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Centro Universitário Hermínio
Ometto
UNIARARAS
VANESSA CARRERA RORIZ
CIRURGIÃ DENTISTA
AVALIAÇÃO DO PADRÃO FACIAL POR
MEIO DA ANÁLISE FACIAL E ANÁLISE
CEFALOMÉTRICA
ARARAS/SP
NOVEMBRO/2005
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1
Centro Universitário Hermínio
Ometto
UNIARARAS
VANESSA CARRERA RORIZ
CIRURGIÃ DENTISTA
AVALIAÇÃO DO PADRÃO FACIAL POR
MEIO DA ANÁLISE FACIAL E ANÁLISE
CEFALOMÉTRICA
Dissertação apresentada ao Centro
Universitário Hermínio Ometto
UNIARARAS, para obtenção do Título
de Mestre em Odontologia, Área de
Concentração em Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Ricardo de
Oliveira Bozzo
e-mail: ricardobozzo@uniararas.br
Co-Orientador: Prof. Dr. Mário
Vedovello Filho
ARARAS/SP
NOVEMBRO/2005
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FOLHA DE APROVAÇÃO
3
DEDICATÓRIA
A Deus, que me conferiu
humildade e dedicação, iluminando me
em todos os momentos de minha vida.
Aos meus pais, João e Maria,
pelos esforços e confiaa em mim
depositados para minha formação
pessoal e profissional. Devo tudo a
vocês.
Ao meu marido, Paulo César,
por me ajudar a vencer mais esta
jornada, com carinho, apoio,
compreensão e incentivo para minha
constante busca de aperfeiçoamento.
Aos meus irmãos, Sandro e
Gerson, à minha cunhada Patrícia e
aos meus sobrinhos Mariana e Kadú
que, com sua alegria, carregaram-me
de energia para mais esta etapa de
minha vida.
4
AGRADECIMENTOS
À magnífica Reitora, Profa. Dra. Miriam de Magalhães Oliveira Levada, a minha
gratidão.
À Pró-Reitora Profª. Dra. Rose Mary Coser pelo seu apoio.
Ao Prof. Dr. Marcelo Augusto Marreto Esquissatto, pró-reitor de pós-graduação
e pesquisa, por sua dedicação e ao pró-reitor Administrativo Francisco Elíseo
Fernandes Sanches.
Ao Pró-Reitro da Graduação Prof. Dr. José Antônio Mendes, pelo apoio para
realização desta pesquisa.
Ao Prof. Dr. Mário Vedovello Filho, por sua competência, segurança e
seriedade que permitiram a realização deste ideal.
À Profª. Dra. Heloisa Cristina Valdrighi, meu reconhecimento, gratidão de quem
me fiz admiradora e amiga pela dedicação e valiosos conhecimentos
transmitidos para minha formação científica.
Ao Prof. Dr. Ricardo de Oliveira Bozzo, pela orientação desta pesquisa.
Às minhas amigas, Graziela Grando, Liamara de O. Tancredo e Kathleen
Rebêlo, que se tornaram pessoas importantíssimas, pois participaram dos
momentos mais importantes de minha vida com ensinamentos, motivação
apoio.
Ao meu colega, José Arnaldo, pelos ensinamentos e prontidão em me ajudar
neste trabalho.
Aos Professores, que, direta ou indiretamente, colaboraram em mais uma
etapa de aperfeiçoamento profissional.
5
RESUMO
Os efeitos do tratamento ortodôntico sobre a face, visando a estética são
uma preocupação constante, não existindo uma receita, um molde para a
beleza, mas sim a subjetividade nos gostos individuais. O presente estudo foi
realizado com o objetivo de avaliar: 1) o padrão facial (I, II, III) por meio da
Análise Facial e Análise Cefalotrica e 2) verificar a fidelidade da análise
facial subjetiva comparada à análise cefalométrica, visando obter um método
mais simples para o planejamento ortodôntico, servindo como decisivo e não
somente como auxiliar no plano de tratamento. A amostra utilizada foi de 40
documentações iniciais de indivíduos do gênero feminino e masculino com
idade entre 10 e 17 anos, leucodermas selecionados aleatoriamente, nos
arquivos dos cursos de Pós Graduação do Departamento de Ortodontia do
Curso de Odontologia da Uniararas. As fotografias de perfil foram utilizadas
para classificar os indivíduos como Padrão I, II, III segundo CAPELOZZA
FILHO (2004). Para a cefalometria, foi utilizado o ângulo ANB, considerando-se
2 graus a norma cefalométrica. Nos resultados dos testes estatísticos,
observou-se que existe uma certa semelhança entre as duas análises, pom
não se pode admiti que a Análise facial seja tão confiável quanto a
Cefalométrica devido a necessidade de uma amostragem maior. Concluiu-se
que 1) houve dificuldade em padronizar os indivíduos, principalmente nos
padrões I e II e 2) a Análise Facial não apresentou fidelidade quando
comparada à Análise Cefalométrica, sendo necessária a utilização de ambas
para um correto plano de tratamento ortodôntico.
Palavras- chaves: Análise facial / Análise Cefalométrica / Perfil.
6
ABSTRACT
The orthodontic treatment effects on the face aiming esthetics have been
a constant concern and there isn't a recipe, a mould for beauty but the
subjectivity in personal tastes. This study had the objective to evaluate: 1) the
facial standard (I, II, III ) through the facial analysis and cephalometric analysis
e 2) checking the fidelity of subjective facial analysis compared to cephalometric
analysis, and this way getting a simpler method for the orthodontic planning as,
being decisive and not merely as an auxiliary in the treatment plan. It was used
a sample of 40 initial documentations of male and female people in age
between 10 and 17 years old, leucoderms selected in an aleatory manner, in
the Post-Graduation files do Departamento de Ortodontia da Faculdade de
Odontologia da Uniararas. The profile photographs were projected by a data
show, using Power Point, and the facial analysis was done by the author
himself who only visually classified the people as standard I, II, III according to
Leopoldino Capelloza Filho. For the cephalometric, the anatomical traits were
done by the author himself, who plotted the ANB angle considering 2 degrees
as the cephalométric standard. Concerning the results of the statistics tests it
was observed that there is a certain similarity between both analysis, however
we cannot admit that the Facial analysis is as trustful as the cefalometric , due
to the need of a bigger sample , consequently we conclude that 1) it was difficult
to standardise the individuals mainly in the standards I, II and 2) the facial
analysis has not shown loyalty when it was compared to the Cephalometric
Analysis, demanding the use of both for an adequate orthodontic treatment
plan.
Key-words: Facial Analysis / Cephalometric Analysis / Profile.
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Posição da Cabeça...........................................................................32
Figura 2 – Desenho Anatômico.........................................................................33
Figura 3 – Ângulo ANB traçado.........................................................................34
Gráfico 1 – Distribuição por gênero...................................................................39
Gráfico 2 – Freqüência de idade........................................................................40
Gráfico 3 – Análise facial subjetiva x cefalométrica...........................................41
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Resultado.........................................................................................37
Tabela 2 – Resultado.........................................................................................38
Tabela 3 – Distribuição por gênero....................................................................39
Tabela 4 – Freqüência de idade........................................................................40
Tabela 5 – Análise facial subjetiva x cefalométrica...........................................40
9
SUMÁRIO
Resumo................................................................................................................5
Abstract................................................................................................................6
Lista de Ilustrações..............................................................................................7
Lista de Tabelas...................................................................................................8
1. Introdução......................................................................................................10
2. Objetivos........................................................................................................12
3. Revisão da Literatura.....................................................................................13
4. Material e métodos........................................................................................30
4.1 Amostra................................................................................................30
4.2 Critérios de exclusão............................................................................ 30
4.3 Material utilizado na obtenção das fotografias digitais ......................... 30
4.4 Material utilizado na obtenção do traçado cefalométrico...................... 31
4.5 Fotografias do perfil facial .................................................................... 31
4.6 Método de classificação da amostra pela análise facial subjetiva do
perfil ........................................................................................................... 32
4.7 Método do traçado cefalométrico ......................................................... 32
4.8 Pontos utilizados na análise cefalométrica........................................... 33
4.9 Análise facial subjetiva do perfil ........................................................... 34
4.10 Metologia estatística............................................................................35
5. Resultados ...................................................................................................36
6. Discussão ......................................................................................................42
7. Conclusões....................................................................................................45
Referências bibliográficas..................................................................................46
10
1. INTRODUÇÃO
A partir do século XXI a procura pela beleza rompeu barreiras de
maneira crescente e determinada, influenciada pela sociedade consumidora do
mundo capitalista, exigindo formas individualizadas e personalizadas sendo
cada vez mais, pom, influenciadas por modismos, tendências culturais de
sociedade, etnia, gênero e faixa etária.
Esta busca incansável pelo belo estético difunde-se a cada dia, seja na
procura de cirurgias plásticas, academias de ginástica, cosméticos,
consultórios e clínicas de Ortodontia. Assim os profissionais da Ortodontia,
principalmente os que se preocupam em se inteirar das necessidades práticas
da vida comum da sociedade, acabam aprendendo a construir uma relação de
proximidade e diálogo com os indivíduos, tentando obter o resultado esperado
por eles, atendo-se à importância dos aspectos subjetivos, como a percepção
da aparência e a satisfação estética na determinação do comportamento. A
análise do perfil facial, atualmente, recebe muita importância no diagnóstico e
planejamento ortodôntico que busca o equilíbrio e a harmonia entre os diversos
traços faciais.
Levando-se em consideração que a estética facial é um dos principais
objetivos do tratamento ortodôntico, concluiu-se facilmente que esta é,
portanto, uma das razões da sua procura pelo indivíduo. Sendo assim, deve-se
avaliar o equilíbrio facial sob o ponto de vista estético e cuidando para não
modificar a face em função de uma maloclusão, quando esta estiver em
harmonia.
RICHETTS (1981) referindo a estética escreveu estética, lidando com
fontes e efeitos da arte, é um dos principais ramos da Filosofia. Estética
envolve o estudo da beleza e suas respostas psicológicas. A beleza é algo que
produz prazer e satisfaz os sentidos. Mas as coisas são consideradas
verdadeiramente bonitas quando o nível de reação interior é estimulado.
Os ortodontistas são como os cientistas ressaltou o autor, entendem o
conceito de estética, compreendendo traços da beleza física, sua harmonia,
seu equilíbrio e unidade, porém a estética envolve a personalidade que, suas
11
características positivas, pode proporcionar beleza, visto que muitas pessoas
sem atração física são consideradas bonitas pelo seu caráter.
Desta forma advertiu o autor a estética não pode ser sempre limitada à
forma física porque a face humana é marcadamente expressiva em humores.
Uma personalidade forte pode superar o que pode ser de outro modo um
desequilíbrio estrutural através da capacidade de se dar conta desta. A feiúra
grotesca tem sido dita ser uma das maiores aflições humanas.
Uma vez que pessoas com deformidades dentofaciais são conscientes
de suas faces anormais, o primeiro interesse à procura do ortodontista é a
estética. Em conseqüência dessa procura é que os ortodontistas vêm dando
maior importância para a Análise Facial como complemento à cefalometria para
um ideal diagnóstico e planejamento Ortodôntico.
VEDOVELLO et al. (2001) consideraram em estudo de revisão literária,
a definição de beleza facial como o estado de harmonia e equilíbrio das
proporções faciais, estabelecidas pelas estruturas esqueléticas, dentais e de
tecido tegumentar, cabendo ao ortodontista conservá-las ou melhorá-las.
O desenvolvimento desta pesquisa tem como objetivo comparar a
Análise Facial com a Cefalométrica, verificando a fidelidade de ambas, para
desta forma, facilitar o plano de tratamento.
2. OBJETIVOS
O presente estudo tem o objetivo de avaliar:
1) O padrão facial (I, II, III) por meio da Análise Facial Subjetiva e
Análise Cefalométrica.
2) Verificar a fidelidade da Análise Facial comparada à Análise
Cefalométrica.
13
3. REVISÃO DA LITERATURA
VON IHERING (1872) trouxe para a Odontologia, como referência
universal da antropologia, o plano horizontal de FRANKFURT (HF). Esse plano
denominado foi reconhecido oficialmente como plano padrão de orientação
em 1882 no Congresso de Antropologia em Frankfurt, na Alemanha. Foi um
dos primeiros e mais importantes planos craniométricos aplicados à
cefalometria, sendo considerado, ainda hoje, um referencial básico em algumas
análises cefalométricas.
CASE (1893) relatou a necessidade da avaliação clínica dos casos
tratados ortodonticamente, justificando sua preocupação quanto ao
posicionamento final dos dentes em relação ao restante do complexo crânio-
facial após o término do tratamento ortodôntico e do crescimento final do
individuo. Reconheceu que, em determinados casos clínicos, a extração de
dentes se tornava um procedimento imprescindível.
ANGLE (1907) citou conceitos cnicos e científicos que estavam
relacionados com a oclusão dentária e harmonia facial e escreveu
referenciando-se a Apollo BELVERERE como o padrão de beleza facial da
época, destacando a importância dos tecidos tegumentares, considerando
também a boca como um fator fundamental na formão da face, cuja beleza
dependeria da oclusão dos dentes.
CARREA (1924) foi o primeiro a fazer tomadas radiográficas da face
com distância superior a 1 m, para reduzir distorções; e para fazer aparecer o
perfil tegumentar, utilizou primeiro um sal de bário, depois colocou um fio de
chumbo com fita adesiva ao longo do plano médio facia, utilizando tal método
para avaliar a espessura do tecido tegumentar em diferentes partes da face.
Vale dizer que o perfil tegumentar não era visível antes do uso de telas e filtros.
CARREA (1924) determinou a primeira grandeza cefalométrica para avaliar o
prognatismo maxilar, com o intuito de estabelecer um perfil harmônico.
BROADBENT (1931) começou a trabalhar com o craniostato
desenvolvido na década passada por TODD, procurando elaborar um
dispositivo que mantivesse a cabeça do indivíduo fixa numa posição constante,
e para ser reproduzível, nas diversas tomadas radiográficas, uniformizando as
14
tomadas radiográficas. Logrou, então, desenvolver um plano de pesquisa
nomeando o resultado de CEFALOSTATO. Considerado um marco histórico na
evolução da Ortodontia como ciência, pois foi publicado pela primeira vez na
literatura, a técnica de obtenção de tomadas radiográficas padronizadas da
cabeça com finalidade de avaliar o crescimento e desenvolvimento crânio-facial
de crianças normais de três meses a oito anos de idade, foi o ano de 1931.
Inúmeros trabalhos relacionados com diagnóstico e plano de tratamento
começaram a ser elaborados devido ao método.
MARGOLIS (1941) desenvolveu um equipamento que mantinha a
cabeça fixa durante as tomadas radiográficas e fotográficas. Criou um método
que conjugava fotografia com tomada telerradiográfica, obtendo, assim, os
perfis tegumentar e duro de um mesmo indivíduo.
IZARD (1943) estudou as variações da abóboda craniana dividindo-as
em: a. dolicocefalia; b. mesocefalia; c. braquicefalia. Assim, do ponto de vista
étnico a face apresenta variações consideráveis na forma das sobrancelhas,
dos olhos, nariz, dos lábios e do mento, que servem justamente para
caracterizar a beleza nos diversos tipos faciais, relatando que as proporções
normais da face não são fixas e imutáveis. Conclui que a normalidade é
essencialmente variável, considerando normais as proporções mais freqüentes,
mas tampouco as pequenas variações encontradas devam ser consideradas
anormalidade.
DOWNS (1948) apresentou a primeira Análise Cefalométrica com ênfase
na imagem da tomada radiográfica esqueletal e dental, sendo quase todas as
medidas usadas para avaliação da posição dos dentes em relação aos
componentes esqueletais. Os valores se basearam em medidas de 20
indivíduos leucodermas de gênero masculino e feminino, com idade entre 12 e
17 anos, média de 14,5 anos com oclusões excelentes e harmonia facial. Usou
o HF como base para muitas medidas. No entanto, não fez referência alguma
aos tecidos tegumentares da face, nem mesmo traçou o perfil tegumentar do
indivíduo, mas recomendou a individualização na avaliação do padrão
esquelético pela verificação da grande variação nas medidas estudadas,
propondo com isso, à primeira análise dento esquelética.
RIEDEL (1950) definiu que o ideal pode ser a imagem mental que
representa o tipo perfeito, considerando como padrão a ser imitado. Realizou
15
um estudo para analisar o perfil e a relação deste com o padrão dento
esquelético, individualmente. Utilizou uma amostra que constava de dois
grupos de indivíduos, uma constituída de 24 crianças e 52 adultos com oclusão
normal, e outra de 57 indivíduos com diversas maloclues, sendo 38 de
Classe II 1, 10 de ClasseII - 2 e 09 de Classe III. Foram obtidas, para cada
indivíduo, uma tomada de telerradiografia em norma lateral, bem como
tomadas fotográficas de frente e perfil. Empregou o método de traçado de
DOWNS (1948), para avaliar as relações das bases ósseas, concluindo que
tanto a relação entre as bases apicais, como a convexidade do perfil
esquelético, o padrão facial e a posição dos dentes anteriores, possuem
importante influência na estética facial. Propôs também, a utilização do ponto
cefalométrico subespinhal (A) e do ponto cefalométrico supramentoniano (B) de
DOWNS (1948), para a quantificação angular mais difundida na cefalometria, o
ângulo formado pelas linhas nasio-subespinhal e násio-supramentoniano
(ANB), que dentro de uma oclusão normal deve ser de 2º.
STEINER (1953) descreveu a importância da cefalometria no tratamento
ortodôntico, considerando-a como uma das mais importantes contribuições
para o estudo do crescimento e desenvolvimento crânio-facial.
HOLDAWAY (1956) avaliou empiricamente o bom equilíbrio facial e
razoável estabilidade dentária para o ângulo ANB de 2º, propondo uma tabela
em que preconizava posições para os incisivos superiores e inferiores
conforme a variação desse ângulo. Apresentou a linha H (LH), traçada
tangente ao pogônio mole e a porção mais anterior do lábio superior,
determinando o ângulo H (AH), formado pela LH e linha násio-
supramentoniano (NB) observando que, este ângulo deve ter de a 9º, se o
ângulo ANB for de a 3º. Quando o ângulo ANB for maior ou menor que a
a mesma quantidade deve ser adicionada ou subtraída do AH. Preconizou
ainda, um método mediante a comparação da maior distância da coroa do
incisivo central inferior a linha násio-supramentoniano (1-NB) e da distância do
pogônio mole à linha násio-supramentoniano (P-NB), percebendo que, num
perfil harmônico e estático, essas distâncias eram iguais, mantendo proporção
de 1:1 (um para um).
RICKETTS (1957) acreditava que um dos principais objetivos do
tratamento ortodôntico era o equilíbrio e harmonia da estética facial, e por isso
16
descreveu a LE como um método para análise da estética facial no
planejamento do tratamento ortodôntico.
WYLIE (1959) estudou as preferências faciais do público em geral,
observou que a opinião de pessoas leigas sobre a estética facial é tão valiosa
quanto a dos ortodontistas, talvez até mais, uma vez que os ortodontistas estão
presos a certos condicionamentos.
ALTEMUS (1963) realizou um estudo comparativo sobre perfil facial,
empregando o método de BURSTONE (1959), em dois grupos de jovens norte-
americanos, sendo um leucoderma e outro melanoderma com excelente perfil
facial e oclusão dentária normal. A diferença significante encontrada nos dois
grupos estudados foi nos bios e dentes. Concluiu que existe uma grande
variabilidade individual no perfil facial e que devemos considerá-la no
planejamento e tratamento ortodônticos.
MARREFIELD (1966) mostrou que muitos ortodontistas reconhecem que
apesar de a oclusão e a beleza facial serem tão independentes e que poderiam
ter objetivos simultâneos e iguais de tratamento. Um clínico menos experiente
talvez não conseguisse ver o progresso em direção ao seu objetivo estético,
enquanto que um ortodontista veterano tem um melhor olho clínico. Em seu
estudo procurou desenvolver um padrão mais específico para ajudar os
ortodontistas jovens a obter o ximo de harmonia facial, que é sempre a
proposta dos ortodontistas.
FRANTZ (1968) escreveu que o que constitui uma harmonia e um
equilíbrio facial satisfatório é uma questão controvertida na Ortodontia,
conceituando ele esses dois termos como sendo a posição dos dentes e
demais estruturas envolvidas no sistema estomatognático, resultando em um
mecanismo dental estável e funcionalmente satisfatório, acrescido de uma
estética também satisfatória.
CIROS (1968) comentou que a beleza, ou o que cada um de nós
considera belo varia infinitamente, tanto como quantos indivíduos existem. Por
isso, não é possível criar normas, fórmulas, sistemas ou métodos para a
“ciência” que trata do belo. O significado e o sentimento da beleza existem
dentro de nós, daí, serem pessoais, além de filosóficos.
PECK; PECK (1970) estudaram a estética facial de 52 modelos
profissionais adultas jovens, vencedoras de concurso de beleza, a fim de
17
determinar valores médios que pudessem avaliar a estética facial.
Cefalogramas e fotografias padronizadas foram tomadas, empregaram as
Análises Cefalométricas de MARGOLIS (1941); DOWNS (1948) e STEINER
(1953), comparando os valores obtidos com os padrões determinados pelos
autores. Concluíram que o público, em geral, admira um padrão facial mais
protuberante do que os padrões cefalométricos e que os Cirurgiões-Dentistas
também estão sujeitos às influências culturais na avaliação da beleza facial.
Entretanto, seu interesse pela estética facial é mais acadêmico do que
emocional, uma vez que eles dispõem de métodos objetivos para avaliação da
face.
PECK; PECK (1970) demonstraram que a estética facial é muito
importante para o ortodontista, ressaltando que nós, profissionais da área,
tendemos a nos esquecer da origem dos nossos valores estéticos. Com este
pensamento, em um estudo, examinaram primeiro alguns dos aspectos não
ortodônticos da estética facial no esforço da desenvolver um conceito
ortodôntico significativo. Para tanto, cada grande era de nossa herança estética
foi examinada, visando a melhor compreensão dos aspectos estéticos de cada
período. Esses peodos começam na pré-história e passam pelos egípcios,
gregos, romanos e pelo renascimento.
A definição da face harmoniosa é dada como um estado regular e
agradável da disposição das partes do perfil. Em seus estudos, observaram um
grupo de cinqüenta e dois jovens nos quais fizeram análises cefalométricas de
diferentes autores como MARGOLIS (1947); DOWS (1948) e STEINER (1953),
concluindo que as pessoas, em geral, admiram um perfil mais volumoso,
protrusivo, condizente com a norma dentofacial, do que aquele que a norma
cefalométrica gostaria de permitir.
COX; VAN DER LINDEN (1971) relataram que as faces consideradas
esteticamente satisfatórias podem estar associadas com maloclusão, bem
como com oclusões normais. Isto significa que uma oclusão normal ou ideal
não deve ser utilizada como critério na análise da beleza da face.
VIGORITO (1974) estudou cefalometricamente 30 indivíduos
leucodermas brasileiros, com oclusão normal e perfil facial harmonioso, com
idade entre 12 e 14 anos, propôs uma análise cefalométrica que visou orientar
o clínico no diagnóstico do tratamento ortodôntico. Mostrou preocupação sobre
18
as normas preconizadas por TWEED (1946) em indivíduos brasileiros, pois
observou que, embora os casos se apresentassem harmoniosos e com
padrões dento esqueléticos e musculares equilibrados, não coincidiam com as
metas de TWEED (1946).
FREITAS (1979) avaliando a literatura sobre os estudos do tecido mole
da face, verificou que a maioria foi realizada principalmente em amostras de
origem anglo-saxônica. Aceitando as afirmações de BURSTONE (1959);
DOWNS (1948); PECK; PECK (1970), de que o perfil facial varia entre os
diversos grupos étnicos, desenvolveu um estudo cefalométrico para:
a) Analisar o perfil facial mole de adolescentes brasileiros, leucodermas,
descendentes de pais ou avós brasileiros, italianos, portugueses ou
espanhóis, com “oclusão normal”;
b) Comparar, entre as análises do perfil mole, preconizadas por STEINER
(1953); BURSTONE (1959); MARRIFIELD (1966); RICKETTS (1957) e
HOLDAWAY (1956), qual a que mais se coadunaria com o perfil da
amostra estudada.
A conclusão à que chegou baseado nos resultados obtidos da
metodologia utilizada foi que:
a) O perfil facial mole de adolescentes brasileiros do sexo masculino é
mais convexo do que o dos norte-americanos, enquanto que o perfil de
adolescentes brasileiros, do sexo feminino, coincide com o das norte-
americanas;
b) As análises de STEINER (1953) e BURSTONE (1959) foram as que
melhor se conformaram aos perfis estudados, sendo, portanto, as mais
indicadas para a análise cefalométrica do perfil facial mole, em
brasileiros jovens, leucodermas que apresentam a mesma descendência
da nossa amostra.
GOLDSTEIN (1980) relatou que qualquer ortodontista frente às
alterações estéticas da face deve considerar as implicações psicológicas, bem
como as físicas do tratamento. As considerações devem abranger não os
resultados e atitudes subseqüentes ao tratamento, mas também as causas,
motivos e desejos que levaram o indivíduo à procura de tratamento estético,
pois é de fundamental importância compreender que uma experiência social
19
produtiva e satisfatória, após o tratamento, depende da aceitação de uma
estrutura corporal alterada.
RICKETTS (1981) mostrou numa análise cefalométrica lateral a
importância da proporção divina com o segmento áureo e o “phi” na relação
harmônica dos tecidos moles da face. Esta relação proporcional é conhecida
por artistas e matemáticos há séculos, mas apenas recentemente passou a ser
aplicada à face, sob o ponto de vista do equilíbrio facial. A secção áurea e os
números de FIBONACCI (1202) são compaveis também com a biologia e não
somente com a matemática, como se pensava.
Suas investigações científicas o levaram a concluir que a proporção de
1,618 e seu recíproco de 0,18 são base de beleza, harmonia, equilíbrio e
graça. Mostrou também que pode ser usado o divisor áureo para análise
morfológica dos dentes, do esqueleto e do tecido mole da face: é baseada na
“secção áurea”, também chamada de “divina proporção”.
A grande significância e a implicação biológica desta numerologia nos
princípios da proporcionalidade da secção áurea, no triângulo áureo e no
retângulo áureo podem se usadas na análise da harmonia estrutural e
aplicadas num plano de tratamento de dentes, ossos e relacionamento do
tecido mole e para toda forma de dentística e cirurgia buco-maxilo-facial.
Descreveu com precisão a proporcionalidade da face tanto no seu sentido
frontal como lateral.
RICKETTS (1981) discorreu sobre o uso da cefalometria na aplicação
clínica. Segundo o autor, a relação de tecido mole entre o lábio inferior e o
plano estético é o fator que principalmente deve ser observado na radiografia
lateral. Os principais problemas que surgem numa avaliação estética referem-
se às diferenças nos tipos raciais e à diversidade de constituição nos tipos de
raça.
Todavia o autor sugeriu a análise da linha E (nariz ao queixo) que se
mostrou satisfatória. Verificou que a superfície externa do lábio superior é
influenciada pelos incisivios, tanto superiores quanto inferiores, enquanto que o
lábio inferior sofre interferência apenas do incisivo superior. Segundo o autor, o
objetivo a ser alcançado é o fácil fechamento da boca, com pouca ou nenhuma
tensão, ou contração excessiva do sculo mentalis. Isto produzirá uma
expressão mais relaxada e relações mais graciosas, suaves e harmoniosas.
20
SATO (1982) estudando uma amostra de 40 crianças brasileiras,
leucodermas, de ambos os gêneros, na faixa etária de 12 a 17 anos e um mês,
todas com oclusão dentária normal, determinou os padrões de normalidade e
algumas medidas cefalométricas preconizadas por RICKETTS (1960), em
normas lateral e frontal, para os gêneros masculino e feminino. Comparando-as
verificou que existe diferença estatisticamente significativa.
MCNAMARA JUNIOR (1984) relatou que a maioria das análises foi
elaborada entre as décadas de 40 e 70, época, na qual, alterações cirúrgicas
no relacionamento estrutural craniofacial eram consideradas impossíveis.
Publicou, então, uma das mais utilizadas análises cefalométricas. Essa tinha a
vantagem de expressar os resultados em mensurações lineares e não em
graus, o que permitia uma interpretação mais detalhada dos resultados. Assim,
mostrou-se eficaz no diagnóstico e plano de tratamento por apresentar-se de
maneira individualizada. Os padrões normativos compostos basearam-se em
três amostras cefalométricas. A primeira contém dados normativos derivados
dos cefalogramas laterais das crianças que compõem os padrões da Análise
de BOLTON. A segunda contém valores selecionados a partir de um grupo de
crianças normais do Centro de Pesquisa Ortodôntica de Burlington, que
também foram acompanhadas longitudinalmente. A terceira amostra,
considerada de Ann Arbor, de jovens adultos com configuração facial excelente
e ocluo de Classe I. A média de idade do gênero feminino foi de 26 anos e
oito meses, enquanto que a do gênero masculino foi de 30 anos e 9 meses
para a terceira amostra.
ARNETT; BERGMAN (1993) consideraram que os objetivos do
tratamento ortodôntico são a transformação de uma maloclusão em uma
oclusão funcional, a saúde dos tecidos periodontais e a estabilidade das
correções. O ortodontista, no entusiasmo de corrigir as maloclusões, pode
ocasionar um desequilíbrio facial. Consideram que parte desse problema pode
ser devid, à ausência de atenção para a estética ou, simplesmente, à falta de
compreensão do que se deseja como objetivo estético. Assim, a Análise Facial
representa a chave do diagnóstico de uma deformidade dentofacial,
sobressaindo-se em relação à Análise Cefalométrica, seu conhecimento torna-
se indispensável. Quando cirurgiões-dentistas e ortodontistas corrigem
discrepâncias oclusais, uma variedade de resultados faciais ocorre, alguns com
21
mais sucessos que outros. Da mesma forma que ocorre uma melhora facial
simultaneamente a uma correção oclusal, infelizmente também pode ocorrer o
contrário. Um bom planejamento, baseado em uma análise facial e objetivos de
tratamento bem definidos, pode assegurar um bom resultado oclusal com
mudanças faciais positivas. A análise cefalométrica dos tecidos moles é um
instrumento eficiente para analisar e planejar o tratamento das deformidades
dento-faciais.
BERTHOLD et al. (1995) compararam perfis esteticamente agradáveis
selecionados entre acadêmicos de Odontologia da PUC-RS e padrões
preconizados por diversos autores. Relataram que os conceitos atuais no
diagnóstico e planejamento ortodôntico buscam o equilíbrio e a harmonia entre
os diversos traços faciais, levando em consideração, principalmente, o perfil
tegumentar. Sendo assim, deve-se tratar a dentição, sob o ponto de vista
estético, em função da face do indivíduo e o modificar a face em função da
uma maloclusão, quando esta estiver em harmonia.
SUGUINO (1996) relatou que o julgamento estético clínico tem se
mostrado como muito mais válido no planejamento do tratamento com cirurgia
ortognática que qualquer outra análise cefalométrica, porém a harmonia e o
equilíbrio facial não são conceitos fixos, os padrões de beleza variam
tremendamente entre as pessoas, grupos raciais e ainda depende do olho do
observador.
GIDDON (1997) relatou, em seu estudo bibliográfico, que,
historicamente, os ortodontistas não conseguiram conciliar o paradoxo de suas
decisões sobre o diagnóstico e tratamento, por serem baseadas em
considerações morfológicas e que a principal motivação de 80% dos indivíduos
ortodônticos é a melhora estética da face e do sorriso. Portanto, para que o
ortodontista esteja em consonância com os objetivos e expectativas do
indivíduo que busca a Ortodontia deve considerar a harmonia da face e do
sorriso como principal objetivo do tratamento ortodôntico.
NANDA; GHOSH (1997) consideraram que o conceito de beleza facial
depende de vários fatores, como a opinião pessoal, os padrões culturais, os
meios de comunicação, os fatores étnicos e a faixa etária envolvida; assim, as
medidas encontradas tornaram-se válidas para um determinado tempo. De
acordo com esse conceito, o ortodontista, sendo um especialista na área que
22
envolve beleza e harmonia facial, torna-se um crítico em maior potencial do
que qualquer outro indivíduo. Sabe-se que o julgamento clínico nunca pode ser
substituído por qualquer dogma estabelecido com base em valores médicos,
porque eles indicam apenas uma tendência.
DOMINGUES (1997) relatou que artistas como STERLARC, WHITE,
TANAKA, SERMON, ESPUMA, vão explicitar o que os cientistas estão
preconizando nos grandes institutos científicos, isto é, aliando a estética à arte,
o corpo aos instrumentos e tecnologias, com capacidades de desenvolver
outras percepções do corpo, inclusive sua própria obsolescência. No começo
do século XXI, categorias estéticas novas nos conduzem a um sublime avanço
tecnológico, abrindo novas possibilidades de compreensão da corporeidade e
suas mutações no mundo. A simetria, o equilíbrio, a harmonia podem ser
objetivados e representados por traços, linhas, dígitos. A arte deste século
introduziu realmente o corpo no cenário. o somente a partir de
representações que falam do corpo como em séculos anteriores, mas ações,
comportamentos que envolvem o corpo na sua capacidade física de produzir
trabalho, ou seja, imerso no conceito de energia. Dessa forma, no século XXI,
estamos afastados dos princípios mecânicos ou religiosos da estética sobre o
ser e seu corpo, outras possibilidades estão ocorrendo com os sistemas de
processamento de dados, códigos, perfis genéticos decifrados, feixes de
informação.
OKUYAMA; MARTINS (1997) pesquisou a preferência estética facial de
ortodontistas, leigos e artistas plásticos, em 180 perfis sendo 60 jovens de cada
raça (leucoderma, melanoderma e xantoderma) 30 de cada sexo, dos 17 aos
35 anos de idade apresentando uma musculatura peribucal normal. Mediante a
classificação de Bom, Regular ou Deficiente, propôs:
a) Determinar o grau de concordância da classificação dos perfis de cada
etnia, das três categorias de avaliadores;
b) Determinar as características mais evidentes dos perfis preferidos de
cada etnia;
c) Utilizar os resultados para aprimorar o conceito da estética do perfil
mole, para uma melhor consecução dos planos de tratamento.
Analisando-se os 21 perfis preferidos, observou-se que todos
apresentaram uma suave convexidade facial maior para os melanodermas e
23
menor para os leucodermas; uma protrusão nasal maior para o sexo masculino
que para o feminino; uma relação entre a altura facial superior e a inferior, e
entre o comprimento do lábio superior e do inferior, por volta de 1 e de 0,5,
respectivamente; e um ângulo nasolabial menor que o mentolabial e
frontonasal. A convexidade labial apresentou-se menor para os melanodermas
femininos e maior para os leucodermas femininos. Analisando-se a posição do
mento, observou-se nos melanodermas a maior proeminência em relação às
estruturas craniofaciais; e, também, a maior retrusão, considerando à linha
Lábio Superior e Lábio Inferior, enquanto que os leucodermas apresentaram a
maior protrusão do mento em relação à mencionada linha. Denotou-se uma
protrusão labial maior para os leucodermas, e uma intermediária para os
xantodermas.
BERTHOLD; COSTA; ECHEVESTE (1998) empregando medidas
cefalométricas de diversos autores, teve como objetivo: identificar quais das
medidas apresentam valores padrão mais aproximados da amostra de perfis
faciais agradáveis e tamm verificar a existência ou não, na amostra, de
diferenças estatísticas significativas entre os valores obtidos para ambos os
gêneros. A amostra constou de 42 estudantes (21 gênero masculino e 21
feminino), brasileiros, brancos, na faixa etária de 18 a 26 anos de idade. Foram
realizadas 42 telerradiografias, usando-se 22 medidas cefalométricas de
diversos autores, sendo 7 angulares e 15 lineares, para avaliar a convexidade
facial, lábio, nariz, pogônio e medidas verticais. Os resultados do trabalho
indicaram que as medidas que mais se aproximaram foram: ângulo de
convexidade facial de BURSTONE, linha de BURSTONE, linha H NB, ângulo Z
e Sn-Stms e houve diferenças estatísticas significativas na amostra, quando os
valores obtidos para o gênero masculino são comparados com os do gênero
feminino em 12 medidas, sendo apenas 1 delas angular.
RODRIGUES; CARVALHO (1998) relataram a íntima relação do
profissional da Ortodontia com o aspecto facial, já que este depende das
relações oclusais dos dentes. Da determinação do diagnóstico e do
planejamento ortodôntico, devido à individualidade do padrão dento-
esquelético-facial e a etnia, surgiram dúvidas a respeito de se levar em
consideração as análises do perfil dos tecidos tegumentares ou do perfil
esquelético. E considerando-se padrão de normalidade a ser apreciado, tendo
24
em vista que durante muito tempo o planejamento do tratamento ortodôntico
baseava-se apenas em medidas esqueléticas e dentárias, nas quais, muitas
vezes, ocorria o comprometimento do perfil tegumentar.
PASSERI (1999) relatou em seu estudo que a Análise Facial deve ser
um procedimento padronizado, com o objetivo de coletar dados e obter
informações referentes à situação atual, que permitam o planejamento das
alterações desejadas, promovidas pelo tratamento ortodôntico, cirúrgico e
principalmente pela combinação destes.
BERTHOLD; MAAHS (1999) constatou, a partir de sua revisão
bibliográfica que a avaliação cefalométrica do perfil tegumentar passou a
receber alguma atenção por parte dos ortodontistas, a partir da década de 50,
quando autores como, STEINER (1953); RICKETTS (1957); HOLDAWAY
(1956); BURSTONE (1959) fizeram tentativas para incluir elementos de
avaliação do perfil mole. No entanto a preocupação com o perfil mole tem
evoluído muito lentamente, e pode-se observar que apenas nas décadas de 80
e 90 é que se deu uma atenção maior ao assunto, através de estudos e
pesquisas realizados por diversos autores. Por meio das 21 medidas
destacadas neste estudo, procurou-se avaliar o perfil mole no sentido
horizontal e vertical, através de medidas angulares, lineares e de
proporcionalidade (verticais), constatando assim que não se devem ignorar
fatores como: idade, gênero e etnia.
MERROTI (2000) avaliou a contribuição das várias concepções de
análise estética facial para o diagnóstico e plano de tratamento, e a importância
que os aspectos subjetivos têm para a elaboração de um plano de tratamento
mais eficiente. Concluiu-se então que como profissionais devemos estar
abertos a nova tendências e conhecimentos. A meta estética é o respeito pelo
paciente, por sua personalidade e expectativas, visando sempre seu bem estar
físico e mental.
VEDOVELLO et al. (2001) concluiu por meio de uma revisão de literatura
que: a forma da fronte, a dimensão e a proporção do nariz e o desenvolvimento
da parte inferior da face determinam as características do perfil; a beleza facial
pode ser definida como um estado de harmonia e equilíbrio das proporções
faciais, estabelecidas pelas estruturas esqueléticas, dentárias e tecido
tegumentar. Um tratamento ortodôntico em que uma maior aproximação dos
25
conceitos de oclusão normal for conseguida, o benefício estético será atingido,
uma vez que a forma também será corrigida, pois esta é a principal
responsável pela estética. As discrepâncias estruturais são a maior limitação
do tratamento ortodôntico, porém, na realidade, é o tecido tegumentar que
determina mais precisamente a susceptibilidade terapêutica, uma vez que a
propriedade dos tecidos tegumentares de se adaptarem às alterações nas
relações dentárias são mais restritas do que os limites anatômicos e nas
correções das relações oclusais. O exame clínico facial deve ser realizado com
o paciente na posição natural da cabeça, relação de máxima intercuspidação e
postura labial relaxada, a fim de obtermos dados facio-esqueléticos confiáveis.
Os modelos, a análise cefalométrica e a análise da face devem fornecer
conjuntamente os fundamentos de um diagnóstico bem sucedido.
BRANDÃO; RODRIGUES; CAPELOZZA FILHO (2001) avaliou as
características cefalométricas de complexo crânio facial de indivíduos Classe II
- 1 obtidas pelas análises de MCNAMARA JUNIOR (1984) e Padrão USP, e
comparou com as características morfológicas da face obtidas por meio da
análise facial subjetiva, em uma amostra de 30 indivíduos masculinos e
femininos, leucodermas, com idades entre 12 e 16 anos. Cefalometricamente
observou perfis esqueléticos convexos; maxilas bem posicionadas e
mandíbulas retruídas em relação à base do crânio; incisivos superiores e
inferiores inclinados e protruídos em suas bases ósseas; acentuadas
sobressalências e leves sobremordidas. O exame facial subjetivo demonstrou a
participação da maxila em 3 casos (10%); mandíbula isolada em 13 casos
(43,3%); maxila e mandíbula associadas em 13 casos (43,3%) e maxila e
mandíbula consideradas bem posicionadas em apenas 1 caso (3,3%). O teste
de concordância demonstrou ausência de significância estatística, apesar da
razoável coerência entre os exames.
CAPELOZZA FILHO et al. (2001) ressaltaram em um estudo
bibliográfico e na demonstração de um caso clínico, que a conscientização da
sociedade sobre as vantagens estéticas e funcionais do tratamento ortodôntico
e um aumento da exigência estética entre adultos que, atualmente, têm uma
vida social, afetiva e profissional ativas até a senilidade, vem colaborando para
a busca cada vez maior destes indivíduos aos consultórios de ortodontia.
26
BRANDÃO; RODRIGUES; CAPELOZZA FILHO (2001) analisaram as
características faciais do perfil tegumentar em pacientes com maloclusão
Classe II - 1, por meio da análise facial numérica em 30 indivíduos portadores
desta maloclusão, voluntários, ambos os gêneros, leucodermas entre 12 a 16
anos. Foram descritas apenas avaliações numéricas angulares, devido à
provável variação que as medidas lineares poderiam apresentar. Os resultados
obtidos demonstraram grandes discrepâncias entre maxila e mandíbula; alto
grau de convexidade facial; acentuado ângulo do terço inferior da face e
ângulos nasolabial e labiomental diminuídos. A grande vantagem da
manipulação prática da análise numérica consiste em estabelecer futuramente
a análise facial subjetiva, que talvez seja melhor para o diagnóstico ortodôntico,
pois estaríamos aos poucos eliminando os números e nos apoiando com maior
freqüência em um conjunto de sinais e sintomas específicos para cada
maloclusão.
MOREIRA et al. (2002) aplicaram as análises de LEGAN; BURSTONE
(1980) e MCNAMARA JUNIOR (1984) a mulheres leucodermas, brasileiras,
com boa harmonia facial e comparou os valores obtidos com os descritos pelos
autores. Foram selecionados 20 indivíduos do gênero feminino entre 14 e 25
anos de idade, modelos fotográficos de uma agência do Município de
Piracicaba, no Estado de São Paulo. Após analisados estatisticamente os
resultados e comparados com os valores originais, concluiu-se que:
a) As medidas cefalométricas relativas aos dois terços inferiores do
terço inferior da face, na análise de LEGAN; BURSTONE (1980) que
refletem a posição do incisivo inferior e do lábio inferior
apresentaram-se estatisticamente diferentes dos valores descritos
pelos autores;
b) Nas medidas ósseas descritas por MCNAMARA JUNIOR (1984), não
houve diferenças estatisticamente significativas com os valores
obtidos pela amostra.
LANDGRAF et al. (2002) tiveram como objetivo, nesse artigo, refletir
sobre o elemento chave para diagnóstico ortodôntico contemporâneo, ou seja,
determinadas matrizes constituintes da Análise Facial. Isso resultou na
necessidade de se estudar as faces esteticamente equilibradas e a harmonia
entre diferentes elementos faciais. O advento da Análise Facial ao diagnóstico
27
ortodôntico veio completar a Análise Cefalométrica objetivando os anseios
estéticos do paciente, oferecendo-lhe uma oclusão funcional com a melhor
harmonia facial possível. A análise facial, além de permitir a participação direta
do paciente ao resultado do tratamento sem se prender aos números da
cefalometria, que nem sempre levam a correção estética, também pode,
seguramente, ser utilizada como chave de diagnóstico na Ortodontia, pois une
uma avaliação dos dentes, esqueleto e tecido tegumentar, em uma vista lateral
e frontal, respeitando os compromissos éticos, científicos e étnicos da
sociedade brasileira.
VEDOVELLO FILHO et al. (2002) tiveram como proposição desta
revisão de literatura, apresentar a importância da análise facial como um
recurso para o diagnóstico ortodôntico, tecer considerações sobre a posição
em que a cabeça do indivíduo deve estar, bem como sobre as linhas de
referência horizontal utilizadas nas mensurações da face, para que se possa
realizar uma análise facial confiável; e ainda relatar a existência de difereas
na morfologia facial de acordo com a etnia, gênero e idade de indivíduo.
Concluíram que: a análise do tecido mole facial deve ser elemento fundamental
para o diagnóstico ortodôntico bem sucedido. A análise facial e os outros
exames utilizados para o diagnóstico deveriam ser usados como métodos
complementares. Quanto à posição da cabeça do indivíduo, valorizou-se o
posicionamento natural da mesma, com as pupilas no centro do olho e o
indivíduo olhando em direção ao horizonte. Como referencia horizontal, o plano
de Frankfurt foi considerado confiável, havendo relativa facilidade na sua
reprodutibilidade. Diferenças significativas foram mostradas em relação à
morfologia facial, de acordo com as diferenças étnicas existentes, assim como
ao gênero e ao grau de maturação que o indivíduo se encontra.
SIBILIA (2002) considerou que: o corpo se torna permeável, projetável,
programável. Diante disso, a Odontologia e Ortodontia não devem permanecer
apenas em nicho de saberes específicos, isto é, uma abertura inter e
multidisciplinar faz-se necessária para se poder compreender a incessante
busca da beleza uma procura subjetiva, mas que se inter-relaciona
objetivamente com o contexto histórico político, social, cultural e científico das
sociedades.
28
HERDY et al. (2002), por meio da revisão de literatura, discutiram as
alterações no perfil mole do terço superior, médio e inferior decorrentes do
crescimento e suas considerações sobre perfil mole. Verificou-se que o tecido
mole que recobre o esqueleto crânio-facial tem espessura e taxa de
crescimento diferentes. A região do terço superior é freqüentemente ignorada,
provavelmente pela dificuldade de encontrar pontos precisos para avaliação ou
por não pertencer à área de atuação do ortodontista. Na região do terço médio,
predomina o nariz, em especial o ponto Pronasal com crescimento contínuo,
com menor intensidade na fase adulta até a meia idade. Na fase adulta, o nariz
masculino aumenta em menor proporção que o feminino. O terço inferior é
sede das maiores alterações no perfil facial em virtude da mandíbula. No geral,
os lábios aumentam de espessura durante a fase de crescimento e em
comprimento após a adolescência contribuindo para a redução na exposição
dos incisivos superiores. O dimorfismo sexual começa a ser notado a partir dos
10 a 12 anos, quando o crescimento do gênero masculino, principalmente das
medidas lineares, é responsável pela diferenciação facial. O perfil mole se
torna mais convexo à medida que o oposto ocorre com o perfil esquelético.
Atualmente, perfis mais retos de lábios proeminentes são considerados mais
estáticos. Com o emprego de novos equipamentos, como ultra-som e a
tomografia computadorizada, espera-se que o estudo do tecido mole ganhe
impulso e maiores esclarecimentos.
DIOGO; BERNARDES (2003) relataram que a beleza facial é mais
especificamente com o perfil facial durante o desenvolvimento das populações
humanas foi o objetivo durante tempos históricos.
CAPELOZZA FILHO (2004) propôs uma nova prática metodológica de
diagnóstico. Classificar os indivíduos em Padrão I, II, III, face longa e face
curta, mas não através de cefalometria e sim de Análise Facial e Análise da
Telerradiografia e saber o que o indivíduo espera do tratamento é um dos
fatores mais importante para um resultado satisfatório.
HALAZONETIS (2004) demonstrou métodos morfológicos para
aplicação na Ortodontia. Foram traçados e digitalizados um total de 150
cefalométricas iniciais de 84 pacientes femininos e 66 masculinos; 15 pontos
foram usados para esta análise. Os traçados foram superpostos por
“Procrustes method” e observou-se a variação dos principais componentes das
29
análises. Aproximadamente 70% do total foram incorporados uma variação
simples nos 5 principais componentes. O componente principal mais
significante de 29% de forma variada foi a divergência do padrão esqueletal. O
componente principal contado de 20% de variação foi relação
anteroposterior maxila.
LANDGRAF (2004) procurou abordar, para além de uma discussão
considerada clássica na Ortodontia Contemporânea, as relações entre a
harmonização e equilíbrio do saber técnico funcional e o querer estético dos
indivíduos desde a Análise Facial. A pesquisa analisou e comparou o equilíbrio
e estética facial, por meio da utilização de medidas cefalométricas, 28
indivíduos brasileiros não tratados ortodonticamente que exercem a profissão
de modelo em uma agência de publicidade. Para a abordagem cefalométrica
utilizou 29 fatores, avaliar estruturas esqueléticas, dentárias e tecidos
tegumentares. Obtiveram-se medidas cefalométricas que foram comparadas
com a norma e verificadas estatisticamente por meio do uso do teste de
significância de probabilidade t de Student. As medidas verificadas mostraram-
se em sua maioria, desviadas do padrão cefalométrico normativo e
estatisticamente inviabilizadas na utilização diagnóstica desses indivíduos
brasileiros. Quanto à confiabilidade da utilização da Análise Cefalométrica no
diagnóstico ortodôntico, a mesma mostrou-se questionável, pois não reporta,
em sua interpretação, as evidências clínicas de normalidade, equilíbrio e
estética encontradas na amostra, bem como se mostra carente de informações
na objetivação de correções estéticas tão importantes e necessárias para o
individuo que procura na Ortodontia a solução de suas desarmonias dento
estéticas faciais.
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Amostra
Para esse estudo, foram selecionados indivíduos das clínicas de
Mestrado III e VI, em Ortodontia dos Cursos de s-Graduação do
Departamento de Ortodontia do Curso de Odontologia da UNIARARAS,
totalizando 40 documentações de pacientes que ainda não foram submetidos
ao tratamento ortodôntico, sendo 17 do gênero masculino e 23 do gênero
feminino, com idades entre 10 e 17 anos sendo a idade média da amostra de
12 anos e 8,7 meses.
4.2 Critérios de exclusão
Pacientes que já tinham sido submetidos ao tratamento ortodôntico
Pacientes menores de 10 anos e maiores de 20 anos
Pacientes de dentadura mista
4.3 Material utilizado na obtenção das fotografias digitais
Câmera digital Sony – Cybershot 717, sem uso de flash.
Pano de fundo da cor azul
Tripé
Mocho odontológico com regulagem de altura
Espelho de parede com as seguintes dimensões: 1 m de altura por
0,5mm de largura
31
4.4 Material utilizado na obtenção do traçado cefalométrico
Papel ultraphan, marca grafix de 0,07 mm de espessura e dimensões de
25cm x 20 cm
Lápiseira piloto
Gráfite preto 0,5mm
Fita tipo durex
Régua
Negatoscópio
4.5 Fotografias do perfil facial
Os indivíduos da amostra foram posicionados sentados no mocho
odontológico, ajustando-se a altura da cabeça de acordo com a altura da
câmera fotográfica. Foi solicitado para olhar diretamente para seus olhos
refletidos no espelho à sua frente, assumindo, portanto, a Posição Natural da
Cabeça. Os pacientes foram instruídos a manter os lábios relaxados e em
repouso. Após a tomada fotográfica, as fotografias foram transferidas para o
computador e posicionadas usando-se como referência a linha do canto
externo do olho direito a o ponto superior extremo da orelha que ficaram
paralelos ao plano horizontal para evitar prováveis distorções, como aparências
prognáticas devido à inclinação da cabeça para trás, e ilusões retrognáticas
devido à inclinação da cabeça para frente e colocadas molduras pretas com
orifício central em forma circular para evitar possível influência quanto à
posição natural da cabeça, induzida pelo recorte retangular das fotografias
sobre a apreciação pessoal, como foi proposto por BITTNER; PANCHERZ
(1990), de acordo com a Figura 01.
32
Figura 1: Posição da cabeça
4.6 Método de classificação da amostra pela análise facial
subjetiva do perfil
As fotografias de perfil foram projetadas por um projetor multimídia,
usando-se o Software Power Point, e a Análise Facial Subjetiva foi feita pelo
próprio autor que apenas visualmente, classificou os indivíduos, como foi
proposto por CAPELOZZA FILHO (2004), em Pado I, Padrão II, Padrão III.
4.7 Método do traçado cefalométrico
A telerradiografia foi posicionada sobre o negatoscópio com o perfil
voltado para a direita dos observados e sobre ela foi adaptada uma folha
ultraphan, fixada na telerradiografia por meio de uma fita durex, no meio da
borda esquerda e no meio da borda superior sendo essas radiografias sempre
traçadas pelo mesmo indivíduo, conforme Figura 2.
33
Figura 2 – Desenho Anatômico
4.8 Pontos utilizados na análise cefalométrica
N (Ponto Cefalométrico Násio) ponto de intersecção da sutura internasal
com a sutura frontonasal;
A (Ponto Cefalométrico Subespinhal) ponto mais profundo da
concavidade anterior da maxila;
B (Ponto Cefalométrico Supramentoniano) ponto mais profundo da
cavidade anterior da mandíbula.
O ângulo ANB foi o utilizado, sendo de 2 graus a norma cefalométrica
com um desvio padrão de + ou 2. Quando maior que 4, então é classificado
como classe II e quando o valor for negativo é classificado como classe III,
conforme Figura 3.
34
Figura 3 – Ângulo ANB traçado.
O critério utilizado para a inclusão do indivíduo na amostra foi a
disponibilidade de participar deste estudo.
Todos os indivíduos que aceitaram participar da presente pesquisa
assinaram um termo de consentimento que esclarecia sobre os objetivos do
trabalho e os exames aos quais seriam submetidos. No termo de
consentimento, os participantes autorizavam ainda a divulgação de suas
fotografias faciais para fins de ensino e pesquisa.
Para cada indivíduo da amostra foram obtidas fotografias de perfil.
4.9 Análise facial subjetiva do perfil
Após a distribuição dos indivíduos da amostra nos Grupos da Análise
Facial Subjetiva do Perfil, pela avaliação da freqüência em que os mesmos
foram classificados em cada Grupo, obteve-se a proporção de indivíduos
Esteticamente Agradáveis, Aceitáveis e Desagradáveis na amostra total e em
ambos os sexos.
Foi realizado, ainda, o levantamento das estruturas do perfil facial
consideradas pelos avaliadores como responsáveis pela aparência estética
desagradável.
B
A
N
35
4.10 Metodologia estatística
Este estudo engloba um parecer descritivo dos dados com tabelas de
resumo e gráfico obtidos na pesquisa, como também testes de verificação de
correlação entre classificação de indíviduos por testes de análise facial e
cefalométrica.
Os testes aplicados foram o de Qui-Quadrado e o de Cochran-Mantel-
Haenszel os softwares utilizados foram o SAS – Statistical Analysis Software -
e também o Excel da Microsft.
5. RESULTADOS
Foram realizados testes estasticos que compararam que não há grande
diferença entre as análises subjetiva e a cefalométrica. Para essa situação de
comparação de grupos, quanto a variáveis do tipo nominal, os testes mais
indicados são Cochran-Mantel-Haenszel e o de Qui-Quadrado.
Quanto aos testes aplicados, observamos que, para um nível de
significância de 5% ou 0,05, aceitamos a hipótese de semelhança entre a
classificação, para ambos os testes, o de Cochran-Mantel-Haenszel
apresentou um valor de 0.3288 que está acima de 0,05 .Para o teste de Qui-
Quadrado , o mesmo apresentou valor de 0,6152 o que também nos leva a
aceitar a hipótese de semelhança entre a classificação dos testes (Para o
resultado do teste de Qui-quadrado precisaria de uma amostra maior , a fim de
se obter melhor consistência no resultado).
37
Tabela 1: Resultado
Indivíduos Idade Gênero
Padrão
Subjetivo
Alise
Cefalométrica
Ângulo – Classe I,II,III
01- 14,9 F I 8 – Cl II
02- 11 M II 10 – Cl II
03- 12,8 F II 5 – Cl II
04 14,1 F I 9 – Cl II
05 13 F II 5 – Cl II
06- 11,6 M III -4– Cl III
07 13,2 F I 4 – Cl I
08 13,5 F I 8 – Cl II
09 11,7 F I 2 – Cl I
10 11 F I 3 -CL I
11 11 F I -2- Cl III
12 12 F I 1 – Cl I
13 11 F II 2 – Cl I
14 11 F I 4 – Cl I
15 10 F I 5 – Cl II
16 14 F I 2 – Cl I
17 11 F I 5 – Cl II
18 12 F II 5 – Cl II
19 14 F I 2,5– Cl I
20 13,7 M I 3,5– Cl I
21 14,8 M I 2 -Cl I
22 11 M II 3 Cl I
23 14 M II 7,5 – Cl II
24 12,3 M I 2 – Cl I
25 14 M II 6– Cl II
26 14 M II 4 – CL I
27 13 M II 6 – CL II
28 13 M II 6,5 - Cl II
29 11 M I 3 – CL I
30 13 M II 6 – CL II
31 13 F I 1 – CL I
32 15 F I 3 – CL I
33 14,7 M II 3,5– CL I
34 10,11 F I 1 – CL I
35 17 F I 4 – CL I
36 15,9 M II 4- Cl II
37 11,3 F I 2 – CL I
38 13,7 M I 5 – CL II
39 11,9 F I 2,5– CL I
40 13,9 M I 5 – CL II
38
Da amostra de 40 indivíduos como mostra a tabela abaixo, sendo 23 do
gênero feminino e 17 do gênero masculino com idades entre 10 e 17 anos com
a média de 12,82775. Vinte e um indivíduos foram determinados como sendo
Tabela 2: Resultado
Indivíduos Idade Gênero
Padrão
Subjetivo
Alise
Cefalométrica
Ângulo – Classe I,II,III
01- 14,9 F I 8 – Cl II
02- 11 M II 10 – Cl II
03- 12,8 F II 5 – Cl II
04 14,1 F I 9 – Cl II
05 13 F II 5 – Cl II
06- 11,6 M III -4– Cl III
07 13,2 F I 4 – Cl I
08 13,5 F I 8 – Cl II
09 11,7 F I 2 – Cl I
10 11 F I 3 -CL I
11 11 F I -2- Cl III
12 12 F I 1 – Cl I
13 11 F II 2 – Cl I
14 11 F I 4 – Cl I
15 10 F I 5 – Cl II
16 14 F I 2 – Cl I
17 11 F I 5 – Cl II
18 12 F II 5 – Cl II
19 14 F I 2,5– Cl I
20 13,7 M I 3,5– Cl I
21 14,8 M I 2 -Cl I
22 11 M II 3 Cl I
23 14 M II 7,5 – Cl II
24 12,3 M I 2 – Cl I
25 14 M II 6– Cl II
26 14 M II 4 – CL I
27 13 M II 6 – CL II
28 13 M II 6,5 - Cl II
29 11 M I 3 – CL I
30 13 M II 6 – CL II
31 13 F I 1 – CL I
32 15 F I 3 – CL I
33 14,7 M II 3,5– CL I
34 10,11 F I 1 – CL I
35 17 F I 4 – CL I
36 15,9 M II 4- Cl II
37 11,3 F I 2 – CL I
38 13,7 M I 5 – CL II
39 11,9 F I 2,5– CL I
40 13,9 M I 5 – CL II
39
Classe I cefalometricamente; desses, 17 haviam sido classificados como
Padrão I, 13 do gênero feminino e 4 do masculino, porém 4 haviam sido
classificados como Padrão II, 1 do gênero feminino e 3 do masculino.
Dezessete indivíduos foram determinados como sendo Classe II
cefalometricamente, desses 10 haviam sido classificados como Padrão II, 8 do
gênero feminino e 9 do masculino, porém 7 haviam sido classificados como
Padrão I, 5 do gênero feminino e 2 do masculino.
Dois indivíduos foram determinados como sendo Classe III, desses 1
havia sido classificado como Padrão III no gênero masculino e 1 havia sido
classificado como Padrão I no gênero feminino.
Na tabela e no gráfico 1, verificamos a distribuição por gênero, que nos
mostra que 57%, mais da metade da amostra, eram do gênero feminino.
Gráfico 1: Distribuição por gênero.
Na tabela 2, observamos a freqüência de idade, ocorrendo 11 anos com
a maior freqüência de 30% e 16 anos a menor com 0%.
Tabela 3: Distribuição por gênero
Gênero Freqüência %
Masculino 17 43%
Feminino 23 57%
Total 40 100%
Masculino
43%
Feminino
57%
40
Gráfico 2: Freqüência de idade
Tabela 4: Freqüência de idade
Idade Freqüência %
10 2 5%
11 12 30%
12 5 13%
13 9 23%
14 9 23%
15 2 5%
16 0 0%
17 1 3%
Total 40 100%
Tabela 5: Análise facial Subjetiva x Cefalométrica
Padrão
Cefalométrica
Subjetiva Diferença
Total
1 52,5% 62,5% -10,0% 57,50%
2 42,5% 35,0% 7,5% 38,75%
3 5,0% 2,5% 2,5% 3,75%
Total 100,0% 100,0% 0 100,00%
0
2
4
6
8
10
12
14
10 11 12 13 14 15 16 17
Idades
Quantidade
41
Os resultados mostraram que em 40 indivíduos houve um erro de
classificação em 10 % dos casos, sendo que mais da metade dos erros de
classificação se concentraram no Padrão I. É o que mostra a Tabela 3 e no
Gráfico 3.
Gráfico 3: Análise facial Subjetiva x Cefalométrica
21
25
17
14
2
1
0
5
10
15
20
25
30
Subjetiva Numérica
Padrão 1 Padrão 2 Padrão 3
6. DISCUSSÃO
A ortodontia busca, por meio da Análise Cefalométrica, números que
possam representar um equilíbrio estético, funcional e de estabilidade no
tratamento ortodôntico, por isso a importância de associarmos a Análise Facial
para um correto planejamento conforme pudemos observar em nossos
resultados. Quando comparamos a análise facial com a cefalométrica,
deparamo-nos com uma pequena diferença dos valores cefalométricos com o
padrão facial. Muitas vezes, analisando friamente somente a cefalometria,
optaríamos por um plano de tratamento, por isso se torna importante o estudo
dos tecidos moles, isto é a análise facial. Nossos achados encontrados nesta
pesquisa concordam com RICKETTS (1957); PECK; PECK (1970); que
ressaltavam a necessidade de padrões de referência de diagnóstico,
planejamento e condução de tratamento, considerando como um dos principais
objetivos do tratamento ortodôntico o equilíbrio e a harmonia da estética facial.
Porém existem divergências quanto a essas idéias em STEINER (1953);
RIEDEL (1950,1952); RICKETTS (1981); MOREIRA et al. (2002) que
confirmam os nossos resultados e relatam que a Análise Cefalométrica ainda é
indispensável para um bom planejamento. VON IHERING (1872) trouxe o
plano de FRANKFURT, que é usado até os dias de hoje em algumas análises o
que demonstra que o autor concordava que a Análise Cefalométrica era muito
importante assim como BROADBEND (1931), que desenvolveu o
CEFALOSTATO.
MARGOLIS (1941), enfatizando nossos resultados, assim como CASE
(1893); CARREA (1924) associava as tomadas radiográficas com as
fotográficas demonstrando desde aquela época as importâncias de cada
análise.
DOWNS (1948); IZARD (1943); ALTEMUS (1963); HALAZONETIS
(2004), concordando com os nossos resultados relataram que cada caso
deveria ser individualizado devido às variações de sobrancelhas, olhos, nariz.
NANDA; GHOSH (1997); HOLDAWAY (1956,1957) relataram que existem
vários fatores a serem considerados, pom concordavam que a análise Facial
é tão importante quanto a Cefalométrica. Uma preocupação sempre presente
43
ao se elaborar um plano de tratamento ortodôntico refere-se à meta
cefalométrica a ser alcançada, mas também não podemos nos esquecer da
Análise Facial e da individualização de cada caso.
Concordando com nossos resultados OKUYAMA; MARTINS (1997);
WYLIE (1959) relatam que a estética facial vem sendo cada vez mais discutida,
à procura da beleza e os padrões do belo estético vem ganhando um enorme
espaço no mundo do consumo e do capitalismo, e a diversidade de opiniões
quanto a perfis favoráveis depende bastante do observador.
HERDY et al. (2002); SIBILIA (2002); CAPELOZZA FILHO (2004);
DIOGO; BERNARDES (2003) contrário aos nossos resultados relatam que a
Análise Facial é decisiva no diagnóstico.
LANDGRAF et al. (2002, 2004) concordando com nossos resultados
relataram que o advento da Análise Facial ao diagnóstico ortodôntico veio por
completar a Análise Cefalométrica objetivando os anseios estéticos do
paciente, oferecendo-lhe uma oclusão funcional com a melhor harmonia facial
possível. A análise facial além de permitir a participação direta do paciente ao
resultado do tratamento sem se prender aos números da cefalométria, que,
nem sempre levam à correção estética, também pode seguramente ser
utilizada como chave de diagnóstico na Ortodontia, pois une uma avaliação dos
dentes, esqueleto e tecido tegumentar, em uma vista lateral e frontal,
respeitando os compromissos éticos, científicos e étnicos da sociedade
brasileira.
A beleza facial pode ser definida como um estado de harmonia e
equilíbrio das propoões faciais, estabelecidas pelas estruturas esqueléticas,
dentais e tecido tegumentar. Um tratamento ortodôntico em que uma maior
aproximação dos conceitos de oclusão normal for conseguida o benefício
estético será atingido, uma vez que a forma também será corrigida, pois, esta é
a principal responsável pela estética.
Nos nossos resultados pudemos perceber que a Análise Facial é muito
importante para o diagnóstico e plano de tratamento, porém não podemos
afirmar que não necessitaremos mais da Análise Cefalométrica, e sem
trabalharmos com as duas análises em conjunto, o que confirmam os
resultados de VEDOVELLO et al. (2001) e VEDOVELLO FILHO et al. (2002),
que concluíram que os modelos, a análise cefalométrica e a análise facial
44
devem fornecer conjuntamente os fundamentos de um diagnóstico bem
sucedido, assim a análise do tecido mole facial deve ser elemento fundamental
para o diagnóstico ortodôntico servindo como método complementar.
45
7. CONCLUSÕES
1. Observou-se dificuldade em padronizar os indivíduos, principalmente,
nos padrão I e II.
2. A Análise Facial não apresentou fidelidade quando comparada à Análise
Cefalométrica, necessitando-se da utilização de ambas para um correto
plano de tratamento ortodôntico.
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