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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Estudo Teórico e Experimental das Ligações
Diretas Contra-Fiadas entre Paredes de Blocos de
Concreto em Escala Real e Reduzida 1:4
ENG. RODRIGO MENOSSI MAURÍCIO
Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia
de Ilha Solteira – UNESP, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em Engenharia
Civil.
ORIENTADOR: PROF. DR. JEFFERSON SIDNEY CAMACHO
ILHA SOLTEIRA – SP
2005
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“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não pensa que a tua própria
capacidade é suficiente para resolver todos os teus problemas”.
Provérbios 3:4
Dedico este trabalho:
A meus pais Carlos e Vitória,
A meu irmão Rogério e
A minha namorada Juliana
AGRADECIMENTOS
A Jesus Cristo, que é o meu amigo verdadeiro e está presente em todos os momentos da
minha vida.
Ao professor e amigo Jefferson Camacho, que nestes 4 anos de convívio, desde os tempos
de iniciação científica, mostrou ser muito mais do que um orientador, instruindo-me,
orientando nos caminhos a serem trilhados e ajudando-me a tomar decisões importantes
através de seu conhecimento, dedicação, amizade, comprometimento, paciência e
incentivos.
A meus pais, Carlos e Vitória que sempre me apoiaram e estiveram presentes, mesmo
estando distantes fisicamente.
A meu irmão Rogério, que em sua carreira de jogador de futebol, é um exemplo de
persistência na busca da excelência.
À minha namorada Juliana, que me ajudou nas correções, e, no decorrer do trabalho,
motivou-me através de suas palavras de afirmação e gestos de carinho.
Ao pesquisador e grande amigo Rodrigo Andolfato, que através de seus amplos
conhecimentos, e pela transparência comigo desde os tempos de iniciação científica,
motivou-me a um desenvolvimento intelectual e ao aprendizado de conteúdos importantes
para a produção deste trabalho, um destes foi a modelagem em elementos finitos.
Aos técnicos do laboratório, Denis, Ronaldo, Silvio, Gilson e Gilberto que contribuíram
efetivamente com suas habilidades e profissionalismo para a conclusão deste trabalho.
A meus amigos de mestrado Rodrigo Andolfato, Pedro Segundinho, Barbara Logullo, José
Eduardo Ribeiro, Rômulo Menossi, Flávio Sato, Wilson Silva, Márcio Martins, Marcela
Jodas, Tarso Cavazzana, Hamilton Kiryu, Luciano Perez e Michel Almeida.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, que foi responsável
pelo financiamento da pesquisa e pela bolsa concedida a mim.
SUMÁRIO
Lista de Figuras.................................................................................................................... i
Lista de Tabelas....................................................................................................................v
Resumo..............................................................................................................................viii
Abstract................................................................................................................................ix
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................1
1.1 Histórico da Alvenaria Estrutural..........................................................................1
1.2 Modelos Físicos Reduzidos na Alvenaria Estrutural.............................................8
1.3 O Problema..........................................................................................................11
1.4 Objetivos..............................................................................................................12
1.5 Justificativa..........................................................................................................13
1.6 Estrutura da Dissertação......................................................................................14
2 AÇÕES VERTICAIS NAS ESTRUTURAS ...........................................................16
2.1 Generalidades ......................................................................................................16
2.2 Interação entre Paredes........................................................................................17
2.3 Distribuição das Ações Verticais.........................................................................20
2.3.1 Paredes Isoladas...........................................................................................20
2.3.2 Grupos Isolados de Paredes.........................................................................22
2.3.3 Grupos de Paredes com Interação ...............................................................24
2.3.4 Modelo Tridimensional em Elementos Finitos ...........................................25
3 PRODUÇÃO E CORRELAÇÃO DAS UNIDADES..............................................26
3.1 Escala Real ..........................................................................................................26
3.2 Escala Reduzida...................................................................................................28
3.2.1 Procedimentos Para Produção dos Blocos na Escala Reduzida ..................31
3.2.2 Ensaios das Unidades ..................................................................................32
3.2.3 Ajuste do Traço Úmido ...............................................................................33
3.2.4 Definição do Traço Ótimo...........................................................................39
4 ENSAIO DAS UNIDADES.......................................................................................41
4.1 Generalidades ......................................................................................................41
4.2 Escala Real ..........................................................................................................41
4.2.1 Capeamento .................................................................................................42
4.2.2 Determinação da Resistência à Compressão Axial .....................................43
4.2.3 Determinação do Módulo de Deformação...................................................43
4.2.4 Resultados Obtidos......................................................................................45
4.3 Escala Reduzida...................................................................................................49
4.4 Correlação entre Unidades e Análise dos Resultados .........................................53
5 ENSAIO EM PRISMAS ...........................................................................................56
5.1 Generalidades ......................................................................................................56
5.2 Escala real............................................................................................................56
5.2.1 Montagem dos Prismas................................................................................57
5.2.2 Instrumentação ............................................................................................58
5.2.3 Resultados Obtidos......................................................................................59
5.3 Argamassas..........................................................................................................64
5.4 Escala Reduzida...................................................................................................65
5.4.1 Montagem dos Prismas na Escala (1:4).......................................................65
5.4.2 Instrumentação ............................................................................................66
5.4.3 Resultados Obtidos......................................................................................67
5.5 Correlação entre Prismas e Análise dos Resultados............................................71
6 ENSAIOS EM PAREDES ........................................................................................74
6.1 Generalidades ......................................................................................................74
6.2 Escala Real ..........................................................................................................74
6.2.1 Montagem das Paredes................................................................................74
6.2.2 Instrumentação ............................................................................................78
6.2.3 Resultados Obtidos......................................................................................79
6.3 Escala Reduzida...................................................................................................82
6.3.1 Montagem das Paredes na Escala 1:4..........................................................82
6.3.2 Instrumentação ............................................................................................84
6.3.3 Resultados Obtidos......................................................................................86
6.4 Correlação entre Paredes e Análise dos Resultados............................................90
7 CARACTERIZAÇÃO DA ALVENARIA ..............................................................95
7.1 Escala Real ..........................................................................................................95
7.2 Escala Reduzida...................................................................................................98
7.3 Resumo Geral ....................................................................................................100
8 ENSAIOS EM PAREDES H ..................................................................................101
8.1 Descrição dos Ensaios em Paredes H................................................................101
8.2 Escala Real ........................................................................................................103
8.2.1 Montagem das Paredes H ..........................................................................103
8.2.2 Instrumentação ..........................................................................................104
8.2.3 Resultados – Paredes H Tipo 1..................................................................107
8.2.4 Resultados - Paredes H Tipo 2 (apoiadas).................................................112
8.3 Escala Reduzida.................................................................................................117
8.3.1 Montagem das Paredes H na Escala 1:4....................................................117
8.3.2 Instrumentação ..........................................................................................118
8.3.3 Resultados Paredes H Tipo 1.....................................................................119
8.3.4 Resultados Paredes H Tipo 2 (apoiadas)...................................................121
9 ENSAIO AO CISALHAMENTO NAS UNIDADES............................................123
9.1 Escala Real ........................................................................................................123
9.2 Escala Reduzida.................................................................................................127
10 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................129
I Escala Real ............................................................................................................129
10.1 Paredes H Tipo 1 ...............................................................................................129
10.1.1 Analogia entre as Cargas de Ruptura ........................................................129
10.1.2 Deformações – Parede Central ..................................................................131
10.1.3 Deformações – Paredes Laterais (Abas)....................................................132
10.2 Paredes H Tipo 2 (apoiadas)..............................................................................135
10.2.1 Analogia entre as Cargas de Ruptura ........................................................135
10.2.2 Deformações – Parede Central ..................................................................136
10.2.3 Deformações – Paredes Laterais (Abas)....................................................141
10.2.4 1ª Simulação em Elementos Finitos ..........................................................147
10.2.5 Forma de Ruptura Apresentada.................................................................150
10.2.6 Modelo Experimental de Transferência de Cargas....................................152
10.2.7 2ª Simulação em Elementos Finitos – Análise Linear – SAP 2000 ..........155
II Escala Reduzida.....................................................................................................165
10.3 Paredes H Tipo 1 ...............................................................................................165
10.3.1 Analogia entre as Cargas de Ruptura ........................................................165
10.3.2 Deformações na Parede Central ................................................................165
10.3.3 Deformações nas Paredes Laterais (Abas) ................................................166
10.3.4 Correlação entre Escalas – Paredes H tipo 1.............................................168
10.4 Paredes H Tipo 2 (apoiadas)..............................................................................169
10.4.1 Analogia entre as Cargas de Ruptura ........................................................169
10.4.2 Deformações na Parede Central ................................................................170
10.4.3 Deformações nas Paredes Laterais (Abas) ................................................171
10.4.4 Correlação entre Escalas – Paredes H tipo 2.............................................175
11 COMENTÁRIOS FINAIS E CONCLUSÕES......................................................178
12 REFERÊNCIAS ......................................................................................................185
13 ANEXOS I................................................................................................................191
14 ANEXOS II ..............................................................................................................204
i
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Pirâmide de Queóps .........................................................................................1
Figura 1.2 – Coliseo romano. Fonte SILVA (2003)...............................................................2
Figura 1.3 – Monadnock, 2001. Fonte SILVA (2003)...........................................................3
Figura 1.4 – Conjunto habitacional “Central Parque da Lapa”.............................................4
Figura 1.5 – Foto do ensaio em um edifício em escala real. Fonte HENDRY (1998)...........6
Figura 1.6 – Foto de um ensaio de um edifício real. Fonte JAPÃO (1993)..........................7
Figura 2.1 – Espalhamento do carregamento em paredes adjacentes (CURTIN et al, 1984)
.............................................................................................................................................19
Figura 2.2 – Interação entre canto de paredes, adaptado de CORRÊA & RAMALHO
(2003)
..................................................................................................................................19
Figura 2.3 – Transferência de cargas verticais para paredes isoladas. Adaptado de
HENDRY (1981)
.................................................................................................................21
Figura 2.4 – Transferência de cargas verticais para grupo de paredes. Adaptado de
HENDRY (1981)
.................................................................................................................23
Figura 2.5 – Modelo em elementos finitos (SAP2000®)....................................................25
Figura 3.1 – Aferição de massa ...........................................................................................27
Figura 3.2 – Vibro-prensa e produção dos blocos na escala reduzida.................................28
Figura 3.3 – Produção dos blocos na escala reduzida .........................................................32
Figura 3.4 – Seqüência de capeamento dos blocos .............................................................32
Figura 3.5 – Ensaio a compressão dos blocos .....................................................................33
Figura 3.6– Relação grau de compacidade x resistência (tabela 3.7)..................................35
Figura 3.7 – Sistema de aquisição de dados........................................................................37
Figura 3.8 – Gráfico Tensão x Deformação ........................................................................38
Figura 4.1 – Seqüência do capeamento ...............................................................................43
Figura 4.2 – Colagem das cantoneiras e fixação dos relógios de milésimo e centésimo....44
Figura 4.3 – Esquema de posicionamento dos extensômetros. Fonte: ANDOLFATO (2002)
.............................................................................................................................................45
Figura 4.4 – Blocos instrumentados com extensômetros elétricos......................................45
Figura 4.5 – Preparação para ensaio – Sistema de aquisição de dados ...............................46
Figura 4.6 – Gráfico Tensão x Deformação, uso de relógios comparadores.......................47
Figura 4.7 – Gráfico Tensão x Deformação, uso de extensômetros....................................48
ii
Figura 4.8 – Gráfico comparativo Tensão x Deformação – média dos relógios e
extensômetros
......................................................................................................................48
Figura 4.9 – Modos de ruptura apresentados.......................................................................49
Figura 4.10 – Colagem de extensômetro na escala reduzida...............................................50
Figura 4.11 – Gráfico Tensão x Deformação das unidades.................................................52
Figura 4.12 – Forma de ruptura das unidades (1:4).............................................................52
Figura 4.13 – Gráfico Comparativo Tensão x Deformação.................................................54
Figura 4.14 – Gráfico Comparativo Módulos a 40%, uso de extensômetros......................55
Figura 5.1 – Esquema de montagem dos prismas ...............................................................57
Figura 5.2 - Esquema de ensaio dos prismas.......................................................................59
Figura 5.3 – Gráfico da média tensão x deformação da alvenaria, uso de relógios
comparadores
.......................................................................................................................61
Figura 5.4 – Gráfico da média tensão x deformação das unidades intermediárias, uso de
extensômetros
......................................................................................................................61
Figura 5.5 – Gráfico da média tensão x deformação, uso de relógios e extensômetros......62
Figura 5.6 – Modo de ruptura dos prismas..........................................................................63
Figura 5.7 – Gráfico Tensão x Deformação dos corpos-de-prova de argamassa................64
Figura 5.8 – Modo de ruptura da argamassa .......................................................................65
Figura 5.9 – Montagem e posicionamento dos transdutores de deslocamento (LVDT) nos
prismas
.................................................................................................................................66
Figura 5.10 – Gráfico da média tensão x deformação da alvenaria, uso de LVDT.............68
Figura 5.11 – Gráfico da média tensão x deformação da unidade intermediária, uso de
extensômetros
......................................................................................................................68
Figura 5.12 – Gráfico da média tensão x deformação, comparação relógios e
extensômetros
......................................................................................................................69
Figura 5.13 – Modo de ruptura dos prismas........................................................................70
Figura 5.14 – Gráfico Comparativo Tensão x Deformação da alvenaria (LVDT)..............72
Figura 5.15 – Gráfico Comparativo Tensão x Deformação das unidades intermediárias
(Extensômetro)
....................................................................................................................72
Figura 5.16 – Gráfico Comparativo: Módulos a 2 MPa – alvenaria (Transdutores de
Deslocamentos)
...................................................................................................................73
Figura 5.17 – Gráfico Comparativo: Módulos a 2 MPa – unidades intermediárias
(Extensômetro)
....................................................................................................................73
Figura 6.1 – Escantilhões para auxiliar na construção das paredes.....................................75
iii
Figura 6.2 – Seqüência de montagem das paredes..............................................................75
Figura 6.3 – Execução das juntas horizontais e verticais ....................................................76
Figura 6.4 – Esquema para utilização nos ensaios ..............................................................77
Figura 6.5 – Extensômetro, relógio, LVDT e sistema de aquisição de dados.....................78
Figura 6.6 – Posicionamento do relógio horizontal.............................................................78
Figura 6.7 – Gráfico Tensão x Deformação – alvenaria – (LVDT) ....................................80
Figura 6.8 Gráfico Tensão x Deformação – blocos da 3º fiada – (Extensômetros) .........80
Figura 6.9 – Média Tensão x Deformação, comparando – Extensômetros e LVDT ..........81
Figura 6.10 – Modo de ruptura das paredes ........................................................................82
Figura 6.11 – Montagem das paredes..................................................................................83
Figura 6.12 – Cura e capeamento das paredes.....................................................................84
Figura 6.13 – Esquema de posicionamento dos instrumentos de leitura.............................85
Figura 6.14 – (a) -Posicionamento de LVDT, relógios e extensômetros e .........................85
Figura 6.15 – Gráfico Tensão x Deformação da alvenaria nas paredes (LVDT)................87
Figura 6.16 – Gráfico Tensão x Deformação dos blocos nas paredes (Extensômetro).......87
Figura 6.17 – Gráfico comparativo Extensômetros e LVDT’s ...........................................88
Figura 6.18 – Modo de ruptura das paredes ........................................................................89
Figura 6.19 – Gráfico Tensão x Deformação da Alvenaria nas Paredes (LVDT)...............92
Figura 6.20 – Gráfico Tensão x Deformação dos Blocos nas Paredes (Extensômetros) ....93
Figura 6.21 – Gráfico Módulo a 1,5 MPa da Alvenaria nas Paredes (LVDT)....................94
Figura 6.22 – Gráfico Módulo a 1,5 MPa dos Blocos nas Paredes (Extensômetros)..........94
Figura 7.1 – Média Tensão x Deformação de blocos, prismas e paredes (Relógios e
LVDTs)
................................................................................................................................97
Figura 7.2 – Média Tensão x Deformação de blocos, prismas e paredes (Extensômetros) 97
Figura 7.3 – Gráfico da média Tensão x Deformação dos blocos, prismas e paredes
(Extensômetros)
...................................................................................................................99
Figura 8.1 – Tipos de paredes a serem ensaiadas..............................................................101
Figura 8.2 – Representação esquemática do ensaio em paredes H na escala real.............102
Figura 8.3 – Modulação das fiadas e dimensões dos corpos-de-prova (escala real).........103
Figura 8.4– (a) Escantilhão e (b) assentamento de blocos instrumentados.......................103
Figura 8.5 – Seqüência de montagem das paredes H ........................................................104
Figura 8.6 – Instrumentação das paredes (sem extensômetros) ........................................105
Figura 8.7 – Detalhes da calibração das unidades instrumentadas com extensômetros....105
Figura 8.8 – Numeração dos extensômetros nas paredes..................................................106
iv
Figura 8.9 – Instrumentação das paredes com extensômetros...........................................106
Figura 8.10 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de ruptura (PH1_01).........107
Figura 8.11 – Detalhe dos relógios na instrumentação da parede PH1-01 (sem
extensômetros)
...................................................................................................................108
Figura 8.12 – Gráfico Carga x Deslocamento de pontos da parede central PH1_01 ........108
Figura 8.13 – Detalhes da forma de ruptura (PH1_02) .....................................................109
Figura 8.14 – Detalhe dos relógios na instrumentação da parede PH1_02 (com
extensômetros)
...................................................................................................................109
Figura 8.15 – Gráfico Carga x Deslocamento de pontos da parede central (PH1_02)......110
Figura 8.16 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de ruptura (PH1_03).........110
Figura 8.17 – Detalhe dos relógios na instrumentação da parede PH1-03 (sem
extensômetros)
...................................................................................................................111
Figura 8.18 – Gráfico Carga x Deslocamento da parede central e aba (PH1_03).............111
Figura 8.19 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de ruptura (PH2_01).........112
Figura 8.20 – Gráfico Carga x Deslocamento da parede central.......................................113
Figura 8.21 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de ruptura (PH2_02).........114
Figura 8.22 – Gráfico Carga x Deslocamento da parede central.......................................114
Figura 8.23 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de ruptura (PH2_02).........115
Figura 8.24 – Detalhe dos relógios na instrumentação da parede PH2_03 (com
extensômetros)
...................................................................................................................115
Figura 8.25 – Gráfico Carga x Deslocamento da parede central.......................................116
Figura 8.26 – Seqüência de montagem das paredes H na escala reduzida........................117
Figura 8.27 – Instrumentação das paredes (sem extensômetros) ......................................118
Figura 8.28 – Instrumentação das paredes com extensômetros.........................................119
Figura 8.29 – Detalhe da forma de ruptura Paredes H tipo 1 – parede central não apoiada
...........................................................................................................................................120
Figura 8.30 – Detalhe da forma de ruptura Paredes H tipo 2 – apoiadas na base .............122
Figura 9.1 – Tipos de ensaio ao cisalhamento de blocos...................................................124
Figura 9.2 – Ensaio tipo A.................................................................................................125
Figura 9.3 – Ensaio tipo C.................................................................................................126
Figura 9.4 – Blocos ensaio tipo B .....................................................................................126
Figura 9.5 – Forma de ruptura dos blocos contrafiados das paredes H.............................126
Figura 9.6 – Disposição de ensaio na escala reduzida.......................................................127
Figura 9.7 – Forma de ruptura das paredes H (1:4) e ensaio ao cisalhamento na unidade128
v
Figura 10.1 – Parede central com 6 blocos contrafiados..................................................130
Figura 10.2 – Forma de ruptura parede H tipo 1 ...............................................................130
Figura 10.3 – Deformações nos extensômetros da parede central ....................................131
Figura 10.4 – Deformações nos extensômetros da parede central ....................................131
Figura 10.5 – Deformações nos extensômetros da parede central ....................................132
Figura 10.6 – Deformações nos extensômetros da parede lateral .....................................133
Figura 10.7 – Deformações nos extensômetros – parede central e abas ...........................133
Figura 10.8 – Forma de ruptura - Blocos contrafiados cisalhados....................................136
Figura 10.9 – Deformações nos extensômetros da parede central ....................................137
Figura 10.10 – Deformações nos extensômetros da parede central ..................................138
Figura 10.11 – Deformações nos extensômetros da parede central ..................................139
Figura 10.12 – Bielas de compressão com inclinação aproximada de 45º........................140
Figura 10.13 – Inclinação da biela de tensões e Área principal de transferência de cargas
...........................................................................................................................................141
Figura 10.14 – Disposição dos extensômetros na aba.......................................................141
Figura 10.15 – Deformações nos extensômetros da parede lateral (aba)..........................142
Figura 10.16 – Carga x Deformação – Gráfico comparativo – Parede central e aba........143
Figura 10.17 – Carga x Deformação – Gráfico comparativo – Parede central e aba........144
Figura 10.18 – Deformações – Gráfico comparativo – Parede central e aba....................144
Figura 10.19 – Curva tensão x deformação e equação da curva (ensaio de paredes) .......145
Figura 10.20 – Malha gerada pelo programa FEISdec......................................................148
Figura 10.21 – Direções das Tensões Principais Positivas................................................149
Figura 10.22 – Direções das Tensões Principais Negativas..............................................149
Figura 10.23 – Formação de fissuras na região da ligação................................................150
Figura 10.24 – Instante da ruptura 1..................................................................................150
Figura 10.25 – Instante da ruptura 2..................................................................................151
Figura 10.26 – Carga atuante por fiada – Regiões de transferência..................................152
Figura 10.27 – Transferência de Cargas nos Painéis.........................................................154
Figura 10.28 – Discretização 1, Elementos de Shell.........................................................156
Figura 10.29 – Discretização 2, Elementos de Shell.........................................................157
Figura 10.30 – Discretização 5, Elementos de Sólido.......................................................158
Figura 10.31 – Discretização 7, Elementos de Sólido.......................................................159
Figura 10.32 – Comparação das Deformações Experimentais e obtidas na modelagem,
Carga de 60 kN
..................................................................................................................160
vi
Figura 10.33 – Comparação de Deformações Experimentais e obtidas na modelagem,
Carga de 100 kN
................................................................................................................160
Figura 10.34 – Comparação de Deformações Experimentais e obtidas na modelagem,
Carga de 150 kN
................................................................................................................161
Figura 10.35 – Comparação SAP 6 e Experimental, Carga Atuante nas Fiadas...............162
Figura 10.36 – Extrapolações Numéricas, Carga de 150 kN.............................................163
Figura 10.37 – Deformações nos extensômetros da parede central ..................................166
Figura 10.38 – Deformações nos extensômetros da parede lateral ...................................167
Figura 10.39 – Deformações nos extensômetros – parede central e abas .........................167
Figura 10.40 – Deformações nos extensômetros – parede central e abas .........................168
Figura 10.41 – Detalhe da forma de ruptura – blocos cisalhados......................................170
Figura 10.42 – Deformação dos extensômetros na Parede Central (PH2_03) ..................171
Figura 10.43 – Deformação dos extensômetros na Aba (PH2_03)...................................172
Figura 10.44 – Deformação dos extensômetros na Parede central e Aba .........................173
Figura 10.45 – Curva tensão x deformação e equação da curva em escala reduzida........174
Figura 10.46 – Relação entre Cargas de ruptura de parede simples e painéis H...............175
Figura 10.47 – Formas de ruptura – (a) escala reduzida (b) escala real............................176
Figura 10.48 – Deformação dos extensômetros na Parede central....................................177
Figura 10.49 – Deformação dos extensômetros na Aba....................................................177
Figura 14.1 – Gráfico comparativo....................................................................................206
Figura 14.2 – Gráfico comparativo....................................................................................207
Figura 14.3 – Gráfico comparativo....................................................................................208
Figura 14.4 – Corpos-de-prova para ensaio de aderência .................................................209
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 – Composição do traço utilizado em escala real................................................26
Tabela 3.2 – Dados obtidos com o traço utilizado na obra..................................................28
Tabela 3.3 – Traço seco dos blocos na escala (1:4).............................................................29
Tabela 3.4 – Composição da areia na escala reduzida (1:4)................................................30
Tabela 3.5 – Composição do pedrisco na escala (1:4) ........................................................31
Tabela 3.6 – Determinação do traço: ensaio piloto .............................................................34
Tabela 3.7 - Determinação do traço ....................................................................................35
Tabela 3.8 – Novo traço seco testado..................................................................................36
Tabela 3.9 – Classificação final dos blocos a serem ensaiados...........................................37
Tabela 4.1 – Média dos resultados – Blocos – Escala Real ................................................46
Tabela 4.2 – Média dos resultados obtidos – Blocos – Escala Reduzida............................51
Tabela 4.3 – Média dos Resultados e Teste t de student .....................................................53
Tabela 5.1 – Média dos resultados obtidos – Prismas – Escala Real ..................................59
Tabela 5.2 – Ensaio da Argamassa industrializada seguindo o traço definido pelo
fabricante
.............................................................................................................................64
Tabela 5.3 – Média dos resultados obtidos– Prismas – Escala Reduzida ...........................67
Tabela 5.4 – Resultados obtidos para os Prismas escala real e reduzida.............................71
Tabela 6.1 – Média dos resultados obtidos – Paredes – Escala Real ..................................79
Tabela 6.2 – Média dos resultados obtidos – Paredes – Escala Reduzida...........................86
Tabela 6.3 – Resultados obtidos para as Paredes escala real e reduzida.............................90
Tabela 7.1 – Resistência, deformação, módulo e coeficiente de variação ..........................95
Tabela 7.2 – Eficiência de prismas e paredes......................................................................96
Tabela 7.3 – Resistência, deformação, módulo e coeficiente de variação ..........................98
Tabela 7.4 – Eficiência de prismas e paredes.....................................................................99
Tabela 7.5 – Resumo dos resultados obtidos.....................................................................100
Tabela 8.1 – Resultados dos ensaios em paredes tipo 1....................................................107
Tabela 8.2 – Resultados dos ensaios em paredes tipo 2 (apoiadas na base)......................112
Tabela 8.3 – Resultados dos ensaios em paredes tipo 1....................................................119
Tabela 8.4 – Resultados dos ensaios em paredes tipo 2 (apoiadas na base)......................121
Tabela 9.1 – Carga de ruptura das paredes e por bloco contrafiado..................................124
Tabela 9.2 – Ensaio ao cisalhamento em blocos ...............................................................125
Tabela 9.3 – Ensaio ao cisalhamento em blocos na escala reduzida.................................127
viii
Tabela 10.1 – Deformações nos extensômetros da parede central e abas - 1ª e 2ª fiadas .134
Tabela 10.2 – Cargas na parede central e transferência para as laterais............................146
Tabela 10.3 – Cargas na parede central e transferência para as laterais............................163
Tabela 10.3 – Cargas na parede central e transferência para as laterais............................174
Tabela 13.1– Resultados dos blocos B50 (162) ................................................................191
Tabela 13.2 – Resultados dos blocos B50 (164) ...............................................................192
Tabela 13.3 – Resultados dos blocos B40 (162) ...............................................................193
Tabela 13.4 – Resultados dos blocos B40 (164) ...............................................................194
Tabela 13.5 – Resultados dos blocos na escala real ..........................................................195
Tabela 13.6 – Resultados obtidos – Blocos – Escala Real – Deformação a 2,5 MPa.......196
Tabela 13.7 – Resultados obtidos – Blocos – Escala Real – Deformação na Ruptura......197
Tabela 13.8 – Resultados obtidos – Blocos – Escala Reduzida ........................................198
Tabela 13.9 – Resultados – Deformações a tensão de 2 MPa – Prismas – Escala Real....198
Tabela 13.10 – Resultados obtidos – Deformações na Ruptura – Prismas – Escala Real.199
Tabela 13.11 – Resultados obtidos – Deformações a tensão de 2 MPa – Prismas – Escala
Reduzida
............................................................................................................................199
Tabela 13.12 – Resultados obtidos – Deformações na Ruptura – Prismas – Escala
Reduzida
............................................................................................................................200
Tabela 13.13 – Resultados obtidos – Deformações a tensão de 1,5 MPa – Paredes – Escala
Real
....................................................................................................................................200
Tabela 13.14 – Resultados obtidos – Deformações na Ruptura – Paredes– Escala Real..201
Tabela 13.15 – Resultados obtidos – Deformações a 40% – Paredes – Escala Reduzida.201
Tabela 13.16 – Resultados obtidos – Deformações na Ruptura – Paredes– Escala Reduzida
...........................................................................................................................................202
Tabela 13.17 – Ensaio ao cisalhamento – Tipo B – Escala Real.......................................202
Tabela 13.18 – Ensaio ao cisalhamento –Escala Reduzida...............................................203
Tabela 14.1 – Quantitativo de corpos-de-prova ................................................................205
Tabela 14.2 – Ensaio à compressão axial – Prismas – Escala Reduzida...........................206
Tabela 14.3 – Ensaio à compressão axial – Prismas – Escala Real...................................207
Tabela 14.4 – Ensaio de Aderência – Escala Reduzida.....................................................208
ix
RESUMO
MAURÍCIO, R. M. (2005). Estudo teórico e experimental das ligações diretas contra-
fiadas entre paredes de blocos de concreto em escala real e reduzida 1:4. Ilha Solteira,
210p. Dissertação (Mestrado). Unesp – Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira.
O principal objetivo do trabalho foi desenvolver o estudo de ligações diretas entre paredes
de blocos de concreto em escala real e reduzida 1:4. Foram realizados ensaios de
resistência à compressão axial e medidas as deformações em blocos, prismas e paredes nas
duas escalas. Também foram montadas paredes em forma de H assentadas sobre bases de
concreto armado. Estas foram construídas de 2 formas: na primeira, chamada de PH1,
foram construídas 3 (três) unidades de modo que a parede central não possuísse apoio em
sua base, com isso, todo o carregamento aplicado foi transferido para as abas. Na segunda
forma, chamada PH2, foram montadas 3 (três) unidades, e ,nestas, a parede central ficou
apoiada em sua base, dessa maneira, observou-se os efeitos de transferência de carga entre
paredes, simulando uma estrutura real, onde geralmente todas as paredes da edificação são
apoiadas em outras paredes ou em vigas baldrames. Na confecção dos corpos-de-prova,
nas duas escalas em estudo, foi empregada uma argamassa industrializada usada
comercialmente. O carregamento foi introduzido de forma centrada, e as deformações
foram medidas através de relógios comparadores e de extensômetros elétricos. Para a
análise dos resultados foram empregados testes estatísticos, validando estatisticamente as
conclusões. Também foi empregada uma análise através de elementos finitos, simulando
os ensaios experimentais realizados, comparando-se os resultados e readequando o modelo
numérico. Os resultados obtidos permitiram uma avaliação da eficiência dos modelos
numéricos empregados e os ajustes necessários nos mesmos, o entendimento da forma de
transferência das ações verticais entre as paredes interligadas e as correlações entre as
escalas estudadas.
Palavras-chave: alvenaria estrutural, ligações, blocos, concreto, prismas, paredes, modelos
físicos reduzidos.
x
ABSTRACT
MAURÍCIO, R.M. (2005). Theoretical and experimental study of direct stretcher bond
connections between walls of concrete blocks in real and small-scale 1:4. Ilha Solteira,
210p. Dissertation (Mastering). Unesp – São Paulo State University, Ilha Solteira.
The main objective of this research was to develop a study of direct bond (stretcher bond)
connections between walls of concrete blocks in real and 1:4 small-scale. In order to know
the mechanical properties, it was accomplished shear and axial strength tests where it was
also measured the strain in blocks, prisms and walls for both scales. It was executed walls
in the “H” form supported by reinforced concrete base. These walls were done in two
different ways, the first was called PH1, (with 3 specimens) it had no support in its central
wall base, thus forcing that all the load imposed to it was transferred to the lateral walls
throughout the connections. The second kind, which was called PH2, with also 3
specimens, was entirely support in its base. This was done in order to observe the load
transference effects among walls simulating conventional structures, where all the walls
are support over other walls or foundation beams. The specimens in both scales were made
using industrialized mortar commercially used. The load was centralized imposed and
strains were measurements by electrical displacement gages and strain gages. Statistical
tests were used in the result analysis, statistically validating the conclusions. A finite
element analysis was also used attempting to simulate the accomplished experimental
tests, being this analytical model compared to the experimental results and then, by
retrofitting the numerical analysis approaching their results. The obtained results allowed:
an evaluation of the efficiency of the numeric models employed and the necessity of
retrofitting the analysis; the comprehension in the way of transference of the vertical
actions between the interlinked walls; and the correlations among the studied scales.
Key-words: structural masonry, connections, blocks, concrete, prisms, walls, reduce
physical models.
Capítulo 1- Introdução 1
1 INTRODUÇÃO
1.1 Histórico da Alvenaria Estrutural
Segundo ALMEIDA, em uma edição organizada por SÁNCHEZ (2002), a palavra
alvenaria significa, no mais claro e conciso sentido enciclopédico, o "Elemento construtivo
representado pela superposição de pedras ou outros materiais, unidos ou não por
argamassa. Conjunto que compõe paredes e muros, com finalidade estrutural ou de
vedação".
A alvenaria é uma das mais antigas formas de construção empregadas pelo homem. Desde
a Antigüidade ela tem sido utilizada largamente pelo ser humano em suas habitações,
monumentos e templos religiosos. Alguns exemplos expressivos podem ser citados, como:
as pirâmides de Guizé (Quéfren, Queóps e Miquerinos) (figura 1.1), em que foram
utilizados mais de dois milhões de blocos de pedra,
Figura 1.1 – Pirâmide de Queóps
1
1
MICROSOFT ENCARTA 2001 ENCYCLOPEDIA (2001). Microsoft Corporation
Capítulo 1- Introdução 2
o farol de Alexandria, com altura superior a 130 m,
o coliseo romano, com mais de 500m de diâmetro e 50m de altura (figura 1.2)
e as grandes catedrais góticas, construídas na idade média, com vãos significativos
e uma bela arquitetura, realizada com a utilização de arcos e abóbadas.
Figura 1.2 – Coliseo romano. Fonte SILVA (2003)
Com a evolução dos conhecimentos, estudiosos passaram a se preocupar com o
comportamento estrutural das construções, criando teorias que vieram explicar alguns
detalhes isolados, como por exemplo, a teoria de Aristóteles para arcos que resistiam às
cargas gravitacionais, a teoria de Leonardo da Vinci para explicar o mecanismo interno de
ação entre os elementos de um arco e a teoria matemática de Euller que equacionou a
carga de flambagem de colunas.
Entre os séculos XIX e XX, obras de maior porte foram construídas em alvenaria, com
base em modelos racionais, servindo como exemplo clássico o edifício “Monadnock”
(figura 1.3), construído em Chicago entre 1889 e 1891, com 16 pavimentos e 65 metros de
altura, cujas paredes inferiores possuem 1.80 metros de espessura.
Capítulo 1- Introdução 3
Figura 1.3 – Monadnock, 2001. Fonte SILVA (2003)
A partir do início do século passado, com o advento do concreto e do aço, que
possibilitaram a construção de estruturas esbeltas e de grande altura com peças de
reduzidas dimensões, a utilização da alvenaria não foi tratada na forma de sistema
construtivo técnico como as construções de concreto armado. Em conseqüência, as
pesquisas e o desenvolvimento da alvenaria se estagnaram, e, neste período, a sua
utilização ficou relegada a construções de pequeno porte.
A partir da década de 50, a utilização da alvenaria ganhou novo impulso após a realização
de uma série de experimentações realizadas na Europa. Com isso, foi possível a criação de
normas para projeto e execução de obras, fazendo com que as mesmas se tornassem
competitivas com as demais técnicas existentes.
No Brasil, o sistema construtivo em alvenaria é utilizado desde que os portugueses aqui
desembarcaram, no início do século XVI. Entretanto, a alvenaria com blocos estruturais,
que pode ser encarada como um sistema construtivo mais elaborado e voltado para a
obtenção de edifícios mais econômicos e racionais, demorou muito a encontrar o seu
espaço.
Capítulo 1- Introdução 4
O estado de São Paulo foi o grande precursor da alvenaria estrutural no país, pois em 1966,
foram construídos os primeiros prédios em alvenaria armada de blocos de concreto, que
possuíam quatro pavimentos, e foram construídos no conjunto habitacional “Central
Parque da Lapa”.
Em 1968, foi fundada a Reago, primeira indústria de blocos de concreto no Brasil e, em
1972, construíram-se 4 edifícios com 12 pavimentos neste mesmo conjunto (figura 1.4),
representando um marco nacional na utilização dessa técnica.
Figura 1.4 – Conjunto habitacional “Central Parque da Lapa”
2
Em 1977, utilizando blocos sílico-calcários de 24 cm de largura, foi também construído em
São Paulo o edifício “Jardim Prudência”, considerado por FRANCO (1987) como obra
pioneira no Brasil para a alvenaria estrutural não armada.
Dessa forma, apesar de sua chegada tardia, o sistema acabou se firmando como uma
alternativa eficiente e econômica para a execução de edificações residenciais e também
industriais (RAMALHO e CORRÊA, 2003).
2
Associação Brasileira de Construção Industrializada (1990)
Capítulo 1- Introdução 5
A grande vantagem que a alvenaria estrutural apresenta é a possibilidade de incorporar
facilmente os conceitos de racionalização, produtividade e qualidade, produzindo, ainda,
construções com bom desempenho tecnológico aliado a baixos custos (ROMAN et al.,
1999).
Atualmente, no Brasil, o sistema construtivo em alvenaria tem experimentado um grande
impulso. Dentro do sistema alvenaria estrutural, a alvenaria não-armada de blocos vazados
de concreto parece ser um dos mais promissores, tanto pela economia proporcionada como
pelo número de fornecedores já existentes (RAMALHO e CORRÊA, 2003).
A redução de custo e tempo em uma obra de alvenaria estrutural torna-se efetiva devido ao
fato de que tal estrutura se baseia num sistema construtivo racionalizado, no qual os
elementos que desempenham a função estrutural são os mesmos que desempenham a
função de vedação, a alvenaria (ANDOLFATO, 2002).
Diante dessas grandes vantagens, em especial as de origem econômicas, tornaram-se cada
vez maiores os níveis de interesse por este sistema construtivo. A alvenaria estrutural
começou a ser empregada correntemente, sem uma adequada normatização do processo e
dos produtos envolvidos (MEDEIROS, 1993).
CORRÊA et al em uma publicação organizada por SÁNCHEZ (2002) dizem que ainda
hoje não se verifica para esse sistema construtivo o desenvolvimento, quanto ao projeto,
que se observa para as estruturas convencionais de concreto armado, apesar da longa
história de utilização do grande beneficio social que pode advir do desenvolvimento desse
sistema construtivo e de seu potencial de crescimento.
“O presente estágio do conhecimento da alvenaria estrutural está fundamentado, quase que
integralmente, em resultados de ensaios em unidades, prismas
3
e paredes. Os ensaios em
unidades e argamassas já não podem mais acrescentar conhecimentos significativos em
relação à alvenaria, sendo ainda admitidos por várias normas com o objetivo de se estimar
a resistência à compressão e ao cisalhamento. Os ensaios em prismas são mais adequados
3
Prisma: é um conjunto composto pela justaposição de dois ou mais blocos de concreto unidos por junta de
argamassa, destinado ao ensaio de compressão axial.
Capítulo 1- Introdução 6
do que os executados em unidades, contudo, esses elementos nem sempre conseguem
representar satisfatoriamente as paredes estruturais, dependendo do fenômeno que se
deseja reproduzir. Apesar disso, ainda são empregados no desenvolvimento de muitos
estudos. Ensaios em paredes reais, normalmente painéis de 1,20 x 2,60m, apresentam
como principais inconvenientes um custo maior, a demanda de maior tempo e utilização de
equipamentos especiais, nem sempre disponíveis nos laboratórios de pesquisas. Mesmo
esses painéis apresentam restrições quando se deseja estudar o comportamento de um
elemento estrutural mais complexo ou de um grupo de paredes resistentes”.(CAMACHO,
1995).
Considerando as limitações dos ensaios citados anteriormente e a necessidade de se
conhecer o comportamento de elementos estruturais mais complexos, alguns estudos foram
realizados em estruturas reais, em escala natural. Exemplo clássico foi um pequeno
edifício de cinco pavimentos construído por HENDRY (1998), na década de setenta, ao
lado de uma encosta rochosa na Escócia, onde foram realizados vários estudos, dos quais a
distribuição das ações verticais entre grupos de paredes, a distribuição de ações horizontais
entre as paredes de contraventamento e a simulação do efeito de explosão interna,
conforme mostra a figura 1.5.
Figura 1.5 – Foto do ensaio em um edifício em escala real. Fonte HENDRY (1998)
Outros exemplos podem ser encontrados nas pesquisas desenvolvidas pelo Building
Research Institute, Ministry of Construction, no Japão, onde se vê na figura 1.6 um
edifício de cinco pavimentos. No mesmo centro de pesquisas, através de convênios entre
Capítulo 1- Introdução 7
Japão e Estados Unidos, foram desenvolvidos outros estudos em escala natural, dentre os
quais destacam-se: dois edifícios de quatro e sete pavimentos, no período de 1979 a 1982,
com o objetivo de estudar o desempenho das paredes resistentes, e um edifício de três
pavimentos em 1988, também para avaliação do desempenho estrutural.
Figura 1.6 – Foto de um ensaio de um edifício real. Fonte JAPÃO (1993)
Desnecessário seria comentar os aspectos relacionados a custo, tempo e complexidade dos
equipamentos envolvidos na realização de programas de ensaios dessa natureza e,
onseqüentemente, da impossibilidade de sua execução em grandes quantidades, para que
is ensaios pudessem receber tratamentos estatísticos adequados.
Levando-se em consideração os custos para a realização de tal trabalho, muitos
ue um estudo bem
ndamentado da alvenaria estrutural em modelos físicos reduzidos seria uma grande
c
ta
pesquisadores dessa área ao redor do mundo foram levados a acreditar q
fu
benfeitoria ao conhecimento mais aprofundado das características físico-mecânicas de um
conjunto de paredes de alvenaria estrutural. “Um melhor entendimento do comportamento
complexo das estruturas de alvenaria é necessário para se conseguir um conceito mais
apropriado do estado limite de projeto” (ABBOUD et al., 1990).
Capítulo 1- Introdução 8
.2 Modelos Físicos Reduzidos na Alvenaria Estrutural
édio de modelos físicos reduzidos, foi feito por
m 1956. O autor trabalhou, inicialmente, com alvenaria de tijolos, reduzida a um
o estudo da alvenaria através de modelos,
oncluído que, apesar de algumas diferenças na rigidez entre
4
e protótipo
5
, eles apresentaram um comportamento bastante semelhante.
1
O conceito de usar técnicas de modelagem para estudar o comportamento da alvenaria
estrutural é relativamente novo. Conforme registro histórico, a primeira tentativa de se
estudar a alvenaria estrutural por interm
VOGT e
quarto de escala e utilizou, posteriormente, tijolos a um décimo de escala. Esse estudo teve
natureza somente exploratória, não tendo fornecido dados que permitissem a obtenção de
resultados consistentes quanto ao comportamento daquele material.
No início da década de sessenta, alguns pesquisadores da Universidade de Melbourne,
iniciaram estudos com modelos de alvenaria. Esse trabalho alcançou sucesso limitado,
devido às dificuldades encontradas para a fabricação dos tijolos em tamanho reduzido e na
execução das paredes.
Contudo, melhores resultados foram encontrados por MOHR (1970), trabalhando na escala
(1:6), utilizando técnicas melhoradas de produção e montagem da alvenaria. Nos anos 60,
teve início, na Universidade de Edimburgo,
tendo como pioneiros os trabalhos de HENDRY e MURTHY (1965), sobre paredes e
colunas de tijolos nas escalas (1:3) e (1:6). Baseados nos resultados desses estudos, os
autores concluíram que o comportamento em escala real poderia ser repetido pelo
princípio da modelagem em escala reduzida. Posteriormente, SINHA e outros (1970)
investigaram a ação de cargas horizontais em paredes de contraventamento. Esse estudo
foi conduzido em um edifício de cinco pavimentos, em escala natural e em seu modelo na
escala (1:6), tendo os autores c
modelo
É importante observar que todos os trabalhos citados anteriormente foram desenvolvidos
utilizando-se a alvenaria de tijolos cerâmicos, dando-se bem menos atenção para a
alvenaria de blocos de concreto. A primeira tentativa para modelar a alvenaria de blocos de
4
Modelo: é qualquer representação física de uma estrutura ou porção dela. O modelo é usualmente
construído em escala reduzida, e freqüentemente representa um protótipo de uma estrutura especifica.
5
Protótipo: é o elemento estrutural no qual se baseia o modelo.
Capítulo 1- Introdução 9
oncreto foi realizada pela NATIONAL BUREAU OF STANDARDS (NBS) no final de
AKER (1972) realizou, com sucesso, ensaios em paredes de tijolos
as escalas de (1:3) e (1:6), com cargas axiais e horizontais. Na mesma época, FIORATO
amplo programa de pesquisas com modelos físicos de
lvenaria estrutural de blocos de concreto, objetivando desenvolver tanto as técnicas de
ssas pesquisas incluíram programas de estudos do comportamento de prismas submetidos
ssível o estudo de modelos com esse
aterial.
c
sessenta. Cuidadosamente fabricados, os blocos de alvenaria com um quarto de escala
foram usados para modelar as estruturas de blocos de concreto. O estudo, entretanto, não
foi conclusivo.
Na década de setenta, B
n
e outros (1979) também estudaram a interação entre paredes e pórticos de concreto na
escala (1:4), tendo os resultados desses ensaios contribuído para um melhor entendimento
do mecanismo de interação entre esses elementos.
A partir de 1975, teve início um
a
fabricação dos materiais, tais como, blocos, argamassas, grautes
6
e armaduras, bem como
as técnicas de montagem da alvenaria e a busca do conhecimento das correlações entre
modelos e protótipos.
E
à compressão axial, com e sem grautes, estudos de prismas submetidos a cargas em
diferentes direções, para avaliação da resistência das juntas ao corte, estudos de resistência
à compressão de paredes armadas, estudos do comportamento dos nós lajes/paredes e
resistência à tração da alvenaria.
HARRIS e BECICA (1977) retomaram os estudos do NBS, desenvolvendo, na
Universidade de Drexel, metodologia e técnicas de trabalho com blocos vazados de
concreto na escala (1:4), concluindo que seria po
m
Na década de oitenta, HAMID e ABBOUD (1986) deram continuidade aos estudos de
modelos, trabalhando com o mesmo tipo de material usado por HARRIS e BECICA
6
Graute: elemento para preenchimento dos vazios dos blocos e canaletas de concreto para a solidarização
da armadura a esses elementos e aumento da capacidade resistente, composto de cimento, agregado miúdo,
graúdo, água e cal ou outra adição destinada a conferir trabalhabilidade e retenção de água de hidratação à
mistura.
Capítulo 1- Introdução 10
causa principal de tal fato
nha sido imperfeições na geometria dos blocos reduzidos, somadas a problemas
squisa para maior compreensão foi mais tarde iniciado na
niversidade de Drexel para melhorar a correlação entre resultados de modelo e protótipo
.
do examinar as correlações de
sistência e deformações e verificar quais os parâmetros que poderiam se mostrar afetados
elhantes entre
odelos e protótipo.
ra com blocos cerâmicos em escala reduzida e real, e, mais
(1977). Os resultados dos ensaios mostraram que o comportamento da alvenaria de blocos
de concreto, com ou sem graute, poderia ser satisfatoriamente representado por modelos
em escala (1:4). Contudo, comentam os autores que algumas variações entre respostas de
modelo e protótipo foram observadas, acreditando-se que a
te
referentes à qualidade da mão-de-obra empregada.
Um programa de pe
U
e para usar técnicas de modelagem em alvenaria armada. Nesse programa, a geometria da
unidade foi modificada para espelhar com maior precisão as características geométricas do
protótipo. Além disso, uma máquina de encruar
7
barras em escala reduzida foi
desenvolvida na Universidade de Drexel para conseguir um maior índice de similaridade
da aderência para os modelos de parede de alvenaria armada.
CALDERONI (1991) desenvolveu, na Universidade de Nápoli, um estudo em um pequeno
edifício de quatro pavimentos de alvenaria de tijolos, procurando avaliar o efeito das ações
horizontais e verticais
Um trabalho mais recente envolvendo as Universidades de Bath (Inglaterra) e Karlsruhe
(Alemanha) foi levado a efeito por EGERMANN e outros (1991), onde se procurou fazer
uma investigação sobre o comportamento de modelos reduzidos de paredes de alvenaria
com tijolos cerâmicos nas escalas (1:4) e (1:2), buscan
re
pelo fator escala. Os autores concluíram, basicamente, que a alvenaria pode ser
representada em escalas reduzidas, com relação ao modo de ruptura e resistências últimas
(campo de investigação da pesquisa), quando forem utilizados materiais sem
m
No Brasil, CAMACHO (1995) realizou, na Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo, uma pesquisa pionei
7
Encruar, deformar e outros são termos usados para descrever as deformações feitas em barras de aço,
produzindo saliências nas mesmas, para o concreto armado o encruamento pode ser realizado a quente ou a
frio, produzindo os aços classe A e B.
Capítulo 1- Introdução 11
rde, realizou ensaios em paredes “H” em escala reduzida, também em blocos cerâmicos,
av cia das ligações entre as paredes.
ecentemente, no Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural (NEPAE),
ssa nova técnica, o presente
abalho vem propor o estudo de correlações entre as escalas quando são ensaiados
nados à
istribuição vertical dos carregamentos entre as paredes do edifício. HENDRY (1998)
uitos problemas relevantes na alvenaria continuam sem respostas. A análise teórica do
ara se definir o comportamento das estruturas de alvenaria é necessário que se realizem
es arranjos estruturais, e que os mesmos tenham um tratamento
estatístico apropriado.
ruído edifícios na escala natural, em que os
esmos foram levados até a ruptura com o objetivo de avaliar, entre outros efeitos, o
comp
brasilei z que isso envolveria custos e complexidade de equipamentos não
ta
para aliação da eficiên
R
desenvolveu-se a técnica necessária para a produção de blocos estruturais de concreto em
escala reduzida (1:4), em um trabalho realizado por ANDOLFATO (2002).
De modo a contribuir com o conhecimento e aplicação de
tr
diferentes corpos-de-prova.
1.3 O Problema
Os problemas que surgem no projeto de estruturas de alvenaria podem estar relacio
d
afirma que convencionalmente esse problema é resolvido nos projetos mais por definições
arbitrárias do que por outro motivo tecnicamente embasado.
M
sistema estrutural de uma obra de alvenaria apresenta uma série de dificuldades,
considerando que se trata de um sistema estrutural de placas e chapas, composto por
materiais não homogêneos e de comportamento não linear. No processo de análise do
comportamento estrutural é de fundamental importância que a distribuição das ações entre
as paredes resistentes seja adequadamente estabelecida (CAMACHO et al., 2001).
P
ensaios em diferent
Embora em outros países já tenham const
m
ortamento estrutural da alvenaria, esse fato fica fora de cogitação da realidade
ra, uma ve
Capítulo 1- Introdução 12
dispo
duzidos se torna justificável.
.4 Objetivos
Os prin balho são:
níveis nos laboratórios nacionais. Dessa forma, proceder com um estudo em modelos
re
1
cipais objetivos deste tra
Desenvolver um estudo das ligações diretas em paredes de blocos de concreto na
escala real
Obter uma possível correlação de comportamento estrutural com a escala reduzida.
a) Produzir blocos na escala reduzida que representem o seu protótipo na escala real,
nto da alvenaria através de medições de
tensões e deformações em ensaios de prismas e paredes, feitas em escala real e
reduzida 1:4.
o final do presente trabalho, pretende-se contribuir para o melhor entendimento do
ecanismo de transferência de cargas verticais entre paredes contrafiadas, e, ao mesmo
tempo, verificar a possível correlação com a escala reduzida.
ma vez estabelecido esse comportamento, atinge-se o objetivo maior do trabalho que é
Pode-se citar como objetivos específicos:
tanto em valores de resistência à compressão quanto ao comportamento das curvas
tensões x deformações.
b) Caracterizar e estudar o comportame
A
m
U
fornecer subsídios para a análise da distribuição do carregamento vertical entre as paredes
resistentes de edifícios de alvenaria estrutural.
Capítulo 1- Introdução 13
.5 Justificativa
indo a dimensionamentos mais adequados,
, maior confiabilidade na análise estrutural e redução de custos.
tre as paredes pode resultar em níveis de carregamento significativamente
questão. Já a adoção de taxas exageradas de transferência pode
itam a melhor
preensão do mecanismo de distribuição das ações verticais entre paredes resistentes é
poucos estudos têm sido conduzidos nessa direção.
outros países esse fato seja justificado pela tradição de construir
1
No processo de análise do comportamento estrutural da alvenaria, e nas etapas
subseqüentes das verificações, é de fundamental importância que a interação entre paredes
resistentes e a devida distribuição das ações sejam adequadamente estabelecidas.
Com o conhecimento da interação entre as paredes resistentes e do melhor entendimento
da distribuição das ações verticais, podem ser obtidos modelos de cálculo mais próximos
do comportamento real da estrutura, conduz
propiciando assim
Por outro lado, o desconhecimento da taxa de interação entre as paredes pode fazer com
que projetistas e calculistas tomem decisões equivocadas, visto que a não consideração da
interação en
diferentes das paredes em
resultar em uniformizações irreais das ações. De modo geral, diferenças significativas
entre cargas teóricas e reais nas paredes podem conduzir a uma situação anti-econômica
quando os valores reais são inferiores aos teóricos, ou então, pecar contra a segurança se a
situação for oposta.
Conforme exposto acima, o desenvolvimento de estudos que perm
com
um fator de grande importância para a realização do dimensionamento estrutural da
alvenaria.
Apesar da importância do assunto,
Acredita-se que em
edifícios de alvenaria de pequena altura, em que a distribuição das ações verticais não seria
fator relevante no projeto ou no custo da obra. Porém, no Brasil, tem se verificado a
construção de edifícios relativamente altos, o que evidencia a necessidade de compreender
melhor a distribuição das ações verticais entre paredes resistentes.
Capítulo 1- Introdução 14
mbasados nessas premissas e no crescimento de investimentos aplicados nesse sistema
ento da transferência das ações verticais entre as
paredes resistentes para diferentes níveis de solicitação presentes nas estruturas usualmente
tilizadas em nosso país.
to em escala
al e reduzida. Uma vez estabelecidas as correlações de resistência e deformabilidade
capítulo 2 está direcionado à análise das distribuições de ações verticais entre paredes de
o capítulo 3, são descritos os procedimentos para produção dos modelos reduzidos e os
ise dos resultados entre escalas.
geral das correlações entre escalas.
E
racional, é imprescindível o conhecim
u
Os resultados obtidos nesta pesquisa serão de grande importância para o melhor
entendimento do comportamento da alvenaria estrutural de blocos de concre
re
entre blocos, prismas, paredes e paredes H, em escala real e reduzida, abre-se um caminho
importante para investigações em arranjos estruturais mais complexos.
1.6 Estrutura da Dissertação
Neste capítulo, encontra-se a abordagem, de forma genérica, do caminho percorrido pela
alvenaria com seus marcos iniciais no Brasil, o histórico da modelagem física reduzida em
estruturas de alvenaria, o problema, os objetivos e a justificativa do trabalho.
O
alvenaria estrutural, com exemplos de alguns importantes trabalhos realizados acerca do
tema.
N
respectivos ajustes para se chegar à definição do traço ótimo.
Nos capítulos 4, 5 e 6 estão descritos respectivamente os ensaios em blocos, prismas e
paredes em ambas as escalas. Nesses capítulos, estão apresentados também os
procedimentos de montagem dos corpos-de-prova, instrumentação, resultados obtidos,
correlação e anál
Já o capítulo 7 é um resumo geral dos ensaios de caracterização da alvenaria, descritos nos
capítulos 4, 5 e 6. Nesse capítulo, é feita uma avaliação da eficiência e uma conclusão
Capítulo 1- Introdução 15
es diretas entre as paredes de blocos de
oncreto em ambas as escalas. No capítulo 8, estão descritos os procedimentos de
adotado
ara a reduzida.
capítulo 10 é o coração do trabalho. Nele são feitas as análises dos resultados das
aredes em formato H e suas correlações entre escalas. Nesse capítulo também são
presentadas algumas modelagens em elementos finitos, as quais foram comparadas e
orrelacionadas com os resultados experimentais.
o capítulo 11, estão expostas as conclusões e comentários finais da dissertação, assim
omo as sugestões para futuras pesquisas correlacionadas ao assunto. Por fim, no capítulo
2, apresenta-se a referência bibliográfica utilizada para a realização do trabalho.
Os capítulos 8, 9 e 10 abordam o estudo das ligaçõ
c
montagem, instrumentação, ensaios e resultados obtidos nas paredes em formato H, em
ambas as escalas. O capítulo 9 é uma complementação dos ensaios em paredes H, em que
é sugerido um modelo de ensaio ao cisalhamento para unidades da escala real e
p
O
p
a
c
N
c
1
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 16
2 AÇÕES VERTICAIS NAS ESTRUTURAS
2.1 Generalidades
Verifica-se, atualmente no Brasil, uma expressiva quantid
ade de edifícios projetados e
onstruídos em alvenaria estrutural, especialmente a não armada, dadas às vantagens
ficação, ter-se-ia
ferentes especificações de blocos estruturais, segundo a sua resistência, o que não é
dos por OLIVEIRA JR. & PINHEIRO (1994) mostraram que as paredes
sistentes, trabalhando em conjunto com as lajes, conduzem a efeitos favoráveis na
es, fazendo com que as paredes mais carregadas
jam aliviadas, e as menos solicitadas sofram um acréscimo de tensões.
Sabe-se da altura da
edificaçã ma tendência a uma
redução das resistências dos blocos a serem especificados. Por outro lado, se a suposta
c
técnicas e econômicas encontradas nesse sistema construtivo.
Levando-se em conta a distribuição das cargas atuantes em edifícios de alvenaria
estrutural, as paredes resistentes são normalmente solicitadas de forma bastante
diferenciada. Devido a esse fator, para um mesmo pavimento da edi
di
recomendável. Por isso, o que acontece comumente, é adotar a resistência dos blocos a
serem utilizados para todas as paredes do pavimento, em função da parede mais solicitada,
mas esse procedimento muitas vezes onera o custo da obra.
Estudos realiza
re
redução das resistências necessárias às unidades (blocos). Esses efeitos baseiam-se na
capacidade das lajes de redistribuir as açõ
se
que quanto maior a uniformização das cargas verticais ao longo
o, maiores os benefícios para a economia, pois haverá u
uniformização não ocorrer na prática, pode-se ter uma redução significativa da segurança
da edificação.
Segundo HENDRY (1998), três problemas analíticos surgem no projeto de estruturas de
alvenaria, os quais estão relacionados à:
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 17
a que convencionalmente esses problemas são resolvidos nos
rojetos mais por definições arbitrárias do que por outro motivo tecnicamente embasado
Segundo CORRÊA & RAMALHO (1994), através de estudos em modelagem por
lementos finitos, a distribuição das tensões entre paredes de alvenaria estrutural está
ão entre as
esmas.
pesar de alguns experimentos feitos na Escócia, conduzidos por SINHA e HENDRY
ORRÊA e PAGE (2001) descrevem que a interação das paredes resistentes, submetidas
a) distribuição vertical dos carregamentos entre as várias paredes do edifício;
b) determinação da excentricidade do carregamento nas paredes e
c) distribuição dos carregamentos horizontais nas paredes.
Este autor ainda afirm
p
e
diretamente influenciada pelo tipo de amarração realizada, e, além disso, a amarração
serve de contraventamento para as paredes, consistindo assim num dos mecanismos
essenciais no que diz respeito ao conjunto da edificação. Sendo assim, as paredes
resistentes podem apresentar diferentes distribuições de ações verticais, que se tornam
delineadas em função da forma de amarração e, conseqüentemente, da interaç
m
2.2 Interação entre Paredes
A
(1979), terem concluído que a solidariedade entre paredes ortogonais e a conseqüente
transferência de cargas verticais entre elas é extremamente pequena, da ordem de 5 a 6%,
vários pesquisadores brasileiros têm afirmado que pela importância de que se reveste o
assunto, esse comportamento deveria constar na pauta de nossas investigações.
C
às cargas verticais, ocorre por transferência de força através das interfaces comuns e
podem levar a aumentos substanciais na capacidade resistente do conjunto. Esse fenômeno
não tem sido tão amplamente estudado, especialmente se comparado com aquele das
paredes submetidas às cargas horizontais.
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 18
LIVEIRA JR. e PINHEIRO (94) recomendam a homogeneização de tensões em paredes
ue numa parede de alvenaria, quando se coloca
m carregamento localizado sobre apenas uma parte do seu comprimento, tende a haver
RAMALHO e CORRÊA (2003) ainda dizem que se esse espalhamento pode ser observado
em paredes planas, é de se supor que também possa ocorrer em cantos e bordas,
especialmente quando a amarração é realizada intercalando-se blocos numa e outra
direção, ou seja, sem a existência de juntas a prumo. Isso se dá porque um canto assim
executado guarda muita semelhança com a própria parede plana, devendo ser, portanto, o
seu comportamento também semelhante.
Segundo CURTIN et al. (1984), as paredes construídas com amarração direta
8
, permitem a
distribuição das ações verticais e laterais ao longo do comprimento e altura dos painéis de
alvenaria, e, portanto, pode-se admitir que parte das forças seja transferida paras as paredes
adjacen
O
adjacentes ao longo da altura de um edifício, chegando a demonstrar um exemplo de
cálculo onde essa distribuição de cargas é feita utilizando o comprimento de cada parede
como coeficiente de proporcionalidade. Afirmam ainda que se podem constatar patologias
em edifícios de alvenaria estrutural onde tais critérios não foram utilizados.
RAMALHO e CORRÊA (2003) dizem q
u
um espalhamento dessa carga ao longo de sua altura. A NBR 10837 (ABNT, 1989) –
Cálculo de Estruturas de Blocos Vazados de Concreto prescreve que esse espalhamento
deve-se dar segundo um ângulo de 45º.
tes, tendo um espalhamento a 45° da vertical (figura 2.1).
8
Amarração direta: é quando a amarração entre cantos e bordas é feita intercalando-se blocos numa e outra
direção.
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 19
Figura 2.1 – Espalhamento do carregamento em paredes adjacentes (CURTIN et al, 1984)
De acordo com RAMALHO e CORRÊA (2003), para que haja o espalhamento das cargas
em cantos de paredes é necessário que existam forças de interação como mostra a figura
.2. Se essas forças não estiverem presentes por um motivo qualquer, como a existência de 2
junta prumo no local, evidentemente o espalhamento não se verificará. E não ocorrendo o
espalhamento, não ocorrerá a uniformização das cargas que atuam sobre essas paredes.
Figura 2.2 – Interação entre canto de paredes, adaptado de CORRÊA & RAMALHO (2003)
arga entre a parede central e a suas
abas, comprovando assim, a existência da interação e a transferência das cargas entre
Em uma recente pesquisa desenvolvida no NEPAE, SILVA (2003) estudou o
comportamento das ligações em painéis de alvenaria de blocos cerâmicos. Esse autor
concluiu que existe uma região de transferência de c
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 20
aredes ortogonais. Nesse mesmo trabalho, verificou-se que a transferência de cargas,
esmo grupo
nterligadas).
essa forma, para que haja uma uniformização das cargas ao longo da altura de um
difício, é necessário que exista uma interação entre paredes. Uma condição que,
ossivelmente, implica nessa interação é a amarração direta entre as paredes de alvenaria.
.3 Distribuição das Ações Verticais
transferência das ações verticais entre as paredes resistentes pode ser considerada de
rmas distintas. Nos itens a seguir são descritas as formas comumente empregadas.
2
p
entre paredes contrafiadas, ocorreu para os dois tipos de ligação em estudo: a direta e a
indireta.
A experiência e os resultados de alguns estudos teóricos (CAMACHO ET AL, 2001)
apontam para o fato de que nos pavimentos inferiores dos edifícios de maior altura, as
cargas verticais tendem a se uniformizar entre as paredes pertencentes ao m
(i
D
e
p
2
A
fo
.3.1 Paredes Isoladas
Uma forma de se considerar a transferência das ações verticais é supor que cada parede
seja responsável, única e exclusivamente, pelo seu peso próprio e pelas cargas
permanentes e acidentais a ela transmitida pelas lajes que nela se apóiam, ou seja,
considera-se que não haja interação entre as paredes.
Para calcular as cargas que serão aplicadas em cada parede, pode-se fazer uso dos
procedimentos convencionais para cálculo de concreto armado, subdividindo-se as lajes
em triângulos e trapézios (figura 2.3), em cada pavimento, e cuja área estará relacionada ao
quinhão de carga a ser aplicada nas paredes correspondentes, sem considerar as ligações
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 21
xistentes entre as mesmas. Dessa forma, a carga em cada parede se torna o somatório do
ue ocorre em cada pavimento, ao longo da altura do edifício até a fundação.
esmo que as cargas das lajes não carreguem as paredes de modo uniforme, estudos
renças nas cargas
plicadas tendem a desaparecer à medida que se afastam da região de aplicação.
e
q
Figura 2.3 – Transferência de cargas verticais para paredes isoladas. Adaptado de HENDRY (1981)
Paredes Isoladas
1
2
3
Para lajes retangulares, embora seja provável, HENDRY (1981) salienta que a distribuição
das tensões não é uniforme ao longo do comprimento da parede, sendo que na verdade
estas se concentram na região central; no entanto, nos pavimentos inferiores de edifícios,
essa não uniformidade tende a diminuir, gradualmente, ao longo da altura da parede.
M
realizados através de simulações teóricas, com a utilização do método dos elementos
finitos, por CORRÊA & RAMALHO (1994), indicaram que, devido aos vínculos
promovidos pelas outras paredes, associadas entre si pelas lajes, as dife
a
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 22
2.3.2 Grupos Isolados de Paredes
Um grupo é um conjunto de paredes que são supostas totalmente solidárias. Geralmente,
os limites dos grupos são as aberturas, sejam portas ou janelas, ou o próprio final das
paredes.
Nesse procedimento, consideram-se as cargas totalmente uniformizadas em cada grupo de
paredes considerado. Isso significa que as forças de interação em canto e bordas são
consideradas suficientes para garantir um espraiamento e uma uniformização total em uma
pequena altura. Por outro lado, desconsideram-se as forças de interação nas aberturas,
limites dos grupos. Dessa forma, cada grupo definido trabalhará isolado dos demais.
Na literatura internacional, Sutherland (1969) citado por CAMACHO (1987) propunha que
as paredes resistentes fossem subdivididas em grupos de paredes (figura 2.4), tratados
c
onsiderando-se também o efeito da excentricidade da resultante em relação ao centróide
avimentos, também encontrou evidências de que, em edifícios altos, há
ma tendência das tensões se uniformizarem nos pavimentos inferiores, tanto em paredes
oladas, como em grupos de paredes interligadas.
omo elemento único, com carga correspondente à área de influência do grupo,
c
da área do grupo de paredes.
CAMACHO (1995), através de resultados teóricos, aponta para o fato de que nos
pavimentos inferiores dos edifícios de maior altura, as cargas verticais tendem a se
uniformizar entre as paredes interligadas, pertencentes ao mesmo grupo.
STOCKBRIDGE citado por HENDRY (1981) através de ensaios realizados em um
edifício de cinco p
u
is
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 23
Grupo de Paredes
Figura 2.4 – Transferência de cargas verticais para grupo de paredes. Adaptado de HENDRY (1981)
RAMALHO e CORRÊA (2003) dizem que esse é um procedimento bem aceito na
literatura internacional, pois é simples de ser implementado, é seguro, especialmente
quando as aberturas são consideradas como limite entre grupos. Além disso, é um
procedimento bastante racional quanto à economia, resultando em especificações
adequadas de blocos. É indicado para edifícios de qualquer altura, entretanto, é
ndamental que se avalie corretamente a possibilidade de realmente ocorrerem as
fu
mencionadas forças de interação em cantos e bordas, condição necessária para a sua
correta aplicação.
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 24
diferença entre esse procedimento e o citado anteriormente, explica ACCETTI (1998), é
es, funcionando o
acrogrupo como se fosse um único grupo. Caso a taxa seja igual a zero não haverá
enhuma transferência de ações, comportando-se como grupos isolados. Para valores
termediários, por exemplo, uma taxa de 20%, indica que 20% da diferença das ações dos
grupos e a ação média do macrogrupo são uni izadas entre os grupos componentes, ou
que 80% da diferenç aior que a média do
acrogrupo transmitem parte dessa diferença para grupos com ações menores que a
édia.
que o procedimento, quando bem empregado, é
seguro, e a economia é o seu grande atrativo, pois resulta em especificações de resistência
nore fícios de
ualquer altura, entretanto, é fundamental que se avalie corretamente a possibilidade de
2.3.3 Grupos de Paredes com Interação
Esse procedimento é uma extensão do anterior, com uma sofisticação adicional, no qual os
próprios grupos de paredes interagem entre si. Portanto, a diferença entre esse
procedimento e o anterior é a existência de forças de interação também sobre as aberturas.
A
que os grupos anteriormente definidos agora interagem segundo uma taxa pré-definida,
formando os macrogrupos; isso baseado no fato de que há interação de grupos quando
houver alvenaria entre a abertura e a laje.
CAPUZZO (2000) cita que a taxa de interação representa quanto da diferença de cargas
entre grupos que interagem deve ser uniformizada em cada nível. Considerar que essa taxa
seja igual a 100% significa que há a homogeneização total das açõ
m
n
in
form
a será mantida. Assim, grupos com uma ação m
m
m
RAMALHO e CORRÊA (2003) dizem
me s que os procedimentos descritos anteriormente. É indicado para edi
q
realmente ocorrerem as forças de interação, tanto em cantos e bordas como nas regiões de
aberturas. Serão essas, sem dúvida, as condições fundamentais para a sua utilização.
Capítulo 2 – Ações Verticais nas Estruturas 25
ensional em Elementos Finitos
gumas características elásticas do material alvenaria, tais como
módulo de deformação e coeficiente de Poisson.
R Ê ) e
inconvenientes: dificuldade de mont d na inter ão dos r até
m efin dos el tos qu ossam representar a alvenaria.
2.3.4 Modelo Tridim
Trata-se de modelar a estrutura discretizada com elementos de membrana ou chapa,
colocando-se os carregamentos no nível de cada pavimento (figura 2.5). Dessa forma, a
uniformização dar-se-á através da compatibilização dos deslocamentos no nível de cada nó
(RAMALHO e CORRÊA 2003).
Diferentemente dos outros modelos analíticos, o modelo tridimensional em elementos
finitos necessita de al
AMALHO e CORR A (2003 escrev m que esse
ados,
procedimento apresenta alguns
esultados, eagem dos pretaç
esmo da d ição emen e p
Figura 2.5 – Modelo em elementos finitos (SAP2000®)
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 26
3 PRODUÇÃO E CORRELAÇÃO DAS UNIDADES
reduzida e
orrelação com a escala real.
3.1 Escala Real
Os blocos na escala real com dimensões (14
x19x29 cm) foram produzidos em uma fábrica
comercial (CONCRETIC) na cidade de Nipoã – SP, localizada nas proximidades de São
José do Rio Preto – SP. O processo de fabricação foi o mesmo que a empresa utiliza para
produção de seus blocos. Tomou-se como parâmetro um traço padrão, como sendo o traço
do bloco de controle. A seguir é apresentada a tabela 3.1 com as proporções utilizadas,
bem como as massas específicas aparentes secas dos agregados e o traço equivalente a
uma parte de cimento.
Tabela 3.1 – Composição do traço utilizado em escala real
Este capítulo subdivide-se em dois itens principais: itens 3.1 e 3.2. No item 3.1, serão
descritos os materiais utilizados, o traço, a aquisição e os primeiros procedimentos para os
ensaios dos blocos na escala real. No item 3.2, serão descritos os materiais empregados,
procedimentos para produção, ensaios com os corpos-de-prova na escala
c
Materiais
Massa
unitária
(kg/L)
Volume
Utilizado
(L)
Massa
Umidade dos
materiais
Massa Real da
Mistura
Proporção por parte
(kg)
(%)
(kg)
de cimento
Cimento:
1,13 44,2 50 - 50 1,00
Areia:
1,48 216 320 7% 320 6,39
Pedrisco:
1,37 216 296 5% 296 5,92
Água:
1 1,02
14 14 - 51
Os materiais utilizados foram: - Cimento CPV - ARI (Cim tência
Inicial); - Areia nat araná extraída no porto de C o-SP; - Pedrisco de
origem basáltica extr ra de Monç
A aquisição das unidades foi feita na obra de um edifício de 4 (quatro) pavimentos de
alvenaria estrutural de blocos de concreto na cidade de Ilha Solteira – SP. O critério de
ento Portland Alta Resis
ural do Rio P astilh
aído da pedrei ões-SP.
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 27
s de uma inspeção visual de modo a não comprometer a
ostra com unidades deterioradas com possíveis trincas provindas do transporte ou falta
ala reduzida.
Dessa forma, foi escolhida uma amostra de vinte blocos para determinação da massa
específica aparente. Após uma regularização primária através da raspagem das faces dos
blocos, para re bricação, suas
assas foram aferidas e as unidades foram numeradas para ensaio (figura 3.1).
seleção foi realizado atravé
am
de controle de qualidade na produção. Depois de selecionados, foram guardados em um
galpão devidamente protegido da intervenção dos fatores climáticos.
Segundo Andolfato et al (2002), o grau de compacidade
9
influencia significativamente o
resultado de ensaios à compressão axial em blocos de concreto. Portanto, a massa de cada
unidade, que é um fator determinante do grau de compacidade, deve ser conhecida de
modo a facilitar a reprodução na esc
tirada de possíveis imperfeições provindas do processo de fa
m
Figura 3.1 – Aferição de massa
A tabela 3.2 apresenta os valores médios aferidos da massa e massa específica aparente
dos blocos a serem ensa
iados.
9
G pacidade é o term o pa sar a ma a específica te seca dos blo inda,
maior ou menor índice de vazios (ANDOLFATO, 2002).
rau de com o usad ra expres ss aparen cos, ou a
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 28
Tabela 3.2 – Dad s com locos em
A a sec bora Ma )
Massa específica
a e* (g/cm
3
)
os obtido os b escala real
mostr a em la tório ssa (g
parent
Média
9975 1,293
Desvio Padrão
134 0,02
Coef. variação
1,34% 1,34%
* Calculado em relação ao volume aparente, com as suas dimensões nominais
(14x19x29) cm
3.2 Escala Reduzida
Os blocos, na escala reduzida, foram produzidos no laboratório do Núcleo de Ensino e
Pesquisa da Alvenaria Estrutural (NEPAE), segundo traço utilizado na produção dos
blocos em escala real. Para a fabricação na escala reduzida foi utilizada uma vibro-prensa
pneumática fabricada comercialmente, e a ela foi adaptada um conjunto de forma e contra-
forma de aço, que fornecem aos blocos todas as características geométricas de seus
protótipos. A figura 3.2 apresenta a vibro-prensa que foi utilizada e a produção dos corpos-
de-prova na escala reduzida.
Figura 3.2 – Vibro-prensa e produção dos blocos na escala reduzida
Para a definição do traço a ser utilizado na produção dos blocos na escala reduzida, foram
adotados os procedimentos descritos na dissertação de mestrado de ANDOLFATO (2002).
Essas técnicas foram desenvolvidas no Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria
Estrutural – NEPAE, mesmo local onde foi realizada a pesquisa do trabalho apresentado.
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 29
A procedência dos de Andolfato é a
mesma dos que serão utilizados p fo
caracterização dos ma l p i s i od dos
os blocos em e a
O traço seco (cimento, areia e pedrisco) utilizado na fabricação dos blocos na escala
reduzida fo proporções
ncontradas.
blocos utilizados no desenvolvimento da dissertação
ara o presente trabal Deho.
mento
ssa
descr
rma, com base na
tos, fo
teriais
eduzid
rea
.
izados e nos roced ram pr uzi
scala r
i o mesmo aplicado na escala real. A tabela 3.3 mostra as
e
Tabela 3.3 – Traço seco dos blocos na escala (1:4)
Materiais
Massa
unitária
(kg/L)
Volume
Utilizado
(L)
Massa
(kg)
Umidade dos
materiais
(%)
Massa Real da
Mistura
(kg)
Proporção por parte
de cimento
Cimento:
1,13 0,062 0,0700 - 0,070 1,
00
Areia:
1,48 0,302 0,4476 0% 0,448 6,39
Pedrisco:
1,37 0,302 0,4143 0% 0,414 5,92
Água:
1 0,072 0,0716 - 0,072 1,02
“A primeira condição para a semelhança física é a semelhança geométrica, mas esta não é
suficiente: um modelo não é uma simples maquete” – Prof. Fernando Lobo Carneiro.
A partir da afirmação a, é que se resolveu
utilizar o fator de escala para os ma to utilizado nos blocos.
Ou a s d o r m ala
serão reduzidas, com r u p m m iais
con do concreto. Exemplificando, quando a seção transversal tem dimensões
grandes em relação às dimensões dos grãos dos agregados, esse fator de forma têm
influência muito pequena e é diminuídas as dimensões da
seção transversal agregados, estes
passarão a exercer uma ação de perturbação no local que não será mais desprezível
Segundo HARRIS (1999), o concreto do protótipo e do modelo consiste em uma mistura
de substâncias granulares inertes mantidas juntas pelo agente cimentício. Mais
do professor Carneiro, citada no parágrafo acim
teriais constituintes do concre
seja, não pena as pro
o tamb
prieda
ém se
es ge
ão red
métric
zidas
as da
as pro
unidad
riedad
e a se
es geo
mode
étrica
lada e
s dos
esc
ater
stituintes
desconhecida, porém se forem
e não forem diminuídas as dimensões dos grãos dos
(CARNEIRO, 1996).
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 30
es pedriscos finos, pó-de-pedra),
imento, água e, possivelmente, aditivos.
u protótipo o mais fielmente possível, foi
omposta uma areia conforme as proporções em peso obtidas nos ensaios de
carac dos os dados
apresen
foi fac ua reprodução na escala reduzida. Essa é uma aproximação da areia
prove as que mais
retive
(1:4)
Porcentagem retida nas peneiras
especificamente, o concreto do protótipo é uma combinação de cimento, água e agregados
graúdos e miúdos, e possivelmente aditivos, enquanto que, normalmente, o concreto do
modelo consiste de agregados finos (e algumas vez
c
Para se fabricar um modelo que represente se
c
terização dos agregados. Na caracterização da areia, foram obti
tados na tabela 3.4. Foi ainda esquematizada uma areia de referência, cujo intuito
ilitar s
niente da fábrica, porém, utilizando valores inteiros para as quatro peneir
ram os grânulos.
Tabela 3.4 – Composição da areia na escala reduzida
Agregado
Peneira
9,50 (mm)
Peneira
4,80 (mm)
Peneira
2,38 (mm)
Peneira
1,19 (mm)
Peneira
0,59 (mm)
*Peneira
0,42 (mm)
Peneira
0,297 (mm)
Peneira
0,149 (mm)
** ra
0,105 (mm)
**Peneira
0,074 (mm)
Fundo
Penei
Areia de
referência*
- - - - 28,00 30,00 18,00 24,00 - - -
Areia na
escala (1:4)
- - - - - - - 28,00 30,00 18,00 24,00
*Areia de referência foi criada para facilitar a sua reprodução na escala reduzida
** Peneiras intermediárias. Estas não fazem parte da série normal.
Vale informar que para a produção de 700 unidades na escala reduzida, são necessários
mais de 50 dias intensos de peneiramento. Pelo fato de ser demorada a obtenção da areia
passante na peneira gerando com isso a
ento da pesquisa, a parcela de 24% de areia pertencente
ao fundo da peneira, foi substituída pelos finos provenientes do peneiramento do pó-de-
ira, pois o mesmo foi de mais rápida obtenção.
peso obtidas em estudos precedentes, para caracterização dos agregados. A tabela 3.5
apresenta a composição do pedrisco na escala (1:4), segundo o pedrisco de referência.
0,074 mm, ou seja, o fundo das peneiras, e
possibilidade de atraso no andam
pedra passante nessa mesma pene
Também para o pedrisco, com o intuito de fabricar um modelo que represente seu
protótipo o mais fielmente possível, foi composto um pedrisco conforme as proporções em
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 31
Tabela 3.5 – Composição do pedrisco na escala (1:4)
Porcentagem retida nas peneiras
Agregado
Peneira 9,50
(mm)
**Peneira
6,30 (mm)
Peneira 4,80
(mm)
Pene a 2,38
(mm)
Peneira
(mm)
a 1,19
(mm)
a 0,59
(mm)
Peneira
7 (mm)
Peneira
9 (mm)
Peneira
4 (mm)
ndo
ir
**
2,00
Peneir
Peneir
0,29
0,14
**
0,07
Fu
Pedrisco de
referência*
- - 41,00 59,00 - - - - - - -
Pedrisco na
escala (1:4)
- - - - - 41,00 59,00 - - - -
*Pedrisco de referência foi criado para facilitar a sua reprodução na escala reduzida
** Peneiras intermediárias. Estas não fazem parte da série normal.
3.2.1 Procedimentos Para Produção dos Blocos na Escala Reduzida
Definidas as composições dos agregados a serem utilizados na escala (1:4), são
apresentados a seguir, determinação de suas
aracterísticas preliminares e de execução dos ensaios.
os procedimentos para produção dos blocos,
c
Os procedimentos de produção dos blocos em escala reduzida (figura 3.3) foram
realizados, executando-se as seguintes etapas:
Definição da mistura seca
10
(semelhante à do bloco em escala real);
Definição da relação mistura seca/teor de água
11
e quantidade de mistura úmida
12
para cada
bloco;
Pesagem discriminada dos materiais em balança com precisão de 0,5g;
Mistura dos materiais secos e posteriormente a água;
Pesagem dos materiais e colocação nas formas da vibro-prensa;
Produção dos blocos e armazenamento em câmara úmida.
10
Mistura seca é o traço seco composto por cimento, areia e pedrisco.
11
Teor de água é a quantidade
12
Mistura úmida é a mistura se
de água que foi adicionada na mistura seca.
ca com o teor de água já adicionado.
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 32
Figura 3.3 – Produção dos blocos na escala reduzida
3.2.2 Ensaios das Unidades
mente 0,4%, foram então levados para o
apeamento (figura 3.4). O capeamento foi realizado com gesso e manteve-se o controle
Após a permanência dos blocos por quatorze dias na câmara úmida, estes foram retirados e
pesados até que suas massas se estabilizassem. Quando a variação de massa não
ultrapassou 0,6g, que corresponde a aproximada
c
em massa de água e gesso, sendo utilizado 12,5g de gesso e 7,5g da água para o
capeamento de cada face do bloco.
gura 3. qüência apeame oco
Para a determinação da resistên compressão dos de co foram utilizados
os procedimentos preconizados pela norma NBR-7184 (ABNT, 1992) – Blocos vazados de
concreto simples para alvenaria - Determinação da resistência à compressão. Sendo assim,
Fi 4 – Se de c nto dos bl s
cia à blocos ncreto,
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 33
para o bloco na escala (1:4), usa este trab o, a ca a velocidade
de 0,10 kN/s.
Para que o sistem ção de dados fornecesse corretamente a carga aplicada, foi
colocado, entre um atos ensa e oco, um ula de a, com capacidade
máxima de 30 ton. (figura 3.5).
do n alh rga foi introduzida à um
a de aquisi
dos pr da pr o bl a cél carg
Figura 3.5 – Ensaio a compressão dos blocos
ade dos blocos em escala real (1,29 g/cm³).
Definidos os parâmetros a essária a busca da relação
mistura seca/teor de água e ida necessária para a produção de um
bloco, de forma qu hega lta e, s e s de resistência e
grau de compacidade dos blocos na escala real.
3.2.3 Ajuste do Úmi
Conhecidos os valores de grau de compacidade e resistências a serem atingidos, de acordo
Como a resistência à compressão e deformação dos blocos em escala real eram as metas
principais a serem atingidas na fabricação dos blocos em escala reduzida, adotou-se,
inicialmente, o mesmo grau de compacid
serem alcançados, tornou-se nec
peso da mistura
sse, simu
final úm
neamente se c a eos valor stimado
Traço do
com o bloco na escala real, ajustou-se o traço úmido para produção do bloco de concreto
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 34
na escala (1:4), de forma que se chegasse a esses valores, com massa específica próxima a
1,29 g/cm³
e uma resistência média
13
de 7 MPa.
Desse modo, foram definidos os traços piloto apresentados na tabela 3.6, em que se fez
uma combinação entre mistura seca, teor de água e massa final úmida para a produção de
cada unidade, sendo conduzidas ao ensaio de compressão axial aos 28 dias de idade. Cada
valor de resistência média apresentada nesta tabela refere-se à ruptura de seis corpos-de-
prova.
Tabela 3.6 – Determinação do traço: ensaio piloto
Traço
Massa final
úmida por
bloco
(g)
Massa de
água
(g)
Massa
Específica
(g/cm
3
)
Resistência
Média
(MPa)
Tipo 1 160 72 1,233 6,10
Tipo 2 160 80 1,229 6,97
Tipo 3 160 85 1,194 5,13
Tipo 4 160 90 1,218 6,37
Tipo 5 170 95 1,249 4,46
Tipo 6 160 95 1,216 5,38
Tipo 7 168 95 1,249 4,32
Tipo 8 165 95 1,233 5,33
Tipo 9 160 100 1,229 5,67
Tipo 10 160 72 1,249 2,79
Tipo 12 165 75 1,274 4,98
Tipo 13 168 75 1,298 3,88
Tipo 14 168 82 1,285 5,29
Tipo 15 168 78 1,278 4,15
Tipo 16 168 80 1,29 4,71
Tipo 17 168 78 1,329 9,44
Estes resultados apresentaram uma significativa variação, levando à necessidade de novas
tentativas no ajuste do traço. Prosseguiram-se as tentativas, e conforme os resultados
foram se aproximando do esperado, foi possível a determinação de uma curva de grau de
compacidade
x resistência média. Através dessa curva, foi dada uma melhor visualização
a escala real foi de 7MPa e será descrita n
13
A resistência média dos blocos n o próximo capítulo.
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 35
para onde deveria ser focalizada a atenção para que se pudesse atingir o resultado
esp
Com os re os mo s, fo rificado quais os res qu is se
aprox do esperado e então produzidos blocos c a relaçã stura se or de
águ úmi nal pró a este orme m ado na a 3.7 e tindo
todo o processo de produção e ensaios.
erado.
base n sultad strado ram ve s valo e ma
imaram om o mi ca/te
a e massa da fi xima s, conf ostr tabel repe
Tabela 3.7 - Determinação do traço
Traço
Massa final
úmida por
bloco (g)
Massa de
água (g)
Massa
Específica
(g/cm
3
)
Resistência
Média
(MPa)
Tipo 18 166 85 1,282 8,33
Tipo 19 164 72 1,284 9,16
Tipo 20 160 72 1,252 6,23
Tipo 21 158 72 1,235 4,94
Ti 162 72 po 22 1,268 6,93
Com os resultados dos n 3.7 foi ível estab er uma relação entre
resistência e grau d idade, apresentada na figura 3.6.
apresenta a tabela poss elec
e compac
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
(MPa)
10,00
1,230 1,240 1,250 1,260 1,270 1,280 1,290
Grau de Compacidade (g/cc)
Resistência
Figura 3.6– Relação grau de compacidade x resistência (tabela 3.7)
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 36
Como pode ser observado nesta figura, blocos com resistência média, próxima de 7MPa
apresentaram o valor de grau de compacidade de aproximadamente 1,27 g/cm³. Para efeito
de correlação com a escala real (1,29 g/cm³), sabe-se que blocos com menor grau de
compacidade podem apresentar maior deformabilidade, desse modo foi proposto um novo
conjunto de ensaios.
Foram então produzidos mais quatro tipos de blocos com 18 unidades para cada mistura
úmida final, de modo a avaliar, além das re es x deformações,
visando a manter a correspondência desejada com a escala real.
ada traço e de cada
istura. O novo traço seco é mostrado na tabela 3.8.
sistências, as relações tensõ
As novas misturas, utilizadas na produção, foram de apenas duas combinações, uma com
164 gramas de massa úmida final e 72 gramas de água, e outra com 162 gramas de massa
úmida final e 72 gramas de água. Entretanto, foram feitos quatro tipos de blocos, pois
utilizou-se dois traços secos distintos, o adotado durante todo o trabalho e outro com uma
proporção menor de cimento, de modo a analisar a deformação de c
m
Tabela 3.8 – Novo traço seco testado
Materiais
Massa
Volume
Massa
Umidade dos
Massa Real
Proporção
Específica
(kg/L)
Utilizado
(L)
(kg)
materiais
(%)
da Mistura
(kg)
por parte de
cimento
Cimento
1,13 0,071 0,0800 - 0,08 1,00
Areia
1,48 0,346 0,51 5 0% 0,51 6,39
1
Pedrisco
1,37 0,47 5,92
0,346 0,4735 0%
Água
1 0,082 0,0819 - 0,08 1,02
72g de água de B50 (162); blocos com o novo traço e mistura de 164g de massa úmida e
72g de água de B40 (164); blocos com o novo traço e mistura de 162g de massa úmida e
72g de água de B40 (162), a tabela 3.9 a seguir mostra essa classificação.
Sendo chamados os blocos com o traço original e mistura de 164g de massa úmida e 72g
de água de B50 (164); blocos com o traço original e mistura de 162g de massa úmida e
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 37
Água
(g)
Tabela 3.9 – Classificação final dos blocos a serem ensaiados
Blocos Traço
Massa úmida
(g)
B50 (164)
Original 164 72
B50 (162)
Original 162 72
B40 (164)
Novo 164 72
B40 (162)
Novo 162 72
Mantendo-se os procedimentos de produção, secagem e preparação, os blocos foram
ensaiados aos 21 dias, sendo que, nas unidades instrumentadas, foram coletados os
resultados por meio de um sistema de aquisição de dados instalados, apresentado na figura
3.7.
Figura 3.7 – Sistema de aquisição de dados
Os blocos foram ensaiados à compressão axial, segundo a NBR 7184 (ABNT, 1992).
Também foram instalados extensômetros
14
elétricos em três blocos de cada tipo, para
medida das deformações, enquanto os demais blocos foram apenas ensaiados à
ompressão, sem registro das deformações. No próximo capítulo, serão descritos os
c
procedimentos e posicionamentos dos extensômetros nas unidades.
Os extensômetros de resistência elétrica são elementos utilizados para obtenção das deformações nos
corpos-de-prova, tendo assim a mesma finalidade dos relógios comparadores ou transdutores elétricos
(BARRETO JR., 1998).
14
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 38
x deformação para
ada tipo de bloco ensaiado e também foi comparado com o gráfico da escala real. Os
Os dados obtidos foram plotados em um gráfico, expressando tensão
c
resultados de cada unidade são mostrados na tabela 13.1, em anexo, e o gráfico na figura
3.8 a seguir.
0,00
6,00
3,00
4,00
ão (MPa)
1,00
2,00
0,000 0,001 0,002
5,00
0,003
Deformação
Tens
Média escala real
Média B40 (164)
Média B50 (164)
Média B40 (162)
Média B50 (162)
és de testes de hipóteses para o módulo de
aram valores muito discrepantes e pouco
ódulo de deformação e um comportamento muito
distante no gráfico tensão
x deformação, tornando inviáveis essas opções. Mesmo com o
Figura 3.8 – Gráfico Tensão x Deformação
De posse dos resultados encontrados em cada amostra, foram verificadas, em relação à
escala real, as confiabilidades dos valores atrav
deformação, resistência, grau de compacidade e módulo de deformação a 40% da carga de
ruptura, que se encontram nas tabelas das amostras em anexo.
Conhecidos os comportamentos de deformação e os parâmetros citados, foi definido o
bloco, em escala reduzida, que melhor representa a escala real em estudo, o bloco B50
(162).
Os blocos B40 (162) e B40 (164) apresent
confiáveis no teste de hipótese para o m
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 39
loco B40 (164) tendo apresentado resistência média de 7MPa os fatores citados foram
eterminantes para a não escolha desse bloco.
pesar da curva de deformação do bloco B50 (164) estar muito próxima à da escala real e
u módulo de deformação ter sido o mais próximo encontrado, sua resistência é muito
istante da encontrada na escala real, o que levou a sua exclusão.
escolha do bloco B50 (162) foi devida ao seu comportamento na curva tensão
x
eformação, sendo possível observar que para tensões inferiores a 2MPa as curvas são
uito próximas, e, acima, mantêm-se semelhantes. A confiabilidade dos parâmetros:
ódulo de deformação e resistência foi satisfatória, e o valor do módulo de deformação a
0% ficou próximo à escala real, tornando esse bloco o mais fiel em relação ao protótipo.
Em resumo, significa dizer que, para esse bloco, os parâmetros resistência e módulo de
orm siderados diferentes em relação aos valores
a escala real.
pós a opção pelo traço B50 (162), foram produzidos os blocos na escala (1:4) em
o sendo o traço que representaria os protótipos
a uma boa
tótipos e modelos.
um novo lote de unidades.
b
d
A
se
d
A
d
m
m
4
def ação não podem ser estatisticamente con
d
A
quantidade suficiente para serem montadas e ensaiadas unidades, prismas e paredes,
seguindo-se os procedimentos de produção, cura, preparo e ensaio descrito no item 3.2.2.
3.2.4 Definição do Traço Ótimo
Depois de escolhido o traço B50 (162), com
da escala real, foi produzido um novo lote de unidades. A partir desse novo lote, foram
montados e ensaiados os corpos-de-prova de prismas e paredes. Porém, através de uma
análise dos dados obtidos, chegou-se à conclusão de que os valores não levaram
correlação entre pro
Pelo fato dos resultados das unidades da escala reduzida apresentarem discrepância
significativa em termos de resistência e deformação com a escala real, resolveu-se produzir
Capítulo 3 – Produção e Correlação das Unidades 40
va das unidades, que levou a escolha do bloco B50 (162), os
rocedimentos para reprodução em escala reduzida foram coerentemente empregados de
cordo com Andolfato (2002),
exceto, a faixa granulométrica pertencente ao fundo das
ra a de 24% de areia foi substituída pelo pó-de-pedra de mesma faixa
granulométrica, uma vez que o mesmo foi de mais rápida e fácil obtenção.
de produção, mesmo sabendo da
ora e dificuldade de obtenção.
essa maneira, o traço ótimo final para a produção das unidades foi o mesmo apresentado
m que a areia natural para a escala reduzida foi reproduzida integralmente
3.4. Os procedimentos de produção foram os mesmos descritos no
3.2.1 e os ensaios seguiram a preconização da NBR-7184 (ABNT, 1992) relatado no
Na primeira produção efeti
p
a
penei s, onde a parcel
Como a substituição dos finos da areia pelos finos do pó-de-pedra foi o único
procedimento divergente das técnicas de reprodução em escala citadas por Andolfato
(2002), resolveu-se utilizar a areia natural no processo
dem
D
na tabela 3.3, e
de acordo com a tabela
item
item 3.2.2. E os resultados obtidos são apresentados no item 4.3.2.
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 41
4 ENSAIO DAS UNIDADES
4.1 Generalidades
eçam as suas propriedades para o entendimento da
lvenaria como um todo. Eles devem atender aos requisitos de desempenho essenciais para
râmetro para seu controle de qualidade,
guindo os procedimentos descritos na NBR-7184 (ABNT, 1992).
Esta etapa envolveu um trabalho experimental com ensaios à compressão nos blocos de
concreto e foi desenvolvida nas dependências do Núcleo de Ensino e Pesquisa da
Alvenaria Estrutural – NEPAE. Neste capítulo estão descritos os procedimentos de ensaio
na escala real (item 4.2), na escala reduzida (item 4.3) e por fim será feita a correlação
entre as escalas (item 4.4).
4.2 Escala Real
Após a classificação, aquisição e pesagem dos blocos, estes foram capeados e ensaiados.
Os procedimentos para capeamento e ensaios que determinaram a resistência à compressão
axial e deformação são descritos neste item.
Segundo FRANCO (1987), os blocos representam normalmente de 80% a 95% do volume
total da alvenaria, sendo elemento determinante de grande parte das características desta.
Portanto, é fundamental que se conh
a
as unidades de alvenaria, como: resistência mecânica, durabilidade, dimensões
padronizadas, tolerância dimensional, peso, facilidade de manuseio, e outras.
A principal propriedade mecânica dos blocos vazados de concreto é a resistência à
compressão e, por isto, esta é utilizada como pa
se
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 42
aralelismo entre as
ces. Esse paralelismo é garantido através de uma regularização da superfície dos blocos
alizada pelo capeamento. O capeamento, segundo a norma NBR-7184 (ABNT, 1992),
pode ser feito com pastas ou argamassas à base de gesso, enxofre, cimento, pozolana ou
de 100 mm,
superior à prevista para o
loco a ensaiar. A norma ainda preconiza que a espessura média do capeamento não deve
, optou-se neste trabalho, mesmo não atendendo os requisitos da NBR-
184 (ABNT, 1992), utilizar o gesso como material de capeamento, já que o mesmo não é
pesquisa. Esse aparato fornece
orizontalidade e verticalidade para a regularização dos blocos, possibilitando assim o
paralelismo entre as faces capeadas.
O procedimento básico utilizado é untar o capeador metálico com óleo para facilitar o
desprendimento após o capeamento. Então o bloco é molhado, evitando dessa maneira a
absorção da água da pasta de gesso pelo bloco, o que pode acelerar a secagem e atrapalhar
o processo de capeamento. Após o preparo do gesso, com rigoroso controle da mistura, é
feito o capeamento da face do bloco (figura 4.1).
4.2.1 Capeamento
Existem alguns fatores relevantes para preparo dos blocos para os devidos ensaios. Para
ensaio de compressão axial nos blocos de concreto é importante o p
fa
re
qualquer outro material.
A NBR-7184 (ABNT, 1992) preconiza que devem ser utilizadas pastas ou argamassas
capazes de apresentar, no momento do ensaio, resistência à compressão em corpos-de-
prova cilíndricos de diâmetro de 50 mm e altura
b
exceder 3 mm.
Os resultados obtidos por MAURÍCIO ET AL (2004) indicaram o gesso e o enxofre como
sendo os materiais para capeamento mais indicados para estudos experimentais de
resistência à compressão axial de blocos de concreto para alvenaria estrutural. Baseado
nesses resultados
7
tóxico e apresenta uma melhor trabalhabilidade em relação ao enxofre.
Para a regularização da superfície dos blocos capeados com gesso, foi utilizado um
capeador metálico usado comumente em laboratórios de
h
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 43
Figura 4.1 – Seqüência do capeamento
4.2.2 Determinação da Resistência à Compressão Axial
Para a determinação da resistência à compressão dos blocos de concreto foram utilizados
os procedimentos preconizados pela norma NBR-7184 (ABNT, 1992).
4.2.3 Determinação do Módulo de Deformação
Não existe norma brasileira referenciando a determinação do módulo de deformação dos
blocos vazados de concreto para alvenaria estrutural. Portanto, foi aplicada uma técnica
comum
Para a determinação das curvas tensão-deformação das unidades, foram utilizados
transdutores de deslocamento (relógios comparadores) acoplados a cantoneiras de
alumínio, que por sua vez foram coladas nos blocos. Foi também realizada em dois dos
ente utilizada nos laboratórios de ensaios.
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 44
ensaios a utilização de extensômetros elétricos junto com os transdutores de deslocamento
para verificação das diferenças de leitura que poderiam ocorrer nos diferentes tipos de
instrumentação.
As cantoneiras de alumínio foram coladas com superbonder®, utilizando-se um gabarito
que sempre as posicionavam no mesmo local, mantendo sempre o mesmo comprimento
inicial. A figura 4.2 apresenta a colagem das cantoneiras de alumínio para fixação dos
relógios comparadores utilizando um gabarito de madeira.
Figura 4.2 – Colagem das cantoneiras e fixação dos relógios de milésimo e centésimo
Os extensômetros foram instalados a meia altura das unidades, um em cada lado do bloco,
entre o septo central e as paredes laterais, sendo uma região oposta da outra (figura 4.3).
Essa disposição dos extensômetros foi concebida na intenção de adquirir médias de
eformações pontuais.
d
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 45
Planta
Seção Transversal
Figura 4.3 – Esquema de posicionamento dos extensômetros. Fonte: ANDOLFATO (2002)
Figura 4.4 – Blocos instrumentados com extensômetros elétricos
4.2.4 Resultados Obtidos
Resistência à compressão
Para a determinação de resistência à compressão axial e da deformação, foram ensaiadas
21 unidades. Para a obtenção da deformação, as unidades foram instrumentadas de acordo
com os procedimentos descritos no item 4.2.3 – Determinação do Módulo de Deformação
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 46
das Unidades. Os valores médios dos resultados obtidos: carga de ruptura, resistência à
compressão e deformação a 2,5 MPa, que corresponde aproximadamente a 40% da tensão
de ruptura, são mostrados na tabela 4.1. Os valores individuais são mostrados na íntegra na
tabela 13.6 e na tabela 13.7 em anexo.
Tabela 4.1 – Média dos resultados – Blocos – Escala Real
Deformação a 2,5 MPa Deformação na Ruptura
Carga
(kN)
Tensão*
σ (MPa)
Relógios (‰) Extensômetros (‰) Relógios (‰) Extensômetros (‰)
Média 284,4 7,01 0,35 0,28 1,69 1,97
Desv. Pad. 41,1 1,0 0,07 0,04 0,76 0,38
Coef. Var. 14,4% 14,4% 20,6% 14,7% 44,7% 19,4%
* A tensão foi calculada em relação a área bruta
Módulo de Deformação
Para a obtenção do m
utilizados 4 transdutores de deslocamento, sendo 2 relógios digitais de leituras visuais e 2
conectados ao sistema de aquisição de dados (figura 4.5). O restante das unidades foi
a com a utilização de 2 relógios digitais de leituras visuais. Vale informar que, em
2 desses ensaios, foram utilizados extensômetros elétricos.
O módulo de deformação das unidades foi calculado em relação a tensão de 2,5 MPa. Esse
valor foi estabelecido por se encontrar próximo do valor de 40% da ruptura.
ódulo de deformação, foram ensaiados 21 blocos. Em 12 deles, foram
ensaiad
Figura 4.5 – Preparação para ensaio – Sistema de aquisição de dados
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 47
Os o x
eformação das unidades (figura 4.6)
e (figura 4.7).
) usando relógios
omparadores e de (0,28
) usando extensômetros. A curva média tensão x deformação
ido.
resultados obtidos a partir dos ensaios permitem a construção do gráfico tensã
d
A deformação média dos blocos à tensão de 2,5 MPa, foi de (0,35
c
dos ensaios nas unidades simplifica a análise dos blocos no que diz respeito às
deformações. Essa curva representa a deformação média dos blocos em função da tensão a
que está submet
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
0,0000 0,0010 0,0020 0,0030 0,0040 0,0050 0,0060
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Ensaio 1 Ensaio 2
Ensaio 3 Ensaio 4
Ensaio 5 Ensaio 6
Ensaio 7 Ensaio 20
Ensaio 8 Ensaio 9
Ensaio 10 Ensaio 11
Ensaio 12 Ensaio 13
Ensaio 14 Ensaio 15
Ensaio 16 Ensaio 17
Ensaio 18 Ensaio 19
Média
Figura 4.6 – Gráfico Tensão x Deformação, uso de relógios comparadores
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 48
0,00
1,00
0,0000 0,0010 0,0020 0,0030 0,0040 0,0050 0,006
Deformação (e)
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
10,00
0
Tensão
7,00
8,00
9,00
) (MPa
Ensaio 21 - Extensômetro
Ensaio 3 - Extensômetro
Média
Figura 4.7 – Gráfico Tensão x Deformação, uso de extensômetros
0,00
8,00
1,00
2,00
7,00
5
ão
4,00
5,00
6,00
(MPa)Tens
3,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,003
Deformação (e)
Média dos Relógios
Média dos Extensômetros
Figura 4.8 – Gráfico comparativo Tensão x Deformação – média dos relógios e extensômetros
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 49
Modo de ruptura
Na figura 4.9 é possível visualizar os modos de ruptura apresentados pelos blocos de
concreto, ens tos relatados
anteriormente.
aiados à compressão axial de acordo com os procedimen
Figura 4.9 – Modos de ruptura apresentados
4.3 Escala Reduzida
s procedimentos referentes ao capeamento e determinação da resistência à compressão
axial dos blocos na escala reduzida já foram descritos no capítulo 3, no item Ensaio das
Unidades. Dessa forma, este item irá apresentar a descrição da determinação do módulo de
deformação dos blocos na escala reduzida.
4.3.1 Determinação do Módulo de Deformação
Após o ajuste do traço, produção e pesagem dos blocos, estes foram capeados e ensaiados.
O
Os procedimentos para a determinação do módulo de deformação nas unidades em escala
reduzida foram praticamente os mesmos apresentados para a escala real. A diferença foi
que para os blocos reduzidos não houve espaço suficiente para instalação de relógios
comparadores.
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 50
Da mesma forma que na escala real, foram empregados extensômetros elétricos que
forneceram os valores das deformações para cada incremento de tensão exercida no bloco,
permitindo assim, traçar sua curva tensão
x deformação (figura 4.10).
Figura 4.10 – Colagem de extensômetro na escala reduzida
fator importante para a determinação correta das deformações é o comprimento da
ensão do mesmo. Se for
dimensão da grade muito pequena e esse extensômetro
estiver colado em um ponto de grande rigidez localizada, no caso de um bloco de concreto,
próximo a um pedrisco, as deformações que serão lidas por este, serão as deformações do
pedrisco e não da unidade de alvenaria, invalidando assim o resultado. Porém, utilizar
extensômetros de grandes dimensões de grade tamm não é aconselhável, pois se estará
medindo uma aproximação das deformações que ocorrem ao longo da grade e não a
deformação do elemento em estudo.
Dessa forma, escolheu axiais com dimensão
e dez milímetros de grade para uso na escala reduzida, enquanto que na escala real
dotou-se extensômetros com dimensão de trinta milímetros de grade.
Um
grade do extensômetro, esse comprimento determina a dim
utilizado um extensômetro com
-se trabalhar com extensômetros elétricos uni
d
a
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 51
4.3.2 Resultados Obtidos
Resistência à compressão
Para a determinação de resistência à compressão axial, aos 28 dias, foram ensaiadas 17
unidades, enquanto que para a obten
ção da deformação foram ensaiadas 6 unidades. Estas,
m instrumentadas de acordo com os procedimentos descritos no item 4.3.1
resultados obtidos: carga de ruptura, resistência à compressão e deformação são mostrados
na tabela 4.2. Os valores individuais na integra estão na tabela 13.8 em anexo.
la Reduzida
por sua vez, fora
– Determinação do Módulo de Deformação das Unidades. Os valores médios dos
Tabela 4.2 – Média dos resultados obtidos – Blocos – Esca
Deformação a 2,5 Mpa Deformação na ruptura
Carga
Resistência
Massa
Grau de
compacidade
) Extensômetros (‰)
(kN)
σ (MPa)
(g)
(g/cm³)
Extensômetros (‰
Média 19,1 7,51 153,74 1,28 0,34 2,38
Desv. Pad. 1,6 0,6 0,2 0,0
0,07 0,24
Coef. Var. 8,3% 8,3% 0,1% 0,1% 31,7% 21,4%
Módulo de Deformação
oi realizada uma seleção visual e 6 unidades foram
instrumentadas para o ensaio à com ações, e
assim, fornecer o módulo de deformação das unidades. Para isso, foram usados
extensômetros e os o s ntos podem ser
observados no item 4.3 o ulo formação.
As curvas tensões
nidad saia odem ser observadas na figura
4.11. O módulo de de 2,5 MPa foi 8.504 MPa.
Do total de 16 blocos ensaiados, f
pressão axial, possibilitando medir suas deform
létricos, e todos os métod relaci nados a e tes procedime
.1 – Determinação d Mód de De
x deformações das u es en das p
deformação a tensão
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 52
0,00
8,00
9,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
Tensão (MPa)
7,00
5
Bloco reduzido 01
Bloco reduzido 02
Bloco Reduzido 03
Bloco reduzido 04
Bloco reduzido 05
Bloco reduzido 07
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,003
Deformação (e)
Média Escala Reduzia
Modo de ruptura
Figura 4.11 – Gráfico Tensão x Deformação das unidades
As formas de ruptura podem ser observadas na figura 4.12.
Figura 4.12 – Forma de ruptura das unidades (1:4)
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 53
4.4 Correlação entre Unidades e Análise dos Resultados
Após os ensaios dos blo uanto da reduzida, foi desenvolvido um
estudo comparativo procurando correlacionar os resultados obtidos nas duas escalas. A
tabela 4.3 ilustra um resumo das médias e o resultado do teste estatístico de comparação de
duas médias.
Foi usado o teste “t de student” para comparar duas médias. Para fazer esse teste é preciso
estabelecer o nível de significância (
α). A escolha de α é arbitrária, para este trabalho
escolheu-se o valor de
α = 0,05 (5%). Esse nível de significância (α) fornece a
probabilidade máxima, com a qual se está disposto a correr o risco de cometer um erro de
rejeitar uma hipótese nula, quando na realidade ela é verdadeira.
A hipótese e
Hipótese nula - H0: quando não há diferença significativa entre as médias dos grupos
rença entre as médias dos grupos.
t
calculado
>t
tabelado
Tabela 4.3 – Média dos Resultados e Teste t de student
cos tanto da escala real q
statística formulada para cada variável, consiste de:
-
estudados
- Hipótese alternativa - H1: quando há dife
A hipótese H0 será rejeitada se:
Tipo de Resultados / Escalas Real Reduzida
Verificação de
semelhança**
Resistência
(MPa)
7,01 7,51
Coef. Variação 14,4% 8,3%
OK
Deformação a 2,5 MPa
(extensômetros) (‰)
0,28 0,34 OK
Deformação na ruptura
(extesnsômetros) (‰)
1,97 2,38 OK
Módulo de Deformação a
tensão de 2,5 Mpa
(extensômetros)
9034 8540 OK
** Se OK, as médias não podem ser consideradas diferentes a um nível de
significância (α) de 5%. Se Não OK, as médias são diferentes a este α
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 54
valor da resistência média dos blocos da
dent”,
ações a 2,5 MPa, na ruptura, e o módulo de deformação a 2,5
bém não podem ser considerados diferentes a um nível de significância de 5%.
do de alvenaria de
O teste de comparação entre duas médias foi realizado primeiramente através de uso das
tabelas de “t de student”, posteriormente realizou-se a verificação dos valores através da
utilização do software estatístico S.A.S. – Statistical Analysis System – versão 8.0 (SAS,
1999).
De acordo com os resultados apresentados, o
escala reduzida (7,51 MPa) foi superior ao da escala real (7,01 MPa). Entretanto,
estatisticamente as médias de resistência não podem ser consideradas diferentes a um nível
de significância de 5%, que é o valor comumente utilizado na engenharia civil.
Empregando o mesmo teste estatístico de comparação de duas médias, o “t de stu
evidenciou-se que as deform
MPa tam
Com isso, pode-se dizer que não foram encontradas diferenças significativas nas medidas
de resistência e deformação entre protótipo e modelo, indicando a possibilidade de se
trabalhar de forma direta com modelos físicos reduzidos para o estu
blocos de concreto.
0,00
1,00
2,00
3,00
8,00
0
9,0
Escala Real
Escala Reduzida
4,00
5,00
6,00
7,00
Tensão (MPa)
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Figura 4.13 – Gráfico Comparativo Tensão x Deformação
Capítulo 4 – Ensaio das Unidades 55
s deformações ocorridas em ambas as escalas também podem ser analisadas, a seguir, A
pelas curvas tensão
x deformação. Observa-se que as deformações das unidades foram
semelhantes até a tensão de 5 MPa. Acredita-se que, posteriormente a essa carga, as
unidades já tenham passado de sua fase elástica, apresentando um alto grau de dispersão
dos dados.
0,00
1,00
2,00
6,00
7,00
8.540 MPa (Reduzida)
9.034 MPa (Real)
5,00
3,00
4,00
Tensão (MPa)
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Módulo Escala Real
Módulo Escala Reduzida
Figura 4.14 – Gráfico Comparativo Módulos a 40%, uso de extensômetros
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 56
5 ENSAIO EM PRISMAS
5.1 Generalidades
uanto ao uso
e corpos-de-prova de prismas com o efeito da variação dos procedimentos de ensaio nos
resultados obtidos.
Um importante fator nesse tipo de ensaio é a relação entre altura do prisma e sua
espessura. No meio técnico é geralmente considerado que uma relação altura-espessura de
aproximadamente cinco seja necessária para eliminar os efeitos dos pratos da prensa e para
apresentar uma medida mais precisa da resistência à compressão da alvenaria.
Fatores de correção têm sido sugeridos para corpos-de-prova tendo valores mais baixos
para a relação
Os ensaios em prismas são adotados em alguns códigos e normas como a base para se
calcular a resistência de projeto da alvenaria à compressão. Esse é o caso, por exemplo, da
América do Norte, Austrália e Brasil. Inúmeros estudos têm sido conduzidos q
d
th
, mas isto é de validade duvidosa e esses seriam mais sensíveis ao tipo
de capeamento e aos pratos da prensa (MAURENBRECHER, 1980). Dessa maneira,
solveu-se trabalhar com prismas de três fiadas de altura com relação
21,4th
re ao invés
orme preconiza a norma utilizada neste trabalho.
.2 Escala real
presentados anteriormente.
de prismas de duas fiadas, conf
5
Para a determinação da resistência à compressão dos prismas de blocos de concreto foram
utilizados os procedimentos preconizados pela norma brasileira NBR 8215 (ABNT, 1983).
Alguns fatores foram modificados, tal como a altura dos prismas. Isso devido aos fatos
a
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 57
5.2.1 Montagem dos Prismas
A B 215 NT, 19 reconiza q ara prisma
d c stos justap de dois de concr idos por e
rgamassa. O assentamento deve ser realizado à temperatura ambiente
e
midade relativa de 40 a 90%.
locos foram umedecidas antes do assentamento, para que estes não retirassem a
gua da junta de argamassa. Após a montagem dos prismas, eles foram cobertos por sacos
oi utilizado o capeamento de gesso assim como nos ensaios das unidades. A figura 5.1
ssim, a N R 8 (AB 83) p ue, p s não grauteados, estes
evem ser ompo pela osição blocos eto un junta d
Cº1030 ±
a
u
A argamassa deve ser colocada sobre toda a superfície superior do bloco, em quantidade
suficiente, de modo a resultar em uma superfície convexa e sem sulcos. Assim, outro bloco
deve ser colocado sobre a argamassa. As juntas devem ter espessura de
mm310 ±
. As
faces dos b
á
plásticos, dentro dos quais colocaram-se estopas molhadas para garantir um ambiente
úmido para sua cura. Aos 14 dias, foram retirados os sacos, e, aos 28 dias, foram levados
ao ensaio de compressão axial.
F
apresenta a montagem dos prismas utilizando-se gabaritos laterais para manutenção da
verticalidade e de um nível de bolha para manutenção do paralelismo das faces do corpo-
de-prova.
Figura 5.1 – Esquema de montagem dos prismas
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 58
A argamassa escolhida para execução foi a industrializada Votomassa, permitindo manter
a relação com a construção do edifício de quatro pavimentos de onde foram retiradas as
amostras de blocos de concreto. A proporção de água para preparação da argamassa seguiu
as recomendações do fabricante. Com o auxílio da bisnaga realizou-se o assentamento dos
blocos de maneira que uma pastilha de PVC garantia a junta de 1 cm sugerida pela norma.
5.2.2 Instrumentação
Assim como nos blocos, os prismas também não possuem uma norma brasileira
prescrevendo a determinação do módulo de deformação dos mesmos. Nos prismas foram
empregados transdutores de deslocamentos (relógios comparadores) e extensômetros
elétricos interligados ao sistema de aquisição de dados, assim como descrito para os
blo
ra, sendo quatro no total. Na colagem, foi utilizado um gabarito de
ma que as cantoneiras sempre apresentassem a distância de
entre seus centros
cos. A figura 5.2 apresenta o esquema do ensaio.
Para medir a deformação da alvenaria, foram coladas duas cantoneiras de alumínio para
cada ponto de leitu
cm40
for
geométricos.
Para medir a deformação no bloco, foram colados extensômetros elétricos em lados
opostos na unidade intermediária pertencente a 2º fiada, o posicionamento desses
extensômetros foi semelhante ao descrito no capítulo anterior para os blocos.
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 59
Figura 5.2 - Esquema de ensaio dos prismas
5.2.3 Resultados Obtidos
esistência à compressãoR
.
Tabela 5.1 – Média dos resultados obtidos – Prismas – Escala Real
Para a determinação de resistência à compressão axial e deformações, foram ensaiados 11
prismas. Os valores médios dos resultados obtidos: carga de ruptura, resistência à
compressão e deformações obtidas com relógios e extensômetros são mostrados na tabela
5.1. Os dados geradores desta tabela se encontram na tabela 13.9 e tabela 13.10 em anexo
Deformação a 2 MPa Deformação na Ruptura
Carga
(kN)
Resistência*
σ (MPa)
Relógios (‰) Extensômetros (‰) Relógios (‰) Extensômetros (‰)
Média 233,7 5,76 0,31 0,22 2,04 1,16
Desv. Pad. 21,9 0,5 0,05 0,04 0,45 0,40
Coef. Var. 9,4% 9,4% 17,3% 15,9% 21,9% 34,3%
* A Resistência foi calculada em relação a área bruta
Segundo RAMALHO e CORRÊA (2003), a resistência à compressão é o parâmetro mais
importante para a alvenaria estrutural. E dentre os fatores que exercem influência na
resistência à compressão dos painéis de paredes, a resistência do bloco tem caráter
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 60
predominante. De forma geral, quanto mais resistente o bloco, mais resistente será a
alvenaria.
Existe um conceito muito importante quando se trata da influência da resistência dos
blocos na resistência à compressão das paredes. É a eficiência, ou seja, a relação entre a
resistência da parede e a resistência do bloco que a compõe.
Fator de eficiência =
p
risma
bloco
f
f
;
De acordo com RAMALHO e CORRÊA (2003), os valores da eficiência prisma-bloco,
para a prática corrente no Brasil, variam de 0,5 a 0,9 para blocos de concreto. Dessa
maneira, os dados obtidos neste trabalho estão dentro desse intervalo, uma vez que a
resistência dos prismas foi de 5,76 MPa e a dos blocos foi de 7,01 MPa, resultando em um
valor de eficiência igual a 0,82.
Módulo de Deformação
Na tabela 5.1, encontram-se os valores das deformações, usando relógios e extensômetros.
A deformação média, na ruptura da alvenaria, medida pelos relógios, foi de (2,04
), e das
unidades, medidas pelos extensômetros, foi de (1,16
). A seguir são apresentadas as
curvas tensões
x deformações obtidas através do uso de relógios comparadores e de
extensômetros respectivamente.
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 61
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,0
7,00
0
6,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Tensão (MPa)
Prisma 01
Prisma 02
Prisma 03
Prisma 04
Prisma 05
Prisma 06
Prisma 07
Prisma 08
Prisma 09
Prisma 10
Prisma 11
Média Relógios
Deformação (e)
Figura 5.3 – Gráfico da média tensão
x deformação da alvenaria, uso de relógios comparadores
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Prisma 07
Prisma 08
Prisma 09
Prisma 10
Prisma 11
Média Extensômetros
Figura 5.4 – Gráfico da média tensão
x deformação das unidades intermediárias, uso de extensômetros
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 62
este momento, é importante salientar que as medidas obtidas com o uso de relógios
ar s são duas medidas que refletem comportamentos distintos,
cada qual com sua particularidade. Os relógios comparadores, devido ao seu
osicionamento transpassando as juntas de argamassa, mediram o comportamento das
r extensômetros, por se tratarem de
medidas pontuais, mediram o comportamento das deformações no bloco intermediário do
a.
N
comp adores e extensômetro
p
deformações da alvenaria. Já as medidas feitas po
prism
Através da figura 5.5, é possível comparar as médias de deformações obtidas com o uso de
relógios comparadores e extensômetros. A partir desta figura, é possível visualizar que as
deformações da alvenaria, medidas pelos relógios comparadores, foram um pouco maiores
do que as das unidades apontadas pelos extensômetros, conforme o esperado.
0,00
1,00
2,00
6,00
7,00
3,00
4,00
são (MPa
5,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Ten )
Média dos Relógios
Média dos Extensômetros
Figura 5.5 – Gráfico da média tensão x deformação, uso de relógios e extensômetros
O gráfico com a curva tensão
x deformação e o módulo de deformação a 2 MPa, obtidos
por relógios e extensômetros, são importantes parâmetros para verificação da influência da
argamassa usada, pois quanto maior a diferença entre eles, maior será a deformação na
argamassa. O módulo de deformação a 2 MPa foi de 6.640 MPa para a alvenaria (uso de
relógios comparadores) e 9.218 MPa para as unidades (uso de extensômetros elétricos).
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 63
Modo de Ruptura:
Na figura 5.6, é possível visualizar os modos de rupturas apresentados pelos prismas
ensaiados à compressão axial de acordo com os procedimentos descritos anteriormente.
Figura 5.6 – Modo de ruptura dos prismas
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 64
ga ssas
a argamassa industrializada, vendida comercialmente, da marca
assa. Durante a montagem dos prismas e das paredes, foram moldados 12 corpos-
mensões 5 x 10 cm (diâmetro x altura). Todo o processo se
os 28 dias, os corpos-de-prova foram
io da Argamassa industrializada seguindo o traço definido pelo fabricante
Parâmetros Carga (kN) Resistência (MPa) Módulo (MPa)
5.3 Ar ma
Foi utilizada um
Votom
de-prova cilíndricos com di
baseou na NBR 5738 (ABNT, 1994), e, após
ensaiados à compressão axial de acordo com os procedimentos especificados pela NBR
7215 (ABNT, 1991).
Tabela 5.2 – Ensa
Média 11,8 6,0
Desv. Pad. 0,7 0,3
Coef. Var. 6% 6%
6500
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Argamassa 1
Argamassa 2
Figura 5.7 – Gráfico Tensão x Deformação dos corpos-de-prova de argamassa
CAMACHO (1995) chegou à conclusão de que os resultados dos ensaios nos prismas, em
e
raticamente os mesmos dos prismas com argamassa controlada (granulometria de areia).
scala reduzida, montados com a mesma argamassa empregada no protótipo, foram
p
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 65
Camacho, neste trabalho será
utilizada a mesma argamassa para ambas as escalas.
Esse comportamento indicou a não necessidade de uma seleção especial na granulometria
da areia utilizada nos modelos. Por essa conclusão de
Figura 5.8 – Modo de ruptura da argamassa
.4 Escala Reduzida
.4.1 Montagem dos Prismas na Escala (1:4)
ilares
ara os da escala real. A montagem dos prismas (figura 5.9) foi realizada com o auxílio de
um gabarito, produzido no laboratório, para garantir o nivelamento e prumo dos mesmos.
As espessuras das juntas de argamassa também foram controladas com auxílio de um
gabarito, sendo igual a
. As faces dos blocos foram umedecidas antes do
assentamento, para que estes não retirassem a água da junta de argamassa.
5
5
Os procedimentos adotados para a montagem dos prismas na escala (1:4) foram sim
p
mm75,05,2 ±
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 66
Após a montagem dos prismas, eles foram cobertos por sacos plásticos, dentro dos quais
colocaram-se estopas molhadas para garantir um ambiente úmido para sua cura. Aos 14
dias, foram retirados os sacos, e, aos 28 dias, foram levados ao ensaio de compressão axial.
Para o ensaio de determinação da resistência, foram adotados procedimentos semelhantes
ao da escala real que foram baseados nas preconizações da NBR 8215 (ABNT, 1983).
Figura 5.9 – Montagem e posicionamento dos transdutores de deslocamento (LVDT) nos prismas
.4.2 Instrumentação
m todos os prismas foram instalados transdutores de deslocamentos LVDT (figura 5.9),
m faces opostas, permitindo assim, traçar a curva tensão-deformação
da alvenaria. Da
esma forma que na escala real, os transdutores foram acoplados a cantoneiras de
ín ra colagem dessas
cantoneiras, de forma que elas apresentassem sempre as mesmas distâncias de
entre
us centros geométricos.
r a curva tensão-
5
E
e
m
alum io coladas nos corpos-de-prova. Foi utilizado um gabarito pa
cm10
se
Para a determinação das deformações da unidade, foram colados extensômetros elétricos,
em faces opostas e nos blocos correspondentes à segunda fiada do prisma. Com isso, foi
possível avaliar as deformações da unidade, permitindo assim, traça
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 67
eformação desses blocos. O esquema da colagem dos extensômetros manteve-se como o
realizado nas
5.4.3 Resultados Obti
Resistência à comp
d
unidades.
dos
ressão
Para a determinaçã mpr axi efor oram ensaiados 12
prismas. Os valores resulta obtidos: carga de ruptura, resistência à
compressão e defor relógios e extensômetros são mostrados na tabela
5.3. Os dados gerad a se tram tabela 1 e tabela 13.12 em
anexo.
o de resistência à co essão al e d mações, f
médios dos dos
mações obtidas com
ores desta tabel encon na 13.1
Tabela 5.3 – Média dos resultados obtidos– Prismas – Escala Reduzida
Deformação a 2 MPa Deformação na Ruptura
Carga
Resistência*
)
(kN)
σ (MPa)
Relógios (‰) Extensômetros (‰) Relógios (‰) Extensômetros (‰
Média 15,3 6,03 0,36 0,26 2,78 1,43
Desv. Pad. 2,0 0,8 0,08 0,02 0,30 0,50
Coef. Var. 13,0% 13,0% 23,1% 8,4% 10,9% 34,9%
* A Resistência foi calculada em relação à área bruta
Módulo de Deformação
As deformações nos prismas foram definidas a partir dos resultados de 12 ensaios. A
seguir são apresentados os gráficos tensões
x deformações da alvenaria (LVDT) e unidades
(extensômetros).
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 68
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Prisma 01
Prisma 02
Prisma 03
Prisma 04
Prisma 05
Prisma 06
Prisma 07
Prisma 08
Prisma 09
Prisma 10
Prisma 11
Média Escala Reduzida
Figura 5.10 – Gráfico da média tensão x formação da alvenaria, uso de LVDT de
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Prisma 06
Prisma 12
Média Escala Reduzida
Figura 5.11 – Gráfico da média tensão x deformação da unidade intermediária, uso de extensômetros
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 69
A
deformações no bloco são indicadas pelos extensômetros.
s deformações da alvenaria são medidas pelos relógios – LVDT’s, enquanto que as
0,00
1,00
2,00
3,00
0,0000 0,0005 0,0010
Ten
4,00
a)
5,00
6,00
7,00
0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
(MPsão
Média dos Extensômetros
Média dos Relógios LVDT
servar que as deformações na alvenaria foram
aiores que as deformações nas unidades, fato este que também foi verificado na escala
ia (LVDT) foram de 7.618
Pa e 5.946 MPa, respectivamente.
Figura 5.12 – Gráfico da média tensão x deformação, comparação relógios e extensômetros
De acordo com o gráfico, pode-se ob
m
real.
O módulo de deformação nos prismas foi calculado em relação à tensão de 2 MPa, valor
este estabelecido por se encontrar próximo ao valor de 40% da ruptura. Os módulos de
deformação a 2 MPa para os blocos (extensômetros) e alvenar
M
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 70
Modo de Ruptura:
As formas de ruptura dos prismas na escala 1:4 são mostradas na figura 5.13. Pode-se
observar que as formas de ruptura se assemelham com as da escala real (figura 5.6).
Figura 5.13 – Modo de ruptura dos prismas
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 71
5.5 Correlação entre Prismas e Análise dos Resultados
A tabela 5.4 ilustra o resumo dos resultados obtidos após os ensaios dos prismas. A
resistência média dos prismas reduzidos (6,03 MPa) ficou próxima a dos prismas em
escala real (5,76 MPa), considerando que foram utilizadas as mesmas relações para a
argamassa e espessuras de juntas, reduzidas proporcionais à escala real.
Tabela 5.4 esultados obtidos para os Prismas escala real e reduzida – R
Tipo de Resultados /
Escalas
Real Reduzida
Verificação de
semelhança
Resistência
(MPa)
5,76 6,03
Coef. Variação 9,4% 13,0%
OK
Deformação a 2 MPa
(relógios) (‰)
0,31 0,36 OK
Deformação a 2 MPa
(extensômetros) (‰)
0,22 0,26 OK
Deformação na ruptura
(relógios) (‰)
2,04 2,78
Coef. Variação 22% 11%
NÃO OK
Deformação na ruptura
(extensômetros) (‰)
1,16 1,43 OK
Módulo a 2 MPa
(relógios)
6640 5946 OK
Módulo a 2 MPa
(extensômetros)
9218 7618 OK
** Se OK, as médias não podem ser consideradas diferentes a um nível
de significância (α) de 5%. Se NÃO OK, as médias são diferentes a este α
Todos os parâmetros contidos na tabela 5.4 se correlacionaram efetivamente, e,
estatisticamente, não podem ser considerados diferentes a um nível de significância de 5%,
exceto a deformação da alvenaria na ruptura (relógios).
pesar dos valores apresentados para deformação na ruptura (2,04‰) na escala real e
A
(2,78‰) na reduzida diferirem em torno de 30%, o ACI (1979) diz que mesmo assim pode
ser considerado um modelo de confiabilidade suficiente e aceitável para alguns propósitos
de projeto.
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 72
4) e (figura 5.15). A análise dos gráficos (figura 5.14) e
igura 5.15), permite concluir que o comportamento das deformações médias dos prismas
As deformações ocorridas em ambas as escalas podem ser analisadas a seguir pelas curvas
tensões
x deformações (figura 5.1
(f
nas duas escalas está relativamente próximo, fato comprovado pelos testes estatísticos.
7,00
0,00
1,00
0,0000
2,00
6,00
0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
3,00
4,00
5,00
Tensão (MPa)
Figura 5.14 – Gráfico Comparativo Tensão x Deformação da alvenaria (LVDT)
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
ão (MPa)
Escala Real
Escala Reduzida
Escala Real
Escala Reduzida
Tens
Deformação (e)
Figura 5.15 – Gráfico Comparativo Tensão x Deformação das unidades intermediárias (Extensômetro)
Capítulo 5 – Ensaios em Prismas 73
s figuras (figura 5.16) e (figura 5.17) mostram os gráficos e valores dos módulos de
deformação a 2 MPa.
A
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Módulo Escala Real
Módulo Escala Reduzida
Figura 5.16 – Gráfico Comparativo: Módulos a 2 MPa – alvenaria (Transdutores de Deslocamentos)
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
são (MPa)Ten
Módulo Escala Real
Módulo Escala Reduzida
Figura 5.17 – Gráfico Comparativo: Módulos a 2 MPa – unidades intermediárias (Extensômetro)
6.640 MPa (Escala Real)
5.946 MPa (Escala Reduzida)
9.218 MPa (Escala Real)
7.618 MPa (Escala Reduzida)
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 74
6 ENSAIOS EM PAREDES
s e convenientes de estabelecimento de suas propriedades estruturais
ENDRY, 1998). Esses ensaios incluem resistência à compressão, tração, corte, flexão, e
podem ser realiz mo os prismas,
ou em pequenos painéis de alvenaria.
press m paredes com altura de eito mais
odo, u EDGELL ET AL. (1990), foi conduzido para
estabelecer as relações ltura de um pé-direito
paredes com altura de meio pé-direito.
as prensas hidráulicas de ensaio. Isso o tornou preferível por várias
ormas internacionais, na obtenção da resistência da alvenaria.
ara a realização dos ensaios em paredes, tomou-se como base as preconizações da norma
as modificações. As figuras (figura 6.1 e figura 6.2)
tam o esquema utilizado na construção das paredes.
6.1 Generalidades
Ensaios em pequenos corpos-de-prova de alvenaria são freqüentemente tomados como
meios econômico
(H
ados em corpos-de-prova com apenas algumas unidades, co
Ensaios de resistência à com ão e um pé-dir são
caros, e, desse m m estudo feito por
dos resultados entre ensaios de paredes com a
e
Uma relação linear foi encontrada entre os dois procedimentos, sendo a resistência nos
modelos mais altos, com um pé-direito de altura, igual à 0,875 da resistência na parede
com meio pé-direito. Esse último modelo foi batizado como “
wallette”, o qual pode ser
acomodado em algum
n
6.2 Escala Real
6.2.1 Montagem das Paredes
P
NBR 8949 (ABNT, 1985), com algum
apresen
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 75
das paredes, e isso exigiu alguns cuidados que
asseguraram o cuidadoso nivelamento e prumo das alvenarias.
Estudos já comprovaram que, nas paredes, qualquer carregamento excêntrico muda em
muito a resistência do conjunto (CAMACHO, 1987). Conseqüentemente, existiu uma
grande preocupação na montagem
Figura 6.1 – Escantilhões para auxiliar na construção das paredes
Figura 6.2 – Seqüência de montagem das paredes
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 76
e a argamassa utilizada foi a industrializada, seguindo o traço sugerido
elo fabricante. A execução das juntas horizontais foi feita com a meia cana e as juntas
BR 5712 (ABNT, 1982), as juntas de argamassa devem ter 10 mm de
spessura. Conseguiu-se atingir esse valor através do uso de espaçadores de plástico,
vendidos comercialmente.
Convém ressaltar qu
p
verticais tiveram seu preenchimento executado com a bisnaga. Usou-se também o meio
bloco para evitar junta prumo (figura 6.3).
De acordo com a N
e
Figura 6.3 – Execução das juntas horizontais e verticais
A NBR 8949 (ABNT, 1985), ainda preconiza que os corpos-de-prova devem ter as
dimensões que os tornem representativos da estrutura real, e que sejam minimizadas as
influências das variações das características dos materiais e mão-de-obra na resistência das
paredes. Não sendo praticável reproduzir as paredes nas suas dimensões reais, é admitido
como sendo representativos os corpos-de-prova que tenham dimensões mínimas de
(120x260)cm (
largura x altura).
Nesse ponto é que foi realizada uma modificação nos ensaios em
pela norma. Segundo ED rova se correlacionam,
nearmente, e desse modo, a altura foi modificada para
1,00m.
A largura da parede, segundo a norma é de
1,20m, pois a mesma é constituída de três
blocos de
40cm de comprimento. No entanto, os blocos utilizados na pesquisa e na
relação ao preconizado
GELL ET AL. (1990), esses corpos-de-p
li
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 77
ru sentam comprimento nominal de
30cm, e assim, as paredes
apresentaram largura igual à
90cm.
carregamento.
const ção dos edifícios apre
Para o ensaio, foi necessário colocar o sistema de reação perfeitamente alinhado e a prumo
de modo a evitar cargas excêntricas. O capeamento do topo da parede foi feito com gesso,
proporcionando o perfeito nivelamento da parede, garantindo não excentricidade no
A NBR 8949 (ABNT, 1985) ainda preconiza que os encurtamentos na parede devem ser
determinados por meio de, no mínimo, dois deflectômetros instalados nas laterais, cuja
sensibilidade deve ser de centésimos de milímetros. Depois da montagem das paredes,
iniciaram-se os preparativos para ensaio (figura 6.4).
Figura 6.4 – Esquema par ção nos ensaios
a utiliza
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 78
oram colados 2 extensômetros na 3º fiada nos lados opostos da parede e fixados 2
LVDT’s de maneira a medir a deformação do conjunto mediante ensaio à compressão
axial, tudo isso registrado pelo sistema de aquisição de dados (figura 6.5).
6.2.2 Instrumentação
F
Figura 6.5 – Extensômetro, relógio, LVDT e sistema de aquisição de dados
Optou-se por medir o deslocamento na direção perpendicular ao plano da parede, para
controle de eventuais desaprumos, isso com o auxílio de transdutores de deslocamento
(figura 6.6).
Relógio horizontal
Figura 6.6 – Posicionamento do relógio horizontal
A resistência média das paredes deve ser determinada após o ensaio de no mínimo três
corpos-de-prova. Decidiu-se, neste trabalho, ensaiar seis corpos-de-prova, melhorando
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 79
6.2.3 Resultados Obtidos
Resistência à compressão
assim a confiabilidade dos resultados. Durante a construção de cada parede, foram
moldados seis corpos-de-prova da argamassa de assentamento.
Para a determinação de resistência à compressão axial e deformações, foram ensaiados,
aos 28 dias de idade, 6 painéis de alvenaria. Os valores médios dos resultados obtidos são
mostrados na tabela 6.1. Os dados que geraram esta tabela estão na tabela 13.13 e tabela
13.14 em anexo.
Tabela 6.1 – Média dos resultados obtidos – Paredes – Escala Real
Deformação a 1,5 MPa Deformação na Ruptura
Carga
(kN)
Resistência*
σ (MPa)
Relógios (‰) Extensômetros (‰) Relógios (‰) Extensômetros (‰)
Média 427,8 3,43 0,35 0,24 2,10 1,50
Desv 0,07 0,01 0,33 1,03 . Pad. 29,3 0,2
C 19,4% 2,6% 15,5% 68,5% oef. Var. 6,8% 6,8%
* A Resistência foi calculada em relação a área bruta
Segundo EDGELL ET AL. (1990), a resistência de paredes com altura de um pé-direito,
correlaciona-se linearmente a um fator 0,875 da resistência na parede com meio pé-direito.
Dessa forma, a provável resis
tência de uma parede com um pé-direito seria o valor
encontrado para a de meio pé-direito (3,43 MPa), multiplicada por 0,875, resultando no
valor de 3,00 MPa.
De acordo com RAMALHO e CORRÊA (2003), os valores da eficiência parede-bloco,
d xecut blocos vazados concreto, -grauteadas e com
as is, va ira, os da tidos neste trabalho
stão dentro desse intervalo, uma vez que a resistência das paredes de altura de um pé-
para pare es e adas com de não
argamass usua riam de 0,40 a 0,60. Dessa mane dos ob
e
direito seria de 3,00 MPa e a dos blocos foi de 7,01 MPa, resultando em um valor de
eficiência igual a 0,43.
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 80
ódulo de DeformaçãoM
A seguir são mostrados os gráficos de tensão
x deformação da alvenaria (figura 6.7), dos
blocos (figura 6.8) e a comparação das curvas das médias entre alvenaria (LVDT’s) e
blocos (extensômetros) (figura 6.9).
0,00
1,00
2,00
3,00
Tensão (MPa)
4,00
6,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
5,00
Parede 01
Parede 02
Parede 03
Parede 04
Parede 05
Parede 06
Média Relógios
Figura 6.7 – Gráfico Tensão x Deformação – alvenaria – (LVDT)
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Def mação (e)
Tensão (MPa)
or
Parede 02
Parede 03
Parede 04
Parede 06
Média Extensômetros
Figura 6.8 Gráfico Tensão x Deformação – blocos da 3º fiada – (Extensômetros)
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 81
través da figura 6.9, é possível comparar as médias de deformações obtidas com o uso de A
relógios comparadores e extensômetros. A partir desta figura é possível visualizar um fato
já esperado: as deformações da alvenaria, medidas pelos relógios comparadores, foram um
pouco maiores do que as das unidades apontadas pelos extensômetros.
0,00
1,00
2,00
6,00
3,00
4,00
5,00
Tensão (MPa)
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Média dos Relógios
Média dos Extensômetros
e extensômetros, são importantes parâmetros para verificação da influência da
rgamassa usada, pois quanto maior a diferença entre eles, maior será a deformação na
argamassa. O módulo de deformação a 1,5 MPa foi de 4.413 MPa para a alvenaria (uso de
relógios comparadores) e 6.307 MPa para as unidades (uso de extensômetros elétricos).
Modo de Ruptura:
Figura 6.9 – Média Tensão x Deformação, comparando – Extensômetros e LVDT
O gráfico com a curva tensão
x deformação e o módulo de deformação a 1,5 MPa, obtidos
por relógios
a
Os modos de ruptura foram semelhantes na maioria das paredes, apresentando, na maioria
das vezes, a ruptura do conjunto da alvenaria, isto é, blocos e juntas de argamassa. Em
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 82
alguns casos, apareciam primeiramente as fissuras nas juntas de argamassa e em seguida a
ruptura dos blocos.
Figura 6.10 – Modo de ruptura das paredes
1 Montagem das Paredes na Escala 1:4
ala (1:4) foram construídas com três blocos de comprimento e cinco
adas de altura. As juntas horizontais e verticais foram executadas com as mesmas
dimensões (
,2
smas.
6.3 Escala Reduzida
6.3.
As paredes na esc
fi
mm75,05 ±
) e procedimentos empregados na fabricação dos pri
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 83
Todos os corpos-de utad ntas e gabaritos
apropriados de modo a m s da mão-de-obra, controlando assim, com
maior eficiência, parâme mo nível, o e espessura de juntas. As etapas de
montagem podem s ura
-prova foram exec
inimizar os efeito
os com o auxílio de ferrame
tros co prum
er o figbservadas na 6.11.
Figura 6.11 – Montagem das paredes
Após a montagem das paredes, estas foram cobertas por sacos plásticos e mantidas a um
ambiente úmido para curá-las por 14 dias. Após a cura, foi realizado o capeamento,
utilizando-se gesso, seguindo-se os mesmos procedimentos descritos no item 3.2.3,
tomando-se o cuidado de manter o nivelamento de toda face do capeamento.
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 84
Cura e capeamento das paredes em escala 1:4
de deformações utilizados nos prismas. Estes foram locados de modo
melhante à escala real, em faces opostas das paredes, sendo fixados pelos mesmos
nos
locos de fiada mediana (3ª fiada) e em pontos opostos nas duas faces das paredes,
Figura 6.12 –
6.3.2 Instrumentação
Vinte e oito dias após a montagem, as paredes foram ensaiadas à compressão axial, sendo
medidas as deformações na alvenaria através dos transdutores LVDT, os mesmos
medidores
se
gabaritos utilizados nos prismas, nos blocos correspondentes às 2ª e 4ª fiadas das paredes.
Mediram-se as deformações nos blocos através de extensômetros elétricos colados
b
conforme observado na figura 6.13.
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 85
LVDT
Base de concreto
extensômetro
25 cm
22,5 cm
extensômetro
LVDT
Vista superior
Figura 6.13 – Esquema de posicionamento dos instrumentos de leitura
Para a realização do ensaio, foi utilizada uma chapa metálica para a uniformização do
carregamento na parede, assentada entre o capeamento de gesso e a célula de carga. A
introdução do carregamento foi feita a
skN /10,0
, igual ao realizado nos ensaios de blocos
e prismas. Além dos extensômetros e dos LVDT, foram posicionados relógios
comparadores nas faces laterais das paredes para medir o deslocamento lateral.
(a) (b)
Figura 6.14 – (a) -Posicionamento de LVDT, relógios e extensômetros e
(b) - Esquema de ensaio e sistema de aquisição de dados
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 86
6.3.3 Resultados Obtidos
Resistência à compressão
Para determinação de resistência à compressão axial e deformações, foram ensaiados, aos
28 dias de idade, 6 painéis de alvenaria na escala 1:4. Os valores médios dos resultados
obtidos são mostrados na tabela 6.2. Os dados que geraram esta tabela estão na tabela
13.15 e tabela 13.16 em anexo.
Tabela 6.2 – Média dos resultados obtidos – Paredes – Escala Reduzida
Deformação a 1,5 Mpa Deformação na Ruptura
Carga
(kN)
σ (MPa)
Relógios (‰) Extensômetros (‰) Relógios (‰) Extensôme
Resistência*
tros (‰)
Média 37,0 4,87 0,28 0,26 1,80 1,32
Desv. Pad. 1,8 0,2 0,10 0,02 0,55 0,54
Coef. Var. 37,7% 8,9% 30,4% 40,8% 4,9% 4,9%
* A Resistência foi calculada em relação a área bruta
Segundo EDGELL ET AL. (1990), a provável resistência de uma parede com altura de um
pé-direito, seria o valor encontrado para a de meio pé-direito (4,87 MPa), multiplicada por
0,875, resultando no valor de 4,26 MPa.
Dessa maneira, sabendo-se que a provável resistência das paredes de altura de um pé-
direito seria de 4,26 MPa, e que a dos blocos foi de 7,51 MPa, resultou em um valor de
eficiência igual a 0,57. Valor este que se encontra dentro do intervalo de 0,40 a 0,60
descrito por RAMALHO e CORRÊA (2003).
Módulo de Deformação
A seguir são apresentados os gráficos da média de tensão
x deformação da alvenaria
(figura 6.15 btida entre
alvenaria e blocos (figura 6.17).
), dos blocos (figura 6.16) e um gráfico comparativo da média o
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 87
0,00
1,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,003
Deformação (e)
2,00
T
3,00
5,00
6,00
5
e (
4,00
MPa)nsão
Paredinha 01
Paredinha 02
Paredinha 03
Paredinha 04
Paredinha 05
Paredinha 06
Média Relógios
Figura 6.15 – Gráfico Tensão x Deformação da alvenaria nas paredes (LVDT)
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 5 0,0030 0,0035
formaç
Tensão (MPa)
P a 02aredinh
P a 04aredinh
Pa a 05redinh
0,002
De ão (e)
Média Extensômetros
Figura 6.16 – ensão x Def ão do s nas s (Ex tro) Gráfico T ormaç s bloco parede tensôme
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 88
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
MPa)
6,00
0,0 0,0020 0,0035
rmação (e)
Tensão (
000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0025 0,0030
Defo
Média Extensômetros
Média Relógi
– Gráfico comp ivo Extensômetros e LVDT
partir do gráfico da figura 6.17, é possível observar que o comportamento das curvas
nsões
x deformações da alvenaria (LVDT) e dos blocos (extensômetros) apresentaram
módulo de deformação a 1,5 MPa foi de 5.923 MPa para a alvenaria (LVDT’s), e
orém, com o acréscimo de tensões, as deformações
tenderam a se distanciar, evidenciando a deformação ocorrida nas juntas de argamassa.
os
Figura 6.17 arat ’s
A
te
um mesmo caminhamento, o que demonstra uma deformação similar entre blocos e
alvenaria. Esse comportamento indicou que as juntas de argamassa foram bastante rígidas,
em relação aos ensaios de prismas, e deformaram-se na mesma ordem de grandeza dos
blocos, fato demonstrado pelas formas de ruptura (figura 6.18).
O
5.885MPa para as unidades (extensômetros). Isso mostra que, para a tensão de 1,5 MPa, as
juntas de argamassa estavam um pouco mais rígidas que os blocos. Pelo gráfico da figura
6.17, é possível observar que para baixos valores de tensões, as deformações da alvenaria
foram semelhantes às dos blocos; p
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 89
Modo de Ruptura:
O modo de ruptura apresentado foi semelhante em todas as paredes ensaiadas, sempre
ocorreu a ruptura do conjunto, indicando que a argamassa trabalhou em conjunto com a
alvenaria.
Figura 6.18 – Modo de ruptura das paredes
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 90
6.4 Correlaçã aredes e Análise dos Resultados
A tabela 6.3 os resultados obtidos após os ensaios das paredes em
ambas as escalas.
T s obtido ra as Paredes esca
o entre P
ilustra um resumo d
abela 6.3 – Resultado s pa la real e reduzida
Tipo de Resultados /
Escalas
Real Reduzida
Verificação de
Semelhança
Resistência
(MPa)
3,43 4,87
Coef. Variação 6,8% 4,9%
NÃO OK
Deformação a 1,5 MPa
(relógios) (‰)
0,35 0,28 OK
Deformação a 1,5 MPa
(extensômetros) (‰)
0,24 0,26 OK
Deformação na ruptura
(relógios) (‰)
2,10 1,80 OK
Deformação na ruptura
(extensômetros) (‰)
1,50 1,32 OK
Módulo a 1,5 Mpa
(relógios)
4413 5923 OK
Módulo a 1,5 Mpa
(extensômetros)
6307 5885 OK
** Se OK, as médias não podem ser consideradas diferentes em um nível
de significância (α) de 5%. Se NÃO OK, as médias são diferentes a este α
Todos os parâmetros contido 4 se o elacionaram efetivamente, e,
statisticamente, não podem ser considerados diferentes em um nível de significância de
5%, exceto a resistência na escala reduzida (4,87
MPa) f ala rea Pa), e um para essa
divergência de valores foi a cura diferenciada entre as escalas.
As paredes da escala real foram montada nsaiadas anteriorme scala reduzida, e
por isso nã ensaiados
s primeiros prismas e paredes na escala 1:4, observou-se a necessidade da cura. Isso
orque quando foram repetidos os procedimentos semelhantes aos da escala real, as juntas
rompimento dessa junta
de ligação com os blocos. Sendo assim, as paredes da escala reduzida foram curadas
s na tabela 5. c rr
e
à compressão. A resistência das paredes
oi muito superior à da esc l (3,43 M a possível explicação
s e e nte à e
o houve a cura dessas paredes. Mais tarde, quando foram montados e
o
p
de argamassa ficaram frágeis e qualquer movimentação nos blocos durante o capeamento
ou mesmo a colocação da instrumentação já era suficiente para o
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 91
cobertas por sacos plásticos e mantidas em ambiente úmido, e, provavelmente, por esse
motivo apresentaram maiores valores de resistência.
Posteriormente, com o objetivo de avaliar a influência do tipo de cura em corpos-de-prova
de alvenaria de blocos de concreto, foi desenvolvido um estudo complementar (ANEXOII)
em que foram realizados alguns ensaios em prismas da escala real e reduzida para analisar:
¾ a influência da cura na resistência à compressão da alvenaria e
¾ a aderência entre blocos e argamassa
Nesses ensaios foram analisadas três tipos de cura diferenciadas, a saber:
cura com exposição a intempéries (condição ambiente)
cura em laboratório (com presença de umidade)
cura em câmara úmida
Para cada tipo de análise, foram montados seis corpos-de-prova. Os resultados indicaram
ue a cura em laboratório (com presença de umidade) e a cura em câmara úmida são
melhantes, e ambas diferem significativamente da cura com exposição a intempéries. As
as de ruptura e os resultados mostraram que quando a cura é realizada, existe um
cim prismas e também na aderência entre as unidades e
rgamassa.
ite
oncluir que o comportamento das deformações médias das paredes nas duas escalas está
relativamente próximo, fa teste “t de student”).
q
se
form
acrés o de resistência nos
a
Através desses resultados, pode-se dizer que foi confirmada a hipótese da influência da
cura nas juntas de argamassa. Os gráficos comparativos são mostrados no ANEXOII.
A análise dos gráficos das curvas tensão x deformação (figura 6.19) e (figura 6.20) perm
c
to comprovado pelos testes estatísticos (
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 92
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Escala Reduzida
Esc eaala R l
Figura 6.19 – Gráfico Tensão x Deformação da Alvenaria nas Paredes (LVDT)
A curva tensão
x deformação obtida pelo uso de LVDT’s (figura 6.19), apresentou um
comportamento similar de deformação até a tensão de aproximadamente 50% da ruptura
da escala real = 1,70 MPa. Para tensões superiores a esse valor, as paredes da escala real
apresentaram uma significativa diminuição de rigidez em relação à escala reduzida. Essa
, não é
sual em obras de alvenaria fazer a cura das paredes, uma vez que esse fato é inviável
essa forma, fica como proposta para futuras investigações em escala reduzida uma
os modelos. Essa argamassa deve
apresentar: uma boa retenção de água, boa trabalhabilidade e aderência. A argamassa
dustrializada, utilizada neste trabalho, apresentou uma boa trabalhabilidade, entretanto,
existe uma clara evidência de que as
reias grossas aumentam a resistência à compressão da argamassa, enquanto as finas
perda de rigidez poderia ser evitada se a parede da escala real fosse curada. Porém
u
economicamente.
D
adequação e ajuste da argamassa a ser utilizada n
in
foi perceptível a deficiência da aderência com as unidades da escala reduzida quando a
mesma não foi curada.
Segundo PRUDÊNCIO JÚNIOR ET AL (2002),
a
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 93
blocos na escala reduzida. Talvez este fato
tenha contribuído para a deficiência na aderência quando não eram curadas.
esmo apresentando valores muito distintos de resistências à compressão, a curva média
reduzem, mas aumentam a aderência, sendo por isso preferíveis. No presente trabalho, as
partículas de areias e materiais inertes que compunham a argamassa industrializada eram,
visivelmente, grandes quando se assentavam
M
tensão
x deformação dos blocos instrumentados (figura 6.20) mostra um comportamento
similar para tensões inferiores a 2,5 MPa. Já para tensões mais elevadas, os blocos
instrumentados das paredes da escala real apresentaram uma rigidez menor.
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MP
Figura 6.20 – Gráfico Tensão x Deformação dos Blocos nas Paredes (Extensômetros)
Analisando-se os gráficos dos módulos de deformação a 1,5 MPa mostrados a seguir,
observa-se que o comportamento dos blocos e da alvenaria manteve-se próximo nas duas
escalas e as inclinações foram semelhantes.
Escala Real
Escala Reduzida
a)
Capítulo 6 – Ensaios em Paredes 94
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Módulo Escala Real
Módulo Escala Reduzida
Figura 6.21 – Gráfico Módulo a 1,5 MPa da Alvenaria nas Paredes (LVDT)
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Módulo Escala Real
Módulo Escala Reduzida
Figura 6.22 – Gráfico Módulo a 1,5 MPa dos Blocos nas Paredes (Extensômetros)
4.413 (Escala Real)
5.923 (Escala Reduzida)
6.307 (Escala Real)
5.885 (Escala Reduzida)
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 95
7 CARACTERIZAÇÃO DA ALVENARIA
Neste capítulo será mostrado um resumo geral dos resultados obtidos nos ensaios de
caracterização da alvenaria através dos ens
aios de blocos, prismas a paredes em ambas as
escalas.
al, seguidos de uma avaliação feita através da eficiência, e,
osteriormente, é mostrado um gráfico comparativo entre os elementos ensaiados. A tabela
7.1 a seguir apresenta esse resumo.
Tabela 7.1 – Resistência, deformação, módulo e coeficiente de variação
7.1 Escala Real
Este item é composto pela apresentação de um resumo dos resultados fornecidos pelos
ensaios na escala re
p
ESCALA REAL
Tipo de Resultados /
Escalas
Blocos Prismas Paredes Argamassa
Resistência
(MPa)
7,01 5,76 3,43 6,00
Coef. Variação 14,4% 9,4% 6,8% 5,9%
Deformação a 2,5 MPa
(relógios) (‰)
0,35 0,31 0,35 -----
Coef. Variação 20,6% 17,3% 19,4%
-----
Deformação a 2,5 MPa
(extensômetros) (‰)
0,28 0,22 0,24 -----
Coef. Variação 14,7% 15,9% 2,6%
-----
Deformação na ruptura
(relógios) (‰)
1,69 2,04 2,10 -----
Coef. Variação 44,7% 21,9% 15,5%
-----
Deformação na ruptura
(extesnsômetros) (‰)
1,97 1,16 1,50 -----
Coef. Variação 19,4% 34,3% 68,5%
-----
Módulo a X** Mpa
(relógios)
7 194 6640 4413 -----
Coef. Variação 25,4% 20,7% 17,0%
-----
Módulo a X** Mpa
(extensômetros)
9034 9218 6307 6500
Coef. Variação 14,7% 27,3% 28,3% 15,1%
Obs.: Todos os parâmetros são médias
** O valor de X é referente a aproximadamente 40% da carga de ruptura em cada
corpo-de-prova ensaiado
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 96
tabela 7.2 mostra os valores de eficiência encontrados nos ensaios em escala real. A
cia
A
eficiência dos prismas foi de 82% e das paredes foi de 43%, valores estes que se
encontram dentro do intervalo usual para alvenaria de blocos de concreto, citado por
RAMALHO e CORRÊA (2003).
Eficiên =
prisma
bloco
f
f
;
parede
bloco
f
f
;
parede
prisma
f
f
Tabela 7.2 – Eficiência de prismas e paredes
Relação entre Resistência de Eficiência
Valores fornecidos pela
Literatura
Prisma/Bloco 0,82 0,50 < e <0,90
Parede*/Bloco 0,43 0,40 < e <0,60
Parede*/Prisma 0,52 0,70
* A resistência da parede foi multiplicada por 0,875, segundo EDGELL et al (1990)
Neste momento vale informar que a relação Parede/Prisma = 0,52, foi um valor baixo
quando comparado com o obtido pela escala reduzida. Este fato deve-se possivelmente ao
comportamento da argamassa nas juntas horizontais das paredes, uma vez que a mesma
apresentou um esfarelamento precoce a ruptura das unidades, fazendo com que a relação
a tivesse um valor abaixo do esperado.
Na figura 7.1, é apresentado o gráfico tensões
x deformações dos blocos, prismas e paredes
obtidos através da aquisição de dados com uso de relógios comparadores. Na figura 7.3, é
mostrado o gráfico das tensões x deformações quando os blocos dos elementos foram
instrumentados com extensômetros.
Parede/Prism
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 97
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Blocos
Prismas
Paredes
blocos, prismas e paredes (Relógios e LVDTs) Figura 7.1 – Média Tensão x Deformação de
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Blocos
Prismas
Paredes
Figura 7.2 – Mé xtensômetros)
dia Tensão x Deformação de blocos, prismas e paredes (E
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 98
7.2 Escala Reduzida
, será apresentado um resumo dos resultados obtidos através dos ensaios na
zida, e também a correlação entre esses valores avaliados pelo fator de
tado um resumo dos ensaios realizados na escala reduzida
Tabela 7.3 – Resistência, deformação, módulo e coeficiente de variação
Neste item
escala redu
eficiência. A seguir é apresen
(tabela 7.3).
ESCALA REDUZIDA
Tipo de Resultados /
Escalas
Blocos Prismas Paredes Argamassa
Resistência
(MPa)
7,51 6,03 4,87 6,00
Coef. Variação 8,3% 13,0% 4,9% 5,9%
Deformação a 2,5 MPa
(relógios) (‰)
--- 0,36 0,28 -----
Coef. Variação --- 23,1% 37,7%
-----
Deformação a 2,5 MPa
(extensômetros) (‰)
0,34 0,26 0,26 -----
Coef. Variação 31,7% 8,4% 8,9%
-----
Deformação tura na rup
(relógios) (‰)
--- 2,78 1,80 -----
Coef. Variação --- 10,9% 30,4%
-----
Deformação n tura a rup
(extesnsôm ) etros) (‰
2,38 1,43 1,32 -----
Coef. Variação 21,4% 34,9% 40,8%
-----
Módulo a X Mpa
(relógios)
--- 5946 5923 -----
Coef. Variação --- 15,1% 2,6%
-----
Módulo a X Mpa
(extensômetros)
8540 7618 5885 6500
Coef. Variação 34,6% 8,4% 9,3% 15,1%
Obs. : Todos os parâmetros são médias
** O valor de X é referente a aproximadamente 40% da carga de ruptura em cada
corpo-de-prova ensaia
do
A tabela 7.4 mostra os valores de eficiência encontrados nos ensaios em escala real. A
eficiência dos prismas foi de 80% e das paredes foi de 57%, valores estes que se
encontram dentro do intervalo usual para alvenaria de blocos de concreto, citado por
RAMALHO e CORRÊA (2003).
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 99
Eficiência =
prisma
bloco
f
f
;
parede
bloco
f
f
;
parede
prisma
f
f
Tabela 7.4 – Eficiência de prismas e paredes
Relação entre Resistência de Eficiência
Valores fornecidos pela
Literatura
Prisma/Bloco 0,80 0,50 < e <0,90
Parede*/Bloco 0,57 0,40 < e <0,60
Parede*/Prisma 0,71 0,70
* A resistência da parede foi multiplicada por 0,875, segundo EDGELL et al (1990)
As figuras a seguir ilustram o comportamento estrutural de cada tipo de elemento
ensaiado, através dos gráficos das médias tensões
x deformações.
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Blocos
Prismas
Paredes
Figura 7.3 – Gráfico da média Tensão x Deformação dos blocos, prismas e paredes (Extensômetros)
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 100
ma - deformação na ruptura da alvenaria
resistência à compressão.
Tabela 7.5 – Resumo dos resultados obtidos
7.3 Resumo Geral
A tabela a seguir mostra o resumo geral dos resultados obtidos pelos ensaios de
caracterização da alvenaria em ambas as escalas. Todos os parâmetros de avaliação se
correlacionaram e não podem ser considerados diferentes a um nível de significância de
5%, exceto, os valores em azuis de: no pris
(relógio), e na parede –
Elementos Blocos Prismas Paredes
Tipo de Resultados /
Escalas
Real Reduzida Real Reduzida Real Reduzida
Resistência
(MPa)
7,01 7,51 5,76 6,03 3,43 4,87
Coef. Variação 14,4% 8,3% 9,4% 13,0% 6,8% 4,9%
Deformação a 2,5 MPa
(relógios) (‰)
0,35 --- 0,31 0,36 0,35 0,28
Coef. Variação 20,6% --- 17,3% 23,1% 19,4% 37,7%
Deformação a 2,5 MPa
(extensômetros) (‰)
0,28 0,34 0,22 0,26 0,24 0,26
Coef. Variação 14,7% 31,7% 15,9% 8,4% 2,6% 8,9%
Deformação na ruptura
(relógios) (‰)
1,69 --- 2,04 2,78 2,10 1,80
Coef. Variação 44,7% --- 21,9% 10,9% 15,5% 30,4%
Deformação na ruptura
(extesnsômetros) (‰)
1,97 2,38 1,16 1,43 1,50 1,32
Coef. Variação 19,4% 21,4% 34,3% 34,9% 68,5% 40,8%
Módulo a X Mpa
(relógios)
7941 --- 6640 5946 4413 5923
Coef. Variação 25,4% --- 20,7% 15,1% 17,0% 2,6%
Módulo a X Mpa
(extensômetros)
9034 8540 9218 7618 6307 5885
Coef. Variação 14,7% 34,6% 27,3% 8,4% 28,3% 9,3%
Embasado nos testes estatísticos empregados, não se pode descartar a hipótese de que a
alvenaria na escala real está bem representada pelos modelos físicos reduzidos. Se não
fossem as incompatibilidades provocadas pela argamassa de assentamento, poder-se-ia
dizer que foram confirmadas as correlações de resistência e deformação entre protótipo e
modelo, tornando possível trabalhar de forma reta com modelos físicos reduzidos para o
estudo d
di
e alvenaria de blocos de concreto.
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 101
8 ENSAIOS EM PAREDES H
Este capítulo descreve a montagem, instrumentação e os resultados obtidos nos ensaios das
aredes H, deixando a análise dos resultados para o fechamento do trabalho, no capítulo X.
ade do ensaio é a investigação do comportamento estrutural de pequenos painéis
de alvenaria em formato de H e a determinação da resistência ao cisalhamento vertical da
alvenaria com amarração direta. Para tanto, foram construídos dois tipos de paredes (PH1 e
PH2), e para cada tipo, foram feitas três unidades.
A primeira forma de construção, chamada de parede PH1 (figura 8.1 (a)), a parede central
não é apoiada em sua base, e com isso todo o carregamento deve ser transferido para os
flanges.
p
8.1 Descrição dos Ensaios em Paredes H
A finalid
6,0
rebaixo
Parede PH1 (a) Parede PH2 (b)
Figura 8.1 – Tipos de paredes a serem ensaiadas
A segunda forma de construção, chamada de parede PH2 (figura 8.1 (b)), a parede central
é ap de oiada em sua base, dessa forma, pretende-se observar os efeitos de transferência
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 102
uma
parte do carregamento na parede PH2, pudessem ser transferidos às paredes laterais,
através da .2.
carga entre paredes simulando uma estrutura real, onde geralmente todas as paredes da
edificação são apoiadas em outras paredes ou em vigas baldrames.
Os ensaios consistiram em aplicar um carregamento vertical, uniformemente distribuído,
sobre a parede central, de forma que todo o carregamento, no caso da parede PH1, e
s ligações contrafiadas, conforme representação esquemática da figura 8
6,0
rebaixo
0,15
1,00
0,27
Laje de Reação
Viga Metálica
Cilindro ico (1000kN) Hidrául
Capeamento c/
Gesso
Base em
Concreto
Armado
Parede Central
sem apoio
ReaçãoPórtico de
lula de Carga
Figura 8.2 – Representação esquemática do ensaio em paredes H na escala real
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 103
8.2 Escala Real
8.2.1 Montagem das Paredes H
Os corpos-de-prova na escala real (1:1) foram executados por um pedreiro experiente, com
o emprego dos equipamentos básicos para assentamento de alvenaria estrutural, tais como:
escantilhão, prumo de pedreiro, esquadro, régua metálica e o nível de bolha. A figura 8.3
mostra a disposição dos blocos nas fiadas.
Figura 8.3 – Modulação das fiadas e dimensões dos corpos-de-prova (escala real)
De acordo com a NBR 5712 (ABNT, 1982) as juntas de argamassa devem ter 10 mm de
espessura. Conseguiu-se atingir esse valor através do uso de espaçadores de plástico,
vendidos comercialmente. A argamassa utilizada foi a mesma com que foram construídos
os prismas e paredes.
(a) (b)
Figu dos ra 8.4– (a) Escantilhão e (b) assentamento de blocos instrumenta
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 104
Figura 8.5 – Seqüência de montagem das paredes H
8.2.2 Instrumentação
As paredes H foram instrumentadas com a utilização de relógios transdutores de
deslocamentos, LVDT´s e de extensômetros elétricos. A idéia inicial era de instrumentar
com extensômetros apenas 01
corpo-de-prova para cada modelo, porém, devido a uma
falha de leitura durante o ensaio da PH2-02, tornou-se necessária a instrumentação de mais
uma unidade, no caso a PH2-03.
Os corpos-de-prova em que não foram colados extensômetros, caso das paredes PH1_01,
PH2_01 e PH1_03 nsdutores de
deslocam o de 20
mm.
Quatro deles fora para a obtenção
o deslocamento vertical e para verificação de um possível deslocamento diferencial da
, foram basicamente instrumentados com 07 tra
ento da marca Kyowa, com sensibilidade de 0,01 mm, com curso máxim
m instalados na parede central com ponto fixo no piso,
d
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 105
central, com ponto fixo no piso,
ara a verificação de possíveis deslocamentos horizontais. E os outros dois restantes foram
mesma. Um deles, o relógio R5, foi instalado na parede
p
instalados em diversas posições, dependendo do ensaio, para verificação do deslocamento
dos flanges. Para melhor visualização e entendimento das instrumentações utilizadas, para
cada ensaio descrito no item a seguir, será colocada uma ilustração do esquema adotado.
Figura 8.6 – Instrumentação das paredes (sem extensômetros)
Nos corpos-de-prova des PH1_02,
etros
létricos do tipo KFG - 30 - 120 - C1 - 11. A colagem desses extensômetros (figura 8.7)
i realizada antes do assentamento dos blocos, visto que os mesmos foram submetidos a
um pré-carregamento, para a realização da calibração.
que foram colados extensômetros, caso das pare
PH2_02 e PH2_03, realizaram-se a instrumentação dos blocos através de extensôm
e
fo
Figura 8.7 – Detalhes da calibração das unidades instrumentadas com extensômetros
A figura 8.8 representa o detalhe esquemático da disposição dos blocos instrumentados
com extensômetros numerados de 1 a 14.
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 106
Figura 8.8 – Numeração dos extensômetros nas paredes
Figura 8.9 – Instrumentação das paredes com extensômetros
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 107
8.2.3 Resultados – Paredes H Tipo 1
Foram ensaiados 3 painéis em formato H, não apoiados em seu vão central. A
instrumentação foi empregada, diferenciando em paredes instrumentadas com
extensômetros e paredes monitoradas com apenas relógios e LVDTs. Os resultados de
carga de ruptura são apresentados na tabela a seguir.
Tabela 8.1 – Resultados dos ensaios em paredes tipo 1
PH1
Carga de Fissuração
(kN)
Carga de Ruptura (kN)
Resistência ao
Cisalhamento τ (MPa)
PH1_01 --- 304 1,10
PH1_02 100 230 0,83
PH1_03 152 196 0,71
Média 126,00 243,33 0,88
Parede PH1_01
parede PH1_01 apresentou uma ruptura brusca com a carga de 304 kN. Os relógios
mparadores foram retirados na carga de aproximadamente 150 kN, a figura a seguir
stra o momento da ruptura.
A
co
ilu
(a) (b)
Figura 8.10 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de ruptura (PH1_01)
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 108
A instrumentação dessa parede foi conforme descrito no item 7.2.2, onde não foram
usados extensômetros. A figura 8.11 mostra o esquema de instrumentação dessa parede. O
gráfico da figura 8.12 mostra o comportamento do deslocamento vertical da parede central
em relação ao piso, medidos por transdutores (relógios e LVDTs).
R3
R1
R2
R4
LVDT 1
LVDT 2
Figura 8.11 – Detalhe dos relógios na instrumen ação da parede PH1-01 (sem extensômetros)
t
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
Carga (kN)
100,00
0
140,00
160,00
0,00 0,10 0, 0,70 1,00
120, 0
LVDT2
Relógio 2
0,20 0,30 40 0,50 0,60
Deslocamento (mm)
0,80 0,90
LVDT 1
Relógio 1
12 – Grá arga x Deslocament ontos da parede cen H1_01
Figura 8. fico C o de p tral P
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 109
través do gráfico Carga x Deslocamento da parede central, pode-se observar que essa
arede apresentou um comportamento semelhante em todos os pontos instrumentados.
ntada com extensômetros)
A
p
Parede PH1_02 (instrume
oram retirados, permitindo-se visualizar os deslocamentos até o instante da
ptura, como mostra a figura 8.15.
A parede PH1_02 apresentou fissuração a partir da carga de 100 kN e a ruptura foi brusca
com a carga de 230 kN, a figura 8.13 mostra os detalhes da ruptura. Nessa parede, os
relógios não f
ru
Figura 8.13 – Detalhes da forma de ruptura (PH1_02)
Além dos extensômetros, essa parede foi instrumentada com relógios e LVDT, como
mostra a figura a seguir. Os dados de deformações obtidas com o uso de extensômetros são
analisados e discutidos no próximo item.
R1R2
LVDT 1 e 2
Figura 8.14 – Detalhe dos relógios na instrumentação da parede PH1_02 (com extensômetros)
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 110
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00
Deslocamento (mm)
Carga (kN)
LVDT2
Relógio 2
LVDT1
Relógio 1
Figura 8.15 – Gráfico Carga x Deslocamento de pontos da parede central (PH1_02)
Através do gráfico Carga x Deslocamento, pode-se observar que o LVDT1, que foi
stalado na primeira fiada (figura 8.14) e tomava os deslocamentos em relação ao piso, foi
o transdutor que apresentou o maior deslocamento.
Parede PH1_03
in
A parede PH1_03 rompeu com a carga de 196 kN. Os relógio comparadores foram
retirados a carga de aproximadame 0 kN, a figura a seguir ilustra o momento da
ruptura.
nte 17
(a) (b)
Figura 8.16 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de ruptura (PH1_03)
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 111
A instrumentação dessa parede foi realizada conforme descrito no item 7.2.2 onde não
foram usados extensômetros. A figura 8.17 mostra o esquema de instrumentação dessa
parede.
R1
R4
LVDT
R2
A1
Figura 8.17 – Detalhe dos relógios na instrumentação da parede PH1-03 (sem extensômetros)
O gráfico da figura 8.18 mostra o comportamento do deslocamento vertical da parede
central em relação ao piso, medidos por transdutores (relógios e LVDTs). É possível
observar que tanto os relógios R1 e R2, como os R3 (LVDT) e R4 apresentaram um
comportamento similar com os relógios A1 e A2, respectivamente, instalados na aba.
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00
Deslocamento (mm)
Carga (kN)
Relógio 1
Relógio 2
Relógio 3 LVDT
Relógio 4
Aba 1
Aba 2
Figura 8.18 – Gráfico Carga x Deslocamento da parede central e aba (PH1_03)
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 112
.2.4 Resultados - Paredes H Tipo 2 (apoiadas)
oram ensaiados 3 painéis em formato H, apoiados em seu vão central. A instrumentação
deu conforme apresentado no item anterior, diferenciando em paredes instrumentadas
om extensômetros e paredes monitoradas com relógios e LVDTs. Os resultados de carga
e ruptura são apresentados na tabela a seguir.
Tabela 8.2 – Resultados dos ensaios em paredes tipo 2 (apoiadas na base)
8
F
se
c
d
Carga de Fissuração
PH2
(kN)
Carga de Ruptura (kN)
PH2_01
120 564
PH2_02
277 476
PH2_03 167 490
Média 188,00 510,00
Neste momento, vale lembrar que a carga de ruptura das paredes simples foi de 427,80 kN,
dessa forma, a carga de ruptura nas paredes H tipo 2, foi maior em aproximadamente 20%.
Parede PH2_01
A pa e PH2_01 apresred entou fissuração a partir da carga de 120 kN, e a ruptura foi brusca
om a carga de 564 kN, a figura 8.19 mostra o instante e os detalhes da ruptura. c
(a) (b)
Figura 8.19 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de ruptura (PH2_01)
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 113
instrumentação utilizada nessa parede foi a mesma empregada na parede PH1_01 (figura
.11). O gráfico da figura 8.20 mostra o comportamento do deslocamento vertical de
ontos da parede central em relação ao piso, medidos por transdutores (relógios e LVDTs).
través desse gráfico, pode-se observar que a partir da carga de 100 kN as curvas
presentam uma inclinação similar, revelando que os transdutores de deslocamento
apresentaram o mesmo comportamento.
A
8
p
A
a
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
Deslocamento (mm)
Carga (kN)
LVDT1
Relógio 2
LVDT2
Relógio 1
Figura 8.20 – Gráfico Carga x Deslocamento da parede central
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 114
arede PH2_02 (instrumentada com extensômetros)P
A parede PH2_02 apresentou fissuração a partir ruptura foi brusca
com a carga de 476 kN, a figura 8.21 mo e os detalhes da ruptura. Nessa
parede, os relógios não foram irados, perm visualizar os deslocamentos até o
instante da ruptura como mostra igura 8.22. O ema de instrumentação foi o mesmo
empregado na parede PH1_02 (figura 8.14).
da carga de 277 kN, e a
stra o instante
ret itindo
a f esqu
(a) (b)
Figura 8.21 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de ruptura (PH2_02)
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60
Deslocamento (mm)
Carga (kN)
LVDT2
Relógio 2
LVDT1
Relógio 1
Figura 8.22 – Gráfico Carga x Deslocamento da parede central
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 115
Parede PH2_03 (instrumentada com extensômetros)
A parede PH2_03 apresentou as primeiras fissuras com a carga de 167 kN e rompeu com a
carga de 490 kN. Os relógios comparadores instalados nas abas foram retirados à carga de
aproximadamente 170 kN, enquanto que os relógios instalados na parede central não foram
retirados, permitindo assim visualizar os deslocamentos até o instante da ruptura como
mostra a figura 8.25.
(a) (b)
Figura 8.23 – (a) Instante da Ruptura e (b) Detalhe da forma de u ura (PH2_02)
r pt
R1
LVDT
R2
A1
Figura 8.24 – Detalhe dos relógios na instrumentação da parede PH2_03 (com extensômetros)
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 116
0,00
400,00
500,00
100,00
200,00
300,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50
Deslocamento (mm)
rCa ga (kN)
Relógio 1
Relógio 2
Relógio 3 - LVDT
Relógio 4
Aba 1
Aba 2
Figura 8.25 – Gráfico Carga x Deslocamento da parede central
A partir da figura 8.25, observa-se que a parede central, instrumentada por R1, R2, R3 e
R4 apresentou um comportamento similar quanto ao deslocamento vertical em todos os
pontos medidos. Os dados de deformações, obtidos pelos extensômetros, serão mostrados
e analisados no próximo item.
É interessante mostrar que sem entados nas
rais (abas), caracterizados nesta parede pelos relógios A1 e A2. Esse fato
pre existiu o deslocamento dos pontos instrum
paredes late
mostrou que houve uma transferência de cargas da parede central para as abas.
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 117
.3 Escala Reduzida
Os corpos-de-prova na escala reduzida (1:4) foram executados com o auxílio de
ferramentas e gabaritos apropriados de modo a minimizar os efeitos da mão-de-obra,
controlando assim, com maior eficiência, parâmetros como nível, prumo e espessura de
juntas. As etapas de montagem podem ser observadas na figura 8.26.
8
8.3.1 Montagem das Paredes H na Escala 1:4
Figura 8.26 – Seqüência de montagem das paredes H na escala reduzida
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 118
strumentado com extensômetros apenas 01
corpo-de-prova para cada modelo.
ara melhor visualização e entendimento dos dois tipos de instrumentações utilizadas, as
icionamento dos transdutores e extensômetros.
8.3.2 Instrumentação
As paredes H na escala 1:4 foram instrumentadas de duas maneiras: (1) com a utilização
de relógios transdutores de deslocamentos, LVDT´s e (2) com o uso de extensômetros
elétricos para leitura de deformações no encontro das ligações contrafiadas. Foi
in
P
figuras a seguir mostram o pos
Figura 8.27 – Instrumentação das paredes (sem
extensômetros)
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 119
Figura 8.28 – Instrumentação das paredes com extensômetros
8.3.3 Resultados Paredes H Tipo 1
Foram ensaiados 3 painéis em formato H não apoiados em seu vão central, em que a
instrumentação foi empregada, diferenciando em parede instrumentada com extensômetros
e paredes monitoradas com relógios e LVDTs. Os resultados de carga de fissuração,
ruptura e resistência ao cisalhamento são apresentados na tabela a seguir.
Tabela 8.3 – Resultados dos ensaios em paredes tipo 1
PH1
Carga de Fissuração
(kN)
Carga de Ruptura (kN)
Resistência ao
Cisalhamento τ (MPa)
PH1_01 26,5 27 1,56
PH1_02 24,7 25,5 1,47
PH1_03 25,5 25,5 1,47
Média 25,57 26,00 1,50
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 120
Formas de Ruptura PH1
Pode se dizer que a forma de ruptura apresentada para a parede H tipo 1, foi muito
semelhante à da escala real, em que ocorreu a ruptura por cisalhamento nas unidades
contrafiadas.
Figura 8.29 – Detalhe da forma de ruptura Paredes H tipo 1 – parede central não a
poiada
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 121
8.3.4 Resultados Paredes H Tipo 2 (apoiadas)
Foram ensaiados 3 painéis em formato H apoiados em seu vão central, e a instrumentação
se deu conforme apresentado no item anterior, diferenciando em paredes instrumentadas
com extensômetros e paredes monitoradas com relógios e LVDTs. Os resultados de carga
de fissuração, ruptura e resistência ao cisalhamento são apresentados na tabela a seguir.
Tabela 8.4 – Resultados dos ensaios em paredes tipo 2 (apoiadas na base)
PH2
Carga de Fissuração
(kN)
Carga de Ruptura (kN)
PH2_01
45,50 47,10
PH2_02
42,00 42,00
PH2_03 38,00 38,00
Média 41,83 42,37
abe lembrar que a carga de ruptura das paredes simples foi de 37,0 kN, e dessa forma, a
Ruptura – PH2
C
carga de ruptura nas paredes H tipo 2, foi maior em aproximadamente 15%.
Formas de
Capítulo 8 – Ensaios em Paredes H 122
Figura 8.30 – Detalhe da forma de ruptura Paredes H tipo 2 – apoiadas na base
As formas de ruptura apresentadas para as paredes H tipo 2 na escala reduzida foram muito
semelhantes as da escala real.
Capítulo 9 – Ensaio ao Cisalhamento nas Unidades 123
9 ENSAIO AO CISALHAMENTO NAS UNIDADES
zados com o objetivo de se obter uma
ossível correlação entre a resistência do mesmo e a resistência apresentada pelas paredes
ue a capacidade cisalhante
e paredes de alvenaria é uma propriedade indispensável à análise da distribuição de
carg
.1 Escala Real
ferenciando os procedimentos para esse tipo de ensaio,
ram ensaiados 3 blocos para uma verificação preliminar do comportamento de ruptura.
Os ensaios ao cisalhamento nos blocos foram reali
p
H tipo 1, onde o vão central não estava apoiado. Vale salientar q
d
as verticais.
9
Como não existe norma brasileira re
fo
Cada bloco foi ensaiado de uma maneira diferente, classificada como mostra a figura 9.1 a
seguir.
Os ensaios tipos A, B e C, ao cisalhamento nas unidades, foram realizados com o objetivo
de identificar qual é o tipo que retrata mais fielmente o comportamento das paredes na
ruptura, tanto no modo quanto nos valores de ruptura.
Uma vez identificado o tipo de ensaio que reflete o comportamento dos blocos na ruptura
das paredes, foi tomado como padrão e reproduzido na escala reduzida.
Capítulo 9 – Ensaio ao Cisalhamento nas Unidades 124
Figura 9.1 – Tipos de ensaio ao cisalhamento de blocos
Quanto ao valor de ruptura:
A tabela a seguir mostra as cargas de ruptura obtidas no ensaio das paredes H não
apoiadas.
Tabela 9.1 – Carga de ruptura das paredes e por bloco contrafiado
Parede
Ensaiada
Carga de Ruptura
da Parede (kN)
Número de Blocos
Contrafiados
Carga de Ruptura
por Bloco
Contrafiado* (kN)
PH1_01 304 6 50,66
PH1_02 230 6 38,33
PH1_03 196 6 32,67
Média 243,33 6 40,55
* Carga de Ruptura da parede dividida pela quantidade de blocos contrafiados (6)
Capítulo 9 – Ensaio ao Cisalhamento nas Unidades 125
Quanto ao valor de ruptura, o tipo de ensaio mais indicado foi aquele em que a média da
carga de ruptura do ensaio ao cisalhamento, ficou mais próxima do valor da média da
carga de ruptura das paredes por bloco igual a 40,55 kN.
Dessa maneira, foram ensaiadas 6 unidades para cada tipo de ensaio. A tabela a seguir
mostra a média dos resultados dos ensaios ao cisalhamento das unidades.
Tabela 9.2 – Ensaio ao cisalhamento em blocos
Tipo de
Ensaio
Car
g
a Média de Ruptura
dos Blocos (kN)
A 46,73
B 39,79
C 28,27
Com os dados obtidos, observou-se que o ensa
valor mais próximo do ocorrido nas paredes (40,55kN). A tabela 13.17 em anexo mostra
os resultados individuais do ensaio tipo B. A área cisalhante foi de 181,41cm², e a tensão
cisalhante encontrada para o ensaio tipo B foi de 2,2 MPa.
Quanto ao modo de ruptura:
io tipo B (39,79kN) foi o que apresentou o
O comportamento de ruptura dos blocos e paredes é visualizado nas figuras a seguir.
Figura 9.2 – E saio tipo A n
Capítulo 9 – Ensaio ao Cisalhamento nas Unidades 126
Figura 9.3 – Ensaio tipo C
Figura 9.4 – Blocos ensaio tipo B
Figura 9.5 – Forma de ruptura dos blocos contrafiados das paredes H
Capítulo 9 – Ensaio ao Cisalhamento nas Unidades 127
De acordo com os valores e os modos de ruptura apresentados, pôde-se observar que o
ensaio ao cisalhamento tipo B foi o que mais se aproximou dos valores encontrados nas
paredes. Além disso, a sua forma de ruptura também foi semelhante ao das paredes;
portanto, foi considerado o mais indicado para os estudos de correlação de resistência ao
cisalhamento entre paredes contrafiadas e blocos.
9.2 Escala Reduzida
Pelo fato do ensaio ao cisalhamento tipo B ter apresentado o comportamento mais próximo
pregado para a escala reduzida. da parede, ele foi o em
ala reduzida
tabela 13.18, em anexo, mostra os resultados individuais do ensaio na escala
reduzida.
Tabela 9.3 – Ensaio ao cisalhamento em blocos na escala reduzida
Figura 9.6 – Disposição de ensaio na esc
Foram ensaiadas 11 unidades ao cisalhamento, e a tabela a seguir mostra a média dos
resultados. A
Tipo de
Ensaio
Car
g
a Média de Ruptura
dos Blocos (kN)
Resistência ao
Cisalhamento (MPa)
B 1,92
1,70
Capítulo 9 – Ensaio ao Cisalhamento nas Unidades 128
O valor da resistência ao cisalhamento foi de 2,2MPa para a escala real, enquanto que na
escala reduzida foi de 1,70 MPa. A diferença percentual foi de 29%.
Modo de ruptura:
O comportamento de ruptura dos blocos e paredes é visualizado nas figuras a seguir.
Figura 9.7 – Forma de ruptura das paredes H (1:4) e ensaio ao cisalhamento na unidade
Pode-se dizer que as formas de ruptura apresentadas para os blocos contrafiados nas
paredes foram semelhantes às obtidas nos ensaios das unidades ao cisalhamento.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 129
10 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste capítulo serão analisados os resultad
os obtidos nos ensaios das paredes H, em escala
real e reduzida. Posteriormente, serão feitas as correlações entre escalas, e por fim, será
apresenta lacionar
os resultados experimentais da parede H tipo com um modelo de transferência de cargas.
arede em formato H tipo 1 (sem apoio na base) Ruptura = 243,33kN
¾ Ensaio ao cisalhamento das unidades Ruptura = 39,79kN
Como a parede central não possuía apoio algum, pôde-se correlacionar a carga de ruptura
da parede (F
PH1
) com a carga de ruptura das unidades contrafiadas (F
cu
) que foram
ensaiadas ao cisalhamento. A figura a seguir ilustra os seis blocos contrafiados que foram
responsáveis pela determinação da resistência do painel.
Em valores numéricos pode-se exemplificar que a carga média de ruptura ao corte nos
blocos, foi de 39,79 kN, que, multiplicada por seis unidades, resulta em uma força de 239
kN. Sabe-se que o valor da carga de ruptura do painel foi de 243 kN e ficou bem próxima
aos 239kN. Dessa forma, pode-se dizer que é possível estimar a resistência ao
cisalhamento da ligação, pelo somatório das resistências ao cisalhamento das unidades
elhante a essa foi obtida por SILVA (2003), quando ensaiou
painéis em formato H com ligações diretas em blocos cerâmicos.
da uma modelagem numérica, que foi realizada com o objetivo de corre
2
I Escala Real
10.1 Paredes H Tipo 1
10.1.1 Analogia entre as Cargas de Ruptura
As cargas de ruptura apresentadas foram:
¾ Painel de p
contrafiadas. Conclusão sem
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 130
Figura 10.1 – Parede central com 6 blocos contrafiados
F
PH1
= F
cu
x N
b;
onde N
b
é a quantidade de blocos contrafiados
243,33 39,79 x 6 243,33 238,74 (kN)
Portanto, quando uma parede contrafiada não possui restrições de translação em sua base,
o que define sua resistência de ruptura é a resistência ao cisalhamento das unidades
contrafiadas. Essa afirmação é reforçada pela forma de ruptura apresentada nos blocos
contrafiados, que muito se assemelhou com a forma de ruptura das unidades ao
cisalhamento.
Figura 10.2 – Forma de ruptura parede H tipo 1
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 131
10.1.2 Deformações – Parede Central
A seguir são apresentados os gráficos obtidos através da instrumentação por extensômetros
até o momento da fissuração, a carga de aproximadamente 167 kN. Foi fixada uma carga
de leitura, e, a partir desta, tomou-se as deformações nos extensômetros de cada fiada.
Antes da Fissuração
0
1
300-250-200-150-100-50-0
Deformação
2
3
4
5
6
(
µ
e
)
6 kN 10 kN 15 kN 20 kN 30 kN 40 kN 50 kN 60 kN 70 kN 100 kN
ações nos extensômetros da parede central Figura 10.3 – Deform
Antes da Fissuração
0
1
2
3
4
5
6
300-250-200-150-100-50-0
Deformação (
µ
e)
6 kN 10 kN 15 kN 20 kN 30 kN 40 kN 50 kN 60 kN 70 kN 100 kN
Figura 10.4 – Deformações nos extensômetros da parede central
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 132
arede central deformou-se
e modo semelhante nesses pontos instrumentados, com exceção do ponto correspondente
Através do gráfico da figura 10.4, é possível visualizar que as deformações ocorridas na 2ª,
3ª e 4ª fiadas foram similares, e isso foi um indicativo de que a p
d
a 1ª fiada, pois este não possuía restrições em sua base e não acusou deformações na
unidade.
Antes da Fissuração
0
1
2
3
4
5
6
300-250-200-150-100-50-0
Deformação (
µ
e)
6 kN 10 kN 15 kN 20 kN 30 kN 40 kN 50 kN 60 kN 70 kN 100 kN
Figura 10.5 – Deformações nos extensômetros da parede central
s gráficos a seguir quantificam as deformações ocorridas nos extensômetros que estavam
O gráfico da figura 10.5 mostra as deformações nos extensômetros da parede central na
região da ligação entre as paredes.
10.1.3 Deformações – Paredes Laterais (Abas)
O
fixados na aba. Através desses gráficos, é possível observar que as deformações são
maiores no trecho inferior da parede, na altura correspondente a 1ª e 2ª fiadas.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 133
Antes da Fissuração
6
6 kN 10 kN 15 kN 20 kN 30 kN 40 kN 50 kN 60 kN 70 kN 100 kN
0
1
2
3
4
5
300-250-200-150-100-50-0
Deformação (
µ
e)
Figura 10.6 – Deformações nos extensômetros da parede lateral
O gráfico a seguir mostra as deformações ocorridas na parede central e abas ao longo da
altura das fiadas. As linhas em verde representam as deformações ocorridas na parede
central, e nas linhas em azul, na aba, os traços mais espessos indicam a carga de
fissuração.
Parede Central e Aba - Uniformização de Tensões
5
6
6 kN 10 kN 15 kN 20 kN 30 kN
40 kN 50 kN 60 kN 70 kN 100 kN
aba - 6kN aba - 10kN ab 15kNa - aba - 20kN aba - 30kN
aba - 50kN aba - 60kN ab 70kNa - aba - 100kN
1
2
3
4
0
300-250-200-150-100-50-0
Deformação (
µ
e)
Figura 10.7 – Deformações nos extensômetros – parede central e abas
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 134
ado pelo
tipo de ligação contrafiada, onde se supõe que a outra metade esteja na aba conjugada. Tal
fato se evidenciou numericamente tomando como exemplo as cargas de 70kN e 85kN,
tem-se a seguinte tabela.
Tabela 10.1 – Deformações nos extensômetros da parede central e abas - 1ª e 2ª fiadas
70 kN 85 kN
Através deste gráfico, é possível observar que a deformação na 1ª fiada da aba é
aproximadamente a metade da registrada na parede central, isso pode ser explic
Deformações
Parede Central Aba Parede Central Aba
2ª Fiada
63 30 79 34
1ª Fiada
54 27 65 30
Somatória µe
117 57 144 64
De acordo com a analogia entre as cargas de ruptura e as análises das deformações nas
paredes, pode-se supor que exista uma distribuição de forças ao longo da ligação da parede
carregada com a aba lateral, sendo a resistência do bloco ao cisalhamento o parâmetro que
define a resistência final da ligação em estudo.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 135
10.2 Paredes H Tipo 2 (apoiadas)
10.2.1 Analogia entre as Cargas de Ruptura
As cargas de ruptura apresentadas nas paredes ensaiadas foram:
¾ Painel de parede simples 90x100 cm Ruptura = 427,8kN
¾ Painel de parede em formato H tipo 2 (base apoiada) Ruptura = 510kN
20%
A carga necessária para romper a parede sim les (90x100 cm) foi de aproximadamente
428kN, enquanto que para a iferença de valores (82kN)
permite uma analogia com a resistência ao cisalhamento das unidades, que foi da ordem de
40kN. Pode-se supor que o acréscimo de 82kN, distribuiu-se de acordo com uma região
principal de transferência de cargas a 45º (figura 10.13) e solicitou ao cisalhamento, os
dois primeiros blocos que estavam efetivamente contrafiados (3ª fiada), a carga de 41kN,
levando-os a ruptura e, consequentemente, a parede como um todo. Observa-se que os dois
primeiros blocos, referentes a 5ª fiada, não estavam efetivamente contrafiados, pois as suas
disposições e o modo de aplicação de carga permitiam um giro em suas extremidades.
Portanto, pode-se dizer que a ligação direta entre as paredes teve um papel fundamental
nesse acréscimo de 20% do valor da ruptura, e que os blocos contrafiados que foram
solicitados ao esforço de corte definiram a carga de ruptura da parede.
A constatação de que os blo forma significativa na carga
de ruptura do painel H pode ser evidenciada na forma de ruptura da parede, pois esses
Pode-se dizer que para a parede em forma de H houve um acréscimo de aproximadamente
no valor da carga de ruptura.
p
parede H foi de 510kN. Essa d
cos contrafiados contribuíram de
blocos sofreram a ruptura devido ao esforço cortante como mostra a figura a seguir.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 136
Figura 10.8 – Forma de ruptura - Blocos contrafiados cisalhados
0.2.2 Deformações – Parede Central
s gráficos a seguir ilustram as deformações ocorridas nos extensômetros colados ao
1
O
longo da altura da parede. Para melhor análise e visualização dos dados, as deformações
foram representadas em diferentes níveis de cargas, e com isso pôde-se analisar o
comportamento antes e após a fissuração. A carga de fissuração é indicada com o traço
mais forte em vermelho.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 137
Antes da Fissuração
3
4
5
6
2
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN 40 kN 60 kN
0
1
1000-900-800-700-600-500-400-300-200-100-0
Deformação (
µ
e)
100 kN 120 kN 150 kN
Após Fissuração
5
6
0
1
1000-900-800-700-600-500-400-300-200-100-0
Deformação (
µ
e)
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN 40 kN 60 kN 100 kN 120 kN 150 kN
200 kN 250 kN 300 kN 350 kN 400 kN 450 kN 460 kN 475 kN 480 kN
Figura 10.9 – Deformações nos extensômetros da parede central
4
2
3
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 138
Antes da Fissuração
0
1
2
3
4
5
6
1000-900-800-700-600-500-400-300-200-100-0
Deformação (
µ
e)
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN 40 kN 60 kN 100 kN 120 kN 150 kN
Após Fissuração
0
1
2
3
4
5
6
1000-900-800-700-600-500-400-300-200-100-0
Deformação (
µ
e)
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN 40 kN 60 kN 100 kN 120 kN 150 kN
200 kN 250 kN 300 kN 350 kN 400 kN 450 kN 460 kN 475 kN 480 kN
Figura 10.10 – Deformações nos extensômetros da parede central
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 139
Antes da Fissuração
0
1
2
3
4
5
6
1000-900-800-700-600-500-400-300-200-100-0
Deformação (
µ
e)
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN 40 kN 60 kN 100 kN 120 kN 150 kN
Após Fissuração
5
6
1,74 kN
2
3
4
0
1
1000-900-800-700-600-500-400-300-200-100-0
Deformação (
µ
e)
10 kN 20 kN 30 kN 40 kN 60 kN 100 kN 120 kN
150 kN 200 kN 250 kN 300 kN 350 kN 400 kN
Figura 10.11 – Deformações nos extensômetros da parede central
De aco ficos apresentados, observa-se que as deformações no trecho inferior
a parede central, reduziram significativamente em relação ao trecho superior, tal fato
rdo com os grá
d
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 140
la transferência das cargas da parede central para as paredes laterais,
través dos blocos contrafiados.
uração (figura 10.11), as deformações registradas nos
argas (figura 10.13),
e 8 respectivamente), tenderam a se uniformizar.
s figuras as seguir ilustram a paridade de deformações entre os extensômetros, à carga de
100 e 275kN. Observa-se que para a carga de 100kN, houve uma semelhança de valores de
deformações entre o uma inclinação de
proximadamente 50º com a vertical, enquanto que para a carga de 275kN essa
melhança de valores ocorreu em torno de 40º.
pode ser explicado pe
a
Observa-se também que após a fiss
extensômetros pertencentes à área principal de transferência de c
correspondentes a 4ª e 5ª fiadas (nº 7d
A
s extensômetros que se encontravam a
a
se
Figura 10.12 – Bielas de compressão com inclinação aproximada de 45º
De acordo com as figuras apresentadas, observou-se que surgiram bielas de compressão a
uma inclinação de aproximadamente de 45º com a vertical (figura 10.12). A constatação
deste fato vem confirmar os resultados apresentados por SILVA (2003), em que o autor
chegou à conclusão semelhante em ensaios de painéis em formato H com blocos
cerâmicos.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 141
Figura 10.13 – Incl ferência de cargas
e deformações colados na parede
teral (aba).
inação da biela de tensões e Área principal de trans
10.2.3 Deformações – Paredes Laterais (Abas)
A figura a seguir ilustra a disposição dos medidores d
la
Figura 10.14 – Disposição dos extensômetros na aba
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 142
ao longo das fiadas, ocorridas nos
o em estudo. Através
e as deformações são maiores no trecho inferior da
Os gráficos a seguir quantificam as deformações
extensômetros que estavam fixados na aba lateral, próximo à ligaçã
desses gráficos, é possível observar qu
parede, na altura correspondente às 1ª e 2ª fiadas.
Antes da Fissuração
0
1
2
6
5
4
3
200-175-150-125-100-75-50-25-0
Deformação (
µ
e)
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN 40 kN 60 kN 100 kN 120 kN 150 kN
Após Fissuração
6
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN 40 kN 60 kN 100 kN 120 kN 150 kN
200 kN 250 kN 300 kN 35
0
200150-100-50-0
Deformação (
µ
e)
1
-
0 kN 400 kN 450 kN 460 kN 475 kN 480 kN
gura 10.15 – Deformações nos extensômetros da parede lateral (aba)
5
4
3
2
Fi
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 143
ara uma melhor visualização e interpretação dos dados obtidos, a parede H foi subdivida
a 4ª e 5ª fiadas, e o inferior referente a 1ª e 2ª fiadas.
rmação das medidas registradas pelos
P
em dois trechos, o superior referente
A seguir, são apresentados os gráficos carga x defo
extensômetros na parede central e na aba.
Trecho Superior
0
50
100
150
200
250
-20 80 180 280 380 480
Deformação (
µ
e)
Carga (kN)
3ª fiada - p.central
4ª fiada - p.central
5ª fiada - p.central
3ª fiada - aba
4ª fiada - aba
Figura 10.16 – Carga x Deformação – Gráfico comparativo – Parede central e aba
Pode-se dizer que no ça significativa entre
s deformações ocorridas na parede central e na aba. As leituras de deformações referentes
semelhança entre as deformações ocorridas na parede central e na aba. Pode-se dizer que
estabelecida a transferência de tensões da parede central para a aba, através da ligação
entre as paredes.
trecho superior da parede H houve uma diferen
a
a 3ª e 4ª fiadas da aba, são devidas às transferências de cargas entre as juntas verticais de
argamassa e as unidades, sendo portanto de valores pequenos quando comparados com as
obtidas na parede central.
No trecho inferior da parede H, ao contrário do ocorrido no trecho superior, houve uma
nesse trecho as deformações obtidas foram bastante próximas. Dessa forma, ficou
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 144
Trecho Inferior
0
50
100
150
200
250
-20 80 180 280 380 480
Deformação (me)
Carga (kN)
1ª fiada - p.central
2ª fiada - p.central
1ª fiada - aba
2ª fiada - aba
Figura 10.17 – Carga x Deformação – Gráfico comparativo – Parede central e aba
gráfico a seguir mostra as deformações ocorridas na parede central e abas ao longo da
altura das fiadas. As linhas em verde repres ntam as deformações ocorridas na parede
través deste gráfico, é possível observar que as deformações estão uniformizadas na base
O
e
central e nas linhas em azul, na aba, os traços mais espessos indicam a carga de fissuração.
A
da parede, consolidando a transferência de cargas entre paredes.
Parede Central e Abas - Uniformização de Tensões
3
4
5
6
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN
0
1000-900-800-700-600-500-400-300-200-100-0
Deformação (
µ
e)
40 kN
60 kN 100 kN 120 kN 150 kN 200 kN
aba - 10kN aba - 100kN aba - 150kN aba - 200kN aba - 300kN
Figura 10.18 – Deformações – Gráfico comparativo – Parede central e aba
1
2
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 145
Nota-se através das figuras (figura 10.9; figura 10.10; figura 10.11 e figura 10.15) que
existe uma grande diferença de comportamento de deformações antes e após a fissuração.
Através de uma análise quantitativa nos dados fornecidos pelos extensômetros, chegou-se
à conclusão de que existe um gradiente de transferência de cargas para as paredes laterais,
pois com o decorrer do ensaio houve uma redução da capacidade de transferência de
cargas (o acréscimo de carga reduziu a taxa de transferência
1
para as abas laterais).
Tal afirmação pode ser esclarecida com os valores das deformações fornecidas pelos
extensômetros. Através desses valores, entrou-se na equação do módulo de deformação da
alvenaria, obtido nos ensaios de paredes (figura 10.19) e chegou-se à tensão atuante em
cada fiada. Multiplicando-se o valor da tensão pela área da parede central, obteve-se a
carga atuante por fiada, e dessa maneira, foi avaliado o comportamento das tensões ao
longo da altura da parede.
y = 2E+09x
3
- 6E+06x
2
+ 7897,6x - 0,028
4
5
0
1
2
3
Tensão (
6
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
MPa)
Média Extensômetros
Polimio (Média Extensômetros)
parede central ficavam mais próximas da carga aplicada no topo da
Figura 10.19 – Curva tensão x deformação e equação da curva (ensaio de paredes)
Essa avaliação identificou que, com o aumento do carregamento, as cargas atuantes nas
fiadas inferiores da
Taxa de Transferência de Cargas é a porcentagem que expressa de quanto da carga aplicada sobre a parede
central se transferiu para a aba
1
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 146
parede, e isso reve ntre as paredes, a
bela a seguir mostra as cargas atuantes na parede central e as porcentagens de
Tabela 10.2 – Cargas na parede central e transferência para as laterais
lou uma redução da capacidade de transferência e
ta
transferência para as laterais.
Carga kN
5ª F
Transferência para
iada 1ª Fiada
Taxa de
as abas (%)
53,6 11,3 79%
80,5 17,3 78%
98,9 36,3 63%
1 9,7 45,6 5 59%
4 60,3 39,9 2 41%
4 01,7 88,7 3 38%
Através desses resultados, pode-se dizer que para a carga de serviço de aproximadamente
100kN, a taxa de transferência para as abas é da ordem de 63%.
Nos ensaios das paredes H, verificou-se que, quando a mesma não possuía apoio, a
resistência ao cisalhamento das unidades foi o fator limitador da resistência da ligação. Já
quando esta era totalmente apoiada, observou-se a existência de um gradiente de
transferência de cargas.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 147
10.
Par
form
Ele : development and execution by computer
de
os, contribuiu para o esclarecimento das fissuras ocorridas nas
aredes durante o ensaio e, além disso, indicando as direções das tensões principais
tuantes na parede, proporcionou uma melhor visualização das regiões de tração e de
pressão existentes.
a análise linear, utilizando-se a macro-modelagem da parede H em questão.
odelagem, a unidade, argamassa e interface são consideradas dispersas no
eio contínuo. Dessa forma, considera-se a alvenaria como um meio homogêneo,
acro-modelagem não ser a mais apropriada para uma
portamento das ligações entre as paredes, ela foi empregada apenas
o objetivo de orientar algumas questões que surgiram após os ensaios das paredes. As
:
2.4 1ª Simulação em Elementos Finitos
a o melhor entendimento e visualização das tensões atuantes nas paredes, o painel em
ato H, foi discretizado utilizando-se o software institucional
FEISdecFinite
ment for Idealization of Structures
senvolvido por RODRIGUES (1996). Esse aplicativo, que usa em sua formulação o
todo dos elementos finit
p
a
com
Foi feita um
Nesse tipo de m
m
contínuo e isotrópico. Apesar da m
análise precisa do com
com
questões solucionadas foram
a forma de ruptura ficou compreendida com a visualização gráfica das regiões de
tração, compressão e direções principais de tensões;
as leituras indicadas pelos extensômetros em alguns pontos críticos puderam ser
visualizadas graficamente, confirmando os valores das leituras.
macro-modelagem foi utilizada por ser mais prática em relação à micro-modelagem,
reduzido e uma geração de rede mais simples.
Nes
Q -
onstant Strain Quadrilateral -, utilizando-se o valor do módulo de elasticidade da
alve foram restringidas as
anslações dos nós, e a carga foi distribuída somente sobre a parede central, assim como
A
apresentando um tempo de processamento
sa análise linear, as paredes foram discretizadas com o elemento de chapa
CS
C
naria obtido nos ensaios das paredes. Na base do painel,
tr
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 148
ocorreu no ensaio. A modelagem foi feita, considerando a unidade, argamassa e interface
como um só elemento, e pode ser visualizada na figura a seguir.
Figura 10.20 – Malha gerada pelo programa FEISdec
As figuras a seguir mostram as direções das tensões principais positivas e negativas. A
partir da figura 10.21, observa-se que na região central, correspondente à 2ª e 3ª fiadas,
ocorrem as maiores concentrações de tensões de tração. Observa-se também que na ligação
entre a parede central e lateral existe a formação de bielas inclinadas de tração. Essas
constatações, fornecidas pelo programa, facilitam em muito a compreensão e a
caracterização das fissuras que surgiram durante o ensaio.
partir da figura 10.22 é possível visualizar que na região superior da parede existem
de cargas entre a parede central e lateral,
to que foi evidenciado pela significativa formação de fissuras durante o ensaio.
A
grandes diferenças de tensões entre a parede central e aba, enquanto que, na região
inferior, ocorre a já elucidada uniformização de tensões. Observa-se também a ocorrência
de formação de bielas inclinadas de transferência
fa
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 149
Menores Maiores
Figura 10.21 – Direções das Tensões Principais Positivas
Figura 10.22 – Direções das Tensões Principais Negativas
Maiores
Menores
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 150
10.2.5 Forma de Ruptura Apresentada
As figuras apresentadas a seguir mostram os detalhes da forma de ruptura, e
complementam as ilustrações geradas pela saída gráfica da 1ª simulação em elementos
finitos descritas no item anterior.
1º instante – Formação de fissuras na região da ligação entre as paredes, seguida por
esmagamento da junta de argamassa entre 3ª e 4ª fiadas.
na região da ligação
2º instante – Ruptura da ligação entre a parede central e lateral, e na região central
tre a 3ª e a 4ª fiadas. Sempre houve a ruptura ao
cisalhamento nas unidades contrafiadas.
Figura 10.23 – Formação de fissuras
correspondente à junta de argamassa en
Figura 10.24 – Instante da ruptura 1
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 151
te da ruptura 2
ue a transferência de cargas entre as ligações diretas existiu de forma eficiente, fato que
foi evidenciado por dois fatores:
Figura 10.25 – Instan
Para os painéis em formato H, a ruptura foi sempre frágil, caracterizando-se pelo
desprendimento total de um flange, com ou sem desmonte.
Em posse dos resultados numéricos e as formas de ruptura apresentadas, é possível dizer
q
uniformização das deformações na base das paredes (central e aba)
mecanismo de ruptura apresentado, que evidencia a transferência de cargas da
parede central para as laterais.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 152
10.2.6 Co
nte por fiada, e dessa maneira, foi montado o gráfico a
guir. A partir das análises anteriores, juntamente com os dados fornecidos por este
ráfico, será apresentada a descrição do comportamento experimental de transferência de
mportamento Experimental de Transferência de Cargas
Através dos valores fornecidos pelos extensômetros, entrou-se na equação do módulo de
deformação da alvenaria, obtido nos ensaios das paredes (figura 10.19), e chegou-se a
tensão atuante em cada fiada. Multiplicando-se o valor da tensão pela área da parede
central, obteve-se a carga atua
se
g
cargas entre as paredes interligadas.
Carga Atuante nas Fiadas - Resultados Experimental
200
0
50
0123
Fiadas
100
150
456
Carga (kN)
60 kN
100 kN
150 kN
Figura 10.26 – Carga atuante por fiada – Regiões de transferência
De acordo com este gráfico, ficam evidentes dois momentos bem distintos durante o
ensaio. O primeiro momento é pertencente à região superior da parede, entre a 3ª e 5ª
fiadas. Nessa região da parede, a diferença de valores entre a fiada de aplicação da carga
(5ª fiada) e a fiada intermediária (3ª fiada), indica que houve uma grande variação, ou seja,
ocorreu uma grande transferência de cargas da parede central para as abas. Essa taxa de
transferência foi da ordem de 66% para a carga de 100kN.
Região Inferior
Região Superior
II
I
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 153
O segundo momento é pertencente à região inferior da parede, até a 3ª fiada, onde as
cargas atuantes seguem uma tendência linear, próxima de uma reta. Nesse trecho, pode-se
dizer que as transferências entre as paredes já estão uniformizadas, não havendo mais
colaboração significativa das abas na parede central. A taxa de transferência para uma
carga aplicada de 100kN, foi da ordem de 36%, praticamente a metade da ocorrida no
trecho superior.
A partir das observações desse comportamento diferenciado entre a região inferior e
superior, juntamente com as constatações de que as cargas espraiam em um ângulo de
inclinação de aproximadamente 45º, e pelas analogias entre cargas de ruptura, fornecidas
pelos painéis de paredes simples e com abas, é apresentado o comportamento experimental
de transferência de cargas entre as paredes (figura 10.27):
as cargas aplicadas no vão central da parede em formato H, se espraiam segundo
um ân
principal de
transferência de cargas
. É nessa região que ocorrem as principais transferências
gulo de aproximadamente 45º, e é formada a chamada
área
de cargas para as paredes laterais, e é por esse motivo, que existe uma grande
diferença entre os valores de cargas atuantes nessas fiadas superiores;
as cargas atuantes na região inferior da parede são uniformizadas devido à
geometria da parede, e a inclinação da distribuição de cargas e
a resistência ao cisalhamento da unidade é um fator determinante nesse processo de
transferência, uma vez que foi correlacionada com a carga de ruptura do painel.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 154
Figura 10.27 – Transferência de Cargas nos Painéis
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 155
10.2.7 2ª Simulação em Elementos Finitos – Análise Linear – SAP 2000
Para validar e correlacionar o modelo experimental encontrado, foi feita uma análise
numérica, através da utilização de um software de elementos finitos, no caso, o SAP 2000.
Para tanto, foram idealizados alguns modelos e feitas várias considerações, de modo que
os resultados numéricos das discretizações refletissem, da melhor maneira possível, o
comportamento experimental da parede.
Em todos os modelos:
¾ a modelagem utilizada foi a macro modelagem, isto é, a unidade, argamassa e
interface foram consideradas como um só elemento;
¾ as translações dos nós da base do painel na direção de aplicação da carga foram
restringidas;
¾ a c e sobre a
parede central, assim como ocorreu no ensaio;
a
transferência efetiva como ocorreu com blocos contrafiados;
¾ coeficiente de Poisson = 0,20;
¾ espessura da parede = 14 cm
¾ as deformações foram extraídas da parede central na região próxima a ligação
contrafiada e
¾ aplicação de carga no regime elástico, antes da fissuração da alvenaria
arga foi aplicada sobre uma viga metálica de grande rigidez, soment
¾ os blocos correspondentes à 5ª fiada das paredes laterais foram retirados da
modelagem. Isso porque, no modelo experimental, a única forma de transferência
de cargas para as paredes laterais nessa 5ª fiada, era devida às juntas verticais de
argamassa, que na prática não forneciam o mínimo de resistência para um
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 156
1º Modelo (SA
lementos de discretização: Shell
da: Distribuída
onsideração entre intersecções de paredes: Totalmente interligadas
P 1):
E
Tipo de carga aplica
C
Módulo de Elasticidade*: 6307 MPa
* Esse valor foi extraído do ensaio de caracterização da alvenaria, ensaio em paredes
Figura 10.28 – Discretização 1, Elementos de Shell
2º Modelo (SAP 2):
Elementos de discretização: Shell
Tipo de carga aplicada: Distribuída
Consideração entre intersecções de paredes: Alguns blocos retirados (Parcialmente
interligadas)
Módulo de Elasticidade: 6307 MPa
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 157
Figura 10.29 – Discretização 2, Elementos de Shell
A partir de uma análise prévia entre o 1º e 2º modelo, evidenciou-se que a consideração de
es experimentais,
or nto foi desconsiderada para os próximos modelos.
3):
rligadas
ódulo de Elasticidade: 6307 MPa
odelo anterior (3º modelo) foi o módulo de elasticidade que
gora foi tomado em relação ao valor obtido pelos extensômetros no ensaio dos blocos.
intersecção de paredes, retirando alguns blocos, distanciou-se dos valor
tap
3º Modelo (SAP
Elementos de discretização: Shell
Tipo de carga aplicada: Carga Pontual Centralizada
Consideração entre intersecções de paredes: Totalmente inte
M
4º Modelo (SAP 4):
A única diferença para o m
a
Elementos de discretização: Shell
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 158
* Esse valor foi extraído do ensaio de caracterização da alvenaria, ensaio em Blocos
º Modelo (SAP 5):
Tipo de carga aplicada: Carga Pontual Centralizada
Consideração entre intersecções de paredes: Totalmente interligadas
Módulo de Elasticidade**: 9304 MPa
*
5
Elementos de discretização: Sólidos
Tipo de carga aplicada: Carga Pontual Centralizada
Consideração entre intersecções de paredes: Totalmente interligadas
Módulo de Elasticidade: 6307 MPa
Figura 10.30 – Discretização 5, Elementos de Sólido
6º Modelo (SAP 6):
Esta foi a modelagem que apresentou a melhor semelhança de deformações com as obtidas
no ensaio experimental. A única diferença deste para o modelo anterior (5º modelo) foi o
módulo de elasticidade que agora foi tomado em relação ao valor obtido pelos
extensômetros nos ensaios dos blocos.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 159
lementos de discretização: Sólidos
zada
onsideração entre intersecções de paredes: Totalmente interligadas
s blocos das fiadas superiores que estavam em condição de
nta a prumo, isso foi feito porque os mesmos não possuíam capacidade de transferência
lementos de discretização: Sólidos
Pa
E
Tipo de carga aplicada: Carga Pontual Centrali
C
Módulo de Elasticidade: 9304 MPa
7º Modelo (SAP 7):
Neste modelo, foram retirados o
ju
de cargas, uma vez que eles estavam ligados à parede central somente pela junta vertical
de argamassa.
E
Tipo de carga aplicada: Carga Pontual Centralizada
Consideração entre intersecções de paredes: Totalmente interligadas
Módulo de Elasticidade: 9304 M
Figura 10.31 – Discretização 7, Elementos de Sólido
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 160
presentadas em diferentes níveis
e cargas. Procurou-se trabalhar com as cargas até o momento da fissuração, que foi em
As medidas das deformações, obtidas experimentalmente, e as fornecidas por cada modelo
discretizado, foram agrupadas em gráficos que são mostrados a seguir. Para uma melhor
análise e visualização dos dados, as deformações foram re
d
torno de 150kN.
Carga = 60 kN
EXPERIMENTAL SAP 1 SAP 2 SAP 3 SAP 4 SAP 5 SA
5
6
0
1
2
3
4
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Deformação (
µ
e)
P 6 SAP 7
igura 10.32 – Comparação das Deformações Experimentais e obtidas na modelagem, Carga de 60 kN F
Carga = 100 kN
0
1
2
3
0 50 100 150 200 250 300 350 400
EXPERIMENTAL SAP 1 SAP 2 SAP 3 SAP 4 SAP 5 SAP 6 SAP 7
5
6
4
Deformação (
µ
e)
Figura 10.33 – Comparação de Deformações Experimentais e obtidas na modelagem, Carga de 100 kN
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 161
Carga = 150 kN
6
EXPERIMENTAL SAP 1 SAP 2 SAP 3 SAP 4 SAP 5 SAP 6 SAP 7
0
5
4
1
2
3
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Deformação (
µ
e)
Figura 10.34 – Comparação de Deformações Experimentais e obtidas na modelagem, Carga de 150 kN
Através destes gráficos pode-se observar que a modelagem SAP 6, foi a que apresentou a
mportamento com o modelo experimental.
ura
-se o valor dessa
esentativa, pois até
esmo a taxa de transferência para as abas foi semelhante ao ensaio experimental, na
rdem de 60%.
melhor correlação de co
Através dos valores médios em cada fiada, registrados pelos extensômetros, entrou-se na
equação do módulo de deformação da alvenaria, obtido nos ensaios de paredes (fig
10.19) e chegou-se à tensão média atuante em cada fiada. Multiplicando
tensão pela área da parede central, obteve-se a carga atuante por fiada, e dessa maneira, foi
obtido o gráfico comparativo entre a modelagem SAP 6 e experimental, (figura 10.35).
Para efeito de comparação, a carga aplicada de 150 kN foi a mais repr
m
o
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 162
Exp. 60kN Exp. 100kN Exp. 150kN SAP 60 kN SAP100 kN SAP 150 kN
0
1
2
3
6
5
4
0 50 100 150 200 250
Carga (kN)
paração SAP 6 e Experimental, Carga Atuante nas Fiadas
ma vez estabelecida essa correlação de comportamento, entre o ensaio experimental e a
mprimento do vão central.
és dessas novas modelagens, observou-se que quando se aumenta em duas vezes o
mprimento do vão central (Vão 2X), passando de 90 cm para 180cm, as abas apresentam
aredes laterais, e devido a geometria da parede, as cargas
ndem a se uniformizar nas fiadas inferiores. O gráfico a seguir mostra as extrapolações
Figura 10.35 – Com
U
modelagem através do software, foi possível avaliar a influência de algumas características
geométricas da parede, tais como a altura e co
Atrav
co
uma menor contribuição na distribuição das cargas, e a taxa de transferência é da ordem de
36%. E quando se aumenta em quatro vezes o comprimento vão central (Vão 4X),
passando de 90 cm para 360cm, a taxa de transferência é da ordem de 28%.
Já quando se aumenta a altura da parede em duas vezes (Altura 2X), passando de 100 cm
para 200 cm, ocorre o mesmo comportamento proposto no presente trabalho, isto é, as
cargas se espraiam a 45º para as p
te
feitas no programa.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 163
Carga = 150kN
EXPERIMENTAL
6
7
9
10
11
8
0
1
2
3
4
5
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Deformação (
µ
e)
SAP 6 Vão 2X Vão 4X Altura 2X
Figura 10.36 – Extrapolações Numéricas, Carga de 150 kN
da, como foi feito para a carga de 150kN. A tabela a seguir ilustra essa
omparação.
Para um determinado nível de carregamento, a taxa de transferência pode ser estimada e
compara
c
Tabela 10.3 – Cargas na parede central e transferência para as laterais
Carga
150 kN
Taxa de Transferência
para as abas (%)
Experimental 59%
SAP 6 59%
Altura 2X 62%
Vão 2X 36%
Vão 4X 28%
Procurando melhor compreender o efeito da relação altura x comprimento da parede
central, na taxa de transferência do carregamento, o modelo com vão (Vão 2X) foi
ente, agora para um carregamento de 300kN, e o modelo (Vão 4X) para
carregamento de 600kN, de modo a manter o mesmo nível de tensão na 5ª fiada,
processado novam
um
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 164
o aplicado pouco influi na taxa final
e transferência.
partir de todos os resultados e as formas de ruptura apresentadas, foi possível observar
ue:
ambos com o modelo SAP 6. Os resultados obtidos mostraram para o modelo (Vão 2X)
uma taxa de transferência de aproximadamente 34%, e, para o modelo (Vão 4X), um valor
de aproximadamente 26%, indicando assim que para relações comprimento x altura da
parede central superiores a 2, o nível do carregament
d
A
q
a partir de um dado nível de carregamento, ocorreu uma uniformização das
deformações na base das paredes (central e aba);
o mecanismo de ruptura apresentado, que evidencia a transferência de cargas da parede
central para as laterais, deu-se pela formação de bielas com inclinação de
aproximadamente 45º;
foi possível reproduzir os resultados experimentais, através da modelagem numérica;
para painéis de relação comprimento x altura não superiores a dois, a Taxa de
Transferência do carregamento depende do nível da carga imposta. Além dessa
relação, a modelagem numérica empregada mostrou que a taxa de transferência
terada e
permanece praticamente inal
a taxa de transferência do carregamento depende da resistência ao cisalhamento das
unidades contrafiadas.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 165
Ruptura = 26kN
pesar da forma de ruptura se assemelhar com a ocorrida na escala real e também com o
des simples, talvez tenha sido o tipo de cura
mpregada para as duas escalas. O anexo II fornece os dados obtidos em um trabalho
Parede Central
ta foram tomadas as deformações nos
xtensômetros de cada fiada.
II Escala Reduzida
10.3 Paredes H Tipo 1
10.3.1 Analogia entre as Cargas de Ruptura
As cargas de ruptura apresentadas foram:
¾ painel de parede em formato H tipo 1 (sem apoio na base)
¾ ensaio ao cisalhamento das unidades Ruptura = 1,92kN
A
ensaio ao cisalhamento nas unidades reduzidas, não foi possível obter uma correlação
numérica similar à obtida em escala real. Um fator que pode ter influenciado essa
diferença, a exemplo do ocorrido nas pare
e
complementar para verificação da influência da cura da argamassa.
10.3.2 Deformações na
A seguir são apresentados os gráficos, obtidos através da instrumentação por
extensômetros até o momento da fissuração interna, à carga de aproximadamente 15 kN.
Foi fixada uma carga de leitura e a partir des
e
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 166
Antes da Fissuração
6
5 kN 7,5 kN 10 kN 12,5 kN 15 kN
0
1
300-100-
D
2
3
5
1100-900-700-500-
eformação (
µ
e)
4
Figura 10.37 – Deformações nos extensômetros da parede central
as juntas verticais de argamassa que foram curadas e
presentaram maior resistência ao cisalhamento.
s gráficos a seguir quantificam as deformações ocorridas nos extensômetros que estavam
O comportamento dessa parede foi diferente do ocorrido na escala real, isso pode ser
justificado pela influência d
a
10.3.3 Deformações nas Paredes Laterais (Abas)
O
fixados na aba. Através desses gráficos, é possível observar que as deformações são
maiores no trecho inferior da parede, principalmente na 1ª fiada.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 167
Antes da Fissuração
6
5 kN 7,5 kN 10 kN 12,5 kN 15 kN 20 kN 22,5 kN
0
900-700-500-300-100-
Deformação (
µ
e)
1
5
1100-
3
4
2
Figura 10.38 – Deformações nos extensômetros da parede lateral
ocorridas na parede
entral, e nas linhas em azul, na aba, os traços mais espessos indicam a carga de fissuração
O gráfico a seguir mostra as deformações ocorridas na parede central e abas ao longo da
altura das fiadas. As linhas em verde representam as deformações
c
interna.
Parede Central e Abas - Uniformização de Tensões
6
0
2
5
1100-900-700-500-300-100-
3
4
central - 5 kN
central - 7,5 kN
central - 10 kN
central - 12,5 kN
central - 15 kN
aba - 5 kN
aba - 7,5 kN
aba - 10 kN
aba - 12,5 kN
aba - 15 kN
aba - 20 kN
1
Deformação (
µ
e)
Figura 10.39 – Deformações nos extensômetros – parede central e abas
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 168
0.3.4 Correlação entre Escalas – Paredes H tipo 1
as para as duas escalas não
onduzem ao mesmo nível de tensão aplicada nas paredes.
1
Deve ser observado, na figura a seguir, que as cargas indicad
c
Antes da Fissuração
6
6 kN 10 kN 15 kN 20 kN 30 kN 40 kN 50 kN 60 kN
70 kN 100 kN 5 kN 7,5 kN 10 kN
0
600-500-400-300-200-100-0
Deformação (
µ
e)
1
1100-1000-900-800-700-
12,5 kN 15 kN
4
5
2
3
Antes da Fissuração
5
6
6 kN 10 kN 15 kN 20 kN 30 kN 40 kN 50 kN 60 kN
70 kN 100 kN 5 kN 7,5 kN 10 kN 12,5 kN 15 kN
3
4
0
1
2
1100-1000-900-800-700-600-500-400-300-200-100-0
Deformação (
µ
e)
Figura 10.40 – Deformações nos extensômetros – parede central e abas
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 169
a entre as Cargas de Ruptura
¾ painel de parede em formato H tipo 2 (base apoiada) Ruptura = 42,4 kN
oi um valor equivalente à resistência ao cisalhamento de dois
locos contrafiados, pertencentes à área de transferência de cargas (ver figura 10.27). Para
2 kN). Contudo, existem
essa área de carga blocos ligados por juntas verticais de argamassa, que no caso da escala
10.4 Paredes H Tipo 2 (apoiadas)
10.4.1 Analogi
As cargas de ruptura apresentadas foram:
¾ painel de parede simples Ruptura = 37kN
Pode-se dizer que para a parede em forma de H houve um acréscimo de aproximadamente
15% no valor da carga de ruptura.
Para a escala real, o acréscimo de resistência, em função da presença das abas, foi de
aproximadamente 20%, que f
b
a escala reduzida, esse acréscimo foi superior à contribuição da resistência dos dois blocos
contrafiados existentes na área de transferência de carga (2x1,9
n
reduzida, devem ter apresentado maior poder de ligação do que o da escala real, em função
do tipo de cura.
A constatação de que os blocos contrafiados contribuíram no comportamento do painel H
pode ser evidenciada na forma de ruptura da parede, já que estes blocos sofreram a ruptura
devido ao esforço cortante como mostra a figura a seguir.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 170
Figura 10.41 – Detalhe da forma de ruptura – blocos cisalhados
10.4.2 Deformações na Parede Central
A seguir, são apresentados os gráficos obtidos através da instrumentação por
extensômetros. Foi fixada uma carga de leitura, e, a partir desta, foram tomadas as
deformações nos extensômetros de cada fiada. A linha de tracejado mais forte foi,
provavelmente, o momento que a alvenaria deixou o seu comportamento elástico.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 171
0
1
2
3
4
5
6
1100-900-700-50300-
De (
µ
e)
0-100-
formação
5 kN 7,5 kN 10 kN 12,5 kN 15 kN 20 kN 25 kN 30 kN 35 kN
Figura 10. – Deformação dos extensômetros na Parede Central (P 2_03)
De modo semelhant ao o real, o serva-se que as
deformaç es, no trec nferi e duz i em relação
ao trecho superior; t fato pod r explic pela tr ncia das cargas da parede
central pa e aterais.
10.4.3 eformaç nas Pa s Later Abas)
O gráfic a seguir tra as deformações ridas a o da da parede nos
extensôm fixa a aba l l, próx ligação studo. Através
desse gráfico, é possível observar que as de ações iores no trecho inferior da
parede, n altura ente e 2ª fiad
42 H
e corrido na parede H da escala b
õ h io or d reda pa cen , retral ir gnam si ficativa entem
al e se ado ansferê
ra as pared s l
D ões rede ais (
o mos ocor o long altura
etros que estavam dos n atera imo à em e
form são ma
a correspond a 1ª as.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 172
0
1
2
3
5
6
1100-900-300-100-
4
700-500-
Deformação (
µ
e)
5 kN 7,5 kN 10 kN 12,5 kN 15 kN 20 kN 25 kN 30 kN 35 kN
Fig 0.43 – et (
O gráfico da figura 10.44 mos deform s ocorr a pare ntral e abas ao
longo da ltura das fi as. As li na cor v repres
na cor azul, a aba, e os traços m rossos indicam a carga de suposta fissuração. Através
desse gráfico, observa-se que formações estão uniformizadas na base da parede,
consolidando a trans ncia de
u 1ra De açãoform dos sômexten ro ba s na A PH2_03)
tra as açõe idas n de ce
a ad nhas erde entam a parede central, e as linhas
ais g
as de
ferê cargas entre paredes.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 173
Parede Central e Abas - Uniformização de Tensões
0
1
2
5
6
1100-900-700-500-300-100-
Deformação (
µ
e)
3
4
c- 5 kN c- 7,5 kN c- 10 kN c- 12,5 kN c- 15 kN c- 20 kN c- 25 kN
c- 30 kN c- 35 kN a- 5kN a- 7,5kN a- 10kN a- 12,5kN a- 15kN
a- 20kN a- 25kN a- 30kN
Figura 10.44 – Deformação dos extensômetros na Parede central e Aba
Do mesmo modo ocorrido na escala real, através de uma análise quantitativa nos dados
fornecidos pelos extensômetros, chegou-se à conclusão de que existe uma diminuição no
valor da taxa de transferência de carga à medida que o carregamento imposto aumenta.
Tal afirmação pode ser esclarecida por meio dos valores das deformações fornecidas pelos
extensômetros. Através desses valores, juntamente com a equação do módulo de
deformação da alvenaria, obtido nos ensaios de paredes, chegou-se à carga atuante por
fiada, e dessa maneira, foi avaliado o comportamento das tensões ao longo da altura da
parede.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 174
y = -6E+08x
3
- 1E+06x
2
+ 6054,7x + 0,0089
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030 0,0035
Deformação (e)
Tensão (MPa)
Média Extensômetros
Polinômio (Média Extensômetros)
Figura 10.45 – Curva tensão x deformação e equação da curva em escala reduzida
Esta avaliação identificou que, com o aumento do carregamento, as cargas atuantes nas
fiadas inferiores da parede central ficavam mais próximas da carga aplicada no topo da
parede, e isso revelou uma redução da capacidade de transferência entre as paredes, a
tabela a seguir mostra as cargas atuantes na parede central e as porcentagens de
transferência para as abas.
Tabela 10.4 – Cargas na parede central e transferência para as laterais
Carga (kN)
5ª Fiada 1ª Fiada
% Transferência
para as abas
8,6 1,3 85%
12 2,8 77%
14,8 4,7 68%
18,1 12,6 30%
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 175
10.4.4 Correlação entre Escalas – Paredes H tipo 2
I – Analogia entre as Cargas de Ruptura
Através de uma analogia entre as cargas de ruptura das paredes simples e paredes H,
obteve-se um modelo de transferência de cargas semelhante entre as escalas em estudo, tal
modelo pode ser visualizado na figura a seguir. Neste esquema ilustrativo, as paredes em
escala reduzida foram desenhadas no mesmo tamanho da escala real para melhor
visualização. Acredita-se que essa forma de distribuição esteja relacionada diretamente
com a geometria do painel, isto é, com o vão e altura da parede em que esta sendo aplicado
o carregamento.
Figura 10.46 – Relação entre Cargas de ruptura de parede simples e painéis H
A carga de ruptura ocorrida nos painéis H da escala real pode ser estimada a partir da carga
de ruptura, fornecida pela parede simples e pelas unidades ao cisalhamento. Para a escala
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 176
reduzida, deve ser considerada também a resistência ao cisalhamento das juntas verticais
de argamassa. A ordem de grandeza dos valores encontrados ficou próxima, e a forma de
ruptura apresentada em ambas as escalas também foi muito similar.
(a) (b)
Figura 10.47 – Formas de ruptura – (a) escala reduzida (b) escala real
II – Deformações
As deformações registradas pelos extensômetros, colados nas paredes, revelam que existiu
um comportamento similar entre escala real e reduzida. As figuras a seguir ilustram essa
relação entre escalas, a cor azul é a escala real enquanto que a cor vermelha é a escala
reduzida, e os traços mais fortes são referentes às cargas de fissuração.
Na figura 10.49, observa-se que o comportamento foi similar, entretanto, a escala reduzida
se deformou mais que a escala real. Essa ocorrência foi possivelmente devido à atuação
das juntas verticais de argamassa, que a exemplo do ocorrido nas paredes simples da escala
reduzida se comportaram de maneira a influenciar nos resultados.
Deve ser observado, na figura a seguir, que as cargas indicadas para as duas escalas não
conduzem ao mesmo nível de tensão aplicada nas paredes.
Capítulo 10 – Análise dos Resultados 177
Antes da Fissuração
0
1
2
3
4
5
6
1100-900-700-500-300-100-
Deformação (
µ
e)
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN
40 kN 60 kN 100 kN 120 kN
150 kN 5 kN - Reduzida 7,5 kN - Reduzida 10 kN - Reduzida
15 kN - Reduzida 20 kN - Reduzida 25 kN - Reduzida 30 kN - Reduzida
Figura 10.48 – Deformação dos extensômetros na Parede central
0
1
2
3
4
5
6
1100-900-700-500-300-100-
Deformação (
µ
e)
1,74 kN 10 kN 20 kN 30 kN 40 kN
60 kN 100 kN 120 kN 150 kN 5 kN - Reduzida
10 kN - Reduzida 15 kN - Reduzida 20 kN - Reduzida 25 kN - Reduzida
Figura 10.49 – Deformação dos extensômetros na Aba
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 178
11 COMENTÁRIOS FINAIS E CONCLUSÕES
Aspectos gerais
Um ajuste adequado do traço sempre se faz necessário para aproximar a escala reduzida
com a escala real. Para isso, deve-se levar em consideração um traço seco similar ao da
escala real, com as respectivas reduções de seus agregados.
O assentamento da argamassa industrializada, nos blocos da escala reduzida, é facilitado
quando se umedecem as faces dos mesmos, melhorando a trabalhabilidade. A aderência da
argamassa com as unidades, na escala reduzida, foi garantida quando as juntas de
argamassa foram curadas.
Alguns fatores que influenciam de forma significativa os resultados dos ensaios e devem
ser levados em conta, para efeito de obtenção de resultados apropriados, são: a verificação
de prumo e verticalidade no momento da montagem dos prismas e paredes, o paralelismo
entre as faces capeadas em blocos e prismas, o capeamento dos topos das paredes, a
centralização dos corpos-de-prova na prensa e colagem dos extensômetros, entre outros.
Ensaios de Caracterização da Alvenaria
No primeiro lote de blocos ensaiados, a escala reduzida apresentou uma diferença
significativa em relação à escala real, porém, identificado a possível origem da
discrepância, foi produzido um novo lote de unidades reduzidas, que, depois de ensaiadas,
revelaram um valor de resistência que não pode ser considerado diferente da escala real,
segundo a aplicação do teste estatístico t de student.
A eficiência para a escala real e reduzida, tanto para os prismas como para as paredes,
estão compreendidos dentro dos limites normais para alvenaria de blocos de concreto.
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 179
As resistências médias dos blocos e prismas na escala real, estatisticamente, não podem ser
consideradas diferentes das resistências médias dos blocos e prismas na escala reduzida,
uma vez que isso foi confirmado através da aplicação do teste t de student com nível de
significância pré-fixado.
As curvas tensões versus deformações dos blocos, prismas e paredes, apresentaram um
comportamento semelhante em ambas as escalas. Vale salientar que para cargas no regime
de serviço, a 20% da ruptura, houve correlação entre todas as comparações.
Para os ensaios em paredes na escala reduzida, as curvas tensão x deformação da alvenaria
e da unidade demonstraram praticamente nenhuma diferença, conforme pode-se observar
na figura 6.17. Isso indica que a argamassa foi extremamente rígida nesses ensaios, e esse
fato pode ter ocasionado a discrepância com os valores da escala real.
Já para os ensaios realizados em prismas em ambas as escalas, pode-se observar que a
argamassa usada no assentamento influenciou pouco o comportamento da alvenaria,
indicando que a rigidez da mesma é semelhante à do bloco.
Estudo das Ligações diretas em Paredes H
Modo de transferência do carregamento para as abas
O modo de transferência do carregamento para as abas representa a forma com a qual o
carregamento aplicado na parede central se transfere para as abas, ao longo da altura (H)
da parede (através da ligação).
De uma forma geral, essa transferência para as abas sofreu significativa alteração de
comportamento após o surgimento de um estado de fissuração, apresentando as seguintes
características:
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 180
- nas paredes H sem apoio central, o fluxo de cargas para as abas foi menor nas fiadas
superiores, sendo mais intenso nas primeiras fiadas. Após o surgimento das fissuras esse
comportamento foi acentuado;
- nas paredes H com apoio central, esse fluxo apresentou comportamento inverso, sendo
mais intenso nas fiadas superiores. Após o surgimento das fissuras esse comportamento
também foi acentuado;
- para as duas paredes, identificou-se a formação de bielas com inclinação de
aproximadamente 45º da parede central para as abas. A formação dessas bielas foi
comprovada através das leituras dos extensômetros elétricos, conforme já indicado no
trabalho e do aspecto de ruptura das paredes e
- de um modo geral, nas paredes H na escala reduzida 1:4, a transferência do carregamento
para as abas apresentou um comportamento semelhante ao mencionado para a escala real.
Taxa de transferência do carregamento para as abas
Entende-se como taxa de transferência do carregamento para as abas, a parcela do
carregamento aplicado na parede central que é absorvido pelas abas laterais. Para as
paredes H apoiadas, observou-se basicamente o seguinte:
- A taxa de transferência depende do nível de carga aplicada na parede central, variando de
modo inverso à aplicação desse carregamento. Para as duas escalas estudadas, essa taxa de
transferência foi de aproximadamente 60% para as cargas de fissuração;
- Analisando as cargas de ruptura dos painéis simples e das paredes H, na escala real e
reduzida, é possível concluir que a taxa de transferência foi de 20% e 15%,
respectivamente.
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 181
Carga de ruptura
Parede H sem apoio
A carga de ruptura das paredes H sem apoio (FPH1) correspondeu à aproximadamente a
carga média de ruptura ao cisalhamento das unidades contrafiadas (Fcu):
FPH1 = Fcu x Nb; onde Nb é a quantidade de blocos contrafiados
243,33
39,79 x 6 243,33 238,74 (kN)
Para a escala reduzida, essa relação não se confirmou, pois:
FPH1 = Fcu x Nb 26,75 1,92 x 6 26,75 11,52 (kN)
Em estudos complementares, tem-se percebido que o tipo de cura dos corpos-de-prova tem
grande influência na resistência dos mesmos. Desse modo, pode-se entender que,
provavelmente, essa diferença de comportamento esteja associada a esse fato, uma vez que
para os vários blocos pertencentes à região da ligação parede-aba, a junta vertical de
argamassa dever ter resistido à parcela do carregamento imposto, fato que certamente não
se verificou para a escala real, sujeita a uma condição desfavorável de cura.
Parede H com apoio
Pode-se dizer que para a parede em forma de H com apoio houve um acréscimo de
aproximadamente 15% no valor da carga de ruptura para a escala reduzida, já para a escala
real este foi de 20%, sendo um valor equivalente à resistência ao cisalhamento de dois
blocos contrafiados, pertencentes à área de transferência de cargas (ver figura 10.27).
Para a escala reduzida, esse acréscimo foi superior à contribuição da resistência dos dois
blocos contrafiados existentes na área de transferência de carga (2x1,70 kN), contudo,
existem nessa área de carga, blocos ligados por juntas verticais de argamassa, que no caso
da escala reduzida, devem ter apresentado maior poder de ligação do que escala real, em
função do tipo de cura.
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 182
Formas de ruptura
- as formas de ruptura apresentados por todos os elementos que foram ensaiados (blocos,
prismas, painéis simples e paredes H) foram semelhantes para a escala real e reduzida;
- nas paredes H ficou evidente a formação de bielas nas paredes centrais;
- os blocos que se encontravam contrafiados na região de ligação parede-aba, apresentaram
o mesmo aspecto de ruptura dos blocos individuais, ensaiados ao cisalhamento, indicando
que o ensaio de cisalhamento proposto para o bloco, é capaz de representar seu
comportamento, quando inserido na região de ligação entre as paredes.
Análise numérica
- dos modelos matemáticos adotados para estudo comparativo com os ensaios
experimentais nas paredes H com apoio, o modelo SAP6 foi o que apresentou os melhores
resultados. Para tanto foi utilizado o elemento de sólido (solids), com o módulo de
deformação da alvenaria obtido em ensaios de unidades simples, instrumentadas através de
extensômetros elétricos, com o emprego da macro-modelagem e a retirada de alguns
elementos da 5ª fiada;
- esse modelo representou, satisfatoriamente, o modo de transferência das cargas para as
abas, para diferentes níveis de carga antes da fissuração da alvenaria;
- a taxa de transferência do carregamento imposto para as abas, para diferentes níveis de
carga, também apresentou valores muito próximos dos obtidos experimentalmente;
Escala reduzida
- a utilização da modelagem física em escala reduzida pode ser adotada para a
representação dos protótipos em escala real, desde que:
- os blocos representem fielmente as características físicas e geométricas dos
empregados na escala real;
Capítulo 7 – Caracterização da Alvenaria 183
- os modelos apresentem resultados que não difiram significativamente do protótipo a
um nível de significância pré-estabelecido; e
- o comportamento do gráfico tensão x deformação deve estar próximo ao da escala
real.
Embasado nos testes estatísticos empregados para efeito de comparação entre escala real e
reduzida, não se pode descartar a hipótese de que a alvenaria na escala real está bem
representada pelos modelos físicos reduzidos. Se não fossem as incompatibilidades
provocadas pela argamassa de assentamento, poder-se-ia dizer que foram confirmadas
todas as correlações de resistência e deformação entre protótipo e modelo, tornando
possível trabalhar de forma direta com modelos físicos reduzidos para o estudo de
alvenaria de blocos de concreto.
Dessa forma, como resultado final deste trabalho, pode-se observar que, a partir dos
resultados obtidos, é possível manter uma boa correlação no comportamento da alvenaria
nas duas escalas, valores estes caracterizados pelos resultados fornecidos pelos blocos,
prismas, paredes e paredes H.
Sugestão para futuras investigações
Ensaios em bases mais flexíveis, simulando a rigidez das paredes inferiores.
Nos ensaios realizados neste trabalho, as paredes foram assentadas sobre bases de concreto
armado, que por sua vez estavam apoiadas sobre uma laje de reação, impondo uma rigidez
muito grande ao sistema de ensaios. Para uma melhor correlação com as estruturas
convencionais, em que geralmente as paredes são apoiadas sobre outras paredes, seria
interessante realizar ensaios em bases que não fossem tão rígidas, mas que apresentassem
uma certa flexibilidade, simulando o efeito das estruturas convencionais de apoio sobre
outras paredes.
Variar a relação comprimento x altura da parede central.
Será de grande importância para verificação da formação da área de transferência de
cargas.
Capítulo 11 – Comentários Finais e Conclusões 184
Estudo das propriedades da argamassa de assentamento para a escala reduzida.
Algumas variações perceptíveis nos resultados dos ensaios foram influenciadas pela
argamassa de assentamento, o que indica a necessidade de que, em trabalhos futuros, haja
um estudo mais rigoroso sobre a adequação da mesma para a escala em estudo. É
necessário adequar uma argamassa que se enquadre e reflita fielmente todos os parâmetros
da utilizada em escala real.
Variação na quantidade e disposição dos blocos contrafiados na ligação parede-aba.
Para este trabalho, utilizou-se para a ligação entre paredes o recurso do bloco em trânsito,
isso porque não existiam blocos especiais de amarração. Acredita-se que com o emprego
desses blocos, a transferência para as abas ocorra de uma forma mais efetiva, inclusive nas
fiadas superiores.
Para a elaboração de um modelo de transferência, ou seja, para uma caracterização
completa do mecanismo de transferência de cargas entre paredes, ainda se faz necessário
mais pesquisas experimentais, complementadas de análises numéricas, estudando o
comportamento antes e após fissuração da alvenaria.
Capítulo 12 – Referências 185
12 REFERÊNCIAS
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Editora Comunication 9322.
ANEXOS 191
13 ANEXOS I
TABELAS DE RESULTADOS DOS ENSAIOS
Tabela 13.1– Resultados dos blocos B50 (162)
Dimensões
(
cm
)
Características do Tra
ç
o
Com
p
r.: 7
,
25 Materiais Volume* Peso**
Lar
g
ura: 3
,
5 Areia/Pedrisco 1
,
00 1
,
08
Altura: 4
,
75 Cimento/A
g
re
g
ado 10
,
24% 8
,
12%
Área: 25
,
375 Á
g
ua/Mat. Secos
(
A/Ms
)
10
,
75% 7
,
69%
Volume: 120
,
53125 Á
g
ua/Cimento
(
A/C
)
115
,
65% 102
,
35%
Materiais
Massa
Específica
(
k
g
/L
)
Volume
Utilizado (L)
Massa(kg)
Umidade dos
materiais (%)
Massa Real da
Mistura(kg)
Proporção por
parte de
cimento
Cimento: 1
,
13 0
,
071 0
,
0800 - 0 1
,
00
Areia: 1
,
48 0
,
346 0
,
5115 0% 1 6
,
39
Pedrisco: 1
,
37 0
,
346 0
,
4735 0% 0 5
,
92
Á
g
ua: 1 0
,
082 0
,
0819 - 0 1
,
02
* Em rela
ç
ão a fabrica
ç
ão não com
p
utando as umidades do
p
edrisco e da areia
** Em rela
ç
ão a massa real da mistura
Resultados Obtidos do Ensaio B50
(
162
)
CP Car
g
a
(
k
g
f
)
Res.
(
MPa
)
Massa
(g)
M.Es
p
.
(g
/cm³
)
1 1760 6
,
80 153
,
97 1
,
277
2 1720 6
,
65 154
,
51 1
,
282
3 1600 6
,
18 154
,
88 1
,
285
4 1960 7
,
57 153
,
82 1
,
276
5 1640 6
,
34 153
,
42 1
,
273
6 2200 8
,
50 154
,
66 1
,
283
7 1940 7
,
50 153
,
33 1
,
272
8 1880 7
,
26 153
,
39 1
,
273
9 2080 8
,
04 153
,
33 1
,
272
10 2260 8
,
73 153
,
33 1
,
272
11 1960 7
,
57 153
,
49 1
,
273
12 1380 5
,
33 152
,
31
,
264
13 1840 7
,
11 153
,
39 1
,
273
14 1860 7
,
19 152
,
71 1
,
267
15 1400 5
,
41 152
,
23 1
,
263
16 2250 8
,
69 152
,
29 1
,
263
17 1990 7
,
69 151
,
98 1
,
261
18 1740 6
,
72 152
,
66 1
,
267
Média 1859 7
,
18 153
,
32 1
,
272
Desv. Pad. 257 0
,
99 0
,
85 0
,
01
Coef. Var. 13
,
82% 13
,
82% 0
,
55% 0
,
55%
Resultados do teste de hi
p
ótese
Módulo 44
,
42%
Resistência 57
,
81%
Com
p
acidade 0
,
00%
40% Ru
p
tura real 2
,
80
Mód. Def. 40%
(
real
)
5235
ANEXOS 192
Tabela 13.2 – Resultados dos blocos B50 (164)
Dimensões
(
cm
)
Características do Tra
ç
o
Com
p
r.: 7
,
25 Materiais Volume* Peso**
Lar
g
ura: 3
,
5 Areia/Pedrisco 1
,
00 1
,
08
Altura: 4
,
75 Cimento/A
g
re
g
ado 10
,
24% 8
,
12%
Área: 25
,
375 Á
g
ua/Mat. Secos
(
A/Ms
)
10
,
75% 7
,
69%
Volume: 120
,
53125 Á
g
ua/Cimento
(
A/C
)
115
,
65% 102
,
35%
Materiais
Massa
Específica
(
k
g
/L
)
Volume
Utilizado (L)
Massa(kg)
Umidade dos
materiais (%)
Massa Real da
Mistura(kg)
Proporção por
parte de
cimento
Cimento: 1
,
13 0
,
071 0
,
0800 - 0 1
,
00
Areia: 1
,
48 0
,
346 0
,
5115 0% 1 6
,
39
Pedrisco: 1
,
37 0
,
346 0
,
4735 0% 0 5
,
92
Á
g
ua: 1 0
,
082 0
,
0819 - 0 1
,
02
* Em rela
ç
ão a fabrica
ç
ão não com
p
utando as umidades do
p
edrisco e da areia
** Em rela
ç
ão a massa real da mistura
Resultados Obtidos do Ensaio B50
(
164
)
CP Car
g
a
(
k
g
f
)
Res.
(
MPa
)
Massa
(g)
M.Es
p
.
(g
/cm³
)
1 2000 7
,
73 156
,
81 1
,
301
2 2080 8
,
04 156
,
88 1
,
302
3 2060 7
,
96 155
,
78 1
,
292
4 2270 8
,
77 156
,
24 1
,
296
5 2080 8
,
04 155
,
71
,
292
6 2140 8
,
27 155
,
39 1
,
289
7 2320 8
,
96 156
,
68 1
,
300
8 2160 8
,
35 154
,
56 1
,
282
9 2410 9
,
31 155
,
86 1
,
293
10 1980 7
,
65 155
,
95 1
,
294
11 2220 8
,
58 156
,
09 1
,
295
12 2040 7
,
88 157
,
24 1
,
305
13 2140 8
,
27 157
,
04 1
,
303
14 2240 8
,
65 156
,
84 1
,
301
15 2060 7
,
96 157
,
21 1
,
304
16 2000 7
,
73 157
,
45 1
,
306
17 2150 8
,
31 157
,
22 1
,
304
18 2350 9
,
08 156
,
81 1
,
301
Média 2150 8
,
31 156
,
43 1
,
298
Desv. Pad. 127 0
,
49 0
,
78 0
,
01
Coef. Var. 5
,
93% 5
,
93% 0
,
50% 0
,
50%
Resultados do teste de hi
p
ótese
Módulo 69
,
93%
Resistência 0
,
00%
Com
p
acidade 27
,
63%
40% Ru
p
tura real 2
,
80
Mód. Def. 40%
(
real
)
6356
ANEXOS 193
Tabela 13.3 – Resultados dos blocos B40 (162)
Dimensões
(
cm
)
Características do Tra
ç
o
Com
p
r.: 7
,
25 Materiais Volume* Peso**
Lar
g
ura: 3
,
5 Areia/Pedrisco 1
,
00 1
,
08
Altura: 4
,
75 Cimento/A
g
re
g
ado 8
,
19% 6
,
50%
Área: 25
,
375 Á
g
ua/Mat. Secos
(
A/Ms
)
10
,
95% 7
,
81%
Volu
m
e: 120
,
53125 Á
g
ua/Cimento
(
A/C
)
144
,
57% 127
,
93%
Materiais
Massa
Específica
(
k
g
/L
)
Volume
Utilizado (L)
Massa(kg)
Umidade dos
materiais (%)
Massa Real da
Mistura(kg)
Proporção por
parte de
cimento
Cimento: 1
,
13 0
,
058 0
,
0650 - 0 1
,
00
Areia: 1
,
48 0
,
351 0
,
5195 0% 1 7
,
99
Pedrisco: 1
,
37 0
,
351 0
,
4809 0% 0 7
,
40
Á
g
ua: 1 0
,
083 0
,
0832 - 0 1
,
28
* Em rela
ç
ão a fabrica
ç
ão não com
p
utando as umidades do
p
edrisco e da areia
** Em rela
ç
ão a massa real da mistura
Resultados Obtidos do Ensaio B40
(
162
)
CP Car
g
a
(
k
g
f
)
Res.
(
MPa
)
Massa
(g)
M.Es
p
.
(g
/cm³
)
1 1780 6
,
88 151
,
31 1
,
255
2 1580 6
,
10 150
,
38 1
,
248
3 1640 6
,
34 151
,
21 1
,
255
4 2120 8
,
19 150
,
74 1
,
251
5 1640 6
,
34 152
,
24 1
,
263
6 1700 6
,
57 151
,
13 1
,
254
7 1600 6
,
18 149
,
41 1
,
240
8 1600 6
,
18 151
,
41 1
,
256
9 1640 6
,
34 150
,
71
,
250
10 1600 6
,
18 150
,
69 1
,
250
11 2020 7
,
80 150
,
91
,
252
12 1800 6
,
95 152
,
05 1
,
261
13 1160 4
,
48 150
,
57 1
,
249
14 1720 6
,
65 151
,
72 1
,
259
15 1900 7
,
34 153
,
81
,
276
16 1660 6
,
41 151
,
28 1
,
255
17 1880 7
,
26 151
,
96 1
,
261
18 2520 9
,
74 151
,
98 1
,
261
Média 1753 6
,
77 151
,
30 1
,
255
Desv. Pad. 281 1
,
08 0
,
94 0
,
01
Coef. Var. 16
,
00% 16
,
00% 0
,
62% 0
,
62%
Resultados do teste de hi
p
ótese
Módulo 1
,
40%
Resistência 52
,
19%
Com
p
acidade 0
,
00%
40% Ru
p
tura real 2
,
80
Mód. def. 40%
(
real
)
3361
ANEXOS 194
Tabela 13.4 – Resultados dos blocos B40 (164)
Dimensões
(
cm
)
Características do Tra
ç
o
Com
p
r.: 7
,
25 Materiais Volume* Peso**
Lar
g
ura: 3
,
5 Areia/Pedrisco 1
,
00 1
,
08
Altura: 4
,
75 Cimento/A
g
re
g
ado 8
,
19% 6
,
50%
Área: 25
,
375 Á
g
ua/Mat. Secos
(
A/Ms
)
10
,
95% 7
,
81%
Volume: 120
,
53125 Á
g
ua/Cimento
(
A/C
)
144
,
57% 127
,
93%
Materiais
Massa
Específica
(
k
g
/L
)
Volume
Utilizado (L)
Massa(kg)
Umidade dos
materiais (%)
Massa Real da
Mistura(kg)
Proporção por
parte de
cimento
Cimento: 1
,
13 0
,
058 0
,
0650 - 0 1
,
00
Areia: 1
,
48 0
,
351 0
,
5195 0% 1 7
,
99
Pedrisco: 1
,
37 0
,
351 0
,
4809 0% 0 7
,
40
Á
g
ua: 1 0
,
083 0
,
0832 - 0 1
,
28
* Em rela
ç
ão a fabrica
ç
ão não com
p
utando as umidades do
p
edrisco e da areia
** Em rela
ç
ão a massa real da mistura
Resultados Obtidos do Ensaio B40
(
164
)
CP Car
g
a
(
k
g
f
)
Res.
(
MPa
)
Massa
(g)
M.Es
p
.
(g
/cm³
)
1 1740 6
,
72 154 1
,
278
2 1680 6
,
49 154
,
38 1
,
281
3 1540 5
,
95 153
,
71
,
275
4 2260 8
,
73 153
,
37 1
,
272
5 1340 5
,
18 154
,
33 1
,
280
6 1820 7
,
03 153
,
57 1
,
274
7 1980 7
,
65 153
,
92 1
,
277
8 1280 4
,
95 153
,
05 1
,
270
9 2020 7
,
80 153
,
43 1
,
273
10 1300 5
,
02 152
,
94 1
,
269
11 2460 9
,
50 153
,
33 1
,
272
12 1810 6
,
99 153
,
84 1
,
276
13 1610 6
,
22 152
,
77 1
,
267
14 2000 7
,
73 152
,
88 1
,
268
15 1840 7
,
11 153
,
84 1
,
276
16 1920 7
,
42 153
,
41 1
,
273
17 2040 7
,
88 153
,
37 1
,
272
18 1960 7
,
57 153
,
41 1
,
273
Média 1811 7
,
00 153
,
53 1
,
274
Desv. Pad. 318 1
,
23 0
,
46 0
,
00
Coef. Var. 17
,
56% 17
,
56% 0
,
30% 0
,
30%
Resultados do teste de hi
p
ótese
Módulo 2
,
40%
Resistência 99
,
86%
Com
p
acidade 0
,
01%
40% Ru
p
tura real 2
,
80
Mód. def. 40%
(
real
)
3798
ANEXOS 195
Tabela 13.5 – Resultados dos blocos na escala real
Dimensões
(
cm
)
Características do Tra
ç
o
Com
p
r.: 29 Materiais Volume* Peso**
Lar
g
ura: 14 Areia/Pedrisco 1
,
00 1
,
08
Altura: 19 Cimento/A
g
re
g
ado 10
,
24% 8
,
12%
Área: 406 Á
g
ua/Mat. Secos
(
A/Ms
)
2
,
94% 7
,
69%
Volume: 7714 Á
g
ua/Cimento
(
A/C
)
31
,
64% 102
,
35%
Materiais
Massa
Específica
(
k
g
/L
)
Volume
Utilizado (L)
Massa(kg)
Umidade dos
materiais (%)
Massa Real da
Mistura(kg)
Proporção por
parte de
cimento
Cimento: 1
,
13 44
,
2 50 - 50 1
,
00
Areia: 1
,
48 216 320 7% 320 6
,
39
Pedrisco: 1
,
37 216 296 5% 296 5
,
92
Á
g
ua: 1 14 14 - 51 1
,
02
* Em rela
ç
ão a fabrica
ç
ão não com
p
utando as umidades do
p
edrisco e da areia
** Em rela
ç
ão a massa real da mistura
Resultados Obtidos do Ensaio à Com
p
ressão
CP Car
g
a
(
k
g
f
)
Res.
(
MPa
)
Massa
(g)
M.Es
p
(g
/cm³
)
1 26500 6
,
40 9780 1
,
268
2 36500 8
,
81 9910 1
,
285
3 24500 5
,
92 10030 1
,
300
4 31000 7
,
49 10095 1
,
309
5 31500 7
,
61 9870 1
,
279
6 33500 8
,
09 9985 1
,
294
7 27500 6
,
64 9940 1
,
289
8 23200 5
,
60 10135 1
,
314
9 29500 7
,
12 9760 1
,
265
10 33500 8
,
09 10105 1
,
310
11 26500 6
,
40 9945 1
,
289
12 20800 5
,
02 9935 1
,
288
13 35000 8
,
45 10130 1
,
313
14 31500 7
,
61 10055 1
,
303
15 26000 6
,
28 10020 1
,
299
16 26500 6
,
40 10050 1
,
303
17 25000 6
,
04 9965 1
,
292
18 32500 7
,
85 9665 1
,
253
19 26000 6
,
28 10180 1
,
320
20 32500 7
,
85 9935 1
,
288
21 30000 7
,
24 9975 1
,
294
Média 28975 7
,
01 9975 1
,
293
Desv. Pad. 4293 1
,
04 134 0
,
02
Coef. Var. 14
,
44% 14
,
44% 1
,
34% 1
,
34%
40% Ru
p
tura 2
,
80
Módulo def. 40%
[
MPa
]
7713
Valores esperados para os
blocos na escala reduzida
e
q
uivalentes a este tra
ç
o
Car
g
a
(
k
g
f
)
Peso
(g
f
)
1811 155
,
9
ANEXOS 196
Tabela 13.6 – Resultados obtidos – Blocos – Escala Real – Deformação a 2,5 MPa
Deformação a tensão de 2,50 MPa (40% da ruptura)
CP Carga (kN)
Resistência
σ (MPa)
Deformação
reló
g
ios di
g
itais
(ε)
Relógios do
Sist.Aquisição (ε)
Média
relógios (ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 259,7 6,4 0,00023 0,00043 0,00033 -
2 357,7 8,8 0,00024 0,00033 0,00029 -
3 240,1 5,9 0,00058
0,00026
0,00042 0,00031
4 303,8 7,5
0,00012
0,00038 0,00025 -
5 308,7 7,6 0,00019 0,00032 0,00026 -
6 328,3 8,1
0,00021
0,00035 0,00028 -
7 269,5 6,6 0,00040 0,00044 0,00042 -
8 227,4 5,6 0,00041 0,00049 0,00045 -
9 289,1 7,1 0,00021 0,00048 0,00035 -
10 328,3 8,1 0,00041 0,00030 0,00036 -
11 259,7 6,4 0,00030 0,00053 0,00041 -
12 203,8 5,0 0,00033 0,00053 0,00043 -
13 343,0 8,4 0,00028 ---------- ---------- -
14 308,7 7,6 0,00043 ---------- ---------- -
15 254,8 6,3
0,00030
---------- ---------- -
16 259,7 6,4
0,00022
---------- ---------- -
17 245,0 6,0
0,00029
---------- ---------- -
18 318,5 7,8
0,00034
---------- ---------- -
19 254,8 6,3
0,00035
---------- ---------- -
20 318,5 7,8 0,00019 ---------- ----------
-
21 294,0 7,2 ---------- ---------- ---------- 0,00025
Média 284,4 7,01 0,00030 0,00040 0,00035 0,00028
Desv. Pad. 41,1 1,0 0,00011 0,00009 0,00007 0,00004
Coef. Var. 14,44% 14,44% 35,8% 22,8% 20,6% 14,7%
ANEXOS 197
Tabela 13.7 – Resultados obtidos – Blocos – Escala Real – Deformação na Ruptura
Deformação média na Ruptura
CP Carga (kN)
Tensão
σ (MPa)
Deformação
reló
g
ios di
g
itais
(ε)
Relógios do
Sist.Aquisição (ε)
Média dos
relógios (ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 259,7 6,4 0,00193 0,00211 0,00202 ----------
2 357,7 8,8 0,00251 0,00424 0,00338 ----------
3 240,1 5,9 0,00243 0,00042 0,00143 0,00170
4 303,8 7,5 0,00107 0,00051 0,00079 ----------
5 308,7 7,6 0,00120 0,00045 0,00082 ----------
6 328,3 8,1 0,00212 0,00127 0,00170 ----------
7 269,5 6,6 0,00209 0,00155 0,00182 ----------
8 227,4 5,6 0,00138 0,00078 0,00108 ----------
9 289,1 7,1 0,00155 0,00186 0,00171 ----------
10 328,3 8,1 0,00203 0,00347 0,00275 ----------
11 259,7 6,4 0,00153 0,00139 0,00146 ----------
12 203,8 5,0 0,00097 0,00172 0,00135 ----------
13 343,0 8,4 0,00214 ---------- ---------- ----------
14 308,7 7,6 0,00153 ---------- ---------- ----------
15 254,8 6,3
0,00198
---------- ---------- ----------
16 259,7 6,4
0,00113
---------- ---------- ----------
17 245,0 6,0
0,00259
---------- ---------- ----------
18 318,5 7,8
0,00254
---------- ---------- ----------
19 254,8 6,3
0,00302
---------- ---------- ----------
20 318,5 7,8 0,00558 ---------- ---------- ----------
21 294,0 7,2 ---------- ---------- ---------- 0,00224
Média 284,4 7,01 0,00207 0,00165 0,00169 0,00197
Desv. Pad. 41,1 1,0 0,00101 0,00119 0,00076 0,00038
Coef. Var. 14,44% 14,44% 48,7% 72,1% 44,7% 19,4%
ANEXOS 198
Tabela 13.8 – Resultados obtidos – Blocos – Escala Reduzida
Deformação a
tensão de 2,5 MPa
Deformação na
ruptura
CP
Carga
(kN)
Resistência
σ (MPa)
Massa
(g)
Massa
Específica
(g/cm³)
Extensômetro (e) Extensômetro (e)
1 18,82 7,42 153,91 1,28 0,00035
0,00257
2 21,37 8,42 153,80 1,28 0,00027
0,00213
3 21,37 8,42 153,63 1,27 0,00045
0,00251
4 19,02 7,50 153,36 1,27 0,00040
0,00263
5 20,59 8,11 153,80 1,28 0,00030
0,00239
6 17,65 6,95 153,63 1,27 ---------- ----------
7 19,41 7,65 153,78 1,28 0,00029 0,00204
8 19,41 7,65 153,68 1,28 ---------- ----------
9 20,39 8,04 153,96 1,28 ---------- ----------
10 17,06 6,72 153,98 1,28 ---------- ----------
11 18,04 7,11 153,64 1,27 ---------- ----------
12 18,43 7,26 153,73 1,28 ---------- ----------
13 16,86 6,65 153,61 1,27 ---------- ----------
14 20,98 8,27 153,76 1,28 ---------- ----------
15 16,47 6,49 153,96 1,28 ---------- ----------
16 19,12 7,53 153,68 1,28 ---------- ----------
Média 19,1 7,51 153,74 1,28 0,00034 0,00238
Desv. Pad. 1,6 0,6 0,2 0,0 0,00007 0,00024
Coef. Var. 8,3% 8,3% 0,1% 0,1% 20,3% 10,2%
Tabela 13.9 – Resultados – Deformações a tensão de 2 MPa – Prismas – Escala Real
Deformação a 2 MPa 40% ruptura
CP
Carga
(kN)
Resistência
σ (MPa)
Relógios do
Sist.Aquisição (ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 237,3 5,8 0,00036 ----------
2 257,8 6,4 0,00030 ----------
3 203,9 5,0 0,00020 ----------
4 194,1 4,8 0,00036 ----------
5 250,0 6,2 0,00035 ----------
6 227,5 5,6 0,00029 ----------
7 268,6 6,6 0,00025 0,00023
8 231,4 5,7 0,00031 0,00027
9 227,5 5,6 0,00033 0,00023
10 245,1 6,0 0,00028 0,00018
11 227,5 5,6 0,00038 0,00019
Média 233,7 5,76 0,00031 0,00022
Desv. Pad. 21,9 0,5 0,00005 0,00004
Coef. Var. 9,4% 9,4% 17,3% 15,9%
ANEXOS 199
Tabela 13.10 – Resultados obtidos – Deformações na Ruptura – Prismas – Escala Real
Deformação na Ruptura
CP
Carga
(kN)
Resistência
σ (MPa)
Relógios do
Sist.Aquisição (ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 237,3 5,8 0,00307 ----------
2 257,8 6,4 0,00181 ----------
3 203,9 5,0 ---------- ----------
4 194,1 4,8 0,00193 ----------
5 250,0 6,2 0,00167 ----------
6 227,5 5,6 0,00187 ----------
7 268,6 6,6 0,00207 0,00132
8 231,4 5,7 0,00211 0,00173
9 227,5 5,6 0,00173 0,00117
10 245,1 6,0 ---------- 0,00081
11 227,5 5,6 ---------- 0,00076
Média 233,7 5,76 0,00204 0,00116
Desv. Pad. 21,9 0,5 0,00045 0,00040
Coef. Var. 9,4% 9,4% 21,9% 34,3%
Tabela 13.11 – Resultados obtidos – Deformações a tensão de 2 MPa – Prismas – Escala Reduzida
Deformação a 2 Mpa 40% ruptura
CP
Carga
(kN)
Resistência
σ (MPa)
Relógios do
Sist.Aquisição
(ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 17,5 6,9 0,00025 ----------
2 16,5 6,5 0,00033 ----------
3 14,6 5,8 0,00039 ----------
4 12,9 5,1 0,00045 ----------
5 14,5 5,7 0,00042 ----------
6 17,4 6,8 0,00040 0,00028
7 18,6 7,3 0,00021 ----------
8 16,3 6,4 0,00036 ----------
9 12,4 4,9 0,00047 ----------
10 13,1 5,2 0,00033 ----------
11 15,3 6,0 0,00030 ----------
12 14,5 5,7 ---------- 0,00025
Média 15,3 6,03 0,00036 0,00026
Desv. Pad. 2,0 0,8 0,00008 0,00002
Coef. Var. 13,0% 13,0% 23,1% 8,4%
ANEXOS 200
Tabela 13.12 – Resultados obtidos – Deformações na Ruptura – Prismas – Escala Reduzida
Deformação na Ruptura
CP
Carga
(kN)
Resistência
σ (MPa)
Relógios do
Sist.Aquisição
(ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 17,5 6,9 0,0034 ----------
2 16,5 6,5 0,0025 ----------
3 14,6 5,8 0,0030 ----------
4 12,9 5,1 0,0027 ----------
5 14,5 5,7 0,0028 ----------
6 17,4 6,8 0,0022 0,0018
7 18,6 7,3 0,0029 ----------
8 16,3 6,4 0,0028 ----------
9 12,4 4,9 0,0028 ----------
10 13,1 5,2 0,0025 ----------
11 15,3 6,0 0,0030 ----------
12 14,5 5,7 ---------- 0,0011
Média 15,3 6,03 0,00278 0,00143
Desv. Pad. 2,0 0,8 0,00030 0,00050
Coef. Var. 13,0% 13,0% 10,9% 34,9%
Tabela 13.13 – Resultados obtidos – Deformações a tensão de 1,5 MPa – Paredes – Escala Real
Deformação a 1,5 MPa 40% ruptura
CP
Carga
(kN)
Resistência
σ (MPa)
Relógios do
Sist.Aquisição (ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 444,1 3,56 0,00047
----------
2 443,1 3,56 0,00035 0,00024
3 439,2 3,53 0,00031 0,00024
4 417,6 3,35 0,00030 0,00023
5 450,0 3,61 0,00038
----------
6 372,5 2,99 0,00029 0,00025
Média 427,8 3,43 0,00035 0,00024
Desv. Pad. 29,3 0,2 0,00007 0,00001
Coef. Var. 6,8% 6,8% 19,4% 2,6%
ANEXOS 201
Tabela 13.14 – Resultados obtidos – Deformações na Ruptura – Paredes– Escala Real
Deformação na Ruptura
CP
Carga
(kN)
Resistência
σ (MPa)
Relógios do
Sist.Aquisição (ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 444,1 3,56 0,00193
----------
2 443,1 3,56 0,00153 0,00106
3 439,2 3,53 0,00220 0,00303
4 417,6 3,35 0,00226 0,00081
5 450,0 3,61 0,00226
----------
6 372,5 2,99 0,00244 0,00110
Média 427,8 3,43 0,00210 0,00150
Desv. Pad. 29,3 0,2 0,00033 0,00103
Coef. Var. 6,8% 6,8% 15,5% 68,5%
Tabela 13.15 – Resultados obtidos – Deformações a 40% – Paredes – Escala Reduzida
Deformação a 1,5 Mpa 40%
CP
Carga
(kN)
Resistência
σ (MPa)
Relógios do
Sist.Aquisição
(ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 40,2 5,3 0,00022 ----------
2 37,0 4,9 0,00032 0,00027
3 35,8 4,7 0,00021 ----------
4 37,3 4,9 0,00025 0,00027
5 34,8 4,6 0,00047 0,00023
6 37,3 4,9 0,00020 ----------
Média 37,0 4,87 0,00028 0,00026
Desv. Pad. 1,8 0,2 0,00010 0,00002
Coef. Var. 4,9% 4,9% 37,7% 8,9%
ANEXOS 202
Tabela 13.16 – Resultados obtidos – Deformações na Ruptura – Paredes– Escala Reduzida
Deformação na Ruptura
CP
Carga
(kN)
Resistência
σ (MPa)
Relógios do
Sist.Aquisição
(ε)
Extensômetro
Aquisição (ε)
1 40,2 5,3 0,0024 ----------
2 37,0 4,9 0,0018 0,00174
3 35,8 4,7 0,0011 ----------
4 37,3 4,9 0,0016 0,00150
5 34,8 4,6 0,0025 0,00071
6 37,3 4,9 0,0014 ----------
Média 37,0 4,87 0,00180 0,00132
Desv. Pad. 1,8 0,2 0,00055 0,00054
Coef. Var. 4,9% 4,9% 30,4% 40,8%
Tabela 13.17 – Ensaio ao cisalhamento – Tipo B – Escala Real
Ensaio
Tipo B
Carga de Ruptura
(kN)
1 35,00
2 38,00
3 44,00
4 36,50
5 54,00
6 36,00
Média 40,58
Desv.Pad. 7,310
Coef.Var. 18%
ANEXOS 203
Tabela 13.18 – Ensaio ao cisalhamento –Escala Reduzida
Ensaio
Tipo B
Carga de Ruptura
(kN)
1
1,83
2
1,80
3
1,52
4
1,91
5
2,33
6
1,52
7
1,99
8
1,95
9
2,23
10
2,64
11
1,83
Média
1,96
Desv.Pad.
0,33
Coef.Var.
17%
ANEXOS 204
14 ANEXOS II
ESTUDO COMPLEMENTAR:
INFLUÊNCIA DO TIPO DE CURA DA ARGAMASSA
Com o objetivo de avaliar a influência do tipo de cura em corpos-de-prova de alvenaria de
blocos de concreto, foi desenvolvido um estudo complementar em que foram realizados
alguns ensaios em prismas da escala real e reduzida para analisar:
¾ a influência da cura na resistência à compressão da alvenaria e
¾ a aderência entre blocos e argamassa
Nesses ensaios foram analisadas três tipos de cura diferenciadas, a saber:
cura com exposição a intempéries (condição ambiente)
cura em laboratório (com presença de umidade) e
cura em câmara úmida
Cura com exposição a intempéries (condição ambiente) – TIPO 1
Este tipo de cura visa reproduzir as características e condições existentes em uma obra de
alvenaria estrutural. Os corpos-de-prova permaneceram os 28 dias de cura a exposição dos
fatores climáticos.
Cura em laboratório (com presença de umidade) – TIPO 2
Depois de montados, os corpos-de-prova ficaram envoltos em sacos plásticos onde foram
inseridas estopas umedecidas com o objetivo de evitar a perda de umidade excessiva para o
ambiente.
ANEXOS 205
Cura em câmara úmida – TIPO 3
Os corpos-de-prova imediatamente após a sua montagem, foram levados para a câmara úmida,
onde permaneceram até completar os 28 dias.
Tabela 14.1 – Quantitativo de corpos-de-prova
Número de Corpos-de-prova ( Compressão axial e Aderência)
ESCALAS
TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3
REAL
6 6 6
REDUZIDA
6 6 6
Para cada tipo de análise, foram montados seis corpos-de-prova. Os resultados indicaram que
a cura em laboratório (com presença de umidade) e a cura em câmara úmida são semelhantes,
e, ambas, diferem significativamente, da cura com exposição a intempéries. As formas de
ruptura e os resultados mostraram que quando a cura é realizada (TIPO 2 e TIPO3), existe um
acréscimo de resistência nos prismas e também na aderência entre as unidades e argamassa.
Através desses resultados, pode-se dizer que foi confirmada a hipótese da influência da cura
nas juntas de argamassa. Os gráficos e tabelas comparativas são mostrados a seguir:
ANEXOS 206
ENSAIOS EM PRISMAS – ESCALA REDUZIDA – COMPRESSÃO AXIAL
5,69 MPa
6,02 MPa
4,50 MPa
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
RESISTÊNCIA - τ (MPa)
Ensaio de Compressão Axial - Prisma 1:4
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3
Figura 14.1 – Gráfico comparativo
Os dados que geraram este gráfico são apresentados nas tabelas a seguir
Tabela 14.2 – Ensaio à compressão axial – Prismas – Escala Reduzida
Cura Tipo
CARGA
(kN)
RESISTÊNCIA
(MPa)
1
11,40 4,50
2
15,30 6,00
3
14,40 5,70
ANEXOS 207
ENSAIOS EM PRISMAS – ESCALA REAL – COMPRESSÃO AXIAL
5,76 MPa
3,17 MPa
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
RESISTÊNCIA - τ (MPa)
Ensaio de Compressão Axial - Prisma 1:1
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3
Figura 14.2 – Gráfico comparativo
Tabela 14.3 – Ensaio à compressão axial – Prismas – Escala Real
Cura Tipo
CARGA
(kN)
RESISTÊNCIA
(MPa)
1
128,9 3,17
2
233,70 5,76
3
ANEXOS 208
ENSAIOS DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA – ESCALA REDUZIDA
0,92 MPa
0,70 MPa
0,07 MPa
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
RESISTÊNCIA - τ (MPa)
Ensaio de Aderência - Prisma 1:4
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3
Figura 14.3 – Gráfico comparativo
Tabela 14.4 – Ensaio de Aderência – Escala Reduzida
Cura Tipo
CARGA
(kN)
RESISTÊNCIA
(MPa)
1
0,47 0,07
2
5,77 0,90
3
5,90 0,92
ANEXOS 209
Algumas fotos dos ensaios de aderência são mostradas a seguir
Figura 14.4 – Corpos-de-prova para ensaio de aderência
ANEXOS 210
ASSINATURAS:
Ilha Solteira 20 de Março de 2005.
Rodrigo Menossi Maurício Jefferson Sidney Camacho
Orientado Orientador
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