Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE SOLUÇÃO
NUTRITIVA NO CULTIVO DE HÍBRIDOS DE MELÃO
RENDILHADO EM SUBSTRATO DE FIBRA DE COCO.
FLÁVIA LEITE YAMAKI
Engenheira Agrônoma
Prof. Dr. SHIZUO SENO
Orientador
Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia
do Campus de Ilha Solteira UNESP, como parte
dos requisitos para obtenção do título de Mestre em
Agronomia, área de concentração em Sistemas de
Produção.
Ilha Solteira
Estado de São Paulo – Brasil
Agosto de 2005
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE SOLUÇÃO
NUTRITIVA NO CULTIVO DE HÍBRIDOS DE MELÃO RENDILHADO
EM SUBSTRATO DE FIBRA DE COCO
Autora: Engª. Agrª. Flávia Leite Yamaki
Orientador: Prof. Dr. Shizuo Seno
RESUMO
Para a produção de melão em ambiente protegido, a forma mais eficiente para o
fornecimento de nutrientes é através da fertirrigação, que tem proporcionado à cultura a
elevação da produtividade e da qualidade dos frutos. Este trabalho teve como objetivo avaliar
o efeito de cinco concentrações de solução nutritiva sobre o crescimento da planta e o
rendimento de frutos de meloeiro rendilhado, cultivados em vasos com substrato de fibra de
coco, sob ambiente protegido. O ensaio foi conduzido de outubro de 2003 a janeiro de 2004,
na Fazenda de Ensino e Pesquisa da Faculdade de Engenharia/Unesp, Campus de Ilha
Solteira-SP. Os tratamentos constaram de quatro híbridos de melão rendilhado (Bônus 2,
Laurent, Mission e Sunrise) e cinco concentrações de solução nutritiva. Como referência,
foram utilizados os nutrientes da solução nutritiva recomendada por Furlani et al. (1999, 52p)
para o cultivo de melão: 210,5 g de N; 270 g de K; 50 g de P; 170 g de Ca; 40 g de Mg; 52 g
de S; 0,5 g de B; 0,1 g de Cu; 0,5 g de Mn; 0,05 g de Mo; 0,3 g de Zn e 2,2 g de Fe,
adicionados em 500, 1000, 2000, 3000 e 4000 litros de água, compondo as soluções nutritivas
C1, C2, C3, C4 e C5. Adotou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso com 3
repetições por concentração e análise de variância para grupo de experimentos, modelo fixo.
As parcelas foram compostas de 3 vasos, no espaçamento de 1,2 m entre fileiras e 0,5 m entre
ads:
3
vasos. Avaliou-se a condutividade elétrica (CE) e pH das soluções nutritivas, número de
folhas, altura e massa seca das plantas, diagnose foliar, leitura SPAD, número de frutos,
massa média de frutos, produtividade, além das variáveis tecnológicas: espessura da polpa e
teor de sólidos solúveis totais (ºBrix). Verificou-se que a solução nutritiva C3 foi a que
proporcionou maior produção, massa média e teor de sólidos solúveis. Em relação aos
híbridos, a produtividade variou de 1756,52 a 2054,14 g/m
2
, destacando-se os híbridos Bônus
nº2 e Laurent. Esses híbridos também apresentaram maior teor de sólidos solúveis totais
sendo considerados como de excelente qualidade.
Palavras-chave: Cucumis melo L.; melão rendilhado, fertirrigação, produtividade, sólidos
solúveis totais
4
EVALUATION OF DIFFERENT CONCENTRATIONS OF NUTRIENT
SOLUTION IN HYBRIDS OF NET-MELON IN COCONUT FIBRE
SUBSTRATUM.
Author: Flávia Leite Yamaki
Adviser: Prof. Dr. Shizuo Seno
ABSTRACT
For melon production in protected environment, the most efficient form for the supplying of
nutrients is through the fertigation that has provided to the culture the elevation of fruits
productivity and quality. This work had as aim to evaluate the effect of five concentrations of
nutrient solution on the plant growth and output of net melon fruits, cultivated in vases with
coconut fibre substratum, in protected environment. The rehearsal was conducted between
October of 2003 to January of 2004, at the Experimental Station of UNESP, Ilha Solteira
Campus, São Paulo State, Brazil. The treatments consisted of four net-melon hybrids: Bonus
nº2, Laurent, Mission and Sunrise, and five nutrient solution concentrations (C1, C2, C3, C4
and C5). As a reference was used the nutrients of the nutrient solution recommended by
Furlani et al. (1999, 52p) for the melon cultivation: 210.5 g of N; 270 g of K; 50 g of P; 170 g
of Ca; 40 g of Mg; 52 g of S; 0.5 g of B; 0.1 g of Cu; 0.5 g of Mn; 0.05 g of Mo; 0.3 g of Zn
and 2.2 g of Fe, were added in 500, 1000, 2000, 3000 and 4000 litres of water, composing
nutrient solutions C1, C2, C3, C4 and C5. It was adopted the random blocks experimental
outline with three repetitions by concentration and variance analysis for each experimental
group, in a fixed model. The parcels had been composed with 3 vases, in the spacing of 1.2 m
between rows and 0.5 m between vases. It was evaluated the electrical conductivity (CE) and
pH of nutrient solutions, leave numbers, height and mass of dry plants, leaf diagnosis, SPAD
reading, fruit numbers, average mass of fruits, productivity, besides technological variables:
5
pulp thickness and total soluble solid contents (ºBrix). It was verified that the nutrient solution
C3 has provided the larger production, average mass and total soluble solid contents. In
relation to hybrids, the productivity has varied from 1756.52 to 2054.14 g/m
2
, highlighting
hybrids Bonus nº2 and Laurent. These hybrids have also presented larger total solid soluble
contents being considered as the excellent quality.
Keywords: Cucumis melo L.; net-melon, fertigation, productivity, solid soluble content.
6
1. INTRODUÇÃO
O meloeiro (Cucumis melo L.) é uma olerícola muito apreciada e de popularidade
ascendente. Introduzido no Brasil pelos imigrantes europeus, começou a ser cultivado em
pequenas plantações e evoluiu até atingir os grandes plantios atuais, o que exigiu um
aprimoramento técnico cada vez maior. Sua exploração sistemática no país teve início em
1960 no Rio Grande do Sul, ganhando maior importância comercial na década de 1980,
atingindo o centro sul do Brasil e principalmente os mercados internacionais (LOPES FILHO,
1990, p.4-10).
A produção brasileira gira em torno de 95 mil toneladas em uma área de 15 mil
hectares, tendo em vista tendências favoráveis no aumento do consumo interno e da
exportação para mercados externos. Atualmente, a Região Nordeste responde por cerca de
95% da produção nacional, tendo como destaque os Estados do Rio Grande do Norte e Ceará
(SILVA e COSTA, 2003, 144p).
O melão rendilhado ou “net-melon”, pertencente ao grupo Cucumis melo
cantaloupensis Naud., é uma hortaliça largamente cultivada no Japão e é conhecido no mundo
todo como melão nobre, tendo excelente aceitação no mercado europeu e asiático. No Brasil,
7
a introdução do melão rendilhado foi em 1990 e tem sido cultivado por apresentar maior valor
comercial, como conseqüência de seu aroma e sabor característicos. Na região nordeste,
destaca-se principalmente o pólo Mossoró-Açú. Produtores do município de Assai (Paraná),
Capão Bonito e Pilar do Sul (São Paulo) também tem produzido esse melão com sucesso
(ALVES, 2000, 43p).
A cultura do melão rendilhado exige nível tecnológico adequado, pela necessidade de
se obterem frutos de boa qualidade para atender às exigências dos mercados interno e externo,
com relação ao tamanho e formato do fruto, à cor da casca e ao teor de sólidos solúveis totais
(ºBrix) da polpa.
A adubação via água de irrigação, denominada de fertirrigação, é hoje uma prática
usada em larga escala em ambientes protegidos e tem grande aceitação pelos produtores. A
cultura do melão tem respondido bem a fertirrigação, proporcionando a elevação da
produtividade e da qualidade dos frutos.
Tendo em vista que os números de pesquisas são pequenos e o aumento do número de
produtores tem gerado uma grande demanda por informações técnicas sobre a cultura,
principalmente relacionadas com a nutrição mineral e a condução da planta, este trabalho teve
como objetivo avaliar os efeitos da aplicação de diferentes concentrações de solução nutritiva
na produção de híbridos de melão rendilhado cultivados em vasos com fibra de coco, em
ambiente protegido, na região de Ilha Solteira-SP.
8
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. A cultura do melão
O meloeiro, pertencente à família Cucurbitaceae, ao gênero Cucumis e à espécie
Cucumis melo L., é uma olerícola cujo seu centro de origem não está bem definido, sendo
indicado por alguns autores na África, enquanto para outros no oeste da Ásia. Sua introdução
no Brasil foi pelos imigrantes europeus e seu cultivo teve início em meados da década de
1960 no Rio Grande do Sul. Até esse período, todo melão comercializado e consumido no
Brasil era proveniente da Espanha. A partir da década de 1960, a exploração da cultura tomou
grande impulso, inicialmente no Estado de São Paulo, estendendo-se posteriormente para as
regiões Norte e Nordeste, atingindo o seu apogeu em termos de área plantada e de produção a
partir de meados da década de 1980 a meados da década de 1990 (DIAS, 2004, 110p).
De acordo com Araújo (1980, 40p), o meloeiro é uma planta anual, herbácea,
trepadeira ou rasteira, havendo, portanto, necessidade de condução específica quando
explorado comercialmente em ambiente protegido. Apresenta sistema radicular fasciculado,
com crescimento abundante nos primeiros 0,30m de profundidade do solo. Normalmente, a
floração do meloeiro tem início com o aparecimento da flor masculina, que surge duas a três
9
semanas antes da flor feminina ou hermafrodita, e continua por todo o ciclo da planta. As
flores masculinas localizam-se no ramo principal, enquanto que as flores femininas nos ramos
secundários (BRANDÃO FILHO e VASCONCELLOS, 1998, p.161-193). Os frutos são
bastante variados tanto em relação ao tamanho (podem ter de 100g até vários quilogramas),
como com relação ao formato (achatado, redondo, cilíndrico). A casca pode ser lisa, ondulada
ou rendilhada e de várias cores (branca, preta, amarela, verde, marrom). A polpa pode se
apresentar crocante ou dissolvente, e de coloração branca, verde, salmão ou vermelha.
Atualmente, os principais melões produzidos comercialmente pertencem a dois
grupos: Cucumis melo inodorus Naud e Cucumis melo cantaloupensis Naud, que
correspondem aos melões inodoros e aromáticos respectivamente. Os melões do primeiro
grupo são denominados melões de inverno, que apresentam frutos com casca lisa ou
levemente enrugada, coloração amarela, branca ou verde-escura. Os do segundo grupo
incluem, os melões anteriormente classificados, como variedades C. melo reticulatus e C.
melo cantaloupensis, possuem frutos com superfície rendilhada, verrugosa ou escamosa,
podendo ou não apresentar gomos, polpa com aroma característico, podendo ser de coloração
alaranjada, salmão ou verde (ALVES, 2000, 43p). Com relação aos tipos de melão cultivados,
aproximadamente 70% do melão produzido no Brasil é, ainda, do grupo “Amarelo”
(inodorus). Os outros 30% pertencem aos grupos de melões das variedades cantalupensis e
reticulatus, que apesar de possuírem alto valor comercial, principalmente no mercado externo,
apresentam cultivo ainda restrito, devido à limitada resistência dos frutos ao transporte e a
conservação pós-colheita (DIAS, 2004, 110p). Entretanto, o melão rendilhado vem se
destacando devido a sua capacidade nutricional, elevado sabor e ao aspecto visual
diferenciado. Seus frutos apresentam vitaminas A (teores até 113 vezes maiores que nos
melões amarelos) e C, assim como pequenas quantidades de proteínas de alto valor biológico,
10
além de possuir propriedades estimulantes, diuréticas e laxativas (COSTA, 2002, 50p). O seu
cultivo despontou nos estados de São Paulo e Paraná como opção rentável ao produtor na
realização de rotação de culturas com um ciclo curto, não tendo concorrentes no mercado e
conseguindo boa cotação de preços (MARUYAMA, 1999, 43p).
O meloeiro adapta-se melhor aos climas quentes e secos, requerendo irrigação para
suprir sua demanda hídrica de acordo com o esdio de desenvolvimento, principalmente na
floração e na frutificação. A época de plantio mais favorável ao meloeiro vai de agosto a
fevereiro, podendo ser cultivado o ano todo, em locais com temperatura anual média entre 18
e 39°C (BLANCO et al., 1997, p.77-81). De acordo com Brandão Filho e Vasconcellos (1998,
p.161-193), o crescimento vegetativo do meloeiro é prejudicado por temperatura do ar inferior
a 13ºC e superior à 40ºC, sendo que a faixa ótima para o seu desenvolvimento vegetativo
encontra-se entre 25 e 32ºC e para o estádio de frutificação entre 20 a 30ºC durante o dia, e 15
a 20ºC à noite. Se a temperatura noturna for elevada e a mínima na parte da manhã superior a
28ºC pode ocorrer aborto de flores, fato observado por Voltolini (2003, 37p) que trabalhando
com melão rendilhado em ambiente protegido, obteve temperatura média de 27ºC e médias
das temperaturas máximas de 34ºC, com picos chegando a 37ºC. No extremo sul do Brasil, a
produção dessa espécie é ainda pouco expressiva e ocorre em algumas microrregiões, apenas
nos meses mais quentes do ano. O melão rendilhado apresenta um ciclo em torno de 105 a
115 dias, todavia, dependendo da freqüência e intensidade de temperaturas abaixo da faixa
ideal, o ciclo pode ser estendido a 150-180 dias com produtividade entre 27 a 45 t.ha
-1
e peso
dos frutos podendo chegar a 1,5 kg (MARUYAMA, 1999, 43p).
Segundo Soares (2001, 65p), no período entre agosto e janeiro, um aumento na
oferta de melão, com a conseqüente queda de preços. Por outro lado, entre maio e julho, o
melão recebe os melhores preços, em razão da baixa oferta. O conhecimento das exigências
11
climáticas da cultura é um dos principais componentes da comercialização, permitindo uma
definição das melhores épocas de plantio, de modo a coincidir a colheita com os períodos de
melhores preços do produto. O ponto correto de colheita é de fundamental importância para
que os frutos apresentem qualidade elevada. Segundo Vieira (1984, p.48-67) citado por
Villela Júnior (2001, 116p), a qualidade dos melões está altamente correlacionada com o
conteúdo de açúcares, por isso um fruto realmente bom deve apresentar um sabor
característico, que é função dos compostos orgânicos produzidos durante o amadurecimento.
Caso a colheita ocorra antes do tempo ideal, este fruto terá sua qualidade interna bastante
prejudicada, principalmente em relação ao teor de sólidos solúveis totais, ou seja, ter-se-á um
fruto com aparência boa e sem sabor (BRANDÃO FILHO e VASCONCELLOS, 1998, p.161-
193). Para determinação do ponto de colheita, deve-se observar algumas características como
teores de sólidos solúveis totais, firmeza da polpa, cor e aspecto da casca. Somente quando
estas características estiverem de acordo com os requisitos mínimos de qualidade
estabelecidos, é que a colheita pode ser realizada (ALVES, 2000, 43p). Comercialmente,
frutos com teores de sólidos solúveis entre 12-15 ºBrix o considerados de excelente
qualidade, teores próximos de 9 ºBrix são considerados aceitáveis e, abaixo deste valor, o
são comercializáveis (RIZZO,1999, 61p).
Os solos areno-argilosos e bem drenados são os mais favoráveis ao cultivo do
meloeiro, que o tolera acidez e requer boa fertilidade, atingindo melhores produções em
solos cujo pH se aproxime da neutralidade. Recomenda-se realizar a calagem sempre que a
saturação por bases do solo for inferior a 60%, devendo-se aplicar calcário suficiente para
elevar esse valor para 75 a 80% (PIMENTEL, 1985, 322p).
12
2.2. Cultivo em ambiente protegido
O cultivo de plantas em ambiente protegido, quando comparado às condições naturais
do campo, apresenta inúmeras vantagens como a possibilidade de obtenção de colheitas
durante todo o ano, precocidade das colheitas, economia de água e fertilizantes, maiores
rendimentos e melhor qualidade dos produtos (FARIAS, 1988, 80p). No cultivo de melão
rendilhado, vários fatores podem influenciar o crescimento, o desenvolvimento e a produção
de frutos, tendo as condições climáticas grande importância no que diz respeito ao ciclo da
cultura, produtividade e características comerciais do produto, destacando-se entre elas a
temperatura, luminosidade, radiação e umidade, que podem ser parcialmente controlados em
ambiente protegido (FACTOR et al., 2000, p.201-202). Segundo Sganzerla (1990, 303p), o
ambiente protegido eleva o somente a produção do meloeiro, mas também a qualidade dos
frutos produzidos, pois o tutoramento na vertical facilita os tratos culturais, o controle
fitossanitário, simplifica a colheita e evita danos às plantas, proporcionando maior ventilação,
principalmente, durante o florescimento, o que favorece a polinização natural e artificial, além
de possibilitar um aumento na densidade de plantas, podendo beneficiar a produtividade. Na
região Sudeste, a produção de melão rendilhado implica necessariamente no cultivo em casa
de vegetação, para se obter frutos de excelente aspecto visual, sabor e boa lucratividade
(COSTA, 2002, 50p).
Pádua (2001, 108p), objetivando avaliar o desempenho de híbridos de melão
rendilhado Bônus nº2, Don Carlos e Hy Mark em condições de ambiente protegido, concluiu
que o híbrido Bônus nº2 apresentou maior desempenho vegetativo, maior produção comercial,
frutos de formato esférico e maior teor de sólidos solúveis totais. Hartz (1997, p.117-122)
citado por Villela Júnior (2001, 116p), trabalhando com híbridos de melão rendilhado em
condições de ambiente protegido, observou que os híbridos Vera Cruz e Mission alcançaram
13
12,1 e 12,3º Brix e 43,6 e 46,4 t/ha de teor de sólidos solúveis totais e de produtividade,
respectivamente.
2.3. Necessidades nutricionais do meloeiro
Quando se procede à análise das exigências nutricionais de plantas, visando o cultivo
em solução nutritiva, deve-se enfocar as relações entre os nutrientes, pois essa é uma
indicação da relação de extração do meio de crescimento. As quantidades totais absorvidas
apresentam importância secundária, uma vez que no cultivo hidropônico procura-se manter
relativamente constantes as concentrações dos nutrientes no meio de crescimento,
diferentemente do que ocorre no solo, pois nesse caso, a provisão das quantidades exigidas
pelas plantas se dá pelo conhecimento prévio das quantidades disponíveis existentes no
próprio solo (FURLANI et al., 1999, 52p).
O conhecimento do conteúdo de nutrientes nas plantas, principalmente da parte
colhida, é importante para se avaliar a remoção desses nutrientes da área de cultivo, tornando-
se um dos componentes necessários para recomendações econômicas de adubação. Em média,
as plantas possuem cerca de 5% de nutrientes minerais na massa de material seco, porém
existem grandes diferenças entre espécies e as quantidades totais exigidas por uma cultura
dependem da produtividade. Por outro lado, a absorção de nutrientes é diferente de acordo
com a fase de desenvolvimento da planta, intensificando-se com o florescimento, a formação
e o crescimento dos frutos (RAIJ et al., 1996, 285p).
A absorção de nitrogênio, fósforo e potássio pelas culturas seguem, de forma geral, a
mesma tendência do acúmulo de material seco e a exigência destes macronutrientes pela
cultura diminui à medida que o fruto amadurece. Na cultura do melão, quanto à extração de
nutrientes, sabe-se que em relação aos macronutrientes, o K, N e o Ca são extraídos em
14
quantidades bem superiores ao P, Mg e S. A absorção de N e P aumenta com o crescimento,
diminuindo à medida que a planta atinge um certo estágio (mais ou menos 45 a 60 dias após o
transplantio). Enquanto a absorção do K, Ca e Mg aumenta conforme for ocorrendo a
maturação do fruto (BRANDÃO FILHO E VASCONCELLOS, 1998, p.161-193). De acordo
com a Embrapa (2004), os teores adequados de macronutrientes (g.kg
-1
) são 25-50 de N; 3-7
de P; 25-40 de K, 25-50 de Ca; 5-12 de Mg e 2-3 de S e de micronutrientes (mg.kg
-1
) são 30-
80 de B; 10-15 de Cu; 50-300 de Fe; 50-250 de Mn e 20-100 de Zn.
Segundo Silva et al. (2000) citados por Kano (2002,102p), o N e o K são os elementos
extraídos em maiores quantidades pelo meloeiro, participando com mais de 80% do total de
nutrientes extraídos (38% e 45% respectivamente). Canato et al. (2001a, p.256), analisando
híbridos de melão rendilhado, verificaram que os teores de nutrientes na parte aérea
apresentavam a seguinte seqüência: Ca > K > N > Mg > P ~ S > Fe > Mn > Zn > Cu. Nos
frutos, a seqüência foi: K > N > Ca - P > Mg > S > Fe > Zn > Mn > Cu. Esses mesmos
autores verificaram que a seqüência de acúmulo de macronutrientes foi diferente para os
híbridos de melão rendilhado estudados. O híbrido Bônus nº2 acumulou mais K, seguido pelo
Ca, enquanto que o híbrido Mission mais Ca, seguido pelo K. Para os demais nutrientes, em
ambos os híbridos, a seqüência foi: N > Mg > P > S > Fe > Mn > Zn > Cu (CANATO, 2001b,
p.256). Ainda em relação ao teor de nutrientes, Cantón (1999, p.535-561) citado por Faria e
Carrijo (2004) afirma que a concentração de Ca em folhas de meloeiro deve situar-se entre 20
a 70 g.kg
-1
de Ca.
Estudando o melão rendilhado em ambiente protegido, Carneiro Filho (2001)
verificou, no início da frutificação, os seguintes teores nas folhas: 46,1 de N; 3,3 de P; 40,3 de
K; 53,1 de Ca; 11,6 de Mg; 7,85 de S; 13 de Cu; 499 de Fe; 43 de Zn; 140 de Mn e 33% de B,
expressos em g kg
-1
para macronutrientes e em mg kg
-1
para os micronutrientes. Pinto et al.
15
(1993, p.323-327), estudando doses de N, observaram que as mesmas não alteraram as
características químicas: acidez total, pH e teor de sólidos solúveis dos frutos de melão. A
dose de nitrogênio para a máxima produção (38,06 t ha
-1
) foi de 129 kg ha
-1
, e que o aumento
dessa dosagem proporcionou um decréscimo na produção.
Conforme Kano (2002, 102p) são poucas as informações relativas às exigências
nutricionais do meloeiro, em especial do meloeiro rendilhado, bem como a variabilidade das
respostas dos diferentes híbridos quanto à extração de macronutrientes e micronutrientes.
Ressalta também a importância do estudo de extração de nutrientes por este híbrido, que tem
destaque nas condições brasileiras.
Moura (1994, 50p) cita que não é a falta de nutrientes que causa problemas, muitas
vezes o excesso é tão ou mais prejudicial. O excesso de K pode provocar a inibição da
absorção de Ca e Mg e o excesso de N provavelmente provocará vários problemas que vão
desde o excessivo vigor da planta ao não surgimento da flor hermafrodita, a abortamentos e
fermentações da fruta, entre outros.
Recentemente foi desenvolvido o medidor portátil de clorofila Minolta SPAD-502
(clorofilômetro) que faz leituras instantâneas sem necessidades de destruição da folha,
surgindo como nova ferramenta para avaliar o nível de N na planta. O teor de clorofila na
folha é utilizado para predizer o vel nutricional de N, devido ao fato de a quantidade desse
pigmento correlacionar-se positivamente com o teor de N na planta. Essa relação é atribuída,
principalmente, ao fato de que 50 a 70% do N total das folhas ser integrante de enzimas que
estão associadas aos cloroplastos. As leituras efetuadas por este equipamento indicam valores
proporcionais de clorofila na folha e são calculadas com base na quantidade de luz transmitida
pela folha em dois comprimentos de ondas com distintas absorbâncias de clorofila. No
entanto, por se tratar de uma técnica nova, apresenta limitações, tais como pouca amplitude
16
entre as leituras e influência sobre as leituras de outros fatores além do N. Apesar das
limitações apresentadas, a utilização do parâmetro teor de clorofila, apresenta grande
potencial como indicador para a recomendação de adubação nitrogenada, principalmente se
associado a indicadores de solo (ARGENTA et al., 1999, p. 44-49).
2.4. Aspectos gerais da fertirrigação
A aplicação de fertilizantes simultaneamente com a água de irrigação tem grande
importância tanto do ponto de vista técnico como do econômico. Essa técnica, que constitui
um avanço para a agricultura, requer uma maior capacitação dos técnicos e agricultores, e seu
uso está relacionado a uma série de vantagens econômicas, quando comparada aos métodos
tradicionais de adubação (VIVANCOS, 1993, 217p, citado por SOARES, 2001, 65p). Esta
prática está sendo usada em larga escala e têm grande aceitação pelos produtores, dada a
economia de mão-de-obra e de energia, eficiência de uso e economia de fertilizantes,
flexibilidade de aplicação parcelada de fertilizantes, entre outros benefícios (VITTI et
al.,1995, p.195-272). O meloeiro responde bem a utilização desta técnica, que tem
proporcionado a elevação da produtividade e da qualidade dos frutos, entretanto, a seleção
correta dos fertilizantes é muito importante para o sucesso da fertirrigação. O agricultor deve
ter também os devidos cuidados na determinação das doses a aplicar, que ocorre em função
das necessidades nutricionais da cultura, do conteúdo de nutrientes no solo, do histórico da
área e das produtividades esperadas (SOUSA E SOUSA, 1998, p.36-45). Para determinar as
quantidades corretas de fertilizantes, é necessário considerar a análise do solo, da água de
irrigação e foliar, bem como a extração de nutrientes pelas raízes (RAIJ, 1991, 136p), porém
as recomendações com base em resultados de pesquisas sobre doses de nutrientes são mais
práticas.
17
As culturas diferem pela sua capacidade de adaptação a salinidade e, em fertirrigação é
sempre necessário conhecer a salinidade que se produz ao aplicar diferentes doses de
nutrientes, para evitar um nível de salinidade que afete a produtividade da cultura. Para o
meloeiro, os níveis ótimos de salinidade ficam entre 2 2,6 mS cm
-1
e o valor limite em que
ocorre 10% de perdas de potencial, é de 3,6 mS cm
-1
, no extrato de saturação do solo (
GOTO, 1999, p.155-169).
Soares et al. (1999, p.1139-1143) estudando a cultura do melão (Cucumis melo L.)
Valenciano Amarelo, avaliaram o efeito de fontes de fertilizantes nitrogenados e de suas
combinações, aplicados via água de irrigação e observaram que a uréia até 42 dias
proporcionou maior rendimento total (31,14 t.ha
-1
), o peso médio do fruto variou de 1,63 a
1,84 kg/fruto e o teor de sólidos solúveis totais, de 12,1 a 13,1ºBrix. Trabalhando com o
manejo da fertirrigação nitrogenada e potássica, Penteado et al. (2002) verificaram em melão
rendilhado (Cucumis melo reticulado Naud) que as características químicas do fruto, como
pH, sólidos solúveis totais, acidez titulável e ratio não alteraram. Enquanto Pinto et al. (1995,
p.192-195) observaram na cultivar Eldorado 300 que as maiores produções foram 26,4 t.ha
-1
e
25,89 t.ha
-1
com fertirrigação diária e a aplicação de N e K via água de irrigação também não
alterou as características químicas do fruto, o teor de sólidos solúveis totais, a acidez total e o
pH. Costa et al. (2002) estudando concentrações de potássio na solução nutritiva (66; 115,5;
165 e 247,5 mg.L
-1
)
e número de frutos por planta (2, 3, 4 e fixação livre) sobre a produção de
melão rendilhado, cultivado em hidroponia, constataram que o incremento da concentração de
potássio aumentou, aos 85 dias após o plantio (d.a.p.), o número de frutos em plantas de
fixação livre, e posteriormente, reduziu o abortamento de frutos em plantas com quatro frutos.
A produção e a massa média dos frutos não foram influenciadas pelas concentrações de
potássio (acima de 66,0 mg.L
-1
). À medida que maior foi o número de frutos por planta houve
18
um aumento da produção total e redução da massa média dos frutos. Coelho et al. (2001,
p.23-30), verificando o efeito de quatro níveis de nitrogênio (0, 60, 120 e 180 kg.ha
–1
) e
quatro de potássio (130, 200, 270 e 340 kg.ha
–1
) aplicados por gotejamento na cultura do
meloeiro (Cucumis melo L.) em solo arenoso, observaram que houve efeito significativo
apenas para o nitrogênio na produtividade total, comercial e não comercial do meloeiro, e os
rendimentos da cultura aumentaram com o aumento dos níveis de nitrogênio. Os níveis de
potássio não permitiram verificar os efeitos das doses do nutriente aplicado via água na
produtividade de melão, e a interação entre os níveis de nitrogênio e potássio não tiveram
efeito significativo na produtividade da cultura. As características físicas e químicas de
qualidade de frutos não foram influenciadas pelos níveis de N e K utilizados.
Carrijo et al. (2001), avaliando fontes de nitrogênio para fertirrigação do meloeiro em
cultivo protegido, verificaram que os frutos apresentaram as maiores massas médias e firmeza
da polpa. Purquerio et al. (2002) verificaram, em estudos de concentração de nitrogênio (80,
140, 200 e 300 mg.L
-1
) e número de frutos por planta sobre a produção do meloeiro (2, 3, 4 e
fixação livre), que houve redução no número de frutos fixados dos 80 dias após o transplante,
para a colheita, bem como no peso médio do 1º, 2º e fruto colhido com o aumento da
concentração de nitrogênio. Plantas com menor número de frutos, apresentaram maior massa
média dos mesmos, porém com menor produção por planta. A maior produção (2.474
g/planta) foi obtida com 80 mg.L
-1
de nitrogênio na solução nutritiva.
Pesquisas em olerícolas, principalmente relacionadas com a nutrição mineral e a
condução da planta, não são muito difundidas, havendo uma grande escassez na literatura. No
entanto, estas culturas ocupam um espaço muito importante no comércio hortifrutigrangeiro, e
acredita-se que futuramente deverão receber uma maior atenção devido a sua importância
econômica.
19
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização do experimento
O presente ensaio foi realizado no período de 08/10/2003 a 09/01/2004, na área
experimental da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Engenharia –
UNESP, Campus de Ilha Solteira-SP, com coordenadas geográficas 20º22’’de latitude sul e
51º21’’de longitude oeste de Greenwich, e altitude de 335 metros. Segundo a classificação de
Köeppen, a região possui um clima do tipo Aw, definido como tropical úmido, com estação
chuvosa no verão e seca no inverno, apresentando temperatura média anual de 24,5ºC,
precipitação média anual de 1.232 mm e umidade relativa dia anual de 64,8%
(HERNANDEZ et al., 1995, 45p).
3.2. Caracterização do experimento
O ensaio foi desenvolvido em estufa, modelo arco, com orientação leste-oeste, com
cobertura de plástico transparente de 100 µm de espessura, com 6,40 m de largura, 2,20 m de
pé direito, 30 m de comprimento e aberta lateralmente.
20
Foram avaliados quatro híbridos de melão rendilhado: Bônus nº2, Laurent, Mission e
Sunrise, cultivados em vasos contendo fibra de coco, em cinco concentrações distintas de
solução nutritiva.
Características comerciais dos híbridos:
Bônus nº2 e Laurent: são melões do tipo “Gália”, aromáticos e de origem israelense.
Apresentam casca verde que muda para amarelo quando amadurecem com reticulação suave e
polpa branco-esverdeada. A massa média dos frutos varia de 0,7 a 1,3 kg. Exigem um
manuseio mais cuidadoso e utilização da cadeia de frio durante a pós-colheita
(FRUTISÉRIES, 2004).
Mission e Sunrise: o melões do tipo “Cantaloupe”, com aroma marcante e de origem
americana, sendo os mais plantados no mundo. Apresentam casca com reticulado intenso de
formato esférico e polpa de coloração salmão. A massa média dos frutos varia de 1 a 1,5 kg.
Exigem um manuseio mais cuidadoso e utilização da cadeia de frio durante a pós-colheita
(FRUTISÉRIES, 2004).
Características das soluções nutritivas:
Através da solução padrão recomendada por Furlani et al. (1999, 52p) para o cultivo
de melão (210,5 g de N; 270 g de K; 50 g de P; 170 g de Ca; 40 g de Mg; 52 g de S; 0,5g de
B; 0,1g de Cu; 0,5g de Mn; 0,05 g de Mo; 0,3 g de Zn e 2,2 g de Fe, adicionado em 1000
litros de água) foram determinadas as diferentes concentrações de solução nutritiva descritas a
seguir: C1- nutrientes da solução padrão adicionado em 500 L de água; C2- solução padrão;
C3- nutrientes da solução padrão adicionado em 2000 L de água; C4- nutrientes da solução
padrão adicionado em 3000 L de água e, C5- nutrientes da solução padrão adicionado em
21
4000 L de água. Os componentes utilizados como fonte de macronutrientes e micronutrientes
utilizados no preparo das soluções estão descritos na Tabela 1, exceto o ferro que foi
preparado e fornecido na forma quelatizada (5% Fe).
TABELA 1. Componentes utilizados como fonte de macronutrientes e micronutrientes no
preparo das soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Componentes da Solução Nutritiva
Nitrato de potássio (14% N, 44% K
2
O)
Sulfato de magnésio (10% Mg; 13% S)
Fosfato monoamônico (60% P
2
O
5
; 12% NH
4
)
Nitrato de cálcio (15% N; 34% Ca)
Cálcio alone (13% Ca)
Ácido bórico (11% B)
Sulfato de manganês (31,2 % Mn; 17,5% S)
Molibdato de sódio (39% Mo)
Sulfato de zinco (20% Zn; 11% S)
Sulfato de cobre (24,5% Cu; 12% S)
3.3. Implantação e condução do experimento
Foram construídos cinco canteiros no sentido longitudinal, com uma altura
aproximadamente de 0,15 m acima do nível do terreno e sobre os mesmos foram colocadas
telhas de amianto com a finalidade de suporte aos vasos. A semeadura foi realizada em
08/10/2003 diretamente nos vasos (13L) contendo substrato granulado de fibra de coco. Os
vasos foram pintados de branco e o substrato coberto com plástico branco para reduzir a
evaporação e evitar a incidência direta dos raios solares. Sobre as telhas, os vasos foram
dispostos em fileiras no espaçamento de 1,20 m entre fileiras e 0,50 m entre vasos, e
22
perfurados na base para assegurar a livre drenagem dos volumes da irrigação excedente a
capacidade de retenção de água do substrato.
As plantas foram conduzidas verticalmente com uma haste, por meio de fitas plásticas.
Os ramos secundários basais de até aproximadamente 20 cm de altura foram eliminados. Nos
ramos seguintes, deixou-se apenas o melhor fruto por ramo, sendo realizado posteriormente o
desbaste deixando até três frutos por planta. Foi realizada a poda apical do ramo principal,
com a finalidade de interromper seu crescimento e estimular o desenvolvimento dos frutos. O
controle fitossanitário foi feito com base em recomendações técnicas, por meio de aplicações
preventivas e de controle, com defensivos químicos a cada sete dias em média e sempre que
necessário. A polinização foi natural, através de abelhas e a colheita dos frutos teve início no
dia 15/12/2003 e terminou no dia 08/01/2004. Os frutos foram colhidos quando apresentavam
coloração característica do híbrido ou quando apresentavam pouca resistência na região
peduncular, sendo em seguida pesados.
3.4. Manejo da Fertirrigação
Após a semeadura foram realizadas regas diárias durante quinze dias e após este
período teve início a fertirrigação que se estendeu até o final do ciclo da cultura. A freqüência
da aplicação era de quatro vezes ao dia nos seguintes horários: 8:00, 11:00, 14:00 e 16:00
horas e a quantidade da solução foi determinada diariamente em função do fator climático e
das etapas fenológicas das plantas, tomando-se o cuidado de aplicar, um volume que induzisse
uma drenagem dos vasos. O volume de solução nutritiva, excedente dos vasos, escorria pelas
telhas e se depositava em um reservatório, sendo adicionado novamente no reservatório
principal.
23
Como reservatório das soluções de nutrientes foram usados cinco tanques com
capacidade de 200 litros cada, permanecendo tampados para evitar o aquecimento e o
desenvolvimento de algas nas soluções nutritivas, e a aplicação da fertirrigação era realizada
manualmente através de recipientes graduados em mL. O volume da solução foi monitorado e
renovado sempre que necessário. Após renovar o volume dos tanques, uma amostra era
retirada e levada ao Laboratório para a realização da leitura do pH e da condutividade elétrica.
3.5. Avaliações realizadas
As avaliações realizadas no presente ensaio foram:
a) Condutividade elétrica (CE): a análise foi realizada semanalmente para diagnosticar a
concentração de sais da solução nutritiva e da solução drenada, efetuada com o auxílio do
condutivímetro digital Marconi;
b) pH: a medição realizou-se através de um peagômetro, levando em conta a acidez da
solução nutritiva;
c) Número de folhas: avaliaram-se três plantas de cada parcela, contando-se as folhas do
ramo principal, aos 17, 30 e 45 dias após a semeadura;
d) Altura das plantas: as medições de altura foram realizadas aos 17, 30 e 45 dias após a
semeadura, com o auxílio de uma trena graduada em centímetros, tomando como referência
superior o ápice do ramo principal e como referência inferior à superfície do substrato do
vaso;
e) Massa seca da planta: avaliou-se a massa seca da parte aérea (exceto frutos) de uma
planta por parcela, escolhida ao acaso no final do ciclo;
f) Diagnose foliar (macro e micronutrientes): coletou-se, durante o florescimento (40
DAP), a quinta folha (com pecíolo) a partir da ponta (RAIJ et al., 1996, 285p). As folhas
24
foram lavadas em solução com água e detergente, água de torneira e por último, água
destilada. Removido o excesso de água da lavagem por secagem ao ar, foram colocados em
saco de papel e levadas ao laboratório para secagem em estufa de circulação forcada de ar a
65 ºC, até atingir massa constante. As análises químicas para a determinação dos teores de
nutrientes presentes nas folhas, de acordo com Malavolta et al. (1997, 319p), foram feitas nos
extratos obtidos pela digestão sulfúrica (nitrogênio) e nítrico-perclórica (fósforo, potássio,
cálcio, magnésio, enxofre, cobre, ferro, manganês e zinco). A partir das análises, foram
obtidos os teores totais de macronutrientes em g.kg
-1
e de micronutrientes em mg.kg
-1
;
g) Leitura SPAD: foi realizada aos 58 dias após a semeadura, na quinta folha (a partir do
ápice) através do clorofilômetro Minolta SPAD 502;
h) Número de frutos: obtido pela contagem do número de frutos totais por área;
i) Massa média de frutos: obtido pela pesagem de todos os frutos, divididos pelo
número;
j) Produção total por área: obtida através da massa de todos os frutos colhidos em cada
parcela;
k) Espessura da polpa: obtida com o auxílio do paquímetro através da polpa dos frutos
cortados longitudinalmente;
l) Teor de sólidos solúveis totais (SST): determinada transferindo-se uma gota do suco da
fruta para o prisma do refratômetro de ‘Abbe Carl Zeiss’ efetuando-se a seguir a leitura. Tal
leitura foi corrigida pela tabela de conversão à temperatura de 20ºC e expresso em ºBrix.
3.6. Delineamento experimental e análise estatística
Foi adotado o delineamento em blocos ao acaso, com 3 repetições por concentração e
análise de variância para grupo de experimentos, modelo fixo, como apresentado na Tabela 2.
25
Cada parcela foi composta por 3 vasos (plantas), perfazendo um total de 180 vasos no grupo
de experimentos.
Após a avaliação, os dados foram submetidos ao programa estatístico “Sanest”, teste
de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, para comparação das médias entre híbridos e
regressão polinomial para concentrações das soluções nutritivas.
TABELA 2. Esquema de análise de variância proposto para o experimento.
FONTE DE VARIACAO GL
Concentração (C)
Híbridos (H)
Interação (C) x (H)
Blocos dentro de Concentração
4
3
12
10
Resíduo 30
Total 59
26
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O ciclo total da planta foi de 93 dias, inferior aos resultados de Maruyama (1999,
p.175-78) que relatou para o melão rendilhado um ciclo em torno de 105 a 115 dias. A
colheita de frutos teve inicio aos 68 dias após a semeadura e se estendeu por quatro semanas.
As temperaturas ocorridas, no interior do ambiente protegido, durante a realização do
ensaio estão apresentadas na Figura 1. Os valores da temperatura mínima, média e máxima do
ar foram aproximadamente de 21ºC, 30ºC e 39ºC respectivamente. Verifica-se que a
temperatura média (30ºC) obtida para todo o período de 08/10 a 08/01/2004, esdentro da
faixa favorável ao cultivo do meloeiro para suas diferentes fases fenológicas (BLANCO et al.,
1997, p.77-81). Porém, quando se observa a temperatura máxima registrada durante o período
avaliado, verifica-se vários registros superiores aos valores adequados à cultura e indicados
por Brandão Filho e Vasconcellos (1998, p.161-193), o que pode ter provocado o abortamento
floral em algumas plantas, detalhe semelhante foi observado por Voltolini (2003, 37p).
27
15
20
25
30
35
40
45
50
8/10
15/10
22/10
29/10
5/11
12/11
19/11
26/11
3/12
10/12
17/12
24/12
31/12
7/1
Datas
Temperaturas médias (ºC)
FIGURA 1. Médias das temperaturas mínimas, médias e máximas nos intervalos semanais,
ocorridas no período de 08 de outubro de 2003 a 07 de janeiro de 2004.
4.1. pH e Condutividade elétrica (CE)
A quantidade de solução nutritiva fornecida às plantas no decorrer do seu ciclo pode
ser observada no Anexo 1.
A atividade hidrogeniônica (pH) das soluções nutritivas estão apresentados na Figura
2. Observou-se uma amplitude de variação dos valores dios de pH entre as concentrações
das soluções, sendo menor o pH da solução mais concentrada (1/500).
28
5,8
6
6,2
6,4
6,6
6,8
7
pH
C1
(1/500)
C2
(1/1000)
C3
(1/2000)
C4
(1/3000)
C5
(1/4000)
Concentrações das Soluções Nutritivas
FIGURA 2. Valores médios de pH das concentrações das soluções nutritivas utilizadas no
decorrer do experimento. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Os valores médios de CE das cinco soluções nutritivas e da água utilizada no decorrer
do ensaio foram: C1 (1/500) = 4,26 mS/cm; C2 (1/1000) = 2,23 mS/cm; C3 (1/2000) = 1,27
mS/cm; C4 (1/3000) = 0,82 mS/cm; C5 (1/4000) = 0,64 mS/cm e Água = 0,08 mS/cm. Os
valores médios semanais de CE da solução drenada variaram em todos os tratamentos, no
decorrer do período experimental. Isto se deve provavelmente ao aumento na concentração de
sais no substrato em função do aumento na transpiração da planta. Verifica-se, na Figura 3,
que as condutividades elétricas nas concentrações 1/500 e 1/1000 das soluções drenadas
foram em torno de 8,3 e 5,8 mS/cm respectivamente, e conforme Goto (1999, p.155-169)
esses valores situam-se muito acima do limite superior (próximo de 2,6 mS/cm) tolerado pela
planta do meloeiro. Aumento de CE também foi verificado por Porto Filho (2003, 133p) no
29
cultivo de melão, quando a salinidade do solo aumentou de 0,5 para 10 mS/cm e se irrigou
com água de 4,5 mS/cm.
O comportamento das planta com relação à salinidade pode variar de acordo com o
seu estádio de desenvolvimento, embora não esteja claro se isto é devido à suscetibilidade à
salinidade em um determinado estádio de crescimento ao longo do período em que a planta
ficou exposta ao substrato salino, ou ainda a combinações destes fatores.
0
2
4
6
8
10
12
4 5 6 7 8 9 10 11
Semanas após o plantio
CE da solução drenada
(mS/cm)
C1 (1/500) C2 (1/1000) C3 (1/2000)
C4 (1/3000) C5 (1/4000)
FIGURA 3. Evolução dos valores dios semanais de condutividade elétrica (CE) das
soluções drenadas durante o experimento, para as cinco concentrações de
soluções nutritivas (C1 a C5). Ilha Solteira (SP), 2003/04.
4.2. Número de folhas
O resumo da análise de variância, para número de folhas por planta aos 17, 30 e 45
dias após o plantio (DAP), pode ser observado na Tabela 3. Verificou-se efeito significativo
da interação híbrido x concentração, nas avaliações aos 30 e 45 DAP. Para os fatores
isoladamente verificou-se efeitos significativos para todas as avaliações de número de folhas.
30
TABELA 3. Resultado da análise de variância (Valores de Quadrado Médio) do número de
folhas de híbridos de melão rendilhado, aos 17, 30 e 45 dias após o plantio
(DAP), Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Número de Folhas/Planta
Causas de Variação G.L. (17 DAP) (30 DAP)
(45 DAP)
Concentrações (C)
Híbridos (H)
Interação (C*H)
Blocos dentro Concentrações
Resíduo
4
3
12
10
30
2,14 **
3,33 **
0,21 ns
6,93 **
1,53 *
1,17 *
17,75 **
19,33 **
5,59 **
Total
59 - - -
CV (%)
- 8,49 4,58 5,17
ns - não significativo (p>0,05); *- significativo (p<0,05); ** - significativo (p<0,01)
Houve diferenças significativas no número de folhas entre os híbridos estudados,
sendo os híbridos do tipo “Cantaloupe” (Mission e Sunrise) mais eficientes na produção de
folhas sendo equivalentes estatisticamente ao Laurent e diferindo apenas do Bônus nº2
(Tabela 4).
TABELA 4. Médias do número de folhas aos 17 dias após o plantio (DAP) em função das
concentrações das soluções nutritivas e dos híbridos de melão rendilhado, em
ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Híbridos Nº Folhas/Planta – 17 DAP
Bônus nº2
Laurent
Mission
Sunrise
6,14 ab
5,67 b
6,54 a
6,74 a
DMS (5%) 0,53
Concentrações das soluções nutritivas
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
6,58
6,75
6,17
6,17
5,67
Regressão RL
Médias de bridos seguidas de letras iguais não diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey. RL = Regressão Linear
31
Verificou-se 17 DAP que o número de folhas diminuiu linearmente com o aumento da
diluição das soluções nutritivas (Figura 4).
FIGURA 4. Número de folhas por planta aos 17 DAP de melão rendilhado em função das
concentrações das soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Aos 30 DAP, verificou-se que os híbridos apresentaram diferenças significativas para
número de folhas por planta apenas na concentração 2 (1/1000). Esses valores dios
variaram de 13,3 a 15,6 folhas para Laurent e Mission, respectivamente (Tabela 5). aos 45
DAP, observou-se que os híbridos apresentaram diferenças significativas na concentração C1,
onde os híbridos tipo “Cantaloupe” produziram maior número de folhas por planta, na C4
onde o Mission diferiu apenas do Bônus nº 2 e na C5 onde houve diferenças significativas
entre o Mission e os híbridos do tipo “Gália” (Tabela 5).
y = -0,24x + 6,988
R
2
= 0,8153
5,5
6
6,5
7
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Nº de Folhas/Planta - 17 DAP
C2
(1/1000)
C
3
(1/
2
000)
C1
(1/
5
00)
C
4
(1/3
000)
C
5
(1/
4
000)
r
2
= 0,82
32
TABELA 5. Médias do número de folhas aos 30 e 45 dias após o plantio (DAP) em função
das interações entre as soluções nutritivas e os híbridos de melão rendilhado, em
ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Número de Folhas/Planta (30 DAP)
Concentrações das soluções nutritivas
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
Regressão
Bônus nº2
13,67 a
14,00 bc
14,67 a
16,00 a
16,00 a
RL
Laurent
13,67 a
13,34 c
14,67 a
16,00 a
15,67 a
RL
Mission
14,00 a
15,67 a
15,34 a
14,67 a
16,00 a
RL
Sunrise
14,67 a
15,34 ab
15,34 a
16,00 a
15,67 a
RL
DMS (5%) para híbridos dentro de concentração = 1,53
Número de Folhas/Planta (45 DAP)
Concentrações das soluções nutritivas Bônus nº2
Laurent
Mission Sunrise
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
20,67 b
23,67 a
24,00 a
19,67 b
19,34 b
19,00 b
23,34 a
24,00 a
20,67 ab
18,333 b
23,33 a
23,00 a
23,67 a
22,67 a
23,00 a
24,67 a
24,34 a
22,33 a
21,67 ab
20,67 ab
Regressão RQ RQ RQ RL
DMS (5%) para híbridos dentro de concentração = 2,52
Médias seguidas de letras iguais nas linhas não diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey; RQ = Regressão Quadrática; RL = Regressão Linear
Analisando a Figura 5, verificou-se que o número de folhas por planta dos híbridos
Sunrise, Mission, Bônus nº2 e Laurent, aumentou linearmente com as concentrações das
soluções nutritivas. Esse fato associa-se com a resposta da planta em relação às concentrações
da solução nutritiva, ou seja, as soluções mais concentradas apresentam maior condutividade
elétrica devido à quantidade de sais solúveis que interferem nas condições físicas do substrato
ou na disponibilidade de outros nutrientes, afetando o crescimento e o desenvolvimento das
plantas indiretamente.
33
FIGURA 5. Número de folhas por planta aos 30 DAP de melão rendilhado em função dos
híbridos e das concentrações das soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Analisando a Figura 6, observou-se que o número de folhas para os híbridos Bônus
nº2, Laurent e Mission tiveram um comportamento semelhante, ou seja, se adequaram a uma
regressão quadrática e apresentaram um maior número de folhas na concentração C3. Para o
híbrido Sunrise, o número de folhas decresceu linearmente em função da diluição das
soluções nutritivas.
Laurent: y = 0,6667x + 12,667
R
2
= 0,8
Sunrise: y = 0,2667x + 14,6
R
2
= 0,7273
Mission: y = 0,3x + 14,233
R
2
= 0,3491
Bônus nº 2: y = 0,6667x + 12,867
R
2
= 0,9259
12
14
16
18
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Nº Folhas/Planta - 30 DAP
Bônus nº 2 Laurent Mission Sunrise
C2
(1/1000)
C
3
(1/
2
000
)
C
4
(1/3
000)
C
5
(1/
4
000)
C1
(1/
5
00)
r
2
= 0,9259
r
2
= 0,8
r
2
= 0,35
r
2
= 0,73
r
2
= 0,93
r
2
= 0,80
34
FIGURA 6. Número de folhas por planta aos 45 DAP de melão rendilhado em função dos
híbridos e das concentrações das soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
4.3. Altura de plantas
A altura de plantas foi influenciada significativamente pelas concentrações das
soluções nutritivas aos 17 e 45 DAP e pelos híbridos aos 17 DAP. A interação foi
significativa apenas para as avaliações realizadas aos 17 e 45 DAP (Tabela 6).
Sunrise: y = -1,0667x + 25,933
r
2
= 0,9588
Bônus nº2: y = -0,8581x
2
+ 4,4819x + 17,528
R
2
= 0,6861
Laurent: y = -1,2381x
2
+ 7,0286x + 13,6
R
2
= 0,8992
Mission: y = -0,3098x
2
+ 1,6923x + 21,864
R
2
= 0,499
10
15
20
25
30
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Nº Folhas/Planta - 45 DAP
Bonus Laurent Mission Sunrise
C2
(1/1000)
C
3
(1/
2
000
)
C
4
(1/3
000)
C
5
(1/
4
000)
C1
(1/
5
00)
R
2
= 0,49
r
2
= 0,96
R
2
= 0,68
R
2
= 0,89
35
TABELA 6. Resultado da análise de variância (Valores de Quadrado Médio) da altura de
planta de híbridos de melão rendilhado, aos 17, 30 e 45 dias após o plantio
(DAP), em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Altura de Planta (cm)
Causas de Variação G.L. (17 DAT) (30 DAT)
(45 DAT)
Concentrações (C)
Híbridos (H)
Interação (C*H)
Blocos dentro Concentrações
Resíduo
4
3
12
10
30
47,95 **
296,83 **
18,71 **
418,85 ns
841,41 **
262,42 ns
1046,36 **
54,72 ns
187,78 **
Total
59 - - -
CV (%)
- 10,07 18,07 3,57
ns - não significativo (p>0,05); *- significativo (p<0,05); ** - significativo (p<0,01)
O híbrido Sunrise apresentou maior valor de altura nas concentrações C1 e C5
diferindo estatisticamente do Bônus 2 e Laurent e também na C2, C3 e C4, diferindo dos
demais híbridos. (Tabela 7).
TABELA 7. Médias da altura de planta aos 17 dias após o plantio (DAP) em função das
interações entre as soluções nutritivas e os híbridos de melão rendilhado, em
ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Altura de Planta (cm) - 17 DAP
Concentrações das soluções nutritivas Bônus nº2 Laurent Mission Sunrise
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
18,50 b
18,50 b
23,34 b
18,00 b
15,50 b
18,67 b
17,17 b
15,67 b
10,50 c
11,00 c
25,00 a
20,50 b
19,84 b
18,34 b
19,84 ab
26,67 a
25,67 a
24,67 a
26,50 a
23,37 a
Regressão RQ RL RQ Ns
DMS (5%) para híbridos dentro de concentração = 4,47
Médias seguida de letras iguais nas linhas o diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey; RQ = Regressão Quadrática; RL = Regressão Linear
Para os híbridos Bônus nº2 e Mission, a altura de plantas apresentou resposta
quadrática em função das concentrações da solução nutritiva. Verifica-se o ponto de máxima
36
altura para Bônus nº2 entre as concentrações 2 e 3, e para Mission verifica-se entre as
concentrações 3 e 4 uma menor altura. a altura de plantas do híbrido Laurent decresceu
linearmente com a diluição das soluções nutritivas (Figura 7).
FIGURA 7. Altura de planta aos 17 DAP de melão rendilhado em função dos híbridos e das
concentrações das soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Na Tabela 8, observa-se que os híbridos do tipo Gália” proporcionaram os melhores
valores de altura de planta, sendo estatisticamente equivalentes ao Sunrise e diferindo apenas
do Mission. Não houve efeito significativo para as concentrações, embora a maior altura foi
verificada na concentração 3 (1/2000).
Bônus nº 2: y = -1,0843x
2
+ 5,8557x + 13,128
R
2
= 0,6401
Laurent: y = -2,2x + 21,2
R
2
= 0,8957
Mission: y = 0,7976x
2
- 6,0357x + 30,033
R
2
= 0,957
0
5
10
15
20
25
30
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Altura de Planta (cm) - 17 DAP
Bônus nº 2 Laurent Mission Sunrise
C2
(1/1000)
C
3
(1/
2
000
)
C
4
(1/3
000)
C
5
(1/
4
000)
C1
(1/
5
00)
r
2
= 0,8957
R
2
= 0,96
R
2
= 0,64
r
2
= 0,89
37
TABELA 8. Médias da altura de planta aos 30 dias após o plantio (DAP) em função das
soluções nutritivas e dos híbridos de melão rendilhado, em ambiente protegido.
Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Híbridos Altura de Plantas (cm) – 30 DAP
Bônus nº2
Laurent
Mission
Sunrise
107,94 a
99,90 ab
89,64 b
99,24 ab
DMS (5%) 17,82
Concentrações das soluções nutritivas
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
92,6667
93,2083
105,7083
102,9583
101,3333
Regressão ns
Médias de híbridos seguida de letras iguais não diferem entre si ao vel de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey. RL = Regressão Linear
Na Tabela 9, verifica-se que em todas as concentrações os híbridos diferiram
estatisticamente entre si.
TABELA 9. Médias da altura de planta aos 45 dias após o plantio (DAP) em função das
interações entre as soluções nutritivas e os híbridos de melão rendilhado, em
ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Altura de Planta (cm) - 45 DAP
Concentrações
das soluções nutritivas
Bônus nº2 Laurent Mission Sunrise
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
115,10 b
133,17 a
138,33 a
132,00 ab
154,00 a
119,34 b
134,50 a
139,34 a
140,34 a
145,34 ab
131,84 a
140,50 a
138,00 a
138,00 ab
133,33 c
114,67 b
120,84 b
124,34 b
129,50 b
140,00 bc
Regressão RL RL RQ RL
DMS (5%) para híbridos dentro de concentração = 10,48
Médias seguidas de letras iguais nas linhas não diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey; RQ = Regressão Quadrática; RL = Regressão Linear
Analisando a Figura 8, verifica-se que a altura de plantas para os híbridos Bônus nº2,
Laurent e Sunrise aumentou linearmente com a diluição das concentrações das soluções
38
nutritivas. o híbrido Mission se adequou a uma regressão quadrática, tendo o seu ponto de
máxima altura entre as concentrações C2 e C3
FIGURA 8. Altura de planta aos 45 DAP de melão rendilhado em função dos híbridos e das
concentrações das soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
4.4. Massa seca das plantas
Na Figura 9, pode-se observar que a maior quantidade de matéria seca dos bridos
Bônus nº2 e Laurent foi obtida na concentração 3, com valores de 64,96 e 63,40 g,
Mission: y = -1,6548x
2
+ 9,8786x + 124,7
R
2
= 0,7729
Laurent: y = 5,7501x + 118,38
r
2
= 0,8446
Bônus nº2: y = 7,6767x + 111,48
r
2
= 0,7537
Sunrise: y = 6,0167x + 107,65
r
2
= 0,9653
100
120
140
160
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Altura de Planta (cm) - 45 DAP
Bônus nº 2 Laurent Mission Sunrise
C2
(1/1000)
C
3
(1/
2
000
)
C
4
(1/3
000)
C
5
(1/
4
000)
C1
(1/
5
00)
R
2
= 0,77
r
2
= 0,75
r
2
= 0,85
r
2
= 0,96
39
respectivamente. Para os híbridos Mission e Sunrise, a maior quantidade foi obtida na
concentração 2, com valores de 49,44 e 55,58g respectivamente.
0
10
20
30
40
50
60
70
Massa seca (g)
C1
(1/500)
C2
(1/1000)
C3
(1/2000)
C4
(1/3000)
C5
(1/4000)
Concentrações da Solução Nutritiva
Bonus nº2 Laurent Mission Sunrise
FIGURA 9. Massa seca da parte aérea (exceto frutos) de plantas de melão rendilhado, no final
do ciclo em função de concentração da solução nutritiva. Ilha Solteira (SP),
2003/04.
4.5. Macronutrientes nas folhas
As quantidades de macronutrientes (g.kg
-1
) presentes nas folhas dos diferentes
híbridos de meloeiro rendilhado são apresentadas na Figura 10. De maneira geral,
verificaram-se maiores quantidades absorvidas de N e K, concordando com Kano (2002,
102p) e Brandão e Vasconcellos (1998, p.161-193), seguida do Ca, P, Mg e S em todas as
concentrações.
Os teores médios de N (45,9 g.kg
-1
) e de K (38,7 g.kg
-1
) se aproximam dos valores
encontrados por Carneiro Filho (2001) que foram de 46,1 e 40,3 g.kg
-1
, para N e K,
respectivamente. O P, Mg e S apresentaram pouca variação nos seus teores em relação às
concentrações, estando o P acima da faixa considerada adequada à cultura (EMBRAPA,
40
2004). Os teores de Ca apresentaram níveis considerados normais (20 a 70 g.kg
-1
) para a
cultura do meloeiro conforme citado por Faria (2004). Em relação às concentrações, a C1 e
C2 apresentaram teores de N, P e K superiores aos teores adequados em folhas de meloeiro
(EMBRAPA, 2004).
0
10
20
30
40
50
60
Macronutrientes (g/kg)
C1
(1/500)
C2
(1/1000)
C3
(1/2000)
C4
(1/3000)
C5
(1/4000)
Concentrações das Soluções Nutritivas
N P K Ca Mg S
FIGURA 10. Quantidade de macronutrientes presente nas folhas dos híbridos de melão
rendilhado, durante o florescimento. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
4.6. Micronutrientes nas folhas
De acordo com a Figura 11, os teores de micronutrientes das folhas apresentaram a
seguinte ordem decrescente: Fe > Mn > Zn > Cu em todos os tratamentos, ordem semelhante
à encontrada por Canato et al. (2001a e 2001b, p.256). Apenas os teores de Zn e Cu, em todas
as concentrações, foram superiores aos teores adequados segundo a EMBRAPA (2004).
41
Em relação às concentrações evidenciou-se reduções diretas na quantidade de
micronutrientes com o aumento da diluição das soluções nutritivas como verificado para
macronutrientes (Figura 11). Esta tendência da diminuição dos teores de Fe, Mn, Zn e Cu,
pode ser justificado pelo aumento do pH nas concentrações mais diluídas, uma vez que o
aumento no pH reduz a disponibilidade destes nutrientes (MALAVOLTA et al.,1997, 319p).
0
50
100
150
200
250
300
Micronutrientes (mg/kg)
C1
(1/500)
C2
(1/1000)
C3
(1/2000)
C4
(1/3000)
C5
(1/4000)
Concentrações das Soluções Nutritivas
Cu Fe Zn Mn
FIGURA 11. Quantidade de micronutriente presente nas folhas dos híbridos de melão
rendilhado, durante o florescimento. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
4.7. Leitura SPAD
Pela análise de variância da Tabela 10, verifica-se que as leituras SPAD foram
influenciadas significativamente pelos fatores concentrações e híbridos.
42
TABELA 10. Resultado da análise de variância (Valores de Quadrado dio) das leituras
SPAD em folhas de híbridos de melão rendilhado, em ambiente protegido.
Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Causas de Variação G.L. Leitura SPAD
Concentrações (C)
Híbridos (H)
Interação (C*H)
Blocos dentro Concentrações
Resíduo
4
3
12
10
30
330,83 **
152,44 **
35,58 ns
Total
59 -
CV (%)
- 9,91
ns - não significativo (p>0,05); *- significativo (p<0,05); ** - significativo (p<0,01)
Analisando a Tabela 11, nota-se que os híbridos apresentaram diferenças quanto à
leitura SPAD. As maiores leituras foram encontradas nos híbridos Mission (51,64) e Laurent
(49,21) diferindo estatisticamente do híbrido Sunrise (44,14).
TABELA 11. Médias das leituras SPAD das folhas em função das soluções nutritivas e dos
híbridos de melão rendilhado, em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Híbridos
Leitura SPAD
Bônus nº2
Laurent
Mission
Sunrise
47,10 ab
49,21 a
51,64 a
44,14 b
DMS (5%) 4,73
Concentrações das soluções nutritivas
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
56,82
47,81
46,78
45,74
42,91
Regressão RQ
Médias de híbridos seguidas de letras iguais não diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey. RQ = Regressão Quadrática
Pela Figura 12, verifica-se que os valores da leitura SPAD se ajustaram a uma
regressão quadrática onde os valores decresceram até entre as concentrações 4 e 5. As
soluções mais concentradas conseqüentemente mostraram um maior valor de leitura o que
43
justifica às maiores quantidades de nitrogênio, nutriente que correlaciona com o teor de
clorofila da planta.
FIGURA 12. Leitura SPAD nas folhas de plantas de melão rendilhado em função das
concentrações das soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
4.8. Número de frutos/m
2
, Massa média de fruto (g/fruto) e Produção total de
frutos (g/m
2
)
Na Tabela 12, podem-se observar os resultados das análises de variância para os
seguintes dados agronômicos: número de frutos, massa média de frutos (g/fruto) e produção
total de frutos (g/m
2
). Verifica-se que não houve efeito da interação entre os fatores
concentrações x híbridos para nenhuma das características, entretanto, foram constatados
efeitos isolados de concentrações e híbridos para algumas das características.
y = 0,881x
2
- 8,2741x + 63,143
R
2
= 0,9083
40
50
60
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Leitura SPAD
C2
(1/1000)
C
3
(1/2000)
C1
(1/500)
C
4
(1/3000)
C
5
(1/4000)
R
2
= 0,91
44
TABELA 12. Resultado da análise de variância (Valores de Quadrado Médio) do número de
frutos/m
2
, massa média de fruto (g) e produção g/m
2
em planta de híbridos de
melão rendilhado, em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Causas de Variação G.L.
Nº de
Frutos/m
2
Massa Média de
Fruto (g)
Produção
(g/m
2
)
Concentração (C)
Híbridos (H)
Interação (C*H)
Blocos dentro Concentrações
Resíduo
4
3
12
10
30
8,47 **
4,55 ns
1,89 ns
102167,16 **
70423,65 **
13395,78 ns
2685714,55 **
262995,62 ns
256279,06 ns
Total
59 - - -
CV (%)
- 26,68 15,24 20,01
ns - não significativo (p>0,05); *- significativo (p<0,05); ** - significativo (p<0,01)
Na Tabela 13, verifica-se que o número de frutos/m
2
dos bridos variando de 2,29 a
2,98, estatisticamente não diferiram ente si. Para fator concentrações observa-se que o número
de frutos/m
2
adequou-se a uma regressão quadrática. O maior número de frutos foi obtido
entre as concentrações 3 e 4 (Figura 13).
TABELA 13. Médias do número de frutos por área em função das concentrações das soluções
nutritivas e dos híbridos de melão rendilhado, em ambiente protegido. Ilha
Solteira (SP), 2003/04.
Híbridos Nº de Frutos/m
2
Bônus nº2
Laurent
Mission
Sunrise
2,75 a
2,98 a
2,34 a
2,29 a
DMS (5%) 1,24
Concentrações das soluções nutritivas
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
1,85
2,68
2,83
3,10
2,54
Regressão RQ
Médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey; RQ = Regressão Quadrática.
45
FIGURA 13. Número de frutos de melão rendilhado em função das concentrações das
soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Verifica-se que o híbrido Mission apresentou maior massa média de fruto (841,12
g/fruto). Os híbridos Sunrise (768,62 g/fruto) e Bônus nº2 (754,51 g/fruto) apresentam valores
intermediários, e Laurent (673,97 g/fruto) apresentou a menor média (Tabela 14). A massa
média de fruto dos híbridos Sunrise, Bônus nº2 e Laurent, estudados neste trabalho não são
considerados ideais para a comercialização tanto para o mercado interno quanto externo, pois
segundo Gualberto et al. (2001), frutos com pesos inferiores a 800g tem pouca aceitação.
Todavia, hoje este tamanho recebe atenção de produtores e pesquisadores, visto que a
tendência mundial é produzi-lo de menor tamanho acompanhado a redução do número de
componentes de uma família. Analisando as concentrações nutritivas, verifica-se que as
médias para a massa de fruto se ajustaram a uma equação quadrática. O ponto de maior massa
média foi obtido entre as concentrações 3 e 4 (Figura 14).
y = -0,19x
2
+ 1,32x + 0,73
R
2
= 0,9475
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Nº de Frutos/m²
C2
(1/1000)
C3
(1/2000)
C1
(1/500)
C4
(1/3000)
C5
(1/4000)
R
2
= 0,95
46
TABELA 14. dias de massa média de fruto (g/fruto) em função das soluções nutritivas e
dos híbridos de melão rendilhado, em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP),
2003/04.
Híbridos
Massa Média de Fruto
(g/fruto)
Bônus nº2
Laurent
Mission
Sunrise
754,51 ab
673,97 b
841,12 a
768,62 ab
DMS (5%) 115,07
Concentrações das soluções nutritivas
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
662,86
806,32
867,40
724,22
776,98
Regressão RQ
Médias seguida de letras iguais nas colunas não diferem entre si ao vel de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey; RQ = Regressão Quadrática.
FIGURA 14. Massa média de fruto de melão rendilhado em função das concentrações das
soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
y = -27,546x
2
+ 179,89x + 530,88
R
2
= 0,5229
500
600
700
800
900
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Massa dia Fruto (g/fruto)
C2
(1/1000)
C3
(1/2000)
C1
(1/500)
C4
(1/3000)
C5
(1/4000)
R
2
= 0,53
47
A produção (g/m
2
) dos híbridos não diferiram entre si, variando de 1756,52 a 2054,14
g/m
2
, destacando-se os híbridos Bônus nº2 e Laurent com rendimentos acima de 2012 g/m
2
,
seguida pelos híbridos Mission e Sunrise (Tabela 15). Resultados de Hartz (1997, p.117-122)
citado por Villela Júnior (2001, 116p) e Pinto et al. (1993, p.323-327) mostraram produções
superiores nos cultivos de melão rendilhado. Acredita-se que o baixo rendimento dos híbridos
no ensaio foi devido a pouca freqüência da aplicação das soluções nutritivas associada às altas
temperaturas.
Em relação ao fator concentrações das soluções nutritivas, verifica-se que as médias
se ajustaram a uma equação quadrática. As maiores médias de produção foi obtida nas
concentrações 2, 3 e 4 (Figura 15). Verifica-se também nas concentrações 2 e 3 as maiores
médias de número de folhas (45 DAP) e matéria seca, concordando com a citação de Andriolo
et al. (2003) relatando que a produtividade dos frutos de meloeiro dependem diretamente do
crescimento a área foliar, que deve preceder o crescimento dos frutos.
TABELA 15. Médias de produção (g/m²) em função das soluções nutritivas e dos híbridos de
melão rendilhado, em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Híbridos Produção (g/m
2
)
Bônus nº2
Laurent
Mission
Sunrise
2054,14 a
2012,09 a
1971,73 a
1756,52 a
DMS (5%) 387,62
Concentrações das soluções nutritivas
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
1148,37
2108,47
2358,74
2195,24
1932,29
Regressão RQ
Médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey; RQ = Regressão Quadrática.
48
FIGURA 15. Produção por área de melão rendilhado em função das concentrações das
soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
4.9. Espessura da polpa e Teor de Sólidos Solúveis Totais (ºBrix)
A análise de variância para a espessura da polpa e sólidos solúveis totais (ºBrix) foi
significativa para os fatores concentrações e híbridos para as características estudadas,
enquanto, para a interação desses fatores, apresenta significância apenas pra a característica
espessura da polpa (Tabela 16).
y = -204,28x
2
+ 1391,1x + 22,303
R
2
= 0,9584
500
1500
2500
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Produção g/m²
C2
(1/1000)
C
3
(1/2000)
C1
(1/500)
C
4
(1/3000)
C
5
(1/4000)
R
2
= 0,96
49
TABELA 16. Resultado da análise de variância (Valores de Quadrado Médio) da espessura da
polpa e do teor de sólidos solúveis totais (ºBrix) em planta de híbridos de
melão rendilhado, em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Causas de Variação G.L. Espessura da polpa
(cm)
Sólidos Solúveis Totais
(ºBrix)
Concentrações (C)
Híbridos (H)
Interação (C*H)
Blocos dentro Concentrações
Resíduo
4
3
12
10
30
0,39 **
1,54 **
0,19 **
4,12 **
33,48 **
0,51 ns
Total 59 - -
CV (%) - 9,04 5,72
ns - não significativo (p>0,05); *- significativo (p<0,05); ** - significativo (p<0,01)
Pela Tabela 17, analisando-se os híbridos dentro dos tratamentos observa-se que os
híbridos Bônus 2 e Laurent apresentaram as maiores espessuras com as concentrações 1
(1/500), 2 (1/1000), 3 (1/2000), e 4 (1/3000), 5 (1/4000), respectivamente. E analisando-se as
concentrações dentro de híbridos, verifica-se um ajuste polinomial quadrático, ou seja, as
soluções nutritivas proporcionaram uma maior espessura da polpa até um máximo obtido
aproximadamente entre as concentrações 2 e 3 para o híbrido Bônus 2 e entre as
concentrações 3 e 4 para o híbrido Sunrise e a partir destes pontos ocorreu um decréscimo
(Figura 16). Os valores médios de espessura de polpa se assemelham aos encontrados por
Carrijo et al. (2001), com valores médios de 2,98 cm para melão tipo “Gália”.
50
TABELA 17. Médias da espessura da polpa de frutos em função das interações entre as
concentrações das soluções nutritivas e os híbridos de melão rendilhado, em
ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Espessura da Polpa (cm)
Concentrações
das soluções nutritivas
Bônus
nº2
Laurent Mission Sunrise
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
2,87 a
3,03 a
3,57 a
2,63 ab
2,50 ab
2,74 a
2,94 a
3,00 b
2,97 a
2,94 a
2,37 a
2,77 ab
2,57 bc
2,24 b
2,27 b
1,77 b
2,40 b
2,37 c
2,57 ab
2,40 b
Regressão RQ ns ns RQ
DMS (5%) para híbridos dentro de concentração = 0,53
Médias seguidas de letras iguais nas linhas não diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey; RQ = Regressão Quadrática.
FIGURA 16. Espessura da polpa de frutos de melão rendilhado em função dos bridos e das
concentrações das soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Bônus nº 2: y = -0,1476x
2
+ 0,7725x + 2,2265
R
2
= 0,626
Sunrise: y = -0,0976x
2
+ 0,7291x + 1,1867
R
2
= 0,8918
1,5
1,7
1,9
2,1
2,3
2,5
2,7
2,9
3,1
3,3
3,5
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Espessura da Polpa (cm)
Bônus nº 2 Laurent Mission Sunrise
C2
(1/1000)
C
3
(1/
2
000
)
C
4
(1/3
000)
C
5
(1/
4
000)
C1
(1/
5
00)
R
2
= 0,63
R
2
= 0,89
51
Comercialmente, os híbridos Bônus nº 2, Laurent e Sunrise podem ser considerados de
excelente qualidade, pois possuem o teor de sólidos solúveis entre 12-15% (RIZZO,1999,
61p).
O híbrido Bônus nº2 foi o que apresentou o maior teor médio de sólidos solúveis totais
(14,73 ºBrix), sendo equivalente estatisticamente ao híbrido Laurent (14,45 ºBrix). Os
híbridos Sunrise (13,54 ºBrix) e Mission (11,43 ºBrix) foram os que apresentaram os menores
teores (Tabela 18). No fator concentração pode-se verificar que o teor de sólidos solúveis
totais adequou-se a uma regressão quadrática. O maior teor de sólidos solúveis totais foi
obtido na concentração 3 (Figura 17).
TABELA 18. Valores médios de sólidos solúveis totais em função das concentrações das
soluções nutritivas e dos híbridos de melão rendilhado, em ambiente protegido.
Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Híbridos Sólidos Solúveis Totais
(ºBrix)
Bônus nº2
Laurent
Mission
Sunrise
14,73 a
14,45 a
11,43 c
13,54 b
DMS (5%) 0,7691
Concentrações das soluções nutritivas
1 (1/500)
2 (1/1000)
3 (1/2000)
4 (1/3000)
5 (1/4000)
12,87
13,79
14,33
13,96
13,61
Regressão RQ
Médias de híbridos seguidas de letras iguais não diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey. RQ = Regressão Quadrática
52
FIGURA 17. Teor de sólidos solúveis Brix) de melão rendilhado em função das
concentrações das soluções nutritivas. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
4.10. Evolução semanal da colheita
Através da evolução semanal da colheita (Figura 18) constata-se que os híbridos
Sunrise e Mission (tipo “Cantaloupe”) apresentaram os maiores picos de colheita, na primeira
e segunda semana, com 59 e 63,5% de frutos colhidos, respectivamente. E os híbridos Bônus
nº2 e Laurent (tipo “Gália”) apresentam os maiores picos de colheita, na terceira e quarta
semana, com 51,8 e 52,7% de frutos colhidos, respectivamente, sendo considerados os mais
tardios. Essa diferença entre híbridos quanto à evolução na colheita está associada às
características genética de cada material (MARTINS et al., 1998, p.24-30), e o conhecimento
destas torna-se importante do ponto de vista comercial, possibilitando ao produtor o
planejamento da colheita e da oferta do seu produto.
y = -0,1821x
2
+ 1,1662x + 12,038
R
2
= 0,3779
12,5
13
13,5
14
14,5
1 2 3 4 5
Concentrações das Soluções Nutritivas
Teor de Sólidos Solúveis Totais
C2
(1/1000)
C
3
(1/2000)
C1
(1/500)
C
4
(1/3000)
C
5
(1/4000)
R
2
= 0,38
53
0
10
20
30
40
50
60
70
Semana 2º Semana 3º Semana Semana
Colheita
% do número de frutos
Bônus nº2 Laurent Mission Sunrise
FIGURA 18. Evolução semanal, em porcentagem, do número de frutos colhidos dos bridos
Bônus nº2, Laurent, Mission e Sunrise. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
54
5. CONCLUSÃO
Para as condições em que se realizou o presente trabalho, e após análise dos resultados
obtidos, pode-se concluir que:
a) As plantas que receberam a quantidade de macro e micronutrientes recomendado
por Furlani et al. (1999, 52p), dissolvidos em 3000 L de água, apresentaram maiores valores
médios quanto à massa média de frutos, produção total de frutos, teor de sólidos solúveis
totais e massa seca para os híbridos do tipo “Gália”;
b) Os híbridos Bônus, Laurent e Sunrise apresentaram os maiores teores de sólidos
solúveis totais, sendo comercialmente considerados de excelente qualidade;
c) Os híbridos tipo “Gália”, considerados tardios em relação aos híbridos do tipo
“Cantaloupe”, apresentou maiores produções além de apresentarem melhores características
de qualidade de frutos.
55
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R.E. Melão: Pós-colheita. Brasília: EMBRAPA, Comunicação para Transferência
de Tecnologia, 2000. 43p. (Frutas do Brasil, 10).
ANDRIOLO, J.L.; LANZANOVA, M.E.; WITTER, M. Produtividade de frutos de meloeiro
cultivado em substrato com três soluções nutritivas. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 21,
n.3, p. 478-481, 2003.
ARAÚJO, J. P. Cultura do melão. Petrolina: EMBRAPA, CPATSA, 40p, 1980.
ARGENTA, G.; SILVA, P.R.F.; BORTOLINI, C.G.; et al. Teor de clorofila na folha como
indicador do vel de nitrogênio na planta de milho no espigamento. In: REUNIÃO
TÉCNICA CATARINENSE: MILHO & FEIJÃO, 2, 1999, Lages, Resumos... Lages:
UDESC/EPAGRI, p.44-49, 1999.
BLANCO, M.C.S.G.; GROPPO, G.A.; TESSARIOLLI NETO, J. Melão (Cucumis melo L.).
In: GRAZIANO, J.R. (Coord). Manual técnico das culturas. 2 ed. Campinas: Editora CATI,
p.77-81, 1997.
56
BRANDÃO FILHO, A.J.U.T.; VASCONCELLOS, M.A.S. A cultura do meloeiro. In:
GOTO, R.; TIVELLIS, S.W. Produção de hortaliças em ambiente protegido: condições
subtropicais. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, p.161-193, 1998.
CANATO, G.H.D.; BARBOSA, J.C.; CECÍLIO FILHO, A.B. Concentração de macro e
micronutrientes em melão rendilhado cultivado em casa de vegetação. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 1; ENCONTRO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS,
AROMÁTICAS E CONDIMENTARES 41.; Brasília, 2001. Resumos. Brasília: Finep, p.256,
2001a.
CANATO, G.H.D.; BARBOSA, J.C.; CECÍLIO FILHO, A.B. Acúmulo de macro e
micronutrientes em melão rendilhado cultivado em casa de vegetação. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 1; ENCONTRO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS,
AROMÁTICAS E CONDIMENTARES 41.; Brasília, 2001. Resumos. Brasília: Finep, p.256,
2001b.
CARNEIRO FILHO, J. Produção e qualidade de frutos de melão cantaloupe
influenciadas pela poda e pelo tutoramento, em condições de estufa e de campo. Viçosa,
2001. 102p. Dissertação (MS) – Universidade Federal de Viçosa.
CARRIJO, O.A.; MARQUELLI, W.A.; SILVA, W.L.C; MORETTI, C.L.; SILVA, H.R.;
FARIA, E.C.D. Fontes de nitrogênio para fertirrigação do meloeiro em cultivo protegido.
Horticultura Brasileira, Brasília, v.19, suplemento CD-ROM, 2001.
COELHO, E.F.; SOUSA, V.F.; SOUZA, V.A.B.; MELO, F.B. Efeitos de níveis de N e K
aplicados por gotejamento na cultura do meloeiro (Cucumis melo L.) em solo arenoso.
Ciência Agrotécnica., Lavras, v.25, p.23-30, 2001.
COSTA, C.C. Concentração de potássio na solução nutritiva e número de frutos por
planta sobre a produção e qualidade dos frutos do meloeiro. Jaboticabal, 2002. 50p.
Dissertação (Mestrado em Agronomia, Produção Vegetal) – Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias, Universidade Estadual Paulista.
57
COSTA, C.C.; CECÍLIO FILHO, A.B.; CAVARIANI, R.L.; BARBOSA, J.C.;
PURQUERIO, L.F.V; SILVA, G.C. Concentração de potássio na solução nutritiva e número
de frutos por planta sobre a produção de melão rendilhado, cultivado em hidroponia.
Horticultura Brasileira, Brasília, v.20, n.2, 2002. Suplemento 2.
DIAS, N.S. Manejo da fertirrigação e controle da salinidade em solo cultivado com
melão rendilhado sob ambiente protegido. Piracicaba, 2004. 110p. Tese (Doutorado em
Agronomia, Irrigação e Drenagem) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA Embrapa. Disponível:
http://www.cnpat.embrapa.br/upds/frutas/cap2.pdf Capturado em:07/11/2004.
FACTOR, L.T.; ARAÚJO, J.A.C.; CORTEZ, G.E.P. Comportamento da cultura do meloeiro
em ambiente protegido com a utilização do filme térmico difusor de luz. Horticultura
Brasileira, v.18, n. 3, p. 201-202, 2000.
FARIA, E.C.D.; CARRIJO, O.A. Formas de aplicação de cálcio na cultura do melão
rendilhado sob cultivo protegido. Horticultura Brasileira, Brasília, v.22, n.2, 2004.
FARIAS, J.R.B. Comportamento da cultura de melão em estufa plástica, sob diferentes
níveis de espaçamento, raleio e cobertura do solo. Pelotas, 1988. 80p. Dissertação
(Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal de Pelotas.
FRUTISÉRIES. Disponível: http://www.seagri.ce.gov.br/siga/frutiseries_2_CE_Melao.pdf
Capturado em: 14/10/2004.
FURLANI, P.R.; SILVEIRA, L.C.P.; BOLONHEZI, D.; FAQUIN, V. Cultivo Hidropônico
de plantas. Campinas: Instituto Agronômico (IAC), 1999, 52p. (Boletim Técnico, 180).
58
GOTO, W.S. Fertirrigação com produtos ultrasolúveis. In:___ FOLEGATTTI, M.V. (Coord.).
Fertirrigação: citrus, flores e hortaliças. Guaíba: Agropecuária, cap.1, p.155-169, 1999.
GUALBERTO, R.; RESENDE, F.V.; LOSASSO, P.H.L. Produtividade e qualidade de melão
rendilhado em ambiente protegido, em função do espaçamento e sistema de condução.
Horticultura Brasileira, v.19, n.3, p.373-376, 2001.
HERNANDEZ, F.B.T.; LEMOS FILHO, M.A.F.; BUZETTI, S. Software HIDRISA e o
balanço hídrico de Ilha Solteira. Ilha Solteira, UNESP / FEIS / Área de Hidráulica e
Irrigação, 1995. 45p. (Série irrigação, 1).
KANO, C. Extrações de nutrientes pelo meloeiro rendilhado cultivado em ambiente
protegido com a adição de potássio e Co
2
na água de irrigação. Piracicaba, 2002. 102p.
Dissertação (Mestrado em Agronomia, Irrigação e Drenagem) - Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo.
LOPES FILHO, F. Melão no Nordeste: Importância econômica e doenças limitantes.
Agrotécnica CIBA-GEIGY, v.6, p. 4-10, 1990.
MALAVOLTA, E.; VITTI; G.C.; OLIVEIRA, S.A. Avaliação do Estado Nutricional das
Plantas. Piracicaba. Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato (Potafos), 2
ed., 319p, 1997.
MARTINS, S.R.; PEIL, R.M.; SCHWENGBER, J.E.; ASSIS, F.N.; MENDEZ, M.E.G.
Produção de melão em função dos diferentes sistemas de condução de plantas em ambiente
protegido. Horticultura Brasileira, v.16, n.1, p.24-30, 1998.
MARUYAMA, W.I. Condução de melão rendilhado sob cultivo protegido. Jaboticabal,
1999. 43p. Dissertação (Mestrado em Agronomia, Produção Vegetal) – Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista.
59
MOURA, M.C.L. Influência de duas fontes de nitrogênio e fósforo, submetidas a três
relações Ca/Mg, na produção e qualidade do melão (Cucumis melo L.) cv. Eldorado 300.
Botucatu, 1994. 50p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) Faculdade de Ciências
Agronômicas – Universidade Estadual Paulista.
PÁDUA, J.G. Cultivo protegido de melão rendilhado, em duas épocas de plantio.
Jaboticabal, 2001. 108p. Tese ( Doutorado em Agronomia) Faculdade de Ciências Agrárias
e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista.
PENTEADO, B.B.; GRASSI FILHO, H.; FERNANDES, A.L. Manejo da fertirrigação
nitrogenada e potássica associado à qualidade de frutos de melão rendilhado (Cucumis melo
reticulatus Naud). Disponível em: www.fca.unesp.br/rcl2002/titulo.htm Capturado em:
10/06/2004.
PIMENTEL, A.A.M.P. Olericultura no trópico úmido: hortaliças na Amazônia, São
Paulo: Ceres, 1985. 322p.
PINTO, J.M.; SOARES, J.M.; CHOUDRHURY, E.N.; PEREIRA, J.R. Adubação via água de
irrigação na cultura do melão. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.28, n.3, p.323-327,
1993.
PINTO, J.M.; SOARES, J.M.; COSTA, N.D. Aplicações de N e K via água de irrigação em
melão. Horticultura Brasileira, v.13, n.2, p.192-195, 1995.
PORTO FILHO, E. O rendimento e qualidade do melão em função do nível e da época de
aplicação de águas salinas. 133p, 2003. Tese (Doutorado em Recursos Naturais) – Centro de
Ciências agrárias – Universidade Federal de Campina Grande.
PURQUERIO, L.F.V.; COSTA, C.C.; COELHO, R.; CECÍLIO FILHO, A.B. Concentração
de nitrogênio na solução nutritiva e número de frutos por planta sobre a produção do
meloeiro. Horticultura Brasileira, v.20, n.2, 2002. Suplemento 2.
60
RAIJ, B. van. Fertilidade do solo e adubação. São Paulo: Agronômica Ceres, 136p, 1991.
RAIJ, B. van; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A.; FURLANI, A.M.C. Recomendações
de adubação e calagem para o Estado de São Paulo, 2.ed. Campinas: IAC, 1996. 285p.
(Boletim Técnico, 100).
RIZZO, A.A.N. Avaliação de caracteres agronômicos e qualitativos de cinco cultivares de
melão rendilhado (Cucumis melo var. reticulatus Naud.) e da heterose em seus híbridos
F1. Jaboticabal, 1999. 61p. Dissertação (Mestrado em Agronomia, Produção Vegetal)
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista.
SGANZERLA, E. Nova agricultura: fascinante arte de cultivar com os plásticos. Porto
Alegre: Petroquímica Triunfo, 1990. 303p.
SILVA, H.R.; COSTA, N.D. Melão: Produção. EMBRAPA, Comunicação para
Transferência de Tecnologia, 2003. 144p.
SOARES, A. J.; BRITO, L.T.L.; COSTA, N.D.; MACIEL, J.L.; FARIA, C.M.B. Efeito de
três lâminas de irrigação e de quatro doses de potássio via fertirrigação no meloeiro em
ambiente protegido. Piracicaba, 2001. 65p. Dissertação (Mestrado em Agronomia, Irrigação
e Drenagem) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo.
SOARES, J.M.; BRITO, L.T.L.; COSTA, N.D.; MACIEL, J.L.; FARIA, C.M.B. Efeito de
fertilizantes nitrogenados na produtividade de melão. Pesquisa Agropecuária Brasileira,
Brasília, v.34, n.7, p.1139-1143, jul. 1999
SOUSA, V. F.; SOUSA, A. P. Efeito da freqüência de aplicação de N e K por gotejamento na
cultura do meloeiro (Cucumis melo L.). Engenharia Agrícola, v.17, n.3, p.36-45, 1998.
VILLELA JÚNIOR, L. V. E. Cultivo hidropônico do meloeiro com a utilização de
efluente de biodigestor. Jaboticabal, 2001. 116p. Dissertação (Mestrado em Agronomia,
61
Produção Vegetal) Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual
Paulista.
VITTI, G.C.; HOLANDA, J.S.; SERQUEIRA LUZ, P.H.; HERNANDEZ, F.B.T.;
BOARETTO, A.E.; PENTEADO, S.R. Fertirrigação: condições e manejo. In: REUNIÃO
BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 21. Petrolina,
1995. Anais. Petrolina, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1995. p.195-271.
VOLTOLINI, M.V. Cultivo de híbridos de melão rendilhado com diferentes números de
frutos por planta, em ambiente protegido. Ilha Solteira, 2003. 37p. Dissertação (Mestrado
em Agronomia, Sistema de Produção) Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira,
Universidade Estadual Paulista.
62
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
2
3
/1
0/
03
28/1
0
/03
0
2/11/03
0
7/
1
1/0
3
1
2
/1
1/
03
1
7
/1
1/
03
22/1
1
/03
2
7/11/03
0
2/
1
2/0
3
0
7/
1
2/
03
1
2
/1
2/
03
17/1
2
/03
2
2/12/03
2
7/12/0
3
0
1/
0
1/
04
0
6
/0
1/
04
Datas
Solução nutritiva (mL)
ANEXO 1. Volume de solução nutritiva, parcelado em quatro vezes ao dia, aplicados em
vasos de plantas de melão rendilhado. Ilha Solteira (SP), 2003/04.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo