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Outra observação refere-se ao ensaio de tração da chapa, no qual, o valor
da resistência é, aproximadamente, o mesmo para as três espécies de madeira
utilizadas na ligação. Esse resultado já era esperado, pois, esse ensaio avaliou o
comportamento da chapa metálica, e, para esta finalidade, os corpos de prova,
para cada espécie de madeira, foram montados através das CDE, com um número
de dentes suficientes para garantir o rompimento da ligação, por tração da chapa,
e não por outro modo de ruptura.
7.1.2 Influência da umidade na ligação por CDE
Os valores da resistência e da rigidez, nas ligações por CDE, com todas as
peças de madeira dos corpos-de-prova saturados, devem ser corrigidos para a
umidade padrão de 12%, de acordo com a equação apresentada no item C.7.5 da
Norma Brasileira (NBR-7190/97, p.87), ou seja, devem ser majorados em 24%.
Neste trabalho, optou-se em fazer uma repetição, com os corpos-de-prova
secos, para cada modelo de ensaio e para as três espécies de madeira,
e , através dos resultados dessa repetição, observou-se que:
Para a madeira pinus, o valor da resistência e da rigidez, obtidos nos
modelos de ensaio, com as peças de madeira à 12%, aumentou cerca de 40%,
em relação aos ensaios, com as peças saturadas. Para a madeira eucalipto, o
valor da resistência e da rigidez, obtidos em todos os modelos de ensaio, com as
peças de madeira à 12%, apresentou o mesmo valor, em relação aos ensaios com
as peças de madeira saturadas. Já para a madeira cupiúba, o valor da rigidez,
obtido nos ensaios de arrancamento, com as peças de madeira à 12%, diminuiu
cerca de 25%, em relação aos ensaios, com as peças saturadas.
Investigando tal fato, pode-se perceber, que, ao prensar as CDE nas peças
de madeira secas, quanto maior a densidade da madeira, além de necessitar de
uma força de prensagem maior, a penetração adequada dos dentes piorava, por
esses dentes sofrerem torções e flambagem localizada. Portanto, a correção das
resistências e das rigidezes, para a umidade padrão de 12%, de acordo com os
ensaios apresentados neste trabalho, haveria de: majorar em 40%, para a classe
C20; não corrigir, para a classe C30; e para a classe C40, minorar em 25% os
resultados dos ensaios, com as peças de madeira saturadas.