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SALAH ALI OSMAN
ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE A
APLICAÇÃO DE PELÍCULA DE CELULOSE
(BIONEXT®) EM ÁREA CRUENTA DE RESSECÇÃO
DE CONCHA NASAL DE COELHOS
Tese apresentada ao curso de Pós-
Graduação da Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de
São Paulo para obtenção do título
de Mestre em Medicina
SÃO PAULO
2007
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SALAH ALI OSMAN
ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE A
APLICAÇÃO DE PELÍCULA DE CELULOSE
(BIONEXT®) EM ÁREA CRUENTA DE RESSECÇÃO
DE CONCHA NASAL DE COELHOS
Tese apresentada ao curso de Pós-Graduação
da Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo para obtenção do tulo de
Mestre em Medicina
Área de Concentração: Otorrinolaringologia
Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Lutaif Dolci
SÃO PAULO
2007
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FICHA CATALOGRÁFICA
Preparada pela Biblioteca Central da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Osman, Salah Ali
Estudo experimental sobre a aplicação de película de celulose
(Bionext®) em área cruenta de ressecção de concha nasal de
coelhos./ Salah Ali Osman. São Paulo, 2007.
Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo – Curso de pós-graduação em Medicina.
Área de Concentração: Otorrinolaringologia
Orientador: José Eduardo Lutaif Dolci
1. Nariz 2. Cavidade nasal 3. Turbinados 4. Celulose 5. Animais
6. Coelhos
BC-FCMSCSP/09-2007
Citação
Não tenho um caminho novo.
O que eu tenho é um jeito novo de caminhar.”
Thiago de Mello,
(Poeta amazonense)
Dedicatória
Aos meus queridos pais,
que sempre se empenharam em me dar a orientação necessária para que eu
soubesse da infinidade de caminhos que teria pela frente e tivesse discernimento
para fazer as melhores escolhas.
Aos meus irmãos,
cujo espírito de equipe e solidariedade irrestrita, nos bons e nos maus momentos,
me serviu de exemplo na vida, norteando minha escolha para uma profissão que tem
como propósito a ajuda ao próximo.
À minha esposa Renata,
fonte de ajuda, apoio e incentivo, a quem admiro e respeito pela coragem com que
enfrenta as adversidades da vida, tanto quanto se rejubila com as vitórias
conquistadas.
A todos os queridos amigos
que conquistei ao longo de minha vida, que fortaleceram em mim os bons valores e
os laços de afeto e respeito.
Agradecimento Especial
Agradeço sinceramente o empenho e a participação do Prof. Dr. José
Eduardo Lutaif Dolci, cuja generosidade na orientação, no aconselhamento e,
principalmente, nas críticas serviram para criar e fortalecer uma relação de respeito,
tanto pessoal quanto profissional.
Mais do que um orientador, o Prof. Dr. José Eduardo Lutaif Dolci é um
conselheiro, que tem muito a ensinar, tanto no campo científico quanto no das
relações humanas.
Eu tive a sorte de receber dele tais ensinamentos nos dois aspectos. Ganhei
um mestre e um amigo precioso.
Agradecimentos
A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e a Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo pela acolhida.
A todo o Corpo Docente e Discente da Disciplina de Otorrinolaringologia e
Cirurgia de Cabeça e Pescoço da UNICAMP, precursor dos primeiros degraus a
serem subidos e ao, então, chefe da disciplina Prof. Dr. Agrício Nubiato Crespo,
parte fundamental nessa escalada.
Ao Departamento de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, representado pelo Prof. Dr. Carlos
Alberto Herrerias de Campos que, na época do meu ingresso, chefiava o
Departamento, e me acolheu e propiciou a realização desse desafio.
À Profª. Dra. Eulália Sakano, que, com a sua paciência e exemplo de
perseverança, empenho admirável e competência ímpar em ensinar, cativou- me
profundamente na Otorrinolaringologia, em especial na Rinologia.
À Profª. Dra. Ester Maria Daniele Nicola, da UNICAMP, que teve participação
especial nesse trajeto, com seu apoio e ajuda inestimáveis, sempre estimulando o
espírito investigativo, pesquisa e atenção especial à Ciência.
Ao Prof. Dr. Henrique Olavo Olival Costa, que, com espírito científico
aguçado, raramente visto, aconselhou de modo ímpar a realização desta tese. Sua
disposição e paciência foram fundamentais para a conclusão deste trabalho.
Agradecimentos
Ao Instituto de Ciências Avançadas em Otorrinolaringologia (ICAO), que
forneceu o local e as cobaias necessárias, além de infra-estrutura adequada para a
realização desse trabalho.
Aos Residentes da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo,
cuja colaboração e apoio foram essenciais.
À Unidade Multidisciplinar de Medicina a Laser, onde foi gerada a idéia de se
tentar a realização de uma dissertação de mestrado. Meu agradecimento especial à
enfermeira Diva Helena Baldin.
Aos colegas residentes da UNICAMP, que junto comigo trilharam esse
caminho, com espírito de coletividade.
Aos amigos e amigas, que me deram apoio e tiveram paciência comigo nas
horas difíceis, colaborando na formação de um clima propício para que eu pudesse
desenvolver este projeto com tranqüilidade.
Á Dra. Marilia Germanos de Castro, que, com sua disposição e paciência,
colaborou de modo muito cortês nesta área o importante da dissertação que foi a
anatomia patológica.
A FUNDAÇÃO CAPES, pela bolsa concedida durante o Curso de Pós-
Graduação.
Sumário
1. Introdução..........................................................................................................
01
1.1. Revisão da literatura..................................................................................... 03
1.2. Estudos clínicos em humanos...................................................................... 04
1.3. Estudos experimentais.................................................................................. 06
2. Objetivos............................................................................................................ 08
3. Material e Método.............................................................................................. 10
3.1. Seleção e tamanho da amostra.................................................................... 11
3.2. Método de randomização..............................................................................
11
3.3. Procedimento cirúrgico................................................................................. 13
3.4. Avaliação clínica........................................................................................... 13
3.5. Avaliação histológica.................................................................................... 14
3.6. Avaliação estatística.................................................................................... 15
4. Resultados........................................................................................................ 16
5. Discussão......................................................................................................... 25
6. Conclusões....................................................................................................... 28
7. Anexos.............................................................................................................. 30
8. Referências Bibliográficas.............................................................................. 34
Resumo...............................................................................................................
37
Abstract.............................................................................................................. 40
Andice.............................................................................................................
42
Introdução
1. INTRODUÇÃO
Introdução
2
A cirurgia da parede lateral do nariz é procedimento freqüente na
especialidade otorrinolaringológica, sendo indicada para ressecção de partes moles
exuberantes, remoção de tumores ou para favorecer a aeração dos seios da face.
A evolução das técnicas cirúrgicas propiciou segurança cada vez maior aos
pacientes, diminuindo drasticamente as complicações e a morbidade pós-cirúrgica.
O sangramento nasal, as infecções da ferida cirúrgica, dor local e a presença de
sinéquias são os principais complicadores relacionados à cirurgia nasal. Diversos
tipos de materiais têm sido desenvolvidos no intuito de prevenir estas complicações.
O tamponamento nasal tem sido muito utilizado no pós-cirúrgico destes
procedimentos e, apesar de eficientes na prevenção da hemorragia, necessitam de
remoção que provocam grande desconforto ao paciente. Além disso, a sua presença
já foi associada a infecções sistêmicas graves (Allen et al, 1990; Breda et al, 1987).
A utilização de um material que, além de evitar a hemorragia, pudesse
propiciar cicatrização mais rápida sem a formação de crostas e prevenir a infecção,
sem necessitar de remoção, seria de grande auxílio no período pós-cirúrgico dos
pacientes submetidos à ressecção da concha nasal inferior e outras cirurgias nasais.
Em 1984, o microbiologista Luís Fernando Xavier Farah conseguiu, através
da fermentação de bactérias do gênero Acetobacter, produzir a celulose bacteriana.
A película resultante desta síntese, após o processamento, é dotada de
permeabilidade seletiva, permitindo a passagem de vapor d'água, mas impedindo a
passagem de microorganismos. É semitransparente, homogênea, com espessura
média de 0,05mm e visualmente muito semelhante à pele humana. Não contém
adesivos. Sendo constituída basicamente por celulose, substância inerte, resistente
e insolúvel em todos os solventes orgânicos, possui características físicas
específicas, tais como: permeabilidade definida a líquidos e gases, resistência à
Introdução
3
tração, alongamento, peso e estrutura molecular característicos. Após regeneração,
a película se desprende, mantendo as mesmas características que portava no
momento de sua aplicação. A partir desta descoberta, a película de celulose
começou a ser testada de maneira versátil nas mais variadas áreas do
conhecimento, desde a utilização como pele artificial até na indústria para confecção
de coletes à prova de projéteis de arma de fogo, telas para computadores e papel
para preservação de documentos históricos (Abrantes, 2006).
A película de celulose Bionext® (ANVISA 80255120001) é produzida pela
Bionext Produtos Biológicos. Consiste de uma película flexível, semitransparente,
amarelada, indicada para substituir temporariamente a pele humana em lesões
como queimaduras, feridas traumáticas, úlceras e feridas crônicas em pacientes
diabéticos. Pelas suas características físico-químicas, de biocompatibilidade,
facilidade de colocação e não necessidade de remoção, Bionext® parece oferecer
algumas vantagens no pós-cirúrgico de cirurgias nasais. Como não apresenta
aprovação das agências regulatórias para esta indicação em humanos, propomos
um estudo experimental para verificar sua eficácia no controle da hemorragia,
inflamação, infecção e tolerabilidade após a ressecção da concha nasal inferior em
coelhos.
1.1 Revisão da literatura
Não existe nenhum estudo clínico ou experimental publicado com a utilização
de Bionext® em cirurgia nasal.
A revisão da literatura foi dividida entre os estudos clínicos e experimentais
com a utilização da película de celulose bacteriana.
Introdução
4
1.2. Estudos clínicos em humanos
A película de celulose bacteriana foi obtida por biotecnologia por um
pesquisador brasileiro na década de 80. Ele conseguiu fabricar uma película de
celulose através da fermentação da bactéria Acetobacter xyllinum. Devido às suas
características de biocompatibilidade e de propiciar um ambiente úmido e favorecer
as trocas gasosas, a película começou a ser estudada por vários grupos como
substituta de pele em lesões crônicas e após queimaduras (De Paola, Souza, 1987).
De Paola, Souza (1987) e Cabral et al (1987) descreveram resultado
satisfatório em dois pacientes com a utilização do Biofill® como substituto temporário
de pele em região de ressecção de tumor e de queimadura extensa.
Rebello et al (1987) relataram sua ótima experiência com a utilização da
película de celulose (Biofill®) em 130 pacientes e advogaram seu uso em larga
escala.
Peixoto, Santos (1988) avaliaram o Biofill® como substituto de pele em 52
pacientes com queimaduras de primeiro grau, dermoabrasão ou área doadora de
enxerto e concluíram que a película de celulose promoveu proteção do tecido
lesado, abreviando o período de cicatrização, melhorou a qualidade de epitelização,
reduziu o índice de infecção, diminuiu sensivelmente os sintomas dolorosos e
propiciou o retorno mais rápido do paciente às suas atividades diárias.
Hilário, Vasquez (1988) conduziram um estudo em 48 pacientes com lesões
de pele superficiais e profundas, agudas e crônicas, de várias etiologias com maioria
constituída por lesões causadas por queimadura. Os pacientes foram tratados em
regime ambulatorial e os resultados mostraram que a película de celulose foi efetiva
Introdução
5
na proteção da ferida do meio externo, diminuição da perda de água e eletrólitos e
na prevenção de infecção. Houve necessidade de substituição da película de
celulose em pouquíssimos pacientes com expressiva redução do manuseio das
lesões quando comparado aos tratamentos convencionais. A transparência da
película permitiu o controle da cicatrização que também ocorreu mais rapidamente.
Pitanguy et al (1988) utilizaram a película de Biofill® aplicada como curativo
em 133 pacientes com queimaduras de segundo grau ou dermoabrasões ou em
área doadora de enxerto de pele. Concluíram que, pelas suas características, o
Biofill® foi eficaz para recobrir lesões de pele de pouca profundidade em regiões
com pouca mobilidade; foi de fácil aplicação e permitiu o reconhecimento de
hematomas e/ou infecções por se tratar de uma película semitransparente; reduziu
em 30% o custo do tratamento e favoreceu o retorno mais precoce do paciente às
suas atividades.
Castro et al (1988) avaliaram 40 pacientes que receberam a membrana de
celulose como substituto temporário de pele e enfatizaram que, devido à
permeabilidade seletiva, facilidade de aderência ao leito receptor, atoxicidade e
transparência (permite acompanhar a evolução da lesão), a membrana de celulose é
uma alternativa eficaz para a substituição da pele.
Sobrinho (1989) relatou resultado muito satisfatório em dois pacientes com
queimaduras de e graus com a película de Biofill®, sendo que a área de
queimadura de um dos pacientes deveria receber enxerto de pele e foi tratada
somente com a película de celulose.
Mayal et al (1990), Cospite et al (1991) e Andreozzi et al (1992) utilizaram a
película de celulose em pacientes com lesões por estase venosa em membros
inferiores e concluíram que a aplicação da película acelera a cicatrização, diminui a
Introdução
6
contaminação da ferida e reduz o custo do tratamento quando comparado às outras
modalidades de tratamento.
Magnocavallo et al (1993) realizaram um estudo clínico com a utilização da
película de celulose (Bioprocess®) em 74 pacientes atendidos no Pronto-Socorro
com queimaduras de 2° grau e dermoabrasões. Observaram um ótimo controle da
dor, bom efeito hemostático, encurtamento do período de cicatrização e excelente
cicatrização com o tratamento proposto.
1.3. Estudos experimentais
Carvalho (1991) estudou a película de celulose clínica e histologicamente em
tecido celular subcutâneo de 30 ratos e concluiu que foi adequada para a proteção
da ferida cirúrgica.
He et al (1997) realizaram um estudo experimental em ratos com o objetivo de
estudar o efeito do Biofill® na cura e adesão aos planos circunjacentes após secção
e sutura de tendão. Os animais foram distribuídos em grupos e acompanhados por
período de uma, duas, três e quatro semanas após o procedimento cirúrgico.
Concluíram que o Biofill® previne a adesão do tendão e não interfere com o
processo intrínseco de cicatrização do tendão.
Wouk et al (1997), em um estudo em suínos, compararam cinco tratamentos:
Biofill® humano, Biofill® veterinário, Tegaderm®, Duoderm® e Nitrofurazona quanto
à cicatrização da pele. Produziram seis lesões quadrangulares do mesmo tamanho
na região dorso-lombar de cada animal e uma delas permaneceu como controle.
Realizaram biópsias para análise histológica com 7, 14, 21, 45 e 60 dias de evolução
Introdução
7
cicatricial. Realizaram análise morfométrica (perímetro e superfície) dos leitos
cicatriciais no período de sete a 45 dias após a lesão. Os resultados quanto à
eficácia foram: Biofill® humano, Biofill® veterinário, Tegaderm®, Duoderm® e
Nitrofurazona. Em relação ao aspecto cicatricial, a Nitrofurazona foi semelhante ao
Biofill®, mas com necessidade de troca diária, o que dificultou o tratamento.
Hart et al (2002) estudaram a película de celulose e colágeno quanto a sua
habilidade em promover migração de fibroblastos e proliferação celular em ratos
diabéticos e não-diabéticos. O tratamento acelerou significativamente o fechamento
da ferida no rato diabético com melhores resultados histológicos. Como o rato
diabético é um modelo reconhecido de ferida crônica, que pode compartilhar
algumas características com as feridas crônicas humanas, os resultados deste
estudo predizem que sua utilização poderá ser benéfica em humanos.
Menderes et al (2004) realizaram um estudo experimental controlado em
coelhos com o objetivo de avaliar a eficácia da película Seprafilm® (contendo metil-
celulose) comparada ao ácido hialurônico e grupo-controle na regeneração de lesão
traumática de tendão. Concluíram que tanto o Seprafilm quanto o ácido hialurônico
foram efetivos na regeneração com menor grau de adesão quando comparados ao
grupo-controle.
Costa, Souza (2005) estudaram a cicatrização de pele de suínos quando
submetidos à ressecção e termo abrasão com metal a 100ºC, comparando o uso de
Bionext® ao curativo local diário, e observaram que a cicatrização se completou em
todos os animais de maneira semelhante, não havendo diferenças entre as lesões
que tiveram cuidados de curativo diário e aquelas onde foi aplicada a película de
celulose (Bionext®).
Objetivos
8
2. OBJETIVOS
Objetivos
9
1) Comparar histologicamente o grau de hemorragia, a presença de
inflamação e de infecção local, após ressecção parcial da concha nasal inferior em
coelhos com e sem aplicação de Bionext®;
2) Avaliar clinicamente a tolerabilidade do uso do Bionext® nos coelhos após
a ressecção da concha nasal inferior.
Material e Método
10
3. MATERIAL E MÉTODO
Material e Método
11
Estudo experimental randomizado controlado realizado no biotério do Instituto
de Ciências Avançadas em Otorrinolaringologia (ICAO) sob supervisão veterinária.
Estudo aprovado pela Comissão de Ética do Instituto de Ciências Avançadas em
Otorrinolaringologia (ICAO) N° 08/05.
3.1. Seleção e tamanho da amostra
Foram selecionados 24 coelhos da raça New Zealand, brancos, machos, com
seis meses de idade e peso entre 2,5 a 3,0kg.
3.2. Método de randomização
Os coelhos foram distribuídos aleatoriamente por meio de sorteio realizado
com moeda, em cada grupo: Controle e Bionext® após o procedimento cirúrgico.
A alocação nos grupos quanto ao tempo de seguimento também foi feita por
sorteio, após o procedimento cirúrgico.
Os coelhos foram distribuídos após o sorteio em dois grupos:
Grupo-Controle – constituído por nove coelhos distribuídos em subgrupos conforme
o tempo de seguimento:
a) Um coelho com sacrifício imediato após a ressecção da concha nasal;
b) Dois coelhos com tempo de seguimento de um dia após a ressecção da
concha nasal;
Material e Método
12
c) Dois coelhos com tempo de seguimento de três dias após a ressecção da
concha nasal;
d) Dois coelhos com tempo de seguimento de sete dias após a ressecção da
concha nasal;
e) Dois coelhos com tempo de seguimento de 14 dias após a ressecção da
concha nasal.
Grupo Bionext® constituído por 15 coelhos distribuídos em subgrupos conforme o
seguimento:
a) Um coelho com sacrifício imediato após a ressecção da concha nasal e
colocação de Bionext®;
b) Dois coelhos com tempo de seguimento de um dia após a ressecção da
concha nasal e colocação de Bionext®;
c) Quatro coelhos com tempo de seguimento de três dias após a ressecção da
concha nasal e colocação de Bionext®;
d) Quatro coelhos com tempo de seguimento de sete dias após a ressecção da
concha nasal e colocação de Bionext®;
e) Quatro coelhos com tempo de seguimento de 14 dias após a ressecção da
concha nasal e colocação de Bionext®.
Houve sacrifício de dois coelhos logo após a ressecção da concha nasal para
avaliar as condições histológicas imediatas pelo todo sem que houvesse
interferência pelo processo cicatricial. Os coelhos considerados para este controle
foram sorteados após cada procedimento de maneira aleatória.
Houve substituição de quatro coelhos de ambos os grupos durante o
Material e Método
13
experimento. Dois coelhos de cada grupo faleceram durante o pernoite no biotério
no pós-operatório imediato devido à hemorragia.
3.3. Procedimento cirúrgico
Os coelhos foram submetidos à anestesia geral com Zoletil® e Nilperidol®,
previamente aos procedimentos cirúrgicos, e mantidos sob ventilação espontânea.
Foi realizada a exposição da cavidade nasal esquerda com espéculo nasal e
introduzido tampão de algodão embebido em xylocaína® a 2% para analgesia tópica
local. Após a analgesia local, foi realizada a infiltração de 1ml de xylocaína® com
epinefrina a 2% para anestesia e vasoconstrição local. A cabeça da concha nasal
inferior foi removida com pinça Takahashi reta. A hemostasia foi realizada com
algodão embebido em xylocaína® com epinefrina a 2%.
Para o sacrifício ao final do tempo de seguimento, os coelhos foram
novamente anestesiados e receberam tiopental sódico EV (dose 40 mg/kg). Após o
sacrifício do coelho, a mesoestrutura facial foi removida em bloco para estudo
histológico.
3.4. Avaliação clínica
Os coelhos foram avaliados por parâmetros clínicos que pudessem
indiretamente avaliar as condições de tolerabilidade, tais como desconforto geral e
de respiração. Os parâmetros avaliados foram: quantidade de alimentos ingeridos,
Material e Método
14
variação do peso do coelho, temperatura, freqüência respiratória e presença de
sangramento nasal.
Todos os coelhos foram pesados antes do procedimento e diariamente até
seu sacrifício. A quantidade de alimentos ingeridos foi controlada diariamente em
gramas. A temperatura auricular, em graus Celsius, foi mensurada duas vezes ao
dia. A freqüência respiratória foi verificada duas vezes ao dia. A presença de
sangramento foi observada diariamente (Anexos 1, 2 e 3).
3.5. Avaliação histológica
A mesoestrutura facial, compreendendo desde a ponta do nariz até a glabela
e de um zigoma ao outro, foi submetida à descalcificação. Foram realizados cortes
coronais a distâncias de 3mm desde a ponta do nariz até as cavidades etmoidais
(Fig. 1).
Os cortes foram submetidos à coloração com hematoxilina-eosina e avaliados
histologicamente. Foram avaliados: o grau de hemorragia extraepitelial, a presença
de processo inflamatório, a presença de infecção e de celulose em cada espécime.
As lâminas foram preparadas por um único patologista de maneira cega
quanto ao grupo a que o espécime pertencia, e analisadas em graus por critério
subjetivo do mesmo patologista.
Todos os valores foram considerados para a análise estatística.
Material e Método
15
3.6. Avaliação estatística
Os resultados foram comparados entre os grupos Controle e Bionext®
através de teste F de amostras independentes com comparação não-pareada entre
os grupos como um todo, e para os parâmetros com valores categóricos
descontínuos como grau de inflamação pelo teste não-paramétrico de Wilcoxon.
Figura 1Foto de um dos coelhos do estudo mostrando os cortes coronais com
distância de 3mm desde a ponta do nariz até as cavidades etmoidais.
Resultados
16
4. RESULTADOS
Resultados
17
Dos quatro coelhos que faleceram no primeiro dia de pós-operatório, dois
foram do grupo Bionex e dois do grupo Controle, com incidência de hemorragia
fatal de 2/14 (14%) e de 2/8 (25%) respectivamente.
O teste de Wilcoxon para comparação não-pareada, não-paramétrica entre os
parâmetros histológicos não mostrou diferenças estatisticamente significantes
(p>0.05) entre os dois grupos estudados. Hemorragia p=0,3153501726 e processo
inflamatório p= 0,7903592904 (Tab. 1, 2, 3 e 4). Não houve infecção em nenhum
coelho.
O teste T para comparação entre os parâmetros clínicos não mostrou
diferenças estatisticamente significantes (p>0.05) entre os dois grupos. Temperatura
valor de T=-0,18752. Freqüência respiratória valor de T =0,764928. Volume de
alimentação diário valor de T = -0,46393. (Tab. 5 e 6).
Resultados
18
Tabela 1 Distribuição dos coelhos nos dois grupos estudados quanto ao tempo
de seguimento, grau de hemorragia extra-epitelial, presença de
processo inflamatório, infecção e celulose.
Coelho
Grupo
Tempo
seguiment
o
(dias)
Grau de
hemorragia
extra-epitelial
Processo
inflamatório
Infecção Celulose
23 Bionext®
Imediato 1/3 - - +
9 Controle Imediato 1/3 - - -
6 Bionext®
1 2/3 - - +
7 Bionext®
1 2/3 - - +
16 Controle 1 2/3 - - -
20 Controle 1 3/3 - - -
Tabela 2 Distribuição dos coelhos nos dois grupos estudados com tempo de
seguimento de três dias, quanto ao grau de hemorragia extra-epitelial,
presença de processo inflamatório, infecção e celulose
.
Coelho
Grupo
Tempo de
seguimento
(dias)
Grau de
hemorragia
extra- epitelial
Processo
Inflamatório
Presença
de
Infecção
Presença
de
Celulose
4 Bionext®
3 1/3 - - -
5 Bionext®
3 2/3
Fibrina
moderada
- +
10 Bionext®
3 2/3
Fibrina
moderada
- +
12 Bionext®
3 2/3
Fibrina
moderada
-
+
17 Controle 3 2/3
Fibrina
moderada
- -
19 Controle 3 2/3
Fibrina
moderada
- -
Resultados
19
Tabela 3 Distribuição dos coelhos nos dois grupos estudados com tempo de
seguimento de sete dias quanto ao grau de hemorragia extra-epitelial,
presença de processo inflamatório, infecção e celulose.
Coelho
Grupo
Tempo de
seguimento
(dias)
Grau de
hemorragia
extra-epitelial
Processo
inflamatório
Presença
de
Infecção
Presença
de
Celulose
1 Bionext®
7 1/3 - - +
2 Bionext®
7 0 Fibrina leve
- +
3 Bionext®
7 0
Fibrina
moderada
- -
24 Bionext®
7 2/3
Fibrina
moderada
- +
14 Controle 7 2/3
Fibrina
moderada
- -
18 Controle 7 2/3
Fibrina
moderada
- -
Tabela 4 Distribuição dos coelhos nos dois grupos estudados com tempo de
seguimento de 14 dias quanto ao grau de hemorragia extra-epitelial,
presença de processo inflamatório, infecção e celulose
.
Coelho
Grupo
Tempo de
seguimento
(dias)
Grau de
hemorragia
extra-epitelial
Processo
inflamatório
Presença
de
Infecção
Presença
de
Celulose
8 Bionext®
14 1/3 - - -
11 Bionext®
14 1/3 Fibrina leve
- -
21 Bionext®
14 2/3
Fibrina
moderada
- +
22 Bionext®
14 2/3
Fibrina
moderada
- +
13 Controle 14 1/3 - -
15 Controle 14 0
Congestão
septal
- -
Resultados
20
Tabela 5 Distribuição dos coelhos do grupo Bionext® quanto aos valores
médios da freqüência respiratória, temperatura, volume de alimentos
ingeridos e variação de peso.
Grupo
Bionext
FR T °C VA(g) P (g)
C1 90,0 31,4 103,6 2600-2791
C2 90,5 30,9 103,2 2500-2801
C3 90,4 31,4 103,6 2555-2630
C4 87,5 31,9 105,0 2646-2748
C5 89,7 31,8 120,0 2800-2997
C6 88,5 31,7 73,0 2640-2640
C7 89,5 31,8 70,0 2735-2705
C8 89,9 31,6 84,3 2695-2676
C10 93,5 31,0 78,3 2480-2331
C11 89,8 31,3 101,4 2550-2928
C12 90,7 31,3 110,0 2530-2741
C21 91,0 31,3 70,7 2800-2050
C22 89,3 31,3 120,0 2700-3150
C23 - - - 2600
C24 89,4 31,7 100,0 2900-3492
C= Coelho FR= Freqüência respiratória T°C= Temperatura em graus Celsius
VA= Volume de alimentos ingeridos em gramas P= Variação do peso do coelho em gramas
Resultados
21
Tabela 6 – Distribuição dos coelhos do grupo Controle quanto aos valores médios
da freqüência respiratória, temperatura, volume de alimentos
ingeridos e variação de peso
.
Grupo
Controle
FR
T
o
C
VA
(g)
P (g)
C9 - - - 2590
C13 91,3 31,5 122,1 2440-2736
C14 91,1 31,3 113,9 2680-3175
C15 90,9 31,5 102,1 2500-2776
C16 90,5 31,1 98,0 2440-2416
C17 90,7 31,2 80,8 2538-2560
C18 91,6 31,2 91,8 2380-2537
C19 88,3 31,6 90,0 2690-2607
C20 90,5 30,9 100,0 2307-2300
C= Coelho FR= Freqüência respiratória C= Temperatura em graus Celsius
VA= Volume de alimentos ingeridos em gramas P= Variação do peso do coelho em gramas
Resultados
22
Figura 2 Corte histológico do coelho 7 na coloração HE, aumento de
40X. Septo do nariz (S) Mucosa nasal (M) hemorragia
moderada (H) fibrina moderada (F) e película de Bionext®
(B).
S
M
B
H
F
Resultados
23
Figura 3 Corte histológico do coelho 7 na coloração HE, aumento de
100X com hemorragia moderada (H) e película de Bionext®
(B).
B
H
Resultados
24
Figura 4 Corte histológico do coelho 7 na coloração HE, aumento de
400X com hemorragia moderada (H) e película de Bionext®
(B).
H
B
Discussão
25
5. DISCUSSÃO
Discussão
26
A ressecção parcial da concha nasal inferior é um dos procedimentos mais
realizados pelos otorrinolaringologistas dentro da sua área de atuação. O
tamponamento nasal no pós-operatório imediato desta cirurgia é realizado
principalmente com o intuito de prevenir a hemorragia. O advento de novos
equipamentos, que favoreceram uma melhor visualização das estruturas e permitem
uma ressecção mais conservadora e a possibilidade de uma hemostasia mais eficaz,
promoveram mudanças nas técnicas cirúrgicas. Com esta evolução, a hemorragia
que pode se manifestar no pós-operatório imediato diminuiu drasticamente de
incidência e motivou a busca de materiais para o tamponamento nasal que, além de
hemostáticos, pudessem acelerar a regeneração do tecido lesado, prevenissem a
infecção local e fossem tolerados pelos pacientes, reduzindo o seu desconforto. Este
estudo foi idealizado dentro desta abordagem. A película de celulose demonstrou
em estudos clínicos e experimentais que possui atividade hemostática, favorece a
cicatrização e evita a infecção.
Houve uma diferença significativa entre os quatro coelhos que tiveram
hemorragia profusa no pós-operatório imediato entre o grupo-controle e o grupo
Bionext®, sendo 25% (2 de 8) sem o Bionext® e 14% (2 de 14) nos coelhos com
Bionext®. Embora este dado não seja suficiente para uma conclusão definitiva
devido ao número pequeno de animais, mostra uma tendência favorável do
Bionext®.
Ainda que não existam outros estudos com o mesmo desenho deste e os
resultados não nos permitam afirmar que o Bionext® é superior ao controle em
diminuir o sangramento, acelerar a cicatrização e prevenir a infecção local,
acreditamos que esta diferença exista e possa ser comprovada aumentando o
tamanho da amostra ou realizando um estudo clínico em pacientes, o que
Discussão
27
possivelmente será a próxima etapa.
Apesar de não existir diferença estatisticamente significante entre os grupos
estudados quanto ao grau de infecção local, este dado revela que a aplicação do
Bionext® não causa reação de corpo estranho, o que também já foi demonstrado em
outros estudos (Hilário, Vasquez, 1988; Magnocavallo et al, 1993; Mayakk et al,
1990; Peixoto, Santos, 1988).
Na avaliação clínica (volume de alimentos ingeridos, freqüência respiratória,
temperatura auricular e variação de peso) dos coelhos que avaliou indiretamente o
grau de tolerabilidade do Bionext®, fator de extrema importância no s-operatório
de cirurgias nasais, observou-se que não houve diferença quando comparado ao
grupo-controle. Portanto, foi bem tolerado, não interferindo na rotina dos coelhos
quando comparados ao grupo-controle.
Como dado positivo, salientamos que tecnicamente a película de Bionext® é
de fácil colocação e não precisa ser removida, o que para muitos pacientes é o
momento de maior desconforto na cirurgia nasal.
Por outro lado, consideramos que a película de Bionext® precisa ter uma
adesividade maior aos tecidos, o que facilitaria sobremaneira a sua permanência na
ferida cirúrgica nasal no pós-operatório imediato.
Conclusões
28
6. CONCLUSÕES
Conclusões
29
1) Não houve diferença histológica estatisticamente significante entre os
grupos Controle e Bionext® quanto ao grau de hemorragia e a presença de
inflamação após ressecção parcial da concha nasal em coelhos.
2) Não houve diferença estatisticamente significante quanto à tolerabilidade
do uso do Bionext® nos coelhos após a ressecção da concha nasal inferior quando
comparados ao grupo-controle.
Anexos
30
7. ANEXOS
Anexos
31
Anexos
32
Anexos
33
Referências Bibliográficas
34
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Referências Bibliográficas
35
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(jovem). Disponível em <http://ctjovem.mct.gov.br> (03/11/2006).
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cicatrização da pele de suínos: aspectos clínicos, histopatológicos e morfométricos.
Arch Vet Scienc 1997;3(1):31-7.
Resumo
37
RESUMO
Resumo
38
Osman SA. Estudo experimental sobre a aplicação de película de celulose
(bionext®) em área cruenta de ressecção de concha nasal de coelhos. Tese
(Mestrado). 2007.
Biomateriais são utilizados com o propósito de ajudar o crescimento do tecido
cicatricial e prevenir a infecção local. Bionext® é uma película flexível, utilizada como
substituta temporária de pele, biodegradável, atóxica, apirogênica e estéril. O seu
uso não foi investigado na parede lateral do nariz até o momento. Objetivo: comparar
histologicamente o grau de hemorragia, a presença de inflamação e de infecção
local, após ressecção parcial da concha nasal inferior em coelhos com e sem
aplicação de Bionext®. Avaliar clinicamente a tolerabilidade do Bionext® nos
coelhos após a ressecção da concha nasal inferior. Método: foi utilizado o Bionext®
após a ressecção da concha nasal em 24 coelhos New Zealand, distribuídos em dois
grupos: no primeiro grupo, os coelhos receberam a aplicação do Bionext® após a
ressecção da concha nasal; e no segundo grupo não receberam (controle). O tempo
de seguimento dos coelhos após o procedimento variou de um a 14 dias. Foram
realizados cortes histológicos de todos os animais e comparados o grau de
hemorragia, inflamação e infecção nos dois grupos. Os coelhos foram avaliados por
parâmetros clínicos diariamente para verificar a tolerabilidade do Bionext®.
Resultados: não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos
estudados quanto à hemorragia (p=0,3153501726) e processo inflamatório
(p= 0,7903592904). Não houve infecção em nenhum coelho. A comparação entre os
parâmetros clínicos para avaliar a tolerabilidade do Bionext® não mostrou diferença
estatisticamente significante entre os dois grupos. Conclusões: o houve diferença
com a aplicação da película de Bionext® quanto ao grau de hemorragia e a
presença de inflamação após a ressecção parcial da concha nasal em coelhos. A
Resumo
39
película de Bionext® foi bem tolerada pelos animais. Descritores: nariz, ressecção
da concha nasal inferior, Bionext® e estudo experimental.
Abstract
40
ABSTRACT
Abstract
41
Osman SA. Experimental study of the topical use of cellulose membrane (Bionext) on
the surgical wounds of resected nasal turbinates in rabbits. Thesis. 2007.
Many surgical techniques use biomaterials with the purpose of supporting the tissue
growth and to prevent local infection. Bionext® is a fine and flexible membrane, used
as temporary substitute of skin, biodegradable, atoxic, no pirogenic and sterile. The
use of a material with these properties wasn’t investigated properly yet in the nose.
Aim: To compare the healing of the lateral wall of the nose after turbinectomy, with
and without the use of. Bionext® as temporary dressing. Method: 24 males rabbits
were studied. The animals were followed for a total period of 14 days in the post-
operatory period of unilateral turbinectomy. After the resection a plate of Bionext®
were inserted over the lateral wall as a temporary dressing. The tolerability of
Bionext® was available for clinic parameters. Results: There is no difference in
hemorrhagea and inflammation between the two groups (P=). There is no difference
in tolerability in the two groups. Conclusions: There was no difference between the
two groups, as far as the level of hemorrhagea and the presence of inflammation are
concerned after the partial turbinectomy in rabbits. The Bionext® membrane was well
tolerated by the animals.
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42
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