Vinha et al.
70
, em 1990, também, verificaram a
necessidade de maior número de repetições para que se possam
estabelecer resultados mais confiáveis. Desta forma, realizamos 15
corpos-de-prova e um maior número de indentações por corpo-de-prova a
fim de se estabelecer uma maior precisão dos valores obtidos.
Porém, há autores e pesquisadores que consideram que
as repetições de leituras induzem a erros, sendo mais correto calibrar o
pesquisador e fazer uma única leitura, porém mais exata.
A utilização do flúor para a prevenção da cárie dental é
um meio de tratamento capaz de remineralizar a estrutura dental
(PEREIRA et al.
47
, 2003) e prevenir o aparecimento de novas lesões de
cárie. Desta forma, a indústria vem empregando fluoretos na composição
dos materiais restauradores, além do emprego tópico dos fluoretos a fim
de promover a manutenção da saúde bucal (WEI & YIU
72
, 1993).
Podemos citar aqueles utilizados em consultório, tais como, geis e
mousses fluoretados 0,9 a 1,23% (neutro/ acidulado) e vernizes indicados
nos procedimentos de terapia intensiva e grupos de pessoas de riscos
médio e alto de cárie (PEREIRA et al.
47
, 2003).
A utilização de substâncias ácidas sobre a superfície das
resinas compostas pode promover alterações da superfície. Silva et al.
58
,
2004 verificaram que a variação no pH de soluções desmineralizantes
112
influencia a microdureza de materiais restauradores, sendo menor em pH
mais baixo. Neste trabalho, uma das propostas foi estudar o
comportamento do FFA 1,23%, que possui pH ácido, quando aplicado
diretamente sobre a superfície da resina microhíbrida, em relação a
possível mudança na microdureza.
A alta reatividade dos agentes fluoretados utilizados na
aplicação tópica tem levantado hipóteses quanto ao seu efeito adverso
em materiais restauradores (PAPAGIANNOULIS & TZOUTZAS
46
, 1997).
Assim, alterações na micromorfologia dos materiais são ainda mais
evidentes em resinas modificadas por cimento de ionômero de vidro e
poliácidos modificados por resina composta quando em exposição ao FFA
(TURSSI et al.
68
, 2001).
Três possíveis mecanismos de ação do flúor podem
explicar a trajetória de interação do flúor; a) rearranjo da camada única de
água absorvida na carga onde os silanos formam ligação de hidrogênio b)
hidrólise do grupo ester organosilício e c) desorganização da malha de
siloxano formada a partir da condensação de grupos intermoleculares de
silício, que estabilizam a interface (PAPAGIANNOULIS & TZOUTZAS
46
,
1997).
Soeno et al.
59
, 2000 observaram que as resinas
microhíbridas apresentam menor degradação em relação às resinas
híbridas, quando sobre a influência do FFA. No tratamento da superfície
da resina com FFA há degradação da matriz que expõe as partículas de
carga promovendo o aparecimento de superfícies mais rugosas nas
resinas híbridas em relação às microhíbridas. O flúor neutro e vernizes
fluoretados devem ser uma opção de escolha para pacientes que
possuem restaurações com materiais híbridos.
Yap & Mok
77
, 2002 avaliaram a microdureza Knoop da
resina composta quando sobre a ação do FFA e encontraram diferenças
estatísticas quando utilizados o gel ou a espuma de FFA. Qualquer
observação da deterioração da dureza com o uso profissional da
113
aplicação tópica de fluoretos traz implicações na durabilidade clínica das
restaurações.
Utilizamos em nossa pesquisa o FFA gel, o que nos
estudos de Delbem et al.
15
, 2002 mostrou ser mais eficiente no esmalte
dental quando submetido a ciclos de pH em relação ao flúor neutro.
6.2 Discussão dos resultados
Na avaliação referente a opacidade, foi possível verificar
que as resinas A2 e A2-O, conforme Tabela 5, apresentam valores
médios de microdureza significativamente diferentes entre si quando
utilizado um aparelho de luz halógena. Sugerindo que a microdureza da
resina Esthet-X parece ser dependente do aparelho polimerizador
utilizado, já que ao utilizar um aparelho de LED não ocorreu diferença
significante nos valores de microdureza da superfície, porém na base das
amostras de resina A2 e A2-O observamos diferenças significativas de
valores, (Tabela 6).
Estes resultados vão ao encontro do trabalho de Shortall
et. al.
57
, em 1995 que também observaram a influência da opacidade na
profundidade de polimerização utilizando um penetrômetro digital,
concluindo que a profundidade de polimerização das resinas compostas
para reprodução do esmalte foi sempre maior do que as mesmas cores de
dentina para os materiais dos mesmos fabricantes. As resinas utilizadas
para a reprodução da dentina apresentam maior opacidade e estes
pigmentos podem impedir a penetração da luz polimerizadora
promovendo uma menor dureza do material.
Entretanto, Ferracane et al.
19
, em 1986 consideraram que
a profundidade de polimerização das resinas pode ser menos dependente
da cor que da translucidez.
114
Em nossa pesquisa, ao estudarmos a resina composta
da mesma cor, com ou sem opacificadores (A2-O e A2), verificamos que a
resina opaca A2-O apresentou um menor valor médio de microdureza na
base da amostra A2-O (48,51 HV), em relação à resina convencional A2
(54,18 HV), quando polimerizada com aparelho de luz halógena. Porém,
com o uso do aparelho de LED os valores de microdureza reduziram
ainda mais em profundidade de polimerização, alcançando valores
médios 13,01 HV e 33,97 HV para as resina A2-O e A2, respectivamente.
Estes resultados estão de acordo com aqueles obtidos por Ribeiro et al.
52
,
em 2004, que verificaram, a 5mm de profundidade, uma menor redução
na microdureza das cores translúcidas em relação às cores opacas que
apresentaram baixos valores de microdureza.
Corroborando com Takamizu et al.
65
, em 1988; Pires et
al.
51
, em 1993; Vicentini et al.
69
, em 1996; Correr Sobrinho et al.
12
, em
2000 que estudaram a superfície e base das amostras, encontramos
também, neste estudo, maiores valores de microdureza da superfície em
relação à base das amostras. Os aparelhos de luz halógena forneceram
valores médios de microdureza de 63,89 HV para a superfície e 51,34 HV
para a base, em contrapartida os aparelhos de LED produziram valores
médios inferiores tanto para a superfície 61,56 HV como para a base
23,49 HV das amostras, como pode ser observado nas Tabelas 1 e 2.
Rueggeberg et al.
53
, em 1994 verificaram que em
profundidades maiores que 2mm são encontrados baixos valores de
polimerização, e a polimerização é muito susceptível às mudanças na
intensidade de luz e tempo de exposição, sendo que camadas
incrementais de resina não devem execeder a 2mm. Foram realizados por
Rueggeberg et al.
53
, em 1994, a mensuração da microdureza Vickers na
superfície e a 2mm de profundidade da amostra, ou seja, em sua base.
Sugerem, desta forma, que incrementos de 2mm representam uma
quantia ideal para que o material seja devidamente polimerizado. Já
Mandarino & Porto
37
, em 1989, verificaram que em até 3mm de
115
profundidade a dureza da resina não se alterou, sendo que a partir desta
profundidade, houve uma relação inversa entre a dureza e profundidade.
Atmadja & Bryant
4
, em 1990 verificaram que em todas as
resinas empregadas em seu estudo, a dureza diminuiu com o aumento da
profundidade. Concluíram que a redução da espessura do incremento foi
o meio mais adequado de se obter uma adequada polimerização ao invés
de se aumentar o tempo de exposição à luz.
Nossos resultados estão em concordância com os
trabalhos de Kurachi et al.
32
, em 2001; Soh et al.
61
, em 2003; Ernst et
al.
18
, em 2004 que observaram valores significativamente inferiores de
profundidade de polimerização da resina composta quando utilizado o
aparelho de LED em relação aos aparelhos convencionais de luz
halógena. Porém, este resultado, em nosso estudo já era esperado, visto
que a intensidade de luz obtida com o aparelho de LED é bastante inferior
que a fonte de luz halógena utilizada. Apesar da luz emitida pelo LED ser
extremamente eficiente para a exitação da canforoquinona, a potência
pelo aparelho de LED não foi suficiente para realizar o processo de
polimerização.
Dentre os aparelhos a base de LED estudados Kurachi et
al.
32
, em 2001 observaram que o aparelho de seis LEDs apresentou
melhores resultados de microdureza que os aparelhos com 2, 3, 4 e 5
LEDs. Este aparelho apresentava uma intensidade de luz de 79 mW/cm
2
,
quantidade inferior a encontrada no aparelho de LED utilizado em nosso
estudo, que apresenta apenas um LED com 95,5 mW/cm
2
de intensidade
de luz. Entretanto, resultados satisfatórios, utilizando aparelhos de LED,
foram observados por Mills et al.
42
, em 1999 que utilizou um aparelho com
25 LEDs e intensidade de luz de 290 mW/ cm
2
e Jandt et al.
26
, em 2000
que conseguiu 350 mW/ cm
2
com um aparelho de 27 LEDs.
Braga et al.
9
, em 2004; Ernst et al.
18
, em 2004, Wiggins et
al.
73
, em 2004 observaram valores de microdureza significativamente
116
maiores quando utilizado o aparelho de LED de alta potência em
comparação à fonte de luz halógena.
Ernst et al.
18
, em 2004 verificaram que os aparelhos de
LED de primeira geração Elipar FreeLight (3M) e E-Light (CG) não
promovem clinicamente, suficiente profundidade de polimerização,
enquanto que os aparelhos de LED de alta potência Freelight 2, Ultra-
Lume LED 2 e LEDemetron 1 apresentam um comportamento diferente e
mostraram um potencial de polimerização igual ao aparelho de luz
halógena, Optilux 501, aos 40s de exposição. Wiggins et al.
73
, em 2004
também encontraram resultados satisfatórios ao utilizar um aparelho de
LED de alta potência (Elipar FreeLight 2) que polimerizou efetivamente a
resina na metade do tempo de polimerização dos aparelhos de LED de
primeira geração e convencionais de luz halógena, e no mesmo tempo de
exposição que o aparelho de luz halógena de alta potência, mantendo
uma baixa temperatura de polimerização.
Soh et al.
61
, em 2003 concluíram que a efetividade da
polimerização com aparelhos de LED depende do material. Este fator foi
também observado em nosso estudo (Tabela 7), através da análise das
médias de microdureza pelo teste de Tukey (5%) que o aparelho de LED
comportou-se de forma diferente ao polimerizar as resinas A2 (47,77 HV)
e A2-O (37,29 HV), resultando em valores inferiores para a resina A2-O.
Já o aparelho de luz halógena apresentou comportamento semelhante
diante às resinas A2 (57,39 HV) e A2-O (57,84 HV).
Kurachi et al.
32
, em 2001; Leonard et al.
33
, em 2002;
Nomoto et al.
44
, em 2004 concluíram que os aparelhos de LED
necessitam de um tempo maior para polimerizar adequadamente a resina
em relação aos aparelhos de luz halógena.
Porém Mills et al.
42
, em 1999, obtiveram resultados
controversos e verificaram que o aparelho de LED polimerizou as resinas
compostas numa profundidade de polimerização significantemente maior
(p< 0,05) que o aparelho de luz halógena. Com a irradiação de 64% do
117
aparelho de luz halógena o aparelho de LED atingiu uma profundidade de
polimerização significativamente maior.
Tsai et al.
66
, em 2004 a princípio, não encontraram
diferenças significantes entre os aparelhos de LED e os aparelhos
convencionais de luz halógena, entretanto com o aumento da
profundidade a microdureza reduziu mais rapidamente para os aparelhos
de LED, especialmente em profundidades maiores que 3mm. Estes
resultados vão ao encontro aos valores obtidos neste estudo, pois com o
aumento da profundidade observamos uma acentuada redução nos
valores de microdureza ao utilizar o aparelho de LED, sendo este fato
agravado com a utilização da resina A2-O, quando analisada a
microdureza da superfície e da base da amostra (61,57 – 13,01 = 48,56
HV) conforme observado na Figura 10.
Leonard et al.
33
, em 2002; Soh et al.
61
, em 2003; Ernst et
al.
18
, em 2004 calcularam a média entre base/ superfície (B/S) sendo o
valor de 80% indicado como satisfatório para a polimerização da resina
composta. Soh et al.
61
, em 2003 verificaram que aos 3mm todos os
aparelhos de luz halógena produziram uma dureza maior que 80%, porém
isto não ocorreu com o uso de alguns aparelhos de LED, a 4mm a dureza
média observada em todos os aparelhos polimerizadores foi menor que
80%. Ernst et al.
18
, em 2004 também consideraram a dureza superficial e
de base na proporção maior e igual a 80% das amostras controle,
polimerizadas à distância zero, definidas como clinicamente aceitáveis
para polimerização segura.
Observamos neste estudo que utilizando o aparelho de
luz halógena com 40s de exposição, a relação B/S (base/superfície) foi de
88,09% para a cor A2 e 33,18% para a cor A2-O. Já o aparelho de LED,
com o mesmo tempo de exposição, atingiu valores de 55,18% para a
resina A2 e 21,13% para a resina A2-O. Apenas a resina de cor A2
fotopolimerizada com fonte de luz halógena atingiu valores superiores a
80% de profundidade de polimerização.
118
Ao avaliarmos o efeito do FFA 1,23% sobre a superfície
da resina composta foi possível verificar uma redução dos valores médios
de microdureza da resina A2 quando aplicado o FFA 1,23% (52,38 HV)
comparado ao valor da microdureza da resina composta sem a aplicação
do flúor (61,53 HV), a resina A2-O comportou-se de forma semelhante e
também apresentou uma redução na microdureza superficial quando
exposta ao FFA 1,23% (52,77 HV) em relação à superfície não tratada
(63,92 HV), (Tabela 12).
Yaffe et al.
75
, em 1981; Kula et al.
30
, em 1983
encontraram, também, alterações na superfície da resina quando utilizada
uma solução fluoretada acidulada. Kula et al.
30
, em 1983 concluíram que
o gel de FFA 1,23% in vitro causou significativa perda de peso nas resinas
analisadas, comparadas aos seus respectivos grupos controle e uma
maior rugosidade superficial foi encontrada na resina com carga de
estrôncio do que as resinas com carga de quartzo ou sílica. Estas
diferenças devem ser devido à variação de tamanho, tipo e porcentagem
de partículas de carga.
Em 1986, Kula et al.
31
, através da inspeção visual e MEV
analisaram a degradação da resina composta com diferentes partículas
de carga. Concluíram que 4 min de imersão em gel de FFA 1,23% causou
perceptível alteração na reflectividade superficial das resinas compostas,
sendo que o grau de alteração visual esteve aparentemente relacionado
com o tipo e tamanho de partículas de carga da resina. As resinas com
partículas de vidro de zinco, vidro de bário boroalumíniosilicato, e misturas
de vidro de bário boroalumíniosilicato e sílica ou lítio alumínio silicato e
vidro de bário revelaram as maiores alterações visuais. Foi utilizada em
nosso estudo, a resina Esthet-X que possui em sua carga uma
combinação de vidro de Borosilicato de Flúor Alumínio e Bário
Silanizados, com tamanho médio abaixo de 1 micron e sílica coloidal com
tamanho de 0,04 microns e sílica nanométrica. Verificamos assim, uma
119
redução de 14,9% (A2) e 17,4% (A2-O) na microdureza da resina tratada
com FFA 1,23%. Continuando seus estudos Kula et al.
29
, em 1997
observaram que a aplicação tópica de FFA causou extensa perda de
partículas da resina enquanto o NaF 1,1% causou menores perdas.
Ao contrário do estudo de Kula et al.
31
, em 1986 e Turssi
et al.
68
, em 2001 não utilizamos apenas 4 min de exposição ao flúor,
como determinado em seus estudos. Foi aplicado o gel de FFA 1,23%
sobre a superfície da resina composta por 48 min, período condizente a
três aplicações semanais de 4min por sessão, em intervalos de três em
três meses por um ano, preconizado para o tratamento intensivo de
prevenção de cárie (CAMERON & WILMER
10
, 2001; GUEDES-PINTO, et
al.
22
, 2000; Mc DONALD & AVERY
39
, 2001; GARONE NETTO et al.
21
,
2003) Este período foi, ainda, inferior aquele estabelecido no estudo de
Yap & Mok
77
, em 2002 que estipularam o período de trinta e seis horas de
exposição ao flúor, o que simularia aproximadamente sessenta sessões
ou cinco anos de aplicações mensais de fluoreto. Porém os próprios
autores, Yap & Mok
77
, em 2002 concordam ser o tempo experimental do
uso do fluoreto excessivo, mas justificam afirmando ser esta uma possível
situação clinica, pois os géis que são menos fluidos podem se acumular
nas áreas e margens interproximais por mais de um dia.
Em seus estudos, Yap & Mok
77
, em 2002, verificaram que
as matrizes orgânicas das resinas compostas utilizadas eram esteres
orgânicas derivados de metil metacrilato. Como o FFA gel e espuma são
acídicos (pH 3 a 4), a quantidade de água que vai para a matriz orgânica
é aumentada, resultando em uma diminuição da dureza. A diminuição da
dureza após o tratamento com FFA gel ou espuma pode também ser
atribuída a presença do ácido hidrofluorídrico.
Papagiannoulis & Tzoutzas
46
, em 1997 verificaram que os
fluoretos aumentam a quantidade de água frouxamente ligada a matriz da
resina composta. O gel de FFA 1,23% foi o mais agressivo para as
resinas Brilhante DI (Coltene) e Herculite XRV (Kerr), levando a excessiva
120
degradação da superfície, porosidade, destruição da interface da
matriz/carga, dissolução da carga e desaglutinação.
Frente aos estudos realizados foi possível observar que a
variação de fatores, tais como, opacidade do material restaurador, fonte
polimerizadora e aplicação tópica de FFA 1,23% influenciam na
microdureza da resina composta.
7 CONCLUSÕES
Os resultados encontrados com a metodologia
empregada nos permitiram concluir que:
a) há diferença estatisticamente significante entre os
valores médios de microdureza com a variação da
opacidade da resina A2, sendo que em profundidade a
resina A2-O apresenta os menores valores de
microdureza;
b) o aparelho de luz halógena apresentou maiores
valores médios de microdureza que o aparelho de LED
para os dois tipos de resina;
c) a microdureza da superfície é sempre maior que a da
base, independentemente do aparelho utilizado;
d) a aplicação tópica do FFA sobre as resinas diminuiu a
microdureza, na superfície das mesmas.
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Odontologia de São José dos Campos, Universidade Estadual, São José
dos Campos, 2005.
ABSTRACT
The aim of this study was to verify the influence of resin opacity, light curing units
(halogen light X blue LED) and topic application of 1.23% acidulated phosphate
fluoride (APF) on the resin hardness. The composite resin Esthet-X (Dentsply),
shade A2 and A2-O was put in stainless steel molds of 5 mm diameter and 2 mm
depth, and cured with a halogen light curing unit, XL 3000 (3M) or a blue LED
unit, Optilight LD II (Gnatus), for 40s. Four groups with thirty samples were
separated and the top and bottom of samples were analyzed. They were stored
for 24h and afterwords, built-in acrylic resin. Vickers hardness measurements
were made in Vickers Digital Microhardmeter, using 50g load and 30s time. The
APF 1.23% was applied for 48 min and a second hardness measurement was
done. Statistic test ANOVA and Tukey (5%) demonstrated that top hardness
were always higher than bottom. The halogen unit presented higher hardness
values (57.61 HV) than LED unit (42.53 HV). Significant differences were found
between the hardness values when the opacity was varied, and depth wise the
A2-O resin presented the lowest values. The use of 1.23% APF on the resin
resulted in the lowest values of hardness. The resin opacity, the light curing unit
and the use of 1.23% APF have all influence on the resin hardness.
KEYWORDS: Composite resins; hardness; fluoride; dental instruments, light
curing units; analysis of variance.
ANEXO 1 – Autorização para reprodução xerográfica.
Autorizo a reprodução xerográfica deste trabalho.
São José dos Campos, 27 de setembro de 2005
Leily Macedo Firoozmand
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